Revista Boat Shopping #71

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TOP LINE 410 HT Uma ótima opção entre as 40 pés

NHD 270 A 1ª Open Deck da categoria

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Quando menos é mais

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Há 25 anos a Schaefer Yachts desenvolve e transforma o setor náutico brasileiro. São mais de 3 mil barcos entregues, que estabelecem um novo padrão de qualidade e inovação no mercado. A Schaefer Yachts inovou em design e conceitos, fazendo barcos sempre à frente do seu tempo. Inovou em tecnologia, toda desenvolvida pelo estaleiro e voltada para construção de barcos de luxo e alto desempenho. Diferenciais como processo de infusão a vácuo em todas as peças, uma exclusiva CNC de 5 eixos, equipe de engenharia própria e de profissionais gabaritados responsáveis pela quase totalidade dos processos industriais, garantem a segurança, conforto e excelência na navegação, fazendo da Schaefer Yachts referência internacional em qualidade, tecnologia e sofisticação. Embarque em uma Schaefer Yachts e descubra um novo mundo.


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A Universo Yachts foi formada no início de 2018 através da união de Celso Antunes e José Henrique com Alex Silva. Proossionais mais que conhecidos no mercado náutico nacional, tendo trabalhado em vendas de embarcações de grande porte e distribuição de motores de multinacionais pelos principais pólos náuticos do país. O time trás, somando seus conhecimentos e experiências de mais de 10 anos de mercado, um olhar crítico de excelência técnica e operacional sobre o que há de melhor, e mais adequado, direcionado para satisfação completa a cada necessidade e perrl.

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TAILÂNDIA - PHUKET

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boat teste

Editorial 18

NHD 270

Boat Online 20

Esportiva, estável e veloz 50

Top 5 Site 22 Barcos da Edição 24 Planeta Água 146

pelos mares Notícias 26 DESIGN

Os barcos do futuro 32 Vitrine 34

tec boat

TOP LINE 410 HT Um barco com excelente navegabilidade e muito conforto 62

MERCADO GLOBAL

Inteligência de mercado 42 Notícias 44

SANLORENZO SX88 Um iate que foge dos padrões 96

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CARTAS NÁUTICAS 3D Uma releitura de uma das ferramentas de navegação mais antiga 112

MOTORES DE 1.000 HORAS

terra firme

Será que essas 1.000 horas são realmente preocupantes? 112

ESPECIAL CHARTER

Quatro opções de destino para curtir a temporada de verão na Europa e nos EUA 120

a bordo VOLVO OCEAN RACE

O legado deixado em Itajaí 130

colunas Nasseh 136 Capitão 138 Herman Junior 138 Um homem do mar 140

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As reviravoltas econômicas no Brasil continuam afetando nosso setor, mas apesar das dificuldades, o mercado continua trabalhando para se estabilizar e essa situação fez com que alguns estaleiros se reinventassem e outros voltassem as atividades. Um exemplo disso é a New HD Boats, que traz de volta o que o antigo estaleiro tinha de melhor, aliado a soluções mais modernas em design e tecnologia, começando com o lançamento da NHD 270. Todas as novidades estão nas páginas do Boat Teste, que está de volta nessa edição. Outro barco que testamos é a Top Line 410 HT, uma lancha que possui diversas opções de customização e chamou a atenção por sua autonomia e qualidade na sua construção. Você encontra também dois iates que se tornaram grandes destaques no mundo, como a Navetta 33, uma Custom Line que é um divisor de águas dentro de sua categoria. E não podemos deixar de falar na Sanlorenzo SX88, que criou um novo segmento de crossovers e deixou o mercado de boca aberta. Conversamos com profissionais especializados em algumas das principais marcas de motores de centro e popa para desmistificar os motores de 1.000 horas e provar que isso não corresponde nem a um terço da vida útil deles. O verão europeu chegou e com ele a temporada de charters e a Boat preparou um especial com quatro opções de roteiros exclusivos para curtir lugares conhecidos, mas de uma forma que você nunca imaginou. Estivemos presentes na perna da Volvo Ocean Race aqui no Brasil, e trouxemos todos os detalhes da regata e o legado real, deixado em Itajaí, diferente das Olimpíadas e Copa do Mundo. E para finalizar apresentamos uma nova forma de ver as cartas náuticas, agora em 3D pelas mãos do artista irlandês Bobby Nash. Boa Leitura!

Cristiane Bartel 14

Publisher Caio Marcio Lopes Ambrosio Colunistas Jorge Nasseh Marco A. Ferrari Carneiro Ricardo Machion Herman Junior Redação e Direção de Arte Cristiane Bartel Assistente de Produção Kadu Abreu Produção de Vídeo Gabriel Ambrosio Para anunciar ou assinar Tel. (11) 3846-2364 contato@boatshopping.com.br www.boatshopping.com.br Boat Shopping é uma publicação do Boat Brasil Grupo de Mídia (edição 71 maio/junho). Os artigos assinados não representam necessariamente a opinião da revista. É expressamente proibida a reprodução ou cópia, de parte ou do todo, de textos e fotos publicados na Boat Shopping sem autorização prévia. Redação e publicidade Rua Helena, 280, Vila Olímpia, CEP 04552-050, São Paulo, SP


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2 - Volvo Ocean Race: Quatro veleiros já estão na água e prontos para a largada que ocorrerá no domingo! #volvooceanrace #volvoocean #veleiro #itajaí #praia #competição #largada #domingo #Mafre #Akzonobel #TeamBrunel #turnthetideonplastic

3 - Já imaginou andar sobre as águas? Agora é possível! #águas #andar #ecológica #hastes #imaginou #inovação #lifestyle #motoáqutica #possível #Quadrofoil #Quadrofoil2PersonWatercraft

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top 5 site

As mais acessadas do site Boat Shopping

Confira as postagens mais vistas no último mês no www.boatshopping.com.br 1

MARITIMO LANÇA NOVO IATE ESPORTIVO DE LUXO O novo iate X60 do estaleiro australiano Maritimo, impressionou desde cedo, já gerando amplo interesse internacional e vendas antes de sua estréia mundial no 30º Annual Sanctuary Cove International Boat Show. http://bit.ly/2xsrFDH

2

DENTISTA LARGA CONSULTÓRIO E REALIZA SONHO DE CONSTRUIR SEU PRÓPRIO BARCO Depois de 10 anos atuando como dentista em seu consultório Giovani Frisene, decidiu viver um período sabático, quando começou a construção do Veleiro Amélia. http://bit.ly/2xsKIxR

3

BENETTI LANÇA NOVO IATE DE 50 METROS NA ITÁLIA O terceiro superiate da série de iates FB800 de 50 metros da Benetti, batizado de Blake, foi lançado no final de maio, http://bit.ly/2J1jO1e em Viareggio, Itália.

CLASSIC BOAT FESTIVAL DO YCP RESGATA CORRIDAS NA GUARAPIRANGA

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O IV Classic Boat Festival reviveu na Represa Guarapiranga a emoção das corridas de motonáutica das últimas décadas e levou o público do Yacht Club Paulista (YCP) ao delírio. http://bit.ly/2IXY4aH

5

BENETEAU LANÇA NOVO VELEIRO OCEANIS 46.1 Um ano após o lançamento do veleiro Oceanis 51.1, a Beneteau ainda está criando uma pequena revolução nesta linha de 30 anos. O novo veleiro Oceanis 46.1 é uma evolução http://bit.ly/2IVNNf7 do premiado Oceanis 45.

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barcos da edição

Barcos da edição NHD 270

Pessoas 13 + 1

Peso 1,4 T

Estaleiro New HD Boats Boca 2,70 m

27

39,1

CRUZEIRO

MÁXIMA

8,35 m

Comprimento

Top Line 410 HT

Velocidade (nós)

Peso 8T

Pessoas 14

Estaleiro Top Line Yachts Boca 3,70 m

Velocidade (nós)

27,8

32,2

CRUZEIRO

MÁXIMA

Comprimento

Sanlorenzo SX88

12,30 m

Peso 75 T

Pessoas 8+3

Estaleiro Sanlorenzo Yacht Boca 7,20 m

Comprimento

20

Velocidade (nós)

20

23

CRUZEIRO

MÁXIMA

27 m


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pelos mares

Notícias e lançamentos em um giro pelo mundo náutico

SCHAEFER 400 FLY O estaleiro anunciou o lançamento da nova Schaefer 400 Fly, que surge para suprir uma necessidade crescente no mercado por este tipo de embarcação. Projetada para a família o barco possui ambientes que proporcionam a confraternização de seus passageiros, sem abrir mão da privacidade e conforto. O mesmo estará dividido em 2 dormitórios, 1 banheiro amplo e confortável, cozinha integrada ao cockpit e praça de popa, assinatura clássica do estaleiro.

SCHAEFER 580 O estaleiro surpreende com um grande lançamento, a nova Schaefer 580. Com 3 cabines, 2 banheiros e cozinha completa, a embarcação também possuirá uma sofisticada varanda lateral. E para quem está sempre em busca de mais sofisticação uma novidade para motores IPS que vai mudar forma de navegar: a embarcação será comandada por um joystick, ao invés do tradicional volante. Este sistema, desenvolvido pela Volvo Penta, está vindo para revolucionar o mercado náutico, onde você poderá pilotar o barco como se pilota um jato ou uma nave espacial.

CIMITARRA 600 Fabricada pelo estaleiro gaúcho Cimitarra Yatchs, esta lancha completa a linha da marca que redesenhou todos os seus modelos recentemente. Com 18,30 metros de comprimento, este é o segundo modelo na faixa de 60 pés da Cimitarra. Um dos destaques desta embarcação é a presença de um único posto de comando, o que proporciona maior espaço de circulação no cockpit. A marca utiliza ainda, a integração dos ambientes, priorizando a convivência. A Cimitarra 600 pode levar até 16 passageiros em passeios diurnos, e acomoda 11 em pernoite nos seus três camarotes, sendo uma suíte de casal à meia-nau, um camarote com beliche a bombordo e um camarote de proa.

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FIBRAFORT LANÇA F420 GRAN COUPÉ A Fibrafort lançou em recente evento a F420 Gran Coupé. A embarcação navega de maneira equilibrada, o ângulo do casco foi projetado para cortar melhor as ondas e melhorar o tempo de planeio e navegabilidade. O hardtop do barco e o cockpit são considerados os maiores da categoria, a plataforma de popa submergível suporta até 400kg e tem calado de até 60cm da linha da água. Um dos grandes diferenciais da cabine, além do acabamento de alto padrão é a iluminação natural que deixa o barco com sensação aconchegante.

FIBRAFORT 272 O estaleiro catarinense Fibrafort divulgou informações sobre o seu mais recente lançamento, a Focker 272. O novo modelo da marca valoriza os espaços de convivência, como a plataforma de popa com 1,42m de comprimento, a exclusiva escada de acesso e o banco com estofamento inspirado nos automóveis esportivos. O cockpit funcional privilegia a boa distribuição de até 10 passageiros e dispõe de pia, chaise anatômica e possibilidade de geladeira, para proporcionar a total interação entre os convidados. A Focker 272 trata-se de uma embarcação perfeita para curtir os momentos de lazer com a família e amigos.

TRITON 520 FLY Um iate de grandes dimensões, com mais de 15 metros de comprimento, tem capacidade para receber até 16 pessoas durante o dia e 6 para pernoite. O espaço externo chama a atenção pois possui ampla área com sofás para aproveitar a vista privilegiada da navegação e permitir interação com o piloto no segundo posto de comando. No salão principal, possui ambientes de estar, jantar, cozinha e central de comando. O deck inferior é igualmente grandioso e confortável, equipado com 3 cabines.

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pelos mares

TRITON 300 SPORT Possui. design exterior com linhas e cores mais agressivas e já no interior estofamentos que receberam o conceito da nova coleção Sport, assinado pelo estúdio do Centro Brasileiro de Design. Com mais de 9 metros de comprimento, a Triton 300 Sport acomoda 10 pessoas durante o dia e 4 para pernoite. Tem ampla plataforma de popa e, no cockpit, agradável área para reunir os convidados, além da central de comando. A proa também recebeu tratamento especial com colchões reclináveis para banhos de sol. No pavimento inferior encontramos cozinha, banheiro, uma cama de casal e área de estar com sofás, que pode se transformar em uma cama adicional.

TETHYS 41 HT PASSA POR FASE DE TESTE EM SANTA CATARINA Lançada em julho de 2017 nas instalações da Tethys Yatchs, estaleiro gaúcho, a Tethys 41 HT participou de extensivos testes nos mares de Santa Catarina. A embarcação com seu design esportivo e arrojado, promete encantar com seu luxo, alto padrão de acabamento, interior sofisticado e amplos espaços com soluções inteligentes. Ela que conta com 12,6 metros de comprimento, já vem completa de série, com plataforma submergível, ar condicionado, gerador e espaço gourmet com churrasqueira. Seu destaque fica por conta do salão do deck principal, confortável e integrado com uma cozinha.

MCP YACHTS APRESENTA PROJETO DE VELEIRO O estaleiro MCP Yachts revelou planos para construir um veleiro de alto desempenho de 24 metros chamado Flying Ahead Time. O veleiro contará com o sistema Sailing Booster, de propriedade do estaleiro, dois hidrofólios eletrônicos que melhoram o desempenho, bem como conforto e estabilidade navegando ou ancorado. O sistema também permite uma redução no peso da quilha e no calado para que o veleiro possa se aventurar em águas mais rasas. A acomodação é para até dez pessoas em uma cabine master à frente, duas cabines com beliches e duas cabines duplas traseiras em cada lado da sala de máquinas.

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RIVA LANÇA PRIMEIRA 110 DOLCEVITA A primeira unidade da nova série Riva 110 Dolcevita foi lançada em La Spezia, pelo Ferretti Group. O iate flybridge mede 34 metros de comprimento, e é feito todo em GRP. A 110 Dolcevita apresenta o estilo dos parceiros de longa data da Officina Italiana Design, incluindo inserções cromadas e grandes quantidades de vidro que circundam a cabine do proprietário, o deck principal e o posto de comando elevado.

INVICTUS YACHT APRESENTA PARCERIA COM ANNA FENDI O projeto que une pela primeira vez Invictus Yacht e Anna Fendi, dois representantes da classe e sucesso italiano em todo o mundo, deixa de ser confidencial e passa a ser apresentado ao público através da edição especial do 370 GT. As linhas de design de Christian Grande, com casco esculpido, distinta proa reversa e interior elegante ganham outra camada de exclusividade com decoração de interiores e mobiliário revisitado pela famosa estilista Anna Fendi criando, que homenageia as longas “antigas viagens no exterior”.

EQUINAUTIC INAUGURA MEGALOJA EM PORTO ALEGRE Em comemoração aos 30 anos da marca, a Equinautic inaugurou uma nova loja em Porto Alegre, na área comercial do Clube dos Jangadeiros. A megaloja possui 550 m², dedicados exclusivamente a venda de equipamentos náuticos, que atendem desde a parte eletrônica até a hidráulica e mecânica. São mais de 12.000 itens em estoque das mais variadas marcas, dentre elas as conceituadas Simrad, B&G, Lowrance, Nautos, Yanmar, Rule, Jabsco, Blue Sea e Gori Propelle. CRÉDITO: CLAUDIO LUIZ OLIVEIRA

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pelos mares design

Como serão os barcos do futuro Se você já andou com guarda-chuva em uma ventania, sabe que, se ele estiver inclinado a favor do vento, vai empurrá-lo para a frente. Mas tente ir contra o vento e verá que é difícil sair do lugar. Igualzinho a um veleiro, certo? Errado! Com tanta tecnologia os veleiros de hoje conseguem navegar quase que contra o vento. Nessa edição exibiremos dois veleiros com designs que surpreendem pelo extremo apelo tecnológico e beleza.

BIONIC O Bionic Sailboat foi desenhado a partir da combinação de técnicas de aproveitamento do vento e um modelo de flutuação inspirados diretamente da natureza. O designer industrial húngaro, Buzasi Szilveszter, buscou desenvolver um barco de luxo reproduzindo a anatomia de animais. O formato da estrutura do iate é inspirado no corpo dos cetáceos, mamíferos marinhos, como as baleias. Já a vela dupla da embarcação foi inspirada nas aves marítimas, ao reproduzir movimento de “dobrar as asas” destes pássaros.

PROJETO ORIGAMI George Lucian, designer de Mônaco apresentou um conceito de um superveleiro nada usual, o Projeto Origami. A proposta é inspirada na arte do origami, com elementos de veleiros asiáticos tradicionais. No entanto, as características do iate o colocam no limite da moderna tecnologia e inovação. O lado esquerdo dianteiro do casco se abre completamente, tornando-se um heliponto e revelando uma parede de vidro iluminando as cabines de hóspedes.

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A

DESIGN, INOVAÇÃO, CONFORTO E SEGURANÇA A NHD 270 Open possui um cockpit especialmente pensado para adequar segurança, conforto e ergonomia. Amplos assentos de proa com opção de transformá-la em um espaçoso solário! Amplo banheiro e paiol, para armazenamento de acessórios e instalação de microondas. Também possui, de série, espaço gourmet com pia ergonomicamente planejado.

O OPEN DECK, que já se tornou sucesso nacional, exclusivo nesta categoria, aumenta o espaço de convivência criando um ambiente perfeito de integração e diversão para toda família!

Fones: (81) 9 9966.2141 e (81) 9 9271.4891 www.newhdboats.com.br newhdboats

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pelos mares vitrine

TECIDOS SUNBRELLA Exclusividade da Regatta Tecidos, o Sunbrella, é um tecido 100% acrílico, que se destaca pela qualidade e durabilidade. Ele não desbota mesmo sendo exposto ao sol, além de ser antimofo e repelente à líquidos e sujeiras. Seu design avançado aliado às tendências mundiais e processo de fabricação exclusivo, trazem texturas inéditas e extremamente confortáveis, além de cores em padrões convidativos e atemporais. Disponíveis nas linhas Toldo, Movelaria e Shade.

COURO ECOLÓGICO A On Arquitetura traz tecidos italianos de couro ecológico feito de poliuretano macio, possui um toque muito agradável e é indicado para decoração dos espaços internos da sua embarcação. O material apresenta uma costura delicada, que juntas formam padrões de pequenos losangos acolchoados, ou seja, é um material é perfeito para revestir a cabeceira da cama, por exemplo. Está disponível em diversas cores clássicas e elegantes.

Especial Decor TECIDO OUTDOOR ALEMÃO A Tutto a Bordo traz ao mercado o tecido Outdoor Alemão, fabricado em fibras têxteis poliacrílicas, é completamente resistente ao sol, a umidade e a maresia. Pode ser aplicado em diversas superfícies para a decoração marítima, como almofadas, pufes ou cadeiras de praia. Além da combinação de cores azul clara com cinza, você pode encontrá-lo em uma grande variedade de outras texturas e cores.

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TECIDOS IMPORTADOS Os tecidos importados pela Tutto a bordo, totalmente destinados a área externa do seu barco, sendo assim projetados, testados e certificados para resistir às condições mais difíceis em ambientes marinhos. Com tratamento anti-manchas, totalmente impermeáveis e com resistência aos raios UV, e ao mofo, garantem que todos os requisitos de proteção para uma área externa sejam atendidos. Além da paleta de cores em tons azuis, estão disponíveis em uma grande variedade de outras texturas e cores.

TAPETE EXTERNOS Uma ótima opção para o seu barco, os tapetes de fibra sintética, são fabricados com fios de polipropileno, um material hidrofóbico. O produto que pode ser usado nas áreas externas do barco, para compor os ambientes do convés da popa ou o lounge na proa, principalmente se o piso desse convés for de teka, que pode ficar muito quente com a exposição ao sol. Possui grande variedade de cores que não desbotam com a exposição a luz solar e aos raios UV, além disso por ser hidrofóbico o material é resistente ao mofo e tem secagem rápida das fibras.

TAPETES ANTIALÉRGICOS Os tapetes de fios de fibra sintética de poliéster são uma boa opção para quem procura por um produto com bom custo benefício, boa durabilidade e resistência a manchas. A diversidade das cores permite que você realize combinações perfeitas nos ambientes. O efeito visual dos seus fios longos no piso valoriza muito o ambiente, além de serem muito confortáveis para andar com os pés descalços. Outro detalhe interessante é que esses tapetes têm propriedades antialérgicas.

CONJUNTO DE MESA Conjunto de artigos para mesa de jantar da Casa Boat. Composto por pratos brancos fabricados em polietileno, para maior durabilidade, taças de acrílico disponíveis em diversas cores, guardanapos e jogos americanos personalizados de acordo com a preferência, além de tolha de mesa feita sob medida.

DECORAÇÃO EXTERNA Almofadas estampadas da Casa Boat, revestidas com tecidos especiais direcionados a área externa da embarcação. São extremamente resistentes a ação de intemperes, como Sol e maresia. Ainda sobre elementos voltados a área externa, as toalhas de banho bordadas com o nome da embarcação, possuem diversas estampas disponíveis. Sobre a mesa, copos, taças e jarras de acrílico estão acessíveis em outras colorações.

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tec boat O raio-X do seu barco

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Meu motor tem 1.000 horas E agora ???

IMAGINE O SEGUINTE, VOCÊ, DONO DE BARCO, SE DEPARA COM A SITUAÇÃO EM QUE O MOTOR DA SUA EMBARCAÇÃO ATINGE 1.000 HORAS DE USO, E AGORA, O QUE VOCÊ DEVE FAZER? SERÁ QUE ESSAS 1.000 HORAS SÃO REALMENTE PREOCUPANTES? ESSE JULGAMENTO SERVE PARA TODOS OS MOTORES OU É NA VERDADE UM MITO?

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om o objetivo de desmistificar o que muito se fala sobre motores de 1.000 horas, a Boat Shopping conversou com profissionais, especialistas em motores, representando as principais marcas, para que de uma vez por todas a vitalidade escondida dentro desses gigantes de 1.000 horas seja revelada.

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A origem do mito Primeiramente foi necessário questionar qual a origem dos mitos que rondam os motores de 1.000 horas. Diante dessa dúvida surgiram diversas opiniões dos especialistas no assunto e grande parte delas convergentes. Adriano Simonini, representando os motores de centro MAN, defendeu os motores de 1.000 horas. “Esse mito existe por puro preconceito. Se fossemos comparar os barcos a outro veículo que percorresse 1.000 horas à 50km/h, seria um veículo de 50.000 KM, que é vendido e comprado todos os dias, sem o menor problema ou preconceito. Correto? É óbvio, que além disso, uma série de outros fatores qualificam ou não o estado geral destes referidos motores. Manutenções em dia efetuada por técnicos qualificados, uso

de lubrificantes, filtros e líquido de arrefecimento recomendados pelo fabricante, são de suma importância.” O profissional dos motores Volvo, Helio Luppino, também seguiu o mesmo caminho para a defesa, afirmando que o que muito se fala desses motores de 1.000 horas não passam de mitos. “Normalmente esses barcos são malvistos por falta de manutenção, a aparência desses

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motores em si é muito ruim. Mas isso não é verdade. É apenas uma impressão. Eu acredito que na verdade é um mito que se criou em cima dessas horas de uso.” O especialista em motores Mercedes, Luiz Bartel ainda enfatiza a falsidade da teoria do fim da vida para motores com 1.000 horas, utilizando como provas números de descarbonização. “Na verdade, se criou um rótulo que motores de 1.000 horas

precisam ser recondicionados, isso é uma grande bobagem, é uma grande mentira. Motores de 1.000 horas com as revisões perfeitas estão no começo da vida útil deles. Para ter uma ideia, a primeira descarbonização pedida pela fábrica da Mercedes é com 5.000 horas de uso. Então essa história de dizer que motor de 1.000 horas estão muito usados e velhos foi uma grande bobagem que se criou no mercado.”


A famosa e necessária revisão periódica Como já era esperado a questão das revisões periódicas esteve muitas vezes em pauta nas falas contundentes dos profissionais, que em diversas situações deixaram claro a relação direta entre a realização dessas revisões periódicas com a durabilidade dos motores, e com uma chegada saudável às 1.000 horas de uso.

km deve-se trocar a correia dentada, que se quebrar pode atropelar a válvula? E todos trocam para se precaver acidentes? Então, o motor de um barco segue a mesma linha, trocas precisam ser feitas. Só que infelizmente o erro é que, no caso dos barcos,

Diferentemente do que normalmente ocorre, as revisões periódicas deveriam ser tarefa base para aqueles que possuem um barco, porém questões como a falta de conhecimento e desatenção ao manual do proprietário, podem distanciar dono da embarcação das revisões. Podemos usar como exemplo a seguinte situação: com X horas de uso certos itens do barco devem ser trocados. A mesma coisa ocorre em um carro. No manual do carro não diz que com 40.000

quando o proprietário sabe que vai ter que desmontar o motor, que haverá o custo da mão de obra, que os itens de troca são caros... A pessoa acaba desistindo. Então é isso, o principal problema é não trocar os itens recomendados pelo fabricante,

no tempo determinado, de acordo com o tempo de uso. Outro ponto muito importante é a como a ausência dessas revisões pode colaborar com o desgaste excessivo desses motores de 1.000 horas, pois sem a realização os motores vão cada vez mais chegando em mau estado a essas horas de uso, e afastando seus possíveis compradores. Fato que pode ser comprovado a partir da opinião do especialista em Volvo Helio. “A grande verdade é que os motores são muito malcuidados, quando você fala em 1.000 horas o que vem à mente é que eles são muito malcuidados. Mesmo assim, deve ficar claro que não é necessário a realização da retifica de um motor com 1.000 horas. É a mesma coisa com um carro com 15.000 km

“A VOLVO PENTA TEM REVISÕES PREVENTIVAS PARA MOTORES ATÉ 5.000 MIL HORAS. ESSA DURABILIDADE QUE MUITA GENTE PREVÊ É FALSA, 1.000 HORAS É MUITO POUCO” (Helio Luppino)

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tec boat

você ter que fazer o motor dele? Não, isso é impossível.” Para Luciano Westphal, profissional especializado em motores de centro da Mercury, as revisões são extremamente necessárias independentemente de você usar o barco ou não. “Aquele material que está dentro do barco sofre a ação do tempo mesmo sem uso. Às vezes o cliente fala, ‘Ah, eu andei esse ano só 20 horas e fiquei 8 meses parado’. Mas então, mesmo sem usar, itens como o rotor de bomba d’água e a borracha, estão parados na mesma posição conseqüentemente podem quebrar”. Ainda completou dizendo:

“O ideal é a cada 12 meses ou de acordo com cada marca, fazer essas manutenções periódicas independente de usar ou não. A gente costuma dizer que o barco parado deteriora mais do que o barco sendo usado diariamente”. Convergindo exatamente com o alerta de Westphal, temos a fala do profissional da Volvo, que ainda adiciona mais algumas dicas. “A revisão não pode ser feita só no período de uso, na Volvo tem de ser de 6 em 6 meses. Se você tem um óleo lubrificante dentro de um carter, por 6 meses, você vai ter oxidação. Não esqueça que o oxigênio entra ali pela entrada do turbo e acaba adentrando para o motor. Então se você não troca o óleo por exemplo ele vai oxidar lá dentro”. As oficinas autorizadas contam com uma lista previamente estabelecida de pontos básicos a serem checados em uma revisão periódica, e nas oficinas Volvo Penta isso não é diferente. Seu representante, Helio Luppino, enfatiza como o cumprimento básico desses itens pode salvar um motor de danos sérios quando chegar as suas 1.000 horas. “Existem as trocas obrigatórias em uma revisão pela Volvo Penta, como: óleo, filtro, correia, polias e os rotores uma vez por ano. A troca de rotores, por exemplo, evita o superaquecimento do motor. Ou seja, a revisão periódica é ótima exatamente por isso,

“A CHORADEIRA FAZ PARTE DA NEGOCIAÇÃO, MAS VOCÊ NÃO PODE DEIXAR QUE ISSO INTERFIRA NA QUALIDADE DO SEU TRABALHO, SE FIZER ISSO, PODE ARRANJAR PROBLEMAS NO FUTURO” (Luiz Bartel)

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com ela evita-se um dano, que só seria descoberto na hora do seu acontecimento. Metade da vida do motor seria ceifada, por conta de um rotor que não foi trocado.” O profissional da BM Marine, Luiz Bartel ainda passou algumas dicas sobre revisão periódica para aqueles donos de barco que costumam usá-los apenas de temporada em temporada, mas que se preocupam como ele irá chegar nas 1.000 horas de uso. “O certo é quando você para o barco, porque acabou a temporada de uso, deve deixá-lo com o mínimo possível de combustível no tanque. Quando estiver se aproximando a próxima temporada de uso, normalmente dali um ano, deve-se fazer uma revisão, trocar o óleo, filtros, correias, fazer uma regulagem de válvulas.”

ROTOR

FILTROS

ÓLEO

CORREIAS

Pontos de verificação Luciano Westphal Mercury

Adriano Simonini MAN

Luiz Bartel Mercedes

Helio Luppino Volvo Penta

Medir a compressão, pois ela representa a força, saúde e a vida do motor

O aspecto visual é o primeiro a ser analisado

Realizar o exame visual

Medir a taxa de compressão

Verificar se há vazamento de óleo e água Conferir como está o aquecimento do motor Analisar os periféricos, como tudo está ao redor do motor Ver se os radiadores estão com vazamentos, entupidos ou se já foram limpos

Verificar se a casa de máquinas está limpa Checar se não existe oxidação nos componentes do motor Averiguar se o funcionamento é suave e sem emissão excessiva de fumaça Aferir se os turboscompressores estão sincronizados

Aferir se os alternadores estão carregando

Pedir ao proprietário o histórico de manutenções

Descobrir se já foi realizada a revisão elétrica do motor

Perguntar qual era a oficina que cuidava da embarcação

Medir a compressão Trocar os elementos dos bicos Analisar o funcionamento do motor Executar teste no mar – verifica potência, o valor máximo que o motor pode atingir, nível de fumaça e aquecimento

Verificar o funcionamento dos bicos injetores Averiguar o barulho das válvulas Regular as válvulas

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O FANTASMA DA CRISE ECONÔMICA

Diante da crise econômica no país muitos proprietários deixaram de fazer diversas manutenções e ajustes em suas embarcações. O barco hoje em dia acabou virando supérfluo, e por isso é o último bem que irá ser cuidado ou lembrado em função falta de uso. As pessoas que tem os barcos como um objeto de lazer, os adquiriram no passado acreditando que seria como o seu segundo carro, pois na época, com o mesmo valor de um carro você podia ter um barco. Porém hoje, infelizmente, o proprietário acaba caindo na realidade e vê que não é bem isso, devido a preços altos de combustível, de estadia na marina, da manutenção, o barco acaba sendo deixado de lado. Para o dono da oficina Claumar, Claudio Trasatti casos como o descrito a cima estão acontecendo cada vez mais. “O proprietário vai usando até que o motor mostre algum tipo de defeito, só assim ele vai chamar o mecânico ou a concessionária, mesmo assim ele vai resolver só aquele problema específico e vai continuar usando. Hoje com a situação do país, não é habitual que se troque as peças por prevenção antes que elas quebrem.” O especialista Luciano não aprova a atitude de prorrogar revisões periódicas por conta da atual situação do país. “Com a crise econômica, você aparece com uma lista de 10 itens a serem trocados e o cliente te pede para trocar só 5, 3 ou troca só o óleo e o filtro, mesmo. Isso é errado. Apesar da crise estar aí e todo mundo ter que economizar, eu acho que esse proprietário vai economizar agora, não vai gastar com essa revisão, mas se o motor quebrar ele vai gastar 3, 4 vezes mais no futuro. Então tem que pensar bem,

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Pontos Positivos Se o motor chegou até as 1.000 horas, não apresentará mais nenhum defeito de fabricação Com a manutenção correta, esse motor ainda tem boa parte da vida útil pela frente Esses motores são fabricados para chegar até mais de 5.000 horas

Pontos Negativos O custo de manutenção sobe consideravelmente, pois pode significar a troca/reparo de componentes caros Se esse motor for mal avaliado pode ser desvalorizado Sem as revisões periódicas feitas corretamente, pode ter problemas de manutenção no futuro

Você tem um motor mais confiável, que está saindo do período de amaciamento, que ocorre com 600 horas, com 1.000 horas ele está plenamente amaciado

colocar na balança se vale a pena economizar essa grana agora, mas chegar lá na frente e ter um custo muito maior.” Helio Luppino e Luiz Bartel concordam que na hora da revisão mesmo com a chamada “choradeira” na negociação do preço, o profissional não pode deixar a redução de orçamento interferir na qualidade de seu trabalho,

mesmo que o cliente concorde em assumir o risco de não trocar certos itens necessários. “Quer fazer uma revisão, vamos fazer direito. Não pode fazer agora? Tudo bem, mas melhor deixar para outra época em que ele estiver capitalizado para realizá-la de maneira apropriada.” Esclarece Luiz, dos motores Mercedes.


Revisão com autorizadas. Essencial ou opcional? A questão da revisão com as oficinas autorizadas sempre foi um assunto considerado polêmico. Isso se deve ao fato de muitos donos de barcos se questionam se devem realizar as manutenções nesses estabelecimentos, ou com mecânicos paralelos, os chamados “maletinhas”. Técnico em motores MAN, Adriano argumenta em defesa das revisões com autorizadas. “Realço que é muito importante que estas revisões sejam feitas sempre por autorizadas. Elas estão mais preparadas e treinadas pela fábrica, possuem o ferramental necessário, que neste caso requerem um alto investimento, muitas vezes necessitando de treinamento no exterior, o que eleva bastante a qualificação destes técnicos. Portanto,dizer que os serviços das autorizadas é caro é algo relativo.” Luciano Westphal seguiu a mesma linha de opinião: “A autorizada tem mais equipamento e tem mais qua-

lidade. Hoje em dia os motores são quase todos eletrônicos, muito tecnológicos, e por isso o meu técnico vai no barco, e na primeira visita, ele nem leva caixa de ferramenta, só vai com o notebook e faz a leitura de tudo, então tem esses diferenciais.” Como seus colegas, o especialista em Volvo, Helio, também defendeu a revisão nas autorizadas como essencial para durabilidade dos motores de 1.000 horas. “Você deve fazer suas revisões em uma autorizada Volvo Penta porque ela realmente te dá um

escopo de tudo que deve ser feito e tudo que você deve trocar, com a confiança da checagem eletrônica. Quanto a questão dos preços elevados, devo dizer que nossas peças são todas mercadorias importadas,portanto, elas sofrem ação de altas taxas de impostos, que acabam colaborando para o preço final. Mas depois o cliente acaba descobrindo que a peça não é tão cara assim, pela sua qualidade e durabilidade.” “Analisando a mão de obra da Volvo separadamente, veremos que ela em si não custa caro, diante de todo empenho, todo o maquinário e o ferramental de alto custo, o investimento nas atualizações para os motores que estão cada vez mais modernos, investimento em frota de carros para atendimento, além dos investimentos em pessoal capacitado” Finalizou Helio deixando clara a divisão entre o alto valor das peças e o valor da mão de obra.

“O ERRO MAIS FREQUENTE É A UTILIZAÇÃO DE TÉCNICOS QUE NÃO CONHECEM A TECNOLOGIA ATUAL. NA ÂNSIA DE “ECONOMIZAR”, MUITOS PROPRIETÁRIOS TOMAM A DECISÃO ERRADA” (Adriano Simonini)

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GARANTIA X FIDELIZAÇÃO

Inserida no tema de revisões com oficinas autorizadas está a controversa temática da garantia dos motores. Onde reza a lenda de que após o termino do período de garantia, os clientes donos de barco simplesmente desaparecem das oficinas autorizadas. A princípio as opiniões dos especialistas divergiram um pouco. Westphal da Mercury, foi contundente ao dizer que esse sumiço dos clientes, não é exclusividade dos donos de barco e que a maioria das pessoas tem esse habito com os mais variados serviços e produtos. “Eu acho que isso é algo comum, a maior parte das pessoas enquanto está na garantia faz todas as revisões certinhas, porque se quebrar tem a fábrica por trás que vai servi-lo. Acabou a garantia o proprietário começa a procurar alguém co-

nhecido, algum outro mecânico que não seja da concessionária” Mas e porque será que essas marcas não conseguem fidelizar essa clientela? Para especialista em Mercury, cada caso é um caso, mas para essa questão ele possui uma teoria

formada:“ O que eu vejo em muitos casos é que a pessoa que tem barco novo, acaba ficando com esse barco nos primeiros anos, porém quando acaba a garantia, esse proprietário decide comprar um barco novo novamente, por tanto, ele sempre trabalha ali, naquela fase de garantia. Quando o dono vende esse barco para um outro cliente, esse por sua vez, normalmente já tem um mecânico próprio, um concessionário próprio, ou mesmo o barco não está mais em sua região original. Mas quando o barco está com o mesmo dono por anos, é difícil esse proprietário mudar de prestador de serviço, ele costuma sempre manter o mesmo.” Já Luiz da Mercedes, liga essa falta de fidelidade a algum maltrato sofrido por esse cliente ou a uma pós-venda malfeita. Mas também ligou essas fugas a cultura de sempre buscar serviços mais baratos, mas que na opinião dele, no final tendem a sair bem mais caros.

o Revisã

,32 12.300 ,12 0 0 .3 21 !!!!!!!

“AS OFICINAS AUTORIZADAS TÊM MAIS EQUIPAMENTO, MAIS QUALIDADE, HOJE EM DIA OS MOTORES SÃO TODOS ELETRÔNICOS E PRECISAM DESSE TIPO DE TÉCNICO EXPERIENTE” (Luciano Westphal)

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Erros na hora da revisão Durante a revisão dos motores, infelizmente, muitos erros são cometidos e podem prejudicar tanto os clientes, como os motores, e fazer com os mesmos não cheguem como deveriam chegar às 1.000 horas de uso. Situações como a realizações de verificações superficiais, apenas para tapear os problemas ou negligências podem causar sérios danos no futuro. Luppino da Volvo, foi bem direto ao falar sobre um erro primário, mas que ocorre com mais frequência. “O mais comum é só realizar a troca do óleo e filtro, e ignorar todo o resto, acreditando que está tudo solucionado. Esse é um fator simples, mas que realmente vai estragar o motor e fazer ele chegar muito mal nas 1.000 horas.” Simonini da MAN relata que erro mais recorrente em sua opinião é a utilização de técnicos que não conhecem a tecnologia atual dos motores. “Na ânsia de economizar, muitos proprietários de embarcação tomam a decisão errada. Muitas vezes estes técnicos sem experiência acabam provocando problemas sérios no futuro. Fazendo uma analogia, seria como levar a sua Ferrari para trocar o óleo no posto da esquina, com uma marca de combustível desconhecida. Não daria nada certo!”

A questão do uso de materiais de má qualidade surgiu na fala de Bartel da Mercedes, além disso, um item não citado por seus colegas também foi lembrado por ele. “Quando é feita a revisão geral, é muito importante que depois seja feito o teste na embarcação. Pois muitas vezes, o cliente pede uma revisão, mas depois dela o teste não é feito. Mas o mecânico tem a obrigação de realizá-lo. Essa verificação é fundamental, pois através dela o técnico pode perceber algo no motor que não foi pego na revisão. Como um vazamento de uma bomba de água salgada, um vazamento de óleo ou aquecimento do motor.”

Um ponto exatamente convergente na opinião dos técnicos MAN e Mercedes é que revisões superficiais não podem ocorrer de forma alguma, pois as mesmas são extremamente prejudiciais à saúde dos motores. “Esse tipo de revisão pode maquiar um problema que o motor já tem, é algo muito perigoso. Pois quando é feita uma verificação superficial, o máximo que se consegue concluir é o estado de visível de manutenção do motor, ou seja, ferrugem, corrosão, nível de correia, nível de mangueira. Mas não é possível dar um laudo técnico, sem colocar para funcionar ou fazer uma medição.” Deixa claro Luiz Bartel.

“O mais comum é só realizar a troca do óleo e filtro, e ignorar todo o resto, acreditando que está tudo solucionado” (Helio Luppino)

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Passaram das 1.000 horas e estão com tudo em cima Os motores de centro de grande porte são fabricados para chegar até mais de 5.000 horas, sendo assim, não é nenhum absurdo afirmar que eles conseguem chegar tranquilamente até 3.000 horas de maneira sadia, obviamente. A tendo a sua manutenção toda em dia. Portanto, o que são as tão polemicas 1.000 horas diante desse limite? Para os peritos no assunto, casos de grande durabilidade para provar a vi-

talidade desses motores de 1.000 horas é que não faltam. “A Volvo Penta tem revisões preventivas para motores até 5.000 mil horas! Essa durabilidade que muita gente prevê é totalmente falsa, 1.000 horas é muito pouco!” comprova Helio Luppino. Luciano Westphal relata sobre clientes com motores de longas horas de uso. “Eu tenho um cliente com motor Mercury com 3000 horas, motor diesel, 6 cilindros de 270 cavalos. E é um motor que ele usa toda semana, inclusive no meio da semana, é um barco de pesca oceânica. Então mesmo ele saindo para pescar com toda essa frequência, o

motor está rodando perfeitamente.” “Nós atendemos muitos motores de barcos de lazer com 1.500 horas uso. Barcos esses com apenas 7 anos de uso e com todas as revisões feitas no período que Volvo preconiza. Agora motores de trabalho já atendi com muito mais horas até, 3.000!” Conta Helio sobre a sua própria experiência. “Já tivemos também motores Mercedes 447 em barcos offshore, que como todos sabem, tem fama de durarem no máximo 2.000 horas, mas que chegaram até mim após 4.000 horas, rodando perfeitamente e fizeram a primeira descarbonização,” finaliza Bartel.

E os motores de popa? “HOJE, COM A SITUAÇÃO DO PAÍS, NÃO É HABITUAL QUE SE TROQUE AS PEÇAS POR PREVENÇÃO ANTES QUE ELAS QUEBREM” (ClaudioTrasatti)

Segundo Claudio Trasatti, representante dos motores de popa das marcas Yamaha, Mercury e Evinrude, o mito dos motores de 1.000 horas surge de uma mentalidade pré-estabelecida em nosso país. “O brasileiro ainda não tem a cultura de seguir as revisões periódicas determinadas pelo fabricante, então quando um motor chega hoje em 1.000 horas ele está muitas vezes judiado, com vários problemas de manutenção e necessitando de vários reparos, que encarecem o valor final de ajuste dele. Dessa forma, por conta dessa mentalidade, o motor de 1.000 horas acaba sendo visto como um motor muito usado, desgastado e as pessoas têm uma impressão negativa dele.”

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Pontos de verificação Medir compressão Verificar desgaste dos anéis Conferir se há problema de assentamento de válvula Verificar se existe vazamento do cabeçote Checar como está a refrigeração Analisar o aspecto geral de itens como a corrosão

“Se com 1.000 horas a fábrica recomenda que deva abrir o motor de popa para fazer uma checagem de folga de anéis, folga de pistão, folga de bronzina, verificar tudo, o correto seria abrir o motor e verificar tudo, mas hoje infelizmente quase ninguém faz isso, só usa. E cada vez mais, o estigma de motor judiado e com os dias contados se perpetua,” enfatiza Claudio. Claudio especialista em motores de popa diz ter clientes com motores com de 1.700 até 2.000 horas rodando tranquilamente. Mas faz ressalvas, ao dizer que esses são clientes que fazem a manutenção básica pelo menos, a cada 100 horas, trocando o óleo e o filtro e a cada 200, 300 horas fazem uma geral para trocar peças necessárias. “Eu tenho em Ilhabela clientes que fazem pesca no oceano, saem e andam 50, 60 milhas com motores de popa, portanto esses proprietários dependem do motor para ir longe, então eles não podem nem pensar em correr o risco de se surpreenderem com falhas. Por isso esses são os donos que mais acompanham, fazem as revisões e possuem motores com mais horas.”

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tec boat

Inteligência de mercado LANÇAMENTOS EM JULHO DE 2017 NOME

TIPO

TAMANHO

ESTALEIRO

Elements

262,5 pés

Yachtley

Laurentia

180,5 pés

Heesen Yachts

New Frontiers

171,7pés

Damen

Nerissa

156,2 pés

Sage

PAÍS

NOME

TIPO

TAMANHO

ESTALEIRO

PAÍS

116 Yacht

115,5 pés

Sunseeker

Andreika

105,11 pés

ICT Yachts

Majesty 100/2

103,3 pés

Gulf Craft

Bilgin Yachts

Mia

95,11 pés

Monte Carlo Yachts

130,2 pés

Admiral - ISG

F920

93,5 pés

Ferretti Yachts

Navetta 37/04

121,6 pés

Ferretti Custom Line

Barong 11

82,10 pés

Mylius

Clorinda

119,7 pés

Isa Yachts

Dutch Falcon

81,2 pés

Van Der Valk

Delta One

118,1 pés

Mulder Shipyard

Heysea 80

79,8 pés

Heysea

Harmony

118,1 pés

Maiora

F780

78,9 pés

Ferretti Yachts

ENTREGAS EM JULHO DE 2017 NOME

TIPO

TAMANHO

ESTALEIRO

PAÍS

NOME

TIPO

Jubilee

360,1 pés

Oceanco

Esosh

Areti

278,1 pés

Lürssen

Lejos 3

Hasna

239,6 pés

Feadship

Navetta 37/02

Lili

180,5 pés

Amels

Pink Gin

176,0 pés

Baltic Yachts

Home

163,8 pés

Heesen Yachts

N2H

159,1 pés

Rossinavi

Andiamo

156,2 pés

Baglietto

My Eden

149,3 pés

Golden Yachts

Genesia

132 pés

CN Chioggia

Living the Dream

131,4 pés

Sunseeker

Sage

130,2 pés

Admiral - ISG

TAMANHO

ESTALEIRO

128,3 pés

Tansu Yachts

125 pés

Benetti

PAÍS

121,6 pés Ferretti Custom Line

Lady Lilian

121 pés

Benetti

Princess 35M

115,3 pés

Princess

Vicarius

114,9 pés

Azimut

CID

113,8 pés

Feadship

104 pés

Mengi Yay

Halwa

93,10 pés

Sunseeker

e_vai

82,10 pés

Mylius

Heysea 82

82,8 pés

Heysea

82 pés

Azimut

Serenitas

AZ 80

PEDIDOS EM JULHO DE 2017 ESTALEIRO

TIPO

COMPARAÇÃO JUNHO DE 2017,2015 e 2016

TAMANHO

ENTREGA

Baglietto

177,1 pés

2020

PAÍS

Sanlorenzo

138,5 pés

2018

Ferretti Custom Line

137,9 pés

2018

Heysea

135 pés

2019

Ferretti Custom Line

120 pés

2017

Benetti

116,5 pés

2019

Gulf Craft

103,11 pés

2019

Bering

91,1 pés

2018

Arcadia Yachts

84,11 pés

2017

China

Jet Tern Marine

82 pés

2018

Turquia

Julho 2015

Julho 2016

NÚMERO DE VENDAS

49

32

26

MÉDIA DE TAMANHO (PÉS) 116’7”

117’4”

116’6”

TOTAL EM DINHEIRO (US$)

256,8 m

357,1 m

44

Julho 2017

Finlândia

Alemanha

Emirados Árabes

417 m

Grécia

Reino Unido

Itália Motor

Holanda Vela


A


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MERCURY LANÇA NOVA TECNOLOGIA VESSEL CONFIG Os produtos no Vessel Config incluem a maior parte do portfólio de controles e peças para novos barcos

AKZONOBEL TRAZ A LINHA COMPLETA DA AWLGRIP PARA O BRASIL A marca realizará distribuição local a partir de julho no Brasil A AkzoNobel traz pela primeira vez ao mercado brasileiro a linha da marca Awlgrip. A marca irá oferecer produtos premium como: primers, tintas e vernizes, todos livres de metais pesados. A novidade trará ao nosso mercado produtos como o Primer epóxi, bicomponente com propriedades anticorrosivas e adesão em substratos de aço, alumínio, madeira e fibra de vidro. Ou como o Awlcraft SE, um basecoat composto por bases sólidas, metálicas e perolizadas, com rápida secagem e excelente cobertura. E como o Awlcraft 2000, verniz bicomponente, fácil de aplicar, com alto brilho e secagem rápida.

O Vessel Config, chega ao mercado como uma tecnologia revolucionaria. O mesmo resumese a um novo configurador de gerenciamento de software, criado para o uso de construtores e revendedores de barco, e para a clientela de produtos náuticos. Através desse suporte operacional, os construtores e revendedores poderão indicar o motor correto para seus clientes com maior facilidade. O programa irá transformar esses profissionais em engenheiros virtuais, dando a eles a capacidade de configurar sistemas complexos sem assistência. Já os clientes possuirão uma maneira melhor e mais fácil de saber quais peças devem ser encomendadas para o seu próprio motor.

TORQEEDO LANÇA MOTOR DE POPA ELÉTRICO ULTRALIGHT 403 C O painel solar dobrável torna o Ultralight 403 C fácil de carregar em locais remotos ou durante e navegação O Ultralight 403 C é o menor modelo de motor de popa elétrico de grande autonomia da Torqeedo, que pussuí bateria de lítio integrada. O Ultralight é projetado para canoas e barcos leves e provou ser bem-sucedido no campo com milhares de motores em uso em todo o mundo. Com um peso total, inferior a 11 kg, incluindo a bateria de lítio de alta capacidade, ele atinge uma velocidade máxima de 9,8 km/h e possui uma autonomia de mais de 100 km em velocidade lenta. O motor vem com GPS e display digital de série que mostra o consumo de energia em tempo real, o status da carga da bateria e o alcance restante.

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GARMIN APRESENTA O NOVO GPS 73 As funcionalidades do GPS 73 oferecem aos pilotos uma vantagem competitiva durante uma regata O GPS 73 é um navegador marítimo portátil especificamente desenhado para marinheiros que necessitam de uma solução simples, robusta e confiável. Este novo equipamento possuí aparelhagem fácil de usar, com funcionalidades exclusivas que auxiliam no desempenho das atividades no mar. Uma dessas funções é gravação simples de locais, onde você pode identificar os pontos favoritos de pesca, além de determinar sua posição no mar ou em terra. Com uma classificação de impermeabilidade IPX7, o GPS 73 pode flutuar na água, além disso, ele vem equipado com diversas funções de orientação projetadas especialmente para a navegação no mar como: o Man Overboard (MOB) ou Homem ao Mar, alarmes marítimos, planejamento de rotas e navegação.

GARMIN LANÇA SONAR ULTRA HIGH-DEFINITION O sistema de sonar de digitalização Ultra High-Definition inclui uma caixa preta GCV 20, fácil de instalar e em rede

FLEXBOAT LANÇA SEU NOVO PAINEL ELETRÔNICO O novo painel eletrônico geração II estará disponível para todas as embarcações Flexboat à partir do segundo semestre de 2018 A Flexboat traz ao mercado o seu novo painel eletrônico geração II, micro processado, e com módulo de potência ligado através de cabo de rede. O painel irá equipar as embarcações infláveis tanto no Brasil como nos USA e é 100% à prova d’água. Em suas teclas de controle, os ícones substituem os textos nos botões e mudam de cor quando estão ON ou OFF. O lançamento possui alarme de bateria com baixa potência e água no interior da embarcação. Nele também está incluída a função FOGGY, utilizada em dias de neblina intensa, além de um alarme que acusa quando o combustível está baixo. Outra função do painel que pode ser destacada é a DIA e NOITE, que aciona um Dimmer com 5 níveis de luminosidade com a função de não atrapalhar o piloto quando o mesmo está navegando à noite.

O sonar Ultra High-Definition, trata-se de uma nova tecnologia que usa uma faixa de frequência mais alta para fornecer imagens incrivelmente mais claras, detalhes de estrutura e peixes abaixo e ao redor do barco a grandes profundidades. A claridade e os detalhes de peixes, pedras e estrutura são redefinidos com este novo sistema de sonar de varredura, que inclui ultra-alta definição ClearVü. A clareza de imagem ClearVü superior permite que os pescadores vejam até 200 pés abaixo do barco, isto é, muito mais profundo e potente do que outros sonares de varredura de alta frequência. As imagens colhidas pelo sistema Ultra High-Definition podem ser compartilhadas de forma transparente em diversos monitores em rede, dessa forma os pescadores podem facilmente ver as informações que desejam de diferentes locais no barco com base na preferência ou na situação de pesca.

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YAMAHA LANÇA NOVO MOTOR DE 30 HP Novo motor foi desenvolvido especialmente para a gasolina brasileira, o que contribui para a redução de desgaste e corrosão de suas peças internas O novo 30 HP é mais potente e mais econômico em até 9,5% quando comparado ao modelo 25XMHS, em condição de cruzeiro. Além da economia, o produto soma as qualidades dos motores Yamaha, como a exclusiva Liga YDC-30 anticorrosão que proporciona alta qualidade para os materiais empregados na fabricação do motor. O acabamento externo também é premium, as 5 camadas de pintura e proteção UV, mantem a tonalidade do motor intacta mesmo após longos períodos de uso. O motor de popa Yamaha é robusto e o seu capô acústico, é fabricado em fibra de vidro, e por conta disso, reduz a emissão de ruídos durante a navegação.

MOTOR MERCURY 250 E 300 HP VERADO A experiência de condução do Verado é reforçada pela redução NVH (Noise and Vibration Harshness) para uma condução ultra silenciosa Os V-8 Verados são compatíveis com o Mercury Joystick Piloting for Outboards (JPO) para máxima manobrabilidade. Possuem exclusivos comandos digitais e direção eletrohidráulica para uma operação suave. Equipados com Controle de Velocidade Adaptável, eles fornecem maior resposta do acelerador. A Seção Intermediária Avançada (AMS) da nova geração dos modelos V-8 incorpora coxins de perímetro que proporcionam uma vibração mais baixa, enquanto o isolamento acústico os torna mais silenciosos. A exclusiva tecnologia Advanced Sound Control permite que os usuários alternem entre uma operação ultra silenciosa e o ronco de um modo esportivo.

MOTOR MERCURY 250 E 300 HP FOURSTROKE Os V-8 FourStroke possuem alta tecnologia, proporcionando um desempenho potente, silencioso, eficiente e confiável Os motores FourStroke possuem o chamado design quad-cam de alta cilindrada da nova cabeça de força V-8, que gera enorme torque, especialmente na faixa intermediária. Esses novos motores também são excepcionalmente versáteis, oferecendo aos consumidores opções entre comandos mecânicos ou eletrônicos (DTS) e direção hidráulica ou eletrohidráulica. Essa flexibilidade os torna ideais para “repotenciação” uma ampla variedade de barcos. Os novos motores V-8 FourStroke estão disponíveis nas cores branco e preto e podem ser ainda mais personalizados com a escolha dos painéis de acabamento.

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MOTOR MERCURY 225-300 HP SEAPRO Os novos motores SeaPro da Mercury são projetados para oferecer maior cilindrada em um peso mais leve A Mercury calibrou os novos V-8 SeaPro para produzirem máximo torque nos menores níveis de RPM, permitindo aos usuários mais horas de trabalho sem sobrecarga ao motor. Seu design excepcionalmente compacto e leve e a Otimização de Alcance Avançado (ARO) maximizam a economia de combustível em velocidade cruzeiro. Fiel ao legado comercial do SeaPro, os novos modelos V-8 foram concebidos para proporcionar anos de desempenho sem contratempos, pois são fabricados com componentes resistentes para lidar com as demandas globais de operação comercial.

Motor Mercury 175-300 HP Pro XS O som dos motores Pro XS foi projetado para demonstrar toda a sua força, mas mesmo assim foi considerado mais silencioso Os novos motores de popa V-8 e V-6 Pro XS são simplesmente a próxima geração vencedora de torneios. Apresentando o novo capô compacto da Mercury, esses motores oferecem tudo o que o pescador precisa para permanecer competitivo na água. Possuí amplo torque de sua cabeça de força de alta cilindrada, aceleração superior devido ao seu design quad-cam, além da tecnologia Transient Spark.

VOLVO PENTA APRESENTA NOVO APLICATIVO NO BRASIL O Easy Connect possui uma aparência simples e intuitiva A Volvo Penta está lançando no Brasil o Easy Connect, o aplicativo de celular que coloca o barco na palma da mão do dono da embarcação. O novo produto permite que os proprietários se conectem com seus barcos por meio de dispositivos inteligentes. Dessa forma, o usuário poderá ter acesso rápido a dados do motor, da embarcação e das rotas, diretamente de smartphones ou tablets. O app é pareado com interface Bluetooth® instalada a bordo para realizar as transferências de dados. O hardware armazena automaticamente o histórico de rotas, uma ferramenta perfeita para o planejamento de futuras viagens. Também possibilita acesso a uma infinidade de dados técnicos, como rotação do motor, temperatura do óleo, níveis do tanque de combustível, condição da bateria e horas de operação do motor.

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tec boat

NOVO LAVA VELEIRO DA NAUTISPECIAL O Lava Veleiro, não ataca a cor nem a impermeabilização de capotas, e tão pouco a pintura e o gel do barco A formulação do Lava Veleiro é completamente diferenciada, não contem aditivos químicos, e é totalmente natural, tendo como base extratos vegetais. Por conta de sua composição é um produto amigo do meio ambiente, além de se degradar muito mais rápido do que qualquer tipo de detergente comum, mesmo os neutros. O Lava Veleiro possuí composição leve que não agride as mãos durante o contato e aplicação. Sua fórmula inovadora é muito mais concentrada e possui alto rendimento, um único frasco contendo 1 litro pode realizar mais de 20 lavagens de um veleiro em torno de 30 pés.

NAUTISPECIAL TRAZ A CERA SAIL WAX AO MERCADO A cera Sail Wax possui fórmula com o exclusivo Nautiflon, que proporciona maior proteção e performance ao casco A cera para veleiros Sail Wax, da Nautispecial, possuí formula orgânica sem solventes, e é um verdadeiro diferencial para aqueles que desejam velejar. Diferente das ceras convencionais que duram pouco e são difíceis de aplicar, ela é ultra deslizante e de fácil aplicação direto no casco. Depois de aplicada possuí longa duração, protege e mantém o brilho da superfície da embarcação. Em contato com a água diminui o atrito, deixando o casaco mais liso, com alta performance e aumentando a velocidade do veleiro.

SILICONE PRO DA NAUTISPECIAL O silicone da Nautispecial evita que as peças do veleiro enferrujem em contato com atmosfera salina, maresia ou chuva ácida O Silcone Pro se apresenta em formato de spray para fácil aplicação e não contém CFC. Sua fórmula diferenciada da Nautispecial, não inclui solventes e é completamente orgânica, além disso, conta com a presença de teflon, o que torna o produto completamente antiaderente. Sua aplicação evita correção e protege contra raios UV, não ataca borrachas e conexões do veleiro. Possuí lubrificação a cima da média, além de ser mais duradoura e proporcionar maior vida útil a superfície da embarcação. Após ser aplicada apenas uma vez, só precisará de uma nova aplicação após 6 meses.

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#TodoMundoConfia

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boat teste nhd 270

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Veloz & Furiosa

NHD 270

A primeira Open Deck na faixa dos 30 pés A RELAÇÃO COM O FILME NÃO É POR ACASO, O MAIS NOVO LANÇAMENTO DA NEW HD BOATS PROVOU TER UM DESEMPENHO TÃO IMPRESSIONANTE QUANTO O DOS CARROS DE UM DOS MAIORES SUCESSOS DE HOLLYWOOD Por Cristiane Bartel | Fotos: Gabriel Ambrosio

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boat teste nhd 270

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New HD Boats é uma evolução da HD Mariner, que fez sucesso entre a década de 90 e os anos 2000, e chega ao mercado com novidades de design, pensando também no desempenho e modernidade. O primeiro casco a ser atualizado foi o de 27 pés. Com 8,35 metros de comprimento, a NHD 270 teve seu cockpit totalmente reformulado, assim como seu design externo, que ganhou um estilo mais esportivo e mais moderno. Este barco também é chamado de NHD 270 Open por causa de uma das principais inovações implantadas pelo estaleiro, o Open Deck. Ela é a primeira embarcação na categoria de 30 pés com aba lateral e essa é uma característica que estará presente em toda a linha NHD.

A NHD 270 possui uma plataforma de popa ampla, com 1,20 metros de comprimento, equipada com um pega-mão, um chuveiro, um paiol e um espaço gourmet com churrasqueira, pia, torneira e porta copos. Um ponto de destaque é o fato da popa estar um nível acima do cockpit, permitindo uma visão mais ampla de todo o barco. O novo cockpit foi projetado para trazer mais conforto e segurança aos convidados. O modelo possui de série duas geleiras com tampas de teka, cristaleira, um sofá em “L” com um paiol embaixo, para colocar um cooler. Mais a frente há um amplo sofá com um paiol maior embaixo, um banheiro e na frente do posto de comando há um outro compartimento com porta, que pode ser

A NHD 270 foi desenvolvida com um apelo esportivo, mas não deixa de ser um barco familiar

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usado para colocar bagagens, defensas e cabos. Mesmo que o barco não venha com todos os opcionais, o cliente pode colocá-los depois como facilidade. Isso se dá graças ao chicote elétrico que já vem com todas as entradas necessárias. Este foi um meio que o estaleiro encontrou de evitar futuras ligações elétricas mal feitas, que podem acarretar em um curto circuito. A proa também ficou espaçosa e confortável, com bancos para até de cinco pessoas, e mais paióis embaixo deles. O estaleiro também oferece a opção complemento entre os bancos, transformando o espaço em um grande solário.

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boat teste nhd 270

DESEMPENHO NA PRÁTICA A NHD 270 cumpre o que promete? A NHD 270 foi desenvolvida com um apelo esportivo, mas não deixa de ser um barco familiar para curtir o dia com os amigos. Além de ter um design bonito, ela navega muito bem e foi colocada a prova em Balneário Camboriú, em um dia bonito e com um mar de 0,5 metros de onda, onde provou seu valor, cortando o mar sem sentir as batidas das ondas, graças ao V-profundo. O barco impressionou pela sua estabilidade, devido ao seu centro de gravidade que foi rebaixado, deixando sua navegação firme e equilibrada. Equipada com um motor Mercruiser 6.2, de 300 HP, a NHD 270 pode chegar até 50 MHP de velocidade final e tem um desempenho que pode ser considerado esportivo. No entanto, isso num barco de 27 pés requer alguns cuidados e uma grande experência do piloto. Com uma motorização de 200/250 HP, o cliente também conseguiria atingir um bom desempenho, além de trazer um melhor custo-benefício. Em geral, o conjunto deixou uma ótima impressão e excelentes resultados ao que foi proposto durante o teste.

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O barco impressionou pela sua estabilidade e pela sua navegação precisa e equilibrada

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boat teste nhd 270

NÚMEROS DA NAVEGAÇÃO:

CONDIÇÕES DO TESTE Tempo: 26 graus Vento: 9 km/h Ondulação: inferior a 0,5 metros Teste realizado em Balneário Camboriú

O cruzeiro de praticamente 27 nós mostra o espírito esportivo e força do conjunto, equipado com motor Mercury 6.2, de 300 HP

A navegação econômica mostra que o barco, mesmo sendo a gasolina, tem um ótimo consumo de combustível.

ECONÔMICA

Navegar com um potente motor de 300 HP a gasolina tem seu preço, mas é aqui que o barco mostra sua característica “esportiva”, a quase 40 nós.

CRUZEIRO

MÁXIMA

RPM

3800

4200

5200

Velocidade (nós)

21,73

26,94

39,1

Consumo (litros)

40

60

87

Milhas/Litro

0,54

0,45

0,45

Litros/Milha

1,84

2,23

2,23

Autonomia (MN)

109

90

90

Autonomia (horas)

5

3

2

A unidade testada estava com tanque de combustível de 200 L, mas a próximas unidades já sairão com tanque de 320 L.

10

Ficha técnica Comprimento 8,35 m

5

15

Boca máxima 2,70 m

4”

Peso 1,4 T Motorização 200 a 350 HP Tanque de combustível 200 / 320 L

0

20

Aceleração Equipada com um motor Mercruiser 6.2 300 HP, a NHD 270 demorou 4 segundos para atingir a velocidade de 0 a 20 nós

Tanque de água 55 L Velocidade de cruzeiro 26,94 nós Velocidade máxima 39,1 nós Passageiros (dia/noite) 13 + 1

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A autonomia é avaliada com o tanque de combustível na sua capacidade máxima. Atenção: por segurança, os passeios devem considerar, obrigatoriamente, uma reserva de 20% da capacidade total do tanque, do ponto de partida até o próximo ponto de abastecimento. A navegação em cruzeiro econômico é a mais eficiente medição para um barco de passeio, porque considera o melhor consumo da embarcação de acordo com a proposta do seu casco e o conjunto motorização/propulsão.

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DETALHES DO BARCO:

A grande diferença neste projeto é a aba lateral que se abre sobre o mar

No cockpit há uma cristaleira com espaço para quatro copos

O barco possui duas geleiras com tampas de teka de série

O banheiro possui vaso sanitário manual, pia com torneira de inóx, suporte para papel higiênico e pé direito de 1,60 m

Ampla casa de máquinas com fácil acesso para manutenção

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boat teste nhd 270

IMPRESSÕES AO NAVEGAR:

SEU BOLSO: A unidade testada da NHD 270 está equipada com um motor Mercruiser 6.2, 300 HP, e tem versões a partir de R$220.000,00, dependendo da escolha de motorização e itens adiconais.

DESEMPENHO: Como havia ondas no dia do teste e 5 pessoas a bordo, o barco pôde ser bem avaliado e deu para sentir do que ele é capaz.

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CONFORTO:

INOVAÇÃO:

O cockpit foi completamente reformulado, acomodando confortavelmente 13 passageiros, com assentos na popa e na proa do barco. O banheiro fechado adiciona mais conforto ao barco.

O grande destaque da NHD 270 é o Open Deck, que amplia a área útil da popa em duas plataformas. Este é o primeiro barco na faixa de 30 pés com essa característica.


CONSTRUÇÃO:

SEGURANÇA:

Como o estaleiro também visa o mercado exterior, o projeto foi reformulado para se enquadrar nas normas internacionais de construção.

Como o centro de gravidade do projeto original foi rebaixado, o barco passou a ser mais estável e seguro.

ACABAMENTO: O novo design ganhou alguns detalhes no casco com linhas retas, que dão mais esportividade ao modelo, além da união da targa e das janelas laterais.

PILOTAGEM: O banco rebatível oferece uma posição de pilotagem confortável e ampla visão de tudo o que está acontecendo em volta do barco. Todos os relógios e equipamentos também estão no campo de visão e fácil acesso.

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boat teste nhd 270

O MELHOR USO A NHD 270 é um barco na medida pra você? A NHD 270 está mais esportiva, estável e segura, além de ser a primeira lancha deste tamanho com um Open Deck, que até então era uma característica que está começando a aparecer em barcos maiores no Brasil. Ele é um modelo confortável para aproveitar o dia em família e com os amigos, graças ao espaço gourmet e os sofás. O estaleiro também oferece uma enorme lista de itens opcionais para atender a necessidade de seus clientes, deixando o barco ainda mais completo.

Ele ainda possui uma excelente navegabilidade e diversas opções de motorização. A primeira unidade está equipada com um motor de 300 HP, que a deixa mais rápida (muito rápida), mas isso também requer um comandante com mais experiência no volante. A New HD se preocupou em projetar um novo barco trazendo de volta o que a HD tinha de bom, mas com soluções mais modernas, com foco principal no design, na inovação e na tecnologia, começando pelo modelo de 27 pés para atender esta nova fase do mercado, que está mais voltado para embarcações de entrada. Conteúdo extra na versão digital

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boat teste top line 410 ht

Top Line

410 HT Versatilidade de layouts, grande autonomia e capacidade de passageiros fazem da 410 HT uma ótima opção dentro da faixa das 40 pés. Por Cristiane Bartel | Fotos: Gabriel Ambrosio

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boat teste top line 410 ht

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Top Line Yachts é um estaleiro catarinense fundado em 2010 por profissionais, que atuam no ramo a mais de 35 anos, que decidiram iniciar com embarcações maiores. A Top Line 410 HT, primeiro projeto lançado por eles, é uma lancha que chama a atenção por sua navegação e amplitude de seus espaços internos. Dentro dos seus 12,30 metros de comprimento estão a ampla plataforma de popa com espaço gourmet completo com churrasqueira, pia e uma bancada de teka com porta copos, para cortar carnes e preparar drinks, além de excelente um pega-mão, muito útil durante a utilização da churrasqueira. O acesso para a praça de popa é largo e de fácil circulação. O ambiente possui um espaço confortável, com um sofá em “L” que acomoda até seis pessoas, uma mesa

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central, uma cristaleira, porta copos e uma lixeira. As portas para o salão tem abertura quase total, o que permite que a praça de popa e o salão integrem muito bem dando a sensação de um ambiente só. Logo na entrada, há um módulo com frigobar, cooktop (opcional) e mais um pega-mão com dupla função, que evita que a panela escorregue, uma televisão que atende tanto a praça de popa quanto o salão. Mais a frente há um sofá em “C”, que acomoda seis pessoas, com uma mesa central, que pode ser abaixada para virar mais uma cama. A posição de pilotagem está bem projetada, aliada ao voltante escamoteável, deixando você confortável com o barco na mão. Tanto em pé, quanto sentado, você tem a visão total da proa e laterais, te dando segurança ao navegar.


No modelo testado, o painel está com o que tem de melhor de tecnologia, com GPS Ray Marine E90, joystick e kit Premier da Mercury, contador de corrente, rádio VHF e o painel Vessel View. A cabine é bem iluminada por conta de uma gaiuta em cima do sofá e duas vigias laterais. Ela possui um confortável sofá em “L”, com amplos armários, uma pequena cozinha com geladeira, microondas e pia e mais armários e gavetas. O barco possui duas cabines, sendo uma a meia-nau e outra na proa, e um banheiro, com box. A cabine a meia-nau possui duas camas de solteiro, mas elas podem ser transformadas em uma de casal. Já a cabine de proa, que possui pé direito de 1,90 m, conta com uma cama de casal, armários, TV e acesso ao banheiro.

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boat teste top line 410 ht

DESEMPENHO NA PRÁTICA A Top Line 410 HT cumpre o que promete? No dia que o teste foi realizado, o dia estava ensolarado, com ventos de 5 nós e o mar estava com ondulação de 0,5 metros. O barco cortou bem as ondas de frente devido ao seu grande “V” acentuado, mostrando um bom desempenho acelerando em curvas fechadas. Navegamos com o teto aberto e em nenhum momento houve respingos de água e a posição e campo de visão permitem que você enxergue tudo a sua volta. Os motores Mercury de 320 HP, à diesel, desenvolveram muito bem pelo tamanho e peso de barco. Com essa motorização, ele atinge 37 milhas de velocidade máxima e seu cruzeiro ideal é de 32 milhas, proporcionando 10 horas de autonomia. Em geral, a lancha passou muito bem no teste e não teve problemas em encarar o desafio que lhe foi proposto.

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“O barco cortou bem as ondas de frente, mostrando um bom desempenho acelerando em curvas fechadas e com ótima autonomia”

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boat teste top line 410 ht

NÚMEROS DA NAVEGAÇÃO:

CONDIÇÕES DO TESTE Tempo: 28 graus Vento: 10 km/h Ondulação: inferior a 0,5 metros Teste realizado em Balneário Camboriú

O cruzeiro econômico mostra ser muito eficiente, principalmente no dia que o barco estiver cheio e a navegação deve ter velocidade moderada

Em virtudo do grande tanque de combustível, a autonomia não é problema em nenhum aspecto

ECONÔMICA

A parelha Mercury 320 HP leva a 410 HT aos 32 nós de top, com segurança e equilíbrio

CRUZEIRO

MÁXIMA

RPM

2800

3200

3800

Velocidade (nós)

18,25

27,81

32,15

Consumo (litros)

74

100

135

Milhas/Litro

0,25

0,28

0,24

Litros/Milha

4,05

3,60

4,20

Autonomia (MN)

247

278

238

Autonomia (horas)

14

10

7

10

12,4”

5

Ficha técnica Comprimento 12,30 m

15

Boca máxima 3,70 m Peso 8 T Motorização 2x 300 a 380 HP Tanque de combustível 1000 L

0

20

Tanque de água 360 L Velocidade de cruzeiro 27,8 nós

Aceleração Equipada com a parelha de Mercury de 320 HP, a Top Line 410 HT demorou 12,4 segundos para atingir a velocidade de 0 a 20 nós

Velocidade máxima 32,2 nós Passageiros (dia/noite) 14/6

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A autonomia é avaliada com o tanque de combustível na sua capacidade máxima. Atenção: por segurança, os passeios devem considerar, obrigatoriamente, uma reserva de 20% da capacidade total do tanque, do ponto de partida até o próximo ponto de abastecimento. A navegação em cruzeiro econômico é a mais eficiente medição para um barco de passeio, porque considera o melhor consumo da embarcação de acordo com a proposta do seu casco e o conjunto motorização/propulsão.

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DETALHES DO BARCO:

O cooktop é um dos muitos itens opcionais que o estaleiro oferece

O passadiço é largo, o que facilita a circulação pelo barco mesmo quando ele está em movimento

Além da área gourmet na popa, o barco possui uma cozinha no deck inferior

A cabine a meia nau possui uma cama de casal que pode ser separada em duas de solteiro

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boat teste top line 410 ht

IMPRESSÕES AO NAVEGAR:

DESEMPENHO: A parelha de motores Mercury, de 320 HP, mostrou que dá conta do recado e garante um bom desempenho e autonomia.

INOVAÇÃO:

SEGURANÇA:

Mesmo estando na faixa de 40 pés, os espaços foram otimizados de forma que te faz sentir como se estivesse em um barco maior.

Neste ponto não deve haver preocupações. O estaleiro segue todas as normas de segurança para que o cliente possa navegar tranquilamente.

PILOTAGEM: Seja em pé ou sentado, a 410 HT oferece campo de visão amplo quando se está pilotando. Sendo assim é possível ter uma boa noção do que está acontecendo ao redor do barco.

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CONSTRUÇÃO: Com laminação no formato Hand Lay-Up a Top Line utiliza em seu processo gel coat NPG com proteção UV, Resina e fibra de vidro, materiais aplicados em um plano robusto de laminação, aplicando uma quantidade de camadas que tornam o casco com estrutura de alta resistência.

ACABAMENTO:

CONFORTO:

SEU BOLSO:

O estaleiro oferece algumas opções de acabamento com tecidos e revestimentos, para que o cliente possa customizar o barco da forma que mais lhe agrada.

Os ambientes são bem projetados e aconchegantes, com grandes sofás e espaços que podem ser facilmente transformados para atender as necessidades do cliente.

O preço inicial parte de R$ 980.000,00, no entanto o modelo testado está completo, com todos os opcionais, e custa R$ 1.550.000,00.

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boat teste top line 410 ht

O MELHOR USO A Top Line 410 HT é um barco na medida pra você? A lancha possui muitos aspectos que chamam a atenção, como a questão da navegabilidade e do conforto a bordo, tornando-a um barco atrativo na faixa dos 40 pés. Os espaços internos e externos são muito bem aproveitados e podem ser modificados de acordo com as necessidades do momento. Um bom exemplo disso é a cabine a meia-nau, que pode ter uma cama de casal ou duas de solteiro através de uma simples alteração. Outro aspecto favorável, é a longa lista de

itens opcionais que a Top Line oferece aos seus clientes. Além disso, este é um barco que navega com segurança, tornando passeios em família e com amigos mais tranquilos e divertidos. A diversão pode ser proporcionada pelo enorme espaço gourmet na popa e pelo solário de proa, que é mais um ambiente para você aproveitar com seus convidados. Em resumo, este é um barco que merece ser analisado antes de se fechar qualquer negócio. Conteúdo extra na versão digital

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SX 88 Quando menos é mais

A NOVA SX88 OFERECE AMPLOS ESPAÇOS ABERTOS E GRANDES JANELAS DE VIDRO, GARANTINDO UMA RELAÇÃO EFICAZ E OTIMIZADA ENTRE INTERIOR E EXTERIOR Por Cristiane Bartel

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sanlorenzo sx 88

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ogo à primeira vista, é notável que a nova Sanlorenzo SX88 foge de qualquer padrão já criado pelo estaleiro italiano. Um dos mais recentes lançamentos da Sanlorenzo Yacht traz originalidade, estilo e volume, além de ser um modelo com uma série de novidades tecnológicas e de design. A SX88 é só o primeiro iate de uma grande linha que está por vir. Um dos pontos que chama a atenção deste barco de 27 metros de comprimento é o fato dele ser considerado um crossover, ou uma mistura, de algumas das principais características de um iate flybridge, aliado a funcionalidade e o volume de um explorer. Quando se imaginou navegar com um tender e duas motos aquáticas na popa de um barco de cerca de 88 pés? Este é um dos diferenciais que a SX88 tem a oferecer, entre muitos. O beach club é

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extremamente amplo, com um sofá e duas escadarias de acesso à praça de popa, dando um visual imponente a esta área. A praça de popa pode ser decorada com uma mesa de jantar para dez pessoas, ou pode ser uma sala de estar. O grande solário na proa, com sofás, é mais uma prova de como o estaleiro optou por valorizar ainda mais a parte externa da SX88. O flybridge é extenso e pode ser praticamente dividido em três ambientes com um solário na popa, uma sala de estar com sofás e uma pequena mesa com baquetas, e o posto de comando. Este é o único do barco e oferece uma vista panorâmica. O proprietário tem a opção de fechar a parte coberta do fly. Este iate já é um sucesso por onde passa. Para criá-lo, a Sanlorenzo trabalhou em parceria com


“Queríamos inventar um produto para pessoas que amam o barco, que adoram estar perto do mar – é uma pequena revolução” (Massimo Perotti - CEO da Sanlorenzo)

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sanlorenzo sx 88

o estúdio de design italiano Officina Italiana Design e deu carta branca ao designer de interiores Piero Lissoni, que tirou quase todos os elementos estabelecidos do deck principal e o transformou em um espaço aberto, limitado por janelas do chão ao teto. Os proprietários podem optar pelo layout onde há um salão e uma suíte master no deck principal, ou deixar a área como um amplo salão. Este se integra muito bem com a parte externa do barco, graças às portas que se abrem totalmente. A ideia de loft até se traduz na mobília. Ao

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“Eu queria o interior como um loft, em termos arquitetônicos” (Piero Lissoni - Designer)


A SX88 alia as principais características de um iate flybridge à funcionalidade de um explorer

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sanlorenzo sx 88

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contrário da maioria dos iates, onde móveis fixos são colocados estrategicamente, as mesas, cadeiras e espreguiçadeiras do SX88 são espalhadas como uma bela casa. Um ponto interessante é que a cozinha também não tem um lugar fixo no layout do barco, a disposição fica a critério do cliente. No deck inferior estão a espaçosa cabine master, que está a um nível abaixo e possui uma cama de casal, um walk in closet e um banheiro; a cabine VIP também é espaçosa e possui uma cama de casal, armário e banheiro. Já as outras duas cabines para convidados são compostas por duas camas de solteiro, cada, com banheiros. Enquanto a superestrutura de fibra de carbono é leve e arejada, a Sanlorenzo projetou o casco de fibra de vidro como um barco de pesca esportiva oceâni-

ca, chegando mesmo ao ponto de testá-lo em situações extremas de mar. A SX88 é equipada com três motores Volvo Penta IPS 1200. O barco é extremamente manobrável, sem a necessidade de thrusters e essa é a primeira vez em que a Sanlorenzo trabalhou com este tipo de tecnologia. A classificação “Classe Verde”, da Rina, se dá em partes por causa do sistema de bateria de lítio a bordo. A Sanlorenzo está tentando alcançar um cliente novo e mais jovem com o SX88, que é o primeiro de vários na nova linha, apelando para um design focado no conceito do beach club. A idéia é claramente bem-sucedida, uma vez que o estaleiro italiano já vendeu várias unidades e é sucesso em todos os shows e eventos em que esteve presente no mundo todo.

A Sanlorenzo oferece duas opções de layout tanto para o deck superior quando para o deck inferior

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sanlorenzo sx 88

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A Sanlorenzo estรก tentando alcanรงar um cliente novo e mais jovem com o SX88, apelando para um design focado no conceito do beach club

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sanlorenzo sx 88

Ficha técnica Comprimento total:

27 m Boca:

7,20 m Calado:

1,70 m Motores:

3 x Volvo Penta IPS 1200 (900 HP) Velocidade máxima:

23 nós Tanque de combustível:

9.300 L Acomodações:

8+3 www.sanlorenzoyacht.com

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A


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“Qualquer carta em qualquer lugar do mundo!” O ARTISTA IRLANDÊS BOBBY NASH NOS CONTOU SOBRE SEU TRABALHO, QUE VEM CHAMANDO A ATENÇÃO NOS SALÕES NÁUTICOS DO MUNDO TODO, AS CARTAS NÁUTICAS 3D.

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cartas náuticas 3D

Ilha Cabrera - Espanha

C

omo muitos sabem as cartas náuticas são ferramentas essenciais para a navegação. Dependendo da escala do mapa, elas podem mostrar aspectos topográficos, como a profundidade das águas, altura das porções de terra, detalhes da costa, perigos para a navegação e também a localização de pontos de auxílio, como portos e faróis. No entanto, o artista irlandês Bobby Nash deu um novo sentido à elas, as transformando em arte. Mas não é qualquer tipo de arte, as cartas recriadas por Nash são 3D. Suas criações começaram em 1999, quando ele instalou um sistema de luzes de LED em uma carta náutica, mas eles eram muito grandes para colocar na parede de uma casa. Foi aí que surgiu a ideia de destacar apenas um região, focando no litoral e nos contornos de profundidade. Em fevereiro de 2001, às 3h da manhã, Bobby completou sua primeira tentativa de criar uma carta náutica 3D de porto de Kinsale,

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região em que mora. Mas foi só depois de emoldurá-la e de receber elogios de seus amigos, que ele percebeu que tinha um produto real e único em mãos. O artista conta que demorou mais dois anos para descobrir como o desenvolveria e, mais importante, como o venderia. Foi durante esse processo que ele encontrou o slogan de sua marca - “Qualquer carta em qualquer lugar do mundo!”. Em 2003, Nash decidiu embarcar em sua carreira de artista em tempo integral, com o apoio de sua esposa Daire e de seus filhos Colin e Orla, que na época eram crianças. Ele registrou sua marca Latitude Kinsale® e depois de muitos estudos, decidiu que o melhor lugar para alcançar possíveis compradores seria em boat shows internacionais. Sua primeira exposição foi em Dublin e a resposta não poderia ter sido melhor do que seu livro de encomendas cheio.


Bobby explica que ter um portfólio mundial é essencial para fornecer o serviço para o mundo todo e que processo de criação e montagem pode levar dias, semanas ou até meses, dependendo do tamanho da peça. Uma vez que a região é determinada eles começam a trabalhar. Várias cartas náuticas são usadas para criar o efeito tridimensional e cada peça é cortada à mão, a carta de papel é cortada em suas peças individuais e depois montada em um substrato especial, eles são cortadas uma segunda vez sem o auxílio de qualquer equipamento tecnológico, como laser. Depois vem a parte da montagem. Ele nos conta que criou um 3D das Maldivas e que esta era uma peça relativamente pequena mas complexa, com 1250 partes individuais. O enquadramento dessas peças evoluiu com o tempo e a iluminação, o Surround Lighting™, é uma patente que está em andamento, e que serve como um ótimo exemplo de inovação que fez o trabalho do irlandês se destacar ainda mais, não só no mercado, mas nos ambientes em que ele colocado. “A arte, muitas vezes, fica em segundo plano e é esquecida; mas

“Meu trabalho é contar a história do cliente na forma de uma carta náutica 3D” (Bobby Nash)

Maiorca e Menorca - Espanha

Bósforo - Turquia

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cartas náuticas 3D

Ilha Grande - Brasil

não com as minhas. O valor real do meu trabalho é que os outros comentam instantaneamente a obra de arte que, por sua vez, permite ao cliente contar a história associada à carta 3D”. Muitas das peças criadas pelo artista são dadas como presentes, mas seu trabalho tem sido muito usado em eventos e competições de prestígio como a Volvo Ocean Race, a J Class America’s Cup, a Superyacht Cup e muitos outros. Outras inovações são feitas sob medida são as Chart Tables™. Cada peça de mobiliário é feita sob encomenda usando artesãos locais e internacionais para criar móveis exclusivos que são colocados em lugares como superiates, casas de férias, recepções ou simplesmente em casa. Mas elas não param por aí, Bobby revela que já está trabalhando em um novo conceito cartas náuticas de grandes dimensões apresentadas em folha de ouro de 24 quilates. Ele apresentou a ideia em janeiro, durante o boat show de Düsseldorf, e ela foi muito bem aceita. “Estou muito animado com isso e ansioso para trabalhar com metais diferentes e algumas idéias de apresentação realmente limpas”.

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Bobby Nash tem uma relação muito próxima com o mar, graças às viagens que fazia com seu pai desde muito novo. Agora, a coleção de cartas náuticas de seu pai faz parte de seu portfólio.

Europa Atlântica


A


terra firme

Eventos, acontecimentos, turismo & gastronomia no mundo nรกutico

Especial Charter Um barco para chamar de seu em qualquer lugar do mundo

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O CHARTER É DEFINITIVAMENTE A MELHOR OPÇÃO PARA QUEM DESEJA EXPERIMENTAR DE FATO A VIDA A BORDO. É COMO ALUGAR UM SONHO, VOCÊ, SUA FAMÍLIA E AMIGOS VIAJANDO EM ALTO-MAR E DESFRUTANDO DE TODA A COMODIDADE QUE UM BARCO PODE LHE OFERECER. E MAIS, É VOCÊ QUEM ESCOLHE O DESTINO, O PERÍODO E O TEMPO DA VIAGEM. NESSA EDIÇÃO, TRAZEMOS PARA VOCÊ 4 OPÇÕES DE DESTINO DE CHARTERS INTERNACIONAIS, QUE OFERECEM DESDE DE PRAIAS PARADÍSICAS, A PAISAGENS HISTÓRICAS E COSMOPOLITAS.

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terra firme

New England Quando falamos em charter, é comum pensar em destinos paradisíacos, com praias de águas claras e altas temperaturas, mas este não é o caso de New England, que é uma opção mais cosmopolita. Este é um destino que te proporciona a chance de conhecer seis estados dos Estados Unidos, sendo eles Massachusetts, Maine, Vermont, New Hampshire, Rhode Island e Connecticut. Quem viajar por essas águas vai se deparar com uma história rica, cultura, tradições, pequenas cidades pitorescas, grandes universidades e natureza. Massachusetts possui centenas de quilômetros de belas praias, as Cordilheiras de Berkshire, cidades charmosas e alguns dos melhores museus de história dos EUA. O menor estado norte-americano, Rhode Island é conhecido pela relação com suas águas e pela maior concentração de locais históricos. Além do agito, que acontece na capital, Providence, com alguns dos melhores restaurantes do país. Connecticut combina o charme da Nova Inglaterra com um estilo cosmopolita. As atrações são muito próximas umas das outras e cruzar o estado leva apenas poucas horas. O Maine é o maior estado dos EUA e sua cultura está muito relacionada ao mar, o que fica evidente com os pescadores espalhados pela costa e com veleiros que passam pelo litoral todos os dias. ITINERÁRIO

Newport > Block Island Block Island > Martha’s Vineyard Martha’s Vineyard > Nantucket Nantucket > Cape Cod Cape Cod > Provincetown Provincetown > Plymouth Plymouth > Boston

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Ilhas Virgens Britânicas Apesar de estar no Caribe, as Ilhas Virgens Britânicas, ou BVI, é um destino paradisíaco pouco explorado pelo homem e nada melhor do que um charter para navegar e conhecer este incrível arquipélago, formado por 60 ilhas. Mesmo tendo sofrido com o furacão Irma, em 2017, eles se recuperaram rapidamente e já estão prontos para receber os turistas novamente! No entanto, desde então, os barcos vem sendo a principal forma de hospedagem. Com um roteiro de sete dias a bordo de um iate, você consegue conhecer todas as maravilhas que as Ilhas Virgens têm a oferecer, além de aproveitar o clima do Caribe. As quatro principais ilhas do arquipélago são Tortola, que é conhecida por ser umas das melhores para velejar, Virgem Gorda, assim chamada por Cristóvão Colombo em 1493, Jost Van Dyke, um refúgio paradisíaco longe de televisões e internet, e Anegada, uma pequena ilha com 37 km de praia de areias brancas, mar cristalino e campos de lavanda. Mas BVI ainda tem mais a oferecer. ITINERÁRIO

Trellis Bay > Norman Island Norman Island > Peter Island Peter Island > The Baths Bitter End > Anegada Anegada > Grand Camanoe Marina Cay > Jost van Dyke Jost van Dyke > Tortola

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terra firme

Ilhas Eólias A Sicília sempre pareceu um país separado do resto da Itália, principalmente no que se diz sobre suas tradicionais ilhas eólias. Os italianos chamam a parte sul de seu território de mezzogiorno, a terra do sol do meio-dia, e o lugar onde as coisas são feitas de maneira diferente. Esta é uma terra que está no entre o norte da África e a Europa, onde a maioria da população é negra, possuí paixões ardentes e um desdém por qualquer coisa que não seja siciliana. Ao norte da ilha principal encontram-se espalhadas as diversas e famosas ilhas eólias, nascidas de origem vulcânica, são únicas, esculpidas pelo vento e pelo fogo e até muito recentemente, intocadas pela sofisticação do continente. Sabe-se que a simpatia natural dos nativos ilhéus foi corroída pelo intenso fluxo de turismo. Mas para aqueles que lá pretendem realizar um charter, há magníficos lugares para se visitar que ainda permanecem intocados e parados no tempo, acessíveis apenas pela água estão localizados em ilhas como Sta Marina Salina e Grotta di Basalto, onde a afinidade com o mar cria um elo comum entre esses iatista e os moradores locais. ITINERÁRIO

Millazzo > Lipari Lipari > Panarea Panarea > San Vicenzo e San Bartolo San Vicenzo e San Bartolo > Sta Marina Salina Sta Marina Salina > Grotta di Basalto Grotta di Basalto > Gelson Gelson > Milazzo

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Rio Nilo

ITINERÁRIO

Luxor > Esna Esna > El Hegz El Hegz > El Kab El Kab > Edfu Edfu > Gabal El Selsela

Gabal El Selsela > Basheer Basheer > Kom Ombo Kom Ombo > Daraw Daraw > Hordiab Hordiab > Kobaneya Kobaneya > Aswan

Com sua fonte mais remota nascendo no rio Kagera, nas montanhas do Burundi, o Nilo tem quase 7.000 quilômetros de extensão e uma bacia que inclui outros sete países africanos. Ao realizar esse charter você terá a oportunidade de navegar pelo mais lendário curso de água do mundo, enquanto tem a honra de apreciar as construções mais antigas da história ainda preservadas, como por exemplo, os famosos templos de Hórus, Karnak e Luxor. O Alto Nilo é um verdadeiro paraíso de paz e tranquilidade, longe da agitação do Cairo, e um lugar excepcional, onde vida não se alterou significativamente por 2.000 anos. Durante o período de navegação, que duram em torno de 8 dias, os convidados podem ter muitos dias de descanso e relaxamento, diante de cenários de estonteantes, onde garças brancas dividem espaço com crocodilos enormes e os pescadores puxam suas redes gentilmente navegando em barcos frágeis. Definitivamente, não há maneira mais privada e exclusiva de explorar a esplêndida artéria do Egito. Quem leva: www.premiumcharters.com.br

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a bordo

As principais competições e estrelas do cenário náutico

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Volvo Ocean Race

Mais do que um evento esportivo mundial, um legado de preservaçãO UMA DURÍSSIMA PERNA, MUITAS EMOÇÕES NOS MARES DO SUL, A LUTA CONTRA A POLUIÇÃO DOS MARES, DIVERSAS AÇÕES ECOLÓGICAS DE PRESERVAÇÃO E UM LEGADO INESTIMÁVEL, MARCARAM A ETAPA DE ITAJAÍ DA VOLVO OCEAN RACE. Por Stefany Oliveira | Fotos: Volvo Ocean Race

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a bordo

N

o dia 18 de março, se iniciou a perna 7 da Volvo Ocean Race. Dentre as equipes participantes estavam a AkzoNobel, Dongfeng Race, MAPFRE, Vestas 11th Hour Racing, Sun Hung Kai / Scallywag, Turn on the Tide on Plastic e por fim a Team Brunel. Saindo de Auckland, logo a frente, encontrava-se a perna mais longa e a que mais iria testar as equipes da Volvo Ocean Race. Eram estimadas 7.600 milhas até Itajaí, através das águas mais inóspitas conhecidas pelo homem, o que inclui ter que contornar o famoso Cabo Horn. Logo nos primeiros dias, a equipe Vestas 11th Hour Racing liderou a prova, porém na descida para os mares do Sul o time da brasileira Martine Grael, a AkzoNobel, assumiu a dianteira. Mas mesmo com diversas alternâncias, pode se dizer que as 7 equipes permaneceram em uma dura disputa cabeça a cabeça. CRÉDITO: JEREMIE LECAUDEY CRÉDITO: YANN RIOU

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CRÉDITO: AINHOA SANCHES

AkzoNobel Contando com a participação da medalhista olímpica brasileira, Martine Grael, a AkzoNobel é uma nova equipe holandesa apoiada pela empresa líder global em tintas e revestimentos. A equipe foi a primeira entrar na edição de 2017-18, com o objetivo de perpetuar o notável legado da equipes holandesas.

MAPFRE

CRÉDITO: KONRAD FROST

Navegando pelos mares do Sul, os velejadores se depararam com uma forte frente fria com ventos soprando de oeste-sudoeste. A velocidade das rajadas ultrapassou 40 nós e os termômetros, que estavam a 8 graus, caíram bruscamente. Com os veleiros ainda sofrendo os efeitos da frente fria, a 1.400 milhas a oeste do Cabo Horn, no Chile, um triste incidente ocorreu. O velejador John Fisher, de 47 anos, da equipe Sun Hung Kai/Scallywag, caiu no mar. Os ventos de forte intensidade e o mar pesado na área, dificultaram as buscas. O velejador do Reino Unido não foi encontrado. Após muitos dias de competição o Team Brunel foi a primeira equipe a contornar o temido Cabo Horn e a chegar antecipadamente a Itajaí no dia 3 de abril, e por conta de ambos os feitos o time ganhou bonificação extra e pontuação dobrada. No dia seguinte, o veleiro da AkzoNobel e a velejadora brasileira Martine Grael chegaram a Itajaí. Esse foi um momento muito emocionante, pois o veleiro do time, um Soto 40, foi adquirido justamente pela equipe itajaiense do campeão Torben Grael, o pai de Martine.

A MAPFRE retorna e seu objetivo não poderia ser mais claro, conquistar o troféu Volvo Ocean Race pela primeira vez na história da Espanha. O capitão Xabi Fernández construiu uma equipe mista e multinacional, nela estão incluídos desde medalhistas de ouro olímpico, vencedores da Copa da América e alguns dos mais respeitados marinheiros do planeta. Depois de terminar na última colocação, é justo dizer que a MAPFRE está mais forte em 2017-18.

Team Brunel Ninguém navegou mais milhas na Volvo Ocean Race do que o comandante da team Brunel, Bekking, que fez sua primeira aparição em 1985-86. Os patrocinadores da equipe incluem a Brunel, empresa holandesa de gerenciamento de projetos, recrutamento e consultoria.

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a bordo CRÉDITO: PEDRO MARTINEZ

ITAJAÍ E A PRESERVAÇÃO DOS MARES Enquanto os sete veleiros participavam da competição e enfrentavam o duro percurso até o Brasil, Itajaí realizava os preparativos para a montagem da estrutura do importante evento. Cerca de 440 mil pessoas passaram pela Vila da Regata, em Itajaí, e comprovaram em números o sucesso desta terceira edição da Volvo Ocean Race. Entre 5 e 22 de abril, o evento teve um impacto econômico estimado de R$ 82 milhões, segundo os organizadores do Itajaí Stopover. Mais do que um evento esportivo mundial, a Volvo Ocean Race possui vocação nata para o engajamento social, para promover o bem-estar e a qualificação do meio de vivência da população. E dentro dessa proposta, os organizadores acreditaram que havia chegado a hora de alertar para o cuidado com os mares, que em especial, em Itajaí, é uma grande fonte de sustento, transporte, esporte e lazer para todos os moradores. E foi dessa forma que Itajaí, a sede brasileira da maior regata mundial à vela, aceitou viver a experiência proposta pela ONU Meio Ambiente através da campanha global “Clean Seas: Turn the Tide on Plastic”, em português, “Mares limpos: o mar não está para plástico”. Tal campanha visa alertar sobre

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a poluição dos oceanos causada pelo descarte e consumo irresponsáveis de plástico, sobre as atividades potencialmente poluidoras e orientar para o destino correto dos lixos. Na cidade catarinense foram realizadas diversas ações como projeções no ‘The Globe’, orientação de visitantes para que assumam compromissos de redução do consumo de plástico, abordagem entre barcos de lazer para conscientização do descarte correto do lixo em alto mar, além do apoio de outras ações sustentáveis realizadas na Vila da Regata. A proposta englobou ainda o Team Clean Seas, um dos sete veleiros participantes. A equipe, composta por mais de 10 tripulantes, embarcou com a missão de recolher os lixos marinhos encontrados durante todo o percurso de 45 mil milhas náuticas, passando por 4 oceanos, 5 continentes e 12 cidades. “A poluição plástica é um problema global que, portanto, precisa de uma solução global. A passagem da Volvo Ocean Race pelo Brasil, com foco na Campanha Mares Limpos, é uma oportunidade de chamar a atenção de diversos setores da sociedade para o tema e, quem sabe, ver a comunidade e as empresas locais se engajando e assumindo compromissos por um planeta sem lixo em nossos rios e oceanos”, acrescentou Denise Hamú, Representante da ONU Meio Ambiente no Brasil.


CRÉDITO: TOM MARTIENSSEN

Além da experiência global, a Volvo Ocean Race Itajaí contou com iniciativas sustentáveis exclusivas, como a apresentação do Veleiro ECO, o primeiro do Brasil desenvolvido para expedições e pesquisas oceanográficas. Um dos poucos exemplares deste modelo no mundo, foi produzido pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), conta com tecnologia de ponta e oferece baixo custo para coleta e análise de dados para estudos sobre o impacto de mudanças climáticas e a diversidade marinha. Para melhor atingir o objetivo de conscientização, as atividades também foram realizadas em escolas públicas da cidade de Itajaí. Além de intervenções teatrais sobre o tema, os alunos de 56 unidades escolares receberam material exclusivo do Programa de Educação para a Sustentabilidade da Volvo.

Dongfeng Race A Dongfeng Race Team volta para uma segunda chance na Volvo Ocean Race sob o comando do capitão francês Charles Caudrelier, depois de exceder as expectativas com um pódio em 2014-15. Desta vez, a equipe é 100% apoiada pela Dongfeng Motor Corporation, a fabricante de motores chinesa que está mais uma vez comprometida com o desenvolvimento do esporte de navegação offshore na China.

SUSTENTABILIDADE DENTRO DA VILA DA REGATA

Outra grande ação em prol do meio ambiente promovida na Volvo Ocean Race Itajaí, foi relacionada ao uso dos utensílios plásticos. Os frequentadores da Vila da Regata foram convidados a vivenciar um evento sem copos descartáveis, e com a utilização de utensílios reutilizáveis, que evitaram a produção de lixo de no mínimo meio milhão de descartáveis no evento. CRÉDITO: RICH EDWARDS

Turn on the Tide on Plastic Dee Caffari, da Grã-Bretanha, é a capitã “Turn the Tide on Plastic” na edição de 2017-18. Trata-se de uma equipe mista e focada na juventude, com uma forte mensagem de sustentabilidade. A missão orientadora da equipe é ampliar a campanha “Mares Limpos: A Maré não está para plático” do Meio Ambiente das Nações Unidas durante os oito meses da corrida.

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Mais de 100 pessoas, dentre elas velejadores da competição, participaram de um mutirão na Praia do Atalaia e ajudaram a retirar resíduos do local. Dentre esses vestígios estavam principalmente plásticos e micro-partículas que destroem a saúde marinha. A iniciativa foi chamada de Limpeza da Praia – Combate ao Lixo no Mar. “Viemos a essa praia de Itajaí e no início ela parecia limpa, mas, isso foi até a gente começar a procurar. Nós achamos muitos lixos pequenos. Foi achado até restos de balões de festa!”, contou a velejadora Dee Caffari, comandante do Turn The Tide On Plastic. O mutirão foi organizado pelo Instituto Eco Surf e o projeto Somos do Mar com apoio da Fundação do Meio Ambiente de Itajaí (Famai). O município, cedeu toda a estrutura para a limpeza, como sacos de lixo, luvas e caçambas para recolhimento de resíduos. ASSINATURA DO COMPROMISSO

A cidade de Itajaí foi a primeira da América do Sul a assinar um compromisso das Nações Unidas visando a limpeza dos mares. O objetivo da ação é reduzir a poluição do plástico nos oceanos, uma bandeira da Volvo Ocean Race e da ONU. A carta foi assinada durante um seminário que reuniu especialistas, cientistas e atletas, como a brasileira Martine Grael, campeã olímpica e velejadora desta

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CRÉDITO: PEDRO MARTINEZ

LIMPEZA E MÃO NA MASSA NAS PRAIAS DE ITAJAÍ

CRÉDITO: PEDRO MARTINEZ

Para que o visitante adquirisse o seu copo reutilizável bastava deixar um valor caução de R$ 5 em qualquer caixa do evento, e retirar os copos nos bares com a bebida. Após o uso, a pessoa poderia ficar com o copo e evitar os descartáveis no cotidiano ou devolver o utensílio e pegar o dinheiro de volta. “Somente no Brasil, 720 milhões de copos descartáveis vão para o lixo todos os dias, destes, 97% vão para natureza, podendo levar até 400 anos para se decompor” alerta Larissa Kroeff, co-fundadora da Meu Copo Eco. Outro ato simples e consciente realizado na Vila da Regata foi a utilização de pratos biodegradáveis nos restaurantes da Volvo Ocean Race Itajaí. Todos os utensílios utilizados facilitam a decomposição. Em média, enquanto os pratos biodegradáveis se decompõem em menos de 30 dias, os descartáveis produzidos com plástico podem levar mais de 200 anos para se decompor. “Iremos vivenciar um momento histórico, um evento que se propõe a não somente divulgar ações sustentáveis, mas que busca agir e respirar pela conscientização global como um todo”, afirma o presidente do Itajaí Stopover, Evandro Neiva.

CRÉDITO: UNEP

a bordo


CRÉDITO: PEDRO MARTINEZ

edição da regata de Volta ao Mundo. “Eu velejo desde muito nova e nas competições eu acompanho a situação dos mares. No Rio de Janeiro, onde eu treino, vejo muito plástico todos os dias na Baía de Guanabara. Além disso, fiquei chocada com a quantidade de plástico fora da costa durante a competição”, disse Martine Grael, integrante do Team AkzoNobel. Os números realmente são alarmantes e embasam a fala de Martine. Segundo dados da Volvo Ocean Race em parceria com as Nações Unidas, um caminhão cheio de plástico é despejado nos oceanos a cada minuto. Cerca de oito milhões de toneladas de plástico entram nos mares a cada ano. E é estimado que por volta de 2050, terá mais plástico do que peixes nos oceanos do mundo. O prefeito de Itajaí, Volnei Morastoni declarou: “Tenho orgulho de Itajaí ser a primeira cidade do Brasil a assinar a campanha do Meio Ambiente da Nações Unidas. Pretendemos assim enviar a mensagem clara de que é essencial tomar medidas para enfrentar o problema da poluição plástica. É uma luta de todos os municípios, cidade e pessoas”.

Vestas 11th Hour Racing A Vestas está de volta à Volvo Ocean Race e dessa vez, sua campanha está sendo realizada em parceria com a 11th Hour Racing, um programa da The Schmidt Family Foundation que trabalha para implementar mudanças reais na saúde marinha. A equipe é liderada pela dupla americana de Charlie Enright e Mark Towill. Para essa edição, o time possuí duas metas: fazer o bem na água e promover uma mensagem sustentável em todo o mundo. CRÉDITO: PEDRO MARTINEZ

Sun Hung Kai / Scallywag Representando Hong Kong, a Sun Hung Kai / Scallywag é liderada pelo experiente marinheiro David Witt e participa da corrida com um objetivo adicional de promover a navegação competitiva na Ásia.

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a bordo CRÉDITO: PEDRO MARTINEZ

REPAROS E A REGATA IN-PORT

CRÉDITO: PEDRO MARTINEZ

Depois de uma longa parada em Itajaí, os times realizaram os últimos ajustes antes da largada da oitava perna da Volvo Ocean Race. Depois de enfrentar os duros mares do Sul, os barcos passaram por um verdadeiro check-up antes de voltar para a água. O time Vestas 11th Hour Racing que perdeu o mastro durante a sétima etapa ficou sob revisão no estaleiro por mais tempo e os profissionais tiveram que correr contra o tempo para deixar tudo pronto antes da largada. O SHK / Scallywag que estava ancorado no Chile após o acidente com o britânico John Fisher, chegou a Itajaí apenas no dia 19 e teve de realizar seus reparos e testes as pressas para estar preparado para a largada logo no dia seguinte. Um grande número de espectadores esteve presente para assistir à regata in-port. Sob uma brisa marítima moderada de 10 nós, depois de assumir a liderança na primeira perna a favor do vento, a equipe da MAPFRE venceu em Itajaí e protegeu bem a sua liderança. O Team AkzoNobel ficou em segundo lugar na corrida, garantindo sua terceira posição na tabela de líderes da série. CRÉDITO: PEDRO MARTINEZ CRÉDITO: AINHOA SANCHES

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PRÓXIMA PARADA: NEWPORT Os sete barcos da regata da Volta ao Mundo subiram o Oceano Atlântico com destino a Newport (Estados Unidos). O percurso possuí 5.700 milhas náuticas ou 10 mil quilômetros. “Será uma etapa muito complicada. A costa brasileira tem, às vezes, ventos muito fracos. Promete bastante disputa e acho que vai ser bem difícil e com noites mal dormidas. Então, depois disso vamos ver realmente como vai estar a disputa”, explicou Martine Grael. Durante a perna 8 haverá mudanças drásticas no regime de vento que oferecerá opções às equipes. A disputa pela costa brasileira com ventos contra, a Linha do Equador, as calmarias dos Doldrums e as correntes do Golfo dos EUA são questões importantíssimas da oitava etapa, que com certeza estarão nas telas dos navegadores. Essa será a última vez que os barcos apontam para o norte, já que as próximas pernas irão para a Europa.


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jet sports nasseh coluna

O INIMIGO SILENCIOSO Descubra o que é delaminação, de quem é a culpa e como escapar dela

Jorge Nasseh é engenheiro naval, mestre em ciências em engenharia oceânica e CEO da Barracuda Advanced Composites.

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ic-tac, tic-tac. Este é o barulho de uma delaminação em um barco. Ela não acontece de uma hora para outra e nem dá sinais visíveis da doença em seu casco até o momento que por alguma razão qualquer alguém descobre alguma peça solta no barco e muita umidade por trás dela. Este com certeza é mais um problema para o dono do barco do que para o construtor. Muitas das garantias não cobrem mais do que 2 anos da construção do barco e problemas de delaminação ocorrem lentamente, mas quando aparecem, passam a ser devastadores para o barco e para o patrimônio do proprietário. A maior parte do problema vem de falhas que aconteceram no início da construção, mas foram negligenciadas, e com o passar do tempo, os esforços do mar,

intempéries e umidade foram lentamente degradando a estrutura do casco. Se fala muito pouco neste tipo de problema e uma das razoes é que nem o estaleiro nem o dono do barco querem arcar com uma propaganda negativa que pode ter grande impacto monetário. Entretanto, recentemente na América veio à tona um caso de um barco que navegando a grande distância da costa teve todo o seu costado arrancado pela força do mar e as primeira camadas de fibra em quase toda a extensão do costado e do fundo foram varridas pelas ondas. O caso só veio a público porque o estaleiro não quis admitir a culpa, empurrando a situação para debaixo do tapete, e o vistoriador, um engenheiro com grande reputação que fez a perícia, vazou as fotos. O estrago financeiro da marca foi


enorme, principalmente porque foi descoberto que o fabricante sabia do problema que havia ocorrido durante a construção e omitiu até o fim. Além de ter que dar um novo barco ao cliente, ele teve que estender a garantia de todos os outros barcos produzidos por 10 anos. Se fosse um estaleiro pequeno o custo da penalidade teria sido letal.

A delaminação não acontece de uma hora para outra e nem dá sinais visíveis da doença em seu casco Por aqui não é comum o uso de vistoriadores para avaliar a condição de uma embarcação na hora de uma compra ou venda, mas em outros locais este é um

negócio que movimenta muita gente e muito dinheiro e os construtores de barco devem aprender a acreditar no que esta gente diz, porque certamente os donos de barco escutam. Existe alguns testes não destrutivos que podem dar indícios de problemas de delaminação e vistoriadores devem recorrer a estes antes de usar testes destrutivos (que são os meus favoritos). Entre os testes não destrutivos estão a Inspeção Visual, que é basicamente como se fosse um teste clínico de um médico quando você vai a um exame de rotina. Em seguida tem o Teste de Percussão Acústica, que pode ser feito com equipamento próprio e detecta locais com sons de baixa amplitude que podem indicar umidade, bolhas e delaminação. Tem a Termografia, que é feita com uma potente câmera

infravermelho que mostra áreas com diferentes temperaturas e podem indicar falha de construção e pode ser usada com um Medidor de Umidade que ajuda a mapear locais onde exista saturação do ar por meio de umidade. O último recurso, e o mais caro de todos, é o teste com Ultrassom, que usa ondas direcionais de alta frequência sonora para medir espessura ou falhas, bolhas e espaços vazios dentro da estrutura de um barco. Entretanto, o meu favorito e o mais conclusivo de todos, são os testes destrutivos. Para realiza-los é necessário furar o casco e cortar vários discos de 5cm de diâmetro. Delaminações, umidade e falhas catastróficas de construção podem ser determinadas com mais precisão, e se necessário, reparadas a tempo. Caso contrário: Tic-tac!

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coluna capitão

A VIDA DOS NAVEGADORES AFETADOS POR FURACÕES Quase um ano após a passagem do furacão Irma, ainda se vê os reais efeitos, as dores e perdas, mas também superação e reconstrução de sonhos

Marco Antonio Ferrari Carneiro é skipper de veleiros, lanchas e trawlers, instrutor de cursos teóricos e práticos de navegação e segurança marítima.

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audações navegadores! Sempre ouvimos falar muito como se preparar para um furacão ou tempestades, mas pouco se fala sobre a vida dos ilhéus e navegadores afetados por esses terríveis fenômenos naturais. Hoje, escreverei minha experiência passando pelo Caribe, oito meses após a passagem do “furacão Irma”, e seus efeitos terríveis com as pessoas do mar e de terra. Após o aviso da chegada de um furacão, tomamos nossas precauções, porém, por vários motivos não saímos da área que seria afetada. Questões como: Para onde ir? Será que vai passar aqui? Palavras de moradores dizendo: “não se preocupe tudo dá certo”, “no fim nunca passa nada forte aqui em nossa região”.

Bem, após a decisão de ficar vem outras questões, como a certeza de que estamos preparados para resistir e com nossos barcos seguros e assegurados. Posso garantir, pelo que vi e ouvi, que Porto Rico e, principalmente, as Ilhas Virgens Britânicas não são os mesmos depois do furacão Irma, em 2017, ano recorde nesses fenômenos, e suas consequências podem ser vistas até hoje por quem navega na região. Cidades sem luz e água, casas e comércios de ilhéus destruídos, ambientes naturais mudados como ilhas tendo sua vegetação quase 100% devastada, pequenas ilhas antes separadas agora unidas por causa do deslocamento do fundo marinho, corais que levaram


décadas para serem criados foram destruídos, famílias com seus pequenos patrimônios destruídos e principalmente sonhos dessas pessoas e dos navegadores que lá estavam, no lugar errado e no momento errado, seja qual for o motivo. Visitando as ilhas encontramos histórias de pessoas que, sem recurso, tiveram que encarar seus destinos, que colocaram seus filhos em máquinas de lavar e se esconderam em geladeiras, só saindo após tudo parar de acontecer. Conversamos com pessoas reconstruindo suas vidas sem ajuda de governo, conformadas pelo que a natureza fez com a vida delas. Quando perguntados se iriam continuar ali, todos respondem ali era a terra em que nasceram e foram criados, que se levantariam e se preparariam para novos furacões. Ainda em terra, vimos os pequenos bares para turistas funcionarem precariamente com faixas “Estamos Funcionando”, em lugares que só se vê os alicerces e uma cobertura de plástico, mas com música, alegria e esperança da vida voltar ao normal. Turistas vindo ver o que sobrou daquilo

que um dia foi um paraíso para os velejadores que gostam de lugares que unem natureza e bares, com os dias e noite que só o mar do Caribe pode oferecer. Bem, quanto aos navegadores e suas embarcações, aí é um capítulo à parte. Após a decisão de ficar, eles fazem de tudo, revisam poitas, colocam defensas em seus barcos,

reforçam os cabos de cais, retiram tudo que o vento possa levar e dado a ordem de evacuar os barcos, principalmente os em poitas quando os ventos chegam a 50 nós e o furacão segue para a região em que estão, eles buscam abrigo em terra para evitar de ter seus corpos atingidos por peças ou objetos naturais. Antes vem a passagem da frontal, depois vem o “olho do furacão” com vários tornados e em seguida o restante dele, quebrando tudo, sons aterrorizantes e as pessoas se escondendo em abrigos, segurando portas e ficando embaixo de mesas ou dentro de guarda roupas. Após cessar tudo, acabado o alerta até de um possível tsunami, todos se dirigem ao cais para verem o que sobrou de seus barcos. O olhar em seus barcos, sonhos de crianças construídos, comprados com tanta dificuldade para navegar os mares do Sul, termina ali com lágrimas e olhares incrédulos do que aconteceu com as vidas deles por terem ficado, seja lá por que motivo naquele lugar. Encontramos empresas que perderam 700 barcos de sua frota,

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coluna capitão

barcos sem mastros, naufragados, desaparecidos para sempre, outros jogados nas praias, mangues ou sobre outros barcos, mas nada chocou mais que ver pessoas que só conhecemos por internet, outras que não conhecemos mas dividimos os mesmos sonhos, tendo suas vidas marcadas por um furacão e a perda de sua embarcação, nosso mundo flutuante tanto sonhado e tanto a viver. Mas de tudo se tira lições, ver pessoas, da terra e do mar, mesmo traumatizadas, nos recebendo sempre com sorriso, contando suas histórias com lágrimas nos olhos, mas com a força de gigantes, com a palavra esperança estampada em seus rostos, mesmo comandantes que se culpam por terem perdido seus barcos e dizendo que falharam na condução do barco a um porto seguro, felizes em nos receber e compartilhar suas experiências mostrando os lugares lindos que estão para ser visitados, nos dando aula de como reerguer e que tudo não esta perdido pois estão vivos e com saúde par reconstruir seus sonhos com ajudas de amigos,

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mesmo que tragam uma simples palavra – Vocês continuarão a viver seus sonhos. Após minha passagem por esse cenário saio com a certeza da capacidade do ser humano em viver seus sonhos e da força que alguns têm de reconstruir aquilo que perderam, saio feliz por conhecer pessoas que mesmo tendo perdido

tudo, tem a bondade de oferecer o pouco que sobrou, uma cerveja, um bate papo e o mais emocionante, a alegria de saber que irão continuar suas vidas e seus sonhos. Obrigado a todos que nos receberam em Porto Rico e Ilhas Virgens Britânicas e dividiram suas experiências e suas esperanças de coração aberto.


A RISEL VAI ATÉ VOCÊ! ABASTEÇA SEU BARCO NA SUA MARINA!

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coluna herman junior

OLHANDO PARA O CÉU

OS TIPOS DE NUVENS E SUAS ALTITUDES Olhar para o céu pode nos revelar muito mais hoje do que apenas o comportamento dos deuses da mitologia

Herman Junior
 Empresário na Área

da Educação, Capitão Amador, Fundador de projetos: SOS - MAYDAY, Meteorologia Marítima, Blog iNavigate e
Co-Fundador e diretor do Comitê de Segurança da Navegação da Baixada Santista.

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uitas vezes, nos vemos olhando para o céu na intenção de tentar entender se vem chuva, mudança de tempo, etc. Quem nunca fez isso? A questão, contudo, é muito mais complexa. Há vários tipos de nuvens e em altitudes diferentes, podendo ou não representar grandes mudanças ou apresentar indícios de que algo está à caminho. Por diversas vezes as nuvens foram mencionadas na Bíblia como algo manipulado pela força de Deus e também como forma de mostrar a grandiosidade dos deuses da mitologia. Nossos antepassados acreditavam que quando Thor cruzava os céus com sua enorme carruagem, ele agitava seu martelo e

daí surgiam faíscas luminosas e logo após poderia se ouvir um grande estrondo. Na mitologia isso significava a fúria dos deuses, mas hoje bem sabemos graças aos avanços da ciência, que se tratam dos raios e trovões. Um grande mito na história da humanidade, hoje está muito mais fácil de se entender. Não somente o que são, mas como se formam e qual impacto possuem sobre os mares. As nuvens são basicamente formadas por um conjunto de partículas diminutas de água ou gelo encontradas em suspensão na atmosfera e que se condensam ao subirem e encontrarem temperaturas mais baixas em níveis superiores da atmosfera. As massas de ar, são as grandes responsáveis por esse transporte.


Existem alguns mecanismos atmosféricos que elevam as massas de ar que formam as nuvens. Esses mecanismos de elevação são divididos em 4 formas básicas que veremos a seguir: Convergência de ar: As nuvens podem ser formadas como consequência da convergência de ar, que significa o encontro de dois fluxos de ar provenientes de direções opostas. Causado pela topografia:

O ar atmosférico pode se elevar devido a topografia do local. Isto é, quando o ar encontra uma barreira como uma montanha ou uma cadeia de montanhas e é forçado a subi-las. Ao subir a montanha, o ar encontra temperaturas mais baixas e aí se formam as nuvens. A esse processo damos o nome de orográfico.

é o que ocorre com os eventos das frentes frias. Pois neste caso temos o encontro de duas massas de ar de características diferentes onde uma é mais quente e a outra mais fria. A massa de ar frio avança sob a massa de ar quente o que a força a subir e assim surgem nuvens de diferentes formas.

Convecção: Acontece quando o Sol aquece a superfície da Terra, dos oceanos ou florestas deixando o ar atmosférico aquecido logo acima da superfície. Este ar se torna mais leve e sobe. Nesta quantidade de ar que sobe, existe vapor de água que logo se condensa ao encontrar em altitudes superiores, temperaturas mais baixas.

As nuvens podem ser divididas em três grupos. As nuvens baixas até 2 km de altitude, as médias entre 2 a 8 km de altitude e as altas acima dos 8 km e também podendo chegar a 12 km de altitude. As nuvens também podem ser classificadas por sua aparência e textura. Em 1802, um cientista britânico chamado Luke Howard, que era um sistemático observador das nuvens, classificou-as baseando-se em suas características principais, com relação ao aspecto físico

Causado ao longo das frentes frias: Um dos mais conheci-

dos processos de elevação de ar

que possuíam. Howard usou na época palavras em latim para dar nomes as nuvens e até hoje são conhecidas dessa forma. “Cirrus” que significa tufo de cabelo; “Cumulus” que significa amontoado; “Stratus” que significa camada e “Nimbus” que significa chuva. As nuvens altas, também chamadas de nuvens cirriformes, estratocumuliformes e estratiformes, são as Cirrus (Ci), nuvens bem brancas como pinceladas no céu. São nuvens que podem anunciar a chegada de uma frente fria, as Cirrocumulus (Cc), quase transparentes e em grupos e as Cirrostratus (Cs) também muito finas e quando em frente ao sol, formam o fenômeno Halo. Essas também junto com as Cirrus nos avisam da chegada de um sistema frontal. As nuvens altas são formadas por cristais de gelo e não causam chuva.

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coluna herman junior

As nuvens médias, também chamadas de estratiformes e estratocumuliformes são as Altostratus (As), que alteram a luminosidade, deixam o sol com um aspecto borrado e podem causar chuva bem leve e a Altocumulus (Ac), que lembram flocos de algodão lado a lado que forram o céu . As nuvens baixas também chamadas de estratiformes e estratocumuliformes, são as Stratus (St), com aparência de um grande

tapete branco e podem provocar garoa, neblina e nevoeiro e as Stratocumulus (Sc) com aparência de algodão e podem provocar chuva leve. Além das mencionadas acima, existem as nuvens de desenvolvimento vertical médio e grande. Nas de desenvolvimento médio temos as Nimbostratus (Ns), cinzentas e espessas, podem provocar chuva leve e a neve e as Cumulus (Cu) conhecidas como

nuvens carneirinhos e também caracterizam bom tempo. Já nas de grande desenvolvimento vertical temos as Cumulonimbus (Cb), muito conhecidas como sendo as nuvens associadas a tempo severo resultando em temporais, raios e até granizo. Podem chegar até 12 km de altitude e também são conhecidas como as que causam a famosa chuva de verão e as nuvens que dão origem aos tornados. Olhar para o céu pode nos revelar muito mais hoje do que apenas o comportamento dos deuses da mitologia. TROVAS POPULARES Nuvens aos pares, Paradas, cor de cobre, É temporal que se descobre. Nuvem comprida que se desfia, Sinal de grande ventania.

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coluna um homem do mar

APENAS

UM ADEUS Uma trajetória de lembranças boas e muitos aprendizados, relembrados em um adeus

Ricardo Machion é navegador oceânico, palestrante sobre segurança de navegação aplicada a atividades esportivas e fundador da “Um Homem do Mar”, marketing náutico.

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H

oje escrevo minha última coluna e me despeço feliz de cada leitor que me acompanhou desde que aceitei o convite para ser colunista na Revista Boat Shopping. Talvez não saibam, mas meu primeiro contato com a revista foi através de um convite para dar a minha opinião sobre um livro, um filme e um CD para a sessão Boat Theather, então posso dizer que sempre dei a minha opinião desde a primeira oportunidade que me foi dada, se não estiver enganado, no ano de 2013. Quem me conhece a mais tempo sabe que me sinto mais a

vontade sendo um crítico do que propriamente um colunista. Não costumo abordar assuntos de mercado e sim as minhas experiências dentro desse universo, portanto, tudo o que foi escrito são momentos que vivenciei com outros navegadores. Cada texto teve como objetivo trazer uma lembrança ou de despertar a vontade de também vivenciar uma experiência autêntica. Usei todas as palavras possíveis para descrever sensações que só poderiam ser descritas apenas por quem está a bordo, então tentei traduzir essas emoções da maneira mais palpável e


compreensível possível para as pessoas que nunca estiveram a bordo, que nunca sentiram a preocupação de perder uma âncora, que nunca queimaram uma largada ou queimaram as mãos manuseando cabos sem luvas na forma de convite a experimentar esse mar de sensações que a vida a bordo proporciona. Navegar é um caminho e a decisão de seguir por ele é só sua. A Revista Boat Shopping andou comigo por centenas de lugares, atravessamos o atlântico juntos diversas vezes, visitamos alguns do maiores e mais importantes salões náuticos do mundo, por isso escolhi apenas uma imagem para essa coluna, uma foto que significa muito para mim, pois Cannes é um lugar que tenho uma longa historia e essa foto em especial foi tirada a bordo do Veleiro Crossbow, um incrível veleiro oceânico de 102 pés que sou verdadeiramente apaixonado, do estaleiro Southern Wind. Além dos salões náuticos, milhares de alunos de universidades brasileiras puderam, através de palestras conhecer mais sobre a aplicação de sua formação universitária ao universo náutico nacional e internacional e por isso, acho que é chegada a hora de seguir em frente, existem outros navegadores cheios de histórias, experiências e opiniões interessantes para compartilhar com vocês leitores. Deixo aqui o meu

muito obrigado à Família Boat Shopping que me recebeu com carinho e de braços abertos permitindo sem qualquer restrição que eu abordasse o assunto que quisesse, sei bem o tamanho dessa responsabilidade. Agradeço também a cada leitor que dedicou seu tempo para ler a coluna Um Homem do Mar, saibam que ela sempre foi preparada para que pudesse ser o mais inclusiva possível. Mais uma vez deixo aqui o meu muito obrigado.

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VI CLASSIC BOAT FESTIVAL A quarta edição do Classic Boat Festival reviveu na Represa Guarapiranga a emoção das corridas de motonáutica das últimas décadas e levou o público do Yacht Club Paulista ao delírio. Durante os dias 19 e 20 de maio, o clube recebeu cerca de 40 barcos antigos que encantaram o público. E no final de semana seguinte aconteceu a segunda edição do Classic Sailing Festival, que mostrou parte da história vitoriosa da vela brasileira. Além da exposição de embarcações que marcaram época e de acessórios do tricampeão mundial de Finn, Joerg Bruder, a programação do evento incluiu o Campeonato Brasileiro de Clássicos.

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