Revista Boat Shopping #61

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Cimitarra 360 HT: testamos o novo barco de entrada do estaleiro

ano 10 - número 61 - www.boatshopping.com.br

MIAMI

BOAT SHOW

Conheça os lançamentos tecnológicos da feira VELEIRO "A"

O maior barco a vela já construído AZIMUT 66

Design e tecnologia com alma italiana PRESTIGE 680

A família de iates de luxo está completa INTERMARINE 62

Soluções inovadoras na faixa dos 60 pés

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sumário

NORMA JEANE

sempre aqui

A bela Delmar 21 da década de 1960 volta à vida 98

Editorial 16 Boat Online 18 Top 5 Site 20 Planeta Água 146

pelos mares Notícias 22 BOAT INTERNATIONAL BRASIL

Os destaques da edição 21 30 Os barcos do futuro 32

12º BOAT XPERIENCE & BROKERAGE SHOW

ENTREVISTA

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DESIGN

Manoel Chaves, CEO do estaleiro MCP Yachts 34

tec boat Novas tecnologias do MIBS 2016 40 Limpeza externa 48

boat teste CIMITARRA 360 HT O novo barco de entrada do estaleiro 52

FF-ONE Uma nova opção de divertimento 104

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apresentação “A” O maior veleiro do mundo 64

AZIMUT 66 FLY Design e tecnologia neste barco de alma italiana 76

PRESTIGE 680 Conheça o mais recente lançamento do estaleiro francês 90

terra firme [EVENTO]

Miami International Boat Show 2016 118 [MARINA DO MÊS]

Marina Astúrias 124

a bordo Rolex Farr 40 World 126 Equipe olímpica brasileira de Vela 130 Notícias da Vela 132

colunas INTERMARINE 62 Soluções inovadoras para essa faixa de tamanho 82

Nasseh 134 Capitão 136 Ricardo Machion 138

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editorial

Publisher Caio Marcio Lopes Ambrosio Diretor de Redacão Caio Ambrosio caioambrosio@boatshopping.com.br

Jornalista Leandro Portes

leandro@boatshopping.com.br

Editora de arte Júlia Melo julia@boatshopping.com.br

O OUTONO CHEGOU E, COM ELE, OS MAIS BELOS DIAS DO ANO. Temperaturas mais amenas e a ausência de nuvens no céu marcam essa estão. Ainda temos muitos dias de navegação pela frente, então vamos aproveitar! O país passa pela maior crise política da história e isso tem impactado o mercado local. Estamos sem controle e, para ajudar, o governo mudou a regra do ICMS para barcos, então não se assuste quando o seu revendedor de confiança lhe apresentar um valor maior do que você estava esperando pagar. Nesta edição fizemos um mix de diversos assuntos. Os maior destaque é o 12º BoatXperience&Brokerage Show, que agitou o Guarujá no começo do ano. Em meio a um cenário de incertezas, o evento comprovou sua vocação em vendas, garantindo ótimos resultados, tanto para quem expôs, como para os visitantes que foram em busca de bons negócios. O Miami Boat Show está de casa nova e pelo sexto ano consecutivo estivemos na feira mais badalada do setor para mostrar todas as novidades sobre a nova localização e ainda montamos um especial de tecnologias lançadas durante o evento americano. Os barcos dessa edição estão incríveis, começando pelo teste do novo barco de entrada da Cimitarra, o 360 HT. Em forma de apresentação, mostramos o maior veleiro do mundo, a nova Intermarine 62, a Azimut 66 e a Prestige 680. Por fim, o nosso time de colunistas ganhou mais um integrante, Ricardo Machion, responsável pelo “Um Homem do Mar” e especialista em segurança e navegação. Boa Leitura! Caio Ambrosio Diretor de redação caioambrosio@boatshopping.com.br

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Designer Lygia Pecora Colunistas Jorge Nasseh, Marco A. Ferrari Carneiro e Ricardo Machion Assistente de produção Kadu Abreu Para anunciar ou assinar Tel. (11) 3846-2364 contato@boatshopping.com.br www.boatshopping.com.br Boat Shopping é uma publicação do Boat Brasil Mídia Group (edição 61 março/abril). Os artigos assinados não representam necessariamente a opinião da revista. É expressamente proibida a reprodução ou cópia, de parte ou do todo, de textos e fotos publicados na Boat Shopping sem autorização prévia. Redação e publicidade Rua Helena, 280, Vila Olímpia, CEP 04552-050, São Paulo, SP



online

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TALISMA C com 231,43 pĂŠs e construĂ­do pela Proteskan Turquoise, na Turquia

Vista aĂŠrea do Yachs Miami Beach, na Collins đ&#x;“ˇ @tourhelicopter

2000 cavalos em um barco de 45 pĂŠs, bem tĂ­pico dos americanos

[twitter] @boatshopping

Chris Craft Continental rara de 1961 vai a leilão nos EUA http://bit.ly/1Lq3aIj Intech Boating completa 9 anos de atuação no setor nåutico http://bit.ly/1UoNzux

Designer brasileiro Luiz de Basto assina novo projeto de iate http://bit.ly/1pOz8UV

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top 5 site

As mais acessadas do site Boat Shopping Confira as postagens mais vistas no último mês no www.boatshopping.com.br 1

ESTE É O MAIOR BARCO JÁ CONSTRUÍDO PELA BENETTI A Benetti colocou na água, em Livorno, o superiate Lionheart. Com 90 metros de comprimento, o modelo é o maior já fabricado pelo estaleiro italiano e recebeu esse flagra, já que a construção foi http://bit.ly/1Klj4D2 envolta em mistérios.

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CONHEÇA O LUXUOSO INTERIOR DA NOVA PRINCESS 30M A Princess 30M foi apresentada no final de janeiro, no Boat Show de Dusseldorf, na Alemanha. O estaleiro britânico criou um barco com ambiente interno leve e aconchegante, com grandes janelas http://bit.ly/20WW6oe laterais nos decks principal e inferior.

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INTERMARINE REALIZA 2º TOP LINE NA MARINA NACIONAIS O estaleiro paulistano realizou a segunda edição do Intermarine Top Line, na marina Nacionais, no Guarujá. Cerca de 150 pessoas foram ao evento ao longo do dia e puderam http://bit.ly/1LqWMjM ver a linha completa de produtos.

4

CONHEÇA A NOVA BENETEAU GT 42 QUE SERÁ PRODUZIDA NO BRASIL Direto do Miami International Boat Show, Mario Sergio, da VIP Boats apresentou o lançamento da Beneteau que será http://bit.ly/1KiYqDR produzida no Brasil.

5

FERRETTI LANÇARÁ MODELO 450 FLY EM CANNES A Ferretti Group prepara um lançamento para Cannes Yachting Festival, em setembro. O modelo Ferretti 450 representa o retorno do estaleiro italiano para a linha abaixo dos 50 pés com http://bit.ly/1KlhDEF flybridge.

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pelos mares

Notícias e lançamentos em um giro pelo mundo náutico

OS POTENTES JETS DA KAWASAKI A Kawasaki lançou no Brasil os novos modelos Jet Ski Ultra 310LX e 310R, que se tornaram os mais potentes jets produzidos em série por uma companhia. Os engenheiros do grupo aumentaram a eficiência do motor, gerando com o supercharger 310 hp de potência (medida no virabrequim sob condições controladas). É a marca mais alta já conseguida em 40 anos de história do veículo. Entregando níveis de performance e exatidão ainda maiores, a nova série do Jet Ski Ultra 310 será representada por quatro modelos. Juntandose às versões X e LX, existem duas variações: o R (esportivo) e uma edição especial do modelo X. Equipado com um supercharger e um intercooler, o motor marítimo de refrigeração líquida de 1.498 cc com quatro cilindros em linha impulsiona os modelos com mais potência do que um motor aspirado. Isto

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se deve ao uso do supercharger do tipo TVS, o qual gera impulso mesmo em baixas, garantindo um aceleração forte a partir da marcha lenta. Um grande número de modificações foram feitas através da redução de perda mecânica. Como no modelo anterior, o desenho do casco em V permite uma inclinação bastante forte, no estilo de uma motocicleta fazendo curvas. Isso reduz a força G lateral imposta ao condutor durante a manobra. Com um ângulo de 22,5 graus, o formato do fundo do casco ajuda a prevenir rodopios em curvas mais acentuadas. A espessura do casco foi determinada por análises detalhadas de resistência, e ele oferece equilíbrio para atender a alta potência gerada pelo motor. Os novos jets estarão disponíveis em maio, com preços sugeridos de R$ 107.990,00 para o 310 R e R$ 111.999,00 para o 310 LX.


LANCHAS DA FS YACHTS NO LESTE EUROPEU O estaleiro FS Yachts iniciou as exportações de suas lanchas para o leste europeu. Agora a empresa conta com dealers em sete novos países: Eslovênia, Croácia, Bósnia, Sérvia, Montenegro, Macedônia e Albânia. Os primeiros modelos embarcaram no final de janeiro e estarão expostos em seis boat shows internacionais este ano para, em seguida, navegarem no Mar Adriático.

NX BOATS AMPLIA GAMA O estaleiro pernambucano NX Boats lançou a terceira embarcação da linha, a NX280, que já saiu com quatro unidades vendidas. A lancha é a primeira versão cabinada, com capacidade para 11 pessoas durante o dia e quatro pessoas para pernoite. Na cabine há espaço para duas camas, frigobar, micro-ondas, TV, DVD, além de armários. Com pé direito de 1,83 m, o cockpit terá sala, mesa de centro em teca, área coberta, barzinho e cristaleira. Na plataforma de popa há uma área gourmet com churrasqueira embutida. O modelo é vendido a partir de R$ 245 mil. Comprimento: 8,50 m Boca: 2,78 m Calado: 0,5 m Tanque de combustível: 330 l Tanque de água: 120 l

Capacidade: 11D / 4N Motorização: 250 – 350 HP Pé direito do banheiro: 1,72 m Capacidade da cabine: 1,83 m Preço: a partir de R$ 245 mil

M1 YACHTS PROJETA NOVO BARCO O estaleiro catarinense M1 Yachts vem com novidades para 2016. A empresa projetou uma versão cabinada para a lancha 240. O modelo 240 cab terá cabine com banheiro, pé direito de 1,40 m, deck de proa com solário e assentos de piloto e co-piloto rebatíveis. O acabamento seguirá o mesmo padrão da “irmã” sem cabine. Há, ainda, a opção de escolha de teca sintética ou natural. A motorização indicada será de centro-rabeta, acima dos 200 hp de potência. A previsão é de que o primeiro casco esteja pronto em novembro.

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pelos mares

SEA RAY INICIA O ANO COM CINCO NOVOS MODELOS O ano de 2016 começou a todo o vapor para a Sea Ray. Durante o New York Boat Show (que aconteceu de 6 a 10 de janeiro), o estaleiro apresentou cinco novos lançamentos. Na linha SLX, estão os modelos 230, 250, 280 e 310. Além deles, foi apresentado também o novo integrante da família Sundeck, o 290 Sundeck Outboard. “Estamos entusiasmados para dar aos nossos clientes um gosto da experiência de se navegar na linha SLX, com uma série de funcionalidades de ponta”, disse o presidente da marca, Tim Schiek. “E a adição de nova 290 Sundeck Outboard é mais uma aliança entre Sea Ray com os motores de popa Mercury Marine”, completou Schieck, sobre o modelo que vem com dois motores Mercury Verado de 225 hp, mas também pode ser equipado com dois modelos de 250 hp e joystick.

SLX 310

SLX 250

290 Sundeck Outboard

SLX 230

SLX 280

ALTO LUXO NA BAHIA MARINA A Marina Yachts, a mais nova loja de barcos da Bahia, revendedora exclusiva da marca Azimut no estado, já está funcionando na Bahia Marina. As instalações incluem um showroom externo para exposição dos produtos e a loja já comercializou o primeiro barco da grife italiana. “Os baianos agora têm uma nova opção de embarcações de alto luxo, sofisticação e tecnologia, com o respaldo de uma equipe de profissionais qualificados e ótimos serviços de pós-venda e assistência técnica”, disse Reynaldo Loureiro, proprietário da Marina Yachts.

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pelos mares

AZIMUT INICIA FABRICAÇÃO DE NOVO BARCO A Azimut Yachts do Brasil inicia a fabricação de um iate de coleção inédita no país. A esportiva Azimut Verve 40 terá pouco mais de 12,5 m de comprimento e 3,8 de largura, se destacando pelo desempenho obtido por três motores de popa Mercury de 350 hp cada, que proporcionará velocidade máxima de 48 nós. O deck principal é aberto com espaços privilegiados para aproveitar os passeios diurnos. A proa apresenta dois sunpads e a popa foi estrategicamente desenvolvida para gerar total funcionalidade, com áreas para lazer e banhos de sol, refeições e espaço

LANÇAMENTOS FIBRAFORT A Fibrafort iniciou o ano de 2016 com dois novos lançamentos para o mercado nacional. Focker 265 FX, uma embarcação voltada para a prática de diversas modalidades esportivas, além dos passeios com a família e amigos. O barco possui proa aberta, targa específica em aço inox com suporte para as pranchas e pode ser utilizada na prática de wake surf, wake board, wake skate, sky e bóia como opcionais, alto falantes e compatibilidade com flaps para estas atividades. O modelo é um dos primeiros a ser desenvolvido inteiramente no Brasil. A lancha foi fabricada com assessoria da Porsche Consulting. A outra novidade é a Focker 330 GT, que possui espaço gourmet integrado à plataforma de popa, com churrasqueira de embutir, pia com torneira rebatível, tábua de corte, entre outros itens. Com 1,80 metro de altura e mais de 10 metros de comprimento, a Focker 330 GT acomoda 12 pessoas para passeios durante o dia e quatro pessoas para pernoite.

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gourmet com grill, cooktop, pia, geladeira embutida e armários para armazenamento. Os espaços inferiores apresentam cabine, banheiro e living. Madeiras, tecidos, couro e outros itens compõem o mobiliário e acabamento de alto padrão. O estaleiro confirmou a produção de 12 unidades do modelo para este ano, que devem ser lançadas no segundo semestre. Para isso, a fábrica passou por um processo de reestruturação e tem planos de expansão de sua área para os próximos anos.



pelos mares

NOVA FERRETTI YACHT 850 A Ferretti apresentou o projeto da nova embarcação Yacht 850. O barco é um resultado da colaboração entre o estaleiro e o estúdio de design Zuccon (responsável pelo design exterior) e será apresentado em setembro, durante o Boat Show de Cannes. As duas janelas trapezoidais no costado, com vigias integradas, maximizam a entrada de luz natural e oferecem vistas magníficas do interior. Este elemento específico se tornará a característica exclusiva para os maiores iates da marca e diferencia dos novos

modelos abaixo dos 80 pés, que contarão com três janelas separadas. O perfil é completado pelo flybridge com hardtop opcional sobre o posto de comando. A Ferretti Yachts 850 será equipada com motores MAN, em duas opções: dois V12 com 1.775 hp ou dois V12 com 1.873 hp.

GUIA VIRTUAL PARA MOTORES MAN A MAN lançou o Motor Yacht MAN Engine Guide, um aplicativo que mostra tudo sobre a mais recente gama de propulsores a diesel para uso em iates e barcos de pesca. O aplicativo permite acessar todas as informações técnicas, dimensões, potências e curvas de torque, assim como os dados de consumo. O guia é destinado principalmente a estaleiros e dealers que necessitam de acesso constante às informações mais recentes sobre os modelos. Além disso, alguns clientes da MAN também recebem acesso direto aos dados específicos de potência ideal para um tipo de embarcação, através de um login do dealer. Também é possível visualizar os serviços disponíveis em cada país em que a MAN atua, com endereço completo da assistência técnica, e encontrar informações detalhadas sobre ofertas de garantia O aplicativo também oferece a função adicional de um motor 3D. Com download gratuito, o aplicativo está disponível para iOS e Android.

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pelos mares boat international brasil

Leia na Boat International Brasil A edição 21 da revista dos superiates traz barcos para todos os tipos de público: aquele que gosta de luxo, o que prefere esportividade e outro que não deixa de lado o clássico. Destacamos três. Confira!

Boat International Brasil #21, nas melhores revistarias do Brasil.

OKTO > A reportagem principal é o superiate Okto, do estaleiro italiano ISA Yachts. O imponente modelo de 66 metros de comprimento se destaca, além de todo o luxo e soluções trazidos a bordo, por ser extremamente silencioso quando navega. Claro que sua piscina de 6,5 m na popa não passa despercebida.

FLORIDA 88 > Não é um superiate, mas o barco da Riva se tornou o novo sonho de consumo entre os modelos de sua faixa de tamanho (26 metros). O projeto uniu tecnologia, desempenho, estilo e inovação, com decoração inspirada nas clássicas embarcações do estaleiro.

ATALANTE > O veleiro faz parte do seleto grupo “Truly Classic” que o estúdio holandês de design Andre Hoek projetou nos anos 1980 cujo desenho é inspirado em embarcações criadas na primeira metade do século 20. Acima da linha d’água estão beleza e elegância. Abaixo, a modernidade.

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pelos mares design

Como serão os barcos do futuro Os dois modelos dessa edição que estarão nas águas em um futuro próximo se caracterizam pelo design arrojado e por atingirem grandes velocidades.

AEROBOAT Inspirado pelo Spitfire, avião britânico de combate da Segunda Guerra Mundial, o Aeroboat de 48 pés terá um motor Rolls-Royce Merlin V12 que pode garantir mais de 1.500 hp de potência, gerando uma velocidade máxima de incríveis 75 nós (também graças à construção leve em fibra de carbono e kevlar). O cockpit pode ser projetado para o gosto do proprietário, com capacidade de quatro a sete pessoas. Os assentos da frente têm design inspirado no trem de pouso da aeronave inglesa. Projetado pelo estúdio Claydon Reeves, com arquitetura naval de Laurent Giles, o estaleiro Green Marine será o responsável pela produção, que estará limitada a dez modelos.

G35 O recém inaugurado estaleiro croata, Gevera Boats, revelou seu primeiro conceito de embarcação. O tender G35 possui estrutura em fibra de carbono que ajuda a manter o peso baixo, com menos de 4.300 kg, enquanto a proa é em alumínio, de onde nascem traços que esculpem através do costado. Outras características incluem um solário na popa, deck em teca e grandes escapes expostos. Seus criadores afirmam que cada modelo Gevera tem que ser imediatamente reconhecido como tal, e o design de estilo agressivo certamente garante isso. O barco virá equipado com um motor de rabeta, Cummins QSB 6.7, disponível com potência entre 480 e 550 hp, o suficiente para garantir uma velocidade de mais de 45 nós.

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“Vamos continuar fabricando os maiores barcos do Brasil” É o que cravou Manoel Chaves, presidente do MCP Yachts. Especializado em barcos com casco de alumínio, o estaleiro tem em seu portfólio modelos de 76 a 140 pés (este, o maior iate construído na América do Sul). E agora está pronto para produzir o primeiro veleiro

O

estaleiro paulista MCP Yachts tem mais de 36 anos de existência e se consagrou como o fabricante dos maiores iates em alumínio construídos na América do Sul. Ao todo, são mais de 250 projetos, entre embarcações de lazer e comerciais. Agora, a empresa também entrou no segmento de vela, lançando uma nova divisão dedicada aos modelos, que também serão construídos em alumínio. O primeiro casco da série foi chamado de “Silver Bullet” (Bala de Prata) e terá 100 pés de comprimento, com trabalhos já iniciados. “Antigamente, ao falar de um veleiro deste

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porte, já se imaginava 30 pessoas no deck para manusear velas, fazer contrapeso etc. Hoje em dia, você praticamente veleja sozinho. Então, esse critério mudou”, disse Manoel Chaves, presidente do estaleiro. À frente do estaleiro, Manoel tem planos para retomar a exportação dos modelos para Estados Unidos e Europa, seguindo uma linha bem definida para superar o momento econômico pelo qual o país passa, além de lançar em breve novas embarcações customizadas para outras faixas de tamanho. Confira nossa entrevista com o empresário.


Atualmente vocês entregaram o casco de número 90 do estaleiro. Como você analisa o momento de mercado da empresa? A economia afeta o nosso trabalho como o de qualquer outro estaleiro. Tivemos um passado muito bom de exportação. Agora, nos próximos 10 anos, a meu ver, o Brasil terá que se tornar novamente um país exportador de produtos de alto valor agregado.

Onde estão esses barcos, pelo mundo? Temos lanchas de patrulha fornecidas para a Marinha do Brasil, rebocadores, projetos de ferryboats, lanchas de 36 metros de alta velocidade operando na Petrobras etc. Temos nossos iates navegando nos Estados Unidos, Europa, Austrália, Caribe e, obviamente, vários na costa brasileira. Nosso relacionamento com o cliente é muito bom. Os barcos têm uma plataforma concebida com o objetivo de ser “trouble free” (sem preocupação). Os equipamentos que precisam ser importados, de fato os são. Temos vocação e alta qualidade, agregando os equipamentos e produtos do que existe de melhor do mercado internacional.

A MCP, por ter feito um nome fora do país, tem algum tipo de parceria com estaleiros ou outras empresas? Tivemos parceria com várias empresas mundiais de brokerage de grandes iates: na Europa, com sede em Mônaco, pela Moravia Yachts; nos Estados Unidos pela Bradford e Merryl Stevens. Várias vendas aconteceram nesses mercados. Agora voltamos com toda força em parceria exclusiva com a Fraser Yachts, com escritórios em todos países do mundo náutico. As vendas na America Central e América do Sul fazemos diretamente com nossos clientes e seus corretores, ou com a Fraser, sem exclusividade.

Poderíamos vender um número maior de barcos, mas é difícil convencer o mercado que são exemplares distintos e, por isso, tem preços distintos. Não vendemos nenhum modelo 76 para o mercado internacional porque lançamos este projeto quando o dólar já estava defasado. Hoje, nosso Classic 76 é altamente competitivo no mercado de fora e fará parte do hall de barcos que queremos vender nessa nova fase de parcerias.

Por que a MCP decidiu iniciar um projeto de um veleiro de grande porte? O objetivo é buscar um segundo mercado. Barcos diferentes para pessoas diferentes; diversidade... Quem quiser ser mais naturalista consumindo quase nenhum combustível fóssil (uma das versões desse barco terá três geradores e um motor de propulsão elétrica) poderá navegar o mundo com todo conforto e alto desempenho, quase exclusivamente a vela. Acredito que no Brasil faltava alguém que mostrasse que os veleiros mudaram. Antigamente, ao falar de um veleiro de 100 pés, já se imaginava 30 pessoas no convés para manusear velas, fazer contrapeso etc. Hoje em dia, com um barco deste porte é possível dar a volta ao mundo sozinho. Então, esse critério mudou. Vários clientes vão analisar também o ponto de vista ecológico, o baixo gasto de combustível e manutenção. Se hoje estamos sozinhos no mercado brasileiro de iates acima de 90 pés, também estaremos sozinhos nessas dimensões para veleiros. E se tivermos a capacidade de produção, também vamos buscar as faixas de veleiros um pouco menores [entre 80 e 90 pés]. Nessa faixa, os veleiros importados chegam aqui com preços impossíveis de serem adquiridos.

O modelo de maior sucesso foi o Classic 76? É um modelo interessante, pois começa a formar na cabeça das pessoas a ideia da MCP. Trata-se de um barco que não é para ficar parado na marina, é para navegar. É o primeiro passo para quem quer entrar no nosso universo. Atualmente estamos desenvolvendo um projeto de 85 pés que tem muito o espírito do 76. Porém, ainda estamos em um processo de fazer as pessoas entenderem que uma embarcação de 76 pés de alumínio tem um custo de produção maior, mas oferece muito mais ao proprietário do que um modelo em fibra de vidro.

Manoel Chaves está pronto para ampliar os horizontes da MCP com novas embarcações

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pelos mares entrevista

MCP 106LE “Paradiso”

Como você vê a cultura náutica no Brasil, em relação a evolução e mentalidade do brasileiro?

Em breve, muitas lanchas na costa brasileira verão nosso “Silver Bullet 100” passando na frente com maior velocidade, maior conforto, total economia, esportividade, autonomia infinita e convivência mais direta com a natureza. Para ventos verdadeiros de 10 nós, será possível navegar a 17 nós. Adernar o barco somente quando e quanto desejado. O projeto é todo desenvolvido em cima de pontos que eram barreiras do passado.

Quando deve ficar pronto o primeiro casco? O primeiro modelo deve ficar pronto em menos de 15 meses. Estamos finalizando o projeto.

Há interessados? Temos dois clientes: um buscando um parceiro comercial e outro que quer o barco para ele mesmo. Estamos decidindo qual deles partirá na frente.

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A mudança do cliente brasileiro em relação ao mercado internacional é que, por falta de infraestrutura na costa brasileira, ele gosta de barco, mas não gosta muito de navegação. Muitas vezes tem medo de navegar em mar aberto. Por isso o “boom” que há em Angra dos Reis em relação a outras partes do país. Já o europeu é um navegador. Ele sai de um país e vai para outro, percorre 40 milhas durante o dia com a família e já está em outra marina com toda a estrutura.Com isso o brasileiro é um navegador de marina! Falta esse prazer em conquistar novos lugares, em pontos distantes. Para mudar esse conceito, precisamos de fato ter infraestrutura em vários lugares da costa.

Mudou o perfil do cliente brasileiro? Por essa infraestrutura fraca citada anteriormente, o brasileiro acaba comprando uma embarcação de fibra de vidro de 80 pés e faz a mesma coisa que fazia com um modelo de 30 pés que possuía há 40 anos. Com nossos barcos de alumínio, todos transoceânicos, em vez de mudarmos o Brasil, lançamos uma proposta de mudar os costumes. A costa brasileira é extensa e linda, diferente... O Caribe, Estados Unidos, Mediterrâneo, Mar Egeu e Adriático são maravilhosos e cada um com suas peculiaridades.


“Quem não tem familiaridade com o mar vive longe dele e não tem sucesso em longo prazo“ queles que nos solicitam”. O mercado pode ventar de todo lado, mas estou sempre muito bem ancorado. Se estivesse longe do mar, tenho certeza de que passaria por situações muito difíceis. Nossas instalações no Guarujá, SP, são comparáveis as melhores dos Estados Unidos e Europa. Temos o maior travelift da America do Sul operando diariamente com capacidade de até 150 toneladas métricas. Quem gosta do mar vive no mar ou na beira dele. Quem não tem familiaridade com o mar vive longe dele e não tem sucesso em longo prazo.

Quais são os planos da MCP para essa temporada? Atualmente, muitos estaleiros já fecharam ou estão em situação complicada. Como você analisa essa fase e como a MCP se mantém? Quando você vende uma embarcação a um cliente, essa pessoa conhece o mercado brasileiro. Você não está negociando com um aprendiz. Se ele sabe que o mercado no momento é recessivo, que você sobrevive somente da venda, fica difícil fazer um bom negócio mesmo oferecendo um bom produto. Acredito que não é seguro e profissional apoiar todo o seu negócio em apenas uma modalidade náutica. O conceito de “eu sou um estaleiro e, por isso, produzo barco”, a meu ver, é perigoso. Vimos no passado muitos estaleiros nacionais fabricarem barcos longe da beira d’água, porque o investimento e responsabilidades são menores. Os estaleiros longe da água ficam presos a um conceito de linha de montagem (fabrica o barco que precisa ser vendido em sequência). É necessária uma demanda aquecida para manter a roda girando. E em um país de oscilações, esses estaleiros precisariam buscar sustentabilidade em outros espaços. Eu considero que tenho que fabricar embarcações de alta tecnologia na área de lazer (iates e veleiros), assim como excelentes projetos de barcos de serviço. Assim, tenho dois pontos para me apoiar e enfrentar situações de crises. Além disso, tenho que estar pronto para dar suporte técnico para essas duas frentes. Com isso, tenho o tripé “fabricação de embarcações de serviço, iates de recreio e a manutenção da-

Acabamos de entregar mais um 106LE, o “Paradiso”. Por se tratar de um Limited Edition,devemos fazer mais três exemplares nos próximos anos. Na parceria com a Fraser, no âmbito internacional, estamos negociando os 106 LE, 118 e 140 Hemisphere, assim como os veleiros do projeto Silver Bullet 100. No Brasil vamos trabalhar em todos os modelos com grande ênfase nos veleiros. Nossa força de marketing nacional e internacional estará turbinada para eventos exclusivos com a participação de uma aliada muito forte na venda de aviões executivos, mostrando que no Brasil temos empresas de ponta e que causam uma excelente impressão do país para o mundo organizado.

MCP 140 Hemisphere, o maior barco da América do Sul

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Hangares 100% fechados.

Espaço para eventos

Restaurante Climatizado

Rua Francesca Sapochetti Castrucci, 805 Astúrias - Guarujá/ SP - tel: (13) 3354.3888


Requinte, Sofisticação e Segurança

Deck Bar

Culinária Internacional

Pier

Travel Lift 100 ton

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tec boat O raio-X do seu barco

NOVAS TECNOLOGIAS DO

MIAMI BOAT SHOW 2016 Confira detalhes de cada um dos lanรงamentos anunciados no Miami International Boat Show que devem chegar ao mercado brasileiro no segundo bimestre de 2016

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GARMIN

Panoptix Forward PS21-TM O Panoptix Forward PS21-TM é o novo transducer de montagem em popa, que adiciona a tecnologia FrontVü™ para prevenção de colisões à linha de sonar. O FrontVü fornece a segurança para ajudar a navegar em qualquer tipo de água, mostrando obstruções dentro de um alcance frontal de aproximadamente 90 metros, ajudando a prevenir colisões. Em conjunto com o anúncio do PS21TM, uma atualização de software gratuita também estará disponível para os existentes transducers de montagem em popa e dentro do casco PS21-TR e PS31. Compatível com os chartplotters Garmin GPSMAP® ou echoMAP® CHIRP de 7” e 9”, o FrontVü oferece ainda as tecnologias LiveVü Forward, que mostra as imagens de alvos móveis para perto ou para longe do barco, mesmo parado, em tempo real. O Panoptix Forward PS21-TM chega com preço sugerido de R$ 7.499,00.

Nautix In-View Com design versátil, o Nautix In-View é um visor “mãos livres” que aumenta a consciência situacional dos navegantes ao colocar as informações mais importantes no seu campo de visão. A tecnologia se encaixa na maior parte dos óculos de sol e exibe dados como velocidade, direção, profundidade da água, temperatura e direção do vento. Com 29,7 gramas, duração de bateria de oito horas e um design à prova de intempéries climáticas, o Nautix é construído para suportar o severo ambiente marinho. Seu estilo de montagem adaptável permite anexá-lo em qualquer uma das hastes dos óculos com um braço totalmente ajustável à peça ocular para a posição de visualização ideal. Sensor de luz ambiente integrado e visor colorido asseguram a legibilidade em todas as condições.

Série GPSMAP 8400 Este é o mais novo e poderoso display multifunção “tudo-em-um”, que oferece a maior resolução de tela do mercado. Os dispositivos estão disponíveis em telas de 17”, 22” e 24”, que possuem resolução full HD com in-plane switching (IPS) e controle multitoques. Eles fornecem desempenho, processamento de vídeo melhorado e o mais rápido redesenho de mapa oferecido pela Garmin. Com as novas predefinições de um toque para sonar, gráficos, radar, câmeras, mídia e computação digital, a série GPSMAP 8400 fornece uma interface de usuário mais intuitiva que pode ser independente ou incorporada aos controles de estação SmartMode™. O produto deve chegar ao Brasil com preços sugeridos de R$ 34.999,00 para o modelo GPSMap 8417, R$ 36.999,00 para o GPSMap 8422 e R$ 38.999,00 para o GPSMap 8424.

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tec boat

BlueChart G2 HD e BlueChart G2 Vision HD A série de produtos cartográficos para uso com chartplotters da marca acaba de ganhar melhorias. Os novos BlueChart G2 HD e BlueChart G2 Vision HD trazem cartões de memória e downloads com cobertura para o mundo todo. As melhorias incluem a introdução da exclusiva tecnologia Garmin Auto Guidance 3.0, bem como a adição de até um pé nos contornos de pesca HD, que proporcionam ainda mais detalhes para os contornos do fundo, incluindo bordas, cânions e declives acentuados. Os produtos contarão com uma apresentação gráfica sem emenda, gráficos melhorados e aprimorados de pesca, com detalhe em pântanos, canais, marinas e portos.

GHP Compact Reactor O GHP Compact Reactor™ é um piloto automático hidráulico da Garmin, ideal para barcos com menos de 30 pés e com motor de popa. O acessório minimiza muito a posição de erro, desvio de curso, o movimento do leme e o consumo de energia, proporcionando um passeio confortável. Com três configurações diferentes, é uma solução flexível que permite que os navegadores escolham os recursos que precisam e o quanto querem gastar. O GHP Reactor™ Compact é baseado na mesma tecnologia AHRS de nove eixos de estado sólido como os outros pilotos automáticos da série Reactor. A série Compact é oferecida com uma bomba de um litro, de modo que os usuários podem selecionar a configuração que melhor se adapta às suas necessidades. O Compact Reactor Starter Pack inclui os componentes básicos necessários do piloto automático para instalação e uso, junto com um chartplotter compatível, tal como a nova linha de echoMaps Chirp com NMEA 2000. Os preços ficarão entre R$ 7.999,00 e R$ 13.999,00.

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GMR Fantom A série GMR Fantom está disponível em matriz aberta de quatro ou seis pés, a série Fantom utiliza o processamento Doppler para detectar e destacar alvos móveis para ajudar os usuários a evitar potenciais colisões, encontrar bandos de pássaros e monitorar condições meteorológicas com um único ping. Com tecnologia de compressão de pulso, o Fantom fornece alta resolução enquanto maximiza a potência para aprimorar a detecção e identificação dos alvos. A série oferece excelente detecção em curto e longo alcance, de seis metros (20 pés) a 133,3 km (72 milhas náuticas). Graças ao recurso de alcance duplo, navegadores possuem a habilidade de ver alvos simultaneamente em curto e longo alcance, com uma sobreposição de dados de radar em cartas para um ou os dois alcances. Compatível com as séries GPSMAP 7400/7600, 8000/8200 e 8400, está disponível com preço sugerido de R$ 46.999,00 para o Fantom 4 e R$ 49.999,00 para o Fantom 6.


YAMAHA

F8 O novo F8 segue a mesma tendência de mudanças. O dois cilindros quatro tempos da Yamaha continua oferecendo os benefícios do consumo eficiente, baixo nível de ruído e baixo peso. Agora ficou um pouco melhor com as modificações na área ergonômica da peça e também ao novo design que deixa o motor semelhante aos maiores da linha. O braço de comando está com melhor grip (pegada) e mais eficiência no engate. O motor tem 212 cc e gera 8 hp a 5.500 rpm. O peso seco é de 40 kg

F 2.5 O novo motor Yamaha F 2.5 é agora certificado com três estrelas pelo California Environmental Protection Agency Air Resources Board (C.A.R.B.), maior órgão regulador de emissões e o estado com as leis mais severas nos Estados Unidos. Melhorias internas na combustão deixaram o motor mais limpo e eficiente. O F 2.5 é muito fácil de guardar, manusear e utilizar graças às mudanças de design adotadas pela Yamaha. Pode ser guardado em qualquer posição, até de ponta cabeça, devido ao sistema de prevenção de vazamento de óleo. O motor tem 72 cc e gera 2.5 hp a 5.500 rpm. Está disponível com rabeta longa ou curta.

V MAX SHO Family A família V Max SHO foi desenvolvida especialmente para o mercado de pesca e bassboats. A grande diferença desse modelo para os demais é a relação peso x potência, onde os pescadores precisam de mais potência e menos peso do motor para utilizar em barcos leves e pequenos. A altura da rabeta também é proporcional à popa do barco e é desenvolvida com 20 e 25 polegadas. Pensando nisso a Yamaha adicionou três modelos à linha V Max, com 115 e 175 hp, além do 250 hp rabeta extra longa com 25 polegadas. Os motores ainda não têm data para chegar ao Brasil. Aqui são comercializados os modelos de 150, 200 e 250 hp rabeta longa.

F150 De acordo com a empresa, o F 150 é o motor mais popular de todos os tempos. Com 16 válvulas e design atraente, ganhou seguidores pelo mundo.A mudança mais significativa foi a substituição da caixa de engrenagem que tinha seis dentes por uma mais dura com oito dentes, para trocas mais macias e maior durabilidade. Outro ponto que merece atenção é a compatibilidade com o VTS (Yamaha Variable Trolling Switch), que permite ao usuário alterar a rotação do barco em 50 rpm entres as faixas de potência de 650 a 900 rpm, utilizando o Yamaha Command Link. O motor tem 2.670 cc e gera 150 hp a 5.500 rpm. O peso seco é de 17 kg.

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tec boat

MERCURY

Active Trim A Mercury lançou o novo sistema Active Trim, que permite ao usuário pilotar sem se preocupar com o ângulo do motor, ou trimar o barco, como é conhecido. Desenhado para iniciantes até profissionais, o sistema simplifica a operação e isso gera mais rendimento do motor e menor consumo de combustível. A diferença do novo Active Trim está no uso do exclusivo sistema de GPS, que ao invés de usar apenas a rotação do motor para controlar o ângulo, faz o uso simultâneo do GPS com o rpm do barco, sendo possível até controlar o trim automaticamente em curvas mais acentuadas. Caso você opte por não deixar essa operação na mão de uma máquina, o Active Trim também pode ser programado com até cinco opções de comando e é aplicado em qualquer barco com motores de popa de 40 a 400 hp com o SmartCraft instalado e motores Mercruiser centrorabeta também com o Smart Craft instalado.

115 HP Pro XS Montado sobre a mesma base dos motores 115, o novo Pro XS entrega melhor performance. O fato é que ele é sete quilos mais leve que o motor convencional e oito quilos mais leve que o 115 hp da concorrência. Adicionando um deslocamento de 2,1 litros maior do que outros modelos de igual potência, o Pro XS está entre os tops do mercado. Nos testes, a velocidade final foi 3 mph mais rápida que o modelo convencional. A aceleração também ganhou novos números e ficou um segundo mais rápido que o 115 e, com a possibilidade de instalar hélices de passo menor, a aceleração de 0-20 mph ficou dois segundos mais rápida que a versão anterior. Esse ganho de velocidade se deve ao fato de que o RPM do motor foi aumentado e pode chegar até 6.300 rotações. E o mais expressivo item adicionado ao conjunto é o Idle-Charge ou carga ociosa, traduzindo ao pé da letra. Esse sistema prove até 48% mais carga na bateria, que até então era desperdiçada.

Joystick Poucas inovações tecnológicas garantem aos proprietários de barco mais segurança na hora de chegar na marina ou docar o barco e, pensando nisso, a Mercury apresentou o novo Joystick totalmente redesenhado e com outros recursos que podem ser utilizados em motores de popa, Axius a gasolina, rabeta a diesel e os Pods Zeus. Ocorreram mudanças significativas do primeiro modelo para o atual, tais como a funcionalidade integrada (Precision Pilot Pad) que torna a operação do joystick ainda mais intuitiva; novo indicador de modo (Rota, direção e Skyhook); mudanças de rota de 1 até 10 graus; novas luzes de led que identificam o modo que o joystick se encontra e nova caixa de direção eletrônica, que substitui a anterior e elimina um circuito de 20 Amp do barco.

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SIMRAD App Hooked

Vessel View 502 e 702 O Vessel view 502 tem uma tela de 5 polegadas (16:9 HD) touchscreen, com a interface sem botões. Mas para os que não confiam 100% na tela, tem um opcional com botão de girar e demais botões para controlar a unidade. Podem ser visualizadas informações de até quatro motores de popa ao mesmo tempo. O 502 é capaz de interagir com sonar com CHIRP, DownScan e cartas náuticas (opcional e deve ser comprada de acordo coma região de uso). O modelo está equipado com entrada para cartão Micro SD e vem com antena de GPS de 10Hz, Wi-fi, Bluetooth e habilitado para o sistema de nuvem da GoFree. Já o 702 tem tela de 7 polegadas (16:9 HD) touchscreen incorporada a um teclado e um controle com botão de girar. Também é possível ter os dados de até quatro motores e a unidade vem com duas entradas de vídeo e espaço para cartão Micro SD. A conexão Ethernet permite a comunicação com radar, sonar e carta náutica. Ambas unidades são compatíveis com entrada NMEA 200 e AIS.

Com o lançamento do app gratuito GoFree Hooked, a pescaria ficou mais emocionante. Usando o celular para catalogar regiões e tirar fotos de peixes pescados, além de participar de torneios online abertos contra competidores do mundo inteiro ou apenas seus amigos. O app permite que você, utilizando o Insight Genesis, marque os locais que desejar ou aqueles que batem mais peixe. Esses pontos de interesse podem ser exportados mais tarde para serem usados com um GPS compatível com a tecnologia. Essa integração entre plataformas Lowrance e Simrad é a primeira disponível para os usuários da marca. O Hooked não tira apenas fotos de peixes no local, mas também tem integração de celular com GPS e carta náutica.

Simrad GO5 XSE O mercado pediu, a Simrad acatou e assim foi lançado o GO5 XSE com chartplotter e display multifunção. O aparelho é ideal para barcos até 30 pés tirarem mais proveito das tecnologias atuais disponíveis no mercado. Além de ser um navegador, ele é um display que pode controlar o sistema de som, monitorar os dados do motor e muito mais utilizando uma saída NMEA 2000. É compatível com a última tecnologia da Simrad, tais como o FowardScan, para os pescadores, o Boradband Sounder com sonar CHIRP, StructureScan, SideScan e DowScan Imaging. Vem com Wi-Fi integrado e pode receber até radar. A tela touchscreen tem 5 polegadas.

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tec boat

VOLVO PENTA Glass Cockpit O lançamento da Volvo Penta no salão náutico foi a nova geração do Glass Cockpit. O sistema foi apresentado pela primeira vez em 2013 e agora está disponível para uso em displays multifuncionais das séries 7600 e 8600 da Garmin. O novo Glass Cockpit traz layouts personalizados (que é possível decidir quando, onde e qual informação é apresentada), telas entre 7 e 24 polegadas, integração de todas as funções, entre outras características. Ao personalizar informações sobre layouts e ligando-os ao controle e joystick, pode-se pressionar um botão e trazer a visão da câmera na popa (de ancoragem) para o visor. O design “all-in-one” elimina a necessidade de caixas pretas, monitores extras e antenas externas. O sistema pode acessar todos os recursos da rede Garmin, incluindo radar, sonar, chartplotter, mapas 3D, tabelas de marés, instrumentos, sensores de comutação digital, câmeras térmicas, GRID etc.

RAYMARINE

Linha ES A nova série ES oferece displays de 7, 9 e 12 polegadas com a mais recente tecnologia da Raymarine. As telas podem ser montadas com suporte externo ou integrado ao painel da embarcação. Oferece maior nitidez, contraste e agora com o “pinch to zoom”, semelhante ao que fazemos nos smartphones hoje em dia para dar zoom em imagens. Os aparelhos podem ser integrados com as opções de carta disponíveis como C-Map, Navionics e Raymarine Lighhouse. São compatíveis com o sonar DownVision, já tem a opção de vídeo integrado para câmeras a bordo, conectividade com o sistema Thermal Night Vision, piloto automático, informações do motor e digital switching, que controla o barco inteiro na tela do aparelho. Os modelos estarão disponíveis no segundo semestre deste ano.

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Quantum Radar A Raymarine não ficou pra trás com relação aos novos radares de estado sólido. O Quantum Radar by Flir é a nova geração de radares marítimos que utilizam a tecnologia CHIRP. Estabelecendo um novo padrão para o radar compacto em estado sólido, Quantum fornece imagens de radar superiores em faixas longas e curtas. O projeto é leve, tem uso eficiente de energia, conta com Wi-Fi integrado e instalação simplificada, além de fornecer emissões seguras de radiação e consumo reduzido de energia. A instalação é simples e não precisa mais de fios. As imagens são mais nítidas graças ao uso da tecnologia exclusiva Flir ATX, que separa o que é barco, terra, pedra, boias e células climáticas. O pulso atinge até 24 milhas náuticas.


©2015 Garmin Ltd. or its subsidiaries

Panoptix Sonar Que Tudo Vê

©2016 Garmin Ltd. ou suas subsidiárias

LiveVü™ Forward

RealVü™ 3D Forward

Só vendo para crer. O sonar mais original na água. Apenas Panoptix™, o sonar que tudo vê, permite a você ver tudo o que está ao redor do seu barco em tempo real, mesmo com a embarcação parada. Com o ângulo RealVü™ Forward do transducer Panoptix™ frontal, é possível ver peixes na coluna d’água em 3D. Já o ângulo LiveVü™ Forward fornece imagens como um “vídeo ao vivo”, permitindo ver sua isca cair na água e o movimento dela recolhida e visualizar os peixes em frente e embaixo da embarcação. Mas para apreciar o Panoptix™ de verdade, é preciso ver com seus próprios olhos.

/GarminBrasil

Veja em ação em www.sites.garmin.com/pt-BR/panoptix.

Panoptix™


tec boat limpeza

CUIDANDO

DA EMBARCAÇÃO Conservar o lado externo do barco é muito importante para sua durabilidade. Confira as dicas simples e eficientes para mantê-lo sempre impecável NA EDIÇÃO 59 da Revista Boat Shopping, trouxemos o passo a passo para realizar a limpeza da parte interna da embarcação. Para o trabalho ficar completo, mostramos a seguir como deixar a parte externa sempre limpa. Ao lavar a embarcação no seco (na carreta do pátio da marina) ou na água sempre utilize produtos biodegradáveis e neu-

Flybridge

Caso seu barco possua flybridge, sempre inicie a limpeza por ele, descendo em direção ao costado. Lave-o por completo (piso, estofados e capota) com o Lava Lancha, mas evite jogar muita água nos estofados.

ZA E P M LI NA R E T EX

tros, para não contaminar o solo e poluir as águas. Dê preferência por produtos específicos náuticos e ecoeficientes. Organização na tarefa minimiza o tempo e aumenta a qualidade da limpeza externa, além de economizar produtos e água. Para o enxágue, use a água de forma responsável e consciente e, na ponta da mangueira, utilize um esguicho (economizando até 80% de água).

Vidros

Para-brisa, vigias e gaiutas, lave com Lava Lancha e, após secálos, aplique o Glass Protector. O produto cria uma película e evita manchas de sal e escorridos.

Piso de madeira

Pode ser lavado com o Limpa Teka, mas se o piso estiver com a cor muito escura, recomenda-se usar o Restaurador de Teka.

Dica: para convés em teca, lavar com água limpa do mar. Isso deixa a madeira saudável e durável.

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Proteção do Costado

Costado

Use o Lava Lancha e, em seguida, enxágue. Aplique o Limpa Costado (Hull Finish), esse produto contém PTFE* que ajuda a impermeabilizar o costado, diminuindo a aderência de sujeira e protegendo dos raios solares. Seque com uma flanela de micro fibra, que não solta fiapos. Se o costado estiver amarelado, primeiro lave-o com o Limpa Costado, que devolve o branco original da embarcação, e depois aplique uma Cera Náutica liquida ou em pasta, que contenha PTFE*. Por último, passe o Brilho Rápido.

Acessórios

A utilização dos acessórios de limpeza gera ganho de tempo e a qualidade das tarefas. Geralmente, os acessórios náuticos de limpeza têm uma durabilidade maior e existe um modelo específico para cada tarefa.

O gelcoat do costado é a pele da embarcação e deve ser protegida a fim de evitar seu envelhecimento e diminuição do brilho. A cada três meses encere o barco utilizando cera náutica que possua PTFE* e protetor UV na composição. Evite o uso de cera convencional, pois sai muito fácil na água.

Dobradiças e articulações Aplique Silicone Náutico nos zíperes das capotas. Isso evita acúmulo de sal e travamento. Também é fundamental utilizá-lo em todo tipo de dobradiças, fechos e articulações, pois evita travamento e corrosão pela água salgada. Repita a operação a cada três meses.

Outras partes

Para a caixa de âncora, âncora, corrente e cabos, sempre lave com água doce. Por todo o convés (inclusive ferragens, guarda mancebo e escadas em inox), utilize o Lava Lancha.

*PTFE é um polímero adicionado à cera e funciona como um impermeabilizante e antiaderente em ambientes úmidos

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boat teste Cimitarra 360 HT

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Cimitarra 360 HT

O novo barco de entrada da marca

A CIMITARRA CONTINUA INOVANDO EM SUA LINHA DE PRODUTOS, QUE REPRESENTA A NOVA FASE DA EMPRESA. EM BUSCA DE MAIS QUALIDADE E VALOR AGREGADO À MARCA, O ESTALEIRO GAÚCHO SUBSTITUIU O MODELO DE 34 PÉS POR UM DE 36 PÉS, QUE SE TORNOU O NOVO BARCO DE ENTRADA Por Caio Ambrosio Fotos Caio Ambrosio e Kadu Abreu

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boat teste Cimitarra 360 HT

L

ançada no final do ano passado, a 360 HT apresenta boas soluções e muito espaço interno, característica já conhecida dos barcos da Cimitarra. Esse modelo é realmente novo, e não apenas uma plataforma de popa maior. Isso é comprovado pelo cockpit bem distribuído e diferentes áreas de convivência a bordo. A plataforma de popa aumentou e nela foram instalados três paióis embaixo do espaço gourmet (o estaleiro oferece duas opções para essa área: solário de popa ou espaço gourmet, que veio em 100% dos barcos vendidos). Esse módulo pode vir equipado com geleira ou churrasqueira elétrica e ser utilizado com uma tábua de

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apoio para aqueles que optam por colocar a tradicional churrasqueira a carvão na plataforma de popa. A praça de popa está maior na nova versão e tem um acesso (tampa de inspeção) para o motor, além do acionamento hidráulico. A bombordo foi instalado um módulo (de série) com opção para receber uma pia e um cocktop. A nova versão tem passadiço lateral, desta forma, não existe mais o acesso à proa pelo para-brisa. Porém, a passagem é um pouco apertada e o pega-mão ajuda na transição das áreas. O cockpit está maior, com mais volume interno e mais boca. Ele pode ser fechado com uma porta de vidro na versão HT. Ao

O novo layout do cockpit permite receber o fechamento com porta de vidro


O barco cresceu em volume e boca. Ao todo são quatro modelos disponíveis da nova 360

todo são quatro versões: Targa, Soft, HT e uma opção com o comando em cima, criando um mini fly. Na versão Soft, a abertura do teto é maior (3/4), enquanto na HT ele abre metade. O layout, em ambas, é único, com duas mesas em teca, uma na popa e outra no cockpit, que também pode ser utilizada dentro da cabine. O posto de comando tem assento para duas pessoas, mostradores do motor, medidor de combustível, GPS (A67 Raymarine), VHF e farol de busca com controle remoto, bússola e buzina. O painel não sofreu alteração no design, apenas uma modificação na ergonomia da área e a posição de pilotagem, ampliando o campo de visão. Na versão HT ou Soft, o ar condicionado vem de série e pode ser utilizado na tomada de cais da marina, basta instalar um gerador para refrescar o ambiente quando estiver na água. Na entrada da cabine há três degraus com ótimo tamanho, mas que se deve ter atenção com a cabeça, já que o ângulo não é favorável. A cabine de proa pode ser fechada ou aberta, com um sofá a meia nau com mesa, formando um pequeno lounge que se transforma em mais uma cama de casal. Na popa, outra grande cama e, agregado ao sofá em frente à cozinha, tem-se um pernoite para sete pessoas com conforto. O banheiro (1,83 m de altura) é completo de série com chuveiro, pia e sanitário elétrico.

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boat teste Cimitarra 360 HT

NÚMEROS DA NAVEGAÇÃO:

CONDIÇÕES DO TESTE Tempo: 29 graus com sol entre nuvens. Vento sem vento. Ondulação com menos de meio metro

A velocidade de cruzeiro ficou na média dos barcos dessa faixa de tamanho, mas o consumo mais uma vez comprova que a parelha de D3 com 220 hp é uma ótima opção para a 360 HT

O conjunto mostra sua eficiência e navegando na velocidade de cruzeiro econômico, atinge uma autonomia de sete horas;

ECONÔMICA

Mesmo navegando em velocidade máxima, o barco continuou apresentando bons resultados e gastando uma quantidade esperada de diesel para o conjunto.

CRUZEIRO

MÁXIMA

RPM

3200

3400

3.860

Velocidade (nós)

25,7

28,3

33,3

Consumo (litros)

58

65

94

Milhas/Litro

0,44

0,44

0,35

Litros/Milha

2,26

2,30

2,83

Autonomia (MN)

177

174

142

Autonomia (horas)

7

6

4

10

10,24”

Ficha técnica Comprimento 11,90 m

5

15

Boca máxima 3,20 m Peso 3.900 Kg Motorização 300 a 900 HP Tanque de combustível 400 litros

20

0

Aceleração O tempo de planeio da Cimitarra 360 HT foi de 14,6 segundos. Uma boa média para um barco de 3.900 kg equipado com uma parelha de 220 hp a diesel.

Tanque de água 320 litros Velocidade de cruzeiro 28,3 nós Velocidade máxima 33,3 nós Passageiros (dia/noite) 12 / 7

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A autonomia é avaliada com o tanque de combustível na sua capacidade máxima. Atenção: por segurança, os passeios devem considerar, obrigatoriamente, uma reserva de 20% da capacidade total do tanque, do ponto de partida até o próximo ponto de abastecimento. A navegação em cruzeiro econômico é a mais eficiente medição para um barco de passeio, porque considera o melhor consumo da embarcação de acordo com a proposta do seu casco e o conjunto motorização/propulsão.

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DETALHES DO BARCO:

O painel elétrico e toda a parte elétrica da 360 HT são feitos pela CS Náutica, empresa referência no mercado

A nova plataforma de popa recebeu um paiol grande para armazenar os brinquedos a bordo

O chuveiro de popa tem ótimo tamanho de mangueira

A proa tem um solário grande e o acesso agora é feito por um passadiço lateral e não mais pelo centro do barco

O módulo gourmet pode ser substituído por um solário de popa. Mas 100% dos barcos vieram com essa área

O paiol da âncora é grande e tem bastante espaço interno

O módulo vem de série, tem pia, espaço para um cocktop e geladeira (opcionais)

A instalação dos equipamentos segue o padrão de qualidade do estaleiro, que exportará para o mercado americano

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boat teste Cimitarra 360 HT

A navegação da Cimitarra 360 HT não apresentou nenhuma surpresa. O casco feito por infusão mostrou-se forte e sólido. O amplo campo de visão é um dos destaques na nova embarcação

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DESEMPENHO NA PRÁTICA A Cimitarra 360 HT cumpre o que promete? Equipada com dois motores Volvo Penta D3 com 220 hp, o barco mostrou ser bem equilibrado com essa configuração, atingindo boa velocidade sem consumir muito combustível, analisando pelo seu tamanho e peso. O barco está ágil. Durante o teste foram realizadas curvas bem acentuadas e com a ausência de ondas no dia, cortamos as ondas produzidas pelo próprio barco para ver como se comportaria. Nestas condições não tivemos nenhuma surpresa. O conjunto passou muito bem pelo que foi proposto, com destaque para o amplo campo de visão que permitiu uma condução mais agressiva, sem se preocupar com o que vinha pela proa ou pelos lados.

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boat teste Cimitarra 360 HT

IMPRESSÕES AO NAVEGAR:

CONFORTO: A Cimitarra sempre foi conhecida por seu amplo espaço interno e na 360 HT não é diferente. Com capacidade para pernoite de sete pessoas e ar condicionado no cockpit, o barco oferece muito mais conforto do que a versão anterior e tem espaço para receber muito bem seus convidados.

DESEMPENHO: O conjunto testado deve ser o mais equilibrado das opções disponíveis. Não tem muita velocidade final (38,3 mph), mas compensa na economia de diesel nas médias mais baixas e isso deve agradar a maioria dos usuários. No geral, o desempenho foi satisfatório.

INOVAÇÃO: SEU BOLSO: a Cimitarra 360 HT estava equipada com uma parelha de Volvo Penta D3 com 220 hp. O modelo testado custa R$ 675.000,00 (sem gerador), mas tem opções com potência de 300 hp a partir de R$ 850.000,00.

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As quatro opções de teto (HT, Soft, Targa e comando superior com mini fly) mostram a preocupação do estaleiro em oferecer um mix de produto versátil e inovador para seus clientes. Outro detalhe é a opção do solário de popa.


ACABAMENTO: A Cimitarra evoluiu muito no acabamento interno dos barcos e na 360 HT não foi diferente. O estaleiro oferece diferentes opções de acabamento, tanto para os móveis, como estofamentos, paredes e teto.

SEGURANÇA:

PILOTAGEM: O novo modelo sofreu uma evolução na ergonomia e no campo de visão, o que deixou a posição de pilotagem muito agradável e confortável, mesmo sendo uma HT. Sentado ou em pé, você tem boa visão dos equipamentos no painel e tudo o que está a sua volta.

Todos os processos foram otimizados há alguns anos e o estaleiro oferece os melhores equipamentos disponíveis no mercado. Esse quesito não é mais uma preocupação quando falamos da Cimitarra.

CONSTRUÇÃO: O barco tem um mix de laminação, com o casco feito por infusão e outras peças laminadas a mão. O estaleiro oferece sete anos de garantia no casco, comprovando a busca constante em melhorar seus produtos.

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boat teste Cimitarra 360 HT

O MELHOR USO A Cimitarra 360 HT é um barco na medida pra você? O conceito da Cimitarra está muito bem definido no mercado náutico nacional: oferecer um ótimo custo-benefício para seus clientes. Desta forma, conseguiu conquistar uma grande fatia de mercado com os seus produtos, que hoje vão de 36 a 76 pés. A proposta da 360 HT está bem clara, trata-se de um barco de 36 pés grande, para passeios diurnos com conforto e pernoite confortável para passar o final de semana a bordo sem problemas. A lista de itens standard e a versatilidade do projeto são pontos que devem ser analisados. O mercado de 36 pés tem boas, porém, poucas opções, e isso coloca a Cimitarra em um posição confortável para oferecer seu custo-benefício nessa faixa de tamanho. O barco tem tudo para ser um grande sucesso no mercado náutico nacional e se você procura um modelo na faixa dos 36 pés, a Cimitarra 360 definitivamente deve ser analisada.

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A CONSTRUÇÃO DO VELEIRO A, O MAIOR BARCO A MOTOR ASSISTIDO POR VELAS, LEVOU DESIGN, TECNOLOGIA E CRIATIVIDADE AO EXTREMO Adaptação Caio Ambrosio Conteúdo exclusivo Boat International Brasil

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veleiro A

O

mundo assistiu em 2008 o lançamento do barco a motor “A”, construído pela Blohm+Voss, na Alemanha. Muito pouco se sabia sobre o projeto ultrassecreto de 119 metros, até que algumas fotos do casco finalizado e os primeiros testes de mar começaram a aparecer em todos os sites e revistas especializados do mundo. Com a assinatura do designer francês Philippe Starck, o iate a motor “A” adentrou em um terreno novo, quebrando muitas barreiras e criando um conceito. Agora os proprietários do fantástico iate “A”, Andrey e Aleksandra Melnichenko, estão recriando essa história mais uma vez com um projeto ainda mais inovador. Até o momento, tudo o que foi visto eram apenas fotos de paparazzi e suposições de como seria o barco, mas a Boat International obteve acesso exclusivo, sendo a única revista no mundo autorizada a publicar a história por trás de mais uma construção totalmente em segredo da família Melnichenko. Bem vindo a bordo do Veleiro A. Nada para Andrey Melnichenko é convencional. Este é um proprietário que se deleita em desafiar o status quo, adora ter novos conceitos e principalmente, novas tecnologias em seus iates. O veleiro A tem 142,81 metros de comprimento (é o maior do seu tipo e vem sendo chamado de “iate a motor assistido por velas”). Trabalhando mais uma vez com Philippe Starck, Melnichenko colocou seu time novamente junto para tirar o conceito do papel e transformá-lo em realidade. Ele escolheu Dirk Kloosterman para ser o gerente de projeto e muito conhecido no meio dos superiates. Kloosterman estava envolvido na construção do iate Rising Sun, de Larry Ellison, antes de aceitar

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NADA PARA ANDREY MELNICHENKO É CONVENCIONAL. ESTE É UM PROPRIETÁRIO QUE SE DELEITA EM DESAFIAR O STATUS QUO, ADORA TER NOVOS CONCEITOS E, PRINCIPALMENTE, NOVAS TECNOLOGIAS EM SEUS IATES.

o projeto. Entre os seus desafios, o primeiro foi encontrar um estaleiro que tivesse calado suficiente para receber um barco deste porte. Muitos aceitaram correr o risco de construir algo tão ousado, mas com a compra do estaleiro HDW, em Kiel, Alemanha, pela Nobiskrug, foi criada a oportunidade perfeita para construir o barco. “Esse estaleiro é perfeito, tem docas largas e calado de que pre-

cisamos para o projeto”, disse Kloosterman. “Em março de 2011, assinamos o contrato de pré-engenharia para começar. Estava claro para o estaleiro que queríamos o controle total da operação, inclusive de todas as empresas envolvidas na construção. O controle de custos para um iate a motor de oito andares e com a adição da vela seria um grande desafio para todos”, completou Kloosterman.


2008 67% reunião de design

maior que as velas do Falcão Maltess

Esse projeto nasceu muitos anos antes, mas não tão distante do lançamento do iate a motor “A” em 2008. Naquele ano, os proprietários convidaram oito dos melhores designers do mundo para ouvir suas ideias e criar esse conceito sem precedentes. Inicialmente, o francês Jacques Garcia foi o ganhador, mas preocupado com a direção que o desenvolvimento estava tomando, Melnichenko foi obriga-

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veleiro A

24 portas balcão

do a recorrer ao seu herói e criador do iate a motor “A”, Philippe Starck. “Estou honrado e feliz por trazer à vida o sonho de qual será o ápice de alta tecnologia e poesia para os proprietários”, disse Garcia. Desta maneira, a ideia ultrassecreta tomou forma, um barco a motor com três mastros, com potencial para velejar, construído em sua maioria em aço e incorporando compósito de fibra de carbono para manter o peso baixo. Acompanhando a proa alta, as linhas sobem em direção à popa e terminam descendo em três lances distintos. Elas parecem não ter interrupções ou não mostrar qualquer equipamento no deck principal (âncora, janelas que viram terraços etc), mas acredite, eles estão lá escondidos de uma

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forma muito inteligente. Espantosamente, são 24 portas que se abrem no casco. As janelas ovais aparentam ser pequenas a certa distância, mas todas tem um efeito específico e são imensas quando vistas por dentro. Durante nossa visita, muitos testes eram realizados no barco, mas um chamou a atenção: uma película era instalada nas janelas para dar maior privacidade aos convidados e deixar tudo da mesma cor metálica feita por Alex Seal. O tamanho do novo “A” é extraordinário: além do comprimento já mencionado, são 24,88 metros de boca máxima e oito metros de calado. O barco tem oito decks interligados por múltiplos elevadores e diversas escadas em espiral, garagem para quatro tenders e um submari-

54 tripulantes

no, além de um heliponto “touch-and-go” (para pousos e decolagem) na proa. Todos os ambientes internos foram desenvolvidos para fluir e serem orgânicos nos detalhes. Embora o iate ainda estivesse em construção na época da visita, acompanhado por Vedder Deutsche Werkstatten, uma coisa não havia dúvida: o espaço interno na área do proprietário é enorme, bem como a área para os convidados e 54 pessoas da tripulação, que cuidarão de uma cozinha profissional com


"ESTOU HONRADO E FELIZ POR TRAZER À VIDA O SONHO DE QUAL SERÁ O ÁPICE DE ALTA TECNOLOGIA E POESIA PARA OS PROPRIETÁRIOS"

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veleiro A

capacidade para suprir a demanda de um hotel cinco estrelas. A equipe servirá ininterruptamente os dois decks superiores. Em contraste com o volume a bordo e todas as suas acomodações, uma sala muito pequena será o centro das atenções. Posicionada na quilha central do barco, a área envidraçada subaquática proporcionará momentos únicos. Para garantir que tudo funcione perfeitamente, o centro hidrodinâmico HSVA em Hamburgo, Alemanha, realizou diversos testes no casco e a unidade Wolfson, na Universidade de Southampton, ficou encarregada dos testes no túnel de vento para determinar a performance em diferentes condições. Esta fase do projeto revelou o comportamento do barco usando as velas, estabilizadores e performance apenas com o motor. A empresa holandesa Marin conduziu os testes finais com o leme e quilhas instalados no protótipo. Com o resultado dos testes aerodinâmicos concluídos, mostrou-se que o ângulo de inclinação será de no máximo 12 graus com 20 nós de vento, contra e 35 nós a favor.

0 12 3.747 área velica total em metros

inclinação máxima

90 NÓS

é a velocidade máxima do vento

A sala integrada a quilha com grandes janelas ovais passou por dez testes a uma profundidade de 120 metros no mar da Alemanha

OS MASTROS E O PLANO VÉLICO

Três mastros colossais sem stay definem o “A”. O principal tem uma altura de 100 metros acima da superfície da água (maior que o famoso Big Bem). Foi incorporado a ele um sistema elétrico que pode elevar uma pessoa até 60 metros do chão e com certeza será uma das melhores vistas do barco. O escritório de design alemão Dystra&Partners, responsáveis pela criação dos mastros do Falcão Maltês, foi a escolha óbvia para desenvolver o sistema no “A”. Por ser um barco a motor assistido por vela, a relação entre a área vélica e o deslocamento do barco são

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menores do que o comum. Dykstra otimizou o plano vélico com velas curvas, utilizando muitas técnicas aerodinâmicas que permitem os mastros girarem até 70 graus. Curiosamente os mastros são curvos. “Quando começamos a desenhar as velas com seu design distinto, as características dos mastros apontam para a popa e, por uma questão de estilo, queríamos

que elas ficassem perfeitamente alinhadas com as linhas do barco”, disse Mark Leslie, da Dykstra. Velas deste tamanho, precisam de enroladores capazes de lidar com tamanho peso e tem um ângulo correto de instalação. Dkystra desenhou a curva da vela para receber os enroladores para que eles funcionassem sem problemas tanto com o vento a favor, como contra.


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ônibus de dois andares podem ficar pendurados nos mastros

30

CENTÍMETROS

é a espessura do vidro da sala de observação na quilha

100 METROS

altura dos mastros acima da linha d’água

"ESTAVA CLARO PARA O ESTALEIRO QUE QUERÍAMOS O CONTROLE TOTAL DA OPERAÇÃO, INCLUSIVE DE TODAS AS EMPRESAS ENVOLVIDAS NA CONSTRUÇÃO"

A Magma Structures, com sede em Portsmouth, Inglaterra, foi a responsável em criar os mastros em fibra de carbono, pois é o único material capaz de suportar a carga e a tensão, de acordo com o especialista Damon Roberts, que acabou criando um desafio para sua equipe. “Desde que este projeto foi concebido com este tamanho, não tivemos respostas fáceis ou soluções tradicionais para o que iremos fazer”, disse. A equipe calculou a flexão na base do mastro utilizando o cálculo em cima dos números da velocidade máxima do vento contra. “A tensão que o material admite e os fatores de segu-

rança foram imprescindíveis para atender aos requisitos estruturais de projeto”, acrescentou Roberts. A carga de flexão na plataforma do mastro principal, por exemplo, é cerca de duas vezes e meia maior do que uma asa de avião Dreamliner e cerca de duas vezes que a do Falcão Maltese, que até então era o dono dos maiores mastros já construídos com essa especificação. Dito de outra forma, os mastros podem resistir a 90 nós de vento com vela aberta completamente (equivalente a um furacão de categoria 2), ou dois ônibus de dois andares pendurados a partir da ponta de cada um.

A Magma construiu os mastros de forma convencional com molde e contra molde usando um laminado de fibra de carbono e epoxy. Cada um deles foi fabricado em quatro grandes sessões, utilizando 370 camadas de carbono. Para ter a forma correta, a empresa desenvolveu um software para monitorar e controlar a secagem três vezes ao dia e também incorporou uma rede de sensores de fibra ótica, realizando em tempo real o monitoramento de segurança, histórico de flexão, condições reais dos mastros e para aumentar a performance durante a velejada. VELAS E RETRANCA

A área vélica total do barco é de 3.747 metros quadrados ou o equivalente a um campo de futebol, e é 67% maior do que a do Falcão Maltess (2.370 metros quadrados). Ao invés de utilizar diversas velas pequenas, o “A” utiliza uma peça úni-

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veleiro A

ca de 1,464 metros quadrados que enrola dentro da retranca com um simples apertar de um botão, não é necessário tripulação para realizar essa operação. O comprimento total de fibra utilizado na vela é de 754 milhas. As velas foram concebidas pela Doyle Sails USA e combinam carbono com fibra Technora, cobertas com taffeta (seda fina brilhante e tecido sintético) para proteger dos raios UV.O truque foi determinar as cargas de compressão nas ripas e, em seguida, projetar uma extremidade interna suave capaz de enrolar de forma confiável, mas ao mesmo tempo lidar com o impulso para a frente das ripas sem rasgar. A TECNOLOGIA DOS VIDROS

A alemã GL Yachtverglasung (GLY) desenvolveu os vidros, incluindo a mais longa peça curvada já construída, pesando 1,8 toneladas e medindo 15 metros. “O designer queria criar um visual mais limpo possível, sem nada segurando o vidro. O único jeito era criar as grades de sustentação de vidro”, disse Kloosterman.

Outros dois vidros enormes são encontrados no sétimo deck, com 11 metros de comprimento, e para frente do convés do proprietário, com 14 metros de comprimento. A GLY também foi responsável pelos três vidros elípticos que formam um observatório na quilha do barco. Usando uma técnica especial (GLY MarineCobond), criou-se camadas durante a laminação e, assim, reduziu a espessura do vidro e o peso em até 50% em comparação aos vidros tradicionais. Mas isso não era o suficiente. O gerente de projeto exigiu que ao menos dez testes fossem feitos e a equipe se dirigiu para um local com 120 metros de profundidade na Alemanha e mergulhou a cápsula até o fundo para atingir diferentes pressões. Foi aprovada sem nenhum susto.

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O par de hélices é impulsionado por motores MTU 20V 4000 ML73 a diesel, por motores elétricos ou uma combinação dos dois

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designers concorreram no projeto

PROPULSÃO

Uma das partes mais importantes do design era manter o peso total o mais baixo possível e escolha da propulsão era um ponto importante. Para atingir esse objetivo e, principalmente, as velocidades de 16 nós em cruzeiro e 21 em velocidade máxima em silêncio, a solução veio de um sistema nunca instalado em um barco de passeio: uma combinação de um sistema personalizado a diesel/elétrico. Construídos com o conceito básico de barcos fluviais, a E-MS em Hamburgo desenvolveu o sistema e a MTU em parceria com Vacon e DEIF levaram isso adiante. Foram utilizados geradores de velocidade variável. Isto significa que pode-se tirar mais energia do gerador, pois a rotação máxima

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geradores de 2.800kW

110 METROS

de corrente de âncora


O SISTEMA CONTROLADOR DE SOBREPOSIÇÃO CALCULA CONSTANTEMENTE E OTIMIZA A VELOCIDADE, DETERMINANDO A MELHOR COMBINAÇÃO PARA A LINHA DE GERADORES

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tripulação é necessária para manusear as velas

754 MILHAS

de fibra de carbono foram utilizadas no mastro principal

60 METROS

é a altura que você pode subir no mastro

de 2.050 rpm é atingida, gerando 2.800 kW. “A vantagem é que ao invés de utilizar cinco geradores, usamos quatro e poupamos muito peso, custo, instalação, operação e manutenção. Os geradores também podem trabalhar a 1.050 rpm quando o barco estiver menos carregado, graças ao Superimposed System Controler (SSC), ou na tradução livre, Sistema Controlador de Sobreposição, que calcula constantemente e otimiza as velocidade, determinando a melhor combinação para a linha de geradores”,

detalhou Kloosterman. “Por exemplo, o SSC pode calcular que a uma certa carga, pode ser mais eficiente utilizar dois geradores a 1.200 rpm ao invés de um a 2.050 rpm. Combinando os dois em baixas velocidades de rotação, podemos reduzir barulho, vibração, consumo de combustível e o tempo de uso do equipamento, aumentando o período de manutenção de cada um de 15 mil para 30 mil horas”, completou Kloosterman. O par de hélices é impulsionado por motores MTU 20V 4000 ML73

a diesel, por motores elétricos ou uma combinação dos dois feita por embreagens e caixas de velocidade. O mesmo propulsor elétrico também pode ser utilizado como gerador de velocidades nos eixos, reduzindo o consumo quando o barco navegar com o uso dos motores principais. “Temos uma grande variedade de propulsão embarcada que é alterada conforme o uso do barco. Os sistemas são bem flexíveis e eu acredito que esse será o futuro da navegação”, finalizou Kloosterman.

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Azimut - 105 pés | 32M | 2012 | 5 cabines | 10 convidados pernoite | 5 tripulantes US$58.300,00 por semana | Disponível: Ilhas Virgens Britânicas

Benetti - 115 pés | 35M | 2013/2015 | 4 cabines | 9 convidados pernoite | 6 tripulantes US$79.500,00 por semana | Disponível: Miami e Bahamas

Ferretti - 101 pés | 30.9M | 2002/2015 | 5 cabines | 12 convidados pernoite | 5 tripulantes €58.300,00 por semana | Disponível: Croácia e Montenegro


São Paulo | Rio de Janeiro | Angra dos Reis | Paraty | Florianópolis Miami | Bahamas | Belize | Ilhas Virgens Britânicas | St. Maarten | St. Barts Cotê d’Azur | Ibiza | Mallorca | Sardenha | Sicília | Turquia | Grécia | Croácia Ilhas Maurício | Seychelles | Indonésia | Tailândia | Austrália | Nova Zelândia Polinésia Francesa | Galápagos

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Fountaine Pajot - 67 pés | 20M | 2014 | 4 cabines | 8 convidados pernoite | 3 tripulantes US$30.422,00 por semana | Disponível: Ilhas Virgens Britânicas, St. Maarten e St. Barts

Alia Yachts - 135 pés | 41M | 2016 | 5 cabines | 10 convidados pernoite | 9 tripulantes €154.000,00 por semana | Disponível no Sul da França: Cotê d’Azur

Pichiotti - 124 pés | 38M | 2012 | 6 cabines | 12 convidados pernoite | 5 tripulantes US$150.000,00 por semana | Disponível: Galápagos


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Azimut 66 Fly Made in Italy DESIGN, TECNOLOGIA E ALMA ITALIANA ESTÃO EM DESTAQUE NO NOVO IATE DA AZIMUT. A LINHA FLYBRIDGE FOI AMPLIADA COM O MODELO DE 66 PÉS, LANÇADA NO INÍCIO DO ANO www.boatshopping.com.br BOATSHOPPING

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azimut 66

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Azimut Yachts apresentou no final de janeiro a nova integrante da família Flybridge. A Azimut 66 teve lançamento mundial durante o Düsseldorf International Boat Show e já integra a gama de modelos do estaleiro italiano. O iate é um culminar de três anos de trabalho em sua gama Flybridge reestilizada, que começando com a Azimut 80 em 2013, prosseguiu com a Azimut 50 em 2014 e mais recentemente, o Azimut 72, que foi lançada no Cannes Yachting Festival do ano passado. Esta linhagem pode ser vista através do ousado estilo exterior do designer Stefano Righini, com vidros espelhados nas laterais e saliências que se sobressaem a partir da linha de prumo. Enquanto isso, o design interior ficou sob responsabilidade de Carlo Galeazzi, que tem centrado a sua atenção na maximização do espaço a bordo. O ponto de partida obviamente é o flybridge, com 28

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m2 e três áreas diferentes de entretenimento: ao lado do posto de comando uma pequena dinete pode ser transformada em uma área para banhos de sol. No centro, em frente ao bar, a sala de jantar com mesa para até oito pessoas, enquanto a parte de trás pode ser personalizada com sofás e solários. Em seguida, vem o layout com quatro cabines (sendo três suítes) e a nova área de bar posicionada à frente da cozinha (ideal para um lanche rápido ou acompanhar o piloto durante a navegação). O barco possui alma tecnológica, com soluções inspiradas no mundo da automação residencial e do setor automotivo, adaptadas para as necessidades do segmento de embarcações de recreio. É por isso que a fibra de carbono foi usada pela primeira vez para aumentar o conforto a bordo, permitindo que o volume fosse maior, o peso menor e mantendo uma excelente estabilidade dinâmica.

Tecnologia a bordo A Azimut 66 possui soluções inspiradas no mundo da automação automotiva e residencial


CORAÇÃO TECNOLÓGICO

Confortável salão possui dois sofás, grandes janelas e televisão retrátil de 55 polegadas

Tudo que você precisar para comandar o barco poderá ser feito com a ponta dos dedos. A cereja do bolo é o seu sistema de direção hidráulica-eletrônica, o primeiro a ser instalado em um barco desta classe em qualquer lugar do mundo, com funções de controle que pode ser personalizadas pelo proprietário (regulando o esterce e a força da direção de acordo com a velocidade e estilo de pilotagem). O sistema de monitoramento Raymarine integrado foi customizado, a fim de fornecer interfaces com o máximo de sistemas de bordo possível: dados dos motores, bombas de esgoto, níveis dos tanques e descarga de bombas de ventilação, passando por sistema de som e o regulagem de ar condicionado. Essas funções podem ser acessadas a partir de ambos os postos de comando ( fly ou cockpit) e remotamente por tablet. Outras soluções emprestadas de automação doméstica incluem a possibilidade de adicionar mais privacidade entre a cozinha e sala de estar, com uma divisória de cristal que pode ser escurecida eletricamente, e outros controles de iluminação do salão, como luzes LED que estão atrás das cortinas. Salão, esse, que está perto da proa e apresenta dois espaçosos sofás (um a bombordo e outro a boreste), grandes janelas laterais e uma televisão retrátil de 55 polegadas. Copos e taças estão guardados em um armário decorativo na

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azimut 66

Ficha técnica Comprimento total 20,8 m Comprimento do casco 20,33 m Boca máxima 5,23 m Calado 1,6 m Deslocamento 41,6 ton. (a plena carga) Motores 2 x CAT C18

ACERT 1.150 hp

Casco em “V” com

ângulo de 17°

Velocidade máxima 32 nós Velocidade de cruzeiro 28 nós Tanque de combustível 3.900 litros Cabines 4 + 1

O barco não faz parte do portfólio da filial brasileira do estaleiro. A compra é só por encomenda

Acomodações 8 + 2 Banheiros 3 + 1 Design exterior Stefano Righini Design interior Carlo Galeazzi Construção VTR / GRP e

fibra de carbono

Estaleiro Azimut Yachts

sala de estar, enquanto a adega de vinhos domina a área do bar. A cozinha está a bombordo, de frente para a mesa de jantar (ambos estão logo atrás do posto de comando). O deck inferior apresenta a cabine máster a meia-nau, ocupando toda a boca do barco. Há, ainda, uma cabine VIP na proa e duas cabines com beliches. Ao todo, são três banheiros completos. Para o pernoite da tripulação, duas camas podem ser acessadas a partir da praça de popa. Os motores oferecidos são dois CAT C18s com 1.150 hp cada, que deve entregar uma velocidade máxima de 32 nós e uma velocidade de cruzeiro rápido de 28 nós. A Azimut 66 Fly não faz parte do portfólio de produtos da filial brasileira da Azimut, sendo assim, caso haja interessado na embarcação, ela virá sob encomenda.

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Chegou o Micron Navigator ® Só quem está no Brasil há mais de 85 anos tem a sabedoria para desenvolver o anti-incrustante mais poderoso do país. Visite yachtpaint.com e vamos falar sobre nossa paixão pelo seu negócio.

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SOLUÇÕES

INOVADORAS na faixa dos 60 pés PRÉ-LANÇADA EM DEZEMBRO, A INTERMARINE 62 É A NOVIDADE DO ESTALEIRO PAULISTA QUE GANHARÁ OS MARES NO SEGUNDO SEMESTRE DE 2016, COM PROJETO ASSINADO POR LUIZ DE BASTO

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Intermarine 62

M

ais um barco no segmento de 60 pés ganhará as águas brasileiras em 2016. Com um projeto totalmente novo, nascido das pranchetas de Luiz de Basto, a Intermarine 62 promete conquistar o brasileiro com design poderoso e elegante e grande volume externo. As linhas sinuosas trazem uma nova interpretação do DNA Intermarine, com traços fortes e marcantes das janelas do salão e do costado, aliados às entradas de ar em aço inox. A inovação está presente também em soluções adotadas nos mais de 151 m2 a bordo. Uma delas está no beach club que, segundo o estaleiro, tem o objetivo de oferecer uma experiência incomparável ao ar livre. Ao ancorar a embarcação, duas plataformas laterais no costado abrem-se e conectam-se à plataforma de popa central, com uma área total de 18 m2 para a convivência ao nível da água. A plataforma de popa central pos-

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sui ainda lift hidráulico, para utilizá-la como uma praia particular a bordo ou içar um bote ou moto-aquática. O espaço gourmet é equipado com churrasqueira elétrica, pia e espaço para o preparo de alimentos. Atenção especial também foi dada à grande praça de popa. Um sofá em L, mesa para refeições e diversos paióis tornam o ambiente prático e confortável para receber os convidados. As portas laterais facilitam o acesso à embarcação. A proa é outro espaço para convívio, com solário e sofá com mesa para refeições. O flybridge tem 26 m2, certamente uma área que será bastante utilizada a bordo. Lá é possível acomodar até 18 pessoas e a decoração conta com duas mesas para refeições, sofás, solário e um bar (algo inédito para uma embarcação deste porte). O posto de comando permitirá pilotar com conforto e excelente visibilidade.


O salão apresenta cozinha mais à frente, a boreste, com dois sofás na entrada do ambiente

Os ambientes foram bem distribuídos na nova Intermarine 62. O barco promete agradar clientes nessa faixa de tamanho

INTERIOR CUSTOMIZÁVEL

A Intermarine 62 pode contar com serviço de customização. Para isso, o estaleiro tem uma equipe de profissionais das áreas de design, arquitetura, decoração, engenharia e produção, que estuda as necessidades de cada proprietário. No deck principal, o salão possui uma boa integração com a praça de popa graças à abertura total da porta de três folhas. Com 25,4 m2 de área e pé-direito máximo de 2,15 m, o salão possui dimensões impressionantes. Os acabamentos cuidadosamente selecionados de revestimentos, tecidos, mobiliário e acessórios são montados impecavelmente, criando não somente uma sensação, mas o verdadeiro privilégio de navegar em uma Intermarine. Nessa área, o cliente pode escolher duas versões de layout. Na primeira, a cozinha está logo na entrada do salão a bombordo, próxima à pra-

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Intermarine 62

ça de popa. A sala de estar composta por dois grandes sofás fica à frente no salão e possui mesa de centro que se converte em mesa de jantar. Já na outra disposição a cozinha se encontra na parte frontal à boreste. Assim, a sala de estar passa para a entrada do salão com os dois sofás. Outro sofá configura uma sala de jantar em frente à cozinha.Para ambos os layouts, o posto de comando fica a bombordo e permite pilotar de maneira agradável, com excelente visibilidade. No deck inferior, as três cabines estão muito bem dimensionadas, com capacidade para receber seis pessoas para pernoite. A suíte máster está localizada a meia nau e possui 21,5 m2, ocupando toda a largura do barco e equipada com cama king size, dinette, escrivaninha e diversos armários. O banheiro é espaçoso e possui cuba dupla. As amplas janelas proporcionam uma excelente vista para o mar.

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A suíte VIP fica na proa do iate, com um total de 11,7 m2 que apresenta cama queen size e banheiro com box separado para banho. Aqui a vista para o exterior também é privilegiada. A boreste fica a cabine de hóspedes, com duas camas de solteiro que se convertem em cama de casal, além de banheiro completo, em uma área de 8,4 m2. No corredor que leva para os três cômodos encontra-se ainda uma prática rouparia. A cabine de marinheiro traz duas camas de solteiro e um banheiro exclusivo para maior conforto da tripulação. O casco com V profundo corta perfeitamente as ondas e permite uma navegação segura mesmo em condições severas de mar. Equipada com dois motores Volvo Penta IPS 1200, atinge até 34 nós de velocidade máxima e 28 nós de velocidade de cruzeiro. Também há a opção de instalar dois motores MAN 1200, com isso, a embarcação atinge 35 nós de velocidade máxima e 29 nós de cruzeiro.


Ficha técnica Comprimento total 18,95 m Boca máxima 5,05 m Calado máximo 1,50 m (Volvo) /

1,23 m (MAN)

Nesta opção de customização, a cozinha fica a bombordo, logo na entrada do salão

Altura acima da 6,15 m linha d´agua Ângulo do V 13,8° na popa Deslocamento 26 t vazio Deslocamento 32 t carregado Motorização 2 x Volvo IPS 1200 /

2 x MAN 1200 (opcional)

Velocidade máxima 34 nós (Volvo) /

35 nós (MAN - opcional)

Velocidade 28 nós (Volvo) / de cruzeiro 29 nós (MAN - opcional) Tanque de 2.800 l combustível Tanque de água 750 l Capacidade máxima 22 de passageiros Cabines 3+1 Leitos 6+2 Banheiros 3+1 Projeto Luiz de Basto Designs

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Requinte francês A PRESTIGE 680 É O MAIS RECENTE LANÇAMENTO DO ESTALEIRO FRANCÊS E COMPLETA A GAMA DE IATES DE LUXO, JUNTO COM AS VERSÕES 620 E 750. O MODELO DEVE CHEGAR EM ÁGUAS BRASILEIRAS AINDA NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2016

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prestige 680

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om um leque de embarcações entre 40 e 75 pés, o estaleiro Prestige Yachts possui um forte nome no mercado de modelos de luxo de médio porte. E a popularidade não é surpreendente, considerando a atenção a cada detalhe a bordo de seus iates. Na linha Yachts Divison, havia apenas dois modelos (620 e 750). Para ocupar um espaço entre esses dois tamanhos, a versão 680 foi lançada durante o último Boat Show de Cannes, em setembro do ano passado, e traz todas as características da linha de luxo do estaleiro, incluindo elementos da sua “irmã” maior, a Prestige 750. O espaçoso flybridge conecta com suavidade as áreas disponíveis no local (o lounge com o bar e o solário à frente). Manobrabilidade é a característica do posto de comando, que permite a máxima visibilidade de todas as partes do barco. O interior transparece calma e estilo, caracterizado pelo uso de materiais de alta qualidade e excelente acabamento. O living possui vistas panorâmicas e boa incidência de luz natural, proporcionadas pelas janelas laterais. A cozinha localizada na popa, popular nos outros modelos do estaleiro, também foi transportada para a Prestige 680. A área de jantar e de estar possuem muito espaço de armazenamento, especialmente concebidos, e a cozinha é planejada para o preparo de refeições ou o entretenimento. Uma porta lateral a boreste, ao lado do posto de comando, permite outro acesso ao deck enquanto as grandes portas deslizantes de vidro se estendem do salão até o cockpit, como uma varanda. A proa apresenta um grande e confortável solário com um bimini integrado, protegendo as pessoas do sol. A praça de popa traz uma mesa para refeições para seis pessoas (sendo duas ou três muito bem acomodadas em um sofá). Atrás, uma espécie de persiana retrátil eletronicamente garante a privacidade de quem está a bordo. O inovador layout da Prestige 680 apresenta a cabine do proprietário elevada, na proa, proporcionando uma acomodação independente em seu próprio nível caracterizada pela privacidade e extremamente luminosa graças

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Todas as características dos modelos da linha Yachts estão na versão 680

Conforto a céu aberto O flybridge é espaçoso e muito bem distribuído com sofá, mesa para refeições, bar e solário). Opções de entretenimento não faltam

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prestige 680

O excelente acabamento, característico do estaleiro francês, é visto em todos os seus modelos, independente do tamanho

às grandes janelas. As cabines dos convidados também estão em um nível separado, com acesso por uma escada exclusiva. O modelo está disponível com opções de três ou quatro acomodações, além da cabine da tripulação. Nascida das pranchetas do studio Garroni Design e de J&J Design, o casco da Prestige 680 reflete as linhas retas e disposição de outros barcos de sucesso da gama do estaleiro. O modelo é equipado com dois motores Volvo IPS 1200, que geram 900 hp cada e com capacidade de atingir uma velocidade máxima de 30 nós (e de cruzeiro de 25 nós). E com pouco tempo de mercado, ele já recebeu um importante prêmio, sendo eleito o Barco a Motor do Ano, no Motor Board Awards, realizada pela revista inglesa Motorboat and Yachting. A embarcação faturou a categoria powerboats acima dos 60 pés.

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Coração forte: Com dois motores Volvo IPS 1200 que geram 900 hp de potência, a Prestige 680 atinge velocidade máxima de 30 nós. Nada mal...

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prestige 680

Ficha técnica Comprimento total 21,46 m Comprimento do casco 19,08 m Comprimento 16,87 m linha d’água Boca 5,33 m Calado 1,58 m Peso 29.800 kg Deslocamento máximo 39.600 kg Motorização 2 x Volvo IPS 1200

de 900 hp cada

Sistema de propulsão 2 x Pods Volvo IPS 3 Gerador 22 kW / 230 V Velocidade 30 nós / 25 nós (máxima / cruzeiro) Autonomia 313 / 350 (milhas náuticas) Cabines três ou quatro

(+ uma da tripulação)

Pessoas 8 + 2 tripulantes Tanque de combustível 3.450 litros Tanque de água fresca 800 litros + 120 litros Tanque de água cinza 400 litros Tanque de água negra 300 litros Designers J&J Design / Garroni Design

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norma jeane

CLÁSSICA &

SEDUTORA

ESTA RARA EMBARCAÇÃO DE 21 PÉS DA DÉCADA DE 1960 GANHOU UMA RESTAURAÇÃO DIGNA DE SUA CLASSE E AGORA NAVEGA COM CHARME PELAS ÁGUAS DE SÃO PAULO. CONHEÇA A HISTÓRIA DA NORMA JEANE

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norma jeane

O

estaleiro paulista Delmar foi idealizado por Decio Moreira Marques, empresário e amante do mundo náutico, na década de 1960, quando trouxe da Suécia alguns projetos de sucesso comprovado na Europa na década anterior. Decio entregou os desenhos nas mãos do mestre marceneiro Reinaldo Benedito Dente, que tinha empresa localizada no bairro da Guarapiranga, em São Paulo, SP. A partir daí, muitos modelos foram produzidos ao longo dos anos, entre as versões de 15 pés, 18 pés e 21 pés, como o exemplar desta reportagem.

Pouca documentação restou do estaleiro. “Triste, por um lado, mas por outro nos deu liberdade para uma customização pensada pelo designer náutico Eduardo Engel, que respeitou muito o seu desenho original”, disse Newton Monteiro Júnior, CEO e idealizador (ao lado de Engel) da Vintage Boats, estaleiro especializado na pesquisa, criação e restauração de embarcações clássicas de madeira. E o acaso fez esse charmoso exemplar cair nas mãos das pessoas certas para retomar o brilho e ter uma segunda chance de navegar com classe. Em maio de 2015,

UM ENCONTRO POR ACASO SEGUIDO DE UM PRESENTE INUSITADO. ASSIM A DELMAR 21 CHEGOU ATÉ A VINTAGE BOATS

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Newton estava no estacionamento de uma empresa e trazia consigo um motor Ford 292 marinizado. A peça chamou a atenção de Fernando, que foi puxar conversa sobre o mundo náutico e suas paixões. Papo vai, papo vem e, alguns dias depois, Fernando o presenteou com o casco de uma legítima Delmar. “Lembro de suas palavras ao me entregar o casco: ‘Tenho certeza de que em suas mãos ela voltará a navegar’”, contou surpreso, Newton. Com o pano de fundo colocado e desafio feito, faltava apenas definir um prazo para terminar a restauração. Foi quando apareceu um evento para mostrá-la ao público. O problema é que restavam menos de dois meses. Então, mãos à obra, com uma jornada que impôs velocidade e poucas horas de sono para todos. O barco tinha uma reforma iniciada há vinte anos que não foi concluída, poupando o trabalho de remover o deck. “Estruturalmente a lancha estava quase perfeita. Uma caverna aqui e outra ali; o casco estava inteiro. O viramos na primeira semana para começar a calafetação”, disse Newton.

O desejo da equipe era instalar um motor Mercury Mercruiser de 300 hp. Para isso, foi preciso reforçar o barco por completo, afinal, aço inox não era muito utilizado nesse meio na década de 1960 e no projeto original havia rebites de cobre. A Vintage Boats aplicou conceitos aprendidos com amigo e parceiro Heuel Parker, da Parker Marine (empresa norteamericana especializada no método de construção Cold Molded) e, assim, substituiu os rebites soltos por parafusos inox, calafetação com massa epóxi e aplicação de tecido Xynole com resina epóxi abaixo da linha d’água.

Maior potência Para instalar o motor Mercury de 300 hp foi preciso reforçar o barco por completo, substituindo o cobre por inox

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norma jeane

EM MENOS DE DOIS MESES, A NORMA JEANE FICOU PRONTA E GANHOU VIDA NOVA A combinação destes elementos resultou em um material flexível e mais resistente ao impacto do que a fibra de vidro tradicional (a equipe aguarda os testes do Instituto de Pesquisa Tecnológica para a confirmação técnica). Com os trabalhos de customização a todo vapor, Engel trouxe uma tampa curva para o motor e outros detalhes únicos. A Norma Jeane ganhou forma com peças originais Chris Craft trazidas dos Estados Unidos, nove camadas de pintura PU, dez camadas de verniz no deck, propulsão ACME, instrumentos do painel da Faria Instruments e passadiço em mogno brasileiro com certificado de procedência, cedro rosa e ripinhas estreitas em mapple (madeira canadense mais branca que o marfim). Na montagem, a equipe contou com a ajuda de Carlos, da empresa Esquimar. Além de fã de modelos da Delmar, já montou centenas de barcos de esqui com propulsão pé de galinha. A experiência nessas horas faz diferença. Os primeiros testes foram feitos na represa de Guarapiranga, em São Paulo, SP, e no último Réveillon ela navegou entre a Barra

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do Una e Camburizinho, no litoral norte do estado. Claro que chamou atenção de quem estava nas praias e ilhas. A Norma Jeane, como foi batizada, foi exposta no Boat Xperience, em janeiro, sendo bastante requisitada para o tradicional teste drive da feira. “Acredito que o Fernando não sabia que presenteava a Vintage Boats com muito mais do que um casco. Pessoas como nós são, de certo modo, esquisitas, pois abrem mão de algum dinheiro por sentirem que um barco antigo tem alma e fica triste por não estar mais navegando”, concluiu Newton. *A equipe de marcenaria chefiada pelo mestre José Feijó era formada por Nelson Lima, Evandro, Matheus (filho do Carlos, da Esquimar), entre outros especialistas nesta arte cada vez mais rara. Vale a menção a esses profissionais.


aMPro4


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ADRENALINA

NAS ALTURAS

A EMPRESA FF MARINE CRIOU UMA NOVA OPÇÃO DE DIVERSÃO AQUÁTICA. TRATA-SE DO FF ONE, CONCEITO DE JET PACK ONDE O COMANDO E CONTROLE SÃO REALIZADOS NOS PÉS

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Jet Pack - FF One

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O acessório utiliza a turbina da motoaquática como propulsão para levar o usuário a até nove metros de altura. Nele é possível fazer manobras dentro de um raio de 15 metros da motoaquática, seja através de voos ou mergulhos. A direção e controle do acessório acontecem nos pés, como em uma prancha de wakeboard.

2

No momento da aquisição, a FF Marine oferece instrução completa de como instalar e usar o equipamento (o que não é difícil) e já é possível praticar. A empresa também criou engates rápidos na mangueira e na moto-aquática, tornando a prática mais simples e radical.

3e4

COMO FUNCIONA O FF-ONE O acessório funciona com a aceleração da moto-aquática, sendo possível conectá-lo a modelos da Sea-Doo, Yamaha e Kawasaki. É recomendado uma potência de, pelo menos, 130 hp. »» Um adaptador de fluxo é colocado na saída da turbina; »» Os 15m de mangueira são presos na frente da moto; »» Durante o voo, a pessoa em cima da moto seguirá seus movimentos.

5

O kit O conjunto é composto por: 1 - Mangueira ARMOR: Importada dos Estados Unidos, duplamente reforçada para mais segurança e durabilidade. 2 - Abraçadeiras em inox: Fixação das extremidades da mangueira. 3 - FF-One: Jetpack em alumínio naval e alta performance (já montado para uso). 4 - Botas de fixação dos pés. 5 - Adaptador de fluxo: Ligado à turbina da

moto-aquática, garante que a água seja encaminhada em alta pressão direto para a mangueira. 6 - Kit completo de adaptação: Acompanha flange universal e parafusos para fixação do item (5) à turbina da moto-aquática.

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BOAT XPERIENCE

& BROKERAGE SHOW

A vocação em vendas em um momento de incerteza PARA QUEM PENSOU QUE NÃO ERA O MOMENTO DE PARTICIPAR DE UM EVENTO NÁUTICO DEVIDO À FASE EM QUE O PAÍS SE ENCONTRA, SE EQUIVOCOU, E O 12º BOAT XPERIENCE & BROKERAGE SHOW MOSTROU QUE O MERCADO ESTÁ EM BUSCA DE EMBARCAÇÕES NOVAS E, PRINCIPALMENTE, SEMINOVAS

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12º boat xperience & brokerage show

A

12ª edição do Boat Xperience & Brokerage Show, realizada entre os dias 22 e 31 de janeiro, comprovou mais uma vez o seu valor e mostrou que está consolidado no calendário de eventos do mercado náutico nacional. Como o período é o mês de férias do brasileiro e a cidade do Guarujá, SP, fica cheia de turistas de todos os cantos do país, o público compareceu em bom número em busca de oportunidades de negócios e, assim, o barco seminovo ou novo para pronta entrega se tornou a estrela do evento. Os estaleiros fizeram o importante papel levando os melhores produtos em estoque com garantia de fábrica. Muitos trabalharam por meses antes da feira, conseguindo chamar um grande público para ver quais eram as novidades dessa edição. Grandes marcas que estão presentes no litoral de São Paulo levaram ao menos quatro barcos cada uma. Assim, foram disponibilizadas cerca de 70 embarcações, tanto no seco, como no píer disponível para teste drive. Ou seja, quem estudou o mercado e se preparou para a feira, não teve do que reclamar. Mas nem só de barcos vive o Boat Xperience. Motores, motos aquáticas e acessórios complementaram a gama de produtos ofertados. Outra mudança percebida por todos foi a nova área de alimentação, que mesmo sendo em janeiro e muitos profissionais preferem explorar a praia e não eventos segmentados, a organização atendeu aos pedidos da edição anterior com um espaço exclusivo, opções de refeições rápidas e sobremesas. O BX EM NÚMEROS

Mais uma edição do Boat Xperience terminou com resultados positivos. Mesmo com toda a instabilidade financeira e política em que o país se encontra, o evento reuniu novidades do setor e mais de 70 embarcações para teste drive e visitação. O salão náutico gerou em torno de R$ 59 milhões em negócios. Foram vendidos durante os dez dias acessórios de última geração, equipamentos e 50 embarcações de estaleiros nacionais e internacionais.

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“Em um momento que ninguém acreditava que o mercado náutico conseguiria reagir a crise econômica do país, o Boat Xperience mostrou que empresas preparadas, aliados a um excelente portfólio de produtos, sempre trarão resultados. Esse é um modelo, inclusive, que deveria ser adotado por outros mercados, pois quando os empresários se preparam para situações adversas, sempre superaram todas as incertezas”, disse Caio Ambrosio, organizador.


O momento não era propício para realizar um evento, mas quem não acreditou nas vendas do começo do ano se enganou

NOVO MODELO

Essa edição do Boat Xperience adotou um novo modelo de calendário e ficou aberta por dez dias consecutivos. Até a edição anterior, a feira era realizada em dois finais de semana seguidos, totalizando sete dias de evento. Muitos brokers (vendedores de barcos) solicitaram essa mudança e como o cenário estava montado, a organização testou como seria ficar aberto por tantos dias.

A expectativa de público era animadora, principalmente com o feriado da cidade de São Paulo no dia 25 e a cidade permaneceu lotada na semana do evento. Alguns convidados apareceram na feira, realizaram o teste drive com mais calma e conheceram melhor o produto. Esse modelo é inovador para todos, inclusive para o visitante, que optou por comparecer nos finais de semana para olhar as novidades apresentadas

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12º boat xperience & brokerage show

PRODUTOS BICICLETA ELÉTRICA

O produto que mais chamou atenção foram as Scooters ET. Veículo elétrico circulava o dia inteiro pelo evento. O expositor deixou um modelo para testes e foi um grande sucesso entre adultos e crianças, com boas vendas. A moto elétrica portátil atinge 35 km/h e tem autonomia para percorrer entre 35 a 45 km. É carregada em cinco horas e suporta pessoas com até 160 kg. HELICÓPTERO

O Grupo CB, do qual a CBAIR faz parte, atua há 20 anos no transporte aéreo de seus executivos, em voos nacionais e internacionais. Em janeiro de 2015, a CBAIR recebeu autorização para operar de acordo com o RBAC135, como táxi aéreo. Faz parte do leque de negócios a oferta de serviços de hangaragem e atendimento nas bases próprias da empresa localizadas no Aeroporto Estadual Bertram Luiz Leupolz (Sorocaba/SP) e no Campo de Marte (Zona Norte de São Paulo). Durante o evento uma aeronave Agusta 109 Power estava em exposição e todos que passavam por ela, paravam para admirar a beleza do modelo.

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MOTORES, MOTOS AQUÁTICAS, SPYDER E CANAM

A BRP, representada pela Casarini, levou a linha completa de motores Evinrude ao evento. Composta por motores de 3,5 HP a 300 HP, a empresa mostrou aos visitantes os diferenciais da marca, bem como os novos motores G2 disponíveis para o mercado brasileiro. As motos aquáticas também estavam presentes no estande, com destaque para a nova RXP-X, de 300 HP e equipada com o novo motor ACE 1630. O triciclo Spyder continua chamando a atenção do público e nesta edição muitos curiosos admiraram os veículos expostos e aproveitaram para registrar o momento com fotos. Complementando a linha, a mais nova sensação do mercado são os UTVs, que tem se tornado cada dia mais forte no Brasil.


PEÇAS

Especializada no comércio de peças e filtros para revisão e manutenção em motores marítimos, industriais, automotivos e acessórios para o segmento náutico, a Seapeças é presença constante no BX. A empresa levou diversos produtos diferenciados para atender a todos durante a feira. FESTA

VINTAGE

A Vintage Boats chegou ao mercado brasileiro em setembro de 2014. Especializada em marcenaria naval, é voltada para o restauro e execução de projetos especiais de embarcações de estética vintage. Idealizada por Newton Monteiro, a empresa começa com o objetivo de atender o mercado brasileiro dentro da proposta de recuperar a estética das embarcações retrô, e também a navegabilidade e a segurança dessas embarcações. Duas joias do passado estavam expostas na feira, totalmente restauradas e atualizadas para os dias de hoje. Veja a história dessa restauração na página XXX.

Para animar os visitantes e os expositores, nos finais de semana aconteceram alguns shows com música ao vivo. Com uma parceria inédita com a Moby Dick, conceituada balada e casa de show em Santos, Alexandre Piraja trouxe diversas atrações. A música animou os finais de tarde e após encerrado o evento, o clima ficou mais descontraído, atraindo os expositores que também mostraram que entendem do assunto e deram uma canja ao vivo. Destaque para a Gaia da Tropical, empresa de camisetas náuticas, com sua voz imponente acompanhada de um violão e especialmente o Marcio, da Sea Peças, do Guarujá, que levou sua banda de rock, Lado A, para fazer seu primeiro show ao vivo.

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12º boat xperience & brokerage show

OS EXPOSITORES

Algumas marcas não abrem mão do evento de verão do Boat Xperience, mostrando que o Guarujá está consolidado no calendário nacional

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Os seminovos foram a bola da vez. Muitos compradores estavam em busca de um barco e puderam ver um total de 70 embarcaçþes no evento

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12º boat xperience & brokerage show

O teste drive foi, mais uma vez, o fator determinante na conclusão da compra. O cliente sabe exatamente o que está comprando BROKERS

O Brokerage Show mostrou sua força diante do momento em que o país atravessa. Os seminovos foram as estrelas da feira e muitos negócios foram concluídos, desafogando o estoque das empresas. A opção de ter o produto na água e pronto para o teste drive deixa o comprador mais tranquilo, garantindo a certeza de estar realizando um bom negócio em um barco que já passou por outras mãos. Muitas empresas relataram essa opção como uma excelente oportunidade para o cliente sair do evento seguro com o produto que ele está adquirindo. MERCADO

Em momentos de instabilidade, o mercado deve se manter forte e unido para levar ao consumidor o que há de melhor, e o 12º Boat Xperience & Brokerage Show pôde contar com grandes marcas do mercado que já colocaram o evento no calendário oficial da empresa. E, desta forma, continuam como as marcas mais lembradas pelo público. Este ano, grandes nomes não participaram, o que gerou muitas dúvidas nas pessoas que foram atrás de produtos específicos e

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não encontraram. O público continua comprador e isso que todos devem entender. A quantidade de negócios realizados prova a importância do Boat Xperience para quem busca e para quem vende. Essa é a hora de mostrar a força da marca para manter o mercado aquecido. Para as grandes marcas que não foram, souberam do excelente resultado obtido por todos. Devemos mostrar a capacidade de reação em meio ao cenário nebuloso que o país passa. Os compradores estão em busca de bons negócios e é isso que devemos oferecer pra eles.



terra firme

Eventos, acontecimentos, turismo & gastronomia no mundo nĂĄutico

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MIAMI BOAT SHOW 2016 EM SUA NOVA CASA, O EVENTO REGISTROU AUMENTO NO NÚMERO DE VISITANTES, EXPOSITORES RELATARAM CRESCIMENTO NAS VENDAS E FOI O MAIOR EVENTO DOS ÚLTIMOS TEMPOS NA CIDADE

CELEBRANDO 75 ANOS DE BOAT SHOW, a cidade de Miami foi palco para a maior feira dos últimos tempos, e a nova localização no Miami Marine Stadium Park and Basin foi o que mais agradou aos visitantes. Ter a feira de volta ao local onde tudo começou foi muito importante para os organizadores e para a cidade. Mais de 100 mil pessoas passaram pelos corredores e píeres do Miami Stadium (esse número é cerca de 4% maior do que em 2015). Os visitantes internacionais são figuras frequentes nos corredores da feira e foi registrado cerca de 35 nacionalidades, incluindo nós brasileiros, que acompanhamos os lançamentos do mercado náutico mundial. Além de conhecerem essas novidades, os números indicam que os visitantes tenham gasto durante os cinco dias de evento cerca de 83 milhões de dólares. Os expositores também relataram ótimos números de vendas e a variação entre eles foi muito alta, entre 20 a 400% no volume total de vendas, comprovando que com a retomada da economia americana, o mercado náutico na Flórida cresce de forma expressiva. “O Miami International Boat Show foi um verdadeiro sucesso para os expositores, visitantes e, principalmente, para o Sul da Flórida. O Miami Marine Sta-

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terra firme

dium Park and Basin provou ser o local perfeito para realizar o evento na cidade”, disse Thom Dammrich, presidente da NMMA (National Marine Manufactures Association), que é a proprietária do Boat Show. “O tempo colaborou e os expositores reportaram um grande aumento nas vendas esse ano e isso se deu muito ao fato de ter o teste drive no mesmo local que a feira, sem precisar ir a três locais diferentes. Esse ano mostrou que os próximos eventos serão ainda melhores”, finalizou Dammrich. Mas nem tudo ocorreu como o previsto durante a feira. Foi difícil chegar e sair do evento e muitas pessoas se decepcionaram com a organização, que trabalhou diariamente para encontrar o melhor jeito de satisfazer os visitantes. Próximo ao local havia quatro mil vagas de estacionamento pré-pago; os ônibus e barcos gratuitos não deram conta da quantidade de pessoas que foram ao Miami Stadium. A organização trabalhou rápido para reduzir o proble-

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ma, colocando mais barcos na água e aumentando os locais de estacionamento, que totalizaram 12 mil vagas para suprir a demanda. “Por ser o primeiro evento neste local, é claro que teríamos problemas e acompanhamos de perto cada um deles com a nossa equipe”, disse Cathy Rick-Joule, diretor do Miami Boat Show. Quem foi à feira pode ver de perto um marco na história náutica de Miami. As arquibancadas do Marine Stadium que sediou muitas competições no passado agora está abandonada por não ter mais uso. Quem não conhecia, teve a oportunidade de respirar um pouco dessa história. Duas entidades estavam com stands em frente ao monumento colhendo assinaturas para a restauração das arquibancadas e a prefeitura de Miami se prontificou a começar os trabalhos o mais rápido possível para que na próxima edição do evento, o monumento volte a brilhar, exatamente como brilhou no passado.


A feira migrou para um lugar histórico de Miami e o novo formato agradou a todos que estiveram no Miami Stadium. Não é mais necessário se deslocar para testar os barcos, ficou tudo concentrado em único local

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terra firme

MIAMI BOAT SHOW

Com a mudança de sede do Boat Show, a parte de vela ficou no mesmo local, no Bayside, ponto turístico da cidade. Dois novos eventos foram criados na Collins Avenue, o Yachts Miami Beach e na Island Gardens, o SuperYacht Miami. O Yachts Miami Beach já um local tradicional da feira e não perdeu o seu charme com a saída do Boat Show do Convention Center, que ficava bem próximo a Collins Avenue. O mesmo padrão foi mantido e os barcos maiores estavam no lugar de sempre. Esse ano, poucos brasileiros circularam na feira, diferente das edições anteriores, onde o idioma português era fluente na calçada da avenida. Mesmo assim, os brokers que participaram, relataram bons atendimentos e alguns negócios concretizados, demonstrando que o mercado ainda está comprador. Já na Island Gardens, local dos megaiates, a visitação foi mais devagar e por ter apenas os barcos realmente grandes, os visitantes marcavam hora com os vendedores que atendiam o seleto público que ia ao local. A mudança foi vista com bons olhos pelas grandes empresas do mercado, que gostam desse tipo de exclusividade para os clientes mais importantes.

EM NÚMEROS US$ 600 milhões

é o valor gerado nos cinco dias de feira

1.200

expositores

US$ 312,2 milhões

em vendas por empresas da Flórida

6.592

empregos diretos

35

países presentes

US$ 30 milhões

pagos em impostos para a cidade

100 mil visitantes

US$ 83 milhões

gastos na cidade pelos visitantes

US$ 200 mil gastos em hotéis

500 vagas na água criadas para feira

800 barcos no seco

400 barcos na água

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POWER é navegar confiante, com a força dos motores Scania. Quem navega precisa estar pronto para enfrentar a tempestade e a calmaria. Quem patrulha precisa ter força e velocidade para fazer buscas e resgates. Quem pesca ou transporta cargas nem pode pensar em ficar à deriva. Pense nisso. Pense nos motores Scania. Potência, robustez e tecnologia para impulsionar embarcações e negócios. Motores econômicos, de alto desempenho e baixo custo operacional. Scania. Aponte seu leme para cá.

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Marina Astúrias

AP

HISTÓRIA › Início: Com o terreno atual adquirido na década de 1970, Luis Alves Amorin sempre sonhou em construir uma marina de PA alto nível e padrão internacional no local que é conhecido hoje como CING (Complexo Industrial Naval de Guarujá). O principal objetivo era ter galpões fechados para a guarda de embarcações e equipamentos modernos, o que não existia nos clubes da época. › Objetivo: Oferecer o melhor serviço para os clientes e ser referência nacional na guarda de embarcações. › Fundação: 1988

MTAtual: › Diretoria Presidente: Luis Alves Amorin Gerente: Munir Apene

ENTRETENIMENTO › Lazer: Sala de estar com TV por satélite e acesso a internet, piscina, loja de conveniência, e venda de embarcações. Quadra de tênis e futebol, academia de ginástica e heliponto. MS

MA

RN PB

PI

PE

INFRAESTRUTURA

AL

› Tamanho:TO 72 mil m² de área total, bacia de atracação e estacionamento. › Vagas: 500 embarcações, aportadas em píeres ou nos hangares. › Segurança:DF equipe de seguranças treinados, espalhados estrategicamente por toda extensão da Marina, 90 câmeras GO de monitoramento por circuito fechado (CFTV). › Abastecimento: Posto de abastecimento próprio (Petrobras)

SE BA

› Equipamento: Travellift de 100 toneladas, três travelift de 50 toneladas. Também possui um kinglift, um traveljack, três tratores e guinchos. › Visitantes: Valor sob consulta.

ES

SERVIÇO

› Gastronomia: Restaurante com alta gastronomia oferece um variado cardápio internacional, dividido em quatro ambientes. Snack bar na piscina e lanchonete.

MG SP

PR

› Agenda: Boat Xperience (Janeiro e Julho); eventos particulares de lojistas.

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CE

SC

› Canal de rádio: a marina dispõe de uma moderna sala rádio e atende com o prefixo “Zulu 60”. ›RJ Site: www.marinasturias.com.br › Contato: atendimento@marinasturias. com.br / (13) 3354-3888 › Endereço por terra: Rua Francesca Sapochetti Castrucci, 805 – Guarujá/SP › Endereço por mar: Lat. 230s 59' 59'' Long. 460w 17'39''


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a bordo

As principais competições e estrelas do cenário náutico

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Equilíbrio nas águas do

Pacífico

A Rolex Farr 40 World é a principal regata para os veleiros dessa modalidade no mundo. Realizada em um local diferente a cada ano, a 19ª edição aconteceu em Sidney, Austrália, em uma disputa para lá de acirrada Fotos Kurt Arrigo/Rolex

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a bordo

A

Classe Farr 40 é um projeto rigoroso. As regras foram concebidas para criar uma igualdade de condições entre os competidores, onde a vitória depende mais do desempenho da equipe do que do equipamento. Também há regras para a tripulação: é obrigatório que o proprietário do veleiro seja amador e fique no leme, além de ser permitido um máximo de quatro velejadores profissionais entre os dez tripulantes a bordo. Como resultado, as disputas sempre são bastante intensas. E esse ano não foi diferente. A 19ª edição da Rolex Farr 40 World aconteceu entre os dias 16 e 19 de fevereiro, em Sidney, Austrália. Ao todo, onze provas foram disputadas nos quatro dias, com duração de 45 minutos cada, totalizando 7.500 milhas náuticas de percurso pelo Oceano Pacífico. Por isso, as decisões precisavam ser tomadas rapidamente, sem desviar a atenção em nenhum momento. Sidney é excelente para a prática da vela. Em um mesmo espaço é possível enfrentar diversas condições climáticas, sem contar o cenário impressionante da cidade

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Na flotilha de 12 barcos representando Alemanha, Estados Unidos e Austrália, três campeões mundiais buscavam o bicampeonato: Plenty (EUA) em 2014, Flash Gordon (EUA) em 2012 e Transfusion (AUS) em 2011. A previsão do tempo para os quatro dias era quase imprevisível e a cidade australiana é um excepcional lugar para a prática da vela. Ao longo dos dias, os competidores velejaram em três lugares diferentes e experimentaram quatro tipos de condições climáticas. O primeiro dia foi marcado por grandes


CLASSIFICAÇÃO Col. Veleiro

País

Proprietário

Pontos Perdidos

EUA

Alex Roepers

34 38

Plenty

Transfusion

AUS

Guido Belgiorno

Struntje Light

ALE

Wolfgang Schaefer 44,2

ondas e fortes ventos de até 22 nós. Já no segundo, mudanças constantes de ventos e tráfego caracterizaram o cenário perto do porto, com a icônica Opera House ao fundo. O dia três apresentou ventos fracos e enormes ondas e, por fim, no último dia, vento sólido e cortante. Certamente um completo teste mental e físico. Depois dos dois primeiros dias, onde foram disputadas seis corridas com cinco vencedores diferentes, a liderança estava com o veleiro Plenty por apenas um ponto a frente do compatriota Flash Gordon. A regata entrou no derradeiro dia com duas corridas programadas e uma margem de dois pontos entre os líderes Plenty e Transfusion. Na primeira, a tripulação do Flash Gordon ficou desatenta e no esforço para ter a largada perfeita, acabou queimando-a e jogando fora as esperanças de título (terminou em décimo). Na corrida final a tripulação do Plenty se manteve calma e executou um plano confiável, terminando à frente do Transfusion e vencendo o campeonato pela segunda vez. “No ano passado, fomos para a última corrida com a liderança de um ponto e perdemos. Sabíamos que, se largássemos bem desta vez e executássemos com tranquilidade, o resto cuidaria de si mesmo”, disse Terry Hutchinson, tripulante do Plenty.

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a bordo

A VELA OLÍMPICA

FOTO PEDRO MARTINEZ/SAILING ENERGY

Após três anos de disputas pelo mundo, a Equipe Brasileira de Vela está formada para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em agosto. Ao todo, 15 velejadores representarão o país nas dez classes do evento. Conheça o Time Brasil

49er Tripulantes: 2 Gênero: Masculino Descrição: Casco simples, com três velas e duas asas laterais Comprimento: 4,99 m Peso: 94 kg

GABRIEL BORGES

MARCO GRAEL

FERNANDA OLIVEIRA

ANA LUIZA BARBACHAN

Finn

FOTO WANDER ROBERTO/INOVAFOTO

FOTO US SAILLING

JORGE ZARIF

Tripulantes: 1 Gênero: Masculino Descrição: Casco simples, com uma vela Comprimento: 4,5 m Peso: 130 kg

470

HENRIQUE HADDAD

130

BRUNO BETHLEM

Tripulantes: 2 Gênero: Masculino e feminino Descrição: Casco simples, com três velas Comprimento: 4,70 m Peso: 120 kg


Laser

RS:X

ROBERT SCHEIDT

Gênero: Masculino e feminino Tripulantes: 1 Descrição: Prancha, com uma vela Comprimento: 2,88 m Peso: 30 kg FOTO WANDER ROBERTO/BRADESCO

Gênero: Masculino (Standard) e feminino (Radial) Tripulantes: 1 Descrição: Casco simples, com uma vela, de tamanho menor na Radial Comprimento: 4,23 m Peso: 59 kg

FOTO FRED HOFFMANN/CBVELA

FERNANDA DECNOP

RICARDO WINICKI

FOTO FRED HOFFMANN

PATRICIA FREITAS

49erFX

MARTINE GRAEL

Gênero: Feminina Tripulantes: 2 Descrição: Casco simples, com três velas menores do que o 49er e duas asas laterais Comprimento: 4,99 m Peso: 94 kg

FOTO PEDRO MARTINEZ/TROFÉU PRINCESA SOFIA

Nacra 17 KAHENA KUNZE

Gênero: Mista Tripulantes: 2 Descrição: Catamarã de casco duplo, com três velas Comprimento: 5,25 m Peso: 135 kg

SAMUEL ALBRECHT

ISABEL SWAN

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a bordo

COPA VELEIROS DE OCEANO 2016 A primeira etapa do campeonato aconteceu com a regata Centro-Jurerê

DANILO CABOCLO/IATE CLUBE DE SANTA CATARINA

Foi dada a largada para a Copa Veleiros de Oceano. No dia 27 de fevereiro, 22 embarcações foram reunidas no Iate Clube de Santa Catarina para a Regata Centro-Jurerê. O dia contou com sol, chuva, vento nordeste e sul no percurso entre a Baía Norte e a Sede Oceânica de Jurerê. Na regata longa, a primeira embarcação a cruzar a linha de chegada foi o Catuana Kim. Logo após, os barcos da classe C30 completaram o percurso, com Katana vencendo com uma vantagem de quase cinco minutos para o Cortavento. Na RGS A, o atual campeão brasileiro, Zephyrus, foi o vencedor da etapa. A disputa mais equilibrada do dia marcou a classe RGS B. O Vingador ganhou a regata por apenas 10 segundos para o vice Tintium. Já pela RGS Cruzeiro, o Xamego confirmou a vitória. E, por fim, na classe Início/Retorno melhor para a embarcação Sani.

SAVEIROS AO MAR

No dia 28 de fevereiro, a Capitania dos Portos da Bahia realizou a 44ª edição da Regata de Saveiros João das Botas, tradicional competição de embarcações regionais à vela do Norte e Nordeste.Com largada na praia do Porto da Barra, na entrada da Baía de Todos os Santos, a regata reuniu 77 embarcações regionais, entre saveiros de vela de içar, vela de pena, saveiros de pesca, catraias e canoas. O saveiro “É da vida” conquistou a Fita Azul (o primeiro colocado geral). Com o objetivo de conscientizar a população quanto à preservação do meio ambiente marinho, os grupos de Escoteiros do Mar João das Botas, Marcílio Dias e Tamandaré realizaram uma ação de limpeza na areia da praia, enquanto mergulhadores militares retiravam lixo do fundo do mar. A regata é uma homenagem a João Francisco de Oliveira Botas, conhecido como João das Botas, oficial da Armada Imperial que se sagrou herói da Guerra da Independência, liderando uma flotilha de canhoneiras, escunas e baleeiras contra forças portuguesas estacionadas na Bahia, em 1823.

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FOTOS MAURICIO CUNHA

A competição é uma das mais antigas regatas de Salvador, BA



coluna nasseh

FOGO A BORDO Incêndio em embarcação não acontece por acaso. Uma falta de atenção à manutenção ou instalação errada de equipamentos, aliados ao ambiente marítimo, pode se tornar um grande problema

Jorge Nasseh é engenheiro naval, mestre em ciências em engenharia oceânica e CEO da Barracuda Advanced Composites

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O

s historiadores sempre acusam o pobre imperador Nero de ter posto fogo em Roma e matado a mãe. Talvez seja verdade, mas como não houve testemunhas, os historiadores da época, especialmente Tácito e Suetonio, com os salários atrasados, não pouparam o imperador lunático. No ano 64 A.C., durante cinco dias seguidos, o fogo destruiu mais da metade da cidade com um número incalculável de mortos. Dizem que Nero gostaria de fazer uma reforma arquitetônica e remover boa parte dos casebres e barracas ocupados por escravos e prostitutas perto do seu palácio e, por isso, mandou atear fogo. Depois que começou, um vento forte fez o fogo se alastrar em minutos por uma grande área. O incêndio durou dias. Dizem que Nero subiu no terraço do palácio e, ven-

do a cidade em chamas, começou a tocar sua lira (esta parte não deve ter sido verdade). A situação é bem parecida quando vemos um barco pegar fogo. Não somente de fibra de vidro, mas no passado, de madeira também. Nada como uma mistura de fiação elétrica e combustível, condimentados pela água, sal e vento do ambiente marinho, para fazer uma pequena faísca se tornar um incêndio em poucos minutos. Tecnicamente falando, para ocorrer fogo a bordo, são necessários três elementos ou situações que compõem o famoso triângulo do fogo: calor + combustível + comburente. Este último é normalmente o nosso querido oxigênio. Portanto, os vapores emanados pelo combustível do tanque, vazamentos nas mangueiras e porão sujo se misturam com o ar criando uma atmosfera explosiva no


interior da casa de máquinas ou no porão da lancha. Logo temos o combustível e o comburente aguardando uma mínima fonte de ignição, que pode ser desde um grande curto circuito, uma pequena centelha ou um local com temperatura acima do ponto de fulgor do combustível para iniciar o fogo. Eliminando qualquer um dos elementos, não há fogo. Manter as tampas destes cumprimentos abertas não é muito chique, mas ajuda muito, pois a ventilação e a renovação do ar não deixam a mistura inflamável se concentrar a níveis que possa ocorrer uma situação ideal para a combustão. Uma mistura muito pobre dificilmente inflama, assim como um ambiente onde só tenha vapor de combustível não inflamaria por falta de oxigênio, mas é melhor não arriscar, pois o oxigênio está em todo lugar. Outra situação séria seria um curto circuito onde o calor gerado seja grande o suficiente para queimar materiais inflamáveis próximo

No caso de serem mal instalados e em locais com pouca ventilação, a temperatura pode ficar tão alta que algum material em volta pode inflamar e gerar um grande incêndio em segundos.

O triângulo do fogo, que ocasiona o incêndio a bordo, é composto pela combinação de calor, combustível e comburente ao curto. A lista é grande: tecidos, forrações, carpetes, espuma antirruído na praça de máquinas, tintas, adesivos, espuma de colchões. Circuitos mal dimensionados, não acondicionados em material comprovadamente à prova de fogo, espaguetes plásticos, terminais mal fixados, são fontes certas de problemas, onde do outro lado você tem um fogão elétrico, secador de cabelo, micro-ondas, alimentação de terra.

Uma pesquisa da guarda costeira americana mostra que 90% dos problemas de fogo a bordo são gerados por motivos que os estaleiros deveriam evitar. Mais da metade são relacionados aos sistemas de corrente contínua (como baterias, cabos de conexões e ligação, fiação de bomba de porão etc). O segundo problema mais frequente é o péssimo dimensionamento da ventilação da praça de

máquinas, que eleva a temperatura do conjunto até uma possível combustão. Não são raros os casos que o sistema já começou a derreter até que alguém abra a porta ou tampa do local. O oxigênio que entra completa o triângulo de fogo e “BUM!!!” O último caso são os vazamentos de combustível no porão, comuns em tanques, mangueiras de alimentação e retorno, que não cumprem as determinações de estanqueidade e testes da norma NBR 14574, da ABNT. As determinações para evitar problemas com fogo a bordo não dependem apenas da qualificação do estaleiro, mas do conhecimento dos donos de barcos em saber se os sistemas elétricos, tanques e alimentação de combustível estão de acordo com a NORMAN 3 (Norma da Autoridade Marítima Brasileira) e a NBR-14574 (Norma Brasileira para Construção de Embarcações em Fibra de Vidro).

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coluna capitão

PIRATARIA INTERNACIONAL Na edição passada abordamos os riscos e casos de roubos e assaltos a embarcações em nossas águas. Dessa vez vamos falar um pouco mais sobre pirataria, mas ao redor do globo

Marco Antonio Ferrari Carneiro é skipper de veleiros, lanchas e trawlers, instrutor de cursos teóricos e práticos de navegação e segurança marítima

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S

audações navegadores! O mapa em tempo real a seguir mostra todos os incidentes de pirataria e assaltos à mão armada relatados em 2016 a Agência Marítima Internacional (IMB – International Maritime Bureau). As coordenadas exatas não são fornecidas e as posições são baseadas em informações cedidas. Mas pode-se notar que a prática está disseminada e a nova geração de piratas atua no mundo todo. Portanto, não podemos afirmar que estamos 100% seguros ao navegarmos, sem o risco mínimo de cruzarmos com um grupo de pirata.

Na Guiana Francesa, Suriname e Guiana há registros de ataques por narcotraficantes que querem a embarcação para o transporte de drogas para a América do Norte. No Caribe, temos ilhas de poder aquisitivo alto, outras não (com verdadeiras diferenças sociais e grupos atuantes de piratas). Entrando no Caribe por Trinidad, existem grupos que atacam entre Tobago, Grenada e Martinica, em busca de dinheiro, pois sabem que navegadores sempre o levam em espécie, além de equipamentos. Raramente querem ficar com o barco ou a tripulação.


NÃO DÊ BOBEIRA: Na região do Haiti e Cuba, os ataques são formados por grupos que pretendem entrar nos Estados Unidos. Partindo da América do Sul com destino ao Panamá, temos Venezuela e Colômbia onde narcotraficantes atuam na região e ilhas próximas à costa, querendo o barco para transporte de pessoas para a América ou carga para América do Norte, Central e do Sul. Na Venezuela, estamos vendo roubos em barcos também por dinheiro e bens materiais. Próximo ao Panamá temos grupos querendo o barco para ataque a navios, que nessa área navegam em baixa velocidade de aproximação ao Canal do Panamá, devido ao tráfego ou para diminuir o tempo

1.

2.

Ao navegando durante a noite, principalmente perto da costa, apague as luzes de navegação, ascendendo-as na presença de navios. E só dê a posição pelo rádio quando tem certeza que seja autoridade naval (os piratas buscam tipo de barco, número de pessoas e destino).

Ao navegar durante o dia, fique longe da costa a, pelo menos, 50 milhas e/ou na linha de 100 metros de profundidade, onde eles não podem ancorar normalmente.

3.

Caso tenha AIS (Automatic Identification System), desligue o emissor nessas regiões e, principalmente, em caso de barcos suspeitos à noite.

4. Não reaja, esses grupos possuem armas pesadas.

6.

Não se aproxime de embarcações pedindo socorro nessas regiões. Comunique via rádio as autoridades locais e mantenha distância no apoio. Avalie antes de abordar, pois eles utilizam crianças e mulheres como “iscas”.

5. Caso eles embarquem, um

só negocia, o que tiver melhor entendimento da língua dos piratas. Não olhe nos olhos deles, não perguntem nomes, fiquem deitados de costas ou na posição que eles indicarem.

7.

Em caso de ocorrer algo desse tipo, procure primeiro a migração do país que aportar e eles contatarão os consulados ou embaixadas brasileiras.

tentativa de ataque subiram a bordo alvejados seqüestrados embarcação suspeita FONTE: HTTPS://ICC-CCS.ORG/ PIRACY-REPORTING-CENTRE/ LIVE-PIRACY-MAP

de espera na entrada das eclusas. Assim, viram alvo de bandidos em busca de transporte de contrabando saqueado ou, em muitas vezes, negociado com tripulação de navios de origem suspeitas. Ao passar o Canal do Panamá, o próximo ponto de risco é a costa do Equador, devido ao contrabando e narcotráfico. Já na área que envolve Indonésia, Índia e países do sul asiático, prevalece o sequestro de pessoas para troca por valores com seus países de origem, transporte de armas, transporte de pessoas em fuga de regimes ditatoriais ou guerras civis e, claro, o narcotráfico. A mesma situação encontrada na costa oeste da África. A na temida costa leste africana, hoje a terceira região mais militarizada, com forças navais internacional do primeiro mundo, os piratas

agem em grupos buscando pessoas para negociar com seus países de origem com valores que podem chegar a US$ 150 mil por tripulante. Isso quando os radicais não assassinam aqueles que fazem parte das forças de colisão na região. No Mediterrâneo, a preocupação maior deve ser a costa norte da África e região da Turquia, onde querem nossos barcos para transporte de pessoas e armas na região. Bem, navegadores. Agora que sabem um pouco mais sobre os “piratas” em nossas navegações, vamos às principais dicas, além das já citadas na edição passada em nossa coluna. Já sabemos que, além de ter de se preocupar com ventos, marés, furacões, containeres, incêndio, saúde, navegação, mecânica, etc, temos que ficar atentos com os “piratas”.

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coluna um homem do mar

O INCOMPREENSÍVEL

MERCADO DE LUXO Mercado é a definição do todo, nicho é a definição de exclusividade

Ricardo Machion é navegador oceânico, palestrante sobre segurança de navegação aplicada a atividades esportivas e fundador da “Um Homem do Mar”, marketing náutico.

138

S

audações marinheiras! Ao preparar esse primeiro texto, conclui que a melhor forma de iniciarmos essa relação seria contando um pouco de mim. Tenho formação em marketing e trabalhei por muitos anos na indústria de bens de consumo, morando em vários lugares e viajando dentro e fora do Brasil. Por isso, talvez meu ponto de vista seja bastante incisivo e não me sinto um colunista, mas sim um crítico, um eterno insatisfeito buscando a melhoria constante. Sou iatista de classe e atualmente participo dos circuitos de vela oceânica. Bem, agora que estamos devidamente apresentados sejam todos bem vindos a bordo porque aqui vamos nós! Viajo constantemente e é impressionante como criamos conceitos, muitas vezes, confusos. Me refiro ao conceito de luxo, mais pre-

cisamente às embarcações classificadas como “de luxo”. Enquanto fora do Brasil o conceito de embarcações de luxo é aplicado para modelos de 100, 200 e aos megaiates com mais de 300 pés, ou em pequenas joias assinadas por grandes estúdios de design, aqui aplicamos a barcos de tamanho infinitamente inferior. Esse conceito é bastante confuso, uma vez que gastar uma fortuna numa embarcação não a torna incrivelmente mais interessante que outra. Isso é apenas o gasto, portanto, luxo pode variar de pessoa para pessoa. Visito salões náuticos, marinas e iates clubes com certa regularidade e é espantoso o quanto estamos atrasados. Nossa mão-de-obra ainda é pouco qualificada e qualquer um que tem um pouco de poder abusa desta posição para dificultar as soluções dos proprietários de barcos.


Onde já se viu um salão náutico cobrar ingresso caro, estacionamento, refeição e ainda quando um visitante deseja conhecer uma embarcação, é impedido de entrar por não ter o nome na lista ou não agendou previamente. Isso é um desperdício de oportunidade, as embarcações estão lá para serem visitadas. Já ouvi inúmeras desculpas a respeito desse assunto, mas o fato é que não criamos um ciclo de consumo e nós mesmos enfraquecemos o mercado. Muitos estaleiros pequenos praticamente vendem o almoço para pagar a janta, outros têm apenas a embarcação do proprietário para testar (e é claro que o mesmo não quer ter gasto com combustível do próprio bolso para a diversão dos outros, mas isso não é problema do consumidor).

“Nossa mão-de-obra é pouco qualificada e qualquer um que tem um pouco de poder abusa desta posição (...)” Quando alguém se propõe a fabricar uma embarcação, é sua obrigação ter os produtos e não a do consumidor de pagar para ser produzida. Claro que me refiro às embarcações de produção em linha de esporte e recreio com no máximo 40 pés, que é o mais próximo do perfil brasileiro. Nos preocupamos com exposições esteticamente bonitas mas que acabam cumprindo o papel de perfumaria. Quem quer comprar um barco, quer explorar todas as possibilidades, ver um barco completo, bem construído, com soluções incríveis e detalhes que surpreendam por sua simplicidade ou não. Não adianta colocar jovens bonitas e insinuantes, mas que são

treinadas um dia antes para atender um público cheio de informações já vistas na internet. Os clientes estão dispostos a comprar, mas são os estaleiros que precisam que lutar pelo cliente, seja ele quem for!

brasileiro. Nas feiras falo com os proprietários, me apresento como visitante e a pessoa quer que você saiba tudo sobre o seu produto. Isso tem valor! Certo dia visitei o estande de um dos maiores fabri-

Você que lê esse texto, me responda: já teve algum problema com sua embarcação ou equipamento adquirido no Brasil? Aposto que se ainda não teve, conhece alguém que já passou por isso. O acesso aos armadores brasileiros ou importadores é quase impossível. Tente ligar para falar com um tomador de decisão para ver a dificuldade que enfrentará. Que me perdoem as assistentes, eu as adoro, mas sempre é feito um filtro para talvez te responder, porque no Brasil todo mundo é muito ocupado ( fui executivo de indústria e conheço bem esse procedimento). Mas elas não navegam e muitas vezes, por não entenderem do assunto, respondem de maneira educada: “Senhor, encaminharei sua solicitação e retornarei em breve”. Ok, querida, muito obrigado pelo retorno e até 2019! Em qualquer outro país entro em marinas onde os barcos custam 100 vezes mais que um barco

cantes de lanchas esportivas do mundo e tive um atendimento impecável. No segundo dia de feira, a mesma pessoa me viu, me chamou pelo nome e me deu um catálogo e um DVD. Ao chegar em casa vi que era um e-mail agradecendo o tempo despendido para conhecer seu produto. Era o proprietário do estande. Enquanto não entendermos que o conceito de mercado náutico se estende a ter a maior quantidade possível de embarcações navegando para o consumo de produtos e serviços, continuaremos sustentando a ideia de que barcos são um bem (como pseudomercado de luxo e não um meio de transporte e lazer) e vendo estaleiros e comerciantes nacionais enfraquecidos por qualquer movimentação de taxa de câmbio, falta de mão-de-obra e, por consequência, falta de consumidores. Até a próxima!

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