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Participamos do evento da Brunswick nos EUA, vistamos a fábrica da Sea Ray e testamos a 510 Fly que vem para o Brasil
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TESTAMOS
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QUE TAL UMA 50 PÉS?
Listamos as principais 50 pés para você escolhera sua
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Inovadora, ela soube adaptar-se às exigências do mercado
SEMPRE NA BOAT SHOPPING Editorial.................................22 Cartas...................................24 As Dez Mais.........................26 Vitrine...................................30 Boat Theater.........................34 Minhas Águas.......................36 Por Dentro do Barco.............38 Glossário Náutico..................40 Grandes barcos.....................42 O Especialista.......................46 Pelos Mares..........................48 Terra Firme.......................... 150 Porto Seguro....................... 166 A Bordo............................... 170 Sobre as águas................... 192 Pergunte ao Capitão........... 196 Coluna do Nasseh............... 194 Planeta Água....................... 210
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E DITORIAL
A vida começa aos 50 Olá, amigos! É com uma imensa satisfação que estamos levando até você este exemplar da Boat Shopping. Ele é especial por dois bons motivos: é o último de 2013, que fecha este ano tão movimentado do mercado náutico nacional, e é a nossa edição de número 50. Aí pedimos licença para dizer algumas palavras sobre o que isto significa para nós. A revista começou como um sonho do nosso publisher, Caio Márcio, que tinha barco e não entendia como não havia uma publicação que falasse a língua dos iatistas, dos caras do píer, e fizesse a conexão com os estaleiros nacionais. Depois de um começo difícil, o próprio Caio enfrentou um drama pessoal de saúde e precisou se ausentar por um ano do mercado. E como guerreiro que é, ele superou e retomou a revista com muita força de vontade. O exemplo do Caio nos inspira a cada dia e talvez muito por conta disso somos uma equipe vencedora. Não é qualquer publicação neste país que chega às 50 edições. Ainda mais em um segmento de mercado sujeito à rajadas e calmarias. Nenhuma equipe sai vencedora sem o estímulo, a pegada, de querer atingir seu objetivo e conquistar sua vitória. Conosco não é dife-
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rente. Nos superamos para entregar a você a melhor informação, até mesmo quando isso parece impossível de conseguir. Sempre. Como editor contratado no início do segundo semestre vesti essa camisa com muito orgulho e garanto que a cada edição renovamos esse compromisso com você. Esperamos, portanto, contar contigo sempre, leitor, anunciante e participante do nosso evento, o Boat Xperience. Aliás, ele segue a mesma filosofia e está chegando à sua 8ª edição na Marina Astúrias no Guarujá. Um evento único, que permite que você entre nos barcos, teste seu desempenho na água, converse com o dono do estaleiro ou um representante especializado, tire dúvidas, compare modelos e decida pelo que você vai guardar na sua vaga. Sem frescuras e no maior alto astral. O próximo acontece agora no último fim de semana de janeiro. Vá lá para a gente se ver e comemorar a entrada de mais um ano de muitos passeios e de realizações. É o que desejamos para você, de coração. Abração, Leonardo Millen EDITOR
Descubra porque esse barco é tão consagrado no mundo todo.
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A opinião dos leitores
Publisher Caio Marcio Lopes Ambrosio Editor Leonardo Millen leonardo@boatshopping.com.br Diretor Executivo Caio Ambrósio Consultor técnico Guilherme Kodja (SetSail)
BOAT XPERIENCE Estive no último Boat Xperience no Guarujá, testei pessoalmente vários barcos e gostei tanto que mal posso esperar pelo evento de janeiro. Eu recomendo aos meus colegas leitores que não percam esse evento de forma alguma. Danilo Mesquita, São Paulo, SP
ANOS DOURADOS Gostaria de agradecer à jornalista Estela Craveiro pela reportagem do retorno do Miss Bangu. Ela soube captar bem a alma desse barco que, posso garantir, foi um marco no Rio de Janeiro. Viajei para os anos 60 e terminei a reportagem emocionado pelas lembranças de uma época de glamour e do jovem que sonhava levar os brotinhos para passear no Miss Bangu. Cristóvão Dias, Rio de Janeiro, RJ
SEMPRE NA FRENTE Quero parabenizar a revista pelo conteúdo da edição 49. Vocês adiantaram para a gente e para o mercado como é a GT 35 da Beneteau e a nova offshore 48 da Intermarine, um barco que eu gostaria muito de testar. Yuri Tavares, Ribeirão Preto, SP
BONS VENTOS! Sou velejador da classe RGS e gostaria de agradecer a ampla cobertura da vela nacional realizada pela Boat Shopping. Nenhuma revista do mercado que eu conheço realiza trabalho semelhante. Parabéns e continuem nesse rumo. Diego Rocha, São Paulo, SP
Fale com a BS: Para enviar comentários, dúvidas e sugestões para nossos colunistas, consultores e a redação, escreva para contato@boatshopping.com.br.
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Editora de arte Júlia Melo julia@boatshopping.com.br Designers Carolina Wegbecher Lygia Pecora Fotos Laki Petineris Colunistas Antonio Alonso, Jorge Nasseh, Marco A. Ferrari Carneiro e Roberto Brener. Colaboraram nesta edição Antonio Alonso, Daniel Ambrosio, Caio Ambrosio e Estela Craveiro (texto), Caio Márcio, Rico e Mike Jones (fotos) e Formas Consultoria (revisão) Assistentes de produção Guilherme Martins, Pedro Ambrósio e Tamara Garafulic Representante - Região Sul Atanil Wagner Para anunciar ou assinar Tel. (11) 3846-2364 contato@boatshopping.com.br www.boatshopping.com.br Boat Shopping é uma publicação do Boat Brasil Mídia Group (edição 50 dezembro/ janeiro 2013). Os artigos assinados não representam necessariamente a opinião da revista. É expressamente proibida a reprodução ou cópia, de parte ou do todo, de textos e fotos publicados na Boat Shopping sem autorização prévia. Redação e publicidade Rua Helena, 280, Vila Olímpia, CEP 04552-050, São Paulo, SP
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AS 10 MAIS
As principais notícias do mundo náutico
Nova BR Marinas
Foi inaugurada na segunda quinzena de dezembro a nova unidade do grupo BR Marinas no Bracuhy, em Angra dos Reis. A marina oferece muita infra estrutura e a mais moderna tecnologia na movimentação e guarda de embarcações. Localizada em um dos pontos mais charmosos da Costa Verde, a marina poderá receber embarcações de até 60 pés.
Jeanneau premiado O Nautic Motor Boat Design Awards premia os designs dos barcos mais bonitos do ano. Em 2013, o campeão foi anunciado durante o Salão Náutico de Paris. A Jeanneau NC 14 desbancou grandes nomes que concorriam com ele, como a Monte Carlo MC 5, a Four Winns 290, a Sunseeker Portofino 40 e a Prestige 450 Fly.
Boat Xperience Verão 2014 Durante os dias 23 a 26 de Janeiro e 31, 01 e 02 fevereiro acontecerá a 8a edição do Boat Xperience, na Marina Astúrias, no Guarujá, litoral de São Paulo. O evento reúne as melhores marcas do mercado e é o único no estado de São Paulo a oferecer o test-drive das embarcações. Um grande diferencial, pois quem deseja um barco novo já pode tirar as dúvidas na hora e realizar uma compra mais segura. Mais informações www.boatxperience.com.br
Cimitarra aumenta tamanho
Dá-me um Conero! O estaleiro italiano CRN, que integra o Ferretti Group e é especializado em iates acima de 40 metros, anunciou seus dois novos projetos: o Conero 40 e o Super Conero 44. O nome faz parte da estratégia comemorativa dos seus 50 anos homenageando um de seus famosos barcos dos anos 70. Em ambos destaque para as janelas do chão ao teto no deck principal, a varanda na suíte máster, a generosa plataforma de popa e a inovadora garagem de tender igual à do J’ade, que se enche de água e se integra ao beach club.
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O estaleiro Cimitarra anunciou sua grande novidade para o próximo ano: a Cimitarra 700. Mas a novidade ficou “maior ainda”, pois com o casco pronto e novas medições, o estaleiro aumentou o tamanho do barco para 76 pés, em vez dos 70 pés anunciados inicialmente. Uma ótima notícia para os entusiastas da marca e também para o mercado náutico brasileiro, pois a cada ano estamos produzindo barcos maiores.
A incomparável sensação de desfrutar o tempo na água
Lançamento CAPRI 21
COM EXCLUSIVIDADE PARA O BRASIL, A AMERICAN BOAT REALIZA SEU SONHO DE POSSUIR UMA CHRIS CRAFT.
AS 10 MAIS
Princess
anuncia novidade O estaleiro inglês Princess Yachts revelou que irá lançar durante o Miami Boat Show de 2014 a nova S72. Segundo o estaleiro, trata-se de uma Sportbridge de 72 pés, equipada com motores MAN de até 1.800 hps e excelente autonomia em velocidade de cruzeiro e velocidade máxima de 37 nós. A estreia será durante a feira, mas o casco número dois já está em produção, além de mais três modelos da linha S Class que devem ser lançados até 2015.
Grande Azimut
Desde que a Azimut incorporou a linha Grande, de barcos de alto luxo entre 95 e 120 pés, esperava-se um lançamento. A Grande 95 RPH chega ao mercado com novo casco e soluções inovadoras, como o meio-deck que abriga uma ponte de comando elevada, separada do deck principal. Isto permitiu uma enorme suíte máster no deck principal e mais quatro no inferior. Outro trunfo é o espaçoso flybridge (60 m2), com uma mesa para 10 pessoas e até uma Jacuzzi, e uma garagem para um tender de até 4 metros na popa, além de três cabines e dois banheiros para quatro tripulantes. A lancha vem com dois motores MTU 16Vb 2000 M84 que permitem uma velocidade máxima de 26,5 nós.
Voga fecha com a Boat Solutions No segmento náutico há 10 anos, a Boat Solutions é uma empresa especializada na comercialização de barcos de marcas renomadas, como Ferretti, Pershing, Azimut, Atlantis, Intermarine, Schaefer, Beneteau, Sunseeker, Princess, Cranch, Real, Flórida entre outras e representante oficial das marcas Malibu Boats, Axis e Flórida Marine. Com a nova parceria, os clientes da Voga Marine, em Ubatuba, poderão contar com toda a experiência da Boat Solutions para encontrar e fechar sempre um negócio atraente e com segurança.
Ventura Marine é ISO 9001 A Ventura Marine recebeu no mês de dezembro a certificação NBR 9001:2008 (Sistema de Gestão de Qualidade). Utilizada em mais de 150 países, a norma está focada na eficácia do sistema de gestão de qualidade em atender aos clientes. Eles passam por uma auditoria a cada seis meses, afim de garantir que continuam cumprido as normas.
Marinas Nacionais hasteia a Bandeira Azul A Marina Nacionais conquistou o direito de hastear a Bandeira Azul para a temporada 2013/2014 e tornou-se a primeira marina do estado de São Paulo a receber o selo ambiental. A certificação foi entregue pela coordenadora nacional do Programa, Leana Bernardi, ao sócio administrativo da Marinas Nacionais, Juan Alfredo Rodrigues. Confira mais detalhes na página 152
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V ITRINE ANTIDERRAPANTE
Os tapetes antiderrapantes da By Kamy são ideais para áreas úmidas de barcos. Feitos com trama texturizada com 90% de vinil e 10% de poliéster, repelentes a água e sujeira, eles contribuem para o isolamento térmico e acústico. Entre os vários modelos, o Misura é modular e permite personalização na montagem do desenho. Preço sob consulta. www.bykamy.com
PARA NAVEGAR NA MODA MOCHILA INTELIGENTE
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A japonesa Shimano, tradicional marca de acessórios para bicicletas, desenvolveu a mochila Tsukinist de 20 litros com características inteligentes, com uma capa de chuva embutida, uma seção acolchoada para laptop, bolso para celular e suporte para a pendurar a chave. Custa em torno de R$ 370. Mais informações no 21260000 (Mix Bicicletas) ou 0800 970 4044 (LM Bike)
A filmadora Action Cam HDR-AS15 da Sony é uma ótima opção para você registrar suas férias à bordo. Ela filma em Full HD e vem com uma caixa estanque que resiste até 60 metros e permite captação de áudio debaixo d’água, além de suporte para fixação em superfícies planas e curvas. Custa em torno de R$ 1.000. Mais informações no www. sony.com.br/store
ROBÔ MARINHO
A portuguesa Azorean acaba de lançar o primeiro drone aquático popular do mundo: o Ziphius. Controlado remotamente por aplicativos de celular, ele desliza até a 10 Km/h na superfície da água a uma distância de até cem metros do dono via Wi-Fi, capturando fotos e vídeos em alta definição acima e abaixo do seu corpo. Na pré-venda, ele está custando US$ 270. Mais informações, www.ydreams.com
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COMANDOS EM AÇÃO
PERFUME DE VERÃO
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O perfume CK One Summer é lançado a cada verão e a versão 2013 já está nas melhores lojas e free shops. Ele tem uma fragrância refrescante e leve, com aromas cítricos, que combinam com os dias quentes dessa estação. O frasco de 100 ml custa em torno de R$ 100. Mais informações no 0800 7725500.
LEVE A MAGRELA
FUNDO DO MAR
O kit Ocean da Fun Dive traz máscara e snorkel, com silicone antialérgico, e confortáveis nadadeiras Tropic II para deixar seu mergulho ainda mais divertido por apenas R$ 270. Mais informações, www.fundive.com.br
A Durban tem ótimas bicicletas dobráveis de alumínio, como a Commuter, ideal para se levar no barco numa travessia ou em uma viagem mais longa. Custa em torno de R$ 1.600. Mais informações, www.durbanbikes.com
SPARROW SPIRIT
Quem não se lembra da bebida preferida do capitão Jack Sparrow (Johnny Depp) no filme Piratas do Caribe? Se você pretende ir para lá nessas férias ou entrar no clima caribenho, uma boa pedida é provar o Havana Club Seleccion de Maestros, um rum ultra-premium envelhecido em barris de carvalho por R$ 210. Mais informações no www.havana-club.com/
ATÉ NOS OLHOS
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B OAT THEATHER
Um livro, um filme e um disco na opinião de quem é do mar Ricardo Machion é iatista das classes Soling, ORC Internacional e RGS. Possui diversos títulos em regatas de vela oceânica, além de participações no mundial da Classe Soling e na Nations Cup. Também é colunista da Brazilian Adventure Society e colaborador dos sites 360graus, Veleiros do Sul e do blog Um Homem do Mar.
VELEIROS AO MAR A escritora Sarah Mason retrata os bastidores de uma das mais antigas e importantes regatas do mundo: a America’s Cup. A bela e talentosa Inky sonha em competir pela Grã-Bretanha, que jamais ganhou a regata. Mas, antes disso, ela terá de enfrentar inimigos como o impiedoso patrocinador Henry, que acredita que velejar não é para mulheres, e a paixão por um rival. Enquanto isso, Fabian tenta resgatar seus dias de glória no esporte arruinados pelo péssimo estilo de vida e Rafe precisa recuperar seu amor pela vela perdido ao entregar seu coração à mulher errada, Ava, a mimada filha de seu patrocinador.
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Os personagens transmitem as dúvidas, os medos, as inseguranças, a tensão e as amizades que se vivencia em um circuito de vela. E também os segundos de cada manobra, quando se consagra um campeão. São 755 páginas de pura adrenalina e romance que fazem até os grandes marinheiros tremer de emoção.”
HOMENS DE HONRA Carl Brashear (Cuba Gooding Jr.) entra para a Marinha e, apesar das barreiras que enfrenta por ser negro, consegue o que sempre sonhou: ser aceito para o programa de mergulho. Seu treinador, Billy Sunday (Robert De Niro), famoso tanto por sua bravura quanto por suas encrencas, faz de tudo para que Carl desista. Mas ele tem muita determinação e impressiona seu treinador, que muda de atitude.
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O filme foi baseado na história real de um jovem marinheiro que saiu da roça para se tronar o primeiro oficial negro da Marinha americana. Numa trama de amor, muito sofrimento e superação, inclusive depois de um grave acidente. Um filme emocionante e imperdível.”
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OMARA PORTUONDO & MARIA BETHÂNIA Consideradas no Brasil e em Cuba intérpretes da alma de seus países, elas protagonizaram um dos mais belos encontros musicais dos últimos anos. Os shows percorreram o Brasil e América Latina e renderam CD, DVD e um livro em 2008. Quem não conhece Omara Portuondo vai lembrar de uma participação dela no filme Buena Vista Social Clube, do aclamado diretor Wim Wenders, na apresentação do grupo no Carnegie Hall.
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O clima caribenho é tão intenso que não dá vontade de parar de dançar, simplesmente sensacional. Vale um destaque para a faixa da famosa Só vendo que beleza (Marambaia) além de muitas outras, como Você, Menino Grande e Arrependimento.”
M INHAS ÁGUAS
BEM ALI
A encantadora e surpreendente represa de Igaratá fica a poucos quilômetros de São Paulo Muita gente sequer ouviu falar, mas a poucos quilômetros de São Paulo fica uma represa de águas límpidas, piscosas e cheias de lugares para navegar e se divertir. Igaratá fica na região de São José dos Campos, somente a 71 quilômetros da capital paulista e abriga uma das mais belas represas do estado. Cercada por condomínios de alto padrão e diversas casas na beira da represa, a cidade é um verdadeiro reduto para amantes dos esportes náuticos. Formada nos anos 1970 para produzir energia para satisfazer as necessidades de desenvolvimento do Vale do Paraíba, o lago represou as águas do Rio Jaguari e inundou o antigo município de Igaratá, que em Tupi “significa barco/canoa alta ou grande”. Um prenúncio do que
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se transformaria a região, pois lá os barcos e motos aquáticas fazem parte do cotidiano dos fins de semana na represa. Com a mudança da cidade para outro local, o vilarejo antigo está totalmente submerso e serve também como uma opção para mergulho. Com o seu barco, você pode visitar dois locais bem interessantes, a Náutica Castelinho, que, além de marina, tem um bom restaurante e diversos pratos para se deliciar, e o Restaurante das Águas, que já foi premiado algumas vezes e sempre é indicado para as pessoas de fora da cidade. Do lado oposto, foi inaugurado um bar, o Bar Brasil, que serve petiscos que não são vendidos no restaurante e a cerveja está sempre gelada. Tá esperando o quê?
Em Igaratá tem... ✚✚ Lugares para pescar ✚✚ Áreas de mergulho ✚✚ Pousadas e restaurantes ✚✚ Clubes náuticos
Quando ir... O ano inteiro... É bem ali.
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P OR DENTRO DO BARCO
LIMPEZA DE
TANQUES
Revitalize regularmente os tanques de combustível do barco com uma lavagem profissional Não é novidade para ninguém que o combustível estraga rapidamente dentro dos taques, seja por procedência duvidosa ou pela sazonalidade no uso da embarcações. Mesmo quando abastecido com combustíveis de boa qualidade este acabam se deteriorando e gerando as famosas “borras” dentro dos tanques. Por isso, torna-se inevitável de tempos em tempos fazer uma limpeza dentro dos tanques de combustível dos barcos, eliminando assim toda sujeira, que é composta pelos resíduos gerados pelo próprio combustível estragado. Se não retirados, eles causam: contaminações nos novos abastecimentos, aumento de fumaça, entupimento precoce dos filtros, perda de potencia e consequentemente quebras indesejáveis no sistema de injeção. Ou seja: vale mais a pena fazer esta manutenção do que consertar os estragos gerados por essa combustível contaminado. Para realizar o serviço, a limpeza requer muitas vezes que se retire o tanque para que ele seja lavado com jatos de água e devolvido à embarcação. No entanto, já existe um sistema mais moderno, desenvolvido pela empresa Teccom, que utiliza tecnologias de ponta para remover a borra e ainda inibir a proliferação de bactérias no combustível, eliminando assim novas contaminações. Neste procedimento exclusivo é usado o produto Otimizador
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Teccom10 Mariner para solubilizar as “borras” e recuperar as característica do óleo diesel além de um processos físicos, por meio de filtros especiais que eliminam partículas de até 1 micron, sem a necessidade de retirar o tanque do barco. Um processo de menor custo, mais rápido, prático e menos arriscado para o barco. Isto sem falar no fator ambiental, uma vez que este método evita a contaminação de toda a água utilizada durante o processo de limpeza, pois só é retirada a “borra”. E todo este material é convenientemente descartado, o que credencia a empresa com uma das mais sérias do setor. Resumindo: a “borra” e a água são os maiores inimigos do seu combustível e por isso evite qualquer ação que o coloque em contato com a umidade e abasteça sempre em postos confiáveis. De tempos em tempos, faça a lavagem do tanques. Seja qual for o processo escolhido, que o serviço seja feito sempre por profissionais capacitados, com emissão de ART e treinados para manipulações de combustíveis, utilizando todos os equipamentos e procedimentos de segurança exigidos pela legislação (IBAMA / órgãos ambientais estatuais) e ainda fazendo uso de produtos aprovados pelos órgãos responsáveis tais como ANP, IBAMA e PROCONVE. Seu barco merece e, certamente, você merece passear tranquilo.
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VOCE SABE O QUE SÃO...
THRUSTERS?
Os termos em inglês “bow” e “stern thrusters” designam, na verdade, motores auxiliares de manobra na proa e na popa Por Guilherme Kodja Em inglês, “bow” significa proa e “stern” popa. Daqui partimos para entender mais sobre o uso do que podemos chamar em português o que são os bow e stern thrusters. São pequenos motores auxiliares elétricos ou eletro-hidráulicos, no caso de barcos maiores, geralmente acima de 60 pés, que são instalados, normalmente, na proa e mais raramente também na popa e que ajudam muito na hora de manobrar e atracar o barco. Muitos pensam que esses equipamentos servem apenas para barcos grandes e navios e isso é um grande engano. Na verdade, em barcos pequenos, abaixo de 40 pés, eles têm função até mais efetiva. Há alguns modelos, geralmente importados, que recebem esse equipamento, 99% das vezes apenas na proa. Isso porque são barcos mais leves e que têm forte tendência a sair de proa em manobras em dias de vento mais intenso. Por serem mais leves, facilmente saem do curso desejado e quando há barcos ao lado, a coisa pode ficar complicada. Dessa forma, com um pequeno toque no acionador do painel, o motor de proa (bow thruster) pode em poucos segundos resolver o problema e salvar a manobra, evitando pequenas colisões indesejáveis. Se o barco possuir um motor auxiliar na popa, também, chamado stern thruster (este sempre acompanha o de proa e nunca é instalado sozinho), ele pode fazer manobras ainda mais precisas, literalmente andando de lado e realizando giro completo no próprio eixo, o que deixa as manobras ainda mais fáceis.
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O detalhe é: não abuse do uso desses equipamentos. Eles são auxiliares e não podem ser acionados o tempo todo por muito tempo (mais de um minuto, por exemplo, dependendo do modelo e potência), pois o motor elétrico esquenta bastante e para de funcionar, deixando o piloto repentinamente sem poder contar com esse facilitador. Somente após o motor esfriar, após alguns minutos, é que volta a funcionar novamente. Os equipamentos eletro-hidráulicos são mais parrudos e podem funcionar por mais tempo, por isso são instalados em barcos maiores e que têm estrutura para receber esse item mais pesado e complexo, todavia, mais confiável.
G RANDES BARCOS
SCARAB 38
Rápida como o vento Objeto de desejo de amantes da velocidade e de barcos esportivos, a Scarab 38, um dos grandes sucessos da Intermarine, lançada no auge das offshore no Brasil, tornou-se um clássico entre as lanchas esportivas do país graças à sua performance, além de se destacar pelo design arrojado e pelos grafismos na pintura, na época a vanguarda estética náutica. “Ela corta a água como uma faca”, define o paranaense Henrique Richetti Jr., que em 2008 adquiriu um exemplar usado, fabricado em 1995, totalmente conservado, e o mantém em estado original, incluindo o gel, a pintura e os motores, dois Volvo Kad 43 de 240 hp cada. “Tive diversas offshore e esta é a melhor. Quando pega uma onda, a Scarab corta, não bate”, justifica. Lançada pela Intermarine em 1991, com 38 pés, a Scarab 38 foi
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idealizada para quem deseja um barco rápido, ágil e de fácil operação. Até 2004 foram fabricados 318 exemplares. A maioria deles continua navegando e tem boa cotação para revenda. O sucesso se explica por reunir alto desempenho, boa navegabilidade e design moderno e agressivo, que, aliás, continua bem atual. “A Scarab 38 tem um casco que não pode melhorar em relação ao que já é. É um barco pulsante. O principal é a sensação esportiva que proporciona. Você pilota e se sente como se estivesse guiando um carro esporte. A única coisa que realmente falta, porque na época não tinha, é uma motorização mais potente”, diz Henrique, ao revelar que com os dois motores originais alcança velocidade de 35 nós em cruzeiro e 43 de top. Mas hoje garante que a lancha poderia suportar dois propulsores
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Fabricada entre 1991 e 2004, a Scarab 38 é um dos grandes clássicos da Intermarine, cultuada por quem gosta de lanchas velozes e por quem gosta de passear com pouco peso e se dá bem com a cabine simples Por Estela Craveiro
A Scarab 38 tem um casco que não pode melhorar. É um barco pulsante. Você pilota e se sente como se estivesse guiando um carro esporte” HENRIQUE RICHETTI JR.
de até 400 hp cada. “Seria espetacular!”, ele imagina. A facilidade para manobra e a partida econômica são outros aspectos da Scarab 38 que o agradam. Por outro lado, a cabine da lancha, com gaiutas retangulares no teto, é quase espartana. Tem uma cama de casal, sofás a bombordo e boreste, e banheiro com chuveiro. O deck, bem prático, reúne sofás e mesa, pia e nichos. O posto de comando tem assento duplo. Na popa, solário para três pessoas. Para Henrique, apaixonado por barcos rápidos, a simplicidade da cabine é indiferente, pois ele faz o estilo dos que passam o dia navegando e dormem em casa. Mas tem amigos que possuem esse barco e viajam com ele muito bem. “Outras podem ganhar em conforto, mas perdem em velocidade”, conclui o feliz proprietário da Scarab 38.
FICHA TÉCNICA COMPRIMENTO TOTAL 38 pés (12,30 m) BOCA 2,65 m PESO 2.000kg MOTORIZAÇÃO
Dois Volvo Kad 43 de 240 hp cada
TANQUE DE COMBUSTÍVEL 550 l TANQUE DE ÁGUA 80 l VELOCIDADE MÁXIMA 43 nós ESTALEIRO Intermarine
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ROBERTO BRENER é engenheiro da Electra Service e expert em equipamentos elétricos e eletrônicos para barcos
Estou querendo instalar um bow thruster no meu barco de 50 pés, mas todos meus conhecidos dizem que os elétricos podem ser perigosos? Carlos Roberto Franz, São Paulo, SP
Carlos, thrusters elétricos são seguros! Criou-se um folclore enorme a este respeito, pois há relatos de acidentes onde o vilão não foi bem o thruster, foi quem o instalou. Thrusters elétricos consomem altas correntes, mas funcionam de forma segura se bem instalados. Além disso, há marcas que possuem uma série de proteções que afastam qualquer possibilidade de acidente, mesmo que haja falhas na instalação. O problema das altas correntes é que a seção transversal dos cabos, a proteção dos circuitos, a distância até as baterias e a capacidade delas devem ser bem calculadas e a instalação deve ser bem planejada. Isso requer uma análise especial se estamos falando de barcos prontos onde se pretende utilizar as baterias já existentes na casa de máquinas. Em qualquer instalação elétrica é de fundamental importância usar cabos adequados para a corrente que conduzem. A mesma preocupação de dimensionar cabos para altas correntes acontece com os motores de partida, com o guincho e com o fogão elétrico. Por que tinha que ser diferente com o seu thruster? Cabos elétricos possuem uma resistência que aumenta com o comprimento e com a diminuição de sua secção transversal; e altas correntes passando por uma resistência elétrica dissipam calor. Além disso, quanto maior for a resistência entre a bateria e o thruster, maior será a queda de tensão, o que pode levar o thruster a não funcionar corretamente. Não atentar para a distância entre a bateria e o thruster ou negligenciar a secção transversal dos cabos pode causar aquecimento, que, em casos extremos, pode derreter não só os cabos desse equipa-
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mento, como, inclusive, outros circuitos que correm no mesmo eletroduto e incendiar o barco. O segredo, que nem é tão secreto assim, é seguir à risca as recomendações dos fabricantes e tentar encurtar ao máximo a distância entre a bateria e o thruster. Instalar um banco de baterias exclusivo na proa da embarcação que alimente o guincho de âncora e o próprio thruster pode ser uma ótima solução, inclusive custa bem menos do que partir para um sistema hidráulico. Francamente, sua embarcação está dentro de uma faixa de tamanho para a qual thrusters elétricos são totalmente adequados. Thrusters hidráulicos são recomendados para embarcações bem maiores, onde as potências envolvidas exigem bancos de bateria muito grandes e cabos muitíssimo mais grossos, o que, em muitos casos, é impraticável. Por fim, utilize as marcas que têm proteções contra queda de tensão, sobrecarga e aquecimento do motor do próprio thruster. Existem fabricantes ainda que têm chaves automáticas de segurança que desconectam o thruster quando este não está sendo usado por alguns minutos ou em caso de qualquer anomalia. Resumindo: decida pelo fabricante de thruster elétrico que tem o melhor e mais seguro pacote de equipamento e acessórios e escolha um profissional capaz de executar a instalação seguindo à risca as recomendações do fabricante. Não tem erro.
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Um giro pelo mundo nรกutico
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energia CHEIO DE
Os barcos até 35 pés podem contar com geradores para proporcionar confortos, como ar-condicionado, água quente, micro-ondas, cooktops e churrasqueiras elétricas, que deixam a navegação bem mais gostosa Por Estela Craveiro Sempre presentes em embarcações de grande porte, nos últimos anos os geradores de energia vêm ganhando espaço em barcos menores, entre 28 e 35 pés. Itens de linha na Europa e na América do Norte, no Brasil já constam como opcionais de modelos pequenos e cada vez mais são instalados em lanchas e veleiros já em uso. Para usufruir de todo o conforto que geradores náuticos proporcionam, é preciso saber escolher bem e, mais ainda, usar corretamente, para não embarcar um problema em vez de uma solução. O segredo do acerto tem três passos. O primeiro é saber exatamente quanta energia elétrica você de fato precisa ter disponível para quando estiver navegando e por quanto tempo. O segundo é comprar um gerador que proporcione só um pouco mais do que isso. O terceiro é ter um marinheiro que entenda como usar e cuidar do gerador, e passar a entender também, para evitar um blackout a bordo.
QUAL A SUA DEMANDA? “Normalmente, equipamentos que consomem pouca energia, como televisão, DVD, aparelhos de som e geladeira, são ligados ao banco de baterias do barco, separado da bate-
ria que alimenta os equipamentos de navegação”, explica Umberto Perini, diretor comercial da Fischer & Panda do Brasil, que comercializa os geradores da marca alemã. Mas se você quer ter ar-condicionado, fogão e churrasqueira elétricos, forno de micro-ondas, água quente no chuveiro e secador de cabelos, supérfluo campeão de consumo elétrico a bordo, precisa de um gerador náutico. Tão gastão quanto eles é também o carregador do banco de baterias. Então, some o consumo de todos os equipamentos que deseja ligar ao mesmo tempo para saber qual gerador é o indicado para o caso. Você encontrará quantificações em kW (mil watts), em kVA (mais ou menos igual ao kW em quantidade, para simplificar) e em ampères (que se obtém dividindo a quantidade de watts pela tensão elétrica). Há geradores com tensão em 127 ou 220 volts, padrão brasileiro; 120 ou 240 volts, padrão europeu; e 115 ou 230 volts, padrão americano. Para se ter ideia, um gerador de 5 kW, por exemplo, é o suficiente para fazer funcionar simultaneamente dois aparelhos de ar-condicionado de 16 mil BTUs e um boiler. Um recurso básico é desligar alguns aparelhos para ligar outros, gerenciando a carga. O que importa é o que está em uso simultâneo.
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PELOS MARES
CÁLCULOS DE DEMANDA Não se intimide. Anote o que encontrar nos equipamentos e parta para uma sessão de cálculos com o vendedor. Há geradores assíncronos, cujas potências máxima e contínua são as mesmas, e síncronos, que têm a potência contínua um pouco inferior à máxima. É a contínua a ser levada em conta. Com base na demanda, o ideal é escolher um equipamento cerca de 20% a 30% mais potente. “Normalmente, os estaleiros orientam os proprietários a usarem 70% da carga do gerador. Com menos do que isso, o gerador não chega à temperatura ideal, o cabeçote não dilata corretamente, surgem entupimentos da bomba e do bico injetor, e o desgaste é maior”, diz Leonardo Prioli Menezes, gerente de pro-
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duto da Marine Express, que vende no Brasil os geradores americanos Cummins Onan. “Não é recomendada a instalação de geradores que forneçam energia muito maior do que a demanda instalada, sob risco de danificar o motor do equipamento. O ideal é trabalhar com a carga constante de 80% a 85% da sua capacidade máxima”, recomenda Klaus Driesnack, da Fórmula Import, que vende no Brasil os geradores italianos Mase.
OBSERVE BEM Os outros itens básicos a considerar são o tamanho (na casa de máquinas tem de haver espaço para o gerador e para o seu tanque de combustível, em barcos a gasolina), o peso, o ruído e o motor. “O ideal é que o gerador
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Confira algumas opções de geradores para embarcações de pequeno porte. CUMMINS ONAN
Distribuídos no Brasil pela Marine Express, os geradores norte-americanos Cummins Onan, assíncronos, estão disponíveis nos modelos MDKBH e MDKBJ. O MDKBH tem potência de 5 kW/kVA. Pesa 166 kg. Mede 66,2 cm de comprimento x 51,1 cm de largura x 52,4 cm de altura. O MDKBJ tem potência de 7,5 kW/kVA. Pesa 195 kg. Mede 66,4 cm de comprimento x 58,3 cm de largura x 52,5 cm de altura. Preços sob consulta. www.marinexpress.com.br
MASE
Com base na demanda, o ideal é escolher um equipamento cerca de 20% a 30% mais potente
esteja centralizado no barco, para não gerar desequilíbrio, o que obriga à colocação de contrapesos”, explica Wilson Macedo Fernandes, diretor da brasileira Swell Marine. E vale lembrar que geradores totalmente refrigerados a água são menos barulhentos. Feita a aquisição e a instalação, necessariamente por um técnico especializado, cuide bem do equipamento todo. “Muitos esquecem que um gerador contém um motor que trabalha em um ambiente hostil, exposto à água salgada. Esse motor precisa ser tão bem cuidado quanto o motor de propulsão do barco”, recomenda Leonardo. Outros itens muito importantes são a procedência, a rede de assistência técnica, além dos prazos de garantia. Aliás, quanto maiores, melhor.
Vendidos pela Fórmula Import, de Florianópolis, os geradores da italiana Mase, síncronos, estão disponíveis nos modelos IS 2.7 e IS 4.0. O IS 2.7 tem potência máxima de 2,2 kW e potência contínua de 1,9 kW. Pesa 80 kg. Mede 50 cm de comprimento x 38 cm de largura x 46,5 cm de altura. O IS 4.0 tem potência máxima de 3,2 kW e potência contínua de 2,9 kW. Pesa 96 kg e mede 59 cm de comprimento x 40,6 cm de altura x 51,5 cm. Preços sob consulta. www.formulaimport.com.br
FISCHER PANDA
Produzidos na Alemanha e distribuídos pela Fischer Panda do Brasil, os geradores Fischer Panda, assíncronos, estão disponíveis em dois modelos, PMS 4200 Plus e PMS 7 Mini. O PMS 4200 Plus tem potência de 4,1 kW. Pesa 108 kg. Mede 52 cm de comprimento x 37 cm de largura x 52 cm de altura. Preço: R$ 29.562. O PMS 7 Mini Plus tem potência de 7,5 kW. Pesa 159 kg. Mede 60 cm de comprimento x 45 cm de largura x 58 cm de altura. Preço: R$ 37.583. www.fischerpanda.com.br
SWELL MARINE
Produzidos no Brasil, os geradores síncronos da Swell Marine, de São Paulo, estão disponíveis nos modelos SM 4.0D e SM 7.0D. O SM 4.0D tem potência máxima de 3,3 kVA e potência contínua de 3,0 kVA. Pesa 78 kg. Mede 68 cm de comprimento x 47 cm de largura x 55 cm de altura. Preço: R$ 14.800,00. O SM 7.0D tem potência máxima de 6,3 kVA e potência contínua de 6,0 kVA. Pesa 102 kg e mede 80 cm de comprimento x 48,5 cm de largura x 62 cm de altura. Preço: R$ 18.900. www.swellmarine.com.br
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COPIANDO SEMPRE
Apesar de andar desprestigiado, o rádio VHF tem importância fundamental para a navegação de lazer Por Guilherme Kodja
É fato: o rádio VHF é exigido pela Marinha para barcos com classificação de navegação costeira. A realidade: as pessoas cada vez mais deixam seus rádios desligados e muitas vezes nem sabem quem e como chamar alguém em caso de necessidade. Motivo: a abrangência da área de cobertura da telefonia móvel celular, inclusive dos rádios de uso pessoal, como o Nextel, facilitaram a comunicação a bordo, mesmo durante a navegação. O problema: em vários casos, a cobertura do serviço móvel pessoal desaparece repentinamente, mesmo que em passeios próximos da costa. Tempo ruim, ventos e mesmo ondulações maiores podem prejudicar a recepção do sinal. As ondas de rádio VHF sofrem com os mesmos problemas, todavia, como há várias embarcações navegando pela região, tanto de lazer quanto de serviço, e as estações de rádio costeiras possuem equipamentos potentes e ficam na escuta praticamente o dia todo, são eles que vão poder ajudar no caso de algum problema. Coisa que um celular não vai conseguir. Assim, é o rádio VHF que vai salvar o dia. A Boat Shopping conversou com dois operadores de rádio do litoral paulista, que dão expediente nas principais e mais atuantes estações costeiras do estado de São Paulo, e o que foi relatado deixa claro o que já se acreditava: o rádio VHF salva vidas e garante em muitos casos um retorno seguro para casa. Mas é preciso saber como usar. Primeiramente, saiba que as estações costeiras estão disponíveis para ajudar qualquer um, independentemente de onde você para seu barco, sua origem ou destino... Se precisar, é só acioná-las e será muito bem atendido. Profissionais empenhados e sabedores de sua responsabilidade quanto à segurança da navegação podem passar informações sobre a previsão do tempo e do mar na região onde
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atuam e muitas vezes até acionar outras estações costeiras para obter informações mais precisas de outras localidades. Por isso, lembre-se: antes mesmo de soltar as amarras na marina, faça contato com a estação de rádio costeira mais próxima (muitas vezes de sua marina ou clube) e solicite informações acerca das previsões meteorológicas, condições específicas no local do seu destino e mais, informe os dados de sua embarcação, seu destino, horário previsto de chegada e número de pessoas a bordo. Não custa nada, não demora e garante que você saia tranquilo. No mar, por meio do rádio VHF, você fala melhor com quem está próximo, fica por dentro do que é importante e garante a segurança de todos a bordo. Na próxima edição, publicaremos uma lista com as principais estações de rádio costeiras do Brasil para ajudar você a se comunicar quando e onde precisar. Copiou?
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A VOLTA TRIUNFAL
Reconhecida pela sua qualidade em equipamentos de som, a Kenwood esteve ausente do varejo nacional, mas retorna com ótimos produtos para a linha náutica Quem entende de som, principalmente o automotivo, conhece e reconhece a Kenwood como uma marca de referência. Sua origem japonesa não nega a fixação pela qualidade e o desenvolvimento de novas tecnologias. Mas por conta de arranjos mercadológicos mundiais, foi comprada pela Matsushita (dona da Panasonic), fez parceria com a JVC e agora virou definitivamente a JVCKenwood Corporation, um dos maiores fabricantes globais de produtos eletrônicos e de entretenimento. Enquanto isso acontecia, dançou na mão de representantes e importadores no Brasil. Mas agora tudo mudou. A empresa firmou uma operação fabril em Manaus e montou escritório em São Paulo. E melhor: anunciou uma parceria com a Marine Express para que ela seja a distribuidora oficial e autorizada da linha marítima da Kenwood no país. “O Brasil tem grande potencial no mercado náutico e temos os produtos mais avançados a preços competitivos para esse segmento. Somos líderes mundiais em diversos países, por isso a parceria com a Marine Express será fundamental para atingirmos nossos objetivos comerciais”, reforça Walter Sitta Junior, gerente nacional de vendas da Kenwood.
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Entre os diversos equipamentos da linha náutica Kenwood já disponíveis na Marine Express, brilha o CD Player KMR-700U. “O aparelho tem um recurso muito interessante, que permite executar o som de duas fontes diferentes ao mesmo tempo, em ambientes distintos. Enquanto um grupo de pessoas escuta música do pen drive na área externa do barco, por exemplo, outro grupo escuta o som do DVD na cabine”, explica o administrador comercial da Marine Express, Christiano Sestini. Além disso, o KMR-700U tem 22 W de potência (RMS), rádio AM/FM, display LCD Full Dot com 4 linhas de texto, compartimento interno para iPod e iPhone e práticos dois controles remotos, que podem ser instalados no painel do cockpit e na popa, para ninguém precisar entrar molhado na cabine. Outro diferencial é a conectividade com iPod, iPhone e USB, para tocar a sua seleção musical. Aliás, a Kenwood ainda oferece aplicativos grátis como um que você diz como está (romântico, por exemplo) e ele toca uma seleção da sua seleção. Detalhe: todos os aparelhos têm grau de proteção IPX5 contra as intempéries da umidade e da maresia. Para mais informações, acesse www.kenwood.com.br, www.facebook.com/kenwoodbr e www.marinexpress.com.br
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BRINCADEIRAS DE VERÃO
São muitos os modelos de boias no mercado, para flutuar e para serem puxadas por barcos, grandes opções de diversão, desde que observados os princípios de segurança Por Estela Craveiro Nada como uma boia para fazer a alegria da criançada na água neste verão. E cada vez mais não só da criançada. Crescem nos catálogos das lojas náuticas opções desse acessório que há um bom tempo pulou da categoria segurança para a categoria lazer, agora com um pé na categoria esportiva. Há boias para boiar, estáticas, com formatos variando de cadeiras e colchões com cobertura parcial a verdadeiras piscinas, com água dentro, e grandes plataformas com assento para oito, dez pessoas, que podem se tornar extensões de um barco. Estas só pedem que não se cochile no mar para não ser levado pela maré.
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E há boias para brincar, puxadas por barcos, que já deixaram as “bananas” para trás, embora essas continuem fazendo sucesso. Essas boias a reboque pedem muita atenção, tanto na compra quanto no uso, para a brincadeira não acabar em acidente. Feitas de PVC, o mesmo resistente material dos botes infláveis, precisam ter suas especificações e limites observados. Muitas delas têm uma capa de nylon por fora, para evitar distorções, pois, quando puxadas com velocidade, tendem a tomar o formato oval. É recomendável checar a resistência à distorção ao escolher um modelo. Outro item fundamental é o cabo. Não adianta querer economizar. O correto é comprar o cabo pro-
Muito prazer
Encontradas em lojas náuticas, físicas e e-commerce, boias flutuantes e a reboque podem tornar mais gostosos dias no mar, em represas, lagoas e rios calmos
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FOTOS: DIVULGAÇÃO
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porcional à velocidade do barco com que se pretende usar a boia e ao tamanho e peso que ela suporta. Há boias a reboque para até quatro pessoas. Naturalmente, para usá-las deve-se vestir colete salva-vidas ou camiseta flutuadora. Mas o importante mesmo, e que muitos desatentos não observam, é não acelerar tudo no barco. Quem é puxado em uma boia acima do seu limite de velocidade pode acabar se machucando na água, que se torna uma dura superfície quando se está veloz. Resumindo: escolha a boia adequada ao seu estilo de diversão. Se for “de puxar”, compre o cabo correto, observe a velocidade e a capacidade recomendada pelo fabricante, jamais dispense os cuidados com a segurança, e divirta-se!
1 Sportsstuff, Slalom III, na Velamar 2 Sportsstuff, Siesta Lounge, na Aquilla Maris 3 Obrien, Solo Pod, na Regatta 4 e 5 Obrien, Solo Screamer, na Regatta 6 Sportsstuff, Pool N’Beach Cabana Lounge, na Aquilla Maris 7 Airhead, Slide, na Velamar 8 Sportsstuff, Rock and Roll Lounge, na Aquilla Maris 9 Sportsstuff, Big Mable, na Velamar e na Aquilla Maris Serviço www.velamar.com.br www.aquillamaris.com.br www.regatta.com.br
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AFINAL, O QUE QUEREM
OS CLIENTES? Pesquisa inédita realizada pelo grupo Mercado Livre revelou os principais desejos dos clientes do mercado náutico nacional
Pesquisa inédita realizada pelo grupo Mercado Livre, hoje décimo site de e-commerce mais acessado no mundo, com uma base de 90,2 milhões de usuários cadastrados, através do seu portal de classificados náuticos, realizou um levantamento com 3,2 mil internautas interessados pelo segmento náutico durante o mês de Novembro. Com 21 questões que visitaram desde o perfil dos clientes, tamanho dos barcos, interesse em adquirir uma embarcação e até qual seria “o barco dos seus sonhos”, revelou que 43%
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das respostas foram “sim” quando perguntado sobre o interesse em adquirir uma embarcação, porém 54% disseram que o investimento será de médio prazo, ou seja, entre 2 ou 3 anos. Revistas especializadas como a Boat Shopping continuam sendo a principal fonte de informações e negócios, com 33,3% das respostas, seguidos pelos websites institucionais dos estaleiros, com 24,2%. Confira a seguir mais algumas das principais perguntas realizadas e o resultado apurado pela pesquisa que revelamos com exclusividade.
MAPA DA MINA Qual o tamanho do seu barco?
54,1% 24,4% 10,0% ATÉ 20 PÉS
DE 21 A 30 PÉS
DE 31 A 40 PÉS
5,2%
DE 41 A 50 PÉS
6,3%
MAIS DE 50 PÉS
O barco que você comprou era novo ou usado?
Você pretende trocar ou comprar um novo barco?
46,7% 53,3%
24,4% 43,0% 32,6%
NOVO
PRETENDO COMPRAR
USADO
PRETENDO TROCAR
Em quanto tempo pretende fazê-lo?
Onde você mais utiliza (rá) seu barco?
6,5% 12,7% 22,8% ENTRE HOJE E 6 MESES
DE 6 MESES A 1 ANO
DE 2 A 3 ANOS
59,5% 22,6%
DE 1 A 2 ANOS
17,2% 36,6%
4,2%
MAIS DE 3 ANOS
NÃO PRETENDO FAZÊ-LO
NO MAR
NO RIO
14,3%
3,6%
NA REPRESA
NÃO PRETENDO FAZÊ-LO
OUTROS
Em qual Estado do Brasil está (rá) seu barco?
38,2% 13,3% SÃO PAULO
RIO DE JANEIRO
8,3%
5,7%
PARANÁ
SANTA CATARINA
24% DEMAIS ESTADOS
Qual é marca de barco dos seus sonhos?
15.1% 13.7% INTERMARINE
FERRETTI
9.3%
7.7%
6.8% FIBRAFORT
SESSA MARINE
5.8%
5.6%
3.6%
3.1%
2.5%
20.7%
AZIMUT
SEA RAY
SCHAEFER
CIMITARRA
FISHING
BENETEAU
PRESTIGE
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OUTRA MARCA
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BAYLINER 350 BR SE
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Made
IN BRAZIL
A Bayliner 350 é o carro-chefe desta linha, que pertence à gigante norte-americana Brunswick e que hoje é fabricada apenas no Brasil, em Joinvile (SC). Ainda mais a elegante Bayliner 350 BR SE (Special Edition), que pode ser equipada, ter motorização potente e mesmo assim custar menos que algumas de suas principais concorrentes, inclusive as nacionais Por Guilherme Kodja / Fotos Caio Márcio
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NAVEGAMOS
BAYLINER 350 BR SE
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e proa a popa, a Bayliner 350 BR SE (Special Edition) cumpre o que promete: é um barco bem acabado. Percebe-se a engenharia de muitos anos do grupo norte-americano Brunswick construindo a então Bayliner 335, que deu origem a versão BR denominada aqui como Bayliner 350 BR em sua edição especial (SE). Atualmente fora de produção nos Estados Unidos e fabricada unicamente no Brasil desde o ano passado com a intenção de ser vendida aqui e por toda a América do Sul, a 350 BR SE é um cópia idêntica do projeto original com pequenas tropicalizações já executadas e outras ainda a fazer. Por aqui já tem 25 unidades vendidas. Uma das mais importantes novidades deste barco produzido no Brasil é a opção de motorização potente a diesel, ao contrário do que ocorria no mercado norte-americano, onde se equipava o barco com motorização a gasolina, mais veloz e bem mais leve.
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Suas linhas são elegantes, seu costado alto transmite uma sensação de segurança e os detalhes de construção e acabamento bastante confiança. Itens como plataforma estendida de série e espaço gourmet (opcional) com grelha elétrica, pia e armários na popa são fruto da necessidade de agradar ao público brasileiro já que o barco tem cara e estilo bem ao gosto norte-americano. Uma coisa que todos gostam e neste barco faz sucesso é o esplêndido espaço de convivência no cockpit, bem como a qualidade dos estofados. Assim também é o posto de pilotagem, com banco duplo, giratório 180o e regulagem de distância. Muito bom. Na proa, a coisa começa bem com o melhor acesso da categoria, por meio de uma escada moldada na porta de acesso da cabine, com degraus amplos e largos, um alívio e fora do padrão. Todavia, lá na fren-
Na cabine há vários ambientes, nenhum muito grande, mas todos bem funcionais para passeios e pequenas viagens
A cabine integra a cozinha, com a cama à proa e um prático sofá/mesa
A cama de meia nau é bem grande, mas em ambiente fechado
A cozinha vem muito bem equipada, inclusive com micro-ondas
te, os solários (são dois individuais, um de cada lado), são estreitos e um pouco inclinados para fora, ou seja, só devem mesmo ser usados com o barco parado. Na cabine há vários ambientes, nenhum muito grande, mas todos bem funcionais. O banheiro é completo, mas sem box fechado para banhos e apesar do bom pé-direito, de 1,81m, pode ser considerado pequeno para uma 35 pés. Agrada bastante às mulheres o enorme espelho na porta. O WC é elétrico e com o eficiente sistema à vácuo. A cama de proa tem bom tamanho, é diagonal e recebe um casal não muito grande sob pena de apertos durante a noite. Este espaço pode ser fechado parcialmente por uma cortina. A cama é composta por três colchões que juntos medem excelentes 2,08 x 1,57, uma cama de casal de muito respeito. Apesar das janelas de vidro no
O posto de comando é completo de fábrica
costado instaladas mais a proa, as vigias laterais e gaiuta na cabine, a sensação no camarote de meia nau é de um ambiente bem fechado, sem luz ou ventilação externas. Resumindo, essa Special Edition é uma lancha bem equipada para passeios de um dia no mar e com autonomia grande, que permite pequenas viagens em férias e feriados prolongados. Pode ser equipada no Brasil com dois tipos de motorização, ambas Mercury e sempre em pares. Gasolina de 300 hp cada (similar ao modelo norte-americano) ou diesel de 270 hp cada (agregando bastante peso a popa), ambas com rabetas Bravo 3. Se for bem equipada, com todos os opcionais disponíveis no Brasil e a motorização diesel com manetes mecânicos, ela sai por um preço altamente competitivo, na casa dos R$ 703 mil, de fato, um desafio para a concorrência.
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NAVEGAMOS
BAYLINER 350 BR SE
O DESEMPENHO NA PRÁTICA A Bayliner 350 BR SE cumpre o que promete? Os números de desempenho da versão com par de Mercury QSD a diesel de 270 hp cada um e rabetas Bravo 3 foram bem felizes, visto ser um conjunto bem potente. Cumpre à risca o que se propõe, ou seja, ser uma sport cruiser para uso diário com perfil de performance arrojado, como o brasileiro gosta. Com números interessantes de cruzeiro econômico e normal, 27,1 e 32,6 nós, respectivamente, e uma autonomia de mais de 230 milhas náuticas, deve-se considerar que a Bayliner 350 BR SE cumpre muito bem o que promete. A velocidade máxima de 34,6 nós só não foi melhor (em torno de 37,3) e o consumo em todas as faixas mais baixo pela necessidade de uso de flaps para a navegação acertada do casco, conforme nossa verificação no teste e confirmação da engenharia da fábrica sobre esta ser uma característica própria do produto.
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A Bayliner 350 BR SE cumpre muito bem o que promete, ou seja, ser uma sport cruiser para uso diário com perfil de performance arrojado, como o brasileiro gosta, mas precisa usar os flaps para a navegação acertada do casco
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NAVEGAMOS
BAYLINER 350 BR SE
OS NÚMEROS DA NAVEGAÇÃO ECONÔMICA RPM
Velocidade (nós)
3000 27,1
Consumo (litros)
Milhas/ Litro
Litros/ Milha
Autonomia (MN)
Autonomia (horas)
65,5 0,41 2,42 251
9
Consumo (litros)
Milhas/ Litro
Autonomia (horas)
86
0,38 2,64 230
7
Consumo (litros)
Milhas/ Litro
Autonomia (horas)
116
0,30 3,35 181
CRUZEIRO RPM
Velocidade (nós)
3300 32,6
MÁXIMA RPM
Autonomia (MN)
Em cruzeiro, tem uma ótima autonomia de 230 milhas náuticas. A potente motorização empurra o barco a 32,6 nós, consumindo 20,5 l/h a mais que o regime econômico.
Velocidade (nós)
3770 34,6 10
15
20
0
Litros/ Milha
Autonomia (MN)
A velocidade máxima inicialmente medida foi de 37,3 nós, todavia, com a necessidade de uso de flaps (entre 40 e 60%), a rotação caiu e a velocidade máxima também, registrando assim 34,6 nós a 3770 rpm
13,3”
5
ACELERAÇÃO
Dentro da média da categoria, entre 12 e 14 segundos. Poderia ter sido melhor, já que a motorização é bem potente (2 x 270 hp diesel), mas o perfil de navegação deste modelo que apresenta forte empopamento antes da decolagem segurou um pouco os números
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Litros/ Milha
O cruzeiro econômico de mais de 27 nós é bem veloz. Com tanque de combustível grande e consumo bastante razoável atinge elogiável autonomia de 251 milhas náuticas, o mesmo de uma navegação de Florianópolis ao Guarujá sem escalas e uma pequena reserva.
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A autonomia é avaliada com o tanque de combustível na sua capacidade máxima. Mas, atenção: como segurança, os passeios devem considerar obrigatoriamente uma reserva de 20% da capacidade total do tanque, do ponto de partida até o próximo ponto de abastecimento. A navegação em cruzeiro econômico é a mais eficiente medição para um barco, porque considera o melhor consumo da embarcação de acordo com a proposta do seu casco e o conjunto motorização/propulsão.
5
AS CONDIÇÕES DO TESTE A avaliação da Bayliner 350 BR SE aconteceu nas águas abrigadas de Florianópolis, em dia encoberto e com chuva, ventos moderados de ENE/NE com cerca de 13 nós que variaram até 15, mar agitado com ondas baixas. A embarcação testada estava com o tanque de água com 90% da capacidade total e de os de combustível com 70%.
Espaço gourmet só para brasileiros e com sistema que corta corrente elétrica
controles como flaps e farol estão bem a mão do piloto
As instalações gerais e os metais são de excelente qualidade
O guarda mancebo é alto e bem eficiente
O acabamento é excelente e os equipamentos são bem instalados dando a sensação de se estar mesmo num importado com a forte engenharia da Brunswick por trás do produto final
Uma discreta cristaleira dá charme ao cockpit
a plataforma de popa estendida não poderia faltar no modelo brasileiro
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BAYLINER 350 BR SE
IMPRESSÕES AO NAVEGAR CONSTRUÇÃO Segue o padrão da NMMA, usa resina estervinílica, laminação manual tipo spray up, elétrica certificada, estanhada e totalmente codificada. A hidráulica é adequada e todos os metais de inox 316L, o melhor contra a corrosão. Casco laminado em sanduíche de fibra-de-vidro com núcleo de madeira balsa, assim como os demais modelos do grupo Brunswick.
INOVAÇÃO Sua verdadeira inovação é ser feita no Brasil e de tropicalizar alguns poucos itens, como a motorização a diesel, o espaço gourmet na popa (opcional), e manter a plataforma estendida como item de série. No mais, é um barco elegante e bonito, mas já bem conhecido no exterior e atualmente produzido apenas no Brasil.
CONFORTO É sem dúvida uma day cruiser de primeira no quesito “receber bem as pessoas a bordo”. O cockpit é muito espaçoso, dividido em duas áreas principais. As tropicalizações, como a plataforma estendida e o espaço gourmet (opcional) com churrasqueira, agradam muito. O acabamento é ótimo e os estofamentos de primeira. A cabine é aconchegante e recebe bem dois casais e um adulto para pernoite.
SEGURANÇA Construída sob normas rígidas e certificações de segurança reconhecidos internacionalmente (USCG/ABYC/NMMA) é um barco com elétrica, hidráulica e casco que transmitem segurança e preenchem os requisitos de padrões norte-americanos. Vale destacar o sistema de corte de corrente da grelha elétrica quando a tampa é fechada, o que evita acidentes mesmo que seja esquecida ligada.
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PILOTAGEM A sensação no posto de comando é de estar em um “barcão”. Seu casco é ágil após a decolagem, pois antes o forte empopamento deixa o barco um pouco pesado. Corta ondas muito bem e o piloto tem ótimo banco com regulagem. A visão melhora quando em cruzeiro. Manetes e instrumentos bem a mão, mas merece opcionais eletrônicos para controlar a motorização. O casco demanda atenção e certa habilidade do piloto para a regulagem dos flaps durante a navegação.
SEU BOLSO O excelente custo/benefício é o grande trunfo da Bayliner 350 BR Special Edition. Mesmo não saindo de fábrica bem equipada, o pacote de opcionais que deixa o barco “full”, com tudo que há de itens de conforto, incluindo ar-refrigerado de 16 mil BTUs e gerador potente (6kW), como na versão testada, custa em torno de R$ 703.000 com a motorização dupla, a diesel de 270 hp cada e rabetas Bravo III (manetes mecânicos). Um valor para concorrer de forma extremamente agressiva com suas principais rivais.
DESEMPENHO Com motorização potente a diesel, 2 x 270 hp e rabetas Bravo III (hélices duplas contrarrotantes) andou bem, mas poderia ter andado melhor. Isso porque o casco pede a utilização de flaps em mais de 50% de seu curso para manter a navegação confortável e sem caturro. Segundo a engenharia da fábrica esta é uma característica original do produto e os flaps devem ser sempre acionados, por isso são itens de série. Mesmo assim, os números foram muito bons e a autonomia interessante.
ACABAMENTO Excelente. Ao se entrar no barco percebe-se claramente a qualidade de estofamentos, móveis e acabamento geral. Os equipamentos são bem instalados e a sensação é de estar mesmo num importado com forte engenharia por trás do produto final. A linha Bayliner busca oferecer algo mais pelo menor preço possível e mesmo não sendo a top do grupo Brunswick, agrada bastante pelos detalhes internos e externos.
O MELHOR USO A Bayliner 350 BR SE é uma lancha na medida para você? Elegante e com muito estilo. Se você busca uma embarcação de 34 a 37 pés com renome, garantia de um grande grupo náutico e que lhe sirva para passeios e alguns pernoites com até seis pessoas, este barco deve ser considerado em sua lista. Até porque, com todos os opcionais e motorização a diesel bem potente para seu porte, seu preço é um problema para suas concorrentes. Por mais que não seja um barco moderno e inovador e, sem dúvida, pouco arrojado, é uma ótima opção para famílias que buscam um padrão de construção e acabamento acima da média e um barco confiável com ótimo espaço para curtir o sol. A interessante autonomia e os números adequados de desempenho, considerando a motorização forte, pesam na avaliação. Assim, a Bayliner 350 BR edição especial (SE) tem méritos suficientes para ser uma boa opção de Day Cruiser na medida para você.
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BAYLINER 350 BR SE BOCA
3,35 m
FICHA TÉCNICA TANQUE DE COMBUSTÍVEL 605,6 l TANQUE DE ÁGUA 132,5 l
CAMA DE PROA ALTURA CABINE
2,10 x 1,54 m (irregular)
NÍVEL DE RUÍDO 84 dB EM CRUZEIRO TIPO DE MOTORIZAÇÃO Apenas centro-rabeta
2 x 4.2L Mercury (diesel)
1,90 m
POTÊNCIA DO MOTOR 220hp ou 2 x 5.7L Mercury
(gasolina) 300 hp
PESO SEM MOTOR 4.274 kg PESO DA MOTORIZAÇÃO 1.176 kg CAPACIDADE 12/5 (DIA/PERNOITE)
ALTURA BANHEIRO
1,81 m
PROJETO Brunswick Boat Group FABRICANTE Brunswick Brasil LANÇAMENTO 2012 (versão BR)
O QUE VEM DE SÉRIE
COMPRIMENTO: 10,64
m (34,9 pés)
Geladeira 12v, micro-ondas, mesa de cabine removível, cama de proa com cortina, camarote fechado a meia nau, luzes de cortesia, iluminação LED, tomadas 110v e 12v, WC elétrico à vácuo, som mp3 com entrada USB e comunicação com iPod, piso em madeira, toldo Sunbrella, assento do piloto giratório duplo c/ regulagem de distância, painel de instrumentos completo com pintura antirreflexo, bar/cristaleira no cockpit, portacopos, porta da cabine com degraus moldados para acesso à proa, para-brisa de vidro temperado c/ estrutura em duralumínio naval, limpador de para-brisa para piloto, tampa do porão com amortecedores, blower, luz no porão, bomba de porão automática e manual, tanque de águas negras, carregador de baterias, flaps elétrico-hidráulicos c/ indicador de posição, direção hidráulica, bússola, sistema Smart Craft (Mercury) , volante acolchoado c/ acabamento em madeira, luzes de navegação, plataforma de popa estendida. CAMA MEIA-NAU
2,08 x 1,57 m
VOCÊ PODE EQUIPAR COM
Espaço gourmet, escolha de cor do costado (preto/azul), fechamento total da capota, tapetes do cockpit, mesa do cockpit c/ almofadas, chuveiro na popa (quente/frio), controle remoto do som na popa, solário de proa com pega mão, acionamento elétrico da tampa do motor, indicadores de trim das rabetas, bow thruster, macerador, fogão elétrico, boiler, capa para cockpit, multifuncional Garmin, TV LCD 19’, DVD, guincho elétrico da âncora, farol de proa, gerador a gasolina 5.0 kW ou gerador diesel 6.0 kW, ar-refrigerado 16.000 BTU.
Para saber mais, www.bayliner.com.br Guilherme Kodja é consultor técnico náutico e avalia os barcos para a BOAT SHOPPING, através da empresa SetSail Inteligência Náutica (www.setsail.com.br).
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SESSA MARINE F42
Moderna
E RÁPIDA
A Sessa Marine cresceu na Europa e aqui no Brasil também. A grande novidade que acaba de ser lançada é a F42, da linha Flybridge, que contempla várias modificações pensadas exclusivamente para o mercado brasileiro Por Guilherme Kodja / Fotos Alexandre Correa e Guilherme Kodja
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NAVEGAMOS
SESSA MARINE F42
O
mais novo lançamento da Sessa Marine no Brasil, a F42, que faz parte da linha de iates do estaleiro italiano instalado na grande Florianópolis, é a irmã tropicalizada da europeia F40. Aqui, ela ganhou itens bem mais apreciados pelos brasileiros, como, por exemplo, o espaço gourmet na popa com grelha elétrica para facilitar os tão apreciados churrascos a bordo. Também tem como opcional uma outra geladeira ou ice maker no flybridge, o que é uma grande sacada, pois quem usa mesmo o barco sabe a mão de obra que é ficar subindo e descendo escadas para buscar bebidas geladas ou mesmo um pouco de gelo. Ela recebe bem 12 passageiros em day cruise com seus espaços bem aproveitados e um arranjo descomplicado, que em barcos com boca não muito larga, nesse caso 4 metros, é essencial para que as pessoas não se acotovelem em lugares como o cockpit, na popa, ou mesmo no entra e sai do salão, já que a cozinha fica localizada lá dentro, o que não é a preferência nacional. De toda forma, com geladeira de 120 litros com freezer, duas bocas vitrocerâmicas para cozinhar, micro-ondas, bons armários e boa iluminação natural, esta 42 pés cumpre perfeitamente seu papel.
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Uma outra inovação, que, na verdade, é um resgate dos layouts das lanchas de 36 a 44 pés da década de 1990, é a instalação da suíte máster na proa e de filhos ou convidados à meia-nau, ocupando pouco mais da metade da boca da embarcação. Não ficou nada ruim e a motivação foi clara: liberar espaço para uma cozinha mais privada e longe da área social e aumentar o espaço para assentos e circulação na sala e cockpit. O objetivo foi atingido. São duas boas suítes com banheiros de tamanho compatível com o volume do barco e boxes fechados para banho em ambas, uma grande conquista de conforto e privacidade. Todo o acabamento é muito agradável, digno de um barco italiano de um estaleiro consagrado. Não se esperava nada menos do que isso. Cabe destacar o cuidado com os revestimentos das áreas de serviço e tampas, como na casa de máquinas, que não só é extremamente bem montada e acabada como gera baixíssimo ruído na área social. Menos de 80 decibéis a 3.000 rpm em pleno cruzeiro de 27,6 nós. Isso é conforto real e cuidado na construção, que é apreciado por quem realmente usa o barco. Na popa, é uma brasileira nata. Além de ter perdido os postes de sustentação
A suíte master na proa é uma releitura dos projetos dos anos 1990
A configuração interna deu mais espaço para convidados
do flybridge, de gosto questionável, tem espaço gourmet com grelha elétrica e plataforma submersível, ou seja, tudo agrada por aqui. O mesmo se pode dizer da área social superior, que apesar do pequeno espaço de assento perdido no sofá, próximo à porta de acesso, recebe confortavelmente seis pessoas mais o piloto. Aliás, ele é privilegiado com um dos melhores postos de comando já navegados. Tem excelente ergonomia, com adequado espaço e posição em relação ao timão, instrumentos e manetes dos motores. Há uma grande diferença entre o comando superior e o inferior. Lá embaixo, como o para-brisa é baixo e o barco levanta bem
A suíte máster na proa e a de filhos ou convidados à meia nau liberou espaço para uma cozinha longe da área social e aumentou a sala e o cockpit
A cozinha é bem equipada para agradar os gourmets a bordo
a proa na saída e em baixa velocidade, a visão à frente se torna um problema real. Além disso, o joystick do sistema IPS está instalado à esquerda, coisa que o estaleiro já identificou e vai mudar. Com desenho atraente e construção confiável, a Sessa F42 já está atraindo admiradores, visto que foi lançada oficialmente no início de outubro e já vendeu seis unidades segundo o fabricante. Os interessados em desfilar com uma no próximo verão que se aproxima deverão desembolsar algo em torno de R$ 1.980.000, já com IPS 600 e alguns opcionais. É, sem dúvida, uma opção bastante competitiva no segmento.
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SESSA MARINE F42
O desempenho da F42, com cruzeiro acima de 25 nós e velocidade máxima acima de 35 nós, se mostrou admirável para um barco pesado, que acelera rápido, se desloca bem e não se intimida na navegação com mar mexido
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O DESEMPENHO NA PRÁTICA A Sessa Marine F42 cumpre o que promete? A F42 equipada com o conjunto IPS 600 definitivamente cumpre o que promete. Os números do teste foram conclusivos sobre seu desempenho. Cruzeiro acima de 25 nós e velocidade máxima acima de 35 é algo admirável num barco pesado – e que por isso desloca bem e não se intimida na navegação com mar mexido – afinal, são 10.500 kg só de casco, mais 1.800 de motores e propulsão. A aceleração de 0 a 20 nós abaixo dos 9 segundos (8,5) é digna de aplausos e surpreendeu. Esse desempenho é adequado ao estilo jovem e arrojado do barco, diferente de uma comportada flybridge de passeio. A tendência é que fique boa também com o IPS 500, mas, de certa forma, menos “esperta”. Pela diferença de preço, vale escolher a opção mais potente e que anda com menos esforço das máquinas e também por isso, com consumo de combustível, em tese, menor. Os números da autonomia não mentem, 3,62 litros por milha náutica navegada a mais de 27,5 nós é um número bastante justo.
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SESSA MARINE F42
OS NÚMEROS DA NAVEGAÇÃO ECONÔMICA RPM
Velocidade (nós)
2800 24,2
Consumo (litros)
Milhas/ Litro
Litros/ Milha
92
0,26 3,80 234
10
Consumo (litros)
Milhas/ Litro
Autonomia (horas)
100
0,28 3,62 246
Autonomia (MN)
Autonomia (horas) O cruzeiro econômico de 24,2 nós é rápido, todavia não se justificou pelo consumo muito próximo ao de cruzeiro regular. Com o consumo de 92 l/h a autonomia de 234 milhas náuticas foi boa, porém menor que no regime de cruzeiro, o que é atípico e reflexo da motorização bastante forte
CRUZEIRO RPM
Velocidade (nós)
3000 27,6
Litros/ Milha
Velocidade (nós)
3640 36,6
Consumo (litros)
Milhas/ Litro
168
0,22 4,59 194
15
5
20
0
Litros/ Milha
Autonomia (MN)
A velocidade máxima de 36,6 nós (que poderia chegar aos 37 em condições de mar excelentes) foi inesperada. Surpreendeu positivamente e mostrou que este barco com IPS 600 é muito veloz e ágil para uma flybridge
8,5” 10
ACELERAÇÃO
Para um barco pesado, 13,5 ton vazio, esta marca provou os IPS 600 combinados a este ótimo projeto de casco, com boca não muito larga, acelerou abaixo dos nove segundos, como uma verdadeira esportiva
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9
No regime de cruzeiro, a excelente autonomia de 234 milhas náuticas é fruto dos ótimos 27,6 nós, alcançados sem esforço pelos IPS 600, e do razoável consumo total, de 100 l/h, pouco a mais que o regime econômico
MÁXIMA RPM
Autonomia (MN)
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A autonomia é avaliada com o tanque de combustível na sua capacidade máxima. A navegação em cruzeiro econômico é a mais eficiente medição para um barco, porque considera o melhor consumo da embarcação de acordo com a proposta do seu casco e o conjunto motorização/propulsão.
Autonomia (horas)
5
AS CONDIÇÕES DO TESTE A avaliação da Sessa Marine F42 aconteceu nas águas do Guarujá e em mar aberto, em dia ensolarado, ventos moderados de Leste de 12 a 14 nós, mar mexido com ondas com até 1 metro, formadas em um período curto, de máximos 7 segundos. A embarcação testada estava com o tanque de água com 90% da capacidade total e os de combustível com 48%.
O flybridge é um dos maiores da categoria, com sacadas inteligentes e banco com encosto rebatível
Plataforma de popa submersível é um dos melhores itens desta italiana e bem ao gosto do brasileiro
Cheia de ótimos espaços ao sol, a tropicalização desta italiana agrada bastante e sobram formas de aproveitar o clima quente brasileiro
Outro destaque para quem gosta de pegar sol é o solário de proa, grande e com estofamento alto e confortável
Mais um modelo estrangeiro, feito no Brasil e que aderiu ao espaço gourmet com churrasqueira na popa
Certificada na Europa, tem instalações elétricas muito bem feitas
O fly tem o melhor posto de comando da categoria em termos de ergonomia
A motorização Volvo D6 de 435 hp acoplada a pods IPS fez o barco andar muito bem
Apesar das excelentes instalações, faltaram braçadeiras duplas no sistema de combustível
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SESSA MARINE F42
IMPRESSÕES AO NAVEGAR CONSTRUÇÃO Segue o mesmo padrão de construção europeu. Usa materiais de primeira e o processo construtivo não contempla infusão. O fundo é de fibra maciça e nos costados e convés traz um sistema de sanduiche de fibra de vidro com núcleo de espuma de PVC rígida. Além da grelha com quatro longarinas longitudinais e cavernas altamente reforçadas, há três anteparas estruturais laminadas com compensado náutico. Destaque para as instalações elétricas. A hidráulica pecou pela falta de braçadeiras duplas na linha de combustível. O revestimento acústico do porão é excelente.
INOVAÇÃO Segue rigorosamente o projeto da sua irmã maior – F47 –, mas nem por isso perde seu toque inovador, já que é um projeto recente e com design bastante atualizado. Traz como novidade a suíte máster na proa, plataforma de popa submersível, além do espaço gourmet para churrascos. É um dos barcos abaixo de 45 pés pioneiros no uso exclusivo do sistema de PODs, no caso o Volvo IPS.
CONFORTO Recebe muito bem 12 em passeios diurnos e quatro pessoas em pernoite. Há bastante espaço, com duas suítes (a máster na proa), cockpit descomplicado e flybridge entre os maiores da categoria. Espaço gourmet e plataforma de banho submersível são destaques de série. Na proa, há um enorme solário, que tem tamanho de cama de casal, com estofamento muito confortável. O nível de ruído do salão em cruzeiro ficou abaixo dos 80 decibéis, o que é excelente.
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SEGURANÇA Um dos itens que chamou a atenção foi o guarda-mancebo, que é bem alto e forte e não prejudica o design do barco. Tem sistema anti-incêndio, bomba de porão manual, fiação estanhada e sistema de quebra dos circuitos elétricos em caso de sobrecargas. Vale pensar na instalação de sistema de corte de energia no fechamento da tampa da grelha elétrica.
PILOTAGEM Pilotar a F42 é empolgante e muito agradável no posto do flybridge. É um barco muito fácil de manobrar graças ao sistema IPS. É firme e precisa, mesmo com mar agitado. O piloto deve ficar atento à visão no posto interno, que não é boa à frente por causa do para-brisa baixo. É recomendável aplicar o flap corretamente, entre 25 e 35%, para manter uma boa posição do casco em dias de mar mexido.
SEU BOLSO A F42 sai de fábrica com uma configuração bem completa e uma pequena lista de opcionais, o que é muito bom. A versão testada, bem completa, custa em torno de R$ 2.100.000 com dois motores Volvo IPS 600, que é a opção mais cara disponibilizada pelo estaleiro.
DESEMPENHO Superou as expectativas, mesmo com a motorização reconhecidamente forte. O conjunto Volvo 435 hp a diesel acoplado ao sistema de PODs IPS andou muito bem e foi rápido na aceleração. As respostas ao movimento dos manetes foram imediatas e potentes. Com velocidade máxima de 36,6 nós, cruzeiro acima de 27 e aceleração de 8,5 segundos do repouso aos 20 nós, a F42 deixou claro que seu perfil é esportivo, mesmo sendo uma elegante flybridge focada em passeios de família e amigos.
ACABAMENTO Segue o padrão Sessa Marine já conhecido em outros modelos. Sem detalhes exagerados, sempre com materiais sóbrios e sofisticados, com forte pegada jovem e moderna. Tons sóbrios e elegantes com variações de tecidos mais claros e revestimentos escuros com muito bom gosto. As ferragens são bem fixadas, as janelas, móveis e estofamentos bem finalizados e com poucos cantos vivos. A cozinha é bonita e usa materiais nobres e modernos.
O MELHOR USO A Sessa Marine F42 é uma lancha na medida para você? Moderna e muito bem acabada, a F42 tem espaço essencial na popa e bem planejado na proa e no flybridge. Tem ainda bons camarotes com dois banheiros com boxe fechado para banho. A cozinha fica no interior do salão, longe do cockpit, mas circundada por ótimas áreas envidraçadas. Itens essenciais embarcados de olho nos brasileiros: grandes espaços ao sol, plataforma de popa submersível, facilidade de manobras, espaço gourmet na popa, design arrojado e opção de motorização – como a versão testada –, que deixa o barco com desempenho esportivo. Além disso, a construção de qualidade e um dos mais baixos níveis de ruído interno do mercado em sua categoria merecem elogio. Perfeita para pernoite de uma pequena família ou dois casais. Recebe bem 12 pessoas em passeios diurnos sem apertos e ainda permite navegadas de mais de 240 milhas náuticas sem reabastecer. Se esses aspectos em um barco com flybridge de 42 pés chamam a atenção, este é um barco para você.
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SESSA MARINE F42 BOCA
4m
FICHA TÉCNICA TANQUE DE COMBUSTÍVEL 888 l TANQUE DE ÁGUA 300 l
CAMA DE PROA ALTURA CABINE
1,95 x 1,50 m
NÍVEL DE RUÍDO EM 79,4 dB CRUZEIRO TIPO DE MOTORIZAÇÃO
1,98 m
IPS 600 (opcional) / IPS 500 (standard) ambos a diesel
POTÊNCIA DO MOTOR IPS 600 (2 x 435 hp) PESO SEM MOTOR 10.500 kg PESO DA MOTORIZAÇÃO 1.802 kg
ALTURA BANHEIRO
1,90 m
CAPACIDADE (DIA/ 12/4 PERNOITE) PROJETO
Sessa Marine / Christian Grande
FABRICANTE Sessa Marine Brasil LANÇAMENTO 2013
COMPRIMENTO: 13,20
m (43,3 pés)
O QUE VEM DE SÉRIE
CAMAS MEIA-NAU
2 de 1,95 x 0,65 m
(ou uma de 1,95 x 1,30 m)
IPS 500, comandos eletrônicos dos motores com joystick, kit som/MP3 no cockpit, plataforma de popa hidráulica com teka, espaço gourmet na popa com grelha elétrica, pia e tábua de carnes, guincho elétrico 1.000 W c/ âncora de 17 kg em inox e 50 m de corrente galvanizada 8 mm, chuveiro com água quente e fria no cockpit, mesa de teca dobrável no cockpit, iluminação em LED com regulagem de intensidade, ar-condicionado 32.000 BTU no salão e 6.000 BTU em cada cabine, geladeira 125 l c/ freezer no salão e fogão vitrocerâmico de duas bocas na cozinha, TV 32’’ embutida no armário c/ lift elétrico, display 14” RayMarine E140W c/ interface IPS (dados de motor e consumo de combustível apresentados no multifuncional), gerador de 9 kWa, tanque de esgoto de 125 l com bomba de sucção para descarga de águas negras ou descarga no cais, bow thruster, solário de proa, mesa telescópica com acabamento em madeira e couro no salão, carpete no piso do salão, instrumentação dos motores completa no comando do salão e no flybridge (indicadores analógicos e digitais dos motores) indicador analógico de ângulo de leme, flaps hidráulicos, boiler 20 litros, quatro baterias, carregador automático de 40 Ah.
VOCÊ PODE EQUIPAR COM
IPS 600, segundo joystick, toldo elétrico no cockpit, âncora em aço inox, revestimento do sofá do salão em couro, geladeira 65 l no flybridge, ice maker no salão, luz estroboscópica, kit conforto proa com ducha, porta-copos e alto-falantes, fechamento do cockpit, câmera de manobra na popa, piloto automático com duplo comando, radar Raymarine, antena de TV por satélite, upgrade de sistema de áudio e vídeo Wi-Fi no salão e cabines.
Para saber mais, www.sessamarine.com Guilherme Kodja é consultor técnico náutico e avalia os barcos para a BOAT SHOPPING, através da empresa SetSail Inteligência Náutica (www.setsail.com.br).
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NAVEGAMOS
TEMPEST 270
Divisora
DE ÁGUAS
A Tempest 270 criou tendências que foram seguidas por vários modelos concorrentes que passaram a buscar em lanchas deste porte um uso mais adequado da cabine, até então consideradas menos importantes em barcos abaixo de 30 pés Por Guilherme Kodja / Fotos Caio Márcio
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NAVEGAMOS
TEMPEST 270
A
Tempest 270 nasceu sob as mãos do estaleiro paulista Aquaterra, em 2006 para 2007. Modelos de 16 a 24 pés, além desta 27, também eram produzidos na cidade de Cotia, grande São Paulo. Recentemente, o estaleiro foi vendido e agora a nova marca denomina-se Boreas Boats, que mantém a produção de todos os modelos que pertenciam à linha Tempest. Vale dizer que todos muito bem aceitos no mercado e reconhecidos como barcos simples, mas espaçosos e de ótima navegação. Esta Tempest é uma 27 pés inteligente, que ao longo dos anos soube adaptar-se às exigências do mercado. Importante ressaltar que independentemente do comprimento total informado pelo estaleiro (da extremidade da proa até a extremidade da plataforma de popa), de 9,05 metros, que equivalem a 29,6 pés, o casco tem espaço interno e se comporta em navegação como uma genuína 27 pés. No mais, manteve a cabine inalterada, até porque é um dos seus grandes trunfos e um destaque dentro do segmento. Evoluiu na motorização, passando a aceitar a de centro-rabeta, mudou o layout do cockpit e, assim,
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não só ganhou mais espaço como equilibrou melhor a distribuição de peso a bordo. Agregou o famoso espaço gourmet, com churrasqueira em móvel na popa e grande plataforma de popa para ficar cada vez mais atraente. Melhorou alguma coisa no acabamento, mas não muito, pois sua proposta é ser bonita e honesta, sem luxos excessivos ou itens que encareçam muito o preço final. Começa bem na popa, com uma plataforma de banho, que serve também para dar suporte ao churrasqueiro, de 1,03 x 2,2m. Ali fica o móvel com pia e espaço para grelha, um ótimo e apreciado equipamento. O cockpit ganhou sofá envolvente desde a popa e no bombordo até a meia nau, onde dá lugar a um outro sofá menor e que pode ser usado como espreguiçadeira, ao lado do piloto. Este tem banco tipo poltrona, bem confortável e para uma pessoa. Poderia ser giratório para ficar mais sociável quando parado. A targa alta é lançada para a popa e nela pode ser fixada a capota que se divide em duas partes, uma a proa e a outra a popa, cobrindo praticamente todo o cockpit. Duas lixeiras, geleira, suporte embutido para boia circular, enfim, tudo bem dividido, com aproveita-
A grande vedete é a espaçosa cama de casal à meia-nau, ladeada por janelas de vidro no costado, que se destaca no segmento das 27 pés O banheiro é alto e espaçoso
Há um painel elétrico simples e protegido bem acessível na cozinha
Mesmo recebendo quatro pessoas em pernoite, a cama de proa é melhor se usada na diagonal
mento máximo do espaço, o que agradou bastante. O acesso a proa é apenas razoável, mas dentro da média da categoria, por degraus pequenos ao lado da porta de correr que fecha a cabine. Há um solário muito bom para duas pessoas, com acolchoado confortável e travesseiros embutidos, protegido pelo guarda mancebo, que começa baixo, mas ganha altura e cumpre bem sua função. Já na cabine, que tem 1,60 m na entrada e, depois, em sua área central chega a 1,72 m há duas camas de casal, uma menor na proa – 1,32 x 1,55 m – em que é melhor dormir na diagonal, sendo duas pessoas não muito grandes e também onde pode ser instalada a TV e o DVD. Uma grande gaiuta no teto garante iluminação e ventilação naturais. A cozinha e o banheiro ficam frente a frente, logo na entrada da cabine e ambos são surpreendentes, pois tem tamanho acima da média e bom pé direito. Na cozinha são 1,72 m e no banheiro 1,60 m e aqui com espaço para WC e pia sem apertos mesmo para pessoas acima de 1,85 m. A cozinha tem bancada com pia e um pequeno armário embutido e outro maior em cima, fixado na parede. Recebe geladeira de 80 litros e micro-ondas.
A cozinha é simples, mas bem completa para uma 27 pés
A grande vedete é a espaçosa cama de casal a meia nau – 1,93 x 1,28 m- ladeada por janelas de vidro no costado que permitem ver a paisagem um pouco acima do nível do mar e assim ainda receber bastante luz natural. Um destaque na categoria considerando que é uma 27 pés e que barcos maiores, de 29 são bem diferentes, pois tem mais boca e espaço ampliado, só que com preço mais salgado. Este modelo pode ser equipado com quatro versões de motorização. Um gasolina, como a versão testada, de 300 hp, um diesel bem potente de 270 hp ou ainda dois pequenos 4 cilindros de 170 hp cada, também a diesel, ou, por fim, a versão de popa com par de 150 hp, neste caso, sem as opção de plataforma de popa estendida e espaço gourmet. A Tempest 270 com a motorização testada e equipada com itens de série e alguns poucos opcionais – não os mais caros como ar-refrigerado e pequeno gerador – sai por volta de R$ 250 mil. Não é a mais barata dentre suas concorrentes diretas, mas sem dúvida oferece espaço interno e externo que se destaca bastante e agrada no conjunto.
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NAVEGAMOS
TEMPEST 270
Com navegação firme e boa de mar, a Tempest 270 mostrou que não é apenas uma lancha para curtir o sol, ela tem casco navegador, que bate um pouco em mar picado, mas que é firme e aguenta bem e com segurança mesmo em dias de mar agitado
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O DESEMPENHO NA PRÁTICA A Tempest 270 cumpre o que promete? Com navegação firme e boa de mar, a Tempest 270 mostrou que é uma concorrente de respeito na categoria e não apenas uma lancha para oferecer espaços ao sol ou para pernoite. Tem casco navegador, que como todos os modelos deste porte, bate um pouco em mar picado com ondulação curta, mas que é firme e aguenta bem e com segurança mesmo em dias de mar agitado. Em nosso teste, com mar um pouco picado, o conjunto casco x motorização mostrou firmeza e bom equilíbrio, atingindo marca de cruzeiro de 25,3 nós e top de 34,6 nós, o que ficou dentro do esperado e por isso conquistou uma boa avaliação geral. Sua aceleração, na casa de 11,8 segundos foi razoável, pouca coisa acima da média da categoria, que varia de nove a dez segundos. Vale assinalar que com um bom tanque de combustível, de 350 litros, ela desenvolve autonomia de cruzeiro econômico, navegando a 21,3 nós, de excelentes 186 milhas náuticas, suficiente, por exemplo, para uma viagem de Santos a Angra dos Reis sem escalas e com uma folga razoável.
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TEMPEST 270
NAVEGAMOS
OS NÚMEROS DA NAVEGAÇÃO ECONÔMICA RPM
Velocidade (nós)
3300 21,3
Consumo (litros)
Milhas/ Litro
Litros/ Milha
40
0,53 1,88 186
9
Consumo (litros)
Milhas/ Litro
Autonomia (horas)
50
0,51 1,98 177
Autonomia (MN)
Autonomia (horas)
CRUZEIRO RPM
Velocidade (nós)
3600 25,3
Litros/ Milha
Velocidade (nós)
4600 34,6 10
Consumo (litros)
Milhas/ Litro
80
0,43 2,31 151
ACELERAÇÃO
15
20
A aceleração ficou um pouco abaixo da média. Foram quase 12 segundos para sair do zero aos 20 nós. O conjunto é adequado e o desempenho deste barco claramente se mostrou melhor dos 21 nós em diante e isso parece ter refletido nos números de arrancada
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Litros/ Milha
Autonomia (MN)
Autonomia (horas)
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Quase 35 nós de velocidade máxima era o esperado para sua motorização. Neste regime, a autonomia chegou a ótimas 151 milhas náuticas, graças ao bom tanque de 350 litros
11,8”
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A marca de 25,3 nós de cruzeiro está um pouco abaixo do esperado, todavia o consumo foi bastante condizente, com 50 litros/hora. Mesmo a mais de 25 nós, a autonomia ficou em ótimas 177 milhas náuticas
MÁXIMA RPM
Autonomia (MN)
O cruzeiro econômico de 21,3 nós foi condizente com uma embarcação de casco pequeno. Sua autonomia é excelente, com 186 milhas náuticas, suficiente para navegar, por exemplo, de Santos até Angra dos Reis sem escalas com uma razoável reserva
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A autonomia é avaliada com o tanque de combustível na sua capacidade máxima. A navegação em cruzeiro econômico é a mais eficiente medição para um barco, porque considera o melhor consumo da embarcação de acordo com a proposta do seu casco e o conjunto motorização/propulsão.
AS CONDIÇÕES DO TESTE A avaliação da Tempest 270 aconteceu nas águas do Guarujá e trechos de mar aberto, em dia ensolarado, ventos de cerca de 9 nós que variaram em mar aberto para até 13, mar picado e ondas com meio metro em mar aberto, formadas em um período máximos de 5 segundos. A embarcação testada estava com o tanque de água com 90% da capacidade total e de os de combustível com 60%.
A plataforma de popa é grande e a escada tem quatro degraus
Na popa há um chuveiro apenas de água fria
Apoio para os pés e porta objetos para celulares estão bem dimensionados
Espaço gourmet opcional com churrasqueira é novidade
Com bons espaços ao sol e equipamentos simples, a maioria opcional, é uma day cruiser considerada pequena, com 27 pés, mas que tem uso do cockpit inteligente, construção honesta e navegação segura
O motor único centro-rabeta de 300 hp a gasolina deu conta do recado e não ocupa muito espaço no porão
Tudo no seu devido lugar, um grande mérito da Tempest 270
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TEMPEST 270
IMPRESSÕES AO NAVEGAR CONSTRUÇÃO
SEGURANÇA
O casco é laminado manualmente. Toda a estrutura construída em sanduíche de fibra de vidro e núcleo de espuma de PVC rígida, fundo, costado e convés. Usa compensado naval apenas no espelho de popa. Há ótimo espaço para vistoria e manutenção dos tanques de combustível e água, que são muito bem dimensionados, com 350 e 180 litros, respectivamente.
A elétrica tem instalação razoável mas com a vantagem de ser estanhada e codificada por cores. Segue Norma ABNT NBR 14574:2012. O costado alto e a boa navegação em mar agitado transmitem boa sensação de segurança a quem está a bordo.
INOVAÇÃO Foi um barco inovador em termos de espaço, pé direito e tamanho da cama de meia nau numa 27 pés quando lançada em 2006. Criou tendências que foram inclusive seguidas por estaleiros maiores. Hoje ainda tem projeto atual e charmoso, mas suas inovações vieram com as mudanças de layout externo, especialmente no aumento do sofá e criação do espaço gourmet bem sacado na popa.
CONFORTO O barco sai pouco equipado de fábrica e isso ajuda na decisão de quem busca por preço mais acessível. Itens como WC elétrico, fogão, geladeira, TV LCD, som e DVD, entre outros, são opcionais. Cabine com ótimo pé direito, banheiro espaçoso, boa cozinha e pernoite para quatro pessoas (bom lembrar que a cama de proa é curta) e ainda um cockpit muito bem aproveitado faz desta 27 pés uma opção bem interessante e talvez a mais espaçosa da categoria.
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PILOTAGEM É gostosa e muito ágil graças também à rabeta bem instalada na altura correta e ao casco estreito, que deita um pouco em curvas bem fechadas, mas cruza ondas muito bem, com total controle do piloto. O banco é ótimo, todavia não tem muitas opções de ajuste e para alguém com menos de 1,80 m a visão a frente pelo para-brisa pode ficar mais complicada.
SEU BOLSO Não é a mais em conta entre suas concorrentes, mas tem preço condizente com o que oferece, mesmo precisando melhorar ligeiramente o nível de acabamento que entrega, o que seria uma boa forma de atrair mais interessados. É um barco charmoso e com ótima navegação, dentre suas opções de equipamentos e motorização, varia de R$ 250 mil (um motor gasolina de 300 hp) a R$ 335 mil (dois motores diesel de 170 hp cada) e bem equipada.
O MELHOR USO A Tempest 270 é uma lancha na medida para você? A busca por barcos de pequeno porte que ofereçam bom espaço a bordo e que, dessa forma, permitam pernoites, é uma tendência crescente. Até porque esses modelos pequenos hoje em dia oferecem itens de conforto de barcos grandes e acabam se tornando pequenas casas de praia, já que contam com cozinha, no mínimo uma boa cama de casal, banheiro de certa forma espaçoso, e até ar-refrigerado e gerador. Assim, com navegação ágil e muito confiável mesmo em mar agitado e boas opções de motorização e espaço a bordo, dentro e fora da cabine, a Tempest 270 é uma excelente opção para day cruises e finais de semana a bordo.
DESEMPENHO Com o motor Mercury de 300 hp, a gasolina, ficou dentro do esperado. Talvez pouca coisa abaixo na aceleração, por conta de uma característica particular do casco, que é estreito e por isso demorou mais a estabilizar a popa e deslanchar de vez. Com máxima de 34,6 nós chegou a uma marca mais empolgante. O regime de cruzeiro de 25,3 com 177 milhas náuticas de autonomia agradou.
ACABAMENTO Com alguns detalhes mais elaborados nos estofamentos externos e na cozinha e banheiro, todavia com opções simples, sem excessos. Não espere muitos detalhes e supérfluos de finalização. Oferece na mesma proporção que cobra e é honesta nesta equação.
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NAVEGAMOS
TEMPEST 270 BOCA
2,76 m
CAMA DE PROA ALTURA CABINE
1,32 x 1,55 m
1,72 m
A Tempest 270 pode ficar ainda melhor instalando os equipamentos opcionais que o estaleiro disponibiliza FICHA TÉCNICA COMPRIMENTO TOTAL 9,05 m (29,6 pés) BOCA 2,76 m
ALTURA BANHEIRO
1,72 m
ALTURA NA ENTRADA 1,72 m DA CABINE ALTURA NO BANHEIRO 1,72 m TANQUE DE COMBUSTÍVEL 350 l TANQUE DE ÁGUA 180 l NÍVEL DE RUÍDO EM 88 dB CRUZEIRO TIPO DE MOTORIZAÇÃO
Centro-rabeta e par de popa (diesel e gasolina)
m (29,6 pés)
POTÊNCIA DO MOTOR 1 x 300 hp PESO SEM MOTOR 1.880 kg PESO DA MOTORIZAÇÃO 575 kg CAPACIDADE (DIA/ 10/04 PERNOITE)
COMPRIMENTO: 9,05
PROJETO Paulo Marques FABRICANTE Boreas Boats LANÇAMENTO 2012
O QUE VEM DE SÉRIE
CAMA MEIA-NAU
1,93 x 1,28 m
Plataforma de popa estendida, com escada embutida e porta chinelos, pegador de mão, espaço gourmet, duas lixeiras no cockpit, bússola, guincho elétrico 500 w, lançador de âncora, porta luva de acrílico, apoio de pé e porta celular para o piloto, caixas de gelo, bancos removíveis, cristaleira, iluminação em LED.
VOCÊ PODE EQUIPAR COM Capota com fechamento total, tapete, WC elétrico, tomada de cais, madeira teca natural ou sintética, GPS/multifuncional, radio VHF, TV flat, micro-ondas, geladeira 80L, inversor, âncora 5kg, corrente inox ou galvanizada, boiler 25L, arrefrigerado, gerador, carreta rodo encalhe, fogão, luz subaquática, flaps hidráulicos. Para saber mais, www.boreasboats.com.br Guilherme Kodja é consultor técnico náutico e avalia os barcos para a BOAT SHOPPING, através da empresa SetSail Inteligência Náutica (www.setsail.com.br).
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Nas águas da Flórida Visitamos o Yacht Expo 2013 organizado pela Brunswick com direito a visita à fábrica da Sea Ray e Boston Whaler Texto e Fotos Caio Ambrosio
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ESPECIAL
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o início de dezembro fomos convidados a ir aos Estados Unidos para participar do Yacht Expo 2013, um evento promovido pela Brunswick, um dos maiores grupos náuticos do mundo, que reúne os principais clientes e fornecedores convidados para conhecer as novidades das marcas SeaRay, Boston Whaler e Meridian Yachts. A edição deste ano do Yacht Expo teve um sabor especial, pois houve uma mudança no local do evento, para a charmosa Captiva Island, na Flórida, que, na verdade, é um resort em uma ilha, um pequeno pa-
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raíso no Golfo, no lado leste do estado. O evento é absolutamente exclusivo aos convidados do Grupo, porém a Boat Shopping não só participou da programação normal como também teve acesso aos bastidores e pode testar os barcos. A Brunswick ainda nos possibilitou conhecer uma de suas mais importantes fábricas que produzem modelos da Sea Ray e da Boston Whaler. E aproveitamos a oportunidade para conhecer melhor dois lançamentos que estão literalmente “saindo do forno” e que irão chegar por aqui nos próximos meses, confira.
O Yatch Expo é um case internacional de marketing de relacionamento. A Boatshopping teve acesso total, inclusive a uma fábrica da Sea Ray, algo realmente exclusivo” CAIO AMBROSIO
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ESPECIAL
SEA RAY 510 FLY
Novata de peso A nova 510 Fly, com linhas modernas e um flybridge generoso, tem tudo para conquistar seu espaรงo em nossas รกguas
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ESPECIAL
Após ser apresentada durante o último Fort Lauderdale Boat Show, a nova 510 Fly, ou Five Ten Fly, como os americanos gostam de chamá-la, vem para preencher uma lacuna na faixa dos 50 pés com flybridge que a Sea Ray não oferecia ao mercado. E ela veio cheia de detalhes e tecnologia que irão surpreender os apaixonados por barcos. Sim... A boa notícia é que a 510 Fly chega ao Brasil nos próximos meses. Assim, antecipamos e revelamos para você com exclusividade o que ela tem de melhor. O design da 510 Fly mostra muito bem a nova proposta da Sea Ray. Linhas modernas e definidas marcam o exterior, para harmonizar com o estilo contemporâneo do interior. Já o flybridge foi pensado para ser o destaque do barco. Nele, há duas mesas. A maior acomo-
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da tranquilamente sete pessoas, enquanto a menor comporta quatro, ambas muito bem posicionadas e próximas ao bar. O solário acomoda três pessoas e fica bem ao lado do cockpit. Este, por sinal, vem com todos os equipamentos que um posto de comando deve ter, como o sistema VesselView e SmartCraft Diagnostics, além da linha de 12 polegadas da Raymarine Hybrid Touch, que, interligados, monitoram o barco inteiro. Descendo para a popa, depara-se com uma mesa para cinco pessoas em um espaço um tanto acanhado para os padrões do segmento. Uma demonstração que o barco privilegia mesmo o flybridge. Já no interior, a 510 Fly apresenta uma configuração muito bem pensada. A sala de estar tem, a bombordo, um sofá para seis pessoas
O flybridge foi pensado para ser o destaque do barco. Há duas mesas, bar, um solário para três pessoas e o posto de comando tem todos os equipamentos que tem direito para controlar o barco
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ESPECIAL
e, do lado oposto, uma mesa de jantar. A TV fica em um móvel ao lado da porta de entrada e bem abaixo dela fica o painel geral do barco. Subindo um degrau fica a cozinha completa, bem em frente ao posto de comando, que segue a mesma linha em arsenal de equipamentos do fly. O cockpit em ótima visão, graças à muita luz natural vindas das enormes janelas que cercam o barco. No deck inferior ficam as três cabines. Na proa, o camarote VIP é repleto de armários, com espaço de sobra para guardar bastante coisa. O banheiro é compartilhado com o outro camarote com duas camas de solteiro, mas é grande, muito bem decorado e tem box fechado. Nos camarotes, como em todo lugar do barco, há muito espaço para guardar os pertences pessoais, o que credencia
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a lancha para pernoites e estadias mais longas. A suíte máster, à meia nau, tem todo o conforto que o proprietário precisa: uma mesa para desfrutar o café da manhã, a bombordo, uma cama de casal convidativa, TV e um banheiro enorme, decorado com materiais de muito bom gosto. Equipada com motores Cummins de 600 hp, propulsão Zeus (opcional), uma ampla capacidade de combustível, 1.892 litros, e sistema VesselView de monitoramento, o novo modelo da Brunswick tem tudo para agradar. “É raro encontrar um barco com tamanha inovação, com a elegância e a tradição que conquistamos ao longo dos anos”, afirma Tim Scheik, presidente da SeaRay. “Estamos redefinindo como um barco deve ser e espero que seja um sucesso no Brasil”, complementa.
Estamos redefinindo como um barco deve ser e espero que seja um sucesso no Brasil� TIM SCHEIK, PRESIDENTE DA SEARAY
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ESPECIAL
SEA RAY 350 SLX
Projetada para o verĂŁo A 350 SLX ĂŠ uma lancha perfeita para levar confortavelmente uma turma grande para passear e por isso tem muitas chances de vir para o Brasil
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ESPECIAL
Também apresentada no último Fort Lauderdale Boat Show, a 350 SLX causou uma tremenda surpresa no mercado. Isto porque o barco traz um novo conceito para a SeaRay, que nunca havia construído um barco de 35 pés de proa aberta. O estaleiro manteve sua tradicional sofisticação e acabamento primoroso e agregou ousadia e várias soluções inovadoras a fim de proporcionar o máximo nos passeios de verão. “Escutamos o que os consumidores realmente precisavam em um barco e realizamos o projeto da 350 SLX com destaque para espaço, conforto, performance e capacidade de armazenamento, além de várias soluções tecnológicas”, explica Ron Berman, vice-presidente da empresa. Realmente, espaço é o que não falta. Por ter a proa aberta, a Sea Ray levou o binômio diversão e aproveitamento interno a sério. A
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começar pela popa, onde há dois itens que não podemos ver, mas que fazem uma enorme diferença no barco. O primeiro é um solário para três pessoas que fica “embutido” em uma área na popa equivalente ao nosso espaço gourmet. Com apenas três movimentos é possível criar um ambiente para se aproveitar o sol. O outro detalhe é uma escada que fica sob a plataforma de popa. Apertando um botão, ela aparece. Entrar e sair da água nunca foi tão fácil! Outro ponto fortíssimo dessa lancha é sua capacidade de guardar as tralhas do pessoal. Imaginem mais de 15 pares de calçados, bolsas e afins que o pessoal traz para bordo convenientemente guardados. Um sonho para quem gosta de sair de turma. No cockpit, por exemplo, tem um espaço para guardar os sapatos embaixo do degrau; outro acarpetado embaixo do banco para guardar bolsas e mochilas; um espaço
Por seu caráter “convidativo” e por suas soluções inovadoras e acabamento primoroso, o barco tem tudo para causar um grande impacto no mercado nacional
enorme no meio e embaixo do banco do piloto, para colocar esquis; um espaço para colocar um cooler para as latinhas e ainda mais paióis nos bancos da proa para miudezas, utilizando ao máximo o que o barco poderia oferecer. Aliás, o cockpit foi muito bem trabalhado pela equipe de design da Sea Ray. À boreste há um módulo com pia, churrasqueira, geladeira e lixeira. Já à bombordo fica um sofá em “L” com uma mesa elétrica de fácil acionamento que se esconde sob os pés. O banco para duas pessoas é giratório e assim permite que o piloto e acompanhante possam se integrar com todos a bordo quando o barco não está navegando. Por falar no piloto, o posto de comando foi simplificado. Os relógios e o GPS da linha Hybrid Touch, da Raymarine, trazem todas as informações necessárias e os demais botões apresentam um design moderno que harmo-
nizam o painel. Antes de se chegar à proa, mais dois itens muito úteis foram inteligentemente integrados à passagem e passam despercebidos: um banheiro, com um bom tamanho e completo, e um quarto com TV e ar-condicionado, ideal para as crianças descansarem na volta do passeio ou mesmo um adulto que deseje sair do sol. Chegando na proa, há um sofá em “V” com duas mesas que ocupa todo o bico do barco. Definitivamente, um espaço novo, totalmente independente da área principal do cockpit e da popa que agrada muito aquela turma que gosta de ir “lá na frente”.Não há previsão oficial de chegada para a 350 SLX no Brasil. No entanto, por seu caráter “convidativo” e por suas soluções inovadoras e acabamento primoroso, o barco tem tudo para causar um grande impacto no mercado nacional, o que deve posicioná-lo em um patamar único.
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ESPECIAL
Visita à Sea Ray
A Boat Shopping foi convidada a visitar uma das fábricas da Sea Ray e conferir o seu jeito particular de produzir barcos Fundada em 1959, a Sea Ray foi um dos primeiros estaleiros a utilizar a fibra de vidro no processo de construção de seus barcos. Em 1986, eles entraram para o grupo Brunswick, o maior conglomerado náutico do mudo, e puderam agregar os profissionais e a tecnologia de ponta do grupo no processo de construção. Sempre comprometida com a excelência, a Sea Ray atingiu o nível máximo de qualidade exigido pela Guarda Costeira Americana, National Marine Manufacturers Association (NMMA), American Boat and Yacht Council
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(ABYC) e a International Organization of Standards (ISO). Algo que poucos estaleiros podem se orgulhar. A Sea Ray tem cinco fábricas nos Estados Unidos, sendo o quartel-general na cidade de Knoxville, no Tenesse, e outras unidades em Tellico, Vonore, Palm Coast, Flagler Beach e Merritt Island, na Flórida, além da brasileira em Joinville, que produz também modelos da linha Bayliner. Conheça um pouco como é produzida uma Sea Ray na fábrica de Palm Coast, Flórida.
A fábrica é uma linha de montagem. Enquanto o casco é moldado, a fiação e o acabamento dos ambientes é preparado segundo gabaritos e, ao final, o barco é testado na água, o que garante o alto padrão de qualidade da Sea Ray
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MAR NE SOLUTI SONE ONS GUA
GMS
Catamarã NOMAD 7XC A Mastro D’Ascia fabrica lanchas
em que o rendimento e a navegabilidade são as bases do processo de desenvolvimento. Utilizando técnicas construtivas de vanguarda e materiais da mais alta qualidade chega-se a um produto único, capaz de proporcionar a melhor experiência de navegação em qualquer condição de mar.
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(48) 88621643 | 88621705 | 32382314
Nos
trinques Como fazer a da sua moto aquática para deixá-la sempre pronta para seu próximo passeio Por Caio Ambrosio
O
verão chegou e você foi todo feliz para a praia, levou sua moto aquática mas, na hora de colocá-la para funcionar na água, nada do motor pegar. Todo dono de moto aquática já enfrentou problemas deste tipo (ou piores) e chegou até a perder passeios por falhas no seu equipamento que poderiam ter sido evitadas se
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tivesse observado cuidados básicos ou feito uma manutenção preventiva. Por isso preparamos um guia com dicas fáceis de manutenção da sua moto aquática para garantir seu sorriso no verão. Dá um certo trabalho, mas a recompensa é grande, além de preservar um patrimônio que, convenhamos, vale a pena ser melhor cuidado. Vamos lá?
Manutenção básica No caso de motos aquáticas novas, o mais recomendado é seguir o manual, mas no caso de motos aquáticas usadas, mais rodadas, cuidado, paciência e bom senso aumentam a vida útil do equipamento e evitam problemas bobos.
Troca do óleo e filtro No caso dos motores de 4 tempos, a troca do óleo e filtro de acordo com a especificação do manual é essencial. Sem dúvida, é o item mais importante. Já nos motores de 2 tempos, a dica é usar um óleo de boa qualidade e na especificação correta. Um erro muito comum é “achar” que as motos aquáticas usam o mesmo tipo de óleo. As Sea-Doo, por exemplo, não usam o tipo “TCW”, que é indicado para a linha Yamaha e Kawasaki, e sim os tipo API-TC e derivados. Leia o seu manual e não use um óleo que não seja o recomendado.
Troca de combustível Um dos maiores problemas do Brasil é a qualidade do nosso combustível. No lugar de gasolina, as bombas nos entregam um coquetel de surpresas. Além do álcool, são adicionadas solventes, água e outras substâncias que causam muitas falhas e quebras nos equipamentos. Os motores com injeção eletrônica e derivados são menos sensíveis a combustíveis ruins, porque, além do sistema se auto ajustar, os componentes como bicos injetores são de inox, menos sensíveis aos ataques do álcool e outros produtos químicos. No caso dos motores com carburadores, o cuidado deve ser maior. Eles entopem com mais facilidade por não terem a pressão necessária e por estarem sujeitos aos resíduos que as substâncias adicionadas produzem. Portanto, olho no combustível. Evite a gasolina comum. A grande porcentagem de álcool nela não ajuda. Este álcool evapora e surgem partículas de açúcar, que entopem a entrada de gasolina no giclê – local onde passa o combustível. O ideal seria utilizar a gasolina de aviação, mas você pode usar as tipo Podium, que tem maior octanagem (poder de explosão) e, na teoria, é mais pura. Este tipo de combustível evita a formação de vapor nas tubulações, permitindo que sua moto aquática possa ficar maiores período sem uso, algo em torno de seis a oito semanas, no máximo.
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CHECK-UP
Evite deixar combustível no tanque Quando o combustível fica algum tempo parado no tanque e no carburador, aquele resíduo acima citado, popularmente conhecido como “borra”, aumenta seu volume, causando o entupimento do carburador. Assim, o motor não é alimentado corretamente e pode superaquecer, travar ou simplesmente não funcionar.
Ligue a moto de vez em quando Boa parte dos problemas das motos aquática estão relacionados com a frequência do uso. Muitos donos de motos aquáticas vão para praia, usam e depois a deixam parada durante um bom tempo. Para evitar problemas com a borra do combustível e diversos outros por falta de uso, crie o hábito de ligá-la a cada 15 dias. Por 30 segundos no máximo se ela estiver fora d’água ou por uns 3 minutos na água. Isso irá diminuir o problema do combustível parado e evitar que as peças internas enferrujem, que é outra causa de quebra dos motores. Se a gasolina estiver parada a mais de 2 meses no tanque, nem pestaneje: troque todo esse combustível por um novo antes de fazer sua moto aquática funcionar. E mesmo se você trocar e ela falhar, não insista, pois o motor não ficará bom sozinho. A insistência pode fazer um problema simples como a limpeza do carburador virar uma quebra de motor muito mais cara e complicada de reparar.
Lave depois de usar Quem utiliza a moto aquática em água salgada ou salobra deve lavar sempre o motor com água doce após uso. “Adoçar o motor” evitará que ele enferruje por dentro e venha a quebrar. Motores de 2 tempos são mais suscetíveis à ferrugem interna porque, ao contrário dos 4 tempos, suas peças internas não ficam banhadas no óleo. Muitos acreditam que o sistema selado de refrigeração não precisa ser adoçado após o uso. Grande engano. O sistema é selado sim, mas só a parte do cilindro e cabeçote. Se não adoçá-lo após o uso, os outros componentes por onde a água salgada circula, como o sistema de escapamento, por exemplo, irão apodrecer. Portanto, “ADOCE SEMPRE” sua moto aquática depois de usá-la! Não esqueça de lavar também a turbina e motor por fora. Evite colocar água com pressão nas partes elétricas ou direcionar o jato de água no filtro de ar.
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Secando com cuidado Desconecte os plugues da bateria. Com isso sua bateria ficará com carga por mais tempo, evitando que a mesma tenha suas placas coladas. Em seguida, seque bem os contatos elétricos, deixando o motor receber ventilação até secar bem - sempre deixando o banco aberto para que o compartimento do motor fique bem ventilado. Com o calor, a umidade retida irá fazer o motor “suar”, provocando o surgimento de zinabre (hidrocarboneto de cobre), aquela crosta de cor verde que se forma na superfície do cobre ou latão. Isso é fatal para as partes elétricas.
Depois de seco Depois de lavado e seco, é hora de aplicar óleo antioxidante em spray, silicone líquido ou vaselina em spray nas partes metálicas, em todo o motor, parte elétrica e turbina. A vantagem da vaselina em spray é que ela não ataca as peças de borracha.
Não feche a torneira do combustível Outro engano comum é fechar a torneira de combustível e funcionar o motor até ele apagar. Isso é um erro grave, porque, além de não secar o carburador por completo, você seca o motor por dentro, e assim ele ficará muito mais suscetível à ferrugem. O correto é, após lavar o motor, deixá-lo funcionando por 30 segundos na marcha lenta antes de desligar, diminuindo, assim, a chance dele enferrujar.
Revisão periódica Tal como acontece com os carros, as motos aquáticas precisam passar por revisões de tempos em tempos mesmo que, aparentemente, não estejam com algum defeito. Aliás, a turbina e a bucha de carbono são as campeãs da lista de serviço das oficinas. Por isso é importante seguir as recomendações do fabricante e realizar a manutenção preventiva. A primeira revisão deve ser feita após dez horas de uso e as demais seguem o calendário do fabricante. No mais, é observar sempre o barulho e se algo parece estar fora do normal. O melhor conselho é cuidar preventivamente da sua moto aquática porque assim ela vai lhe dar muito mais prazer do que trabalho.
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VIVA AS
Numa referência à nossa 50ª edição, listamos o melhor para você escolher de cada estaleiro do mercado nacional na nobre faixa dos modelos de 50 pés
O
ingresso no segmento das lanchas de 50 pés é um marco. Significa que você já pode dispor de um capital para investir em uma faixa de barcos excepcional em que o conforto, luxo, tecnologia e desempenho começam a ser medidos em outra escala. Ainda mais em relação aos modelos modernos, que contam com flybridge, três camarotes – com pelo menos uma grande suíte – e muito espaço a bordo. Os 14 barcos selecionados, um de cada estaleiro, representam exatamente isso, além de trazerem particularidades que mostram que podem atender às diversas preferências.
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PRESTIGE 550
Na ponta dos dedos A Prestige 550 impressiona pelo seu tamanho e desempenho, pois chega perto dos 35 nós e pode ter até um terceiro comando A Prestige pertence ao Grupo Beneteau. Talvez por isso tenha conseguido reunir os DNAs de barcos elegantes como os italianos e bem construídos e acabados como os franceses. A 550 fly é tudo isso e um pouco mais. Apesar de ser 55, na realidade ela tem quase 58 pés. Tem uma dirigibilidade impressionante e talvez por esse equilíbrio de casco e motorização com dois motores Cummins de 600 hp cada atinge quase 35 nós de velocidade. E graças ao sistema Zeus e seus joysticks (um deles fica na praça de popa!), manobra fácil em qualquer píer. Com três camarotes no convés inferior, ela pode ter dois ou três banheiros. Em qualquer configuração, o espaço nas cabines máster e VIP faz jus ao tamanho do barco. Merece destaque a grande plataforma de popa, que se separa do barco, criando quase uma “praia particular”.
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50 PÉS PRINCESS 52
Para relaxar A Princess 52 tem muito espaço e uma incrível suíte máster O estaleiro inglês Princess Yachts é famoso por construir barcos robustos e que levam a performance a sério, afinal o mar por aqueles lados não é brincadeira. A Princess 52 fly é pensada para enfrentar esses desafios com muito conforto. O costado alto impressiona e há janelas no casco e ao redor do salão no deck principal que, por conta disso, ganha muita luz natural e vistas panorâmicas. O salão tem ainda uma mesa de jantar de teca e uma cozinha que migrou para a popa, uma solução prática cada vez mais comum em barcos com flybridge. Aliás, lá em cima também tem uma mesa de
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jantar, espreguiçadeira e um bar equipado. No deck inferior há três camarotes espaçosos e bem decorados. A do proprietário, à meia-nau, é incrivelmente ampla, com janelas panorâmicas em ambos os lados. A suíte VIP fica na proa, com uma cama queen size e outra com duas camas de solteiro. A lancha oferece uma cabine extra na popa para o marinheiro como opcional. Nos motores, é possível escolher entre dois Volvo D-9 575 hp, dois Volvo D-11 670 hp ou dois Caterpillar C12 A, de 715 hp cada, para atingir, nesta última configuração, 31 nós de máxima.
CARBRASMAR 550
Ao ar livre O destaque desta 550 fica por conta da suas ótimas áreas externas e uma bela suíte master A Carbrasmar, em seus mais de 50 anos de história, tem projetos de barcos emblemáticos, muitos do lendário projetista Joachim Klusters. No entanto, hoje, os materiais, o design e até o jeito como se curte barcos mudou. E aqueles primeiros barcos velozes, bons de mar, mas feitos para pescar, já não são o foco do estaleiro. A 550 até mantem um flerte com este passado por conta da sua proa alta, casco em “V” pronunciado e linhas tradicionais. A propulsão em eixo pé-de-galinha usa dois motores de 675 a 800 hp cada bem à frente, o que gera a vantagem
de equilibrar o barco. Mas para por aí. Seu salão tem as contemporâneas janelas laterais enormes, que garantem a boa iluminação natural e um enorme espaço externo, tanto no fly, como na praça de proa e na plataforma de popa. Descendo para o deck inferior, a cozinha fica em um nível intermediário, o que diminui o trânsito na área dos três camarotes, e uma bela suíte de proa. Os outros dois camarotes são menores, um com beliche e outro para um casal, mas que cumprem seu objetivo de levar todos para curtir ótimos passeios e voltar com segurança.
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50 PÉS
SEGUE FLY 55
Argentina tropical Boa de casco e espaçosa por dentro, a Segue faz a lição de casa e agrada no preço A Segue Yachts é um grande estaleiro argentino, com fábrica em Santa Catarina, que produz uma linha que vai de 32 a 92 pés. As lanchas argentinas costumam ser voltadas para o clima de lá, que é mais frio e o mar é bem mais duro do que por aqui. A Segue 55 Fly reflete um pouco isso. Com um casco navegador e uma boa distribuição interna, ela encara desafios e acomoda bem a família. A suíte máster, que ocupa toda a boca do barco, é o destaque, com tanto espaço que tem até uma área de estudo bem iluminada pelas janelas laterais do casco. A suíte VIP, na proa, também recebe iluminação natural da gaiuta acima da cama e de duas pequenas janelas laterais do casco. Essa suíte divide um banheiro com um terceiro camarote bem pequeno, com duas camas para solteiro, o que abre espaço para uma grande cozinha no deck inferior. Nas áreas externas ela surpreende com uma grande plataforma de popa e bom espaço na praça de popa. Só peca no flybridge, que é espaçoso, “pero no mucho”, porém dá 38 nós de velocidade final.
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50 PÉS
PHANTOM 500 FLY
Brasileira de primeira Totalmente projetada e construída no Brasil, a Phantom 500 Fly nasceu como surpresa e conquistou seu espaço Lançada em 2004, a Phantom 500 Fly foi, junto com a versão HT, responsável por uma enorme virada da Schaeffer Yachts. O estaleiro catarinense passou a atender proprietários de grandes lanchas com uma qualidade de construção muito superior à média do mercado nacional de então. Construída com o processo de infusão, ela ficou mais leve e com linhas esportivas e elegantes. No interior, o uso inteligente das áreas permitiu três camarotes am-
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plos e iluminados, sendo que a suíte principal na proa, diferentemente das suítes que ocupam toda a boca de outros barcos é menor, mas com um pé-direito de 2,10 m e materiais de primeira. Aliás, o barco tem home theater, cozinha com forno embutido e ar-condicionado, além de uma churrasqueira elétrica na imensa plataforma de popa retrátil. O Fly é um legítimo espaço social, assentos atrás e ao lado do piloto, mesa e um grande solário.
SUNSEEKER 55
Uma bela inglesa Com casco navegador e elegante por dentro, a 55 tem 18,35 m, ou seja, quase 60 pés, a maior do segmento A Sunseeker é uma das marcas mais tradicionais do mundo e é representada no Brasil pela Boats Nautic. A Sunseeker 55 aposentou a 53 no começo desse ano com muito estilo e personalidade. Surgiu mais esguia, em um comprimento maior e com uma boca 10 cm menor. Tem três suítes muito boas e um fly de primeira. Agora nele há um solário em “L” o bar ficou maior e o sofá em “U”
quase fecha o ambiente de tão grande e confortável. Outra mudança para melhor foram as duas vigias laterais, que agora estão maiores e embutidas. No interior, o salão ganhou uma cozinha que pode ser “disfarçada” quando não em uso e dois excelentes sofás. São três belas suítes e a eficiente plataforma de popa hidráulica dispensa comentários. Difícil encontrar um único destaque para esta lancha.
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CRANCHI ATLANTIQUE 50 FLY
Tecnologia e tradição Um dos estaleiros mais tradicionais do planeta colocou a tecnologia a favor do usuário na Atlantique 50 Fly A italiana Cranchi constróis barcos desde 1870 e, nessa estilosa Cranchi 50 Fly, mostra sua excelência ao usar, por exemplo, kevlar em reforços estruturais e no Fly para baixar o centro de gravidade do barco, tornando-o mais estável. A lancha tem ainda uma boa plataforma, muito espaço na praça de popa, solário na proa e um flybridge com mesa para sete pessoas, churrasqueira e geladeira. Faltou apenas um solário, substituído por uma chaise long ao lado do posto de comando. No interior, o salão consegue ser bonito e prático, com mesa de jantar dobrável e uma cozinha compacta. No deck inferior, a disposição dos quartos permitiu que uma 50 pés tivesse três camarotes e dois banheiros. Dois camarotes a meia-nau dividem um banheiro e têm pé-direito menor. O grande destaque é a suíte master, na proa, bem espaçosa e alta, que recebe iluminação natural das vigias laterais e da grande escotilha acima da cama. A Atlantique 50 é uma lancha que une tecnologia com tradição e conforto.
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AZIMUT 53
Barco premiado Não foi à toa que a Azimut 53 foi eleita o barco europeu do ano de 2010 na categoria até 55 pés A Azimut 53 é um barco impressionante. Suas linhas externas, o enorme flybridge, a decoração refinada, a distribuição dos espaços e até sua segurança são fatores que a levaram a ser eleita o barco europeu de 2010 na categoria flybridge até 55 pés. Seus três camarotes são muito confortáveis, incluindo uma bela suíte máster, que ocupa toda a boca a meia-nau, uma suíte VIP não menos privilegiada e outro com duas camas de solteiro. O flybridge tem 14 m2 muito bem aproveitados, com solários à frente e atrás, mini-bar completo e uma dinete que acomoda até oito pessoas. Além da beleza de dos bons espaços, completam a lista de pontos positivos da lancha a boa navegação, joystick para atracações fáceis e o sistema Seakeeper, que reduz o balanço do barco em até 80% segundo o estaleiro. Sem dúvida, uma líder do segmento.
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FERRETTI 530
A Ferretti mais querida Mais vendida entre as lanchas da Ferretti Group Brasil, a 530 incorpora o sonho do primeiro grande barco A Ferretti 530 é campeã de pedidos da nova fábrica da Ferretti, no município paulista de Vargem Grande do Sul. O pedigree da marca fica claro na qualidade da construção e do acabamento, mas a 530 impressiona ainda mais. O arranjo dos espaços internos e a beleza do projeto são inovadores. A boca de quase cinco metros, bem acima da média, permite um conforto interno inédito que fica evidente no cockpit amplo e arejado, cercado de janelas por todos os lados e na enorme suíte máster, iluminada naturalmente com uma vista ao nível do mar e com até uma chaise longe. A opção pela cozinha na popa permite uma integração natural da sala de estar, de jantar e da praça de popa com a cozinha e o bar. O flybridge tem um bom solário ao lado do posto de comando e um sofá amplo em “L” ao redor de uma mesa cria mais uma área de jantar ao ar livre. E todo esse espaço não cobra caro do desempenho. Com um motor de 800 hp, ela atinge 32 nós de máxima e cruzeira a 28.
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50 PÉS CIMITARRA 500 FLYBRIDGE
Para balançar o coração O estaleiro gaúcho Cimitarra entrou com sucesso no mundo das lanchas com Fly A Cimitarra 500 foi lançada sem muito alarde, mas trata-se de uma lancha de quase 60 pés! Suas linhas externas seguem o padrão de lanchas tradicionais, altas, mas as janelas verticais no casco e as ao redor do cockpit dão um toque de esportividade. No interior, o barco tem um conforto surpreendente, com um pé-direito alto, porém essencialmente cle-
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an, sem o requinte das concorrentes internacionais. O flybridge acomoda oito pessoas, mas fica devendo mais espaço social e solários. Com este modelo a Cimitarra consegue entregar uma lancha muito espaçosa, leve, sem luxos por um preço que representa quase a metade de modelos de tamanho semelhante. Difícil resistir...
INTERMARINE 55
Uma lancha de grife A Intermarine 55 foi projetada nos EUA pela BMW especialmente para o consumidor brasileiro A Intermarine 55 é um das poucas lanchas de grife do Brasil. Ela foi projetada nos Estados Unidos pelo estúdio de design da BMW, um dos mais renomados do mundo, que imprimiu sua identidade de luxo, conforto e materiais de ponta por todo o barco. E sem jamais perder o foco no consumidor brasileiro. Por isso mesmo, um dos destaques desta lancha é o enorme flybridge, com solário, sofá para oito, mesa e espaço gourmet. A plataforma submergível, a grande praça de popa, com pia e churrasqueira,
e a cozinha com vista para o mar também foram nessa direção. No deck inferior, a suíte máster à meia-nau tem cama queen size e ocupa toda a largura do barco, com vista privilegiada do mar. O camarote de proa também é bastante espaçoso, recebe luz de duas vigias laterais e de duas gaiútas no teto e tem entrada privativa para o banheiro. A lancha ainda tem um terceiro camarote, para dois solteiros. Resumindo, uma lancha que tem tudo para conquistar quem não dispensa design, luxo e conforto.
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SESSA 54 FLY
Chique na primeira A Sessa impõe respeito no segmento das 50 pés com esta primeira flybridge Há tempos se aguardava que Sessa Marine oferecesse uma lancha com flybridge. Foi então que surgiu a Fly 54, configurada para ser uma referência no mercado. Ela tem um design bem peculiar, com casco esguio escuro e janelas redondas e quadradas. Por dentro, o refinamento está acima da média, com detalhes evidentes na decoração, como a parede de espelho na guarda da chique suíte master, à meia-nau, e os acabamentos nos estofamentos e nos armários. O camarote VIP na proa também é bem generoso, deixando o outro mais como apoio para crianças ou visitantes solteiros. Eles dividem o hall com o banheiro comum e a cozinha, posicionada ali de maneira bem incomum para os padrões brasileiros, mas que é bem-iluminada pela luz natural vinda do enorme para-brisas. O fly é generoso para quem gosta de solários, mas também conta com um bar e mesa de apoio. Destaque para a performance incrível do seu casco, projetado especificamente para os dois Volvo D11 IPS de 900 hp, ou para uma versão mais comportada, de 700 hp, que imprimem à lancha uma navegação suave, mesmo na velocidade máxima de 32 nós.
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SOLARA 520 HT
Pronta para receber A Solara 520 HT foi projetada para passear e pernoitar A gaúcha Lanchas Solara acabou de lançar esta 520 HT, que tem um projeto totalmente original, com desenvolvimento próprio. A lancha tem mais de 80 m² de área interna útil, com três cabines, sendo a suíte máster na proa. Todas com decoração amadeirada e requintada. Acomodam bem dois casais e dois solteiros para pernoite, sendo que os dois banheiros contam com box. Além do conforto e bom espaço, destaques para a ótima cozinha, com forno embutido, os três metros do hard top elétrico e pela profusão de detalhes, como banquinhos retráteis na plataforma de popa, junto à churrasqueira embutida, e uma salinha de estar no hall dos camarotes. O modelo pode ser equipado com dois motores Volvo 435 hp a diesel, IPS 600 que pode ser manobrado com joystick.
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REAL TOP 520
Revolucionária A Real Power Boats resolve entrar no segmento de lanchas maiores com a estreia este ano da Top 520 A Real Power Boats sempre focou sua linha em barcos até 45 pés. Mas este ano, Paulo Renha, o grande projetista e CEO do estaleiro, resolveu ousar e lançar um modelo absolutamente novo e mais: com 52 pés. Assim surgiu a Real Top 520. O estaleiro fez em casa o projeto, com finalização de Tony Castro. Por fora, a lancha tem um design moderno, muito atraente, com linhas retas e muitas áreas envidraçadas. Por dentro, o estilo se repe-
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te, com três camarotes bem confortáveis, a suíte máster e dois camarotes servidos por um banheiro. Os diferenciais ficam por conta de um enorme flybridge – que tem um desenho diferente, como se fosse quase um deck –, e do espaço gourmet na plataforma de popa, com churrasqueira embutida, que se integra à cozinha e ao bar do salão, que foram invertidos para que a lancha ficasse bem funcional, com a cara do verão.
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SOBREVIVENTE
Construído na Finlândia há 80 anos, o Marga é um veleiro clássico que sobreviveu até a um torpedo durante a II Guerra Mundial e veleja até hoje timoneado por Lars Grael Por Antonio Alonso Jr.
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ma reforma é capaz de revelar muito sobre a história de um barco, especialmente quando trata-se de um veleiro construído na efervescente Europa dos anos 30. No caso do Marga, um Classe 6 Metros Internacional feito na Finlândia. A surpresa foi um enorme buraco que – conforme pesquisas revelariam – foi provocado por um torpedo que o afundou durante a II Guerra Mundial. A história inteira do Marga merece ser contada. Ele foi construído na Finlândia pelo estaleiro Åbo Båtvarv, em 1933, mesmo ano em
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que Hitler ascendia ao poder na Alemanha. Depois de uma trajetória muito conturbada, ele chegou ao Brasil nos anos 50 e posteriormente às mãos de Lars Grael em 1999, como um presente dado por seu irmão, Torben, e por seu tio, Erik Schmidt. Torben é dono do outro único 6 Metros do Brasil, o Aileen, que é ainda mais antigo. Sob o nome de Nurdug II, o Aileen conquistou a prata nas Olimpíadas de Estocolmo, em 1912, há mais de um século. A Classe Internacional 6 Metros foi olímpica por quase meio século e tem uma das mais
O Marga, feito na Finlândia, tinha um enorme buraco que foi provocado por um torpedo que o afundou durante a II Guerra Mundial
ricas histórias no mundo da vela. Seu moderno projeto, criado em 1907, passou a fazer parte do programa olímpico já no ano seguinte e só sairia dali nos Jogos de 1956. Eles sempre são lembrados ao lado dos maiores barcos da classe 12 Metros, que também foi olímpica, mas que entrou para a história como o veleiro que a America’s Cup adotou por quase 30 anos, entre 1958 e 1987. Até hoje, muitos consideram o 12 Metros como o melhor projeto de America’s Cup. Ao contrário do que o nome sugere, os 6 Metros são maiores que isso. A maioria deles mede entre 10 e 11 metros de comprimento, assim como os 12 Metros costumam variar entre 20 e 23 metros da proa à popa. O nome dessas classes vem da fórmula matemática que determina os parâmetros de construção do veleiro. Algumas medidas podem variar, como o próprio comprimento, a borda-livre e até mes-
mo a área vélica. Mas quando colocadas em uma fórmula, essas medidas devem redundar num resultado menor ou igual a seis metros. O Marga não fez sucesso apenas no Brasil. É opinião dos finlandeses que o projeto de Zake Wesdtin, construído em 1933 para Erik Ahlstrom, foi o mais belo dos Classe 6 Metros feitos na Finlândia em todos os tempos. Mas o destino desenhou um caminho duro para que ele chegasse aos trópicos. Foram tempos difíceis para os finlandeses, que se envolveram em duas guerras contra a União Soviética, numa beligerância que começou antes mesmo da II Guerra estourar. Sobrou para o Marga, que foi torpedeado e afundou. O veleiro conseguiu ser resgatado e foi reparado às pressas, num trabalho que pelo menos serviu para fazer com ele voltasse a flutuar. Depois da saga europeia, o Marga foi vendido para um velejador do Canadá, dando início
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MARGA
O Marga é muito mais do que um sobrevivente, é parte da história náutica mundial e um dos mais belos veleiros esportivos em atividade no país
a uma fase mais obscura de sua história. O veleiro simplesmente desaparece dos registros por uma década até que passa por uma grande reforma e é vendido para um novo dono nos EUA, onde fica mais uma década em silêncio. Foi só na década de 50 que o sueco Tor Ragnar Janér, empresário do ramo de celulose, trouxe o Marga para o Brasil. Coincidentemente, o barco foi um presente para seu irmão, Lars, velejar na baía de Guanabara. Era a première de uma história que se repetiria mais de 40 anos depois. Como nada na história desse barco parece respeitar muitos scripts, o Marga não ficou no Rio para ver a garota de Ipanema passar. Ele “morou” vários anos em Salvador. Somente nos anos 70 o Marga retornou à Niterói. Seu novo proprietário, Lorenzo Vianna, mudou o nome para Lyka VI e o numeral para BL-11. No final dos anos 70 Brasil, ele foi reformado no Iate Clube Brasileiro. Teve a popa cortada e o casco de madeira foi enfibrado.
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O Marga entrou novamente na vida de Lars depois do acidente no qual ele perdeu parte da perna, em 1998. “Depois do acidente que interrompeu minha quinta campanha olímpica na classe Tornado, meu irmão Torben e meu tio Erik Schmidt me deram o Marga. Nós fomos atrás da história do barco e devolvemos a ele o nome original e o numeral L-33”. Com isso, os dois irmãos passaram a ser donos dos dois Classe 6 Metros existentes no Brasil. Em sua regata de estreia nas mãos de Lars, dois meses após o acidente, o Marga velejou a Regata Preben Schmidt e saiu vencedor. No ano seguinte, ele entrou em reforma no Rio Yacht Club e só voltou a velejar em 2003. Esta reforma foi administrada por Torben Grael e executada por Álvaro Costa Souza, então barqueiro da equipe olímpica, atualmente na equipe paraolímpica do Brasil. Foi esta reforma que acabou revelando a cicatriz de guerra: um enorme rombo no casco
que nunca havia sido devidamente reparado. O revestimento de fibra de vidro com resina poliéster foi substituído por um novo, com fibra importada e resina epóxi. As cavernas foram reforçadas e a sobre quilha toda recomposta. A antepara principal de aço foi substituída por um reforço em fibra. O trabalho de reforma teve o cuidado de manter o DNA original do octogenário projeto de Wesdtin. O casco continua sendo de mogno, como em 1933. A sobrequilha é de carvalho e o convés é feito de spruce. Em 2009, o Marga recebeu um novo mastro de alumínio. Oitenta anos depois de seu nascimento, o Marga é muito mais do que um sobrevivente, é parte da história náutica mundial e um dos mais belos veleiros esportivos em atividade no país. Venceu a Regata de Veleiros Clássicos de Angra, em 2011, e da Regata de Veleiros Clássicos de Paraty, em 2012. Venceu ainda diversas edições da Regata Preben Schmidt e da Regata de Aniversário do RYC.
A Classe 6 Metros no Brasil Uma classe que tem Torben e Lars Grael como entusiastas não pode mesmo ser esquecida. Torben ajudou até mesmo a resgatar parte da história da classe no Brasil. Os primeiros veleiros chegaram aqui nos anos 20. Naquela década, havia três deles no Rio Sailing Club: o Gonda (design de Morgan Giles, 1914), Banhsee e Aileen (ex-Nurdug II, design de Werner Hansen, 1912). Tanto o Gonda como o Banshee viraram sucata antes que alguém percebesse a importância que esses barcos teriam no futuro. Mas o Aileen, vencedor de uma medalha de prata na Olimpíada de Estocolmo, em 1912, ainda existe e é hoje o barco de Torben. Seu avô, Preben Schmidt, foi o proprietário de 1931 até 1976, o ano de sua morte. Aileen e Marga são os únicos 6 Metros conhecidos no Brasil hoje. O Brasil também construiu seus próprios 6 Metros. O BL2 Ôba foi projetado no Brasil por L.J. Lambert e construído pela Cia Nacional de Navegação Costeira. E o país recebeu nada menos do que outra meia dúzia de 6 Metros, todos construídos na Finlândia e importados depois da II Guerra: o L 45 Bolero (design de Bjarne Aas, 1931), o L 46 Susanna (design de Harry Wahl, 1940) e o L 31 Bárbara (design de Gunnar L. Stenbäck, 1931), que chegou ao Brasil via Venezuela.
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Prepare-se para o Boat Xperience
O próximo Boat Experience acontece no Guarujá no último fim de semana de janeiro e no primeiro de fevereiro A 8ª edição do Boat Xperience, evento náutico consagrado por ter as águas do Guarujá, no litoral paulista, à disposição dos visitantes para test-drive dos melhores barcos do Brasil e do exterior, já tem datas definidas durante o alto verão. Repetindo o sucesso da edição passada, o evento será realizado em dois finais de semana, de 23/01 (quinta-feira) a 26/01 (domingo) e de 31/01 (sexta-feira) a 02/02 (domingo). Sempre das 11h às 20h na charmosa Marina Astúrias. Reserve a sua agenda porque o evento oferece 360 metros de píeres onde ficarão mais de 90 barcos disponibilizados pelos 70 expositores. Uma oportunidade sem igual para quem deseja comprar, trocar ou apenas entrar em contato direto com os lançamentos dos es-
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taleiros. O local tem estacionamento fechado, segurança e nada de frescura. Na hora de visitar os barcos, basta tirar o tênis para entrar e ver tudo, inclusive dar uma voltinha, com explicações dos vendedores e até dos donos dos estaleiros. E há barcos de 19 a 80 pés, ou seja, para todos os gostos e para todos os bolsos. O pavilhão do evento também oferece novidades em equipamentos, acessórios, motos aquáticas, carros, helicópteros, aeronaves e serviços náuticos, além de gastronomia e muita diversão para toda a família. Não deixe de visitar o evento que abre o ano para o mercado náutico. Para mais informações acesse: www.boatxperience.com.br contato@boatshopping.com.br
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TERRA FIRME
BANDEIRA
AZUL Marinas Nacionais hasteia Bandeira Azul que a credencia como referência em respeito ao meio ambiente No dia 23 de novembro de 2013, a Marinas Nacionais fez história: hasteou a Bandeira Azul e se tornou a primeira marina do estado de São Paulo a ter o selo ambiental. A certificação é concedida pela ONG internacional Foundation for Environmental Education (FEE) e pelo Instituto Ambiental Ratones (IAR), no Brasil, às praias e marinas que cumprem os critérios exigidos para o programa: informação e educação ambiental, gestão ambiental, segurança e serviços e qualidade da água. Essa conquista é renovável a cada ano e vale para 2013-2014. A bandeira foi entregue pela coordenadora nacional do Programa Bandeira Azul, Leana Bernardi, ao sócio administrativo, Juan Alfredo Rodriguez, e à gestora ambiental, Leila Pio dos Santos, da Marinas Nacionais. A prefeita do município do Guarujá, Maria Antonieta de Brito, esteve na cerimônia de hasteamento e parabenizou a Marinas Nacionais. A certificação da Bandeira Azul agrega valor não só à marina e à comunidade náutica, mas ao turismo do município do Guarujá, que é a única cidade na América Latina a obter duas certificações desse porte, pois a praia do Tombo também foi agraciada.
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UMA GRANDE
BANDEIRA
A All Flags reinaugurou seu showroom, agora uma flagship da Brunswick em alto estilo Desde 1993 quando começou como uma revendedora de motos aquáticas, a All Flags tem histórico de trabalho, seriedade e liderança de mercado. Foi assim que construiu sua reputação nesses 20 anos de mercado e que a fez galgar mais um degrau de sucesso em agora em dezembro ao inaugurar a primeira flagship da Brunswick – mais precisamente das marcas Sea Ray, Bayliner e Boston Whaler – na América Latina. O coquetel reuniu os representantes do estaleiro no Brasil, amigos e clientes para uma deliciosa paella comemorativa. “É uma prazer estreitar a parceria com o nosso maior representante no Brasil. Esta loja vai comercializar toda a linha Sea Ray, Bayliner e Boston Whaler, inclusive os modelos importados”, revelou o gerente comercial do
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estaleiro Manoel Santana. Opinião compartilhada pelo Diretor Geral da Brunswick Boat Group no Brasil, Jorge Valdes. “Somos um grupo muito forte no mundo porque estamos sempre com os melhores. Completamos um ano de fábrica no Brasil e esta parceria faz parte do processo de consolidação da Brunswick no país com a aproximação mais estreita dos consumidores às nossas marcas, principalmente as três comercializadas aqui em regime de pronta entrega”. Felizes também estavam Marco e Paulo Kinoshita, diretores da All Flags. “A Brunswick merecia algo de especial. Por isso esse ambiente de 850 m2 é mais do que uma loja de barcos: é um espaço de relacionamento, onde vamos realizar encontros, eventos e
Tenho a certeza de que o pessoal vai se apaixonar pelas lanchas da Sea Ray e da Boston Whaler tanto como já estão pelas da Bayliner” MARCO KINOSHITA
receber os clientes regularmente para apresentar as novidades das marcas e do mercado”, explica Paulo. “Temos muito orgulho em sermos os anfitriões da primeira loja conceito da Brunswick no mundo. Temos excelentes perspectivas para 2014 e tenho a certeza de que o pessoal vai se apaixonar pelas lanchas da Sea Ray e da Boston Whaler tanto como já estão pelas da Bayliner”, afirma Marco. Atualmente, All Flags tem, além desta loja conceito na Avenida Bandeirantes próxima à entrada para o aeroporto de Congonhas, lojas em São Paulo, Rio de Janeiro, Guarujá e está abrindo outras no interior de São Paulo e Minas, o que a torna uma das revendas com melhor posicionamento e infraestrutura no mercado brasileiro
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NOVO ENDEREÇO
Tânia Ortega se associa a Fahrer e à Avantime para criar um espaço náutico inédito
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Daniel Lima, Sabrine Dornelles, Tania Ortega, Olegário de Sá, Sergio Fahrer
Tania Ortega, André Leite, Bruna Ximenes
Suzana Costa, Mariangela Mantovani, Tania Ortega, Tania Lefèvre
Joacyr Reynaldo, Suzana Costa, Tania Ortega, Allyson Yamamoto
Augusto Bordini, Bianka Mugnatto, Tania Ortega, Ana Cristina Tavares, Olegário de Sá
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FOTOS: GUSTAVO SCATENA
A yacht designer Tânia Ortega (Tutto a Bordo), os designers Sergio Fahrer e Jack Fahrer (Fahrer) e os empresários Daniel Lima e Sabrine Dornelles (Avantime) receberam amigos, clientes e formadores de opinião para a inauguração de sua loja na badalada Alameda Gabriel Monteiro da Silva. O espaço pretende criar um modelo inédito no Brasil, com o oferecimento de projetos de revestimentos, decoração, design, móveis artesanais e automação náutica em um único local. A própria loja funciona como um showroom. O evento foi encerrado com um animado pocket show da banda “Rock Designer” dos irmãos Fahrer.
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A VOLTA DA VENTURA Noite de festa marca a volta da Ventura para São Paulo Após uma longa temporada fora da cidade, a Ventura voltou a São Paulo e inaugurou, na noite do dia 12 de dezembro, a Aventura Náutica, em parceria com a Ináutica, revendedor do estaleiro no interior do estado. A inauguração foi muito festejada por clientes e amigos que prestigiaram o evento e puderam conferir cinco modelos expostos na loja: V195, V210, V230 GII, V265 e a V330 Premium. “São Paulo é uma praça estratégica para nós e é muito bom estar de volta com um parceiro sério e competente. Somos muito fortes no interior do estado, o Rubens e o Celso já fazem parte da família Ventura e não poderíamos estar mais satisfeitos com essa loja”, afirmou Marco Garcia, gerente comercial do estaleiro Ventura. Segundo ele, a Aventura Náutica terá toda linha para pronta entrega. Anote aí o novo endereço: Av. Washington Luís, 4521, Vila Santa Catarina.
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São Paulo é uma praça estratégica para nós e é muito bom estar de volta com um parceiro sério e competente” MARCO GARCIA, GERENTE COMERCIAL DO VENTURA
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CASAS NOVAS A Schaefer Yachts inaugurou nova sede e unidades em Florianópolis e Angra dos Reis A noite do dia 27 de novembro foi muito especial para a Schaefer Yachts que inaugurou em Florianópolis, aos pés da ponte Hercílio Luz – o mais famoso cartão postal da cidade – sua nova sede, que reúne o showroom, o centro administrativo, o departamento comercial e a assistência técnica, além de um setor para montagem dos maiores barcos – as Schaefer 800 e 620. Também em Florianópolis, a Schaefer inaugurou uma moderna unidade de negócios na Marina Blue Fox, em parceria com o Pier 33. “A Blue Fox é uma das melhores marinas de Florianópolis e fica em Jurerê, um ponto nobre, para atender a todos os clientes da região e inclusive os turistas. Tanto que iremos disponibilizar barcos para test drive”, afirma Luiz Feubak, do Pier 33, um parceiro antigo do estaleiro. A Schaefer aproveitou o bom momento para inaugurar outra unidade em Angra dos Reis, na Marina Verolme, que funcionará como assistência técnica e serviços de lami-
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nação de toda a linha do estaleiro. Com 1.000 metros quadrados, o espaço comporta ao mesmo tempo uma lancha de 80 pés, duas de 60 pés e outros barcos de menor porte. A unidade vem completar a maior rede de assistência técnica de barcos de alto padrão do Brasil, que agora possui três gerências regionais de atendimento – Florianópolis (SC), Angra dos Reis (RJ) e Guarujá (SP).
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ACATMAR AWARDS A Acatmar comemora 5 anos reconhecendo os melhores do setor náutico em cerimônia de premiação no Iate Clube Veleiros da Ilha
O dia 16 de novembro foi uma data histórica para a náutica catarinense e do país. O evento em comemoração aos cinco anos da Associação Náutica Catarinense para o Brasil (Acatmar) também foi um verdadeiro “quem é quem” do setor, pois premiou as mais representativas empresas e pessoas que tornam o segmento cada dia mais forte, durante o Acat-
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mar Awards. As conquistas da entidade também deram o tom da festa, fazendo com que todos conhecessem de perto tudo o que tem sido realizado em prol da atividade náutica. A escolha foi feita por meio do site acatmarawards.com.br, onde puderam participar associados e proprietários de embarcação durante 30 dias. Foram 1.860 votos, para 10 categorias.
Confira os vencedores: Melhor estaleiro de barcos de lazer: 1º Lugar: Shaeffer Yachts 2º Lugar: Fibra Fort 3º Lugar: Intech Boating Sessa
Melhor prestador de serviços náuticos: 1º Lugar: Naza Náutica 2º Lugar: Bailly Capotaria Náutica 3º Lugar: Marine Express
Melhor fornecedor de equipamentos: 1º Lugar: Regatta 2º Lugar: Bailly Capotaria Náutica 3º Lugar: Metalúrgica Xexéumar
Melhor publicação impressa do setor: 1º Lugar: Revista Náutica 2º Lugar: Revista Boat Shopping 3º Lugar: Perfil Náutico
Marina com a melhor gestão ambiental: 1º Lugar: Marina Tedesco (Balneário Camboriú – SC) 2º Lugar: Marinas Nacionais (SP) 3º Lugar: Marina da Conceição (Lagoa da Conceição – Florianópolis)
Melhor município que trabalha para o turismo náutico: 1º Lugar: Balneário Camboriú (a cidade que nunca se virou de costas para o mar) 2º Lugar: Itajaí (que poderia também receber um prêmio de revelação nesse setor, pois a Volvo
Ocean Race já faz parte do calendário oficial de eventos internacionais da cidade e agora também a Transat Jaques Vabre) 3º Lugar: Florianópolis (aliás, cabe aqui fazer um reconhecimento dos esforços do prefeito Cezar Souza Jr. e da Secretária de Turismo Maria Cláudia Evangelista para que a cidade cresça cada vez) Melhor marina que oferece os melhores serviços: 1º Lugar: Marina Tedesco (Balneário Camboriú – SC) 2º Lugar: Marinas Nacionais 3º Lugar: Verolme (Angra dos Reis – RJ)
Melhor site do setor náutico: 1º Lugar: Bom Barco 2º Lugar: Navegue Angra 3º Lugar: Náutica e Companhia Personalidade que navega a motor: 1º Lugar: Mané Ferrari 2º Lugar: Paulo Renha 3º Lugar: George Luis Raduenz Personalidade que navega à vela: 1º Lugar: Amyr Klink 2º Lugar: Lars Grael 3º Lugar: Bruno Fontes *Prêmio especial para a empresa que mais tem trabalhado a favor do meio ambiente: “Transpetro”
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ILHA NAS
MONTANHAS Na Costa dos Alcatrazes, onde a serra desce até o litoral norte paulista, um charmoso boutique hotel recebe casais e pequenas famílias com conforto e privacidade Por Estela Craveiro
E
m São Sebastião, no litoral paulista, há um trecho da serra que praticamente encosta no litoral, mais precisamente na pequena e quase exclusiva Praia de Toque Toque Grande. É lá, em área de 20 mil metros quadrados, dentro da Mata Atlântica, a 50 metros acima do nível do mar, que fica o Ilha de Toque Toque Boutique Hotel. São apenas 12 suítes em estilo chique e rústico, para proporcionar uma experiência em meio à natureza. As instalações agregam pequenos núcleos interligados: a recepção com o restaurante; a piscina com sauna a vapor, sala de massagem e SPA com hidromassagem; e as suítes, que são divididas em cinco sofisticações para casais, que são os principais hóspedes do hotel, ou para casais quem preferem exclusividade levando no máximo duas crianças. Daí eles podem ficar na suíte Presidencial, que tem quarto, um segundo quarto/escritório, sala de estar e de jantar, banheiro e cozinha com cooktop elétrico, micro-ondas e frigobar. Em comum, todas as suítes têm varandas sobre decks, com belas vistas e ofurô, banheira Jacuzzi
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ou piscina privativa climatizada, além de ótima infraestrutura de hospedagem. As suítes Presidencial, Máster e Privé possuem sauna privativa e as Privé têm também lareira. Destaque também para o entretenimento. Há um espaço fitness com equipamentos Reebok, lounge de jogos com mesa de sinuca, sinal Wi-Fi e um mini-home-theater. Na praia, o hotel mantém um deck que precisa ir de carro, mas é bem perto, onde há serviço de apoio, com cadeiras, guarda-sóis, bar, banheiro, ducha, snorkel etc. Aliás, há serviços adicionais como curso de mergulho e passeio de lancha. Sob comando do chef pâtissier Marcelo Pandolfo, a “viagem gastronômica” do Ilha de Toque Toque Boutique Hotel começa desde o café da manhã, com 30 itens, e se estende pelo almoço e vai até o jantar, com destaque para os pratos de peixes e frutos do mar, com um toque de culinária caiçara. O restaurante também é acessível a não hóspedes sob reserva. Afinal, a vista é linda e o hotel é uma verdadeira ilha nas montanhas.
O hotel boutique é dividido em pequenos núcleos interligados: restaurante, piscina, SPA e as sofisticadas suítes
Como chegar A entrada principal do hotel fica no quilômetro 143 da rodovia RioSantos, a 15 quilômetros da balsa que liga Ilhabela a São Sebastião, e a 10 quilômetros da Praia de Barequeçaba, onde há várias marinas. Preços Pacotes de três diárias para casal a partir de R$ 1.860 em janeiro, e de duas noites, a partir de R$ 480 na média temporada e de R$ 384 na baixa temporada. Preços promocionais entre domingos e quintas-feiras. Mais informações: www.ilhadetoquetoque.com.br
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BISTRÔ NO DECK Hotel tradicional da pequena Barra do Una, no litoral norte paulista, inaugura bistrô no deck à beira do rio até o Carnaval chegar Por Estela Craveiro
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a Barra do Una, o Restaurante Canoa, localizado dentro do hotel homônimo, na cidade de São Sebastião, é um sucesso entre quem navega pela região do litoral norte paulista. Pelo ambiente descontraído e aconchegante, pela boa comida, pela localização, a 100 metros da praia, e pela praticidade de oferecer seu próprio píer. Também atrai o bar, no deck à beira do rio Una, onde se pode bebericar e saborear petiscos, como a premiada casquinha de siri da casa. A novidade deste verão é o Canoa Bistrô, também instalado no deck com vista espetacular, aberto das 12 às 23 horas. Tem operação prevista de 26 de dezembro até o Carnaval.
Os serviços do restaurante para não hóspedes começam cedo, com o café da manhã completo, servido das 8 às 10 horas, e daí o almoço emenda com o jantar e o restaurante não para até às 21h30. A cozinha é comandada pessoalmente pela proprietária do hotel, Fernanda Fuhrhausser, que também checa os pescados entregues diariamente pelos pescadores da vizinha Ilha Montão de Trigo, principalmente a pescada bicuda, a grande atração do bistrô. Aliás, o cardápio traz sempre um toque de ingredientes nativos, como pode ser visto em pratos como Papillote de taioba com frutos do mar; Cataplana de polvo; Camarões empanados em coco com abacaxi, leite de coco e arroz negro;
e Badejo grelhado com molho de camarões e farofa de banana e pupunha assada com ervas. Quem chega de barco ao Hotel Canoa (Coordenadas: 023º 45’28”S e 045º 45’03”W) para usar os serviços do bar, do restaurante e do bistrô pode parar no píer gratuitamente. Com preços à parte, tem acesso também aos serviços da Clínica de Shiatsu Luiza Sato – que podem ser prestados a bordo do barco do cliente – e ao Sport’s na Praia, serviço de locação de caiaque e stand up paddle, além de aulas de surf. A área da piscina é restrita aos hóspedes e aos clientes da Marina Canoa, que cobra R$ 10 por pé para pernoite de barcos e oferece 50% de desconto para quem se hospeda no hotel. O acesso por terra se dá pela rodovia Rio-Santos, na altura do km 183. Seja para usufruir do bistrô de verão, do bar ou do restaurante, que abrem o ano todo, uma parada no Hotel Canoa pode tornar ainda mais agradável um dia de navegação pela região das ilhas Montão do Trigo, Ilha das Couves e As Ilhas. E à noite o clima pode ser romântico, nas suas mesas à luz de velas. www.canoa.com.br
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A BORDO
As principais competições e eventos náuticos
ADRENALINA À
EXTREME
Colocamos nosso diretor e um top velejador brasileiro para correrem nos barcos de uma das classes mais tradicionais e exigentes da vela e no circuito que virou o conceito de regata de cabeça para baixo
O cenário é desanimador para Alex Juk. Campeão da classe Snipe desde a categoria Junior, ele sabe que, tecnicamente, está tudo errado na raia da badalada Extreme Sailing Series. A raia é muito curta, perto demais da terra e do vento sujo do continente. Os catamarãs se apertam na linha de largada no dia decisivo da temporada e Alex está a bordo de um deles como “sexto homem”, uma das muitas marcas que fazem da Extreme o circuito mais inovador da temporada.
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Criado em 2007, este ano o circuito percorreu sete cidades em três continentes e terminou em Florianópolis. Alguns dos maiores velejadores da atualidade dividem espaço com milionários que bancam a brincadeira e convidados amadores. Os barcos são catamarãs de 40 pés capazes de acelerar muito rápido mesmo nas pernas mais curtas. Das oito equipes envolvidas no circuito, uma é sempre formada por velejadores locais; e o mais importante na montagem da raia não é o vento, mas a pro-
ximidade com o público, que pode acompanhar tudo da Race Village montada na beira do mar, com narração ao vivo, DJ, lojas e exposições paralelas. Em Floripa, as provas foram disputadas junto ao mais famoso cartão postal da cidade: a Ponte Hercílio Luz. Mas os fãs da vela pelo mundo puderam acompanhar a transmissão ao vivo pela internet ou por 100 emissoras de TV pelo mundo. Mas o melhor posto de observação mesmo é a bordo dos catamarãs. Pelo menos esta é a opinião do Alex Juk, que de dentro da raia viu o barco de Omã, The Wave Muscat, levar o título da temporada. “É emocionante desde o momento em que eu vesti o capacete para entrar no barco. Saí impressionado não só com a regata, mas com o evento inteiro”. E o vento imperfeito?
O VENTO NÃO IMPORTA “Não adianta nada fazer esse tipo de regata em um lugar com vento perfeito, mas sem ninguém para ver. Quem tem paciência de assistir a uma prova em que o primeiro chega dois minutos na frente do segundo? Também não importa se o vento é sujo, se ronda ou não, se é fácil ultrapassar ou não”, questiona Alex. Para ele, as decisões são tão rápidas que não dá tempo de ficar trocando de estratégia durante a prova. A regata é muito curta e, por isso, as manobras precisam ser perfeitas. Entrosamento e treino são as palavras-chave. “Não dá tempo de pensar em tática e esperar rondadas de vento. É preciso ser rápido tecnicamente e ser perfeito nas manobras. Não dá tempo
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A BORDO O catamarã é muito leve e rápido. Veleja quase que no dobro da velocidade do vento e sai da água muito fácil. Por isso, a tripulação tem de realizar as manobras com perfeição
ANDANDO COM OS
CAMPEÕES A Boat Shopping foi convidada a tripular o barco vencedor da Extreme Series
nem de preparar as manobras, simplesmente é preciso fazê-las. Como os barcos andam todos juntos, basta um deslize e você sai de primeiro para último”. Alex sabe bem o que é isso. Ele velejou a bordo do Real Team, de bandeira suíça, que cruzou a linha em penúltimo lugar na última regata da competição.
TUDO É FEITO PARA O PÚBLICO “Eu adoraria mesmo que ficasse em terra. É muito diferente das regatas que eu corro. Sou apaixonado pelo Snipe, mas, por correr regatas, nem me convidem para assistir”, confessa. “Na Extreme tudo é focado no público. Os barcos andam nos través paralelos à praia, montam as boias ao lado do público. Quem está na vila de regatas consegue ver até a ação dos tripulantes. É fantástico!”, exulta Alex. Um dos barcos é estrategicamente reservado para uma equipe local. No Brasil, o time foi comandado pelo medalhista olímpico Clínio de Freitas, especialista em catamarãs. Mas esses barcos são tão diferentes do tradicional que nem sempre experiência em outros barcos conta, e acidentes acabam acontecendo. Mas, na Extreme, até os acidentes fazem parte do espetáculo. Capotagens, como a que aconteceu em Florianópolis, são sucesso garantido nas redações pelo mundo. É tão bem planejado, que dá certo até quando dá errado.
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Na Extreme Series é obrigatório levar um convidado a bordo nas regatas. E, imaginem, nosso intrépido diretor e velejador, Caio Ambrosio, foi convidado e aceitou correr no barco de Omã, The Wave Muscat, em duas regatas para valer, a quarta e a quinta, da etapa de Florianópolis. “Foi uma experiência incrível. A velocidade do barco, como ele veleja, a coordenação da equipe... Só com um olhar o timoneiro canta a manobra e todos sabem exatamente o que fazer”, conta Caio. A função de Caio a bordo era fazer o contrapeso, fundamental para o barco não virar. “O catamarã é muito leve e rápido. Veleja quase que no dobro da velocidade do vento. Daí ele sai da água muito fácil. Por isso, a tripulação tem que ser treinada e realizar as manobras com perfeição. Eu precisava ficar atento para me deslocar para a posição correta, caso contrário o barco poderia capotar”, explica. Pé quente ou apenas uma feliz coincidência, o The Wave Muscat ficou em segundo lugar nas duas regatas e, ao final, ficou com o título da edição 2013.
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O DESAFIO
Dois HPEs enfrentam ventos de até 30 nós entre Santos e Rio e dão sabor a uma das mais tradicionais regatas oceânicas do Brasil Por Antonio Alonso Jr. A Santos–Rio é uma remanescente da época pré-digital, na qual grandes regatas oceânicas eram campeãs de curtidas e congraçamentos dos velejadores. Com 220 milhas e repetidas histórias de calmarias homéricas, ela se tornou um dos derradeiros desafios de sua espécie, mantida com paixão por um grupo de entusiastas. Mas neste ano duas tripulações radicalizaram no entusiasmo e decidiram encarar os mais de 400 quilômetros na água a bordo de HPEs, modernos ve-
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leiros de apenas 8 metros e sem cabine, que fazem sucesso nas regatas curtas, mas que jamais foram pensados para desafios de quase 40 horas seguidas no mar. E até que eles não se saíram mal. Entre os grandes, o primeiro barco a cruzar a linha de chegada da 63ª edição da Santos–Rio, depois de 30 horas e 5 minutos no mar, foi o Magia IV/Energisa – uma espécie de irmão mais velho do HPE 25 – comandado por Torben Grael, com o reforço do irmão Lars e o filho Marco.
O Sorsa, recordista da regata, chegou 43 minutos depois, seguido pelo Lexus/Chroma, de Luiz Gustavo Crescenzo. Os HPEs W.Truffi/Suzuki e o W.Truffi/SER Glass, que velejaram juntos, chegaram 8 horas depois do fita-azul, diminuindo em 10 horas a previsão inicial, que era de dois dias completos no mar. O vento sul e rajadas de mais de 30 nós no segundo dia da regata ajudaram a acelerar a chegada. Para garantir ainda mais segurança às embarcações e
cumprindo as exigências estabelecidas pela Marinha, um bote Zonda de 30 pés, que tinha no comando o chefe da equipe do desafio, Cuca Sodré, atuou como barco de apoio. "Tivemos de redobrar a atenção quando entrou o vento sul. Os veleiros começaram a andar a 18 nós. É muita velocidade para um barco de apenas 25 pés", relembra Cuca. O único momento em que o bote se afastou dos barcos foi devido à necessidade de reabastecimento, em Ilhabela.
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A BORDO Só chegamos ao Rio porque encaramos o desafio com disciplina. Se tivéssemos apenas partido para uma aventura, não teríamos concluído o projeto” LUIZ ROSENFELD
DIFICULDADES NAS ÚLTIMAS HORAS
O comandante do W.Truffi/Suzuki, Luiz Rosenfeld, também acredita que a preparação e a preocupação da organização com um planejamento bem elaborado, dando prioridade à segurança dos velejadores, foram fatores fundamentais para o desafio Santos-Rio ter superado as expectativas. "Só chegamos ao Rio porque encaramos o desafio com disciplina. Se tivéssemos apenas partido para uma aventura, não teríamos concluído o projeto. A liderança do chefe de equipe, Cuca, também foi decisiva na avaliação de riscos difíceis de enxergar para quem está a bordo", contou. No tempo corrigido, o campeão das classes ORC e IRC foi o Rudá, de Guilherme Hernandez, com o Magia IV/Energisa em segundo, seguido pelo Lady Milla (Ricardo Tolentino). My Boy (Lars Muller), BL3 (Pedro Rodrigues) e Cairú (Roberto Geyer) garantiram as três primeiras colocações na classe RGS.
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Depois que os barcos passaram a Ilha Anchieta, faltando cerca de 14 horas de velejada para o fim do desafio, devido ao sudoeste forte e constante, as tripulações tiveram de ficar 100% atentas e focadas. “No começo da regata a gente se separou, mas quando o vento aumentou, resolvemos velejar juntos por questão de segurança. Se um barco tivesse um problema, o outro estaria próximo. Foi trabalho o tempo todo após a chegada do vento”, afirmou Marcelo Bellotti, comandante do W.Truffi/SER Glass. “Ninguém podia mais descer para a parte interna do casco para evitar o peso na proa. Tivemos de fechar a tampa do paiol para o barco não encher de água. O mar varreu o convés o tempo todo, mas estruturalmente o HPE mostrou-se perfeito. O balanço é superpositivo. Apenas uma vela genoa rasgada e um moitão do balão quebrado. Só não tivemos tempo para comer e para dormir. Pelo menos tínhamos barrinhas de cereal no bolso, mas foi tudo em paz”, acrescentou Belloti, logo após o fim do desafio, na chegada ao Iate Clube do Rio de Janeiro. Para o comandante do W.Truffi/Suzuki e fabricante dos HPEs, Luiz Rosenfeld, as situações difíceis e extremas as quais os barcos tiveram que enfrentar durante na travessia foram bastante positivas para observar e testar o comportamento das embarcações nessas condições. “Pude certificar o veleiro estruturalmente e também pude ver que é possível ajustar pequenos detalhes para se aprimorar a performance com vento forte e mar grande. O objetivo do desafio Santos-Rio de HPE era de movimentar a classe e levar mais adrenalina ao nosso esporte. Foi incrível”, falou. O fabricante ainda fez questão de garantir que, para 2014, a classe HPE pode contar com mais novidades.
A BORDO
POR MENOS DE
UM MINUTO A Copa Suzuki Jimny provou sua importância para o calendário da vela nacional em 2013 com regatas consistentes e disputas acirradas. E isso ficou ainda mais evidente na Regata Volta à Ilha – Sir Peter Blake, que é disputada desde 2002 para homenagear a passagem do lendário velejador neozelandês pelo litoral norte paulista e que inclusive visitou o Yacht Club de Ilhabela (YCI) no ano anterior. Trata-se de uma prova de 38 milhas (70 km) de percurso, a mais longa da Copa Suzuki Jimny. Com pouco vento, então, ela pode se tornar facilmente um desafio de paciência. A marca da edição deste ano, que aconteceu no fim de novembro, foi o equilíbrio. Os seis primeiros cruzaram a linha de chegada em um período de apenas 15 minutos. O fita-azul Lexus/Chroma concluiu a prova às 21h31, depois de velejar durante 8h31m48s. A vantagem sobre o Caballo Loco, um C30, foi de apenas 54 segundos. Outro C30, o Barracuda, chegou logo em seguida, após 1m48s.
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“O sul-sudeste lá fora (mar aberto) deixou a regata muito técnica. O mais legal é que a flotilha se manteve compacta, o que não é comum numa travessia tão longa. Os 22 barcos cruzaram a linha de chegada em um intervalo de apenas duas horas”, explicou o diretor da Comissão de Regatas (CR) Cuca Sodré, que só retornou ao YCI com o barco da CR na madrugada de domingo. Apesar do desgaste da regata com chuva e ventos que mal ultrapassaram os 10 nós, a tripulação do Suduca, campeão da RGS geral, não dispensou a comemoração que se estendeu até a madrugada na varanda do YCI. No dia seguinte, o comandante Marcelo Claro ainda estava radiante. “Fizemos tudo certo do começo ao fim, o mais simples possível. Observei que andávamos mais rápido com a genoa (vela de proa) em relação aos barcos que usavam a vela-balão. Os barcos maiores no nosso visual, logo à frente, nos davam a referência do que fazer”.
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Depois de mais de oito horas e meia de regata, Lexus vence Por Antonio Alonso Jr. a Volta à Ilha por apenas 54 segundos
Fim de temporada Termina a Copa Suzuki Jimny, que se consolida como o maior circuito de Vela do Brasil A Regata Volta à Ilha é uma tradicionalíssima parte do maior circuito de Vela do Brasil na atualidade, a Copa Suzuki Jimny. Dividida em oito categorias, ela encerrou o ano premiando tripulações imbatíveis e também recompensando o esforço de grandes viradas. Na ORC-A, a classe dos veleiros mais modernos e velozes, o Tangaroa, de James Bellini, venceu a disputa com o forte Navega Brasil/Lexus. Muito maior foi a hegemonia do Loyal na C30. A tripulação comandada por Marcelo Massa continua imbatível e nem precisou correr a última etapa para levar o título. Já na HPE, o ano terminou com virada. Depois de três títulos seguidos, o Ginga abre espaço para o Relaxa Next/ CAIXA, comandado por Roberto Mangabeira e reforçado pelo tetracampeão mundial de J24, Maurício Santa Cruz, o “Santinha”. As mulheres do Jazz venceram na disputada RGS A e confirmam o status de tripulação mais temida da classe. Confira todos os vencedores do ano:
Vencedores de 2013 A tática adotada pela experiente tripulação do Suduca fez a diferença durante as 9h18 em que o barco se manteve em regata. “O mar próximo à ilha estava muito batido, o que interfere no rendimento da embarcação. Quando nos afastamos da costa, encontramos um canal de vento e nos aproximamos do pelotão da frente. Atribuo essa vitória ao timoneiro, Plínio Romeiro, que conduziu o Suduca com perfeição”, afirmou Marcelo. No Lexus/Chroma, fita-azul, o tático e timoneiro Alexandre Marin assumiu também o comando do veleiro na ausência de Luiz Crescenzo. “A Volta à Ilha foi muito empolgante. Ficou todo mundo meio junto. Estávamos bem na frente, mas caímos em um ‘buraco’ de vento e fomos ultrapassados. Só conseguimos recuperar a ponta a 300 metros da chegada depois de um duelo com o Caballo Loco”. Detalhe digno de nota é que a tripulação de Santos incorporou ao barco o nome Navega Brasil, da lei de incentivo fiscal que permite a formação de novos velejadores.
ORC A Tangaroa (James Bellini) 15 pontos perdidos
RGS A Jazz (Valéria Ravani) 24 pp
ORC B Sextante (Thomaz Shaw) 14 pp
RGS B Asbar II (Sergio Klepacz) 18,5 pp
C30 Loyal (Marcelo Massa) 19 pp
RGS C Rainha (Leonardo Pacheco) 14 pp
HPE Relaxa Next/Caixa (Roberto Mangabeira) 48 pp
RGS Cruiser Boccalupo (Claudio Melaragno) 20 pp
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A BORDO
O
RECOMEÇO
A Rolex não é mais a title-sponsor da Semana de Vela de Ilhabela
Nos últimos sete anos, a tradicional Semana de Vela de Ilhabela adotou nome estrangeiro, Rolex Ilhabela Sailing Week, e ganhou um lugar no mais badalado calendário internacional de vela. A partir de 2014, no entanto, a Rolex não será mais a principal patrocinadora do maior encontro de Vela da América Latina. Provavelmente a empresa suíça continuará com algum grau de apoio, mas não será mais a responsável pela troca do nome tradicional pela chique alcunha. Segundo o diretor de Vela do Yacht Club de Ilhabela, Carlos Eduardo Souza e Silva, o Kalu, a saída da Rolex fecha um ciclo e por outro lado abre novas possibilidades. Algumas melhorias estão sendo estudadas para a edição 2014. "Ainda é cedo, mas 2013 nos deu algumas experiências muito boas que devem ser repetidas, como a manutenção da classe Star no programa". A Boat Shopping apurou que existe até mesmo a chance de que o Sul-Americano da classe Star seja disputado durante a Semana de Vela. Outra possibilidade ainda em estudo é a de permitir que barcos da ORC e da RGS meçam e corram simultaneamente em suas classes originais e na IRC. Como apuramos a notícia em primeira mão, e ela ainda está fervendo, muitas novidades devem vir por aí.
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Sem o patrocínio máster da Rolex já em 2014, a Semana de Vela de Ilhabela terá de traçar novos rumos
A BORDO
VOLTEI PARA VOCÊ Depois de trocar o Brasil pela América Central, Transat Jacques Vabre volta ao Brasil e se rende aos braços abertos de Itajaí
A Transat Jacques Vabre é uma regata de personalidade. Ela nasceu de uma rota histórica, refazendo o trajeto de navios à vela franceses que vinham atrás dos melhores cafés da América do Sul. Com largada em Le Havre, na França, em 20 anos de história, ela já teve como ponto de chegada a Colômbia e a Costa Rica, mas sua ligação mais forte é com o Brasil. Salvador foi o porto de chegada durante quase toda a década de 2000, até perder o posto para Puerto Limon, na Costa Rica, em 2009. Neste ano, o Brasil voltou ao mapa da Transat, com a chegada em Itajaí, Santa Catarina. A parada em Itajaí obrigou os velejadores a encararem a edição mais longa da regata até hoje, já que os barcos precisam descer quase
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toda a costa leste brasileira. Mas parece que o esforço valeu a pena. Depois que a Volvo Ocean Race fez sua primeira parada em Itajaí, o porto catarinense atraiu atenções da vela mundial. E o mérito é, em grande parte, do povo local, que acolheu a regata de braços abertos e com a empolgação de quem quer mais. “Nunca tive uma recepção como esta. Foi uma emoção e tanto ver tanta gente me aplaudindo. O momento perfeito”, disse Sébastien Rogues, vencedor na Classe 40, a menos veloz entre quatro categorias da regata. Sébastien e seu parceiro, Fabien Delahaye, venceram a regata a bordo do GDF Suez com o tempo de 20 dias 21 horas e 41 minutos, mais de nove dias depois do primeiro trimarã de 70 pés da velocíssima classe MOD 70.
CONHEÇA AS CLASSES E OS VENCEDORES DA TRANSAT JACQUES VABRE 2013: MOD70
AS SUPERMÁQUINAS
Os trimarãs literalmente voam com velocidade superior a 60 km/h. Os dois barcos da Transat Jacques Vabre terminaram o percurso de quase 10 mil quilômetros entre Le Havre, na França, até Itajaí, no Brasil, em apenas 11 dias. Campeões da Volvo Ocean Race como Damien Foxall e Charles Caudrelier (Groupama) velejam nessa classe 100% profissional. O trimarã Edmond de Rothschild (Sebastien Josse/Charles Caudrelier) foi o primeiro da flotilha a completar a regata em 11 dias 5 horas e 3 minutos. O segundo lugar ficou para o Oman Air-Musandam (Sidney Gavignet/Damien Foxall).
IMOCA
PREFERIDOS PELA TRADIÇÃO
Os veleiros de 60 pés são os preferidos dos grandes velejadores de oceano em solitário. Vendeé Globe e Barcelona Race são outras competições que usam o modelo, que premia a técnica. Ícones como Vincent Riou e François Gobbart são ídolos na França. Para um velejador em solitário, a Imoca é o último degrau do paraíso. Quem venceu em Itajaí foi o PRB (Vincent Riou/Jean Le Cam), que completou o percurso em 17 dias. Em segundo, apareceu o Safran (Marc Guillemot/Pascal Bidégorry) e, em terceiro, o Maître CoQ (Jérémie Beyou/Christopher Pratt).
MULTI 50 -
CAÇULA DOS MONOCASCOS
A Multi 50 mistura velocidade e custo-benefício. Os multicascos de 50 pés não podem custar tanto quanto outros tops da Transat Jacques Vabre, mas atingem velocidades impressionantes com um investimento de cerca de 1,5 milhão de euros, uma pechincha se comparado, por exemplo, aos 4 milhões da MOD 70, ou mesmo dos 25 milhões dos monocascos de 60 pés da Imoca. Na Multi 50, a vitória ficou com o Fenêtré A Cardinal (Erwan Leroux/Yann Eliès). O multicasco chegou em 14 dias 17 horas e 40 minutos. O Actual (Yves Le Blevec/Kito de Pavant) foi o segundo e o Rennes Métropole/Saint-Malo Agglomération (Gilles Lamiré/Andrea Mura) completou o pódio
CLASSE 40
A VONTADE É DE PROFISSIONAL
Com mais de 150 barcos na Europa e América do Norte, a categoria de 40 pés está em franco crescimento. Os velejadores não precisam ser profissionais para competir e muitos barcos da Transat Jacques Vabre são formados por amadores. O título em Itajaí ficou com o GDF SUEZ (Sébastien Rogues/Fabien Delahaye) que venceu a regata em 20 dias 21 horas e 41minutos. Os franceses foram seguidos pelos espanhóis do Tales Santander 2014 (Alex Pella/Pablo Santurde) e pela dupla francoalemã do Mare (Jorg Riechers/Pierre Brasseur).
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A BORDO
CLÁSSICOS
AO MAR Búzios, o badalado balneário carioca, parou para acompanhar a 8ª Regata de Veleiros Clássicos A 8ª edição da Regata de Veleiros Clássicos reuniu em Búzios, de 29 de novembro a 01 de dezembro, no ICAB, os barcos “mais queridos do Brasil”. São veleiros clássicos, alguns históricos, reformados e mantidos em atividade com esmero pelos seus donos, muitos deles legendas da vela nacional, como os irmãos Torben e Lars Grael. Aliás, a família Grael levou o Marga e o Lady Lou para a água. Eles se somaram a barcos como o competitivo Saga, o Cairu III da família Geyer, o belíssimo Froya II de João Andreas Dierberger e outros que constituem os principais veleiros clássicos brasileiros. A regata dividiu os barcos em sete categorias e uma convidada, a das simpáticas bateras, barcos artesanais de pescadores locais, que coloriram as águas de Búzios. Sobrou também muita confraternização no píer do iate clube, com direito a almoços memoráveis. Um evento gostoso de ver e participar dentro e fora d’água.
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CATEGORIA 1 (BRA/RGS) 1º: Lady Lou 2º: Cangrejo 3º: Cairu III CATEGORIA 2 1º: Jacaré VI CATEGORIA 3 1º: Pery
CATEGORIA 4 1º: Aquarius 2º: Cairu III 3º: Froya
CATEGORIA 7 1º: Peito de Pomba 2º: Bateau Jaune 3º: Fratelli
CATEGORIA 5 1º: Cangrejo 2º: Cangaceiro
CATEGORIA 8 (BATERAS) 1º: Assanhada 2º: Graciosa 3º: Moleca 4º: Habilidosa 5º: Atrevida
CATEGORIA 6 1º: Saga 2º: Lady Lou 3º: Viva
A BORDO
UM
SUPERSTAR NA LASER
Aos 40 anos e depois de duas medalhas olímpicas na Star, Robert Por Antonio Alonso Jr. Scheidt volta à Laser com título mundial Mais de duas décadas depois de conquistar seu primeiro Mundial, Robert Scheidt voltou à classe Laser para mostrar que idade é um conceito relativo. O agora quarentão venceu o Mundial de 2013, em Omã, e soma 11 títulos na Laser, além dos três na Star. Depois que a Star foi retirada do programa olímpico, o grande desafio do brasileiro é se manter competitivo em meio a uma flotilha de garotos e em uma categoria onde o físico é fator fundamental. Depois de liderar praticamente todo o campeonato, Scheidt teve um péssimo penúltimo dia e foi para a raia com apenas um ponto de vantagem sobre o cipriota Pavlos Kontides, um garoto de 23 anos. “Sendo pai, e depois de tanto tempo afastado da classe, essa vitória é mais importante do que qualquer outro Mundial de Laser”, confessou Scheidt, que dedicou os últimos nove anos à classe Star. O objetivo maior de Scheidt agora é se classificar para os Jogos Olímpi-
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cos do Rio de Janeiro. “O Rio ainda está longe e eu preciso ver se meu corpo aguenta os próximos anos, mas as Olimpíadas do Rio de Janeiro é onde quero encerrar definitivamente minha carreira.” Mas o caminho não será fácil, nem mesmo para um campeão mundial. Além dos adversários brasileiros que Scheidt terá de vencer, há uma legião de jovens velejadores do mundo todo que não está nada disposta a facilitar o trabalho do titio Robert Scheidt. “Ele está de parabéns, porque foi perfeito esta semana”, disse o segundo colocado Pavlos Kontides. “Mas as chances estão contra ele daqui para frente. Eu sei que minha próxima temporada será muito melhor. Eu ainda estou aprendendo e melhorando, enquanto Robert já atingiu o pico. Em termos de idade, ele tem 40 e em algum momento seu desempenho vai começar a declinar.” É provável. Mas, até agora, não vimos nem sinal desse declínio.
O VELEJADOR PARA TODAS AS CLASSES Uma semana depois do Mundial na Laser, Scheidt vence competição mais importante da Star na temporada
UM FENÔMENO EM 14 MUNDIAIS E CINCO MEDALHAS: LASER
11 títulos mundiais
1991 (juvenil), 1995, 1996, 1997, 2000, 2001, 2002*, 2004, 2005 e 2013 *Em 2002, foram realizados, separadamente, o Mundial de Vela da Isaf e o Mundial de Laser, ambos vencidos por Robert Scheidt
Três medalhas olímpicas
Ouro em Atlanta/1996 e Atenas/2004, prata em Sydney/2000
STAR
Três títulos mundiais 2007, 2011 e 2012
Duas medalhas olímpicas
Prata em Pequim/2008 e bronze em Londres/2012
Depois de conquistar o título Mundial no Oriente Médio, Scheidt ficou apenas três dias em casa e embarcou para as Bahamas, onde se encontrou com o velho parceiro Bruno Prada para a disputa da Star Sailors League. Mesmo sem treinar e com a dupla fora do peso ideal para a Star, Scheidt e Prada levaram o título da competição inédita e os US$ 40 mil destinados aos campeões. “Foi um campeonato e uma final espetaculares. É um dos dias mais felizes da minha vida. Estou feliz com o título e com o sucesso da Star Sailors League”, comemorou Scheidt pouco antes de receber a medalha de ouro das mãos do velejador americano Dennis Conner, cinco vezes campeão da America’s Cup. Dennis Conner, uma lenda na vela mundial, também premiou Scheidt com um elogio que vale por muitas medalhas. “Nos últimos 100 anos, o mundo teve uma lista de dez grandes velejadores. Entre eles, estão Paul Elvström, Lowell North, Ben Ainslie e Torben Grael. Sei que muitos me incluiriam entre esses nomes incríveis, mas, para mim, Robert Scheidt é o melhor entre todos nos últimos anos.”
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TUDO JUNTO E PARA VALER Os Jogos Olímpicos do Rio 2016 começam com o encontro de todas as classes olímpicas do Brasil em janeiro Por Antonio Alonso Jr. O ano novo começa com tudo para a vela olímpica brasileira. A primeira semana do ano vai reunir em Niterói a Copa Brasil de Vela, que vale como Campeonato Brasileiro de todas as 10 classes olímpicas, numa prévia da disputa pelas vagas na Rio 2016. O encontro, que reúne grandes nomes do iatismo nacional, como Robert Scheidt, Bruno Prada, Jorge Zarif e Isabel Swan, busca resgatar o glamour dos festivais de vela dos anos 1980. São esperados cerca de 300 velejadores das 10 classes olímpicas: Laser Radial e Standard, 470 masculino e feminino, RS:X masculino e feminino, 49er, 49er FX, Finn e Nacra 17. Todas as regatas serão disputadas perto do público, no bairro de São Francisco. A ideia é fazer com que o desempenho dos velejadores na Copa Brasil seja o principal critério para definir a equipe que irá representar o país no Mundial de Vela, na Espanha. O evento na cidade de Santander definirá metade das vagas dos Jogos Olímpicos do Rio 2016. O Brasil, como país-sede, já tem vaga garantida em todas as modalidades. “É importante incentivar os velejadores a entrarem
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nas classes olímpicas. Com eventos como estes faremos um trabalho a longo prazo, já que não se forma um campeão em dois ou três anos”, disse Torben Grael, coordenador técnico da equipe brasileira. Em Niterói, os velejadores serão observados por uma comissão técnica, que irá avaliar seu perfil e desempenho durante as regatas. O novo formato foi bem recebido pelos velejadores. “Este é um modelo bem interessante de competição, que já é usado em outros países há algum tempo. Acredito que dessa forma mais velejadores estarão na água, deixando a disputa mais emocionante”,diz Jorginho Zarif, da classe Finn. Até as Olimpíadas de 2016, a cidade de Niterói e a Baía de Guanabara serão palco da Copa Brasil de Vela. A partir de 2017, o evento passa a rodar o país.
SOBRE AS ÁGUAS
ANTONIO ALONSO é capitão amador, autor do blog Sobre as Águas, no portal UOL, e jornalista náutico há 10 anos
Salvem a Baía O Brasil é favorito nas Olimpíadas do esgoto A Baía de Guanabara é um esgoto. A frase choca, e tem sido repetida por dezenas de velejadores olímpicos que visitam o local. Ian Barker, prata na China e atual técnico da Irlanda, disse isso em entrevista para um dos veículos mais lidos por iatistas do mundo todo. E você sabe que é verdade. Não são só os estrangeiros, até mesmo os brasileiros, gente que nasceu ali, concordam. Martine Grael, que tem grandes chances de levar o ouro em 2016 é direta: "Desde que eu sou criança, a situação só piorou." Certamente, não é por falta de programas de despoluição, anunciados às dezenas. Precisou os estrangeiros virem aqui para chamarem à atenção sobre um problema que todos conhecemos, mas com o qual nos acostumamos. Os catastrofistas já vão começar o coro de que o problema é de educação, que o povo lá fora é muito mais limpo... Desculpem, não é isso. Não há a menor desculpa para a sujeira da Baía de Guanabara senão o descaso. Paul Cayard, a lenda da Star e da America's Cup, disse isso quando parou aqui durante a Regata Volta ao Mundo em 2006: "Na Baía de São Francisco, onde eu moro, vivem 8 milhões de pessoas, e não é um lugar sujo."
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Outro americano, Ken Read, voltou para casa apaixonado pelo Rio, mas se despediu com um pedido: "Por favor, façam alguma coisa. Eu velejo há 40 anos e nunca vi um lugar tão sujo na minha vida." O Rio assinou no início de dezembro um contrato de cooperação com o estado de Maryland, nos EUA. A ideia é melhorar o monitoramento da poluição. Ou seja, aparentemente nós não somos capazes nem de saber o quanto a baía está poluída. Não sabemos, porque estamos anestesiados e acostumados a velejar no cocô, desviando de sofás, portas, geladeiras e outros obstáculos. Afinal, um estado que permitia até pouco tempo que lixões despejassem chorume na baía e que tinha apenas 12% da população atendida por saneamento básico merece velejar em águas limpas? Eu respondo: merece! O que ninguém merece é viver sem saneamento básico, sem condições de segurança, sem direito à cidade, sem mobilidade urbana. O Rio de Janeiro continua lindo, mas por quanto tempo? Os arredores da zona sul estão entre os lugares mais feios e caóticos do planeta. Eu posso falar sem medo de errar que a água mais suja que eu já vi na minha vida não foi no Tietê, mas na Baía da Guanabara. Tão suja, que não era mais água, mas uma gelatina de cocô, óleo e lixos sólidos dos mais variados. Uma gelatina que, todos os dias, a maré cheia vem buscar e leva para o oceano. Não fosse esse efeito descarga da maré, a Guanabara já teria submergido em “desalegrias”. Portanto, não é uma questão de educação, de Brasil ou do sistema. A vela e a vergonha nacional não são prioridades, mas o saneamento básico é. E não há nenhuma justificativa para se contentar com 12, 40 ou 70% de saneamento básico nos arredores da baía. Nenhuma.
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COLUNA DO NASSEH
JORGE NASSEH é engenheiro naval, mestre em ciências em engenharia oceânica e CEO da Barracuda Advanced Composites
TEM MERCADO
PARA TODO MUNDO?
Qual a ciência por trás de vencer construindo e vendendo barcos
O
bservando os últimos anos do mercado náutico internacional parece que existe muito mais oferta do que procura. Muitos construtores acabaram desaparecendo do mapa e outros estão navegando em um mar de incertezas em rota semelhante. A falta de previsão ou visão antecipada dos eventos é a causa do naufrágio de alguns e o envio de pedido de resgate de muitos que sobraram. As previsões de crescimento do mercado americano ficaram pela metade e a Europa continua andando de lado com os 40% dos que sobreviveram. A Ásia ainda continua uma incógnita, mas com um mercado ainda muito pequeno. O Brasil é aquele que não cresce. Sobreviver nesse negócio e ter de sentar em uma mesa para negociar a venda de um barco com a faca na boca se tornou um trabalho para profissionais e estudiosos das reações
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humanas, mesmo que seja de forma empírica. A forma teórica mais simples foi proposta por Vilfredo Pareto, em meados de 1920, que estudou a eficiência econômica e a distribuição de lucros, enunciando que em uma negociação entre duas partes é impossível torná-la atrativa para somente uma das partes sem que o outro lado saia perdendo. O tratado ficou conhecido como “Eficiência Econômica de Pareto”, onde a soma do jogo é zero. Infelizmente, o enigma é mais complexo do que Pareto poderia presumir, pois, além dos clientes, existe ainda uma série de outros fatores que dificultam a solução de um problema aparentemente simples, que é: vender mais barcos. Lendo recentemente um artigo da Universidade de Harvard sobre “não cooperação” comecei a entender que em uma negociação nem sempre as partes saem completamente
satisfeitas. O problema é conhecido como a “Teoria dos Jogos”. Ela foi desenvolvida em 1944, mas depois John Nash provou que era possível conseguir equilíbrio mesmo sem que as partes tivessem a mesma percepção da sua lucratividade. Nash nasceu em 1928, nos EUA, e, depois de se graduar em matemática, recebeu ofertas de bolsa integral de Mestrado das universidades de Princeton e Harvard, com a recomendação do seu tutor: “Este menino é um gênio”. Nash acabou aceitando a bolsa oferecida por Princeton, que era patrocinada por John Kennedy. Boa escolha. Vale à pena a leitura do trabalho “Jogos não cooperativos”, de John Forbes Nash. Se o nome desse matemático parece familiar é porque ele foi uma vez interpretado por Russel Crowe no filme “Uma mente brilhante”. O trabalho de pesquisa de Nash, que acabou levando o Prêmio Nobel de Economia, certamente, para a sociedade atual, não é menos importante do que a teoria da relatividade ou da evolução das espécies escritas por Einstein e Darwin.
O resultado em um jogo de estratégias não depende somente do que se quer, mas também do que as outras partes querem A melhor parte da teoria de Nash é sobre o equilíbrio final. A ideia é bem simples, mas difícil de colocar em prática em qualquer negociação, pois, no fundo, a possibilidade de não cooperação é sempre real. O resultado em um jogo de estratégias não depende somente do que se quer, mas também do que as outras partes querem. Dizem que um bom estrategista consegue prever pelo menos cinco possíveis sequências de configurações, como se fosse um jogo de xadrez, mas uma mesa de negociações não é nem de perto como um jogo de xadrez. O conceito básico da teoria dos jogos inclui fazer acordo nas costas dos outros participantes da negociação, blefar, fomentar barganhas cooperativas, intrigas, criar ameaças reais ou inventar ameaças fictícias que atinjam os elementos físico, intelectual e emocional das
outras partes para se poder se criar uma vantagem. É possível se perder dentro da própria mente somente em pensar nas infinitas possíveis combinações e como elas poderiam jogar contra ou a favor. Então, como simplificar o resultado do jogo? Certamente, não existe resposta direta para essa pergunta e o máximo que cada jogador ou negociador pode conseguir é tentar prever os movimentos dos demais e orquestrar para que eles ajam a seu favor, pois é exatamente aí que o “equilíbrio de Nash” entra em cena. A teoria não é infalível nem previsível, mas aquele que conseguir presumir as melhores reações ganha o jogo, pois em certo ponto de equilíbrio a sua decisão é admissível para os outros, e todos aceitam ganhar um pedaço do negócio. No entanto, é você que ganha a maior parte. Mesmo que cada um dos negociantes tente maximizar seus lucros, não significa que todos vão sair ganhando a mesma coisa. A partir desse momento é possível, então, determinar o ponto de equilíbrio de Nash. Onde um dos lados força os outros a perder a possibilidade de melhorar a sua situação. O princípio é simples, mas não é perfeito.
MENTES BRILHANTES Russel Crowe também brilhou ao interpretar o matemático John Forbes Nash no cinema
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PERGUNTE AO CAPITÃO
MARCO ANTONIO FERRARI CARNEIRO é skipper de veleiros, lanchas e trawlers, instrutor de cursos teórico e práticos de navegação e segurança marítima
verão
Alerta de
“Verão feliz é verão sem acidente em nossas águas”
N
o dia 21 de dezembro começa o verão, tempo de calor, festas, férias, viagens, passeios e, infelizmente, acidentes nas águas brasileiras. Não gostaria de ocupar seu tempo com temas desagradáveis, mas é uma questão de consciência fazer um alerta e dar dicas para você, amigos e parentes curtirem grandes aventuras no mar com segurança. Segundo a Marinha, temos hoje navegando no Brasil 401.649 embarcações de esporte e recreio registradas, 124.511 só na região Sudeste, e um total de 785.259 habilitações amadoras. É muita gente em nossas águas.
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Nas últimas estatísticas de 2013, as embarcações de esporte recreio ficaram em segundo lugar em envolvimento em acidentes, com 221 inquéritos, perdendo somente para embarcações de carga e passageiro. Mas o mar é grande e podemos conviver em paz e em segurança, desde que quem esteja no comando do barco observe as regras da Marinha brasileira e as tradições marítimas. É simples, muito simples (veja box). Todo ano falamos sobre o mesmo tema, mas infelizmente as estatísticas continuam aumentando. Particularmente, acho que a maioria dos acidentes é causada por:
❱❱ falta de atenção do comandante; ❱❱ falta de experiência do comandante; ❱❱ velocidade excessiva; ❱❱ falha na propulsão (falta de manutenção, tanques sujos ou combustível com mais de 30 dias no tanque); ❱❱ uso de álcool, que baixa os reflexos, colocando em risco banhistas e seus familiares; ❱❱ navegação em locais perigosos, rasos demais e muito próximos da praia; ❱❱ ser pego por tempestades por sair sem checar a previsão do tempo; ❱❱ desconhecimento do RIPEAM, um guia de segurança barato e bem didático; ❱❱ desrespeito ao mar, excesso de confiança e negligência. Se pensar “acho que dá”, é porque não dá. Sei que muitos que leem este artigo não precisariam estar “perdendo seu tempo”, mas podem ajudar repassando essas informações para os que chegaram ao mundo náutico recentemente e vão “enfrentar” seu primeiro verão.
Comandantes não se esqueçam, também, de checar as documentações: seguro obrigatório, registro da embarcação e a habilitação em dia. Quando forem abastecer, atracar ou ancorar respeitem a ordem de chegada e colaborem com as outras embarcações. Cuidado com os banhistas e outras embarcações. Para terminar, lembremos que somos responsáveis por salvaguardar a vida humana no mar e preservar o meio ambiente. Caso observe navegadores não respeitando essas normas, denuncie aos representantes da autoridade marítima mais próxima de seu porto, por rádio, telefone ou pessoalmente, assim estará colaborando com o direito de todos de usufruir desta imensa riqueza que temos e que somos invejados por aqueles que nos visitam: as águas brasileiras. Boas navegadas, um verão com muitas milhas, alegrias e segurança para todos. Estarei no meu veleiro Oceanos, como vigia da natureza, só olhando o pôr do sol e contando estrelas. Mais informações: www.dpc.mar.mil.br/cipanave/rel_acidentes.htm
RECOMENDAÇÕES DE SEGURANÇA Mantenha uma leitura atualizada do Regulamento Internacional para Evitar o Abalroamento no Mar (RIPEAM). Negue o uso de sua embarcação a inabilitados. Realize uma manutenção preventiva eficaz, sem adaptações grosseiras.
Antes de sair, inspecione o casco, se há algum vazamento de combustível e as condições das baterias, bombas de esgoto, luzes de navegação, rádio de VHF e o nível de óleo no cárter. Planeje seu passeio sem se esquecer de calcular o consumo de combustível para ir e voltar. Seja vigilante na condução de sua embarcação.
Conduza a embarcação a uma velocidade de segurança adequada à situação, na qual possa reagir com segurança às intempéries da navegação.
Saiba, a todo instante, para que bordo está a menor profundidade.
Evite o consumo de bebidas alcoólicas no exercício do comando da embarcação.
Exercite sua liderança; afinal, você é o comandante da embarcação.
Respeite a lotação recomendada pelo fabricante.
Nada de manobras radicais.
Antes de sair com sua embarcação, inspecione seu material de salvatagem e verifique se há coletes salva-vidas em boas condições em número suficiente para todos que irão embarcar.
Não movimente a embarcação ou acelere se tiver alguém na água.
Cheque a previsão do tempo e mantenha-se atendo às indicações de mau tempo.
Ao fundear, o faça à baixa velocidade e utilize um comprimento de amarra adequado.
Nunca navegue a menos de 200 metros da praia.
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