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As maravilhas do Miami Boat Show ano 9 - número 51 - www.boatshopping.com.br
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ARTH MARINE 415 A evolução de um estaleiro
INTERMARINE 95 Tudo sobre este grande lançamento
CAPRI 21 Direto da fábrica da Chris Craft para o Brasil
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8º BOAT XPERIENCE
Tudo que aconteceu no maior evento náutico deste verão
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SEMPRE NA BOAT SHOPPING Editorial.................................20 Cartas...................................22 As Dez Mais.........................24 Vitrine...................................28 Boat Theater.........................32 Túnel do Tempo.....................34 Minhas Águas.......................36 Por Dentro do Barco.............38 Glossário Náutico..................40 Grandes Barcos....................42 O Especialista.......................46 Pelos Mares..........................48 Terra Firme.......................... 152 Porto Seguro........................174 A Bordo............................... 178 Coluna do Nasseh............... 190 Pergunte ao Capitão........... 192 Sobre as Águas................... 194 Planeta Água....................... 210
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Quente como o verão
Olá, amigo Que verão! O mais quente dos últimos 70 anos... e sem chuva! Perfeito para você curtir dias sensacionais a bordo do seu barco, não? E, da nossa parte, demos uma “ajudinha” proporcionando a você a 8ª edição do maior evento do mercado náutico de verão, o Boat Xperience, na Marina Astúrias, no Guarujá. Se você foi, certamente gostou. Havia mais de 80 barcos expostos, 53 para testdrives, helicópteros, BMWs recém-chegadas dos EUA, motos aquáticas, veículos 4x4 e um monte de acessórios. Impossível não pensar em se dar um de presente. Foi realmente uma festa! Mas não esquenta se você não pode ver tudo isso, porque preparamos uma matéria completa de tudo que rolou por lá nos dois fins de semana do evento. Leia com calma, porque tem muita informação boa, quente como o calor deste verão. O Boat Xperience se consolida cada vez mais junto aos donos e futuros donos de barcos e se transformou definitivamente em um termômetro do mercado. A boa notícia é que, pelo movimento de mais de seis mil pessoas e negócios de milhões, é um belo indicador que a temperatura das vendas está subindo... Que verão sensacional!
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Confira nesta edição, também, detalhes de outro Boat Show de respeito, o de Miami, que a nossa equipe visitou e conta tudo aqui em reportagem especial. São novidades, lançamentos de barcos, os negócios que interessam o mercado nacional e teve até festa nossa em um hotel chiquérrimo de Miami para comemorar os dois anos da nossa irmã Boat International Brasil, com direito a 300 convidados da nata do universo náutico mundial. Que verão! Nesta edição ainda tem muita coisa bacana, como uma visita que fizemos à fábrica da Chris Craft, que faz barcos dos sonhos há mais de cento e quarenta anos, com direito a revelar tudo sobre o lançamento da Capri 21 aqui no Brasil. E para quem é da vela, notícias quentíssimas sobre a volta de Souza Ramos às competições e quem são as caras novas da equipe olímpica que vai representar o Brasil na Rio 2016. Resumindo: fizemos esta edição quentíssima como o verão com carinho para você degustar e sentir a cada página o irresistível chamado do mar... Boa leitura! Leonardo Millen EDITOR
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A opinião dos leitores
Publisher Caio Marcio Lopes Ambrosio Editor Leonardo Millen leonardo@boatshopping.com.br Diretor Executivo Caio Ambrósio Consultor técnico Guilherme Kodja (SetSail) Editora de arte Júlia Melo julia@boatshopping.com.br
BOAT XPERIENCE Parabéns a toda equipe responsável pelo último Boat Xperience de janeiro no Guarujá. Fui na edição passada e levei meus amigos para ver essa. Resultado: vimos todos e testamos uns cinco barcos. Eu acabei fechando um barco novo que já estava namorando e, dos meus amigos, um encomendou um e outro saiu de lá fazendo as contas para comprar o dele. Sensacional! Caio Fernandes, São Paulo, SP
A VIDA COMEÇA AOS 50 Gostaria de parabenizar toda a equipe da revista, que está cada vez melhor. A reportagem sobre as lanchas de 50 pés da edição de dezembro ficou ótima, um verdadeiro guia para a gente escolher. Daniel Ferraz, Florianópolis, SC
GRANDE RETORNO Sou admirador da Tempest 270 e achei muito legal ela voltar ao mercado, produzida agora pela Boreas Boats. Tenho um modelo um tanto antigo e agora posso me programar para “renovar minha frota”. Carlos Fernando Hadad, Guarujá, SP
SEMPRE NA FRENTE Gostaria de sugerir uma reportagem que comparasse que tipo de lancha é melhor para viajar em cruzeiro: fly ou HT. Digo isso porque estou na dúvida entre dois modelos da Sessa: fly42 ou C44. Luiz Carlos Vaz da Silva, Santos, SP
Fale com a BS: Para enviar comentários, dúvidas e sugestões para nossos colunistas, consultores e a redação, escreva para contato@boatshopping.com.br.
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Designers Carolina Wegbecher Lygia Pecora Colunistas Antonio Alonso, Jorge Nasseh, Marco A. Ferrari Carneiro e Roberto Brener. Colaboraram nesta edição Antonio Alonso Jr., Caio Ambrosio, José Claudio Pimentel e Estela Craveiro (texto) Caio Marcio e Paula Romano (fotos) e Jéssica Rezende (revisão) Assistentes de produção Guilherme Martins e Pedro Ambrósio Representante - Região Sul Atanil Wagner Para anunciar ou assinar Tel. (11) 3846-2364 contato@boatshopping.com.br www.boatshopping.com.br Boat Shopping é uma publicação do Boat Brasil Mídia Group (edição 51 fevereiro/ março). Os artigos assinados não representam necessariamente a opinião da revista. É expressamente proibida a reprodução ou cópia, de parte ou do todo, de textos e fotos publicados na Boat Shopping sem autorização prévia. Redação e publicidade Rua Helena, 280, Vila Olímpia, CEP 04552-050, São Paulo, SP
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MC5 ganha Hard Top
A Monte Carlo é a linha de lanchas de luxo do grupo Beneteau. O modelo MC5, já à disposição no Brasil, acaba de ganhar uma versão Hard Top. O novo MC5S segue o mesmo padrão da linha, com muito luxo e sofisticação, mas sem o flybridge ganha um “Q” de esportividade. Outra novidade pode aparecer ainda este ano, a MC6, com 60 pés.
Novidade da Triton O estaleiro Way Brasil acaba de anunciar o lançamento da Triton 325. O barco terá 9,90 m de comprimento e 3,15 m de boca. Os diferenciais serão o camarote fechado, a meia nau, e o pé-direito de 1,90 m na cabine e no banheiro. A motorização poderá ser de 1 x 320 hp a 2 x 260 hp. O preço começa na faixa dos R$ 300 mil.
Cimitarra mini fly Atendendo ao desejo dos clientes, a Cimitarra irá disponibilizar em sua linha o “mini fly”, recurso já conhecido em barcos de maior porte. Ele combina o conforto do flybridge com a esportividade do hard top. Essa novidade será apresentada em abril nos modelos 380 e 410.
De olho em 2015 A FS Yachts está exultante com o sucesso dos dois lançamentos do ano passado. Tanto que um deles, a FS 275 Concept, vendeu tão bem que o estaleiro já prepara a versão de proa aberta, que irá se chamar FS 275 Wide, com previsão para ficar pronta em 2015.
Grande Coral O estaleiro carioca Coral se prepara para lançar, em abril, o maior de todos os modelos até hoje já produzidos: a Coral 46, um barco de 14,80 metros e 4 metros de boca, com sofisticação e qualidade sem um custo abusivo. O estaleiro está trabalhando em ritmo acelerado a fim de deixá-lo pronto para encomendas do próximo verão.
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As principais notícias do mundo náutico
Emissão zero A Torqeedo, em parceria com o Team Scarab e a Ruckmarine, anunciou o primeiro barco esportivo com emissão zero: o Kona 17’ SportRib. A lancha, muito semelhante aos esportivos dos anos 60, é equipada com o novo motor Deep Blue de 40 hp, que permite atingir 27 nós de velocidade máxima e 15 de cruzeiro.
Maior é melhor Ganhador do prêmio NMMA Innovation Awards de 2013, o Dragon Fly, com tela de 5,7”, acaba de ganhar uma versão com tela de 7 polegadas. O aparelho da Raymarine é um GPS fixo que já vem com sonda de alta resolução embutida e agora, com uma tela maior, tudo fica mais fácil de ser visto.
Deck Boat no Brasil
Em abril, a Brunswick se prepara para lançar no mercado nacional o Deck Boat 190BR, o primeiro desta diferente linha. Ele tem a proa como grande diferencial estético. Ela possui o mesmo V no casco, mas com uma área bem ampla com diversos porta-objetos e até uma escada de acesso.
Nova 38 da Fishing Já está navegando pelo nosso litoral a nova F38 Convertible. O casco é o mesmo da atual 38 Open, mas com mudanças no convés, projetado por Paulo Marques Yacht Design. Aliás, o projeto do barco é do estúdio Donald Blount Naval Architects, que manteve a capacidade de 12 pessoas para passeios, mas conseguiu acomodar seis para pernoite.
Inesperado A M1 acaba de lançar o M1 Tender. Com linhas fora do convencional, o barco tem 7,13 metros de comprimento e 2,35 metros de boca e chama a atenção pelo design e pela eficiência do casco ao utilizar motores de baixa potência. Vai ser um diferencial na faixa de 24 pés.
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V ITRINE POLIVALENTE
A Suunto acaba de lançar mais um de seus relógios fantásticos: o D4i, com ênfase no mergulho. Além das funções tradicionais, ele faz a leitura sem fio do tanque e te dá o tempo restante do ar. Custa em torno de R$ 2.000. Mais informações no (11) 4097-2589 ou www.suunto.com
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A Coppertone está lançando o Sport Pro Series, uma nova geração de protetores solares que forma uma película transparente, que adere melhor à pele e não escorre nos olhos, proporcionando maior duração e resistência ao suor e a 80 minutos na água. O FPS 30 sai por R$ 39 e o FPS 50, por R$ 44. www.coppertone.com
NÃO AFUNDA
A Marchon Eyewear acaba de trazer para o Brasil seis modelos dos óculos Floatable H20 da Dragon Alliance. Os diferenciais são a armação de grilamide – leve, resistente e flutuante – e lentes de nylon polarizadas, além do efeito memória, ajustando-se melhor ao rosto. O par sai a partir de R$ 600. www.dragonalliance.com.br
GRINGA NA FOLIA
Para homenagear o nosso Carnaval, a Vodka Absolut lança a Taste of Karnival, uma edição limitada, com rótulo criado pelo cartunista gaúcho Rafael Grampá e um sabor inédito, tropical, que combina maracujá com flor de laranjeira e chega às lojas em abril por R$ 99. www.absolut.com/br/
CAFÉ A BORDO
O Grupo 3corações está lançando a TRES, uma máquina que prepara não só café, mas chá, chocolate, cappuccino e outras bebidas em mais de 15 tipos de cápsulas. A versão portátil pesa apenas 4 kg (110v ou 220v) e custa R$ 450. As cápsulas são vendidas a partir de R$ 1,10. www.trescompleta.com.br
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MOMENTOS DO ESPORTE
A Mormaii acaba de lançar a pequena Pro Cam, que filma em HD, com 30fps e ângulo de visão de 120 graus, tira fotos em alta resolução e exibe o resultado na tela de LCD. Resiste até 10 m de profundidade dentro de uma caixa estanque e pode ser presa em você ou em qualquer superfície. Custa R$ 800. www.mormaii.com.br
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A Sea Doo acaba de lançar uma linha de capas para as motos aquáticas de dois e três lugares das séries Spark, GTX, GTR, RXT e RXP em nylon resistente com presilhas para permitir o uso na carreta durante o transporte. Custa R$ 450. www.sea-doo.com.br
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Um livro, um filme e um disco na opinião de quem é do mar Titó Stegnann é sócio do estaleiro Aquaterra, um tradicional construtor de barcos desde a década de 90. Atualmente estabeleceu parceria com a Waicat para fabricar seus catamarãs
DESAFIANDO OS LIMITES Desafiando os limites (The World’s Fastest Indian) é um filme de 2005 dirigido por Roger Donaldson. Depois de passar a vida trabalhando em sua velha motocicleta Indian Scout, na Nova Zelândia, o piloto Burt Munro (Anthony Hopkins), apesar de ter conquistado vários recordes de velocidade com motos de até mil cilindradas, sente que, pela sua idade e disposição, precisa ir aos EUA para estabelecer seu grande e derradeiro feito. Munro embarca para Bonneville Salt Flats, no estado de Utah, durante a década de 1960, para participar de uma corrida e tentar quebrar o recorde de velocidade sobre duas rodas. Durante a viagem, ele vai fazendo amigos e encantando as pessoas por sua personalidade e determinação.
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Um filme sensível, que mostra a dedicação e perseverança de um apaixonado por motos em alcançar seus objetivos. Também se tira a lição de como a educação e a postura ‘boa gente’ do personagem abre portas, o que contribui para torná-lo um herói querido e quebrador de recordes”
100 DIAS ENTRE O CÉU E O MAR Desde criança em Paraty, Amyr Klink desenvolveu um profundo amor aos barcos e à vida marítima. Cem dias entre céu e mar traz o relato da sua heroica travessia do oceano Atlântico, de Luderitz, na África, à Salvador, na Bahia, em 1984, a bordo de um pequeno barco a remo. O livro é bem mais do que o simples registro da façanha, até hoje nunca repetida. Há espaço para poesia, nas conversas de Amyr com os objetos a bordo e com os peixes e tubarões, e para profundas reflexões, que acabam ganhando contornos de uma grande lição de vida.
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“Neste primeiro livro do início de suas aventuras, Amyr Klink nos relata que, com boa preparação, planejamento, objetivo e um pouco de sorte (achando o mapa que precisava em um abajur que ganha de presente), que um objetivo que parecia impossível pode ser alcançado”.
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LOCAL HERO - MARK KNOPFLER Local Hero é a primeira trilha sonora feita pelo cantor e compositor britânico Mark Knopfler, guitarrista e líder da banda Dire Straits, para o filme homônimo escrito e dirigido por Bill Forsyth. Lançado em 1983, o álbum recebeu uma indicação ao prêmio BAFTA de melhor trilha sonora para cinema.
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“Esta trilha sonora parece o Dire Straits instrumental. Ela passa para o filme perfeitamente o sentimento do protagonista, um milionário que desiste de destruir um local para implantação de sua indústria depois de ver as belezas do local”
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O recifense Cláudio Cardoso começou a velejar em 1976, aos 11 anos, depois que os pais resolveram vender o Hobie Cat 16 do seu irmão mais velho e compraram dois Hobie Cat 14 para que os dois pudessem velejar juntos. Era tudo diversão até que ele ganhou do então imbatível Alexandre Martins, na Copa Wind Cup de 1982. Foi a certeza de que poderia sonhar com voos mais altos. E foi asim, de campeonato em campeonato, que Cláudio conquistou seu primeiro título mundial, em Dubai, em 1996, depois de ser duas vezes vice-campeão, em 1993 e 1995. “Foi um sonho que se tornou realidade, principalmente, por ter vencido no maior e mais concorrido mundial da classe Hobie Cat de todos os tempos!”, conta. Paralelamente, Cláudio também empreendia uma carreira de sucesso como empresário do segmento de equipamentos de monitoramento e segurança. No entanto, o chamado do mar era forte e Cláudio aproveitou o prestígio e conseguiu trazer o Mundial de Hobie Cat 14 para Recife em 1997. A ironia foi que, por exigência dos patrocinadores, foi convocado a defender o título. “Precisei emagrecer 10 kg em um mês. Foi um megadesafio, além do risco de passar vergonha, logo depois de ter ganho o mundial de 1996. Mas gosto dessas coisas!”, revela. E gosta mesmo: ele faturou seu segundo mundial! Nos anos 2000, Cláudio buscou conciliar as duas carreiras. “Ser dono do próprio negócio facilita. Sempre me dedico a dar umas velejadas alguns dias antes de algum campeonato importante.” Mas admite que,
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Mesmo depois de grandes conquistas e conciliando duas carreiras profissionais, Cláudio continua competindo
atualmente, tem cada vez menos tempo, ainda mais porque ele engatou a “terceira carreira”! Ele é o atual comodoro do Iate Clube Cabanga, o mais importante do Recife e que, entre outras coisas, organiza a Refeno, a maior competição de vela oceânica do Brasil. “Essa é uma das mais complexas, árduas, mas agradáveis, missões”, revela. Mas o que mais surpreende é que Cláudio, aos 48 anos, após 17 títulos brasileiros, dois mundiais e uma medalha de prata no PanAmericano de 1999, continua competindo até hoje em alto nível no Hobie Cat, enfrentando as feras e os valores das novas gerações. Conquistou recentemente seu 12º título de campeão Norte-Nordeste e foi 5º lugar no último Campeonato Brasileiro de Hobie Cat 16. “Sempre tive vontade de ser o melhor em tudo que eu faço e nunca desisti de sonhar, mas aprendi que só se chega a algum lugar com trabalho, dedicação e paciência”, finaliza.
FOTOS ARQUIVO PESSOAL
Cláudio Cardoso é um dos poucos remanescentes de uma geração de velejadores que apostou em uma classe nos anos 1970, o então desconhecido Hobie Cat, chegou ao título mundial e continua velejando em alto nível até hoje
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TRADIÇÃO GAÚCHA O Guaíba é coadjuvante da história do Rio Grande do Sul e a navegação por suas águas é apenas um detalhe perto das belezas que oferece Motivo de orgulho do Rio Grande do Sul, o rio Guaíba tem ligações intrínsecas com a história do povo gaúcho, desde a chegada dos primeiros casais açorianos até o seu atual desenvolvimento econômico. A palavra Guaíba, por exemplo, é de origem tupi (índios que habitavam a região) e significa pântano profundo. O rio é realmente muito largo, profundo e possui diversas ilhas. Na verdade, o Guaíba não é um rio, e sim uma laguna – um lago de 496 km2 que tem ligação com o mar. Por conta disso, inúmeras embarcações, tanto comerciais como de lazer, singram diariamente suas águas. Mas a grande beleza do Guaíba está no cenário das suas águas. A ponte móvel é considerada um dos símbolos de Porto Alegre e até hoje o pôr do sol no rio é o maior cartão
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postal da capital. É em função deste espetáculo que muitas pessoas se reúnem para assistir suas águas coloridas pelo sol poente. Sentadas na grama ou caminhando pelo calçadão da orla, elas visualizam quase que diariamente a beleza de um céu de fogo, que encanta e enche os olhos não só dos porto-alegrenses, mas também de quem vem de fora. É possível encontrar outros bons lugares para apreciar toda essa beleza. O alto dos prédios e as janelas das opções gastronômicas às margens do Guaíba são a melhor pedida. Entre os que investem neste cenário se destacam o Bah, no Barra Shopping Sul, o La Piedra, na Av. Coronel Marcos, o Solarium, no Blue Tree Millenium Flat, e o Café Santo da Casa, na casa de Cultura Mário Quintana.
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NOS TRINQUES
A teka natural não requer grandes cuidados, apenas uma boa limpeza Natural ou sintética? Esta tem sido a questão quando o assunto é a escolha do piso para o barco. Mas uma coisa é absolutamente certa: são dois materiais totalmente diferentes. Um é madeira e o outro, uma espécie de polímero sintético. Mas se você optou por usar no seu barco a madeira natural, é preciso entender que investiu em um produto nobre, que requer apenas um pouco de carinho. “A teka natural não exige grandes cuidados. O maior é a limpeza com água doce e detergente neutro periodicamente ou após cada saída do barco”, garante Cláudio Ziouva, diretor da Zimarine, uma das empresas de referência no mercado de teka natural. Segundo ele, a madeira tem uma oleosidade natural, a sílica, que não pode ser agredida por outros óleos ou produtos químicos. Por isso, não mofa, não cria bolor, não acumula sujeira e esquenta infinitamente menos do que a “prima distante”. “Ela absorve o calor. Na
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praça de popa, que fica sempre exposta, ela até torna o ambiente mais agradável”, garante. A lavada periódica com detergente neutro resolve 90% dos problemas. No entanto, como toda madeira, ela oxida com o tempo. Fica um pouco cinza. Quando isso acontece, basta dar uma lixada que a teka volta a ter o visual do primeiro dia de instalada. “É verdade, porém esse lixamento precisa ser feito por um profissional especializado. Ele vai remover apenas a camada oxidada, porque a teka já é fina, de 8 a 10 mm, imagina se ela é desgastada mais do que deveria”, explica Cláudio. O curioso é que este lixamento não é absolutamente necessário. “Tem cliente que gosta da sua teka com esse visual mais fosco, que combina com o estilo do barco”, revela o especialista. Entretanto, ele adverte que um piso de teka natural tem, em média, 15 anos de vida. “É tempo mais do que suficiente para se curtir o barco e também um ponto bacana para aproveitar e dar aquela geral nele todo”.
G LOSSÁRIO NÁUTICO
VOCE SABE O QUE SÃO...
FLAPS?
Conheça melhor as pequenas pranchas de metal instaladas nas laterais do barco que, ao serem acionadas, ajudam o barco a se estabilizar na água, garantindo um melhor desempenho Por Guilherme Kodja
Os flaps são acessórios que se tornaram itens praticamente obrigatórios nos barcos atualmente. O motivo é claro: com o uso, donos de barcos de vários tamanhos passaram a perceber a dificuldade de controlar o trim quando mais pessoas (peso) estavam a bordo. Assim, a posição da proa e a dificuldade de se atingir o planeio ideal da embarcação mostraram que o tal acessório era uma boa ideia e, aos poucos, eles foram tão requisitados que passaram a ser item de série em muitos modelos. Basicamente, flaps são pranchas de metal, com tamanhos distintos para cada tipo e porte de barco, instaladas no espelho de popa e que funcionam como hidrofólios, atuando na massa de água que passa por baixo do casco, dando mais estabilidade geral ao conjunto.
Eles são acionados, geralmente, em três situações mais comuns:
1. Para ajudar o barco a entrar em planeio e atingir a velocidade ideal de cruzeiro, especialmente quando há muito peso a bordo (e na popa);
2. Para ajudar desequilíbrios laterais oriundos da
distribuição de peso a bordo, o que é bastante comum em barcos menores que 40 pés;
3. Para melhorar a navegação em dias de mar ruim, ajustando a proa ou mesmo os bordos do barco contra a ondulação, tornando a navegação mais eficiente e até mais segura.
Quanto ao funcionamento, podem ser encontrados de dois tipos: hidráulicos e eletro-mecânicos. Há vantagens e desvantagens nos dois tipos, mas, em geral,
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Flaps ajustados para navegação em mares mais agitados, para manter a proa elevada
os mais usados em barcos acima de 25 pés são os hidráulicos. Em ambos os casos, seu acionamento se dá por chaves no painel de comando, que devem estar bem acessíveis ao piloto. Uma ótima dica de instalação é optar pelo painel indicativo da posição dos flaps, que existem em versão analógica por ponteiros ou LEDs ou digitais. Ajudam muito durante a navegação para que o piloto saiba onde os flaps estão acionados a fim de poder, rápida e corretamente, ajustá-los novamente conforme a condição de navegação se altere. Diferentemente do que muitos pensam, os flaps não fazem o motor se esforçar mais para atingir o planeio, ao contrário, eles rapidamente ajudam o casco a entrar na posição mais adequada de navegação e, assim, permitir ao motor maior folga, já que o propulsor estará empurrando o barco na posição correta e não sob esforço e ângulo errado. Obviamente que, após este uso e em planeio, o piloto deve ter a sensibilidade de entender a necessidade ou não de seu uso, recolhendo os flaps e permitindo que o casco tenha maior desenvoltura e o motor, menos esforço. Intervenções devem ser feitas conforme a necessidade, nos casos citados acima (compensação de desequilíbrio lateral ou mar ruim). Para barcos pequenos, especialmente com motorização de popa, o uso de hidrofólios acoplados às rabetas é uma excelente opção e, muitas vezes, evitar a instalação de flaps, nem sempre necessários em barcos abaixo de 23 ou 25 pés.
G RANDES BARCOS
MARES 30
A rainha da pesca
Curta e larga, rápida de manobra e boa de estabilidade na ré, a lancha carioca é a queridinha dos amantes da pesca oceânica
Desde 1992, o recorde mundial de pesca do marlim-azul pertence ao Brasil, com um exemplar de 636 kg. Ele foi capturado em Guarapari, por Paulo Amorim, na Duda Mares, uma lancha Mares 30, um barco clássico, fabricado pela Mares, no Rio de Janeiro, do início dos anos 1980 até 1997. Esse feito é um bom exemplo das razões que fizeram da Mares 30 um sucesso entre pescadores. Na barra de Canavieiras, no sul da Bahia, na temporada de pesca, de setembro a março, e também fora dela, se vê ao menos seis Mares 30 cortando as bravas ondas formadas pelo encontro do rio Pardo com o oceano Atlântico para chegar ao Royal Charlotte Bank, considerado o terceiro melhor pesqueiro do mundo, templo da pesca oceânica, a cerca de 70 quilômetros da costa. São duas lanchas do Hotel Transamérica Ilha de Comandatu-
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ba, duas da Bahia Pesca Esportiva, e duas de ex-clientes que se apaixonaram por ela. Criada para pesca, com 30 pés de comprimento, a Mares 30 não leva motores pesados, o que oferece dupla vantagem. O barco fica mais leve e emite menos ruídos, o que afasta peixes, dizem. Valente, a Mares 30 é também competente na batalha entre pescadores e peixes de grande porte, especialmente os de bico, como marlim-azul, marlim-branco e sailfish. “Na pescaria de peixe de bico você precisa de lancha com popa larga, rápida de manobra e capaz de ir à marcha ré com estabilidade. A angulação da lâmina de popa da Mares 30 permite dar ré a sete, oito nós, sem embarcar água. E os dois eixos são afastados. Isso dá a ela a capacidade de virar para um lado e para outro muito rapidamen-
FOTOS: ANTONIO RAMALHO /DIVULGAÇÃO
por Estela Craveiro
FICHA TÉCNICA COMPRIMENTO 9,15 m BOCA 3,38 m CALADO 0,45 m VELOCIDADE 29 nós MOTORES
02 x Mercedes OM 352, 168 hp cada
COMBUSTÍVEL diesel, tanque de 800,0 l PASSAGEIROS 08 TRIPULANTES 02
A simplicidade do flybridge oferece ampla visão ao capitão, fator fundamental nas longas batalhas da pesca de peixes de bico te”, explica Waldyr Campos Andrade Filho, sócio de Antonio Ramalho, o capitão Tuba, na Bahia Pesca Esportiva. Eles começaram há cinco anos, com duas Mares 30, adquiridas usadas, e já fizeram mais de mil pescarias com elas. O Transamerica Comandatuba já as usa há 24 anos. “É um barco ágil para pequenas distâncias, pesca bem, é bom de manobra, e é seguro, se comporta bem em entrada e saída de barras, que são agitadas e perigosas”, conta Paulo Roberto Vieira, responsável pelo departamento de náutica do Transamérica Comandatuba. A motorização original da Mares 30 era composta por dois Mercedes OM 352, de 168 hp cada. Mas hoje se encontram no mar várias soluções. A Bahia Pesca Esportiva, por exemplo, usa dois Mercedes OM 352A, de 250 hp cada. Ocorre o mesmo com a cabine do deck
inferior, com banheiro completo. Em cada barco é de um jeito, com beliche de cama de casal em baixo e de solteiro em cima, ou com cama de casal. A praça de pesca é bem despojada, em geral equipada com sofás. Simples, o flybridge agrada pescadores porque oferece ampla visibilidade para o capitão, item fundamental no sucesso da empreitada em alto mar. O barco tem capacidade para oito passageiros e três tripulantes. Há quem se queixe em fóruns na internet que a Mares 30 bate muito de lado, mas não pescadores experientes. “Por ser larga e curta, ela não é a campeã do conforto, mas atravessa ondas de até três metros. Com os flaps e com um capitão no comando, nem se nota isso. Pode ser usada para passeio, mas ela foi feita para pescar”, conclui Waldyr, que não troca as suas por nada.
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O ESPECIALISTA
Nosso consultor responde às dúvidas dos leitores sobre elétricos e eletrônicos a bordo
ROBERTO BRENER é engenheiro da Electra Service e expert em equipamentos elétricos e eletrônicos para barcos
Tivemos um começo de ano com muitas tormentas e, principalmente, raios. Eu estava com amigos na nossa Phantom e ficamos preocupados, pois vimos vários raios atingirem o mar perto de nós. O que fazer numa situação destas? Miguel Barreiro, São Paulo A pergunta é bastante oportuna. O Brasil é campeão mundial em incidência de raios. A melhor coisa a fazer durante uma tempestade com raios é não estar num barco no mar. Às vezes, podemos ser pegos de surpresa numa situação destas. Mas basta manter a calma e se proteger. Antes de falar como, vamos tentar entender alguns fatos sobre este fenômeno.
1. O raio é uma descarga de energia entre a terra e as nuvens, que nada mais é do que uma forma pela qual a natureza equilibra as cargas elétricas. 2.
Todo e qualquer material, inclusive os isolantes, podem virar um condutor. Tudo depende da diferença de potencial a que ele é submetido. O ar é um exemplo. Em casa, não vemos faíscas voando pelo ar nas tomadas das paredes, mas vemos o mesmo ar virar um condutor quando enxergamos um raio.
3. Durante uma descarga, o corpo mais carregado eletricamente despeja uma quantidade enorme de energia sobre o corpo menos carregado até que ambos equalizem os potenciais. Esta descarga busca sempre seguir pelo caminho mais curto, ou seja, o caminho mais condutor.
4. Todo para-raios, na verdade, não para raio nenhum. Ele atrai os raios para si, evitando que eles atinjam prédios, bens e pessoas no seu entorno. Para-raios são hastes de metal, portanto, bons condutores. Na extremidade que aponta para o céu, são pontiagudos para ajudar na ioniza-
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ção do ar, facilitando o caminho para receber os raios. Na outra extremidade, estão conectados a terra por meio de um cabo de aço ou cobre. A grosso modo, podemos dizer que um para-raios cria um cone de proteção de 45 graus embaixo dele. Assim, tudo o que estiver dentro deste cone estaria fora do alcance de uma descarga atmosférica.
Vamos à sua pergunta: Se uma descarga atingir uma embarcação de metal, ela vai escoar pelo próprio casco para o mar. Se o mesmo raio cair numa embarcação de fibra ou madeira, com casco isolante, com certeza vai procurar o menor caminho e o mais condutor possível até descarregar no mar. Vai entrar por uma antena, um guarda-mancebo ou um mastro. Daí, a primeira conclusão é que, durante uma tempestade de raios, deve-se evitar encostar em qualquer metal a bordo. No caso de um veleiro, deve-se usar o mastro a seu favor, ligando a sua base diretamente à quilha de chumbo. Antenas no topo do mastro devem ter a base conectada ao corpo do mastro. Ao não fazer isto, corre-se o risco de que, ao ser atingida por uma descarga, esta corra pela fiação elétrica interna ao mastro queimando equipamentos. A descarga irá buscar o ponto mais baixo do casco, provavelmente as bombas de porão, para finalmente atingir o mar. Isto pode causar orifícios em cascos de fibra, causando inundação. Numa lancha como a sua Phantom, como dito anteriormente, o melhor seria não estar ali, porém, se for inevitável, a recomendação é abaixar antenas, varas de pesca, outriggers etc., entrar na cabine e ficar longe de qualquer metal pontiagudo que sirva de para-raios. Assim, dificilmente o barco será atingido.
Está com dúvida?
Envie sua pergunta para: contato@boatshopping.com.br
PELOS MARES
DE CUNHOS
ATADOS Desempenho, durabilidade e segurança são apenas algumas das exigências dos cabos náuticos que você precisa na sua embarcação Pode parecer bobagem, mas não é. O cabo certo para cada aplicação dentro de uma embarcação, seja em um veleiro ou em uma lancha, é de fundamental importância para que se consiga desempenho e durabilidade do cabo aliada à segurança do barco. “Conhecer um pouco mais sobre eles é decisivo para decidir pelo conjunto correto para seu barco”, explica André Vasconcellos, diretor da CSL Marinharia e representante náutico da Cordoaria São Leopoldo, com 85 anos de tradição e expertise na fabricação de cabos de fibras. O termo “conjunto” é também fundamental, uma vez que é preciso ter a bordo diversos tipos de cabo para usos específicos. Então, vamos definir, de forma resumida, os cabos e suas aplicações.
Amarra principal ou cabo da âncora Muitas embarcações usam apenas a corrente para amarrar a âncora, principalmente as de maior porte, mas existem atualmente no mercado os cabos mistos, que têm um trecho de corrente emendado a um cabo de fibra sintética. A vantagem da amarração mista é que, além da enorme redução de peso na proa do barco, o cabo fornece elasticidade à linha de ancoragem, reduzindo o esforço de tração sobre ela e sobre os cunhos do barco. Em mares revoltos, isso se torna mais eficaz ainda, pois evita os trancos e uma possível escapada da âncora. Mas nunca se deve usar um cabo totalmente sintético para amarrar a âncora. Usar um trecho de corrente
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junto ao “ferro” é de fundamental importância para ajudá-lo a unhar o solo marinho e evitar o contato abrasivo do cabo com o fundo, rochas e areia. O cabo indicado para ancoragem é composto de fibra de poliamida (mais conhecido como nylon). Ele tem um alto alongamento (absorvendo os trancos), não flutua e tem excelente resistência à tração e às intempéries, justificando sua fama de cabo seguro e durável. É aconselhável a construção torcida de três pernas para barcos pequenos e médios e trançada de oito pernas tipo naval para as embarcações acima de 40/45 pés.
Amarra de popa ou cabo de âncora auxiliar É um cabo curto (30 m na maioria dos casos já resolve), torcido de três pernas de poliamida (nylon), sem corrente, conectado diretamente à âncora. Sua função principal é fazer o fundeio sem rotação, que, em conjunto com a amarra principal, deixa o barco fixo sem girar, ou em ancoragens rápidas em pouca profundidade e perto de praias, evitando usar a amarra principal. O cabo usado tanto na amarra principal quanto na auxiliar deve, obrigatoriamente, afundar. As outras características seriam a elevada resistência à tração, alongamento alto, facilidade de manuseio e adaptação à utilização em guinchos. São indicados os cabos de poliamida (nylon) ou poliéster alta tenacidade, torcidos de três pernas e trançados de oito pernas.
Cabo solteiro É um cabo sem aplicação específica a bordo e de uso eventual. É recomendado que seja flutuante (polipropileno) e tenha um comprimento grande (pelo menos 40/50 metros). Sua função é de uso auxiliar, como um resgate, reboque de outra embarcação, uma amarração em ponto distante ou qualquer outra eventualidade. Por isso, é ideal que ele tenha um bom comprimento (mínimo de 40 metros), flutue, tenha uma boa resistência à tração e muita facilidade de manuseio. É importante que esse cabo tenha um diâmetro mínimo de 12 mm para uma “boa pegada” na hora do manuseio. O cabo trançado de 16 pernas com alma ou dupla trança de polipropileno multifilado é o mais indicado por reunir todas essas características, além de ter uma boa relação custo-benefício.
Dicas úteis
Por André Vasconcellos, da CSL Marinharia
SEGURANÇA
Os cabos de uma embarcação estão intimamente ligados à sua segurança. Mesmo “num porto seguro”, você deve ter certeza que seus cabos de atracação, sua amarra ou a poita que está usando estão bem dimensionados ao local e à embarcação e se estão em perfeito estado de conservação. Isso é fundamental!
ECONOMIA
Muita gente gasta muito no lazer, mas economiza na hora de comprar os cabos do seu barco. Não faça isso. Não delegue a escolha a terceiros ou autorize a compra pelo preço mais barato. O seu barco precisa de um “enxoval de cabos”, cada um dimensionado ao tamanho do seu barco, local e hábitos de navegação. Compre o pacote completo.
CUIDADO AO COMPRAR
Na hora de escolher os seus cabos, procure ser atendido por um vendedor experiente ou um consultor especializado, na loja de acessórios náuticos de sua confiança. Existem cabos no mercado, principalmente para amarras e espias, construídos a partir de fibras recicladas ou restos de plásticos e garrafas PET. Não condeno as cordas recicladas, mas, por serem feitas de materiais que já passaram por diversas transformações, suas propriedades, como tenacidade, alongamento, resistência aos raios UV, estão comprometidas. Elas têm diversas utilidades, mas não são adequadas para sua embarcação.
ANCORANDO SUA EMBARCAÇÃO
Use no mínimo três e no máximo sete vezes o comprimento da sua linha de ancoragem em relação à profundidade que você se encontra. Se você está em um local com “muitos vizinhos”, lance sua âncora de popa para evitar que seu barco gire com a mudança de vento/corrente e colida com outra embarcação.
CUIDE BEM DOS SEUS CABOS
Cuidar deles vai aumentar sensivelmente sua vida útil e será uma economia para o seu bolso. A água salgada não deteriora os cabos de fibra sintética, mas, com o tempo, o sal se entranha nas fibras ajudando a enrijecê-los, tornando-os mais “armados” e dificultando seu manuseio. Portanto, sempre que possível, lave seus cabos (inclusive os de âncora) com água doce corrente, sem utilizar jatos fortes d’água. Evite, também, arrastá-los por superfícies ásperas, pontiagudas e quinas vivas. Proteja suas espias enquanto seu barco estiver atracado. Lonas e mangueiras podem ajudá-lo a reduzir o atrito do cabo nos cabeços e superfícies do cais. Quando fora de uso, retire qualquer torção do cabo e mantenha-o aduchado (enrolado propriamente) no paiol. Proteja seus cabos da luz solar e, quando possível, armazene-os em locais arejados.
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PELOS MARES Espias ou cabos de atracação São utilizados para amarrar o barco em píeres e locais de embarque/desembarque. Usam-se os mesmos cabos da amarra principal, mas há quem prefira um cabo de bitola um número menor. Existem três tipos de espia: os lançantes, os espringues (springs) e os traveses. Veja a ilustração, abaixo, do posicionamento de cada uma. As espias são dimensionadas de acordo com o tamanho da embarcação. Normalmente, têm uma alça feita do próprio cabo em uma extremidade, para amarração no cabeço (o poste) do cais, e a outra extremidade é livre, terminada em “chicote”, com a ponta desfiada. Os cabos de atracação devem ter alta resistência aos raios UV e à abrasão. Podem, ou não, flutuar e devem ter uma boa elasticidade (alongamento) para absorver o “tranco” ou impacto do vai e vem do movimento do
Cabo de retinida para boias circulares É um cabo de 8 mm x 30 m, trançado de polipropileno ou polietileno, flutuante e na cor amarela ou branca. Sua aplicação é exclusiva para o lançamento da boia salva-vidas quando temos uma situação de resgate de pessoas no mar. Como o cabo deve estar enrolado em forma de meada junto à boia, a construção trançada com ou sem alma é mais indicada, podendo ser de polietileno ou de polipropileno.
Cabos para defensas São cabinhos de 6 ou 8 mm, de comprimento de 1,5 a 3 metros, em nylon ou poliéster, fibras muito resistentes aos raios UV. Possuem uma alça pequena costurada em uma das pontas para dar a laçada no olhal da defensa. Devem ter alta resistência aos raios UV e os mais indicados são de nylon ou poliéster, torcido de três pernas ou dupla trança.
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barco. É ideal que a alça para o cabeço tenha um reforço para proteger o cabo do atrito no cais, para aumentar sua durabilidade. Os cabos de nylon, poliéster e os de polipropileno são indicados, embora os de nylon sejam mais resistentes e duráveis. Podem ser usados tanto os cabos de três pernas quanto os de oito pernas e os dupla trança.
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C
B
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A LANÇANTE B > TRAVÉS C > SPRINGS
Adriças e escotas São os cabos de manuseio das velas de um barco. As adriças são os cabos que trabalham nos mastros e têm função de içamento e amarração vertical das velas/outros aparelhos e as escotas são os cabos de manuseio lateral, ajudando nos movimentos de “caçar” e “folgar” as velas. Os cabos mais conhecidos e usados, principalmente, nas velejadas de cruzeiro e lazer são os de construção dupla trança em poliéster (capa e alma) pré-estirado. Seu custo-benefício é excelente. Já para os veleiros de competição, que exigem materiais cada vez mais eficientes, existem cabos fabricados com outras fibras de alta performance, como Dyneema/Spectra (HMPE), Kevlar/Technora, Vectran, PBO e carbono. As principais exigências são o baixo (ou baixíssimo) alongamento, alta resistência aos raios UV, perfil circular para facilitar a movimentação por roldanas, polias e moitões, alta resistência à tração e baixa fluência (creeping = baixo alongamento sob carga constante). O cabo ideal é o poliéster alta tenacidade, de dupla trança com tratamento de pré-estiramento. Esse cabo possui uma vida útil incrivelmente grande, porque a capa externa protege a alma do cabo das intempéries e da abrasão. Maiores informações www.cslmarinharia.com.br
PELOS MARES
NOVO JOYSTICK A BRP acaba de lançar no Miami Boat Show o Optimus 360, um sistema de controle por Joystick para a linha de motores de popa Evinrude E-TEC Anunciado no final do ano passado, o sistema Optimus 360 desenvolvido pela SeaStar é um controle assistido de direção e manobras por joystick projetado para barcos que utilizam a parelha de Evinrude E-TEC com o sistema ICON para acelerador e marcha (EST). Especificamente quatro modelos, a partir de 2010, de 250 hp ou de 300 hp. Segundo o fabricante, é o que existe de mais avançado neste tipo de tecnologia aplicada a motores de popa. O sistema de direção Optimus 360 oferece respostas rápidas para um total controle, sem abrir mão da suavidade, em qualquer velocidade. O sistema conta com sensores de posição do leme, permitindo que os motores possam ser controlados de forma independente ou em conjunto para manobrar o barco de lado, na diagonal, para frente e para trás ou girar sobre seu próprio eixo. Os três eixos de controle transformaram a maneira de parar o barco, colocá-lo na água, manobrar no píer ou posicioná-lo na carreta em uma experiência simples e agradável. E ainda por cima é possível escolher e personalizar o equipamento de acordo com as suas necessidades. “Integrado aos motores Evinrude E-TEC, o Optimus 360 dará aos pilotos um novo nível de controle sobre a embarcação em todas as situações e velocidades, redu-
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zindo significativamente o nível de stress dos pilotos, principalmente na hora de manobrar em situações apertadas”, disse Larry Koschak, especialista da divisão de motores de popa da BRP. Testamos o sistema durante o Miami Boat Show 2014 e ele mostra realmente a eficiência em sua utilização na hora de manobrar e navegar a embarcação. Agora só nos resta esperar, pois a BRP do Brasil irá anunciar em breve os lançamentos de 2014 para o mercado brasileiro e há grandes chances do sistema figurar no pacote.
Para mais informações, acesse www.brp.com
Venha para o mundo Maestrale e descubra o prazer de navegar!
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A MAESTRALE FOI CRIADA PARA OFERECER, ACIMA DE TUDO, BELEZA E QUALIDADE A Maestrale 300 é uma lancha de projeto italiano onde privilegia a navegação, seu cockpit e patamar de popa foram desenhados para agradar o brasileiro, conta com passadiço lateral e passagem central pelo parabrisa para chegar ao excelente solário de proa e sua cabine foi concebida para pessoas exigentes como você. O molde da Maestrale 300 foi desenvolvido no Brasil, é um projeto exclusivo sem similares no mundo. EMBARCAÇÕES MAESTRALE LTDA CONTATO +55 13 3371-8487
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USE O RÁDIO Saiba quais são as principais estações que podem ser sintonizadas no rádio VHF do seu barco e como falar com elas para a segurança dos seus passeios Por Guilherme Kodja
Quem navega sabe que o rádio VF é um item imprescindível de segurança. Mas, apesar de uso disseminado e simples, na prática é pouco utilizado pelas embarcações de recreio. Talvez porque muitos desconheçam o quanto as estações que mantêm escuta regular e diária nos canais VHF marítimos da costa brasileira podem ser úteis aos navegadores. São elas que dão o verdadeiro apoio à navegação, não só em situações de
emergência e socorro no mar, mas também na divulgação de informações importantes, como meteorologia, condições de mar, como chegar corretamente a uma marina ou Iate Clube, entre outras. Antes de saber quem chamar, é importante saber como fazê-lo. Indicamos o seguinte procedimento: C
M
1
Verificar o canal de chamada, a enorme maioria das estações rádio costeiras no Brasil mantém escuta no canal 68;
indicativo de chamada da estação desejada, de forma alta e clara, seguido do nome de sua embarcação;
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Usar o código indicativo de chamada correto da estação que se deseja falar a fim de não ficar sem resposta, por exemplo: D (delta) 21, Z (zulu) 60 e assim por diante;
Utilizar a palavra “câmbio” ao final de cada transmissão. Esse é o código para que a outra ponta da conversação saiba que você terminou de transmitir e que está livre para responder;
3
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2
Ao realizar a chamada, falar calmamente por três vezes o
Ficar bem atento ao canal de conversação que será indicado pela
estação de rádio, pois canais como 68, 09 ou 16 são usados apenas para CHAMADA e outro canal específico para CONVERSAÇÃO será designado para a continuidade da conversa.
CLUBE/MARINA
LOCAL
6
Ao finalizar a conversa com a estação de rádio, agradecer o atendimento, concluir com a expressão “câmbio final” e informar em qual canal permanecerá na escuta (em QAP), finalizando a transmissão definitivamente.
FREQUÊNCIA
POSIÇÃO
TELEFONE (51) 3265-1733 (48) 3225-7799
ALFA 21
Veleiros do Sul Iate Clube
Porto Alegre/RS
16/68
30° 05’638 S 51° 15’356 O
BRAVO 20
I. C. Santa Catarina Veleiros da Ilha
Florianópolis/SC
16/68
27° 36’5”S 48° 32’9”O
BRAVO 21
I. C. de Camboriú
Camboriú/SC
16/68
26° 49’40”S 48° 39’30”O
BRAVO 27
Joinville Iate Clube
Joinville/SC
16/68
26° 17’34”S 48° 46’50”O
(47) 3434-1744
CHARLIE 22
Iate Clube de Guaratuba
Guaratuba/PR
68
25° 11’S 48° 32”O
(41) 3442-1535
PX5A7913-01
Iate Clube de Paranaguá
Paranaguá/PR
16/68
25° 31’1”S 48° 29’55”O
(41) 3422-5622
Na próxima edição: a forma correta de transmissão de chamadas de emergência e a lista das principais estações do SUDESTE.
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Principais estações rádio costeiras da região SUL e como melhor se comunicar com elas CHAMADA
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NAVEGAMOS
BOSTON WHALER 230 VANTAGE
Sem medo
DE MAR A Boston Whaler 230 Vantage mostrou, na prática, em dia de vento e mar bem mexido, o que toda lancha pequena gostaria de ser um dia: confortável, bem acabada, ágil e com navegação acima da média Por Guilherme Kodja / Fotos Caio Márcio
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ovinha em folha nos Estados Unidos, a linha “Vantage” foi apresentada ao Brasil em outubro do ano passado. É a mais nova aposta da marca que há mais de 50 anos atua no mercado náutico de lazer com sucesso e reconhecimento pela qualidade de seus barcos e a navegabilidade e segurança de seus cascos extremamente resistentes. Estão hoje em linha os modelos Super Sport, Montauk, Vantage, Dauntless, Outrage e Conquest, que somam incríveis 260 mil barcos entregues. O slogan já diz tudo: “The unsinkable legend”. Em bom português: “o barco lendário que não afunda de jeito nenhum!” Não há como negar que navegar uma Boston Whaler, especialmente os modelos acima de 32 pés, dá uma satisfação quase inigualável a qualquer outra de seu segmento. No entanto, a surpresa positiva foi grande quando colocamos a 230 Vantage, uma proa
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aberta de apenas 23 pés, para acelerar e manobrar em um mar bastante mexido, com ventos de 16 nós na ponta sul de Ilhabela. É um barco que comporta bem oito passageiros, mas, com seis, garante um dos melhores passeios possíveis num barco deste porte. Recebe apenas motorização de popa que pode variar de 225 a 300 hp, sempre Mercury quatro tempos. Sua solução 100% ao sol tráz consigo sacadas inteligentes e muito interessantes, como o banco que vira solário e que também se torna espreguiçadeira, com encosto e assento rebatíveis que mudam de posição de várias formas para combinar a melhor para quem quer bater papo ou só esticar ao sol. Se a ordem é pescar, o banco da popa é rebatível e permite acesso total a essa área sem que seja necessário subir no estofamento. A proa é bem confortável, os encostos não são vistos em barcos semelhantes no Brasil, que,
O painel é completo e com multifuncional grande. O que atrapalhou foi a posição incômoda do MIC do rádio VHF
O posto de pilotagem é quase perfeito e o para-brisa, além de proteger bem, é grande e permite visão total à proa
O banco pode ser configurado em até seis posições diferentes, tornando-se solário, espreguiçadeira ou mesmo banco duplo para a proa ou popa
geralmente, deixam a desejar no apoio das costas. Há até uma mesa de centro desmontável e que pode dar lugar a um solário se as peças extras forem montadas fechando o vão entre os bancos. Uma escada inox de quatro degraus permite acesso aos banhistas e é bem usada em praias que permitem o encalhe na areia, uma característica forte, por exemplo, do Nordeste brasileiro. Há, ainda, um banheiro não muito espaçoso, porém bem condizente com o porte do barco. Há paióis espalhados por todo o cockpit, especialmente sob os bancos, que permitem esconder toda a tralha usada nos passeios. Chamou a atenção o enorme tanque de combustível de 420 litros, que garantiu excelente autonomia a este pequeno barco. Já o de água, de 76 litros, poderia ser de pelo menos 100, afinal, é um barco de proa aberta e, quanto mais exposto ao sol, maior a tendência do pessoal querer se refrescar.
Apesar de pequenina, a quantidade de sacadas inteligentes e detalhes de acabamento empolga qualquer um que sobe a bordo
Barco pequeno não significa escada pequena. Aqui ela também é de inox 316L e de quatro degraus
Os estofamentos são de altíssima qualidade e muito confortáveis, padrão já conhecido da Boston Whaler
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NAVEGAMOS
BOSTON WHALER 230 VANTAGE
O DESEMPENHO NA PRÁTICA A Boston Whaler 230 Vantage cumpre o que promete? Foi empolgante e prazeroso navegar esta pequena proa aberta. Não tomou conhecimento do mar altamente mexido a que foi submetida e acelerou bravamente contra a ondulação ou mesmo fazendo curvas fechadas com o bordo para as ondas irregulares formadas pelo vento de quase 16 nós. Não se esperava menos de uma Boston Whaler, que são barcos projetados para levar mar ruim pela proa e não reclamar. Vale ressaltar que a motorização testada foi a mais fraca disponível, de 225 hp de popa. Mesmo assim, os números foram excelentes com duas pessoas a bordo. Andou em cruzeiro de 28,7 nós e marcou top de 35,2 nós, o que ficou dentro do esperado para um barco deste tipo, mas com a ressalva de que as opções de 250 hp e até 300 hp vão tornar essa lancha um foguete. Porém, isto não implica em um conjunto melhor, pois muito motor por vezes tira o equilíbrio do conjunto casco X propulsão e pode até, para pilotos menos experientes, ser perigoso de navegar. Aconselhamos a escolha no máximo do 250 hp para garantir boa folga com o barco cheio. Não há necessidade de nada além. Acelerou rápido, como era esperado, saindo do repouso e atingindo 20 nós em apenas 6,5 segundos.
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É um barco de estilo moderno, de excepcional navegabilidade e qualidade de construção e acabamento. Só que, por conta dos altos impostos de importação, é vendido por preço acima da média da categoria
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BOSTON WHALER 230 VANTAGE
NAVEGAMOS
OS NÚMEROS DA NAVEGAÇÃO ECONÔMICA RPM
Velocidade (nós)
4500 25,6
Consumo (litros)
Milhas/ Litro
Litros/ Milha
Autonomia (MN)
44
0,58 1,72 244
10
Consumo (litros)
Milhas/ Litro
Autonomia (horas)
56
0,51 1,95 215
8
Consumo (litros)
Milhas/ Litro
Autonomia (horas)
89
0,40 2,53 166
Autonomia (horas) O cruzeiro econômico de 25,6 nós é ótimo e a autonomia medida neste regime é excelente, com 244 milhas náuticas, suficiente para navegar, por exemplo, de Santos até o Rio de Janeiro sem escalas, com boa e razoável reserva.
CRUZEIRO RPM
Velocidade (nós)
5000 28,7
MÁXIMA RPM
0
6,5”
Velocidade (nós)
10
ACELERAÇÃO
Litros/ Milha
Autonomia (MN)
5
Ultrapassada por pouco a barreira dos 35 nós de velocidade máxima, era o que se esperava deste barco com a motorização testada, nenhum grande mérito 15 nisso, mas sim na firmeza da navegação a esta velocidade.
20
Rápida como se imaginava. Casco X propulsão está bem equilibrado. Com um motor de 300 hp pode melhorar ainda mais a arrancada, mas o fato é que não há necessidade.
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Autonomia (MN)
A marca de 28,7 nós de cruzeiro é boa e nada além do esperado. O consumo de 56 litros/hora foi honesto e garantiu 215 milhas náuticas de autonomia, suficiente para a viagem Santos – Rio sem necessidade de reabastecimento.
6200 35,2
5
Litros/ Milha
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A autonomia é avaliada com o tanque de combustível na sua capacidade máxima. A navegação em cruzeiro econômico é a mais eficiente medição para um barco, porque considera o melhor consumo da embarcação de acordo com a proposta do seu casco e o conjunto motorização/propulsão.
AS CONDIÇÕES DO TESTE A avaliação aconteceu na ponta sul de Ilhabela, com ventos entre 14 nós e 17 nós, mar aberto bastante mexido e ondas com até um metro formadas em períodos de 4 segundos. A lancha testada estava com o tanque de água com 48% da sua capacidade e o de combustível com 100%
A Boston Whaler conseguiu reproduzir as qualidades de suas lanchas maiores nesta 23 pés, que oferece bastante para os fãs da marca O conjunto pia, geleira e chuveirinho ajudam a dar mais conforto a bordo
O pé-direito do banheiro, de 1,20 m, serve apenas ao básico
A motorização de 225 hp ficou na medida e agradou nos números de desempenho
A proa aberta acomoda quatro pessoas e tem acesso direto ao mar
Um bom paiol na popa recebe defensas, cabos e até salvatagem
O acesso à hidráulica é excelente e as instalações, idem
No lado oposto ao banheiro há um paiol enorme, no qual a lixeira fica escondida
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NAVEGAMOS
BOSTON WHALER 230 VANTAGE
IMPRESSÕES AO NAVEGAR CONSTRUÇÃO
PILOTAGEM
O casco é duplo, laminado manualmente com tecidos cortados em gabaritos e depois aplicados, com reforços biaxiais distribuídos nas zonas de maior esforço e ainda com o convés preenchido com espuma de poliuretano com células fechadas em processo patenteado pela fábrica, denominado UNIBOND.
Sempre um ponto alto nos modelos da Boston Whaler e aqui não foi diferente. É difícil não querer sair acelerando com um barco que responde tão bem aos comandos, tão equilibrado e firme, e a 230 Vantage não deixou a desejar, mesmo sendo uma das caçulas da família. Com parabrisa bom para quem tem entre 1,75 e 1,85m, garante empolgação e prazer ao piloto que tem tudo bem à mão, especialmente o barco, mesmo em manobras difíceis.
CONFORTO
SEGURANÇA
Estofamentos de primeira, sem rangidos no casco e com montagem impecável. Tudo isso deixa o barco agradável de embarcar e usar e, assim, o conforto é sentido desde o piloto até quem se estica no solário do banco rebatível. Sem dúvida é um barco muito mais de passeio e para seis pessoas do que para pesca e todas aquelas tralhas necessárias. Aliás, neste caso, com até três vai bem. Mais que isso, deve ficar confuso.
A fiação é toda estanhada e com conectores vedados segundo normas internacionais NMMA, ABYC, CE e RYA. A construção é de perceptível qualidade. A hidráulica, muito bem finalizada e com materiais apropriados e de ótima qualidade. O fabricante garante que o casco é insubmersível.
ACABAMENTO Simples, aconchegante e de excelente qualidade. Isto fica claro em detalhes como as aberturas de portas e paióis, no tipo de inox e mecanismos usados para rebatimento de bancos, encostos e mesmo na casa de máquinas. O cuidado com a finalização interna do barco é perceptível e os estofamentos, muito agradáveis.
DESEMPENHO Com o motor de popa Mercury de 225 hp, a gasolina, já mostrou ótimos números e sem derrubar a autonomia, que é destaque do barco. Caso se opte pela opção de 250 hp, ainda haverá bons números a se celebrar, todavia, pelo que sentimos ao navegar, um 300 hp na popa vai mudar toda a história, e provavelmente para pior. No geral, o desempenho deste barco pode ser considerado ótimo e compatível com sua proposta.
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SEU BOLSO Qualidade tem preço e, se o produto é importado, graças aos extorsivos impostos de nosso país, aí a conta fica pesada, e este é um dos pontos fracos desta ótima 23 pés de proa aberta. Ao câmbio do fechamento da edição, o barco standard sairia por R$ 393 mil (motor 225 hp) ou até R$ 436 mil, já bem equipada como a unidade testada. O preço varia conforme o valor do dólar na data da aquisição.
INOVAÇÃO É um barco que está bem na média dos seus concorrentes. Não traz nenhuma grande sacada ou inovação propriamente dita. É, sim, uma novidade interessante dentro da linha de modelos da Boston Whaler e, para quem é fã da marca, este novo conceito de embarcação foi uma enorme sacada e deve agradar bastante.
O MELHOR USO A Boston Whaler 230 Vantage é uma lancha na medida para você? Você gosta de um day cruiser, sem preocupação se o mar está ruim e com a distância ou tempo que pretende navegar? Quer um barco seguro, com várias certificações internacionais e que, em tese, não afunde mesmo que seja partido ao meio? Se estiver disposto a desembolsar um valor perto do dobro de uma concorrente nacional, a 230 Vantage é o seu barco, pois mostrou que segurança, boa construção, ótimo desempenho e conforto acima da média ela pode entregar, além de andar bem e ir longe, com autonomia de barcos bem maiores.
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NAVEGAMOS
BOSTON WHALER 230 VANTAGE BOCA
2,59 m
Lançada recentemente, a série Vantage cobre uma lacuna da linha da Boston Whaler. É cheia de detalhes e tem desempenho acima da média. Deve fazer muitos fãs FICHA TÉCNICA COMPRIMENTO TOTAL 7,06 m (23,1 pés) BOCA 2,59 m ALTURA NO BANHEIRO 1,20 m
ALTURA BANHEIRO
1,20 m
TANQUE DE COMBUSTÍVEL 420 l TANQUE DE ÁGUA 76 l NÍVEL DE RUÍDO 86 dB EM CRUZEIRO
COMPRIMENTO: 7,06m
m (23,1 pés)
TIPO DE MOTORIZAÇÃO Popa POTÊNCIA DO MOTOR 1 x 225 hp PESO SEM MOTOR 1.769 kg PESO DA MOTORIZAÇÃO 318 kg CAPACIDADE 10/0 (DIA/PERNOITE) PROJETO Boston Whaler FABRICANTE Boston Whaler LANÇAMENTO 2013
O QUE VEM DE SÉRIE Banheiro químico, iluminação LED (navegação, cortesia, banheiro), baterias AGM (Partida e ciclo profundo), sofá retrátil na popa e banco multifuncional a bombordo, porta-varas nos bordos, paiol de proa com porta defensas e lixeira embutida com balde removível, caixa térmica (geladeira) removível, bancada com pia no cockpit, limpador de para-brisa.
VOCÊ PODE EQUIPAR COM Sistema de água pressurizada com 4 chuveiros (proa, popa, pia e banheiro), escada de proa, “Sports Tower” (targa de alumínio com 4 porta-varas e engate para corda de esqui), capota tipo bimini, equipamento de som Fusion com módulo de potência e caixas JBL Marine, guincho elétrico com âncora corrente e cabo, viveiro de iscas, bomba de água salgada com mangueira para lavagem do convés. Para saber mais, www.boreasboats.com.br Guilherme Kodja é consultor técnico náutico e avalia os barcos para a BOAT SHOPPING, através da empresa SetSail Inteligência Náutica (www.setsail.com.br).
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NAVEGAMOS
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ARTHMARINE 415
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Evolução
BEM-SUCEDIDA A Arth 415 chega para se tornar o novo flagship do estaleiro paulista Arthmarine, uma boa evolução natural dos seus bemsucedidos barcos de 24 a 33 pés Por Guilherme Kodja / Fotos Caio Márcio
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NAVEGAMOS
ARTHMARINE 415
A
presentada em outubro do ano passado e pela primeira vez na água à disposição para test-drive no Boat Xperience do Guarujá em janeiro, a Arth 415 chegou para ocupar um novo espaço no portfólio do estaleiro. Não pode, definitivamente, ser comparada com a antiga 380, que era um barco de tamanho parecido, mas com uma concepção e projeto totalmente diferentes e que, apesar da boa navegação, pecava na distribuição interna e o design não agradava muita gente. Já este barco é totalmente novo, com linhas arrojadas e sem exageros, explorando de forma ousada, todavia coerente, as opções de vidros no casco e na superestrutura do convés. Mas a 380 não foi deixada totalmente de lado. Sua melhor qualidade foi trazida para este projeto: o fundo do casco, que era firme, com navegação excelente em mar picado. Manteve um ótimo casco.
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Com isso, a Arth 415, mais moderna, espaçosa e muito mais bem distribuída, com acabamento também já melhorado, herdou, ainda, um bom projeto de navegação. Por isso, pode ser considerado um barco moderno, que contempla um camarote de ótimo tamanho na proa, na verdade uma suíte, já que tem banheiro e com pé-direito alto de 1,91 m e box fechado para banho e cama de casal de verdade, com 2,27 m x 1,42 m. A outra acomodação pode servir um solteiro com sobra de espaço, já que a cama mede 2 m x 1,10 m, ou ainda um casal com a união do espaço de passagem com o estreito sofá ao lado, combinando, assim, uma cama de casal de 2 m x 1,98 m, uma queen size de verdade. O detalhe é que este espaço não tem tanta privacidade, uma vez que não é fechado e fica junto ao sofá da sala, como a maioria dos projetos entre 34 e 40 pés do mercado. Para uso deste casal, e também dos convida-
A cozinha tem tamanho compatível com o barco, mas a geladeira é muito pequena
Com vários armários e muita madeira a vista, a espaçosa cama ganhou charme extra
dos a bordo, há um segundo banheiro, no outro bordo, também a meia nau, com pé-direito mais acanhado, de 1,69 m, mas que contempla também box para banho e uma bela vista lateral pelos vidros do casco. A cortina para ocultar a visão dos curiosos é item de série segundo o estaleiro. Na cozinha, há muitos armários e ótima iluminação lateral e também por uma claraboia no teto. Faltou uma vigia para melhor ventilação na hora de cozinhar. A sala, no lado inverso da cozinha, tem ótimo sofá e bem de frente para a TV. As janelas no costado podem ser usadas para iluminar o ambiente graças a cortinas bem elegantes que garantem a privacidade. No cockpit, muito espaço, graças à boca larga do barco, de 3,5 metros, e do bom aproveitamento do casario, que forma, também, o hard top do barco. A grelha elétrica está neste espaço, já próxima do acesso à popa, mas não na plataforma, como a maioria das concorren-
Com pé-direito bem alto e espaços completamente novos, a Arth 415 manteve a boa distribuição interna e ampla iluminação natural como pontos fortes do projeto que agradou por dentro e por fora
Os banheiros são bons, ambos completos e com box para banho, o que é ótimo
tes. Ali, o estaleiro optou por explorar bem as opções ao sol em vez de local para preparação de comida. Por isso, montou um solário com opcional elétrico de encosto que o transforma numa espécie de chaise longue voltada para a popa e que mede ótimos 1,78 m x 1,44 m, além de uma plataforma de popa fixa de 1,18 m x 3,14 m. Na proa, outro solário respeitável complementa as opções ao ar livre, com 2 m x 1,51 m, o tamanho de uma boa cama de casal. Para fazer a Arth 415 navegar, o estaleiro oferece como única opção motores Mercruiser de 320 hp a diesel com rabetas Bravo III e comandos mecânicos ou eletrônicos. Opção a gasolina também pode ser oferecida sob consulta. A versão testada, com equipamentos de série e alguns importantes opcionais, como ar-refrigerado e gerador, custa em torno de R$ 900 mil, podendo variar para mais ou menos conforme itens de escolha do interessado.
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NAVEGAMOS
ARTHMARINE 415
O casco é rápido, ágil e corta ondas extremamente bem. A proa quase não levanta, talvez um dos menores ângulos de inclinação dos barcos testados no Brasil. Isso ajuda muito em dias de mar picado
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O DESEMPENHO NA PRÁTICA A Arth 415 cumpre o que promete? A Arth 415 só tem uma opção de motorização pelo catálogo do estaleiro: par de Mercruiser 320 hp acoplados a rabetas Bravo III. Porém, pelos números atingidos no teste, é um conjunto adequado ao barco. Sob consulta, este modelo pode ser produzido a gasolina, mas, certamente, para ficar bom e não muito gastador, um par de 380 hp vai ser necessário. Algo que impressionou foi ver como o casco não levanta quando acelerado a planeio. A proa fica baixa e o barco não precisou de flaps em nenhum momento, mostrando bom equilíbrio hidrodinâmico do casco, verificado na firmeza de manobras e curvas fechadas e ao cortar pequenas ondas e marolas de outros barcos, já que o dia estava tranquilo e com mar calmo. O desempenho foi animador e coerente, levemente abaixo do esperado no cruzeiro econômico. Se bem que o número foi compensado com uma real economia de diesel. Os números, então, ficaram assim: 22,1 nós com 64 litros/hora no regime econômico; 27,9 nós com 84 litros/hora no cruzeiro regular e, por fim, máxima de 33,9 nós com 120 litros/hora. Como navegou firme e segura e apresentou números bem coerentes, podemos afirmar que a Arth 415 cumpre o que promete.
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ARTHMARINE 415
NAVEGAMOS
OS NÚMEROS DA NAVEGAÇÃO ECONÔMICA RPM
Velocidade (nós)
2900 22,1
Consumo (litros)
Milhas/ Litro
Litros/ Milha
Autonomia (MN)
64
0,35 2,90 290
13
Consumo (litros)
Milhas/ Litro
Autonomia (horas)
84
0,33 3,01 279
10
Consumo (litros)
Milhas/ Litro
Autonomia (horas)
120
0,28 3,54 237
Autonomia (horas) O cruzeiro econômico é pouca coisa lento, mas compensou muito pelo baixíssimo consumo da parelha, e certamente o casco ajudou. Atingiu a excelente autonomia de 290 milhas náuticas, o que corresponde a uma navegação de Florianópolis a Búzios com boa reserva.
CRUZEIRO RPM
Velocidade (nós)
3300 27,9
MÁXIMA RPM
Velocidade (nós)
10
Litros/ Milha
Autonomia (MN)
11,4”
5
ACELERAÇÃO
15
20
A aceleração ficou dentro da média do segmento, com 11,4 segundos de zero a 20 nós. Vale ressaltar o controle perfeito do casco na saída em regime de aceleração total dos motores, sendo que praticamente não levantou a proa.
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Autonomia (MN)
O cruzeiro foi honestíssimo. Mantendo ainda ótima autonomia de 279 milhas náuticas. Navega fácil e sem empopar, atingindo a média de velocidade de quase 28 nós, uma boa marca.
3900 33,9
0
Litros/ Milha
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A autonomia é avaliada com o tanque de combustível na sua capacidade máxima. Atenção: por segurança, mantenha uma reserva de 20% da capacidade total do tanque, do ponto de partida até o próximo ponto de abastecimento. A navegação em cruzeiro econômico é a mais eficiente medição para um barco de passeio, porque considera o melhor consumo de acordo com o casco e o conjunto motorização/propulsão.
7
O top alcançado, de praticamente 34 nós, está dentro do esperado pelo conjunto casco x motorização e ainda pela relação peso x potência. Mesmo neste forte regime de navegação, conseguiu obter uma ótima autonomia técnica, de 237 milhas náuticas, mais do que suficiente para uma viagem Santos – Rio.
AS CONDIÇÕES DO TESTE A avaliação da Arth 415 aconteceu nas águas de Santos, em dia de sol, ventos calmos ESE com cerca de 4 nós que variaram até 6, mar calmo com ondas baixas. A embarcação testada estava com o tanque de água com 90% da capacidade total o de combustível com 55%.
O amplo cockpit é bem iluminado graças às enormes janelas em arco
A motorização Mercruiser Diesel 320 hp manteve bons números e se mostrou bem adequada
A plataforma é média, mas as ferragens são de inox 316L e a escada de quatro degraus
A elétrica é bem executada, mas há fios fora de conduítes que podem melhorar
É um barco bonito e moderno, que agrada jovens e famílias que gostam de ir mais longe e pernoitar, graças ao seu bom desempenho e ótima autonomia. Apesar da boa construção, não prima pelo acabamento, mas também não cobra por isso
Sofá ou solário? Ao toque de um botão é possível escolher
A hidráulica funcionou bem e o chuveirinho tem extensão para lavar o cockpit todo
O paiol sob o solário de popa é enorme, perfeito para guardar coletes e salvatagem em geral
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NAVEGAMOS
ARTHMARINE 415
IMPRESSÕES AO NAVEGAR CONSTRUÇÃO Não tem certificação internacional, mas um padrão de qualidade já conhecido do estaleiro com bom número de barcos na água. A laminação é manual e todo o casco em sanduíche de fibra de vidro com núcleo de espuma de PVC rígida. A fiação é estanhada e codificada e os tanques de combustível e água estão separados dos motores, a meia nau, além de usar aço inox 316L, que evita problemas de oxidação.
CONFORTO Seu novo interior foi feliz na distribuição e com boas camas e dois banheiros bem completos é um barco confortável para quatro pessoas curtirem até um feriado a bordo, já que também tem boa autonomia. O cockpit é espaçoso e a opção de sol ou sombra do hard top de fibra ajuda muito. Seu acabamento é agradável, mas não luxuoso, até porque, neste preço, ela não cobra por luxos.
ACABAMENTO Melhorou muito do modelo 380 para cá. É outro conceito e, apesar de não ter materiais tão nobres ou luxuosos, são apropriados ao uso náutico. A marcenaria está bem feita e completa, com muitos armários e todos bem finalizados. Há pontos a melhorar, obviamente, como a finalização das juntas dos vidros e para-brisas. São itens menores e facilmente ajustáveis.
PILOTAGEM É agradável e uma das melhores com a opção em pé apoiado no banco. A visão para todos os lados é ótima graças à profusão de janelas pelo cockpit. Atrapalhou um pouco o fato do painel ser bem alto e o assento, um pouco baixo, assim, para pilotar sentado, a visão à frente ficou bastante prejudicada. O barco é bem fácil de pilotar e o fato da proa quase não subir ajuda muito e garante uma sensação de controle bastante interessante.
INOVAÇÃO Um dos pontos que chamam a atenção neste novo barco. É um projeto novo e arrojado, com equilíbrio e uma ótima concepção de distribuição interna e uso de vidros no costado e cockpit. O mérito, aqui, está na inovação bem equilibrada do projeto.
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O MELHOR USO SEGURANÇA É um barco bem feito e, ao que tudo indica, confiável. O estaleiro tem mais de 300 unidades de outros modelos e mantém bom nome no mercado. Vale atenção na passagem da fiação que tem conduítes, todavia, nem todos os fios estão lá. Na navegação, as curvas muito bruscas ou fechadas tendem a fazer o barco deitar bem, já que seu casco tem perfil de “V” profundo, por isso deve-se evitar tais manobras. Vale ressaltar que o barco está equipado com quatro bombas de porão, todas com seus respectivos automáticos.
A Arth 415 é uma lancha na medida para você? Com estilo moderno e linhas bem agradáveis, é um barco jovem e que deve agradar também famílias que querem pular de uma 30 ou 34 para algo mais espaçoso sem precisar gastar uma fortuna. Assim, como acomoda bem quatro pessoas para pernoite e com dois bons banheiros com boxe para banho e ainda cockpit e solários prontos para o nosso verão, deve ser um barco considerado em sua short list caso este tamanho de lancha seja seu próximo objetivo.
SEU BOLSO Seu preço básico, mas já com importantes opcionais, como arrefrigerado e gerador, gira em torno de R$ 900 mil, um valor bastante interessante para um barco deste tamanho e com tanto espaço. A motorização a diesel de 320 hp e rabetas Bravo III da Mercury podem ser comandadas por manetes eletrônicos e esta é uma opção que pode encarecer o barco. Há, ainda, a opção de consultar o estaleiro sobre motorização a gasolina, que deve reduzir o custo razoavelmente.
DESEMPENHO O desempenho foi coerente com o porte da lancha. Seu regime econômico foi pouco abaixo do esperado, mas com um nível de consumo muito interessante, o que compensou. Os números desta avaliação foram os seguintes: 22,1 nós com 64 litros/hora no regime econômico; 27,9 nós com 84 litros/hora no cruzeiro regular e, por fim, máxima de 33,9 nós com 120 litros/hora. Acelerou sem levantar a proa em regulares 11,4 segundos do repouso aos 20 nós.
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NAVEGAMOS
ARTHMARINE 415 BOCA
3,50 m
CAMA DE PROA ALTURA CABINE
2,27 x 1,42 m
2,05 m
Com comprimento total de mais de 42 pés e boca larga de 3,5 metros, a Arth 415 chamou a atenção por seu arranjo interno bem resolvido, ótimos banheiros e, ainda, a autonomia de navegação acima da média FICHA TÉCNICA COMPRIMENTO TOTAL 13 m (42,6pés)
ALTURA BANHEIRO
BOCA 3,50 m
1,91 m
ALTURA NA 2,05 m ENTRADA DA CABINE ALTURA NO BANHEIRO 1,91 m TANQUE DE COMBUSTÍVEL 840 l TANQUE DE ÁGUA 450 l
m (42,6 pés)
NÍVEL DE RUÍDO EM 86 dB CRUZEIRO TIPO DE MOTORIZAÇÃO Apenas centro-rabeta POTÊNCIA DO MOTOR
2 x Mercruiser (diesel) 320 hp
PESO SEM MOTOR 6.000 kg
COMPRIMENTO: 13
PESO DA MOTORIZAÇÃO 1.176 kg CAPACIDADE 12/4 (DIA/PERNOITE) PROJETO Arthmarine FABRICANTE Arthmarine LANÇAMENTO 2013
O QUE VEM DE SÉRIE CAMA MEIA-NAU
2 x 1,10 m
Atuador elétrico na casa de máquinas, atuador elétrico no encosto do sofá do cockpit, hard top com teto retrátil automático, vasos sanitários elétricos, três baterias, divisor de carga, quatro bombas de porão c/ automáticos, colchão solário de proa, iluminação em LED, box fechado nos banheiros.
VOCÊ PODE EQUIPAR COM Ar-refrigerado de 12 mil BTUs, boiler de 25 litros, carreta de encalhe de madeira, churrasqueira elétrica, kit guincho, gerador 4 kWa, multifuncional de 9”, pintura personalizada no costado, tapete da cabine, teka no cockpit e plataforma de popa. Para saber mais, www.boreasboats.com.br Guilherme Kodja é consultor técnico náutico e avalia os barcos para a BOAT SHOPPING, através da empresa SetSail Inteligência Náutica (www.setsail.com.br).
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NAVEGAMOS
BOSTON WHALER 315 CONQUEST
Para ir bem
E LONGE A Boston Whaler 315 Conquest, assim como a 230 Vantage, foi apresentada ao mercado brasileiro no final do ano passado e tem fortíssimo apelo de pesca de longas distâncias, mas com ótimas acomodações para atrair famílias que curtem passeios mais elaborados e pernoites a bordo Por Guilherme Kodja / Fotos Caio Márcio
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NAVEGAMOS
BOSTON WHALER 315 CONQUEST
N
ovidade aqui no Brasil e nem tanto lá fora, a linha “Conquest” foi apresentada por aqui em outubro do ano passado. Trata-se de um tipo de barco que agrada pescadores inveterados e suas famílias. Primeiro, porque agrega tudo e mais um pouco que os fascinados pela pesca mais gostam, como espaço, praticidade, capacidade de navegar longe e com mar ruim, afinal é certificada para navegar em mar aberto até condição meteorológica Beufort 8, numa escala que vai de 1 a 12, ou seja, ventos de 34 a 40 nós e ondulação de até 5 metros com cristas quebrando regularmente. E, depois, porque vem equipada com uma série de itens que propiciam conforto suficiente para levar a família para passear. Só isso já torna a linha diferencial.
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Testamos dois barcos Boston Whaler da linha “Conquest” de tamanhos diferentes, a fim de mostrar como cada um pode oferecer propostas de uso e perfis tão distintos. Enquanto a 230 Vantage é um barco de passeios de dia para até oito pessoas (ideal seriam seis mais piloto) e uma forte pegada de sol e esportes aquáticos, a 315 Conquest, apesar de não ser um barco grande, com 31 pés, oferece conforto de uma ótima cabine, pernoite para quatro pessoas, banheiro completo e vários itens de cozinha que deixam a estadia a bordo bem mais agradável. Sem dúvida, quem quer tomar um sol e aproveitar o verão vai ter mais chance de fazer isso a bordo da pequenina de 23 pés, mas quem quer ir mais longe, não se preocupar se o
A BW 315 Conquest é uma pescadora nata, mas com boas sacadas que permitem que mesmo o cockpit receba muito bem famílias para confortáveis passeios ao sol Os espaços não são assim tão grandes, a cama de meia nau é curta, mas a inteligência do projeto compensa
Cama padrão na proa e acabamento de ótima qualidade. E acredite: porta-varas até no teto da cabine!
tempo vai mudar e ainda ter a chance de descansar no ar-condicionado ou passar um feriado a bordo, vai ter de investir na 315. Mesmo com cara e todos os trejeitos e equipamentos de pescadora, a Boston Whaler 315 Conquest cai muito bem para a família curtir ótimos momentos a bordo. Apesar do cockpit amplo e livre, essencial a uma boa pescaria, a área coberta pelo hard top – que é de série – tem dinete com banco duplo e poltrona ao lado do piloto e com mesa desmontável, ou seja, uma preocupação com uso social que nem toda pescadora tem. Por outro lado, junto à popa, como é tradicional nos barcos da marca, há um banco duplo rebatível para não atrapalhar na hora que a pescaria esquenta em alto mar.
O banheiro é completo, mas de tamanho bem acanhado
Na cabine, há uma cozinha equipada com o essencial, duas camas de casal de tamanho bastante razoável e ainda um banheiro completo que, mesmo não sendo muito largo, tem boa altura e é bem equipado e ventilado. Não esqueça: a alma desta lancha é de pescadora e, por isso, ela tem até porta-varas no teto da cabine sobre a cama de proa. Destaque para a pia com geladeira (que é a segunda do barco) no cockpit, atrás do piloto, e ainda a engenhosa grelha elétrica escondida numa gaveta, acima do porta-tralhas de pesca. Enfim, a 315 Conquest mostra que tem uma boa ambiguidade, pronta para seduzir pescadores, mas também suas famílias.
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NAVEGAMOS
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BOSTON WHALER 315 CONQUEST
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De estilo elegante, mas bastante convencional, a 315 Conquest chama a atenção pela sua força e imponência ao navegar. Ela simplesmente não tomou conhecimento de marolas enormes de lanchas de 60 pés em velocidade máxima. Casco bem navegador, como uma boa pescadora deve ter
O DESEMPENHO NA PRÁTICA A Boston Whaler 315 Conquest cumpre o que promete? Com dupla motorização de 250 hp de popa, Mercury Verado, que é a configuração mínima para este barco, sendo a máxima um par de 300 hp, os números foram ótimos. Em regime de economia de combustível, andou a bons 25,7 nós, consumindo 100 litros/hora, o que resultou numa autonomia técnica total de 283 milhas náuticas. O melhor número, sem dúvida, foi o de cruzeiro, pouco abaixo dos 30 nós, uma ótima marca e condizente com a proposta do barco. Manteve boa autonomia de 248 milhas náuticas. Já na velocidade máxima de bons 37,2 nós, a dupla de 250 hp mostrou seu apetite e passou a engolir 206 litros/hora, reduzindo drasticamente o alcance do barco. Com aceleração de 7,6 segundos, saindo do repouso aos 20 nós, fez jus à menção de um conjunto firme e balanceado.
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BOSTON WHALER 315 CONQUEST
NAVEGAMOS
OS NÚMEROS DA NAVEGAÇÃO ECONÔMICA RPM
Velocidade (nós)
4500 25,7
Consumo (litros)
Milhas/ Litro
Litros/ Milha
Autonomia (MN)
100
0,26 3,89 283
Velocidade (nós)
5000 29,3
MÁXIMA RPM
Velocidade (nós)
Milhas/ Litro
130
0,23 4,44 248
8
Consumo (litros)
Milhas/ Litro
Autonomia (horas)
206
0,18 5,54 199
ACELERAÇÃO
15
20
Nem tão rápida e nem abaixo do esperado. Uma 31 pés com este perfil de casco e dois potentes e ágeis motores de popa tinha obrigação de ficar abaixo dos 9 segundos e assim o fez.
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Litros/ Milha
Autonomia (MN)
Autonomia (horas)
Litros/ Milha
Autonomia (MN)
5
O top de 37,2 nós é veloz e suas qualidades de navegação permitem este regime, todavia, o consumo foi para estratosféricos 206 litros/hora.
10
5
0
Consumo (litros)
No ótimo cruzeiro de 29,3 nós, o consumo de 130 l/h da dupla de 250 hp foi adequado, com 248 milhas náuticas de autonomia, suficiente para ir de Florianópolis a Santos.
6250 37,2
7,6”
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O cruzeiro econômico de 25,7 nós é adequado e com excelente autonomia, de 283 milhas náuticas, suficiente para ir de Ilhabela a Florianópolis com uma pequena reserva .
CRUZEIRO RPM
Autonomia (horas)
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A autonomia é avaliada com o tanque de combustível na sua capacidade máxima. A navegação em cruzeiro econômico é a mais eficiente medição para um barco, porque considera o melhor consumo da embarcação de acordo com a proposta do seu casco e o conjunto motorização/propulsão.
AS CONDIÇÕES DO TESTE A avaliação aconteceu na ponta norte de Ilhabela, em dia ensolarado, com ventos de 14 nós até 17 nós em mar aberto, que estava bastante mexido, com ondas de até um metro formadas em períodos máximos de 4 segundos. A embarcação testada estava com o tanque de água com 90% da sua capacidade e o de combustível com 55%.
Com a dupla de popa de 300 hp, acelerou em menos de 8 segundos, uma marca e tanto
Pia com chuveirinho articulado e pequena geladeira só para o cockpit
A passagem lateral para a proa é estreita, mas suficientemente segura
O gerador e hidráulica têm instalação primorosa e segura
O piloto não se sente sozinho e pode ter companhia de duas pessoas servidas por uma mesa desmontável bastante prática
A instalação elétrica é certificada e facilmente acessível no cockpit
O viveiro de iscas tem bomba de água salgada própria e iluminação noturna
É uma lancha com um excepcional padrão de montagem para atuar como uma boa pescadora e também oferece conforto para família e convidados
A grelha elétrica fica escondida numa gaveta atrás do banco do passageiro e abre espaço para as pescarias quando fora de uso
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NAVEGAMOS
BOSTON WHALER 315 CONQUEST
IMPRESSÕES AO NAVEGAR CONSTRUÇÃO
PILOTAGEM
O casco é duplo, laminado manualmente com tecidos cortados em gabaritos e depois aplicados, com reforços biaxiais distribuídos nas zonas de maior esforço, e ainda com o convés preenchido com espuma de poliuretano com células fechadas em processo patenteado pela fábrica, denominado UNIBOND.
Fácil, leve e muito agradável. O barco responde de forma gentil a todas as manobras e mesmo nas curvas mais fortes, não se perde a mão. Não caturrou, não deitou além da conta de seu casco, que tem “V” de popa de 20 graus. O assento do piloto é extremamente confortável com ótima ergonomia, sem dúvida um lugar difícil de se querer sair.
INOVAÇÃO Não é um barco inovador em sentido amplo, mas tem boas sacadas, como a dinete ao lado do piloto com mesa removível, a grelha elétrica guardada numa gaveta de armário no cockpit e mesmo uma segunda geladeira externa. Ele mostra que um barco, muitas vezes, não precisa ser um grande inovador, mas pode ser inteligente e prático, o que muitas vezes é melhor que invenções e novidades sem sentido.
CONFORTO Seguindo o padrão do fabricante, os estofamentos são de primeira. Não há rangidos no casco ou nos móveis do convés durante a navegação e a cabine tem um excepcional padrão de montagem. É uma lancha austera no luxo e generosa na praticidade, como uma boa pescadora, mas com boa cabine, bem completa, e ainda cockpit que recebe bem convidados. Merece a etiqueta de “Pesca e Passeio”. Para melhorar, poderia ter um mínimo de 230 litros de água no reservatório.
ACABAMENTO De excelente qualidade, mesmo não tendo luxos ou exageros. Detalhes pequenos são percebidos nas aberturas e trincos das portas e paióis no tipo de inox e mecanismos usados para rebatimento de bancos, encostos e mesmo na casa de máquinas. A cabine tem tons modernos e agradáveis, sem exagerar em tons muito escuros e com boa funcionalidade.
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SEGURANÇA A fiação é toda estanhada e com conectores vedados segundo normas internacionais NMMA, ABYC, CE e RYA. A construção, de perceptível qualidade. A hidráulica é muito bem finalizada e com materiais apropriados e de ótima qualidade. O fabricante garante que o casco é insubmersível.
SEU BOLSO Cascos da Boston Whaler não são baratos, mas cobram o que entregam. Se não fossem os altíssimos impostos, teriam preço competitivo pelo nível de qualidade que os barcos apresentam. Na versão standard, o preço vai de R$ 901 mil (dois motores de 250 hp) até R$ 1.165 mil, já bem equipada, como a unidade testada. O preço varia conforme o valor do dólar na data da aquisição.
DESEMPENHO Com a dupla motorização de popa da Mercury, de 250 hp cada, teve bom desempenho, especialmente em cruzeiro regular. Há opção, ainda, de equipar com a potência máxima, de 600 hp (par de Verados 300), sempre de popa. Pode ficar bom, dando um pouco mais de fôlego nas médias e altas rotações sem aumentar o consumo. Tudo vai depender do perfil da pilotagem.
O MELHOR USO A Boston Whaler 315 Conquest é uma lancha na medida para você? É um barco que comporta pescadores sérios e que gostam de ir longe e sem medo de mudanças de mar e que permite a eles levarem suas famílias para um passeio ou final de semana a bordo, com espaço para socializar. E transmite a certeza de que estão em um barco seguro e bem construído, sem exageros de decoração, mas com acabamento impecável. Assim, quem quiser pagar o preço dessa qualidade não vai se desapontar. É um perfil de usuário diferente dos que optam pela 230 Vantage, que não precisa de tanta proteção do tempo e do mar, não vai tão longe a ponto de querer dois motores e muito menos pernoitar a bordo, por isso o tamanho e a cabine são itens dispensáveis. Dois perfis de uso e preço diferentes e que claramente se mostram conectados com a realidade de usuários com propósitos distintos.
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NAVEGAMOS
BOSTON WHALER 315 CONQUEST BOCA
3,25 m
CAMA DE PROA ALTURA CABINE
1,83 m x 2 m
2,04 m
A 315 Conquest quer agradar os pescadores e suas famílias, ávidas por detalhes internos e segurança a bordo FICHA TÉCNICA COMPRIMENTO TOTAL 9,53 m (31,2 pés) BOCA 3,25 m CALADO 0,51 m
ALTURA BANHEIRO
1,83 m
ALTURA NO BANHEIRO 1,83 m TANQUE DE COMBUSTÍVEL 1.102 l TANQUE DE ÁGUA 174 l NÍVEL DE RUÍDO EM 82 dB CRUZEIRO TIPO DE MOTORIZAÇÃO Popa POTÊNCIA DO MOTOR 2 x 250 hp
m (31,2 pés)
PESO SEM MOTOR 3.392 kg PESO DA MOTORIZAÇÃO 635 kg CAPACIDADE 14/4 (DIA/PERNOITE) PROJETO Boston Whaler
COMPRIMENTO: 9,53
FABRICANTE Boston Whaler LANÇAMENTO 2013
O QUE VEM DE SÉRIE
CAMA MEIA-NAU
1,46 m x 1,88 m
Equipamento de som Fusion com módulo de potência e caixas JBL marine, sistema de água pressurizada com 4 chuveiros (popa, pia do cockpit, pia da cozinha e banheiro), banheiro com vaso sanitário a vácuo com tanque de esgoto, micro-ondas, sofá retrátil na popa, porta-varas nos bordos e na estrutura do hardtop, geladeira na cabine, bancada com pia no cockpit, limpador de para-brisas, viveiro de iscas com bomba d´água salgada e iluminação.
VOCÊ PODE EQUIPAR COM Pacote de eletrônicos com duas telas Raymarine E127, sonda e rádio VHF, gerador de 7,5 KwA, ar-refrigerado na cabine, boiler, toldo retrátil na praça de popa, TV com DVD na cabine, cooktop elétrico por indução na cozinha, summer kitchen (grelha elétrica retrátil na praça de popa), luzes subaquáticas na popa. Para saber mais, www.lanchasbostonwhaler.com.br Guilherme Kodja é consultor técnico náutico e avalia os barcos para a BOAT SHOPPING, através da empresa SetSail Inteligência Náutica (www.setsail.com.br).
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INTERMARINE
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INTERMARINE 95
Um iate brasileiro Apresentado em duas versões, o novo barco de classe internacional da Intermarine exibe os costumeiros requinte e inovações funcionais e estéticas da marca, pontuadas pelo inédito uso do vidro por Estela Craveiro
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INTERMARINE
C
om lançamento previsto para o fim de 2014, o Intermarine 95 é o primeiro iate de classe internacional da Intermarine, o maior barco já construído pelo estaleiro, e o maior criado para ser feito em série no Brasil. A nova embarcação, com 95 pés e capacidade para 30 passageiros em passeio, tem duas versões, Quintessence e Fascination, para pernoite de dez ou oito pessoas, respectivamente. Mas pode ser totalmente personalizado ao ser encomendado. O Intermarine 95 foi criado e está sendo construído de acordo com as normas internacionais RINA (Registro Italiano Navale), ABYC (American Boat and Yacht Council), USG (United States Coast Guard) e ISO, o que o habilita à homologação para navegar em águas internacionais. O iate teve projeto de engenharia desenvolvido por uma empresa de engenharia naval da Flórida, em 3D. Casco, convés, casaria, hardtop, cavernas, longarinas, anteparas, tampas e portas são laminados por infu-
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são. Além de torná-lo estruturalmente mais rígido, isso o torna também mais leve. Os equipamentos do 95 são específicos para iates, dos eletrônicos de navegação à passarela, guinchos, bow-thruster, stern-thrustes, sistema de lemes, sistema elétrico (protegido contra oscilações de energia em marinas), sistema de exaustão, sistema de água e sistema de ar-condicionado (com desumidificador e circulador de ar externo). E o combustível passa por tratamento que o livra de impurezas. O sistema de combate a incêndio do barco é automatizado (com sensores de detecção em toda a embarcação). O sistema de isolamento acústico tem três camadas, como o isolamento da casa de máquinas. O piso do salão possui sistema de isolamento próprio, independente da casa de máquinas, como todo o costado das suítes. Com dois motores de 2.600 hp cada, o 95 chega à velocidade máxima de 33 nós, e tem velocidade de cruzeiro de 27 nós. Se equipado com dois motores de 2.200 hp
As confortáveis proa e praça de popa são comuns às duas versões, enquanto o flybridge tem banheira de hidromassagem na Quintessence e sala de estar na Fascination
cada, vai à máxima de 31 nós e à velocidade de cruzeiro de 25 nós. O bow-thruster e o stern-thruster hidráulicos, em conjunto os motores, são acionados por controle remoto para facilitar a atracação. Com tripla redundância, o sistema de direção hidráulica oferece mais segurança.
AMPLO E BELO Mas, antes desses aspectos todos que o valorizam, com projeto interno e externo de Luiz de Basto, o 95 seduz mesmo por sua beleza. O design é ao mesmo tempo arrojado e suave, e o inusitado uso do vidro, em longas faixas no casco e no imenso parabrisa, surpreende. Além do impacto estético, tanto vidro proporciona farta luminosidade natural, evidenciando ainda mais a sofisticação do design de interior da Anastassiadis Arquitetos. A diferença entre as versões Quintessence e Fascination está nas diferentes distribuições de espaço no flybridge e no salão, e nos ambientes do deck inferior.
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Fartamente banhada pela luz natural, a luxuosa suíte máster do Intermarine 95, comum às duas versões do iate, localizada à meia-nau, é um ninho de conforto, com dois banheiros sofisticados e amplo closet
Uma tem cinco suítes e a outra tem quatro suítes, uma sala multiuso e uma rouparia. Ambas trazem na popa acomodações para quatro tripulantes. As áreas externas, as mais cobiçadas, são vastas. A proa possui grande solário, sofá e mesa para refeições. A praça de popa tem sofá, mesa de refeições e um bar, e integra-se completamente ao salão com a abertura da porta de vidro de quatro folhas. O flybridge traz amplos solários, mesa para refeições e bar. Enquanto na Quintessence tem também uma banheira de hidromassagem, na Fascination tem uma sala de estar, com mesa e poltronas, sob extensão de vidro do hardtop, mais dois solários na área traseira. O salão do Quintessence divide-se em sala de estar, com sofás e mesa de centro; sala de jantar para oito pessoas, a bombordo; cozinha completa, com portas corrediças de vidro, a boreste; e o posto de comando, com duas poltronas e dinettte. Portas laterais dão aces-
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so ao passadiço; a boreste fica o lavabo acessível pelo salão e pelo passadiço. No deck inferior, a suíte máster fica à meia-nau, com amplas janelas, dois banheiros, closet e cama king-size. Na proa, localiza-se a suíte VIP, com cama king-size. Entre elas há duas suítes de solteiro, com duas camas cada, e outra suíte de casal, com cama queen-size, a boreste, em frente à escada. Na popa, a área da tripulação tem duas cabines, banheiro, sala de refeições, cozinha e lavanderia. Na versão Fascination, no salão mudam o posicionamento da sala de jantar e da cozinha, ambas a boreste, e do lavabo, que fica a bombordo, próximo a uma das portas de acesso ao passadiço. No deck inferior, no lugar da suíte de casal, a boreste, há uma sala multiuso, com sofás, mesa de centro, televisão e bar, e, ao lado dela, uma rouparia, com armários e máquina de lavar e secar. As suítes máster, VIP e de solteiros são as mesmas da versão Quintessence.
Quintessence X Fascination
Veja as principais diferenças entre os dois modelos
SALÃO
No grande salão do Intermrine 95, mudam a distribuição dos móveis da sala de estar e a posição da sala de jantar. Na Quintessence, ela fica a bombordo, em frente à cozinha, a boreste. Na Fascination, sala de jantar e cozinha localizam-se a boreste.
SUÍTE OU SALA MULTIUSO
No deck inferior, em frente à escada, na Quintessence há uma suíte de casal. Na Fascination, o espaço é dividido entre uma sala multiuso, equipada com sofás, mesa de centro, televisão e bar, e uma rouparia, com armários e máquina de lavar e secar.
COZINHA
A cozinha do Intermarine 95 é completa, com amplas bancadas, cooktop e forno grandes, e geladeira side-by-side. Integra-se ao salão, mas, ao mesmo tempo, fica isolada, com portas de correr e meia parede de vidro. A boreste nas duas versões.
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Com dois motores de 2.600 hp, o Intermarine 95 tem velocidade de cruzeiro de 27 nós e máxima de 33 nós. Com dois propulsores de 2.200 hp, vai a 31 e 25 nós
FICHA TÉCNICA COMPRIMENTO TOTAL COM PÚLPITO* 29,15 m (95’ 64”)
PESO
BOCA MÁXIMA* 7,05 m (23’ 12”)
CABINES 5 + 2 / 4 + 2
CALADO MÁXIMO* 1,65 m (5’ 41”)
LEITOS 10 + 4 / 8 + 4
TANQUE DE COMBUSTÍVEL* 12.000 l TANQUE DE ÁGUA*
2.200 l mais 1035 l hidro flybridge
MOTORIZAÇÃO 2 x 2.600 hp / 2 x 2.200 hp
105 t / 88 t carregado/vazio
BANHEIROS 6 + 1 / 5 + 1 PROJETO INTERIOR E EXTERIOR Luiz de Basto Designs DESIGN DE INTERIORES Anastassiadis Arquitetos
VELOCIDA MÁXIMA 33 nós / 31 nós
CERTIFICAÇÃO RINA Classe A
*Característica técnica conforme norma ISO 8666
QUINTESSENCE
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FASCINATION
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����r��i�a�combina��o �n�r���as�ronomia����a��r ��rca�o��or�b��os�c�n�rios�na��rais��o�r�s�a�ran����a��arina�� na��arinas��acionais��s�r����ma�r��ina�a�c��in�ria� con��m�or�n�a.����aria�o�car���io�con��m��a��ra�os� saborosos��ara�a�ra�ar�aos��i��r�n��s��a�a�ar�s���m��m� ambi�n�����scon�ra��o���aconc���an��������con��is�a� ca�a�����mais���ssoas��s��ciais�como��oc�.
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INTERMARINE
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Novas rotas
Intermarine estreia na classe internacional de iates, prepara-se para começar a vender nos Estados Unidos, e retorna ao segmento offshore, investindo pesado em processos industriais por Estela Craveiro
E
m 2014, a brasileira Intermarine completa 41 anos de atividade, esbanjando vigor de forma surpreendente, depois de atravessar águas difíceis. Primeiro, teve que superar a morte de Gilberto Ramalho, líder do maior estaleiro do País desde meados dos anos 1980, ocorrida em janeiro de 2009. A seguir, foi preciso enfrentar a turbulência causada pela afluência de estaleiros estrangeiros ao Brasil, que continuava comprador em plena crise financeira mundial. Enquanto isso, a empresa reformulou de maneira audaciosa toda a sua linha de embarcações, projetando e colocando nas águas seis novos e avançados barcos cabinados de luxo, de 42 a 75 pés, em menos de dois anos, para espanto de toda a comunidade náutica diante da envergadura da empreitada anunciada em outubro de 2010. Foi como começar de novo. Com o Intermarine 95, que tem lançamento previsto para o fim de 2014, a Intermarine ingressa na classe de iates internacionais, habilitados a serem homologados
para navegar em qualquer lugar do mundo. E com a Intermarine 48 Offshore, que deve ser lançada em outubro próximo, o estaleiro retorna ao segmento esportivo, em que teve muito sucesso desde o início de sua história, em 1973, até os anos 1990, mas incorporando muito luxo à embarcação, algo incomum na categoria. Simultaneamente, a líder do mercado brasileiro prepara-se para começar a exportar suas embarcações para os Estados Unidos em breve. Para chegar a este patamar, apenas cinco anos após a partida de seu líder, a Intermarine trabalhou duro e investiu pesado, mantendo coesa toda a equipe, através de Suzana Costa, executiva do estaleiro, há décadas o braço direito de Gilberto Ramalho. Ao decidir tirar de linha as quase 20 embarcações de seu catálogo em 2010 e lançar uma família totalmente nova de produtos, começou buscando parceiros internacionais, os estúdios BMW Group Designworks USA e Luiz de Basto Designs.
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INTERMARINE Intermarine 48 offshore
Autor das offshore Oceanic 53, dos anos 1970, Intermarine 46 e Intermarine 55, de 1999, o designer Luiz de Basto, angolano naturalizado brasileiro e estabelecido em Miami desde 2005, atua no setor há 35 anos, com mais de 300 projetos executados em vários países. A Intermarine 55 cabinada da nova linha é o primeiro projeto de barco do estúdio norte-americano de design da BMW - que trazia no portfólio desenhos de jatos executivos da Embraer - e conquistou o prêmio Good Design, concedido pelo Chicago Athenaeum (museu de arquitetura e design de Chicago), além de ser agraciada com a menção honrosa no Red Dot Award, prêmio alemão de design.
SALTO INDUSTRIAL Tal qual a atitude do estaleiro, a nova família de barcos Intermarine surpreendeu o mercado pelas novas concepções que incorpora. Tanto pela beleza do design externo e interno quanto pelo aproveitamento de espaço, privilegiando áreas
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abertas e também as áreas de tripulação. Tudo começou com uma pesquisa mundial de tendências de design. O objetivo era criar barcos diferentes de tudo o que há e que pudessem ser identificados como Intermarine ao primeiro olhar. Assim, surgiram as linhas arrojadas dos cascos - remetendo a automóveis, no caso da 55 - com impressionante uso do vidro, em parabrisas sem colunas que avançam sobre o teto em modelos maiores, em janelas curvilíneas encerradas por cortes bruscos na casaria, fartas, em forma de trapézio, nos decks inferiores, e em longas faixas nos cascos dos modelos Intermarine 95 e Intermarine 85. Mais uma vez, o foco foi o perfil do usuário nacional de embarcações de lazer, um dos trunfos do sucesso da Intermarine. “No Brasil, o clima mais ameno pede barcos mais abertos, mais contato com a água, plataformas de popa maiores, janelas maiores, para se ver o panorama e o cenário na marina, flybridges mais amplos. Como tripulação custa menos do que
Intermarine 75
Intermarine 42
na Europa e nos Estados Unidos, qualquer barco tem marinheiro. E os brasileiros usam o barco de forma mais gregária, levando mais gente a bordo, amigos, além da família, dão festas. Os projetos que fizemos para a Intermarine representam essas tendências”, descreve o designer Luiz de Basto, autor dos novos modelos 42, 65, 75, 85 e 95. “Vidro é um dos melhores materiais de construção e um dos meus favoritos em desenhando barcos. Ele divide, mas conecta, separa, mas abre. Os avanços tecnológicos permitem o uso de vidros cada vez maiores, mais seguros e com mais controles de refração de luz e de raios UV. Vidros podem ser dimerizados de transparente para opaco, efetivamente eliminando a necessidade de cortinas. E vidros curvos podem ser usados com perfeita continuação de tangência com áreas sólidas, uma vez que tudo é desenhado em 3D”, ele explica. Feitos os projetos da nova linha, vieram então os desafios da construção, e a Intermarine transformou a crise em oportu-
Shape arrojado, janelas trapezoidais no deck inferior e imensas no deck principal, parabrisas avançando pelos tetos, e farto uso do vidro em todos os modelos identificam a nova linha Intermarine no mar
Intermarine 65
nidade, fazendo uma verdadeira revolução industrial, modernizando completamente seus métodos de produção. “Nós sempre procuramos evoluir. Com a nova linha, demos um grande salto. Conseguimos avançar muito, buscamos novas soluções, novos fornecedores e novos designers, que tiveram, além do desafio de criar barcos bonitos e funcionais, a tarefa de provocar, fazer o estaleiro pensar um pouco além, porque a provocação pode ser boa, positiva e vantajosa”, avalia Allysson Yamamoto, gerente de marketing da Intermarine, também atuante na conexão entre os projetistas, a engenharia e a fábrica. “Temos muito orgulho de comparar a perfeição de nossas peças em fibra com as da concorrência, pois, sem nenhum retrabalho, direto do molde, conseguimos uma superfície perfeita, sem ondulações ou distorções”, descreve Suzana Costa. “Utilizamos amplamente a laminação por infusão, não apenas nos cascos, mas também em conveses e casarias. Para peças de menor dimensão, temos ampla utilização
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INTERMARINE
Os modelos 60 e 53 são campeões de vendas da nova linha; o design da 55, do BMW Group Designworks USA, ganhou o prêmio Good Design do Chicago Athenaeum
Intermarine 53
Intermarine 60
do RTM, com iguais resultados. Todos os barcos são produzidos por desenho, o que permite acabamento artesanal com qualidade industrial. Temos muitas máquinas CNC nas origens, eliminando a necessidade de ajustes. Nossa manufatura e seu processo se utilizam de softwares técnicos de última geração, que simulam e testam tanto os componentes quanto os produtos acabados, tendo como referência as melhores e mais reconhecidas normas internacionais”, descreve Suzana Costa.
EXPORTAÇÃO À VISTA Ao partir para a fabricação do iate Intermarine 95, o desafio ficou ainda maior. “Embora o design externo do 95 seja semelhante ao da 85, o projeto é outro. O barco tem muito mais boca, mais altura, mais comprimento, exige outras soluções, é mais complexo”, conta Allysson Yamamoto. Pelas normas brasileiras, uma embarcação com mais de 24 metros é considerada iate, tem que ser registrada no Tribunal da Marinha e atender a determinadas exigências de projeto e construção, além de respeitar normas internacionais, enquanto no exterior
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Intermarine 55
uma embarcação de 24 metros para cima é chamada superyacht. “Construir esse barco com 30 metros de comprimento é, para nós, um aprendizado que resultará em barcos superiores”, ele avalia. Para resolver a missão em grande estilo, a Intermarine contratou um escritório naval da Flórida, que fez todo o projeto de engenharia e trabalhou em conjunto com o estaleiro na fabricação dos modelos 55 e 95. “O Intermarine 95 está sendo construído com tecnologia avançada, normalmente só usada em iates com mais de 100 pés. Não é um barco pequeno construído grande. Tem outro tipo de anteparas, isolamento acústico, ar-condicionado, sistema elétrico, equipamentos de casa de máquinas e muitos outros itens. Trata-se de um iate de 95 pés construído com padrões de um iate de 120 ou 130 pés”, diz Luiz de Basto. Enquanto a Intermarine passava por todo esse processo de transformação, nos últimos quatro anos, o mercado náutico brasileiro foi muito disputado, com a chegada de novos usuários e ao mesmo tempo de vários estaleiros estrangeiros, alguns com fábrica no Brasil e outros não. ”São conhecidos os
problemas que muitos clientes tiveram com concorrentes, cujos representantes não honraram seus compromissos. Isso gerou um clima de desconfiança no mercado, sem falar na perda de liquidez que estas vendas frustradas criaram. Como nunca prometemos o que não era possível fazer, isto acabou sendo favorável para nós, mas por algum tempo sofremos as consequências disso, situação felizmente já superada, inclusive com o retorno de boa parte daqueles que foram experimentar novos produtos”, conta Suzana Costa. Ao mesmo tempo, o cenário internacional também começou a mudar, particularmente nos Estados Unidos, onde o mercado náutico está voltando a se expandir. Segundo o ICOMIA, Conselho Internacional das Associações da Indústria Marítima, esse índice chegou a 14% em 2012, entre produtos e serviços. Ao mesmo tempo, ampliou-se o número de brasileiros que frequentam a região da Flórida e têm residências por lá. E a Intermarine viu aumentar o número de interessados em navegar com seus barcos em águas norte-americanas, também entre sul e latino-americanos radicados ali ou que mantêm casas de veraneio na costa leste dos EUA. “A partir de 2010 temos um mercado integrado no mercado global, com novas referências para desempe-
nho, serviço e preço. Esta é uma conquista do consumidor brasileiro, e para nós um bom desafio, pois estamos nos preparando não mais para ficarmos restritos ao mercado local, mas, muito em breve, para exportar nossos barcos. O número de consultas que temos, tanto de potenciais parceiros como de clientes, é impressionante. Durante este ano esperamos construir uma sólida parceria nos Estados Unidos, de modo a aproveitar tudo o que investimos em produtos e serviços no Brasil para também triunfar no exterior”, revela Suzana Costa. Assim, em 2014 começa mais uma nova era na história da Intermarine.
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INTERMARINE
Cigarette 36
A HISTÓRIA DA INTERMARINE Sempre um passo à frente em busca de inovações e melhorias, Gilberto Ramalho fez do estaleiro a maior potência náutica do Brasil e deixou a equipe preparada para crescer, mesmo enfrentando duras adversidades A linha do tempo dos barcos Intermarine traz 43 modelos, incluindo o iate Intermarine 95 e a 48 Offshore, fabricados ao longo de 41 anos, 39 deles lançados desde que Gilberto Ramalho assumiu a liderança do estaleiro, em meados dos anos 1980. Significa mais de um novo barco por ano, o que é muito, principalmente levando-se em conta o tímido cenário náutico brasileiro do passado. “Sempre lançar novos modelos e melhorar nossos barcos cada vez mais foi essencial para nossas conquistas. O Gilberto era visionário, sempre apostou que o mercado iria crescer, que as pessoas iriam querer continuar trocando de barco, buscando barcos cada vez melhores e maiores. Se é para fazer, vamos fazer bem feito ao máximo. Esse sempre foi o nosso lema”, afirma Suzana Costa, CEO da Intermarine. Instalado em Osasco, na Grande São Paulo, atualmente com 600 empregados, o estaleiro já colocou mais de cinco mil embarcações na água. A história da Intermarine começou em 1973, em São Paulo. Gilberto Ramalho, na época um jovem industrial do setor de autopeças, amante da pesca submarina, era um cliente da marca. Até que, em meados dos anos 1980, foi à empresa para acompanhar a reforma de
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sua offshore Panther 33, um dos clássicos da Intermarine, e acabou comprando a fábrica, que estava em vias de fechar as portas, dando novo rumo não só à vida do estaleiro, mas também do mercado náutico brasileiro. “Conheço a Intermarine desde que foi fundada. Era amigo dos donos e depois fiquei amigo do Gilberto. Naquele tempo estavam começando as tentativas de fabricar barcos no Brasil. Era tudo muito empírico. Mas a Intermarine já nasceu fazendo produtos diferenciados e depois, com o Gilberto, mais ainda. Tinham barcos como as Oceanic 53, cabinada e offshore, naquele tempo considerados enormes”, lembra Luiz Alves Amorim, proprietário da Marina Astúrias, do Guarujá (SP), onde desde 1994 a Intermarine faz a entrega técnica de suas embarcações. Também cliente da Intermarine há 20 anos, com isso ele acabou se tornando um grande conhecedor de todos os barcos da marca.
CRIANDO MERCADO Muito prático, Gilberto começou a ampliar a linha de modelos da Intermarine, adquirindo projetos de autores diversos, principalmente da Europa, e com sua equipe também transformando
Tiger 27
Gilberto Ramalho pilota a Cigarette 36 (à esquerda) e é passageiro da Oceanic 26, no início dos anos 1990; a Tiger e a Oceanic 53 fizeram sucesso nos anos 1970
Oceanic 53 Offshore
Oceanic 26
uns barcos em outros, empiricamente. Ao lado dos modelos iniciais dos anos 1970, a cabinada Oceanic 53 e as offshore Panther 33, Tiger 27, estas duas desenhadas por Colin Chapman, e Oceanic 53 Offshore, projeto de Luiz de Basto, nos anos 1980 ele alinhou a cabinada Oceanic 32 e a offshore Cigarette 36. “Nas décadas de 70 e 80, o mercado brasileiro estava defasado do internacional entre cinco e dez anos em termos de design e técnicas de construção. Infraestrutura para barcos maiores de 50 pés era inexistente e um barco de 60 pés era considerado um megaiate”, diz Luiz de Basto, designer que viveu em São Paulo até o começo dos anos 1990. “Quando vim para os Estados Unidos, no Brasil estava começando uma mudança gradual, com novas marinas e produtos nacionais competindo com os importados, estes até mesmo passando por grandes modificações para serem adaptados ao mercado brasileiro.”
Neste contexto, a Intermarine acelerou fundo nos anos 1990, lançando 15 novas embarcações. As primeiras foram as cabinadas Oceanic 26, Oceanic 36, Oceanic 40, que depois evoluiria para a Intermarine 440, best-seller encontrado navegando até hoje, e as offshore Cougar 42, Scarab 38, Excalibur 45 e Excalibur 39. Mas, mais do que fabricar e vender lanchas offshore, Gilberto investiu na criação do mercado, através da promoção de competições esportivas com lanchas. “A Intermarine sempre foi importante no mercado offshore, a que mais tem barcos padronizados. Ninguém no Brasil fez tantas unidades e nem tantos modelos. Estimulando a compra de embarcações através dessas provas de rally náutico, o Gilberto foi popularizando a utilização de barcos de recreio. Ele também foi o primeiro a falar em assistência técnica. Isso não existia no Brasil. O mercado era muito, muito pequeno e com essas coisas eles realmente conseguiram aumentar a demanda”, conta Amorim.
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INTERMARINE
OITO CLÁSSICOS DA INTERMARINE
Sempre considerados modernos, bom boa navegabilidade e boa performance em suas respectivas épocas, alguns barcos Intermarine acabaram se tornando clássicos, e muitos se encontram navegando ainda e com bom valor de revenda. Confira alguns deles.
PANTHER 33, lançada em 1973
OCEANIC 32, lançada em 1986
SCARAB 38, lançada em 1990
CIGARRETE 36, lançada em 1987
INTERMARINE 440 FULL, lançada em 1994
INTERMARINE 500 FULL, lançada em 1998
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EXCALIBUR 39, lançada em 1996
INTERMARINE 600 FULL, lançada em 2006
Intermarine 55 Offshore
Lançadas em 1999, 55 Offshore, na época a maior da categoria no Brasil, e 46 Offshore, então a mais veloz, os últimos esportivos da Intermarine antes da 48 Offshore Intermarine 46 Offshore
NOVOS PADRÕES Em 1996, a Intermarine fechou acordo com a Azimut, tornando-se o único estaleiro do mundo a fabricar projetos da marca fora da sede italiana. Mas abrasileirados, com as áreas ao ar livre ampliadas, adequadas ao clima tropical, uma grande sacada de Gilberto. E com acabamento esmerado, outra visão inteligente, introduzindo no Brasil um padrão de qualidade e requinte até então desconhecidos. Fator que elevou o nível de exigência dos clientes, e, consequentemente, o nível da indústria náutica local, o que é reconhecido por todos no mercado. “Sem dúvida, ele criou o mercado da linha italiana aqui. Até hoje o brasileiro tem tendência a gostar de design de inspiração italiana nos ambientes internos”, observa Amorim. Ainda naquela década foram lançados quatro modelos cabinados, de 38 a 50 pés. Simultaneamente, o estaleiro continuava atuante no segmento esportivo e em 1999 lançou as offshore Intermarine 46, na época a mais veloz do país, e a Intermarine 55, então a maior do Brasil, ambas projetadas por Luiz de Basto. Na primeira década dos anos 2000, a Intermarine lançou 11 novas embarcações, de 43 a 76 pés, e liderou o
mercado com grande vantagem sobre a concorrência, até a chegada da crise financeira do fim de 2008 e a partida de Gilberto a seguir, em janeiro de 2009. Sucedeu-se então uma nova grande virada na história da Intermarine. Negociações foram desenvolvidas com a Azimut, interessada na aquisição da empresa, mas não foram concluídas, e o contrato para produção dos projetos da marca, válido até metade de 2011, foi encerrado. Em outubro de 2010, a Intermarine apresentou em maquetes sua nova linha, desenvolvida em um ano, com sete barcos. Em 2011 foram lançados os modelos Intermarine 42, 65 e 75, criações de Luiz de Basto, além da Intermarine 53 e da Intermarine 60, com projeto exterior da Intermarine e interior do designer Fernando de Almeida. Em 2012, o estaleiro lançou a Intermarine 55, e passou a oferecer possibilidades de customização dos salões da 65 e da 75, que já tinham flybridge personalizável e ganharam hardtop rígido. E em 2013 apresentou opções diferentes da suíte máster da 60 e nova configuração de interior da 42, simultaneamente ao desenvolvimento do projeto da Intermarine 48 Offshore e à construção do iate Intermarine 95.
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UM VERテグ DE
BARCOS O Boat Xperience agitou as テ。guas do Guarujテ。 e abriu com sucesso o mercado nテ。utico de 2014 Por Leonardo Millen
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E
ste janeiro entrou para a história como o mês mais quente nos últimos 70 anos. Um verão não só “infernal”, mas sem chuvas, com um céu azul e iluminado até as 20h. Resultado: por todo o litoral brasileiro, só se viu praias lotadas e muita gente curtindo o mar. Foi nesse cenário e clima que aconteceu a 8ª edição do Boat Xperience, evento náutico consagrado por ter as águas do Guarujá, no litoral paulista, à disposição dos visitantes para test drive dos melhores barcos da atualidade de 42 marcas do Brasil e do exterior. Sem dúvida, foi o endereço do segmento náutico neste alto verão durante dois finais de semana, de 23 a 26 de janeiro e de 31 a 2 de fevereiro, na charmosa Marina Astúrias. Estava quente, mas ninguém deixou de conferir os 360 metros de píeres onde ficaram mais de 80 barcos disponibilizados pelos 70 expositores. Foi uma oportunidade sem igual para conhecer, comparar, comprar, trocar ou apenas entrar em contato direto com os lan-
çamentos e os melhores barcos dos estaleiros. Todos os bolsos e perfis foram contemplados. Havia barcos de 23 a 82 pés, de R$ 30 mil a R$ 15 milhões, novos e seminovos, para negócio em condições excepcionais de feira. Muitas vezes com negociação direta com o dono do estaleiro. E tudo com a maior segurança, com estacionamento fechado e nada de frescura. Na hora de visitar os barcos, era só tirar o tênis ou as havaianas para entrar, ver tudo e, principalmente, dar uma voltinha, com explicações dos vendedores e até dos donos dos estaleiros. O pavilhão do evento também ofereceu as últimas novidades em equipamentos, acessórios, jets, carros, helicópteros e serviços náuticos, além de gastronomia e muita diversão para toda a família. Aliás, por conta das férias, muita gente foi com os pequenos e as esposas, que ficaram enlouquecidos com tanta coisa bacana para ver. Confira a seguir tudo que rolou por lá.
Ninguém deixou de conferir mais de 80 barcos disponibilizados pelos 70 expositores. Foi uma oportunidade sem igual para comparar, comprar, trocar ou apenas entrar em contato com o melhor dos estaleiros
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CAMINHÃO VOLVO Uma novidade inusitada chamou a atenção do público do 8º Boat Xperience: o caminhão da Volvo. O seu baú funciona com um auditório para palestras teóricas e uma oficina para treinamentos técnicos para os funcionários da rede de revendedores desenvolverem suas competências. A oficina, por sinal, é equipada com todo o instrumental necessário para realizar manutenção e revisão nos motores. O caminhão ainda tem um gerador de energia, o que lhe dá autonomia para trabalhar nas regiões de difícil acesso.
“O caminhão nos dá mobilidade e agilidade para ampliar o número de treinamentos. O principal beneficiado é o cliente, que será atendido por profissionais cada vez mais qualificados”, afirmou Cristina Crenchiglova, coordenadora de suporte ao cliente da Volvo Penta South America. Além dos treinamentos, o caminhão também é adaptado para servir como estande em feiras e eventos do setor náutico, para apresentação de produtos e serviços Volvo Penta. Foi o que aconteceu no 8º Boat Xperience, com demonstração de um motor Volvo do lado de fora e o interior do baú adaptado para oferecer uma sala para relacionamento e um simulador de atracação por joystick.
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6 mil
AERONAVES NO HELIPONTO
VISITANTES
1.800 m2 DE VAGAS DE ESTACIONAMENTO
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LANÇAMENTOS
$
EM NÚMEROS
72 mil m
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MARINA ASTÚRIAS
3.100 m
2
DE ÁREA FECHADA DE EXPOSIÇÃO E SHOPPING
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360 m 500
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DE PÍERES COM VAGAS
78
350
EXPOSITORES
PROFISSIONAIS DE APOIO
R$ 139 milhões
R$ 50 milhões
500
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EM BARCOS EXPOSTOS
EM NEGÓCIOS
TESTDRIVES REALIZADOS
ESTALEIROS PRESENTES
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53
NA ÁGUA
BARCOS EXPOSTOS
29
NO SECO
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Novidades O 8º Boat Xperience também foi palco para o lançamento de novos modelos de barcos e de produtos e serviços para o universo náutico.
Aguz 29 Open A Aguz 29 HT foi lançada no 7º Boat Xperience em meados do ano passado. A lancha agradou tanto que o estaleiro resolveu lançar a versão Open e escolheu novamente o Boat Xperience para mostrá-la ao mercado. A Aguz 29 Open agradou pelo seu design arrojado, com grandes janelas laterais em toda a extensão, sem abrir mão do conforto de uma espaçosa cruiser. Inclusive, o seu robusto casco tem “V” profundo e bordos altos, para cortar bem as ondas, sem trancos ou vibrações também
graças ao esmero do seu acabamento. Por dentro, são quatro opções de planta, com um ou dois camarotes, e a versão lounge exclusiva, quando tudo vira uma grande sala de estar. Mas em todas as versões há detalhes interessantes, como cozinha compacta, um banheiro com box e uma claraboia na cabine que aumenta ainda mais a iluminação natural. A Aguz sempre foi famosa por sua capacidade de customização e isto inclui a motorização que pode ser de um (300 hp a 430 hp) ou dois motores (170 hp a 220 hp), gasolina ou diesel. Um belo barco que custa a partir de R$ 280 mil.
Tracker 2200 O 8º Boat Xperience reservou, também, lançamentos de equipamentos e acessórios para quem tem barco. O Tracker 2200 é um rastreador via satélite (GPRS) inteligente, do tamanho de dois notebooks empilhados (37 cm x 26 cm x 19 cm), pesa 3 kg e é à prova d’água. Permite que o proprietário saiba, em tempo real, exatamente onde está o seu barco acessando um site na internet pelo celular ou pelo computador. O aparelho também avisa para o celular do dono a hora de abastecer, se a bateria está fraca, se algum sistema está com defeito e ainda emite sinal de perigo para outros celulares pré-cadastrados no caso de alguma emergência. O proprietário também conta com ao menos cinco relatórios mensais da trajetória do barco. Tudo isso a um custo de R$ 14.900 (R$ 12.800 na feira) pelo aparelho e mais R$ 300 mensais pelo serviço de apoio da central de monitoramento 24h.
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Schaefer 620 Este barco sensacional do portfólio da Schaefer estava disponível para testdrive. Apesar de não ser um lançamento, tratava-se do modelo 2014 da lancha e a estreia da motorização MAN. Ou seja, praticamente uma lancha nova. Por isso, quem é do meio ficou curiosíssimo para conhecer a performance do novo conjunto e os clientes, idem. Os três camarotes ficaram ainda mais luxuosos, com dois ótimos banheiros e um fly muito agradável. Fora isso, um espaço gourmet completo na popa e cabine para o marinheiro com arrefrigerado e escotilha. Uma lancha completa, que custa em torno de R$ 6 milhões. Mas e o motor? Resposta: casamento aprovado. A casa de máquinas ficou muito bem dimensionada, com fácil acesso para manutenção. E o desempenho na água mostrou que o conjunto está afinado, com 34 nós de velocidade máxima e 28 nós de cruzeiro. Nada mal para um barco deste porte. Até onde apuramos, duas foram vendidas no Salão e mais dois compradores ficaram de pensar com carinho no assunto. Um deles veio de helicóptero para dar uma voltinha rápida antes de assinar o contrato. Aliás, o Boat Xperience tem esse poder de encantar quem vai lá testar o barco, tirar todas as dúvidas, fechar excelentes negócios e também gerar um pós-feira promissor. Muita gente que foi ao evento saiu de lá fazendo as contas e com propostas a serem avaliadas.
Coral 31 O estaleiro carioca Coral fez sua estreia no Boat Xperience e superou todas as expectativas. A começar, expôs a Coral 31 cabinada no salão e a versão Open para testdrive na água. O interesse foi tamanho que o barco saiu mais de 15 vezes em um dia. A Coral 31 é mesmo um barco bem distribuído, com ampla cabine com banheiro e acomodações para dois casais. Além da versatilidade de se escolher um ou dois motores a gasolina ou a diesel. A versão luxo, com um motor de 320 hp, estava sendo comercializada a partir de R$ 295 mil, com 50% de sinal e o restante em 24 prestações sem juros. Resultado: estande movimentado e muitos negócios. “Estamos extremamente satisfeitos em participar do Salão. Já vendemos cinco unidades e o interesse não para”, afirmou Amaury Jancso, diretor comercial do estaleiro. Segundo ele, a Coral é forte no mercado carioca e a presença no Boat Xperience foi fundamental para a marca ganhar visibilidade no mercado paulista. “Abrimos o leque de clientes e não há dúvidas que teremos um excepcional pós- feira. Com certeza estaremos presentes na próxima edição do evento em julho”, garantiu. Amaury estava tão exultante que revelou os detalhes, em primeira mão, da Coral 46, o maior barco do estaleiro, que será lançado agora em abril. “Será um barco completo e mais requintado, com três camarotes, sendo uma suíte máster à meia nau e uma VIP na proa, com sala reversível e banheiro. O teto do cockpit abre 95%! Vamos fazer frente no mercado”, revelou.
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Lagoon 39 No 8º Boat Xperience, teve até catamarã em lançamento! O novo Lagoon 39, marca do grupo Beneteau, foi uma das grandes atrações do evento. Foi um entra e sai enorme, visto que era o primeiro barco a chegar ao Brasil direto para o Salão. O Lagoon 39 se encaixa entre os modelos 380 e 400 S2, mas segue a nova geração de catamarãs da linha projetados pela Nauta Design. Isto fica claro pelo desenho do casco, boca generosa de 6,80 m, calado mais alto (1,21 m) e posição do mastro, adiantado para
conferir uma maior facilidade de controle, principalmente na orça com sua genoa autocambante. Assim, mesmo com 76 m2 de área vélica, pode ser tranquilamente pilotado por uma única pessoa. Além do ótimo desempenho na navegação à vela, o interior também veio bastante clean, com uma boa cozinha e dois camarotes razoáveis nos cascos. O do proprietário tem banheiro com box fechado. E para os passeios sem vento, dois motores Yanmar 30 hp cada são suficientes para que ele deslize macio. O Lagoon 39 exposto estava sendo vendido a preço promocional de R$ 1.650 mil.
Waicat 17 O Waicat 27 comemorou quatro anos de mercado no 8º Boat Xperience em alto estilo. Este catamarã, com console central e bons solários, tem ótima navegabilidade, estabilidade e segurança. Aceita dois motores de popa de 115 hp a 150 hp. Um barco perfeito para quem gosta de pescar em alto mar e passear com a família ou até 10 convidados. O estaleiro, que tem produção exclusiva e cuidadosa, divulgou no Salão o lançamento do “irmão caçula”, de 17 pés. A brincadeira faz sentido, pois é praticamente o mesmo barco em tamanho reduzido, porém com um motor de popa de 60 hp ou 90 hp. Ou seja, agora é possível ter um catamarã Waicat top de 17 pés com motor de 90 hp por apenas R$ 55 mil ou cacifar o “irmão maior” de 27 pés com dois motores de 150 hp por R$ 200 mil.
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Chris Craft Capri 21 As lanchas da Chris Craft são objetos de desejo para muita gente. Seu design longilíneo, estilo meio retrô, aliado a um acabamento fenomenal e um motor potente arrebatam. Por isso, muita gente fez questão de visitar a Corsair 25 exposta na área externa do salão, quase “pedindo para entrar na água” (o que faria a vontade de muitos ávidos por um testdrive). A grande novidade anunciada nesta edição do Boat Xperience é que a marca acaba de trazer para o Brasil a versão caçula, a Capri 21 (veja matéria completa nesta edição), que promete arrebatar ainda mais corações. Ela tem esse mesmo jeitão vintagemoderno característico, proa aberta, um amplo solário e motor Volvo de 270 hp ou de 320 hp, para um casal e três convidados singrarem os mares a uma velocidade de até 54 nós! Vem completa, com até flap no painel, por US$ 107 mil. Difícil resistir...
Torqeedo Muitos já conhecem (e admiram) os motores elétricos alemães da Torqeedo. A marca tem representação no Brasil e montou estande no 8º Boat Xperience, no qual apresentou sua linha e anunciou a chegada do motor de popa Deep Blue 40 hp, que pretende inaugurar um novo capítulo na história da propulsão para barcos no país. Com alta tecnologia em todos os componentes, este elétrico é potente, recarregável e trabalha limpo para o bem das águas e do meio ambiente. Uma ótima opção também para barcos de pesca ou que, navegam em lugares remotos. Um “motor verde” que pela sua eficiência e economia, vale considerar o investimento, por enquanto sem valores não definidos. Mas a notícia já é bem-vinda!
Kapazi A tradicional marca de capachos, tapetes e teca sintética não trouxe ao Boat Xperience um lançamento, apesar do estande mostrar os principais produtos em linha e suas últimas novidades, mas sim um novo revendedor oficial para o estado de São Paulo: a Tap & Kap. Agora, a grife tem dois representantes que podem atender melhor a grande demanda dos clientes do segmento náutico da região. Luiz Carvalho Neto comanda os negócios e estava exultante em sua primeira participação no evento. “Foi superpositivo para mim e para a minha equipe conhecer melhor os demais colegas do segmento e apresentar o meu estilo de trabalho para clientes e parceiros comerciais”, contou. Boa sorte!
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Bons negócios O 8º Boat Xperience movimentou mais de 50 milhões em negócios Se formos considerar que janeiro é um mês complicado, porque as pessoas estão de férias, ainda de ressaca do fim de ano e cheias de dívidas para acertar, seria loucura se fazer uma feira náutica neste período. Porém o segmento tem outra dinâmica e é exatamente no verão que os barcos singram os mares levando alegria e diversão para seus proprietários e convidados. Por isso, o interesse é alto e as pessoas ficam excitadas para comprar um barco para chamar de seu. Foram 50 milhões de reais em vendas efetivas, fechadas mesmo neste 8º Boat Xperience, sem contar os que ficaram de pensar. Além dos ótimos resultados para a Schaefer, com seis barcos vendidos, destaque para as vendas expressivas do segmento das lanchas dos 20 aos 30 pés. Um caso representativo foi o da Triton 240 open, que provou seu poder de sedução pelo que oferece. Ela tem 2,6 m de boca, targa em inox, piso em teca, plataforma de popa e motor Mercruiser centro-rabeta 4.3 de 220 hp. Diversão garantida para até 10 pessoas a um custo entre R$ 115 mil e R$ 130 mil. Havia outras promoções, como barcos com descontos incríveis à vista. Um deles era o Arth 240 da Arth-
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marine por R$ 109.900. Outros expositores apostaram nos pagamentos parcelados, com a fórmula de 30% de entrada mais prestações de 10 a 24 vezes. Mas houve quem realmente deu facilidades no pagamento, como a Zenith 300 por R$ 160 mil, com 30% de entrada e o saldo em 48 vezes. Ou seja, com R$ 48 mil você levava uma offshore para casa e pagava R$ 2.330 por mês... Quem ficou encantado com tantas opções de barcos e equipamentos náuticos se surpreendeu, também, com os veículos terrestres e aéreos expostos no Salão. A BMW, por meio da concessionária Autoban do Guarujá, veio com dois lançamentos que acabaram de estrear no Salão de Detroit e já chegaram ao Brasil: a X5 xDrive 50i e o 435i Coupé M Sport. O cupê é o suprassumo da série 4, superesportivo, com motor seis cilindros turbo de 306 hp. Uma máquina! Quando você se senta, parece entrar em um outro universo. O câmbio de 8 marchas Tiptronic é suave, com diferentes modos de direção selecionáveis no painel, que tem acesso à internet e funções diferenciais, como o Head-up display, que projeta a velocidade no para-brisa para você não desviar o foco da pista. O bólido saía por R$ 302 mil. A X5 é uma campeã de vendas no Brasil e essa
Quem ficou encantado com tantas opções de barcos e equipamentos náuticos se surpreendeu, também, com os veículos terrestres e aéreos expostos no Salão TRITON
MAVERICK
AGUZ série nova está simplesmente arrebatadora. Motor V8 biturbo com 450 cc, luxo e requinte internos de cair o queixo e sistemas de segurança que incluem um dispositivo que fecha automaticamente as portas, caso elas fiquem apenas encostadas, e câmeras em volta do carro para ajudar nas manobras. Ela ainda oferece outras maravilhas, como um som Bang & Olufsen hi-end enquanto a criançada curte um filme nas telas embutidas nas costas dos bancos dianteiros. Essa custava R$ 400 mil. Outro veículo que chamou a atenção foi o Can-Am Maverick 1000R X Max 2014, da BRP, exposto no estande da Casarini. Ele é baseado no potente modelo Maverick 1000R, de dois lugares, só que este é para quatro pessoas. Não é habilitado para circular em vias públicas, e sim para andar em lama e trilhas offroad na sua casa de praia ou no campo. Com 1000 cc, este 4 X 4 participa de ralis e “sobe até em árvore”. Sua dirigibilidade é facilitada, sem marchas, com comando frente, neutro e ré. A R$ 70 mil, com 30% de entrada e saldo em 48 X com taxa de 1,14% de juros. Se havia opções para água e para terra, não faltou para o ar. A Helimarte trouxe para o 8º Boat Xperience um Robinson R44 Raven II, que vem a ser um ótimo
BMW
HELIMARTE
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modelo para quem deseja ter sua primeira aeronave. A que estava exposta, por sinal, era seminova, de 2011, com 980 horas já percorridas por R$ 600 mil. Muita gente gostou do custo/benefício desta aeronave para um piloto mais três passageiros, espaço para uma pequena bagagem, três horas de autonomia, 200 km/h de velocidade média e 600 km de alcance. A Helimarte opera no Campo de Marte, em São Paulo, e oferece, inclusive, um negócio interessante no qual o cliente compra a aeronave e a deixa para locação, o que abate os custos, com prioridade de uso do proprietário.
AZIMUT 82 O 8º Boat Xperience também reservou espaço para o sonho. O maior e mais luxuoso barco exposto no Salão era uma Azimut 82 seminova (2010), para 10 pessoas em pernoite, que estava à venda porque o dono comprou uma maior ainda... Enfim, a lancha era realmente um objeto de desejo. Imagine um barco com quatro suítes impecáveis, completas, sendo que a máster tem até uma banheira... O salão principal tem cozinha americana equipada para atender grandes demandas, uma mesa para oito pessoas, TV com Sky e até lavabo com água quente! Por falar nisso, toda a água usada no barco é coletada para ser retirada posteriormente e não poluir o ambiente. O fly é simplesmente imenso, de mais de 100 m2, com teto retrátil, uma Jacuzzi, solários, mesas e um bar completo, com ice-maker para garantir. Um
AZIMUT 82 barco para quem quer mordomia mesmo, tanto que só pode ser pilotado por três pessoas. Por isso, há uma cabine para quatro tripulantes. Para impulsionar, dois motores de 1.850 hp cada. Enfim, uma maravilha que estava à venda por R$ 15 milhões, mas no Salão houve uma oferta de R$ 13 milhões que ficou de ser estudada. Quem sabe, enquanto você lê essas linhas, ele pode estar navegando para a felicidade de seu novo dono...
DRINK BOAT XPERIENCE A Beneteau, além de trazer barcos sensacionais para o evento, promoveu todos os dias uma animada happy hour em seu estande para, literalmente, brindar ótimos contatos e negócios com seus amigos e clientes. O simpático mixologista que pilotava os shakers aproveitou e criou um drink especial batizado de “Boat Xperience”, que fez bastante sucesso por combinar ousadia, beleza e qualidade. Confira a receita para recriá-lo no seu barco: . 20 ml de xarope de framboesa . 8 cubos de beterraba . 10 folhas de coentro . 100 ml de água Perrier . 30 ml de vodka Stolichnaya Preparo: Reserve três folhinhas de coentro, coloque o restante no shaker com três pedras de gelo e chacoalhe bem. Sirva em um copo comprido e decore com as folhinhas de coentro e um canudinho colorido.
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Disputas acirradas Duas coisas não passaram despercebidas entre os barcos expostos: esquentou de vez a briga da faixa dos 40 pés e a volta com tudo das offshore Quem visitou o 8º Boat Xperience pode perceber que havia dois lançamentos de peso na faixa dos 40 pés em exposição: a Sunseeker Portofino 40 e a Portofino 42 Fly, que, por ironia, têm nomes parecidos e ficaram lado a lado na área externa do evento. A Portofino 40, do estaleiro inglês Sunseeker, foi exposta pela primeira vez no Brasil no Salão, por isso atraiu muita curiosidade. Logo de cara, ela mostrou mudanças, pois já está dentro do novo design da linha 2014 da marca, visualmente identificável pelos novos janelões no costado. Ao se entrar, constata-se que se trata de uma lancha completa, de acabamento primoroso. Destaque para os 3,87 m de boca, o confortável cockpit com HT elétrico, a plataforma de popa hidráulica, a poltrona-solário na popa, o joystick e o bowthruster de série para manobras e o tecido especial isolante de calor do teto. No requintado interior, descendo as escadas, a suíte máster à proa conta com banheiro com box de vidro e o outro camarote à meia nau tem duas camas, mas pode ser configurado para casal. Entre os dois camarotes há um lounge simpático com uma cozinha. Para impulsioná-la, dois Volvo D6 de 400 hp cada que dão 40 nós de velocidade máxima e 30 nós de cruzeiro. Mais luxuosa do que as concorrentes, ela custa R$ 2,6 milhões. A Portofino 42 Fly chegou direto do galpão do estaleiro para o Salão. Mais lançamento impossível. E mostrou suas qualidades. Ela é um pouco maior do que a
“irmã premiada”, a 38 Fly, que, por sinal, estava na água disponível para testdrive. Uma estratégia inteligente para mostrar uma campeã de vendas e um upgrade. A 42 Fly tem boca de 3,80 m, plataforma hidráulica de popa de 1,20 m, pé-direito de 1,96 m, dois banheiros (o que é ótimo em uma 40 pés), uma segunda suíte muito boa e cabine para marinheiro na popa que ocupa a boca inteira. A motorização é de dois Volvo D6 de 370 hp ou 430 hp, com joystick. Tudo isso por R$ 1.480 mil. Pelo entra e sai visto no barco, ela tem boas chances de superar a “irmã” em vendas. Outro barco da faixa que não era necessariamente um lançamento, mas foi um dos mais visitados do Salão, foi a bela Sea Ray 410. Uma lancha completa, que fala por si. Aliás, a Brunswick veio para o evento com força total, apresentando as Bayliner 25, 31 e 35 e as Sea Ray 350 e 395, além da 410. “Começamos o ano otimistas, pois identificamos um tremendo potencial nesta fantástica feira, que é ótima também para avaliarmos nossas estratégias e confirmar se estamos no caminho certo”, avaliou George Valdez, o CEO da Brunswick no Brasil. George aproveitou para confirmar que a Sea Ray 510 Fly, capa da nossa edição anterior, chega mesmo ao Brasil agora em março. “Vai chegar com força para competir no segmento de alto padrão. Mal posso esperar”, exulta. Pelo visto, a “briga”, no ótimo sentido, irá se estender à faixa dos 50.
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OFFSHORE Outra boa “briga” que chamou a atenção foi as da offshore. Eram três barcos na água e dois expostos no seco, o que evidencia que este tipo de lancha está voltando com força total ao mercado. Aliás, força é o que não falta a elas, com seus potentes motores, além do design característico, de perfil baixo, estreito e longilíneo, preparado para cortar as ondas em altas velocidades. Exposta no seco, a Magnum 39 é um sucesso de vendas do segmento por conta da sua produção esmerada e sua performance incrível. Seus dois motores de 270 hp fazem a lancha atingir 43 nós de máxima e 33 nós de cruzeiro ou, na versão mais potente, com dois de 430 hp, incríveis 55 nós de máxima e 40 nós de cruzeiro! E, dependendo da customização, ela pode variar de R$ 320 mil a R$ 550 mil. “As Offshore voltaram com força, porque o cliente quer velocidade e alta performance, muito mais do que uma cabine para pernoite. A
LOTHAR
ZENITH
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nossa lancha oferece tudo isso com toda a segurança”, afirma Angelo Rossini, a segunda geração à frente do estaleiro. Segundo ele, o Boat Xperience é ideal para o tipo de lancha que comercializa. “O Guarujá tem tudo a ver, os testdrives, o tipo de público, os clientes que vêm e trazem amigos... Fechamos muitos negócios aqui. É perfeito!”, garante. Também fruto do Guarujá, a Zenith Marine expôs no Salão a Zenith 300 Sport, a joia da sua coroa, que já conquistou muitos admiradores pela combinação entre a esportividade e conforto. A motorização centro rabeta é bem versátil, a gasolina, de 260 hp a 430 hp, e a diesel, de 220 hp a 350 hp, para atingir a velocidade máxima de 52 nós e de 40 nós de cruzeiro. “A lancha se baseou no projeto do designer americano Dom Aronow, que desenvolveu ícones do offshore como as Cigarretes, Scarabs e as Magnum. Além do desempenho esportivo e navegação suave e segura, ela também
FORCE ONE 1818
FORCE ONE CONCEPT
As Offshore voltaram com força, porque o cliente quer velocidade e alta performance, muito mais do que uma cabine para pernoite” ANGELO ROSSINI, MAGNUM agrada pelo amplo espaço no cockpit e dois solários que combinam com o nosso clima tropical”, enfatiza o manager da Zenith Luciano Westphal. Como já contamos, tudo isso por R$ 160 mil. Outra concorrente de peso era a intrépida Lothar L330, uma offshore open cruiser lançada exatamente na edição do Boat Xperience de julho passado. Só que, desta vez, ela estava na água, com seu estiloso casco alaranjado, disponível para testdrive pelas águas do Guarujá. “Precisei sair diversas vezes, porque até o pessoal das TVs que cobria o evento ficou impressionado e quis dar uma volta. Isso mostra o quanto o barco agrada e agradou, pois já tenho uma vendida e propostas a considerar”, contou o dono do estaleiro Christian Baukelmann. O barco é realmente muito bem construído, esportivo e, ao mesmo, tempo luxuoso e moderno. A L330 tem capacidade para nove pessoas e pernoite para duas na cabine da proa. A lancha, com dois motores Yamaha de 225 hp, saía por R$ 280 mil. Outra offshore no píer para testdrive era a Concept Force One Fishing, de 41 pés. Uma lancha arisca graças aos seus dois motores de popa de 300 hp cada que a levam a atingir 52 nós. Ela tem uma cabine modesta e um banheirinho, mas é uma lancha nitidamente para passear e curtir a velocidade de seu casco bastante estável e seguro. “Fabricamos os barcos mais rápidos do Brasil, mas também os mais seguros por conta do projeto do casco e dos métodos construtivos, com tecnologia e materiais de ponta”, explica Gontran Parente, o manager da Force One. Segundo ele, em mar aberto, a offshore “costura” as ondas, passa por cima delas com navegabilidade perfeita. “É para quem gosta de navegar com adrenalina, mas em segurança”, garante. A Concept também agrada pelo visual todo branquinho com bancos em couro, para-brisas e volante vermelhos e um custo de R$ 600 mil. Gontran aproveitou para nos mostrar outra Force One de um cliente, Ricardo Rodrigues, que estava no píer se preparando para sair. A 1818 é o topo do que uma offshore da marca pode se tornar, com dois V8 com 800 hp cada absurdos, preparados pela Viper Motores, que, quando ligam, exigem que o piloto use headphones. Uma lan-
cha que atinge fácil 55 nós e pede mais! “Essa lancha é o meu estilo. Gosto do power boat, radical, esportivo, único, que me permite passear pelo Guarujá inteiro em uma tarde ou ir até um ponto mais longe e voltar rapidamente com toda segurança. Ela tem tudo para a gente se divertir”, afirmou Ricardo, enquanto dava a partida para ir curtir o sábado de sol escaldante do verão no Guarujá. A esposa de um casal que presenciou a cena não resistiu e resumiu o sentimento de muitos presentes ao 8º Boat Xperience: “Vamos, bem, tá na hora da gente escolher o nosso!”.
SERVIÇO E RESGATE Um barco diferente. Isto é o mínimo que se pode dizer do novíssimo Supmar Pilot Boat, que esteve presente no evento para visitação. Um barco de resgate e de serviço de apoio a marinas, plataformas de petróleo, rebocadores e similares, além de ser indicado para uso militar (Polícia Federal, Bombeiros e Guarda Costeira). O barco de 50 pés, inteirinho de alumínio, é uma verdadeira fortaleza, preparado para enfrentar mares de até força 7 (condições extremas). Seu convés é limpo e um verdugo de polipropileno rígido ao redor de toda a borda do casco garante que ele possa amortecer impactos, manobrar e empurrar embarcações apenas encostando-se nelas. Na cabine fechada, conforto total, com ar-refrigerado, bancos com amortecimento, um painel de controle high-tech e, descendo as escadas, um camarote com beliches e banheiro. Na casa de máquinas estanque ficam dois motores Caterpillar de 630 hp que levam a embarcação a velocidades de 30 nós de máxima e 25 nós de cruzeiro. Um barco absolutamente equipado para o que der e vier.
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Tentação Sempre tem alguma coisa bárbara na área de shopping do Boat Xperience Stobag
Sistema de navegação
Estes conceituados toldos retráteis suíços são comercializados no Brasil pela Cristal de Rocha. Avançam até 5 metros, tem proteção UV, diversas cores e padronagens e podem ser acionados manualmente ou motorizados com controle remoto. Orçamentos sob consulta. www.cristalderocha.com.br
A Electra trouxe em primeira mão para o Salão o Simrad NOS evo2, um multifunção indicado para embarcações que precisam de duas telas com informações independentes, acopladas a uma única caixa processadora, compacta e ultrarrápida (processador Quad-core). Preço sob consulta. www.electraservice.com.br
Tapete Os capachos e tapetes de vinil antiderrapantes, antichamas e antifungos da Kapazi são ótimos para proteger o deck do barco a R$ 160 o m2. www.tapkapsp.com.br
Kikoy’s A loja é representante exclusiva dos tecidos africanos, confeccionados manualmente pela tribo Massai, que se transformam em belíssimas saídas de praia, vestidos, toalhas etc. Este cesto colorido traz Kikoy’s toalhas, perfeitas para se usar nos passeios de barco, por R$ 250 cada. kikoys.com.br
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Sacola-esteira A Mar de Bordados trouxe essa versátil sacola que guarda toalhas, chinelos, protetores solares etc. e, quando aberta no solário, funciona como uma esteira. R$ 150. mardebordados.com.br
Aquilla Maris www.aquillamaris.com.br Porta latinhas Columbus em nylon com ventosas que grudam onde você quiser no barco para deixar duas ou quatro latinhas seguras, por R$ 85.
Prancha de SUP inflável Airhead (que, fechada, cabe na mochila), de 10,6 pés, para pessoas de até 113 kg, com bomba de pé e cadeirinha por R$ 3.250. O remo sai por R$ 400.
Circulando no Píer
Confira quem marcou presença no 8° Boat Xperience
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Circulando no Píer
Confira quem marcou presença no 8° Boat Xperience
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MIAMI BOAT SHOW
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MIAMI É UMA
FESTA O Miami International Boat Show 2014 confirmou seu status de um dos maiores e melhores eventos náuticos do planeta, com direito até a festa do nosso grupo editorial
O
Miami International Boat Show é um dos maiores eventos náuticos mundiais. São mais de três mil barcos e duas mil empresas do mundo inteiro expondo seus produtos durante cinco dias. Há muita coisa para se conhecer e fazer negócios, envolvendo os mais recentes iates de luxo, lanchas, veleiros, embarcações para pesca, motores, equipamentos eletrônicos, acessórios, serviços e vestuários náuticos das melhores marcas mundiais. Isto sem falar em dezenas de eventos dos mais variados temas, estilos e portes, lançamentos de produtos e workshops que rolam por lá. Por tudo que oferece, o Miami Boat Show atrai mais de 10 mil entusiastas de todo o mundo. A edição deste ano aconteceu entre os dias 13 e 17 de fevereiro e a Revista Boat Shopping esteve presente para acompanhar tudo, principalmente os lançamentos e as inovações do mercado náutico mundial. Foi sem dúvida uma das mais consistentes feiras dos últimos anos, que confirma o aquecimento dos negócios do setor náutico,
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MIAMI BOAT SHOW
O Miami Boat Show é um verdadeiro espetáculo do mundo náutico. Dividido em quatro localizações diferentes, você precisa ser rápido para conseguir ver tudo
notadamente o americano, que, do ano passado para cá, cresceu 11%. Segundo as estatísticas, há em torno de 17,5 milhões de barcos nas águas americanas, números extraordinários que fazem a gente sonhar acordado. O evento se dividiu em quatro localizações simultâneas: Sea Isle Marina & Yachting Center, onde foram disponibilizadas embarcações para testdrive; MiaMarina at Bayside – Strictly Sail Miami, onde se encontravam os veleiros e catamarãs, que este ano tiveram uma participação maior do que os monocascos; na Collins Avenue, o Yacht and Brokerage Show, local dos grandes sonhos, onde estavam expostos barcos de até 200 pés; e, finalmente, o Miami Beach Convention Center, onde de fato acontece a “grande feira”. É lá que o visitante encontra tudo sob o mesmo teto, pois todas as marcas estão lado a lado. Os estandes são relativamente simples, pois a preocupação é vender produtos, uma percepção de mercado muito diferente da que temos aqui no Brasil. De acordo com um estudo realizado pela Boating Industry, a associação de inteligência do mercado náutico americano, a concretização de vendas durante uma feira é maior do que na revenda ou na internet. Muitos
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clientes tiram suas dúvidas e conclusões enquanto caminham e conhecem as demais opções disponíveis. É na feira que escolhem o que vão comprar. Segundo pesquisa divulgada pela organização do evento, em média, 2% de todos os compradores de barco do mercado americano participam do Miami Boat Show antes da aquisição. E 50% das pessoas atendidas na feira entraram no barco que vão adquirir para conhecê-lo, uma vez que 40% dos visitantes são marinheiros de primeira viagem, ou seja, não possuem barco, e 60% já possuem. A monstruosa feira realmente influencia as decisões dos visitantes por conta do enorme leque de opções. Mas esse estilo de consumo não se restringe aos americanos. Por seu caráter plural e democrático, para todos os gostos, bolsos e desejos, e pela proximidade com o Brasil, o Miami Boat Show é a feira internacional que mais atrai brasileiros, tanto como clientes quanto trabalhando do outro lado do balcão. O português já é uma língua fluente nos corredores do Convention Center e da Collins Avenue. Na edição deste ano, havia, de fato, muitos brasileiros comprando barco, outros em busca de acessórios ou até mesmo enquanto almoçávamos sem-
pre podíamos escutar nosso idioma. Por termos muitas marcas internacionais representadas aqui em nosso país, muitos brasileiros estavam lá à disposição para atender com muita atenção e simpatia, ao melhor estilo nacional, seus clientes brasileiros ou mesmo quem estivesse passeando pela feira. Os estandes são todos abertos, sem nenhuma parede ou barreira. Todos são bem-vindos. Outro ponto interessante é que, fora a nossa revista, é impressionante o interesse que o Miami Boat Show desperta na mídia americana e internacional. Havia veículos de comunicação do mundo inteiro trabalhando na feira e todos convivendo em perfeita harmonia, muito diferente do modelo imposto nos eventos nacionais. Enfim, uma feira de verdade, com marcas renomadas, embarcações luxuosas e acessórios de tecnologia de ponta em exposição sem frescuras. Um evento para qualquer amante do mundo náutico se sentir em casa. Tanto que a Boat Shopping e a Boat International Brasil prepararam um coquetel para reunir os amigos, com direito a festa, em um dos hotéis mais badalados de Miami para fechar com chave de ouro a participação da revista nessa grande festa náutica.
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MIAMI BOAT SHOW
LANÇAMENTOS DO SALÃO Selecionamos para você que não pode estar no Miami Boat Show, ou que esteve, mas não conseguiu ver tudo (o que é realmente muito difícil), os lançamentos de motores e barcos que, de alguma forma, têm alguma ligação com o mercado brasileiro.
Chris Craft Launch 36
O mais tradicional estaleiro americano também aproveitou para lançar um barco durante o Miami Boat Show. Tratase da Chris Craft Launch 36, uma lancha definitivamente voltada para a diversão. O barco ganhou diversas modificações para receber todos os brinquedos a bordo, com espaço exclusivo para o SeaBob e para guardar o stand up paddle. Além disso, tem espaço gourmet, sofá em “C” com passagem central, que integra totalmente o ambiente, e um enorme solário na proa. O barco chamou tanta atenção do público e de André Granja, da American Boat, representante do estaleiro no Brasil, que ele já considera a possibilidade de trazê-lo muito em breve para o mercado nacional.
Volvo Penta V8-350
O Volvo Penta V8-350 foi apresentado pela empresa em Miami tanto no seco como na água. O motor de rabeta, a gasolina, de 350 hp, foi inspirado no premiado bloco V8-380. Ele é 90 kg mais leve que outros motores da mesma classe, oferecendo uma relação peso/desempenho difícil de se bater no mercado. O novo motor traz a tecnologia VVT (Variable Valve Timing), que otimiza o torque nas baixas RPMs e maximiza o desempenho nas altas. O resultado é uma aceleração mais rápida, aumento da velocidade máxima e resposta mais macia nas rotações médias. O V8-350 tem como opcional o EVC (controle eletrônico da embarcação), que proporciona integração total da propulsão ao leme e inclui o joystick de ancoragem e a nova estação de controle Glass Cockpit.
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Beneteau GT35
Concebida no Brasil e lançada em outubro com exclusividade pela Boat Shopping, a GT35 fez sua estreia para o mundo no Miami Boat Show de 2014. O debut em águas internacionais agradou a todos que passaram pelo estande da Beneteau. Ela foi sucesso absoluto entre clientes e dealers da América do Sul, pois se adapta perfeitamente ao perfil de cliente e ao clima semelhante em todo o continente. O comentário geral é de que ela supre uma lacuna e acabou se tornando o barco de entrada da marca. Também estava presente no estande a GT49 Hard Top, outra novidade apresentada durante o Salão.
SeaRay 650 L Class
A SeaRay mostrou uma novidade e tanto durante a feira: a L Class, uma nova linha que, na verdade, é a versão ultra luxo dos maiores barcos do seu portfólio. O barco que marcou essa guinada foi o 650. Muito sofisticado e com um espaço interno e externo nunca visto em barco na faixa de 65 pés, a SeaRay elevou o padrão de qualidade em embarcações desse porte. Começando pelo enorme flybridge, dividido em três ambientes, que, certamente, será uma das áreas mais utilizadas no barco. O salão também foi dividido em áreas distintas, com sala de estar com TV e cozinha com balcão e bar integrado à sala de jantar. Atrás do posto de comando ,há uma porta estratégica que dá para o passadiço lateral, permitindo o acesso tanto à proa quanto à popa. No deck inferior ficam os quatro camarotes: um máster, que ocupa toda a boca do barco, um VIP na proa e mais dois para convidados. Destaque também para a proa, que traz um sofá, com mesa e solário que ocupa toda a área. Um ambiente exclusivo e, mais uma vez, visto apenas em barcos de maior porte, para dar ao proprietário uma sensação única de espaço e lazer.
Princess S72
A Princess Yachts apresentou pela primeira vez ao mundo a sua nova Princess S72, barco que estreia a linha S Class do estaleiro britânico. Ou seja: o que era bom ficou ainda melhor. São 72 pés de muito luxo, com um desempenho tocado por uma parelha de motores Caterpillar ou MAN de 1.622 hp a 1.800 hp, que, junto com o casco em “V” profundo e o baixo centro de gravidade, garantem uma velocidade máxima acima dos 37 nós.
Yamaha F115
Fairline Targa 48
A Yamaha apresentou em Miami o recentemente redesenhado motor F115, que agora está mais potente e compacto, além de ser o motor de popa mais leve da categoria 115 hp 4 tempos. Com 171 kg, o novo F115B é quase 11 quilos mais leve que a geração anterior, o F115LA. O modelo deve estar disponível no mercado brasileiro no segundo trimestre de 2014.
O estaleiro inglês levou para Miami a Targa 48, uma lancha Hard Top que deve chegar no Brasil nos próximos meses. Equipada com motores Volvo IPS600 D6 435 hp e com 15,46 metros de comprimento, ela teve o casco aprimorado para a utilização dos motores IPS. Além disso, o Hard Top vem com teto de vidro, dando a sensação de estar com ele aberto mesmo que esteja fechado. Conferimos o barco e a impressão é de que a opção pelo luxo foi levada a sério. No deck inferior, ele vem com três camarotes, sendo que um deles pode ser substituído por um lounge com uma dinette. O posto de comando tem assento duplo e, na popa, foi colocado um sofá em “J”. No mais, você vai encontrar tudo o que se espera de uma Fairline.
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MIAMI BOAT SHOW
Prestige
Boston Whaler 420 Outrage
O barco foi apresentado, na maquete, pelo presidente da marca, Huw Bower, e será lançado, em tamanho real, no Fort Lauderdale Boat Show, salão náutico que acontece no fim de outubro, também na Flórida. Trata-se de um barco com o DNA de pesca da marca, mas com uma pegada mais luxuosa e confortável. Na maquete, já deu para ver quatro motores de popa alinhados...
Durante a feira, as novidades não pararam e a Prestige anunciou que a Yacht Center Group, que já trabalha com a marca há dois anos no mercado carioca, passa a ser a representante oficial do estaleiro no Brasil. A empresa irá atuar em sete estados e anunciou que vai colocar São Paulo como principal foco no momento. “O mercado paulista irá representar 40% do volume de vendas da empresa. Estamos abrindo uma loja própria com um modelo em exposição. Vendemos 15 barcos no ano passado e fechamos uma programação inicial de 17 barcos junto ao estaleiro para este ano”, afirma Maurício Barreto, da Yacht Center Group. A Prestige está otimista com a nova parceria. “Iremos recomeçar o trabalho em São Paulo e esperamos ano a ano mostrar aos brasileiros a melhor qualidade que a Prestige tem. Em Julho, entregaremos 40 barcos para a América do Sul, com destaque para os modelos 450, 500, 550, 620 e a 750, que será nosso lançamento em 2014”, afirmou o manager da Prestige, Nicolas Harvey.
Mercury 200 Pro FourStroke
O novo motor 200 Pro 4 tempos da Mercury é o terceiro da família Pro FourStroke. Ele tem como diferencial a boa combinação entre aceleração e velocidade máxima, como a do OptiMax Pro XS, com a silenciosa e macia operação do motores Mercury Verado. Aliás, tanto este 200 quanto os demais modelos 250 e 300 da família Pro FourStroke são construídos na mesma plataforma de seis cilindros do Verado, proporcionando um arranque impressionante e aceleração média vigorosa.
Absolute Yachts
A Absolute Yachts é mais uma marca que está chegando ao Brasil, representada pela One Yachts com sede em Santa Catarina. Com barcos de 45 a 70 pés, o estaleiro italiano levou para a feira seu lançamento: a Absolute 64 STY. Trata-se de um barco com 20,40 metros de comprimento, 5,15 metros de boca e três camarotes bem espaçosos. A sigla STY designa embarcações com Hard Top, agregadas a um design incomparável e costado alto. Tem tudo para conquistar admiradores por onde passar. Este modelo em específico vem equipado com motores Volvo Penta D13 IPS 1.200. É mais uma novidade que estará em nossas águas já neste verão.
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ENTRE NA NOSSA FESTA Durante o Miami Boat Show, a Boat International Brasil realizou uma festa para 300 convidados, pelo segundo ano consecutivo no W Hotel, um dos mais sofisticados de Miami. O objetivo foi promover a integração dos brasileiros, proprietários de barco e agentes do mercado náutico, com as maiores empresas do mundo. Na prática, o evento incentiva a amizade, o congraçamento e o networking entre os amantes do universo náutico. Um evento apartidário e sem frescuras. E também celebrou o aniversário da revista. Este ano, o evento foi divulgado no calendário oficial do Miami Boat Show e foi muito concorrido. A noite estava bem agradável e todos puderam desfrutar de um maravilhoso coquetel enquanto a conversa rolou solta até altas horas. Mostrou um pouco do Brasil para o mundo e serviu de base para mensurar o prestígio de nosso país. Resultado: um verdadeiro sucesso. Confira quem esteve por lá.
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MIAMI BOAT SHOW
A festa realizada pela Boat International Brasil é um evento que reúne construtores, designers, proprietários e muita gente interessante em uma noite muito agradável e descontraída. JORGE CAMASMIE, MASTER MARINE
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A grande pedra no
CAMINHO Santuário da vida marinha, a Laje de Santos é um dos melhores locais para um passeio ou mergulho na costa paulista Por José Claudio Pimentel e Guilherme Kodja Fotos Paula Romano e Divulgação
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MERGULHO
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uem é mergulhador ou passeia de barco pelo litoral paulista sabe que a Laje de Santos é um paraíso para mergulho e um ótimo local para passear. É necessário pouco mais de uma hora da costa da Baixada Santista para chegar navegando a uma formação rochosa – que parece uma baleia – bem no meio do oceano. Ali fica o primeiro parque marinho do estado de São Paulo. Um paraíso subaquático que atrai inúmeros mergulhadores e turistas que vão até lá para apreciar suas belezas naturais. A Laje é considerada um dos melhores pontos de mergulho e de fotografia subaquática do Brasil. E pela sua proximidade da costa, é uma das mais belas opções de passeios rápidos para embarcações de recreio na região de Santos e Guarujá. A Laje de Santos caracteriza-se por uma formação rochosa granítica de, aproximada-
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mente, 550 metros de comprimento, 33 metros de altura e 185 metros de largura. Parece mesmo uma grande baleia... Quem passa por lá não se arrepende: a água do mar quase sempre azul e com temperaturas superiores aos 24 graus no verão faz a experiência ser mais que inesquecível: é surpreendente. “Cada mergulho é uma surpresa. Só o fato de estar tão longe de tudo, no meio do oceano, em uma pedra, no formato de uma baleia, já faz de lá um lugar muito especial, cheio de vida”, conta a mergulhadora Paula Romano, que costuma ir ao local com sua lancha cabinada de 27 pés. Além da Laje, Paula já esteve nos mares de Cuba, Curaçao, Cozumel, San Andrés, Roatán, Flórida, Galápagos, Califórnia, Equador e, diversas vezes, em Fernando de Noronha. Ela nunca perde a chance de uma navegada e um mergulho nas águas deste santuário preservado.
A Laje de Santos é o primeiro parque marinho do estado de São Paulo, considerado um dos melhores pontos de mergulho e de fotografia subaquática do Brasil
Da Baía de Santos, são apenas 21 milhas náuticas seguindo a bússola na direção Sul (180 graus) ou simplesmente plotando o ponto na carta náutica do seu GPS, que indica claramente o local exato, bem como os limites do parque. Aliás, é bom ressaltar que se trata de um parque de conservação da vida marinha, portanto, há de se respeitar as leis ambientais. Há coisas que se pode ou não fazer por lá. A Laje de Santos é uma unidade de conservação estadual e, por isso, são proibidas as atividades depredatórias, tais como a pesca de qualquer natureza, o desembarque na pedra, a limpeza de porão ou do casco e qualquer outro ato que não seja contemplativo. Assim como é fácil chegar, é muito tranquilo ficar por lá. Há alguns cabos de amarração que ficam submersos aproximadamente quatro metros e quem normalmente os usa são os operadores de mergulho credencia-
dos. É admissível, entretanto, solicitar uma amarração junto a eles. Caso não seja possível, basta parar seu barco em frente à pedra, onde há abrigo do vento e da ondulação, e buscar na sonda a profundidade de 30 metros. Nesta marca, é permitido lançar âncora no substrato e curtir o dia em um churrasco com a família e os amigos. Fique atento apenas para não fazer barulho demais ou ligar o som alto. A pedra é residência fixa de aves marinhas que ali fazem ninhos e, se forem perturbadas, voam, correndo o risco de terem seus ovos e filhotes atacados por gaivotas e fragatas. E não jogue lixo ou qualquer coisa na água. Dependendo da época do ano, é possível que o visitante observe, mesmo que não mergulhe, golfinhos e baleias. Mas, de baixo d´água, é possível ver cardumes coloridos, muitas tartarugas, garoupas, entre dezenas de ou-
PARECE UMA BALEIA É preciso pouco mais de uma hora da costa da Baixada Santista para chegar à Laje de Santos navegando até encontrar uma ilha de pedra com formato de baleia
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MERGULHO
Visite a Laje de Santos e ajude a preservar e contribuir para a fiscalização contra os pescadores ilegais deste santuário da vida marinha que fica aqui, bem no nosso “quintal”
tros seres marinhos em seu habitat natural. Há registros também dos inofensivos tubarões-baleia. Isto sem falar nos destroços de um naufrágio bem identificável. Como dissemos: o mergulho por lá é belo e surpreendente. Apesar da impressionante diversidade, a personagem principal do parque marinho é a raia manta (Manta birostris), conhecida como a “gigante dos oceanos”. Podendo medir mais de sete metros de comprimento, o animal, extremamente dócil e que corre o risco de extinção, motivou o nascimento de um projeto ambiental que zela pela preservação da espécie. Pioneiro no Atlântico Sul, o Projeto Mantas do Brasil, patrocinado pela Petrobras, por meio do Programa Petrobras Ambienta, tem como sede a Baixada Santista. O motivo não poderia ser outro, já que a Laje é um dos raros pontos de mergulho no mundo para encontrar e estudar o animal – a exemplo do que ocorre
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em Moçambique, na África, Isla de La Plata, no Equador, e no Havaí, nos Estados Unidos. O Projeto Mantas do Brasil é uma iniciativa do Instituto Laje Viva, criado há quase 20 anos para incentivar a preservação do primeiro e único parque marinho de São Paulo. Além dos órgãos não governamentais, o rochedo é salvaguardado pela legislação brasileira, pela Polícia Ambiental e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Aproveite o verão para visitar a Laje de Santos e, de tabela, ajude a preservar um dos lugares mais belos da costa brasileira. O turismo consciente afasta os pescadores ilegais e contribui para a fiscalização deste santuário da vida marinha que fica aqui, bem no nosso “quintal”. Saiba tudo sobre o parque, como chegar, o que é permitido e o que é proibido acessando www.lajeviva.org.br.
DIVERSIDADE A Laje de Santos tem uma exuberante vida marinha, que vai desde simples estrelas do mar a raias mantas, seres fantásticos ameaçados de extinção
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Fomos convidados a visitar a fábrica da Chris Craft para revelar a você como são produzidos estes barcos ícones americanos Texto e Fotos Caio Ambrosio
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nquanto o visionário norte-americano Henry Ford ainda pensava em colocar motores em carros, seu compatriota, Christopher Columbus Smith, construía, em 1874, seu primeiro barco a motor, dando início à Chris Craft. Mas não era um barco qualquer. Era a combinação fenomenal entre casco em mogno, motor potente e acabamento artesanal extremamente cuidadoso. Desde então, essa paixão em construir verdadeiras obras de arte náuticas é mantida no estaleiro, até mesmo com a introdução dos cascos em fibra de vidro em 1955. As lanchas Chris Craft criaram um estilo próprio, inconfundível, admirado e respeitado por todos, mesmo quem não deseja um powerboat para chamar de seu. Por isso, quando a Boat Shopping foi convidada para conhecer o estaleiro Chris Craft em Sarasota, na Flórida, ficamos particularmente encantados e honrados pela oportunidade em conhecer o local no qual são produzidos ícones, alguns dos mais belos barcos do mercado mundial.
BEM-VINDO À CHRIS CRAFT! A cidade de Sarasota fica na costa Leste americana, banhada pelo golfo do México, perto de Tampa e Saint Petersburg, na Flórida. É uma
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região repleta de ilhas, com forte tradição náutica. A fábrica fica em uma área privilegiada da cidade, junto à costa. Ou seja, os barcos produzidos são imediatamente testados na água. Mas vamos começar do começo. Assim que a empresa recebe o pedido do barco, a linha de produção se prepara para criar mais uma obra de arte. Os barcos são construídos on demand. Não há estoques. Um galpão exclusivo armazena todas as peças que o futuro barco irá utilizar. Quando o pedido chega à linha de produção, carrinhos-prateleiras começam a ser abastecidos com as respectivas peças, aguardando o casco chegar. A primeira etapa é a de molde e laminação. O processo é todo manual, seguindo os mais rigorosos padrões que a marca exige. Apenas pequenas peças são feitas por infusão. Assim que é desmoldado, o barco entra na linha de produção, que caminha em duas etapas paralelas: de um lado fica o casco; do outro o convés. Nos seus diversos estágios de montagem, cada seção tem, em média, três funcionários colocando tudo em seu devido lugar. Ao mesmo tempo, em outra parte da fábrica, toda a parte elétrica vai sendo produzida. Assim que fica pronta, basta que ela seja
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apenas posicionada no lugar e plugada nos comandos. Em outro local da fábrica, toda a carpintaria é montada. Mais uma vez, um sistema rigoroso de inspeção é realizado em cada peça, garantindo, assim, a qualidade do produto final. É realmente muito interessante a preocupação e comprometimento que cada funcionário tem com o seu serviço.
Tudo é checado por um funcionário com mais de 30 anos de empresa. Por isso, quando você olha uma Chris Craft, é praticamente impossível encontrar alguma imperfeição” CAIO AMBROSIO A última etapa reserva um dos grandes segredos da empresa: a tapeçaria. Descobrimos que a espuma das almofadas é envolvida em um invólucro plástico bio-tratado que a torna impermeável, evitando que apodreça ou crie odores desagradáveis. A tecnologia trabalha em função da perfeição. Todo o maquinário de corte é automatizado, evitando qualquer desperdício de material, que é posteriormente costurado exclusivamente por mulheres. A parte elétrica também é feita por elas. Segundo a fábrica, apenas mulheres trabalham nessas seções, pois são mais cuidadosas e delicadas para manusear o material, evitando qualquer erro de montagem.
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Ao final de todo o processo, uma pessoa fica encarregada da inspeção final. Esta é a parte mais rigorosa de todas, pois quem inspeciona o barco é sempre um funcionário que está há mais de 30 anos na empresa, cuidando apenas dessa área. Tudo, absolutamente tudo, é checado e conferido para respeitar padrões centenários. É por causa dele que, quando você olha uma Chris Craft, é praticamente impossível encontrar alguma imperfeição. Não fomos autorizados a tirar fotos da linha de montagem, pois alguns segredos de produção passaram de geração a geração. Respeitamos o pedido da fábrica, pois, se não fosse Christopher Columbus Smith ter se empenhado no que fez, não estaríamos navegando com barcos a motor.
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LANÇAMEN
Chris Craft Capri 21 Anunciada como o grande lançamento da Chris Craft para o Brasil no 8º Boat Xperience, a Capri 21 promete arrebatar corações. Um jornalista americano a definiu perfeitamente. “À primeira vista, a Capri 21 parece ter sido deixada para você no testamento do seu avô, mas, uma vez que você vê todas as suas belezas e a alta tecnologia empregada, você terá a certeza de que é um barco que provavelmente você irá deixar em testamento para o seu neto”. Ela realmente é um lancha excepcional, que tem essa mistura do vintage com o moderno. A começar com o casco, que tem um dos moldes mais complicados do mercado por misturar a fibra de vidro com estrutura de aço inoxidável, sem uma ripa de madeira. Além disso, ele é pintado com uma tinta especial de poliuretano da DuPont cinza grafite. Indefectível também é o trabalho de mestre em madeira de teca dentro do cockpit e na plataforma de popa, além de um interior revestido em vinil de alta qualidade disponível em tons pastéis diferentes. Nos EUA, a Capri 21 vem equipada com um V8 Mercruiser 350, de 300 hp, mas aqui no Brasil há a opção por usar também um Volvo de 270 hp ou de 320 hp. Uma lancha completa, que usa da mais alta tecnologia e materiais nobres que a tornam realmente uma obra-prima com DNA de um estaleiro ícone do mercado náutico mundial. Perfeita para um casal e três convidados singrarem os mares em altíssimo estilo, a uma impressionante velocidade de até 54 nós a partir de US$ 107 mil. Difícil resistir...
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TERRA FIRME
Eventos & acontecimentos do mundo nautico
VELAS
LATINO-AMERICANAS Evento trouxe ao Brasil seis veleiros clássicos das armadas latino-americanas
Em maio de 2012, durante a XXV Conferência Naval Interamericana, ficou acordado que, a cada quatro anos, haverá um encontro de grandes veleiros clássicos das armadas nacionais dos países latino-americanos para participar de uma regata comemorativa denominada “Velas Latinoamerica”, com o objetivo de estreitar e fortalecer os laços de amizade entre as Marinhas. Assim, este ano, os veleiros Libertad, da Argentina; Cisne Branco, do Brasil; Esmeralda, do Chile; Gloria, da
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Colômbia; Guayas, do Equador; e Simón Bolívar, da Venezuela, encontraram-se no Brasil, mais precisamente em Itajaí, para participar da etapa brasileira do evento, coordenada pela Armada da Argentina, com apoio da Marinha do Brasil. “Estas embarcações são utilizadas nas atividades práticas dos futuros oficiais das Marinhas, onde eles colocam em prática os conhecimentos teóricos adquiridos durante a sua formação”, explica o Capitão de Corveta da
AS PRÓXIMAS PARADAS DA
“VELAS LATINOAMERICA 2014”:
Santo Domingo
Vera Cruz
La Guaira Cartagena de las Índias Guayaquil
El Callao
Itajaí Valparaiso
Mar del Plata
Talcachuano
Punta del Este
Punta Arenas Cabo Horn
Marinha brasileira, Rodrigo Lázaro. Segundo ele, Itajaí foi escolhida para sediar a etapa brasileira desta grande regata internacional em função da infraestrutura regional e da experiência do município em eventos desta natureza. “A cidade, que se afirmou como um polo internacional na área náutica, depois de sediar a Volvo Ocean Race e a Jacques Vabre, se tornou um referencial”. A “Velas Latinoamerica 2014” obedeceu a uma extensa programação nas águas brasileiras, com Desfile
Ushuaia
Punta del Este (Uruguai) – 21 a 24 de fevereiro Mar del Plata (Argentina) – 28 de fevereiro a 5 de março Ushuaia (Argentina) – 14 a 17 de março Cabo Horn (Terra do Fogo – Chile) – 18 e 19 de março Punta Arenas (Chile) – 21 a 24 de março Talcachuano (Chile) – 03 a 07 de abril Valparaiso (Chile) – 09 a 14 de abril El Callao (Peru) – 24 a 28 de abril Guayaquil (Equador) – 03 a 07 de maio Cartagena de las Índias (Colômbia) – 15 a 19 de maio La Guaira (Venezuela) – 24 a 28 de maio Santo Domingo (República Dominicana) – 02 a 05 de junho Veracruz (México) – 18 a 23 de junho
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TERRA FIRME Adorei conhecer os veleiros, as tripulações e um pouco da história desses países. Adoraria poder velejar em um deles” CAROLINA COPELLO, VELEJADORA APRENDIZ
EMOÇÃO
A BORDO
Naval em praias catarinenses, apresentação da Banda Sinfônica do Corpo de Fuzileiros Navais para os cerca de 1.500 tripulantes e visitação pública aos veleiros no Porto de Itajaí. Ao final das atividades, os navios partiram rumo à Punta del Este, no Uruguai, como parte das viagens pelos mares da América do Sul e do Caribe, que consumirá 134 dias até a chegada em Veracruz, no México, em 23 de junho, percorrendo 12 mil milhas náuticas. No caminho, os veleiros realizarão visitas às mais importantes cidades e portos do Brasil, Uruguai, Argentina, Chile, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, República Dominicana e México.
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Em uma única tarde sob um sol escaldante, mais de 2,5 mil visitantes estiveram no Porto de Itajaí para entrar nos seis veleiros das Marinhas da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador e Venezuela a fim de conhecer um pouco de suas histórias e rotinas. Entre os visitantes estava um grupo de jovens aprendizes, velejadores e instrutores da ANI Associação Náutica de Itajaí. “Ficamos todos impressionados com a beleza das embarcações. São barcos imponentes e atracados no píer, um próximo ao outro, causam um impacto visual indescritível. Um cenário de filme... imagine quando estão navegando!”, descreveu a velejadora e coordenadora da Associação, Monica Copello. Segundo ela, o veleiro Guayas, do Equador, era o mais animado. Havia um grupo tocando músicas brasileiras e equatorianas, pessoas dançando no deck e os marinheiros distribuindo pulseiras de seu país. Uma verdadeira festa. O veleiro Glória, da Colômbia, permitiu a entrada do grupo no seu interior. “Fiquei impressionado em saber que ele foi construído em 1968 e fez a volta ao mundo com apenas dois anos de idade em 134 dias de mar”, contou João Marcos Vanzuita, atleta da equipe de remo da ANI. “A tripulação foi muito simpática e atenciosa. E o veleiro é de uma beleza reluzente, com riqueza de detalhes em bronze”, descreveu Copello, que também é velejadora. Aliás, ela levou sua filha Carolina, também da equipe de vela da associação, na visita. “Adorei conhecer os veleiros, as tripulações e um pouco da história desses países. Adoraria poder velejar em um deles”, comentou a jovem, resumindo um sentimento bastante comum a todos que visitaram os veleiros em Itajaí. “Estamos orgulhosos de ver nossa cidade voltando-se para eventos de vela tão importantes. Esperamos que isso repercuta em apoio ao nosso trabalho de formar uma nova geração de velejadores”, concluiu João Pedro Martins, diretor e técnico da equipe de vela da ANI.
CONHEÇA OS VELEIROS DA “VELAS LATINOAMERICA” LIBERTAD (ARGENTINA) Comprimento: 104 m Boca: 14 m Calado: 6,7 m Peso: 3.765 t Área vélica: 2.683 m2 Tripulação: 314
GLORIA
(COLÔMBIA) Comprimento: 76 m Boca: 10 m Calado: 4,8 m Peso: 1.300 t Área vélica: 1.400 m2 Tripulação: 155
ESMERALDA
(CHILE) Comprimento: 113 m Boca: 13,1 m Calado: 6,9 m Peso: 3.610 t Área vélica: 2.870 m2 Tripulação: 314
GUAYAS
(EQUADOR) Comprimento: 78,4 m Boca: 10 m Calado: 4,5 m Peso: 1.217 t Área vélica: 1.611 m2 Tripulação: 187
CISNE BRANCO
(BRASIL) Comprimento: 76 m Boca: 10,5 m Calado: 4,8 m Peso: 1.308 t Área vélica: 2.195 m2 Tripulação: 60
SIMÓN BOLÍVAR
(VENEZUELA) Comprimento: 82,4 m Boca: 10,6 m Calado: 4,4 m Peso: 1.240 t Área vélica: 1.900 m2 Tripulação: 188
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TERRA FIRME
A NOVA CASARINI
A Casarini comemorou 10 anos como revenda oficial da BRP em alto estilo, reinaugurando sua loja em São Paulo totalmente repaginada como uma linda flagship da marca
A Avenida Bandeirantes na capital paulistana ganhou um presente neste início de fevereiro: a nova Casarini. Denisio e o filho Deninho receberam amigos e clientes para o coquetel de reinauguração da loja, que virou uma flagship BRP. O evento contou, ainda, com a presença da cúpula mundial da BRP: o CEO José Boisjoli e os vice-presidentes Chris Dawson, Pierre Pichette e Robert Lumley. Foi uma demonstração de prestígio da Casarini, a maior revenda do Brasil das motos aquáticas e produtos Sea Doo, englobando veículos da Can-Am, como os quadrículos e os side by-side Commander e Maverick, além dos roadsters Spyder e também a linha de barcos Sea Doo para wake. “O Brasil é um mercado estratégico para a BRP porque, além de já vendermos bem, ele está crescendo. Antes, o Brasil representava apenas 8% das vendas no ‘resto do mundo’, agora ele representa 35%”, explicou Boisjoli. Segundo Fernando Alves, gerente comercial da BRP no Brasil, o país representa mais de 50% dos negócios da empresa na América Latina. “É onde a fábrica enxerga o maior potencial de crescimento de seus negócios. A meta não é apenas crescer, é dobrar de tamanho nos próximos três anos”, afirmou com convicção. Para atingir tais metas, a nova Casarini terá papel estratégico, por
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isso o investimento em torná-la uma flagship dentro dos padrões mundiais da BRP. Ela servirá, inclusive, como inspiração para os demais concessionários. “A loja tem piso em tons de cinza e paredes brancas com fotos em P&B que são assim para que os produtos coloridos se destaquem, atiçando a curiosidade dos cientes. Há produtos representativos de toda linha da BRP e ilhas de acessórios em pontos estratégicos, que representam cada grupo de produtos expostos”, explica Alves. A loja ficou realmente muito bonita. O anfitrião Denisio estava visivelmente exultante com a “nova casa”. Dos 800 m2 de instalações, 500 m2 são só de loja, os demais reúnem assistência técnica, restauração, boutique e peças. “Vendemos mil unidades por ano. Somos a Nº 1 porque investimos em inovação, na qualidade do nosso negócio. Chegar ao topo é difícil, mas é mais difícil ainda se manter lá. Por isso, queremos ser sempre os melhores em tudo o que a gente faz”, afirmou Casarini. E parece que já começou dando certo. Pelo menos na visão do manager mundial da BRP. “Estive recentemente em várias concessionárias nos EUA, Macau e São Petersburgo e posso garantir que a brasileira é uma das mais bonitas e completas do mundo. O cliente vai entrar aqui e ficar encantado”, afirmou Boisjoli.
Esta concessionária brasileira é uma das mais bonitas e completas do mundo. O cliente vai entrar aqui e ficar encantado” JOSÉ BOISJOLI – CEO DA BRP
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Como faz todo verão, a Intermarine recebeu clientes em Angra dos Reis para um dia de comemoração junto ao mar em alto estilo por Estela Craveiro
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Realizado no sofisticado restaurante Reis e Magos, no Saco do Céu, em Angra dos Reis, no fim de janeiro passado, o já tradicional Intermarine Celebration Day foi uma verdadeira festa, que começou ao meio-dia e se estendeu ao começo da noite, reunindo 410 convidados e 70 embarcações. Assinado pelo chef catalão Eric Marty, o almoço foi estrelado por ingredientes locais preparados nos moldes da gastronomia espanhola. E foi servido sob bela trilha sonora, comandada pelo DJ Papagaio, com momentos de live PA em integração com o saxofonista George Israel e com a violinista Daiana Mazza. Também teve show de bossa nova com a cantora Ana Lara. E o fim do dia ganhou tons de auge com a pista de dança cheia no Sunset Pink Elephant Intermarine, a partir das seis da tarde, encerrando com glamour o encontro realizado anualmente pelo estaleiro para proporcionar aos seus clientes momentos prazerosos da vida integrada ao mar que o lazer náutico proporciona.
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FESTA VIBRANTE NO INTERMARINE CELEBRATION DAY
No paradisíaco Saco do Céu, minispa, área de lazer para crianças, almoço de inspiração espanhola e muita música boa e variada até depois do crepúsculo
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BONS VENTOS EM PARATY
Em exposição e disponível para test-drive, o catamarã Lagoon 39, recém-chegado ao Brasil, foi a grande estrela da quinta edição do Beneteau Day, promovida pela Sailing IMS e pelo Grupo Sailing, distribuidores da marca francesa, em Paraty (RJ). O evento reuniu 43 barcos da marca e 200 pessoas, no fim de janeiro passado, para um dia dedicado à vela. Mas os convidados, incluindo velejadores importantes e representantes da embaixada francesa, recebidos na Ilha Kontiki com uma massagem em um day spa instalado sob as árvores, tiveram muitas outras alegrias, ao som de boa música. O vento colaborou e, enquanto adultos velejavam, as crianças também fo-
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ram à água com veleiros monotipo e caiaques, disponibilizados pelo Instituto Náutico de Paraty, enquanto outras se divertiram em atividades recreativas, e os mais esportivos aproveitaram a oportunidade para ter aulas de stand up paddle. Em ambiente descontraído e alegre, no início da tarde foi servida a famosa paella marinheira do restaurante que dá nome à ilha. E para encerrar o dia de encontro entre os clientes Beneteau, muitos brindes oferecidos por parceiros da Sailing e da Sailing IMS foram sorteados. O mais cobiçado deles foi uma prancha de stand up paddle inflável da Bic Sports, muito útil a quem tem barco.
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A festa da Sailing IMS e do Grupo Sailing na Ilha Kontiki reuniu convidados para experimentar o novo catamarã Beneteau Por Estela Craveiro
Veleiros para crianรงas, aulas de stand up paddle, spa day, a famosa paella marinheira da Ilha Kontiki e muitos brindes fizeram do Beneteau Day 2014 um sucesso
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POWER é navegar confiante, com a força dos motores Scania. Quem navega precisa estar pronto para enfrentar a tempestade e a calmaria. Quem patrulha precisa ter força e velocidade para fazer buscas e resgates. Quem pesca ou transporta cargas nem pode pensar em ficar à deriva. Pense nisso. Pense nos motores Scania. Potência, robustez e tecnologia para impulsionar embarcações e negócios. Motores econômicos, de alto desempenho e baixo custo operacional. Scania. Aponte seu leme para cá.
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JETCO FAZ FESTA A concessionária Yamaha apresentou dois dos três jetskis da marca que ganharam motor mais potente e avançado por Estela Craveiro A Jetco, maior concessionária de jetskis Yamaha na América do Sul, recebeu mais de 200 pessoas em seu evento de verão, na Praia do Goés, em Santos (SP), em janeiro passado, para apresentar os best-selers FX Cruiser e FZS equipados com o novo motor SVHO, de 1800cc, as novidades da marca. O dia não estava ensolarado, o que até contribuiu para o conforto, e foi agitadíssimo. Nada menos do que 101 test-drives foram realizados com as duas máquinas. Enquanto o top de linha FX Cruiser é um jet focado no lazer, o FZS atrai quem usa jets para esporte, e, com isso, a festa reuniu convidados dos dois segmentos. Bem descontraída, teve churrasco no menu do dia e muitos brindes na sobremesa. Sem falar na alegria dos que aceleraram os potentes jets.
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Ainda mais poderosos Os jetskis Yamaha FX Cruiser, FZR e FZS ganharam mais potência com o novo módulo de motor, o SVHO, com mais pressão de turbo
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A Yamaha abriu o ano apresentando novidades para os consagrados jetskis FX Cruiser, FZR e FZS, agora equipados com um novo módulo SVHO (Super Vortex High Output), que traz motor de 1.800cc e novo turbo oferecendo 60% mais pressão. Enquanto o modelo FX Cruiser é do segmento cruzeiro, preferido para passeios, por seu conforto e estabilidade, os modelos FZR e FZS são da linha esportiva, e geralmente são escolhidos por quem participa de competições, por seu casco mais enviesado, que facilita as curvas. Todos os modelos ganharam mais força e performance, 20% de aumento da potência em comparação à performance do top de linha da Yamaha de 2013, o FX Cruiser SHO. “Isso é devido ao novo intercooler ainda maior e com dupla refrigeração, 60% a mais de pressão de turbo, pistões forjados e nova turbina com 160 mm”, explica Tania Abe, da Yamaha Motor. As diferenças entre os módulos SHO e SVHO estão no supercharger com novo rotor de sete lâminas com diâmetro de 86 mm; no novo intercooler com núcleo de cobre e dupla linha de arrefecimento proporcionando resfriamento 25% mais eficiente; no novo resfriador de óleo, com maior superfície metálica para troca de calor, ampliando a eficiência em 110%; e nos pistões forjados 30% mais resistentes do que os comuns, fundidos, segundo a Yamaha.
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AXÉ SESSA!
Salvador foi o palco do primeiro Sessa Day A Regatta Yachts recebeu amigos e clientes em Salvador, no começo de fevereiro, para o primeiro Sessa Day. O evento, organizado por Jonas Penteado, seguiu o estilo do estaleiro italiano e proporcionou aos convidados baianos da Sessa Marine um passeio exclusivo pela Baía de Todos os Santos. Os barcos saíram da Bahia Marina com destino a Caramunhanhas, um banco de recifes próximo à Cacha Prego, onde todos puderam aproveitar as belas piscinas naturais da região. Depois, seguiram para Ponta dos Garcez e para Itaparica, onde a Sessa Marine ofereceu um coquetel de confraternização para todos.
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EM BÚZIOS Luxo sem ostentação e ambiente fino, mas descontraído, atraem os hóspedes do Insólito, enquanto o restaurante e o beach club estão no roteiro dos points de charme da bela cidade Por Estela Craveiro
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m Armação dos Búzios, o Insólito Boutique Hotel continua sendo a mais sofisticada e exclusiva opção de hospedagem, uma ilha de calmaria em meio à agitação que faz o charme do balneário na região dos lagos fluminenses. Localizado nos penhascos da Praia da Ferradura, perfeita para ancorar, acaba de estrear novidades. O hotel de design ganhou três novas suítes, Melissa, na categoria Máster, e Kalunga e Mar Yam, na categoria Insólito, a top. Nesta, a Orfeu da Conceição, que tem sala de estar, american bar e varanda com hidromassagem, passou a ter um segundo quarto, perfeito para quem está com crianças, aceitas a partir de janeiro de 2014. Uma das piscinas de água salgada foi incorporada à suíte O Guarani, que tem varanda com hidromassagem, na categoria Insólito. E o clube de praia, em área de três mil m², agora se chama Beach Lounge 21, por ser a Praia da Ferradura a 21ª das 23 praias de Búzios.
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Para quem navega pela região, o Insólito é uma alternativa tanto para hospedagem quanto para aproveitar o dia, através do serviço Day Use, que oferece acesso ao lounge e a parte da área social, onde estão piscinas de água doce e salgada, saunas seca e a vapor, e banheiras Jacuzzi e ofurô. O lounge funciona das 11 horas ao pôr do sol, exceto nos dias de tempo ruim. E no verão ainda tem música ao vivo. Com preços à parte, pode-se usufruir também das massagens e tratamentos do Insólito Spa, literalmente junto da natureza. Com novo chef, o francês Davi Jobert, que privilegia ingredientes brasileiros, o restaurante A Galeria é aberto ao público. No café da manhã, destaque para a mesa de frutas. No Beach Lounge 21 são servidas bebidas e comidinhas, com preços à parte. Para lazer, o Insólito oferece os serviços de duas lanchas, uma de 30 pés, para passeios, e outra, de 19 pés, para quatro pessoas, utilizada em atividades como esqui aquático, wakeboard e boia-cross, além de bicicletas.
Beach Lounge 21
Suíte Orfeu da Conceição
Na enseada calma e protegida, perfeita para ancorar, disponível para hospedagem, day use ou apenas para uma refeição
As acomodações distribuem-se entre 24 suítes das categorias Superior, Júnior, Luxo, Máster e Insólito. Todas têm vista para o mar, algumas até do leito, e são equipadas com cama king size, TV LCD, canais Sky, DVD player, sinal Wi-Fi e aparelho de ar-condicionado. Apenas duas não possuem varanda. Todas as suítes são diferentes. Algumas têm ducha dupla /ou banheira de hidromassagem, e os tamanhos variam dos 21 m² da suíte Candomblé, categoria Superior, aos 95 m² da Orfeu da Conceição. O Insólito se caracteriza pelo luxo sem ostentação da decoração pautada por temas referentes à cultura, à arte e à natureza brasileiras, assim como os nomes das suítes, que vão de Bachianas a Quincas Berro D’Água. Obra da proprietária, a francesa Emmanuelle Meeus de Clermont-Tonnerre. Somada à beleza da natureza local, essa ambientação torna a estadia por lá relaxante e prazerosa. Se o desejo é passear, a rua das Pedras está à espera na Orla Bardot, do outro lado da península, com seus bares,cafés, restaurantes, lojas e galerias de arte.
Para passeio e esportes
DE BARCO Quem chega navegando, com o objetivo de passar algumas horas ou mesmo de se hospedar, pode ancorar na calma praia em forma de ferradura, que não tem píer. Basta dispor de um bote. Para quem prefere parar em marina, a única opção da cidade é a Marina Porto Búzios, na Praia Rasa. TARIFAS Os preços das diárias para casal do Insólito Boutique Hotel variam de R$ 1.197 a R$ 4.124. MAIS INFORMAÇÕES www.insolitos.com.br
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FINA TRADIÇÃO Com pratos portugueses e pernambucanos, o requintado ambiente do restaurante mais antigo de Recife tem mesas disputadas, como no passado por Estela Craveiro
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árias vezes indicado como o melhor da cidade pela revista Veja Recife, o Restaurante Leite se mantém imbatível em uma das margens do rio Capibaribe. É o segundo mais antigo do Brasil, depois do carioca Lamas, de 1875. Do outro lado do Capibaribe, começou como quiosque para servir refeições, em 1882, criado por Armando Manoel Leite de França, imigrante português que acabara de chegar ao Brasil. Depois teve outros donos, e em 1956 foi adquirido pelos irmãos Amadeu e Luiz Dias, falecidos, em sociedade com Armênio Ferreira, que continua sozinho no comando. Em 1892, o estabelecimento foi transferido para o casarão em que está até hoje, na Praça Joaquim Nabuco. Ao longo de 132 anos, o Restaurante Leite, que no início se chamava Manoel Leite, se sofisticou, entre cristais, prataria, guardanapos de linho e fina porcelana, com sua gastronomia de inspiração portuguesa. Atravessou
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fases difíceis, mas nas áureas se tornou o ponto de encontro da boêmia intelectual de Recife. Clássico, o cardápio se divide entre pratos portugueses e pernambucanos. Pouco mudou nas últimas décadas e continua fazendo sucesso na casa frequentada por políticos, intelectuais, artistas, jet setters, turistas e gente famosa. Orson Welles, Jean-Paul Sartre, Assis Chateaubriand, Gilberto Freyre e Mário de Andrade estão na lista dos clientes célebres. São tantos que, ao completar 130 anos, o restaurante ganhou a placa de Patrimônio da Cultura Literária Pernambucana que reluz na entrada. O forte da casa são os peixes, especialmente o bacalhau da Noruega, e frutos do mar, embora também sejam servidas carnes e aves. Crustáceos, azeite e leite de coco são os ingredientes em destaque. No bar, o presunto Pata Negra é a grande atração para acompanhar aperitivos, mas compete seriamente com os bolinhos de bacalhau.
Ponto de encontro de gente importante, a casa abre só para almoço, fecha aos sábados, e tem domingos movimentadíssimos
Uma entrada de sucesso é a Panqueca portuguesa, com lagosta flambada no conhaque. Um dos pratos mais pedidos é o Bacalhau Amadeu Dias, grelhado no azeite, com cebola, tomate, pimentão, azeitonas e batatas. Outro é o Camarão grelhado. Entre as sobremesas, é famosa a Cartola, feita com banana prata, manteiga e queijo, ao lado da Rabanada regada com vinho do Porto, ambas salpicadas com açúcar e canela. Para harmonizar com os pratos do cardápio quase singelo, que conserva receitas de sucesso em todos os tempos, opções portuguesas e francesas estão entre os 50 rótulos da adega, que acaba de ser reformulada. Com 150 lugares, o Restaurante Leite abre apenas para almoço e fecha aos sábados. Imprescindível fazer reserva. Para quem chega de barco, a Marinas Pina, no bairro de Pina, é a mais próxima, a cerca de dez quilômetros do restaurante.
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A BORDO
As principais competições e eventos náuticos
AS NOVAS CARAS
OLÍMPICAS DO BRASIL Seleção mais forte de velejadores das últimas décadas mistura veteranos e revelações que se preparam para representar o Brasil nas próximas Olimpíadas Por Antonio Alonso Jr.
Em janeiro deste ano, a Copa Brasil de Vela definiu, em Niterói, os 33 nomes que fazem parte da Equipe Brasil de Vela. A seleção brasileira reúne nomes conhecidos, como os medalhistas olímpicos Robert Scheidt, Bruno Prada, Clínio de Freitas, Fernanda Oliveira e Isabel Swan, com jovens revelações que, mesmo sem nunca terem disputado uma Olimpíada, estão entre os melhores do mundo em suas classes, como o campeão mundial Jorge Zarif e as líderes do ranking internacional Martine Grael e Kahena Kunze. O resultado é uma mistura que coloca o Brasil com boas chances de uma participação histórica na Vela.
A equipe atual receberá apoio técnico, logístico e financeiro da Confederação Brasileira durante o próximo ano. Em 2016, apenas 15 atletas irão representar o Brasil na Vela, uma tripulação por cada uma das 10 classes olímpicas. Os nomes olímpicos serão escolhidos por indicação da comissão técnica, comandada por Torben Grael, com base no desempenho durante a campanha e nas chances de medalha. Ou seja, os velejadores começam a campanha sem saber exatamente qual será o critério de escolha em casos apertados. A certeza é que todos terão de trabalhar duro para chegar lá.
Conheça as caras da Equipe Brasileira de Vela 2014: RS:X FEMININO Patrícia Freitas
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Com apenas 23 anos, já pode ser considerada uma veterana. A jovem velejadora nascida nos Estados Unidos participou de duas Olimpíadas e foi medalha de ouro no Pan de Guadalajara, no México, em 2011. Em fevereiro, era a quarta no ranking mundial, melhor posição já ocupada por uma brasileira na RS:X. Patrícia tem condições de brigar por uma medalha inédita para o Brasil.
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Bruna Martinelli Bicampeã sul-americana de windsurf, a atleta pernambucana tem 27 anos e veleja em diferentes tipos de prancha, com destaque para a Fórmula Windsurf. Hoje, é uma das 20 melhores do mundo na RS:X.
LASER RADIAL Fernanda Decnop
A niteroiense de 27 anos chegou a ser campeã sul-americana de Laser 4.7 em 2004, mas apostou nas campanhas olímpicas no Match Race, que não faz mais parte do programa olímpico. Há dois anos retornou à Laser Radial e já é a melhor brasileira no ranking mundial, na 25ª posição, e hegemônica nas raias brasileiras. Foi terceira no Campeonato Centro e Sul-Americano no ano passado.
Odile Ginaid Atleta capixaba, Odile já esteve perto da vaga olímpica em outras ocasiões, mas este ano, fazendo parte da equipe olímpica, tem sua melhor oportunidade de competir no circuito internacional. Foi nona no Campeonato Centro e Sul-Americano de Laser Radial no ano passado.
470 FEMININO Renata Decnop/ Isabel Swan Isabel Swan foi a proeira medalhista olímpica ao lado de Fernanda Oliveira em 2008. Agora, velejando com Renata Decnop, ela protagoniza uma das disputas mais apertadas da equipe brasileira. Renata e Isabel estão em 16º lugar no ranking mundial e recentemente ficaram em sexto lugar na etapa de Miami da Copa do Mundo.
Fernanda Oliveira/ Ana Barbachan Uma das melhores timoneiras que o Brasil já viu, a gaúcha Fernanda Oliveira deu ao Brasil a primeira medalha olímpica na vela. Fernanda foi mãe recentemente e ficou afastada das raias, caindo da 2ª para a 13ª posição no ranking mundial ao lado da proeira Ana Barbachan. A dupla tem boas chances de conquistar a vaga e de brigar por uma medalha no Rio.
470 MASCULINO Henrique Haddad/ Bruno Bethlem Henrique “Gigante” Haddad já mostrou sua competência no Match Race, vencendo os principais nomes do Brasil e conquistando o segundo lugar na Nations Cup. Em busca de uma vaga olímpica, ele decidiu apostar na 470 ao lado do experiente proeiro Bruno Bethlem. A dupla do Rio de Janeiro venceu os favoritos na Copa Brasil de Vela e terão, este ano, apoio para correr no circuito internacional.
Geison Mendes/ Gustavo Thiesen Os gaúchos Geison Mendes e Gustavo Thiesen são os melhores brasileiros no ranking mundial da classe 470, na 38ª posição. A dupla ficou em 5º na etapa da Copa do Mundo de Melbourne, em dezembro passado, mas não passou do 23º lugar no último Mundial. Os dois representam a escola de Porto Alegre, o mais forte centro da 470 na última década.
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A BORDO
LASER STANDARD
Robert Scheidt
Matheus Dellagnelo
Bruno Fontes
Depois de conquistar cinco medalhas olímpicas na Vela, Scheidt voltou com força à sua classe de origem, vencendo o Campeonato Mundial de 2013. Aos 40 anos, Scheidt tem o desafio de velejar contra velejadores muito mais jovens. Por enquanto, tem levado a melhor na maioria das vezes.
O catarinense Matheus Dellagnelo surpreendeu Bruno Fontes na Copa Brasil deste ano, ficando com a segunda vaga da Laser na equipe brasileira. No Pan de Guadalajara, foi ouro na classe Sunfish. Aos 25 anos, é o mais jovem laserista da seleção brasileira.
Bruno Fontes sentou no trono deixado vago por Scheidt durante sua temporada na Star. Aos 35 anos, depois de duas Olimpíadas, tem a difícil tarefa de desbancar Scheidt (e Matheus) na luta pela vaga na Rio 2016. Atualmente, é o melhor brasileiro no ranking, na terceira posição.
RS:X MASCULINO Albert de Carvalho
Ricardo Winicki, Bimba Atual líder do ranking mundial, aos 33 anos, Bimba é uma lenda da Prancha à Vela. Foi campeão mundial, três vezes campeão pan-americano e participou de quatro Olimpíadas, com um 4º lugar em 2004. Também luta por uma medalha inédita para o Brasil.
Aos 24 anos, Albert é o principal sucessor do professor, guru e também adversário Bimba. Começou a velejar no projeto social mantido por Bimba e, aos 17, representou o Brasil no Mundial da Juventude. Aos 22, foi campeão dos Jogos Sul-Americanos.
49ER Dante Bianchi/ Thomas Low Beer Aos 32 anos, o carioca bicampeão mundial de Snipe Dante Bianchi se juntou a Thomas Low Beer em sua primeira campanha olímpica na 49er. Em evolução, eles são, atualmente, a terceira melhor dupla brasileira no ranking da 49er.
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André Fonseca/ Mario Tinoco André Fonseca, o Bochecha, é o mais experiente velejador brasileiro da 49er e já esteve entre os sete melhores do mundo no ranking. Atualmente, ao lado de Mario Tinoco, ocupa a 38ª posição em uma classe na qual o Brasil tem encontrado dificuldades para voltar a figurar na elite internacional.
FINN Jorge Zarif
No ano passado, aos 20 anos, Jorginho Zarif encerrou um jejum de 41 anos e trouxe o título Mundial de Finn para o Brasil, apenas um mês após conquistar o Mundial Júnior. Talentoso e dedicado, aos 14 anos ficou a um ponto de se classificar para sua primeira Olimpíada, velejando contra uma flotilha de veteranos, que incluía seu pai. Mais um velejador atrás de uma medalha inédita para o Brasil.
Bruno Prada Aos 42 anos, Bruno Prada acumula duas medalhas olímpicas e três títulos mundiais no currículo, todos conquistados ao lado de Robert Scheidt, na Star. Na Finn, foi bronze nos Jogos de Winnipeg, em 1999. Voltou à antiga classe depois que a Star perdeu o status olímpico. Atualmente, é o 33º do ranking mundial.
49ER FX Martine Grael/ Kahena Kunze Filha de Torben, Martine Grael coleciona bons resultados desde que estreou na classe 49erFX, que será olímpica pela primeira vez em 2016, no Rio. Aos 22 anos, é líder do ranking mundial, ao lado da proeira Kahena Kunze. A dupla busca sua primeira classificação olímpica e tem chances de trazer uma medalha inédita ao Brasil.
Juliana Senfft/ Gabriela Nicolino Juju Senfft e Gabriela Nicolino fazem parte de uma vitoriosa geração de velejadoras do Match Race brasileiro. Depois que o match foi retirado do programa olímpico, essas talentosas velejadoras se espalharam por diversas classes. Juju Senfft é uma timoneira como poucas no Brasil e conta com uma proeira experiente e entrosada. Em 30º lugar no ranking, correm atrás para alcançar as favoritas.
NACRA 17 Clinio de Freitas/ Claudia Swan Às vésperas de completar 50 anos, Clinio de Freitas resolveu encarar uma campanha nos catamarãs da classe Nacra ao lado da esposa, Claudia Swan. Antigo proeiro de Lars Grael, com quem conquistou um bronze olímpico, Clinio agora é timoneiro neste barco que estará pela primeira vez em uma olimpíada, na Rio 2016. Os brasileiros da Nacra demoraram para receber os barcos e ainda disputaram poucas competições internacionais.
Samuel Albrecht/ Geórgia Rodrigues O gaúcho Samuel Albrecht já participou de campanhas olímpicas e chegou a representar o Brasil na 49er, como proeiro. Na Vela de Oceano, assumiu o comando do Soto 40 Crioula em competições dentro e fora do Brasil e, agora, volta a buscar uma vaga olímpica, ao lado da também gaúcha Geórgia Rodrigues. Como os brasileiros velejaram pouco na Nacra, tudo está aberto ainda na classe.
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A BORDO
RUMO CERTO Brasil volta de Miami com duas medalhas e sete Top 10 nas 10 classes olímpicas
A primeira etapa da Copa do Mundo de Vela de 2014 terminou com dois pódios brasileiros: prata para Robert Scheidt, na Laser, e bronze para Jorginho Zarif, na Finn. Com uma equipe que mistura poucos figurões e muitos nomes novos, o Brasil conseguiu colocar sete equipes entre as Top 10 das 10 classes olímpicas. Há dois anos da Rio 2016, o resultado mostra que podemos ver um Brasil competitivo em praticamente em todas as classes. Na Laser, Robert Scheidt foi para a Medal Race na raia de Biscayne Bay com uma desvantagem de 12 pontos em relação ao líder croata Tonci Stipanovic. Scheidt venceu, garantindo a prata, e fez dobradinha com Bruno Fontes, que terminou na quinta colocação. Na Finn, o bronze veio com o jovem Jorginho Zarif, com Bruno Prada em 14º na flotilha de 26 barcos. Na 49erFX, Martine Grael e Kahena Kunze terminaram em quarto e Juju Senfft e Gabriela Sá ficaram em nono lugar no geral. Na prancha à Vela, tanto Bimba como Patrícia Freitas terminaram em quinto lugar em suas flotilhas. No feminino, Bruna Cesário de Mello ainda fez um 11º lugar.
No 470 feminino, Renata Decnop e Isabel Swan foram a sexta melhor dupla entre as 10 participantes. Já no 470 masculino, Henrique Haddad e Bruno Bethlem, que venceram a seletiva brasileira este ano, fecharam a competição em nono lugar entre 29 duplas. O Brasil só ficou fora dos Top 10 na Nacra, classe para a qual não enviou representantes, na 49er masculino, com um 15º lugar de Marco Grael e Gabriel Borges, e na Laser Radial, com um 16º de Fernanda Decnop. A próxima etapa da Copa do Mundo acontece em Palma de Mallorca, na Espanha, entre 23 de março e 5 de abril.
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AGORA SÓ EM 2015 Calmaria na costa brasileira derrubou sonho de recorde na Volta ao Mundo A onda de calor que assolou o Brasil no início deste ano fez vítimas inusitadas. Uma delas foi o skipper solitário francês Thomas Coville, que velejava o milionário maxi-trimarã Sodebo, de 102 pés, na altura do Rio de Janeiro, quando foi obrigado a retornar devido a uma imensa calmaria. A bordo de um dos veleiros mais modernos do planeta, Coville havia partido em 17 de janeiro de Ouessant, na França, e tinha como meta bater o recorde da Volta ao Mundo solitário e sem escalas, que o também francês Francis Joyon bateu, em 2008, no trimarã de 95 pés IDEC, em 57d 13h 34m 06s. Esses desafios continuam sendo uma mania francesa, com projetos milionários sempre muito bem patrocinados. Mas esqueceram de combinar com a “mãe natureza”. Coville, que já vinha cerca de 900 mi-
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lhas atrasado em relação ao recorde anterior, ia perder outras 36 horas enfrentando a calmaria brasileira. Ele decidiu desistir e retornou à França. “Velejei bem até o Equador, em 6 dias e 20 horas, dentro do previsto. Mas a partir daí a navegação foi demasiado lenta com ventos instáveis. Eu tentei, ousei, mas a situação meteorológica no Atlântico Sul não me ofereceu nenhuma outra saída”, desabafou.
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TEM BRASILEIRO
NA VOLVO Mais uma vez, Brasil não deve ter barco na Volvo Ocean Race, mas um brasileiro é treinador da equipe feminina Cinco equipes já confirmaram seus nomes para a edição 2014-15 da Volvo Ocean Race, a mais tradicional regata de volta ao mundo do planeta. Embora os rumores de uma equipe brasileira ainda persistam, as chances de isso acontecer faltando menos de seis meses para a largada são microscópicas. Mas isso não quer dizer que os brasileiros estarão fora da regata. O porto catarinense de Itajaí continua com status de queridinho da organização depois do sucesso na última edição. E o velejador Joca Signorini, que competiu nas últimas três edições, foi convidado para transmitir sua experiência a uma equipe formada apenas por mulheres. Joca será o coordenador técnico da equipe Team SCA, baseada na Suécia, onde o brasileiro mora atualmente. “Não foi uma tarefa fácil encontrar as meninas, pois é preciso ter a combinação certa de força física, habilidades de navegação e personalidade. Essa dificuldade também ocorre em tripulações só de homens”. A última vez que uma equipe 100% feminina correu foi na edição 2001-02. Joca Signorini participou de três edições da Volvo Ocean Race e foi chamado para ajudar no projeto sueco. “É preciso
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ter certeza de que o grupo é o ideal para assumir o desafio. Fui bastante pressionado por isso e agora estou muito feliz com a forma como a equipe está se moldando”. Para escolher a equipe, Joca comandou rigorosos testes nas Ilhas Canárias com 35 candidatas. Entre as escolhidas, estão grandes feras da Vela de Oceano e também a holandesa Carolijn Brouwer, que morou e aprendeu a velejar no Rio de Janeiro e tem no currículo quatro títulos mundiais e três participações olímpicas. Outras quatro equipes estão confirmadas. Uma delas é o Abu Dhabi Ocean Racing, do medalhista olímpico Ian Walker. A China volta a ter uma equipe na regata com o time Dongfeng Race Team, bancado pela montadora Dongfeng Commercial Vehicle em parceria com OC Sport, empresa de marketing esportivo. O Team Brunel, da Holanda, foi o quarto confirmado. O Team Alvimedica, com as bandeiras de Turquia e EUA, foi o último, até então, a anunciar a participação. Lançamentos tão tardios só são possíveis graças a uma mudança nas regras, com a introdução da nova classe de barcos Volvo Ocean 65. Nesta edição, todos os barcos serão idênticos e construídos pelos mesmos fabricantes, sem nenhum desenvolvimento por parte das equipes. Por isso, espera-se que mais equipes sejam reveladas nos próximos meses, já que a regata larga em 4 de outubro.
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OLHA ELE AÍ
Sem alarde, Eduardo Souza Ramos volta às raias brasileiras Após anunciar sua aposentadoria em 2011, Eduardo Souza Ramos, um dos personagens mais importantes da vela de oceano brasileira, voltou às raias durante o Circuito Oceânico da Ilha de Santa Catarina, em fevereiro. Souza Ramos comandou, em Florianópolis, o Carabelli 30 + Realizado, barco de Ilhabela que recebeu o nome de Phoenix Little na ficha de inscrição, uma referência à extensa linhagem de barcos de sua propriedade que levavam o nome Phoenix. A tripulação contou com muitos dos tripulantes que há anos o acompanham a bordo de seus veleiros, entre eles André Fonseca, o Bochecha, profundo conhecedor do barco e das raias catarinenses. A presença inusitada de Souza Ramos até se explica. Neste ano, ele está focado
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em sua estreia no circuito mundial de TP52, atualmente o mais disputado do planeta. Para treinar sua tripulação, ele escolheu Carabelli 30, um monotipo de oceano de 30 pés, desenhado pelo brasileiro Horácio Carabelli, que exige bastante técnica. Dos 27 barcos inscritos no circuito, nove eram “puros-sangues” Carabelli 30, e foram as disputas acirradas na raia entre estes barcos que monopolizaram as conversas entre os velejadores de todas as classes presentes na competição. O vencedor do Circuito na Classe foi o veleiro Katana, do comandante Fábio Fillipon, que interrompeu a invencibilidade do Loyal, de Marcelo Massa, o bicho-papão que venceu todas as competições em que participou desde o seu lançamento na água, em 2011.
Resultado final C30 1º Katana/Energia – 8pp 2º Loyal – 8pp 3º Phoenix Little –12pp 4º Caballo Loco – 20pp 5º Zeus Team – 22pp 6º Barracuda – 24pp 7º Caiçara-Porsche – 32pp 8º Corta Vento – 38pp 9º Kaikias – 42pp
“Ganhamos na largada”, disse o comandante catarinense que entrou na última regata com sete pontos perdidos. Do outro lado, o trimmer do Loyal concorda. “Perdemos na largada”, admitiu Beto Paradeda, que entrou na raia com dois pontos de vantagem sobre o campeão. Além da classe C30, o circuito valeu, também, como o Campeonato Brasileiro de BRA-RGS, que contou com nove barcos na raia e terminou com a vitória do veleiro Bruxo, de Luiz Carlos Shaefer. A classe ORC teve sete inscritos e a vitória coube ao Angela Star. Xamego e Desafio 2 venceram todas as regatas das classes Bico de Proa A (dois inscritos) e Bico de Proa B (quatro inscritos), e levaram, respectivamente, os títulos em disputa.
NOVO PRESIDENTE DA CLASSE Após as regatas, os comandantes de C30 realizaram a reunião anual da Classe e elegeram Mauro Dottori como seu presidente, em substituição a Marcello Massa. Fábio Filippon assumiu a vice-presidência e André Fonseca foi mantido como Diretor Técnico. O campeonato brasileiro da Classe foi confirmado para outubro, em Ilhabela. “Nossa Classe está consolidada, temos nove barcos velejando e uma regra consistente que garante igualdade e isenção. Agora é levar adiante o trabalho já feito até aqui e tentar seu crescimento quantitativo, pois a qualidade não para de crescer”, orgulha-se o presidente eleito.
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GAÚCHOS LEVAM O BRASILEIRO DE SNIPE Veterano Xandi Paradeda venceu outra vez o Brasileiro da classe mais amada do Brasil A raia de Jurerê, em Florianópolis, é uma das mais belas e confiáveis do país. E foi em uma semana de condições perfeitas que a dupla gaúcha Alexandre Paradeda e Gabriel Kieling venceu o 65º Campeonato Brasileiro de Snipe, na sede oceânica do Iate Clube de Santa Catarina. A classe Snipe é pan-americana e reúne a flotilha mais tradicional e apaixonada do país. Seu projeto, nascido nos anos 30, conquistou dezenas de milhares de velejadores pelo mundo. É um barco simples, que mistura habilidade técnica com exigência física em doses empolgantes e veleja em segurança mesmo no vento forte. O título deste ano teve sabor especial para os campeões. Em 2010, na mesma raia, os dois haviam terminado em segundo lugar. Dono de nove títulos brasileiros de Snipe, Xandi Paradeda é um dos atletas mais vitoriosos da classe no país, mas o veterano se mostrou impressionado com os concorrentes. “O evento foi perfeito, a raia é muito boa, mas vale ressaltar o excelente campeonato da dupla da Bahia. Eles são o futuro da categoria e mostraram isso aqui”, declarou Alexandre, elogiando os vice-campeões, Mateus Tavares e Jonathan Lehrke, do Yatch Clube da Bahia. O proeiro Gabriel não estava menos animado. “Fizemos uma campanha muito boa. O campeonato foi perfeito. Aqui é um lugar incrível, um dos melhores que já velejei no mundo. A água é quente e os ventos são excelentes”. Os também baianos Mario Urban e Daniel Seixas completaram o pódio na terceira posição.
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CLASSIFICAÇÃO FINAL APÓS DEZ REGATAS (dois descartes): 1º Alexandre Paradeda / Gabriel Kieling (RS) 1+1+7+1+7+(30)+(27)+12+8 = 28pp 2º Mateus Tavares / Jonathan Lehrke (BA) (23)+13+3+16+(20)+12+8+2 = 34pp 3º Mario Urban / Daniel Seixas (BA) (15)+7+11+9+9+(22)+7+4+5+7 = 59pp 4º Alexandre Tinoco / Matheus Gonçalves (RJ) 20+15+2+(22)+11+5+2+7+(62)+1 = 63pp 5º Rafael Gagliotti / Henrique Wisniewiski (SP) 8+13+12+4+5+7+(33)+3+12+(20) = 64pp 6º Roberto Paradeda / Antonio Rosa (RS) 5+2+ (62)+26+(31)+10+13+10+1+3 = 70pp 7º Jose Monteiro / Ronyon Silva (SP) 7+21+4+2+6+(28)+4+(26)+14+19 = 77pp 8º Mario Jesus Jr / Anderson Brandão (SP) (31)+4+15+16+4+1+(23)+20+9+10 = 79pp 9º Felipe Linhares / Marcelo Lopes (SC) 4+17+17+(34)+(25)+3+19+9+7+4 = 80pp 10º Augusto Amato / Constanza Alvarez (ARG) 17+9+9+8+13+(46)+5+11+(20)+12= 84pp
BRASIL BRILHA NO MUNDIAL DE HOBIE 16 O Brasil fez bonito no último Campeonato Mundial de Hobie Cat 16, em Sydney, Austrália Após um início difícil, a dupla brasileira Marcos Ferrari e Caroline Sylvestre velejou em altíssimo nível e concluiu o Mundial de Hobie Cat 16, em fevereiro, na Austrália, em 26º lugar. O feito tem mérito porque foi o mais disputado Mundial da história, com 388 duplas de 27 países. E a dupla galgou impressionantes posições, saindo do 70º lugar para o 38º na fase semifinal, subindo para o 29º na fase final. Depois, conseguiu um sensacional sexto lugar numa das regatas finais, em confronto direto com os primeiros colocados. O pódio foi formado pelos australianos Gavin Colbi/Josie Marks (ouro), Cam Owen/Suzzi Ghent (prata) e pelos franceses Jerome Le Gal/Marcos Iazzetta (bronze). O Brasil também teve os velejadores Cláudio Teixeira/Bruno Reis, em 31º lugar, e Ricardo Halla/Marcela Mendes, em 38º. Marcos Ferrari e Caroline Sylvestre desenvolvem paralelamente campanhas na Hobie Cat, para os Jogos Pan-Americanos de Toronto/2015, e de Nacra 17, para as Olimpíadas do Rio/2016.
A Boat Shopping conversou com exclusividade com a dupla: Como vocês avaliam o resultado deste Mundial? Marcos Ferrari: Foi excelente. Nossa meta era ficar entre as quinze melhores equipes, mas sofremos uma colisão que nos fez perder dez posições. Firmamos esta parceria há apenas dez meses e enfrentamos dezenas de equipes que correm juntas há anos. E ainda superamos outras formadas por ex-campeões mundiais em condições de vento forte, que exigem técnica e estratégias apuradíssimas. Levar o nome do Brasil e de patrocinadores fortes é uma responsabilidade? Caroline Sylvestre: O Brasil é sempre visto com muito respeito pelos atletas estrangeiros. Representar o país é uma honra, um orgulho. O patrocínio da BMW Motorrad, a Lei de Incentivo ao Esporte e o Bolsa Atleta também são fundamentais. Por isso, sempre damos o máximo para retribuirmos o investimento que nos permite igualdade de condições com nossos adversários. Quais são seus planos para as Olimpíadas? Marcos: Vamos participar de eventos internacionais para aumentarmos nosso ritmo de regata. No Brasil treinaremos de hobie na Guarapiranga, em São Paulo. Vamos preparar nosso Nacra 17, na BL3, em Ilhabela, para treinarmos com ventos fortes e correnteza, e, no Rio, na Baia de Guanabara, onde estarão montadas as raias da Vela nos Jogos Olímpicos. Caroline: O próximo compromisso é o Brasileiro de Nacra 17, em maio, em Brasília. Vamos buscar o pódio.
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COLUNA DO NASSEH
QUE TAL USAR
JORGE NASSEH é engenheiro naval, mestre em ciências em engenharia oceânica e CEO da Barracuda Advanced Composites
ADESIVOS?
Cresce a utilização de adesivos para a colagem de peças dos barcos
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utro dia escutei o presidente da maior fábrica de barcos do mundo dizer que os construtores, inclusive ele, deveriam aprender a produzir barcos de uma forma mais eficiente. Somente assim os custos serão reduzidos e mais pessoas poderão sonhar em ter um barco. O sistema produtivo de muitos fabricantes ainda é o mesmo do século passado e o número de horas trabalhadas também. Aumentar a velocidade de construção, com menos gente, é o objetivo do jogo. Talvez um dos pontos mais pesquisados hoje em dia, que casa perfeitamente com esta ideia, é a utilização de adesivos para a colagem da maior parte das peças de um barco. Em construções convencionais as peças são montadas e, depois, laminadas umas contra as outras. O tempo de trabalho e a espera pela cura do laminado reduzem muito a eficiência do processo. Os primeiros adesivos comerciais só apareceram no mercado no final da década de
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80 e, mesmo assim, não havia muita gente com coragem, ou engenharia, suficiente para colar duas peças estruturais de um barco. Tudo era uma “caixa preta” e ninguém sabia da durabilidade da junção. Na dúvida, o melhor era laminar uma contra a outra. A aplicação dos adesivos atuais tornou possível construções mais resistentes e mais leves, permitindo que peças de fibra muito finas e construções extremamente sofisticadas pudessem se valer da utilização de adesivos de comprovada resistência. A teoria da colagem é bem simples de entender. Quando dois materiais devem ser unidos, o composto final resultante possui pelo menos cinco elementos que podem produzir uma falha: material A, interface A, adesivo, interface B e material B. O adesivo correto deve ser o último a quebrar. A falha deve ocorrer nos materiais estruturais primários e nunca no adesivo ou em qualquer interface.
O requisito seguinte é que o adesivo desenvolva tensão suficiente, de modo que a falha não ocorra por falta de coesão do adesivo ou por falta de adesão na interface. Para satisfazer esses requisitos, o adesivo deve possuir boas propriedades mecânicas além de boa flexibilidade. Os dois fatores mais comuns de falha na colagem são o cisalhamento e a delaminação. O teste apropriado para a seleção do adesivo se chama lap-shear, que, basicamente, simula o escorregamento do adesivo entre os planos de dois laminados. O conceito de cisalhamento é interessante, pois pressupõe que um laminado é composto por diversas camadas infinitesimais que somente sentem tensão dentro do seu próprio plano. O laminado começa a fletir quando está sujeito a uma força lateral, cada plano escorrega sobre o seu vizinho. O limite crítico da tensão de cisalhamento é quando o adesivo não aguenta mais segurar os dois planos e quebra. Apesar da flexibilidade ser importante, o adesivo não deve ser muito elástico, especialmente para o uso em estruturas pré-tensionadas, uma vez que o adesivo poderá falhar sobre carga contínua, levando ao colapso eventual de toda a estrutura. A contração é outro problema associado a muitos adesivos. Quando ele se contrai substancialmente, tensões internas são geradas dentro do filme de colagem, enfraquecendo a junção das peças.
A aplicação dos adesivos atuais tornou possível construções mais resistentes e mais leves, permitindo peças de fibra muito finas e construções extremamente sofisticadas Apesar de muitos adesivos poderem cobrir os requisitos necessários de uma forma ou de outra, existem algumas considerações que devem ser levadas em conta na escolha final destes produtos para a construção de barcos. O adesivo deve ser capaz de prover uma colagem de primeira qualidade sobre um longo período de tempo, mesmo quando exposto
à umidade, temperaturas extremas e ataque biológico. Um adesivo para uso interno deve ser pelo menos à prova de água e capaz de suportar temperaturas semelhantes àquelas em que o barco será utilizado. Para o uso externo, estrutural e todas as outras aplicações, um critério mais rigoroso precisa ser aplicado e os adesivos devem ser considerados somente se forem totalmente à prova d’água. Outros aspectos que devem ser considerados pelo construtor incluem a facilidade de aplicação, a necessidade de controle da temperatura, teor de umidade, toxidade e, é claro, o custo. Embora a quantidade de aplicações de adesivos na construção de barcos ainda seja limitada, o número de diferentes produtos no mercado é imenso. Estes são fabricados a partir de uma série de matérias-primas distintas. Quando o construtor estiver em dúvida sobre qual adesivo escolher entre diferentes fabricantes, ele deve optar por aquele oferecido por uma marca com experiência comprovada e uma história de pesquisa e desenvolvimento em adesivos ligados à indústria de construção de barcos.
TESTE Para passar no teste, um adesivo de uso náutico deve possuir boas propriedades mecânicas e flexibilidade, além de ser à prova d’água
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PERGUNTE AO CAPITÃO
MARCO ANTONIO FERRARI CARNEIRO é skipper de veleiros, lanchas e trawlers, instrutor de cursos teóricos e práticos de navegação e segurança marítima
É um
trovão? Há muitos relatos de pessoas atingidas por raios no campo ou na praia, mas poucos envolvendo embarcações de esporte recreio. Mas o que fazer em caso de raios?
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o verão, ocorrem muitas tempestades no fim do dia e, invariavelmente, muitos raios, relâmpagos e trovões as precedem. Por isso, é bom que se entenda melhor como se dá este fenômeno e como se precaver de eventuais problemas a bordo do seu barco. Nessa estação, a evaporação das nossas águas em terra aumenta, gerando uma maior concentração de umidade no ar e, consequentemente, nuvens. Essa massa fica carregada
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eletricamente, principalmente os granizos que, ao se tocarem, alteram sua carga elétrica, ficando na parte mais baixa da nuvem. Ou seja, cargas negativas ficam na parte mais baixa e as positivas, na parte mais alta. Esta diferença propicia que surja uma descarga elétrica de grande intensidade que ioniza ao longo de seu percurso, criando um plasma sobreaquecido, a 30 mil graus, que conhecemos como raio. Este emite uma radiação eletromagnética, da qual parte é vista
sob a forma de luz, mais conhecida como relâmpago. O trovão é o som gerado pela onda de choque pelo aquecimento e subsequente expansão supersônica do ar que foi atravessando por uma descarga elétrica, que já vimos se tratar do raio. Resumidamente, o raio é a descarga elétrica, o relâmpago é o efeito visual e o trovão é o som de todo este fenômeno. Durante a navegação, é preciso ficar atento aos raios, mais perigosos. Com as nuvens carregadas eletricamente, é muito comum a descida de uma faísca ao mar. Quando isto ocorre, as partes mais elevadas emitem uma descarga em direção oposta, produzindo, como dissemos, radiação com luminosidade (relâmpago) e deslocamento de ar (trovão). Segundo a NASA, caem na Terra cerca de mil raios, a cada segundo, provenientes de duas mil tempestades. Para nossa “sorte”, o Brasil é campeão em tempestades e raios. No nosso litoral, do Paraná ao sul da Bahia, existe probabilidade de até 40 tempestades por dia, apesar deste número diminuir quanto mais nos distanciamos da costa. Se você for pego por uma tempestade no mar, não se apavore. Você não será o primeiro nem o último. Eu, por exemplo, certa vez estava navegando perto de Iporanga, no litoral paulista, quando começou uma tempestade em terra. De repente, houve uma descarga de um raio bem próximo à praia e meu sobrinho estava com uma das mãos no estaiamento do veleiro e a outra na água lavando um peixe. Ele sofreu um choque leve, pois, apesar da distância, a descarga encontrou nele o aterramento. Outra vez vinha de Florianópolis quando, no través de Itanhaém, fui pego por uma bela tempestade. A coisa foi feia: parecia guerra de tantos trovões. Outra foi perto do Uruguai, quando não caiu uma gota de chuva e ouvi poucos trovões, mas o céu parecia festa de fim de ano de tantas cores durante as descargas elétricas. Esta é a famosa “chuva de estáticas”. Casos mais graves também já ocorreram, infelizmente, como a do navegador brasileiro que pôs seu barco para fora da água no Caribe e, ao subir no veleiro utilizando uma escada de alumínio durante uma tempestade, sofreu uma descarga, morrendo na hora. Mas isso é uma tremenda fatalidade.
COMO SE PRECAVER CONTRA ACIDENTES COM RAIOS Aterre toda a parte elétrica, guarda-mancebo e mastros do barco. Procure colocar o aterramento indo para o eixo do barco ou nas quilhas (bolinas fixas), no caso de veleiros. Uma eventual descarga passará “por fora da embarcação”, não afetando os tripulantes, desde que não estejam em contato com a água e longe de partes metálicas. Caso seu barco esteja fora da água, deixe a corrente e a âncora tocando o solo. Isto irá aterrar possíveis descargas. Embarcações em carretas também podem ser aterradas com cabos elétricos. Solicite o aterramento caso ele fique em alguma marina. Fique atento à previsão do tempo, mesmo nos dias ensolarados de verão. As mudanças climáticas abruptas acontecem principalmente à tarde, quando ocorre a maioria das trovoadas. Programe seu passeio para voltar antes do período crítico. Navegação próximo a ilhas, serras e fiordes está mais sujeita a raios. Evite estes locais quando o céu der sinais de tempestade. Para saber se uma tempestade pode alcançá-lo é simples. Após ver um relâmpago, conte os segundos até ouvir o som do trovão. Cada 5 segundos do relâmpago até a chegada do som equivale a dizer que você está a uma milha da trovoada. Se este tempo diminuir, significa que ela se aproxima. Se aumentar, ela está se distanciando. Observe também a forma dos relâmpagos. Quando eles se apresentam na vertical, é que a tempestade ainda está se desenvolvendo; quando eles estão paralelos ao mar, significa que a trovada já está passando. Peça a todos que estão na água para subirem a bordo antes da tempestade chegar. Cuidado com escadas de alumínio. Para subir, recomende que se toque com a mão direita abaixo da linha do coração, para evitar problemas de estática. Desligue os equipamentos eletrônicos da embarcação. No caso do rádio, o ideal é desligar os cabos das antenas. Se a tempestade te alcançar, nada de pânico. Instrua a todos para ficarem longe de metais e equipamentos eletrônicos. Se a coisa ficar feia, recomende que as pessoas também fiquem abaixadas. Espere com calma que ela passa. Caso você esteja em uma moto aquática durante uma tempestade, saia imediatamente do mar e se afaste da água. Se a coisa ficar feia, fique agachado de forma a não ser o ponto mais alto da praia. Consulte sempre a meteorologia antes de ir ao mar e fique de olho nas nuvens na parte da tarde e nas noites quentes.
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SOBRE AS ÁGUAS
ANTONIO ALONSO é capitão amador, autor do blog Sobre as Águas, no portal UOL, e jornalista náutico há 10 anos
Palmas ao Brasil
Apesar dos esforços do Brasil, o Comitê Olímpico Internacional manteve a classe Star fora das Olimpíadas do Rio em 2016 Enquanto rolavam as Olimpíadas de Inverno no começo deste ano, na Rússia, o Comitê Olímpico Internacional se reuniu e esfriou de vez as esperanças de quem queria ver a classe Star na Rio 2016. Com a classe que mais medalhas deu ao Brasil fora do jogo, alguns acusaram o país de fazer jogo baixo e burlar regras por conta de interesses próprios. A saída da Star das Olimpíadas do Rio foi uma decisão bizarra, politiqueira, movida por interesses pequenos e uma violência contra o Brasil. Nosso representante na reunião que decidiu a exclusão da Star definiu bem o que significou o ato: “um tapa na cara do Brasil”. Desde então, há mais de quatro anos, o Brasil vem liderando uma batalha silenciosa para reverter a decisão e incluir a Star no programa da Rio 2016. Infelizmente, não funcionou. Que não se confundam os esforços para recolocar
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a Star no programa olímpico com uma tentativa de virada de mesa. Mudanças de classes já aconteceram em outras edições mesmo depois de o COI anunciar a lista definitiva. Aliás, foi uma dessas mudanças que colocou a prancha à vela de volta aos Jogos, no lugar do kite. A Star saiu dos Jogos pelo voto de países sem tradição na Vela, que veem uma vantagem na eliminação de classes que já existem, nas quais as flotilhas são extremamente competitivas. Acreditem, a Star não é lugar para novatos. Boa parte da comunidade internacional estava ao lado do Brasil nessa. Faz parte do espírito e da ética esportiva lutar dentro das regras e com o melhor de sua competência. O Brasil fez isso, em defesa de uma classe que merecia estar lá. O Brasil deu a cara a tapa e lutou limpo e duro. Perdeu, mas fez sua parte. Que a boa luta pela Star continue!
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