Blueauto#40

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sumário 05 08 10

atualidade Notícias atualidade Em números...

mercado Híbridos e híbridos plug-in foram 30% das matrículas em janeiro

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apresentação “Renaulution”: a revolução Renault

20 22 24 26

novos modelos Mercedes EQA

32 40

revista de imprensa Declarações em destaque novos modelos Hyundai Tucson

entrevista Luís Barroso, Presidente da MOBI.E

30 32

novos modelos DS 4

50

efeméride Nissan LEAF: uma década de EVolução

34

efeméride Nissan: 12 automóveis que abriram o caminho para um futuro elétrico

36

ao volante Hyundai Kauai Electric 64 kWh

40 46

eletrificação Ofensiva elétrica Citroën mobilidade elétrica Vendas em 2020 por tipo de energia

49 50

novos modelos Porsche Taycan

tecnologia Robots Volkswagen: carregamento elétrico 100% autónomo

3

52 57 58 60

ao volante Mini Cooper S E carregamento Carregar um VE sem cartão emissões Em contagem decrescente... guia de compras Todos os modelos elétricos e híbridos à venda em Portugal

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opinião Estaremos realmente prontos para veículos elétricos?

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blueauto À DESCOBERTA DO FUTURO DO AUTOMÓVEL www.blueauto.pt DIREÇÃO Francisco Vieira REDAÇÃO Paulo Manuel Costa COLABORADORES Tiago Beato José Barros Rodrigues José Pontes SECRETARIA DE REDAÇÃO Isabel Brito CONTACTOS  blueauto@pressfactory.pt facebook.com/blueauto MARKETING & PUBLICIDADE Luís Mesquitela Lima  93 702 94 44  luis.mesquitela@blueauto.pt PRODUÇÃO Rogério Bastos Studio PressFactory PROJETO & LAYOUT Studio PressFactory IMPRESSÃO & ACABAMENTO Lisgráfica – Impressão e Artes Gráficas SA Rua Consiglieri Pedroso, n.º 90 Casal de Sta. Leopoldina, 2730-053 Barcarena TIRAGEM 7.500 exemplares PERIODICIDADE Mensal DISTRIBUIÇÃO VASP – Distribuidora de Publicações, SA Quinta do Grajal - Venda Seca 2739-511 Agualva Cacém Apoio ao Ponto de Venda Tel.: 21 433 70 01 | contactcenter@vasp.pt

editorial

Passagem de testemunho... A par da eletrificação acelerada, novo desígnio de uma indústria que alia agora a necessidade de cumprir apertados critérios ambientais à sua constante aposta na evolução tecnológica, o mundo automóvel tem pela frente outra mudança que promete alterar radicalmente a realidade que hoje conhecemos: a transformação das marcas e dos grupos automóveis, de “simples” construtores de veículos em empresas de serviços globais dedicados à mobilidade. Se repararmos com atenção nas notícias e apresentações que se sucedem, tal como aquelas publicadas nesta edição BlueAuto, torna-se evidente que esse movimento de transformação já começou e vai atingindo, um a um, todos os principais nomes da indústria automóvel. E isso acontece porque aquilo a que estamos já a assistir não é apenas uma transição energética, com os motores dos carros que utilizamos a substituírem progressivamente derivados dos combustíveis fósseis pela eletricidadede; é sim a própria mobilidade que está agora em transformação. E é exatamente por isso que os industriais do setor automóvel já não se limitam a anunciar o lançamento de novos modelos, o desenho de novas plataformas, o estudo de motores mais evoluídos e menos poluentes, ou o desenvolvimento de novas tecnologias de segurança, conectividade ou infoentretenimento aplicadas aos veículos; a tendência atual é juntarem a tudo isso também novidades relacionadas com gestão e comercialização de energia, soluções de carregamento elétrico, serviços de dados, parcerias nas áreas das baterias e do software, novas aplicações de mobilidade, inteligência artificial e autonomia, serviços digitais e modelos de venda online, novos tipos de serviços de transporte, mobilidade urbana, mobilidade aérea... Como confirmam os próprios, os principais atores deste mercado não estão só a apostar em força em novas plataformas e em novos modelos elétricos, híbridos ou semi-eletrificados. Estão também empenhados, já hoje, em deixarem de ser empresas automóveis que utilizam as tecnologias, evoluindo para empresas tecnológicas que utilizam os automóveis (a expressão reproduz uma das frases do mês, como ilustra a “revista de imprensa” desta edição). Ou seja, estamos a assistir a uma verdadeira “passagem de testemunho”, com as marcas em fase de transformação do seu modelo de negócio até aqui conhecido, de fabricantes de automóveis, passando a ser fornecedores de serviços de mobilidade automóvel... 

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atualidade

Toyota lidera venda de veículos eletrificados em Portugal De janeiro a dezembro 2020, a Toyota registou em Portugal 4168 viaturas com tecnologia híbrida, mantendo assim a sua posição de marca líder na venda de veículos eletrificados no mercado nacional. Num ano marcado pela forte queda do mercado automóvel devido à pandemia de COVID-19, as viaturas eletrificadas com tecnologia “full hybrid” representaram 67% das vendas totais de ligeiros de passageiros Toyota em Portugal. O modelo campeão de vendas eletrificadas foi o Corolla (nas carroçarias hatchback, touring sports e sedan), que ao conseguir vender 1548 unidades ultrapassou o “crossover” C-HR, líder em 2019. Cerca de 91% dos clientes Corolla optaram pela versão híbrida, enquanto nas vendas totais da marca (6223 viaturas ligeiras de passageiros) 67% foram automóveis híbridos.

Novo HR-V junta-se à gama eletrificada da Honda A Honda irá revelar já em fevereiro a última geração do seu popular modelo HRV. E o grande destaque é que o novo SUV compacto incorpora de série, pela primeira vez, a tecnologia híbrida de dois motores da Honda, sendo oferecido com o inovador sistema híbrido e:HEV da marca japonesa, que combina alta eficiência com performance e diversão na condução. Ilustrando o compromisso da Honda em alcançar a estratégia “Electric Vision”, que prevê a eletrificação até 2022 de todos os seus veículos convencionais comercializados na Europa, o HR-V é o mais recente modelo da gama Honda com o “badge” e:HEV, juntando-se assim ao Honda CR-V, ao novo Honda Jazz e ao novo Honda Crosstar, lançados na Europa no ano passado. 18 de fevereiro é a data anunciada para a apresentação do novo Honda HR-V e:HEV.

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Grupo BMW: 15% das vendas são elétricos e híbridos Em 2020 o Grupo BMW vendeu um total de 192.646 veículos eletrificados das marcas BMW e Mini, resultado que significou um crescimento de 31,8% comparativamente ao ano anterior e que contribuiu para amenizar as perdas globais: também para o Grupo BMW o último ano ficou, claro, negativamente marcado pela pandemia de COVID-19, que explica a quebra de -8,4% no total de unidades comercializadas ao longo de 2020. Por segmentos, os 100% elétricos do grupo alemão venderam +13% do que em 2019, enquanto os híbridos plug-in registaram um aumento de 38,9%, confirmando segundo o fabricante o forte interesse dos consumidores por este tipo de motorização eletrificada. No mercado europeu, os modelos elétricos e híbridos plug-in representam agora 15% das vendas totais de automóveis BMW e Mini.

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atualidade

Volkswagen confirma ID.4 GTX Depois da edição especial ID.4 1st ter inaugurado a comercialização deste novo modelo 100% elétrico, a Volkswagen anuncia para meados de fevereiro o lançamento das prévendas de variantes adicionais do ID.4 em cerca de 30 países europeus e também no mercado norte-americano. O construtor alemão estima em 100.000 o número de unidades ID.4 a entregar aos clientes ao longo de 2021. Ao mesmo tempo, a Volkswagen confirma que este seu segundo modelo baseado na plataforma MEB passa agora a estar disponível em duas opções de bateria, 52 kWh e 77 kWh, correspondendo a autonomias WLTP até 348 e 522 km, respetivamente; bem como a posterior chegada, ainda este ano, do ID.4 GTX, variante de topo dotada de tração integral e características mais desportivas.

Automóveis elétricos: Volvo triplica capacidade de produção A Volvo Cars anunciou o aumento da capacidade de produção de automóveis elétricos na sua fábrica de Gent, na Bélgica. Este anúncio surge como resposta ao aumento de procura da gama de modelos eletrificados Recharge, cujas vendas, em percentagem do total de unidades comercializadas pela marca, mais que duplicaram em 2020, quando comparadas com 2019. Ambicionando tornar-se numa referência entre os veículos elétricos “premium” nos próximos anos (já em 2025 cerca de 50% das suas vendas mundiais serão automóveis 100% elétricos, com a restante quota a ser preenchida por modelos híbridos), o fabricante sueco estima que em 2022 a capacidade de produção de viaturas elétricas na fábrica de Gent seja o triplo do valor atual, atingindo então cerca de 60% da capacidade total da unidade. É nesta fábrica que a Volvo está já a produzir o seu primeiro modelo 100% elétrico, o XC40 Recharge, bem como a versão híbrida plug-in do mesmo XC40. E ainda este ano a fábrica belga da Volvo Cars dará início à produção de um segundo modelo 100% elétrico da marca, baseado na plataforma CMA e que será revelado em breve.

Peugeot e-2008 líder de mercado em janeiro A Peugeot foi a marca automóvel mais vendida em Portugal no primeiro mês de 2021, com um total de 1702 unidades comercializadas. Além da liderança no mercado nacional nas vendas globais, em janeiro a Peugeot destacou-se também como marca líder entre os veículos 100% elétricos: num mercado em que aumenta a importância das versões eletrificadas, o modelo e-2008 comercializou 60 unidades, tendo sido líder de vendas no seu segmento, com a Peugeot a registar ainda 25 unidades matriculadas do e-208.

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Híbridos foram 96% das vendas Lexus em 2020 No último ano, 96% das vendas da Lexus na Europa Ocidental e Central foram veículos eletrificados com a tecnologia híbrida. Em termos de modelos, o maior destaque voltou a ir para a gama de SUVs, que constituíram o principal volume de vendas. Com a marca japonesa a revelar que o seu primeiro modelo 100% elétrico, UX 300e, excedeu rapidamente as expectativas nos vários mercados onde foi lançado em 2020, dando boas expectativas para a comercialização alargada que vai acontecer este ano. Novo ano para o qual a Lexus promete mais novidades, a começar já na primavera com a revelação da nova visão da marca e de um novo “concept” que irá assinalar o início da próxima geração de modelos Lexus.

Transforma qualquer tomada elétrica num posto de carregamento

Instalação simples

Melhor do que uma wallbox

Nissan lança versão especial LEAF10 Para comemorar os 10 anos do primeiro automóvel elétrico de comercialização em massa, a Nissan acaba de anunciar o lançamento da edição especial LEAF10. Inspirando-se no ARIYA, novo crossover-coupé 100% elétrico que a marca japonesa vai lançar este ano, esta versão especial do LEAF é proposta com uma nova cor da carroçaria, novos detalhes exteriores e tecnologias conectadas, além dos premiados sistemas “ProPILOT” e “e-Pedal”. O LEAF10 já está disponível em Portugal, com preços recomendados de venda a público a partir de 23.100 euros + IVA, incluindo campanhas em vigor.

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em números... 92 g/km

1.000.000

O número de veículos elétricos plug-in equipados com o protocolo de carregamento em corrente contínua (DC) CHAdeMO ultrapassou já o milhão em todo o mundo; mais de metade são Nissan LEAF.

A gama europeia de automóveis novos de passageiros Volkswagen atingiu no último ano uma média de emissões CO2 de 92 g/km, uma diminuição de 22% face a 2019 e um resultado abaixo da meta oficial de 97 g/km.

+35 km A Sono Motors apresentou recentemente a versão de produção do seu modelo Sono Sion, veículo elétrico recarregável equipado com um sistema de células fotovoltaicas integradas na carroçaria que garante – segundo o fabricante alemão – até 35 km de autonomia adicional graças à energia solar.

1/4 No ano passado a Kia ultrapassou pela primeira vez a fasquia dos 100.000 veículos eletrificados, fazendo com que 1 em cada 4 unidades da marca vendidas na Europa em 2020 tenha sido um automóvel total ou parcialmente movido a energia elétrica.

17 + 6 = 23 O conjunto das marcas do Groupe PSA (Peugeot, Citroën, DS Automobiles, Opel-Vauxhall) disponibiliza a partir de agora versões híbridas plug-in ou totalmente elétricas a cada novo lançamento. Até ao final de 2021, a gama eletrificada do construtor francês irá assim alargar-se a 23 modelos, com 6 novidades adicionais a juntarem-se aos 17 modelos eletrificados atualmente em comercialização.

90%

No final deste ano, cerca de 90% de toda a gama Hyundai terá alguma forma de eletrificação.

521€ A LeasePlan propõe o novo Fiat 500 elétrico numa campanha de renting para particulares com renda mensal a partir de 521€ (já com IVA).

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02.2021 O CUV IONIQ 5, primeiro modelo da nova marca de automóveis 100% elétricos da Hyundai Motor Company, vai ser revelado em estreia mundial, num formato virtual, em meados deste mês de fevereiro.

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atualidade

Veículos conectados: Ford e Google anunciam parceria A Ford e a Google acabam de anunciar uma parceria estratégica que visa acelerar o plano de transformação da Ford, bem como reinventar a experiência conectada dos seus veículos. A Ford nomeou igualmente a Google como parceiro de eleição para o serviço de armazenamento em cloud, aproveitando a sua experiência no tratamento de informação, inteligência artificial e machine learning. Desta parceria de seis anos, com início agendado para 2023, vão resultar milhões de veículos Ford, de todos os segmentos de preço, equipados com sistemas Android, com aplicações Google e outros serviços integrados.

Novos BMW 320e e 520e Já em março a BMW vai expandir ainda mais a sua oferta de modelos híbridos plug-in com o lançamento de variantes de entrada na gama PHEV dos Série 3 e Série 5: disponíveis tanto na carroçaria sedan como carrinha e destacando-se por permitirem ainda maior economia, os novos 320e e 520e associam motor 2 litros a gasolina com motor elétrico, oferecendo potência combinada de 150 kW (204 cv). Quanto à autonomia, a BMW anuncia valores segundo o ciclo WLTP entre 48 e 57 km no caso do 320e, 46-54 km para o 320e Touring, 41-55 km para o 520e e 45-51 km para o 520e Touring.

Híbridos plug-in Mercedes-Benz em destaque A Mercedes-Benz está a acelerar a sua jornada rumo à neutralidade de emissões CO2, anunciando agora ter con-

seguido um progresso significativo nesse objetivo ao registar em 2020 um aumento acentuado nas entregas de

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modelos do tipo xEV (100% elétricos e híbridos plug-in): no ano recentemente terminado, mais de 160.000 híbridos plug-in e veículos totalmente elétricos foram vendidos pela Mercedes-Benz Cars em todo o mundo (+228,8%), incluindo cerca de 87.000 unidades no quarto trimestre 2020; e se a quota de modelos xEV aumentou para 7,4%, o grande destaque do ano passado foram as vendas de híbridos plug-in, que quase quadruplicaram, atingindo mais de 115.000 unidades. Em Portugal a Mercedes-Benz manteve a tendência de crescimento mundial em automóveis eletrificados: em 2020 os veículos xEV da marca (sob a sigla EQ) alcançaram a liderança no mercado nacional neste importante segmento, representando atualmente 26% do total das vendas.

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mercado MERCADO AUTOMÓVEL EM PORTUGAL

Híbridos e híbridos plug-in foram 30% das matrículas em janeiro

G

lobalmente, o mercado automóvel começou 2021 como acabou 2020: a cair. Tal como já se esperava, tendo em conta a situação pandémica, entretanto agravada no último mês a ponto de levar novamente a confinamento, o pior cenário possível também para a venda de carros. No caso dos veículos ligeiros de passageiros, a queda homóloga (face a janeiro 2020) foi de -30,5%. E só não foi pior, como bem lembra a Associação Automóvel de Portugal (ACAP) na divulgação destes números, porque no mês de janeiro foram matriculadas várias centenas de veículos híbridos, cujo imposto foi liquidado ainda em 2020 de modo a antecipar o agrava-

mento do ISV aprovado no Orçamento de Estado para 2021 e que tanta tinta fez correr nos últimos tempos. Com grande destaque para os híbridos convencionais, os HEV (híbridos elétricos não recarregáveis), que graças às 1998 unidades matriculadas atingiram quase 20% de quota entre os ligeiros de passageiros registados em Portugal. Os outros híbridos eletrificados, os PHEV (plug-in), ficaram-se pelos 10%, ainda assim duplicando o share de mercado conseguido no mesmo mês do ano anterior. Já as matrículas dos BEV foram menos de 30% de todo o segmento de modelos eletrificados recarregáveis (BEV+PHEV) e apenas 4,1% das vendas totais do mercado. Ainda não

ELÉTRICOS RECARREGÁVEIS

20%

AUTOMÓVEIS LIGEIROS DE PASSAGEIROS

VENDAS EM PORTUGAL JANEIRO 2021 SHARE POR TIPO DE MOTORIZAÇÃO

DIESEL

28,9%

GASOLINA

36%

BEV

OUTRAS

4,13%

1%

PHEV

9,99% HEV

19,97%

TOTAL UNIDADES VENDIDAS: 10.006 (-30,5%) Legenda: BEV – Elétrico a bateria PHEV – Híbrido plug-in HEV – Híbrido não recarregável

são conhecidos os detalhes do incentivo estatal 2021 à compra de veículos zero emissões (que deverá ser menor

para as empresas), mas os anormalmente escassos registos de matrícula por parte das marcas (Renault, Nissan e Tesla) habitualmente posicionadas no “top” 3 de vendas nacionais de modelos 100% elétricos será seguramente a explicação para esses números. Ainda assim, em janeiro os elétricos recarregáveis (100% elétricos e híbridos plug-in) atingiram em conjunto um share de mercado (14,1%) superior à média do ano anterior. Mas, considerando todos os segmentos, o maior destaque vai mesmo para os híbridos eletrificados (HEV+PHEV), que juntos somaram praticamente 30% dos automóveis matriculados no mercado nacional no primeiro mês de 2021. 

AS MARCAS MAIS VENDIDAS EM PORTUGAL - JANEIRO 2021

BEV – 100% ELÉTRICOS Peugeot 21,1%

10%

Renault 8,7%

Nissan 8,5%

Audi 7,3%

Volkswagen 6,1%

PHEV – HÍBRIDOS PLUG-IN 30%

Mercedes-Benz 32,6%

10%

10

BMW 15,4%

Volvo 14,9%

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Audi 9,4%

Mini 6,2%

Dados: ACAP

20%


atualidade

Novo Fiat 500 já vendeu mais de 10.000 unidades na Europa 2020 foi um ano recorde para os Fiat 500 e Panda, modelos líderes entre os citadinos europeus ao conseguiram uma quota de mercado global de 35,6%, com crescimento individual de 3 pontos percentuais. No último ano as versões “mild hybrid” da Fiat e da Lancia – 500, Panda e Ypsilon – tornaram-se líderes no segmento dos citadinos híbridos na Europa, com vendas de 110.000 unidades, ficando ainda com o segundo lugar no mercado global dos automóveis híbridos. Estes modelos representaram, recorde-se, o primeiro passo da marca italiana rumo à eletrificação: no final de 2021, 60% dos modelos Fiat estarão disponíveis em versões eletrificadas, uma proporção superior à média do mercado. E este novo ano será definitivamente encabeçado pelo novo 500, como demonstra o facto de em apenas dois meses de comercialização terem já sido efetuadas mais de 10.000 vendas na Europa, além de ter sido mesmo líder no mercado italiano dos veículos elétricos em dezembro. A Fiat anuncia para breve a estreia em Portugal da nova geração do histórico 500, agora um modelo exclusivamente elétrico.

Mais postos de carregamento nos parques de estacionamento Empark A Empark instalou em janeiro mais 15 postos de carregamento para veículos elétricos, distribuídos por 4 parques de estacionamento que esta empresa opera em Lisboa: Restauradores, Camões, Mercado da Ribeira e Técnico/Alves Redol. Nesses parques de estacionamento subterrâneo, os novos postos de carregamento, do tipo semirrápido (até 32 amperes), ocupam zonas “premium” bem identificadas e são de utilização universal. Em Lisboa a Empark já tinha instalado postos de recarga nos parques de estacionamento de Campolide, Marquês de Pombal, Alexandre Herculano, Saldanha, Valbom e Berna, e de modo a responder à procura crescente por este tipo de serviço anunciou já que até ao final de fevereiro irá disponibilizar carregadores elétricos também na Alameda, Campo de Ourique, Avenida de Roma, Arco do Cego e Sete Rios. Para mais tarde (abril) está ainda prevista a instalação de carregadores nos parques de estacionamento Empark do Porto (D. João I e Brasília), Vila Nova de Gaia (parques do Centro Cívico e Luíz I), Cascais (Largo da Estação), Leiria (Mercado/Maringá) e Portimão (Alameda da República), bem como nos parques lisboetas da Baixa-Chiado, Infante Santo e Praça de Londres. No final desse mês de abril, a Empark pretende ter disponíveis cerca de 100 carregadores para veículos elétricos.

O mais belo concept-car do ano O protótipo DS Aero Sport Lounge foi o vencedor do “Grand Prix du Plus Beau Concept Car 2021”, prestigiado galardão atribuído pelo Festival Automobile International, evento que premeia anualmente o melhor do design e dos projetos artísticos da indústria automóvel. Apresentado em março do ano passado, este “concept” da DS Automobiles destaca-se pela beleza das suas linhas futuristas mas também pelo vanguardismo tecnológico, com um habitáculo construído com materiais sustentáveis, elevada eficiência aerodinâmica, sistema de inteligência artificial apto a interagir com o condutor e passageiros através de linguagem gestual captada por ultrassons e avançada motorização elétrica (baseada na tecnologia usada no DS Techeetah com que António Félix da Costa se tornou campeão de Fórmula E) de 500 kW (680 cv), bateria de 110 kWh e autonomia até 650 km.

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apresentação

RENAULUTION

A REVOLUÇÃO RENAULT

A

qui há algum tempo, o Grupo Renault tinha já projetado uma evolução da sua organização em torno das suas marcas, agrupando-as em quatro unidades de negócio: Renault, Dacia, Alpine e novas mobilidades. Agora, o construtor francês foi ainda mais longe ao revelar um novo plano estratégico a que chama “Renaulution”, ou a “Revolução Renault”! E não é para menos, porque é sim de uma verdadeira revolução que se trata... Marca histórica na mobilidade, com este plano estratégico “Renaulution” a Renault embarca numa ambiciosa transformação que visa reorientar a estratégia do Grupo Renault da procura de volume para a criação de valor. A “Revolução Renault” é estruturada em três fases: “Ressurreição”, que se vai estender até 2023 e concentrar-se na recuperação da margem e na criação de liquidez; “Renovação”, até 2025, destinada a trazer a renovação e o enriquecimento das gamas que contribuem para a rentabilidade das marcas; e “Revolução”, fase a

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iniciar-se em 2025, ao longo da qual se dará a transformação do modelo económico para a tecnologia, a energia e a mobilidade, fazendo do Grupo Renault um precursor na cadeia de valor das novas mobilidades. O próprio CEO do Grupo Renault, Luca de Meo, reafirmou esse desígnio ao apresentar o plano “Renaulution”: “Passaremos de uma empresa automóvel que utiliza a tecnologia a uma empresa tecnológica que utiliza os automóveis, na qual pelo menos 20% das receitas, até 2030, terão origem nos serviços, nos dados e no comércio de energia”. Este novo caminho rumo à rentabilidade e também à neutralidade carbónica passará por uma gama de automóveis ainda mais competitiva, equilibrada e, claro, eletrificada, como anunciam as novidades já reveladas para cada marca do Grupo...

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Renault: “nova vaga” de modelos eletrificados A marca que dá nome ao Grupo desvendou a sua estratégia para os próximos cinco anos, dando início a uma nova era da sua existência ao abraçar as mudanças agora em curso no mercado automóvel e transformar-se numa marca de tecnologias, de serviços e de energias limpas. Hoje líder europeu (incluindo em Portugal, como demonstram os dados de 2020) no mercado de veículos elétricos, a Renault promete conservar essa liderança na transição energética através de novas soluções eletrificadas (e investindo também em soluções a hidrogénio, para serem comercializadas no mercado dos comerciais ligeiros), de modo a oferecer a gama mais “verde” da Europa. Para conseguir atingir essa meta, a aposta é alta, com o lançamento daqui até ao ano 2025 de nada menos do que 14 novos modelos, metade dos quais serão 100% elétricos (baseados nas duas plataformas dedicadas, CMF-EV e CMF-B EV) e os restantes híbridos. Uma autêntica “nova vaga” de lançamentos,

todos eles a disponibilizar com uma versão elétrica ou híbrida. Assim, depois de 10 anos de pioneirismo e liderança na mobilidade elétrica, contando já com mais de 300 mil veículos elétricos vendidos e propondo soluções tão abrangentes como o “best-seller” 100% elétrico ZOE ou a patenteada tecnologia híbrida E-TECH baseada na sua experiência nos veículos elétricos e na F1, a Renault aposta agora em tornar os automóveis elétricos populares e acessíveis a todos. E essa estratégia passa ainda por fazer a Renault evoluir para uma marca tecnológica, reforçando o seu “know-how” em tecnologias-chave e equipando os seus automóveis com os melhores sistemas de inteligência artificial e de cibersegurança; uma marca de serviços, apta a oferecer a bordo dos seus automóveis os melhores serviços conetados e tecnologia de ponta; e ainda uma marca de energias limpas, enquanto líder assumido da transição energética.

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apresentação

Renault 5 Prototype regresso ao futuro! Embora agora mais que nunca virada para o futuro, a Renault também faz gala do seu passado. Ou, como refere o próprio construtor francês, “A alma de uma marca está nas suas raízes”. Não é pois de admirar que a Renault tenha decidido ilustrar a sua nova estratégia e a sua futura gama com que pretende democratizar o automóvel elétrico na Europa fazendo renascer um dos seus modelos mais simbólicos: o Renault 5! Ícone da história Renault que serviu de inspiração para a grande novidade Renault 5 Prototype agora revelada: verdadeira abordagem moderna de um automóvel popular, este estudo antecipa um futuro modelo citadino, compacto, 100% elétrico e, ainda mais importante, é bem a encarnação do plano “Renaulution” em termos de produto, como confirmou Luca de Meo, CEO do Grupo Renault: “O novo R5 encarna a ‘Nouvelle Vague’: está fortemente ligado à nossa história e simboliza o nosso futuro”. Este “concept” pode sim ser imediatamente identificado com o “velhinho” R5, um modelo emblemático e reconhecido em todo o mundo, no entanto não foi apenas o seu design a ser atualizado, como comprova o facto dos elementos estilísticos retirados do design original esconderem algumas funções muito modernas: a entrada de ar no capô esconde o terminal de carga; as luzes traseiras incluem defletores aerodinâmicos; os faróis de nevoeiro no para-choques são agora luzes de condução diurna; os logos frontal e traseiro acendem-se, etc...

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Dacia competitividade reforçada Parte integrante do Grupo Renault, a marca Dacia tornou-se sinónimo de sucesso comercial (mais de 7 milhões de automóveis vendidos) e destaca-se por propor os veículos com a melhor relação qualidade/preço do mercado. E nesta nova era agora iniciada, a “receita” não vai mudar: a filosofia Dacia manter-se-á, promete a casa-mãe, tão acessível como sempre mas com um toque de modernidade. “A Dacia continuará a ser a Dacia, com uma oferta de modelos fiáveis, com a melhor relação qualidade-preço para uma compra inteligente”, promete Denis Le Vot, o CEO da marca criada na Roménia em 1968 e relançada e internacionalizada desde a sua aquisição pela Renault. A estratégia para os próximos

5 anos passa pelo reforço da eficiência e da competitividade, a partir de agora impulsionada pela criação de uma nova unidade de negócio entre a Dacia e outra marca do Grupo, a Lada, potenciando assim sinergias. Com uma clara aposta também na qualidade e atratividade dos seus futuros modelos, a Dacia quer ir mais além em termos de produtos e de mercados, através de uma gama competitiva, alargada e modernizada. A começar com o lançamento, já este ano, dos novos Sandero e Logan, bem como daquele que promete ser o citadino elétrico mais acessível na Europa, Dacia Spring. O plano de lançamentos prevê ainda a chegada daqui até 2025 de três novos modelos.

Bigster Concept antecipa futura figura de proa da gama Dacia O objetivo passa também pela entrada direta no segmento C, simbolizada com o protótipo Bigster, que revela ser a maior das novidades Dacia agora anunciadas: encarnando na perfeição a evolução que o Grupo Renault quer para a marca Dacia, o Bigster Concept é o projeto de um SUV para tornar o segmento C acessível, ao preço de um automóvel do segmento inferior; robusto e espaçoso, é a prova de que um automóvel acessível pode ser atraente, juntando a isso a atualidade das preocupações ecológicas patentes na utilização sistemática de plásticos reciclados brutos e na possibilidade de vir a ser equipado com motores de energias alternativas ou híbridos.

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apresentação apresentação

Alpine uma marca inovadora, desportiva e 100% elétrica Já à outra marca automóvel do Grupo Renault, a Alpine, fica reservado o papel mais desportivo, e não apenas na Fórmula 1. Já se sabia que a partir desta temporada 2021 o grupo automóvel francês passa a ser representado na competição máxima do desporto motorizado pela Alpine F1 Team. Agora, no âmbito do plano “Renaulution”, a Renault potencia a força da herança de uma marca nascida na competição transformando a Alpine na entidade do Grupo dedicada aos automóveis desportivos inovadores, autênticos e exclusivos. Aproveitando a exposição mediática da Fórmula 1 e esse glorioso passado desportivo ilustrado pelo icónico A110 original de ralis e pela vitória nas 24 Horas de Le Mans, à marca Alpine fica assim atribuída a missão de combinar a paixão pela competição com a excelência tecnológica e os recursos do Grupo Renault de modo a desenvolver automóveis exclusivos de elevadas performances. Uma gama inovadora que vai integrar tecnologias

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de ponta com origem na F1 e que será 100% elétrica. Da próxima geração de produtos Alpine farão parte estas 3 novidades já confirmadas, que serão produzidas com recurso às sinergias do Grupo e da Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi mas também à colaboração com parceiros selecionados (como é o caso da Lotus, marca com a qual o Grupo Renault assinou já um protocolo de acordo para desenvolver uma nova geração de automóveis desportivos 100% elétricos): - um Compacto Desportivo (segmento B) 100% elétrico, baseado na plataforma CMF-B EV da Aliança - um Crossover Desportivo (segmento C) 100% elétrico, baseado na plataforma CMF-EV da Aliança - um Desportivo 100% elétrico, substituto do A110, desenvolvido em conjunto com a Lotus

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Møbilize para uma mobilidade ainda mais sustentável Mas as novidades anunciadas pela Renault não se ficam só pelos produtos... Uma das quatro novas unidades de negócio agora criadas no seio do grupo francês é a Mobilize, entidade dedicada a propor serviços de mobilidade, de energia e de dados a outras marcas e parceiros, utilizando para isso os melhores ecossistemas abertos. Uma novidade que resulta natural nesta altura de grande mudança que a indústria enfrenta, na qual o automóvel deixa de ser uma propriedade para passar a ser um serviço utilizado quando e onde houver necessidade. Propondo novas soluções de mobilidade para pessoas e bens, com ou sem automóvel, de forma a responder às expetativas dos consumidores mas também das empresas, das cidades ou regiões, a Mobilize vai apostar ainda no desenvolvimento de veículos dedicados a novos serviços como autopartilha, distribuição de último quilómetro, transporte a pedido... E já tem um exemplo: o EZ-1 Prototype, uma solução de mobilidade urbana concebida para o uso partilhado. Elétrico, compacto e ágil, apresenta um inovador sistema de troca da bateria que permite a sua utilização “non-stop” e um igualmente inovador esquema de comercialização: quem o usar pagará apenas em função do tempo de utilização ou da quilometragem percorrida.

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atualidade

Kia: novo “crossover” elétrico chega no primeiro trimestre A Kia revelou recentemente um novo logótipo e um novo slogan global, que representam a ambição da marca de ocupar um lugar de liderança na indústria da mobilidade do futuro, transformando todas as facetas do seu negócio. E um dos pilares dessa transformação é, claro, a eletrificação da gama Kia: a marca sul-coreana vai lançar sete novos modelos elétricos a bateria (BEV) até 2027, em diversos segmentos; construídos com base na nova Plataforma Modular Global Elétrica (E-GMP) do grupo Hyundai, estes modelos estarão equipados com tecnologia líder que lhes garantirá – diz a Kia – uma notável autonomia de condução e possibilidade de carregamento ultrarrápido. O primeiro BEV a usar essa plataforma específica de última geração será apresentado no primeiro trimestre deste ano, dando corpo à mudança da Kia para a eletrificação: sabe-se já que este primeiro modelo Kia a recorrer à nova tecnologia E-GMP (e que será também o primeiro veículo destinado ao mercado global a apresentar o novo logótipo Kia) vai ter um design inspirado nos “crossovers” e oferecer uma autonomia de 500 km, além de um tempo de carregamento a alta velocidade inferior a 20 minutos.

Veículos elétricos: Renault é líder No último ano a Renault aumentou em quase 28% as suas vendas nacionais de automóveis elétricos, conquistando a liderança deste mercado, com uma quota de 17,5% nos veículos ligeiros de passageiros e comerciais. Num mercado que registou uma forte quebra (-34%), 9% dos automóveis de passageiros vendidos pela Renault em 2020 foram modelos eletrificados (elétricos e híbridos); um share atingido também graças ao início de comercialização, no último quadrimestre de 2020, das versões híbridas plug-in do Captur e do Mégane, bem como da variante híbrida do Clio. Em Portugal o segmento dos automóveis elétricos esteve em contraciclo com as motorizações tradicionais, fortemente atingidas por um contexto de mercado bastante negativo, justificado pela pandemia que assola o mundo: confirmando a crescente aceitação e o aumento da procura pela mobilidade elétrica, em 2020 as vendas de automóveis elétricos cresceram 14%. E neste mercado particularmente dinâmico a Renault registou um crescimento das vendas de 28% (o dobro do mercado), o que lhe valeu a liderança, com uma quota de mercado de 17,5%, correspondente a um total de 1415 unidades vendidas (passageiros + comerciais ligeiros); com 1208 unidades (+25% face a 2019), o ZOE foi o modelo mais representativo entre os veículos elétricos da marca francesa e o segundo automóvel elétrico mais vendido em Portugal no ano transato.

Novo Jeep Grand Cherokee vai ter versão 4xe Vem aí a quinta geração do Jeep Grand Cherokee. A marca promete para o modelo 2021 do SUV mais premiado de sempre – agora disponível pela primeira vez em configuração de três filas, Grand Cherokee L – uma capacidade 4x4 ainda mais extraordinária, características “premium” de requinte e qualidade em estrada, luxo e conforto de nível superior, bem como avançados conteúdos de segurança e tecnologia. O novo Grand Cherokee L vai chegar aos concessionários Jeep no segundo trimestre deste ano. E uma segunda variante, de duas filas e com versão eletrificada 4xe, deverá estrear mais tarde em 2021.

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atualidade

Breves  A Mercedes já revelou os preços de comercialização no mercado português do EQA, o seu primeiro veículo 100% elétrico no segmento dos SUV compactos “premium”: a versão de lançamento EQA 250 vai estar disponível a partir de 53.750€.  Já no final deste ano, 60% da gama Fiat será constituída por modelos eletrificados.

Stellantis: 39 modelos elétricos até final do ano Tal como esperado, celebrou-se a 19 de janeiro o nascimento da Stellantis, grupo automóvel que resulta da anunciada fusão entre a FCA Chrysler Automobiles e o Groupe PSA. Agrupando marcas de carros que cobrem todos os segmentos de mercado, desde veículos de passageiros de luxo, “premium” e “mainstream” até carrinhas, SUV, veículos comerciais ligeiros e “pick-ups” de carga pesada, bem como marcas dedicadas à mobilidade, serviços financeiros, peças e serviços, a Stellantis passa assim a ser um dos principais fabricantes mundiais de automóveis e um fornecedor de mobilidade apostado em oferecer soluções distintas, fiáveis, acessíveis e sustentáveis, abrangendo eletrificação, conectividade, condução autónoma e propriedade partilhada. Contando com o gestor português Carlos Tavares como CEO, o novo grupo automóvel está desde já bem posicionado no mercado de veículos elétricos em crescimento constante, disponibilizando hoje um total de 29 modelos elétricos, gama na qual planeia introduzir 10 veículos adicionais até ao final deste ano.

Carro do Ano 2021: os 7 finalistas Dois modelos exclusivamente elétricos – o novo Fiat 500 e o Volkswagen ID.3 – e o Citroën C4 – novo modelo agora lançado no mercado e disponível também numa variante de motorização elétrica, ë-C4 – estão entre os 7 finalistas candidatos ao troféu Carro do Ano 2021. De uma lista inicial de 29 modelos novos, o júri composto por 60 jornalistas especializados de 23 países selecionaram a “shortlist” de 7 finalistas de onde sairá o vencedor deste prestigiado prémio: o Carro do Ano 2021 no mercado europeu será conhecido a 1 de março. Além do Citroën C4, do Fiat 500 e do Volkswagen ID.3, os outros possíveis sucessores do Peugeot 208 (eleito Carro do Ano europeu em 2020) são o Cupra Formentor, o Land Rover Defender, o Škoda Octavia e o Toyota Yaris.

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 A BMW vai acelerar a produção de veículos elétricos: o objetivo para o período entre 2021 e 2023 é construir mais 250 mil unidades do que as originalmente planeadas.  A Siemens lançou o seu primeiro carregador público de carga rápida para veículos elétricos, já projetado para desenvolvimentos tecnológicos futuros ao oferecer potências até 300 kW e suportar tensões até 1000 V.  2 de março é a data agendada pela Volvo Cars para revelar em primeira mão o seu próximo modelo 100% elétrico.  A Volkswagen terá confirmado para 2022 a apresentação do ID.Buzz, futuro modelo elétrico cujo conceito é baseado no icónico “pão-de-forma”. A comercialização será lançada no ano seguinte.  O Grupo Renault e a Plug Power Inc. vão criar uma “joint venture” para pesquisa, desenvolvimento e fabrico de sistemas de pilha de combustível a hidrogénio destinados aos veículos comerciais ligeiros.  A Nissan vai apresentar a 18 de fevereiro a nova geração Qashqai, modelo que em 2022 fará a estreia europeia da tecnologia Nissan e-POWER.  A gama 2021 do Jeep Wrangler estará disponível em Portugal apenas com motorização a gasolina com tecnologia híbrida plug-in.

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MERCEDES EQA

Relâmpago terrestre

O segundo modelo 100% elétrico da Mercedes está pronto para enfrentar o mundo, uma nova proposta para tornar a vida nas cidades mais saudável, com o EQA a oferecer um automóvel preparado para a família, mas que também promete ser divertido de conduzir, num pacote que percorre mais de 400 quilómetros com uma única carga de energia.

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gama EQ da Mercedes-Benz vai ter em breve o seu segundo modelo 100% elétrico, agora mais virado para o grande público e para os habitantes das grandes cidades. O EQA tem uma aparência semelhante à do GLA, um “crossover” imponente e desportivo, mas com a agilidade e as capacidades de transporte familiar do Classe A. Vai chegar ao mercado nacional durante a primavera, inicialmente numa única versão, denominada EQA 250, mas terá depois outras variantes. A marca alemã ainda não anunciou preços, mas, tendo como base o preço previsto para a Alemanha, deverão

ficar pouco acima dos 50 mil euros, conforme o equipamento. O EQA vai ter um nível de equipamento mais luxuoso que o habitual neste segmento, com destaque para a versão Advanced, que inclui o sistema de infoentretenimento MBUX, incluindo já um painel de instrumentos 100% digital e um ecrã tátil de grandes dimensões, ambos com 10,25 polegadas. Em opção, este pode ser reforçado com um “head up display” e sistema de navegação de realidade aumentada, para ter informações de condução projetadas no para-brisas, na linha de visão do condutor. A navegação também permite calcular o trajeto com base na

Graças a um conjunto de baterias com uma capacidade total de 66,5 kWh, consegue percorrer 426 km numa única carga de energia. 20

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proximidade de pontos públicos de recarregamento da bateria. O equipamento de série também inclui uma câmara de ajuda ao estacionamento e assistente de ângulo morto. Existem ainda três pacotes de equipamento opcional com decorações específicas, Night, Electric Art e AMG Line. Entre os extras disponíveis encontram-se os faróis LED de intensidade adaptativa, abertura elétrica da bagageira, jantes de liga leve e iluminação ambiente do habitáculo. No lançamento, apenas vai estar disponível o EQA 250, com performances semelhantes ao GLA com a mesma designação. O motor elétrico, ligado apenas às rodas da frente, consegue gerar uma potência máxima de 140 kW (equivalente a 190 cv), o que lhe permite atingir os 100 km/h em menos de nove segundos. Graças a um conjunto de baterias com uma capacidade total de 66,5 kWh, consegue percorrer 426 quilómetros numa única carga de energia, no ciclo WLTP. Para atingir este valor com mais facilidade, o condutor vai ter a ajuda do Eco Assist, que consegue utilizar a navegação, reconhecimento de sinais e análise do

terreno circundante (através de sensores montados em redor da carroçaria) para comunicar com o condutor de modo a atingir o ritmo ideal para poupar energia. Dessa forma, mensagens transmitidas no painel de instrumentos podem instruir o condutor para reduzir a força no acelerador ou mesmo para retirar completamente o pé, tirando partido da recuperação de energia de travagem para recarregar momentaneamente a bateria. O sistema também avisa para desligar o ar condicionado em caso de carga reduzida. Para mais tarde, a Mercedes promete uma versão menos potente, capaz de atingir uma autonomia superior a 500 quilómetros, bem como uma variante mais desportiva, com um segundo motor elétrico e a designação 4Matic, indicando tração às quatro rodas. Com a bateria a manter o centro de gravidade baixo, e uma suspensão traseira multibraços, o Mercedes EQA promete ter um comportamento estável em curva, com um bom nível de conforto. Para uma utilização mais desportiva, o condutor pode optar por montar amortecedores adaptativos. n

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REVISTA DE IMPRENSA “Hoje o software já é a espinha dorsal dos nossos veículos. Nenhum carro moderno pode andar sem bits e bytes” Oliver Seifert Vice-Presidente, Desenvolvimento Elétrico/Eletrónico – Porsche AG

“A Fórmula 1 tem que ser elétrica. (...) Definitivamente, vai ter de fazer a mudança para a mobilidade elétrica” Alejandro Agag Empresário, criador dos campeonatos Fórmula-E e Extreme-E

“O verdadeiro desafio já não é ter modelos eletrificados, mas sim tornar esses modelos acessíveis aos nossos clientes” Carlos Tavares CEO – Stellantis

“Os híbridos são uma solução amiga do ambiente, com um custo equiparado aos veículos convencionais e que não alteram o estilo de vida dos clientes, uma vez que não necessitam de carregamento externo. O futuro está na massificação da eletrificação, por isso o futuro está nos híbridos” José Ramos Presidente e CEO – Toyota Caetano Portugal

“Na Kia, acreditamos que o transporte, a mobilidade e o movimento constituem direitos humanos. A nossa visão é criar soluções de mobilidade sustentáveis para consumidores, comunidades e sociedades à escala global” Ho Sung Song Presidente e CEO – Kia Corporation

“Os híbridos plug-in têm zero, ou quase zero, emissões de escape quando conduzidos em modo 100% elétrico e os dados que obtemos pela utilização real dos nossos clientes mostram que o são, em média, durante cerca de 40% do tempo de condução” Volvo

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“Depois dos (atuais) 208 e 2008, a próxima geração de modelos Peugeot do segmento B e B-SUV será totalmente elétrica. (...) Esta tendência global dos VE aumenta todos os meses, todas as semanas” Jean-Philippe Imparato CEO – Peugeot (em entrevista à Auto Express)

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“A procura por carros elétricos cresce lentamente. Mas o ‘tsunami’ vem aí” CNN Business

“Para 2021 vamos estender o nosso portfólio de produtos xEV com veículos totalmente elétricos e também uma maior oferta de PHEV”

“Passaremos de uma empresa automóvel que utiliza a tecnologia a uma empresa tecnológica que utiliza os automóveis, na qual, daqui até 2030, pelo menos 20% das receitas terão origem nos serviços de dados e no comércio de energia” Luca de Meo CEO – Grupo Renault (na apresentação do plano estratégico ‘Renaulution’)

Holger Marquardt CEO – Mercedes-Benz Portugal

“Ainda há espaço para a tecnologia diesel” Ricardo Lopes COO – Hyundai Portugal

“No âmbito das medidas da ação climática é mantido o incentivo à introdução no consumo de veículos de zero emissões, financiado pelo Fundo Ambiental, nos termos a definir por despacho do membro do Governo responsável pela área do ambiente e da ação climática” Artigo 324.º – Orçamento do Estado para 2021

“Os automóveis elétricos não são uma cedência entre desempenho e conforto. Diria: experimente. Os motores elétricos conseguem atingir velocidades extremamente elevadas. A autonomia também é perfeitamente conveniente, uma vez que basta carregar o automóvel durante o tempo que passamos no escritório. No futuro, o mundo será totalmente elétrico. É uma questão de tempo” Christian Sauzedde Diretor executivo – Astuce Technologies (primeiro proprietário do novo Nissan LEAF em Singapura)

“Acredito que até 2025 a Europa será capaz de produzir células de baterias suficientes para dar resposta às necessidades da indústria automóvel europeia” Maroš Šefčovič Vice-Presidente – Comissão Europeia

“2020 assistiu não só a um enorme aumento da popularidade dos carros usados, mas também a uma aceleração na compra de automóveis online como consequência da Covid-19” Luís Lopes Managing Director – CarNext.com

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HYUNDAI TUCSON

Subida de nível

O Tucson ganha uma nova identidade com a geração que já está à venda por pouco mais de 30 mil euros, crescendo em tamanho e atingindo novos níveis de performance com menos combustível, graças a variantes híbridas com potências que chegam aos 265 cv.

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cada geração que passa, o Hyundai Tucson tem evoluído numa direção em que foi perdendo o ar mais pesado da primeira geração, ganhando uma aparência mais esbelta, mais ágil. Combinando isso com motores mais potentes, o SUV sul-coreano vai além da simples utilização familiar e leva ao caminho da experimentação ao volante, já a roçar o comportamento desportivo, para tirar todo o partido de uma gama de motores com vários níveis de eletrificação. Esta imagem mais dinâmica também beneficia a sua utilização como automóvel familiar. O novo Tucson cresce em várias direções, ganhando 20 cm no comprimento, 15 cm na largura e 10 cm na distância entre eixos. Na prática, a Hyundai anuncia ganhos consideráveis na habitabilidade traseira, oferecendo mais 26 mm de espaço para as pernas. A bagageira também é mais prática para transportar todos os “brinquedos” da família em viagem, oferecendo 620 litros na configuração normal e crescendo até 1799 litros com os bancos rebatidos. É um grande salto neste segmento, que já começa a oferecer uma capacidade semelhante a uma carrinha de grandes dimensões. Quanto

VERSÕES E PREÇOS 1.6 TGDi Premium 1.6 TGDi Vanguard 1.6 CRDi Premium 1.6 CRDi Vanguard HEV Premium HEV Vanguard

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31.786€ 35.718€ 39.100€ 43.300€ 38.650€ 42.850€

ao condutor, vai estar rodeado de ecrãs, com a estreia de um “cockpit” digital, acompanhado de um sistema de infoentretenimento com ecrã tátil de até 10,25 polegadas e outro ecrã tátil, na base da consola central, para controlo do ar condicionado e da climatização. Esta tem um novo sistema de circulação e distribuição, que torna o fluxo de ar mais suave e a temperatura estável por todo o interior. A gama de motores disponível em Portugal está completamente eletrificada, com o destaque a ir para o primeiro Tucson “full hybrid”. Ao contrário do conjunto-motor que é conhecido de modelos como o Ioniq ou Kauai, dá um salto em termos de potência total, que aqui atinge níveis dignos de um desportivo, somando um valor combinado de 230 cv. O sistema combina um propulsor 1.6 turbo a gasolina com um motor elétrico de 44 kW, e tem um consumo médio de 6,2 l/100 km. Ainda antes da primavera vai surgir um híbrido plug-in, com 265 cv e uma autonomia de 50 quilómetros em modo 100% elétrico. Os motores convencionais usam a forma mais simples de eletrificação, com uma bateria de 48 volts, alternador por corrente para reaproveitamento da energia de travagem, e a capacidade de desligar o motor quando se tira o pedal do acelerador. O sistema é combinado com o 1.6 turbo a gasolina de 150 cv (com caixa manual de seis velocidades) e o 1.6 CRDi diesel de 136 cv (com caixa de dupla embraiagem de sete relações). Com esta hibridação leve, os consumos devem descer entre os 10 e 15 por cento. Todos os motores da gama nacional do Hyundai Tucson podem ser combinados com dois níveis de equipamento, Premium e Vanguard: o primeiro já vem bem dotado, com faróis LED (cuja presença está disfarçada na linguagem de design, quase invisíveis), sensor de chuva e o sistema de segurança SmartSense (que inclui monitor de ângulo morto, prevenção de colisão e navegação com antecipação de curvas); o segundo acrescenta carregamento do telemóvel sem fios, bagageira com abertura elétrica e iluminação ambiente, entre outros detalhes. Um nível de equipamento mais desportivo, o N-Line, será lançado dentro de poucos meses. n

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Além de estrear a filosofia de design ‘Sensuous Sportiness’, a nova geração do Hyundai Tucson está disponível numa gama completamente eletrificada que inclui motorizações ‘mild-hybrid’ 48V, híbrida HEV e em breve também híbrida plug-in.

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entrevista

Luís Barroso Presidente da MoBI.E

“Acredito que, em breve, a capacidade de armazenamento das baterias permita ultrapassar a capacidade dos depósitos de combustível” A MOBI.E apresentou recentemente um novo posicionamento. Quer, por favor, explicá-lo aos nossos leitores? A adoção de um novo posicionamento significa que até aqui algo estava mal, em termos de rede pública de carregamento para veículos elétricos? A MOBI.E teve um papel importante durante os últimos cinco anos, que coincidiu com o denominado período transitório e em que desempenhou o papel de Entidade Gestora (EGME), Operador, Comercializador, Promotor e Conselheiro. No fundo, fez um pouco de tudo para que hoje a mobilidade elétrica seja uma realidade em Portugal. Com a entrada na fase plena de mercado ocorrida em 1 de julho de 2020, a MOBI.E, S.A. teve, naturalmente, de rever o seu posicionamento à luz do Regulamento de Mobilidade Elétrica, focando a sua intervenção no mercado enquanto EGME e enquanto instrumento público, com o reforço do seu papel de promotor do desenvolvimento da mobilidade sustentável, de forma a dar um contributo sólido para ajudar a alcançar os objetivos definidos para a descarbonização: o Roteiro para a Neutralidade Carbónica define que o setor da mobilidade e transportes seja neutro em termos de emissões em 2050 e o Plano Nacional Energia e Clima 2030, aprovado pelo Governo em maio de 2020, projeta como meta para o setor da mobilidade e transportes uma redução de gases de efeito de estufa de 40% até 2030. Com o fim da fase-piloto na mobilidade elétrica nacional, tendo os agentes privados passado a intervir diretamente na operação e comercialização do carregamento elétrico, qual é agora o papel da MOBI.E? Em plena fase de mercado regulado, a MOBI.E irá concentrarse no seu papel de Entidade Gestora da rede de Mobilidade Elétrica (EGME), fazendo a gestão dos fluxos de informação

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relativos aos consumos e financeiros relacionados com a utilização da rede Mobi.E. Ao mesmo tempo, iremos monitorizar a evolução do mercado, intervindo, sempre que se justificar no desenvolvimento da rede Mobi.E, quer disponibilizando mais ferramentas tecnológicas, quer investindo pontualmente no crescimento da infraestrutura de carregamento para o qual o setor privado não mostre apetência para investir. A MOBI.E fez recentemente referência ao modelo de mobilidade elétrica em vigor em Portugal como sendo o melhor para os utilizadores de VE, podendo inclusive servir de exemplo para outros países. Quais são as vantagens deste modelo? A MOBI.E acredita que Portugal dispõe do melhor modelo para a mobilidade elétrica e, nesse sentido, procura torná-lo numa referência ao nível externo. As principais vantagens prendem-se com: i) integrado com o setor elétrico, o que permite aos utilizadores utilizarem a rede Mobi.E tanto em casa como na rua; ii) o papel atribuído ao setor público (regular e monitorizar) e o papel atribuído ao setor privado (comercializar e operar) estão perfeitamente definidos; iii) permite a otimização da capacidade instalada da rede energética evitando apagões por picos de utilização; iv) centra-se na melhor experiência para o utilizador, uma vez que ao ter acesso a um ponto da Rede, tem acesso a toda a Rede Mobi.E; e v) o seu funcionamento assenta numa plataforma digital que permite criar a rede Mobi.E. A título de exemplo, outros países começam a constatar as mais-valias da solução portuguesa e a analisar a forma de a importar, como é o caso da cidade de Hamburgo, Turquia ou mesmo o Reino Unido. Em sentido contrário, o nosso país já não parece ser grande exemplo no que toca à rede de carregamento de veículos elétricos... Há cerca de um ano, um estudo da

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Federação Europeia dos Transportes e Ambiente (T&E) colocava Portugal no 7.º lugar dos países europeus com maior necessidade de investir nesta área; desde então, essa situação mudou? Nos próximos anos temos objetivos ambiciosos para o crescimento da rede de carregamento, de forma a poder responder ao expectável crescimento do parque de veículos elétricos em função de um cada vez maior número de motorizações oferecidas pelos construtores. Só no último ano, duplicámos praticamente a oferta da rede de carregamento, o que, por si só, é um fator que indicia a mudança da situação. Importa ainda frisar a vantagem do nosso modelo que não é devidamente valorizada nestas comparações com outros países, uma vez que a disponibilidade de acesso é efetuada a toda a Rede Mobi.E e não em função do comercializador com quem o utilizador contrata, o que permite uma utilização mais eficiente da infraestrutura disponível. Em novembro passado foi anunciado que até final de 2020 a rede MOBI.E contaria com 1400 postos de carregamento. Essa previsão foi atingida? Pode-se dizer hoje que a rede pública de carregamento chega já a todo o país? A rede MOBI.E terminou o ano de 2020 com 1417 postos de carregamento (3076 tomadas), dos quais 258 são postos de carregamento rápido, e com uma cobertura geográfica superior a 80% do total dos municípios do país (incluindo regiões

“A rede Mobi.E terminou o ano de 2020 com 1417 postos de carregamento (3076 tomadas), dos quais 258 são postos de carregamento rápido, e com uma cobertura geográfica superior a 80% do total dos municípios do país (incluindo regiões autónomas)”

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entrevista

autónomas), o que confere uma dispersão geográfica desta tecnologia extremamente interessante e uma sólida base de partida para continuar a crescer. E para este ano de 2021, qual é o objetivo em termos de expansão da rede? O objetivo de crescimento médio para os próximos cinco anos é de duplicação anual da capacidade de carregamento de rede Mobi.E. Este ano vamos concluir o alargamento da rede a todos os Municípios do País e voltar os nossos investimentos para a criação de um piloto focado no aumento de potência da infraestrutura. A estes acrescem ainda os diversos investimentos que têm vindo a ser anunciados pelo setor privado e por diversas autarquias, o que contribuirá para alargar a oferta e, com isso, a confiança dos utilizadores para optarem pela mobilidade elétrica. Além do número de postos, a velocidade de carregamento é igualmente fator decisivo no caminho para a democratização dos carros elétricos recarregáveis. Em termos de postos rápidos e mesmo ultrarrápidos, o que está previsto para curto e médio prazo na rede nacional (além dos projetos privados já conhecidos)? Há previsão de quando poderão estar em exploração no terreno os 12 PCUR que foram recentemente motivo de concurso público? E, já agora, os 10 hubs (incluindo posto PCUR) que estiveram igualmente a concurso público? Conforme referido, o investimento da Mobi.E irá centrar-se este ano no aumento da potência. Inserido no Programa de Estabili-

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“O investimento da Mobi.E irá centrar-se este ano no aumento da potência” zação Económica e Social aprovado pelo Governo, iremos promover a instalação de 10 hubs – cada um composto por 1 Posto de Carregamento Ultrarrápido de 150 kW (PCUR), 3 Postos de Carregamento Rápido de 50 kW (PCR) e 5 Postos de Carregamento Normal de 22 kW (PCN) –, a que acrescem mais 12 PCUR, espalhados por 12 cidades do País. Neste momento, os concursos encontram-se a decorrer e prevê-se que os postos de carregamento irão entrar em exploração ao longo do 2º semestre deste ano. A estes investimentos devem ser adicionados aqueles que quer os municípios, quer o setor privado estão a promover, que envolvem também PCURs e, sobretudo, PCRs. Apesar de começar a ser usual ver, tanto em meio urbano como nas autoestradas, postos de abastecimento de combustível que disponibilizam carregadores para VE, não acha que – tal como parece ir acontecer noutros mercados – alguma intervenção a nível legislativo no sentido de tornar essa oferta obrigatória poderia ser uma medida decisiva, ao ajudar a vulgarizar os postos de recarga elétrica?

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Sem colocar de parte a possibilidade de vir a existir uma intervenção legislativa que possa vir a determinar essa obrigatoriedade em função de critérios a definir, o crescimento que temos verificado na infraestrutura de carregamento nos últimos meses e os anunciados para os próximos permitemnos encarar com otimismo a afirmação crescente da mobilidade elétrica, ainda para mais no contexto de saúde pública adverso que atravessamos que é fortemente condicionador da mobilidade. Concorda que, pese embora o tema da mobilidade elétrica ser agora do domínio público e não mais reservado a um punhado de “early adopters” e de meios especializados, existe ainda um grande desconhecimento por parte dos consumidores, a começar pelas muitas dúvidas e confusões sobre o carregamento elétrico? Em seu entender, o que deveria/poderia ser feito para ajudar a acelerar a informação? E que papel poderá ter nisso a MOBI.E? Vivemos uma era em que a divulgação de informação está à distância de um clique. Esta rapidez facilita que tanto a “boa” informação como a “má” coexistam, conduzindo paradoxalmente a um sentimento coletivo de desinformação. Também a mobilidade elétrica não foge a este fenómeno, com a agravante de ser uma tecnologia relativamente recente e, por isso, pouco conhecida, o que favorece a criação de mitos e de inverdades. Torna-se necessário combater este estado. A estratégia da MOBI.E, com o seu novo posicionamento, pretende também responder a este desafio em duas vertentes: por um lado, tornando-se uma entidade de referência em termos de informação produzida no setor da mobilidade elétrica e, por outro, investindo na promoção e divulgação de informação, como forma de educar para a mudança que coletivamente almejamos de sermos uma sociedade ambientalmente mais sustentável. Em 2020, mesmo com o mercado automóvel fortemente condicionado pela pandemia, os veículos elétricos recarregáveis (BEV e PHEV) registaram recordes de vendas, colocando ainda mais Portugal no “top” europeu. Ainda assim, não raras vezes ouvimos o comentário de alguém que afirma não aderir ainda à mobilidade elétrica por considerar não existirem postos de carregamento suficientes e/ou o tempo de recarga ser muito demorado. Que responderia o Presidente da MOBI.E a esses comentários? A transição para a mobilidade elétrica é um processo que não se esgota de um momento para o outro. O ano de 2020 foi um ano histórico para a mobilidade elétrica em Portugal. Ao termos conseguido atingir a fase plena de mercado, tornámos também a mobilidade elétrica uma certeza. Atingimos o ponto do não retorno. Este será o primeiro ano de consolidação desta nova tecnologia que nos vai levar na próxima década a atingir os objetivos traçados pelo PNEC 2030. Para isso, vamos também investir em campanhas de informação e divulgação

“Em pouco tempo (carregar um veículo elétrico) tornar-se-á uma tarefa ainda mais simples” que permitam esclarecer todos os potenciais atores das vantagens em aderirem à mobilidade elétrica, contribuindo de forma construtiva para a criação de um sentimento geral de confiança que permita às pessoas conscientemente evoluírem para padrões de mobilidade cada vez mais sustentável. Da mesma forma que as estatísticas 2020 indicam vendas recorde de veículos recarregáveis, há algum dado oficial que permita conhecer os números do carregamento elétrico no último ano em Portugal? Os consumos durante o ano de 2020 foram afetados pelo período de confinamento que atravessou quase todo o 2º trimestre. Contudo, no final do ano o consumo na rede Mobi.E acabou por registar um crescimento de 10% quando comparado com o consumo verificado durante o ano de 2019. A mobilidade elétrica vai por certo continuar a crescer e, com ela, também a necessidade de mais e melhores postos de recarga para “abastecer” os veículos plug-in. Como alguém sintetizou, “para os utilizadores, carregar um VE deverá ser uma tarefa tão simples e clara como encher o depósito numa estação de serviço”. Em seu entender, daqui a quanto tempo será isso possível? Em pouco tempo tornar-se-á uma tarefa ainda mais simples. A possibilidade que temos de poder carregar um veículo elétrico quando estamos a descansar, a trabalhar, nas compras ou numa outra qualquer atividade torna tudo muito mais simples. Acresce que também o desenvolvimento tecnológico que temos vindo a assistir, quer na capacidade das baterias, quer na potência dos carregadores, permite aproximar cada vez mais os tempos de carregamento com os tempos de abastecimento e acredito que, em breve, a capacidade de armazenamento das baterias permita ultrapassar a capacidade dos depósitos de combustível, com uma vantagem adicional que se traduz num custo mais baixo. Algumas destas vantagens são já uma realidade, outras ainda vão demorar um par de anos a atingir, mas será, certamente, mais cedo do que tarde, uma vez que os investimentos em inovação e desenvolvimento dos construtores estão focados na evolução das motorizações elétricas. n

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novos modelos

DS 4

Gama E-Tense reforçada Design, requinte, tecnologia e eletrificação. Quatro características que resumem o quarto modelo da gama DS Automobiles, agora apresentado. O DS 4 vai chegar no quarto trimestre deste ano, juntando-se então aos já nossos conhecidos “crossbacks” DS 3 e DS 7 bem como ao DS 9, este com chegada iminente ao mercado.

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al como os seus antecessores, o novo DS 4 começa por se destacar pelas linhas exteriores, que são claramente as de um “crossover” estilizado, combinando dimensões compactas q.b. (4,40 metros de comprimento, 1,83m de largura e 1,47m de altura) com um perfil fluido deveras original e com detalhes estéticos de grande elegância, como é o caso dos elementos óticos ou dos puxadores das portas embutidos que acompanham as superfícies esculpidas nos flancos; a inspiração no belo concept-car DS Aero Sport Lounge é bem evidente. O público-alvo deste modelo apontado ao segmento C-Premium já está definido: “o DS 4 destina-se a consumidores atraídos por dois tipos de silhuetas – os novos SUV-coupé aspiracionais e as berlinas compactas tradicionais”, confirma a diretora de produto da DS Automobiles. A mais recente das propostas da marca cuja ambição declarada é representar o “savoir-faire” francês do luxo na indústria automóvel vai estar disponível nas variantes DS 4, versão na base da oferta e centrada na elegância; DS 4 Cross, esta dotada de elementos decorativos específicos para um visual mais prático ao estilo SUV, além de opções exclusivas como é o caso dos sistemas “Advanced Traction Control” e “Hill Assist Descent Control”; e DS 4 Performance Line, de aparência mais dinâmica. O interior é a imagem do requinte a que se associa hoje a marca DS, com os vários níveis de equipamento à disposição e os detalhes de qualidade artesanal a transmitirem sensação de luxo elegante e ao mesmo tempo sóbrio, reafirmando o caráter “premium” deste novo modelo. E é do interior que o condutor vai poder aceder à extensa oferta tecnológica em estreia: o DS 4 integra tecnologia de ponta em matéria de conectividade, conforto de condução e sistema de iluminação. Com destaque para o inédito sistema de “head-up display” imersivo, que projeta a informação indispensável à condução diretamente na estrada, acompanhando o olhar do condutor numa diagonal de 21 po-

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legadas; ou para o “DS Drive Assist 2.0”, que reforça com novas funções (como ultrapassagem semiautomática, adaptação da velocidade em curva e aviso antecipado da velocidade exibida nos sinais de trânsito) os sistemas de condução semiautónoma de nível 2 já conhecidos dos “irmãos” DS 3 Crossback, DS 7 Crossback e DS 9; ou ainda para a suspensão pilotada “Active Scan Suspension”, que recorre a uma câmara colocada no topo do para-brisas para visionar e antecipar as irregularidades da estrada, transmitindo dados a um microprocessador de modo a tornar a suspensão mais firme ou mais suave conforme as necessidades de amortecimento, otimizando assim o conforto quaisquer que sejam as condições do piso. A par de tudo isso, outro importante fator de destaque é, como já se sabia, a eletrificação: estreando uma nova versão da plataforma EMP2, o DS 4 é mais um modelo a juntar-se à gama E-Tense da DS Automobiles. Ao contrário do que acontece com o DS 3 Crossback E-Tense, para este novo modelo a marca não optou por uma motorização 100% elétrica, justificando essa escolha pela necessidade de responder à procura por parte dos clientes-alvo deste “crossover” de segmento C: além de versões a gasolina e turbodiesel, o DS 4 será assim disponibilizado também numa variante ETense com sistema híbrido plug-in que combina motor sobrealimentado de 4 cilindros a gasolina de 180 cv com unidade elétrica de 110 cv integrada na caixa e-EAT8 de 8 velocidades, para uma potência total de 225 cavalos; a alimentação estará a cargo de uma bateria mais eficiente graças à adoção de novas células, mais compactas e com maior capacidade, o que vai permitir autonomia em modo puramente elétrico superior a 50 quilómetros (ciclo WLTP), logo com redução significativa nos valores de consumo de combustível e de emissões CO2. E as preocupações ambientais não se ficam por aí, já que o DS 4 apresenta 95% de materiais reutilizáveis e 85% de peças recicláveis. n

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O DS 4 híbrido plug-in anuncia potência combinada de 225 cv e autonomia elétrica superior a 50 km.

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efeméride

NISSAN LEAF UMA DÉCADA DE EVOLUÇÃO No dia 22 de dezembro 2020 a Nissan assinalou o 10.º aniversário da entrega das primeiras unidades do LEAF em Portugal, abrindo o caminho para a adoção dos automóveis elétricos no nosso país. A efeméride merece ser assinalada, porque, tal como a Nissan relembra, o LEAF mudou a forma como o mundo vê os automóveis elétricos, assumindo o papel de pioneiro entre os modelos 100% elétricos e ajudando com o seu sucesso a tornar a mobilidade elétrica uma realidade.

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e em 2010 o lançamento do primeiro automóvel elétrico para comercialização em massa foi uma opção arriscada, hoje o Nissan LEAF é já produzido em unidades fabris no Japão, no Reino Unido e nos EUA, sendo comercializado em 59 mercados espalhados por todo o mundo e tendo já ultrapassado o meio milhão de unidades a nível global; em Portugal alcançou recentemente as 5000 unidades comercializadas, tornando-se no automóvel elétrico mais vendido desde sempre no mercado nacional. Por outro lado, à medida que a capacidade da bateria, o desempenho e a eficiência foram evoluindo ao longo desta década, o LEAF evoluiu também de automóvel citadino para automóvel versátil que satisfaz uma ampla variedade de necessidades e de estilos de vida dos clientes. Outra estatística que demonstra bem a populari-

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dade e o sucesso deste modelo elétrico é a estimativa Nissan de que, em todo o mundo, os proprietários do LEAF tenham conduzido os seus automóveis ao longo de 16 mil milhões de quilómetros cumulativamente, evitando assim a emissão para a atmosfera de mais de 2,5 mil milhões de quilogramas de CO2.

Um modelo pioneiro e inovador Antes de mais, o LEAF ficará na história da mobilidade elétrica justamente por ter dado início à comercialização em massa de automóveis zero emissões, isso numa altura (2010) em que o tema estava bem longe da unanimidade, da atualidade e da impressionante evolução nos números de vendas que hoje conhecemos. Mas como explicar o sucesso deste modelo pioneiro na democratização da mobilidade elétrica?... Helen

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Em média, a capacidade da bateria e a autonomia do LEAF aumentaram em 160% e em 120%, respetivamente. Para parar: aliviar completamente o e-Pedal. O veículo permanece imóvel, mesmo em subidas.

Para travar: aliviar progressivamente o e-Pedal.

Para arrancar: pressionar novamente o e-Pedal.

Com o e-Pedal: controlo melhorado e mais suave em percursos sinuosos.

O LEAF introduziu tecnologias que ajudam os condutores a otimizar a eficiência, incluindo o inovador e-Pedal para a condução com um só pedal.

Perry, Diretora de Automóveis Elétricos na Nissan Europa, dá a resposta: “Os clientes continuam a escolher o Nissan LEAF pela sua potente e ágil experiência de condução apoiada pelas suas avançadas tecnologias de condução, tais como o e-Pedal. É o equilíbrio perfeito entre mobilidade entusiasmante e ainda assim sustentável”. De facto, com a aposta no LEAF faz agora exatamente 10 anos, a Nissan ajudou a desmistificar mitos e conceções erróneas sobre os automóveis elétricos e liderou o caminho ao estabelecer os alicerces dos veículos elétricos (VE) modernos. E do modelo precursor nascido em 2010 ao entusiasmante e repleto de tecnologia veículo elétrico dos dias atuais, o LEAF foi sendo refinado ao longo de uma década de experiência e inovação, numa viagem que significou uma abordagem inovadora à mobilidade elétrica e através da qual o Nissan LEAF serviu como exemplo de como, afinal, também os automóveis podem contribuir para ajudar clientes, cidades e governos a atingir um futuro mais sustentável.

Nissan lança o LEAF 2021 E essa viagem vai continuar... Apesar do seu impressionante sucesso, o LEAF não para de evoluir, como comprova a notícia de que a Nissan dá agora início às vendas do LEAF 2021, nova versão do modelo pioneiro dos automóveis elétricos de comercialização em massa: definindo mais uma vez o padrão para a mobilidade de emissões zero acessível, o LEAF modelo 2021 recebe um conjunto de novas especificações e melhorias tecnológicas, que vêm complementar as premiadas tecnologias e-Pedal e ProPILOT já existentes. Além de funcionalidades de conectividade e segurança melhoradas, face às versões de 40 kWh e 62 kWh já conhecidas este novo modelo 2021 do “bestseller” elétrico japonês permite agora oferecer aos clientes WiFi no automóvel, Intervenção de Ângulo Morto Inteligente (IBSI) e Retrovisor Interior com Visão Inteligente (IRVM). Estas melhorias refletem, diz a marca, as mais recentes exigências em tecnologia por parte dos clientes, reafirmando também o conceito que antecipa o futuro da condução que a Nissan designa como Mobilidade Inteligente. O LEAF 2021 já está disponível em Portugal, com preços recomendados de venda a público a partir de 23.000 euros + IVA, incluindo campanhas em vigor.

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efeméride

NISSAN 12 automóveis que abriram Hoje estão na ordem do dia, mas os automóveis elétricos não são propriamente uma ideia nova... De facto, há já mais de um século que se conhecem exemplos da aplicação do motor elétrico a um veículo e os carros movidos a eletricidade fazem até parte da história de algumas marcas atuais. Uma delas é a Nissan, pioneira na criação de automóveis elétricos para a vida moderna mas cuja gama a eletricidade vem de longe,

1947 Tama O primeiro automóvel elétrico da Nissan surgiu no Japão do pós-guerra, numa altura em que o petróleo era escasso mas a energia hidroelétrica relativamente abundante.

1996

2000 Hypermini

Prairie Joy EV

Esta “estrela” de cinema (chegou a marcar presença em filmes de Hollywood) inaugurou uma nova visão do automóvel elétrico: um veículo urbano de passageiros para dois ocupantes. Foi também premiado pelo seu inovador sistema de abertura sem chave, que o ajudou a ser escolhido para projetos-piloto de partilha de automóveis.

O primeiro automóvel do mundo alimentado por baterias de iões de lítio, até então usadas apenas em dispositivos como computadores portáteis e telemóveis.

2010 New Mobility Concept A Nissan desenvolveu o New Mobility Concept para mostrar como podem ser satisfeitas as novas necessidades de mobilidade em ambiente urbano: um veículo 100% elétrico, fácil de utilizar, ultracompacto e sem emissões, com a manobrabilidade de um motociclo e a estabilidade de um automóvel.

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2014

2017 Leaf

e-NV200 Primeiro veículo comercial totalmente elétrico da Nissan produzido em massa.

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A 2.ª geração do Nissan LEAF elevou a fasquia, estreando atualizações em todos os domínios: aceleração mais poderosa, movimentação mais ligeira e autonomia aumentada até 400 km por carregamento. Além de inovações tecnológicas como assistência avançada ao condutor “ProPILOT”, funcionalidade “ProPILOT Park” para estacionamento em paralelo e “e-Pedal” para acelerar, desacelerar e parar utilizando um único pedal. Em 2019 foi adicionado o LEAF e+, mais potente e com mais autonomia.


o caminho para um futuro elétrico tendo mudado ao longo do tempo de acordo com as necessidades dos condutores. Agora, para comemorar o 10.º aniversário do seu popular LEAF – o primeiro automóvel 100% elétrico produzido em massa a nível global –, a Nissan propõe uma verdadeira viagem ao passado para revisitar 12 modelos revolucionários que marcam a sua história e que souberam antecipar como será o futuro do automóvel: elétrico...

2005 Pivo Um novo protótipo radical para a mobilidade elétrica. Apresentado no Salão Automóvel de Tóquio, atraiu as atenções com o seu habitáculo idêntico a uma bolha e também por ser o primeiro automóvel alimentado por baterias de iões de lítio laminadas, mais leves e compactas.

2007

2010 Leaf

Pivo 2 Este projeto de automóvel de passageiros urbano e elétrico fez parte de uma experiência de aplicação dos estudos que revelam que os condutores bemdispostos e felizes têm menos acidentes: o sistema de Agente Robótico a bordo monitorizava as condições de condução e utilizava a voz e o movimento para ajudar o condutor a manter a boa disposição.

2018 Sylphy Zero Emission Primeiro automóvel elétrico da Nissan produzido na China e destinado especificamente aos consumidores chineses. Baseado nas principais tecnologias do LEAF, destaca-se ainda pela maior estabilidade e fiabilidade, bem como pelo habitáculo espaçoso.

O pioneiro que tornou os automóveis elétricos numa tendência dominante. Primeiro Nissan elétrico produzido em massa e com uma autonomia de 200 km por carregamento, o LEAF de primeira geração foi um marco para a mobilidade elétrica. Mais de 500.000 unidades foram construídas até à data. O Nissan LEAF também apresentou a ambiciosa ideia de utilizar um automóvel elétrico como fonte de energia móvel, oferecendo de série a tecnologia “V2G” (a partir de 2013).

2020 Ariya

2019

IMk O IMk é um protótipo de automóvel elétrico pensado para apoiar os condutores das próximas gerações: concebido para a conectividade, está perfeitamente interligado, quer com o condutor quer com o mundo exterior.

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Prestes a chegar ao mercado, este “crossover” 100% elétrico representa a futura direção da Nissan em termos de design e também os mais recentes avanços tecnológicos da marca, prometendo aos condutores uma experiência simples, intuitiva e adaptativa, incluindo novidades como monitorização omnidirecional, “ProPILOT” 2.0, sistemas “e-Pedal” e “e-4ORCE” para assistência ao condutor de última geração. Com um interior aberto e espaçoso, anuncia uma autonomia máxima de 610 km.

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ao volante

HYUNDAI

KAUAI EV 64 kWh

Longas aventuras

Existem automóveis feitos para descobrir novos caminhos, e a Hyundai abre novas estradas com mais autonomia para o Kauai elétrico, capaz de percorrer grandes distâncias com todo o conforto sem necessitar de paragens constantes para recarregar a sua bateria.

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lgumas marcas fizeram carros elétricos que são confortáveis para o uso diário na cidade, com baterias mais pequenas, mais leves e mais baratos. Mas ainda há uma mística associada à autonomia, associada à sensação de liberdade para viajar e descobrir novos mundos, sempre com um nível superior de conforto, não sendo importante se está perto de casa, a descobrir um lugar longínquo, ou a meio caminho entre os dois. É neste pacote completo que a Hyundai aposta, aproveitando a ampliação da autonomia oficial do Kauai EV para demonstrar todo o seu potencial para tornar a vida do seu condutor mais interessante. O Kauai EV pode agora percorrer 484 quilómetros com a sua bateria de 64 kWh, contra os 449 km anteriores, um ganho de 35 quilómetros feito à custa de um pequeno ajuste: adotando pneus com menor resistência ao rolamento. Portanto, a maior parte dos condutores nem deve notar a diferença no seu dia a dia, exceto que, no geral, pode esperar mais uma noite para recarregar a bateria em casa. O Kauai elétrico está equipado de série, em Portugal, com um cabo para carregamento trifásico (de 11 kW) nas versões de topo de gama, com a bateria maior. Em opção, pode carregar 80 por cento da bateria em menos de uma hora, recorrendo a um carregador público com uma capacidade máxima de 100 kW. Claro, atingir esta eficiência energética depende sempre do andamento demonstrado pelo condutor, mas este nunca vai ter muito trabalho para garantir que nunca mais vai ter uma conta da eletricidade muito elevada. Com a possibilidade de escolha entre o modo de condução normal e Eco, é sempre preferível optar por este último. Assim, pode manter o consumo energético abaixo dos 14 kWh por cada 100 quilómetros, podendo até ir mais além se optar por circular quase exclusivamente na cidade, podendo assim atingir uma autonomia acima dos 600 quilómetros. Seja como for, em condições normais, com algumas saídas da cidade, vai sempre ter energia suficiente para passar a semana inteira sem uma necessidade real de ficar parado a reabastecer. Embora tenha uma variante com bateria mais pequena e motor menos potente, o Kauai elétrico oferece sensações de condução mais interessantes com a bateria grande e com o motor mais potente, de 150 kW. As acelerações sao rápidas, próximas das de uma berlina familiar desportiva, mas o comportamento dinâmico é afetado pela bateria, que atira o peso total do carro para lá dos 1700 kg. Graças ao centro de gravidade baixo e à suspensão traseira multibraços, tem uma estabilidade em curva muito boa, com uma afinação mais apropriada para o uso em estrada aberta, sendo impossível evitar que os ocupantes do interior sintam os vários desníveis no asfalto que se encontram na cidade, principalmente lombas.

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ao volante

O Kauai EV pode agora percorrer 484 km com a sua bateria de 64 kWh. A importância da conectividade Mesmo com a colocação de uma bateria de grandes dimensões no chassis, a versão elétrica do Kauai mantém a mesma habitabilidade das versões a gasolina e híbridas. O automóvel coreano não é muito comprido, mas é largo e alto, pelo que a arquitetura interna permite-lhe oferecer um nível de habitabilidade mais que adequado nos lugares traseiros. A bagageira, por seu lado, perde alguma capacidade em relação às versões com motor de combustão, mas tem um compartimento próprio para guardar o cabo de recarregamento, pelo que continua a ter dimensões práticas, dentro da média da classe face à concorrência. O condutor tem à sua disposição uma série de equipamento preparado para o ajudar a controlar o andamento do carro e o consumo energético. Em primeiro plano estão as patilhas atrás do volante, que permitem aproveitar ao máximo a recuperação de energia de travagem e até travar sem precisar de pressionar o pedal do travão, na maior parte das situações. Também ocupam lugar de destaque o painel de instrumentos digital e o sistema de infoentretenimento, com um ecrã tátil de 10,25 polegadas (disponível de série em Portugal com o nível de equipamento Premium), e que inclui várias possibilidades de conectividade com ligação para smartphones Apple e Android, sistema de navegação e carregamento sem fios, no tablier. Tem também um potente sistema de som da Krell. A escolha do nível Premium, um exclusivo para a versão com bateria de 64 kWh, permite justificar o preço de mais de 46 mil euros, pois inclui itens como faróis em LED, sensor de chuva, sensor de luz e o sistema de segurança SmartSense, que pode agregar vários elementos de série ou em opção, incluindo “cruise control” adaptativo com travagem automática, detetor de peões, assistência de manutenção de faixa, aviso de ângulo

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FICHA TÉCNICA Motor Bateria Potência Binário Tração Suspensão Comprimento Largura Altura Bagageira Peso Consumo Autonomia Acel. 0-100 km/h Emissões CO2 Tempos de carregamento

elétrico tipo síncrono iões de lítio, 64 kWh 204 cv 395Nm dianteira, caixa de relação única McPherson à frente, multibraços atrás 4180 mm 1800 mm 1570 mm 322 litros 1760 kg 13,9 kWh/100 km (testado) 484 km 7,6 segundos 0 g/km 0h54 (100 kW) 1h15 (50 kW) 7h30 (11 kW) 9h35 (7,2 kW)

PREÇO desde 46.705€

morto e aviso de trânsito cruzado. Em todo o caso, é possível contar com várias ajudas à aquisição, inclusive um desconto na retoma do seu veículo usado até 4000 euros, ou campanha de financiamento na Cetelem. n Paulo Manuel Costa (texto)

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Novo Kauai já está em Portugal Já chegou ao mercado nacional o Hyundai Kauai renovado, com um “restyling” que reforça a sua ligação às novas tecnologias de eletrificaçao. Inicialmente, este novo design vai estar disponível apenas com as variantes a gasolina e diesel, mas durante a primavera será também adicionado às variantes híbrida e elétrica. O motor diesel junta-se à gama eletrificada, adotando uma bateria de 48 volts com sistema de recuperação de energia de travagem. No interior, todas as variantes passam a usar um painel de instrumentos digital, enquanto o sistema de infoentretenimento pode ser personalizado ao gosto do cliente, graças ao sistema Bluelink, que grava o perfil do condutor, gravando-o para ser usado noutros veículos Hyundai. Existem também novas funções de segurança passiva, como alerta de arranque do veículo à frente ou travagem autónoma de emergência. O novo Kauai está à venda desde 21.500 euros com o motor 1.0 T-GDi a gasolina e desde 28.825 euros com o 1.6 CRDi semi-híbrido, que também pode ser combinado com caixa de dupla embraiagem.

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eletrificação

OFENSIVA ELÉTRICA

CITROËN

Eletrificação para todos!

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assinatura “Inspired by You” define bem a Citroën: uma marca de carros popular, no sentido positivo do termo, fazendo das pessoas e dos seus modos de vida a sua principal fonte de inspiração. Como tal, não admira que esta marca centenária que faz parte da história do automóvel e cujos produtos se destacam por combinarem um design único e um conforto de referência apareça, uma vez mais, na primeira página de uma nova era que agora se inicia e cujo principal desígnio é justamente ajudar a proporcionar uma melhor qualidade de vida: a eletrificação, sinónimo de menos emissões e de mobilidade mais sustentável. Depois de 100 anos a democratizar o automóvel, em 2020 a Citroën decidiu assim começar a democratizar o automóvel elétrico, atualizando a sua estratégia sob o slogan “Inspirëd by You All” e apostando em tornar os veículos de baixas emissões acessíveis a todos, através da apresentação e lançamento de um conjunto de diferentes modelos, não só no mercado de veículos de passageiros como também entre os modelos comerciais. O objetivo da marca francesa é que, a partir de agora, cada novo lançamento seja acompanhado de uma versão eletrificada, seja ela 100% elétrica ou híbrida plug-in, num sinal do compromisso Citroën para com uma transição energética responsável e que comporta amplas vantagens para os seus clientes ao propor o maior número possível de ofertas no coração do mercado, adequadas a cada segmento e a cada tipo de utilização. Esta verdadeira ofensiva elétrica agora iniciada conduzirá a que em 2025 a totalidade da gama Citroën ofereça já algum tipo de eletrificação. E esta nova página da história da Citroën, a da eletrificação da gama, teve início com o lançamento do SUV C5 Aircross Hybrid, modelo já comercializado em Portugal há alguns meses e que surge no topo da atual ofensiva elétrica da marca que prevê a chegada de nada menos do que 5 outros novos modelos nos próximos 5 meses: seguiu-se a abertura das encomendas para o mercado nacional dos novos ë-SpaceTourer, ë-Jumpy e ë-Jumper; enquanto a novíssima berlina 100% elétrica ë-C4 (apresentada em destaque nas próximas páginas) representa o 5.º capítulo dessa ofensiva eletrificada; e ainda antes de chegar o ë-Berlingo Van, com o qual já neste ano de 2021 a gama de veículos comerciais Citroën passará a ser integralmente elétrica; sem esquecer o irreverente AMI, novo modelo elétrico a lançar em breve também no nosso país e com o qual a marca do “double chevron” promete revolucionar a mobilidade urbana...

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CITROËN ë-C4 Um trunfo para o pódio

Com uma imagem impactante, o novo C4 pretende distinguir-se pelo design mais arrojado, numa berlina com estilo SUV coupé, aliado ao espaço do habitáculo e ao conforto intrínseco à Citroën, de forma a catapultar a marca novamente para os três primeiros lugares de vendas dos compactos do segmento C. Também contribui para isso a chegada do ë-C4, a versão totalmente elétrica, para os condutores que pretendem associar as características de uma berlina a uma oferta ecológica.

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eletrificação

A bateria de 50 kWh do ë-C4 oferece autonomia para 350 km em ciclo WLTP.

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Citroën tem em curso a maior ofensiva da sua história, quer em quantidade como em diversidade, e o novo C4 chega para reforçar a sua posição no segmento C, que tem um enorme peso no mercado europeu e particularmente no português, no qual ocupa a segunda posição relativamente ao volume de vendas dos automóveis de passageiros, com cerca de 37%. Com mais de 31 mil unidades vendidas em 2020, correspondentes a 44% das vendas, as berlinas lideram este segmento no qual a Citroën tem uma presença histórica e este é já o décimo modelo das berlinas compactas da marca francesa. É também para defender esse estatuto que surge agora o novo C4, com trunfos para garantir um regresso ao pódio das vendas nacionais, desde logo com a oferta de quatro motorizações a gasolina Euro 6d, duas motorizações diesel Euro 6d e o 100% elétrico ë-C4 . Sendo o conforto uma característica tão associada à Citroën, esse atributo atinge o seu expoente máximo com o ë-C4: sem ruídos, emissões de CO2 ou passagens de caixa, a variante elétrica (quinto modelo da marca numa contínua aposta na eletrificação) proporciona uma condução suave e tranquila. A contribuir para isso estão os batentes hidráulicos progressivos, responsáveis pela famosa filtragem da suspensão associada à Citroën, com o efeito de “tapete voador”: absorvem as compressões a baixa velocidade e as elevações do piso quando o acelerador é chamado a entrar em ação. Com um motor com 100 kW (136 cv) de potência e um binário

imediato de 260 Nm, o ë-C4 tem uma bateria com capacidade de 50 kWh e autonomia para 350 km em ciclo WLTP. Carregar a bateria pode levar 30 minutos para obter 80% de carga num posto rápido, sendo necessários apenas 10 minutos para obter autonomia para 100 km. Em exclusivo para clientes particulares, a Citroën oferece a wallbox monofásica 7,4 kW. Combinando os códigos das berlinas e dos coupés e juntandolhe traços de SUV, estas características conferem maior segurança e visibilidade sobre a estrada, além de acentuarem o carácter do C4, dotado de uma silhueta eficiente e original. Para o tornar ainda mais único, existem 31 combinações para que cada cliente possa personalizar o carro ao seu gosto, do mais clássico ao mais arrojado. Já no interior, disponibiliza seis tecnologias de conetividade e traz novidades como volante com comandos de ajuda à condução integrados, “head-up display” a cores e “touchscreen” de 10 polegadas. As 20 ajudas à condução são tantas quantas as que disponibiliza o C5 Aircross, de segmento superior, incluindo Highway Driver Assist, que permite circular em modo semiautónomo de nível 2. A gama nacional divide-se em quatro níveis de equipamento – Feel, Feel Pack, Shine e Shine Pack – e o preço do ë-C4 começa nos 37.607€ (a partir de 30.575€ para empresas). Além dos habituais benefícios fiscais, a transição energética para o modo elétrico é ainda encorajada por uma garantia de 8 anos ou 160 mil km para 70% da capacidade da bateria. 

FICHA TÉCNICA Motor Bateria Potência máx. Binário máx. Tração Suspensão

elétrico iões de lítio, 50 kWh 100 kW (136 cv) 260 Nm dianteira, caixa auto. de relação única tipo McPherson à frente, barra de torção atrás Comprimento 4,36 m Largura 1,80 m Altura 1,52 m Bagageira 380-1250 litros Peso 1616 kg Consumo combinado 16,6 kWh/100 km Autonomia anunciada 350 km (ciclo WLTP) Velocidade máxima 150 km/h Acel. 0-100 km/h 9,4 segundos Emissões CO2 0 g/km (WLTP) Tempos de 30 minutos para 80% carga carregamento (posto público rápido 100 kW) 5h (wallbox 3x16 A); 7h30 (wallbox 32 A) 9h para 100 km (tomada doméstica) PREÇO ë-C4

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desde 37.607€ 43


eletrificação

C5 Aircross Hybrid

A economia de utilização junta-se à tecnologia e ao desempenho A variante híbrida recarregável do C5 Aircross completa a gama de motores térmicos deste SUV, inaugurando o conceito a que a Citroën chama “ë-Confort”, uma nova experiência de conforto assente numa condução fluida, num rolamento silencioso e num potente e eficiente motor híbrido plug-in que alia tecnologia, desempenho e custo de utilização competitivo. O sistema combina motor PureTech 1.6 turbo de 180 cv com um motor elétrico de 80 kW, para uma potência total de 225 cv. Em modo misto, mas privilegiando a utilização na cidade, o C5 Aircross Hybrid pode atingir um consumo médio anunciado de apenas 1,4 litros aos 100 km, medidos no ciclo WLTP. O carregamento da bateria pode ser feito em menos de 2 horas numa “wallbox” de 7,4 kW instalada em casa, ou em 7 horas numa tomada caseira nor-

mal. Desenvolvido para garantir um elevado nível de conforto para os ocupantes, está disponível com 3 níveis de equipamento por preços que começam abaixo dos 40 mil euros. E o C5 Aircross Hybrid torna-se ainda mais apelativo ao adicionar a todas essas vantagens também os incentivos fiscais reservados aos automóveis híbridos plug-in: os 55 km de autonomia em modo 100% elétrico e as emissões combinadas de apenas 35 g/km confirmam que este modelo Citroën cumpre na íntegra os novos critérios 2021 de acesso a taxas reduzidas de ISV e de tributação autónoma em sede de IRC.

Citroën AMI

Mobilidade urbana para todos “O AMI dá continuidade a uma longa tradição de veículos Citroën que sacudiram o mercado e introduziram uma nova maneira de pensar”. É assim que a Citroën apresenta o AMI, novidade anunciada como uma solução para tornar a mobilidade urbana acessível e fácil: trata-se de um veículo zero emissões compacto e com ângulo de viragem ágil, ideal para os centros urbanos e lugares de estacionamento mais apertados. Com esta visão para o futuro da mobilidade urbana, a Citroën inova também no modelo de comercialização: será comercializado 100% online, sendo possível contactar com o AMI nas lojas FNAC e em alguns concessionários da marca, onde será igualmente possível testá-lo. A abertura de encomendas acontecerá em maio, com a chegada das primeiras unidades ao mercado nacional agendada para junho. Quanto a preços, ainda não são conhecidos valores finais, embora se saiba já ser intenção da marca que o AMI tenha uma oferta coerente em toda a Europa; e em Espanha, por exemplo, é comercializado a partir dos 7200€.

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ë-SpaceTourer O “shuttle” 100% elétrico

Já disponível no mercado nacional, o ë-SpaceTourer beneficia de todos os argumentos do “shuttle” SpaceTourer (como a modularidade das múltiplas configurações que permitem acolher até 9 pessoas, a habitabilidade nas 2.ª e 3.ª filas, a facilidade de acesso a bordo graças às 2 portas laterais deslizantes, a grande capacidade da bagageira, os diversos espaços de arrumação até 74 litros ou a altura de 1,90m que garante o acesso a todos os parques de estacionamento) juntando-lhe as vantagens de ser 100% elétrico, com o modo ë-confort que confere fluidez de condução e um conforto em andamento marcado pela ausência de ruídos. Está disponível em 2 comprimentos (M e XL) e outros tantos níveis de autonomia (230 km ou 330 km), sendo proposto nas versões Feel e Business (esta mais vocacionada para profissionais).

A eletrificação também chega aos comerciais Citroën

ë-Jumpy

ë-Jumper

ë-Berlingo Van

O ë-Jumpy inaugura uma nova geração de furgões elétricos que irá permitir à marca francesa ter a sua gama de veículos comerciais completamente eletrificada já este ano. Está disponível em 3 comprimentos adaptados a todos os negócios (XS, M e XL) e conta com todos os outros argumentos que fazem do Jumpy um modelo de sucesso no mercado de furgões compactos. E a variante elétrica ë-Jumpy junta a tudo isso a condução zero emissões, oferecendo 2 níveis de autonomia – 230 km e 330 km em ciclo WLTP – de modo a permitir que os profissionais viajem sem restrições, tanto em viagens curtas em áreas urbanas como em trajetos mais longos.

Disponível nos concessionários nacionais no final do primeiro trimestre 2021, o furgão compacto ë-Jumper foi concebido à medida para responder às necessidades dos profissionais, graças aos 2 níveis de autonomia (até 340 km no ciclo WLTP) que garantem todas as missões diárias, incluindo em zonas de acesso limitado; às 2 capacidades de bateria (37 kWh e 70 kWh); às viagens em modo ë-conforto graças à fluidez e silêncio da condução; bem como aos 4 comprimentos e 3 níveis de altura, além de um volume de carga de 17 m3 permitindo transportar até 4 toneladas.

Ainda este ano a totalidade da gama de veículos comerciais ligeiros da Citroën vai contar com uma oferta 100% eletrificada graças ao lançamento do ë-Berlingo Van, que tem chegada prevista aos concessionários da marca no segundo semestre. Nesta versão elétrica e conectada do Berlingo Van, a capacidade e a modularidade são complementadas pela eletrificação, juntando assim as vantagens da condução elétrica às duas configurações de carroçaria, ao volume útil máximo de 4,4 m3 e à capacidade de carga referencial no segmento.

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mobilidade elétrica

Vendas de automóveis ligeiros de passageiros em 2020 por tipo de energia alternativas em detrimento das vendas de veículos movidos a combustíveis fósseis, considero as seguintes tipologias de motorização: • Gasolina • Gasóleo • Elétrico (100%) (BEV - Battery Electric Vehicle) • Elétrico Híbrido Plug-in (PHEV - Plug-in Hybrid Electric Vehicle) • Híbrido Elétrico (HEV - Hybrid Electric Vehicle) • Híbrido Não Elétrico • GNC/GNL

Henrique Sánchez Presidente da UVE – Associação Utilizadores Veículos Elétricos

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s dados das vendas de automóveis ligeiros de passageiros que são publicados mensal e anualmente têm registado fortes quedas nas vendas dos veículos com motores de combustão interna (VCI – Veículos com motor de Combustão Interna) e o registo de subidas significativas nas vendas dos veículos elétricos (VE – Veículos Elétricos). Estas duas grandes categorias de veículos contemplam diversas outras sub-categorias. Para a análise dos valores das vendas dos automóveis ligeiros de passageiros por tipo de energia e para melhor evidenciar a crescente alteração da tendência de compra e utilização de veículos movidos a energias

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Em dezembro de 2020, as vendas dos Veículos Elétricos aumentaram 135.6% face ao mês homólogo e no total do ano de 2020 registaram um crescimento de 55.3%. Os veículos com motores de combustão interna, também em 2020, registaram uma queda de 40.6%. Numa análise por tipo de energia, a venda de veículos movidos a energias alternativas (100% elétricos, híbridos plug-in e híbridos elétricos) representou 37.01% das vendas totais de veículos ligeiros de passageiros em Portugal, em dezembro de 2020. O mês de dezembro de 2020 marca assim um ponto de viragem significativo na alteração dos hábitos de compra e utilização dos automóveis ligeiros de passageiros em Portugal.

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Quota de Mercado Vendas de automóveis ligeiros de passageiros em 2020 por tipo de Energia Registo das vendas de automóveis ligeiros de passageiros por tipo de combustível/energia em dezembro de 2020. Sopram ventos de mudança!

Os veículos com motores a gasóleo são os que registam uma maior queda, que tudo indica irá acentuar-se ainda mais durante os próximos anos.

Pela primeira vez, em dezembro de 2020, as vendas do conjunto dos automóveis ligeiros de passageiros elétricos e eletrificados (100% elétricos, híbridos plug-in e híbridos elétricos), com um total de 37.01% de quota, ultrapassaram as vendas dos ligeiros de passageiros a gasolina (34.7%), ou as vendas dos ligeiros de passageiros a gasóleo (25.95%), estes em queda acentuada.

Os veículos 100% elétricos (BEV) já representam 1/4 da totalidade das vendas dos veículos elétricos/eletrificados, sendo que são os Híbridos Plug-in a gasolina que ocupam a maior fatia com 31.52% das vendas.

As vendas do mês de dezembro acentuaram ainda mais a tendência verificada ao longo do ano: subida dos modelos elétricos e eletrificados e queda dos modelos com motores de combustão interna.

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mobilidade elétrica O conjunto dos Veículos Elétricos (BEV+PHEV) obtém cada vez mais importância relativamente aos híbridos elétricos convencionais (HEV).

A subida registada nos dois últimos meses do ano por parte dos veículos híbridos plug-in e híbridos convencionais deve-se à antecipação de compras deste tipo de veículos, que veem o seu preço aumentado em 2021 fruto da alteração da lei que passará a exigir uma autonomia mínima de 50 km e umas emissões máximas de 50 g/km para acederem aos benefícios fiscais em 2021.

Variação das vendas dos automóveis ligeiros de passageiros Comparação 2019 | 2020 O ano de 2020 trouxe uma diminuição no volume de vendas global, com principal incidência nos meses de março a maio, durante o qual vigorou o estado de emergência com maiores constrangimentos e restrições. Essa diminuição das vendas foi particularmente acentuada nos veículos movidos com motores de combustão interna (gasolina e gasóleo).

É com enorme satisfação que registo a repetida e consolidada subida das vendas dos Veículos Elétricos e Eletrificados, em detrimento dos veículos com motores altamente poluentes, muito pouco eficientes e prejudiciais à saúde de todos nós. É uma das missões da UVE – Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos. O ano de 2021 certamente nos mostrará uma realidade ainda mais sustentável, com o aumento da oferta de modelos elétricos e eletrificados com maior autonomia, com baterias e motores ainda mais eficientes e a preços cada vez mais aproximados ao dos veículos equivalentes com motores movidos a combustíveis fósseis, definitivamente ultrapassados. 

Registo da queda dos Veículos com motores de Combustão Interna (VCI), em particular os movidos a gasóleo.

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novos modelos

PORSCHE TAYCAN Para (quase) todos

Depois das versões de alta performance, o Porsche Taycan já está à venda numa variante mais acessível, com menos performance mas sempre 100% elétrico.

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Porsche tinha criado o seu primeiro veículo elétrico, o Taycan, como um modelo exclusivo, começando por mostrar ao público as suas versões mais rápidas. E agora que o apetite foi aguçado com o “caviar”, chegou a hora do “prato do dia”, com a chegada da variante mais simples, chamada simplesmente Taycan. Já está à venda, com uma quebra substancial de preço em relação ao 4S, ficando abaixo dos 90 mil euros. Com apenas tração traseira (os outros Taycan têm todos tração às quatro rodas), o Taycan tem apenas 240 kW (equivalente a 326 cv) de potência, mas pode atingir os 300 kW (408 cv) durante alguns segundos, em modo “overboost”, o que já é suficiente para atingir os 100 km/h em apenas 5,4 segundos. Por mais 5916 euros, pode montar o pacote Bateria Performance Plus, que troca a bateria de 79,2 kWh pela de 93,4 kWh. Isto permite à Porsche aumentar a potência

do motor para 280 kW (381 cv) ou 350 kW (476 cv) em modo “overboost”. Com o peso adicional da nova bateria, não há alterações nas performances, mas em compensação a autonomia sobe dos 431 para os 484 quilómetros. Ambas as baterias têm capacidade de recarregamento de alta velocidade, necessitando de apenas 22 minutos e meio para atingir 80 por cento de carga, em carregadores até 225 ou 270 kW, respetivamente. De resto, o Porsche Taycan contém um nível elevado de luxos e conforto, incluindo um ecrã tátil de 10,9 polegadas, bancos ajustáveis eletricamente e revestidos a couro (ou, em alternativa, com materiais reciclados) e dois compartimentos de bagagem. O chassis desportivo com amortecedores de ativação magnética e a suspensão pneumática são opcionais. n PREÇO Taycan

87.127€

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tecnologia

ROBOTS VOLKSWAGEN Carregamento elétrico 100% autónomo Depois de terem sido mostrados apenas como um conceito, os novos robots de carregamento de baterias já chegaram à fase de protótipo e estão quase prontos para entrar em produção, prometendo tornar a vida diária mais simples para os utilizadores de automóveis elétricos nas cidades.

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oi há um ano que mostrámos uma interessante solução da Volkswagen para facilitar o acesso a carregadores públicos para os novos aderentes aos carros elétricos. À medida que o número destes automobilistas cresce, os estacionamentos públicos não conseguem responder à procura, que obrigaria a modificar estes serviços adotando novas estruturas que, em muitos casos, implicariam a perda de espaço que normalmente seria reservado para estacionamento. A proposta da Volkswagen é um robot autónomo, que se desloca de um veículo estacionado para outro. O robot já está pronto para começar a ser testado no mundo real, para trabalhar em conjunto com outros componentes, incluindo uma rede flexível de carregamentos e uma wallbox caseira capaz de funcionar a 22 kW de capacidade, o dobro do normal em instalações trifásicas caseiras. Estas já estão a ser

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operadas, num total de 20 unidades, dispersas por cinco localizações, e vão poder ser instaladas em edifícios residenciais e de escritórios com corrente contínua, mesmo quando a corrente caseira continua a ser de corrente alterna. A Volkswagen também está pronta para lançar a sua rede de carregadores flexíveis de alta velocidade. Estes carregadores vão entrar no mercado este ano, começando pela Alemanha, e são capazes de fornecer energia a dois automóveis ao mesmo tempo, com uma carga máxima de 150 kW, e sem fazerem pressão sobre a rede elétrica pública. Estas estações de carregamento estão preparadas para funcionar com módulos de bateria usados previamente em automóveis, reciclando a sua utilização. Regressando aos robots de carregamento, estes ainda não têm data prevista de chegada ao mercado, mas prevê-se que os parques de estacionamento subterrâneos sejam os locais

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Estes robots poderão fazer tudo relacionado com o recarregamento das baterias dos carros estacionados sem necessidade de qualquer intervenção humana.

preferenciais de instalação, devido à sua necessidade de maximizar o espaço para veículos adicionais. Assim não serão necessárias obras para acomodar tecnologia de reabastecimento, pois estes robots e as baterias móveis ocupam pouco espaço. Dentro dos parques, estes robots poderão fazer tudo relacionado com o recarregamento das baterias dos carros estacionados sem necessidade de qualquer intervenção humana. Tudo o que uma pessoa precisa de fazer é selecionar o serviço num aplicativo e os sistemas de comunicação que ligam o carro com a infraestrutura fazem o resto: quando estiver em movimento, o robot criado pela divisão de componentes da Volkswagen vai ser capaz de transportar uma bateria móvel, encontrar o automóvel, abrir a tampa do carregador, acoplar o cabo e afastar-se em direção ao seu próximo cliente. Quando a bateria do veículo estiver recarregada, ou chegar a hora do condutor se retirar, o próprio robot encarrega-se de desacoplar o cabo e deixar o veículo pronto para ser utilizado. O robot move-se dentro do parque de estacionamento com a ajuda de sensores e vai transportar uma série de baterias com uma capacidade de 25 kWh, que deverá ser suficiente para deixar o veículo com uma capacidade entre os 30 e 70 por cento, suficiente para as necessidades do resto do dia. O carregamento funciona a 50 kWh, e no futuro esta tecnologia deverá trabalhar em conjunto com os outros serviços energéticos da Volkswagen, tanto o carregador flexível de alta densidade como a nova wallbox de corrente contínua. Com os conhecimentos adquiridos com os outros produtos energéticos, os testes dos robots deverão centrar-se na sua inteligência artificial, funcionamento dos sensores e execução de movimentos. n

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ao volante

MINI COOPER S E Preparado para um novo mundo

Se há um carro que se sente à vontade na cidade, é o MINI, e isso significa que também deve a cidade sentir-se à vontade. Para se adaptar a esta nova relação com o seu ambiente de eleição, o carro britânico ganhou uma nova variante elétrica baptizada Cooper S E, bem mais silenciosa e ágil como sempre.

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MINI da BMW foi dos primeiros carros modernos elétricos a ser usado em massa por vários condutores espalhados pelo mundo, ainda que nunca tenha estado disponível ao grande público, servindo apenas como carro laboratório em condições reais. Mas mesmo assim, o modelo da geração anterior serviu para mostrar a validade do conceito, e agora que a tecnologia de baterias de lítio é mais eficiente, também o atual MINI ganhou direito a uma variante 100 por cento elétrica, que continua a enfrentar as ruas da cidade sem medo, com as mesmas características que os seus admiradores gostam, mas agora com a vantagem de não emitir qualquer poluição. Fazendo parte da família Cooper, o MINI elétrico não podia deixar de ostentar números que apontam para uma utilização despor-

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tiva. Por isso, a bateria fornece energia a um motor com 135 kW, o que o torna ligeiramente mais potente que o Mini Cooper S a gasolina. Tem também a vantagem de uma entrega de potência imediata, o que o torna mais agradável de conduzir em cidades com mais desníveis de altitude, ou quando é necessário acelerar mais um pouco. Desta forma, o MINI Cooper S E é um verdadeiro herdeiro do nome Cooper, com o espírito desportivo necessário para um carro onde se deseja ter alguma diversão ao volante. A grande desvantagem é que o Cooper elétrico é 170 kg mais pesado que o Cooper S a gasolina com caixa manual. E se a colocação das baterias é uma garantia de um centro de gravidade rebaixado (o que também compensa o facto do carro ter uma distância ao solo ampliada em 18 mm) e de um nível de agilidade superior ao normal para veículos deste segmento, é

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impossível contrariar a sensação de peso adicional, perdendo algum do fulgor esperado em estradas mais sinuosas, quando nos queremos divertir um pouco ao volante. Não que este não seja um carro divertido, pois o chassis do MINI continua a ter a mesma configuração, com uma suspensão traseira multibraços e uma afinação preparada para oferecer ao condutor uma conexão natural com as condições da estrada.

Melhor em “verde”... Devido às suas dimensões compactas, o MINI Cooper S E não tem uma bateria de grandes dimensões, o que acaba de ir mais ao encontro da sua identidade como veículo urbano. Com uma capacidade de 32,6 kWh, não tem uma capacidade que lhe permite fazer viagens longas, com uma autonomia anunciada de

235 quilómetros. Com a instalação de um carregador trifásico de 11 kW, não precisa de mais que três horas e meia para voltar a ter a bateria completamente carregada e pronta para enfrentar as ruas das grandes cidades. Com estes números, é possível percorrer a cidade durante vários dias, sem necessitar de recarregar a bateria, e ganhar alguns quilómetros extra trabalhando com os quatro modos de utilização, Mid, Green, Green+ e Sport. O Green é recomendado para utilização diária, principalmente se tiver que acelerar a velocidades mais elevadas nalgumas ocasiões, enquanto o Green+ só será necessário com nível de carga baixo, pois desliga o ar condicionado quando este não é necessário, para poupar energia. Também pode pressionar um interruptor, junto ao botão de ligar/desligar, para ampliar a recuperação de energia

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ao volante

de travagem, o que permite poupar ainda os travões. O modo Sport só é recomendável em estrada, até porque aqui a eficiência energética começa a cair nitidamente sem as ajudas dos modos mais ecológicos, prejudicando a autonomia. Em vez de “british racing green”, deve pensar no Mini elétrico como “british economy green”... Mesmo com a colocação da bateria sob o chassis, o MINI Cooper elétrico mantém o mesmo nível de conforto no interior que as versões a gasolina. É certo que, na sua variante de três portas, o carro britânico não é o mais apropriado para transportar passageiros todos os dias, mas a BMW antecipou a eletrificação da geração atual do MINI, pelo que criou uma plataforma que não perde qualquer habitabilidade para o modelo de origem, ostentando o mesmo espaço para as pernas dos ocupantes e para a bagageira, que se mantém nos 211 litros. Fora certos botões de controlo do modo de condução e da recuperação de travagem, a única diferença que o condutor vai notar é que o painel de instrumentos digital tem novos indicadores específicos para gerir a utilização da energia da bateria, incluindo elementos coloridos que lhe indicam o modo atual de condução. Tal como os outros MINI, o Cooper S E é bastante personalizável, não só em termos de acabamentos mas também dos pacotes de equipamento. A versão elétrica do clássico “very british” pode ser escolhida em quatro variantes, S, M, L e XL, sendo que apenas a mais cara fica acima da barreira psicológica dos 40 mil euros. E embora a S consiga fazer o preço do carro ficar abaixo dos 35.000€, a L acaba por ser a escolha mais equilibrada, incluindo faróis LED matrix, sistema de navegação com conectividade e assistente de estacionamento, entre outros elementos. Comparado com outros modelos elétricos de dimensões se-

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FICHA TÉCNICA Motor Bateria Potência Binário Tração Suspensão Comprimento Largura Altura Bagageira Peso Consumo Autonomia Acel. 0-100 km/h Emissões CO2 Carregamento

elétrico tipo síncrono iões de lítio, 32,6 kWh 135 kW (184 cv) 270 Nm dianteira, caixa de relação única McPherson à frente, multibraços atrás 3845 mm 1727 mm 1432 mm 211 litros 1440 kg 14,4 kWh/100 km (testado) 235 km em ciclo WLTP (anunciada) 7,3 segundos – 3h30 (11 kW)

Preço Gama desde 34.400€

melhantes, ou virados para uma utilização mais familiar, o MINI Cooper S E tem a vantagem de chamar a atenção, mostrando que é possível ter um automóvel que é uma extensão da personalidade do condutor, sem prejudicar o impacto ambiental com uma utilização diária normal. n

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Paulo Manuel Costa (texto)


Tal como os outros MINI, o Cooper S E é bastante personalizável, não só em termos de acabamentos mas também dos pacotes de equipamento.

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carregamento

CARREGAR UM VE SEM CARTÃO

Carregamento 100% digital em toda a rede Mobi.e

C

arregar um veículo elétrico de forma completamente digital, sem ser necessário recorrer a um cartão de carregamento físico. É exatamente isso o que propõe a Miio, app portuguesa criada por dois antigos alunos do Mestrado Integrado em Engenharia de Computadores e Telemática da Universidade de Aveiro, lançada há menos de dois anos e que dá agora um passo decisivo na experiência de carregamento de veículos elétricos ao permitir que essa operação possa ser 100% digital: através da app mobile Miio (que pode ser descarregada gratuitamente na Play Store, Apple Store ou versão web – www.miio.pt) deixa de ser necessário recorrer a um cartão físico para se carregar um veículo elétrico na rede pública nacional gerida pela MOBI.E. As vantagens práticas da desmaterialização de cartões para carregar um VE são explicadas por Daniela Simões, cofundadora da Miio: “Os cartões de carregamento estão sempre suscetíveis a extravios e a serem perdidos, roubados ou partidos. Demos um primeiro passo na simplificação e transparência do carregamento, depois de percebermos que o utilizador não tinha controlo sobre o preço, duração do carregamento, estado do carregamento e kWh consumidos. Com a app da Miio, o utilizador passou a ter acesso à monitorização do carregamento em tempo real e agora essa experiência passa a ser 100% digital. Com esta nova forma de carregamento iremos continuar a facilitar a vida dos nossos utilizadores”. A start up criadora da Miio torna-se assim na primeira empresa a disponibilizar em Portugal uma opção totalmente digital, proporcionando maior conveniência para os proprietários e utilizadores de veículos elétricos, tornando a experiência de carregamento na via pública cada vez mais simples, cómoda e transparente para o

condutor. “Uma inovação que é uma necessidade há muito sentida pelo crescente número de utilizadores da rede Mobi.E”, como explicou Luís Barroso, presidente da MOBI.E (entrevistado nesta edição da BlueAuto), ao felicitar a Miio pela novidade agora anunciada. De acordo com a empresa, não existe qualquer limitação no uso desta aplicação que “substitui” os cartões associados aos CEME (Comercializadores de Eletricidade para a Mobilidade Elétrica): qualquer utilizador pode carregar o seu veículo com a app Miio em qualquer posto público, de qualquer operador, em mais de 2000 pontos de carregamento da rede pública nacional. Basta dirigir-se a um posto, conectar o cabo de carregamento ao veículo, abrir a app Miio no smartphone, selecionar o posto e clicar na opção “carregar”, escolhendo a tomada adequada, e aguardar o início da carga; a aplicação informa em tempo real dos detalhes da sessão de carregamento bem como do preço da operação. Nascida da necessidade de saber antecipadamente quanto custaria efetuar um carregamento num posto público, a Miio tem vindo ao longo dos últimos meses a desenvolver e a adicionar novas funcionalidades na aplicação. Reivindicando chegar já a mais de 70% de todos os utilizadores de veículos elétricos, a app móvel disponibiliza informações essenciais para que estes possam viajar em tranquilidade, indicando – entre muitas outras informações – onde se encontram os postos de carregamento, qual a sua potência, se estão disponíveis e funcionais, qual o preço, e permitindo agora fazê-lo sem recurso a nenhum cartão; o utilizador pode ainda ser notificado sobre quando se encontra disponível o posto que pretende utilizar, comparar preços, saber o estado atual e futuro da rede nacional e planear rotas. 

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emissões

EUROPA QUER CARROS CADA VEZ MAIS “LIMPOS”

Emissões em contagem decrescente...

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mobilidade desempenha um papel fundamental na sociedade atual, tanto do ponto de vista social como também económico. Contudo, é hoje unanimemente aceite que a sua importância não pode mais ofuscar os custos que a acompanham, nomeadamente ambientais, como comprovam as estatísticas europeias que identificam o setor dos transportes como responsável por nada menos do que 25% do total das emissões de gases com efeito de estufa. O combate aos efeitos nocivos das emissões e à poluição atmosférica continua assim na ordem do dia, sendo mesmo o maior desafio que o setor dos transportes tem pela frente. Se juntarmos a isso a realidade dos automóveis em circulação no espaço da União Europeia serem responsáveis por cerca de 12% do total de emissões de dióxido de carbono (o principal gás com efeito de estufa), es-

tará em grande parte explicado por que razão esta indústria continua a ser alvo preferencial da atenção dos legisladores ao introduzirem políticas cada vez mais ambiciosas na redução da dependência em relação aos combustíveis fósseis e nos incentivos a um avanço rápido na direção da mobilidade sem emissões.

Objetivo 2030: 30 milhões de veículos de emissões nulas Confirmando essa tendência, a Comissão Europeia dirigiu em dezembro último uma comunicação ao Parlamento Europeu na qual advoga uma nova estratégia de mobilidade sustentável e inteligente cujo objetivo declarado é “pôr os transportes europeus na senda do futuro”. No documento, a Comissão destaca a necessidade de uma transformação

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2030 blueauto


fundamental no setor dos transportes de modo a conseguir – tal como definido no Pacto Ecológico Europeu – reduzir em 90% as suas emissões até 2050, e assim tornar a Europa uma economia com impacto zero no clima. Nessa transição irreversível a caminho de uma mobilidade sem emissões, no caso do automóvel estas são as ambiciosas metas definidas na nova estratégia europeia:  até 2030, haverá pelo menos 30 milhões de veículos de emissões nulas em funcionamento nas estradas europeias  até 2050, quase todos os automóveis, carrinhas, autocarros, assim como os veículos pesados novos, serão de emissões zero

Prioridade: investir na infraestrutura de carregamento E para atingir essas metas, a Comissão pretende a adoção de medidas que ajudem a tornar a mobilidade mais ecológica e todos os modos de transporte mais sustentáveis, destacando nomeadamente a necessidade de:  reduzir significativamente a atual dependência dos com-

bustíveis fósseis, substituindo as atuais frotas por veículos com emissões baixas ou nulas e promovendo a utilização de combustíveis renováveis e hipocarbónicos  implantar uma abundante infraestrutura de carregamento e reabastecimento de veículos de emissões nulas (1 milhão

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de pontos de carregamento públicos até 2025, 3 milhões até 2030)  implantar infraestruturas inteligentes de carregamento  assegurar a plena interoperabilidade das infraestruturas e dos serviços de utilização das infraestruturas para todos os veículos movidos a combustíveis alternativos  aplicação dos princípios do “poluidor-pagador” e do “utilizador-pagador”, nomeadamente através da tarifação do carbono e de mecanismos de tributação das infraestruturas  apoiar a investigação e a inovação sobre produtos e serviços competitivos, sustentáveis e circulares  garantir que os veículos e combustíveis adequados são fornecidos pela indústria  incentivar a procura pelos utilizadores finais  impulsionar a adoção dos veículos de emissões nulas pelas frotas urbanas e das empresas

Normas ainda mais apertadas para carros a gasolina/diesel Embora esteja a crescer rapidamente, a proporção de veículos com emissões baixas ou nulas dentro da frota total de veículos em circulação é ainda demasiado baixa, diz a Comissão Europeia. Assim sendo, as normas relativas ao CO2 e às emissões de poluentes atmosféricos vão continuar a ser o principal impulsionador do aumento da oferta de veículos zero emissões, pelo que a Comissão irá propor até ao próximo mês de junho uma revisão dessas normas para automóveis de passageiros e veículos comerciais, com o objetivo maior de garantir a partir do ano 2025 um percurso claro rumo às zero emissões no transporte rodoviário. Por outro lado, os automóveis a motor vendidos hoje emitem significativamente menos poluentes do que os de 2015, mas é – diz a Comissão – possível fazer mais, pelo que a próxima proposta de normas mais rigorosas aplicáveis às emissões poluentes atmosféricas para os veículos com motor de combustão (Euro 7) garantirá que apenas veículos com baixas emissões à prova do futuro entrem no mercado. Esta iniciativa, parte integrante do “Green Deal” europeu que representa o compromisso dos países da União em acelerar a transição para uma mobilidade sustentável e inteligente, irá resultar num conjunto de normas ainda mais restritivas para as emissões de todos os veículos a gasolina e a diesel; e para garantir que os carros em circulação nas estradas europeias são mesmo “limpos” ao longo do seu período de vida útil, a nova diretiva prevê inclusive o desenvolvimento de tecnologias destinadas a medir em tempo real as suas emissões; já terminado o período de consulta pública, segue-se agora a sua adoção pela Comissão Europeia, planeada para o último trimestre deste ano. Se estas novas medidas e o seu calendário se confirmarem, fica assim cada vez mais evidente que a partir de 2025 as emissões dos automóveis em circulação na Europa entrarão irreversivelmente em contagem decrescente, a caminho do zero... 

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guia de compras

Todos os modelos elétricos e híbridos à venda em Portugal guia de compras

SEMI-HÍBRIDOS

AUDI A3

AUDI A4

AUDI A6

 Semi-híbrido, 1.5TFSI, 150 cv  Consumos 5,6 a 6,2 l/100 km  Emissões 128 a 142 g/km PREÇOS Sportback 35 TFSI desde 34.629€ Sedan 35 TFSI desde 35.264€

 Semi-híbrido, 2.0 TDI e 3.0 TDI, 163 a 347 cv  Consumos 3,7 a 7,1 l/100 km  Emissões 98 a 185 g/km PREÇOS 35 TDI desde 47.343€ S4 TDI quattro 87.788€ Avant 35 TDI desde 49.332€ S4 Avant TDI quattro 91.166€

 Semi-híbrido, 2.0 TDI e 3.0 TDI, 204 a 347 cv  Consumos 5,3 a 7,9 l/100 km  Emissões 139 a 205 g/km PREÇOS 40 TDI desde 61.463€ 50 TDI quattro desde 90.024€ S6 TDI quattro 109.541€ Avant 40 TDI desde 64.266€ Avant 50 TDI quattro desde 93.450€ S6 Avant TDI quattro 112.479€ Allroad 45 TDI quattro 95.453€ Allroad 50 TDI quattro 98.533€ Allroad 55 TDI quattro 108.909€

AUDI A7 SPORTBACK  Semi-híbrido, 2.0 TDI e 3.0 TDI, 204 a 347 cv  Consumos 5,4 a 7,8 l/100 km  Emissões 142 a 205 g/km PREÇOS 40 TDI 67.893€ 40 TDI quattro 73.009€ 50 TDI quattro 95.016€ 55 TDI quattro 98.926€ S7 TDI quattro 118.413€

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AUDI A8  Semi-híbrido, 3.0 TFSI e 3.0 TDI, 286 a 340 cv  Consumos 5,4 a 7,8 l/100 km  Emissões 142 a 205 g/km PREÇOS 55 TFSI quattro 127.143€ 50 TDI quattro 126.862€ L 55 TFSI quattro 129.919€ L 50 TDI quattro 129.993€

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AUDI Q5  Semi-híbrido, 2.0 TDI e 3.0 TDI, 163 a 347 cv  Consumos 5,6 a 8,2 l/100 km  Emissões 146 a 213 g/km PREÇOS 35 TDI quattro desde 60.545€ 40 TDI quattro desde 64.311€ SQ5 TDI quattro 95.814€


guia de compras

SEMI-HÍBRIDOS AUDI Q7

AUDI Q8

BMW SÉRIE 3

 Semi-híbrido, 3.0 TFSI, TDI e 4.0 TDI, 231 a 435 cv  Consumos 6,8 a 9,1 l/100 km  Emissões 179 a 239 g/km PREÇOS 55 TFSI quattro desde 93.953€ 45 TDI quattro desde 90.344€ 50 TDI quattro desde 101.854€ SQ7 TDI quattro 140.595€

 Semi-híbrido, 3.0 TDI e 4.0 TDI, 286 a 435 cv  Consumos 8,1 l/100 km  Emissões 212 g/km PREÇOS 50 TDI quattro 129.654€ SQ8 TDI quattro 147.559€

 Semi-híbrido, 3.0 TwinPower, 2.0 d e 3.0 d,122 a 374 cv  Consumos 4,5 a 7,9 l/100 km  Emissões 117 a 181 g/km PREÇOS 318d 320d 330d M340i xDrive M340d xDrive 316d Touring 318d Touring 320d Touring 330d Touring M340d xDrive Touring M340i xDrive Touring

BMW SÉRIE 5 BMW SÉRIE 4  Semi-híbrido, 3.0 TwinPower e 2.0 d, 190 a 374 cv  Consumos 4,5 a 7,8 l/100 km  Emissões 118 a 177 g/km PREÇOS 420d 53.200€ 420d xDrive 55.800€ 420d Cabriolet 60.600€ M440i xDrive 85.800€ M440i Cabriolet xDrive 94.000€

BMW SÉRIE 7  Semi-híbrido, 3.0 d, 286 a 340 cv  Consumos 5,6 a 6,0 l/100 km  Emissões 147 a 158 g/km PREÇOS 730d 129.500€ 730Ld 132.600€ 740d xDrive 135.300€ 740Ld xDrive 138.300€

 Semi-híbrido, 2.0 d e 3.0 d, 190 a 340 cv  Consumos 4,7 a 5,9 l/100 km  Emissões 124 a 153 g/km PREÇOS 520d 530d 530d xDrive 540d xDrive 520d Touring 530d Touring 530d xDrive Touring 540d xDrive Touring

60.100€ 75.900€ 79.700€ 93.400€ 62.900€ 79.000€ 82.800€ 96.400€

47.400€ 50.400€ 63.500€ 82.100€ 83.300€ 48.124€ 49.000€ 52.000€ 65.000€ 84.700€ 86.500€

BMW SÉRIE 6 GRAN TURISMO  Semi-híbrido, 2.0 TwinPower, 2.0 d e 3.0 d, 190 a 340 cv  Consumos 5,3 a 6,8 l/100 km  Emissões 140 a 155 g/km PREÇOS 630i Gran Turismo 77.900€ 620d Gran Turismo 71.900€ 630d Gran Turismo 92.500€ 640d xDrive Gran Turismo 107.200€

BMW X3  Semi-híbrido, 2.0 d e 3.0 d, 150 a 340 cv  Consumos 5,4 a 6,5 l/100 km  Emissões 142 a 171 g/km PREÇOS sDrive 18d xDrive 20d xDrive 30d M40d

blueauto

BMW X4 57.800€ 63.200€ 77.100€ 86.000€

 Semi-híbrido, 2.0 d e 3.0 d, 190 a 340 cv  Consumos 5,8 a 6,4 l/100 km  Emissões 153 a 168 g/km PREÇOS xDrive 20d 65.200€ xDrive 30d 78.600€ M40d 87.900€

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guia de compras

SEMI-HÍBRIDOS BMW X5

BMW X6

BMW X7

 Semi-híbrido, 3.0 TwinPower e 3.0 d, 265 a 340 cv  Consumos 7,5 a 10,0 l/100 km  Emissões 197 a 226 g/km PREÇOS xDrive 40i 91.000€ xDrive 30d 98.600€ xDrive 40d 112.500€

 Semi-híbrido, 3.0 TwinPower e 3.0 d, 265 a 340 cv  Consumos 7,5 a 8,9 l/100 km  Emissões 196 a 202 g/km PREÇOS xDrive 40i 102.300€ xDrive 30d 107.600€ xDrive 40d 125.700€

 Semi-híbrido, 3.0 TwinPower e 3.0 d, 333 a 340 cv  Consumos 7,7 a 10,9 l/100 km  Emissões 202 a 231 g/km PREÇOS xDrive 40i 102.300€ xDrive 40d 125.700€

FIAT 500

FIAT PANDA

 Semi-híbrido, 1.0 GSE, 70 cv  Consumos 5,3 l/100 km  Emissões 119 g/km PREÇOS Hybrid desde 18.025€ C Hybrid desde 20.539€

 Semi-híbrido, 1.0 GSE, 70 cv  Consumos 5,4 l/100 km  Emissões 122 g/km PREÇOS Hybrid desde 13.705€

FORD PUMA  Semi-híbrido, 1.0 Ecoboost, 125 e 155 cv  Consumos 5,5 a 5,7 l/100 km  Emissões 125 a 130 g/km PREÇOS Ecoboost 125 desde 23.659€ Ecoboost 155 desde 24.238€

HYUNDAI TUCSON  Semi-híbrido, 1.6 TGDi e 1.6 CRDi, 136 a 150 cv  Consumos 5,2 a 6,5 l/100 km  Emissões 112 a 131 g/km PREÇOS 1.6 TGDi Premium 31.786€ 1.6 TGDi Vanguard 35.718€ 1.6 CRDi Premium 39.100€ 1.6 CRDi Vanguard 43.300€

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FORD KUGA  Semi-híbrido, 2.0 EcoBlue, 150 cv  Consumos 4,4 l/100 km  Emissões 115 g/km PREÇOS EcoBlue 150 desde 37.732€

JAGUAR XE  Semi-híbrido, 2.0 Ingenium D, 204 cv  Consumos 4,9 a 5,5 l/100 km  Emissões 128 a 144 g/km PREÇOS D200 desde 54.257€

blueauto

FORD FIESTA  Semi-híbrido, 1.0 Ecoboost, 125 e 155 cv  Consumos 4,4 a 4,6 l/100 km  Emissões 99 a 103 g/km PREÇOS Fiesta 125 desde 20.408€ Fiesta 155 desde 22.424€

FORD FOCUS  Semi-híbrido, 1.0 Ecoboost, 125 e 155 cv  Consumos 5,1 a 5,3 l/100 km  Emissões 116 a 121 g/km PREÇOS 125 desde 26.287€ 155 desde 27.890€ Station 125 desde 27.302€ Station 155 desde 28.907€

JAGUAR XF  Semi-híbrido, 2.0 Ingenium D, 204 cv  Consumos 5,0 a 5,9 l/100 km  Emissões 130 a 155 g/km PREÇOS D200 desde 61.997€ Sportbrake D200 desde 65.602€


guia de compras

SEMI-HÍBRIDOS JAGUAR E-PACE

JAGUAR F-PACE

KIA CEED

 Semi-híbrido, 1.5 e 2.0 Ingenium, 2.0 Ingenium D, 160 a 300 cv  Consumos 6,4 a 9,1 l/100 km  Emissões 168 a 207g/km PREÇOS P160 desde 44.314€ P200 desde 56.042€ P250 desde 60.470€ P300 Sport 78.932€ D165 desde 59.879€ D200 desde 63.996€

 Semi-híbrido, 3.0 Ingenium, 2.0 e 3.0 Ingenium D, 165 a 400 cv  Consumos 6,2 a 9,8 l/100 km  Emissões 164 a 230 g/km PREÇOS P400 desde 94.830€ D165 desde 69.845€ D200 desde 72.630€ D300 desde 98.903€

 Semi-híbrido, 1.6 CRDi, 136 cv  Consumos 5,1 l/100 km  Emissões 133 g/km PREÇOS SW 1.6 CRDi Drive 26.150€

LAND ROVER DEFENDER LAND ROVER DISCOVERY SPORT KIA SPORTAGE  Semi-híbrido, 1.6 CRDi, 115 e 136 cv  Consumos 5,5 a 5,9 l/100 km  Emissões 143 a 153 g/km PREÇOS 1.6 CRDi desde 30.700€

 Semi-híbrido, 2.0 MHEV e MHEV D, 165 a 250 cv  Consumos 6,7 a 9,2 l/100 km  Emissões 175 a 207 g/km PREÇOS P200 AWD desde 57.842€ P250 AWD desde 62.600€ D165 AWD desde 62.450€ D200 AWD desde 65.433€

MAZDA 2  Semi-híbrido, 1.5 SkyActiv-G, 115 cv  Consumos 5,3 l/100 km  Emissões 120 g/km PREÇOS Essence SkyActiv-G 18.048€ Evolve SkyActiv-G 19.783€ Advance SkyActiv-G 20.130€

 Semi-híbrido, 3.0 Ingenium e 2.0 Ingenium D, 204 a 400 cv  Consumos 8,6 a 11,3 l/100 km  Emissões 228 a 257 g/km PREÇOS 90 P400 desde 96.494€ 90 D200 desde 92.868€ 90 D250 desde 97.942€ 90 D300 desde 103.605€ 110 P400 desde 103.336€ 110 D200 desde 99.657€ 110 D250 desde 104.686€ 110 D300 desde 110.709€

MAZDA CX-30

MAZDA 3  Semi-híbrido, 2.0 SkyActiv-G, 122 a 180 cv  Consumos 5,4 a 6,5 l/100 km  Emissões 122 a 148 g/km PREÇOS HB SkyActiv-G desde 26.005€ HB SkyActiv-X desde 30.869€ SD SkyActiv-G desde 26.037€ SD SkyActiv-X desde 34.320€

blueauto

 Semi-híbrido, 2.0 SkyActiv-G, 122 a 180 cv  Consumos 5,9 a 7,3 l/100 km  Emissões 133 a 165 g/km PREÇOS SkyActiv-G 2WD desde 27.667€ SkyActiv-G 4WD desde 31.327€ SkyActiv-X 2WD desde 33.870€ SkyActiv-X 4WD desde 36.449€

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SEMI-HÍBRIDOS

MERCEDES CLASSE C

MERCEDES CLS

MERCEDES CLASSE S

 Semi-híbrido, 1.5 turbo, 184 cv  Consumos 6,0 l/100 km  Emissões 136 g/km PREÇOS C 200 46.250€ C 200 Station 48.250€ C 200 Coupé 49.100€ C 300 Coupé 59.800€ C 200 Cabrio 58.850€ C 300 Cabrio 68.850€

 Semi-híbrido, 3.0 turbo e 3.0 d, 367 a 435 cv  Consumos 5,5 a 9,3 l/100 km  Emissões 144 a 211 g/km PREÇOS CLS 450 100.450€ CLS 300 d 97.850€ AMG CLS 53 4Matic+ 128.600€

 Semi-híbrido, 3.0 turbo, 435 cv  Consumos 8,0 a 8,1 l/100 km  Emissões 182 a 183 g/km PREÇOS S 500 145.350€ S 500 Longo 147.000€

MERCEDES AMG GT MERCEDES CLASSE E  Semi-híbrido, 2.0 a 3.0 turbo e 3.0 d, 197 a 435 cv  Consumos 5,5 a 9,7 l/100 km  Emissões 146 a 214 g/km PREÇOS E 200 Coupé 63.400€ E 200 Cabrio 70.550€ E 300 d Coupé 79.550€ E 300 d Cabrio 88.800€ AMG E 53 4Matic+ 108.400€ AMG E 53 4Matic+ Station 111.750€ AMG E 53 4Matic+ Coupé 110.600€ AMG E 53 4Matic+ Cabrio 117.300€

MERCEDES GLS  Semi-híbrido, 4.0 turbo, 489 a 612cv  Consumos 11,6 a 13,1 l/100 km  Emissões 264 a 297 g/km PREÇOS GLS 580 182.900€ AMG GLS 63 4Matic+ 219.950€ Maybach GLS 600 235.450€

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 Semi-híbrido, 3.0 turbo, 367 a 435 cv  Consumos 8,3 a 8,8 l/100 km  Emissões 189 a 202 g/km PREÇOS GT 43 125.450€ GT 53 4Matic+ 143.250€

MERCEDES GLE  Semi-híbrido, 3.0 e 4.0 turbo, 435 a 612 cv  Consumos 10,5 a 12,4 l/100 km  Emissões 240 a 280 g/km PREÇOS AMG GLE 53 4Matic+ 116.650€ AMG GLE 53 4Matic+ Coupé 146.200€ AMG GLE 63S 4Matic+ 208.050€ AMG GLE 63S 4Matic+ Coupé 236.300€

RANGE ROVER EVOQUE  Semi-híbrido, 2.0 Ingenium e Ingenium D, 163 a 300 cv  Consumos 6,4 a 9,6 l/100 km  Emissões 168 a 217 g/km PREÇOS P200 AWD desde 57.800€ P250 AWD desde 62.006€ P300 AWD desde 67.141€ D165 AWD desde 60.522€ D200 AWD desde 64.633€

blueauto

RANGE ROVER  Semi-híbrido, 3.0 MHEV e 3.0 MHEV D, 300 a 400 cv  Consumos 8,6 a 10,8 l/100 km  Emissões 205 a 246 g/km PREÇOS P400 desde 145.788€ D300 desde 151.595€ D350 desde 171.946€ D350 LWB desde 178.914€


guia de compras

SEMI-HÍBRIDOS RANGE ROVER SPORT

RANGE ROVER VELAR

SEAT LEON

 Semi-híbrido, 3.0 MHEV e 3.0 MHEV D, 250 a 400 cv  Consumos 8,3 a 10,3 l/100 km  Emissões 199 a 234 g/km PREÇOS P400 desde 117.267€ D250 desde 114.412€ D300 desde 124.103€ D350 desde 145.994€

 Semi-híbrido, 3.0 MHEV, 2.0 e 3.0 MHEV D, 200 a 400 cv  Consumos 6,4 a 9,9 l/100 km  Emissões 167 a 222 g/km PREÇOS P400 desde 95.582€ D200 desde 77.053€ D300 desde 102.327€

 Semi-híbrido, 1.0 e 1.5 eTSI, 110 a 150 cv  Consumos 5,5 a 5,8 l/100 km  Emissões 127 a 133 g/km PREÇOS 1.0 eTSI desde 29.500€ 1.5 eTSI desde 33.733€ 1.5 eTSI Sportstourer desde 34.894€

SUZUKI IGNIS

SUZUKI S-CROSS

 Semi-híbrido, 1.2 SHVS, 83 cv  Consumos 4,3 l/100 km  Emissões 97 g/km PREÇOS 1.2 GLE 1.2 GLE 4x4 1.2 GLX 1.2 GLX CVT 1.2 GLX 4x4

 Semi-híbrido, 1.4T SHVS, 129 cv  Consumos 5,6 a 6,2 l/100 km  Emissões 128 a 140 g/km PREÇOS 1.4T GLE 24.901€ 1.4T GLX 27.494€ 1.4T GLX 4x4 29.402€

SKODA OCTAVIA  Semi-híbrido, 1.0 eTSI, 110 cv  Consumos 5,1 a 5,3 l/100 km  Emissões 116 a 119 g/km PREÇOS 1.0 TSI desde 25.877€ Break 1.0 TSI desde 26.792€

16.227€ 17.764€ 17.330€ 18.568€ 18.867€

SUZUKI SWIFT  Semi-híbrido, 1.2 SHVS e 1.4T SHVS, 83 a 129 cv  Consumos 4,0 a 5,6 l/100 km  Emissões 90 a 127 g/km PREÇOS 1.2 GLE 16.596€ 1.2 GLE CVT 18.027€ 1.2 GLE 4x4 18.137€ 1.2 GLX 17.612€ 1.2 GLX CVT 19.044€ Sport 24.196€

SUZUKI VITARA  Semi-híbrido, 1.4T SHVS, 129 cv  Consumos 5,7 a 6,2 l/100 km  Emissões 129 a 141 g/km PREÇOS 1.4T GLE 26.196€ 1.4T GLE 4x4 28.097€ 1.4T GLX 28.468€ 1.4T GLX 4x4 30.384€

blueauto

VOLKSWAGEN GOLF  Semi-híbrido, 1.0 e 1.5 eTSI, 110 a 150 cv  Consumos 5,2 a 5,7 l/100 km  Emissões 118 a 130 g/km PREÇOS 110 eTSI desde 28.987€ 130 eTSI desde 35.190€ 150 eTSI desde 35.126€ Variant 110 eTSI desde 29.490€ Variant 130 eTSI desde 29.976€ Variant 150 eTSI desde 35.611€

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guia de compras

SEMI-HÍBRIDOS VOLVO S60/V60

VOLVO S90/V90

VOLVO XC40

 Semi-híbrido, 2.0 B4, B4 diesel e B5, 190 a 250 cv  Consumos 5,1 a 6,4 l/100 km  Emissões 134 a 147 g/km PREÇOS S60 B5 desde 52.431€ V60 B4 Diesel desde 50.872€ V60 B4 desde 49.697€ V60 B4 Diesel Cross Country 58.844€

 Semi-híbrido, 2.0 B4/B5 diesel, 190 a 250 cv  Consumos 4,6 a 6,9 l/100 km  Emissões 121 a 181 g/km PREÇOS S90 B5 Diesel desde 67.245€ V90 B4 Diesel desde 65.462€ V90 B4 Diesel Cross Country 76.617€ V90 B5 Diesel desde 72.307€ V90 B5 Diesel Cross Country 78.852€

 Semi-híbrido, 2.0 B4, 190 cv  Consumos 7,3 l/100 km  Emissões 167 g/km PREÇOS XC40 B4 desde 49.470€

VOLVO XC60  Semi-híbrido, 2.0 B4, B5 e B5 Diesel, 190 a 250 cv  Consumos 6,2 a 8,6 l/100 km  Emissões 162 a 196 g/km PREÇOS XC60 B4 desde 62.003€ XC60 B4 Diesel desde 63.969€ XC60 B5 Diesel desde 74.369€

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VOLVO XC90  Semi-híbrido, 2.0 B5 Diesel, 235 cv  Consumos 6,6 l/100 km  Emissões 174 g/km PREÇOS XC90 B5 Diesel desde 92.242€

guia de compras

HÍBRIDOS FORD KUGA HEV  Híbrido, 2.5 HEV, 190 cv (pot. total)  Consumos 5,4 l/100 km  Emissões 125 g/km PREÇOS HEV desde 40.203€

FORD MONDEO HEV

HONDA CR-V HYBRID

HONDA JAZZ HYBRID

 Híbrido, 2.0 HEV, 187 cv (pot. total)  Consumos 5,6 a 6,0 l/100 km  Emissões 127 a 138 g/km PREÇOS HEV desde 42.161€ Station HEV desde 43.381€

 Híbrido, 2.0 i-MMD, 184 cv (pot. total)  Consumos 5,3 a 5,5 l/100 km  Emissões 120 a 126 g/km PREÇOS Hybrid 2WD desde 46.360€

 Híbrido, 1.5 i-MMD, 109 cv (pot. total)  Consumos 4,5 a 4,8 l/100 km  Emissões 102 a 110 g/km PREÇOS Hybrid Executive 29.850€ Crosstar Hybrid 33.225€

blueauto


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HÍBRIDOS HYUNDAI IONIQ HYBRID

HYUNDAI KAUAI HYBRID

HYUNDAI TUCSON HEV

 Híbrido, 1.6 GDi, 141 cv (pot. total)  Consumos 3,9 l/100 km  Emissões 92 g/km PREÇOS HEV 27.906€ HEV Pack Plus 30.956€

 Híbrido, 1.6 GDi, 141 cv (pot. total)  Consumos 5,0 l/100 km  Emissões 90 g/km PREÇOS HEV Premium 25.130€

 Híbrido, 1.6 TGDi, 230 cv (pot. total)  Consumos 5,5 l/100 km  Emissões 125 g/km PREÇOS HEV Premium 38.650€ HEV Vanguard 42.850€

KIA NIRO

LEXUS CT

LEXUS ES

 Híbrido, 1.6 GDi, 141 cv (pot. total)  Consumos 3,8 l/100 km  Emissões 86 g/km PREÇOS HEV Urban 25.900€ HEV Drive 28.000€ HEV Tech 30.000€

 Híbrido, 1.8 VVT-i, 136 cv (pot. total)  Consumos 3,6 l/100 km  Emissões 93 g/km PREÇOS CT200h Business 30.600€ CT200h Executive 31.900€ CT200h Executive+ 34.200€ CT200h F Sport 36.800€ CT200h F Sport+ 43.300€ CT200h Luxury 42.600€

 Híbrido, 2.5 VVT-i, 218 cv (pot. total)  Consumos 4,4 l/100 km,  Emissões 120 g/km PREÇOS ES300h Business 59.000€ ES300h Executive 63.500€ ES300h Executive+ 64.500€ ES300h F Sport 65.500€ ES300h F Sport+ 70.500€ ES300h Luxury 75.000€

LEXUS LC

LEXUS LS

 Híbrido, 3.5 VVT-i, 359 cv (pot. total)  Consumos 6,4 l/100 km  Emissões 145 g/km PREÇOS LC500h Luxury 121.500€ LC500h Sport 125.500€ LC500h Sport+ 133.500€

 Híbrido, 3.5 VVT-i, 359 cv (pot. total)  Consumos 7,0 l/100 km  Emissões 158 g/km PREÇOS LS500h Executive+ 134.711€ LS500h F Sport 147.711€ LS500h Luxury 154.711€ LS500h Superlative 168.711€

LEXUS IS  Híbrido, 2.5 VVT-i, 223 cv (pot. total)  Consumos 4,3 l/100 km  Emissões 99 g/km PREÇOS IS300h Business 44.100€ IS300h Executive 47.000€ IS300h Executive+ 50.900€ IS300h F Sport 51.600€ IS300h F Sport+ 57.800€ IS300h Luxury 58.100€

blueauto

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HÍBRIDOS

LEXUS NX

LEXUS RC

LEXUS RX

 Híbrido, 2.5 VVT-i, 197 cv (pot. total)  Consumos 5,5 a 5,7 l/100 km  Emissões 127 a 130 g/km PREÇOS NX300h Business FWD 53.600€ NX300h Executive FWD 58.800€ NX300h Executive+ FWD 61.000€ NX300h F Sport AWD 66.600€ NX300h F Sport+ AWD 73.600€ NX300h Luxury AWD 73.600€

 Híbrido, 2.5 VVT-i, 223 cv (pot. total)  Consumos 4,8 l/100 km  Emissões 109 g/km PREÇOS RC300h Executive 53.900€ RC300h Executive+ 55.200€ RC300h F Sport 60.900€ RC300h F Sport+ 61.900€ RC300h Luxury 61.400€

 Híbrido, 3.5 VVT-i, 313 cv (pot. total)  Consumos 5,2 a 6,0 l/100 km  Emissões 132 a 138 g/km PREÇOS RX450h Business 83.500€ RX450h Executive 95.500€ RX450h Executive+ 99.700€ RX450h F Sport 101.000€ RX450h F Sport+ 106.500€ RX450hL Executive 99.000€ RX450hL Executive+ 102.000€ RX450hL Luxury 108.500€

LEXUS UX

RENAULT CLIO E-TECH

 Híbrido, 2.0 VVT-i, 184 cv (pot. total)  Consumos 4,5 l/100 km  Emissões 120 g/km PREÇOS UX250h Business FWD 43.000€ UX250h Executive FWD 46.000€ UX250h Executive+ FWD 47.400€ UX250h Premium FWD 50.800€ UX250h F Sport FWD 51.100€ UX250h F Sport AWD 53.000€ UX250h F Sport+ FWD 60.200€ UX250h F Sport+ AWD 62.100€ UX250h Luxury FWD 60.700€ UX250h Luxury AWD 62.600€

 Híbrido, 1.6 E-Tech, 140 cv (pot. total)  Consumos 4,3 l/100 km  Emissões 98 g/km PREÇOS E-Tech 140 Intens 24.650€ E-Tech 140 RS Line 26.750€ E-Tech 140 Exclusive 27.250€ E-Tech 140 Initiale Paris 30.250€

SUZUKI SWACE  Híbrido, 1.8 VVT-i, 122 cv (pot. total)  Consumos 4,5 l/100 km  Emissões 103 g/km PREÇOS GLE 28.348€ GLX 30.183€

TOYOTA C-HR HYBRID

TOYOTA CAMRY  Híbrido, 2.5 VVT-i, 218 cv (pot. total)  Consumos 5,5 l/100 km  Emissões 125 g/km PREÇOS Hybrid DF Exclusive 47.460€ Hybrid DF Luxury 50.460€ Hybrid DF Limousine 53.460€

68

 Híbrido, 1.8 e 2.0 VVT-i, 122 e 180 cv (pot. total)  Consumos 4,8 a 5,3 l/100 km  Emissões 110 a 120 g/km PREÇOS Hybrid Comfort Hybrid Square Collection Hybrid Exclusive Hybrid DF Square Collection Hybrid DF Exclusive

blueauto

TOYOTA COROLLA HYBRID

29.360€ 31.910€ 33.410€ 34.910€ 36.410€

 Híbrido, 1.8 e 2.0 VVT-i, 122 e 180 cv (pot. total)  Consumos 4,9 a 5,3 l/100 km  Emissões 110 a 119 g/km PREÇOS Hybrid desde 26.060€ Sedan Hybrid desde 30.510€ Touring Hybrid desde 27.160€


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HÍBRIDOS TOYOTA PRIUS

TOYOTA PRIUS+

TOYOTA YARIS HYBRID

 Híbrido, 1.8 VVT-i, 122 cv (pot. total)  Consumos 4,8 l/100 km  Emissões 108 g/km PREÇOS Hybrid Exclusive 32.890€ Hybrid Luxury 36.890€ Hybrid Premium 38.390€

 Híbrido, 1.8 VVT-i, 136 cv (pot. total)  Consumos 5,8 l/100 km  Emissões 132 g/km PREÇOS Hybrid Luxury 40.360€

 Híbrido, 1.5 VVT-i, 116 cv (pot. total)  Consumos 3,7 l/100 km  Emissões 85 g/km PREÇOS Hybrid DF desde 20.570€

TOYOTA RAV4  Híbrido, 2.5 VVT-i, 218 cv (pot. total)  Consumos 5,6 l/100 km  Emissões 128 g/km PREÇOS RAV4 desde 39.825€ RAV4 4x4 desde 45.225€ RAV4 Black Edition 49.225€

guia de compras

HÍBRIDOS PLUG-IN AUDI A3

AUDI A6

 Híbrido, 1.4 TFSI, 204 cv (pot. total)  Consumos 1,0 l/100 km  Autonomia 65 km  Emissões 24 g/km PREÇOS Sportback 40 TFSIe desde 38.300€

 Híbrido, 2.0 TFSI, 300 e 367 cv (pot. total)  Consumos 1,6 a 2,1 l/100 km  Autonomia 40 a 53 km  Emissões 31 a 47 g/km PREÇOS Base 50 TFSIe quattro Sport 55 TFSIe quattro Avant 50 TFSIe quattro Base Avant 55 TFSIe quattro Sport

AUDI A7 SPORTBACK

AUDI Q5

 Híbrido, 2.0 TFSI, 300 e 367 cv (pot. total)  Consumos 1,6 a 2,1 l/100 km  Autonomia 40 a 53 km  Emissões 31 a 47 g/km PREÇOS 50 TFSIe quattro 77.793€ 55 TFSIe quattro 86.516€

 Híbrido, 2.0 TFSI, 300 e 367 cv (pot. total)  Consumos 2,2 a 2,8 l/100 km  Autonomia 40 a 45 km  Emissões 51 a 64 g/km PREÇOS 50 TFSI e quattro desde 63.547€ 55 TFSI e quattro Sport 70.311€

blueauto

68.355€ 76.039€ 70.658€ 78.342€

AUDI Q7  Híbrido, 2.0 TFSI, 381 cv (pot. total)  Consumos 3,1 l/100 km  Autonomia 40 km  Emissões 71 g/km PREÇOS 55 TFSI e quattro Base 79.690€ 55 TFSI e quattro S Line 83.681€

69


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HÍBRIDOS PLUG-IN

BMW 225xe Active Tourer

BMW 330e

BMW 530e

 Híbrido, 1.5 TwinPower, 224 cv (pot. total)  Consumos 1,9 l/100 km  Autonomia 53 km  Emissões 42 g/km PREÇOS 225xe 42.330€

 Híbrido, 2.0 TwinPower, 292 cv (pot. total)  Consumos 1,4 l/100 km  Autonomia 56 a 59 km  Emissões 31 g/km PREÇOS 330e 53.500€ 330e Touring 55.000€

 Híbrido, 2.0 e 3.0 TwinPower, 292 e 394 cv (pot. total)  Consumos 1,3 a 1,7 l/100 km  Autonomia 57 a 61 km  Emissões 30 a 38 g/km PREÇOS 530e 65.400€ 545e 84.100€ 530e Touring 68.200€

BMW 745e  Híbrido, 3.0 TwinPower, 394 cv (pot. total)  Consumos 2,0 a 2,3 l/100 km  Autonomia 45 a 50 km  Emissões 45 a 53 g/km PREÇOS 745e xDrive 122.280€ 745Le xDrive 133.430€

BMW X1 iPerformance  Híbrido, 1.5 TwinPower, 220 cv (pot. total)  Consumos 1,7 l/100 km  Autonomia 52 km  Emissões 39 g/km PREÇOS xDrive25e 49.350€

BMW X2 iPerformance  Híbrido, 1.5 TwinPower, 220 cv (pot. total)  Consumos 1,7 l/100 km  Autonomia 51 km  Emissões 38 g/km PREÇOS xDrive25e 55.500€

BMW X5 iPerformance BMW X3 iPerformance  Híbrido, 2.0 TwinPower, 292 cv (pot. total)  Consumos 2,2 l/100 km  Autonomia 46 km  Emissões 49 g/km PREÇOS xDrive30e 63.220€

70

 Híbrido, 3.0 TwinPower, 394 cv (pot. total)  Consumos 1,2 l/100 km  Autonomia 87 km  Emissões 28 g/km PREÇOS xDrive45e 88.250€

blueauto

CITROËN C5 AIRCROSS HYBRID  Híbrido, 1.6 PureTech, 225 cv (pot. total)  Consumos 1,4 l/100 km  Autonomia 55 km  Emissões 32 g/km PREÇOS Feel Hybrid 39.117€ Feel Pack Hybrid 41.267€ Shine Hybrid 43.247€


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HÍBRIDOS PLUG-IN CUPRA LEON e-HYBRID

DS 7 CROSSBACK E-TENSE

FORD EXPLORER

 Híbrido, 1.4 TSI, 245 cv (pot. total)  Consumos 1,3 a 1,5 l/100 km  Autonomia 52 km  Emissões 29 a 33,5 g/km PREÇOS e-Hybrid desde 41.264€ e-Hybrid Sportstourer desde 42.425€

 Híbrido, 1.6 PureTech, 225 e 300 cv (pot. total)  Consumos 1,4 l/100 km,  Autonomia 58 km  Emissões 31 g/km PREÇOS E-Tense 4x2 desde 51.950€ E-Tense 4x4 desde 56.700€

 Híbrido, 3.0 PHEV, 457 cv (pot. total)  Consumos 3,1 l/100 km,  Autonomia 42 km  Emissões 71 g/km PREÇOS PHEV ST-Line 84.210€

FORD KUGA PHEV

HYUNDAI IONIQ HYBRID

JAGUAR E-PACE

 Híbrido, 2.5 PHEV, 225 cv (pot. total)  Consumos 1,2 l/100 km,  Autonomia 56 km  Emissões 26 g/km PREÇOS PHEV desde 42.211€

 Híbrido, 1.6 GDi, 141 cv (pot. total)  Consumos 1,1 l/100 km  Autonomia 63 km  Emissões 26 g/km PREÇOS PHEV 35.430€ PHEV Pack Plus 38.480€

 Híbrido, 1.5 Turbo, 309 cv (pot. total)  Consumos 2,0 l/100 km  Autonomia 55 km  Emissões 44 g/km PREÇOS P300e desde 59.451€

JAGUAR F-PACE

KIA CEED

KIA NIRO

 Híbrido, 2.0 Turbo, 404 cv (pot. total)  Consumos 2,2 l/100 km  Autonomia 53 km  Emissões 49 g/km PREÇOS P400e desde 75.479€

 Híbrido, 1.6 GDi, 141 cv (pot. total)  Consumos 1,3 l/100 km  Autonomia 50 km  Emissões 29 g/km PREÇOS SW PHEV Drive 32.250€ Xceed PHEV First Edition 33.250€

 Híbrido, 1.6 GDi, 141 cv (pot. total)  Consumos 1,4 l/100 km  Autonomia 49 km  Emissões 31 g/km PREÇOS PHEV Urban 34.650€ PHEV Drive 36.450€ PHEV Tech 37.950€

blueauto

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HÍBRIDOS PLUG-IN

KIA OPTIMA

LAND ROVER DEFENDER P400e

LAND ROVER DISCOVERY SPORT P300e

 Híbrido, 2.0 Turbo, 404 cv (pot. total)  Consumos 2,2 l/100 km  Autonomia 53 km  Emissões 49 g/km PREÇOS 110 P400e desde 80.876€

 Híbrido, 1.5 Turbo, 309 cv (pot. total)  Consumos 1,7 l/100 km  Autonomia 64 km  Emissões 38 g/km PREÇOS P300e AWD desde 57.219€

MERCEDES CLASSE A

MERCEDES CLASSE B

MERCEDES CLASSE C

 Híbrido, 1.3 turbo, 218 cv (pot. total)  Consumos 1,0 a 1,1 l/100 km  Autonomia 76 km  Emissões 24 a 25 g/km PREÇOS A 250 e 40.800€ A 250 e Limousine 42.150€

 Híbrido, 1.3 turbo, 218 cv (pot. total)  Consumos 1,4 l/100 km  Autonomia 77 km  Emissões 32 g/km PREÇOS B 250 e 43.350€

 Híbrido, 2.0 turbo e Diesel, 320 e 306 cv (pot. total)  Consumos 1,3 a 1,6 l/100 km  Autonomia 53 a 57 km  Emissões 34 a 39 g/km PREÇOS C 300 e desde 53.550€ C 300 de desde 55.950€ C 300 e Station desde 55.450€ C 300 de Station desde 57.700€

MERCEDES CLA

MERCEDES CLASSE E

 Híbrido, 1.3 turbo, 218 cv (pot. total)  Consumos 1,4 l/100 km  Autonomia 68 km  Emissões 31 a 35 g/km PREÇOS CLA 250 e 48.950€ CLA 250 e Shooting Brake 50.400€

 Híbrido, 2.0 turbo e Diesel, 320 e 306 cv (pot. total)  Consumos 1,4 a 1,6 l/100 km  Autonomia 50 a 54 km  Emissões 37 a 41 g/km PREÇOS E 300 e desde 67.650€ E 300 de desde 69.550€ E 300 e Station desde 70.650€ E 300 de Station desde 72.550€

 Híbrido, 2.0 GDi, 205 cv (pot. total)  Consumos 1,4 l/100 km  Autonomia 62 km  Emissões 33 g/km PREÇOS SW PHEV 45.410€

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MERCEDES GLA  Híbrido, 1.3 turbo, 218 cv (pot. total)  Consumos 1,4 l/100 km  Autonomia 61 km  Emissões 32 g/km PREÇOS GLA 250 e 51.700€


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HÍBRIDOS PLUG-IN MERCEDES GLC

MERCEDES GLE

MINI COUNTRYMAN S E

 Híbrido, 2.0 turbo e Diesel, 306 a 320 cv (pot. total)  Consumos 1,7 a 2,3 l/100 km  Autonomia 42 a 44 km  Emissões 46 a 52 g/km PREÇOS GLC 300 e 4Matic GLC 300 e 4Matic Coupé GLC 300 de 4Matic GLC 300 de 4Matic Coupé

 Híbrido, 2.0 turbo e Diesel, 320 cv (pot. total)  Consumos 1,1 l/100 km  Autonomia 80 km  Emissões 28 g/km PREÇOS GLE 350 e 4Matic GLE 350 de 4Matic GLE 350 e 4Matic Coupé GLE 350 de 4Matic Coupé

 Híbrido, 1.5 turbo, 224 cv (pot. total)  Consumos 1,8 l/100 km  Autonomia 51 km  Emissões 40 g/km PREÇOS Cooper S E ALL4 42.650€

69.200€ 70.900€ 67.500€ 69.200€

85.350€ 87.150€ 95.100€ 96.900€

PEUGEOT 508 HYBRID

MITSUBISHI OUTLANDER

OPEL GRANDLAND X PHEV

 Híbrido, 2.4 MIVEC, 230 cv (pot. total)  Consumos 2,0 l/100 km  Autonomia 45 km  Emissões 46 g/km PREÇOS PHEV Instyle 34.990€

 Híbrido, 1.6 Turbo PHEV, 225 a 300 cv (pot. total)  Consumos 1,3 a 1,4 l/100 km  Autonomia 57 a 69 km  Emissões 29 a 32 g/km PREÇOS PHEV GS Line PHEV Ultimate PHEV Ultimate AWD

 Híbrido, 1.6 PureTech, 225 cv (pot. total)  Consumos 1,3 l/100 km  Autonomia 52 a 54 km  Emissões 29 a 30 g/km PREÇOS Allure HY 43.855€ GT HY 46.555€ SW Allure HY 45.355€ SW GT HY 48.055€

46.716€ 52.866€ 59.616€

PORSCHE PANAMERA PEUGEOT 3008 HYBRID  Híbrido, 1.6 Turbo PHEV, 225 e 300 cv (pot. total)  Consumos 1,3 a 1,4 l/100 km  Autonomia 40 a 59 km  Emissões 29 a 31 g/km PREÇOS Allure HY Allure HY4 GT HY4

44.135€ 49.135€ 54.185€

PORSCHE CAYENNE  Híbrido, 3.0 e 4.0 Turbo, 462 e 680 cv (pot. total)  Consumos 3,9 a 4,9 l/100 km  Autonomia 32 a 36 km  Emissões 89 a 111 g/km PREÇOS E-Hybrid E-Hybrid Coupé Turbo S E-Hybrid Turbo S E-Hybrid Coupé

blueauto

100.382€ 105.303€ 186.326€ 190.631€

 Híbrido, 3.0 e 4.5 Turbo, 462 e 680 cv (pot. total)  Consumos 3,3 a 3,8 l/100 km  Autonomia 38 a 44 km  Emissões 74 a 85 g/km PREÇOS 4 E-Hybrid desde 121.122€ 4 E-Hybrid Sport Turismo desde 124.075€ 4S E-Hybrid desde 146.952€ 4S E-Hybrid Sport Turismo 149.906€ Turbo S E-Hybrid desde 216.081€ Turbo S E-Hybrid Sport Turismo 219.035€

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HÍBRIDOS PLUG-IN RANGE ROVER EVOQUE P300e

RANGE ROVER SPORT P400e

RANGE ROVER P400e

 Híbrido, 2.0 Turbo, 404 cv (pot. total)  Consumos 3,3 l/100 km  Autonomia 39 km  Emissões 74 g/km PREÇOS P400e SE desde 99.782€

 Híbrido, 2.0 Turbo, 404 cv (pot. total)  Consumos 3,3 l/100 km  Autonomia 41 km  Emissões 75 g/km PREÇOS P400e desde 134.346€

RANGE ROVER VELAR P400e

RENAULT CAPTUR E-TECH

 Híbrido, 2.0 Turbo, 404 cv (pot. total)  Consumos 2,2 l/100 km  Autonomia 53 km  Emissões 49 g/km PREÇOS P400e desde 79.593€

 Híbrido, 1.6 E-Tech, 160 cv (pot. total)  Consumos 1,4 l/100 km  Autonomia 50 km  Emissões 32 g/km PREÇOS E-Tech 160 Exclusive 33.840€ E-Tech 160 Initiale Paris 36.840€

RENAULT MÉGANE SPORT TOURER E-TECH

SEAT LEON e-HYBRID

SKODA OCTAVIA iV

SKODA SUPERB iV

 Híbrido, 1.4 TSI, 204 cv (pot. total)  Consumos 1,1 a 1,3 l/100 km  Autonomia 58 a 64 km  Emissões 25 a 30 g/km PREÇOS e-Hybrid desde 35.712€ e-Hybrid Sportstourer desde 36.900€

 Híbrido, 1.4 TSI, 204 e 245 cv (pot. total)  Consumos 1,0 a 1,2 l/100 km  Autonomia 60 km  Emissões 22 a 27 g/km PREÇOS iV desde 36.829€ Break iV desde 37.715€

 Híbrido, 1.4 TSI, 218 cv (pot. total)  Consumos 1,4 a 1,5 l/100 km  Autonomia 55 km  Emissões 31 g/km PREÇOS Superb desde 40.943€ Superb Break desde 42.059€

 Híbrido, 1.5 Turbo, 309 cv (pot. total)  Consumos 1,4 l/100 km  Autonomia 66 km  Emissões 32 g/km PREÇOS P300e desde 58.744€

74

blueauto

 Híbrido, 1.6 E-Tech, 160 cv (pot. total)  Consumos 1,3 l/100 km  Autonomia 50 km  Emissões 28 g/km PREÇOS E-Tech 160 Zen 36.650€ E-Tech 160 Intens 38.050€ E-Tech 160 RS Line 40.050€


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HÍBRIDOS PLUG-IN SUZUKI ACROSS

TOYOTA PRIUS

VOLKSWAGEN ARTEON GTE

 Híbrido, 2.5 VVT-i, 306 cv (pot. total)  Consumos 1,0 l/100 km  Autonomia 75 km  Emissões 26 g/km PREÇOS Plug-in E-Four 56.822€

 Híbrido, 1.8 VVT-i, 122 cv (pot. total)  Consumos 1,2 l/100 km  Autonomia 45 km  Emissões 28 g/km PREÇOS Plug-In Luxury 43.690€ Plug-In Premium 45.690€

 Híbrido, 1.4 TSI, 218 cv (pot. total)  Consumos 1,3 l/100 km  Autonomia 70 km  Emissões 30 g/km PREÇOS GTE desde 50.038€ GTE Shooting Break desde 51.077€

VOLKSWAGEN GOLF GTE

VOLKSWAGEN PASSAT GTE

 Híbrido, 1.4 TSI, 204 cv (pot. total)  Consumos 2,0 l/100 km  Autonomia 49 km  Emissões 46 g/km PREÇOS GTE desde 41.532€

 Híbrido, 1.4 TSI, 218 cv (pot. total)  Consumos 1,5 a 1,6 l/100 km  Autonomia 55 a 57 km  Emissões 40 g/km PREÇOS GTE desde 45.919€ Variant GTE desde 49.307€

VOLKSWAGEN TIGUAN HYBRID  Híbrido, 1.4 TSI, 245 cv (pot. total)  Consumos 1,6 l/100 km  Autonomia 70 km  Emissões 59 g/km PREÇOS Hybrid desde 41.118€

VOLVO S60/V60

VOLVO S90/V90

 Híbrido, 2.0 T, 340 a 405 cv (pot. total)  Consumos 1,7 a 2,7 l/100 km  Autonomia 44 a 56 km  Emissões 38 a 56 g/km PREÇOS S60 T8 Recharge desde 62.726€ V60 T6 Recharge desde 57.560€ V60 T8 Recharge desde 60.020€

 Híbrido, 2.0 T, 390 cv (pot. total)  Consumos 1,9 a 2,1 l/100 km  Autonomia 53 a 55 km  Emissões 43 a 47 g/km PREÇOS S90 T8 Recharge desde 70.229€ V90 T6 Recharge desde 71.090€ V90 T8 Recharge desde 74.165€

VOLKSWAGEN TOUAREG HYBRID  Híbrido, 3.0 TSI, 380 a 462 cv (pot. total)  Consumos 2,7 a 2,8 l/100 km  Autonomia 47 a 60 km  Emissões 60 a 62 g/km PREÇOS Hybrid desde 86.353€

blueauto

75


guia de compras

HÍBRIDOS PLUG-IN VOLVO XC40

VOLVO XC60

VOLVO XC90

 Híbrido, 1.5 T, 262 cv (pot. total)  Consumos 2,0 l/100 km  Autonomia 46 km  Emissões 46 g/km PREÇOS T5 Recharge desde 46.588€

 Híbrido, 2.0 T, 340 a 405 cv (pot. total)  Consumos 2,4 a 3,3 l/100 km  Autonomia 36 a 53 km  Emissões 55 a 73 g/km PREÇOS T6 Recharge desde 69.407€ T8 Recharge desde 73.650€ Polestar Eng. 87.567€

 Híbrido, 2.0 T, 390 cv (pot. total)  Consumos 2,7 a 3,4 l/100 km  Autonomia 43 km  Emissões 60 a 76 g/km PREÇOS T8 Recharge desde 83.520€

AUDI E-TRON

BMW i3

BMW iX3

 Elétrico, 313 a 503 cv  Bateria 71 a 95 kWh  Autonomia 336 a 446 km PREÇOS 50 quattro desde 72.719€ 55 quattro desde 87.399€ S quattro 99.736€ Sportback 50 quattro desde 75.388€ Sportback 55 quattro desde 88.538€ Sportback S quattro 102.508€

 Elétrico, 170 a 184 cv  Bateria 33 kWh  Autonomia 279 a 308 km PREÇOS i3 i3s

 Elétrico, 286 cv  Bateria 75 kWh  Autonomia 450 km PREÇOS iX3

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ELÉTRICOS

CITROËN ë-C4  Elétrico, 136 cv  Bateria 50 kWh  Autonomia 350 km PREÇOS Feel Feel Pack Shine Shine Pack

76

37.607€ 38.607€ 40.007€ 41.407€

42.100€ 45.900€

desde 72.600€

CITROËN ë-SPACETOURER

DS 3 CROSSBACK E-TENSE

 Elétrico, 136 cv  Bateria 50 kWh  Autonomia 230 km PREÇOS Business M Business XL Feel M Feel XL

 Elétrico, 136 cv  Bateria 50 kWh  Autonomia 320 km PREÇOS E-Tense So Chic E-Tense Performance Line E-Tense Grand Chic

blueauto

42.907€ 43.523€ 44.270€ 44.886€

41.700€ 42.350€ 46.500€


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ELÉTRICOS FIAT 500

FORD MUSTANG MACH-E

HONDA-E

 Elétrico, 95 a 118 cv  Bateria 42 kWh  Autonomia 320 km PREÇOS 500e 500e 3+1 500e Cabrio

 Elétrico, 258 a 337 cv  Bateria 75,7 e 98,8 kWh  Autonomia 440 a 610 km PREÇOS SR RWD SR AWD ER RWD ER AWD

 Elétrico, 136 e 154 cv  Bateria 35,5 kWh  Autonomia 210-222 km PREÇOS Base Advance

desde 23.800€ desde 28.800€ desde 29.800€

49.901€ 57.322€ 57.835€ 66.603€

HYUNDAI IONIQ ELECTRIC

HYUNDAI KAUAI ELECTRIC

JAGUAR I-PACE

 Elétrico, 136 cv  Bateria 38,3 kWh  Autonomia 311 km PREÇOS EV

 Elétrico, 136 a 204 cv  Bateria 39,2 a 64 kWh  Autonomia 305 a 484 km PREÇOS Electric 39 kWh Electric Premium Electric Premium Plus

 Elétrico, 400 cv  Bateria 90 kWh  Autonomia 470 km PREÇOS I-Pace S I-Pace SE I-Pace HSE

36.580€

39.105€ 46.705€ 51.580€

KIA e-NIRO

KIA e-SOUL

LEXUS UX 300e

 Elétrico, 204 cv  Bateria 64 kWh  Autonomia 455 km PREÇOS Tech

 Elétrico, 136 a 204 cv  Bateria 39,2 a 64 kWh  Autonomia 276 a 452 km PREÇOS e-Soul 39 e-Soul 64

 Elétrico, 204 cv  Bateria 54,3 kWh  Autonomia 315 km PREÇOS UX300e Executive+ UX300e Premium UX300e Luxury

42.750€

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37.000€ 40.000€

36.360€ 38.885€

81.788€ 89.920€ 96.223€

52.500€ 57.500€ 63.500€

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ELÉTRICOS MAZDA MX-30

MERCEDES EQC

MERCEDES EQV

 Elétrico, 143 cv  Bateria 35,5 kWh  Autonomia 200 km PREÇOS First Edition Excellence Excellence Pack Plus

 Elétrico, 408 cv  Bateria 80 kWh  Autonomia 410 km PREÇOS EQC 400 4Matic

 Elétrico, 116 a 204 cv  Bateria 90 kWh  Autonomia 347 a 358 km PREÇOS eVito Furgão eVito Furgão Longo eVito Tourer eVito Tourer Longo EQV 300 EQV 300 Longo

34.535€ 35.245€ 37.655€

79.150€

50.563€ 52.124€ 72.813€ 74.423€ 79.441€ 80.437€

NISSAN LEAF MINI COOPER S E  Elétrico, 184 cv  Bateria 32,6 kWh  Autonomia 235 km PREÇOS Electric S Electric M Electric L Electric XL

34.400€ 36.900€ 39.400€ 41.400€

 Elétrico, 150 e 217 cv  Bateria 40 e 62 kWh  Autonomia 270 e 385 km PREÇOS Acenta 10.º Aniversário N-Connecta Tekna e+ Acenta e+ N-Connecta e+ 10.º Aniversário e+ Tekna

26.400€ 27.350€ 27.500€ 30.350€ 31.550€ 32.500€ 33.450€ 35.350€

NISSAN e-NV200  Elétrico, 109 cv  Bateria 40 kWh  Autonomia 275 km PREÇOS e-NV200 e-NV200 Combi e-NV200 Evalia 5 lug. e-NV200 Evalia 7 lug.

desde 29.880€ desde 31.380€ 37.365€ 37.906€

OPEL CORSA-E  Elétrico, 136 cv  Bateria 50 kWh  Autonomia 330 km PREÇOS Edition Business Edition GS Line Elegance

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OPEL MOKKA-E 30.110€ 31.310€ 33.310€ 32.610€

 Elétrico, 136 cv  Bateria 50 kWh  Autonomia 324 km PREÇOS Edition Elegance GS-Line Ultimate

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OPEL ZAFIRA-E LIFE

36.100€ 38.600€ 39.350€ 42.160€

 Elétrico, 136 cv  Bateria 50 e 75 kWh  Autonomia 220 a 330 km PREÇOS Business Edition 50 desde 49.520€ Business Edition 75 desde 58.970€ Edition 50 desde 53.110€ Edition 75 desde 62.560€ Elegance 50 desde 58.600€ Elegance 75 desde 67.600€


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ELÉTRICOS PEUGEOT E-208

PEUGEOT E-2008

PEUGEOT e-TRAVELLER

 Elétrico, 136 cv  Bateria 50 kWh  Autonomia 340 km PREÇOS e-208 Active e-208 Allure e-208 GT

 Elétrico, 136 cv  Bateria 50 kWh  Autonomia 310 km PREÇOS e-2008 Active e-2008 Allure e-2008 GT

 Elétrico, 136 cv  Bateria 50 e 75 kWh  Autonomia 220 a 330 km PREÇOS 50 desde 55.120€ 75 desde 61.820€

28.920€ 30.070€ 32.270€

32.970€ 34.270€ 36.770€

PORSCHE TAYCAN

RENAULT TWIZY

RENAULT TWINGO Z.E.

 Elétrico, 408 a 761 cv  Bateria 71 a 83 kWh  Autonomia 407 a 484 km PREÇOS Taycan 4S Turbo Turbo S

 Elétrico, 13 cv  Bateria 7 kWh  Autonomia 90 km PREÇOS Life Intens

 Elétrico, 82 cv  Bateria 21,3 kWh  Autonomia 190 km PREÇOS ZE Zen ZE Intens

87.127€ 110.866€ 158.959€ 193.399€

12.805€ 13.605€

RENAULT ZOE

RENAULT KANGOO Z.E.

SKODA ENYAQ

 Elétrico, 109 a 136 cv  Bateria 41 a 52 kWh  Autonomia 306 a 395 km PREÇOS ZE40 R110 Zen ZE50 R110 Zen ZE50 R110 Intens ZE50 R135 Intens ZE50 R135 Exclusive

 Elétrico, 95 cv  Bateria 33 kWh  Autonomia 200 km PREÇOS ZE ZE Maxi 2L ZE Maxi 5L

 Elétrico, 180 a 204 cv  Bateria 58 a 77 kWh  Autonomia 390 a 510 km PREÇOS iV 50 iV 60 iV 80

32.740€ 33.740€ 34.740€ 35.240€ 36.690€

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34.428€ 35.904€ 36.888€

22.200€ 23.200€

35.633€ 39.623€ 46.193€

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ELÉTRICOS

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SMART EQ

TESLA MODEL 3

TESLA MODEL S

 Elétrico, 82 cv  Bateria 17,6 kWh  Autonomia 150 a 160 km PREÇOS fortwo desde 21.975€ fortwo cabrio desde 26.395€ forfour desde 23.745€

 Elétrico  Bateria 75 kWh  Autonomia 415 a 560 km PREÇOS Standard Long Range Performance

 Elétrico  Bateria 100 kWh  Autonomia 613 a 632 km PREÇOS Long Range Plaid Plaid+

TESLA MODEL Y

TESLA MODEL X

VOLKSWAGEN e-UP!

 Elétrico  Bateria 75 kWh  Autonomia 480 a 540 km PREÇOS Long Range Performance

 Elétrico  Bateria 100 kWh  Autonomia 542 a 565 km PREÇOS Long Range Plaid

 Elétrico, 83 cv  Bateria 36,8 kWh  Autonomia 260 km PREÇOS e-up!

65.000€ 71.000€

VOLKSWAGEN ID.3

VOLKSWAGEN ID.4

 Elétrico, 126 a 204 cv  Bateria 45 a 77 kWh  Autonomia 330 a 540 km PREÇOS Life Business Style Family Tech Max Tour

 Elétrico, 204 cv  Bateria 77 kWh  Autonomia 501 km PREÇOS 1st

38.642€ 42.136€ 42.327€ 42.154€ 44.839€ 47.074€ 48.101€

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50.900€ 57.990€ 63.990€

99.990€ 120.990€

46.306€

90.990€ 120.990€ 140.990€

23.305€


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opinião

Estaremos realmente prontos para veículos elétricos? Ricardo Oliveira  Fundador World Shopper

Descubra o que é que nos levou a “Viver” com veículos elétricos e a partilhar consigo a nossa experiência, através das redes sociais.

O

s veículos eletrificados são a melhor solução no futuro próximo. Os construtores de automóveis já o compreenderam, mas há uma enorme divisão, tanto nos profissionais do retalho de automóveis, como nos Clientes: amor e ódio! A maior parte desse radicalismo é alimentada pela falta de conhecimento e pelo receio da mudança. Este fenómeno ocorre a nível mundial: até já o senti na Noruega, onde os BEVs alcançaram 54% de quota de mercado em 2020. O fanatismo a favor da eletrificação não contribuirá para que o grande público adira à mobilidade elétrica. Muitos entusiastas adotam um discurso excessivamente técnico que tende a afastar as pessoas que não encaram a mobilidade elétrica como uma paixão, mas apenas como uma alternativa aos motores a combustão. Para bem do ambiente, para que os utilizadores possam beneficiar de veículos melhor adaptados às condições atuais de cir-

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culação e para bem de uma indústria que está decisivamente a apostar nesta transição tecnológica, é preciso “trazer mais pessoas” para a mobilidade elétrica. Esperar que isso vá acontecer naturalmente com a progressiva paridade de preços entre os dois tipos de propulsão, é subestimar os esforços que a indústria terá de realizar para cumprir as metas de emissões. A indústria vai precisar de vender muitos veículos elétricos e o público precisa de respostas objetivas e fundamentadas. Idealmente, cada pessoa deveria ter a oportunidade de experimentar viver com um automóvel elétrico… Como não é viável para as marcas de automóveis proporcionar esta experiência a todos os potenciais interessados, a World Shopper lançou o projeto “Viver Elétrico”: uma coleção de histórias sobre experiências de longo prazo com os veículos elétricos mais recentes, partilhadas nas redes sociais. Desde 2014 que a World Shopper produz conteúdos conversacionais sobre veículos eletrificados e no “Viver Elétrico” tentamos tirar máximo partido de uma década de estudo da mobilidade elétrica. No final de 2020 iniciámos o projeto com o Volkswagen ID.3, estamos agora com o Citroën ë-C4 e vários modelos se irão juntar à frota “Viver Elétrico” em 2021. Da minha parte estarei ao seu dispor no Linkedin, Youtube, Facebook e Instagram, sempre com o máximo empenho para tentar esclarecer as suas dúvidas ou, simplesmente, para conversar consigo sobre a transição para uma mobilidade elétrica generalizada. 

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