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1.º BEV CHEGA EM 2025

Ferrari acelera na eletrificação

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O rumo da eletrificação torna-se cada vez mais inevitável para os construtores automóveis, incluindo para as marcas desportivas. E entre estas, até para as mais exclusivas, como é agora o caso da Ferrari, que no último mês confirmou oficialmente o calendário de eletrificação da sua gama, incluindo o lançamento já em 2025 do primeiro modelo com motorização exclusivamente elétrica.

Os mais puristas podem continuar a hesitar quanto à validade da adoção de motores elétricos em automóveis fabricados por marcas associadas a modelos superdesportivos, mas o presidente executivo da Ferrari já antecipou a resposta a essas hesitações: “A eletrificação vai permitir

produzirmos carros ainda mais

exclusivos”, afirmou John Elkann no recente “Capital Markets Day”, evento que assinalou os 75 anos da Ferrari e no qual foi desvendado o plano estratégico para os próximos anos do famoso construtor automóvel italiano sediado em Maranello. Além de reforçar a exclusividade, a chegada dos motores elétricos à gama Ferrari também não irá desvirtuar aquela que é a principal característica dos carros cujo símbolo de família ostenta o mítico “cavallino rampante”, com John Elkann a prometer ainda que “A nossa histó-

ria está e continuará a estar indissociavelmente ligada ao mundo do

desporto motorizado”. “O Ferrari

elétrico será sempre um Ferrari, único, exclusivo e capaz de ofere-

cer emoções”, acrescentou no mesmo evento o CEO da Ferrari, Benedetto Vigna.

PRIMEIRO MODELO 100% ELÉTRICO EM 2025

Mais descansados depois dessas promessas, clientes e fãs ficaram a saber que o plano industrial da marca desportiva italiana prevê o lançamento entre 2023 e 2026 de um total de 15 novos modelos, aos quais se irá juntar ainda este ano (estreia prevista para setembro) o muito aguardado Purosangue, o primeiro SUV da Ferrari (que será motorizado com um V12 atmosférico). Mas a maior revelação foi mesmo a de que entre essas novidades estará o primeiro modelo Ferrari integralmente elétrico: vai chegar em 2025 e será – prometem os responsáveis da marca de Maranello – um produto genuinamente Ferrari, de características únicas, performan-

20% Hibrído

~55% Hibrído ~40% Elétrico

80% Combustão

2021 ~40% Combustão

2026 ~40% Hibrído

~20% Combustão 2030

ces a condizer com a herança desportiva, uma dinâmica anunciada como excecional e até um motor elétrico capaz de emitir de modo natural (e não artificialmente) um som específico e inimitável, “tipicamente Ferrari”; tudo isso produzido em “casa”, em Maranello, onde está já a ser edificada uma nova estrutura especialmente criada para a eletrificação que albergará componentes como o motor elétrico e o módulo de baterias de elevada densidade energética bem como a linha de montagem. Ainda não se sabe que tipo de carroçaria terá o primeiro Ferrari 100% elétrico, mas no ano passado tinha já sido dado como provável tratar-se de um modelo GT.

OBJETIVO 2026: 60% DA GAMA ELETRIFICADA

Se esse vai ser o ponto alto da estratégia de produto agora anunciada, o objetivo de atingir a neutralidade carbónica até ao ano 2030 leva a Ferrari a ter de acelerar a eletrificação da sua gama: assim, dos atuais 4 modelos híbridos (SF90, nas versões Stradale e Spider; e 296, nas versões GTB e GTS) o portfolio do construtor automóvel de Maranello irá evoluir de modo a oferecer no ano 2026 não menos do que 60% de modelos híbridos e 100% elétricos (representando estes últimos uma quota de 5%); 4 anos mais tarde, em 2030, o “mix” de motorizações deverá atingir já os 80% de modelos eletrificados (40% híbridos e 40% elétricos).

Apesar de ter acompanhado estas novidades com a confirmação de que continuará a investir também na evolução dos motores de combustão, o calendário de eletrificação agora revelado pela Ferrari demonstra afinal que para a marca do “cavallino rampante” a estrada rumo a um futuro elétrico vai ser percorrida à imagem da velocidade com que os seus carros percorrem qualquer outra (estrada): depressa, muito depressa... l

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