Revista Boat Shopping #60

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ano 10 - nĂşmero 60 - www.boatshopping.com.br

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Publisher Caio Marcio Lopes Ambrosio

Sessa Marine F42 - Fly 72

Diretor de Redacão Caio Ambrosio

Arth Marine 415 78

caioambrosio@boatshopping.com.br

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Jornalista Leandro Portes

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Editora de arte Júlia Melo

Bayliner 25 108

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Designer Lygia Pecora

Bavaria 420 Virtess 120

Colunistas Jorge Nasseh e Marco A. Ferrari Carneiro

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Assistente de produção Kadu Abreu

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Notícias 24

Boat Shopping é uma publicação do Boat Brasil Mídia Group (edição 60 janeiro/fevereiro). Os artigos assinados não representam necessariamente a opinião da revista. É expressamente proibida a reprodução ou cópia, de parte ou do todo, de textos e fotos publicados na Boat Shopping sem autorização prévia.

colunas

Redação e publicidade Rua Helena, 280, Vila Olímpia, CEP 04552-050, São Paulo, SP

Editorial 18 Boat Online 20 Top 5 Site 22 Planeta Água 178

pelos mares

Nasseh 170 Capitão 172

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Colaboraram nesta edição Texto: Guilherme Kodja Fotos: Alexandre Correa, Charles Johnson, Laki Petineris, Philippe da Costa e Ricardo Rodrigues

AZIMUT 50 152



editorial

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10 ANOS!!! SIM, CHEGAMOS À EDIÇÃO QUE SELA A TRAJETÓRIA DA BOAT SHOPPING no cenário náutico nacional. Durante esse período, muitas pessoas passaram por nossa redação e que, de certa forma, colaboraram para que a revista se tornasse a principal referência para os leitores e amantes da náutica brasileira. Para essas pessoas só podemos agradecer pelo empenho e dedicação. Muitos momentos marcam a nossa história, mas os testes definitivamente mudaram nosso rumo. A análise de cada embarcação se dá através do melhor uso do barco e traçamos um perfil completo sobre o modelo testado. Aqui, pensamos exclusivamente em mostrar a proposta do barco. Outro momento importante foi a criação do Boat Xperience, o único evento náutico do estado de São Paulo com barcos na água. Começamos em São Sebastião, cidade que nos recebeu com os braços abertos e, a partir de lá, o evento foi tomando seu rumo e hoje figura entre um dos melhores para o mercado e, principalmente para o público, que tem a facilidade de testar o modelo desejado na hora. O Brasil não era o bastante e, por isso, fomos em busca de um sonho: fazer parte do maior grupo de mídia náutico do mundo. E conseguimos! Trouxemos para o Brasil a renomada Revista Boat International e, com ela, o conteúdo mais exclusivo do mercado mundial, totalmente em português para você ficar antenado sobre tudo o que acontece lá fora e ter acesso aos barcos mais exclusivos do planeta. Finalizando com chave de ouro esse ciclo, reformulamos o site da revista e nossas mídias sociais e, com isso, nos tornamos o maior portal de notícias náuticas do Brasil. Boa leitura! Caio Ambrosio - Diretor de redação caioambrosio@boatshopping.com.br

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online

[facebook] /boatshopping

[Instagram] @boatshopping

Nova Intermarine 62 apresenta inédita plataforma retrátil para o mercado nacional. O projeto é assinado pelo renomado designer Luis de Basto.

O barco mais rápido construído no Brasil atinge 120 Mph e é feito pela @superboatsbrasil. São diferentes modelos de offshore e catamarã. Para os amantes da velocidade vale a pena conhecer um pouco mais o trabalho realizado pela empresa

Tropical Island Paradise - uma ilha com 90 m, acomoda 10 convidados e navega a incríveis 28 km/h [twitter] @boatshopping

Boston Whaler 280 Outrage será lançada no Boat Show de Nova York http://bit.ly/1R92V5T

Nova loja de embarcações de alto luxo inicia operações na Bahia Marina http://bit.ly/1O0OOvI

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top 5 site

As mais acessadas do site Boat Shopping Confira as postagens mais vistas no último mês no www.boatshopping.com.br 1

CONHEÇA O DESTROYER AMERICANO DE 600 PÉS E US$ 4.8 BI O maior destroyer já construído pela marinha americana foi para o mar no início de dezembro. O navio futurístico tem 600 pés de comprimento e 15 mil toneladas. http://bit.ly/1jMb5Cq

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TRÁFEGO GLOBAL DE BARCOS VISTO DO ESPAÇO Durante uma semana, a FleeMon Explorer rastreou o tráfego global de 100 mil embarcações (navios, iates, balsas, rebocadores etc) e criou uma timelapse para você entender um pouco mais sobre esse assunto. http://bit.ly/1UtShVM

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CATAMARÃ DE 234 PÉS TEM PISCINA, HELIPONTO, SUBMARINO E MUITO MAIS O escritório francês de arquitetura e design, VPLP Design, revelou um vídeo sobre o novo conceito de catamarã de 234 pés (71m). Desenvolvido para cruzar os oceanos, mas ágil e com baixo calado, o barco tem muitos espaços abertos. http://bit.ly/1Yz9A8y

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INTERMARINE APRESENTA BARCO DE 62 PÉS COM BEACH CLUB Pré-lançada em dezembro, a Intermarine 62 é a grande novidade do estaleiro, que ganhará os mares no segundo semestre de 2016 com inovações no mercado nacional. O modelo foi projetado por Luiz de Basto. http://bit.ly/1NgaUaQ

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HELICÓPTERO POUSA EM MEGAIATE Um vídeo de dois minutos mostra um helicóptero EC135 pousando em um megaiate em movimento. Toda a operação é capturada, desde a aproximação da aeronave até o pouso. Muita perícia do piloto! http://bit.ly/1Sv0xFT

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pelos mares

Notícias e lançamentos em um giro pelo mundo náutico

NOVIDADES INTERMARINE O estaleiro paulista Intermarine encerrou 2015 com duas novidades para o mercado. A primeira é o lançamento do iate de 66 pés. O barco é uma evolução do modelo 65, com grandes janelas do salão e novas faixas em vidro nos costados, trazendo iluminação natural e integração com o mar. O corredor principal não possui degraus, criando uma circulação mais agradável e maiores possibilidades de personalização. O espaço é divido entre sala de estar, sala de jantar, cozinha e posto de

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comando. No deck inferior encontram-se as quatro cabines. A máster está à meia-nau e ocupa toda a largura da embarcação. A Intermarine 66 é equipada com dois motores MAN 1200, que pode alcançar até 32 nós de velocidade máxima e 28 nós de velocidade de cruzeiro. A outra boa notícia é a chegada de mais uma embarcação para 2016, a Intermarine 62. Projetada pelo designer Luiz de Basto, o barco se destaca por seu design elegante e pelo volume externo. A inovação está presente também em diversas soluções adotadas e opções de customização e layout. Oferecer uma experiência incomparável ao ar livre. Essa foi a missão ao conceber o beach club, um verdadeiro lounge com 18 m2 no nível do mar. Ao ancorar a embarcação, duas plataformas laterais no costado abrem-se e conectam-se à plataforma de popa central, criando uma nova área de convivência para desfrutar, com muito mais espaço que qualquer outra embarcação. A motorização será de 2x Volvo IPS 1200 ou 2 x MAN 1200, opcional.


NX BOATS AMPLIA GAMA O estaleiro pernambucano NX Boats lançou no mês passado a terceira embarcação da linha, a NX280, que já saiu com quatro unidades vendidas. A lancha é a primeira versão cabinada do estaleiro, com capacidade para 11 pessoas durante o dia e quatro pessoas para pernoite. Na cabine há espaço para duas camas, frigobar, micro-ondas, TV, DVD, além de armários. Com pé direito de 1,83 m, o cockpit terá sala, mesa de centro em teca, área coberta, barzinho e cristaleira. Na plataforma de popa há uma área gourmet com churrasqueira embutida. O modelo é vendido a partir de R$ 245 mil.

Ficha técnica Comprimento: 8,50 m Boca: 2,78 m Calado: 0,5 m Tanque de combustível: 330 litros Tanque de água: 120 litros

Capacidade: 11D / 4N Motorização: 250 – 350 HP Pé direito do banheiro: 1,72 m Capacidade da cabine: 1,83 m Preço: a partir de R$ 245 mil

FERRETTI 550 CHEGA PARA BRIGAR A Ferretti lançou a nova embarcação 550, com o objetivo de cobrir uma lacuna que havia na sua linha. A embarcação foi criada em parceria com o departamento de engenharia e o Studio Zuccon International Project. Com um novo casco, um design atraente, excelente espaço interno e novo arranjo da casa de máquinas, a Ferretti 550 tem todos os requisitos para avançar no mercado das 55 pés. O barco combina linhas elegantes com muita claridade no interior. A luminosidade também se faz presente nas cabines através de três grandes janelas no costado. O estaleiro optou por um flybridge um pouco menor, mas o barco ganhou um lounge na proa, com sofá e solário, que é uma tendência nos modelos atuais nessa faixa de tamanho. Este primeiro casco saiu de fábrica com três cabines e dois banheiros. Duas outras opções de layouts para os decks estão disponíveis. O barco fez o debut no mercado norte-americano durante o Fort Lauderdale International Boat Show.

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N

esta edição especial de 10 anos, resolvemos fazer algo diferente e que nos orgulha muito: um especial de testes com os melhores barcos que já passaram por nossas páginas. Os testes foram um divisor de águas da Boat Shopping e marcaram uma nova era para a revista, bem como a modernização do projeto gráfico que ainda passa por algumas mudanças. Selecionamos 23 modelos de 21 estaleiros, entre 18 e 56 pés. Essas embarcações foram as mais comentadas nas redes sociais. Reeditadas, as reportagens também estão com os valores atualizados vigentes no mês de dezembro de 2015 (informados pelos próprios estaleiros). Assim, você poderá ter uma boa referencia das melhores embarcações do mercado nas próximas páginas. Boa leitura!

GT 26

Bayliner 250BR

Cimitarra 560 Sundeck

Phantom 303

Fibrafort Focker 305 GT

Ventura V330 Premium

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NAVEGAMOS

Magnum 39 Sport

A mais antiga esportiva

continua viva

A Magnum 39 Sport é um ícone entre as lanchas esportivas brasileiras. Trata-se de um raro exemplo de barco ainda fabricado há décadas pelo mesmo estaleiro que o lançou. O segredo do sucesso? A simplicidade em favor do custo-benefício e a navegação, sempre empolgante Por Guilherme Kodja / Fotos Laki Petineris

I

Imagine se a primeira versão do VW Gol fosse fabricada com o mesmo design do passado até hoje? Dificilmente manteria por tanto tempo a fama que conquistou. No mundo náutico, a história da offshore Magnum 39 Sport mostra o contrário. É o mais antigo barco sendo construído em série no Brasil (desde 1989). Desenvolvida a partir de um projeto do americano Don Aronow, a Magnum tem popa larga, proa alongada e centro de gravidade recuado para cortar as ondas em alta velocidade. O casco comporta até dois motores de centro-rabeta (com opção de rabeta de superfície) com potência que pode variar entre 200 e 1.000 HP em cada motor. O cockpit recebe muito bem até cinco pessoas num grande sofá em L, piloto e acompanhante num banco duplo no posto de comando e mais duas pessoas no solário de popa. Durante os passeios, os passageiros ainda

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têm o benefício de uma boa plataforma de popa. O estaleiro Magnum projetou uma nova targa, que deixou o desenho do casco um pouco mais atraente. Foi a única mudança no visual externo nos últimos 20 anos. Mas a grande sacada foi permitir que o desenho do cockpit e da cabine pudessem ser modificados ao gosto do cliente. Na unidade avaliada, o sofá aumentou e o solário de popa e a casa de máquinas diminuíram de tamanho. Na cabine sem divisórias, é possível mudar o banheiro de lugar e criar uma segunda cama de casal. O espaço disponível é tão aconchegante quanto o de uma cabinada de 41,5 pés convencional. O fato de ser uma offshore prejudica a altura, e, quanto mais perto da proa, mais baixo fica. Na sala, há dois sofás nas bordas e uma pequena cozinha, com espaço para geladeira de 80 litros, micro-ondas, uma pia acanhada e dois armários.


OS NÚMEROS DA NAVEGAÇÃO ECONÔMICA RPM

Velocidade (nós)

2850 29,1

Milhas/ Litro

Litros/ Milha

Autonomia (milhas)

84,8 0,34 2,91 223

Autonomia (horas)

8

A Magnum navega fácil. No regime de navegação mais econômico, sua velocidade atingiu os 29,1 nós, com um consumo bem baixo, de menos de 85 litros/hora. Agradou bastante.

CRUZEIRO RPM

Consumo (litros)

Velocidade (nós)

3650 37,6

Consumo (litros)

Milhas/ Litro

Litros/ Milha

Autonomia (milhas)

143

0,26 3,82 170

5

Consumo (litros)

Milhas/ Litro

Autonomia (horas)

243

0,19 5,16 126

Autonomia (horas) A velocidade de cruzeiro (apenas 8,5 nós acima da medição econômica) apresentou um consumo de 143,8 litros/hora, fazendo com que a autonomia despencasse para apenas 170 milhas.

MÁXIMA RPM

Velocidade (nós)

4650 47,1 6,2“

15

0

20

ACELERAÇÃO

Autonomia (milhas)

3

A velocidade máxima de 47,1 nós ficou dentro do esperado, já que a Magnum estava equipada com um total de 760 HP e rabetas esportivas, resultou em um consumo bem alto.

10

5

Litros/ Milha

Navegar do repouso aos 20 nós em 6,2 segundos é uma marca boa, considerando que a Magnum tem 41,5 pés de comprimento, pesa cerca de 2.300 kg e estava equipada com motorização (dois centro-rabeta de 380 hp cada) considerada média para uma lancha da categoria esportiva.

 A autonomia é avaliada com o tanque de combustível na sua capacidade máxima. Mas, atenção: como segurança, os passeios devem considerar obrigatoriamente uma reserva de 20% da capacidade total do tanque, do ponto de partida até o próximo ponto de abastecimento.  A navegação econômica é a mais eficiente medição para um barco, porque considera o melhor consumo da embarcação de acordo com a proposta do seu casco e o conjunto motorização/propulsão.

AS CONDIÇÕES DO TESTE: A avaliação da Magnum 39 Sport aconteceu nas águas de Ubatuba, sob dia nublado, ventos de cerca de 7 nós, mar calmo e ondas por volta de um metro em mar aberto, formadas em um período médio de nove segundos. A embarcação testada estava com o tanque de água cheio e o de combustível a 65%.

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NAVEGAMOS

Magnum 39 Sport

Desenvolvida por um célebre criador de lanchas velozes, a Magnum 39 Sport tem popa larga, proa alongada e centro de gravidade recuado, para cortar bem as ondas em alta velocidade

O DESEMPENHO NA PRÁTICA A Magnum 39 Sport cumpre o que promete? O casco da Magnum é derivado de uma 28 pés consagrada nos Estados Unidos. No Brasil, a Magnum 39 ganhou seu espaço graças à firmeza de sua navegação mesmo em condições desfavoráveis de mar e pela leveza da pilotagem, que dava ao piloto controle fácil e preciso de seu casco mesmo sob velocidade maior que os 50 nós. O desempenho é o foco principal, que tem pouco peso na proa para não prejudicar a performance. A navegação é firme e estável, passando confiança ao piloto mesmo quando

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as águas não estão tão calmas assim. É um casco que manobra com agilidade. Após as medições em águas mais abrigadas, conferimos uma velocidade intermediária entre a econômica e a de cruzeiro, com bom regime de rotação, boa velocidade e autonomia interessante. A 3.100 rpm, a Magnum alcançou 32,5 nós a um consumo médio de 100 litros por hora, garantindo autonomia de 211 milhas, o que significa uma viagem do Guarujá ao Rio de Janeiro sem escalas para abastecimento.


IMPRESSÕES AO NAVEGAR CONSTRUÇÃO

INOVAÇÃO

O casco é bem feito: de fibra maciça e laminado manualmente. Já o convés é de sanduíche de fibra com núcleo de compensado naval. Ao todo, pesa apenas 2.300 kg. O uso de núcleo Divinycell é opcional. Custa cerca de R$ 15 mil a mais, mas vale.

É um projeto antigo e que não sofreu nenhuma grande mudança, especialmente estética, nos últimos 20 anos. Ganhou apenas uma targa mais atraente, pinturas especiais no gelcoat e pequenas modernidades no cockpit e na cabine.

ACABAMENTO

DESEMPENHO

Simples, mas extremamente funcional. O mobiliário e as partes em fibra não têm bordas e cantos vivos. O estaleiro oferece a entrega de um bom barco e dentro da faixa de preço bastante atrativa. Apenas os estofamentos poderiam ter tecido mais moderno.

Com aceleração esportiva e velocidade final perto dos 50 nós, com dois motores de 380 hp cada, a Magnum continua majestosa na sua categoria, apesar da idade. Se equipada com motorização mínima, os números tendem a cair 25%, mas continuam interessantes.

SEGURANÇA

PILOTAGEM

O casco é seguro e bem firme, mesmo em dias de mar ruim em mar aberto. A elétrica tem boa instalação, mas não é estanhada e falta codificação completa. As conexões hidráulicas merecem braçadeiras duplas, especialmente na linha de combustível.

Sua proa alongada e a facilidade com que planeia e acelera empolgam qualquer amante da velocidade. A navegabilidade também é excelente, com leme leve e casco firme. A sensação ao navegar sobre a ondulação é de total controle.

CONFORTO A cabine é típica de uma offshore: tem bom 1,80 m na entrada, mas é baixa perto da proa. Tem uma cama de casal, banheiro fechado e até cozinha: o básico para um fim de semana a dois. No cockpit, tem espaço na medida para um bom solário e sofás.

SEU BOLSO É um dos pontos altos: oferece excelente custobenefício. O modelo mais básico custa a partir de R$ 329 mil, com 2 x Mercruiser 4.5 de 250 HP à gasolina, com rabeta Alfa. A versão top de linha tem 2 x Mercruiser TDI 4.2 de 170 HP, custando R$ 620 mil s/ opcionais.

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NAVEGAMOS

Magnum 39 Sport

MAGNUM 39 SPORT COMPRIMENTO TOTAL 12,65 m ( 41,5 pés) BOCA 3,65 m

O MELHOR USO A Magnum 39 Sport é uma lancha na medida para você? Trata-se de uma lancha que vai muito bem para quem busca passeios de apenas um dia em família (com, no máximo sete pessoas a bordo) ou para um fim de semana com pernoite de um dia. Nesse caso, o mais adequado é passar a noite com apenas duas pessoas a bordo, já que seu casco privilegia a navegação. A velocidade em cruzeiro econômico, na faixa dos 32 nós, comprova que seu casco é extremamente navegador – especialmente quando o tempo vira no meio do passeio. É uma excelente opção também pelo preço baixo. Se você não se importa em navegar em uma lancha nova, mas com cara dos anos 90, eis uma opção certa.

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ALTURA NA ENTRADA 1,79 m DA CABINE ALTURA NO BANHEIRO 1,50 m TANQUE DE COMBUSTÍVEL 650 l TANQUE DE ÁGUA 240 l NÍVEL DE RUÍDO EM 88 dB CRUZEIRO TIPO DE MOTORIZAÇÃO Apenas centro-rabeta POTÊNCIA DO MOTOR De 2 x 220/380 HP cada PESO SEM MOTOR 2.300 kg PESO DA MOTORIZAÇÃO 1.040 kg CAPACIDADE (DIA/ 16/4 PERNOITE) PROJETO Magnum FABRICANTE

Estaleiros Magnum do Brasil

LANÇAMENTO 1989



NAVEGAMOS

PRESTIGE 450 FLY

Mais do que APENAS BONITA A Prestige 450 Fly tem ingredientes que agradam tanto quanto a beleza e a eficiência do seu casco, como uma enorme suíte com acesso privativo, cozinha na entrada da sala, janelas grandes no costado e um grande flybridge para a categoria Por Guilherme Kodja / Fotos Daniel Ambrósio

P

restige 450 Fly, construída na França pelo estaleiro Prestige Yachts, do mesmo grupo da Beneteau, mostra que o perfil do brasileiro, de fato, mudou: antes consideradas grandes, as lanchas na faixa dos 45 pés com flybridge têm hoje bem mais compradores e uma lista grande de concorrentes. Um dos principais destaques do modelo, herdados do 50 pés da marca, é a suíte principal que ocupa toda a largura do casco à meia-nau e com total privacidade para o dono, porque tem acesso exclusivo por uma escada na sala. Com o recurso, a segunda suíte (apesar dos 45 pés, há apenas dois camarotes fechados) também ganhou certa privacidade, porque fica isolada na proa, mas divide o banheiro com os outros convidados.

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A cozinha fica junto à porta de entrada da cabine, entre a sala e o cockpit, facilitando a comunicação entre os dois ambientes – embora a porta não abra totalmente, dificultando a passagem. A sala com 2,18 m de altura tem grandes janelas na superestrutura, proporcionando boa visão, embora a melhor pilotagem seja feita no flybridge, que tem um solário ao lado do comando tão espaçoso quanto o que há na proa. Outro bom solário fica na proa, mas as passagens laterais pelo costado têm espaço reduzido. Na popa, o grande charme fica por conta da plataforma de popa que, apesar de não ser muito grande (1m de comprimento), já vem de fábrica com o recurso submergível.


OS NÚMEROS DA NAVEGAÇÃO ECONÔMICA RPM

Velocidade (nós)

2850 22,8

Consumo (litros)

Milhas/ Litro

Litros/ Milha

96

0,24 4,21 285

13

Consumo (litros)

Milhas/ Litro

Autonomia (horas)

129

0,20 4,94 243

9

Consumo (litros)

Milhas/ Litro

Autonomia (horas)

170

0,19 5,31 226

Autonomia (milhas)

Autonomia (horas) Para uma lancha desse porte, o cruzeiro econômico de 22,8 nós é bom, especialmente durante uma jornada de longa distância, já que o consumo de 96 litros por hora gerou autonomia de 285 milhas.

CRUZEIRO RPM

Velocidade (nós)

3100 26,1

Litros/ Milha

Autonomia (milhas)

Apesar da boa velocidade de cruzeiro, de 26,1 nós, o consumo nesse regime ficou um pouco alto comparado ao cruzeiro econômico.

MÁXIMA RPM

Velocidade (nós)

3590 32 10

15

0

20

ACELERAÇÃO

Autonomia (milhas)

7

Mesmo na velocidade máxima, que agradou bastante, e na rotação máxima, o consumo foi bom: 170 litros/hora e autonomia de 226 milhas náuticas.

11”

5

Litros/ Milha

A motorização IPS 600 mostrou-se eficiente no casco da Prestige 450. A arrancada foi digna de uma lancha com proposta esportiva. Apesar da robustez do casco, ela entrou em planeio rápido: apenas 11 segundos para ir do repouso aos 20 nós.

 A autonomia é avaliada com o tanque de combustível na sua capacidade máxima. Mas atenção: como segurança, os passeios devem considerar obrigatoriamente uma reserva de 20% da capacidade total do tanque, do ponto de partida até o próximo ponto de abastecimento.  A navegação econômica é a mais eficiente medição para um barco, porque considera o melhor consumo da embarcação de acordo com a proposta do seu casco e o conjunto motorização/propulsão.

AS CONDIÇÕES DO TESTE A avaliação da Prestige 450 Fly aconteceu nas águas do Rio de Janeiro, em dia ensolarado, ventos de cerca de 4 nós (com picos de 8 nós), mar calmo e ondas com meio metro em mar aberto, formadas em um período médio de 8 segundos. A embarcação testada estava com o tanque de água com 90% da capacidade total e de combustível com 75%.

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NAVEGAMOS

PRESTIGE 450 FLY

Navegando quase no limite da potência da motorização, a Prestige 450 Fly chegou aos 32 nós e, mesmo assim, seu consumo foi bastante atraente: 170 litros/hora e autonomia de 226 milhas náuticas. Nada mal para uma lancha deste porte com flybridge

O DESEMPENHO NA PRÁTICA A Prestige 450 Fly cumpre o que promete? A Prestige 450 Fly é equipada exclusivamente com propulsão IPS 500 ou IPS 600. Na nossa avaliação, o casco desta 45,9 pés usava a versão mais potente disponível: um par de motores centro-rabeta Volvo D6 a diesel de 435 HP cada, que forma o conjunto mais adequado para esta lancha. Com essa motorização, a pilotagem mostrou-se bastante leve, com respostas rápidas ao comando do timão, e com uma arrancada excelente: levou apenas 11 segundos para sair do repouso e atingir os 20 nós – marca que é mais comum em lanchas do mesmo porte, mas sem flybridge.

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Ao mesmo tempo, o casco portou-se firme e muito confiável nas manobras. Já navegando no limite da potência da motorização, a Prestige chegou aos 32 nós e, mesmo assim, seu consumo foi bastante atraente: 170 litros/hora e autonomia de 226 milhas náuticas. A navegação com melhor custo-benefício aconteceu a cerca de 2.800 rpm, com velocidade média de 22,8 nós. Nessa situação, o consumo total passou dos 95 litros por hora, ou seja, suficiente para percorrer excelentes 285 milhas náuticas.


IMPRESSÕES AO NAVEGAR CONSTRUÇÃO

PILOTAGEM

Laminado manualmente, o casco da Prestige 450 é feito com compósitos de fibra de vidro e núcleo de madeira balsa, e construído pelo processo de infusão, responsável por deixar o casco mais leve e resistente.

O posto de comando no flybridge é ótimo, mas tem bom espaço apenas para uma pessoa – o acompanhante deve sentar no sofá ao lado. Apesar dos 45 pés de comprimento, as manobras na Prestige são ágeis e leves, especialmente por causa da propulsão IPS, que deixa a navegação extremamente confortável.

ACABAMENTO O ótimo acabamento, tanto do mobiliário da cabine quanto do próprio casco, é bem condizente com os padrões europeus para modelos de passeio e faz jus ao padrão do estaleiro francês Prestige Yachts.

SEGURANÇA

SEU BOLSO A Prestige 450 custa por aqui cerca de US$ 945 mil, com dois motores 435 HP Volvo Penta IPS 600 e equipamentos como ar-condicionado, gerador e até joystick extra, na popa.

A Prestige 450 é construída na França e já sai de fábrica com a rigorosa certificação europeia de segurança. A hidráulica é bem feita e oferece tanques de água e de combustível bem fartos. Contudo, a escada de acesso ao flybridge poderia ser menos inclinada, para facilitar seu uso com o barco em movimento.

CONFORTO Tem apenas dois camarotes fechados, mas todos os ambientes internos têm tamanhos generosos. O flybridge, que protege bem os passageiros do cockpit, é tão espaçoso quanto o de uma lancha maior, e a plataforma de popa já vem com o recurso de ser submersível.

INOVAÇÃO Apesar de o casco ter um desenho atraente, a maior inovação das lanchas Prestige é a total privacidade na suíte do dono do barco, que é separada de todos os demais ambientes a bordo e tem uma entrada particular através da sala.

DESEMPENHO Quando equipada com dois motores de 435 hp cada, que representam o IPS 600, a Prestige mostrou ser eficiente em vários aspectos: na rápida arrancada, na excelente autonomia na velocidade de cruzeiro econômico e, principalmente, na velocidade máxima, de 32 nós – uma boa marca para uma lancha com flybridge.

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NAVEGAMOS

PRESTIGE 450 FLY

O MELHOR USO A Prestige 450 Fly é uma lancha na medida para você?

ALTURA NA ENTRADA 1,92 DA CABINE

A Prestige 450 Fly é uma lancha com ótimo nível de construção e acabamento digno de um estaleiro europeu. Seu uso mais adequado é para os passeios de fim de semana com até quatro pessoas em pernoite a bordo, porque a cama da sala, caso você queira dormir a bordo com seis pessoas, não é das melhores e serve apenas como um quebra-galho. A Prestige é ótima também em passeios simples de um dia com até 10 pessoas, que irão ficar muito bem acomodadas. A capacidade do tanque de água doce, de 520 litros, é boa para um fim de semana. Já sua configuração de motorização, como a testada e apresentada nesta reportagem, é extremamente eficiente em todos os aspectos – até mesmo para quem quer ter uma boa folga na navegação, com a possibilidade de ir um pouco mais rápido, em torno de 28 nós. Seu casco é seco, seguro e perfeito para os brasileiros, porque tem várias opções de uso sob o sol, com diversão na proa, popa e flybridge, que abriga até uma churrasqueira. Precisa de mais?

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FICHA TÉCNICA COMPRIMENTO TOTAL 13,96 m (45,9 pés) BOCA 4,30

ALTURA NO BANHEIRO 1,90 TANQUE DE COMBUSTÍVEL 1200 l TANQUE DE ÁGUA 520 l NÍVEL DE RUÍDO EM 73 dB CRUZEIRO TIPO DE MOTORIZAÇÃO Apenas IPS 500/600 POTÊNCIA DO MOTOR 2 X 435 HP PESO SEM MOTOR 9.300 kg PESO DA MOTORIZAÇÃO 1.802 kg CAPACIDADE (DIA/ 10/06 PERNOITE) PROJETO

Prestige Design & Engineering

FABRICANTE Prestige Yachts LANÇAMENTO 2012


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NAVEGAMOS

FLY FISH 290

Vai pescar OU PASSEAR?

Essa é a pergunta que os donos da Fly Fish 290 fazem. A maior lancha da linha do estaleiro catarinense BrasBoats é uma pescadora de qualidade e ainda oferece conforto para a família desfrutar bons momentos Por Guilherme Kodja / Fotos Caio Marcio

Q

uem bate os olhos na Fly Fish 290 logo identifica sua principal característica: a posição de proa e linha de casco. A proa é alta, criando quase um bico na extremidade onde está o lançador da âncora. Uma configuração que ajuda a proteger o convés em dia de mar ruim e ótima para quem sai disposto a encarar qualquer ondulação em busca de cardumes e pontos de boa pescaria. Mas a Fly Fish 290 ainda tem espaço necessário para uma movimentação tranquila de pessoas e equipamentos. Há outros pontos a se destacar, como a ótima área interna, uma praça de popa com 6,1 m² e bancos rebatíveis e sofás na proa. E completa a lista de destaques o banheiro enorme, com 1,75 m de pé-direito, com dois bons armários e ventilação bem planejada. O piloto tem à disposição porta-objetos sob os bancos. Graças ao T-Top de aço inox a posição de pilota-

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gem é agradável e protegida, permitindo uma visão perfeita para todos os lados. As caixas para tralhas, peixes, iscas e demais itens relativos estão espalhados por todo o barco. Mas na popa é onde fica a maior parte deles. Para as varas, há mais quatro pontos em cada bordo. Naquele espaço pode ser colocado tomadas para carretilhas elétricas com iluminação bem próxima. Há uma pequena plataforma de popa que ajuda no acesso ao mar, para retirada de peixes ou de apoio aos banhistas em dias de passeio. O acesso ao barco é feito por uma escada de inox embutida na plataforma. Para os mais exigentes, a Fly Fish pode receber iluminação subaquática de LED também no casco à meia-nau, como na unidade testada. Dizem que essa luz atrai os peixes nas pescarias noturnas e o barco fica bem bonito.


OS NÚMEROS DA NAVEGAÇÃO ECONÔMICA RPM

Velocidade (nós)

4200 27,8

Velocidade (nós)

4800 31,2

MÁXIMA RPM

Litros/ Milha

Autonomia (milhas)

73,5 0,38 2,64 151

Autonomia (horas)

5

Consumo (litros)

Milhas/ Litro

Litros/ Milha

Autonomia (milhas)

95,8 0,33 3,07 130

Autonomia (horas)

4

O consumo em cruzeiro do par de 200 HP 4T e injeção eletrônica foi alto e reduziu a autonomia a 130 milhas náuticas

Velocidade (nós)

5900 39,8

5,6”

Milhas/ Litro

A lancha navega grandes distâncias a 27,8 nós de cruzeiro econômico com um bom desempenho sem desperdiçar combustível

CRUZEIRO RPM

Consumo (litros)

Consumo (litros)

Milhas/ Litro

160

0,25 4,02 100

10

5

0

15

Autonomia (milhas)

Autonomia (horas)

3

Com 400 HP ela navegou como uma esportiva, atingindo uma ótima final de 39,8 nós e uma autonomia pouco menor do que em cruzeiro

20

ACELERAÇÃO

Litros/ Milha

Mesmo com um dos conjuntos mais fracos que podem ser usados na lancha, a aceleração foi excelente, abaixo de 6 segundos. Isso mostra a boa relação motor x casco e uma agilidade elogiável.

 A autonomia é avaliada com o tanque de combustível na sua capacidade máxima. Mas, atenção: como segurança, os passeios devem considerar obrigatoriamente uma reserva de 20% da capacidade total do tanque, do ponto de partida até o próximo ponto de abastecimento.  A navegação em cruzeiro econômico é a mais eficiente medição para um barco, porque considera o melhor consumo da embarcação de acordo com a proposta do seu casco e o conjunto motorização/propulsão.

AS CONDIÇÕES DO TESTE A avaliação da Fly Fish 290 aconteceu nas águas de Porto Belo (SC), em dia de sol, ventos de cerca de 5 nós e mar calmo, com pouquíssima ondulação. A lancha testada estava com os tanques de água e de combustível em 90% e 70%, respectivamente.

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NAVEGAMOS

FLY FISH 290

É um barco muito estável, faz curvas com firmeza, encara a ondulação sem a menor dificuldade, atende ao pescador nas travessias e agrada seus familiares e amigos num dia de passeio, ainda mais no caso de uma virada de tempo, para trazer todos de volta sem sustos

O DESEMPENHO NA PRÁTICA A Fly Fish 290 cumpre o que promete? Como toda lancha de pesca, o desenho do casco da Fly Fish 290 é agressivo, com forte chine no fundo do casco e roda de proa bastante lançada, mas com um V na popa de 19 graus. É um barco muito estável e assim se comportou nas medições e na navegação de avaliação. O mesmo se aplica para as saídas de pesca, acrescentando-se ainda sua boa autonomia média, que pode chegar a 60 ou 70 milhas náuticas da costa. Nesses casos, estabilidade, estanqueidade e um casco que encare mar com firmeza e boa proteção em ondulação alta, fazem toda a diferença. O estaleiro oferece opções de motorização que vão desde pares de popa de 175 a 300 HP cada motor a motorização única de 300 HP. No caso do teste, os dois popa

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de 200 HP cada, quatro tempos e injeção eletrônica apresentaram números de desempenho muito bons. Já os de consumo, nem tanto. A lancha andou em cruzeiro a 31,2 nós e consumiu 95,8 litros/hora, uma relação de mais de 4 litros por milha náutica, com autonomia de 130 milhas náuticas em tanque de 400 litros de gasolina. Assim, fica a indicação de uso de dois motores de 225 HP para esse casco e o tanque opcional de 600 litros de combustível. A embarcação cumpre muito bem o que se propõe, com ótima navegação, casco firme, bem protegido e desempenho agradável, mesmo cruzando ondulações, e ainda apresenta números empolgantes de velocidade e aceleração.


IMPRESSÕES AO NAVEGAR CONSTRUÇÃO

INOVAÇÃO

O estaleiro mantém engenheiro naval em tempo integral para garantir a conformidade com o projeto. A laminação é manual, a fiação estanhada e parcialmente codificada. As ferragens são de inox 316, bem resistente à corrosão. As baterias, porém, não estão no melhor local, pois podem pegar água do escoamento do cockpit.

Não inova em seu projeto. É uma clara extensão da FF 230. Ganhou mais espaço, mais condição de mar e autonomia, mas a inovação talvez tenha ficado por conta dos novos acessórios, como iluminação, eletrônicos e motorização. Nada além.

ACABAMENTO O acabamento é simples, tanto nos itens de fibra quanto nos estofamentos. A qualidade é boa, mas não há maiores luxos ou materiais de ponta. Estão bem adequados a uma lancha de pesca para uso eventual de passeio. O T-TOP é muito bom e com estrutura bonita e bem fixada.

SEGURANÇA Proa alta, costado que protege bem o convés e navegação firme. Esses itens chamaram a atenção. Por outro lado, há falta de duplicidade nas conexões hidráulicas, o que pode ser facilmente resolvido, especialmente na linha de combustível. Ponto que merece a atenção do estaleiro.

DESEMPENHO Agradou. Marcou excelentes números de velocidade de cruzeiro e top. A aceleração foi empolgante e apresentou ótimo comportamento em navegação, todavia com consumo alto. Aconselhamos o par de popa de até 250 hp cada.

PILOTAGEM Não foge muito do padrão desse tipo de lancha de console central. A posição do piloto é confortável, com bancos duplos e manetes à mão. A visão é perfeita para todos os lados. A sensação em manobras e curvas é muito boa, com o barco firme e na mão do piloto.

CONFORTO Para a pesca, sua nota é bem alta, visto que tem muito espaço na praça de popa e toda área de convés é bem protegida e com amuradas acolchoadas e acessórios essenciais à atividade. O enorme banheiro conta muito na avaliação. A proa é o melhor lugar para ficar nos passeios, mas, como ela sempre pula na navegação, o melhor mesmo é aproveitá-la quando a lancha está parada.

SEU BOLSO A versão básica, com um motor 4T Yamaha de 300 HP é vendida por R$ 268.000. Mas pode vir com dois motores de popa de 175 HP a 300 HP (gasolina). A unidade testada, com vários opcionais e dois Yamaha 4T IE de 200 HP, sai por R$ 359.327,00.

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NAVEGAMOS

FLY FISH 290

FICHA TÉCNICA

O MELHOR USO A Fly Fish 290 é uma lancha na medida para você? A Fly Fish 290 se destina claramente aos pescadores de mar aberto, mas também àqueles que querem ter espaço suficiente e certo conforto para sair com a família e amigos em dias ensolarados. Como o banheiro é bem grande, as mulheres e crianças não se sentirão acanhados de acompanhar um passeio, pois há conforto essencial para um dia inteiro no mar. Com navegação firme e boa performance, rapidamente se pode alcançar os pontos de destino e isso otimiza muito os passeios e pescarias. Portanto, para pesca esportiva, seu uso é para até seis pessoas mais piloto ou até oito passageiros em passeios diurnos. Sua autonomia sugere passeios longos de, no máximo, 55 milhas náuticas em cada trajeto (ida/volta), em cruzeiro, o que garante acesso a ótimos pontos da nossa costa partindo dos principais portos e marinas no sul, sudeste e nordeste.

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COMPRIMENTO TOTAL 9 m (29,5 pés) BOCA 3,15 m ALTURA NO POSTO DE 1,99 m COMANDO ALTURA NO BANHEIRO 1,75 m TANQUE DE COMBUSTÍVEL 400 l (600 l opcional) TANQUE DE ÁGUA 120 l NÍVEL DE RUÍDO EM 88 dB CRUZEIRO TIPO DE MOTORIZAÇÃO POTÊNCIA DO MOTOR

Popa, centro-rabeta e centro De 1 x 350/600 hp a 2 x 175/300 hp cada

PESO SEM MOTOR 2.000 kg PESO DA MOTORIZAÇÃO 538 kg CAPACIDADE (DIA/ 12/0 PERNOITE) PROJETO E FABRICANTE Brasboats LANÇAMENTO 2011


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NAVEGAMOS

FS 180

A CAÇULA surpreendente A FS 180 herdou traços, inovações e o bom projeto de suas irmãs maiores, e adicionou estilo arrojado e navegação empolgante para brigar por um espaço no concorrido segmento das lanchinhas abaixo dos 20 pés Por Guilherme Kodja / Fotos Caio Marcio

A

s lanchas do estaleiro FS Yachts têm estilo jovem e arrojado, que sempre se sustentaram na combinação entre inovação no design, navegação confiável e boa revenda. Poucos lembram que o primeiro barco produzido pelo estaleiro era uma 18 pés, que mais tarde saiu de linha dando lugar a modelos maiores. Assim, com a FS 180, de certa forma, é um resgate de como começou. A forte influência da 205 e da 215 se nota especialmente nas linhas e fundo de casco, que, aparentemente, são os mesmos projetos, sob a responsabilidade da Rinaldi Yacht Design. Trata-se de um barco de proa aberta e sem banheiro capaz de receber um motor de popa de 60 a 115 HP. Testamos um modelo com um de 90 hp, que se comportou muito bem. É um barco simples, como uma 18 pés deve ser. Contudo, tem uma boa boca, de 2,20 m, que lhe dá estabili-

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dade acima da média para a categoria. Isso gera arrasto, é verdade, mas parece que a lição de casa foi bem feita e o fundo do casco tem méritos suficientes para garantir uma aceleração rápida e performance esportiva, tanto que, com o 90 HP, alcançou nada menos do que 35 nós com uma pessoa a bordo. A lanchinha agrada pelos acabamentos esportivos, o para-brisa com estrutura metálica envolvente e a proa sextavada. Ela também tem vários paióis com redes sob os bancos da popa, porta-luvas no painel, porta-copos por todo o convés, bancos do piloto e do acompanhante giratórios e, ainda, ótimos acessos para vistoria dos tanques de água e combustível. Dessa forma, passa a sensação de ser um barco bem resolvido e que deve agradar em cheio aos apreciadores de águas interiores de baias, lagos e represas.


OS NÚMEROS DA NAVEGAÇÃO ECONÔMICA RPM

Velocidade (nós)

4500 25,9

Milhas/ Litro

Litros/ Milha

Autonomia (milhas)

21

1,23 0,81 99

Velocidade (nós)

4800 28,1

Consumo (litros)

Milhas/ Litro

Litros/ Milha

25

1,12 0,89 90

Autonomia (horas)

3 O motor Yamaha de 90 HP quatro tempos e injeção eletrônica manteve o consumo sob controle, mas dentro do esperado

Velocidade (nós)

5650 35

5,4“

4

Autonomia (milhas)

MÁXIMA RPM

Autonomia (horas)

O cruzeiro econômico é muito bom para uma 18 pés. São 25,9 nós com autonomia de 100 milhas, nada mal para quem não “precisa”ir tão longe

CRUZEIRO RPM

Consumo (litros)

10

Consumo (litros)

Milhas/ Litro

Litros/ Milha

40

0,88 1,14 70

Autonomia (milhas)

Autonomia (horas)

2

Mesmo sem a motorização máxima de 115 HP, esta 18 pés de proa aberta chegou a 35 nós de velocidade final, um bom número se considerarmos que se lotada, essa marca vai se manter acima dos 31 ou 32 nós

5

0

15

20

ACELERAÇÃO

Foi um bom número para uma 18 pés com casco pesando apenas 450 kg e boca larga, de 2,2 m, mas dentro do esperado.

 A autonomia é avaliada com o tanque de combustível na sua capacidade máxima. Mas, atenção: como segurança, os passeios devem considerar obrigatoriamente uma reserva de 20% da capacidade total do tanque, do ponto de partida até o próximo ponto de abastecimento.  A navegação em cruzeiro econômico é a mais eficiente medição para um barco, porque considera o melhor consumo da embarcação de acordo com a proposta do seu casco e o conjunto motorização/propulsão.

AS CONDIÇÕES DO TESTE A avaliação da FS 180 aconteceu nas águas de Florianópolis (SC) em um dia nublado, com ventos fracos de menos de 6 nós e mar calmo. A lancha testada estava com o tanque de água e de combustível com 100% e 80% de suas capacidades, respectivamente.

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NAVEGAMOS

FS 180

A lancha tem excelente desempenho, estável, faz curvas em alta velocidade, bem fechadas e, mesmo pendulando de um lado para o outro rapidamente, aderna muito pouco

O DESEMPENHO NA PRÁTICA A FS 180 cumpre o que promete? Sem estar equipada com a motorização máxima de 150 HP, a lancha já deixou claro que tem fôlego para andar bem, mesmo com sua lotação máxima que segundo o estaleiro, é de seis pessoas mais o piloto. O motor Yamaha quatro tempos com injeção eletrônica de 90 cavalos apresentou ótimo desempenho, chegando a 35 nós de velocidade máxima e 28,1 nós de cruzeiro, ambas com boa autonomia, visto que o tanque tem apenas 80 litros de capacidade. Em regime normal, o passeio pode render até três horas ou 90 milhas náuticas de navegação, suficien-

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te, por exemplo, para dar duas voltas completas na Ilha de Santo Amaro (Guarujá), com alguma sobra. O casco é surpreendentemente estável, adernando pouco em curvas de alta velocidade e bem fechadas ou pendulando de um lado para o outro. A sensação de esportividade foi preservada sem sustos. Outro ponto importante é que a motorização máxima a ser usada não vale a pena caso seja comum andar com o barco cheio de gente. Assim será possível ter fôlego e manter desempenho sem aumentar muito o consumo.


IMPRESSÕES AO NAVEGAR CONSTRUÇÃO

INOVAÇÃO

Seguem algumas normas ABNT e norte-americanas. A laminação é manual, os materiais são de boa procedência e qualidade, que dão robustez e evitam efeitos da osmose na fibra, entretanto faltaram itens como duplicidade em braçadeiras na linha de combustível e de água. A fiação é estanhada, mas apenas nas conexões e codificada em parte.

Se analisada dentro da própria linha da FS, que é arrojada e de certa forma bastante inovadora, a FS 180 não traz tantas novidades. Mas seu design se destaca quando comparada às demais embarcações desse segmento de mercado.

ACABAMENTO O acabamento é simples, mas bem feito. Como não há itens desnecessários, o barco ficou leve e funcional. O painel e para-brisa ajudam na boa sensação de pilotagem. Os estofamentos estão na média do mercado, mas poderiam ser mais caprichados. Os detalhes externos, como popa e casco, são muito bonitos e chamam a atenção. A proa sextavada também deu personalidade ao barco.

SEGURANÇA A construção é confiável o espaço sob os assentos para os coletes salva-vidas agradou muito. A boia circular rouba um pouco de espaço, mas está bem localizada atrás do piloto. O para-brisa é firme e seguro e a estabilidade do casco merece elogios.

DESEMPENHO Com motorização média, de 90 HP, chegou à máxima de 35 nós e manteve cruzeiro firme de mais de 28 nós. Por isso, agradou e muito. Sua aceleração é boa, mas não chegou a empolgar, mostrou apenas que o conjunto está bem ajustado.

PILOTAGEM Ponto alto do teste. O piloto deste barco, mesmo sem ter um encosto muito confortável, vai gostar da navegação com poucos minutos no comando. A posição do volante e manete do motor combinado com o estilo arrojado e, principalmente, a firmeza em curvas e manobras mais ágeis fazem desta 18 pés uma ótima lancha para quem gosta de um casco “na mão”.

CONFORTO É um barco gostoso de navegar, com bons assentos, mas com encostos que não agradam tanto. Seja na proa, onde são finos, como no banco do piloto e acompanhante, onde o design é bonito, mas a peça central incomoda um pouco no meio das costas. A lancha é espaçosa, com uma escada bem localizada (sem estar apertada pelo motor) e ainda tem um chuveirinho na popa para quem volta de um mergulho.

SEU BOLSO O preço é de R$ 77.555, com um motor de popa Yamaha de 90 HP de quatro tempos e injeção eletrônica. Há, ainda, a opção pelo propulsor Mercury de 60 HP. Com esse motor, o valor do barco é de R$ 67.191.

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NAVEGAMOS

FS 180

FICHA TÉCNICA

O MELHOR USO A FS 180 é uma lancha na medida para você? Quem quer passeios com até seis pessoas e um bom espaço a bordo, obtido graças à boca generosa de 2,20 m, deve gostar desta 18 pés. Um de seus principais atrativos é o desenho arrojado e moderno, que deve conservar-se atraente ainda por alguns anos. Os vincos no casco, a proa sextavada e uso de formas lineares e fortes dão um ar de esportividade. A performance foi boa com autonomia na casa das 90 milhas náuticas, o que é bom com um tanque de 80 litros. Sua navegação é extremamente firme com ótima estabilidade lateral. Nesse tamanho de barco, não há banheiro e se isso for imprescindível para a sua família melhor procurar modelos maiores.

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COMPRIMENTO TOTAL 5,33 m (17,5 pés) BOCA 2,20 m TANQUE DE COMBUSTÍVEL 80 l TANQUE DE ÁGUA 28 l NÍVEL DE RUÍDO 86 dB EM CRUZEIRO TIPO DE MOTORIZAÇÃO Popa (único) POTÊNCIA DO MOTOR 1 x 60 a 150 HP PESO SEM MOTOR 450 kg PESO DA MOTORIZAÇÃO 138 kg CAPACIDADE (DIA/ 7/0 PERNOITE) PROJETO Rinaldi Yacht Design FABRICANTE FS Yachts LANÇAMENTO 2013


Versatilidade, performance, economia. A nova geração de motores a gasolina Volvo Penta e o inovador sistema de propulsão Forward Drive são ideais tanto para navegar tranquilamente quanto para praticar esportes aquáticos. Acesse deixesuamarcanaagua.com.br e veja do que essas novidades são capazes.


NAVEGAMOS

PHANTOM 400

Renascida e REVIGORADA

Projetada como uma das 40 pés mais inovadoras do mercado alguns anos atrás, a Thorus 405 Hard Top, do estaleiro Lenzi Yachts, não pegou. O projeto dessa lancha de estilo esportivo e arrojado renasceu sob a batuta da Schaefer Yachts com a designação Phantom 400. Por Guilherme Kodja / Fotos Caio Márcio

A

Phantom 400 é um barco de 39 pés que valoriza a área externa e a convivência social e traz o DNA do estaleiro Schaefer. Seus espaços foram pensados para o dia e para agradar, principalmente, a turma mais jovem ou os que gostam de barco cheio de amigos. A cabine possui uma grande sala e uma cozinha moderna. A iluminação natural é valorizada pelas seis janelas laterais e pela abertura da porta de acesso que avança em direção ao teto da sala. O pé direito tem 1,82 m. O largo sofá em L permite curtir o sistema audiovisual instalado na parede ao lado da porta de entrada. A suíte máster tem uma cama de casal de 1,85 x 1,30 m, mas não foi posicionada à meia-nau e sim na proa, com um banheiro que serve também à área social e proporciona um banho de primeira. À meia-nau ficou, portanto, o ou-

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tro camarote menor, com cama de casal e opção para duas de solteiro. Ele é restrito em altura e espaço para movimentação. Seu banheiro tem pia, vaso e até ducha higiênica, mas é pequeno para se tomar um banho. A decoração jovem e limpa, sem exageros e bem moderna, causa uma boa impressão. O ponto alto do barco está lá fora, com enorme área para confraternização. O sofá forma um círculo e recebe quatro pessoas de cada lado. Além disso, o posto de comando é duplo e uma chaise longue ao lado do piloto completa o ambiente. Tudo sob o grande teto solar de vidro escurecido. Na popa há uma grande plataforma de 3,57 m x 1,50 m onde é possível usar a pia e apoio para a churrasqueira (item de série) de um lado e a grelha elétrica no outro. E se a vocação da Phantom 400 é estar ao sol, a lancha traz um grande solário na proa para três pessoas.


OS NÚMEROS DA NAVEGAÇÃO ECONÔMICA RPM

Velocidade (nós)

2700 28,1

Milhas/ Litro

Litros/ Milha

88

0,32 3,13 255

Autonomia (milhas)

Autonomia (horas)

9

O cruzeiro econômico de 28,1 nós é rápido e próximo do cruzeiro normal. Andando nessa boa velocidade sua autonomia total é de 255 milhas náuticas

CRUZEIRO RPM

Consumo (litros)

Velocidade (nós)

3000 31,6

Consumo (litros)

Milhas/ Litro

Litros/ Milha

Autonomia (milhas)

110

0,29 3,48 230

7

Consumo (litros)

Milhas/ Litro

Autonomia (horas)

154

0,24 4,20 191

Autonomia (horas) A autonomia de cruzeiro é parecida com a do cruzeiro econômico, com diferença de apenas 25 milhas náuticas, porém, andando acima da casa dos 30 nós.

MÁXIMA RPM

Velocidade (nós)

3400 36,7 10

15

0

20

ACELERAÇÃO

Com dois motores Volvo D6 de 370 HP cada, a marca abaixo de 12 segundos mostrou equilíbrio do conjunto, sem a necessidade de aumentar a potência para ganhar alguns segundos a mais. Respondeu bem com 740 hp.

Autonomia (milhas)

Mesmo ficando 3,3 nós abaixo do patamar de um barco esportivo, o barco tem bom desempenho e ótima autonomia com esta configuração, que parece ser a mais indicada para o projeto.

11,2”

5

Litros/ Milha

 A autonomia é avaliada com o tanque de combustível na sua capacidade máxima. Mas, atenção: como segurança, os passeios devem considerar obrigatoriamente uma reserva de 20% da capacidade total do tanque, do ponto de partida até o próximo ponto de abastecimento.  A navegação em cruzeiro econômico é a mais eficiente medição para um barco, porque considera o melhor consumo da embarcação de acordo com a proposta do seu casco e o conjunto motorização/propulsão.

5

AS CONDIÇÕES DO TESTE A avaliação da Phantom 400 aconteceu nas águas de Florianópolis e Guarujá, com trechos de mar aberto, em dia ensolarado. Os ventos eram de cerca de 5 nós, em mar aberto, e de até 9 nós em mar calmo e as ondas tinham meio metro em mar aberto. O barco testado estava com o tanque de água com 50% da capacidade total e os de combustível com 80%.

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NAVEGAMOS

PHANTOM 400

A Phantom 400 mostrou que faz curvas rápidas e seu volante é leve, mesmo quando se faz um pêndulo forte para ambos os bordos para entender a relação do leme das rabetas com o casco

O DESEMPENHO NA PRÁTICA A Phantom 400 cumpre o que promete? A Phantom 400 definitivamente merece o título de arrojada. Andou bem com sua opção intermediária de motorização, o par de Volvo D6 de 370 HP centro-rabeta. Há opções de motorização mais leve, com par de Volvo D4 300 HP, ou mais nervosa, com um par do potente D6 400 HP. Todas podem receber joystick para manobras, como a unidade testada, que foi bastante útil para atracar na marina e nos deslocamentos laterais. A lancha também foi feita para navegar acima dos 25 nós. Mais lenta que isso, fica amarrada, com a proa alta. Navegando na faixa dos 28 a 31 nós, que inclui o cruzeiro econômico e o cruzeiro normal, a proa se acomoda na água. Anda fácil a 2.700 rpm no regime econômico, a

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28,1 nós com autonomia de 255 milhas náuticas ou nove horas de navegação. Em cruzeiro normal, o motor gira a 3.000 rpm, consumindo 110 litros por hora em uma velocidade média de 31,6 nós. Já a velocidade máxima, não bateu os 40 nós, mas chegou perto. A medição apontou top de 36,7 nós para um consumo de 154 litros hora. A Phantom 400 mostrou que faz curvas rápidas e seu timão é leve, mesmo quando fizemos um pêndulo forte para ambos os bordos para entender a relação do leme das rabetas com o casco. A pilotagem só não agradou mais por causa da visão lateral restrita, causada pelo entroncamento das colunas dos vidros que envolvem o cockpit.


IMPRESSÕES AO NAVEGAR INOVAÇÃO

SEU BOLSO

Apesar de seu projeto ser de 2009, herdado da Thorus 405, a Schaefer conseguiu produzir um barco muito atual, que chama a atenção por onde passa ou atraca. A 400 permite a escolha da cor preta para o casco, para a superestrutura ou até para o barco todo. Só isso já foi uma grande inovação.

Os barcos da Schaefer Yachts são bons de revenda. A Phantom 400 deve seguir pelo mesmo caminho. Assim, o cliente está disposto a pagar um pouco mais do que uma concorrente direta. Com a motorização testada, de dois D6 370 HP e equipamentos de série, ela sai a partir de R$ 1.534.000. Há, ainda, a opção de 2x Mercruiser 8.2 DTS 380 HP, por R$ 1.299.000.

CONSTRUÇÃO O casco é laminado manualmente e por processo de infusão. Usa tecidos multiaxiais e resina estervinílica e ortoftálica para prevenir osmose. A estrutura do casco é em sanduíche de fibra de vidro e núcleo de Divinycell. Reforços na estrutura da grelha são em Renicell e compensado naval.

ACABAMENTO Segue o mesmo padrão do estaleiro para toda a linha Phantom. Usa tecidos e cores leves e jovens, de acordo com o forte apelo quase esportivo do modelo. O interior é repleto de madeira, especialmente na cozinha e sala, com aplicações onde há instalação do sistema de áudio e vídeo. Os metais são feitos em liga de inox 316L, mais resistentes à corrosão.

SEGURANÇA A hidráulica e a elétrica estão bem feitas, com conduítes adequados, chaves e baterias protegidas da água e facilmente acessíveis. Há bons e importantes itens de segurança de série no barco, como sistema de extinção de incêndio automático na casa de máquinas (com acionamento também manual no cockpit), sensores antiesmagamento e botões de acionamento forçado para o teto solar e ainda sensor de desligamento automático para a churrasqueira elétrica na popa.

DESEMPENHO Quase esportivo. Na lancha testada, com dois motores Volvo D6 de 370 hp cada, a aceleração de 0 a 20 nós em 11,2 s. foi muito boa, como também os 28 nós de velocidade no regime econômico e os fáceis 36,7 nós de top. Mas na marcha lenta, ela não só trepida como mantém a proa muito elevada. Porém, navegando acima dos 25 nós, ela é uma exímia cortadora de ondas. Desempenhou com méritos seu regime de cruzeiro, a 3.000 rpm, atingindo 31,6 nós, com consumo de 110 litros por hora e alcance de 230 milhas náuticas de autonomia.

PILOTAGEM É um barco bom de pilotar sentado, sem necessidade de levantar e ficar com a cabeça para fora. Mas em dia de mar batido é desconfortável. Com o planeio adequado, a visão tanto da frente quanto da popa é muito boa. Os instrumentos estão em posição de fácil leitura e os manetes idem, podendo ser manuseados sem cansar o braço. O barco é firme nas ondulações e bem ágil nas respostas do timão. Suas curvas são boas e sem adernar demais. Um dos pontos altos é a impressão de se estar mais lento do que a velocidade real ao navegar em velocidades altas, o que mostra o equilíbrio do conjunto.

CONFORTO O barco tem ótima área social e é muito bem-acabado. As camas são espaçosas e há dois banheiros, mesmo que um seja pequeno e não permita banho. No cockpit, ficam 11 pessoas e o camarote principal na proa gerou espaço na cabine. O teto solar é grande e de vidro, porém, no cockpit, um ar-refrigerado não consta na lista de opcionais do estaleiro. A popa é bem equipada e a cozinha é bem planejada, mas só recebe uma geladeira de até 80 litros.

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NAVEGAMOS

PHANTOM 400

FICHA TÉCNICA COMPRIMENTO TOTAL 11,90 m (39,04 pés) BOCA 3,95 m

O MELHOR USO A Phantom 400 é uma lancha na medida para você? Se você busca um barco espaçoso, na casa dos 38 a 41 pés e com teto solar rígido, a Phantom 400 é, sem dúvida, uma opção que deve ser considerada. Não é a mais barata entre suas concorrentes. O estaleiro aposta na força da marca e na garantia da assistência técnica nacional e no poder de revenda em poucos anos para alavancar as vendas. É muito bem pensada para dar conforto a um bom número de pessoas em passeios de um dia. A ampla sala e cozinha, com um ótimo acabamento e um bom sistema audiovisual, seguram dias de pernoite em marinas e finais de semana a bordo sem apertos.

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ALTURA NA ENTRADA 1,82 m DA CABINE ALTURA NO BANHEIRO 1,83 m TANQUE DE COMBUSTÍVEL 800 l TANQUE DE ÁGUA 300 l NÍVEL DE RUÍDO EM 82 dB CRUZEIRO TIPO DE MOTORIZAÇÃO

Apenas centro-rabeta (diesel)

POTÊNCIA DO MOTOR 2 x 370 HP cada PESO SEM MOTOR 6.260 kg PESO DA MOTORIZAÇÃO 1.440 kg CAPACIDADE (DIA/ 14/06 PERNOITE) PROJETO Squadra Naval FABRICANTE Schaefer Yachts LANÇAMENTO 2012



NAVEGAMOS

BENETEAU GT 35

Genuinamente BRASILEIRA

A GT 35 é uma Open Cruiser da linha Gran Turismo concebida, projetada e construída na fábrica da Beneteau em Angra dos Reis, RJ, com assinatura da Beneteau Brasil, Pierangelo Andreani e Fernando Almeida Por Guilherme Kodja / Fotos Caio Márcio e Ricardo Rodrigues

A

Beneteau Brasil desenvolveu e colocou em produção um projeto 100% nacional de uma lancha de cruzeiro esportivo da linha mundial Gran Turismo (GT). Sob a tutela de Marcos Soares e participação de toda a equipe da Beneteau Brasil, nasceu uma Open Cruiser. Aproveitou o ótimo casco da irmã GT 34 e aumentou em pouco menos de 20 cm a linha d’água. Já na popa, há grandes novidades. Os motores estão 40 cm mais à ré, e as rabetas, obrigatoriamente, acompanharam esse deslocamento. Para ganhar mais competitividade em preço, recebeu motorização Mercury e rabetas Bravo 3-X. São opções sempre em pares de 220 a 270 HP a diesel e 260 a 300 hp a gasolina. A plataforma de popa mede 3,14 x 1,27 m e é integrada totalmente ao casco, o que gera menos trepidação durante a navegação. Ali há um bom paiol com ralo

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para guardar uma âncora de popa e módulo com espaço gourmet, equipado com grelha elétrica e pia, algo também inédito na linha GT e existe apenas no Brasil. O cockpit é espaçoso e recebe oito pessoas em um grande sofá em “U” servido por uma mesa para seis pessoas. Essa mesa pode ser rebaixada e toda a área se torna um imenso solário. Uma chaise longue atrás do piloto complementa o ambiente. A cabine é a mesma da GT 34, com um ótimo pé-direito de 1,94 m. Há sofá e mesa que podem virar uma cama de casal bem larga na proa e ser separada da sala por uma cortina. A cozinha, a boreste, tem um fogão vitrocerâmico de duas bocas com trava para panelas, uma pequena geladeira de 62 litros, micro-ondas opcional e uma ótima pia. Por fim, à meia-nau está o camarote principal com uma cama de 1,90 x 1,66 m. É bem iluminado pela janela lateral do casco. Duas vigias fornecem a ventilação natural.


OS NÚMEROS DA NAVEGAÇÃO ECONÔMICA RPM

Velocidade (nós)

2900 23,2

Consumo (litros)

Milhas/ Litro

Litros/ Milha

53

0,44 2,28 214

9

Consumo (litros)

Milhas/ Litro

Autonomia (horas)

62

0,43 2,33 210

8

Consumo (litros)

Milhas/ Litro

Autonomia (horas)

99

0,35 2,85 172

Autonomia (MN)

Autonomia (horas)

CRUZEIRO RPM

Velocidade (nós)

3200 26,6

Autonomia (MN)

O número de cruzeiro normal animou mais, com 26,6 nós de velocidade média e uma ótima relação de consumo. Foram bons 62 litros/ hora, uma marca abaixo do esperado.

MÁXIMA RPM

Litros/ Milha

O cruzeiro econômico de 23,2 nós é razoável para a motorização usada e, nesse casco, quase que perdeu sua função, pois consumiu 2,28 litros por MN navegada enquanto que o regime normal consumiu 2,33. Uma diferença mínima.

Velocidade (nós)

3860 34,7 10

15

0

20

ACELERAÇÃO

Autonomia (MN)

Surpreendeu com a motorização testada. Esperava-se algo em torno de 32, mas alcançou bons 34,7 nós. Mesmo nesse regime não atingiu a marca de 3 (três) litros por MN navegada, ficando na casa dos 2,85 e autonomia de 172 MN.

13,5”

5

Litros/ Milha

Acelerou bem, porém nada de excepcional. A marca alcançada entre 12 e 14 segundos é comum nesta faixa de barcos com motorização a diesel. E o par de motores Mercury de 220 hp cada não tem perfil de força na saída.

 A autonomia é avaliada com o tanque de combustível na sua capacidade máxima. Mas, atenção: como segurança, os passeios devem considerar obrigatoriamente uma reserva de 20% da capacidade total do tanque, do ponto de partida até o próximo ponto de abastecimento.  A navegação em cruzeiro econômico é a mais eficiente medição para um barco, porque considera o melhor consumo da embarcação de acordo com a proposta do seu casco e o conjunto motorização/propulsão.

5

AS CONDIÇÕES DO TESTE A avaliação da Gran Turismo 35 aconteceu nas águas de Angra dos Reis e Ilha Grande, em dia ensolarado, ventos de cerca de 8 nós, mar calmo e ondas com menos de meio metro na travessia para a ilha. A embarcação testada estava com o tanque de água com 73% da capacidade total e os de combustível com 71%.

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NAVEGAMOS

BENETEAU GT 35

Seu casco da linha Gran Turismo é reconhecido em mais de 50 países em razão do sistema patenteado Air Step©, que induz o ar sob o casco e reduz sensivelmente o atrito com a água, melhorando, assim, o desempenho e o consumo

O DESEMPENHONA PRÁTICA A Gran Turismo 35 cumpre o que promete? É um barco de uma das marcas mais tradicionais do mundo, com desenvolvimento nacional e construção de primeira. Seu casco da linha Gran Turismo é reconhecido em mais de 50 países em razão do sistema patenteado Air Step, que induz o ar sob o casco e reduz sensivelmente o atrito com a água, melhorando, assim, o desempenho e o consumo. Apesar de ser um barco pesado, a medição mostrou que não é necessário usar seu regime de cruzeiro econômico de 23,2 nós a 2.900 rpm. Isso porque a curva de consumo foi tão boa que, em regime de cruzeiro normal, a 3.200 rpm, o barco navegou tran-

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quilamente a 26,6 nós e consumiu apenas 0,05 litros a mais por milha náutica navegada. Se a ideia era criar um barco ágil, com navegação esportiva, digna das Gran Turismo, mas bem pensada para cruzeiros diários e pernoites de até quatro pessoas num final de semana e com alta eficiência de consumo, o objetivo foi alcançado.Para atingir os números do nosso teste, os motores usados foram dois 220 HP diesel da Mercury com rabetas Bravo 3 X. O barco andou com tanques de água e combustível com aproximadamente 70% e com passagens de medição com uma e duas pessoas a bordo.


IMPRESSÕES AO NAVEGAR CONSTRUÇÃO

CONFORTO

O casco é laminado manualmente. A estrutura é inteira em sanduíche de fibra de vidro e núcleo de madeira balsa. O acabamento da construção é excelente e até o da casa de máquinas é finalizado em gel e com partes com antiderrapante. O espaço ali é apertado para manutenções maiores, para acessar os motores por inteiro é necessário retirar o tampo do piso do cockpit. O tanque de combustível de 490 litros está adequado e permite boa autonomia, já o de água, com 160 litros, é pequeno para quatro pessoas em pernoite.

O projeto do cockpit foi muito feliz. Melhorou o da GT 34 e equilibrou melhor o casco em navegação, o que deixa o passeio mais confortável. O espaço gourmet na popa segue o gosto nacional, assim como a boa plataforma de popa. Na cabine, o acabamento é ótimo, as novas cores mais tropicais e as camas de bom tamanho garantem um ambiente bem agradável. Oferece todos os opcionais que um grande barco pode ter. Entretanto, a geladeira de 62 litros é pequena.

ACABAMENTO

INOVAÇÃO

Mantém o padrão Beneteau usado em mais de 50 países. As novidades estão por conta dos tecidos internos, mais macios e bonitos e a madeira da cabine, que combina mais com o gosto brasileiro. Vale ressaltar os detalhes em vidro, tanto de janelas quanto de claraboias, que dão charme e muita luz à cabine. A iluminação indireta em LED na cabine deixou o ambiente bem aconchegante.

Sem dúvida é um item do projeto que merece grande destaque. A solução aberta com novo cockpit e linha de para-brisa integrada à targa é obra das mãos de Fernando Almeida, que deixou o design leve numa combinação muito feliz de esportividade e elegância.

SEU BOLSO Na época da realização do teste, a versão standard da GT35 com um par de motores Mercury 5.0 L à gasolina, de 260 HP cada, custava R$ 649 mil. A unidade testada, com todos os opcionais instalados e dois motores Mercury QSD 2.8 diesel de 220 HP cada tinha preço de lançamento de R$ 849 mil. Até o fechamento desta edição o estaleiro não informou os preços atualizados do modelo.

PILOTAGEM A máxima em um barco é: não se pode ter tudo. Neste caso, quem opta por um barco aberto, como a GT 35, não se incomoda com o vento no rosto quando pilota. Por isso, a Beneteau escolheu oferecer um para-brisa mais baixo, que proporciona visão perfeita do piloto à frente, contudo mais exposição ao vento. O painel é de fácil visualização e os manetes bem à mão, mas ainda mecânicos na versão standard, o que incomoda um pouco. Prefira o opcional de eletrônicos, vale a pena. O banco duplo tem ajuste de distância e pode ser rebatido para pilotagem em pé.

SEGURANÇA Segue rígida normatização europeia e padrões mundiais da Beneteau. Tem sistema de corte de combustível e acionamento de sistema de combate a incêndio na casa de máquinas. Além de três bombas automáticas de esgotamento do porão, há uma manual no cockpit. Destaque para o guarda-mancebo alto e bem instalado, que permite passeios na proa aproveitando o solário. Há sistemas de proteção dos circuitos elétricos e escada de emergência no costado (uma escada de corda, que pode ser retirada de um pequeno compartimento no costado próximo à popa, para que se possa voltar ao barco caso a escadinha de inox não tenha sido baixada).

DESEMPENHO A GT 35 combinou muito bem esportividade e um bom passeio. Alcançou boa velocidade de cruzeiro e seu consumo foi ótimo. A medição alcançou 210 MN em cruzeiro e 214 MN em regime econômico. Méritos para o conjunto e o Air Step©. No tocante à velocidade máxima, 34,7 nós é uma boa marca com dois 220 hp. Caso se opte pelos motores de 270 hp – que parece ser desnecessário –, é possível que a velocidade final chegue a quase 38 nós.

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NAVEGAMOS

BENETEAU GT 35

FICHA TÉCNICA COMPRIMENTO TOTAL 10,58 m (34,7 pés) BOCA 3,38 m ALTURA NA ENTRADA 1,94 m DA CABINE ALTURA NO BANHEIRO 1,81 m TANQUE DE COMBUSTÍVEL 490 l

O MELHOR USO A Gran Turismo 35 é uma lancha na medida para você? No segmento de barcos entre 34 e 37 pés, há vários barcos bonitos e bem feitos, geralmente com navegação mais ágil e com toque quase sempre esportivo. Justamente por isso, a GT 35 deve chamar a atenção, pois atende a todos esses requisitos e ainda apresenta números de navegação e consumo muito interessantes. O cruzeirista mais esportivo ou mesmo as famílias mais comedidas vão gostar dessa receita da Beneteau Brasil. Pelo que o barco navegou, sua agilidade e firmeza nas manobras e pelo excelente resultado da curva de consumo, sem dúvida, é uma lancha para aproveitar o sol e o mar do Brasil com algo a mais.

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TANQUE DE ÁGUA 160 l NÍVEL DE RUÍDO EM 83 dB CRUZEIRO TIPO DE MOTORIZAÇÃO Apenas centro-rabeta

2 x 220 a 270 hp cada

POTÊNCIA DO MOTOR (diesel) - 2 x 260 a 300

hp cada (gasolina)

PESO SEM MOTOR 5.070 kg PESO DA MOTORIZAÇÃO 1.230 kg CAPACIDADE (DIA/ 12/04 PERNOITE)

Beneteau Power/P.

PROJETO Andreani/Fernando

Almeida

FABRICANTE Beneteau Brasil LANÇAMENTO 2013



NAVEGAMOS

BAYLINER 350 BR SE

Made

IN BRAZIL

A Bayliner 350 BR é o carro-chefe do estaleiro Brunswick. Fabricada apenas no Brasil, a versão SE (Special Edition) tem motorização potente e opções de equipamentos Por Guilherme Kodja / Fotos Caio Márcio

D

a proa à popa, a Bayliner 350 BR SE (Special Edition) é um barco bem acabado. Percebe-se a engenharia de muitos anos do grupo Brunswick construindo a então Bayliner 335, que deu origem a versão brasileira. Aqui, ela recebeu algumas tropicalizações. Uma das mais importantes novidades do barco produzido no país é a opção de motorização a diesel. Suas linhas são elegantes, seu costado alto transmite uma sensação de segurança e os detalhes de construção e acabamento, bastante confiança. Itens como plataforma estendida de série e espaço gourmet (opcional) com grelha elétrica, pia e armários na popa agradam o público brasileiro. Outra atração é o esplêndido espaço de convivência no cockpit, bem como a qualidade dos estofados. Assim também é o posto de pilotagem, com banco duplo e regulagem de distância. Na proa, o acesso se dá por uma escada moldada na porta de acesso da ca-

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bine, um alívio e fora do padrão. Todavia, lá na frente, os solários, um de cada lado, são estreitos e um pouco inclinados para fora. Na cabine há vários ambientes funcionais. O banheiro é completo, mas sem box fechado para banhos. O WC é manual e o sistema elétrico não consta na lista de opcionais. A cama de proa tem bom tamanho e recebe duas pessoas de estatura média. Este espaço pode ser fechado parcialmente por uma cortina. Apesar das janelas de vidro no costado, as vigias laterais e gaiuta, a sensação no camarote de meia nau é de um ambiente bem fechado. Pode ser equipada no Brasil com dois tipos de motorização, ambas Mercury e sempre em pares. Gasolina de 300 HP cada (similar ao modelo norteamericano) ou diesel de 270 HP cada (agregando bastante peso a popa), ambas com rabetas Bravo 3.


OS NÚMEROS DA NAVEGAÇÃO ECONÔMICA RPM

Velocidade (nós)

3000 27,1

Consumo (litros)

Milhas/ Litro

Litros/ Milha

Autonomia (MN)

Autonomia (horas)

65,5 0,41 2,42 251

9

Consumo (litros)

Milhas/ Litro

Autonomia (horas)

86

0,38 2,64 230

7

Consumo (litros)

Milhas/ Litro

Autonomia (horas)

116

0,30 3,35 181

CRUZEIRO RPM

Velocidade (nós)

3300 32,6

MÁXIMA RPM

Litros/ Milha

Autonomia (MN)

O cruzeiro econômico de mais de 27 nós é bem veloz. Com tanque de combustível grande e consumo bastante razoável atinge elogiável autonomia de 251 milhas náuticas, o mesmo de uma navegação de Florianópolis ao Guarujá sem escalas e uma pequena reserva.

Em cruzeiro, tem uma ótima autonomia de 230 milhas náuticas. A potente motorização empurra o barco a 32,6 nós, consumindo 20,5 l/h a mais que o regime econômico.

Velocidade (nós)

3770 34,6 10

15

0

20

ACELERAÇÃO

Autonomia (MN)

A velocidade máxima inicialmente medida foi de 37,3 nós, todavia, com a necessidade de uso de flaps (entre 40 e 60%), a rotação caiu e a velocidade máxima também, registrando assim 34,6 nós a 3770 rpm

13,3”

5

Litros/ Milha

Dentro da média da categoria, entre 12 e 14 segundos. Poderia ter sido melhor, já que a motorização é bem potente (2 x 270 HP diesel), mas o perfil de navegação deste modelo que apresenta forte empopamento antes da decolagem segurou um pouco os números

 A autonomia é avaliada com o tanque de combustível na sua capacidade máxima. Mas, atenção: como segurança, os passeios devem considerar obrigatoriamente uma reserva de 20% da capacidade total do tanque, do ponto de partida até o próximo ponto de abastecimento.  A navegação em cruzeiro econômico é a mais eficiente medição para um barco, porque considera o melhor consumo da embarcação de acordo com a proposta do seu casco e o conjunto motorização/propulsão.

5

AS CONDIÇÕES DO TESTE A avaliação da Bayliner 350 BR SE aconteceu nas águas abrigadas de Florianópolis, em dia encoberto e com chuva, ventos moderados de ENE/NE com cerca de 13 nós que variaram até 15, mar agitado com ondas baixas. A embarcação testada estava com o tanque de água com 90% da capacidade total e de os de combustível com 70%.

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NAVEGAMOS

BAYLINER 350 BR SE

A Bayliner 350 BR SE cumpre muito bem o que promete, ou seja, ser uma sport cruiser para uso diário com perfil de performance arrojado, como o brasileiro gosta. Mas precisa usar os flaps para a navegação acertada do casco

O DESEMPENHO NA PRÁTICA A Bayliner 350 BR SE cumpre o que promete? Os números de desempenho da versão com par de Mercury QSD a diesel de 270 hp cada um e rabetas Bravo 3 foram bem felizes, visto ser um conjunto bem potente. Com números interessantes de cruzeiro econômico e normal, 27,1 e 32,6 nós, respectivamente, e uma autonomia de mais de 230 milhas náuticas, deve-se considerar que a Bayliner 350 BR

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SE cumpre muito bem o que promete. A velocidade máxima de 34,6 nós só não foi melhor (em torno de 37,3) e o consumo em todas as faixas mais baixo pela necessidade de uso de flaps para a navegação acertada do casco, conforme nossa verificação no teste e confirmação da engenharia da fábrica sobre esta ser uma característica própria do produto.


IMPRESSÕES AO NAVEGAR CONSTRUÇÃO

DESEMPENHO

Segue o padrão da NMMA, usa resina estervinílica, laminação manual tipo spray up, elétrica certificada, estanhada e totalmente codificada. A hidráulica é adequada e todos os metais em inox 316L, o melhor contra a corrosão. Casco laminado em sanduíche de fibra-de-vidro com núcleo de madeira balsa, assim como os demais modelos do grupo Brunswick.

Com motorização potente a diesel, 2 x 270 HP e rabetas Bravo 3 (hélices duplas contrarrotantes) andou bem, mas poderia ter andado melhor. Isso porque o casco pede a utilização de flaps em mais de 50% de seu curso para manter a navegação confortável e sem caturro. Segundo a engenharia da fábrica esta é uma característica original do produto e os flaps devem ser sempre acionados, por isso são itens de série. Mesmo assim, os números foram muito bons e a autonomia interessante.

SEGURANÇA Construída sob normas rígidas e certificações de segurança reconhecidos internacionalmente, é um barco com elétrica, hidráulica e casco que transmitem segurança e preenchem os requisitos de padrões norte-americanos. Vale destacar o sistema de corte de corrente da grelha elétrica quando a tampa é fechada, o que evita acidentes mesmo que seja esquecida ligada.

CONFORTO O cockpit é muito espaçoso, dividido em duas áreas principais. As tropicalizações, como a plataforma estendida e o espaço gourmet (opcional) com churrasqueira, agradam muito. O acabamento é ótimo e os estofamentos de primeira. A cabine é aconchegante e recebe bem dois casais e um adulto para pernoite.

INOVAÇÃO Sua verdadeira inovação é ser feita no Brasil e de tropicalizar alguns poucos itens, e manter a plataforma estendida como item de série. No mais, é um barco elegante e bonito, mas já bem conhecido no exterior e atualmente produzido apenas no Brasil.

ACABAMENTO Excelente. Ao se entrar no barco percebe-se claramente a qualidade de estofamentos, móveis e acabamento geral. Os equipamentos são bem instalados e a sensação é de estar mesmo num importado com forte engenharia por trás do produto final. A linha Bayliner busca oferecer algo mais pelo menor preço possível e mesmo não sendo a top do grupo Brunswick, agrada bastante pelos detalhes internos e externos.

PILOTAGEM A sensação no posto de comando é de estar em um “barcão”. Seu casco é ágil após a decolagem, pois antes o forte empopamento deixa o barco um pouco pesado. Corta ondas muito bem e o piloto tem ótimo banco com regulagem. A visão melhora quando em cruzeiro. Manetes e instrumentos bem a mão, mas merece opcionais eletrônicos para controlar a motorização. O casco demanda atenção e certa habilidade do piloto para a regulagem dos flaps durante a navegação.

SEU BOLSO O custo/benefício é o grande trunfo da Bayliner 350 BR Special Edition. Há diversas opções de pacote de opcionais, acrescido no preço final do produto. Também é possível escolher entre motor a diesel ou à gasolina, com os seguintes preços: - Diesel: Base: R$ 740.995,00 / Preço Final: R$ 862.769,00 - Gasolina: Base: R$ 609.105,00 / Preço Final: R$ 730.879,00

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NAVEGAMOS

BAYLINER 350 BR SE

O MELHOR USO A Bayliner 350 BR SE é uma lancha na medida para você? Elegante e com muito estilo. Se você busca uma embarcação de 34 a 37 pés com renome, garantia e que lhe sirva para passeios e alguns pernoites com até cinco pessoas, esta deve ser considerada. Por mais que não seja um barco moderno e inovador e, sem dúvida, pouco arrojado, é uma ótima opção para famílias que buscam um padrão de construção e acabamento acima da média com ótimo espaço para curtir o sol. A interessante autonomia e os números adequados de desempenho, considerando a motorização forte, pesam na avaliação. Assim, a Bayliner 350 BR edição especial (SE) tem méritos suficientes para ser uma boa opção de day cruiser para você.

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FICHA TÉCNICA TANQUE DE COMBUSTÍVEL 605,6 l TANQUE DE ÁGUA 132,5 l NÍVEL DE RUÍDO 84 dB EM CRUZEIRO TIPO DE MOTORIZAÇÃO Apenas centro-rabeta

2 x 4.2L Mercury (diesel)

POTÊNCIA DO MOTOR 220hp ou 2 x 5.7L Mercury

(gasolina) 300 HP

PESO SEM MOTOR 4.274 kg PESO DA MOTORIZAÇÃO 1.176 kg CAPACIDADE 12/5 (DIA/PERNOITE) PROJETO Brunswick Boat Group FABRICANTE Brunswick Brasil LANÇAMENTO 2012 (versão BR)


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NAVEGAMOS

SESSA MARINE F42

Moderna

E RÁPIDA

A Sessa Marine cresceu na Europa e aqui no Brasil também. O modelo F42, da linha Flybridge, contempla várias modificações pensadas exclusivamente para o mercado brasileiro Por Guilherme Kodja / Fotos Alexandre Correa e Guilherme Kodja

A

Sessa Marine F42 é a irmã tropicalizada da europeia F40. Aqui, ela ganhou itens bem mais apreciados pelos brasileiros, como o espaço gourmet na popa com grelha elétrica. Também tem como opcional uma outra geladeira ou ice maker no flybridge. Ela recebe bem 12 passageiros em day cruise com seus espaços bem aproveitados. Com geladeira de 120 litros com freezer, duas bocas vitrocerâmicas para cozinhar, micro-ondas, bons armários e boa iluminação natural, ela cumpre perfeitamente seu papel. Uma outra inovação que, na verdade, é um resgate dos layouts das lanchas de 36 a 44 pés da década de 1990, é a instalação da suíte máster na proa e de filhos ou convidados à meia-nau. O objetivo é liberar espaço para uma cozinha mais privada e longe da área social e aumentar o

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espaço para assentos e circulação na sala e cockpit. São duas boas suítes com banheiros de tamanho compatível com o volume do barco e boxes fechados para banho. Todo o acabamento é muito agradável e cabe destacar o cuidado com os revestimentos das áreas de serviço e tampas, como na casa de máquinas, que é bem montada e gera baixo ruído na área social. Menos de 80 decibéis a 3.000 rpm em pleno cruzeiro de 27,6 nós. Na popa, além do que já citamos no início, perdeu os postes de sustentação do flybridge e tem plataforma submersível. O mesmo se pode dizer da área social superior, que recebe confortavelmente seis pessoas mais o piloto. O posto de comando tem excelente ergonomia, com adequado espaço e posição em relação ao timão, instrumentos e manetes dos motores.


OS NÚMEROS DA NAVEGAÇÃO ECONÔMICA RPM

Velocidade (nós)

2800 24,2

Consumo (litros)

Milhas/ Litro

Litros/ Milha

92

0,26 3,80 234

10

Consumo (litros)

Milhas/ Litro

Autonomia (horas)

100

0,28 3,62 246

Autonomia (MN)

Autonomia (horas) O cruzeiro econômico de 24,2 nós é rápido, todavia não se justificou pelo consumo muito próximo ao de cruzeiro regular. Com o consumo de 92 l/h a autonomia de 234 milhas náuticas foi boa, porém menor que no regime de cruzeiro, o que é atípico e reflexo da motorização bastante forte

CRUZEIRO RPM

Velocidade (nós)

3000 27,6

Litros/ Milha

9

No regime de cruzeiro, a excelente autonomia de 234 milhas náuticas é fruto dos ótimos 27,6 nós, alcançados sem esforço pelos IPS 600, e do razoável consumo total, de 100 l/h, pouco a mais que o regime econômico

MÁXIMA RPM

Autonomia (MN)

Velocidade (nós)

3640 36,6

Consumo (litros)

Milhas/ Litro

168

0,22 4,59 194

15

0

20

ACELERAÇÃO

Autonomia (MN)

A velocidade máxima de 36,6 nós (que poderia chegar aos 37 em condições de mar excelentes) foi inesperada. Surpreendeu positivamente e mostrou que este barco com IPS 600 é muito veloz e ágil para uma flybridge

8,5” 10 5

Litros/ Milha

Para um barco pesado, 13,5 ton vazio, esta marca provou os IPS 600 combinados a este ótimo projeto de casco, com boca não muito larga, acelerou abaixo dos nove segundos, como uma verdadeira esportiva

 A autonomia é avaliada com o tanque de combustível na sua capacidade máxima.  A navegação em cruzeiro econômico é a mais eficiente medição para um barco, porque considera o melhor consumo da embarcação de acordo com a proposta do seu casco e o conjunto motorização/propulsão.

Autonomia (horas)

5

AS CONDIÇÕES DO TESTE A avaliação da Sessa Marine F42 aconteceu nas águas do Guarujá e em mar aberto, em dia ensolarado, ventos moderados de Leste de 12 a 14 nós, mar mexido com ondas com até 1 metro, formadas em um período curto, de máximos 7 segundos. A embarcação testada estava com o tanque de água com 90% da capacidade total e os de combustível com 48%.

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NAVEGAMOS

SESSA MARINE F42

O desempenho da F42, com cruzeiro acima de 25 nós e velocidade máxima acima de 35 nós, se mostrou admirável para um barco pesado, que acelera rápido, se desloca bem e não se intimida na navegação com mar mexido

O DESEMPENHONA PRÁTICA A Sessa Marine F42 cumpre o que promete? A F42 equipada com o conjunto IPS 600, definitivamente, cumpre o que promete. Os números do teste foram conclusivos sobre seu desempenho. Cruzeiro acima de 25 nós e velocidade máxima acima de 35 é algo admirável num barco pesado – e que por isso desloca bem e não se intimida na navegação com mar mexido – afinal, são 10.500 kg só de casco, mais 1.800 de motores e propulsão. A aceleração de 0 a 20 nós abaixo dos 9 segun-

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dos (8,5) é digna de aplausos e surpreendeu. A tendência é que fique boa também com o IPS 500, mas, de certa forma, menos “esperta”. Pela diferença de preço, vale escolher a opção mais potente e que anda com menos esforço das máquinas e também por isso, com consumo de combustível, em tese, menor. Os números da autonomia não mentem, 3,62 litros por milha náutica navegada a mais de 27,5 nós é um número bastante justo.


IMPRESSÕES AO NAVEGAR CONSTRUÇÃO Segue o mesmo padrão de construção europeu. Usa materiais de primeira e o processo construtivo não contempla infusão. O fundo é de fibra maciça e nos costados e convés traz um sistema de sanduiche de fibra de vidro com núcleo de espuma de PVC rígida. Além da grelha com quatro longarinas longitudinais e cavernas altamente reforçadas, há três anteparas estruturais laminadas com compensado náutico. Destaque para as instalações elétricas. A hidráulica pecou pela falta de braçadeiras duplas na linha de combustível. O revestimento acústico do porão é excelente.

INOVAÇÃO Segue rigorosamente o projeto da sua irmã maior – F47 –, mas nem por isso perde seu toque inovador, já que é um projeto recente e com design bastante atualizado. Traz como novidade a suíte máster na proa, plataforma de popa submersível, além do espaço gourmet para churrascos. É um dos barcos abaixo de 45 pés pioneiros no uso exclusivo do sistema de PODs, no caso o Volvo IPS.

CONFORTO Recebe muito bem 12 pessoas em passeios diurnos e quatro pessoas em pernoite. Há bastante espaço, com duas suítes (a máster na proa), cockpit descomplicado e flybridge entre os maiores da categoria. Espaço gourmet e plataforma de popa submersível são destaques de série. Na proa, há um enorme solário, que tem tamanho de cama de casal, com estofamento muito confortável. O nível de ruído do salão em cruzeiro ficou abaixo dos 80 decibéis, o que é excelente.

DESEMPENHO Superou as expectativas, mesmo com a motorização reconhecidamente forte. O conjunto Volvo 435 hp a diesel acoplado ao sistema de PODs IPS andou muito bem e foi rápido na aceleração. As respostas ao movimento dos manetes foram imediatas e potentes. Com velocidade máxima de 36,6 nós, cruzeiro acima de 27 e aceleração de 8,5 segundos do repouso aos 20 nós, a F42 deixou claro que seu perfil é esportivo, mesmo sendo uma elegante flybridge focada em passeios de família e amigos.

SEGURANÇA Um dos itens que chamou a atenção foi o guardamancebo, que é bem alto e forte, e não prejudica o design do barco. Tem sistema anti-incêndio, bomba de porão manual, fiação estanhada e sistema de quebra dos circuitos elétricos em caso de sobrecargas. Vale pensar na instalação de sistema de corte de energia no fechamento da tampa da grelha elétrica.

PILOTAGEM Pilotar a F42 é empolgante e muito agradável no posto do flybridge. É um barco muito fácil de manobrar graças ao sistema IPS. É firme e precisa, mesmo com mar agitado. O piloto deve ficar atento à visão no posto interno, que não é boa à frente por causa do para-brisa baixo. É recomendável aplicar o flap corretamente, entre 25 e 35%, para manter uma boa posição do casco em dias de mar mexido.

SEU BOLSO A F42 sai de fábrica com uma configuração bem completa e uma pequena lista de opcionais, o que é muito bom. A versão testada, custa R$ 2.400.000 com dois motores Volvo IPS 600, que é a opção mais cara disponibilizada pelo estaleiro.

ACABAMENTO Segue o padrão Sessa Marine já conhecido em outros modelos. Sem detalhes exagerados, sempre com materiais sóbrios e sofisticados, com forte pegada jovem e moderna. Tons sóbrios e elegantes com variações de tecidos mais claros e revestimentos escuros com muito bom gosto. As ferragens são bem fixadas, as janelas, móveis e estofamentos bem finalizados e com poucos cantos vivos. A cozinha é bonita e usa materiais nobres e modernos.

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NAVEGAMOS

SESSA MARINE F42

O MELHOR USO A Sessa Marine F42 é uma lancha na medida para você? Moderna e muito bem acabada, a F42 tem espaço essencial na popa e bem planejado na proa e no flybridge. Tem ainda bons camarotes com dois banheiros com box fechado para banho. A cozinha fica no interior do salão, longe do cockpit, mas circundada por ótimas áreas envidraçadas. Itens essenciais embarcados de olho nos brasileiros: grandes espaços ao sol, plataforma de popa submersível, facilidade de manobras, espaço gourmet na popa, design arrojado e opção de motorização que deixa o barco com desempenho esportivo. Além disso, a construção de qualidade e um dos mais baixos níveis de ruído interno do mercado em sua categoria merecem elogio. Recebe bem 12 pessoas em passeios diurnos sem apertos e ainda permite navegadas de mais de 240 milhas náuticas sem reabastecer. Se esses aspectos em um modelo com flybridge de 42 pés chamam a atenção, este é um barco para você.

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FICHA TÉCNICA TANQUE DE 888 l COMBUSTÍVEL TANQUE DE ÁGUA 300 l NÍVEL DE RUÍDO EM 79,4 dB CRUZEIRO TIPO DE MOTORIZAÇÃO

IPS 600 (opcional) / IPS 500 (standard) ambos a diesel

POTÊNCIA DO MOTOR IPS 600 (2 x 435 hp) PESO SEM MOTOR 10.500 kg PESO DA 1.802 kg MOTORIZAÇÃO CAPACIDADE (DIA/ 12/4 PERNOITE) PROJETO

Sessa Marine / Christian Grande

FABRICANTE Sessa Marine Brasil LANÇAMENTO 2013


Motores | Automação | Energia | Transmissão & Distribuição |

Tintas

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ARTHMARINE 415

Evolução

BEM-SUCEDIDA

A Arth 415 chegou para se tornar o novo flagship do estaleiro paulista Arthmarine, uma boa evolução natural dos seus bem-sucedidos barcos de 24 a 33 pés Por Guilherme Kodja / Fotos Caio Márcio

A

Arth 415 possui linhas arrojadas e sem exageros, explorando de forma ousada, todavia coerente, as opções de vidros no casco e na superestrutura do convés. Mas o principal elemento do antigo modelo 380 foi aplicado neste projeto: o fundo do casco firme, com navegação excelente em mar picado. O barco contempla uma suíte de ótimo tamanho na proa, com o pé direito do banheiro de 1,91 m e box fechado para banho, sem contar cama de casal de verdade (2,27 m x 1,42 m) no quarto. A outra acomodação pode servir um solteiro com sobra de espaço ou ainda um casal com a união do espaço de passagem com o estreito sofá ao lado. Há um segundo banheiro, também à meia nau, com pé direito mais acanhado, de 1,69 m, mas que contempla também box para banho. Na cozinha há muitos armários e ótima iluminação lateral e também por uma claraboia no teto. Faltou uma

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vigia para melhor ventilação na hora de cozinhar. A sala, no lado inverso da cozinha, tem ótimo sofá e bem de frente para a TV. No cockpit, muito espaço, graças a boca larga do barco e do bom aproveitamento do casario, que forma também o hard top do barco. A grelha elétrica está neste espaço, já próxima do acesso a popa, mas não na plataforma, como a maioria das concorrentes. Ali, o estaleiro optou por explorar bem as opções ao sol em vez de local para preparação de comida. Por isso montou um solário com opcional elétrico de encosto, que o transforma numa espécie de chaise longue voltada para a popa. O estaleiro oferece como única opção motores Mercruiser de 320 HP a diesel com rabetas Bravo 3 e comandos mecânicos ou eletrônicos. Opção a gasolina também pode ser oferecida sob consulta.


OS NÚMEROS DA NAVEGAÇÃO ECONÔMICA RPM

Velocidade (nós)

2900 22,1

Consumo (litros)

Milhas/ Litro

Litros/ Milha

Autonomia (MN)

64

0,35 2,90 290

13

Consumo (litros)

Milhas/ Litro

Autonomia (horas)

84

0,33 3,01 279

10

Consumo (litros)

Milhas/ Litro

Autonomia (horas)

120

0,28 3,54 237

Autonomia (horas) O cruzeiro econômico é pouca coisa lento, mas compensou muito pelo baixíssimo consumo da parelha, e certamente o casco ajudou. Atingiu a excelente autonomia de 290 milhas náuticas, o que corresponde a uma navegação de Florianópolis a Búzios com boa reserva.

CRUZEIRO RPM

Velocidade (nós)

3300 27,9

MÁXIMA RPM

Autonomia (MN)

O cruzeiro foi honestíssimo. Mantendo ainda ótima autonomia de 279 milhas náuticas. Navega fácil e sem empopar, atingindo a média de velocidade de quase 28 nós, uma boa marca.

Velocidade (nós)

3900 33,9 10

Litros/ Milha

Autonomia (MN)

11,4”

5

0

Litros/ Milha

ACELERAÇÃO

15

20

A aceleração ficou dentro da média do segmento, com 11,4 segundos de zero a 20 nós. Vale ressaltar o controle perfeito do casco na saída em regime de aceleração total dos motores, sendo que praticamente não levantou a proa.

 A autonomia é avaliada com o tanque de combustível na sua capacidade máxima. Atenção: por segurança, mantenha uma reserva de 20% da capacidade total do tanque, do ponto de partida até o próximo ponto de abastecimento.  A navegação em cruzeiro econômico é a mais eficiente medição para um barco de passeio, porque considera o melhor consumo de acordo com o casco e o conjunto motorização/propulsão.

7

O top alcançado, de praticamente 34 nós, está dentro do esperado pelo conjunto casco x motorização e ainda pela relação peso x potência. Mesmo neste forte regime de navegação, conseguiu obter uma ótima autonomia técnica, de 237 milhas náuticas, mais do que suficiente para uma viagem Santos – Rio.

AS CONDIÇÕES DO TESTE A avaliação da Arth 415 aconteceu nas águas de Santos, em dia de sol, ventos calmos ESE com cerca de 4 nós que variaram até 6, mar calmo com ondas baixas. A embarcação testada estava com o tanque de água com 90% da capacidade total o de combustível com 55%.

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NAVEGAMOS

ARTHMARINE 415

O casco é rápido, ágil e corta ondas extremamente bem. A proa quase não levanta, talvez um dos menores ângulos de inclinação dos barcos testados no Brasil. Isso ajuda muito em dias de mar picado

O DESEMPENHO NA PRÁTICA A Arth 415 cumpre o que promete? A Arth 415 só tem uma opção de motorização pelo catálogo do estaleiro: par de Mercruiser 320 hp acoplados a rabetas Bravo 3. Porém, pelos números atingidos no teste, é um conjunto adequado ao barco. Sob consulta, este modelo pode ser produzido a gasolina, mas, certamente, para ficar bom e não muito gastador, um par de 380 HP vai ser necessário. Algo

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que impressionou foi ver como o casco não levanta quando acelerado a planeio. A proa fica baixa e o barco não precisou de flaps em nenhum momento, mostrando bom equilíbrio hidrodinâmico do casco, o que foi verificado na firmeza de manobras e curvas fechadas e ao cortar pequenas ondas e marolas de outros barcos, já que o dia estava tranquilo e com mar calmo.


IMPRESSÕES AO NAVEGAR CONSTRUÇÃO

SEGURANÇA

Não tem certificação internacional, mas um padrão de qualidade já conhecido do estaleiro com bom número de barcos na água. A laminação é manual e todo o casco em sanduíche de fibra de vidro com núcleo de espuma de PVC rígida. A fiação é estanhada e codificada e os tanques de combustível e água estão separados dos motores, a meia nau, além de usar aço inox 316L, que evita problemas de oxidação.

É um barco bem feito e, ao que tudo indica, confiável. O estaleiro tem mais de 300 unidades de outros modelos e mantém bom nome no mercado. Vale a atenção na passagem da fiação que tem conduítes, todavia, nem todos os fios estão lá. Na navegação, as curvas muito bruscas ou fechadas tendem a fazer o barco deitar bem, já que seu casco tem perfil de “V” profundo, por isso deve-se evitar tais manobras. Vale ressaltar que o barco está equipado com quatro bombas de porão, todas com seus respectivos automáticos.

CONFORTO Seu novo interior bem distribuído e com boas camas e dois banheiros completos é confortável para quatro pessoas curtirem até um feriado a bordo, já que também tem boa autonomia. O cockpit é espaçoso e a opção de sol ou sombra do hard top de fibra ajuda muito. Seu acabamento é agradável, mas não luxuoso, até porque, neste preço, ela não cobra por luxos.

ACABAMENTO Melhorou muito do modelo 380 para cá. É outro conceito e, apesar de não ter materiais tão nobres ou luxuosos, são apropriados ao uso náutico. A marcenaria está bem feita e completa, com muitos armários e todos bem finalizados. Há pontos a melhorar, obviamente, como a finalização das juntas dos vidros e para-brisas. São itens menores e facilmente ajustáveis.

DESEMPENHO O desempenho foi coerente com o porte da lancha. Seu regime econômico foi pouco abaixo do esperado, mas com um nível de consumo muito interessante, o que compensou. Os números desta avaliação foram os seguintes: 22,1 nós com 64 litros/hora no regime econômico; 27,9 nós com 84 litros/hora no cruzeiro regular e, por fim, máxima de 33,9 nós com 120 litros/hora. Acelerou sem levantar a proa em regulares 11,4 segundos do repouso aos 20 nós.

PILOTAGEM É agradável e uma das melhores com a opção em pé apoiado no banco. A visão para todos os lados é ótima graças à profusão de janelas pelo cockpit. Atrapalhou um pouco o fato do painel ser bem alto e o assento, um pouco baixo, assim, para pilotar sentado, a visão à frente ficou bastante prejudicada. O barco é bem fácil de pilotar e o fato da proa quase não subir ajuda muito e garante uma sensação de controle bastante interessante.

INOVAÇÃO Um dos pontos que chamam a atenção neste novo barco. É um projeto novo e arrojado, com equilíbrio e uma ótima concepção de distribuição interna e uso de vidros no costado e cockpit. O mérito, aqui, está na inovação bem equilibrada do projeto.

SEU BOLSO Os valores para as versões da Arth 415 HT são: - Gasolina: 2 x Mercruiser 8.2 380HP (rabeta Bravo 3), a partir de R$ 757.155. Completa custa R$ 870.195. -Diesel: 2 x Mercruiser QSD 4.2 320HP (rabeta Bravo 3), a partir de R$ 900.621. Completa custa R$ 1.015.000.

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NAVEGAMOS

ARTHMARINE 415

FICHA TÉCNICA COMPRIMENTO TOTAL 13 m (42,6pés) BOCA 3,50 m ALTURA NA 2,05 m ENTRADA DA CABINE ALTURA NO BANHEIRO 1,91 m TANQUE DE COMBUSTÍVEL 840 l

O MELHOR USO A Arth 415 é uma lancha na medida para você? Com estilo moderno e linhas bem agradáveis, é um barco jovem e que deve agradar também famílias que querem pular de uma 30 ou 34 para algo mais espaçoso sem precisar gastar uma fortuna. Assim, como acomoda bem quatro pessoas para pernoite e com dois bons banheiros com box para banho e ainda cockpit e solários prontos para o nosso verão, deve ser um barco considerado em sua short list caso este tamanho de lancha seja seu próximo objetivo.

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TANQUE DE ÁGUA 450 l NÍVEL DE RUÍDO EM 86 dB CRUZEIRO TIPO DE MOTORIZAÇÃO Apenas centro-rabeta POTÊNCIA DO MOTOR

2 x Mercruiser (diesel) 320 HP

PESO SEM MOTOR 6.000 kg PESO DA MOTORIZAÇÃO 1.176 kg CAPACIDADE 12/4 (DIA/PERNOITE) PROJETO Arthmarine FABRICANTE Arthmarine LANÇAMENTO 2013


Ar Condicionado VARC Ar Condicionado VARC Controle e Gerenciamento Inteligente Integrado Controle e Gerenciamento Inteligente Integrado

Linha Chiller Variable Capacity A nova tecnologia Marine Air VARC possibilita ao compressor fornecer capacidade variávél conforme a demanda solicitada. Desta maneira, cada compressor de 48000 BTUs pode funcionar com a capacidade partindo de 12000 BTUs até 48000 BTUs. Isto permite uma operação mais silenciosa e com grande economia de energia, exigindo menos carga do gerador da embarcação. Além disso, a tecnologia STIIC permite o controle e gerenciamento interativo do sistema de ar condicionado, tanto da embarcação como remotamente através da internet.

CARACTERÍSTICAS Equipamento Compacto e Silencioso Máxima eficiência e economia de energia Possibilidade de instalação multiestágios para sistemas com maior necessidade de BTUs Gerenciamento remoto via internet Tecnologia STIIC que possibilita controle e gerenciamento via tablet, smartphones ou PC 3 modos automáticos: Econo, Standard e Boost Compressor com capacidade variável de 12 à 48 mil BTUs dependendo da demanda

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BOSTON WHALER 230 VANTAGE

Sem medo

DE MAR A Boston Whaler 230 Vantage mostrou, na prática, em dia de vento e mar bem mexido, o que toda lancha pequena gostaria de ser um dia: confortável, bem acabada, ágil e com navegação acima da média Por Guilherme Kodja / Fotos Caio Márcio

A

linha “Vantage” é a aposta da Boston Whaler que há mais de 50 anos atua no mercado náutico de lazer com sucesso e reconhecimento pela qualidade de seus barcos e a navegabilidade e segurança de seus cascos resistentes. O slogan diz tudo: “The unsinkable legend”. Em bom português: “O barco lendário que não afunda”. Não há como negar que navegar uma Boston Whaler, especialmente os modelos acima de 32 pés, dá uma satisfação quase inigualável a qualquer outra de seu segmento. No entanto, a surpresa foi positiva quando colocamos a 230 Vantage, uma proa aberta de apenas 23 pés, para acelerar e manobrar em um mar bastante mexido, com ventos de 16 nós na ponta sul de Ilhabela. É um barco que comporta bem oito passageiros, mas com seis garante um dos melhores passeios num barco deste porte. Recebe apenas motorização de popa que

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pode variar de 225 a 300 HP, sempre Mercury quatro tempos. Sua solução 100% ao sol traz sacadas inteligentes, como o banco que vira solário e que também se torna espreguiçadeira, com encosto e assento rebatíveis com várias posições. Se a ordem é pescar, o banco da popa é rebatível e permite acesso total a área sem precisar subir no estofamento. A proa é bem confortável, há até uma mesa de centro desmontável e que pode dar lugar a um solário se as peças extras forem montadas. Uma escada inox de quatro degraus permite acesso aos banhistas. Há ainda um banheiro não muito espaçoso, porém bem condizente com o porte do barco. Paióis estão espalhados por todo o cockpit. Chamou a atenção o enorme tanque de combustível de 420 litros que garantiu excelente autonomia. Já o de água, de 76 litros, poderia ser de pelo menos 100.


OS NÚMEROS DA NAVEGAÇÃO ECONÔMICA RPM

Velocidade (nós)

4500 25,6

Consumo (litros)

Milhas/ Litro

Litros/ Milha

Autonomia (MN)

44

0,58 1,72 244

10

Consumo (litros)

Milhas/ Litro

Autonomia (horas)

56

0,51 1,95 215

8

Consumo (litros)

Milhas/ Litro

Autonomia (horas)

89

0,40 2,53 166

Autonomia (horas) O cruzeiro econômico de 25,6 nós é ótimo e a autonomia medida neste regime é excelente, com 244 milhas náuticas, suficiente para navegar, por exemplo, de Santos até o Rio de Janeiro sem escalas, com boa e razoável reserva.

CRUZEIRO RPM

Velocidade (nós)

5000 28,7

MÁXIMA RPM

0

6,5”

Autonomia (MN)

A marca de 28,7 nós de cruzeiro é boa e nada além do esperado. O consumo de 56 litros/hora foi honesto e garantiu 215 milhas náuticas de autonomia, suficiente para a viagem Santos – Rio sem necessidade de reabastecimento.

Velocidade (nós)

6200 35,2

5

Litros/ Milha

10

ACELERAÇÃO

Litros/ Milha

Autonomia (MN)

5

Ultrapassada por pouco a barreira dos 35 nós de velocidade máxima, era o que se esperava deste barco com a motorização testada, nenhum grande mérito 15 nisso, mas sim na firmeza da navegação a esta velocidade.

20

Rápida como se imaginava. Casco X propulsão está bem equilibrado. Com um motor de 300 HP pode melhorar ainda mais a arrancada, mas o fato é que não há necessidade.

 A autonomia é avaliada com o tanque de combustível na sua capacidade máxima.  A navegação em cruzeiro econômico é a mais eficiente medição para um barco, porque considera o melhor consumo da embarcação de acordo com a proposta do seu casco e o conjunto motorização/propulsão.

AS CONDIÇÕES DO TESTE A avaliação aconteceu na ponta sul de Ilhabela, com ventos entre 14 nós e 17 nós, mar aberto bastante mexido e ondas com até um metro formadas em períodos de 4 segundos. A lancha testada estava com o tanque de água com 48% da sua capacidade e o de combustível com 100%

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85


NAVEGAMOS

BOSTON WHALER 230 VANTAGE

É um barco de estilo moderno, excepcional navegabilidade e qualidade de construção e acabamento. Só que, por conta dos altos impostos de importação, é vendido por preço acima da média da categoria

O DESEMPENHO NA PRÁTICA A Boston Whaler 230 Vantage cumpre o que promete? Foi empolgante e prazeroso navegar esta pequena proa aberta. Não tomou conhecimento do mar altamente mexido a que foi submetida e acelerou bravamente contra a ondulação ou mesmo fazendo curvas fechadas com o bordo para as ondas irregulares formadas pelo vento de quase 16 nós. Vale ressaltar que a motorização testada foi a mais fraca disponível, de 225 HP de popa.

86

Mesmo assim, os números foram excelentes com duas pessoas a bordo. Andou em cruzeiro de 28,7 nós e marcou top de 35,2 nós, o que ficou dentro do esperado para um barco deste tipo, mas com a ressalva de que as opções de 250 e até 300 HP vão tornar essa lancha um foguete. Aconselhamos a escolha no máximo do 250 HP para garantir boa folga com o barco cheio.


IMPRESSÕES AO NAVEGAR CONSTRUÇÃO

PILOTAGEM

O casco é duplo, laminado manualmente com tecidos cortados em gabaritos e depois aplicados, com reforços biaxiais distribuídos nas zonas de maior esforço e ainda com o convés preenchido com espuma de poliuretano com células fechadas em processo patenteado pela fábrica, denominado UNIBOND.

Sempre um ponto alto nos modelos da Boston Whaler e aqui não foi diferente. É difícil não querer sair acelerando com um barco que responde tão bem aos comandos, tão equilibrado e firme, e a 230 Vantage não deixou a desejar, mesmo sendo uma das caçulas da família. Com parabrisa bom para quem tem entre 1,75 e 1,85m, garante empolgação e prazer ao piloto que tem tudo bem à mão, especialmente o barco, mesmo em manobras difíceis.

CONFORTO

SEGURANÇA

Estofamentos de primeira, sem rangidos no casco e com montagem impecável. Tudo isso deixa o barco agradável de embarcar e usar e, assim, o conforto é sentido desde o piloto até quem se estica no solário do banco rebatível. Sem dúvida é um barco muito mais de passeio e para seis pessoas do que para pesca e todas aquelas tralhas necessárias. Aliás, neste caso, com até três vai bem. Mais que isso, deve ficar confuso.

A fiação é toda estanhada e com conectores vedados segundo normas internacionais NMMA, ABYC, CE e RYA. A construção é de perceptível qualidade. A hidráulica, muito bem finalizada e com materiais apropriados e de ótima qualidade. O fabricante garante que o casco é insubmersível.

SEU BOLSO Qualidade tem preço e, se o produto é importado, graças aos extorsivos impostos de nosso país, aí a conta fica pesada, e este é um dos pontos fracos desta ótima 23 pés de proa aberta. O preço inicial do modelo parte de US$ 155 mil.

ACABAMENTO Simples, aconchegante e de excelente qualidade. Isto fica claro em detalhes como as aberturas de portas e paióis, no tipo de inox e mecanismos usados para rebatimento de bancos, encostos e mesmo na casa de máquinas. O cuidado com a finalização interna do barco é perceptível e os estofamentos, muito agradáveis.

INOVAÇÃO É um barco que está bem na média dos seus concorrentes. Não traz nenhuma grande sacada ou inovação propriamente dita. É, sim, uma novidade interessante dentro da linha de modelos da Boston Whaler e, para quem é fã da marca, este novo conceito de embarcação foi uma enorme sacada e deve agradar bastante.

DESEMPENHO Com o motor de popa Mercury de 225 hp, a gasolina, já mostrou ótimos números e sem derrubar a autonomia, que é destaque do barco. Caso se opte pela opção de 250 hp, ainda haverá bons números a se celebrar, todavia, pelo que sentimos ao navegar, um 300 hp na popa vai mudar toda a história, e provavelmente para pior. No geral, o desempenho deste barco pode ser considerado ótimo e compatível com sua proposta.

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NAVEGAMOS

BOSTON WHALER 230 VANTAGE

O MELHOR USO A Boston Whaler 230 Vantage é uma lancha na medida para você? Você gosta de um day cruiser, sem preocupação se o mar está ruim e com a distância ou tempo que pretende navegar? Quer um barco seguro, com várias certificações internacionais e que, em tese, não afunde mesmo que seja partido ao meio? Se estiver disposto a desembolsar um valor alto em comparação com uma concorrente nacional, a 230 Vantage é o seu barco, pois mostrou que segurança, boa construção, ótimo desempenho e conforto acima da média que ela pode entregar, além de andar bem e ir longe, com autonomia de barcos bem maiores.

88

FICHA TÉCNICA COMPRIMENTO TOTAL 7,06 m (23,1 pés) BOCA 2,59 m ALTURA NO BANHEIRO 1,20 m TANQUE DE COMBUSTÍVEL 420 l TANQUE DE ÁGUA 76 l NÍVEL DE RUÍDO 86 dB EM CRUZEIRO TIPO DE MOTORIZAÇÃO Popa POTÊNCIA DO MOTOR 1 x 225 hp PESO SEM MOTOR 1.769 kg PESO DA MOTORIZAÇÃO 318 kg CAPACIDADE 10/0 (DIA/PERNOITE) PROJETO Boston Whaler FABRICANTE Boston Whaler LANÇAMENTO 2013


%

50 A D A

R +

ENT

2X M1

OS

SE

R M JU

OE

D SAL

PRONTA ENTREGA

SP (11) 5538 - 3434 RJ (21) 9 8111-5863

BA (71) 3321-3799 PE (81) 3428-2690


NAVEGAMOS

EVOLVE 270 CAB

Maior E MELHOR A Evolve 270 Cab voltou ao mercado evoluída, com muito mais espaço, e vai agradar bastante quem também gosta de personalizar a sua lancha Por Caio Ambrosio / Fotos Pedro Ambrosio

A

s lanchas Evolve são desenvolvidas pela Ocean Life, na cidade de Palhoça, litoral de Santa Catarina. O estaleiro adquiriu os moldes da extinta e consagrada Evolution Boats com o desafio de alcançar o próximo estágio de desempenho, acabamento e conforto das linhas Evolve 225 Cab, 225 Open, 235 Cab e 270 Cab. Um grande diferencial da Evolve é permitir aos clientes realmente personalizarem suas lanchas, mudando não só as cores, mas muitos detalhes do acabamento e agregando uma série de opcionais. A 270 Cab é uma evolução da antiga 265. É o maior barco da linha até o momento (o modelo 345 ainda não está finalizado) e foi idealizado para amantes do design esportivo. O ótimo aproveitamento interno é nítido, tanto que ao entrar a sensação é de estar em um barco de maior porte.

90

O aconchego é garantido pela mesa no centro do cockpit; o banco do piloto e do passageiro que giram e, assim, integram bem o ambiente; o sofá que pode se transformar em um enorme solário e a a cabine, que recebe bem duas pessoas para pernoite. O modelo tem diferenciais em relação à versão anterior, como o aumento na plataforma de popa e 15 cm a mais no pé-direito da cabine e do banheiro, refletindo automaticamente no cockpit, que também aumentou. O tanque de combustível de 200 passa a ter 350 litros, o que dá muito mais autonomia ao barco. Os paióis, agora sete no total, também ganharam mais espaço. Além disso, houve uma reestilização da cabine, que recebeu armários na parte superior e iluminação em LED. Resumindo: a lancha ficou maior e melhor.


OS NÚMEROS DA NAVEGAÇÃO ECONÔMICA RPM

Velocidade (nós)

3000 22,5

Velocidade (nós)

3500 27

Velocidade (nós)

4650 37,2

31

0,73 1,38 254

11

Consumo (litros)

Milhas/ Litro

Autonomia (horas)

41

0,66 1,52 230

9

Consumo (litros)

Milhas/ Litro

Autonomia (horas)

77

0,48 2,07 169

Autonomia (MN)

Autonomia (horas)

Litros/ Milha

Autonomia (MN)

5

4,4” ACELERAÇÃO

Litros/ Milha

Autonomia (MN)

5

Ela atingiu 37, 2 na velocidade máxima, mostrando que pra quem gosta de navegar rápido, que está preparada para o desafio.

10

0

Litros/ Milha

O cruzeiro da 270 Cab é bem rápido, navegando a 27 nós ou um pouco mais de 31 milhas e mesmo assim continua agradável e com o consumo adequado

MÁXIMA RPM

Milhas/ Litro

Na velocidade de cruzeiro econômico, a Evolve navega bem tranquila a 22,5 nós consumindo muito pouco combustível, desta forma ela garante a autonomia de 254 MN

CRUZEIRO RPM

Consumo (litros)

15

20

A aceleração foi muito boa e compatível para o conjunto testado, e com o peso superior de duas toneladas, ficou dentro do esperado. A marca de 4,41 segundos, mostra como o estaleiro acertou nos ajustes do barco.

 A autonomia é avaliada com o tanque de combustível na sua capacidade máxima. Atenção: por segurança, os passeios devem considerar, obrigatoriamente, uma reserva de 20% da capacidade total do tanque, do ponto de partida até o próximo ponto de abastecimento.

AS CONDIÇÕES DO TESTE As condições do teste foram realizadas em mar calmo, liso e sem vento. As únicas ondulações eram produzidas pela própria esteira do barco e algumas variavam em até 0,5 metro.

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91


NAVEGAMOS

EVOLVE 270 CAB

Durante a navegação, a Evolve 270 se mostrou bem segura e fácil de manusear. Se comportou muito bem, cortando as ondas sem nenhum respingo em direção ao cockpit

DESEMPENHO NA PRÁTICA A Evolve 270 Cab cumpre o que promete? Os números da 270 Cab ficaram acima do esperado para um barco de 27 pés. No modelo testado, o motor Volvo Penta 5.0 de 270 HP, com rabeta Duoprop, hélice modelo FH4, da própria Volvo Penta, atingiu a marca de 22 nós em regime de cruzeiro, com uma autonomia de 306 milhas ou 12 horas de

92

uso. Esses números são muito bons para um barco desse tamanho. A velocidade máxima atingiu a marca de 40 nós, outro destaque para o conjunto. Colocando tudo na balança, ou melhor, sobre a água, é possível afirmar que a Evolve 270 Cab cumpre o que promete.


IMPRESSÕES AO NAVEGAR CONSTRUÇÃO

PILOTAGEM

A construção do barco é feita em sanduiche de fibra de vidro, no casco, convés e costado. É utilizado manta de 450 gr/m2 e tecido de 600 gr/m2, Coremate, com tecidos biaxiais e triaxiais. Em alguns locais são usados reforços de compensado naval de 10 mm.

Um dos pontos fortes da embarcação. A 270 Cab corta muito bem as ondas e a posição de pilotagem ficou muito boa, tanto sentado como com o banco levantado. O conjunto com 270 HP mostrou muita tranquilidade em cruzeiro rápido, a 3.500 rpm. Ela se manteve estável e muito confortável para os outros ocupantes do barco.

INOVAÇÃO A inovação fica por conta dos detalhes incorporados ao novo modelo. O acréscimo de 15 cm do pé-direito da cabine e do banheiro mudou o barco. E com o aumento da popa, o cockpit também cresceu. Vale também destacar o aumento da capacidade do tanque de combustível.

SEGURANÇA Atende a todos os padrões de qualidade exigidos, fiação codificada, sistema hidráulico e elétrico muito bem instalados e de fácil acesso. A chave de bateria fica bem acessível e os espaços adicionais criados nesse modelo permitem deixar a salvatagem sempre à mão.

ACABAMENTO Esse item é um ponto que o estaleiro se orgulha e que seu proprietário faz questão. Cada barco, mesmo com as devidas customizações pedidas, obedece a um exigente padrão de qualidade, com cuidado nos mínimos detalhes.

SEU BOLSO

CONFORTO

DESEMPENHO

Neste quesito, a 270 Cab agrada de forma geral. Destaque para a popa, onde o sofá vira mais um solário, além dos dois já existentes na proa e na popa. A cabine ganhou armários e iluminação em LED, o que a deixou mais aconchegante.

O estaleiro oferece muitas opções de motorização e o desempenho do barco com motores maiores pode ser ainda mais surpreendente. Mas, no caso do modelo testado, o barco se mostrou muito bem equilibrado, alcançando a velocidade de cruzeiro na faixa de 22 nós gastando apenas 30 litros hora e com uma excelente autonomia.

O conjunto testado estava com um motor Volvo Penta de 270 HP e nesta configuração o barco custava, na época, R$ 225 mil. Até o fechamento da edição, o estaleiro não informou o preço atualizado da embarcação.

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93


NAVEGAMOS

EVOLVE 270 CAB

O MELHOR USO A Evolve 270 Cab é uma lancha na medida pra você? A Evolve agrada pelo seu visual moderno e cores diferentes nas pinturas de casco. O cliente pode personalizá-la e deixar o barco ainda mais interessante. A proposta de uso da Evolve é bem clara: diurno para até 10 pessoas e com pernoite para duas pessoas na cabine ou para quatro com o fechamento total do barco. Não é o local ideal para dormir, mas essa opção existe. Destaque ainda para o equilíbrio do conjunto testado, que mostrou que a lancha navega bem, tem ótima autonomia e consumo satisfatório. O estaleiro é zeloso e se preocupa com os detalhes no acabamento, o que é um ótimo ponto a favor. E o teste comprovou um nítida evolução da 265 para a 270. A 270 Cab é um barco para pessoas exigentes, que procuram versatilidade e conforto em uma embarcação de 27 pés.

94

FICHA TÉCNICA LINHA D´ÁGUA: 6,80 m CALADO COM PROPULSÃO: 0,60 m BORDA LIVRE NA PROA: 1,00 m BORDA LIVRE NA POPA: 1,10 m TANQUE DE 350 L COMBUSTÍVEL: TANQUE DE ÁGUA: 150 L MOTOR (TESTE):

Volvo Penta 5.0 de 270 HP

PESO DO BARCO 1.750 Kg SEM MOTOR: PESO DO MOTOR: 470 Kg PROJETO/ESTALEIRO Evolve



NAVEGAMOS

GT 26 CENTER CONSOLE

Para o que DER E VIER Criada em cima de conceitos tecnológicos e ótimo padrão de construção, esta lancha walk around multiuso de 26 pés é valente, bonita e eficiente, com grandes chances de conquistar seu espaço no mercado nacional Por Caio Ambrósio / Fotos Philippe da Costa

O

estaleiro GT Boats é pouco conhecido pelo mercado, pois seus proprietários, os irmãos Álvaro e Alberto Guidotti, preferem oferecer produtos diferenciados de produção limitada. Tanto que o seu barco de estreia, a GT 26, é um walk around multiuso e muito bem construído. Passamos um fim de semana navegando em duas versões da GT 26 e o resultado foi surpreendente. Trata-se de um valente casco de 26 pés, concebido para navegar em mares difíceis. Frequentadores desde da infância da ponta da Joatinga, em Paraty, RJ, os irmãos construíram um barco realmente resistente e com conceitos tecnológicos avançados. O GT 26 foi criado para passeios diurnos, pesca, mergulho e serviço. Por isso, o estaleiro elaborou soluções

96

criativas para atender a todos. Para a versão de passeio, uma mesa se transforma em solário na popa e mais um solário na proa. Para pesca, porta caniços, caixa para peixes e espaço para armazenar varas. Para mergulho, duas aberturas na popa que facilitam o embarque e desembarque e espaço para cilindros e equipamentos. E, finalmente, a versão de serviço pode vir de fábrica toda aberta. O estaleiro conseguiu essa versatilidade graças ao seu molde, desenvolvido para ser montado por seções. Nesse teste, fizemos um comparativo entre um barco com parelha de E-TEC 130 HP e outro com motor E-TEC 250 HP navegando na ponta da Joatinga. Os modelos, independente da opção de uso, contornaram as ondas facilmente, com ótima retomada e estabilidade nas curvas, sem adernar demais ou respingar.


OS NÚMEROS DA NAVEGAÇÃO 2xE-TEC 130 HP CRUZEIRO RPM

Velocidade (nós)

3500 22

Consumo (litros)

Milhas/ Litro

Litros/ Milha

Autonomia (MN)

38

0,58 1,73 174

Velocidade (nós)

Consumo (litros)

Milhas/ Litro

5500 37,3

100

0,37 2,68 112

CRUZEIRO Velocidade (nós)

3500 18,7

Autonomia (MN)

3

Consumo (litros)

Milhas/ Litro

Litros/ Milha

Autonomia (MN)

35,5 0,53 1,90 158

Velocidade (nós)

5000 33,5

7” 5

0

9”10

Consumo (litros)

Milhas/ Litro

Litros/ Milha

79

0,42 2,36 127

Autonomia (horas)

A velocidade de cruzeiro com apenas um motor, mostrou a versatilidade do conjunto multiuso desenvolvido pela GT Boats e sua autonomia atingiu Autonomia 158MN

8

MÁXIMA RPM

(horas)

A velocidade máxima chegou na casa dos 37 nós, com dois motores. Esse desempenho tem seu preço e o consumo foi bem alto, mas dentro do esperado.

1xE-TEC 250 HP RPM

Litros/ Milha

Na velocidade de cruzeiro ele respondeu muito tranquilo e mostrou sua navegação eficiente, alcançando uma distancia de 174 MN navegando a 22 nós Autonomia

8

MÁXIMA RPM

Autonomia (horas)

Autonomia (MN)

(horas)

4

No regime máximo do motor o barco continuou seguro e na mão. O conjunto testado atingiu 33,5 nós com muita tranquilidade.

ACELERAÇÃO 15

20

A aceleração se mostrou compatível com o peso de barco, de aproximadamente duas toneladas. O tempo de planeio foi rápido. Ela demorou apenas 7 segundos no barco com parelha e 9 segundos no barco com um motor. Ótimos números para um barco de 26 pés.

AS CONDIÇÕES DO TESTE A avaliação da GT 26 aconteceu em duas situações, saindo de Laranjeiras em direção a Paraty, cruzando a ponta da Joatinga, com ondas de um metro e rajadas fortes de ventos e depois nas águas da baia de Paraty, em dia de sol, água calma e pouco vento.

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97


NAVEGAMOS

GT 26

O DESEMPENHO NA PRÁTICA A GT 26 cumpre o que promete? Equipados com um ou dois motores, os barcos testados apresentaram resultados muito semelhantes. Cortam bem as ondas, com segurança e com excelente desempenho. A GT 26 com a parelha de E-TEC 130 apresentou números satisfatórios, com regime de cruzeiro na faixa

98

dos 22 nós com consumo aproximado de 39 litros hora. Já o outro barco equipado com um motor E-TEC de 250 HP, mostrou uma boa velocidade de cruzeiro, na casa dos 19 nós, consumindo apenas 35L/h. Ou seja, a lancha cumpre o que promete nas duas motorizações.


IMPRESSÕES AO NAVEGAR CONSTRUÇÃO

PILOTAGEM

Um dos pontos fortes da lancha. Alberto é engenheiro e estudou cada processo para entregar o melhor. O convés e costado são em sanduíche com núcleo em PVC Airex/ Divinicell D80 e o espelho de popa em Airex PCX D380. Laminação manual em Gelcoat e tecidos de fibra em diferentes gramaturas. Casco em laminado maciço com anteparas estruturais transversais e longarinas.

O teste foi realizado em duas situações distintas e realmente colocamos o barco a prova. Ao cruzarmos a ponta da Joatinga pudemos sentir o bom desempenho do casco com “V” profundo, que corta muito bem as ondas, sem batidas ou solavancos, mesmo em alta velocidade em mar adverso. Já nas águas calmas da baia de Paraty, ele se mostrou muito estável e rápido, sob o controle do piloto.

INOVAÇÃO A GT 26 traz conceitos diferenciados, inovadores, no design de Fernando de Almeida e na construção da GT Boats. O molde seccionado permite configurar e posteriormente customizar mais facilmente a lancha para o uso do futuro proprietário. O casco com spray rail invertido faz a água retornar para a superfície do mar. Além disso, o design é simples e eficiente, como mostra o conforto do banheiro, incomum em um barco center console deste tamanho.

SEGURANÇA Neste quesito, a GT 26 supera até os critérios segurança mais exigentes. Ela foi concebida para ter um casco insubmergível, que não entra água, pois é totalmente vedado. Ainda por cima conta com mais 600 litros de espuma de polietileno de célula fechada na popa, que suplanta o peso do motor e contrabalanceia caso o barco comece a fazer água.

ACABAMENTO O estaleiro não poupou ao usar os melhores materiais, além de cuidados no acabamento que vão desde um simples EVA protegendo as áreas de maior impacto, a cores vibrantes no sofás, que deram mais vida ao barco.

CONFORTO Por se tratar de um barco walk around multiuso, bem diferente dos modelos do segmento existentes no mercado, o conforto fica por conta dos dois solários que podem ser feitos no bancos de popa e proa e pela boa altura do banheiro, que permite o uso sem nenhuma restrição.

SEU BOLSO Com um motor de popa à gasolina E-TEC 250 HP ou um centro-rabeta à gasolina (Mercruiser 250 ou Volvo Penta 225), custa a partir de R$ 200 mil. A versão com parelha de popa 2x 130 HP 2T ou 2x 115 HP 4T custa R$ 250 mil. Já a opção com um motor centro-rabeta diesel 220 HP (Mercruiser ou Volvo Penta) está à venda por R$ 290 mil.

DESEMPENHO O desempenho do barco agradou em todos os sentidos. É uma lancha segura, estável, navegadora e muito boa para um passeio diurno com a família e amigos, bem como excelente para uma boa pescaria e até encarar mar grosso. Com cruzeiro na casa das 22 nós, ela tem autonomia suficiente para atender os mais exigentes. O números mostram um conjunto muito bem acertado para o que se propõe.

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99


NAVEGAMOS

GT 26

FICHA TÉCNICA LINHA D´ÁGUA:

7,10 m

CALADO:

0.85 m

PESO (SEM MOTOR): 1.730 kg PESO (DOIS MOTORES): 370 kg (2x E-TEC 130 hp)

O MELHOR USO A GT 26 é uma lancha na medida pra você?

PÉ DIREITO NO COCKPIT 2,10 m (HARD TOP):

Estilo diferenciado, moderna, navegadora e muito bem construída, a GT 26 é uma lancha ideal para quem gosta de um barco rápido e eficiente, que navegue em regiões de mar mais complicado e dispensa uma cabine, mas não um banheiro. É homologada para oito, mas atende bem uma família de até seis pessoas para passeios de bate-volta, pescarias e mergulho. O preço é satisfatório e você pode customizar a lancha com ênfase para o seu uso.

100

PESO (UM MOTOR): 245 Kg (E-TEC 250 hp) BORDA LIVRE NA PROA: 1,10 m BORDA LIVRE NA POPA: 0,80 m

PÉ DIREITO NO BANHEIRO:

1,78 m

TANQUE DE COMBUSTÍVEL:

2 x 150 litros

TANQUE DE ÁGUA: PROJETO: ESTALEIRO:

1 x 50 litros Fernando de Almeida Yacht Design GT Boats


aMPro4


NAVEGAMOS

SEA RAY 410

Elegância e

ESPORTIVIDADE Uma das estrelas da Brunswick importadas para o Brasil, a Sea Ray 410 mostrou que além de muito bonita navega como poucas lanchas deste segmento Por Guilherme Kodja / Fotos Caio Marcio

A

Sea Ray pertence ao grupo Brunswick, o mesmo das lanchas Bayliner e dos motores Mercury. A empresa montou uma fábrica no Brasil em Joinville (SC), em 2012, com o mesmo padrão de exigência construtiva da matriz americana, com capacidade para produzir até 400 barcos ao ano. Lá são feitos os modelos da linha Bayliner, entre 25 e 35 pés, e outros dois da Sea Ray (mais sofisticada), de 35 e 37 pés. A atual estratégia da filial brasileira é trazer alguns modelos importados da linha Sea Ray. Esta 41 pés é o mais potente fabricado pelo estaleiro dos EUA. Não o mais inovador, já que a propulsão testada e padrão é a V-Drive com eixo e pé de galinha. Os novíssimos PODS Zeus com controle sensível de manobras e operação auxiliar por joystick é opcional. Não podemos reclamar já

102

que em nossa avaliação a lancha com eixos se mostrou obediente e calma na navegação. Por outro lado, a alta potência dos dois Cummins QSB 6.7L de 473 HP não desapontou e vai impressionar, principalmente, os mais aficionados em velocidade e força. Números bastante interessantes de navegação de cruzeiro e até de top foram aferidos no teste e mostraram que a Brunswick acertou em trazer este modelo, que tem muita potência sob o convés, para o Brasil. Há duas opções de acomodação. Na versão de meia nau aberta, camas pequenas. Há opção de layout com segundo camarote fechado, que tem camas maiores. Com acabamento primoroso e muito conforto, a embarcação compete lado a lado com modelos mais sofisticados de mesmo porte.


OS NÚMEROS DA NAVEGAÇÃO ECONÔMICA RPM

Velocidade (nós)

2500 26,5

Consumo (litros)

Milhas/ Litro

Litros/ Milha

Autonomia (MN)

94

0,28 3,55 272

Velocidade (nós)

2800 29,4

Velocidade (nós)

3300 35,1 10

Milhas/ Litro

Litros/ Milha

Autonomia (MN)

133

0,22 4,52 213

7

Consumo (litros)

Milhas/ Litro

Autonomia (horas)

181

0,19 5,16 187

Autonomia (horas)

Litros/ Milha

Autonomia (MN)

O top acima dos 35 nós está dentro do esperado graças ao potente conjunto, mesmo se considerar a propulsão V-Drive com eixo e pé de galinha não tão 15 eficiente como a opção de PODs ZEUS.

5

12,3”

5

0

Consumo (litros)

O cruzeiro para um barco deste porte, considerando os potentes motores de 473 HP, é ponto alto do conjunto, com 29,4 nós e autonomia suficiente para fazer Santos-Rio sem escalas.

MÁXIMA RPM

10 O cruzeiro econômico é excelente, acima dos 25 nós e muito confortável. Seu tanque de 965 litros permite autonomia de 272 MN, o que corresponde a uma viagem entre Itajaí e Santos.

CRUZEIRO RPM

Autonomia (horas)

ACELERAÇÃO

20

A aceleração foi boa e compatível com o peso, de quase 11 toneladas, e a potente motorização de 946 HP totais. Vale dizer que o tipo de propulsão da unidade testada roubou um pouco de desempenho neste item.

 A autonomia é avaliada com o tanque de combustível na sua capacidade máxima. Atenção: por segurança, os passeios devem considerar, obrigatoriamente, uma reserva de 20% da capacidade total do tanque, do ponto de partida até o próximo ponto de abastecimento.  A navegação em cruzeiro econômico é a mais eficiente medição para um barco de passeio, porque considera o melhor consumo da embarcação de acordo com a proposta do seu casco e o conjunto motorização/propulsão.

AS CONDIÇÕES DO TESTE A avaliação da Sea Ray Sundancer 410DA aconteceu nas águas de Santos, em dia de sol, ventos calmos ESE com cerca de 4 nós que variaram até 7, mar calmo com ondas baixas. A embarcação testada estava com o tanque de água com 80% da capacidade total e os de combustível com 60%.

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103


NAVEGAMOS

SEA RAY 410 A Sea Ray 410 se mostrou moderna, muito bem acabada, ágil, macia e com extremo conforto. Um barco acima da média

O DESEMPENHO NA PRÁTICA A Sea Ray 410 cumpre o que promete? Os números da 410 com a motorização mais potente disponível pela fábrica (e segundo a Brunswick no Brasil a única que será importada) de 946 HP totais acoplados a propulsão V-Drive com reversores ZF com relação de 2,01:1, hélices de nibral de quatro pás de 26x23 polegadas modelo DQX, ficaram dentro do esperado e agradaram muito na avaliação. Foram

104

medidos 26,5 nós com 94 L/h no regime econômico; 29,4 nós com 133 litros/hora no cruzeiro regular e por fim ótima velocidade máxima de 35,1 nós com 181 litros/hora. Tendo se mostrado ágil e macia, com extremo conforto graças ao equilíbrio da propulsão por eixo. A Sea Ray Sundancer 410DA cumpre muito bem o que promete.


IMPRESSÕES AO NAVEGAR CONSTRUÇÃO Laminação manual tipo spray up e casco em sanduíche de fibra de vidro com núcleo de espuma de PVC rígido. Certificado que satisfaz as normas USCG, ABYC e NMMA. A engenharia por trás da marca é a garantia de um barco bem projetado e construído.

INOVAÇÃO A 410 DA foi lançada em 2012 e não inovou muito em termos gerais. Manteve a progressão de uma linha já consagrada e incluiu retoques e atualizações de estilo e acabamento, no que foi muito feliz. A principal inovação é a instalação opcional de propulsão tipo POD, modelo ZEUS.

CONFORTO Excepcional conforto no cockpit. É silenciosa na cabine e no cockpit fica dentro dos padrões para uma semi-aberta, com nível de ruído entre 82 e 84 decibéis. Faltou acionamento elétrico do teto flexível. Na cabine, ambiente agradável e aconchegante com uma excelente suíte de proa e banheiro elogiável. A cozinha é espaçosa e bem montada. Na versão aberta, as camas de meia nau são muito curtas, apenas para crianças. Na opção de dois camarotes fechados elas melhoram bem de tamanho.

ACABAMENTO Excepcional. A 410, mesmo sendo um barco não tão grande, tem a sofisticação de um iate, com fino acabamento, interior moderno e muito confortável. Há cuidado em cada detalhe de montagem, desde um paiol a uma porta de armário. O resultado é beleza e pouco barulho de partes e peças móveis.

PILOTAGEM Um dos pontos mais altos da embarcação. Para quem gosta de um barco mais firme e bem estável, a 410DA não deixa nada a desejar. Pelo contrário, com a propulsão por eixo, tipo V-Drive, ela fica mais acertada, com o casco muito bem encaixado na água. A experiência de pilotagem em nosso teste foi realmente empolgante.

SEGURANÇA Do jeito que deve ser em todo barco. Fiação inteiramente estanhada com quebra de circuito e dois isoladores galvânicos. Sistema de corte de combustível em caso de incêndio. Instalações elétricas e hidráulicas muito bem finalizadas. Lá fora o guarda-mancebo alto que protege bem a proa.

SEU BOLSO O preço é salgado, mas tudo que é bom tem seu custo. Os barcos importados acabam custando um pouco mais por questões fiscais, mas certos modelos entregam uma qualidade que compensa seu preço mais alto. É o caso da Sea Ray 410 DA que chega ao Brasil, com a configuração testada, a US$ 1.000.000,00.

DESEMPENHO Para o Brasil, a única opção é a motorização mais potente, de 473 HP. Com toda esta potência e propulsão V-Drive ela teve ótimo desempenho. Marcou números que variaram de 26,5 a 35,1 nós nos regimes econômico e máximo, respectivamente. Acelerou muito bem e mais, quase reta, sem levantar a proa, marcando razoáveis 12,3 segundos do repouso aos 20 nós.

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NAVEGAMOS

SEA RAY 410

O MELHOR USO A Sea Ray Sundancer 410DA é uma lancha na medida para você? Estilo elegante e toque esportivo na medida certa. Muitos equipamentos, construção e acabamento que saltam aos olhos. Com motorização bem potente de 946 HP totais e propulsão equilibrada e mais robusta, tipo eixo e pé de galinha, a Sea Ray Sundancer 410DA é um barco que por sua performance arrojada e sua estabilidade de navegação, apesar do preço mais alto, certamente vai chamar a atenção de quem busca um barco não muito grande mas com itens que só iates grandes tem. Ideal para um casal com dois filhos, é uma embarcação para navegar qualquer mar de nossa costa.

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FICHA TÉCNICA TANQUE DE COMBUSTÍVEL 965 l TANQUE DE ÁGUA 227 l NÍVEL DE RUÍDO EM 84 dB CRUZEIRO TIPO DE MOTORIZAÇÃO

Centro (V-drive ou POD Zeus)

POTÊNCIA DO MOTOR

2 x Cummins QSB 6.7L (diesel) 473 HP

PESO SEM MOTOR 9.443 kg PESO DA MOTORIZAÇÃO 1.318 kg CAPACIDADE 12/5 (sendo duas (DIA/PERNOITE) crianças) PROJETO E FABRICANTE SEA RAY LANÇAMENTO 2012


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boat teste Bayliner 250BR

Bayliner 250BR VALE O QUANTO PESA

DESDE QUE SE INSTALOU NO BRASIL, A BRUNSWICK CONSTRÓI SEU CAMINHO NO MERCADO NACIONAL. UM EXEMPLO DISSO É A BAYLINER 250BR, UM BARCO RENOMADO LÁ FORA E, AGORA, TAMBÉM PRODUZIDO NA FÁBRICA DE JOINVILLE, SC Por Caio Ambrosio / Fotos Caio Marcio

D

escrever uma Bayliner é um trabalho complicado até para o mais cético conhecedor de barcos, pois eles produzem modelos que fazem muito sucesso mundo afora há muito tempo. Com a instalação da fábrica em Joinville, um modelo de sucesso chegou ao nosso país: a Bayliner 250BR. Começando pela popa, já podemos notar a plataforma um pouco diferente: tem-se a impressão de duas em uma, tem um solário para uma pessoa e, para a diversão ficar completa, duas caixas de som instaladas. O cockpit é composto por um amplo sofá em U e duas poltronas giratórias que integram o ambiente. Para complementar, uma mesa pode ser colocada en-

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tre os bancos. O banco do piloto foi instalado de forma ergonomicamente correta – e isso se aplica diretamente na posição de pilotagem e campo de visão dos instrumentos do motor. No banco do passageiro, um porta-luvas foi instalado. A proa da Bayliner 250BR foi desenvolvida para o máximo de diversão a bordo. Quando o sofá em U não for utilizado, pode-se colocar um complemento entre os bancos, formando mais um solário, com tamanho excelente para um barco de 25 pés. Embaixo de todos os bancos há espaço para os itens principais do barco e outros lugares foram desenvolvidos para o cooler e materiais esportivos, como prancha de wakeboard e esqui.


NÚMEROS DA NAVEGAÇÃO: ECONÔMICA RPM

Velocidade (nós)

Consumo (litros)

Milhas/ Litro

Litros/ Milha

Autonomia (MN)

Autonomia (horas)

3000

22,33

31,3

0,82

1,22

155

6 O consumo da Bayliner 250BR equipada com o potente motor Mercury 5.7 se mostrou uma ótima surpresa, mesmo sendo à gasolina.

CRUZEIRO RPM

Velocidade (nós)

Consumo (litros)

Milhas/ Litro

Litros/ Milha

Autonomia (MN)

Autonomia (horas)

3600

29,19

41,8

0,80

1,24

152

5

RPM

Velocidade (nós)

Consumo (litros)

Milhas/ Litro

Litros/ Milha

Autonomia (MN)

Autonomia (horas)

5000

46,92

85

0,64

1,57

120

2

Em cruzeiro ela tem uma autonomia moderada devido ao tanque de combustível ser pequeno, mas mesmo assim ela tem 05 horas de autonomia.

MÁXIMA

10

5,6” 5

0

A velocidade máxima ficou em 46,92 nós ou 54 milhas por hora. Um barco muito rápido para seu peso e tamanho, mas com pouca autonomia nesse regime de uso.

15

20

Aceleração Pesando 1.701 kg e equipada com o motor Mercruiser MAG 350 5.7L e 300 HPs, a Bayliner 250BR planou em apenas 5,60 s, um número expressivo para um barco com esse peso.

CONDIÇÕES DO TESTE O teste foi realizado nas águas da Baía da Babitonga, em Joinville (SC). O dia estava ensolarado, com temperatura marcando 27°C, sem vento. Não havia ondas no local, pois o teste foi realizado dentro da baía, mas o barco pode usar as ondas produzidas por um de 38 pés que deu apoio no dia.

A autonomia é avaliada com o tanque de combustível na sua capacidade máxima. Atenção: por segurança, os passeios devem considerar, obrigatoriamente, uma reserva de 20% da capacidade total do tanque, do ponto de partida até o próximo ponto de abastecimento. A navegação em cruzeiro econômico é a mais eficiente medição para um barco de passeio, porque considera o melhor consumo da embarcação de acordo com a proposta do seu casco e o conjunto motorização/propulsão.

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boat teste Bayliner 250BR

Em todos os aspectos e medições, a Bayliner 250BR se mostrou uma ótima opção no mercado nacional. Com um design e linhas modernas, ela está pronta para atender qualquer exigência do consumidor brasileiro

DESEMPENHO NA PRÁTICA A Bayliner 250BR cumpre o que promete? O modelo testado estava equipado com o motor Mercury MAG 350 5.7L 300 HP, com meio tanque de combustível e meio tanque de água. Ela pesa 1.701 kg e concluímos que o conjunto testado é o ideal para este barco, pois os números alcançados e a maciez realmente foram pontos favoráveis para esta pequena guerreira. A velocidade de cruzeiro econômico ficou na casa das 25 milhas por hora, gastando apenas 31,3 L/H; o cruzeiro ficou na faixa de 33,6 milhas por hora, gastando 41,8 L/H. Em ambas velocidades você terá mais de 150 milhas de navegação garantidas. A Bayliner 250BR cumpriu com muito mérito todos os testes aos quais foi submetida. Se a ideia para seu uso for como primeiro barco, ela com certeza trará bons momentos para todos a bordo.

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IMPRESSÕES AO NAVEGAR: CONFORTO: O conforto na Bayliner 250BR é um exemplo de como o estaleiro pensou no uso do barco, pois vários itens podem ser armazenados sob os bancos, há um local para guardar os brinquedos de água, como esqui, wake ou boia, a facilidade de acessar o motor, enfim, tudo foi pensado no melhor uso para o dono do barco. Os dois solários são muito bons e a posição de pilotagem deixa o barco ainda mais gostoso de pilotar.

ACABAMENTO:

SEGURANÇA:

SEU BOLSO:

O acabamento da Bayliner 250BR é muito bom e está dentro das normas seguidas lá fora e que também são utilizadas aqui no Brasil. A configuração do barco integra muito bem todos a bordo, o que deixa o passeio mais prazeroso.

Por seguir todos os padrões exigidos pelo mundo, este quesito é preenchido com tranquilidade. Durante a navegação, o barco se mostrou muito seguro e em nenhum momento foi notada qualquer adversidade.

Bem equipada de série, tem os seguintes preços: - Versão 4.5 Base: R$ 154.111,00 / Preço Final: R$ 166.726,00 - Versão 5.7 Base: R$ 165.135,00 / Preço Final: R$ 186.240,00

PILOTAGEM:

CONSTRUÇÃO:

A posição de pilotagem ficou boa e todos os instrumentos do motor estão dentro do campo de visão. O aparelho de som também está no posto de comando e bem integrado no painel do barco. O design colaborou para tudo funcionar em perfeita harmonia.

A Brunswick segue todas as normas de construção em suas embarcações, tais como YCCA e USCG, normas internacionais que também se adequam aqui no Brasil. A fiação é estanhada e codificada por cores, que deixam a manutenção bem mais simples.

DESEMPENHO: O desempenho do barco superou a expectativa durante o teste. A lancha se mostrou bem versátil e apta para encarar qualquer condição. O cruzeiro econômico ficou em 25,7 milhas, gastando apenas 31,3 L/H, com uma autonomia de 6 horas de navegação, que poderia ser mais se o seu tanque fosse um pouco maior.

INOVAÇÃO: Nesse quesito, podemos citar a proa do barco que se transforma em um enorme solário, ou seja, o segundo no barco, pois ele já tem um na popa. Como item opcional, pode ser instalada uma escada na proa, que facilita o embarque e desembarque na praia.

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boat teste Bayliner 250BR

O MELHOR USO A Bayliner 250BR é um barco na medida para você?

Ficha técnica Comprimento 7,55 m Boca 2,59 m Calado 0.91 m (rabeta)

0,46 m (casco) Peso Total Seco 1.701 kg Motorização Mercury MAG 350

5.7 L 300 HPs Velocidade Máxima 46,92 nós Velocidade de Cruzeiro 29,19 nós Tanque de Combustível 189,3 L Tanque de Água 40 L Passageiros 11

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Ela pode ser usada de diferentes maneiras, pois se mostrou um barco muito estável e gostoso de pilotar. Se esse for o primeiro barco, você, com certeza, vai adquirir um produto de alta qualidade para começar a desbravar o litoral do Brasil e ela pode ser a sua companheira ideal para aproveitar esse momento de descontração com a família e os amigos. Caso este não seja o seu primeiro barco, você vai notar a diferença nos detalhes e, principalmente, como se porta no mar. Na faixa dos 25 pés temos diversas opções no mercado, mas o que a Bayliner 250BR traz de bagagem deve ser considerado na hora de adquirir o produto. Nesse caso, pode ter certeza de fazer um bom negócio. Vale quanto pesa.


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Our World is Water Todas as marcas registradas mencionadas são de propriedade ou licenciados as empresas do grupo AkzoNobel. © AkzoNobel 2015.


boat teste Capri 21

Chris Craft Capri 21 BELEZA AMERICANA

CAPRI 21 TEM EM SEU DNA A ESSÊNCIA DOS BARCOS DO PASSADO, MAS COM A MODERNIDADE DO FUTURO. ELA AGUÇA A IMAGINAÇÃO E, POR ONDE PASSA, DEIXA QUALQUER UM ADMIRANDO SUA BELEZA Por Caio Ambrosio

A

Chris Craft é admirada por muitos amantes do mar por tudo que representa e pelo seu visual clássico, mas construída com o que há de mais moderno. Os padrões impostos pela empresa em acabamento e qualidade são visíveis quando você chega perto do barco. O uso da madeira, os estofados, a pintura e todos os detalhes passam por uma rigorosa inspeção antes do barco deixar a fábrica. Ela é feita por um funcionário que trabalha há mais de 35 anos na empresa e conhece todos os modelos da marca como ninguém. A Capri 21 chama atenção pela proa diferente dos padrões atuais, que complementa o estilo retrô e design moderno. O embarque é feito pela plataforma de popa e o acesso ao cockpit é simples e prático, basta

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tirar a almofada central do solário e um corredor em madeira deixa o caminho livre para chegar aos bancos. O solário de popa é enorme e tem espaço para três pessoas tomarem sol tranquilamente. O cockpit é distribuído no mesmo formato de um carro, um banco para três pessoas atrás e dois assentos na frente. O sofá para três pessoas e os dois assentos giratórios são construídos para durar, pois a espuma é selada com um plástico a vácuo e depois é aplicado o tecido impermeável. O painel esportivo é um show à parte. Ele é construído em inox, todo perfurado e com os relógios do motor no centro. Em frente ao apoio dos pés, tanto do piloto ou do outro assento, dois paióis foram instalados e mais espaço foi adicionado.


NÚMEROS DA NAVEGAÇÃO: ECONÔMICA RPM

Velocidade (nós)

Consumo (litros)

Milhas/ Litro

Litros/ Milha

Autonomia (MN)

Autonomia (horas)

2500

19,46

23,24

0,84

1,19

108

6

Velocidade (nós)

Consumo (litros)

Milhas/ Litro

Litros/ Milha

Autonomia (MN)

Autonomia (horas)

26,11

31,49

0,83

1,21

107

4

RPM

Velocidade (nós)

Consumo (litros)

Milhas/ Litro

Litros/ Milha

Autonomia (MN)

Autonomia (horas)

5000

47,32

85,92

0,55

1,82

71

2

Apesar do tanque de combustível ter 129L, no regime econômico o barco mostrou que tem autonomia para um dia inteiro a bordo, alcançando 108 milhas náuticas ou seis horas de navegação.

CRUZEIRO RPM

3000

Na velocidade de cruzeiro foi alcançada a marca de 26,11 nós ou quase 30 milhas gastando apenas 31 litros hora, ótima marca para um barco de 1.800kg equipado com um motor à gasolina.

MÁXIMA

10 5

0

4,52”

O conjunto equipado com o motor Volvo Penta 5.7 de 320 HP atingiu a velocidade de 47,32 nós ou 54,45 milhas na velocidade máxima. Um barco que não é só bonito, mas também navega em alta velocidade.

15

20

Aceleração O motor Volvo Penta V8 de 320 HP levou o barco do 0 até o planeio em 4,52 s, uma marca dentro do esperado devido à relação peso x potência do barco.

CONDIÇÕES DO TESTE A avaliação foi realizada na Baía da Babitonga, em Joinville (SC). O dia estava ensolarado, com temperatura chegando aos 29°C e sem vento. O barco estava com os tanques de combustível e de água cheios.

A autonomia é avaliada com o tanque de combustível na sua capacidade máxima. Atenção: por segurança, os passeios devem considerar, obrigatoriamente, uma reserva de 20% da capacidade total do tanque, do ponto de partida até o próximo ponto de abastecimento. A navegação em cruzeiro econômico é a mais eficiente medição para um barco de passeio, porque considera o melhor consumo da embarcação de acordo com a proposta do seu casco e o conjunto motorização/propulsão.

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boat teste Capri 21

O prazer de pilotar uma Chris Craft nos remete diretamente à época que foram construídas em 1874, quando Chris Smith estava colocando motores em barcos

DESEMPENHO NA PRÁTICA A Chris Craft Capri 21 é para você apreciar os bons momentos da vida, mas não é apenas um clássico para ser admirado. O barco vem equipado com um motor Volvo Penta V8 com 320HP que leva a Capri aos 47 nós ou 54 milhas por hora na velocidade máxima. Há ainda a opção de Mercury Marine V8 de 300 ou 350 HP. Um desempenho excelente para um barco de 21 pés. Em regime de cruzeiro, a 3.000 rpm navega a 26 nós ou 30 milhas por hora, gastando apenas 31 litros/hora. Ou seja, tem uma autonomia de cinco horas de navegação, tempo suficiente para aproveitar um belo dia a bordo.

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IMPRESSÕES AO NAVEGAR: CONFORTO:

ACABAMENTO:

PILOTAGEM:

A Chris Craft leva a sério essa questão, eles não pecam nos detalhes. O barco inteiro é produzido sob um rigoroso processo de construção, que mantém o mesmo padrão que tornou a marca reconhecida mundo afora. O processo final passa pela supervisão de um funcionário que trabalha há 35 anos na empresa.

Pilotar uma Chris Craft, mesmo que para um teste na revista, é sempre muito prazeroso, pois a sensação ao volante é indescritível, muito semelhante a pilotar um carro esportivo em alta velocidade. A posição e todos os equipamentos estão ergonomicamente corretos.

O conforto a bordo da Capri 21 deve ser destacado. Todo o acabamento e o uso da madeira, além dos detalhes no tecido, deixam o barco muito aconchegante. O solário de popa é muito grande e tem espaço para três pessoas tomarem sol tranquilamente, os bancos têm a espuma do assento e encosto selada e o tecido é impermeável. O painel chama atenção pelos detalhes em inox perfurados. Tudo isso combinado gera um sensação única de conforto a bordo, mesmo num barco de 21 pés.

INOVAÇÃO:

SEU BOLSO:

Neste quesito, não temos muito o que destacar, por ser um lançamento e um barco de pequeno porte, não coube muitas inovações tecnológicas. Ele tem o DNA de uma Chris Craft, com o design moderno e um motor com 320HP.

Por se tratar de um barco importado, o preço depende da variação cambial e das taxas de importação e transporte. O preço final para o consumidor é a partir de US$ 109.000 com motor Mercury 5.0 260 HP e US$ 149.000 com Volvo V8 320 HP.

CONSTRUÇÃO:

DESEMPENHO:

SEGURANÇA:

Todos os barcos da Chris Craft são produzidos na sua unidade de Sarasota (Flórida, USA). Além dos anos de experiência na construção de barcos, eles seguem os mais rigorosos padrões impostos pela marca, pois todo modelo produzido leva o nome da Chris Craft em seu costado.

O desempenho da Capri 21 ficou dentro do esperado para um barco com o seu porte, atingiu a velocidade máxima de 54 milhas por hora (uma marca considerável) e, na velocidade cruzeiro, chegou a 30 milhas, consumindo apenas 31 litros/hora, com uma autonomia de cinco horas.

Toda fiação elétrica está bem posicionada e identificada, o compartimento do motor e tudo que está dentro dele tem fácil acesso e, caso aconteça alguma coisa, um extintor de incêndio fica bem visível. Os demais quesitos estão de acordo com os padrões internacionais, pois ela é exportada para todos os continentes.

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boat teste Capri 21

O MELHOR USO A Chris Craft Capri 21 é um barco na medida para você? A Capri 21 é um barco destinado ao uso diurno, para passeios rápidos ou para navegar em grande estilo. Ela tem muitos requisitos que encantam a todos, não apenas pelo design ou pela beleza do barco, mas pelo o que a marca representa. Enquanto Henry Ford montava motores em linha nos carros, Christopher Columbus Smith pensava como montaria motores nos barcos, e assim o fez em 1874. Mas os barcos não foram feitos apenas para serem admirados, eles navegam muito bem e chamam atenção por onde passam. Em todos os modelos da linha podemos observar os cuidados que a empresa tem na construção e acabamento de cada unidade que sai da fábrica. Desta forma, a Chris Craft vem, há anos, conquistando fãs pelo mundo.

Ficha técnica Comprimento 6,45 m Boca 2,41m Calado 0,86 m Peso Total Seco 1.811 kg Motorização Volvo Penta 5.7

L 320 HPs Velocidade Máxima 47,32 nós Velocidade de Cruzeiro 26,11 nós Tanque de Combustível 129 L Tanque de Água 35 L Passageiros 5

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boat teste Bavaria Virtess 420 Fly

BAVARIA VIRTESS 420 FLY

A FORÇA ALEMÃ A BAVARIA PRODUZ LANCHAS E VELEIROS NA ALEMANHA. DA PROA À POPA, TODO MODELO TEM A COMBINAÇÃO PERFEITA ENTRE O ALTO PADRÃO DE CONSTRUÇÃO, USO DOS MELHORES MATERIAIS E PRECISÃO ROBÓTICA NA FABRICAÇÃO Por Caio Ambrosio Fotos Caio Márcio

O

estaleiro alemão Bavaria produz barcos desde 1978, quando construiu o primeiro veleiro. Em 2000 passou a fabricar lanchas a motor. No total, foram aproximadamente 70 mil barcos construídos (dos quais 6.200 lanchas), onde todo o processo de construção é feito na cidade de Giebelstadt. A Bavaria foi uma das pioneiras na utilização de robôs na linha de produção. E no modelo Virtess 420 Fly não foi diferente, por isso em 2013, ano de seu lançamento no mercado internacional, foi ganhadora de diversos prêmios, inclusive de melhor barco europeu a motor até 45 pés. Muitos detalhes fazem do barco único em seu segmento e o principal deles é a praça de popa modular. Através de um sistema de trilhos, todos os móveis mudam de lugar. O sofá corre para um lado, a mesa para o outro, se

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transforma em mesa de apoio, todos ficam juntos... É possível configurar os móveis da maneira que quiser, aliada à plataforma submergível com uma escada que se abre automaticamente quando é acionada, descendo em direção à água. Com isso, a praça de popa se transforma e um lugar realmente único a bordo. Como se não fosse o suficiente, todo o barco tem mais de 1,90 m em seu interior. O barco tem mais detalhes em “apenas” 42 pés. Oferece três cabines (duas a meia nau e a máster na proa), dois banheiros (um exclusivo para o proprietário e outro para os convidados, com 1,93 m e 2,04 m respectivamente) e um flybridge equipado com um módulo gourmet (mesa para seis pessoas, sofá que se transforma em solário, churrasqueira elétrica, pia, máquina de gelo e lixeira). Essas características transmitem a sensação de estarmos em um barco muito maior.


NÚMEROS DA NAVEGAÇÃO: ECONÔMICA RPM

Velocidade (nós)

Consumo (litros)

Milhas/ Litro

Litros/ Milha

Autonomia (MN)

Autonomia (horas)

2400

15,4

94,9

0,16

6,17

195

13

CRUZEIRO RPM

Velocidade (nós)

Consumo (litros)

Milhas/ Litro

Litros/ Milha

Autonomia (MN)

Autonomia (horas)

2800

23,8

105,1

0,23

4,42

272

11

RPM

Velocidade (nós)

Consumo (litros)

Milhas/ Litro

Litros/ Milha

Autonomia (MN)

Autonomia (horas)

3400

31,7

154

0,21

4,86

247

8

No regime de cruzeiro econômico a Bavaria Virtess 420 Fly mostra ter boa autonomia podendo navegar até 13 horas (esse número aumenta se a velocidade for reduzida: navegando a 10 nós, por exemplo, pode chegar a até 20 horas).

Navegando na velocidade de cruzeiro, por volta de 27 milhas, a motorização testada consumiu pouco, apenas 105 litros a parelha o que garante uma autonomia de 272 milhas náuticas, distância suficiente para ir de São Paulo ao Rio de Janeiro com folga.

MÁXIMA

10

6,5” 5

0

Com a parelha de Volvo Penta D6 400 a velocidade máxima ficou em 31,7 nós ou 36,5 mph, um bom número para um barco com mais de 11,5 toneladas (com os tanques de água e combustível cheios).

15

20

Aceleração Foi melhor que o esperado: 6,5 segundos. O barco passa a impressão de já sair decolado, você não sente a tradicional elevação da proa para depois atingir o planeio, ela já sai na mesma posição.

CONDIÇÕES DO TESTE A avaliação foi realizada na Baia de Santos, SP. As ondas estavam com 1 metro seguido de ondulações maiores. O dia estava nublado e a temperatura na casa dos 23 graus. A embarcação testada estava com 650 litros no tanque e 410 litros de água.

A autonomia é avaliada com o tanque de combustível na sua capacidade máxima. Atenção: por segurança, os passeios devem considerar, obrigatoriamente, uma reserva de 20% da capacidade total do tanque, do ponto de partida até o próximo ponto de abastecimento. A navegação em cruzeiro econômico é a mais eficiente medição para um barco de passeio, porque considera o melhor consumo da embarcação de acordo com a proposta do seu casco e o conjunto motorização/propulsão.

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boat teste Bavaria Virtess 420 Fly

Com design italiano e tecnologia alemã, a Bavaria 420 Virtess Fly atingiu ótimos resultados em todos os quesitos em que ela foi testada, além de contar com a praça de popa modular

DESEMPENHO NA PRÁTICA A Bavaria Virtess 420 Fly cumpre o que promete? Vendo a Bavaria pela primeira vez, observamos que o design é italiano. Com a junção com uma engenharia alemã, o resultado foi excelente. Equipada com a parelha de motores Volvo Penta D6 400 EVC 4 e rabeta DPH-C com hélice G4 em nibral (também pode receber parelha de 435 ou IPS 600), o barco atingiu boas médias de velocidade e comportou-se muito bem ao teste. As condições não estavam muito boas para navegação. Em nenhum momento, enfrentando ondas de 1 metro, o barco se mostrou frágil ou fez muito esforço para cortá-las. Um detalhe interessante é que o seu planeio, mesmo com pouco motor, é muito rápido, demorando apenas seis segundos para planar. Ela tem o raio de curva mais aberto, mas responde muito bem aos comandos. Atingiu a velocidade máxima de 36,5 mph, um resultado excelente levando-se em consideração a motorização e o peso de mais de 11,5 toneladas. Um ponto que devemos observar é autonomia desse barco, que mesmo na velocidade máxima e queimando 154 L/h, consegue navegar por 247 milhas ou oito horas.

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IMPRESSÕES AO NAVEGAR: CONFORTO: O barco é muito confortável e conta com detalhes únicos em 42 pés. Possui três cabines e dois banheiros com mais de 1,90 m de altura média no interior do barco. O cockpit integra muito bem os três ambientes (sala, cozinha e posto de comando), mas o destaque fica para a praça de popa modular. Você pode montar o espaço adequado ao seu uso.

SEGURANÇA:

DESEMPENHO:

SEU BOLSO:

Por ser um barco alemão que segue rigorosos padrões de construção, esse quesito não deve ser uma preocupação. O sistema elétrico atende às normas EN ISO 10133:2000, EN ISO 13297:2000 com fiação estanhada. E conta ainda com um moderno sistema eletrônico que gerencia o barco inteiro.

Utilizando uma parelha de Volvo Penta D6 400, a Bavaria Virtess 420 Fly mostrou ser um barco que navega muito bem e passou por nosso teste, com ondas de até 1,5 m. Sem apresentar nenhum problema, cortou-as muito bem e demonstrou ser um barco forte. Devido ao seu tanque de 1.200 litros de combustível, a autonomia é o ponto forte e mesmo na velocidade máxima, é possível navegar por até oito horas.

Por ser um barco importado e com diversos equipamentos, ele sofre com a constante variação cambial, mas o modelo testado custa R$ 2.900.000, com motorização Volvo D6 400, com rabeta

CONSTRUÇÃO: Por ser uma das primeiras empresas a utilizar a robótica na sua linha de produção, a Bavaria é, em ambos seguimentos (vela e motor), um dos estaleiros mais modernos na Europa. E isso fica claro ao ver um modelo de perto. O casco é feito em fibra de vidro com reforço em kevlar abaixo da linha d’água. Demais áreas com estrutura por alma em espuma de PVC.

INOVAÇÃO: Esse quesito é fácil de ser falado, a praça de popa modular agregada a plataforma de popa submergível com escada que abre conforme a plataforma desce. Com certeza levam o prêmio de inovação e isso ainda colocou a Bavaria em destaque mundial durante seu lançamento.

PILOTAGEM: Tanto no flybridge como pilotando dentro do cockpit, a posição foi ergonomicamente pensada. O barco tem um raio de curva maior e já sai praticamente decolado, quando você se der conta, já atingiu a velocidade de cruzeiro sem sentir a proa levantando demais. Destaque para o posto de comando no cockpit, que tem o GPS centralizado e os principais instrumentos de fácil visualização, além da tela do sistema de gerenciamento do barco.

ACABAMENTO: Todo o barco é construído dentro da fábrica até o polimento final antes de ser exportado, e isso fica claro no acabamento. Indo para tantos países diferentes e seguindo diversas normas internacionais, o cuidado nesse quesito está dentro do padrão dos barcos importados.

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boat teste Bavaria Virtess 420 Fly

O MELHOR USO A Bavaria Virtess 420 Fly é um barco na medida para você? Ficha técnica Comprimento Total 13,60 Boca Máxima 4,21m Calado com rabeta 0,77m / com IPS

1,11m Peso Total 11.400kg Motorização 2 x Volvo Penta D6-400 EVC (400

PS)/ IPS 2 x Volvo Penta IPS600 D6-435 (435 PS) Velocidade Máxima 31,7 nós Velocidade de Cruzeiro 23,8 nós Tanque de Combustível 1.200L Tanque de Água 410L

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Com milhares de lanchas fabricadas em poucos anos, é fácil de entender porque a Bavaria é uma boa opção de compra na faixa dos barcos até 45 pés. Ele conta com diversos itens únicos, que o deixam ainda mais interessante na decisão final. Com tantos requisitos que deixam a vida a bordo muito mais confortável e proveitosa, além da sensação de estar em um barco maior ainda, é difícil apontar um defeito na Bavaria Virtess 420 Fly e tem tudo para agradar até o mais exigente conhecedor de barco. Não podemos duvidar da capacidade dos alemães em construir.





boat teste NX 270

NX BOATS 270

SURPRESA EM RECIFE

A NX BOATS ESTREOU NO MERCADO NÁUTICO SEU MODELO DE 27 PÉS COM MUITO SUCESSO NO NORDESTE BRASILEIRO, COM MAIS DE 30 BARCOS VENDIDOS DESDE O LANÇAMENTO Por Caio Ambrosio Fotos Charles Johnson

A

NX Boats é um jovem estaleiro que debutou no mercado nacional no final de 2014. Com sede em Recife, PE, ele fez uma parceria com Ricardo Rinaldi, responsável por projetos de 19 a 216 pés e o resultado foi um barco de 27 pés inédito no Brasil e com bela estreia. Com apenas cinco meses de existência, a empresa já havia comercializado 30 barcos. O sucesso precoce da NX Boats se dá ao seu layout único no Brasil: uma passagem lateral que integra a proa com a popa. Tratando-se de um barco de proa aberta, não tem outro modelo para ser comparado, aliado a uma semi-cabine (pois o espaço desenvolvido não tem cama, apenas um armário e local para instalar uma geladeira e um micro-ondas). No entanto, é possível trocar de roupa tranquilamente. E à direita de quem desce os degraus está o banheiro fechado com 1,67 m de altura e banheiro de 1,50 m.

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Na popa está instalada a área gourmet do barco, com churrasqueira a carvão, pia e um espaço para guardar defensas e cabos. A plataforma é grande e tem espaço suficiente para diversão sem atrapalhar quem está na área gourmet. No cockpit, dois sofás em L (o de bombordo é grande e acomoda cinco pessoas e o de boreste tem três lugares) com uma mesa no centro deixam o espaço integrado. O posto de comando da NX 270 está à frente dos sofás e proporciona mais um ambiente a bordo, pois quem pilota pode ter a companhia de uma pessoa, já que o banco é duplo e rebatível. O painel é moderno e todos os instrumentos estão visíveis; ao lado do posto de comando está a porta de acesso à semi-cabine. Na proa, utilizando a passagem lateral, tem um sofá que se transforma em solário e acomoda até três pessoas.


NÚMEROS DA NAVEGAÇÃO: ECONÔMICA RPM

Velocidade (nós)

Consumo (litros)

Milhas/ Litro

Litros/ Milha

Autonomia (MN)

Autonomia (horas)

3400

21,5

36,5

0,59

1,70

177

8

Mesmo equipada com o motor Mercruiser 5.7 V8 de 300HPs, o barco consome apenas 36,5 L/H e anda acima das 24 MPH. Ótimo desempenho pra NX270 que ainda conta com a autonomia de 194MN.

CRUZEIRO RPM

Velocidade (nós)

Consumo (litros)

Milhas/ Litro

Litros/ Milha

Autonomia (MN)

Autonomia (horas)

3800

24,9

43

0,58

1,73

174

7

A velocidade de cruzeiro é alta na NX 270, próximo a 29Mph, mas mesmo assim, a navegação é segura e tranquila devido ao V de proa acentuado, o que garante autonomia de 8 horas de navegação.

RPM

Velocidade (nós)

Consumo (litros)

Milhas/ Litro

Litros/ Milha

Autonomia (MN)

Autonomia (horas)

5200

37,5

85

0,44

2,27

132

4

Com as diversas opções de motorização que o estaleiro oferece, o 5.7 de 300HPs da Mercury levou o barco a quase 44Mph, um número expressivo para um modelo novo no mercado, que pode ir além com motores mais potentes.

MÁXIMA

10

6,81” 5

0

15

20

Aceleração O tempo de planeio foi rápido, na média ficou em 6,81 segundos. Pesando aproximadamente 2.282Kg e equipada com motor Mercruiser 5.7 de 300HP, rabeta Bravo 3 com o passo do hélice de 21,5, o tempo está adequado ao conjunto.

CONDIÇÕES DO TESTE O teste foi realizado em Recife, PE. O dia estava nublado com abertura de nuvens e vento moderado, com ondulações entre 0,5 e 1 metro. O barco tinha aproximadamente 120L no tanque de combustível e 120L de água.

A autonomia é avaliada com o tanque de combustível na sua capacidade máxima. Atenção: por segurança, os passeios devem considerar, obrigatoriamente, uma reserva de 20% da capacidade total do tanque, do ponto de partida até o próximo ponto de abastecimento. A navegação em cruzeiro econômico é a mais eficiente medição para um barco de passeio, porque considera o melhor consumo da embarcação de acordo com a proposta do seu casco e o conjunto motorização/propulsão.

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boat teste NX 270

Navegar na NX 270 é realmente uma excelente surpresa, pois o barco que tem bom desempenho no mar de Recife, navega em qualquer condição de mar no Brasil

DESEMPENHO NA PRÁTICA A NX 270 Fly cumpre o que promete? A NX 270 se comportou muito bem durante o teste de mar. Com o projeto assinado por Ricardo Rinaldi, o barco já nasce com uma boa bagagem de quem desenvolve barcos de sucesso no mercado há muito tempo. Equipado com o motor Mercruiser 5.7 V8 com 300 HP e rabeta Bravo 3, o barco atingiu números expressivos para um modelo de 27 pés e se comportou muito bem navegando pelas águas agitadas de Recife (o mar nessa região é difícil de ser navegado, picado e com muita ondulação em um período curto de tempo. Assim, o barco está apto para navegar em qualquer lugar do Brasil).

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IMPRESSÕES AO NAVEGAR: ACABAMENTO:

CONSTRUÇÃO:

INOVAÇÃO:

O estaleiro procurou seguir as melhores tendências nacionais e internacionais (sim, os responsáveis também analisaram barcos fora do Brasil para conceber a NX270) e o resultado é muito agradável, onde o consumidor ainda tem opções de escolha para deixar o barco com o seu perfil.

A construção é feita por laminação manual em sanduíche de fibra de vidro no casco e convés. Utiliza tecido biaxial Coremate, manta e resina poliéster. O estaleiro segue os melhores padrões de construção que existe no mercado atual e está pronto para atender a demanda nacional.

No geral, o barco é inteiro inovador, pois é um modelo que saiu de uma folha em branco para se tornar um modelo único no mercado das 27 pés. A passagem lateral, semi-cabine com banheiro fechado e espaço gourmet com churrasqueira a carvão colocam a NX 270 em uma posição privilegiada no mercado de proa aberta.

DESEMPENHO:

PILOTAGEM:

Foi uma boa surpresa navegar na NX270. Mesmo sendo um estaleiro novo, buscaram ótimas soluções com a expertise de Ricardo Rinaldi e o desempenho no geral foi muito bom. Equipada com o motor Mercruiser 5.7 V8 de 300Hps e rabeta Bravo 3 o barco cumpriu, com mérito, todas as exigências do teste. O estaleiro oferece outras opções de motor a gasolina e diesel.

O barco é muito seguro e corta bem as ondas, com o V de proa de 18 graus e costado alto, a água é jogada longe e não respinga no barco. A posição é muito boa, tanto sentado como em pé com o banco rebatido,. Quem estiver pilotando não tem a visão obstruída por nada e o painel de comando se assemelha ao de carros esportivos, onde todos os instrumentos estão bem visíveis.

SEGURANÇA: O estaleiro segue todas as normas da ABNT e não poupou nesse quesito. Toda a fiação utilizada é codificada com os terminais estanhados. A casa de máquina é grande e nada ficou apertado. A manutenção necessária é fácil de ser feita e, no geral, o padrão adotado está dentro do esperado de um estaleiro de grande porte.

SEU BOLSO: Com motor Mercruiser 4.5 250 HP, a NX 270 custa R$ 207 mil. Com a opção do propulsor Mercruiser 6.2 320 HP, o valor é de R$ 223 mil.

CONFORTO: Aqui pode ser dividido em quatro ambientes. Popa: muito espaço na plataforma sem atrapalhar a área gourmet. Cockpit: sofás em L com a mesa no centro facilitam a convivência a bordo. Posto de comando: duas pessoas no sofá rebatível com mais uma apoiada na geleira. Proa: passagem lateral com sofá que se transforma em solário.

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boat teste NX 270

O MELHOR USO A NX 270 é um barco na medida pra você? A NX Boats é um estaleiro que trabalha sobre quatro pilares principais: design, acabamento, inovação e navegabilidade. O barco é único no mercado nacional, com design arrojado e uma disposição inédita no cockpit, uma passagem lateral de acesso a proa. Além disso possui itens que só são vistos em barcos de maior porte, como o espaço gourmet na popa. Ela é uma 27 pés homologada para 14 pessoas e comporta muito bem esse número a bordo com o barco parado, pois ela tem os ambientes bem divididos e ainda conta com banheiro fechado de 1,50m e a cabine de apoio com armário, espaço para micro-ondas e frigobar. Além desses detalhes, mostrou-se boa de mar, pois navegar nas águas do litoral de Recife é complicado. Cumpriu a tudo que foi exigida no teste. Então, se você busca um barco de proa aberta, na faixa dos 27 pés com banheiro fechado, a NX 270 deve ser analisada, devido a muitos pontos positivos que ela fez por merecer.

Ficha técnica Comprimento Total 8,20m Boca Máxima 2,78m Calado com propulsão 0,60m Peso Total Seco 1.820Kg Motorização Gasolina – de 220

a 350HPs / Diesel – de 220 a 320HPs Velocidade de Cruzeiro 24,9 nós Tanque de Combustível 300L Tanque de Água 120L Passageiros dia 14 pessoas

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boat teste Phantom 303

Phantom 303

A NOVA VERSÃO DO SUCESSO NACIONAL

COM MAIS DE 1.500 UNIDADES VENDIDAS, A SCHAEFER 303 VEM PARA COMPLEMENTAR A SÉRIE DE SUCESSO CRIADA POR MARCIO SCHAEFER. COM UM COCKPIT GRANDE, JANELAS E ENTRADAS DE AR COM NOVO DESIGN, LINHAS RETAS, MODERNAS E NOVO MOBILIÁRIO, CONSAGRA UMA EDIÇÃO QUE CAIU NO GOSTO DO BRASILEIRO Por Caio Ambrosio Fotos Caio Márcio

C

omo fazer um teste de performance em um modelo consagrado? A resposta foi encontrada com a última versão da Schaefer 303, que recebeu nova motorização Volvo Penta V8-430, levando-a a alcançar expressivos números. O layout também passou por algumas mudanças, a começar pela janela lateral. Os três vidros verticais foram substituídos por uma peça única que acompanha as linhas do casco. A entrada de ar foi trocada por uma peça inteiriça e deixou o visual mais atraente. O cockpit não precisou ser mudado, pois é um dos maiores na faixa dos 30 pés. O sofá em C com o banco rebatido (que pode ser transformado em solário) para a popa cria um ambiente confortável. A plataforma de popa é grande e, a boreste, é possível instalar uma churrasqueira a carvão. Seguindo no cockpit, um módulo com pia e geleira complementam o ambiente.

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O posto de comando é grande e todos os instrumentos ficam visíveis para o piloto. No lado oposto há um solário com acesso simples, seguro e feito por degraus ao lado. O acesso à cabine é feito por uma escada em inox com degraus em madeira, e aqui mais uma mudança foi feita: a troca do mobiliário, que também contribuiu para deixar o barco mais moderno. A disposição interna manteve-se a mesma. A altura na cabine é de 1,83 m em seu ponto mais alto, ao final da escada. Do lado de boreste está o banheiro fechado com toalete elétrico e chuveiro de série. Um sofá em V na proa se transforma em cama de casal, e armários para armazenamento de itens pessoais na lateral. Ainda na cabine, há um móvel para colocar uma televisão ou micro-ondas. Abaixo, outro porta objetos. A cama de casal a meia nau está logo atrás da escada, que ganhou uma visão privilegiada do mar com a troca da janela lateral.


NÚMEROS DA NAVEGAÇÃO: ECONÔMICA RPM

Velocidade (nós)

Consumo (litros)

Milhas/ Litro

Litros/ Milha

Autonomia (MN)

Autonomia (horas)

3600

21,2

46

0,46

2,17

138

7

CRUZEIRO RPM

Velocidade (nós)

Consumo (litros)

Milhas/ Litro

Litros/ Milha

Autonomia (MN)

Autonomia (horas)

4200

27,4

63

0,44

2,29

131

5

MÁXIMA RPM

Velocidade (nós)

Consumo (litros)

Milhas/ Litro

Litros/ Milha

Autonomia (MN)

Autonomia (horas)

5.800

38,23

143

0,27

3,74

80

2

10

5,5” 5

0

Mesmo utilizando o potente motor V8 – 430 da Volvo Penta, o cruzeiro econômico do barco mais se assemelha a velocidade de cruzeiro das outras versões, gastando apenas 46L/h.

Outro ponto que o motor influencia automaticamente no conjunto é a velocidade de cruzeiro, que foi para a casa de 31,5 mph sem comprometer o consumo do barco. Nessa velocidade o barco é capaz de percorrer 131 milhas náuticas. Tudo tem seu preço, para ter uma Schaefer 303 “esportiva” você deve estar preparado para isso. Andando na velocidade máxima por grandes períodos de tempo, o que não é recomendado pelo fabricante, o barco tem apenas duas horas de autonomia.

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CONDIÇÕES DO TESTE

A autonomia é avaliada com o tanque de combustível na sua capacidade máxima. Atenção: por segurança, os passeios devem considerar, obrigatoriamente, uma reserva de 20% da capacidade total do tanque, do ponto de partida até o próximo ponto de abastecimento.

O teste foi realizado na baia de Santos, SP. O dia estava nublado com ondulação de 0,5m e temperatura marcando 25º, sem vento.

A navegação em cruzeiro econômico é a mais eficiente medição para um barco de passeio, porque considera o melhor consumo da embarcação de acordo com a proposta do seu casco e o conjunto motorização/propulsão.

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Aceleração Pesando 3.200kg e equipada com o motor V8- 430 CE, o barco demorou apenas 5,5 segundos para atingir o planeio. Número expressivo para o conjunto testado.

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boat teste Phantom 303

O moderno e potente Volvo Penta V8 430 levou a Phantom 303 a atingir números semelhantes a de um barco offshore, mas com muito conforto e resposta rápida aos comandos

DESEMPENHO NA PRÁTICA A Phantom 303 cumpre o que promete? O barco é muito versátil e tem uma série de benefícios. Pode ser equipado com um ou dois motores a diesel ou gasolina. No modelo testado com o motor Volvo Penta V8 – 430 CE, ficou muito parecido com um barco esportivo, atingindo a velocidade máxima de 45 mph, graças ao modelo que é 100 kg mais leve, gerando ótima relação peso x potência. É equipado com tecnologia VVT (Variable Valve Timing) que otimiza os torques em baixa rotação e maximiza a potência em alta. O resultado é uma aceleração mais rápida e melhor resposta em rotações médias. Tudo isso foi observado no conjunto testado e realmente a diferença é grande comparado aos outros motores que o estaleiro oferece. Nesse caso, todas as velocidades aumentaram e deve ser destacado o cruzeiro econômico que está perto das 25 mph gastando apenas 46 L/h.

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IMPRESSÕES AO NAVEGAR: CONFORTO: Desde quando foi lançada, o conforto a bordo é um item que o estaleiro sempre manteve com alto padrão de qualidade. Da popa, passando pelo cockpit, que é um dos maiores da categoria, até a cabine, com pernoite confortável para quatro pessoas, tudo foi desenvolvido para maximizar o conforto a bordo e isso é sentido assim que você entra no barco.

SEU BOLSO: Construída em Santa Catarina, custa a partir de R$ 316.600,00, com motor Mercury 350 Mag 300 HP Rabeta 3 ou R$ 473.755,00 com 2 x Volvo D3 220 HP

ACABAMENTO:

INOVAÇÃO:

PILOTAGEM:

Mais uma vez devemos mencionar a qualidade do estaleiro em entregar um produto com os mais altos índices de satisfação entre os clientes. Pode ter certeza que encontrará um produto em perfeitas condições.

O modelo é um sucesso no mercado nacional e os ajustes foram apenas estéticos e deixaram o barco ainda mais moderno. Com isso, possui o melhor aproveitamento possível e nada deve ser mudado, pois a proposta do barco é muito clara e o consumidor entendeu isso.

Pilotar o barco equipado com a novidade da Volvo Penta, o V8 – 430 CE foi uma boa experiência. Além de ter toda a tecnologia já mencionada, o conjunto ficou muito bom de ser pilotado e a resposta é rápida, quando necessário. Todos os instrumentos estão no campo de visão que não é obstruída pilotando em pé ou sentado.

DESEMPENHO: Ficou acima da expectativa e todas as médias de velocidade foram superadas graças ao motor. Como visto nos números da navegação, o desempenho no geral é dividido em dois pontos de vista: primeiro de ter um barco potente na mão e ao mesmo tempo ser calmo e econômico. Segundo, pode ter um barco esportivo a hora que você quiser, pois atinge 45 mph na velocidade final.

SEGURANÇA: A Phantom 303 segue todas as normas da ABNT na construção de seus barcos e, agora como esse modelo é exportado para a Ásia, tendo recebido o prêmio de Barco do Ano no Boat Show de Busan, na Coreia do Sul, a segurança atende a todos os padrões exigidos nacionalmente e internacionalmente.

CONSTRUÇÃO: Esse é um dos pilares que Marcio Schaefer desenvolveu ao longo dos anos. O estaleiro sempre zelou por entregar não apenas um barco e sim uma Schaefer Yachts. Os melhores padrões foram adotados na construção, não apenas da 303, mas de todos os barcos da linha.

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boat teste Phantom 303

O MELHOR USO A Phantom 303 é um barco na medida para você?

Ficha técnica Comprimento 9,54m Boca máxima 2,87m Calado 0,45m Peso 3.200kg Motorização 1 x 320 – 430 HP /

2 x 150 – 220 HP

Tanque de combustível 300L Tanque de água 100L Velocidade de Cruzeiro 27,4 nós Velocidade Máxima 38,23 nós Passageiros dia/noite 10/04

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A proposta da Schaefer 303 é muito clara. Trata-se de um barco para uso diurno, com capacidade para até dez passageiros e pernoite para quatro pessoas. Mas ela tem uma série de vantagens que devem ser observadas na hora da compra: são mais de 1.500 unidades vendidas em todo país e agora, exportada e premiada na Ásia. Tem uma extensa lista de itens de série, não desvaloriza na hora da revenda, é versátil e pode ser equipada com um ou dois motores, diesel ou gasolina. No mercado de barcos até 30 pés é difícil encontrar um modelo com tanta versatilidade. Se for o primeiro barco, dificilmente terá alguma preocupação; caso seja um upgrade de tamanho, você entenderá a filosofia adotada por Marcio Schaefer na construção.


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POWER é navegar confiante, com a força dos motores Scania. Quem navega precisa estar pronto para enfrentar a tempestade e a calmaria. Quem patrulha precisa ter força e velocidade para fazer buscas e resgates. Quem pesca ou transporta cargas nem pode pensar em ficar à deriva. Pense nisso. Pense nos motores Scania. Potência, robustez e tecnologia para impulsionar embarcações e negócios. Motores econômicos, de alto desempenho e baixo custo operacional. Scania. Aponte seu leme para cá.

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boat teste Cimitarra 560 Sundeck

Cimitarra 560 Sundeck CUSTO-BENEFÍCIO É A PALAVRA-CHAVE

UTILIZANDO O CONCEITO DO SUNDECK, ONDE O FLYBRIDGE FICA INTEGRADO AO DESENHO DO BARCO, MESCLANDO O HARD TOP COM TETO ELÉTRICO, O ESTALEIRO GAÚCHO INOVA NO MERCADO NACIONAL E APRESENTA UM BARCO DE 56 PÉS MUITO VERSÁTIL Por Caio Ambrosio Fotos Caio Marcio

A

Cimitarra passou por um longo processo de mudanças no estaleiro e hoje produz barcos de 34 a 76 pés com os melhores materiais e equipamentos do mercado nacional e internacional, além de oferecer sete anos de garantia em seu casco. Os barcos são construídos pelo moderno processo de laminação por infusão a vácuo com divinycell, da Barracuda, e o resultado são embarcações mais leves, rápidas e econômicas. Outro parceiro chave na guinada do estaleiro foi a CS Náutica, responsável pela instalação elétrica de todos os modelos, além da Volvo Penta que é a fornecedora oficial de motores e conta com um representante exclusivo para instalá-los. A Cimitarra 560 Sundeck é mais um sinal que a empresa está antenada com as novidades mundiais e tratou de introduzir essa tendência em sua linha de pro-

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dução. O Sundeck une o melhor de dois mundos, com o Hard Top com teto elétrico e um segundo comando no Flybridge que, na verdade, é apenas um local para tomar sol e pilotar o barco. Essa área facilita também na hora de manobrar o barco ou quando quiser um pouco de privacidade com a família. A 560 mostra sua versatilidade, pois pode ter três ou quatro cabines, transferindo o espaço gourmet do salão para o cockpit. A plataforma é submergível e, graças aos motores IPS 600 da Volvo Penta, desce abaixo da linha da água facilitando o embarque e desembarque do bote ou moto aquática, além de ser uma área muito utilizada pelas pessoas. A praça de popa é muito grande tem integração total com o cockpit, criando um espaço único a bordo. O barco ainda tem dois banheiros e muito espaço para armazenamento interno.


NÚMEROS DA NAVEGAÇÃO: ECONÔMICA RPM

Velocidade (nós)

Consumo (litros)

Milhas/ Litro

Litros/ Milha

Autonomia (MN)

Autonomia (horas)

2400

14,9

72

0,21

4,83

197

13

Navegando a 17,13 MPH, a 560 Sundeck mostrou ótimo consumo em baixas rotações e mesmo sendo um barco de 56 pés, a parelha gasta apenas 72 L/h – uma autonomia para ir de Santos, SP, a Balneário Camboriú, SC.

CRUZEIRO RPM

Velocidade (nós)

Consumo (litros)

Milhas/ Litro

Litros/ Milha

Autonomia (MN)

Autonomia (horas)

3000

22,4

116

0,19

5,18

183

8

MÁXIMA RPM

Velocidade (nós)

Consumo (litros)

Milhas/ Litro

Litros/ Milha

Autonomia (MN)

Autonomia (horas)

3630

31

168

0,18

5,42

175

6

Os motores IPS e o processo de laminação por infusão realmente comprovaram a eficiência na navegação, levando o barco a incríveis 25,76 MPH, lembrando que estamos falando de um barco com 16 toneladas.

Mesmo em velocidade máxima, que atingiu a marca 35,65 MPH, a 560 Sundeck ainda tem autonomia de 175 MN, distância suficiente para ir de Ilhabela, SP, ao Rio de Janeiro, RJ, sem nenhum susto, graças ao tanque de combustível de 950 litros.

10 5

15

17,9” 0

20

Aceleração Demorou 17,9 segundos para planar, mais do que o esperado. Mas isso não é problema para um barco de 56 pés e 16 toneladas.

CONDIÇÕES DO TESTE A avaliação foi feita na baía de Santos, SP. Não havia ondulação no dia do teste. O tempo estava ensolarado e a temperatura na casa dos 29 graus. O barco estava com meio tanque de combustível e o tanque de água estava cheio.

A autonomia é avaliada com o tanque de combustível na sua capacidade máxima. Atenção: por segurança, os passeios devem considerar, obrigatoriamente, uma reserva de 20% da capacidade total do tanque, do ponto de partida até o próximo ponto de abastecimento. A navegação em cruzeiro econômico é a mais eficiente medição para um barco de passeio, porque considera o melhor consumo da embarcação de acordo com a proposta do seu casco e o conjunto motorização/propulsão.

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boat teste Cimitarra 560 Sundeck

A Sundeck 560 é versátil e fácil de cuidar, seu desempenho, com os motores Volvo Penta IPS 600, mostra a força do conjunto, tanto na velocidade como no consumo

DESEMPENHO NA PRÁTICA A Cimitarra 560 Sundeck cumpre o que promete? Observando a Cimitarra 560 Sundeck pela primeira vez, podemos notar o Sundeck muito bem integrado às linhas do barco. O modelo testado está equipado com motores Volvo Penta IPS 600. O engate do motor é suave, sem solavancos, e a aceleração é rápida; quando a turbina do motor enche, o barco fica muito fácil de navegar. Ela tem um raio de curva longo e o usuário deve prestar atenção se quiser fazer uma manobra mais fechada. No geral, o barco encarou muito bem todos os desafios. O mar estava calmo no dia do teste, mas cortamos a própria marola do barco e observamos o potencial de navegação para aqueles dias de mar ruim.

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IMPRESSÕES AO NAVEGAR: SEGURANÇA:

CONSTRUÇÃO:

PILOTAGEM:

A Cimitarra contratou a CS Náutica, empresa especializada em sistemas elétricos e que atende grandes marcas no Brasil, para resolver essa questão. Hoje todos os modelos têm o sistema elétrico instalado por eles. Outro ponto é utilizar os melhores materiais e equipamentos do mercado, mais um ponto positivo para a marca que, desta forma, evita problemas futuros.

A empresa implementou o avançado sistema de laminação por infusão a vácuo com estrutura em divinycell da Barracuda, o que resultou em um barco mais rápido, moderno, resistente e leve. Além desses benefícios, o casco ainda tem garantia de sete anos pelo estaleiro.

Devemos dividir em duas partes: o Sundeck, ideal para pilotar durante o dia e auxilia nas manobras de atracação, onde você tem visão 360 graus do barco e sem nenhuma dificuldade para ter total controle sobre ele, devido ao uso do joystick, item de série. Já a posição de pilotagem dentro do cockpit tem boa visibilidade devido às janelas grandes e ao Hard Top.

ACABAMENTO: Esse foi outro quesito que Cimitarra mudou completamente o que vinha fazendo. O barco sai completo de fábrica e foi dado ao cliente diversas opções de acabamento em madeira e tecido. Isso pode também ser incluído na versatilidade, pois desde o chão ao teto e inclusive o volante pode ser definido pelo proprietário. Caso ainda não esteja satisfeito, a empresa conta com uma decoradora especializada (opcional) para ajudar a deixar a embarcação ao seu gosto.

DESEMPENHO: Equipada com dois motores Volvo Penta IPS 600, o barco se portou muito bem em todos os pontos testados, ele teve o tempo de planeio dentro da média, pois o barco tem 16 toneladas, e a velocidade de cruzeiro acima do esperado.

INOVAÇÃO: Claro que esse ponto vai para o Sundeck, que já é tendência na Europa e utilizado por grandes marcas. Ele une o melhor de dois mundos, esportivo com flybridge para tomar sol, pilotar e realizar manobras, com design integrado as linhas do barco.

SEU BOLSO: A Cimitarra 560 Sundeck vem completa e quase sem opcionais para serem instalados. Em todos os pontos analisados, o barco apresenta o que há de melhor no mercado e o modelo testado custa R$ 2.550.000 com a parelha de IPS 600. Mas também pode vir equipada com parelha de Volvo Penta D6 com rabeta, custando a partir de R$ 2.100.000.

CONFORTO: O barco ficou versátil, com a área gourmet instalada no cockpit, que mede 2,10 m de altura. Com isso, pode-se optar por instalar a quarta cabine ou deixar mais uma geladeira e um balcão de apoio, formando uma copa (desta forma, não tem a necessidade de subir para buscar nada). No modelo testado, a opção foi colocar um frigobar e um armário, uma excelente solução. A disposição interna é bem definida e o conforto é sentido em todos os ambientes. O barco ainda conta com dois banheiros completos.

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143


boat teste Cimitarra 560 Sundeck

O MELHOR USO Ficha técnica Comprimento 18,00 m Boca máxima 4,00 m IPS / Rabeta 0,90 m Peso 16.000 kg Motorização 2x Volvo Penta IPS

600, com 435 HP

2x Volvo Penta D6 400, com 400 HP Tanque de combustível 950 L Tanque de água 800 L Velocidade de Cruzeiro 25,76 Mph Velocidade Máxima 35,65 Mph Cabines 3 / 4

www.cimitarra.com.br

144

A Cimitarra 560 Sundeck é um barco na medida para você? É um barco para a família. O espaço não é um problema, pois os ambientes ficaram bem divididos. A praça de popa e o cockpit são grandes, além da plataforma submergível, que deixa o barco ainda mais divertido (quem já teve a oportunidade de passar o dia a bordo com ela ao nível da água, sabe como é gostoso). O deck inferior é bem versátil, deixando com o cliente a opção de configuração. E, por fim, não podemos deixar de falar no custo-benefício que o barco proporciona, pois a faixa de preço é abaixo das outras empresas do mercado e está muito definido a estratégia que o estaleiro desenvolveu. Se você busca um barco na casa dos 56 pés, a Cimitarra 560 Sundeck é uma opção para ser conhecida.


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boat teste Ventura V330 Premium

Ventura V330 Premium

ESPORTIVIDADE E CONFORTO EM 33 PÉS

EQUIPADA COM O NOVO MOTOR VOLVO PENTA V8 430 EVC, A VENTURA V330 ESTÁ DE FÔLEGO RENOVADO PARA BOAS AVENTURAS` Por Caio Ambrosio Fotos Caio Márcio

A

Ventura também aderiu ao motor Volvo Penta V8 30 EVC, instalando-o na V330 Premium, criando um elo entre esportividade e conforto a bordo. Ao embarcar, nota-se o tamanho da plataforma de popa, com 0,90 m x 2,12 m. O espaço é composto por um sofá voltado para popa (0,64 m x 1,37 m). Em direção ao cockpit, que é integrado à popa, foi instalado um módulo com pia, lixeira, armário para copos e um espaço para armazenar um cooler, que já está incluso no barco. No mesmo módulo que abriga o sofá da popa está o sofá voltado para o cockpit. Há ainda outro sofá para duas pessoas. O posto de comando apresenta um design moderno e com todos os instrumentos de fácil visualização. A posição de pilotagem é boa, assim como a visibilidade. Ao lado há uma chaise longue. O acesso à proa é feito por degraus ao lado do posto de comando e um segura-mão na targa auxi-

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lia a chegada ao local, que traz um solário (1,74 m x 1,19 m) para duas pessoas. Ao entrar na cabine notamos a boa abertura da porta e tamanho dos degraus de fibra, integrada ao casco (diferente dos convencionais, que é uma barra de inox com degraus em madeira). O pé direito interno tem 1,87 m em seu ponto mais alto. O layout interno é composto por uma cama na proa com armários laterais (o local pode ser fechado com uma cortina para dar mais privacidade). A cozinha tem espaço para instalar diversos itens, como micro-ondas, pia, coocktop, geladeira e adega de vinho. Em frente, uma charmosa mesa completa o ambiente. O banheiro de 1,74 m de altura é completo de série e tem espaço suficiente para tomar um bom banho sem apertos. E, para complementar, a cama a meia nau. Assim, o barco tem pernoite para até quatro pessoas.


NÚMEROS DA NAVEGAÇÃO: ECONÔMICA RPM

Velocidade (nós)

Consumo (litros)

Milhas/ Litro

Litros/ Milha

Autonomia (MN)

Autonomia (horas)

3800

20,9

49

0,43

2,34

128

6

CRUZEIRO RPM

Velocidade (nós)

Consumo (litros)

Milhas/ Litro

Litros/ Milha

Autonomia (MN)

Autonomia (horas)

4200

24,6

56

0,44

2,28

132

5

MÁXIMA RPM

Velocidade (nós)

Consumo (litros)

Milhas/ Litro

Litros/ Milha

Autonomia (MN)

Autonomia (horas)

5.600

34,4

124

0,28

3,60

83

2

6,9”

Navegando no regime de cruzeiro econômico a uma velocidade 24 Mph, o barco é bem econômico, refletindo automaticamente na autonomia em milhas náuticas, pois o tanque recebe 300 litros de combustível. O novo motor V8 da Volvo Penta de 430 HP demonstra ser eficiente em barcos de médio porte e na V330 Premium não foi diferente, navegando a 28,29 Mph o barco gasta apenas 56 L/h, excelente desempenho em ambos os quesitos para um motor à gasolina.

O desempenho do barco mudou e o conjunto testado atingiu a velocidade de quase 40 Mph, um número expressivo para um barco de 33 pés e que pesa quase 4 toneladas com motor e tanque de água e combustível cheios.

10

5

15 CONDIÇÕES DO TESTE

0

20

Aceleração Ao sair do neutro até o planeio, o barco demorou 6,9 segundos. Mais uma vez a eficiência do conjunto foi comprovada e quando motor solta todos os cavalos de potência, ele mostra a força que tem.

O teste foi realizado na baía de Santos, SP. O dia estava nublado com um pouco de chuva. A temperatura estava na casa dos 22 graus. A ondulação era de 1,5 metro com ondas maiores na série. A embarcação testada estava com o meio tanque de combustível e o tanque de água cheio.

A autonomia é avaliada com o tanque de combustível na sua capacidade máxima. Atenção: por segurança, os passeios devem considerar, obrigatoriamente, uma reserva de 20% da capacidade total do tanque, do ponto de partida até o próximo ponto de abastecimento. A navegação em cruzeiro econômico é a mais eficiente medição para um barco de passeio, porque considera o melhor consumo da embarcação de acordo com a proposta do seu casco e o conjunto motorização/propulsão.

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boat teste Ventura V330 Premium

O resultado do conjunto, casco aliado ao moderno motor da Volvo Penta, levaram a 330 Premium a números expressivos para um barco desse porte

DESEMPENHO NA PRÁTICA A Ventura V330 Premium cumpre o que promete? A Ventura V330 Premium tem um V profundo na proa e isso já dá indícios de como o barco se porta na água. No dia da avaliação, o mar estava mexido e com ondulações de 1,5 metro, na série um pouco maiores e pudemos sentir na prática como ele se comporta, muito bem! A avaliação foi positiva do conjunto. Cortando as ondas tanto a 45 graus como de frente, ela se mostrou guerreira, com o casco do barco espalhando bem a água e, mesmo com o vento, não molhou o cockpit. O motor faz a diferença no barco, principalmente na retomada de velocidade, sendo sentida a aceleração e toda a potência. Mesmo navegando forte, o consumo não foi alto, rendendo boa autonomia e velocidade: a 28,29 mph, o gasto foi de 56 L/h, ótimo desempenho para um barco de 33 pés.

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IMPRESSÕES AO NAVEGAR: CONFORTO:

INOVAÇÃO:

CONSTRUÇÃO:

A cabine esbanja o conforto e no geral o layout do barco ganha pontos por isso. O sistema de armário ou as madeiras utilizadas no interior já estão inclusas no pacote. As camas têm bom tamanho e pode-se pernoitar com conforto, mesmo na cama de meia nau, que tem o pé direito reduzido. A cozinha é outro ponto que deve ser destacado, com espaço para instalar todos os utensílios domésticos, inclusive uma adega de vinho.

O design do barco leva esse quesito, pois as linhas são modernas. Outro aspecto são os degraus de acesso à cabine junto com a porta de entrada, que facilita pessoas que tenham a mobilidade reduzida, devido à idade, a entrarem na cabine sem problemas.

A Ventura mostra em sua linha Premium um bom nível de acabamento em todos os aspectos. Um detalhe que vale ressaltar é o contra molde da parte superior feito em gel, que deixa o acabamento interno com alto padrão.

PILOTAGEM: Aqui o barco mostra do que ele realmente é capaz. Nas condições testadas ele passou com méritos pelo mar grosso e a ondulação que entrava na baía de Santos. O casco corta muito bem as ondas e espalha a água, jogando-a longe, e a posição de pilotagem oferece visão sem obstrução do que está na sua proa. O motor ajudou nesse quesito, pois as retomadas de velocidade ao cortar as ondas maiores mostram a força do conjunto.

SEU BOLSO: O valor da V330 Premium com motor Volvo V8 300 mecânico (barco + motor + itens de montagem) é de R$ 368.900,00.

SEGURANÇA: Toda a parte elétrica é muito bem feita. As chaves de bateria são de fácil acesso e o painel, localizado dentro da cabine, é simples de operar. O estaleiro usou fios estanhados e o consumidor não deve ter grandes preocupações com esse quesito. Os grandes fabricantes estão bem adequados aos quesitos de segurança.

DESEMPENHO:

ACABAMENTO:

Com apenas um motor, o barco demonstra seu potencial e as médias atingidas comprovam essa eficiência. Não podemos esquecer que esse casco está pronto para receber uma parelha tanto à gasolina como diesel.

Esse quesito, como é mostrado nas fotos, está aprovado em nossa avaliação, pois o barco está incorporado na linha Premium do estaleiro e, por isso, deve receber atenção especial quando se dá um nome como esse ao barco.

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boat teste Ventura V330 Premium

O casco tem o V bem acentuado e mostrou seu poder de navegação enfrentando ondas de até 1,5 metro na série, comprovando a sua eficiência

O MELHOR USO A Ventura V330 Premium é um barco na medida para você?

Ficha técnica Comprimento 10,12 m Boca máxima 2,91 m Peso 3.400 kg Motorização 1 x 320 a 430 HP

2 x 170 a 270 HP diesel / gasolina Tanque de combustível 300 L Tanque de água 200 L Velocidade de Cruzeiro 24,6 nós Velocidade Máxima 34,4 nós Passageiros dia/noite 12 / 4

www.venturamarine.com.br

150

É um barco para você percorrer curtas e médias distâncias com rapidez e gastando pouco combustível. Se sua opção for utilizá-lo para o pernoite, ele também está apto para receber até quatro pessoas com conforto. Pode ser instalado ar e gerador, o que deixa o barco completo e pronto para qualquer situação de uso. Durante o dia, ele está homologado para até 12 pessoas a bordo e o espaço para receber não será o problema. Com a porta maior e os degraus grandes, tem uma segurança extra para as pessoas de mais idade, inclusive foi instalado um pega mão no banheiro, pensando nisso. A Ventura V330 Premium passou com méritos por nossa avaliação e, se você está procurando um barco de 33 pés na faixa de R$ 350.000,00, ele é uma boa opção para ser avaliada.


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boat teste Azimut 50

Azimut 50

CADA DIA MAIS BRASILEIRA

A AZIMUT YACHTS ESTÁ CADA DIA MAIS À VONTADE NO BRASIL E REALMENTE CAPTOU O QUE O BRASILEIRO GOSTA EM UM BARCO. O LANÇAMENTO DA PRIMEIRA UNIDADE DE 50 PÉS MOSTROU COMO A EMPRESA SE REESTRUTUROU E ONDE PRETENDE CHEGAR Por Caio Ambrosio  Fotos Leandro Portes

A

nova Azimut 50 é derivada do modelo anterior (Azimut 48). Além de crescer em tamanho, teve um novo projeto desenvolvido pela equipe de design do estaleiro, mantendo algumas funcionalidades que caracterizam a marca e ganhando outras, deixando-o com a cara do seu dono. A primeira mudança já pode ser notada na plataforma de popa: o espaço gourmet. A fábrica entendeu que o brasileiro se identifica mais com a popa do barco e, assim, a área ganhou uma atenção especial. A plataforma (1,30 x 3,55m) é submergível, com capacidade para até 380 kg, garantindo o embarque do bote ou moto-aquática sem esforços. A grande praça de popa tem o sofá centralizado, com entradas em ambos os lados. No modelo testado, o proprietário optou por apenas uma entrada, instalando do outro lado uma geleira com placa de gelo. A

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mesa em frente ao sofá pode ser desmontada, aumentando o espaço no ambiente. O salão apresenta um sofá em C a boreste para seis pessoas. A mesa central é dobrável e tem acionamento elétrico com regulagem de altura. Embaixo do sofá foi instalada uma cama de casal que aumenta a capacidade de pernoite para oito pessoas: basta descer a mesa até o limite, retirar a almofada e puxar a cama. O posto de comando possui equipamentos da Raymarine. Em frente há uma dinete para quatro pessoas. No deck inferior está a cozinha (completa de série). Os dormitórios são do mesmo tamanho e o de boreste pode ser convertido em cama de casal. Um banheiro (1,99 m) atende os quartos e também é o toalete social do barco. A cabine máster (1,93 m) tem banheiro completo (1,99 m), cama reclinável com um baú embaixo, armários com luz de cortesia, gaiuta com blackout e tela mosquiteira.


NÚMEROS DA NAVEGAÇÃO:

CONDIÇÕES DO TESTE Tempo: 25 graus com sol e muitas nuvens e curtos períodos de chuva. Vento de 11 km/h Oeste. Ondulação de 1.0 m com intervalo de 8 segundos.

O cruzeiro da Azimut 50 é relativamente alto para um barco de 50 pés, navegar a 27 nós é interessante ainda mais quando a essa velocidade a autonomia ainda é de 317 MN

A velocidade de cruzeiro econômica faz com o que o barco navegue a 17 nós ou a 24,16 Mph consumindo apenas 105 L/h, um número considerável para um barco desse porte

ECONÔMICA

Em 3000 RPM os motores Cummins despejam todos os HPs nos hélices, atingindo a velocidade de 30 nós no marcador. Mesmo assim, o barco tem autonomia para 8 horas

CRUZEIRO

MÁXIMA

RPM

2.000

2600

3000

Velocidade (nós)

17 nós

27,3

31

Consumo (litros)

105 L/h

172

244

Milhas/Litro

0,16

0,16

0,13

Litros/Milha

6,18

6,30

7,87

Autonomia (MN)

324

317

254

Autonomia (horas)

19

12

8

15,77”

10

5

Ficha técnica Comprimento 15,2 m

15

Boca máxima: 4,5m Peso: 21,2 T Motorização: Cummins QSC 8.3 – 600 HPs Tanque de combustível: 2000 L

0

20

Aceleração O conjunto testado demorou 15,77 segundos para atingir o tempo de planeio. Bom resultado para os motores Cummins QSC 8.3 de 600 HPs

Tanque de água: 590 L Velocidade de Cruzeiro 17 nós Velocidade máxima: 27,3 nós Passageiros dia/noite: 12 / 8

www.azimutyachts.com.br

A autonomia é avaliada com o tanque de combustível na sua capacidade máxima. Atenção: por segurança, os passeios devem considerar, obrigatoriamente, uma reserva de 20% da capacidade total do tanque, do ponto de partida até o próximo ponto de abastecimento. A navegação em cruzeiro econômico é a mais eficiente medição para um barco de passeio, porque considera o melhor consumo da embarcação de acordo com a proposta do seu casco e o conjunto motorização/propulsão.

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boat teste Azimut 50

Utilizando os motores Cummins QSC 8.3, o barco atingiu ótimas médias para seu peso e tamanho. A manutenção não deve ser uma preocupação, diversas empresas prestam assistência no Brasil, além do próprio estaleiro

DESEMPENHO NA PRÁTICA A Azimut 50 cumpre o que promete? A navegação da Azimut 50 foi o que é esperado de um barco construído pela marca. A tradição que o estaleiro tem, junto com a equipe de design, fabricou um barco dentro da expectativa ao se tratar de uma Azimut. Equipada com motores Cummins QSC 8.3 a diesel, com potencia máxima de 600 HP a 3000 rpm, a embarcação atingiu 31 nós de velocidade máxima. Excelente desempenho para uma parelha que empurra 21,2 toneladas sobre a água. O modelo tinha joystick e bow thruster, o que facilitou manobrar o barco. Não houve nenhuma surpresa durante a operação. O raio de curva é longo e o proprietário deve ter atenção para manobras mais fechadas. No geral, o conjunto se saiu muito bem nos quesitos que foi colocado à prova. Vale salientar que diversas empresas atendem a Cummins no Brasil e o próprio estaleiro, através de um sistema avançado de assistência técnica, garante a tranquilidade do cliente.

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IMPRESSÕES AO NAVEGAR: CONFORTO:

PILOTAGEM:

O layout do barco está bem definido em todos os ambientes. O pé direito nas áreas comuns do barco é superior a 1,90m e isso transmite sensação de maior espaço para quem está a bordo. O flybridge é um dos maiores da categoria e o salão tem um sofá cama, com cama de casal, assim ele pode acomodar até oito pessoas para pernoite.

Os motores Cummins QSC 8.3 de 600 HPs levaram o conjunto de 21,2 toneladas a números dentro do padrão para um barco de 50 pés. A posição de pilotagem tanto do flybridge quanto do posto de comando dentro salão estão ergonomicamente posicionadas e a instrumentação da Raymarine, que é de série, garante muita segurança na hora de planejar a viagem.

DESEMPENHO: O desempenho do barco é bom e isso, mais uma vez, mostra o cuidado que a equipe teve em criar esse novo modelo. Nada fica a dever para os demais em sua classe. A navegação foi realizada com o mar calmo, em Balneário Camboriú, SC, e, cortando a própria esteira, não houve impactos ou solavancos durante a navegação.

CONSTRUÇÃO: O casco, convés, flybridge, a casaria e os demais pisos internos e grelhas estruturais são fabricados com a técnica de infusão. O gelcoat utilizado é o neopentílico-isoftálico e é aplicado com a pistola. O casco, o convés e as superestruturas utilizam PVC expandido para uma estrutura em sanduíche leve e resistente. As camadas internas do casco e das superestruturas são realizadas com resina DCPD. A laminação das camadas externas é feita com resina estervinílica, que garante maior resistência à osmose, evitando a marcação/ print-through.

SEU BOLSO: Tudo o que a Azimut fez nesse modelo tem o seu preço. O estaleiro oferece três opções de pacotes: Advanced, Deluxe e Premium. O modelo testado é com o pacote Deluxe e sai completo de fábrica. O preço para o consumidor final é de US$ 1.250.000,00.

INOVAÇÃO: Neste ponto devemos salientar o empenho da equipe de design e construção em conceber um barco desenvolvido exclusivamente para o mercado brasileiro. Outro detalhe que vale a ser ressaltado são as três opções de configuração e o grill inserido no centro da mesa do flybridge.

SEGURANÇA: ACABAMENTO: O acabamento adotado na unidade brasileira da Azimut segue o mesmo padrão da Itália. O mesmo processo feito na fábrica italiana é o utilizado no Brasil para manter a qualidade constante, com rigorosos padrões conferidos no final da construção. O consumidor final pode escolher entre três opções standards e algumas opcionais para deixar o barco do jeito que pretende.

O barco é equipado com um cilindro tipo SEAFIRE (gás utilizado: FM-200) na sala de máquinas para descarga local (manual ou automática) e contextual desligamento dos motores, geradores, exaustores, além do corte de combustível para essa área. Toda a parte elétrica está dentro das normas nacionais e internacionais. A Azimut exporta barcos para todos os continentes e isso mostra que estão adequados a diversas legislações.

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boat teste Azimut 50

O MELHOR USO A Azimut 50 é um barco na medida para você? A marca teve um longo período para colocar a casa em ordem e entender o gosto do brasileiro, e parece que isso começou a surtir efeito entre o final do ano passado e começo desse ano. O estaleiro mudou de lugar e conta com excelentes profissionais entre sua diretoria, inclusive trouxeram uma pessoa da Itália somente para cuidar do pós venda, que ainda é um problema no mercado nacional. O barco é para a família aproveitar bons momentos a bordo e isso fica claro em todos os ambientes que foram desenvolvidos justamente pensando nesse propósito. A Azimut ainda permite o proprietário realizar pequenas mudanças que se adaptem ao seu estilo de uso. Um barco de 50 pés tem seus benefícios e custos e, na Azimut, não é diferente. Muitos detalhes deixam o modelo em um patamar diferenciado e, se for fator decisivo na opção de escolha, é um barco que deve ser observado com atenção.

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boat teste Flórida Marine 270

Flórida Marine 270

Um barco completo de série DOIS IRMÃOS PESCADORES NÃO ENCONTRAVAM NO MERCADO UM BARCO QUE REALMENTE ATENDESSE ÀS SUAS NECESSIDADES E DECIDIRAM FABRICAR UM MODELO. ASSIM NASCEU A FLÓRIDA MARINE 270 Por: Caio Ambrosio

A

Fotos: Caio Marcio

s primeiras impressões da Flórida Marine 270 são impactantes. Além de ter o costado alto, ela também possui a boca larga e transmite a sensação de estar em um barco maior que 27 pés, com conforto e bom espaço interno, tanto para o passeio com a família como pescaria com os amigos. O estaleiro se preocupou em fazer um modelo sólido e com ótimos materiais, pois a primeira unidade não era para ser vendida, mas sim para ser usada pela família. Mas o barco ficou tão interessante que decidiram montar o estaleiro e dar continuidade. Ele sai de fábrica com uma extensa lista de itens de série. Ao embarcar na 270, nota-se o segura mão na popa que facilita o acesso pela escada ao lado boreste. No interior, a caixa de isca viva é equipada com uma bomba de água salgada e ocupa quase toda a boca do barco. Abaixo está o sofá retrátil para três pessoas. Na altura

158

das pernas, toda a amurada do barco (popa – 0,73 m / meia-nau – 0,91m / proa 1,04 m) é acolchoada. O posto de comando é grande e tem espaço para todos os equipamentos e telas de GPS. O banco é para até três pessoas, mas o ideal é sentar apenas duas. O T-top (2,18 m de altura) é opcional, mas deve ser incluído na pequena lista do estaleiro, pois protege muito bem do sol e da chuva e dá um charme maior ao barco. Além disso, para os pescadores, é possível instalar um complemento para até seis varas. O banheiro está a meia-nau e abaixo do posto de comando. Com 1,91 m de altura, tem espaço de sobra para também armazenar alguns itens. Indo em direção à proa (o passadiço lateral tem 0,46m) há dois sofás, um encostado ao banheiro com uma caixa para peixes embaixo e um amplo sofá em V que preenche toda proa e também se transforma em um solário.


NÚMEROS DA NAVEGAÇÃO:

CONDIÇÕES DO TESTE Tempo: 22 graus nublado com um pouco de chuva Vento de 7 km/h Sul. Ondulação 0,5 metros com ondas maiores na série

Mesmo equipado com dois motores de 150 HPs o barco mostra que tem boa autonomia, podendo navegar com boa velocidade sem gastar muito.

A velocidade de cruzeiro é rápida e o barco navega muito bem e consegue manter essa média sem nenhuma dificuldade. O V bem acentuado na proa corta bem as ondas.

ECONÔMICA

A Flórida 270 também atinge ótima velocidade final, mas o consumo é alto e reflete automaticamente na autonomia em horas, mas o estaleiro oferece um taque maior opcional.

CRUZEIRO

MÁXIMA

RPM

3.400

3.800

5.100

Velocidade (nós)

24,5

29,2

38,4

Consumo (litros)

50,6

63,4

114

Milhas/Litro

0,48

0,46

0,34

Litros/Milha

2,07

2,17

2,97

Autonomia (MN)

169

161

118

Autonomia (horas)

7

6

3

Ficha técnica

10

6,53

Comprimento 8,18 m

5

Boca Máxima 2,85 m

15

Calado 0,50 m Peso 1.600 kg (sem motor) Motorização 1 x 250 Hp / 2 x 200 Hp Tanque de combustível 350 L

0

20

Aceleração Equipada com dois motores Evinrude E-Tec 150 hp o conjunto demorou 6,53 segundos para planar, mostrando que mesmo com “pouco” motor é um barco ágil e rápido.

Tanque de água 100 L Velocidade de Cruzeiro 29,2 nós Velocidade Máxima 38,4 nós Passageiros dia 10

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A autonomia é avaliada com o tanque de combustível na sua capacidade máxima. Atenção: por segurança, os passeios devem considerar, obrigatoriamente, uma reserva de 20% da capacidade total do tanque, do ponto de partida até o próximo ponto de abastecimento. A navegação em cruzeiro econômico é a mais eficiente medição para um barco de passeio, porque considera o melhor consumo da embarcação de acordo com a proposta do seu casco e o conjunto motorização/propulsão.

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boat teste Flórida Marine 270

Com design moderno e atualizado, a Flórida 270 tem boa qualidade de construção garantindo conforto e segurança para quem estiver a bordo

DESEMPENHO NA PRÁTICA A Flórida Marine 270 cumpre o que promete? A Flórida Marine 270 tem um V de profundo na proa e corta muito bem as ondas, como um barco de center console deve ser. No dia da avaliação, o mar estava com ondas de 0,5 metro, na série um pouco maiores, e sentimos na prática seu comportamento que ficou acima do esperado. A avaliação do conjunto foi muito boa. Cortando as ondas a 45 graus ou encarando de frente, ela mostrou o potencial para enfrentar qualquer tipo de mar. O casco com costado alto espalhou bem as ondas, evitando que os respingos voltassem para dentro do barco. A parelha de motores Evinrude E-Tec 150 é equilibrada com o casco, mesmo parecendo ser pouco para um barco de 8,18 m de comprimento e mais de duas toneladas, com motores, combustível e água. Navegando com velocidades acima da média, o barco não gastou muito e teve boa autonomia e velocidade, cruzando a 33,6 mph com gasto de 63,4 L/h e velocidade máxima de 44,1 mph. Ótimo desempenho para o barco, que está pronto para enfrentar qualquer condição de mar na pescaria ou no passeio com a família.

160


IMPRESSÕES AO NAVEGAR: INOVAÇÃO:

CONSTRUÇÃO:

Nesse quesito quem ganha são os próprios proprietários do estaleiro, que construíram um barco acima da média do mercado e atenderam não apenas a necessidade particular de uso, mas também a todos os pescadores. O barco também leva muitos pontos em design, estilo e acabamento.

A Flórida Marine mostra que construção do barco é coisa séria para eles. Utilizam os melhores materiais e equipamentos disponíveis no mercado. O casco é feito em fibra de vidro reforçada com tecidos multiaxiais e sandwich em espuma de PVC.

ACABAMENTO: PILOTAGEM: Esse item mostra o que o barco é realmente capaz de fazer. Mesmo com o mar não estando em condições adversas, ele mostrou todo o potencial de navegação que foi desenvolvido pelo estaleiro. Cortou muito bem as ondas e a posição de pilotagem é muito boa, tanto em pé como sentado. A visão não é obstruída e para quem está pilotando, tem o raio de visão de 360 graus, podendo observar tudo e todos no interior.

CONFORTO: O layout clássico de uma center console foi mantido e não deveria ser alterado pois a proposta dele é muito clara. O sofá da popa é retrátil e funcional. A amurada é acolchoada para dar mais conforto quando estiver “brigando” com o peixe. O banheiro tem o pé direito alto e não será um problema quando for utilizado e a proa ficou uma área bem agradável para aproveitar o dia, com um sofá que se transforma em um solário.

Como foi pensado e desenvolvido para ser um barco único e por toda a expertise em modelação para peças automotivas, os irmãos se empenharam em deixá-lo o mais próximo possível da perfeição. E quando fabricaram em série, utilizaram o mesmo conceito em toda a linha ao longo do tempo de história do estaleiro.

SEU BOLSO: O modelo testado é equipado com a parelha de motores Evinrude E-Tec 150 hp à gasolina, com comando eletrônico e T-top. No período da realização do teste, o barco custava R$ 235 mil. Até o fechamento da edição, o estaleiro não informou o preço atualizado do modelo.

DESEMPENHO: Com dois motores de popa de 150 hp, o barco mostrou do que é capaz e o conjunto saiu-se muito bem em todos os quesitos avaliados, o que comprova a eficiência do casco. Ele pode ser equipado com um motor de até 250 hp ou dois motores de até 200 hp.

SEGURANÇA: Toda a parte elétrica é muito bem feita. A chave de bateria está posicionada na entrada do barco e o quadro de disjuntores foi instalado dentro do banheiro, evitando respingos ou água. Os fios são estanhados e o consumidor não deve ter nenhuma preocupação com esse item, o estaleiro preza muito pelo produto que eles produzem e estão adequados a todas as normas de segurança.

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boat teste Flórida Marine 270

O MELHOR USO A Flórida Marine 270 é um barco na medida pra você? É um barco com a proposta bem clara de uso: pescaria para qualquer nível de usuário, do iniciante até os mais avançados, com muito espaço para iscas e diversas caixas de peixes espalhadas por todos os lados. É também para ser usado com a família, caracterizando seu uso misto. A navegação é muito segura e confortável, como uma center console deve ser. Já vem equipado com extensa lista de itens de série, mas o T-top opcional deve ser colocado no barco. É homologada para dez pessoas e tem muito espaço para a circulação de todos. O banheiro é grande e espaçoso com o pé direito alto. Toda a concepção do barco foi pensada em suprir uma lacuna deixada por outros estaleiros, na visão de seus proprietários. Assim, se você procura um modelo center console na faixa de R$ 235 mil, a Flórida Marine 270 é uma ótima opção para ser analisada no mercado.

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boat teste Fibrafort Focker 305 GT

Fibrafort Focker 305 GT

Novidade para completar a linha Focker A FOCKER 305 GT CHEGOU PARA COMPLETAR A LINHA DO ESTALEIRO FIBRAFORT E TEM TODOS OS PRÉ-REQUISITOS PARA CONQUISTAR SEU LUGAR NO MERCADO DE 30 PÉS Por Caio Ambrosio

A

Fotos Leandro Portes

mplo espaço no cockpit, ótima plataforma de popa e um bom tamanho na cabine são os segredos da Focker 305. O estaleiro havia deixado uma lacuna entre os modelos de 28 e 32 pés, e foi natural a concepção de um barco na faixa dos 30 pés. A plataforma de popa (1,64m x 2,62m) é o lugar onde você vai passar uma grande parte do seu tempo. O amplo espaço é complementado com o banco do cockpit que se transforma em um solário (1,05 m x 1,09 m). A bombordo há espaço para instalar a churrasqueira. Uma ideia bem pensada na plataforma é a proximidade do módulo que foi instalada a pia. Além disso, possui dois armários grandes (no modelo testado, o proprietário guardou a churrasqueira e demais objetos para o churrasco), geleira e três porta-copos. A chaiselongue de 1,89 m de comprimento deixou o ambiente com a sensação de que o barco é maior. Embaixo foi instalado mais um espaço de armazenamento.

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No lado boreste um grande sofá em L (2,58 m) com mais dois espaços abaixo, um com uma lixeira e o outro dedicado ao cooler. Ao lado, mais um lugar para guardar os itens. O posto de comando tem o assento rebatível e um local para apoiar o pé quando estiver usando o banco levantado. Todos os instrumentos são de fácil visualização, com espaço para o GPS no centro do painel. Não há dificuldade para alcançar o volante e a manete de aceleração em qualquer posição. Ao lado do comando está a escada de acesso ao solário de proa. Ao entrar na cabine, que tem em seu ponto mais alto 1,83 m de altura, o banheiro (1,68 m) está no lado boreste com um móvel em frente com pia, armário, porta-copos e um espaço para colocar uma TV ou micro-ondas. A meia nau, uma cama de casal e, na proa, um sofá em V que se transforma em mais uma cama, deixando o barco com pernoite para quatro pessoas.


NÚMEROS DA NAVEGAÇÃO:

CONDIÇÕES DO TESTE Tempo: 25 graus com sol e muitas nuvens e curtos períodos de chuva. Vento de 11 km/h Oeste. Ondulação de 1.0 m com intervalo de 8 segundos.

A velocidade de cruzeiro ficou acima do esperado e o consumo não foi um grande problema, mas com um tanque de 280 L, o usuário deve ter cautela em passeios longos

Equipada com um motor de 320 HPs a gasolina, a Focker 305 GT mostrou boa velocidade comprovando a eficiência do seu casco, desta maneira, não é necessário muitos HPs instalados no barco

ECONÔMICA

O motor da Mercury levou o barco a 30 nós de velocidade máxima, mas com outras opções do motor ele deve chegar a números mais expressivos, pois o que o barco, merece mais HPs

CRUZEIRO

MÁXIMA

RPM

4.000

4.400

4.970

Velocidade (nós)

22,5

26,5

30

Consumo (litros)

53,8

67,2

90,3

Milhas/Litro

0,42

0,39

0,33

Litros/Milha

2,39

2,54

3,01

Autonomia (MN)

117

110

93

Autonomia (horas)

5

4

3

7,01”

Ficha técnica

10

5

Comprimento 9,33 m Boca máxima 2,87 m

15

Peso 3.400 Kg Motorização 1 x 200 a 350 Hp diesel e 1 x

220 a 430 Hp a gasolina

Tanque de combustível 280 L

0

20

Aceleração A Focker 305 GT demorou 7,01 segundos para atingir o tempo de planeio, excelente desempenho para um barco de 3.400 kg empurrados por 320 HPs

Tanque de água 90 L Velocidade de cruzeiro 26,5 nós Velocidade máxima 30 nós Passageiros dia/noite 10 / 4

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A autonomia é avaliada com o tanque de combustível na sua capacidade máxima. Atenção: por segurança, os passeios devem considerar, obrigatoriamente, uma reserva de 20% da capacidade total do tanque, do ponto de partida até o próximo ponto de abastecimento. A navegação em cruzeiro econômico é a mais eficiente medição para um barco de passeio, porque considera o melhor consumo da embarcação de acordo com a proposta do seu casco e o conjunto motorização/propulsão.

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boat teste Fibrafort Focker 305 GT

A navegação da Focker 305 GT foi boa, o barco está sempre na mão e faz curvas com facilidade. Com diversas opções de motores a diesel e à gasolina, ela tem todo potencial para conquistar seu lugar no mercado das 30 pés

DESEMPENHO NA PRÁTICA A Fibrafort Focker 305 GT cumpre o que promete? Com a motorização testada, a Focker 305 mostrou ser um conjunto equilibrado, mas gastou mais que o esperado. Não que isso seja um problema para o barco, mas ele merece um pouco mais de motor para empurrar seus quase 3.400 quilos (peso total estimado com capacidade máxima de água e combustível) com mais facilidade e sem gastar muito. O barco está sempre na sua mão e faz com facilidade curvas acentuadas e rápidas. Durante o teste o mar estava com ondulações de até um metro na série e deu para sentir do que ele é capaz. Ele decola rápido e navega confortavelmente. Os respingos gerados pelo impacto com as ondas foram longe e mesmo com um pouco de vento, não retornaram para dentro do barco. A Focker 305 teve uma velocidade máxima de 30 nós (ótimo número comparando a relação peso x potência) e velocidade de cruzeiro de 26,5 nós (um pouco acima do esperado). Assim, o estaleiro preencheu com eficiência a lacuna existente no tamanho de 30 pés.

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IMPRESSÕES AO NAVEGAR: CONSTRUÇÃO:

CONFORTO:

Segue todas as normas nacionais e inclusive internacionais. A Fibrafort exporta barcos para 42 países e é certificada por diversos órgãos como a CE (comunidade europeia), ABYC (Estados Unidos), RINA e do governo russo. O parque industrial tem a capacidade de 100 barcos mês divididos em três linhas, uma de 16 a 26 pés, a segunda de 27 a 32 pés e a nova planta desenvolvida exclusivamente para a linha yachts.

Mesmo estando em um barco de 30 pés, a sensação é de estar a bordo de um modelo maior. Isso mostra a preocupação do estaleiro em preencher a lacuna com um produto que realmente promete ser o carro chefe da linha Focker. O amplo sofá do lado boreste deixa isso em evidência e favorece essa sensação. Outro ponto é a cabine com pernoite para quatro pessoas com 1,83 m de altura, que favorece a circulação.

SEGURANÇA: SEU BOLSO: A Focker 305 com motor Volvo V6 240 HP Mecânico SX gasolina custa a partir de R$ 332.299,00. Há a opção com motor Volvo V8 350 HP eletrônico DPS gasolina por R$ 375.962,70 e com todos os acessórios (exceto ar e gerador), por R$ 459.894,70.

INOVAÇÃO: A Fibrafort inova na concepção do barco como um todo e com o layout interno diferente do que os barcos do mesmo porte oferecem. Optaram por um espaço inteiro aberto, o que facilita a circulação interna e isso deverá ser apreciado por usuários que gostam de sair com bastante gente para aproveitar o dia no mar. Outro ponto são os diversos locais pensados para armazenamento e o módulo da pia e geleira próximo a entrada do barco e ao lado da churrasqueira.

Toda a parte elétrica é decodificada e estanhada, com um painel de fusíveis bem abaixo do bando do piloto, bem como o extintor. A chave de bateria tem fácil acesso e o quadro de disjuntores é fácil de ler e entender os ligamentos. Esse quesito não deve ser uma preocupação, pois o estaleiro segue diversas normas internacionais e o produto está adequado às mais rigorosas especificações.

DESEMPENHO: Equipada com o motor Mercury 6.2 MPI com 320 HP a gasolina, com a rabeta Bravo 3 e passo do hélice 22,5, teve bons resultados na medição realizada. A velocidade de cruzeiro ficou em 26,5 nós, muito boa para o conjunto que atingiu o top de 30 nós. Por ser um motor a gasolina consolidado no mercado e se tratando de um barco novo, está bem equilibrado, mas o estaleiro oferece outras opções de motorização.

ACABAMENTO: O acabamento do barco é bom e tem o padrão adotado pela linha Focker, bancos em duas cores e muito cuidado aos pequenos detalhes. A maior parte do barco é em fibra aparente com ótima aplicação do gel, que também ajuda muito na hora da limpeza.

PILOTAGEM: A Focker 305 GT se comportou muito bem a todos os quesitos em que foi colocada à prova e, desta maneira, está sempre na mão de quem pilota. As manobras são rápidas e precisas, mostrando a eficiência da resposta ao volante, seja para curvas rápidas, desvios de objetos ou o uso convencional do usuário. Ela decola facilmente e o uso do flap é necessário para equilibrar o conjunto, principalmente quando estiver com mais pessoas a bordo.

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boat teste Fibrafort Focker 305 GT

O MELHOR USO A Focker 305 GT é um barco na medida pra você? O estaleiro desenvolveu um barco que tem diversas soluções em sua planta. Isso mostra que a análise de mercado feita na faixa dos 30 pés deu resultado e o produto final chega para conquistar seu pedaço nas águas do Brasil. A proposta do barco é bem clara, uma daycruiser com pernoite curta para quatro pessoas e capacidade de 10 passageiros durante o dia. Com o espaço interno desenvolvido pelo estaleiro, os passageiros circulam sem problemas. A chaise é grande e ainda tem o solário de proa, uma área que deve ser concorrida. O mercado tem boas opções nessa faixa de 30 pés e barcos consolidados, mas a nova Focker 305 tem tudo para conquistar seu espaço, seja para o upgrade de tamanho ou como primeiro barco. Se é esse tamanho que você procura, com certeza vale a pena conhecer o mais recente modelo da Fibrafort.

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coluna nasseh

O PRIMEIRO BARCO Com o surgimento do gelcoat, em 1956, o método de fabricação de barcos em fibra tornou-se conhecido. Descubra como eram feitos os modelos antes desse período

Jorge Nasseh é engenheiro naval, mestre em ciências em engenharia oceânica e CEO da Barracuda Advanced Composites

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P

elo que se tem notícia, a primeira tentativa de se construir um barco de fibra de vidro foi executada astutamente pelo americano Ray Greene, em 1931. Ele sugeriu que a sua tese de Mestrado, na Universidade de Ohio, fosse a construção de um barco no autoclave da escola. O titulo da sua tese era “Choosing Plastics for Large Objects” (Escolhendo plásticos para grandes objetos). No caso, o grande objeto em questão era um barco de 14 pés e, assumindo que ele não queria chamar a atenção do resto da escola e dos professores também, ao construir um barco para seu próprio uso, ele não mencionou nada a respeito durante o trabalho. Nem depois. O primeiro problema foi conseguir uma resina. As primeiras foram desenvolvidas em 1920, mas não nem se parecida com o que existe hoje. Eram resinas que precisavam de autoclave e temperatura para curar. Eram viscosas. A empresa que a criou se chamava Baekelite, do químico belga Leo Baekeland. A primeira versão de fibra de vidro semi-industral veio em 1931, através de uma empresa do estado de Ohio que deu origem a Owens Corning de hoje. E adivinha quem comprou o primeiro lote? Ray Greene. Embora não tivesse tido sucesso nas primeiras tentativas, persistentemente, ele tentou construir este novo barco com os materiais mais modernos da época. Com isso, demorou dez anos e, somente em 1942, conseguiu terminar seu primeiro casco.

O barco não era nada parecido com um modelo atual. Não existia gelcoat! Ele teve que comprar a fibra virgem, lavar e secar para remover toda a oleosidade e depois fazer um tecido bem irregular, laminado com uma resina que curava parcialmente. Mas quem se importava com isto naquela hora? Este certamente foi o primeiro barco de fiberglass que se tem notícia. Nos anos seguintes, todo o romantismo de construir o primeiro barco em fibra de vidro deu lugar


A construção do primeiro barco em fibra que se tem notícia demorou mais de 10 anos

às experiências militares devido à 2ª Guerra Mundial. O governo americano financiou em larga escala a pesquisa para produzir materiais sintéticos que pudessem ser usados no esforço de guerra, mas foi somente após a inteligência britânica ter adquirido cópias de documentos alemães sobre a fabricação e cura resinas sintéticas, e ter passado para os americanos (de graça), é que os primeiros laminados, parecidos com os de hoje em dia foram fabricados.

Nesta época ainda não havia praticamente nenhuma resina decente disponível e todas necessitavam de um forno para secar. Em temperaturas altas, as resinas que quase eram sólidas no início da laminação, se liquefaziam e escorriam, depositando no fundo do casco. Para espessar a resina se usava amianto. A alta temperatura fazia os materiais se dilatarem de formas diferentes proporcionando todo o tipo de empeno.

O segredo era a alma do negócio. O construtor que conseguia solucionar um problema, que hoje talvez fosse simples, não deixava ninguém entrar na fábrica. Não era permitido clientes e vendedores visitarem a produção, com medo, de quem sabe, alguém aprender e roubar algum segredo. Somente depois de 1946 que os primeiros barcos produzidos em série apareceram. Os que estavam à venda tinham por volta de 17 pés (5 metros) e foram produzidos mais de duas mil unidades em quatro anos. Ainda não usavam gelcoat e o convés era de madeira. Acreditem ou não, os barcos eram feitos pelo método de infusão, pois as resinas não secavam com a presença de oxigênio. Tinham que ser cobertas por um filme plástico. O método foi patenteado logo em seguida. Passaram-se muitos anos até que os produtos fossem industrializados e disponibilizados para todos os fabricantes. Em 1955 apareceu a primeira resina que podia ser curada com catalisador à temperatura ambiente. Um ano depois surgiu no mercado o gelcoat. A partir daí é que temos alguma consciência como os barcos de hoje em dia são produzidos.

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coluna capitão

O QUE USAR EM

MINHAS VIAGENS? Mapa, cartas, almanaque, roteiro ou guia. Saiba o que você deve utilizar para tornar a navegação mais segura

Marco Antonio Ferrari Carneiro é skipper de veleiros, lanchas e trawlers, instrutor de cursos teóricos e práticos de navegação e segurança marítima

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S

audações navegadores! Utilizo todo e qualquer material escrito e eletrônico para planejar minhas viagens. Mapa, cartas, almanaque, roteiro e guia, porém, cada um com uma finalidade bem definida. Na maioria de viagens de barco, o que pode acabar mal é a chegada. Exemplifico com uma das viagens onde um amigo e eu presenciamos na entrada do canal de Bertioga, SP, uma lancha colidindo com o parcel (pedra que fica submersa eventualmente aparecendo em marés baixas). Ter medo desses acidentes é algo

positivo, afinal, o medo é que nos faz estudar e prevenir, mesmo em locais que estamos acostumados a navegar, onde não mudam os acidentes geográficos, como ilhas, parceis e barreiras de corais. Mas inúmeras vezes cheguei em locais com boias novas, píer, cerco de pescas, naufrágios e modificações, naturais ou não. Estes documentos não sevem somente para segurança, mas também para aproveitarmos mais nossas viagens, com várias dicas importantes de entretenimento e informações úteis para a nossa querida embarcação.


UTILIZAÇÃO DOS MATERIAIS MAPAS TOPOGRÁFICOS Qual navegador que na época de escola, em aulas de geografia, não pegou o atlas escolar e sonhou com as suas viagens futuras? Pode-se definir que mapa topográfico é aquele que mostra tanto os relevos naturais quanto os artificiais, gerados pela ação do homem (Wikipédia). Como vemos pela definição, não traz muitos detalhes para navegação, mas colabora bastante no inicio do planejamento. As versões eletrônicas nos permitem medir distâncias e vizualisar com imagens de satélites vários detalhes interessantes.

CARTAS NÁUTICAS Aqui já estamos com documentos técnicos, produzidos no mundo todo. No Brasil, a responsabilidade é da Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN) e da Marinha do Brasil. É possível encontrar na Internet, Capitanias dos Portos e lojas credenciadas. Este documento, confeccionado em várias escalas, nos traz detalhes importantes da navegação: escalas de latitudes e longitudes, perigos à navegação, rosas dos ventos, declinação magnética da área, profundidades, restrições, altitude dos morros etc.

DICAS 1 Tenha sempre as cartas náuticas exigidas pelas autoridades marítimas locais, e atualizadas. As seguradoras e fiscalizações exigem.

2 Utilize mapas somente para planejamento prévio, não como documento para navegação.

3 Não despreze nenhum material que lhe dê informação para sua viagem.

4 Aprenda a utilizar todos os documentos e publicações. Acredite, há navegadores que possuem mas não sabem como utilizá-los.

5 Não acredite em tudo que lê. tem muita gente escrevendo sem conhecimento necessário, colocando em risco nossas vidas.

6 Tenha publicações atualizadas.

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coluna capitão

ROTEIRO

ALMANAQUES

Originário da palavra portuguesa “rota”, define-se como documento que descreve pormenores de uma viagem: itinerário, acidentes marítimos e geográficos necessários para se fazer uma viagem (adaptado da Infopéida). Trata-se de mais um documento técnico, também produzido pelo DHN e obrigatório a bordo de grandes embarcações de navegação costeiras.

De origem árabe (al-manākh), onde eles utilizavam para escrever suas rezas e viagens realizadas. Hoje em dia são definidos como publicações atualizadas anualmente com informações sobre uma determinada área ou atividade (Infopédia). Encontramos em hotéis, bancas de jornal e livrarias. Há modelos muito interessantes que descrevem praias, animais da região, comida, locais turísticos, pontos para dormir, restaurantes e culturas locais. Sempre tenho um a bordo para saber em que praias estamos passando e o que fazer caso aportar.

Este documento, no Brasil, remonta os navegadores portugueses, que descreviam toda suas navegações e desenhos de suas visões, de várias perspectivas, dos acidentes geográficos. Os oficiais no Brasil são os Roteiros Costa Norte (da Baía do Oiapoque ao Cabo de Calcanhar, incluindo Rio amazonas, Jari e Trombetas e rio Pará), Costa Leste (do Cabo de Calcanhar ao Cabo Frio e ilhas Oceânicas) e Costa Sul (do Cabo Frio ao Arroio Chuí, incluindo Lagoas dos Patos e Mirim).

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Adquira um para notar a preciosidade que são estes documentos, feitos por dedicadas gerações de cartógrafos, que aqui agradeço, com uma precisão impressionante. Tenho os três.

F I A E N AV E

ROTEIRO COSTA LESTE DO CABO CALCANHAR AO CABO FRIO

GUIAS NÁUTICOS Aos que me perguntam se não há uma literatura que une parte de todas estas informações para os navegadores amadores, respondo que são Guias Náuticos. Claro que temos livros relatando viagens e experiências próprias, mas os guias produzidos no mundo por navegadores amadores dedicados tem a sua visão e necessidades. O material procura unir todas as informações, destacando aos ancoradouros e abrigos de ventos, rotas de aproximação, pontos de apoios, waypoints, histórico da região, locais para visitar, perigos para navegação, pessoas das comunidades e muito mais. Vale lembrar que não é um documento oficial adotado pelas autoridades marítimas. Eles têm suas origens nos Roteiros, mas evoluíram de tal maneira que se tornam indispensável para os navegadores amadores. Para viagem de veleiro pelo mundo utilizo o “World Cruising Routes”, de Jimmy Cornell, e encomendo os dos locais que visitarei. No Brasil, já temos os nossos escritos pelos nossos navegadores amadores. Destaco os do Hélio Magalhães.

ILHAS OCEÂNICAS DIRETORIA

DE

HIDROGRAFIA

E

NAVEGAÇÃO

CENTRO DE HIDROGRAFIA DA MARINHA BRASIL 12ª EDIÇÃO 2003 2ª REIMPRESSÃO 2013

CORRIGIDA ATÉ O FOLHETO QUINZENAL DE AVISOS AOS NAVEGANTES Nº 20/2015

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Navegar é saber para onde vamos, onde estamos a qualquer momento, chegar e voltar para nossas casas, seguro. “Fomos e voltamos, portanto, navegamos”, como diz meu amigo João. Se preferem outra frase mais conhecida, “Navegar é preciso, viver não é preciso”, de Fernando Pessoa.


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PARTICIPAÇÃO ESPECIAL Uma família de golfinhos escolta o veleiro Comanche, dos Estados Unidos, na chegada a Tasmania durante a disputa da Regata Rolex Sydney Hobart. Os mamíferos proporcionaram bons momentos aos ocupantes do barco e o fotógrafo da competição, Kurt Arrigo, conseguiu capturar essa inusitada e especial aparição. FOTO: KURT ARRIGO/ROLEX

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