SAVEIRO: A HISTÓRIA DO MAIS BRASILEIRO DE TODOS OS BARCOS
ano 10 - número 54 - www.boatshopping.com.br
FAMÍLIA SCHURMANN
parte para nova aventura
COSTA CONCORDIA
Os detalhes da megaoperação de resgate
REPRESA DE GUARAPIRANGA
CAPRI 21 BELEZA AMERICANA
A história centenária da praia do paulistano
ED 54 / R$20,00
BOAT TESTE
TANGO 38 Uma argentina na medida
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BAYLINER 250BR A mais veloz da categoria
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É hora de avançar para um novo patamar. A bordo da Intermarine 95, um superyacht de design majestoso, acabamento impecável e inúmeras possibilidades de customização, cada jornada é uma nova descoberta.
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Sistema IPS. VOCÊ NA DIREÇÃO CERTA. 3 menos consumo. 30% 335% mais eficiência. 440% mais capacidade de cruzeiro. 50% de redução nos níveis de ruído. 17 mil unidades vendidas e mais de 500 modelos de embarcações navengando com IPS pelo mundo.
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Estaleiros que já utilizam o Sistema IPS: SCHAEFER
“Com um desempenho excelente, motores leves, total ausência de ruído, vibração e um baixíssimo consumo de combustível, são sem dúvida um novo marco mundial na indústria de motores marítimos. Além de que, toda manobra com o Joystick se transforma em uma experiência incrível.”
C I M I TA R R A
“O sistema IPS é uma evolução no segmento náutico. Uma tecnologia que vem revolucionando o mercado, agregando uma vantagem competitiva à nossa marca e maior índice de satisfação aos nossos clientes.” Marçal Martins Diretor Comercial
Marcio Schaefer Presidente
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“Com o sistema IPS ganhamos produtividade na montagem e simplificamos nossa logística, pois o pacote completo é fornecido pela Volvo Penta. Nossos clientes perceberam que com IPS as embarcações manobram melhor, consomem menos e têm muito mais conforto à bordo, com o baixo índice de ruídos.”
“IPS, um produto que melhora demais a navegabilidade com grande economia de combustível aliado ao alto desempenho. É surpreendente a capacidade de manobra e velocidade de planeio.”
“Permite um controle da embarcação em manobras de pesca que os motores de centro não permitem. O sistema de posicionamento dinâmico é fantástico, mantém o barco no mesmo local por horas. A maior autonomia permite que nossos clientes pesquem mais longe da costa.”
José A. Galizio Neto Presidente
Marco Garcia Diretor Comercial
Elio Rossi Diretor Executivo
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sumário
boat teste
pelos mares Notícias 22
TANGO 38
A argentina que vai conquistar você 62
Vitrine 30 [CULTURA]
Dicas de filme, livro e música 34
Bayliner 250BR Vale quanto pesa 74
[GRANDES BARCOS]
Intermarine 55 36
Chris Craft Capri 21
[ENTREVISTA]
A beleza americana 86
Luiz Rosenfeld 38 Novo site da Revista Boat Shopping 44
tec boat Coppercoat: Pintura de fundo do barco XX [GLOSSÁRIO]
Flybridge, Minifly e Hard Top 52 Geladeiras de barco 54 [ESPECIALISTA]
Bússolas 58
sempre aqui editorial 18 cartas 20 planeta água 194
terra firme [EVENTO]
Boat Show de Gênova 150 [GASTRONOMIA]
Comida asiática 152 [DESTINO]
COSTA CONCORDIA
A megaoperação de resgate coordenada por um brasileiro 98
GUARAPIRANGA
A história da represa que foi considerada a Riviera do Planalto 110
SAVEIROS
Embarcações históricas 120
ESPECIAL 007
Os barcos do agente secreto mais famoso do cinema 132
BOTES DE APOIO
Um lista com as melhores opções do mercado 144
16
João Pessoa, PB 154 [HOTEL]
Uxua Casa Hotel & Spa 156 [EVENTO]
Almoço Ferreti Group Brasil 160
a bordo Família Schurmann e a Expedição Oriente 164 Notícias da Vela 170
colunas Nasseh 174 Capitão 178 Sobre as águas 182
forb.ag
searay.com.br
editorial
Publisher Caio Marcio Lopes Ambrosio Diretor de Redacão Caio Ambrosio caioambrosio@boatshopping.com.br
Jornalistas Brenda Leão
brenda@boatshopping.com.br
Leandro Portes leandro@boatshopping.com.br
MAIS UMA BOAT SHOPPING FICOU PRONTA e, nesta edição, modernizamos o projeto gráfico da revista – e o que era bom ficou ainda melhor. As seções ficaram agrupadas, o layout é totalmente novo, o que deixou a leitura mais dinâmica. Esse primeiro passo foi dado em busca de um novo conceito editorial que iremos abordar nas próximas edições da revista e que será complementado pelo novo site da Boat Shopping. Nele, você fica por dentro das melhores notícias, fotos e vídeos sobre o que acontece no Brasil e no mundo quando falamos sobre barcos. Montamos uma equipe nova e muitas surpresas estão por vir até o final do ano. Estamos navegando por águas turbulentas durante este ano e nada melhor que aproveitar o momento e dar uma mudada no rumo que seguimos, para então buscar águas calmas no futuro. Esse posicionamento adotado por nós leva a revista a se tornar única no mercado editorial nacional. Aproveitamos aqui para comemorar a marca de 40 mil assinantes online da revista, pioneira em levar suas edições para as plataformas digitais, IOS e Android. Nesta edição, testamos a Tango 38, que volta ao Brasil através da American Boat, já conhecida por importar os barcos da Chris Craft. A Tango demonstrou ser um barco muito agradável de pilotar e tem tudo o que precisa para entrar de vez no mercado nacional. Aproveitamos a oportunidade e testamos a recém-lançada Capri 21, um ícone da Chris Craft, e a sensação de pilotá-la foi indescritível. Finalizando, um sucesso americano que a cada dia conquista mais os brasileiros, a Bayliner 25, que já tem 40 unidades produzidas desde dezembro de 2013. Preparamos ainda alguns especiais nesta edição, com destaque para o resgate do Costa Concordia, realizado por um brasileiro, e fizemos um panorama geral do resgate que entrou para a história da navegação mundial. Falamos um pouco dos 100 anos da represa Guarapiranga em São Paulo, reduto da alta sociedade no passado e que ainda atrai milhares de paulistanos aos finais de semana. Tem muita coisa para ser vista nesta edição, totalmente nova e feita especialmente para você, leitor. Aproveite! Caio Ambrosio Diretor de redação caio.ambrosio@boatinternational.com.br
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Editora de arte Júlia Melo Designers Lygia Pecora Naya Bringuer Colunistas Antonio Alonso, Jorge Nasseh, Marco A. Ferrari Carneiro e Roberto Brener. Colaboraram nesta edição Leonardo Milen (texto), Daniel Ambrosio, Caio Marcio (fotos) e Jéssica Rezende (revisão) Assistentes de produção Guilherme Martins Representante - Região Sul Atanil Wagner Para anunciar ou assinar Tel. (11) 3846-2364 contato@boatshopping.com.br www.boatshopping.com.br Boat Shopping é uma publicação do Boat Brasil Mídia Group (edição 54 setembro/outubro). Os artigos assinados não representam necessariamente a opinião da revista. É expressamente proibida a reprodução ou cópia, de parte ou do todo, de textos e fotos publicados na Boat Shopping sem autorização prévia. Redação e publicidade Rua Helena, 280, Vila Olímpia, CEP 04552-050, São Paulo, SP
Descubra porque esse barco é tão consagrado no mundo todo.
345 CONQUEST
the unsinkable legend
370 OUTRAGE
w w w.b o s t o nwh a l e r . c o m
270 VANTAGE
350 OUTRAGE
270 DAUNTLESS
cartas
[INSTAGRAM] @BOATSHOPPING
“Primeiramente, gostaríamos de parabenizá-los pelo excelente
trabalho que temos o prazer de acompanhar a cada edição da Boat. É notável a maneira que traduzem um conteúdo, muitas vezes técnico, para uma leitura dinâmica e “saborosa.” Não poderíamos deixar de citar a Seção Pelos Mares, na qual tivemos a honra de ter um trabalho nosso publicado, com a cobertura dos nossos lançamentos. Agradecemos muitíssimo o prestígio e reconhecimento.
Direto de Ibiza, nossos amigos estão jantando ao lado do superiate Palladium de 314 pés! Obrigado pela foto! #blohmandvoss #boatinternational
Luciana Vieira – Regatta Tecidos
“Gostaria de parabenizar
toda a equipe pelo formato da matéria, informações técnicas que foram transmitidas de forma simples e de fácil entendimento. O mais legal dessa matéria é que ela desperta e atenta os consumidores a terem um olhar diferenciado sobre os combustíveis, tenho a certeza que muitos vão começar a praticar isso e querer saber cada vez mais como evitar os problemas ligados por este óleo desde a armazenagem até o sistema de injeção/lubrificação. Eduardo Haddad Abutara Teccom
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“Gostei muito da matéria
sobre os maiores barcos do mundo, ela me deu uma noção do real tamanho dos barcos que navegam mundo afora. Será que um dia teremos algum desses bandeirado aqui?
A nova Ferretti Navetta 28 m é um dos destaques do Cannes Yachting Festival, apresentando um novo conceito e tecnologia embarcada que não deixa a desejar. #ferrettiyachts #ferretti #cannes #cannesyachtingfestival
Wagner Bortolotto São Paulo
“Achei muito interessante o teste da GT 26. Tenho barco há alguns anos e é sempre interessante ver um produto novo surgir no mercado de pesca de recreio, apesar que ela serve para tudo. Gostei! Gilberto Nunes Rio de Janeiro
Sunseeker com bandeira de Portugal em Nice, França! O que acham da cor?
pelos mares
Notícias e lançamentos em um giro pelo mundo náutico
VEM AÍ A PRESTIGE 420 No Cannes Yachting Festival, o lançamento é Prestige 420, que está a caminho do Brasil. Nesse modelo, o estaleiro tentou criar no salão ambientes distintos, separados por um degrau que facilita a percepção de mudança de ambiente. No salão principal, uma discreta cozinha dá as boas-vindas, com uma mesa de jantar para quatro pessoas localizada ao lado do comando. O armário sobre a pia da cozinha bloqueia uma considerável entrada de luz no salão. Mais uma vez a Prestige acertou no flybridge, com bom espaço para circulação e conforto. As duas cabines são o ponto alto do barco, sendo amplas para um barco de 42 pés, com destaque para o tamanho dos banheiros, que torna o seu uso muito mais confortável.
NOVIDADE NO MERCADO A Ocean Blue Nautical Parts lançou uma novidade no mercado nacional: uma plataforma lift de popa em inox para equipar barcos com rabeta a partir de 29 pés. O equipamento facilita a entrada e a saída da água de pessoas com dificuldade de locomoção e portadores de necessidades especiais, além da facilidade de embarque e desembarque de botes e motos aquáticas. O equipamento permite à plataforma de popa submergir sem encostar na rabeta, formando um movimento pantográfico. São duas versões com capacidade de carga de 200 kg e 600 kg. Este tipo de acessório só estava disponível, até então, para barcos de maior porte (acima dos 42 pés) e com propulsão IPS ou pé de galinha.
SCHAEFER YACHTS É PREMIADA NO EXTERIOR A Schaefer Yachts recebeu o prêmio de Barco do Ano no Boat Show de Busan, na Coreia do Sul. O estaleiro foi premiado com o modelo Phantom 303 e o presidente do grupo, Márcio Schaefer, esteve presente à cerimônia realizada na própria feira para receber a premiação.
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AZIMUT APRESENTOU A NOVA 50 Entre os destaques do salão francês, o estaleiro Azimut apresentou a nova 50, que deverá substituir a 48. São 3 cabines + 1 para o marinheiro e, no layout, Master e VIP têm cama de casal, enquanto a terceira traz um beliche. O salão principal foi separado da cozinha (posicionada no deck inferior) e é composto por um móvel localizado à esquerda que suporta a TV retrátil, um grande sofá ao lado direito e uma mesa de jantar ao lado do posto de comando. As janelas seguem a linha dos modelos maiores do estaleiro e são mais amplas que as da Azimut 48.
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CATAMARÃ AGUZ MARINE Seguindo a linha de design inovador e navegabilidade, a Aguz Marine inovou mais uma vez e mostrou a primeira imagem do Aguz Cat 55, um catamarã com cerca de 16 metros de comprimento e boca de 7,5 metros. O projeto é assinado pelo estúdio de design italiano Ferragni Progetti e pode ter até quatro opções de layout. Um dos destaques do barco é o flybridge; outro detalhe é a pouca motorização necessária para deslocar o catamarã, que tem uma autonomia estimada para ir de Santos a Salvador sem reabastecimento. O projeto já foi iniciado e o primeiro deverá ser concluído no segundo semestre do ano que vem.
DIVULGAÇÃO
Já imaginou o nome de sua embarcação iluminado durante a navegação noturna? A AcrilMarine, especializada em peças acrílicas para barcos, desenvolveu um letreiro luminoso em acrílico, com LED interno de 16 cores e acabamento premium espelhado. O letreiro já é sucesso nos Estados Unidos e tem tudo para ganhar espaço no Brasil.
A BRP apresentou a nova geração dos motores Evinrude E-TEC. Segundo a marca, o propulsor possui 75% a menos de emissões, 15% mais eficiente no aproveitamento de combustível e com 20% mais torque que os motores quatro tempos. Desenvolvido em faixas entre 200 HO e 300 HP, o novo motor E-TEC G2 possui a primeira estrutura personalizável e controles digitais totalmente integrados. Com isso, o consumidor pode escolher as cores dos painéis laterais, superior e frontal. A garantia do modelo é de cinco anos ou 500 horas sem manutenção programada.
DIVULGAÇÃO
NOVOS MOTORES DE POPA EVINRUDE
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pelos mares
CERTIFICAÇÃO VOLVO PENTA O Intech Boating, em Palhoça (SC), é o primeiro estaleiro brasileiro a receber o certificado de conformidade em instalação da Volvo Penta. O reconhecimento de qualidade foi entregue para quatro embarcações da marca italiana Sessa Marine: F42, C36, C40 e C42. A certificação significa que o estaleiro está aplicando os motores da marca sueca conforme recomendações técnicas e dentro dos padrões de qualidade estabelecidos internacionalmente. Atualmente, a Sessa Marine utiliza motores Volvo da linha IPS 500 ou 600, D4 260 ou 300 HP.
SOFTWARE PARA PILOTO AUTOMÁTICO A Raymarine apresenta software para os pilotos automáticos Evolution, com tecnologia patenteada Hydro-Balance. A tecnologia adapta-se ao sistema de direção do barco, além de compensar o desempenho variável da válvula e a elasticidade do sistema hidráulico (causada pelas bolhas de ar que ficam presas no sistema de direção, na mangueira e tubagem flexível). Para evitar oscilações de rumo, o controle automático mantém um resultado preciso, manutenção de destino sem variações bruscas e oscilações no sistema de leme. Quem já tem um piloto automático Evolution pode atualizar o software.
BOSTON WHALER AUMENTA A FAMÍLIA A Boston Whaler confirmou a produção do novo modelo da linha Outrage, a 420. Esse será o maior barco que a empresa já construiu e manterá o mesmo padrão da linha, podendo vir equipada com até quatro motores com potência entre 1.200 hp e 1.675 hp, sistema de joystick e capacidade para 20 pessoas. Huw Bower, presidente da Boston Whaler, descreveu o barco como “uma combinação perfeita de performance e tamanho”. Segundo especificações divulgadas, o barco terá peso de 13.381 kg, tanque de combustível de 2.271 L e tanque de água de 227 L.
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C42 LANÇAMENTO
C36 C40 F42 C42
Representantes:
Newboat Angra/Frade – (21).2439-2544/ (24).3421-0772
MDNAUTICA Guaruja – (13) 98172.6913
pelos mares
MAIS FORÇA PARA A ECONOMIA DO MAR CATARINENSE O projeto de desenvolvimento sustentável do turismo náutico catarinense, elaborado pelo Sebrae/SC e pela Associação Náutica Catarinense para o Brasil (Acatmar), ganhará força com o termo de cooperação técnica que será assinado em março de 2015. Quem vai subscrevê-lo também será a Assonautica (Associação Nautica Italiana, associada da Acatmar no Brasil). As negociações foram consolidadas durante o último Salão Náutico de Genova, na Itália. O intuito desse termo é acelerar a inovação e a competitividade da economia do mar por meio de capacitações e visitas técnicas especificas para as demandas do mercado náutico nacional. “O Brasil tem muito a aprender com a experiência do mercado italiano e europeu em geral. Nossa proposta é inédita no cenário nacional”, destaca o consultor do Sebrae e da Acatmar, Álvaro Ornelas. Para Leandro ‘Mané’ Ferrari, presidente da Acatmar, “a Assonautica é uma importante entidade que, em conjunto, ajudará no fortalecimento do turismo náutico catarinense”.
Matteo Grinaldi, executivo da Assonautica
CHRIS CRAFT REVELA NOVO BARCO A Chris Craft divulgou as primeiras imagens de seu novo barco, que será lançado no final do mês no Fort Lauderdale Boat Show. Catalina 34 será o maior modelo da linha de center console do estaleiro americano. O modelo apresenta uma boca de 3,63m que será totalmente equipada. C34 poderá receber dois ou três motores de popa e, para a pescaria ou o passeio durar mais,
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foi instalado um tanque de 1.135 litros. A proa do barco fugirá completamente dos modelos tradicionais, se comparada às outras center consoles do mercado. Um enorme solário foi instalado com apoio para os braços e portacopos. Atendendo a pedidos dos proprietários, uma cabine com cama de casal e banheiro. Além de espaço, o cockpit ostenta uma área gourmet.
pelos mares
Novidades da Schaefer Estaleiro catarinense amplia leque de modelos Mais dois barcos da Schaefer acabaram de sair do forno. O modelo 630 apresenta um fly amplo e equipado com área gourmet, propício para o lazer. O convés, por sua vez, representa o que há de mais aconchegante: cozinha completa e sala com sofás grandes, sem abrir mão do espaço. Já o convés inferior dispõe de duas suítes (uma
máster e outra VIP) e dois quartos. Já o 550 traz três quartos no convés inferior, sendo duas suítes – uma máster e outra VIP. O iate apresenta proporções menores comparado ao 630, mas não deixa de lado o conforto. O fly possui um aconchegante sofá e o convés é equipado com cozinha e sala de estar.
630
550
Comprimento Total 18,67 m Boca Máxima 5,00 m Calado 1,18 m Peso Total Seco 30.000kg Motorização 2 x Volvo Penta
D13 900
Tanque de Combustível 2.583 L
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Comprimento Total 17,23 m Boca Máxima 4,96 m Calado 1,36 m Peso Total Seco 24.000 kg Motorização 2 x 760 HP / 2 x Volvo IPS
800-900 HP
Tanque de Combustível 2.200 L
Tanque de Água 750 L
Tanque de Água 750 L
Passageiros 16
Passageiros 16
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O relógio Rolex Deepsea, criado especialmente para a expedição do mergulhador James Cameron para a Fossa das Marinas, já está no Brasil. A viagem resultou no documentário Deepsea Challenge. O mostrador do modelo, D-Blue, tem as cores das profundezas do mar, em um degrade do azul escuro ao preto. www.rolex.com
NO RUMO
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A bússola Contest 101 é uma das mais elegantes opções da francesa Plastimo. Com roda de 100mm retroiluminada por led, o modelo é ideal para o uso em embarcações entre 25 e 45 pés. O produto pode ser encontrado na Velamar
DECORAÇÃO NO BARCO Almofadas de algodão, da coleção Home, de Sérgio K., são ideais para compor qualquer ambiente do iate. Com estampa náutica, as peças podem conferir charme às cabines, suítes, ou até mesmo à praça de popa.
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PARA ELAS Bolsa de praia em estilo naval, da coleção verão 2015 da Trousseau. O modelo é impermeável e perfeito para ser usado no barco ou na praia. A bolsa vem acompanhada de uma bolsinha que serve para guardar documentos ou celulares. www.trousseau.com.br
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12 EM 1 O processo de produção do gim Beefeater 24 requer, no mínimo, habilidade: 12 ingredientes botânicos selecionados passam 24 horas imersos no álcool proveniente dos grãos, que só, então, é destilado. O processo artesanal impõe um aroma limpo e fragrância de cítricos e zimbro. A garrafa rica em detalhes é inspirada na Era Vitoriana. www.beefeatergin.com
PEIXE À VISTA O último lançamento da Garmin é o echo™ 551dv, um avançado localizador de cardumes. A novidade fornece imagens nítidas do fundo do mar a partir de um sonar de varredura de alta frequência, o Garmin DownVü. Com tela 5” e visor VGA de alta resolução, o aparelho conta com suporte de transdutores de 50/200kHz ou 77/200kHz para otimizar o desempenho em água doce ou salgada.
PREPARO RÁPIDO A KitchenAid traz ao Brasil um novo modelo de chaleira elétrica. Rápida e silenciosa, ela é capaz de aquecer 1,7 litros de em pouco mais de 8 minutos. Com o visor digital é possível acompanhar a temperatura interna de líquidos, como leite, água e caldos. Ideal para quem precisa de praticidade a bordo. www.kitchenaid.com.br
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PRÁTICA A Supflex, em parceria com o caçador de ondas Carlos Burle, desenvolveu a prancha inflável Supflex by Carlos Burle, projetada com uma estrutura em policloreto de vinila flexível. A espessura de 14 cm promove maior flutuação e o comprimento de 325 cm facilita a agilidade dentro da água.
O Spin Chill é um resfriador de bebidas portátil alimentado por pilhas que gela a bebida em apenas 60 segundos. O produto gela latas e garrafas 20 vezes mais rápido e não agita o líquido. Criado em 2013 pelos americanos Ty Parker e Trevor Abbott, Spin Chill chega ao Brasil e pode ser comprado pelo site. www.spinchill.com
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RONALDO ISOLDI
MEIA-NOITE EM PARIS Escrito e dirigido por Woody Allen, a comédia romântica foi lançada em 2011. Gil (Owen Wilson) é um escritor e roteirista americano que vai com a noiva Inez e a família dela a Paris, cidade que idolatra. Ele realiza, sozinho, vários passeios noturnos quando descobre que, surpreendentemente, ao badalar da meia-noite, é transportado para a Paris de 1920, época e lugar que considera os melhores de todos. Nessas “viagens”, conhece inúmeros intelectuais e artistas que admira, como F. Scott Fitzgerald, Ernest Hemingway, Salvador Dalí, dentre outros.
Luiz Rosenfeld é presidente da Suzuki Veículos e da Zonda Boats, estaleiro responsável pela construção do veleiro HPE25 e HPE30.
[CD]
THE VERY BEST OF A-HA Depois de 9 álbuns lançados, vários shows ao redor do mundo e mais de 36 milhões de álbuns vendidos, o ano de 2010 marcou o 25º aniversário da banda A-ha e último ano de carreira do trio norueguês. Por isso, eles lançaram um CD duplo edição Deluxe, que inclui 38 músicas de sucesso da banda, como “Take On Me”, “The Sun Always Shines On TV” e “Cry Wolf”.
“Curto muito ouvir rock
contemporâneo. A-ha é um dos meus preferidos, com destaque para o álbum The Very Best of A-ha. Tenho como trilha sonora favorita a música ‘Come as you are’, do Nirvana”.
“Gosto de filmes para me divertir e que fazem me desligar um pouco da rotina, além de preferir comédias em geral. Nesse caso, ‘Meia-Noite em Paris’, de Woody Allen, é um dos melhores atualmente”.
[Publicação]
PPB A revista norte-americana PPB (Professional Boat Builder) é escrita e editada por construtores navais, empresas de reparação, projetistas e topógrafos. Ela se concentra em materiais, design e técnicas de construção e soluções de reparação escolhidos por profissionais marinhos. Artigos técnicos oferecem exemplos detalhados do mundo real para melhorar a eficiência e a qualidade do seu trabalho.
“As publicações da PPB costumam trazer matérias técnicas interessantes e ligadas à construção naval, tema que me atrai bastante”.
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pelos mares grandes barcos
INTERMARINE 55
O barco ideal de sua época A Intermarine 55 inspirava e mexia com a imaginação de quem estava a bordo apreciando o dia com família e amigos
OS BARCOS offshore sempre foram desejados pelas pessoas que gostam do mundo náutico. A possibilidade de atingir velocidades acima do comum é um desejo do homem por sua natureza – e foi exatamente isso que a Intermarine 55 proporcionou na época em que foi lançada. Além de ser uma offshore esportiva, ela combinava os dois mundos em um só. Para aqueles que queriam sentir o que era navegar em uma offshore com 2.160 hp de potência, ele era o barco ideal, aliado às rabetas de superfície Mondrive, que o faziam atingir a veloci-
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dade máxima de 54 nós e incríveis 46 nós em velocidade de cruzeiro. No entanto, se você buscava o conforto que os barcos não esportivos ofereciam, ela também era perfeita, pois contava com uma configuração com uma ou duas cabines, sala ampla e banheiro. A Intermarine 55 foi desenvolvida pelo renomado design brasileiro Luis de Basto, que conseguiu unir o melhor dos dois mundo em um barco rápido. Ele prezou pelo conforto a bordo sem abrir mão da esportividade, e isso é sentido assim que se embarca na offshore de 55 pés. A plataforma de popa se integra
muito bem aos degraus construídos para acessar o interior do cockpit; dois solários foram instalados para manter as caraterísticas esportivas; além disso, uma espécie de aerofólio também foi incorporado ao projeto, garantindo ainda mais esse apelo. O cockpit é grande e tem um sofá em “L” a boreste, logo atrás do banco do piloto, com uma mesa na frente e, do lado de bombordo, mais um sofá com um móvel com a pia, geleira e um armário. Dois bancos completam o ambiente, o do piloto com dois lugares e mais um outro para mais uma pessoa sentir a velocidade e o vento no rosto.
Ficha técnica Comprimento 17,14 m (56’ Total 23” ) Boca Máxima 3,60 m (11’ 81” ) Calado 1,20 m (3’ 94” ) Peso Total Seco 15 t Motorização 3 x Mercedes-
Benz de 720 hp (cada)
Velocidade 54 nós Máxima Velocidade de 46 nós Cruzeiro
Equipada com três motores Mercedes-Benz de 720hp, a embarcação entrega a velocidade máxima 54 nós e 46 nós em velocidade de cruzeiro
Tanque de 2000 L Combustível Tanque de Água 600 L Cabines 2/1 Leitos 2/4 Projeto Luiz de Basto
Designs
www.intermarine.com.br
O posto de comando é uma área à parte. O barco é equipado com três motores Mercedes de 720 hp cada um. Desta maneira, a quantidade de relógios de instrumentos impressionava qualquer um, além do câmbio de engate dos motores. Caminhando em direção à cabine, o interior vai na contramão da esportividade, pois os barcos rápidos nunca prezaram pelo conforto interno. Ela é muito bem desenvolvida. Descendo as escadas, no lado de boreste, você encontra uma pequena cozinha com espaço para duas geladeiras, micro-ondas e, por ter espaço na parede, alguns
instalaram a TV. Dois sofás com uma mesa e um banheiro completam o interior social do barco. A cabine máster fica na proa, com uma cama em V e mais um banheiro exclusivo para o proprietário. A Intermarine 55 ainda é um barco muito desejado pelos amantes da náutica no Brasil, tanto que foram produzidas apenas 26 unidades e é bem difícil encontrar uma para vender no mercado. Seu sucesso no passado ainda desperta o desejo quando vemos alguma navegando por nossas águas. Seu design e a esportividade de suas linhas não saíram de moda.
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pelos mares entrevista
“Trabalho com carros, mas minha paixão está na água” Aos 61 anos de idade, Luiz Rosenfeld tem fôlego de adolescente para ser o presidente da Suzuki Veículos e exercer sua paixão por fabricar barcos na Zonda Boats. Por Leandro Portes
E
ngenheiro de formação, Luiz Rosenfeld traz no sangue o amor por carros e barcos. Atualmente é presidente da Suzuki Veículos do Brasil e tenta resgatar o prestígio e a credibilidade de uma marca que sempre foi sinônimo de valentes automóveis. Atuou em todos os segmentos do automobilismo, sendo até piloto profissional. Em 1979, tornou-se engenheiro da Ford na área de desenvolvimento de produtos. Anos mais tarde, voltou ao automobilismo e conheceu Eduardo Souza Ramos (conselheiro e ex-presidente da Mitsubishi Motors do Brasil), onde uniu com o amigo as duas paixões citadas. Com 15 anos de idade,
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comprou com muito esforço seu primeiro barco. Aos 35, largou um emprego estável e ficou dois anos velejando (dos quais, seis meses, sem nenhuma companhia no barco). “Foi a melhor coisa que fiz na vida. Quando você está sozinho no mar, aprende a se suportar, porque não tem quem culpar caso algo errado aconteça”, relembrou a época com algumas histórias e o brilho nos olhos. De uns anos para cá, concilia os compromissos profissionais da Suzuki (que patrocina a vela no Brasil) com projetos nos mares: gerencia o estaleiro Zonda Boats, acabou de lançar o barco HPE30 e trabalha para fomentar o interesse das pessoas nesse tipo de embarcação.
FOTOS: ALE SOCCI GREENPIXEL
1 Como nasceu o interesse pela vela? Vem desde criança. Meu pai tinha barco pequeno, praticava mergulho e amava o mar. Depois que partimos para barcos maiores, cabinados, começamos a viajar. Havia poucas pessoas com barcos, mas os que possuíam, amavam aquilo, conheciam sobre o assunto. Todos se respeitavam. Éramos uma tribo.
2 E sua paixão por veículos 4x4 surgiu
na mesma época?
Sim. Meu pai também gostava muito de automóvel e a garagem de casa era uma oficina completa (consertávamos motor, fazíamos funilaria e pintura). Eu cresci ajudando-o a desmontar carburador, fazer limpeza etc. Tínhamos sítio com trator, onde a primeira experiência ao volante acontecia nessas máquinas.
3 Qual a importância da vela? Na França, vela está no currículo escolar. Crianças ficam sozinhas no barco e lidam com diversas situações. Com isso, se desenvolvem rapidamente e aprendem instintivamente sobre física, equilíbrio (você usa os cinco sentidos para velejar), contato com o mar, respeito à natureza e fica muito mais autônomo. O esporte tem uma contribuição imensa para a formação das pessoas, como espírito de equipe, competitividade, noções de segurança, entre outras habilidades.
A Suzuki apoia a vela no Brasil, através das regatas da Copa Jimny
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pelos mares entrevista
4 O Brasil não forma jovens nesse setor? Somos privilegiados porque podemos velejar o ano inteiro. Países em que é possível praticar a atividade alguns meses por ano entendem e dão ao esporte uma importância extrema para a formação. Aqui não há essa importância. A escola alemã Humboldt é uma das únicas no Brasil que promove e incentiva as crianças a velejarem.
5 Como nasceu o projeto do barco HPE25? Em 2001, Eduardo Souza Ramos tinha o sonho de fazer uma classe de barcos oceânicos. Após alguns encontros com ele e Felipe Furquim – que nos apresentou o grande projetista argentino Javier Soto Acebal –, decidimos fabricar o modelo desenhado por Soto. O empecilho seguinte foram os moldes, que não tínhamos. Felipe, então, os encomendou de Marco Landi (que criou os primeiros moldes da embarcação) e começamos a produzir os primeiros exemplares dentro da empresa HPE (divisão da Mitsubishi responsável pelos carros de rali e de alta performance). Lá fizemos até o modelo 18, mas paramos porque Eduardo assumiu o conselho da montadora e eu me ausentei da Mitsubishi devido a um problema de saúde. Após um ano, retornei e decidi fazer algum projeto com barcos, algo que me daria prazer. O Eduardo, então, me ajudou.
6 Assim surgiu a Zonda Boats? Sim, montamos a empresa juntos para criar uma lancha especial (Zonda 42) e retomar o HPE25. Depois de um tempo, o mercado automotivo passou por dificuldades e Eduardo teve que desviar os esforços para a montadora. Decidi, então, tocar a empresa em Indaiatuba, SP, e foquei em fabricar os barcos. Passado cerca de seis anos, ele me ligou e contou a ideia de trazer a Suzuki de volta, me oferecendo o projeto. Retornei para o mundo do automóvel em 2010, mas não larguei o estaleiro.
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Como estão o estaleiro e os projetos da Zonda?
Casco do HPE30 prima pela segurança e longevidade
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Mantemos a Zonda Boats por paixão. Quando criamos o Zonda 42, talvez tenha sido fora de época para o mercado. Teve mais repercussão no exterior do que aqui. Atualmente, estamos trabalhando também em uma versão cabinada do inflável de 32 pés (o Zonda 32).
ALE SOCCI GREENPIXEL
9 Quanto tempo leva para construir o barco? 8 Qual a diferença do HPE25 para o HPE30? Nós já tínhamos na HPE25 algumas premissas, como possuir quilha móvel (devido à estabilidade), ser seguro (que suporte um contravento de 25 nós, por exemplo) e não ter o preparo físico da tripulação como fator determinante em uma competição (um menino de 20 anos de idade e um velejador de 55 anos estão no mesmo nível).Então criamos o HPE30 para aumentar a massa crítica e atrair adeptos para o esporte. Ele nasceu em cima dessas mesmas premissas. A ideia é complementar, ter um leque maior de barcos para expandir a classe. O sonho é aumentar o HPE25 (hoje temos 56 modelos na água, mais um barco pronto) e adicionar o HPE30. Acredito que esse barco pode mudar a cara da vela no Brasil. Ele tem uma concepção (do projeto ao processo produtivo) de compromisso inteligente, não utiliza carbono, kevlar no casco. O HPE30 possui uma construção que terá longevidade, custo-benefício e performance.
Ainda é difícil dizer. Fizemos o primeiro barco, velejamos cerca de 70 horas de teste, voltou para o estaleiro e o desmontamos para fazer uma avaliação de como se comportou. Estamos com mais cinco barcos em produção. Até o terceiro barco, vamos calibrar. O segundo modelo está programado para acabar no final de outubro, com um total de três meses de produção. Já o terceiro deve cair para dois meses e temos um potencial para criar um barco por mês, dependendo da aceitação e investimento. Não queremos atropelar o processo.
A lancha Zonda 42, a primeira criação da Zonda Boats
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Como foi a primeira aceitação do HPE30 em Ilhabela?
Que elementos do mundo automotivo você consegue trazer para a criação de barcos?
Foi muito bem. Todos que viram o barco e velejaram ficaram impressionados. Eu invisto no processo produtivo e o Eduardo, por ser apaixonado no assunto, ajudará no investimento inicial para termos as primeiras regatas
Foco em peso, estrutural. E o automóvel, ao longo do tempo, utiliza materiais semelhantes na fabricação, como plásticos e Composites. Acredito que cada vez mais esses dois produtos vão se aproximar. Para mim, sempre foi muito próximo.
11 Qual será a tripulação ideal para ele?
14 Como está a Suzuki após esses
Tentamos estabelecer um peso máximo, em torno dos 400 kg (não travar em número de tripulantes), de forma que naturalmente fique em cinco pessoas. Se for uma tripulação feminina, subiria para seis pessoas.
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Como surgiu a ideia de fazer a Copa Suzuki de Vela? A Mitsubishi sempre patrocinou a vela. Certo momento, ela migrou para criar a Mitsubishi Cup e continuamos o apoio para o Iate Clube e as regatas pela Suzuki. Hoje a Mitsubishi está envolvida na semana de vela e a Suzuki nas outras etapas. Temos que apoiar o esporte.
primeiros anos de retorno ao Brasil?
Está bem, esse ambiente de automóvel é muito hostil. Somos pequenos, estamos cumprindo a meta devagar, temos 35 mil veículos Suzuki na rua. Fabricamos uma média de 2.500 Jimny por ano. É um mercado de nicho.
15 Qual o objetivo do Swift Sport, novo carro da marca?
Ajudar a formar a imagem da marca. Não é volume. Se vendermos 100 carros por mês, estaremos felizes. A Suzuki é forte nos outros países, principalmente na Ásia. No Brasil, ainda não emplacou. É difícil resgatar a confiança do consumidor mas, aos poucos, isso está mudando.
Com boa aceitação desde que surgiu, o HPE30 contará com os esforços de Rosenfeld e Eduardo Souza Ramos para ter as primeiras regatas
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tec boat O raio-X do seu barco
Pintura de fundo Coppercoat, com 10 anos de garantia de eficácia do produto, substitui a pintura anual do barco pela manutenção de limpeza PINTAR O FUNDO do barco faz parte dos itens de manutenção necessários para manter a embarcação em condições perfeitas de uso. Quando este momento chega, pode ser, algumas vezes, motivo de dor de cabeça para alguns proprietários, principalmente na hora de encontrar uma tinta de fundo anti-incrustante com o melhor custo-benefício. Normalmente, é necessário pintar o fundo do barco uma vez por ano. Entretanto, a Coppercoat garante duração de 10 anos de eficácia – desde que sejam seguidas as regras de aplicação e limpeza. Importada da Inglaterra, a tinta ganhou o prêmio “Eco Friendly Businees”, que classifica os produtos que menos agridem a natureza, no Boat Show de Xangai. Como o Coppercoat é feito à base de água, cobre 100% puro e epóxi, cria-se uma
O produto está em fase de teste pela Boat Shopping. Daqui seis meses vamos levantar o barco novamente e dizer para vocês, leitores, a situação do casco depois do Coppercoat.
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barreira física que não solta na água e não é corrosivo. A marca mantém o número de certificado da HSE e cumpre as regras da Organização Marítima Internacional (IMO) para não causar dano à biologia marinha. O produto pode ser aplicado em barcos de fibra, madeira, aço, ferro, ferro-cimento, concreto, alumínio. Não há nenhuma restrição de superfície. Porém, se a embarcação já tem tinta de fundo, é necessário retirá-la totalmente para usar o Coppercoat. O produto foi desenvolvido para ser aplicado diretamente no gel. Se for necessário usar o removedor, é imprescindível o uso de um primer de isolamento e aderência. O recomendado são quatro demãos da tinta. Cada litro cobre 16 m². “A cobertura da tinta é maior. O que a gente tem que aplicar no fundo do barco são 200 mícron
Nova fórmula para todos
[de espessura]. Então, na maioria das vezes, são quatro demãos”, explica Marcos Agra, presidente da Coppercoat do Brasil. Depois do barco de volta à água, a manutenção é fundamental para a eficácia do produto: a cada 30 dias, durante os primeiros meses, o casco deve ser limpo com uma bucha abrasiva, que ajuda a ativar o cobre para o ambiente não ficar apropriado para a craca. A tarefa anual de pintura será trocada por uma lavagem a cada 12 meses. Duas características importantíssimas do Coppercoat é a barreira antiosmose e, se a embarcação ficar fora d’água, independentemente do tempo, a validade e eficácia do produto não serão perdidas. As vantagens de manter o casco limpo e longe de craca é o aumento de velocidade em rotações mais baixas.
Em 2001, a IMO (Organização Marítima Internacional) criou a Convenção Internacional sobre Controle de Sistemas Anti-Incrustantes Danosos em Navios (AFS), que tem como propósito reduzir ou eliminar os efeitos nocivos ao meio ambiente marinho e à saúde humana, causados por sistemas anti-incrustantes. A convenção entrou em vigor internacionalmente em 2008 e, em 2012, foi aprovada, no Brasil, pelo Congresso Nacional. Com a proibição do uso de estanho e bronze nos produtos, algumas marcas encontraram muitas dificuldades para se adaptar à norma.
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Antes de iniciar todo o processo é fundamental lavar o casco para retirar toda a craca
É imprescindível subir o barco
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Proteção das partes de metal com papel e plástico, como eixo, hélice, flaps, ferragem e passarela hidráulica
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tec boat
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Passando removedor químico
Casco já raspado: o máximo que o removedor conseguiu retirar
Casco lavado e pronto para a tinta antiga ser retirada
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Lixando o casco para retirar o restante da tinta
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8 Depois de lixado, lavar com água e sabão
Casco lixado
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Passar o primer de isolamento e aderência. O produto demora cerca de dois dias para secar
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Depois do primer seco, lixar o casco
13 Depois da tinta seca é necessário lixar o casco para ativar o cobre. O tempo de cura para o barco voltar à água é de 72h
A tinta tem secagem rápida e vem em kits, que devem ser preparados um por vez, já que o pote life é de 40 minutos, aproximadamente. Entre os componentes, a resina de epóxi e o pó de cobre devem ser misturados
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Depois de um ano na água, o produto fica esverdeado devido a oxidação do cobre da água.
A manutenção correta é fundamental para a eficácia do produto. No primeiro ano, de 30 em 30 dias, mergulhar e passar uma bucha corrosiva no casco para tirar o limo e ativar mais o cobre. Depois dos 12 meses, o processo deve ser feito de 6 em 6
O processo de aplicação foi realizado por Cidomar cidopintornautico@hotmail.com F. (13) 9162 0652
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tec boat glossário
O QUE É...
FLYBRIDGE, MINIFLY E HARD TOP? Esteticamente ou de forma funcional, esse espaço tem sua importância no barco, conheça as diferentes áreas e as aproveite da melhor maneira
OS BARCOS TÊM diferentes usos para as pessoas: alguns gostam mais de aproveitar o sol no alto do flybridge, outros preferem navegar com o teto aberto e, há pouco tempo, alguns estaleiros nacionais estão usando o conceito do minifly. Ele já é muito difundido em outros países, com o nome de Sundeck, e continua deixando o barco com jeito esportivo, mas esconde uma área para tomar sol e pilotar o barco.
Afinal, qual será o melhor para você? Essa pergunta pode ser respondida pensando na maneira que você vai usar o barco ou no seu perfil. O flybridge é clássico, deixa o barco imponente; o minifly está integrado ao barco, cumpre muito bem a função que lhe foi destinada; e o hard top ou HT, como muitos usam, é o barco mais esportivo, com a sua principal característica, o teto que abre. Mas então, por definição, o que seria cada um deles? Hard Top: Teto rígido da embarcação que se transforma em teto solar. Ele pode ser de fibra, vidro ou lona.
Flybridge: uma área aberta, acima do cockpit, usada para pilotar a embarcação e utilizada, também, como área de lazer.
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Minifly (Sundeck): área aberta, acima do cockpit, integrada ao design do barco, que serve para pilotar a embarcação ou tomar sol.
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A geladeira do barco Para seu passeio a bordo ocorrer como planejado, alguns itens necessitam de uma atenção especial. E a geladeira não pode ser esquecida. Saiba como escolher o melhor modelo para ficar frio durante a aventura Consultoria Técnica: Eduardo Duarte, da Elber Geladeiras
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onservar alimentos, bebidas geladas e produtos perecíveis é sempre uma preocupação na hora de programar o passeio de barco. A geladeira, portanto, é o item que deverá estar preparado para funcionar com a embarcação em movimento, suportando condições adversas e continuar em ativa quando o barco estiver parado. Assim como quando retomar a navegação. Abordamos, aqui, os principais tipos de geladeiras disponíveis no mercado hoje.
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Como única fabricante no Brasil, a Elber fornece modelos para os principais estaleiros do país, que vendem os barcos com elas já instaladas. Mas o que se vê, no entanto, é a falta de informação sobre qual seria a melhor opção para o proprietário. GELADEIRA 110 OU 220 VOLTS
Uma geladeira comum de 110 V foi encontrada no barco do Sr. Lauri Finardi. Ele sempre procura ancorar em locais que dis-
GELADEIRA A GÁS
No caso das geladeiras que utilizam Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), ou gás de cozinha, apesar do bom funcionamento, é sempre necessário tomar alguns cuidados, especialmente com o risco de fogo. Uma situação incômoda que acontece em viagens é quando a chama do aquecedor do gás é apagada velo vento, e isso somente é percebido quando todo o conteúdo da geladeira foi descongelado. Segundo a Elber, esse tipo de geladeira não é mais produzida no Brasil e o problema ocorre porque foi desenvolvida para operar em residências rurais e sem corrente de ventilação.
Antes de escolher uma geladeira para o seu barco, leve em consideração alguns fatores, como temperatura ambiente e funcionamento a bordo GELADEIRAS À BATERIA DE 12 OU 24 VOLTS
ponham de tomada elétrica de energia para ligar no barco e funcionar a geladeira. Quando navegando, a geladeira funciona com um inversor que transforma energia de 12 V das baterias para 110 V da geladeira. Neste caso, o principal problema enfrentado é quando o barco está parado sem conectar à energia, pois geladeiras com inversor consomem muita bateria e, em poucas horas, não há mais carga. “Quando se trata desta aplicação com inversor, o consumo médio para uma geladeira de 80 L fica em torno de 9 a 15 A. Com isso, em pouco tempo a bateria acaba”, disse Álvaro Shaefer, coordenador técnico da Elber Geladeiras.
Na hora de especificar a geladeira para a embarcação, é necessário levar em conta uma série de fatores. Primeiro, ela deve funcionar em qualquer condição: com a embarcação parada e também em movimento. Segundo: a temperatura ambiente. Com a embarcação fechada e exposta ao sol, a temperatura no interior pode chegar aos 55°C. Isto requer um bom isolamento térmico e sistema de refrigeração apropriado para esta aplicação. Terceiro e mais importante: deve funcionar com baixo consumo de energia das baterias em 12Vcc ou 24Vcc e permitir receber energia da rede elétrica de 110V ou 220V, quando conectada no píer. As geladeiras que funcionam diretamente ligadas na bateria normalmente são desenvolvidas para serem instaladas em barcos e já levam em consideração todas as situações mencionadas. Atualmente, é a melhor opção de geladeira.
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tec boat
Elas possuem o menor consumo, pois são dimensionadas e ajustadas para cada aplicação. O consumo médio de uma geladeira de volume aproximado de 80 L fica em torno de 3 Ah/h. Isto permite o funcionamento por até 24 horas com o motor da embarcação desligado e sem prejudicar a sua partida. As geladeiras equipadas com compressor hermético Elber de 12 ou 24 Vcc possuem uma unidade eletrônica que controla todo o funcionamento, tornando-o silencioso, com menor consumo, e ainda possuem um sistema que protege a bateria do barco contra perda de carga. Este modelo possui, também, isolamento térmico adequado para calor no interior do barco e as grades internas são desenvolvidas para não permitir que os produtos caiam com a embarcação em movimento. Outra grande vantagem é a possibilidade de funcionar com painéis solares, que alimentam as baterias da embarcação.
Econômicas e resistentes Com diferentes tamanhos e capacidade, a geladeira náutica é um ítem obrigatório em seu barco. Escolha a opção que mais lhe agrada: ELBER Com experiência em geladeiras para veículos desde 1887, a Elber, há mais de 15 anos, equipa barcos com geladeiras sob medida de 12 e 24 volts. O modelo GN 56, em inox escovado, tem capacidade para 56 litros. Preparada para ligação em 12v direta da bateria, a geladeira possui módulo protetor de bateria e controle de temperatura com termostato de 5º a -8º.
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Geralmente, embarcações de 30 pés ou menos não possuem geladeiras instaladas e os proprietários utilizam caixas térmicas para refrigerar os produtos dentro do barco. Para isso, a Elber disponibiliza um kit que transforma a caixa em uma minigeladeira. O equipamento possui placas “envolventes” que fazem gelo em seu interior e refrigeram o restante da caixa de gelo.
ISOTHERM A Isotherm prima pela alta performance, tecnologias exclusivas da marca e fácil instalação. Pensando no mínimo consumo de energia e resistência, a marca faz produtos com maior camada de isolamento para menor consumo de energia. O design também é um detalhe importante: porta, painel e puxadores podem ser customizados, além da luz interna de LED azul.
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A U-Line produz geladeiras, freezers (juntos ou separados) e geladeiras-gaveta, com acabamento requintado e alta produção de gelo – sem a necessidade de drenos. De aço inoxidável ou preto, o produto pesa entre 53 e 54kg e produz cera de 8kg de gelo por dia com armazenamento de 6kg. Ao ligar a geladeira, a corrente máxima é de 18A e o consumo contínuo é de 2,5A.
228 A sensação de liberdade, do vento no rosto e a potência do motor são indescritíveis
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tec boat especialista
MANTENDO O RUMO Se “Navegar é Preciso”, saber o rumo é fundamental
Roberto Brener é engenheiro da Electra Service e expert em equipamentos elétricos e eletrônicos para barcos
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C
onsiderada por alguns a invenção mais importante depois da roda, a bússola, que chegou na Europa no século 13, revolucionou o comércio mediterrâneo e deu início à Era das grandes navegações. Até hoje não há provas que o suposto inventor da bússola, o italiano Flavio Goia, tenha, realmente, existido. Não se sabe ao certo de quem foi a ideia de deixar uma pedra de minério de ferro ionizado indicar o norte. Estudiosos acreditam que os chineses foram os primeiros a explorar o fenômeno. De acordo com alguns escritos chineses, as primeiras bússolas foram utilizadas por volta de 850. A invenção foi, então, espalhada pelo mundo por astrônomos e cartógrafos. A bússola foi desenvolvida através dos séculos e um avanço considerável foi conseguido quando se descobriu que uma fina peça de metal poderia ser magnetizada, esfregando-a com o minério de ferro.
Desde cedo, o homem descobriu que, para navegar com o auxílio das cartas náuticas, havia sempre um “erro” a ser corrigido nas leituras das bússolas e que esse erro variava de lugar para lugar. Na verdade, o norte magnético, para onde a agulha aponta, não se situa exatamente no Polo Norte definido pelo meridiano. A declinação existe porque o Polo Norte e o polo magnético não coincidem. Esta declinação varia conforme o local do mundo. Em certas zonas do Canadá ultrapassa 40 graus, mas, por exemplo, na Escandinávia, é desprezível. Em Portugal, cerca de 7° e, na região Sudeste do Brasil, cerca de 20°. Os navegadores passaram a chamar o rumo que as agulhas magnéticas marcam, em relação ao Polo Norte magnético, de Rumo Magnético e o rumo, em relação ao Polo Norte verdadeiro, de Rumo Verdadeiro. A diferença entre os dois é a declinação magnética.
A Rosa dos Ventos, que podemos ver nas cartas náuticas, informa a direção entre os pontos do mapa. Os rumos podem ser lidos de 000° a 360° no sentido horário. Na carta náutica, pode-se traçar uma linha reta entre o ponto de partida e o ponto de chegada de sua rota por meio de uma régua paralela de navegação. Se transferirmos esta linha reta até o centro da Rosa dos Ventos da carta, obtemos a leitura do Rumo Verdadeiro. No Brasil, devemos acrescentar a declinação magnética da área, que também pode ser obtida da carta, e, então, o Rumo Magnético a ser seguido usando a bússola. Hoje, poucos são aqueles que usam a bússola, a carta náutica e a régua paralela para navegar. É uma pena, pois essa, ainda, é a maneira mais segura e barata de fazê-lo. A eletrônica tirou um pouco do romantismo da navegação, mas trouxe uma variedade de equipamentos que nos ajudam a manter o rumo para onde quer que estejamos navegando.
Escolha a melhor maneira de ter essa informação RATE COMPASS FLUXGATES: A EVOLUÇÃO DAS FLUXGATES Agregam precisão às bússolas eletrônicas, corrigindo erros decorrentes da aceleração dos movimentos de navegação. A expressão Rate Compass vem do sensor de aceleração centrífuga, que mede a tendência da embarcação mudar de rumo (Rate Of Turn). Em embarcações rápidas ou que naveguem em condições severas de mar, este tipo de dispositivo permite que os pilotos automáticos mantenham a velocidade com a qual corrigem o rumo inalterada. Da mesma forma que as Fluxgates convencionais, este dispositivo é sensível ao campo magnético da terra e não deve jamais ser instalado no interior de embarcação de aço.
FLUXGATE Talvez o mais simples equipamento eletrônico para determinar o rumo. Uma pequena bússola magnética que transforma sua leitura em sinais elétricos e envia este sinal para pilotos automáticos instalados em pequenas embarcações. É um equipamento de precisão limitada e deve ser sempre instalado próximo à linha d’água e ao centro de gravidade da embarcação para evitar variações de leitura devido ao movimento. O aparelho fornece somente o Rumo Magnético e não é recomendável de forma alguma para instalação no interior de embarcações de aço.
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tec boat especialista
Qual equipamento usar em barcos com casco de aço? Em embarcações de aço, a distorção do campo magnético da terra é enorme e nenhuma fonte de Rumo Magnético pode ser usada. Outros artefatos não dependem do campo magnético da terra para poder determinar o norte. GIROBÚSSOLAS Em 1852, Léon Focault inventou o giroscópio, que consiste essencialmente em uma roda livre, ou várias rodas, para girar em qualquer direção e com uma propriedade: opõe-se a qualquer tentativa de mudar sua direção original. Por exemplo, ao girar a roda de uma bicicleta no ar e tentar mudar a direção de seu eixo bruscamente, percebe-se uma enorme reação. As girobússolas: a própria rotação da terra faz com que essas rodas se alinhem na direção dos polos indicando o norte verdadeiro com razoável precisão, uma vez que a latitude e a velocidade da embarcação afetam levemente este alinhamento. As girobússolas são equipamentos obrigatórios em qualquer navio. São artefatos profissionais. A manutenção requer certa disciplina e raramente são desligadas, pois um alinhamento completo e preciso com os polos pode levar de 3 a 4 horas.
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GPSCOMPASS São bússolas baseadas no princípio do GPS. O princípio de funcionamento é baseado na medição do tempo entre emissão dos sinais de três ou mais satélites do sistema de GPS e a recepção das suas antenas a bordo. O ideal para o perfeito funcionamento do GPSCompass é que suas antenas sejam instaladas da forma mais livre possível de qualquer obstáculo entre as mesmas e os satélites. O funcionamento ótimo se dá quando há leitura simultânea de cinco satélites bem posicionados. Este equipamento é uma ótima alternativa de fonte segura e confiável de Rumo Verdadeiro para a embarcação de lazer.
boat teste Tango 38
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TANGO 38
A ARGENTINA QUE VAI CONQUISTAR VOCÊ
PRODUZIDO NO PAÍS VIZINHO E COM BARCOS DE 38 A 95 PÉS, A TANGO YACHTS RETORNA AO BRASIL PARA MOSTRAR UM MODELO DE 38 PÉS COMPLETO DE FÁBRICA, EQUIPADO COM DUAS CABINES FECHADAS E DOIS BANHEIROS Por Caio Ambrosio
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boat teste Tango 38
O
estaleiro argentino Tango Yachts desembarca novamente no Brasil por meio da American Boat e, dessa vez, veio para ficar. A empresa já esteve no Brasil com a SMD / Le Mon Group, que apresentou o barco para o mercado nacional em 2013. Nessa oportunidade, foi realizada uma coletiva de imprensa na qual conhecemos a Tango nos seus mínimos detalhes, e o barco agradou muito por ter “apenas” 38 pés e possuir duas cabines e dois banheiros. Agora, ela retorna com uma nova proposta, mas com a mesma embarcação, que traz linhas modernas e únicas no mercado. Ao embarcar na Tango 38 já nos deparamos com o tamanho da plataforma de popa e os itens que ali foram instalados. Nota-se a ausência do espaço gourmet, como temos aqui no Brasil, mas ao abrir uma tampa, que está bem integrada ao desenho do barco e ocupa quase toda a popa, encontramos pia, espaço para tábua de carnes e uma churrasqueira elétrica. Em seguida nos deparamos com a praça de popa, um lugar que chama atenção pelo tamanho e área de circulação. Uma mesa com sofá compõe o ambiente, que ainda tem espaço para colocar duas cadeiras grandes no lado oposto da mesa. O acesso ao flybridge é feito por uma peça única de inox com madeira, deixando a escada com um acabamento refinado. O flybridge é uma área que foi bem pensada no barco, acomoda com tranquilidade seis pessoas sentadas e a posição de pilotagem e todos os equipamentos foram bem posicionados. Chegando ao cockpit, notamos a luminosidade natural devido às grandes janelas laterais e à disposição interna beneficiada com essa amplitude. Dois sofás deixam o ambiente aconchegante, o de boreste é complementado por uma mesa. O posto de comando fica um degrau aci-
ma do cockpit e o design aplicado se destaca por si só. Todos os equipamentos e relógios ficaram muito bem posicionados e a visualização é bastante simples. Dois degraus abaixo está a cozinha, completa de série, beneficiada por ficar bem embaixo do para-brisa e ganhando bastante luz natural. Por ser no nível inferior, o pé-direto alto e a sensação de espaço aumentam ainda mais o ambiente. Por fim, os dois quartos e os dois banheiros. Detalhe pouco visto em barco desse tamanho, impressiona o pé-direito dos banheiros, ambos com mais de 1,90 m. A cabine de hóspedes tem duas camas de solteiro ou uma de casal e a suíte máster tem muito espaço de armazenagem e um banheiro com 1,98 m de altura.
A cozinha é completa de série, vem com todos os equipamentos e tem o pé direito alto, pois fica bem embaixo do para-brisa e é bem iluminada naturalmente.
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A sala tem a opção de vir com um sofá no lugar do móvel da TV, mas sem ele, o ambiente fica mais espaçoso e facilita a circulação interna.
O diferencial da Tango 38 são os dois banheiros com mais de 1,90 m de altura. Acima, o de convidados e uso comum, e abaixo, o banheiro da suíte máster
A suíte máster tem bastante espaço para armazenamento e duas grandes janelas laterias, o destaque fica para o banheiro com 1,98 de altura.
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boat teste Tango 38
NÚMEROS DA NAVEGAÇÃO: ECONÔMICA RPM
Velocidade (nós)
Consumo (litros)
Milhas/ Litro
Litros/ Milha
Autonomia (MN)
Autonomia (horas)
2800
23,7
70
0,39
2,56
363
13 A Tango 38 em regime de cruzeiro atinge a marca de 363 milhas náuticas, distância suficiente para ir com folga de Florianópolis até Ilhabela.
CRUZEIRO RPM
Velocidade (nós)
Consumo (litros)
Milhas/ Litro
Litros/ Milha
Autonomia (MN)
Autonomia (horas)
3000
26,2
80
0,38
2,66
350
12
RPM
Velocidade (nós)
Consumo (litros)
Milhas/ Litro
Litros/ Milha
Autonomia (MN)
Autonomia (horas)
3600
33,6
118
0,33
3,05
305
8
Equipado com a parelha de Volvo Penta D4 300, a Tango gasta apenas 40 litros hora cada motor, desta maneira o barco atinge 12 horas de autonomia.
MÁXIMA
10 5
0
A parelha de motor leva a Tango a 33,6 nós ou 38,7 milhas, ótimo desempenho para um barco que pesa 9.500kg gastando 118 litros hora.
12,3” 15
20
Aceleração Ficou na medida, nem muito rápido e nem muito devagar: 13,3 segundos para um barco de quase 10 toneladas é uma marca excelente. Os dois motores Volvo Penta D4 300 empurram a Tango com certa facilidade.
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CONDIÇÕES DO TESTE A avaliação foi realizada na Baía da Babitonga, em Joinville (SC). O dia estava ensolarado, com temperatura chegando aos 29°C e sem vento. A embarcação testada estava com 400 L nos tanques de combustível e 200 L no tanque de água.
A autonomia é avaliada com o tanque de combustível na sua capacidade máxima. Atenção: por segurança, os passeios devem considerar, obrigatoriamente, uma reserva de 20% da capacidade total do tanque, do ponto de partida até o próximo ponto de abastecimento. A navegação em cruzeiro econômico é a mais eficiente medição para um barco de passeio, porque considera o melhor consumo da embarcação de acordo com a proposta do seu casco e o conjunto motorização/propulsão.
DETALHES DO BARCO:
O flybridge é espaçoso e acomoda tranquilamente 06 pessoas com conforto, além do sofá e posto de comando, ele conta com um amplo solário.
A churrasqueira do barco é elétrica e tem um espaço exclusivo desenvolvido pra ela no espaço gourmet do barco. Basta ligar na tomada e pronto.
O acesso a proa é tranquilo e tem espaço de sobra, o passadiço lateral tem boa distância de passagem com o segura mão na lateral do flybridge.
A mesa de apoio fica presa nas costas do banco do posto de comando do flybridge. Ela foi incorporada na mesma peça e quase não da pra nota-lá.
Um detalhe que não passa desapercebido são os cunhos da Tango 38, além de deixar esteticamente mais bonito, eles suportam muita tensão devido ao tamanho.
Como ela é completa de fábrica, ela já vem com o guincho elétrico instalado na proa, o compartimento é dividido por uma caixa que não encosta na corrente.
Mesmo com a escada de acesso ao flybridge na praça de popa, ela é muito grande e merece elogios, pois tem espaço para acomodar todos a bordo.
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boat teste Tango 38
A Tango 38 responde rápido aos comandos, tem a praça de popa grande e navega muito bem. Com dois quartos, dois banheiros, cozinha com pé direito alto e uma sala aconchegante, ela é uma boa opção na faixa dos 38 pés
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DESEMPENHO NA PRÁTICA A Tango 38 cumpre o que promete? Foi uma surpresa muito boa navegar na Tango 38, pois vendo de fora d’água, já se tem uma ideia de como ela se comporta no mar. Com um V profundo, bem acentuado e com a proa lançada, ele se mostrou um barco navegador que corta as ondas com muita tranquilidade. O barco foi testado na baía da Babitonga,conhecida por suas águas calmas e, ao mesmo tempo, traiçoeiras, mas pudemosapurar o desempenho com condições fáceis de navegação. Ela demorou 13,3 segundos para planar e com 9,5 toneladas, se mostrou muito ágil para um barco deste porte. Agilidade é o seu ponto forte, pois você sempre tem a Tango 38 na mão, responde muito rápido aos comandos e apresenta um eixo de curva bem fechado que não cavita em velocidades maiores.
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boat teste Tango 38
IMPRESSÕES AO NAVEGAR: CONFORTO: Com duas cabines e dois banheiros com mais de 1,90 m em 38 pés, o conforto foi realmente pensado e levado a sério nesse barco. A disposição interna e os ambientes bem divididos o deixam mais aconchegante. Ainda existe mais uma opção de cama na sala, basta descer a mesa. O pé-direito do salão e, principalmente, da cozinha é alto e a luminosidade toma conta do ambiente.
INOVAÇÃO:
CONSTRUÇÃO:
Nesse quesito, foi utilizada a domótica, sistema inteligente que se comunica eletronicamente com as luzes, sistema central, ar-condicionado, eletrônicos e eletrodomésticos. Isso se traduz em mais confiança e um sistema único para controlar o barco.
A construção é feita através do sistema Lean Manufacturing, que otimiza o processo operacional e entrega os materiais mais rápido, além de seguir todos os padrões de qualidade internacional. Ele faz uso misto de fibra e compósito. O barco foi desenvolvido para ser exportado.
SEGURANÇA: Como já mencionado sobre as normas internacionais que o barco segue, ele é bem seguro em todos os aspectos. A fiação é bem feita, com cabo estanhado, e um sistema de anti-incêndio vem de série no compartimento dos motores, muito bem construído.
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DESEMPENHO: Com a parelha Volvo Penta D4 300 instalada e de série, ele teve um belo desempenho em todos os quesitos analisados, especialmente na velocidade de cruzeiro econômico, navegando a 27 MN e consumindo apenas 70 L/H, com autonomia de 363 MN e 13 horas de navegação, um número que pode ser considerado na decisão final do comprador.
PILOTAGEM: Aqui podemos dividir em duas posições, devido ao flybridge. Lá do alto não teve nenhum problema, mas o banco é fixo e uma pessoa com pernas maiores pode ter que procurar uma posição mais confortável para navegar, mas não que isso seja um defeito. No cockpit, o painel se destaca pela beleza e facilidade de ver todos os instrumentos e a posição é ergonomicamente correta.
ACABAMENTO: Está dentro do esperado da construção argentina. Eles são artesãos e constroem barcos há muitos anos. Ficou tudo dentro do padrão para um barco que segue normas internacionais e foi desenvolvido para ser exportado. Tudo foi muito bem feito e não foi notada nenhuma falha no acabamento.
SEU BOLSO: A Tango 38 vem completa e quase sem opcionais para serem instalados. Em todos os pontos analisados se comportou muito bem e teve alguns quesitos que se destacam mais, lembrando que o barco tem 38 pés. Nessa faixa de tamanho, não há muitos concorrentes com a mesma proposta e o valor final é de R$ 1.400.000,00.
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boat teste Tango 38
O MELHOR USO A Tango 38 é um barco na medida para você? É um barco para a família passar momentos únicos a bordo. Ele tem conforto e espaço para um belo final de semana no mar. Com os padrões de qualidade seguindo as normas internacionais de construção e um avançado sistema automatizado, além de ser completa de fábrica, a Tango 38 deixa qualquer pessoa tranquila em relação a um barco produzido na Argentina. Eles são artesãos e construtores de barcos há anos e isso se reflete muito bem no acabamento e cuidado de construção apresentado no barco. Seu uso pode ser diurno, para finais de semana a bordo, festas e muita alegria com os familiares e amigos.
WATER
FUEL
COZINHA
PLATAFORMA • • •• • • • • • • • • • •
SOLARIUM
SALON WATER
FUEL
POSTO DE PILOTAGEM
COZINHA
PLATAFORMA • • •• • • • • • • • • • •
SOLARIUM
SALON
FUEL
WATER
FUEL
POSTO DE PILOTAGEM
COZINHA
PLATAFORMA • • •• • • • • • • • • • •
SOLARIUM
SALON
FUEL
POSTO DE PILOTAGEM
FUEL
FUEL
Ficha técnica
SOLARIUM
SOLARIUM
PLATAFORMA • • •• • • • • • • • • • •
FLYBRIDGE
FUEL
Comprimento Total 11,68 m Boca Máxima 3,75 m
SOLARIUM
SOLARIUM
PLATAFORMA • • •• • • • • • • • • • •
FUEL
FUEL
FLYBRIDGE
Calado 0.8 m Peso Total Seco 9.500 kg
SOLARIUM
SOLARIUM
PLATAFORMA • • •• • • • • • • • • • •
FUEL
FLYBRIDGE
Motorização 2xVolvo Penta D4 300 Velocidade Máxima 33,6 nós
TERMOTANQUE
PLACARD
M.W.
TANQUE GAS OIL
Bba.Potable 3.7 GPM
+
VOLVO PENTA D4 300 DPH
+
SALA DE MAQUINAS
+
-
+
0,25 m3
PLACARD
M.W.
CAMAROTE PRINCIPAL CAMAROTE INVITADOS
Cabines 2
•••• • • • • •••• • • • •
COZINHA
Tanque de Água 200 L
DUCHA
+ +
SALA DE MAQUINAS
TANQUE GAS OIL
TERMOTANQUE
TANQUE DE AGUA POTABLE 460 L ANAFE ELECTRICO
M.W.
TANQUE GAS OIL
PLACARD
Bba.Ach. 2000 GPH
CAMAROTE INVITADOS
+
+
+
GENERADOR 7,5 Kw / 220 VCA / 60 Hz
+
-
SALIDA DE EMERGENCIA PIQUE DE PROA 0,25 m3
PLACARD
CAMAROTE PRINCIPAL Bba.Potable 3.7 GPM
-
VOLVO PENTA D4 300 DPH
PIQUE DE PROA
Bba.Ach. 2000 GPH
TANQUE GAS OIL
VOLVO PENTA D4 300 DPH
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ANAFE ELECTRICO
TERMOTANQUE TANQUE GAS OIL
Bba.Potable 3.7 GPM
GENERADOR 7,5 Kw / 220 VCA / 60 Hz
-
SALIDA DE EMERGENCIA
TANQUE DE AGUA POTABLE 460 L TANQUE GAS OIL
VOLVO PENTA D4 300 DPH
VOLVO PENTA D4 300 DPH
Tanque de Combustível 960 L
DUCHA
+
GENERADOR 7,5 Kw / 220 VCA / 60 Hz
-
+
•••• • • • •
COZINHA
VOLVO PENTA D4 300 DPH
-
Velocidade de Cruzeiro 26,2 nós
ANAFE ELECTRICO
FUEL
SALA DE MAQUINAS
• • •• •• ••• •• •• •• •
COZINHA
DUCHA SALIDA DE EMERGENCIA
TANQUE GAS OIL TANQUE DE AGUA POTABLE 460 L TANQUE GAS OIL
PLACARD
Bba.Ach. 2000 GPH
CAMAROTE INVITADOS
TANQUE GAS OIL
PIQUE DE PROA 0,25 m3
CAMAROTE PRINCIPAL •••• • • • •
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A
boat teste Bayliner 250BR
Bayliner 250BR VALE O QUANTO PESA
MESMO COM QUASE 2 MIL QUILOS, A BAYLINER 250BR SE MOSTRA RÁPIDA, ESTÁVEL E MANOBRÁVEL. COM DESIGN JOVEM E ATRAENTE, A EMBARCAÇÃO ESTÁ PRONTA PARA CONQUISTAR SEU ESPAÇO NO MERCADO NACIONAL Por Caio Ambrosio
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boat teste Bayliner 250BR
D
escrever uma Bayliner é um trabalho complicado até para o mais cético conhecedor de barcos, pois eles já constroem e produzem barcos que fazem muito sucesso mundo afora, há muito tempo. Todos os detalhes e conceitos foram vistos e revistos ao longo do tempo para aperfeiçoar melhor o produto. Passado esse período e com a instalação da fábrica em Joinville, um
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modelo de sucesso chegou ao nosso país: a Bayliner 250BR, que já tem 40 unidades entregues no Brasil desde novembro de 2013. Construída no mesmo padrão de qualidade americano, ela está sendo fabricada aqui no Brasil e caiu na graça dos brasileiros. Homologada para 11 pessoas, tem espaço para acomodar todos sem problemas. Começando pela popa, já podemos notar a plataforma
A Bayliner 250BR é um barco muito robusto e bem construído. Ao colocar o manete pra baixo, você realmente sente do que ela é capaz
um pouco diferente: tem-se a impressão de duas em uma, tem um solário para uma pessoa e, para a diversão ficar completa, duas caixas de som foram instaladas. O cockpit é composto por um amplo sofá em C e duas poltronas giratórias que integram o ambiente e todos podem compartilhar do mesmo momento a bordo. Para complementar, uma mesa pode ser colocada entre os bancos. O banco do piloto foi instalado de forma ergonomicamente correta – e isso se aplica diretamente na posição de pilotagem a campo de visão dos instrumentos do motor. No banco do passageiro, um porta-
-luvas foi instalado e você pode guardar seus objetos pessoais durante o passeio. A proa da Bayliner 250BR foi desenvolvida para o máximo de diversão a bordo. Quando o sofá em U não for utilizado, pode-se colocar um complemento entre os bancos, formando mais solário, com um excelente tamanho para um barco de 25 pés. Embaixo de todos os bancos tem espaço para guardar os itens principais do barco e outros lugares foram desenvolvidos especialmente para os itens esportivos, como, por exemplo, prancha de wakeboard e esqui, além de um espaço direcionado para o cooler.
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boat teste Bayliner 250BR
NÚMEROS DA NAVEGAÇÃO: ECONÔMICA RPM
Velocidade (nós)
Consumo (litros)
Milhas/ Litro
Litros/ Milha
Autonomia (MN)
Autonomia (horas)
3000
22,33
31,3
0,82
1,22
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6 O consumo da Bayliner 250BR equipada com o potente motor Mercury 5.7 se mostrou uma ótima surpresa, mesmo sendo à gasolina.
CRUZEIRO RPM
Velocidade (nós)
Consumo (litros)
Milhas/ Litro
Litros/ Milha
Autonomia (MN)
Autonomia (horas)
3600
29,19
41,8
0,80
1,24
152
5
RPM
Velocidade (nós)
Consumo (litros)
Milhas/ Litro
Litros/ Milha
Autonomia (MN)
Autonomia (horas)
5000
46,92
85
0,64
1,57
120
2
Em cruzeiro ela tem uma autonomia moderada devido ao tanque de combustível ser pequeno, mas mesmo assim ela tem 05 horas de autonomia.
MÁXIMA
10
5,6” 5
0
15
20
Aceleração Pesando 1.701 kg e equipada com o motor Mercruiser MAG 350 5.7L e 300 HPs, a Bayliner 250BR planou em apenas 5,60 s, um número expressivo para um barco com esse peso.
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A velocidade máxima ficou em 46,92 nós ou 54 milhas por hora. Um barco muito rápido para seu peso e tamanho, mas com pouca autonomia nesse regime de uso.
CONDIÇÕES DO TESTE O teste foi realizado nas águas da Baía da Babitonga, em Joinville (SC). O dia estava ensolarado, com temperatura marcando 27°C, sem vento. Não havia ondas no local, pois o teste foi realizado dentro da baía, mas o barco pode usar as ondas produzidas por um de 38 pés que deu apoio no dia.
A autonomia é avaliada com o tanque de combustível na sua capacidade máxima. Atenção: por segurança, os passeios devem considerar, obrigatoriamente, uma reserva de 20% da capacidade total do tanque, do ponto de partida até o próximo ponto de abastecimento. A navegação em cruzeiro econômico é a mais eficiente medição para um barco de passeio, porque considera o melhor consumo da embarcação de acordo com a proposta do seu casco e o conjunto motorização/propulsão.
DETALHES DO BARCO:
Em frente ao banco do passageiro, instalaram um porta-luvas para você guardar seus objetos pessoais enquanto navega
Em ambos os lados, o solário abre para acessar o motor, esse espaço é grande e facilita qualquer manutenção que deva ser feita
O acesso é bem simples e um sofá em U com porta copos foi instalado na proa, além das caixas de som que animam o ambiente
A caixa de âncora tem um ótimo tamanho e fácil acesso para soltar o ferro na água, você pode fazer essa manobra apoiado no banco
Para se proteger do sol, a Bayliner vem equipada com uma capota que cumpre bem seu papel e deixa o solário livre para aproveitar o dia
A mesa fica guardada sob o solário, no lado de bombordo. Foi desenvolvido um lugar exclusivo pra ela quando não está em uso
Todo o desempenho que o barco apresentou durante o teste, deve-se ao motor Mercury MAG 350 5.7 300HPs. Esse é o conjunto ideal pro barco
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boat teste Bayliner 250BR
Em todos os aspectos e medições, a Bayliner 250BR se mostrou uma ótima opção no mercado nacional. Com um design e linhas modernas, ela está pronta para atender qualquer exigência do consumidor brasileiro
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DESEMPENHO NA PRÁTICA A Bayliner 250BR cumpre o que promete? O modelo testado estava equipado com o motor Mercury MAG 350 5.7L 300HPs, com meio tanque de combustível e meio tanque de água. Ela pesa 1.701 kg e concluímos que o conjunto testado é o ideal para este barco, pois os números alcançados e a maciez realmente foram pontos favoráveis para esta pequena guerreira. A velocidade de cruzeiro econômico ficou na casa das 25 milhas por hora, gastando apenas 31,3 L/H; o cruzeiro ficou na faixa de 33,6 milhas por hora, gastando 41,8 L/H. Em ambas velocidades você terá mais de 150 milhas de navegação garantidas. A Bayliner 250BR cumpriu com muito mérito todos os testes aos quais foi submetida. Se a ideia para seu uso for como primeiro barco, ela com certeza irá trazer bons momentos para todos a
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boat teste Bayliner 250BR
IMPRESSÕES AO NAVEGAR: CONFORTO: O conforto na Bayliner 250BR é um exemplo de como o estaleiro pensou no uso do barco, pois vários itens podem ser armazenados sob os bancos, há um local para guardar os brinquedos de água, como esqui, wake ou boia, a facilidade de acessar o motor, enfim, tudo foi pensado no melhor uso para o dono do barco. Os dois solários são muito bons e a posição de pilotagem deixa o barco ainda mais gostoso de pilotar.
INOVAÇÃO: Nesse quesito, podemos citar a proa do barco que se transforma em um enorme solário, ou seja, o segundo no barco, pois ele já tem um na popa. Como item opcional, pode ser instalada uma escada na proa, que facilita o embarque e desembarque na praia.
CONSTRUÇÃO: A Brunswick segue todas as normas de construção em suas embarcações, tais como YCCA e USCG, normas internacionais que também se adequam aqui no Brasil. A fiação é estanhada e codificada por cores, que deixam a manutenção bem mais simples.
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SEGURANÇA:
ACABAMENTO:
Por seguir todos os padrões exigidos pelo mundo, este quesito é preenchido com tranquilidade. Durante a navegação, o barco se mostrou muito seguro e em nenhum momento foi notada qualquer adversidade.
O acabamento da Bayliner 250BR é muito bom e está dentro das normas seguidas lá fora e que também são utilizadas aqui no Brasil. A configuração do barco integra muito bem todos a bordo, o que deixa o passeio mais prazeroso.
PILOTAGEM: A posição de pilotagem ficou boa e todos os instrumentos do motor estão dentro do campo de visão. O aparelho de som também está no posto de comando e bem integrado no painel do barco. O design colaborou para tudo funcionar em perfeita harmonia.
DESEMPENHO: O desempenho do barco superou a expectativa durante o teste. A lancha se mostrou bem versátil e apta para encarar qualquer condição. O cruzeiro econômico ficou em 25,7 milhas, gastando apenas 31,3 L/H, com uma autônima de 6 horas de navegação, que poderia ser mais se o seu tanque fosse um pouco maior.
SEU BOLSO: Produzida aqui no Brasil, a Bayliner 250BR é bem equipada de série e tem poucos opcionais para serem instalados. Com motor Mercruiser 350 MAG de 5,7L e 300HPs, sai por R$ 161.640,00.
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boat teste Bayliner 250BR
O MELHOR USO A Bayliner 250BR é um barco na medida para você?
Ficha técnica Comprimento 7,55 m Boca 2,59 m Calado 0.91 m (rabeta)
0,46 m (casco) Peso Total Seco 1.701 kg Motorização Mercury MAG 350
5.7 L 300 HPs Velocidade Máxima 46,92 nós Velocidade de Cruzeiro 29,19 nós Tanque de Combustível 189,3 L Tanque de Água 40 L Passageiros 11
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Ela pode ser usada de diferentes maneiras, pois se mostrou um barco muito estável e gostoso de pilotar. Se esse for o primeiro barco, você, com certeza, vai adquirir um produto de alta qualidade para começar a desbravar o litoral do Brasil e ela pode ser a sua companheira ideal para aproveitar esse momento de descontração com a família e os amigos. Caso este não seja o seu primeiro barco, você vai notar a diferença nos detalhes e, principalmente, como se porta no mar. Na faixa dos 25 pés temos diversas opções no mercado, mas o que a Bayliner 250BR traz de bagagem deve ser considerado na hora de adquirir o produto. Nesse caso, pode ter certeza de fazer um bom negócio. Vale quanto pesa.
Prepare-se para o verão. Seguro náutico para 04 meses
Novos seguros para a comunidade náutica Embarcações com até 30 anos (Em madeira, aço, alumínio e bra)
Embarcações Comerciais Botes Ináveis
Embarcações de 31 a 100 anos (Clássicas)
RC Marinas (coberturas especiais) Motos Aquáticas (Jet Ski)
Matriz: Rua Silva Jardim, 838- Florianópolis/SC (Sede do Iate Clube Veleiros da Ilha) Contato: nautico@rkrseguros.com.br (48) 3333-3636
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boat teste Capri 21
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CHRIS CRAFT CAPRI 21
BELEZA AMERICANA RECÉM-LANÇADA NO MERCADO NACIONAL, A CAPRI 21 TEM EM SEU DNA A ESSÊNCIA DOS BARCOS DO PASSADO, MAS COM A MODERNIDADE DO FUTURO. ELA AGUÇA A IMAGINAÇÃO E, POR ONDE PASSA, DEIXA QUALQUER UM ADMIRANDO SUA BELEZA Por Caio Ambrosio
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boat teste Capri 21
A
joia americana, como muito gostam de chamar, Chris Craft lançou a Capri 21, um barco totalmente vintage de 21 pés. E já temos duas unidades aqui no Brasil. Viajamos para Joinville para conhecer melhor essa novidade. A Chris Craft é admirada por muitos amantes do mar por tudo o que ela representa e pelo seu visual antigo e clássico, mas construída com o que há de mais moderno em tecnologia. Os padrões impostos pela empresa em acabamento e quali-
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dade são visíveis quando você chega perto do barco. O uso da madeira, os estofados, a pintura e todos os detalhes passam por uma rigorosa inspeção antes do barco deixar a fábrica. Ela é feita por um funcionário que trabalha há mais de 35 anos na empresa e conhece todos os modelos Chris Craft como ninguém. A Capri 21 chama atenção pela proa diferente dos padrões atuais dos barcos: ela complementa o estilo retrô com o moderno utilizado neste modelo. O embarque é feito
pela plataforma de popa e o acesso ao cockpit é simples e prático, basta tirar a almofada central do solário e um corredor em madeira deixa o caminho livre para chegar aos bancos. O solário de popa é enorme e tem espaço para três pessoas tomarem sol com tranquilidade. O cockpit é distribuído no mesmo formato de um carro, um banco para três pessoas atrás e dois assentos na frente. O sofá para três pessoas e os dois assentos giratórios, que integram muito bem o ambiente, são construídos para durar, pois antes de finalizar o acabamento, a Chris Craft sela a espuma com um plástico a vácuo e
depois é aplicado o tecido impermeável, ou seja, você dificilmente terá problemas com o seu estofado. Entre os dois assentos foi instalado um paiol para âncora. O painel de instrumentos da Capri 21 é um show à parte. Ele é construído em inox, todo perfurado e com os relógios do motor no centro, que garantem ainda mais esportividade para o modelo. Em frente ao apoio dos pés, tanto do piloto ou do outro assento, dois paióis foram instalados e mais espaço foi adicionado ao barco. Lá é possível guardar um par de esquis, cooler ou o que mais você precisar.
A Capri 21, além de ser um belo barco, tem todos os requisitos de construção e acabamento de barcos de maior porte e detalhes únicos da Chris Craft
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boat teste Capri 21
NÚMEROS DA NAVEGAÇÃO: ECONÔMICA RPM
Velocidade (nós)
Consumo (litros)
Milhas/ Litro
Litros/ Milha
Autonomia (MN)
Autonomia (horas)
2500
19,46
23,24
0,84
1,19
108
6
Velocidade (nós)
Consumo (litros)
Milhas/ Litro
Litros/ Milha
Autonomia (MN)
Autonomia (horas)
26,11
31,49
0,83
1,21
107
4
RPM
Velocidade (nós)
Consumo (litros)
Milhas/ Litro
Litros/ Milha
Autonomia (MN)
Autonomia (horas)
5000
47,32
85,92
0,55
1,82
71
2
Apesar do tanque de combustível ter 129L, no regime econômico o barco mostrou que tem autonomia para um dia inteiro a bordo, alcançando 108 milhas náuticas ou seis horas de navegação.
CRUZEIRO RPM
3000
Na velocidade de cruzeiro foi alcançada a marca de 26,11 nós ou quase 30 milhas gastando apenas 31 litros hora, ótima marca para um barco de 1.800kg equipado com um motor à gasolina.
MÁXIMA
10 5
0
4,52” 15
20
Aceleração O motor Volvo Penta V8 de 320 HP levou o barco do 0 até o planeio em 4,52 s, uma marca dentro do esperado devido à relação peso x potência do barco.
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O conjunto equipado com o motor Volvo Penta 5.7 de 320HPs atingiu a velocidade de 47,32 nós ou 54,45 milhas na velocidade máxima. Um barco que não é só bonito, mas também navega em alta velocidade.
CONDIÇÕES DO TESTE A avaliação foi realizada na Baía da Babitonga, em Joinville (SC). O dia estava ensolarado, com temperatura chegando aos 29°C e sem vento. O barco estava com os tanques de combustível e de água cheios.
A autonomia é avaliada com o tanque de combustível na sua capacidade máxima. Atenção: por segurança, os passeios devem considerar, obrigatoriamente, uma reserva de 20% da capacidade total do tanque, do ponto de partida até o próximo ponto de abastecimento. A navegação em cruzeiro econômico é a mais eficiente medição para um barco de passeio, porque considera o melhor consumo da embarcação de acordo com a proposta do seu casco e o conjunto motorização/propulsão.
DETALHES DO BARCO: A saída do escapamento da Capri 21 é equipada com um sistema esportivo e silencioso, basta acionar um botão que você ouve a potencia do motor
O tanque de combustível é pequeno e tem apenas 129L, mas garante uma boa autonomia no regime de cruzeiro, podendo atingir até 6 horas de navegação
O sistema de som adotado no barco é um sistema Hi-end de alta definição, desta forma, a qualidade sonora a borda esta garantida
Os pequenos detalhes dão ao barco a essência da marca Chris Craft e com a buzina não foi diferente, que foi incorporada ao design do barco
Mesmo sendo um barco pequeno, ele dispõe de vários itens que deixam o barco mais confortável e os porta-copos estão bem posicionados
Ela não é apenas beleza e pode ser usada na prática de esporte, como o esqui que tem um local especial para guarda-lo
O painel de instrumento é um detalhe que a marca leva á serio: o uso do inox com o gel preto no fundo, ressaltam a beleza do conjunto. Ainda tem espaço para guardar objetos pessoais
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boat teste Capri 21
DESEMPENHO NA PRÁTICA A Chris Craft Capri 21 é um barco para você apreciar os bons momentos da vida, mas não é apenas um clássico para ser admirado. Vem equipada com um motor Volvo Penta V8 com 320HP que leva a Capri aos 47 nós ou 54 milhas por hora na velocidade máxima. Um desempenho excelente para um barco de 21 pés. Em regime de cruzeiro, a 3.000 rpm navega a 26 nós ou 30 milhas por hora, gastando apenas 31 litros/hora. Ou seja, tem uma autonomia de cinco horas de navegação, tempo suficiente para aproveitar um belo dia a bordo.
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O prazer de pilotar uma Chris Craft nos remete diretamente à época que foram construídas em 1874, quando Chris Smith estava colocando motores em barcos
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boat teste Capri 21
IMPRESSÕES AO NAVEGAR: CONFORTO: O conforto a bordo da Capri 21 deve ser destacado. Todo o acabamento e o uso da madeira, além dos detalhes no tecido, deixam o barco muito aconchegante. O solário de popa é muito grande e tem espaço para três pessoas tomarem sol tranquilamente, os bancos têm a espuma do assento e encosto selada e o tecido é impermeável. O painel chama atenção pelos detalhes em inox perfurados. Tudo isso combinado gera um sensação única de conforto a bordo, mesmo num barco de 21 pés.
CONSTRUÇÃO:
SEGURANÇA:
Todos os barcos da Chris Craft são produzidos na sua unidade de Sarasota (Flórida, USA). Além dos anos de experiência na construção de barcos, eles seguem os mais rigorosos padrões impostos pela marca, pois todo modelo produzido leva o nome da Chris Craft em seu costado.
Toda fiação elétrica está bem posicionada e identificada, o compartimento do motor e tudo que está dentro dele tem fácil acesso e, caso aconteça alguma coisa, um extintor de incêndio fica bem visível. Os demais quesitos estão de acordo com os padrões internacionais, pois ela é exportada para todos os continentes.
INOVAÇÃO: Neste quesito, não temos muito o que destacar, por ser um lançamento e um barco de pequeno porte, não coube muitas inovações tecnológicas. Ele tem o DNA de uma Chris Craft, com o design moderno e um motor com 320HP.
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DESEMPENHO: O desempenho da Capri 21 ficou dentro do esperado para um barco com o seu porte, atingiu a velocidade máxima de 54 milhas por hora (uma marca considerável) e, na velocidade cruzeiro, chegou a 30 milhas, consumindo apenas 31 litros/ hora, com uma autonomia de cinco horas.
ACABAMENTO:
PILOTAGEM: Pilotar uma Chris Craft, mesmo que para um teste na revista, é sempre muito prazeroso, pois a sensação ao volante é indescritível, muito semelhante a pilotar um carro esportivo em alta velocidade. A posição e todos os equipamentos estão ergonomicamente corretos.
A Chris Craft leva a sério essa questão, eles não pecam nos detalhes. O barco inteiro é produzido sob um rigoroso processo de construção, que mantém o mesmo padrão que tornou a marca reconhecida mundo afora. O processo final passa pela supervisão de um funcionário que trabalha há 35 anos na empresa.
SEU BOLSO: Por se tratar de um barco americano e importado, o preço pode assustar um pouco, porque depende da variação cambial e das taxas de importação e transporte. O preço final para o consumidor é a partir de US$ 107.000.
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boat teste Capri 21
O MELHOR USO A Chris Craft Capri 21 é um barco na medida para você? A Capri 21 é um barco destinado ao uso diurno, para passeios rápidos ou para navegar em grande estilo. Ela tem muitos requisitos que encantam a todos, não apenas pelo design ou pela beleza do barco, mas por tudo o que a marca representa. Enquanto Henry Ford montava motores em linha nos carros, Christopher Columbus Smith pensava como montaria motores nos barcos, e assim o fez em 1874. Mas os barcos não foram feitos apenas para serem admirados, eles navegam muito bem e chamam atenção por onde passam. Em todos os modelos da linha podemos observar os cuidados que a empresa tem na construção e acabamento de cada unidade que sai da fábrica. Desta forma, a Chris Craft vem, há anos, conquistando fãs pelo mundo.
Ficha técnica Comprimento 6,45 m Boca 2,41m Calado 0,86 m Peso Total Seco 1.811 kg Motorização Volvo Penta 5.7
L 320 HPs Velocidade Máxima 47,32 nós Velocidade de Cruzeiro 26,11 nós Tanque de Combustível 129 L Tanque de Água 35 L Passageiros 5
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costa concordia
PRECISÃO
CIRÚRGICA 98
EM JULHO DE 2014, OS TRABALHOS DE REMOÇÃO DO NAVIO COSTA CONCORDIA DA ILHA ITALIANA DE GIGLIO FORAM CONCLUÍDOS, APÓS DOIS ANOS E MEIO DO NAUFRÁGIO. SAIBA COMO ACONTECEU ESSA MEGAOPERAÇÃO, QUE TEVE UM BRASILEIRO ENTRE OS COORDENADORES DO PROJETO Por Leandro Portes Fotos Arquivo Pessoal Álvaro Guidotti e Costa Cruzeiros
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costa concordia
O
acontecimento ainda está em nossa memória. Na noite de 13 de janeiro de 2012 (uma sexta-feira), o navio Costa Concordia realizava uma viagem de cruzeiro pelo Mediterrâneo que partiu de Savona, Itália, com mais de 4 mil pessoas a bordo. Perto das 21 horas, ele passou pela ilha italiana de Giglio a 80 km da costa. Mas o capitão Francesco Schettino mudou a rota e se aproximou demais da costa, com a intenção de saudar os habitantes da ilha, segundo testemunhas. Neste momento, o navio se chocou com um rochedo que abriu um buraco de cerca de 80 metros de comprimento ao lado bombordo do costado, entrou em navegação de emergência e uma grande quantidade de água inundou a praça de máquinas. A embarcação ficou à deriva por cerca de uma hora até fazer uma curva e encalhar no sentido contrário à rota, tombar a boreste e naufragar. Contrariando as normas de navegação, Schettino foi um dos primeiros a abandonar o navio e seus passageiros, além de se recusar a voltar a bordo. Ao contatar a Capitania local, o capitão foi repelido com um tenso diálogo, em que a ordem “Vada a bordo, cazzo” marcou o episódio que, infelizmente, vitimou passageiros e tripulação.
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Com uma experiente equipe no comando, o resgate foi minuciosamente projetado e executado, levando-se em conta todas as adversidades O RESGATE
A megaoperação de retirada do Costa Concordia iniciou poucos dias após o naufrágio, com as licitações das empresas internacionais especializadas em resgates marítimo. Os primeiros cuidados para impedir um impacto ambiental foram tomados, estabelecendo um perímetro de proteção em torno do navio e a retirada dos restos de combustível. Em 21 de abril de 2012 foi anunciado que o trabalho de resgate do navio estaria sob a responsabilidade da Titan Salvage, empresa norte-americana especializada em salva-
mento marítimo por todo o mundo, em parceria com a italiana Micoperi, especialista em engenharia e construção submarina. Neste momento, o brasileiro Álvaro Guidotti, engenheiro naval de 51 anos, formado pela Universidade de São Paulo, foi chamado para integrar o projeto. “A Titan nomeou o diretor técnico e a Micoperi nomeou o gerente. Em seguida, cruzaram-se os vices, onde a Titan indicou o vice-gerente (no caso, eu) e a Micoperi, o vice-diretor”, contou Álvaro, que trabalhou por muitos anos para a Titan e ainda presta serviços para a companhia.
O brasileiro Álvaro Guidotti integrou a equipe que chefiou o resgate do Costa Concordia. Foram dois anos e meio de um intenso e exaustivo trabalho
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costa concordia
NÚMEROS DO RESGATE Costa Concórdia:
300 metros de comprimento,
38 metros
65 mil horas de mergulhos
114 mil
do pequeno submarino ROV*, que realizava inspeções ao redor do navio
Mais de
As 56 correntes mediam
de largura e
toneladas de peso
30 mil toneladas
de aço foram usadas na fabricação de componentes (4 vezes o peso da Torre Eiffel)
102
Mais de
58 metros
e pesavam cerca de 26 toneladas cada
1.180 sacos de cimento com um volume de
12 mil m3 construíram o fundo artificial
US$ 1.2 bilhão em gastos (sem contar o seguro do casco, desmontagem do navio e recuperação do fundo do mar, onde o Costa ficou encalhado)
22 navios e 8 barcos
estavam envolvidos no resgate
2.100 toneladas de óleo combustível
Aproximadamente
25 mil mergulhos
individuais realizados
foram retiradas de 17 tanques do navio A rotação do Costa Concórdia foi de
65º
e levou cerca de
12 horas
Mais de
500 pessoas de 26 nacionalidades trabalharam no projeto
* Remote Operated Vehicle
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costa concordia
O Costa Concordia fez parte da paisagem da Ilha de Giglio, graças a um erro humano que ficou marcado na história da navegação. No canto direito, note a rocha onde o navio se chocou
As duas empresas coordenaram mais de 500 pessoas ao longo dos dois anos e meio de trabalhos (encerrados no dia 23 de julho deste ano, com a rebocada do navio para Gênova), entre motoristas, carpinteiros, soldadores, técnicos, mergulhadores, engenheiros, médicos, biólogos etc. O grupo investiu inúmeras horas em estudo e engenharia, mapeou todo o terreno em torno do naufrágio, criou modelos de estrutura do navio que indicavam resultados teóricos do que aconteceria após cada fase. “Ao final, eles foram muito próximos aos teóricos”, disse Álvaro. O interior do Costa Concordia se transformou em um canteiro de obras. Mas como o navio estava inclinado, criou-se um plano horizontal para os ambientes de trabalho. Foi feito um treinamento de alpinismo para os
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O interior do navio se transformou em um canteiro de obras, com direito a guindaste instalado e a criação de um plano horizontal para a circulação do pessoal (foto ao lado)
trabalhadores se acostumarem com a inclinação do navio. “Monitorávamos diariamente o ar, ruídos, emissão, qualidade de água, poluição em organismos vivos, vegetação submarina... A quantidade de análises feitas em água, matéria orgânica, peixes foi impressionante. Havia sensores de poluição de ar e ruído em vários pontos ao longo da ilha, além da preocupação com a luminosidade que o canteiro de obras poderia causar à noite e atrapalhar os moradores”, detalhou o engenheiro. Por se tratar de um incidente de proporções gigantescas (nunca ocorrido, até então, no que diz respeito à repercussão da mídia), o governo da Itália se envolveu no dia a dia da operação, em diversas alçadas. “Para cada ação que fosse tomada ali, era necessário solicitar autorização. E tudo tinha que ser apresentado de maneira formal, documentado e assinado para avaliação e aprovação, com ou sem ressalvas”, disse Álvaro. “Eles não facilitaram o processo ao longo da evolução do trabalho, apesar dos sucessos de cada etapa. Mantiveram uma linha dura de fiscalização
até o final. A cada 15 dias nos reuníamos com os representantes do governo e apresentávamos o avanço em relação à última reunião, projeção futura e antecipávamos as etapas seguintes”. A instância judiciária também fez parte do cotidiano dos trabalhadores. Como o naufrágio causou óbitos, o navio era considerado cena do crime e o processo judiciário acontecia paralelamente ao resgate. Para qualquer modificação no navio era necessário comunicar ao tribunal para ter certeza de que não
O governo italiano (em várias alçadas) acompanhou de perto todo o processo. E a cada 15 dias, a equipe do resgate se reunia com representantes do país para prestar esclarecimentos dos trabalhos
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costa concordia
ETAPAS DA REMOÇÃO A linha mestra para retirar o Costa Concordia se manteve desde o início da operação, que basicamente continha a função de endireitar, reflutuar e rebocar o navio. Porém a execução de cada fase teve algumas adaptações ao longo dos trabalhos. Conheça o passo a passo das ações. 1 - Estabilização A primeira fase envolveu a fixação e a estabilização do navio para evitar qualquer escorregamento para o fundo. “Após o naufrágio, ele ficou apoiado em duas lajes de granito, mas estava solto”, lembrou Guidotti. A parte central estava em balanço (proa, popa, boreste e a zona central não encostavam no fundo) e foi soldada no costado de bombordo uma série de estruturas para fixar correntes que, posteriormente, foram passadas por baixo do navio e presas em torres instaladas no lado interno.
2 - Criação do fundo artificial (plataformas) Na segunda etapa, a equipe construiu um fundo falso para apoiar o navio, antes de devolvê-lo à posição vertical, com sacos de cimento depositados nos espaços vazios entre as rochas e seis plataformas de aço (três grandes, medindo 35 m x 40 m, três menores, com 15 m x 5 m), com o objetivo de criar uma base estável para as plataformas. Depois de posicionar os sacos de argamassa, as plataformas foram fixadas no lugar.
3 - Ancoragem pelo lado da terra A estabilização foi parte do sistema de ancoragem para fazer a rotação. Foram instaladas quatro torres (de um total de 12) que serviram de suporte, paralelamente à fabricação das plataformas para o lado do mar.
4 - Construção dos flutuadores e instalação a bombordo Trinta flutuadores foram construídos para manter o Costa Concordia boiando assim que ele retornasse à posição vertical. Inicialmente, os 15 modelos puderam ser instalados a bombordo (lado que estava fora da água).
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6 - Rotação do navio (parbuckling) Fase delicada do projeto, onde o movimento de rotação para endireitar o navio demorou , pois o monitoramento era constante. A operação utilizou cabos ligados entre os flutuadores e as plataformas submersas que foram puxados. Enquanto isso, os cabos conectados às torres do outro lado foram utilizados para contrabalancear. “Essa foi a prova final para sabermos se a plataforma construída seria suficiente para suportar o peso da embarcação e se o casco não aguentaria a pressão”, lembrou Guidotti.
5 - Instalação dos flutuadores a boreste Ainda com o navio deitado, a equipe instalou os outros 15 flutuadores a boreste, de maneira submersa, já preparando-o para a reflutuação.
8 - Reflutuação Com o casco estável no fundo falso, a cerca de 30 metros de profundidade, um sistema pneumático esvaziou a água gradualmente de dentro do navio, empurrando-o para cima.
7 - Equilíbrio para o inverno Durante os mais de dois anos de trabalho, a equipe enfrentou o inverno europeu, que impossibilitava as ações do lado externo do navio por alguns dias. Além disso, fortes ondas acertavam em cheio a lateral do Costa Concordia. “A preocupação, após o navio estar apoiado na plataforma, era colocar as estruturas para travá-lo e não balançar com o mar bravo”, detalhou o engenheiro.
9 - Reboque para Gênova Após completar a fase de reflutuação, iniciou a preparação para rebocar o transatlântico até o porto de Gênova, onde será desmontado. O casco foi desconectado das torres a boreste e preso por cabo a dois rebocadores na proa, que puxaram o navio. A última viagem do Costa Concordia teve início dia 23 de julho deste ano, às 11h. Navegando a uma velocidade média de 2 nós, o navio chegou ao destino quatro dias depois, encerrando um dos mais marcantes capítulos na história marítima.
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costa concordia
destruiriam evidências do processo. Durante todo o período do resgate, Álvaro alternava viagens entre Brasil e Itália. “Ficava dois meses lá e um mês no Brasil. Mesmo aqui, a cabeça estava focada no resgate e dava continuidade no trabalho”, disse o engenheiro, que ressaltou ainda outro papel importante no grupo. “Promovia a comunicação entre todos os envolvidos. Eram pessoas de 26 países, com muita diferença de costumes, cultura, maneira de pensar e de gerir”. Outros dois brasileiros fizeram parte da equipe de resgate do Costa Concordia e trabalham com Álvaro há anos em salvamentos marítimos: Rui Teston era o chefe da base logística em Piombino. Por lá passavam todos os materiais e equipamentos utilizados no resgate. E Antonio José dos Santos trabalhou a bordo do navio em várias funções, como supervisor de solda e operador de guindaste. “O brasileiro é muito versátil e se adapta mais fácil a outras culturas já estabe-
Durante a operação, o mau tempo provocado pelo inverno europeu impossibilitava as equipes de trabalharem no lado externo do navio
lecidas. É uma qualidade que nós temos. Aprendemos a nos virar com o que está disponível, além de termos muita flexibilidade”. A experiência de mais de 20 anos em salvamento marítimo de Álvaro não o deixou com dúvidas de que o trabalho seria concluído. “A minha preocupação maior era fazer um trabalho de forma séria, correta, com segurança, minimizando potenciais impactos e no tempo mais breve possível”, concluiu.
Órgãos governamentais envolvidos no resgate Defesa Civil, Bombeiros, Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Federal, Tribunal, Marinha, Guarda Costeira, Ministério do Ambiente, Ministério dos Transportes, Ministério da Saúde, Ministério dos Bens Culturais, Região Toscana (Estado), Prefeitura, Universidades (que davam apoio ao time de meio ambiente federal e regional) e Agências Ambientais.
O lado submerso ficou completamente destruído e o navio se transformou em uma grande sucata. Algumas partes serão recicladas
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história
RIVIERA NO
PLANALTO
COM MAIS DE 100 ANOS, A REPRESA DE GUARAPIRANGA, NA CAPITAL DE SÃO PAULO, SE TRANSFORMOU AO LONGO DO TEMPO EM UM REFÚGIO DE LAZER, PRINCIPALMENTE PARA A PRÁTICA DE VELA Por Brenda Leão
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história
H
YCSA
á quem diga que praia de paulistano é o shopping center. Mero engano, considerando a história de mais de 100 anos da represa Guarapiranga e toda a sua influência no desenvolvimento da região de Santo Amaro e, principalmente, no lazer náutico da cidade. Guarapiranga, talvez, é um dos destinos mais improváveis de São Paulo, que vale a pena descobrir, além das Pinacotecas e parques do centro. Bem no planalto, Guarapiranga nos presenteia e surpreende com praias, ilhas, clubes de iatismo. Conhecida inicialmente como Represa de Santo Amaro, as obras, no sul da região metropolitana de São Paulo, a 37 quilômetros do centro, foram iniciadas em 1906, sob responsabilidade da empresa Light São Paulo – à época responsável pelo fornecimento de energia elétrica. Em 1908, a construção de um lago artificial e de uma barragem, até então o maior projeto do Hemisfério Sul, tinha como finalidade, originalmente, ampliar a oferta de energia elétrica da capital e auxiliar na produção da Usina Hidrelétrica de Parnaíba.
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YCSA FBCOM
FBCOM
Passeio Até hoje, escunas fazem o percurso da represa. O roteiro inclui as ilhas, o parque ecológico e o templo messiânico
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YCSA
história
YCSA
Guarapiranga, mesmo no planalto, nos presenteia com praia, ilhas e clubes de iatismo
O local bucólico, no início, tornou-se, em aproximadamente duas décadas, uma verdadeira riviera no planalto, com a instalação de casas de veraneio e clubes. Em 1928, com o crescimento da região, Guarapiranga passou a servir para o fornecimento de água potável e, hoje, aproximadamente 3,5 milhões de pessoas são abastecidas por suas águas. Com o crescente interesse na ocupação das margens da represa, instalaram-se loteamentos pioneiros, que ofereciam ao paulistano uma opção de lazer náutico. Explica-se, então, o surgimento dos bairros de Interlagos, Veleiros, Riviera Paulista e Rio Bonito. Mesmo sendo afastada da área central de São Paulo, a represa apresenta ótimas opções de lazer: praias, parques, pesca amadora e os esportes de vela com clubes de iatismo nas margens. Sem contar as suas ilhas, com destaque para a Ilha do Eucalipto, a maior entre elas, e para a Ilha dos Amores. A história de Guarapiranga se entrelaça com o Yacht Club Santo Amaro, que há mais de 80 anos promove a prática da vela e
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FBCOM YCSA
MERGULHE NA HISTÓRIA A antiga barragem de Santo Amaro, em 28 de fevereiro de 1927, reuniu uma multidão para testemunhar o pouso do hidroavião do italiano Francesco de Pineda. O piloto realizava uma das primeiras viagens transcontinentais. A jornada, iniciada em Gênova, na Itália, com escalas na América do Sul e nos Estados Unidos, ficou conhecida como “Raridade das Américas”. Essa é uma das histórias para a qual Guarapiranga foi palco. O livro que comemora o centenário da represa, Guarapiranga 100 Anos, conta esta e muitas outras. A obra da Fundação Energia e Saneamento, com texto de Ricardo Araújo e Mariângela Solia, reúne 240 fotos históricas, muitas vindas de acervos pessoais. A publicação conta o cotidiano paulistano na época da formação da represa, os detalhes do início das obras, o processo de transformação como refúgio de lazer e, por fim, a história mais recente da represa – cujas margens passaram por um processo de urbanização nos anos de 1970.
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YCSA
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hist贸ria
O YCSA fez a represa ser palco do torneio de vela dos Jogos PanAmericanos de 1963
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YCSA
é o berço de grandes campeões. Fundado em agosto de 1930 por velejadores alemães, o clube se firmou como o mais atuante no iatismo e o que mais alcançou vitórias no esporte no Brasil. O local foi palco do torneio de vela dos Jogos Pan-Americanos de 1963. Para sediar o evento, o YCSA construiu um canal de acesso ao hangar, pavilhão para hospedagem de atletas e uma piscina no formato semelhante ao Estado de São Paulo. O clube marcou presença na competição não apenas por receber bem mas também pela conquista de 3 medalhas de ouro (na classe Snipe, com os atletas Reinaldo e Ralph Conrad; na classe FD, com Joaquim Rodenbourg e Klaus Hendricksen; e na classe Finn, com o atleta Hans H. Domschke). O YCSA continua a tradição com a sua Escola de Vela, responsável pela formação de uma nova geração de velejadores. Às margens de Guarapiranga, o clube abriga em uma área de 24 mil m² muito verde e hangares para velejar. Sem contar o lazer com piscinas, academia, saunas, quadras e restaurante com vista privilegiada para a represa.
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saveiros
UM RESGATE
DA HISTÓRIA
OS SAVEIROS TIVERAM SÉCULOS DE REINADO NAS ÁGUAS DO LITORAL NORDESTINO BRASILEIRO, PRINCIPALMENTE NA BAHIA. MAS TODA A IMPORTÂNCIA HISTÓRICA DESSAS EMBARCAÇÕES AMEAÇA NAUFRAGAR JUNTO COM OS POUCOS EXEMPLARES QUE AINDA RESTAM Por Leandro Portes Fotos Nilton Souza
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saveiros
V
ocê já ouviu falar de saveiros? Talvez, para a maioria dos leitores, a primeira imagem que vem à mente é de uma picape de pequeno porte que anda pelas ruas brasileiras, correto? Mas saibam que o nome dado a esse veículo remete às embarcações à vela construídas há séculos e que tiveram extrema importância para a história do nosso país. Antes das estradas cortarem o interior do Brasil, antes da proclamação da nossa independência, os saveiros já transportavam cerâmica, frutas, farinha, açúcar, munição, peixes, móveis, animais e pessoas entre as ilhas, portos e praias da Bahia. EMBARCAÇÕES NO BRASIL COLONIAL
Em 1549, Salvador foi nomeada a primeira capital brasileira. Pouco tempo depois, a região se desenvolveu na construção de embarcações graças à fartura de madeira encontrada aqui. Ao longo dos séculos, vários tipos de embarcações navegavam nas águas do litoral baiano. Havia as naus (de maior porte), as corvetas (que defendiam a costa), as sumacas (que faziam rotas transatlânticas), as barcas (que transportavam açúcar para os outros portos do Brasil), as canoas e jangadas (bastante parecidas com as atuais) e, por fim, os saveiros. Considerado o mais brasileiro dos barcos, não se sabe uma data certa de sua criação, mas há registros de que desde o início do século 18 já havia muitos exemplares nas águas. Há dúvidas também quanto a
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As embarcações são uma obra de arte. Para fabricá-las, é preciso seguir a orientação do graminho, uma peça de madeira que traz as medidas do barco sua origem: alguns estudiosos dizem que seria de tradição mediterrânea, enquanto outros entendem que os barcos vieram da Índia, ou ainda mais antigos, do Egito Antigo ou China milenar. O certo é que eles passaram por Portugal, onde sofreram adaptações, e foram usados na pesca do savel, peixe encontrado no mar do Norte. Daí veio o nome “Saveiro”.
Nute é um lendário mestre de saveiros do recôncavo baiano e sua vida foi dedicada a essas embarcações. É impossível separá-los e já fazem parte da história da Bahia
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saveiros
O mais brasileiro de todos os barcos! Os Saveiros fizeram parte da hist贸ria da Bahia e do Brasil, com extrema import芒ncia para o desenvolvimento econ么mico da regi茫o nordestina
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Os saveiristas e canoeiros são marinheiros natos. E os que ainda estão na ativa, tentam passar a tradição para a geração seguinte
e de menor custo. Também a aparição de transportes mais modernos, como o ferry-boat, acelerou o desaparecimento dos saveiros da paisagem baiana. Os caminhões, além de mais rápidos, deixavam as mercadorias na porta do comprador. Já o saveiro dependia, às vezes, de outro frete que as levasse do porto ao seu destino. UMA OBRA DE ARTE
O desenho é baseado nos caravelões da costa, uma versão reduzida das caravelas. Não seria exagero colocar os saveiros entre os principais cartões postais da Bahia. O Mercado Modelo recebia dezenas dessas embarcações em sua rampa, comprovando sua importância comercial para o desenvolvimento da região. Todo transporte de pessoas e mercadorias entre Salvador e as cidades do Recôncavo Baiano era feito por eles. A exploração do petróleo, a partir da década de 50, decretou o lento e triste fim dos saveiros. A implantação de redes de estradas asfaltadas e pontes que ligam as ilhas ao continente possibilitou o transporte mais rápido
Durante séculos, os responsáveis pela construção dos saveiros não utilizavam projetos complexos ou plantas com inúmeros cálculos como a maioria dos engenheiros navais. A única base de pesquisa era o graminho, um pedaço de madeira com as medidas essenciais do barco. Esse instrumento de carpintaria foi trazido da Índia pelos portugueses e garantia marcação e corte precisos. Nessa pequena tábua, riscada em várias direções, estão registradas medidas, tamanhos, espessuras, curvas etc., sempre em proporções. Mas o trabalho de construir não era nada fácil. Somente um artista era capaz de fazê-lo. O arquiteto baiano Lev Smarcevski foi pesquisar as origens do graminho e reuniu um rico material de pesquisa no livro “Gra-
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saveiros
O GRAMINHO Sendo uma espécie de planta resumida, o graminho traz mais de trinta parâmetros. Alguns são: > Largura máxima: Precisa ser igual a 1/3 do resultado obtido para o comprimento. Ou seja: a medida maior do graminho multiplicada por 50 e dividida por três. > Comprimento: Deve ter 50 vezes a medida maior do graminho, o que dá cerca de 20 metros. Com tábuas de medidas diferentes variava-se o tamanho dos barcos, mas a proporção era mantida. > Quilha: A quilha deve ter 75% do comprimento e o graminho corresponde, precisamente, a um corte transversal da madeira usada para a peça. > Mastros: Para barcos de carga, com velas quadrangulares, os mastros devem ter comprimento igual ao do barco e/ou da quilha, dependendo do número de mastros. > Cobertura: As tábuas do casco, convés e cabine devem ter largura igual a 1/4 do graminho. > Costelas: A espessura da madeira usada para fazer as costelas (cavernas) do barco e as vigas que atravessam o convés equivale à metade do graminho.
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> Reforços: As tábuas que correm da popa à proa, logo abaixo das bordas do convés, devem ter largura igual a 3/4 do graminho. > Capacidade de carga: O comprimento do barco deveria ser dividido por dois para indicar a quantidade de carga que ele poderia carregar, em tonéis. > Velas: A altura das quadrangulares deve ser 30% menor que a do mastro. O lado superior teria a metade desse comprimento e o de baixo, metade mais um terço.
minho, a Alma do Saveiro”, de 1996. Entre as principais curiosidades, descobriu que o objeto pode ter nascido na construção civil há mais de 5 mil anos. (veja mais no box ao lado)
Dos quase 2 mil Saveiros nos tempos áureos, hoje restam menos de 20 em atividade
À BEIRA DA EXTINÇÃO
Parece que a rica história não foi suficiente para a preservação dos saveiros na região baiana. Dos quase 2 mil exemplares nos tempos áureos, hoje restam menos de vinte em atividade, lutando diariamente para serem notados.
Com a falta de manutenção, os locais nos quais os barcos ficavam atracados transformaram-se em verdadeiros cemitérios de saveiros. Alguns foram adaptados para barcos de recreio por iatistas do litoral sul, dando origem às escunas. Outros sobrevivem precariamente, transportando alimentos e até material de construção. Os saveiristas e canoeiros são marinheiros natos. Vivem no mar desde crianças e se dedicam por toda a vida à profissão. Eles detêm o conhecimento da fabricação e manutenção dos saveiros. No entanto, as novas gerações parecem não se interessar pelo assunto e, se nada for feito, os saberes morrerão com seus mestres.
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saveiros
A Associação Viva Saveiro luta para resgatar essas embarcações e manter um lugar de destaque na história. Não pode-se deixar tamanha importância sumir na imensidão do mar azul
Para não deixar naufragar uma parte do Brasil, a Associação Viva Saveiro luta para manter viva a chama dessas embarcações através da preservação dos modelos existentes e restauro de saveiros, com o objetivo de devolvê-lo ao seu habitat natural: o mar. A associação é formada por velejadores e admiradores que desenvolvem atividades para transmitir a história dos barcos, além de resgatar a autoestima de saveiristas, pescadores, artesãos e comerciantes que, de alguma forma, já utilizaram saveiros como um sustento. Ao longo do ano, eles organizam eventos como exposições de arte, ações de saúde, passeios turísticos e educativos, além de participar de licitações públicas com o objetivo de captar recursos para promover a recuperação de todos os exemplares que restam.
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A união entre órgãos governamentais e entidades civis, com apoio de mídias, Marinha do Brasil, IPHAN, IPAC, Secretaria de Turismo da Bahia, entre outros, vem conseguindo, aos poucos, resgatar esse pedaço da história do país. E de pensar que os saveiros já serviram de inspiração e foram tema de canções de Dorival Caymmi, fotografados por Pierre Verger e escritos nas linhas de Jorge Amado. Vida longa aos saveiros da Bahia! Associação Viva Saveiro R. Alm. Marques de Leão 319 sl. 210 - Barra CEP 40.140-230 - Salvador - BA www.vivasaveiro.org info@vivasaveiro.org www.facebook.com/VivaSaveiro twitter.com/vivasaveiro
PAIXÃO PELOS SAVEIROS As belas imagens desta reportagem foram captadas pelas lentes de Nilton Souza. Fotógrafo profissional desde 1976, Nilton é absolutamente apaixonado pela arte de fotografar e a beleza dos Saveiros é uma delas. Dos seus quatro livros lançados, dois foram sobre essas embarcações históricas e outros dois sobre a cidade de Salvador (sendo três deles como fotógrafo e editor). E todos traduzidos para outros idiomas, mostrando o reconhecimento de seu trabalho. O “Salvador Aérea” caminha para a terceira edição. O quinto livro, em inicio de produção, será o “Bahia Litoral 932”. Com lançamento previsto para 2015,
mostrará a beleza dos 932 kms do maior litoral brasileiro. Após todos esses anos, em 2009 participou pela primeira vez de um concurso de fotos (3th Annual Photography Master Cup) e logo teve quatro fotos escolhidas. Nos anos seguintes, mais sete fotos escolhidas, inclusive com menção honrosa. No “International Photo Awards” da Lucie Fundation, menções honrosas para as duas vezes que enviou fotos, ambas em tomadas aéreas. A primeira sobre as transparentes águas e formas do Rio Capivara e agora em 2014, sobre as favelas de Salvador, com o título “Human Madness”.
AQUI ESTÃO OS QUATRO LIVROS PUBLICADOS.
Saiba mais sobre o artista por trás dos Saveiros: www.niltonsouza.com.br
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Edição Digital
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especial 007
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Meu nome é
BOND
JAMES BOND SEMPRE FOI APAIXONADO POR MULHERES BONITAS E MUITOS BARCOS, QUE RESGATAMOS NESSA DELICIOSA VIAGEM PELO MUNDO DO MAIS FAMOSO ESPIÃO DO CINEMA Por Leonardo Millen
P
odem dizer o que quiserem dos filmes de James Bond, mas ninguém contesta o seu sucesso. Desde que estreou em 1962 com O Satânico Dr. No, com o então desconhecido Sean Connery como James Bond, o agente secreto 007 do serviço de espionagem britânico MI6, foram 23 filmes e mais de 13,5 bilhões de dólares só de bilheteria no mundo todo.
Criado pelo escritor Ian Fleming em 1953, o James Bond do cinema ganhou o estereótipo de um sedutor e implacável agente secreto que a cada filme está invariavelmente às voltas
com uma fórmula campeã que mistura muita ação, Bond girls sensuais, cenários deslumbrantes, vilões megalomaníacos, perseguições em alta velocidade e equipamentos de última geração. Assim, nada mais natural que Bond aparecesse em cenas em iates ou pilotando barcos e protótipos que praticamente viraram copersonagens de seus filmes. Confesso que sou fã da série e fiz uma seleção carinhosa dos barcos e engenhocas náuticas usadas por Bond em sua filmografia. Acomode-se na poltrona, providencie uma pipoquinha para acompanhar e... boa retrospectiva.
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especial 007
007 CONTRA
O SATÂNICO DR. NO (1962)
No primeiro filme de James Bond, Sean Connery interpreta um espião inglês, de codinome 007, que é enviado à Jamaica para investigar o misterioso desaparecimento de um agente britânico. Ele descobre que o agente foi capturado pelo Dr. Julius No (Joseph Wiseman) um estranho cientista membro da Spectre que pretende destruir o programa espacial dos Estados Unidos. O sucesso de 007 foi tão estrondoso que deu início a uma série de filmes baseada nesta fórmula, que inclui alguns clichês como a famosa frase “Meu nome é Bond... James Bond”, as Bond girls – que nesse filme tem a famosa cena de Honey Ryder (Ursula Andress) saindo de biquíni branco do mar –, o drink preferido (gim, vodka e martini batido, mas não misturado), armas (a inseparável Walther PPK), equipamentos de última geração e incríveis carros (Aston Martin), aviões e barcos. Por falar neles, nesse filme não aparece nenhum modelo em especial, mas vale o registro por ser o primeiro de muitos.
MOSCOU CONTRA 007 (1963) No ano seguinte, Sean Connery voltou às telas como o agente 007 James Bond que é enviado à Turquia para trazer à Inglaterra Tatiana Romanova (Daniela Bianchi), uma secretária da embaixada da URSS, em troca de uma máquina descodificadora
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Lektor. Porém tudo isso não passa de uma vingança da organização criminosa Spectre pela morte de Dr. No. O filme tem várias cenas de perseguição no Mar Adriático, as primeiras envolvendo barcos, como esta que aparece o casal.
007 CONTRA A
CHANTAGEM ATÔMICA (1965)
Neste quarto filme de 007, a Spectre rouba duas bombas atômicas e ameaça explodir uma cidade inglesa ou norte-americana se não receber um resgate de 100 milhões de libras em diamantes. O MI6 envia Bond para tentar localizar as bombas nas Bahamas, onde ele é ajudado pela agente em Nassau, Paula Caplan (Martine Beswick). Os dois aparecem nesta lancha, quando ele vai encontrar-se com Domino (Claudine Auger), a namorada do vilão da Spectre, Emilio Largo (Adolfo Celi), mas o clima sugere que eles já tiveram um caso.
O filme é repleto de cenas aquáticas, de mergulho e de ação com as forças especiais da Marinha americana. Quando a batalha termina, o vilão Largo escapa para o seu iate hi-tech, o Disco Volante, que carregava as bombas e minissubmarinos, que se divide em dois, dando origem a um barco rápido movido a hidrofólio. Bond consegue subir a bordo e luta contra ele, mas Domino atira no vilão com um arpão. Bond e Domino escapam do barco, que bate e explode enquanto o casal é resgatado por um cabo de um avião. Simples...
007 VIVA E
DEIXE MORRER (1973)
O oitavo da série e o primeiro com Roger Moore no papel do agente 007. Bond é enviado a uma ilha do Caribe para deter um político traficante de heroína chamado Dr. Kananga, o Mr. Big (Yaphet Kotto), que faz de tudo para garantir o monopólio no negócio, usando desde gângsteres a feiticeiros de vodu. Durante a emocionante perseguição de barco que domina a última parte, Bond usa uma lancha Glastron e protagoniza a famosa cena do barco, voando sobre o carro do xerife, pousando na água e continuando a perseguição.
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especial 007
007 O ESPIÃO
QUE ME AMAVA (1977)
O décimo James Bond e o terceiro com Roger Moore no papel do agente secreto 007 marcou época. Até a música tema, Nobody does it better, interpretada por Carly Simon, se tornou um dos maiores hits romântico de todos os tempos. O filme teve ação, sexo, cenas embaixo d’água e aquele vilão inesquecível, o homem dos dentes de aço (Richard Kiel) e a Lotus Esprit branca que virou submarinho... O filme tem outras sutilezas, pois em plena Guerra Fria sugere uma improvável parceria entre Bond e a agente soviética Anya Amasova (Barbara Bach) para lutar contra um vilão chamado Stromberg (Curd Jürgens), que pretende disparar mísseis atômicos submarinos roubados das duas superpotências para por fim à raça humana. No filme aparecem: um submarino nuclear americano, um superpetroleiro, uma plataforma marítima submersível, mas também é a primeira aparição para o mundo da moto aquática, pilotada por Roger Moore, que era ainda um protótipo da Larson Industries com o nome sugestivo de “wetbike”.
007 CONTRA O FOGUETE DA MORTE (1979)
O filme é uma aventura de James Bond no espaço na qual ele tem por missão destruir os planos de uma organização que pretende produzir um gás venenoso de orquídeas raras da Amazônia e lançá-las do espaço para causar o fim da humanidade. Nesse roteiro insano aparecem o Homem dos Dentes de Aço andando nos cabos do bondinho do Pão de Açúcar no Rio e duas perseguições de barcos tão incríveis quanto uma gôndola que se transforma num hovercraft pelas vielas de Veneza e
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outra, no Rio Amazonas, com duas velozes lanchinhas Glastron, a mesma marca da utilizada em Viva e deixe morrer. A SSV-189 foi usada pelo Dentes de Aço e Bond usou uma Carlson CV23 HT equipada por “Q” com minas, um torpedo e uma asa-delta oculta, na qual Bond escapa antes do barco despencar nas Cataratas do Iguaçu. Apenas 300 unidades da CV23HT foram feitas entre 1978 e 1979 e esta do filme, prateada, é única e faz parte do acervo da exposição Bond in Motion.
007 CONTRA GOLDENEYE (1995) O décimo sétimo filme da franquia James Bond e o primeiro de Pierce Brosnan como o agente 007 depois do fraquinho Timothy Dalton. Bond inicia a sua missão em Monte Carlo para impedir que Janus, um sindicato do crime, use o satélite russo GoldenEye que pode emitir um pulso eletromagnético contra Londres e iniciar um caos financeiro global. Foi o primeiro filme de Bond produzido após a dissolução da União Soviética e o fim da Guerra Fria, algo que serviu de pano de fundo para a história e deu um novo fôlego à série. Quem teve uma aparição discreta, mas interessante, foi o superiate iate Manticore, que na verdade chama-se Northern Cross, construído pelo estaleiro Marinteknik Verkstads, em 1991, para o empresário Jorma Lillbacka da Finn-Power. Ele tem 43 m, acomoda 10 convidados e oito tripulantes, navega a 18 nós em cruzeiro e 24 nós em máxima e está disponível para charters.
007 O AMANHÃ
NUNCA MORRE (1997)
É o décimo oitavo filme de James Bond com Pierce Brosnan pela segunda vez no papel do agente 007. Na história, Bond, com a ajuda da agente especial chinesa Wai Lin (Michelle Yeoh), descobre que o magnata da mídia, Elliot Carver (Jonathan Pryce), manipula as notícias com seu império das comunicações para jogar potências internacionais umas contra as outras para formar a Terceira Guerra Mundial. No filme, o navio-esconderijo do vilão Carver não podia ser localizado por radar ou por sonar. Só que ele existe na realidade: trata-se do avançado Sea Shadow, um navio da Marinha americana tipo stealth (invisível).
Além disso, ele se apoia sobre duas superfícies finas, por isso deixa pouco rastro pela água, o que dificulta sua localização pelos aviões. Ele tem 50 m, boca de 21 m, pesa em torno de 500 toneladas e atinge 28 nós de velocidade máxima. Seus motores são híbridos, diesel/elétrico, tem apenas 12 beliches a bordo, um pequeno micro-ondas, geladeira e mesa. Oficialmente, ele nunca participou de missões apesar de ter estado na ativa na base naval de San Diego. Atualmente, ele pertence a Reserve Fleet (frota reserva para situações de emergência nacional), baseado na Suisun Bay, em Benicia, Califórnia.
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especial 007
007 O MUNDO NÃO
É O BASTANTE (1999)
O décimo nono filme de 007 no cinema, com Pierce Brosnan pela terceira vez no papel de James Bond. Quando Sir Robert King, um magnata inglês do petróleo, é assassinado dentro do MI6, Bond recebe a missão de proteger sua filha, Elektra King (Sophie Marceau), que está construindo um oleoduto do Mar Cáspio para o Ocidente. No entanto, Bond descobre que ela e o terrorista Renard (Robert Carlyle) planejam mesmo é explodir todos os oleodutos russos, deixando o dela como o único da região. O filme é fraco, mas a sequência inicial de mais de 15 minutos de perseguição de barco pelo Rio Tâmisa, em Londres, é de arrepiar. Ela começa após a explosão no interior do MI6, quando Bond avista uma lancha no Tâmisa e decide persegui-la roubando uma voadeira e as duas literalmente
“decolam”. O barco de Bond é um Q-boat usado pelas Marinhas inglesas e americanas para missões de assalto e ataques a submarinos, que chega a mais de 45 nós de máxima. E a lancha que ele persegue é uma Sunseeker Superhawk 34, um modelo esportivo de alta performance de sucesso da marca. Tem 37 pés, targa, cabine com cama de casal, banheiro, cozinha e dois motores Volvo de 285 hp cada que proporcionam 43 nós de velocidade máxima.
007 UM NOVO DIA
PARA MORRER (2002)
É o vigésimo filme da série e o quarto e último de Pierce Brosnan como 007. Ao investigar o comércio ilegal de armas na fronteira da Coreia do Norte liderada pelo coronel Tan-Sun Moon (Will Yun Lee), Bond acaba sendo desmascarado e na perseguição de hovercrafts Bond é preso pelo General Moon (Kenneth Tsang). O MI6 consegue libertar Bond um ano depois, porém, ele descobre um traidor dentro da organização e tenta desmascará-lo com a ajuda da agente americana Jinx (Halle Berry). O hovercraft maior, usado por Moon, é um Griffon 2000TD e o menor, usado por Bond, é um Osprey. Uma Sunseeker Superhawk 48 aparece de relance depois de Halle Berry mergulhar de um penhasco na Isla de Los Organos. A lancha de 50 pés tem três motores de 500 hp que a levam a 52 nós de velocidade máxima.
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007 CASINO ROYALE (2006) O vigésimo primeiro da franquia e o primeiro com Daniel Craig como James Bond. O filme volta ao início da carreira de Bond como 007, estabelecendo uma nova linha do tempo. Depois de impedir um ataque terrorista no Aeroporto Internacional de Miami, Bond se apaixona por Vesper Lynd (Eva Green), uma agente do Tesouro enviada para fornecer o dinheiro que ele precisa para frustrar os planos de Le Chiffre (Mads Mikkelsen), um banqueiro que financia terroristas. Bond dá um jeito e consegue entrar em um jogo de pôquer de alto risco no Casino Royale em Montenegro para, lógico, ganhar a fortuna que ele dispõe. O filme também marca a aparição de nada menos do que duas lindas lanchas Sunseeker (para variar): as poderosas XS 2000 e a Predator 108 M3. A XS 2000 é a lancha que Bond embarca depois que o avião dele aterrissa nas Bahamas. Ela é uma lancha de alta performance, de 39 pés, com dois motores Yanmar 420 hp a diesel que permitem até 65 nós de velocidade máxima. Um foguete! A Predador 108 é a usada pelo vilão Le Chiffre, uma lancha luxuosa, com cockpit com teto retrátil, um salão principal confortável e cabine para oito pesso-
as, com uma suíte máster com closet, uma suíte VIP e duas outras suítes para convidados e acomodações para quatro tripulantes com banheiro e chuveiro. Mesmo com essa configuração, seus dois motores MTU V16 2000 a levam a atingir 45 nós na máxima! E para quem curte veleiros, Casino Royale tem um muito bonito, o Spirit 54 da Spirit Yachts com duas suítes e design clássico. Foi nele que Bond e Vesper viajam até Veneza e seguem navegando majestosamente com seus 106 m² de área vélica pelos seus canais. E repete seu charme na cena final, quando Bond aparece displicentemente no seu deck ligando para “M”. Ele hoje está disponível para charter na Turquia por 7.200 euros por semana.
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especial 007
007 QUANTUM
OF SOLACE (2008)
O vigésimo segundo filme da franquia 007 e uma sequência direta de Casino Royale, com a segunda atuação de Daniel Craig como James Bond. No filme, Bond enfrenta o rico empresário Dominic Greene (Mathieu Amalric), um integrante da mesma organização que o Sr. White de Casino Royale. Ele preside a Quantum e finge ter um projeto ambientalista na Bolívia, mas, na verdade, planeja armar um golpe militar para assumir o controle das reservas de água do país. Bond procura vingança pela morte de Vesper Lynd e recebe ajuda de Camille Montes (Olga Kurylenko), que também procura vingança pela morte de seu pai pelo General Medrano (Joaquin Cosío), o mesmo ditador militar corrupto envolvido no golpe. No filme aparecem três outras Sunseekers. A Superhawk 43 é usada pelos bandidões no Haiti, para levar Camille até o barco do General Medrano, uma Sunseeker M4 de 37 metros. Mas Bond impede que eles alcancem o barco e salva Camille. A Superhawk 43 é uma lancha esportiva, que também tem cabine na proa, cozinha e banheiro, impulsionada por dois motores Volvo D6 de 370 hp que a levam até 43 nós de máxima. A M4 é a versão mais luxuosa da Predator 108 M3 usada em Casino Royale. E a última é uma Sunseeker Sovereign 17, uma versão vintage de uma lancha de passeio para até cinco pessoas que deu início à marca nos anos 1970 (que tinha até motor BMW) que foi usada por Bond na cena em que ele é levado até a villa, na Toscana, do amigo René Mathis (Giancarlo Giannini). Só como curiosidade, o fundador e hoje diretor internacional da Sunseeker, Robert Braithwaite, fez uma pontinha na cena como piloto deste barco clássico.
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007 OPERAÇÃO SKYFALL (2012) O vigésimo terceiro filme de James Bond, que marcou o aniversário de 50 anos da franquia, o terceiro a ter Daniel Craig interpretando o agente secreto 007 e o último que vimos nas telas. O filme gira em torno da volta de 007 ao serviço secreto e da sua investigação sobre a destruição da sede do MI6 em Londres, que é parte do plano de Raoul Silva (Javier Bardem), ex-agente do MI6 e terrorista-cibernético, para humilhar, desacreditar e matar “M” como vingança por ela tê-lo abandonado. Mas até Bond encontrar Raoul, ele precisou provar que estava vivo; convencer o presidente do Comitê de Inteligência e Segurança, Gareth Mallory (Ralph Fiennes), que ainda era apto a ser um agente 00 e matar seu assassino, o mercenário francês Patrice (Ola Rapace), que o leva até um casino em Macau onde conhece Sévérine (Bérénice Marlohe), a amante de Rauol, que o leva de barco até o esconderijo do vilão em uma ilha abandonada. O barco é nada menos que o estonteante veleiro El Regina, de 184 pés, seis camarotes e luxo para todo canto, construído em 2011 na Turquia pelo estaleiro Pruva Yachting. O superveleiro serviu de cenário para que Bond e Sévérine protagonizassem algumas cenas calientes na baía turca de Fethiye. A boa notícia é que o veleiro está à venda pela Fraser Yachts por 11 milhões de euros e, enquanto não aparece nenhum comprador, ela disponibiliza o superiate de Bond para charter por 90 mil euros por semana, sem, contudo, incluir a presença dos astros a bordo...
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aMPro4
botes
BOTES DE
APOIO
OS BOTES QUE OS BARCOS CARREGAM TÊM HOJE INÚMERAS FUNÇÕES, DESDE APOIO LOGÍSTICO A INSTRUMENTO DE LAZER, POR ISSO VALE A PENA SABER ESCOLHER O MODELO CERTO Por Guilherme Martins Colaboração Brenda Leão
O
bote de apoio é, normalmente, uma embarcação de pequeno porte suficiente para ser carregada a bordo de um barco maior por inúmeros motivos. A começar, quanto maior a embarcação, mais difícil é se aproximar de praias, costões, píeres e baias de baixo calado. Nessas condições, maior é a necessidade de um bote de apoio para o leva e traz de passageiros, provisões ou mesmo estar a postos como equipamento de segurança. Outra função do bote de apoio é o lazer. É muito comum ele ser usado para explorar alguns locais próximos à costa; onde o barco maior não pode ou não deve se aproximar, como mangues, ilhas, braços de rios ou lagos. Há ainda quem puxe o bote amarrado ao bar-
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co por uma corda para proporcionar uma brincadeira diferente. Para os mais jovens é diversão garantida. O bote também é muito usado como apoio para esporte, normalmente para pesca e mergulho. No mercado nacional existem diversas marcas que produzem botes de apoio. E apesar do jeitão ser parecido, eles são muito diferentes, fabricados com fundo rígido em fibra de vidro, com quilha ou fundo flexível, e, normalmente, com tecidos que podem variar entre o PVC e o Hypalon. A diferença entre os dois é a qualidade. O Hypalon tem força e durabilidade maior do que o PVC contra arranhões, cortes e corrosão. Além disso, oferece uma boa resistência a gasolina, diesel, solventes de limpeza, raios
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botes
solares e altas temperaturas. Já o PVC fornece boa resistência a alguns desses agressores, mas, se comparado ao Hypalon, sua durabilidade é bem menor. Isto sem contar que, com o passar do tempo, a cor do PVC perde vida, assim como a de qualquer plástico. Porém a qualidade do Hypalon tem um preço. Em média, quase o dobro se comparado ao PVC. Por isso, muitos fabricantes tentam alternativas misturando o PVC a outros materiais, como o poliéster e o neoprene, para gerar um tecido com melhores propriedades a um custo mais atrativo. Mas, se o bolso permitir, vale optar pelo bote em Hypalon. Os tamanhos e configurações dos botes variam de acordo com a necessidade. Um grande iate provavelmente vai precisar de um bote maior, que suporte o trabalho da tripulação e possa atender aos passageiros que ele comporta. E o material e a configuração interna também se adequam ao propósito de uso. As empresas procuram satisfazer o mercado oferecendo modelos para atender cada necessidade. Há botes com bancos rígidos, bagageiros de proa, compartimentos para guardar acessórios pessoais, diversos tamanhos e capacidades de tripulantes, a remo ou a motor de popa, entre outras características particulares. No caso dos botes a motor, a potência da motorização de popa a ser usada normalmente é fornecida pelo fabricante, que estipula o mínimo e o máximo suportado por cada modelo. Mesmo assim, para escolher certo é preciso avaliar bem o uso. Amantes da pesca e do mergulho, por exemplo, necessitam de um bote com
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botes
um motor mais potente, que possa cortar bem as ondas por grandes distâncias em pouco tempo. O motor mais forte garante melhor desempenho no mar, porém, quanto mais potente for o motor de popa, mais pesado ele é. Normalmente, um barco grande pode utilizar motores maiores, mais potentes e mais pesados, o que não acontece com barcos menores, que precisam estar dimensionados para tanto. Na prática, opte por um motor que atenda o seu bote, caiba bem no seu barco, seja adequado ao uso que você pretende e ao seu bolso. A diversidade é tremenda, portanto selecionamos para você alguns botes do mercado nacional com características básicas, que abrangem mais interessados, como o tamanho até três metros e sessenta, casco rígido de fibra de vidro e capacidade de levar até seis pessoas. Indicamos apenas um bote de cada fabricante/ revendedor para você escolher o seu.
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Eventos, acontecimentos, turismo & gastronomia no mundo náutico
Tradição e referência no mundo náutico Um dos mais tradicionais salões náuticos da Europa atraiu grande público e as principais marcas do mercado. São mais de 50 anos cultivando a excelência e qualidade em seu DNA O GÊNOVA BOAT SHOW chegou à edição 54 com fôlego jovem. De 1 a 6 de outubro, o salão náutico trouxe, como sempre, uma imensa variedade de barcos de todas as formas e tamanhos, além de acessórios e lançamentos (chegando próximo de 100). Com 109.200 visitantes em 2014, o evento busca o posto de ser o mais tradicional e referência na Europa, contando com a participação das mais prestigiadas marcas e trouxe as grandes novidades do mercado. A Fiera di Ge-
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nova, na sede histórica da cidade, foi dividida nos pavilhões de vela, barcos menores, motores, barcos a motor e barcos grandes. Mesmo com a crise que chega à Itália, o salão resiste e mantém o DNA de excelência cultivado há tantos anos, além de manter o mercado náutico italiano vivo e bem atendido. Destaques para o Sanlorenzo SL118, o maior iate da feira com 120 pés (36,5 metros), em exposição pela primeira vez na Itália. O segundo, com casco de 115 pés
Mesmo com a forte crise que continua atingindo o mercado europeu, Gênova ainda possui um dos maiores salões náuticos do mundo com mais de 700 expositores
(35 metros), é outro exemplo de excelência Made in Italy, o AB 35 do Grupo Fipa. Entre os barcos a vela, medalha de ouro para o Vismara V80 Easy Cruising, com 79 pés de comprimento (24 metros), e toda sua tecnologia embarcada. Na outra extremidade da lista, os menores exemplares à mostra, entre os cascos rígidos, eram o Vergaplast 220 T de apenas 7 pés (2,2 metros). Já o menor veleiro foi o Fareast 18, com 20 pés (5,8 metros).
Enquanto isso, o Grupo Ferretti apresentou o Pershing 70 a linha Navetta 28 personalizada. Entre os pequenos modelos, o novo Wider 32 é altamente versátil e ideal para navegadores esportivos, que desejam velocidade no mar. A lancha foi desenvolvida especialmente para o iate Wider 150. Mas se adequa perfeitamente em qualquer outra embarcação. A 55 ª edição já foi confirmada e irá acontecer entre os dias 30 de setembro e 5 de outubro de 2015. Vida longa a Genova.
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terra firme gastronomia
Hashi na mesa Restaurante asiático, em São Paulo, apresenta drinks autênticos e três opções de menu degustação Por Brenda Leão
A COMIDA ASIÁTICA é muito bem representada, em São Paulo, pelo inusitado restaurante Satay, inaugurado no final de 2013. A cozinha fica sob responsabilidade de LowKin, experiente chef nascido em Singapura, que acumula em seu currículo passagens por bons restaurantes da Tailândia. O cardápio abrange receitas de países asiáticos – principalmente Singa-
pura e Tailândia –, além de receitas contemporâneas e clássicas da culinária chinesa. O carro-chefe da casa é o Peking Duck, pato laqueado com fatias de manga. O prato, que é um clássico chinês, precisou de uma estrutura elaborada para comportar o processo de preparo. O restaurante construiu uma sala climatizada, na qual a ave fica pendurada para se-
car por, pelo menos, 12 horas após um banho de mel e vinagre. Além disso, o pato é assado inteiro – sem cortes – e, por isso, foi trazido da China um forno especial. O bar do restaurante é um show à parte com o premiado barman Marcelo Serrano, que assina a talentosíssima carta de drinks de inspiração oriental, como o intrigante drink Smoked Duck (whisky defumado, mel do pato laqueado, maracujá, suco de limão siciliano, gengibre e farofa de especiarias). Satay R. Padre João Manuel, 1249, Jardins, São Paulo - F (11) 3068-0169
Facilitando o pedido Três tipo de menu degustação foram incluídos no cardápio, todos incluindo entrada e prato principal. As opções de entrada são bem generosas: Prawns, Squab Duck e Dumplings.
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Paraíso Natural
A capital da Paraíba reserva praias de águas cristalinas e riquezas culturais da arquitetura colonial em um clima tranquilo Por Brenda Leão
Colaboração Kilha Anema
DIFERENTE DAS VIZINHAS Natal e Recife, a característica principal de João Pessoa é o clima sossegado de cidade do interior, já que não recebe tantos turistas. O destino, que é um verdadeiro tesouro, é rico em belas praias, natureza, história, eventos, monumentos, gastronomia, artesanato e cultura. A Ponta do Seixas recebe os primeiros raios de sol do país, visto que a capital da Paraíba fica localizada no extremo oriental das Américas, que é marcada pelo Farol do Cabo Branco. Ao lado do farol, com vista privilegiada para o oceano Atlântico, está o moderno edifício Estação Cabo Branco – Ciência, Cultura e Artes, projetado por Oscar Niemeyer. O pôr do sol da região não é menos atraente: ao cair da tarde no Rio Paraíba, um saxofonista toca na canoa a canção “Bolero de Ravel” para acompanhar o espetáculo. Os 24 quilômetros de orla recebem águas cristalinas e mornas em suas praias urbanas de Cabo
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Branco, Manaíra, Bessa e Tambaú. A vida noturna se concentra em Tambaú, com bares, casas noturnas e restaurantes. Ao norte, vale visitar a rústica praia de Cabedelo, próxima à praia fluvial do Jacaré – famosa por programas turísticos na região, bares em palafita e feirinha de artesanato. Menos visitado, o litoral sul esconde enormes falésias coloridas, coqueirais e recifes que formam piscinas naturais.
EM JOÃO PESSOA TEM... »»Farol do Cabo Branco, local mais oriental das Américas. »»24 quilômetros de orla. »»Marinas. »»Centro histórico rico em arquitetura colonial. »»Estação Ciência, projetada por Oscar Niemeyer. »»Calçadão, feira de artesanato, bares e restaurantes. »»Parque Sólon de Lucena, o cartão postal da cidade. O monumento A Pedra do Reino, homenagem a Ariano Suassuna, está no local.
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Tudo certo na Bahia Conhecido mundialmente pela decoração rústica, o hotel Uxua comemora cinco anos e nos presenteia com nova hospedagem e gelateria própria Por Brenda Leão
NESTE ANO DE 2014, O UXUA Casa Hotel & Spa, em Trancoso, na Bahia, comemora cinco anos. O Uxua traz um conceito diferente de casa-hotel, que ainda prestigia e integra os 500 anos de história da cidade. As 11 casas que compõem o hotel ficam localizadas em uma pequena vila de pescadores. Das moradias, quatro foram o lar de pescadores – hoje fielmente restauradas –, com a entrada voltada ao Quadrado, ampla praça do século XXVI. As outras seis habitações ficam dispostas em um exuberante jardim, sem contar a casa da árvore com alto padrão ecológico. O projeto é assinado pelo designer holandês Wilbert Das, que precisou da colaboração de artesãos locais para mesclar a arquitetu-
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ra tradicional da região com um toque contemporâneo. Elementos rústicos e ambientes espaçosos fazem cada casa ser ímpar, com antiguidades brasileiras, arte baiana e móveis customizados. Detalhes mostram a delicada exclusividade do local, como as luminárias criadas em conjunto com índios Pataxó, chuveiros esculpidos em tronco de eucalipto e antigos barcos de pesca restaurados que fazem o papel de espreguiçadeiras. A casa Seu Pedrinho, de frente para o Quadrado, foi inspirada na mais antiga árvore Bougainvillea da região e, por isso, a cor magenta na composição da suíte de 135 m², com espaço arejado. A Casa da Árvore é suspensa sobre uma árvore e construída com madeira reciclável. Apesar da aparência rús-
Estilo ímpar Cada casa traz elementos rústicos da arte baiana mesclados com um toque contemporâneo
tica, a casa presenteia os hóspedes com pequenos luxos: varanda coberta, sala de estar ao ar livre e ofurô no deck externo. A mais nova integrante dessa cartela é a Terraço do Céu, com um terraço – praticamente – dos deuses, que dispõe de pergolado e uma piscina com vista privilegiada. Para garantir o lazer dos clientes, o Uxua Praia Bar, construído a partir de antigos barcos de pesca abandonados, oferece espaçosos sofás de madeira e gazebos com teto plano. A novidade desta temporada é a gelateria própria do Uxua, em uma antiga casa do Quadrado, com sorvetes artesanais de frutas. Uxua Casa Hotel & Spa www.uxua.com +55 73 3668 2277
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Avant Première 2014
A Ferretti Group Brasil abre as portas de sua fábrica em um almoço especial para promover o lançamento do iate 660 Targa
A FERRETTI promoveu o Avant Premièri 2014 em sua fábrica, em São Paulo. O almoço – com direito a churrasco – apresentou aos convidados o mais recente lançamento da Ferreti: a embarcação 660 Targa. A concessionária Comark também fez parte do evento para divulgar a nova Mercedes C-Class, com direito a test drive para os convidados. Outros quatro modelos da categoria AMG também marcaram presença.
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No Avant Première da Ferretti, os convidados conheceram o novo modelo 660 Targa e, de quebra, puderam testar a nova Mercedes-Benz C-Class
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No caminho dos chineses Em setembro, a família Schurmann partiu para a Expedição Oriente, a nova aventura ao redor do mundo para refazer a rota que os chineses teriam feito em 1421, décadas antes dos europeus Por Leandro Portes/ Fotos Família Schurmann/ Expedição Oriente
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esde a década de 1980, o economista Vilfredo Schurmann e sua esposa Heloísa fazem do mar um estilo de vida. Foi navegando que eles criaram os três filhos e se tornaram personagens conhecidos mundo afora pelas façanhas conquistadas dentro de um barco. Em setembro, eles se lançaram ao mar novamente para a terceira expedição ao redor da Terra. O roteiro reserva lugares desconhecidos e a nova travessia também marca a estreia da terceira geração a bordo: o jovem Emmanuel integra a tripulação Schurmann, formada, também, pelos
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filhos Wilhem, David e Pierre (os dois últimos sobem a bordo em alguns trechos da aventura). Kat, a filha caçula, falecida em 2006, está simbolicamente presente ao inspirar o nome do novo veleiro da família, neste projeto que envolve inovação, tecnologia e sustentabilidade. A inspiração para a viagem veio por meio de uma teoria de que foram os chineses os primeiros a chegarem à América (70 anos antes de Cristóvão Colombo), a navegarem o globo um século antes de Fernão de Magalhães, descobrirem a Antártica e atingirem a Austrália 320 anos antes de James Cook.
Serão dois anos e três meses de expedição, que passará por quatro oceanos, cerca de 50 portos, 29 países e cinco continentes
Os argumentos estão no livro “1421: O ano em que a China descobriu o mundo”, do inglês Gavin Menzies, que intrigou os Schurmann. Assim, a família está em busca de respostas com o objetivo de desvendar os segredos e mistérios dos mares a partir da perspectiva oriental. Depois de cinco anos de preparação – que envolveu pesquisas, planejamento e busca por patrocinadores –, a Expedição Oriente se tornou realidade e os Schurmann partiram do porto de Itajaí (SC) no dia 21 de setembro. Nos próximos dois anos e três meses, eles percorrerão quase 50 mil quilômetros, passando por quatro oceanos, cerca de 50 portos, 29 países e cinco continentes. Pela primeira vez, chegarão à Antártica e à República Popular da China. Uma aventura ousada e de respeito. Junto com os navegadores estarão mais 12 tripulantes, com novatos que participaram de cursos e treinamentos para vivenciarem na prática a vida no mar. As regras incluem algumas mudanças de comportamento, como tomar banhos rápidos e cuidados para evitar o desperdício de água. Além dos integrantes da família, há a chef de cozinha Ben Lieberbaum, o marinheiro Carlos Antonio da Silva, o coordenador de mídia, produtor e fotógrafo Eduardo Talley, o operador de som e marinheiro Fa-
biano de Queiroz, o operador de elétrica e eletrônica Fernando Horn, a administradora financeira Gabriela Chimbo, o diretor de fotografia Gustavo Millet, o assistente de direção Heitor Cavalheiro e a administradora de Logística Natalie Ancieta. EDUCAÇÃO A BORDO
Em 1984, quando a Família Schurmann partiu pela primeira vez rumo ao mundo, os filhos Wilhelm, David e Pierre cresceram e estudaram a bordo. Em 1997, foi a vez da filha Kat, então com 5 anos, embarcar na Expedição “Magalhães Global Adventure” e fazer do veleiro e do mundo sua escola itinerante. Para manter a tradição na área pedagógica, a Expedição Oriente envolve importantes ações educacionais e, a partir de amostras coletadas durante a viagem, haverá um estudo com análises da qualidade das águas e dos plânctons do planeta, tendo como referência os locais por onde o veleiro navegar.
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a bordo
A ROTA DA EXPEDIÇÃO ORIENTE 1 Itajaí (Santa Catarina); 2 Punta Del Este (Uruguai); 3 Buenos Aires (Argentina); 4 Mar Del Plata (Argentina); 5 Puerto Madryn (Argentina); 6 Puerto Deseado (Argentina);
7 Ushuaia (Argentina), com navegação pelo interior dos fiordes;
13 Ilha de Juan Fernandez (Chile); 14 Ilha de Páscoa (Chile);
8 Antártica;
15 Ilha Pitcairn, passando por alguns atóis na Polinésia Francesa (16) (Ilhas Tahiti, Moorea, Huahine, Tahaa, Bora Bora e Mopelia);
9 Puerto Willians (Chile), com navegação nos canais chilenos, passando pelas cidades de (10) Puerto Chacabuco e (11) Chiloé;
17 Ilhas Cook;
12 Puerto Montt (Chile);
16 16 42 42 17 17
15 15
14 14
1 13 13
3 3 12 12 11 11 10 10 9 9
5
5
6 6 7 7
8 8
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2 2 4 4
1
18 América Samoa e Western
25 Ilha de Guam (Micronésia Saipan);
Samoa (Polinésia);
Ilhas Marianas (Micronésia);
19 Vavau, passando pelas Ilhas
26 Okinawa (Japão);
Monothaki;
35 Ilhas Chagos (Oceano Índico); 36 Atol Cargados & Carajos;
27 Shangai
20 Fiji;
37 Ilhas Maurício
28 Guangzhou ou Xiamen (China);
21 Opua e Auckland (Nova
38 Reunião (Oceano Índico);
29 Hong Kong;
Zelândia);
22 Brisbane, com paradas na grande
39 Tonalaro (Madagascar);
30 Ho Chi (Vietnã);
40 Port Elisabeth (África do Sul)
barreira de Corais (Austrália);
31 Natuna Island (Indonésia);
24 Alotau, com passagem pelas ilhas (23) New Ireland, New
32 Singkwang (Ilha de Borneo);
41 Cidade do Cabo (África do Sul); 42 Ilha Santa Helena (Oceano Atlântico);
33 Jacarta (Indonésia);
Hanover e Mussau;
34 Singapura;
27 27 28 28
26 26
29 29 30 30
25 25
31 31 34 34 38 38
36 36
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33 33 23 23
37 37 39 39 41 4140 40
18 18 20 20 19 19
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21 21
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a bordo
O VELEIRO
A casa dos Schurmann durante a expedição é o veleiro Kat, projetado e construído especialmente para a aventura. A embarcação tem 80 pés de comprimento e 6,65 metros de largura, quilha retrátil de 18,5 toneladas e peso total de, aproximadamente, 67 toneladas. Além de muito seguro e de oferecer conforto aos integrantes (são sete cabines no total), o veleiro conta com tecnologia de ponta para ajudar na navegação, principalmente por regiões inóspitas ao redor do globo. Um sistema elétrico digital, 100% brasileiro, substitui o tradicional sistema analógico fabricado para veleiros e permite o controle remoto de todas as funções do barco por dispositivo móvel a quilômetros de distância. Toda a iluminação a bordo é feita por lâmpadas em LED de baixo consumo. A energia poderá ser captada por quatro fontes diferentes: eólica, painéis solares, dois hidrogeradores e duas bicicletas ergométricas com turbina. As forrações do motor e o isolamento térmico do forro são feitos de material reciclado. Modernos sistemas de reciclagem de resíduos e de dessalinização de água reduzem ainda mais o impacto no meio ambiente.
O veleiro Kat foi construído especialmente para a expedição. Conforto, segurança e tecnologia são as principais características da embarcação, que será a casa dos Schurmann por mais de dois anos
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Uma das novidades da nova saga é a possibilidade de acompanhar a viagem e interagir com a tripulação. A plataforma digital será bastante explorada, com ações, conteúdos e aplicativos. No site oficial do projeto há um diário de bordo que conta o dia a dia da equipe, traduzido em cinco idiomas. Para nós, resta desejar uma boa viagem à família e aguardar boas surpresas durante a aventura e, depois, o retorno à terra firme. Expedição Oriente www.expedicaooriente.com.br
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VOLVO OCEAN RACE CONTA COM PARTICIPAÇÃO BRASILEIRA Maior regata de volta ao mundo já começou A Volvo Ocean Race, maior regata de volta ao mundo, tem participação de um atleta brasileiro. O representante é André Fonseca, apelidado de Bochecha. O velejador catarinense de 36 anos será chefe de turno do Team España durante as provas. Bochecha está em sua terceira regata Volta ao Mundo. Em 2005-2006, o atleta correu no Brasil 1, primeiro e, até agora, único barco do país na regata. O time de Torben Grael ficou em terceiro lugar. Na edição seguinte, a de 2008-2009, o velejador integrou o Delta Lloyd. No currículo de André Fonseca estão as participações olímpicas em Atenas-2004 e Pequim-2008, ambas na classe 49er. A Volvo Ocean Race começou em 4 de outubro, na cidade de Alicante, Espanha, e tem previsão de término em março de 2015.
BRASIL FATURA TÍTULO NO MUNDIAL DE VELA As velejadoras Martine Grael e Kahena Kunze conquistaram o Mundial de Vela de Santander, na Espanha, pela classe 49erFX. O título coroou a temporada da dupla brasileira em 2014 e foi a única medalha do país na competição. A prata ficou com as dinamarquesas Ida Marie Nielsen e Marie Olsen; e o bronze com as italianas Giulia Conti e Francesca Clapcich. A competição definiu 50% das vagas da Vela para os Jogos Olímpicos Rio 2016. Por ser o país-sede, o Brasil já possui vaga em todas as dez classes olímpicas.
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COPA SUZUKI JIMNY DE VELA Temporada 2014 está chegando ao final. Resta apenas uma etapa Em dois finais de semana de setembro aconteceu a terceira etapa da Copa Suzuki Jimny de Vela, no Yacht Club de Ilhabela. No primeiro (dias 13 e 14), bons ventos e clima agradável marcaram a competição, que contou com cerca de 30 barcos. Embora seja a penúltima etapa, duas embarcações estrearam na competição: o Zeppa, de Diego Zaragoza, na classe RGS, e a tripulação do Atrevido, da classe HPE, que utilizou o campeonato como treinamento. Já no final de semana seguinte (dias 20 e 21), o sol não
apareceu e os competidores enfrentaram também ventos inconstantes. A disputa nas classes One Design vai marcando a supremacia do Ginga, na HPE, que terminou esta etapa em primeiro lugar, seguido do Suzuki Bond Girl e do Fit to Fly. Na C30, o Caballo Loco se mantém em primeiro lugar, à frente do CA Technologies e do Caiçara Porsche, segundo e terceiro, respectivamente. Por fim, na RGS, o Montecristo assumiu a liderança, com o Asbar II, em segundo, e o Fram, em terceiro.
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YCSA/DIVULGAÇÃO
A ação aconteceu na represa de Guarapiranga
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O Yacht Club Santo Amaro (YCSA) participou, no dia 21 de setembro, de uma ação que envolveu 676 clubes náuticos de 70 países, cujo objetivo foi levar cerca de 16 mil velejadores a lagos, represas, rios e oceanos. A ação foi motivada pela Bart’s Bash Regatta, que pretende inspirar futuros velejadores, formar profissionais em marinharia e cooperar com instituições beneficentes por meio da Andrew Simpson Sailing Foundation. O YCSA levou para a Represa Guarapiranga 33 embarcações tripuladas por 56 velejadores, que disputaram regata de 5.800 metros, dividida em duas pernas. A regata foi filmada, fotografada e testemunhas assinaram os documentos que validam a prova.
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coluna nasseh
NÃO ESCORREGUE
NA SUPERFÍCIE Quem constrói ou repara barcos tem na colocação das superfícies antiderrapantes um problema de difícil solução, na maioria das vezes, principalmente pelo grande número de opções e receitas disponíveis. E nem todas produzirão o efeito desejado
Jorge Nasseh é engenheiro naval, mestre em ciências em engenharia oceânica e CEO da Barracuda Advanced Composites
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uperfícies antiderrapantes são sempre necessárias em partes do convés de um barco onde o tráfego de tripulação é constante. No caso de um modelo novo de barco, o construtor deve, inicialmente, pensar em qual textura usar sobre a superfície do convés e em como aplicar. Normalmente, utiliza-se uma superfície de vinil texturizada para fazer os modelos que serão colocados sobre o plug antes de tirar o molde. A textura colocada sobre o plug deve ser fêmea para reproduzir no molde o desenho correto. Existem alguns produtos à base de vinil que podem ser usados, mas nem todos têm boa resistência ao estireno do gelcoat e da resina, e
podem se soltar na hora da fabricação do molde, o que seria um desastre total. Uma empresa americana desenvolveu uma superfície plástica de vinil especialmente feita para esta finalidade e registrou as patentes em 1992. Elas são produzidas em vários desenhos que podem combinar melhor com cada tipo de barco. Depois que o plug do convés estiver pronto, o construtor deve começar a desenhar onde vai colocar as superfícies antiderrapantes e fazer modelos com uma chapa fina de fibra ou com um compensado naval de 4 mm. Após cortar o vinil, ele deve ser colado com um adesivo especial sobre o plug. Nem todo
produto promove uma colagem estável e garantida contra os efeitos do vapor da resina e estireno. Sempre é bom testar em um pequeno pedaço para saber a compatibilidade dos sistemas. Ao término da colagem das placas de vinil, deve ser aplicado um leve raio de acabamento entre a superfície antiderrapante e o convés, de modo que ela tenha uma transição suave. No final, usa-se uma lixa fina para terminar o adoçamento da superfície. No caso de barcos construídos no sistema one-off, ou mesmo no caso de reparos que incluem a remoção e a substituição das superfícies antiderrapantes, o processo é um pouco diferente. Deve-se conseguir uma folha de textura antiderrapante negativa e laminar um molde para que a textura seja reproduzida do lado correto. Quando o molde estiver pronto, aplica-se o desmoldante e o gelcoat. Com o gelcoat curado, o passo seguinte é laminar uma camada de manta de fibra de vidro de 300 g/m² e esperar curar o painel para desmoldar. Coloque o gabarito das superfícies sobre esta placa e com o auxílio de uma tesoura bem amolada corte com cuidado os formatos para não danificar a folha antiderrapante. A folha de manta com o antiderrapante deve ser colada com resina sobre o convés já lixado e previamente preparado para receber no local correto o novo acabamento. Isole o local para o adesivo não contaminar o restante do convés. Use uma fita crepe larga bem
Não vacile na hora de escolher e aplicar a superfície antiderrapante do seu barco, seja ele novo ou antigo. Fique atento às opções disponíveis
ajustada nos cantos e raios e aplique adesivo à base de poliéster (ou epoxy) e pressione a nova superfície contra o convés. A melhor e mais profissional maneira é com uso de vácuo, mas nem todos os construtores e profissionais da área de reparos têm acesso à técnica. De qualquer forma, depois de colar a nova placa no convés, aplica-se um raio de massa feita com gelcoat e sílica para conseguir um acabamento perfeito. Ao final, isole o novo antiderrapante e pinte a superfície do convés. Refazer as superfícies de um convés antigo é ainda mais trabalhoso e consome bastante tempo. Também não é uma operação fácil, mas em muitos barcos com alguma idade será necessário, pois repintar o convés apenas fecha a textura antiga e não produz o efeito de segurar a tripulação. Em barcos a motor com uma superfície do cockpit confinada, pode ser
até aceitável, mas em modelos a vela, que navegam adernados a maior parte do tempo, o resultado será desastroso. Uma opção intermediária para reparar todo o convés é retirar a textura antiderrapante antiga com o auxílio de lixadeira e, depois, repintar a superfície com uma tinta especial com grãos de microesfera sólida, que produz uma boa resposta e evita que a tripulação escorregue. Embora muitos donos de barcos gostem e achem que a superfície original impressa no convés mantém o valor do barco usado, vale a pena repensar o custo-benefício das opções. Eu gosto da superfície do convés pintada, mesmo em um barco novo. São poucos os construtores de barcos seriados que conseguem reproduzir com eficiência a textura em placas e, no final, o resultado parece amador.
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coluna capitão
NAVEGAR EM
MAU TEMPO, POR QUÊ? Cautela com a previsão do tempo é uma das características fundamentais para um passeio de barco sem surpresas
Marco Antonio Ferrari Carneiro é skipper de veleiros, lanchas e trawlers, instrutor de cursos teóricos e práticos de navegação e segurança marítima
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audações, navegadores! Há um sério problema em confiar mais nos eletrônicos e nas tecnologias de ponta a bordo do que nos detalhes mais simples, como verificar a meteorologia antes de sair de barco. O planejamento da viagem ou passeio de final de semana é fundamental para a arte de navegar com segurança. Durante as minhas aulas, reforço sempre a importância da meteorologia e, também, a influência e
importância do tempo. Lição que aprendi com os meus primeiros professores da Praia do Perequê, em São Paulo, e com os pescadores locais, que dentro da sua simplicidade me ensinaram a ler os sinais da natureza. Certa vez, recebi um e-mail de um aluno de atividades práticas, que navega desde 1985, perguntando qual era o melhor intervalo de tempo para navegar em um barco de 27 pés. Eis um comandante
DE OLHO NOS NÚMEROS cuidadoso que, mesmo com a experiência, busca um único dado para decidir o final de semana. A intenção da pergunta mostra um verdadeiro comandante: dedicado e calculista, no bom sentido. Então cabe a pergunta: navegar em mau tempo, por quê? A resposta é simples: a princípio, só corre o risco de navegar em mau tempo quem faz grandes viagens ou fica mais de 48 horas no mar. Fora isso, são comandantes irresponsáveis que fazem aventuras, e não cruzeiros ou pequenos passeios. Hoje em dia os comunicados de televisão, rádios e, principalmente, sites meteorológicos acertam 100% a previsão do tempo para as próximas 36 e 48 horas.
“só corre o risco de
navegar em mau tempo quem faz grandes viagens ou fica mais de 48 horas no mar” Tudo começa no planejamento da viagem, entre os itens fundamentais está “consultar a meteorologia”. Para grandes viagens, vale consultar os roteiros náuticos. No Brasil, os roteiros destacam que a melhor época para navegar na costa paulista é de janeiro a março. No sul do país, o ideal é de dezembro a março. No norte, a partir de abril até novembro. Sem contar, obviamente, algumas variáveis, como lo-
Os valores abaixo, retirados da Tabela Beaufort, recebem mais atenção. Os números valem tanto para uma embarcação com mais de 23 pés e casco em “V” quanto para navegação costeira, a um navio: Força (grau) máximo: 5. Período da onda: de 6 a 8 segundos entre cristas. Velocidade do vento: 7,5 - 9,8 m/seg, 27 - 35 Km/h ou 17 a 21 nós. Estado do mar: mar agitado, vagas moderadas, muitos “carneiros” e
possibilidade de borrifos e as águas começam a ondular.
Em terra: pequenas árvores “se movem”. Altura da onda: nesta escala teremos ondas de 2 a 2,5 m. Direção das ondas: preferencialmente a favor. Estado do mar: brisa forte.
cal, presença de frentes, El Niño, La Niña, entrada de barras, tamanho dos barcos e tripulação. Navegações locais dependem da geografia. Tendo como exemplo Ilha Bela, em São Paulo, se o vento sopra do quadrante sul, vamos para o norte. Se os ventos fortes sopram do quadrante norte, vamos para o sul, na praia do Curral. Com ventos do sul, vale ir para a Ilha Grande. Ventos fracos de leste, visite a Parnaioca, Dois Rios e outros lugares maravilhosos. A Bahia é um caso à parte: a Bahia de Todos os Santos é linda, mas o mar do Nordeste é bem agitado. Fique atento. “Mas, Capitão, me dê regras gerais, quero navegar pelo mundo”. Para navegar, você precisa ser habilitado, não só tirar uma “carteirinha”. Faça um curso de meteorologia, consulte sua estação meteorológica (barômetro, termômetro e higrômetro), aprenda a ler a Tabela Beaufort, ouça as rádios, veja a televisão e consulte os sites, principalmente o da Marinha do
Brasil. Não se esqueça de unir teoria e prática. Pergunte ao morador local, ao clube e principalmente ao pessoal da marina. A marina é responsável indiretamente pela sua segurança. Se o responsável falar para você não sair, não vá. Se ele alertar para você não ir longe, não o faça. Bem, comandantes, saibam que temos a vida toda para navegar, não precisamos correr riscos. Vamos dar um basta em perdas de vidas no mar por erros de planejamento.
SITES METEOROLÓGICOS IMPORTANTES: Marinha do Brasil: www.mar.mil.br/dhn/chm/meteo CEPTEC – INPE: www.cptec.inpe.br GRIB: www.grib.us Sailing Weather: www.passageweather.com Windguru: www.windguru.cz/pt
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Foto Marco Yamin
coluna sobre as águas
UM MARCO NA
VELA BRASILEIRA Mundial de Martine e Kahena é histórico para categoria
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Antonio Alonso é capitão amador, autor do blog Sobre as Águas, no portal UOL, e jornalista náutico há 10 anos
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o mês de setembro, Martine Grael e Kahena Kunze conquistaram na Espanha e o primeiro título mundial de uma classe olímpica em toda história da Vela feminina do Brasil. Não sem razão, a dupla foi escolhida pela ISAF para concorrer ao prêmio de melhores velejadoras do ano de 2014, outro feito inédito entre as mulheres brasileiras. Elas já eram líderes do ranking mundial da novíssima classe 49erFX e venceram a final com uma velejada magistral, digna das melhores do planeta. Saíram atrás, sabiam o que tinham de fazer e, na última perna, ultrapassaram as dinamarquesas. Mas a vitória significa muito mais do que a revelação de um enorme talento ou da consagração de uma dinastia da Vela. Essa vitória é histórica e dá à Vela brasileira uma dignidade que há muito tempo lhe era devida. Em 2008, o bronze de Fernanda Oliveira e Isabel Swan, na Olimpíada de Pequim, tirou nossa vela feminina da pré-história com a primeira medalha olímpica em mais de um século da modalidade nos Jogos, 40 anos depois do primeiro
pódio brasileiro. Agora, em 2014, esse título de Martine e Kahena dignifica um país que nunca deu bola de verdade para suas velejadoras. Não foi por falta de professores, de clubes ou de talentos. Foi porque não demos bola mesmo. Nem precisamos olhar muito para trás, basta lembrar de outra dupla vencedora, Laura Zanni e Isabel Ficker, campeãs do Mundial da Juventude na 420 e que abandonaram o esporte pouco depois. Quem não se lembra do talento fenomenal de Mariana “Didi” Basílio? Outra que também não encontrou no Brasil as condições para ser a atleta que poderia ter sido. Não, o Brasil não é um país péssimo que não valoriza o esporte. Longe disso. A responsabilidade é nossa, torcedores, velejadores, técnicos, patrocinadores. Nós é que deixamos tantos talentos a um passo da glória. Entre outros motivos menores, porque ainda somos, sim, machistas a valer. Em tempos de Levy Fidelix, vale pensar nisso. Parabéns, Martine e Kahena. Parabéns, mulheres. A Vela agradece. O Brasil agradece.
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