COLÓQUIO “ALEIJADINHO 200 ANOS
Apresentação De acordo com o Cônego Raimundo Trindade, “...ao que informam alguns recibos do Aleijadinho, principalmente os de 29 de janeiro e 2 de outubro de 1792, esse retábulo foi trabalhado em parte no antigo povoado, hoje cidade de Rio Espera. Transportado para Vila Rica no ano mencionado, dois anos depois estava concluído e assentado”1. O cônego Trindade está se referindo ao retábulo da Igreja de São Francisco de Assis de Vila Rica, a atual Ouro Preto. Presume-se que Antonio Francisco Lisboa viajara ao local em busca de tranquilidade e de boa matéria prima, madeira de qualidade, o que seria confirmado por algumas obras feitas para a capela da Fazenda da Boa Esperança. 2 Mais do que a prova cabal de documentação que comprove a existência de Antonio Francisco Lisboa, notícias ou informes como estes, acompanhados obviamente dos respectivos recibos, livros de despesas, atas e outros registros informam sobre as posições hierarquizadas ocupadas pelos artífices e suas produções no contexto histórico das Minas Gerais e arrabaldes nos séculos XVII e XVIII. Neste contexto, não somente os artífices circulam, para atender as demandas das comunidades religiosas e também as determinações governamentais, de lugar para lugar, de arraial em arraial, de cidade em cidade, como também, 1
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e muito antes deles, disseminam-se as representações de que se alimentam as imagens plásticas e pictóricas usadas pelos artistas de antanho. Representação significa aqui uma categoria histórica na qual se vê substanciada a forma política e social da América Portuguesa católica do século XVIII e que implica que se pense também num tempo de longa duração dado pela reafirmação contrarreformista (anti-maquiavélica e anti-luterana) até, pelo menos, finais do século XIX. E, com efeito, para o exercício das artes, este tempo pode ser ainda mais longo, vendo-se hoje, às vezes, a produção de imagens feitas de acordo com princípios produtivos similares aos dos séculos citados sem, contudo, que estas imagens façam parte daquela categoria, já extinta para nós. Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho pode ser entendido como um indivíduo somente à luz do lugar que ocupa nesta sociedade fortemente estamental, dividida em classes definidas previamente e reguladas pelo governo soberano da capitania ou das câmara municipais a ela subordinada, da qual fazem parte as confrarias, as ordens terceiras, as irmandades menores e os senhores das minas de ouro e diamantes. O “indivíduo”, neste caso, não existe como uma unidade psicológica autoexpressiva, mas faz parte do corpo coletivo que tem seu lugar no todo unificado no qual o poder é dado pelo rei como partilha do pacto de sujeição a Deus, de modo a permitir por sua vez a distribuição de privilégios, direitos e deveres de todos os seus súditos, sejam esses “discretos”
ou “vulgares”. O Aleijadinho nomeia antes um corpus de obras que circulam com ou em seu nome dentro deste sistema teológico-político católico. Segundo a doutrina escolástica, em voga à época, é adequado que se pense em sua posição enquanto artífice como inferior ou baixa, ou seja, embora seja considerado um “discreto” de acordo com esta doutrina, o Aleijadinho e outros artífices do período devem ser vistos como indivíduos que operam por meio de um “hábito intelectivo factivo” que permite que se execute ou fabrique coisas a contento: _ ars est recta ratium factibilium (a arte é o exato conhecimento do que precisa ser feito), como dito na Suma Teológica. O carpinteiro sabe talhar a madeira, o ferreiro forjar o ferro, e assim por diante, ainda que os melhores mestres sejam dignos de elogio por seus feitos e recebam as melhores mercês. Antonio Francisco Lisboa e os artífices de seu tempo são oficiais artífices que circulam pelos povoados da capitania das Minas Gerais (Vila Rica, São João Del Rei, São Manuel de Rio Pomba, Sabará, Caeté, Morro Grande, Rio Espera, Congonhas do Campo, etc) em busca de trabalho, sendo também estes lugares (que são representados em mapas dos séculos XVII, XVIII e XIX) partes do corpo místico de Cristo, mantido coeso graças à soberania do rei, mesmo na mais distante das colônias do reino. Desse modo, qualquer insurreição era vista como crime perante a soberania do rei, uma ferida no corpo do reino, e a desorganização do todo unificado,
mantido graças à vassalagem de seus colonos dispostos de acordo com o plano prefigurado em favor daquela unidade. O corpo intangível de Deus cria o Cosmos, que pode ser figurado, e que é subdividido em outras tantas figurações: geografia, corografia e topografia. Nesta última eram representadas as regiões divididas em áreas maiores e menores, e destas se constituíam as subdivisões ou plantas dos edifícios, das quais se erguiam paredes onde eram perfuradas aberturas (janelas, portas, óculos, etc); por fim, estas construções eram cobertas com telhados maravilhosos3. Em seu interior, como manifestação multiplicada da Presença de Cristo há uma generosa ornamentação com pinturas, esculturas e talhas em relevo, que são simultaneamente pintura e escultura, capazes de fazer relembrar, principalmente aos que não sabem ler, o referido pacto da sujeição, ou seja, as representações encenam uma narrativa religiosa à espécie de um theatrum sacrum. Muito se tem dito sobre a expressividade exacerbada das esculturas do Aleijadinho, particularmente, as de sua última fase, na qual estaria representado o estágio agônico do artista agravado pela sua doença e condição de privação social. Rodrigo José Ferreira Bretas4 chega a afirmar que tendo lhe faltado o “preceito da arte” teria lhe sobrado “a inspiração do gênio e do espírito religioso”, considerando que a sua imperfeição na arte 3 4
Alberti de re aedificatoria
fora compensada pela franca expressão dos sentimentos expostos em suas obras. Ora, a apreciação dessas mesmas obras separadas de seus contextos originais, deslocadas de seus altares, bases e púlpitos, longe de nichos e dos absides das capelas onde se colocavam originariamente, levaram os críticos, do romantismo em diante, a considerar tais obras como objetos estéticos acabados, como obras de arte singulares que se desconectam daquelas narrativas cênicas religiosas para as quais eram feitas como partes de um cenário que se incorporava ao rito dentro do templo, mas também na cidade ao seu redor. A consequência deste deslocamento é a constituição, a partir do final do século XVIII ou início do XIX, de uma grande quantidade de interpretações que se interessam pelas obras em si, desfazendo-se a noção de corpus, já referida, da qual muitos artífices participavam outrora, e substituindo-a pela ideia de “estilo” mais apropriada à designação de um autor específico, não o da época, mas o da sociedade burguesa que introduz as artes no livre circuito de trocas e circulação de mercadorias. A expressividade ou como diziam os antigos, “os efeitos da turbação da alma”, assim como a disposição dos membros e dos movimentos corpóreos, às vezes, desproporcionais, ordenava-se de acordo com as histórias dos Santos e das Santas e os efeitos que se queriam ver figurados para os fiéis, cônscios das estratégias de convencimento ou de comoção usadas pelos artistas. Os destinatáriosespectadores buscavam recompor o drama desses mártires a partir da identificação da imagem mental (o
disegno interno de que nos falou Zuccari)5 com a matéria particular da obra plástica, e também da arquitetônica, da textual, oral, musical. O modelo de representação ativo no tempo do Aleijadinho e seu círculo, para os artistas que o antecederam e também para aqueles que o sucederam, opera a partir da repetição da coisa na mente, como ideia, e na sua consequente troca pelo signo que se torna representação material para o juízo e para os sentidos dos espectadores, leitores, ouvintes. A repetição da ideia era feita a partir da invenção, ou seja, da localização de pensamentos e argumentos em base de elencos autorizados de lugares-comuns, ou loci, ou tópoi, predefinidos como opiniões verdadeiras arbitradas pelos sábios na interpretação que fizeram, no princípio, das verdades reveladas. Sendo a memória o lugar coletivo onde se encontravam coleções de ideias e opiniões a serem reconvertidas em signos materiais, lembrar, naquela época, era justamente o exercício de achar esses lugares e as imagens desses lugares assim como as coisas contidas dentro deles. Neste sentido, não somente o trabalho escultórico do Aleijadinho, e de outros no tempo, são discursos compostos a partir da ativação desta memória, mas também todo o resto, as pinturas, as portadas, os barretes, todo o edifício do templo ou o local onde se inseriam, eram discursos capazes de agenciá-la e repeti-la, figurando-a materialmente como novos lugares de invenção. 5
Não sabemos muito sobre a educação de Antonio Francisco Lisboa como artífice. Sabemos, por meio da biografia escrita por Bretas que ingressou, em 1750, no Seminário de Donatos do Hospício da Terra Santa, e durante nove anos estudou com os frades leigos da Ordem dos Esmolares da Terra Santa, onde aprendeu algo de latim, gramática, matemática e religião. Com o pai e o tio, Antonio Francisco Pombal, além do desenhista e gravador português João Gomes Batista, teve as primeiras lições sobre os ofícios relativos ao desenho, à talha, e à escultura, além de provavelmente ter observado os escultores Francisco Xavier de Brito e José Coelho de Noronha, também portugueses que provavelmente conduziram diversas obras naquele momento em Vila Rica e arredores. Há hipóteses modernas que sustentam como “referências iconográficas” para o seu trabalho, estampas europeias que circularam por aqui, particularmente as que ilustravam bíblias e livros religiosos. No entanto, ao se substituir este conceito de referência pelo de lugar-comum, amplia-se muito o campo de análise quanto às possibilidades de circulação de imagens, descrições, emblemas, empresas e iconologias, presentes na arte europeia desde o século XIV, pelo menos, e que poderiam ser acessadas e comunicadas aos artífices de Minas durante os séculos XVII e XVIII, uma vez que tais conjuntos não se constituíam em referências episódicas, soltas, chegando por acaso, ora ou outra, à colônia distante, sendo depois mantida como informação assimilada ao estilo próprio de cada
artífice; antes estas imagens são tópicas preenchendo aquela memória referida e, capazes de reativá-la reciprocamente para a ordenação de obras que espelham o modo de exposição das verdades reveladas, conforme a sua melhor interpretação, coligidas em obras de artífices anteriores que são exempla, ou seja, coleção de modelos autorizados a serem emulados. Neste sentido, não é adequado, para o tempo do Aleijadinho, falar-se em interpretação pessoal. Os artistas operam num campo em que a imitação do antigo, tido como o melhor exemplo, é louvável por aquele que o assimila e o emula, na medida em que a regra determina que aquele que imita deve sempre ultrapassar o modelo imitado; aquilo que apenas reproduz o seu modelo tende sempre a ser inferior ao mesmo 6.
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COLÓQUIO “ALEIJADINHO 200 ANOS Dia 10 de novembro: 10h – Mesa de Abertura com Luiz Armando Bagolin (Diretor da Biblioteca Mario de Andrade) e Ângelo Oswaldo de Araújo Santos (Presidente do IBRAM). 11h – “O significado de Aleijadinho para a Cultura Brasileira”, palestra com Ângelo Oswaldo de Araújo Santos, Presidente do IBRAM. 15h – “Sombra e Luz em Aleijadinho”, apresentação da exposição de fotos de obras de Aleijadinho pelo fotógrafo Ferrante Ferranti. 16h – “Aleijadinho - artista síntese do Barroco Mineiro”, palestra com Cristina Ávila. “E para verdade passo este de minha letra e sinal – uma breve análise sobre cultura escrita e os recibos assinados por Antônio Francisco Lisboa (1772-1802)”, palestra com Márcia Almada. “A redescoberta do Aleijadinho por Mário de Andrade”, palestra com Eduardo Jardim. 18h – “Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho e as fontes iconográficas, num contexto de trânsitos culturais”, palestra com José de Monterroso Teixeira. 19h30 – Apresentação da Camerata de Mineiriana. Dia 11 de novembro: 15h – “A Teologia franciscana e as esculturas de Aleijadinho para as igrejas das ordens terceiras”, palestra com Maria Beatriz de Mello e Souza.
“O engenho de Antônio Francisco Lisboa”, palestra com Rodrigo Bastos. “O Aleijadinho em Congonhas do Campo – o Santuário de Bom Jesus do Matosinho passo a passo no espaço da Paixão de Cristo: em busca de uma ‘autoria’ e uma crença perdida”, palestra com Elisa Kossovitch. 18h – “Aleijadinho e outras representações”, palestra com João Adolfo Hansen.
Dia 12 de novembro: 15h – “Moldes e Moldagens: instrumentos de proteção, perpetuação e difusão da obra de Antonio Francisco Lisboa”, palestra com Alexandre Mascarenhas. “Trop tard trop tôt: a alquimia do Aleijadinho no fim do ciclo do ouro”, palestra com Patrick Straumann. “Altos e baixos: o incontestável conhecimento de Antônio Francisco Lisboa sobre a sofisticada arte do relevo”, palestra com Marcos Hill.
Dia 13 de novembro: 19h – Coquetel de inauguração da exposição “Os Lugares de Aleijadinho”.
DIREÇÃO DA BIBLIOTECA MÁRIO DE ANDRADE Luiz Armando Bagolin CURADORIA
Guiomar de Grammont (IFAC \ UFOP) COMISSÃO CIENTÍFICA Caio Boschi, Cristina Avila; João Adolfo Hansen, Guiomar de Grammont, Marcos Hill, Maria Beatriz de Mello e Souza, Myriam de Andrade Ribeiro, Rodrigo Bastos. ALEXANDRE MASCARENHAS (IFMG) Arquiteto-restaurador; Doutor pelo Núcleo de Pós-Graduação da Escola de Arquitetura e Urbanismo da UFMG e Faculdade de Arquitectura e Urbanismo da Universidade Técnica de Lisboa (“Moldes e Moldagens: instrumentos de proteção, preservação e perpetuação da obra de Antônio Francisco Lisboa”); Mestre pela Universidade Federal Fluminense – UFF em Niterói (”Conservação e restauro de estuques ornamentais e estruturais de edificações históricas”); Especialista em conservação de estuques ornamentais pelo Centro Europeu de Veneza para os Ofícios de Conservação | Programa Monumenta; Especialista em conservação de construções de terra pelo Getty Institute|CRATerre|ICCROM Professor-pesquisador do Curso Superior em Restauro do Instituto Federal Minas Gerais | IFMG – campus Ouro Preto. CRISTINA ÁVILA (UFMG) Bacharel em História pela UFMG, Historiadora da Arte e da Cultura - Especialista em Cultura e Arte Barroca pela UFOP, Mestre em Artes e Cultura / ECA-USP e Doutora em Literatura Comparada - Estudos semióticos literatura, cultura e artes-plásticas FALE/UFMG. Pós-Doutoranda pela Universidade Estadual de Campinas. Possui diversas publicações na área de artes, história empresarial e cultura em periódicos nacionais, internacionais, CD-Roms, livros etc. Trabalhou como consultora de história/ memória e editoração para diversas empresas, incluindo o Museu Mineiro, Instituto Renné Rachau, Fundação Roberto Marinho,
Rede Globo Minas, Petrobras, Patrimonium e Museu Guggenheim (curadoria e livro), Museu Ashmolen de Oxford (curadoria e livro), Itaú Cultural (curadoria da exposição sobre modernismo), Prefeitura de Ouro Preto, Casa França Brasil, Museu do Oratório de Angela Gutierrez (curadoria do museu, autora do livro de arte e datashow), Coleção Angela Gutierrez (curadoria de exposições em Paris, Lisboa, Venezuela, Chile, Paris e Lisboa), entre inúmeros outros. EDUARDO JARDIM (PUC RJ) Graduação e mestrado em Filosofia na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e doutorado em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Publicou os livros A brasilidade modernista: sua dimensão filosófica, Limites do Moderno – o pensamento estético de Mário de Andrade, A duas vozes - Hannah Arendt e Octavio Paz, Mário de Andrade: A Morte do Poeta, Hannah Arendt - diálogos, reflexões, memória e Hannah Arendt – pensadora da crise e de um novo início. É organizador da coleção Modernismo + 90, na editora Casa da Palavra. ELISA KOSSOVITCH (UNICAMP) Doutorado pela UNICAMP, universidade e, que leciona. Autora de diversos artigos e capítulos de livros; entre estes: “Imitatio Christi” - O trajeto do olhar nos passos da paixão de Cristo em Congonhas do Campo - Minas Gerais; “FOUCAULT em Confrontos”; Minorias Indígenas na América Latina; Don Juan e Sade - trajetos da sedução; La Sculpture et Le Regard Dirigé - “Imitatio Christi”- Le trajet sur la Via Cruccis à Congonhas do Campo - Minas Gerais; Dois cronistas mestiços da América ou da reconstituição da glória perdida através da história. FERRANTE FERRANTI Fotógrafo e arquiteto, è francês, nascido na Argélia em
1960 de pais da Sardenha e Sicília . Trabalhou como arquiteto em Paris, depois, dedicou-se à fotografia. Um dos mais importantes fotógrafos do mundo, dedica-se sobretudo, ao estudo dos efeitos de sombra e luz sobre a matéria. Ele é autor de diversos livros de fotografias, muitas vezes em colaboração com o escritor Dominique Fernandez: Seus principais temas são Mediterrâneo , arte barroca e Itália. Realizou exposições na França, Romênia, Italia, Portugal, Espanha, Alemanha, Thecoslovaquia, Brasil, entre outros países. GUIOMAR DE GRAMMONT (Universidade Federal de Ouro Preto) Autora da obra Aleijadinho e o Aeroplano: paraíso barroco e a construção do herói colonial, é escritora, doutora em Literatura Brasileira pela USP, com estagio na EHESS de Paris, onde lecionou como professora visitante. Foi diretora do Instituto de Filosofia Artes e Cultura da Universidade Federal de Ouro Preto, onde leciona desde 1994. Criou e coordena o Fórum das Letras de Ouro Preto há 10 edições. Foi curadora nas Bienais do Livro do Rio de Janeiro, Minas e Bahia. Organizou também eventos no exterior, como o Letras em Lisboa, a parte brasileira do Salão do Livro Latinoamericano de Paris e - cedida para o Ministério da Cultura por um breve período - a homenagem ao Brasil na Feira Internacional de Livros de Bogotá. Acaba de ser nomeada curadora da homenagem ao Brasil no Salão do Livro de Paris em 2015. Foi editora executiva de ficção nacional na Editora Record por um ano e oito meses. Premiada com a Bolsa Vitae e o Casa de las Américas, publicou diversos livros e artigos, entre eles, Don Juan, Fausto e o Judeu Errante em Kierkegaard e Sudário.
JOAO ADOLFO HANSEN (FFLCH-USP) Professor titular e livre-docente de Literatura Brasileira do Departamento. de Letras Clássicas e Vernáculas- FFLCH-USP: Entre suas obras, se destacam Alegoria: Construção e Interpretação da Metáfora. São Paulo, Atual, 1986; 2 ed. Atual,1987; 3 ed. Ateliê/EDUNICAMP, 2006 ;Carlos Bracher. A Mineração da Alma. São Paulo, EDUSP, 1997, (Col. Artistas Brasileiros); A ficção da literatura em Grande Sertão:Veredas. São Paulo, Hedra, 2000; Antônio Vieira. Cartas do Brasil 1626-1697. Introdução e organização. São Paulo, Hedra; A Sátira e o Engenho. Gregório de Matos e a Bahia do Século XVII. São Paulo, Companhia das Letras/ Secretaria Estadual de Cultura, 1989 (Prêmio Jabuti 1990). JOSE DE MONTERROSO TEIXEIRA (Universidade Autônoma de Lisboa) Historiador da Arte, Doutor em História pela Universidade Autónoma de Lisboa, onde leciona na atualidade. Foi Diretor do Museu-Biblioteca da Fundação da Casa de Bragança de 1982 a 1987, Diretor do Museu Nacional de Évora, de 1988 a 1992; Diretor do Centro de Exposições do Centro Cultural de Belém, de 1992 a 1997 e Diretor Geral da Cultura da Câmara Municipal de Lisboa, de 2002 a 2006. Entre suas publicações encontram-se O Paço Ducal de Vila Viçosa, sua arquitectura e colecções, Lisboa, Fundação da Casa de Bragança, 1982; Henrique Pousão, no Centenário da sua Morte, “Uma Aposta dividida”, Lisboa, 1984; D. Fernando II, Rei-Artista, Artista Rei, Fundação da Casa de Bragança, Lisboa, 1987; Aleijadinho, O Teatro da Fé, Metalivros, /AESC, São Paulo, Brasil, 2008. Realizou a coordenação científica do Guia do Museu da Fundação Ricardo Espírito Santo, Lisboa, 2002. Prêmio da Academia Nacional de Belas-Artes, Lisboa, 1987; Prêmio MuseionTriomus sob a égide do ICOM, Rio de Janeiro, 1998; Prêmio da Academia Nacional de Belas-Artes, Lisboa, 2013.
MARCOS HILL (EBA \ UFMG) Formação universitária na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ - 1985), concluiu Mestrado em História da Arte pelo Instituto de Arqueologia e História da Arte da Universidade Católica de Louvain (Bélgica - 1990). É doutor em Artes pela Escola de Belas Artes da UFMG (2008). Atualmente, é professor dos cursos de graduação e pós-graduação da Escola de Belas Artes (UFMG) e coordena, juntamente com o artista plástico Marco Paulo Rolla, o CEIA - Centro de Experimentação e Informação de Arte), iniciativa de artistas com o principal objetivo de promover eventos internacionais de arte contemporânea, em Belo Horizonte. MARCIA ALMADA (UFMG) Doutora em História Social da Cultura pela Universidade Federal de Minas Gerais e especialista em Conservação-Restauração de Documentos Gráficos. Professora do curso de Conservação-Restauração de Bens Culturais Móveis da Universidade Federal de Minas Gerais. Integra dois grupos de pesquisa – “A Modernidade Ibero-Americana e a Capitania de Minas Gerais: espaço, poder, cultura e sociedade” e “Elementos Materiais da Cultura e Patrimônio” – e é Investigadora Correspondente do Centro de História de Além-Mar da Universidade Nova de Lisboa. Em 2012 recebeu três prêmios pela sua tese de doutoramento, entre eles o Grande Prêmio Capes da área de Ciências Humanas e Sociais e publicou de “Das artes da pena e do pincel: caligrafia e pintura em manuscritos no século XVIII”. MARIA BATRIZ DE MELLO E SOUZA (UFRJ) Doutora em História da Arte pela Université de Paris Panthéon-Sorbonne (Paris I) desde 1996. Professora Associada do Instituto de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro desde 1998, onde leciona na graduação e
na Pós-graduação em História Social. Pesquisa imagens cristãs no mundo luso-brasileiro, com particular ênfase em esculturas dos séculos XVII-XVIII. Suas linhas de pesquisa incluem iconografia cristã, culto de imagens e circulação de imagens. PATRICK STRAUMANN O escritor nasceu na Suiça e é radicado em Paris. Crítico de cinema e arte do jornal « Neue Zürcher Zeitung » e faz documentários para a rádio « France Culture ». Em 2001, organizou « Rio de Janeiro, la ville métisse » para as edições Chandeigne (a tradução do livro, « Rio de Janeiro, cidade mestiça » foi publicada no mesmo ano pela Companhia das Letras). Ele é o autor de « L’Aleijadinho : le ‘lépreux constructeur de cathédrales’ » (2005) e de « La meilleure part, voyage au Brésil » (2014) , um relato de viagem, os dois editados pela Chandeigne. RODRIGO BASTOS (UFSC) Arquiteto Urbanista, Engenheiro civil, Mestre em Arquitetura e Urbanismo pela UFMG e Doutor em Arquitetura e Urbanismo pela USP, com Doutorado sanduíche no Departamento de História da Arte da Universidade Nova de Lisboa. Vencedor da 2ª edição do Prêmio Marta Rossetti Batista, de História da Arte e da Arquitetura (2010), com a tese, publicada em 2013 pela Edusp: A Maravilhosa Fábrica de Virtudes: o decoro na arquitetura religiosa de Vila Rica, Minas Gerais (1711-1822), e da 8ª edição do Prêmio Jovens Arquitetos (2007), com o texto Regularidade e ordem das povoações mineiras no século XVIII. Autor também de A arte do urbanismo conveniente: o decoro na implantação de novas povoações em Minas Gerais na primeira metade do século XVIII. Professor adjunto do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Santa Catarina.