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ao volante Opel Mokka-e

OPEL MOKKA-e

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Mudar para (muito) melhor...

A grande novidade da nova geração Opel Mokka, que chega agora ao mercado, é apresentar uma versão elétrica logo no lançamento, com um motor de 100 kW (136 cv) de potência e autonomia anunciada até 324 km em ciclo WLTP. Mas o novo Mokka é também pioneiro noutras vertentes, como é o caso do design, com destaque para a assinatura frontal em estreia, e também por isso assinala um marco na história da Opel.

Achegada do novo Mokka-e à gama Opel representa para a marca ainda aquilo que o fabricante designa como “a normalização da mobilidade elétrica”, inaugurando uma nova era que levará a que daqui a um ano a oferta eletrifi cada compreenda um total de 9 modelos nos segmentos mais importantes, e antecipando a altura (prevista para 2024) em que haverá já uma versão elétrica em cada novo modelo Opel. À semelhança do que acontece com as versões a gasolina e diesel igualmente disponíveis no novo modelo, o Mokka-e oferece muita tecnologia destinada a facilitar a condução e quatro níveis de equipamento, com os preços da variante elétrica a começarem nos 36.100€. Ao levantarmos a unidade Mokka-e deste nosso ensaio fomos avisados sobre uma característica do carro, para não estranharmos ao nível do desempenho: “Os carros vieram do norte da Europa equipados com pneus de neve e decidimos mantê-los. Vai notar maior aderência e um consumo ligeiramente superior”. Certo, registado. As restrições relacionadas com a Covid-19 notam-se a todos os níveis e as apresentações à imprensa, naturalmente, não são exceção. A chegada dos jornalistas é agora alargada ao longo do dia para evitar ajuntamentos e, ao contrário do que era habitual, os automóveis já não são partilhados, então aproveitámos a autorização para circular entre concelhos para sair de Lisboa e arrancámos autoestrada fora para ver o mar da Ericeira e, principalmente, avaliar o comportamento do Mokka-e sem ser no contexto da condução citadina. Por mera coincidência, destino, vontade de São Pedro ou qualquer outra divindade, consoante as crenças de cada um, começou a chover logo aos

primeiros quilómetros na A8 e pudemos perceber na prática o aviso que receberamos em Lisboa: os pneus realmente colavam o carro ao asfalto que nem uma lapa e, como não há bela sem senão, a segurança e estabilidade contrastavam com um consumo superior aos 18 kWh/100 km anunciados pela marca. A nova geração Mokka estreia uma nova filosofia de design da marca alemã, que será implementada em todos os modelos durante a próxima década, sendo este o primeiro modelo equipado com o Opel Vizor, a nova secção dianteira, inspirada na primeira geração do Opel Manta, que se assemelha à viseira de um capacete e junta a grelha, os faróis e o novo logótipo da marca num único módulo. Além do design arrojado, estas novidades resultam numa enorme melhoria ao nível da aerodinâmica que, por sua vez, se traduz em maior eficiência. Segundo anunciam os especialistas da marca, com o auxílio da dinâmica de fluidez computacional (CFD) e a atenção a todos os detalhes dedicada no túnel de vento conseguiu-se diminuir o coeficiente de penetração no ar a um patamar de excelência. Ainda nesta área, o novo Mokka tem um spoiler no topo da tampa da bagageira para reduzir a turbulência na parte traseira e, dessa forma, melhorar a estabilidade em linha reta. As inovações feitas ao nível da aerodinâmica são inúmeras e, em resultado desse trabalho, em comparação com o modelo anterior a resistência ao ar é reduzida em 16 por cento. As condições meteorológicas adversas que encontrámos, agravadas pelo vento que muitas vezes se faz sentir nesta região do país, pareciam propositadas para ficarmos a conhecer o com-

O Mokka-e está equipado com bateria de 50 kWh, que permite uma autonomia até aos 324 km (ciclo WLTP).

portamento do Mokka-e na perfeição... Com três modos de condução, Normal, Eco (eficiência aumentada) e Sport (maior dinâmica), caixa de velocidades automática de oito velocidades com tecnologia “Quickshift”, ou seja, patilhas no volante, e travagem com sistema de regeneração de energia, o Mokka-e conduz-se de uma forma confortável, numa posição de condução elevada, como se espera numa unidade do segmento B-SUV. Chegados à vila piscatória, muito procurada pelos praticantes de surf mesmo no inverno, como foi o caso, a presença do Mokka-e captava olhares à medida que nos embrenhávamos nas pequenas ruelas. A verdade é que a unidade ensaiada, em tons de um verde aberto, dificilmente deixa alguém indiferente. A equipa de engenheiros da marca germânica também trabalhou muito e bem para conseguir uma redução de peso, alcançando uma poupança até 120 kg em comparação com a geração anterior. Além disso, logrou melhorar a rigidez da estrutura da carroçaria em 15 por cento e, com estas alterações, o novo Mokka é mais eficiente e dinâmico na condução. Apesar de um ligeiro aumento da distância entre eixos, de 2 mm, o novo Mokka é 12,5 cm mais curto que o anterior e mantém o volume da bagageira nos 350 litros. Quanto ao principal, com um motor elétrico de 100 kW (136 cv) de potência e 260 Nm de binário instantâneo o Mokka-e acelera dos 0 aos 100 km/h em 9,1 segundos e tem uma velocidade máxima limitada eletronicamente a 150 km/h. Equipado com uma bateria de 50 kWh de capacidade que permite levar a autonomia até aos 324 km (em ciclo WLTP), consegue recuperar 80 por cen-

to da carga em apenas 30 minutos num posto de carga rápida (corrente contínua a 100 kW). Mas o recarregamento pode ser feito de várias formas, desde instalações monofásicas até trifásicas de 11 kW, ou de wallbox a tomada doméstica. Importa ainda salientar que a Opel oferece uma garantia de 8 anos ou 160 mil km para a bateria. Com quatro níveis de equipamento em opção – Edition, Elegance, GS Line e Ultimate –, o novo Opel Mokka traz tecnologias inovadoras ao segmento B-SUV, como os faróis adaptativos de matriz de LED IntelliLux com um total de 14 elementos, que permitem conduzir como se tivéssemos os máximos ligados e evitam automaticamente o encandeamento dos condutores que circulam em sentido contrário ou à frente. De destacar também o alerta de colisão dianteira com travagem automática de emergência em cidade e deteção de peões, programador de velocidade com limitador, deteção de cansaço do condutor ou reconhecimento de sinais de trânsito. Entre as inúmeras assistências à condução encontram-se ainda o alerta de ângulo cego, programador de velocidade adaptativo com função “Stop&Go” em combinação com caixa automática, sistema de estacionamento automático, assistência ativa à manutenção em faixa de rodagem e uma câmara traseira grande-angular de 180 graus. No habitáculo, com espaço confortável para cinco passageiros, destaca-se outra estreia da Opel: o Pure Panel, um painel de instrumentos totalmente digital que integra dois ecrãs de grandes dimensões, com bastante conteúdo tecnológico mas simplificado para mostrar o que realmente importa ao condutor. Premiado com o “Connected Car Award” 2020 em dezembro último, o sistema de infoentretenimento do Mokka-e é compatível com Apple CarPlay e Android, com comandos de voz integrados, e oferece navegação e mapas da Europa em 3D, recarregamento de telemóveis sem fios e uma infindável lista de ferramentas pensadas no bem-estar dos passageiros. O novo Mokka conta ainda com o sistema OpelConnect, que inclui informações de tráfego atualizadas, ligação direta à assistência em viagem em caso de avaria e função de chamada de emergência eCall. Revitalizados por ver o mar da Ericeira durante alguns minutos, regressámos à base ainda mais relaxados pelo conforto proporcionado pelos bancos dianteiros ergonómicos, com aquecimento e até função de massagem. Ah, que (“mokka” de) dia... A Opel diz que esta nova geração do seu modelo Mokka foi desenhada para despertar emoções, e isso não podia corresponder mais à verdade: o belo design das linhas de SUV compacto moderno e mesmo original tem tudo para – como pudemos comprovar ao vivo – atrair atenções. Mas se somarmos a isso um interior muito bem conseguido, confortável e espaçoso q.b, bem como a oferta tecnológica reforçada e nalguns casos verdadeiramente inovadora, fácil será concluir que desde a geração anterior com o mesmo nome até esta agora estreada muito, mas mesmo muito, mudou; e então se lhe juntarmos ainda todos os benefícios da motorização elétrica inaugurada pela variante Mokka-e, a conclusão só poderá ser que essa mudança foi para muito melhor... n FICHA TÉCNICA Motor

elétrico Bateria tecnologia iões de lítio, capacidade 50 kWh Potência máx. 100 kW (136 cv) Binário máx. 260 Nm Comprimento 4,151 m Largura 1,987 m Altura 1,532 m Bagageira 310-1060 litros Peso 1598 kg Consumo (WLTP) 17,4-17,8 kWh/100 km (anunciado) Autonomia anunciada 324 km (ciclo WLTP) Velocidade máxima 150 km/h (limitada eletronicamente) Acel. 0-100 km/h 9,1 segundos Emissões CO2 –Tempos aprox. 30 minutos até 80% de carregamento (DC – 100 kW) 5h15 (com wallbox, CA, trifásico – 11 kW)

PREÇO Mokka-e

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