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A SUA REVISTA DE NEGÓCIOS NÁUTICOS ano 5 - número 26 - distribuição gratuita em todas as marinas
Charters
Viagens incriveis
Eventos
All fllags weekend Aniversário radical
Cavitação
Misteriosa e conhecida
Barcos
Intermarine 540 Azimuy 82 Sea ray 470 Yacxo 337 Thorus 405ht
Um guia completo para você curtir
o verão
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índice
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Intermarine 540 ........................................... 14 Barracuda - Umidade .................................. 20 Novas Instalações IPT ................................. 24 Azimut 82 .................................................... 28 Catamarã - A evolução dos multicascos ..... 34 Guia para curtir o verão .............................. 38 Fazendo do velejar uma brincadeira ........... 46 Volvo Penta ................................................. 48 Cativação ................................................... 52 Sundencer 470 .......................................... 56 Yacxo .......................................................... 62 Fibrafort - rumo ao futuro ............................ 66 Mundo Intermarine em novo formato ......... 68 Thorus 405ht .............................................. 72 Costados - beleza, brilho e proteção .......... 76 Incêndio ...................................................... 80 Lagoa da Conceição .................................. 84 All Flags weekend ...................................... 88 Manutenção do conjunto da direção .......... 90 Evento Yamaha Náutica ................................92 Propulsão......................................................94 Colete salva-vidas .........................................96 Seguros ........................................................100 Sinalizadores Pirotécnicos ............................104 Cera náutica ................................................ 106 Aniversário Radical Peças .......................... 108 Aquecimento de motores ........................... 110 Sustentabilidade ......................................... 112 Combustível ............................................... 114 Wakeboard ................................................. 116 Charters - Viagens Incríveis ........................ 120 Gastronomia ............................................... 124
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Editor Responsável Caio Marcio Jornalista Valdir Dias Gerente de Operações Caio Ambrosio Projeto Gráfico RG Design (11) 3803-9870 Assistente de Produção Francisco Zuccato D. Martins Foto de Capa Divulgação Azimut As opiniões expressas em artigos e entrevistas são de inteira responsabilidade dos articulistas ou entrevistados. É proibida a reprodução total ou parcial dos artigos e matérias sem prévia autorização. Redação e Publicidade Rua Helena, 280, Vila Olímpia CEP 04552-050, São Paulo, SP boatshopping@terra.com.br Para anunciar (11) 3846.2364 Críticas e Sugestões caio@boatshopping.com.br
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A SUA REVISTA DE NEGÓCIOS NÁUTICOS
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editorial
Aos leitores, Mais uma edição especial acaba de ser lançada e com ela a sensação de mais uma etapa que se inicia. A chegada do final de ano e das festas, nos traz a sensação de reflexão e preparação para mais um verão, que será repleto sem dúvida de ótimos momentos e de muita diversão a bordo. Preparamos um completo guia para o verão, com tópicos que se iniciam desde navegação a dicas de como se precaver dos problemas mecânicos. Alias mais uma vez ressaltamos a importância da manutenção preventiva. Nós da BoatShopping, fomos buscar matérias extremamente importantes e interessantes para que você possa se tornar de fato um conhecedor de embarcações e das variações do mundo náutico, pois todo proprietário, de certa forma, deve ser interessado e curioso em sempre aprender algo para zelar o seu patrimônio. Destaque especial para as matérias, agora assinadas, pela a equipe do IPT (instituto de pesquisas tecnológicas) e para todos os outros especialistas que no munem de conhecimento imensurável. Consolidamos a cada dia nossa revista como a mais náutica do mercado, abordando assuntos que realmente fazem parte do diaa-dia a bordo. Nosso corpo editorial e todos nossos colaboradores têm como missão, buscar sempre os mais interessantes assuntos e mais modernos conteúdos a você caro leitor.
Gostaríamos de desejar a todos ótimas festas e que este novo ano que se iniciará seja repleto de alegria, saúde a toda família e ótimos momentos no mar. Boa leitura!
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Intermarine, estaleiro líder em embarcações de alta performance no Brasil, fez o pré-lançamento da Intermarine v, sua nova embarcação cabinada com flybridge, de 54 pés, no São Paulo Boat Show.
co surpreenderá pela beleza, dinamismo, amplitude e farta luminosidade em todos os ambientes. O design da mais nova Intermarine se caracterizará pela combinação harmoniosa entre sofisticação e esportividade, com linhas sinuosas e marcantes.
Concebida para quem gosta de desfrutar tanto o dia como a noite a bordo, ela oferecerá muito espaço e sofisticação em uso diurno, e todo o conforto e privacidade em uso noturno.
No interior, os destaques serão grandes janelas no salão, o excelente aproveitamento de espaço e o mobiliário de linhas retas que trará ar contemporâneo à decoração de todos os ambientes internos. As enormes janelas do salão equipado com dois amplos sofás, dinette (mesa e sofá) para refeições e
Com testes de mar previstos para fevereiro e lançamento programado para o início de 2010, o novo bar-
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equipamentos de áudio e vídeo proporcionarão vista privilegiada para o mar. A grande porta de acesso ao salão, composta por três folhas de vidro, permitirá maior integração entre o interior e o exterior do barco. A cozinha, estrategicamente posicionada abaixo do parabrisas do salão, aliará beleza e funcionalidade, com bom espaço, farta iluminação natural e todos os equipamentos necessários para preparar refeições a bordo. A suíte máster localizada na proa e as duas cabines de hóspedes à meia-nau serão luxuosas, muito iluminadas e versáteis. A suíte máster aliará espaço, conforto e sofisticação, com grandes janelas panorâmicas, cama de casal e armários espaçosos. As duas cabines de hóspedes possuirão farta iluminação natural proporcionada por suas janelas retangulares, mais uma inovação da Intermarine, e armários espaçosos. As camas de solteiro das duas cabines de convidados possuirão mecanismos deslizantes que as converterão em camas de casal. No flybridge, a distribuição inovadora do espaço comporá um lounge a céu aberto, com solário integrado aos assentos, sofás confortáveis e uma grande mesa para refeições, além do balcão de apoio com pia e espaço para ice-maker.
embarcação que facilitará o embarque de um bote ou jet ski e ainda poderá ser usada em momentos de recreação. Espaçosa e de fácil circulação, a praça de popa possuirá assentos e mesa para refeições. A motorização composta por dois Volvo Penta D12 de 800 hp formará com o casco da nova Intermarine um conjunto de excelente navegabilidade.
Características técnicas* Comprimento total ........... 16,66 metros (54,65 pés) Boca máxima ................. 4,65 metros (15,25 pés) Calado ........................... 1,23 metro (4,04 pés) Peso total seco .............. 21 toneladas Velocidade máxima......... 40 mph Velocidade de cruzeiro.... 34 mph Tanque de combustível ... 2200 litros Tanque de água ............. 500 litros Cabines ......................... 3 + 1 Leitos ............................. 6 + 1 Motorização ................... 2 x Volvo Penta D12 800 hp Projeto ........................... Intermarine *Características técnicas calculadas a serem confirmadas após testes de mar com a embarcação em fevereiro de 2010.
A plataforma de popa submergível, acionada por mecanismo hidráulico, será um equipamento padrão da
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umidade
Duelando contra a umidade Por: Jorge Nasseh
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ocê está vendo esta foto aí em cima? Olhe bem para ela novamente. Dá para notar que é a foto do laminado de um casco totalmente podre, não é? Entretanto o que você não consegue ver é que o barco de onde esta foto foi tirada tinha somente cinco anos, era guardado no seco e foi construído com sandwich de madeira de balsa a vácuo com resina epoxy, por um famoso construtor americano.
de umidade. A estrutura molecular de alguns produtos utilizados na construção de um barco possui grande quantidade de células que podem com o tempo absorver umidade, e aliada ao efeito da temperatura, comum nas regiões tropicais, estes laminados podem apresentar saturação e delaminação, que induz mais passagem de água e maior grau de saturação até a falha estrutural com o passar do tempo.
Embora o trabalho de construção de um barco em fiberglass seja extremamente fácil, investigar o nível de umidade e resistência residual de um laminado é uma das coisas mais difíceis. A crença geral é que os barcos construídos em material composto são totalmente a prova de água, o que não é verdade, e certos barcos com o passar do tempo podem apresentar problemas devido a passagem de pequena quantidade de água através do laminado, e este efeito associado a variação de temperatura pode ser fatal.
Por mais que pareça estranho, a maioria dos medidores de umidade que usamos na indústria náutica, para avaliação do teor de umidade nos laminados, foi desenvolvida para a medição de umidade em madeira ou papel. Antes de usar um destes medidores calibre o valor da leitura para um laminado conhecido e completamente seco, analise vários pontos e registre o valor de umidade em diferentes condições de temperatura, de modo a ter uma idéia qualitativa do nível de absorção de água no casco, e daí em diante reze para que seu barco esteja seco, pois caso contrário o custo do reparo não vai compensar o valor do barco.
Se você for comprar um barco usado, ou estiver avaliando a venda do seu, e pedir uma verificação de umidade vai acabar tendo uma surpresa. Na maioria das vezes a leitura dos medidores de umidade vai mostrar alta concentração de umidade e potenciais problemas de delaminação precoce. E a situação piora quando você descobre que o reparo da parte afetada pode ser uma boa fração do custo total do barco e que não existe uma solução simples sem uma cirurgia dramática de grandes proporções.
www.barracudatec.com.br
No caso especifico de madeiras utilizadas na construção, seja no casco como no interior, elas são altamente porosas, e mesmo revestidas e encapsuladas com resina e fibra de vidro podem reter grande quantidade
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tecnologia
São Paulo ganha o mais moderno laboratório naval da América Latina
Instituto de Pesquisas Tecnológicas e Petrobras inauguram novas instalações do maior tanque do Brasil para testes de embarcações. Por Mariana Passos
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om investimento de R$ 9,5 milhões, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) inaugurou no dia 6 de novembro, as novas instalações de seu laboratório de engenharia naval, ligado ao Centro de Engenharia Naval e Oceânica (CNAVAL) do Instituto. Nos últimos meses, o laboratório passou por uma completa reformulação física e tecnológica, que o coloca agora como o mais moderno da América Latina e em condições de atender às novas demandas de suporte tecnológico aos setores de transportes marítimos e de construção de plataformas de petróleo, que experimentam uma retomada histórica de atividades, depois de quase sucumbirem durante os anos 80 e 90. O projeto foi fomentado no âmbito de um convênio entre a Transpetro e o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). Como dona da maior frota de navios do continente, a Transpetro será um dos principais demandadores do laboratório. Dos recursos aplicados, 90% são provenientes da Petrobras e 10% da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia. A participação da Petrobras faz parte de um programa de R$ 32 milhões, voltados a oito projetos de capacitação tecnológica na área de naval, que incluem, além do IPT, a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ). Além da rede de engenharia naval, denominada Rede de Tecnologia de Navios, a Petrobras criou outras 49 redes temáticas, das quais o IPT participa atualmente de seis, para fortalecer a atuação das instituições de pesquisa e desenvolvimento no país, em áreas consideradas desafios tecnológicos para os próximos anos no setor de energia. Essas redes envolvem cerca de 80 instituições e atualmente respondem por um investimento anual de R$ 400 milhões, o
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que coloca a Petrobras entre as cinco empresas no mundo que mais investem em P & D. O projeto do novo laboratório foi concebido a partir de 2005 com base em três objetivos: criar um centro multiusuários, com 15 estações de trabalho para pesquisadores, projetistas e clientes do Instituto; incrementar a capacitação laboratorial do Centro, por meio de equipamentos modernos de medição para ensaios no tanque de provas, túnel de vento e túnel de cavitação (estudo de hélices); e reduzir o tempo de construção de modelos físicos para serem testados nesses laboratórios. Do investimento total, cerca de R$ 5,5 milhões foram empregados em equipamentos, como o braço robótico que passou a dar suporte ao desenvolvimento de modelos de embarcações. O restante dos recursos foi aplicado em obras civis, que consistiram na troca de cobertura do tanque de provas e na renovação e ampliação das áreas técnicas do Centro. “Estamos mais eficientes para atender às novas demandas da indústria”, afirma Carlos Daher Padovezi, diretor do CNAVAL. Segundo Padovezi, os ganhos de eficiência serão sentidos, sobretudo, na confecção de modelos com o auxílio da robótica. Mas, para isso foi preciso abandonar o antigo sistema de marcenaria, que consumia até 45 dias para executar um modelo de navio em escala. Agora os modelos são confeccionados em blocos de poliuretano ou em madeira, esculpidos pelo braço robótico. Depois as superfícies recebem tratamento com resina de fibra de vidro. O processo todo não chega a uma semana. Há também uma máquina de prototipagem rápida para o desenvolvimento de modelos de hélices e de lemes. Como se fosse uma impressora em três dimensões, esse equipamento trabalha em sintonia com modeladores virtuais em CAD 3D. O
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sistema alcança um nível de detalhamento, em tempo real, difícil de ser obtido em um processo convencional de usinagem. Outros refinamentos tecnológicos do Centro estão no novo gerador de ondas para o tanque de provas, que tem 280 metros de comprimento, 6,6 metros de largura e 4,5 metros de profundidade; novo sistema de instrumentação do carro dinamométrico do tanque; sistema de imagem de alta precisão de medições de movimentos; e modernos dinamômetros para medições de forças. “São recursos que vão dar mais precisão e rapidez aos ensaios”, afirma Padovezi. O tanque de provas do IPT existe desde 1956. Ele foi ampliado em 1980 e a remodelação atual é o terceiro marco importante de sua história.
Laboratório estratégico Veja a seguir opinião de autoridades e executivos sobre o novo centro de engenharia naval do IPT. Alberto Goldman, governador em exercício do Estado de São Paulo: “O IPT é fundamental para ajudar o desenvolvimento de São Paulo e do Brasil. Vamos fazer uma série de investimentos para que o IPT seja uma grande instituição de pesquisa, como sempre foi e deve ser no futuro”.
do comércio internacional do país depende de navios. A indústria naval foi retomada há seis anos, tem atualmente o patamar de 15 mil empregos e deve alcançar até 2013 o total de 42 mil empregos. Esse laboratório surge em um momento estratégico para gerar conhecimento para a sustentabilidade econômica”. Carlos Tadeu Fraga, gerente executivo do Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes): “Os novos laboratórios vão fazer pesquisas para toda a indústria naval, além da Petrobras. Esse é uma atividade de relevância para que o país tenha cada vez mais competência. O IPT é uma instituição centenária, fonte de inspiração para a Petrobras, pois tem práticas que são orgulho nacional”. Allan Kardec Duailibe Filho, diretor da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP): “O Brasil investe R$ 700 milhões por ano em pesquisa e desenvolvimento e hoje tem 45% de energia limpa em sua matriz, o que é o mais alto nível do mundo. O IPT é um parceiro fundamental para que possamos fazer o nosso trabalho de fiscalizar os combustíveis”.
Geraldo Alckmin, secretário de Desenvolvimento do Estado de São Paulo: “O IPT é um exemplo de como se faz ciências exatas com paixão. O governo do Estado vai aplicar R$ 110 milhões no IPT até 2010. O novo laboratório é único na América Latina e um exemplo de cooperação entre os entes federados, pois muitos projetos e parcerias foram e serão ainda desenvolvidos”.
João Fernando Gomes de Oliveira, diretor presidente do IPT: “O IPT está capacitado para os desafios brasileiros na área de projetos e testes de embarcações. Este novo laboratório teve sua capacidade de testes quadruplicada. Com a descoberta das reservas do pré-sal cresceu a demanda de parceiros como a Petrobras, que precisará de embarcações de suporte às plataformas, por exemplo. Os projetos dessas novas embarcações assegurarão maior eficiência em propulsão, consumo de combustível e manobrabilidade. Por isso temos foco também na parceria com os estaleiros nacionais.”
Sergio Machado, presidente da Transpetro/Petrobras: “A atividade da indústria naval hoje é importante porque 95%
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ais uma vez o conceito genial de Stefano Righini e a originalidade de Carlo Galeazzi deram vida para este privilegiado e exclusivo iate. É a síntese de um layout sensível, elegante e de características únicas. A ousadia do design externo é perceptível através das longas janelas que acompanham a lateral esta luxuosa embarcação. O conforto das áreas externas - Os 116 m² de área de lazer dão uma nova dimensão para a convivência a bordo através do cockpit, flybridge e amplo deck de proa. Os espaços exteriores combinam perfeitamente dimensão, funcionalidade e conforto. A área do flybridge é quadrada e coberta por um hard-top, aberto eletronicamente, que completa o perfil externo. Possui um amplo solário com uma elegante hidromassagem spa para quatro ou cinco pessoas. Para oferecer mais conforto a este ambiente uma dinete a bombordo e um módulo bar completo com Grill, pia e geladeira oferecem uma atmosfera de confraternização. Na proa, um outro solário e área para coquetel criam um ambiente diferenciado e exclusivo com máximo conforto. Da plataforma de popa é possível acessar as duas cabines da tripulação, através de uma porta independente. Duas escadas externas levam ao cockpit, mobiliado com uma mesa e um sofá em formato de U. Os
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tecidos são escolhidos para combinar com o interior da embarcação para dar a sensação de continuidade entre os ambientes. A porta que separa o cokpit e o salão é configurada em três painéis para proporcionar maior abertura e maior integração entre estes ambientes. Amplitude funcionalidade e requinte do interior - Um amplo corredor com piso em madeira leva ao posto de comando e ao acesso para os camarotes. No salão principal, encontram-se uma ampla sala de estar e uma sala de jantar, separadas e exclusivas. A cozinha totalmente equipada é separada dos outros ambientes por divisórias. Possui também uma saída lateral para o passadiço para acesso da tripulação. Estes ambientes são extremamente luminosos , graças as amplas janelas laterais de aproximadamente 3 metros de extensão. A sala de jantar, projetada para oito pessoas e a elegante mesa em cerejeira complemetam este ambiente de requinte. A Azimut 82 possui quatro camarotes e cinco banheiros, sendo que dois deles são da suíte máster, localizada a meia nau, e com aproveitamento de espaço de toda a boca da embarcação. São 15 metros quadrados de muita luminosidade, conforto e sofisticação. Os
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dois banheiros da suíte máster , projetados para ele e para ela, são mobiliados com uma hidromassagem spa e o outro em madeira com chuveiro. A frente na proa , encontram-se as duas cabines de convidados com duas camas de solteiro, sendo que cada uma possui banheiro privativo Motores e performance - A estrutura do casco foi concebida em colaboração com o Sydac de Gônova – engenheiro Pierluigi Ausonio, e construído de acordo com a reconhecida classificação RINA. Dois motores CAT C32 1650 HP levam a AZimut 82 a uma velocidade de cruzeiro de aproximadamente 27 nos e uma velocidade máxima de 30 nós, em uma média de 400 milhas (cerca de 640 Km) de autonomia.
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Ficha técnica Comprimento total: l 25.69 mt. 84’3” Comprimento do casco: 23.95 mt. 78’7” Comprimento linha d’água: 20.88 mt. 68’6” Boca máxima: 6.45 mt. 21’2” Calado máximo: 1.73 mt. 5’8’’ Deslocamento máximo: 75 t Capacidade do tanque de combustível: 7,000 lt. 1,848 gals Capacidade do tanque água doce: 1,350 lt. 356 gals Cabines: 4 +1(tripulação) Pessoas pernoite: 8 +4 (tripulação) Motores: 2 x Caterpillar C32 V12, 1.675 Hp cada/ diesel Velocidade de Cruzeiro: 27 nós Velocidade máxima: 30 nós
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catamarã
A evolução
dos multicascos capítulo 4 - Por Eugênio Penteado
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m um filme preto e branco não se encontram apenas essas duas cores e sim uma infinidade de tons de cinza que compõem a imagem. O mesmo acontece na concepção de embarcações onde existem infinitas opções entre o casco deslocante de um petroleiro e um super planante utilizado na motonáutica, por exemplo. Qualquer das situações traz consigo sempre vantagens e desvantagens e evidentemente não existe o projeto único ideal senão todos os fabricantes o estariam utilizando. Eles têm que se situar em algum ponto entre esses extremos para garantir a maior eficiência para o objetivo definido, seja ele conforto, velocidade, segurança, capacidade de carga, etc. Nosso enfoque aqui são as lanchas de recreio que em sua maioria tendem mais para o lado planante.
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No monocasco, a especificação que mais determina sua utilização é o “v” do casco, que quando profundo tem menos capacidade de planar, mas encara melhor as ondas e são largamente utilizados em lanchas de pesca. Já lanchas para águas abrigadas têm casco mais “chato” que se eleva com velocidade reduzindo a área de contato com a água e consequentemente o arrasto, proporcionando assim maior velocidade. Sua desvantagem é que quando encontra a massa de uma ondulação ela quica e transmite todo esse impacto para seus ocupantes, trazendo descoforto e até perda de controle, ou pior. No caso dos catamarãs ocorre o mesmo efeito. Grandes barcos têm seus cascos praticamente deslocantes, já as lanchas menores se enquadram em algum patamar de planeio, umas mais e outras menos, com as mesmas vantagens e desvantagens do monocas-
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co e a mesma necessidade de definição de uso para elaborar seu projeto. Entretanto catamarãs tem uma particulariedade muito interessante. Os projetos mais revolucionários e recentes dessa indústria apresentaram uma forma de fugir do compromisso conforto X velocidade adicionando mais um componente de planeio ao casco. Assim como nos monocasco, cascos com fundo mais plano e com spray-rails geram sustentação e elevam o barco diminuindo sua área de contato com a água, mas percebeu-se que quando se soma a água lançada pelas laterais internas dos cascos com o ar capturado pela proa e misturando-os no túnel, uma pressão positiva gerando maior sustentação ainda. Esse efeito cria uma solução interessante: A sustentação extra poderia permitir maiores velocidades em
cascos com perfil mais deslocante, mas o maior ganho está nos com características planantes que vão navegar mais alto do que sem esse efeito e então a pressão exercida pelos cascos na água será menor e consequentemente ele é mais macio. Sob qualquer prisma você obtem maior velocidade com maior conforto. Claro que novos compromisso foram criados e novas variáveis foram adicionadas complicando em muito o projeto, que só traz um resultado ótimo se for muito bem dimensionado em termos de formato do túnel, capacidade de captação de ar, perfil das bananas, elementos físicos de planeio, destribuição de peso, entre outros. Procure um catamarã que apresenta uma velocidade cruzeiro muito superior aos demais e você terá achado um projetista que acertou nesse dimensionamento. Muito provavelmente será também o mais rápido e tão macio quanto os demais.
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guia do verão
Tudo que você precisa saber para curtir o verão
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ais um verão se aproxima e com ele o desejo de ir ao mar. Hora de colocar o barco na água e junto com a família e amigos desfrutar o que há de mais belo na natureza, o mar.
Equipamentos de segurança, manutenção preventiva, técnicas de navegação e prestadores de serviços serão colocados a prova em diversas situações, durante a estação mais bela do ano. Todos que se aventuram no mar já passaram ou ainda passarão por situações que desafiarão tanto comandantes quanto a sua embarcação, e não há quem escape. Quanto mais experiente maior o nível de resolução, confiança e interpretação dos
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desafios que sempre nos surpreende, mas o fato é sempre haverá uma primeira vez, seja ela o mais simples fato de ancorar (que nem sempre acertamos rapidamente) á problemas técnicos que nos criam momentos de frustração. Visando segurança, conhecimento e até mesmo revisão, preparamos um completo guia de dicas e pontos de atenção que devem ser atenciosamente lidos e levados ao dia-a-dia. Tópicos simples e bem abrangentes visam o esclarecimento e troca de conhecimento para que seu momento de lazer e desfrute seja composto somente de um desafio, aproveitar ao máximo o tão aguardado verão.
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Navegação • Estude a bem a rota que será navegada, consultando cartas e pessoas que já efetuaram a mesma jornada. • Sempre verifique a tabua das marés para evitar surpresas. • Quando se aproximar de uma área com embarcações paradas, sempre reduza a velocidade. • Quando houver tripulantes de primeira viagem, opte sempre por passeios curtos, pois caso alguém não se sinta bem haverá tempo suficiente para o retorno em segurança.
escuro, maior a capacidade de visão do comandante. Para os instrumentos de navegação opte por um painel com luzes vermelhas, pois agridem menos a visão. • Se sua embarcação tiver flaps, usem-os em abundancia, eles tem como objetivo equilibrar o barco, sempre o mantendo equilibrado. Também podem ser utilizados em caso de quebra do leme para pequenas manobras. • Lembre-se sempre de distribuir igualmente o peso a bordo, afim de não sobre carregar mais uma extremidade do que a outra.
• Sempre que for sair ou entrar em mar aberto, por um canal, rio ou barra, programe-se para sair em no mínimo uma hora antes da maré cheia. Suas chances de encalhar serão pouco prováveis.
• Em caso de pane no motor o primeiro procedimento é ancorar, sempre de frente para as ondas para evitar que entre água pela popa. Evite sempre ficar à deriva.
• Navegando em canais ou rios estreitos mantenha-se sempre a boreste (á esquerda). Compare locais como esse a ruas e avenidas.
Quando já estiver escuro...
• Ao avistar grandes navios afaste-se o máximo possível, pois em muitos casos eles não o avistarão e mesmo que o façam sua velocidade de manobra é extremamente lenta, ou seja, grande risco de acidentes.
...Use uma velocidade 50% menor ou, no caso de lanchas, a mínima para manter o planeio.
• Embarcações menores como lanchas, jets e botes tem por obrigação sempre desviar de todas as demais embarcações, pois seu tempo de resposta é consideravelmente maior. • Caso esteja velejando a prioridade sempre será da embarcação com as velas à esquerda. • Caso ambos estejam com velas à esquerda prevalece à prioridade para quem estiver a sotavento. • Barcos a remo são prioridade em qualquer circunstancia. Procure sempre desacelerar quando estiver próximo a este tipo de embarcação.
...Verifique se todas as luzes de navegação funcionam. Se uma delas não acender, não parta.
...Navegue fora da cabine, especialmente se ela tiver vidros escuros, porque a visibilidade fica menor. ...Apague as luzes do posto de comando (mas não as de navegação!), porque a claridade atrapalha a pilotagem. ...Use os equipamentos eletrônicos mais do que nunca, especialmente o GPS, cuja rota deve ser traçada antes. ...Prefira os canais mais largos, mesmo que isso aumente a distância. Atalhos sempre embutem maiores riscos. ...Peça silêncio a bordo, para poder ouvir eventuais buzinas de outros barcos em rotas de colisão. ...Siga os reflexos da lua na água, de forma a poder enxergar a tempo eventuais obstáculos à frente.
• Quando o mar estiver mais “grosso” procure navegar sempre a 45° em relação as ondas e vento.
...Faça como os velhos marinheiros e use os bons e velhos faróis para se guiar no meio da escuridão.
• Se por ventura seu roteiro contemple em alguma parte a navegação a noite, procure reduzir em 50% sua velocidade, visando maior segurança.
...Fique atento a sinais de espuma na água, porque elas podem significar arrebentações adiante. ...Não pilote como está acostumado a fazer durante o dia, e sim com o triplo de atenção.
• Procure apagar todas as luzes a bordo, deixando apenas as luzes de navegação, pois quanto mais
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giro de 360° sem tocar em nada, pois caso os ventos mudem e se intensifiquem você estará seguro de colisões. • Mantenha o barco de frente para o vento e correnteza na hora de jogar a ancora e lembre-se de sempre jogá-la a partir da proa. • Quanto ao comprimento da amarra, calcule por sete a profundidade do local e o resultado será o quanto de cabo deverá ser lançado para melhor qualidade na ancoragem. • Caso o tempo não esteja bom a regra deve ser multiplicada por dois.
Ancoragem e atracação • Melhores solos para ancoragem são areia, cascalho ou lama firme. Já fundo de pedra são uma boa opção, porém na maioria dos casos é necessário mergulhar para soltar a ancora depois.
• Amarras de náilon requerem sempre no mínimo três metros de corrente, pois o náilon pode ser danificado pelas pedras no fundo. • Quando for pernoitar, sempre mantenha a luz de top acesa, assim outras embarcações não terão dificuldades em vê-lo. • As caixas de contenção de esgoto é um equipamento que vem sendo aos poucos instalados nas embarcações, portando evite nadar ao redor de barcos maiores e mais antigos.
• Alguns velhos truques como colocar uma amarra com uma das extremidades numa bóia e a outra na cruz do ferro, antes de jogar a ancora na água, também lhe ajudarão caso sua ancora fique presa ao fundo.
• Caso seu barco esteja na água a mais de dois meses, mergulhe e inspecione o leme, hélice e costado a fim de verificar o acúmulo de cracas, que com certeza prejudicarão o desempenho na hora de navegar.
• Atenção! Carta náutica e sonda são instrumentos indispensáveis na hora de fundear, aliados a tábua das marés.
• Quando for atracar não economizem em defensas, pois elas garantirão a integridade do seu costado. No mínimo utilize seis, ou seja, três de cada lado. Lembre-se de recolhe-lhas na hora de navegar.
• Com a variação da maré, naturalmente se intensificará a correnteza no local, sempre fique atento a este ponto também. • Como o velho ditado já diz, “nada se cria tudo se copia”, caso não conheça o local, imite as embarcações ao seu redor, mesmo que sua privacidade seja prejudicada. • O local a ser escolhido, deve possibilitar que a embarcação consiga efetuar um
Como atracar num píer
Âncoras • Ao escolher sua âncora, por mais óbvio que seja, opte por aquela que terá capacidade de segurar o seu barco em qualquer condição de mar e vento. Em nosso país use como base ventos de até 45 nós. A maioria dos fabricantes disponibiliza tabelas para ajudar na sua compra. • Como um dos modelos mais eficientes, a âncora do modelo Danforth é a que apresenta a melhor relação peso x resistência. • Para recolher sua âncora, procure posicionar sua embarcação bem em cima da mesma e puxe somente com as mãos. Caso seja apresentada grande resistência, amarre-a no cunho e de ré, isso deve fazê-la soltar com mais facilidade. • Como já citado anteriormente amarras de corrente definitivamente são as mais resistentes, já que sofrem pouco desgaste em contato com as pedras no fundo. • Caso não seja esse o seu caso, uma opção interessante é revestir a ponta do cabo próxima da âncora com um pedaço de mangueira.
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• Procure marcar seu cabo ou corrente a cada dez metros para facilitar na conta que deverá ser feita, sobre quanto cabo deverá ser lançado. • Como segurança nunca é demais, tenha uma segunda âncora a bordo. • Utilize manilhas em formato de ferradura, pois darão mais mobilidade ao conjunto. • Embarcações com guincho próprio para âncora, necessitarão de um paiol de proa com no mínimo 75 centímetros de profundidade para evitar que a amarra embole. • Lembrando que os guinchos são acessórios que lhe ajudarão a liberar e puxar sua amarra, porém como medida de segurança tenha uma trava no convés, para resistir possíveis trancos na corrente.
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Segurança • Segurança a vida em primeiro lugar. Nunca deixe uma pessoa desabilitada conduzir sua embarcação.
• Respeite o limite de peso da embarcação, ou seja, se for carregar muito peso para uma longa viagem, limite o numero de pessoas a bordo.
• Respeite a regra de nunca se aproximar mais que 200 metros da praia, a não ser que alguém irá embarcar ou desembarcar. Sempre se aproxime com cuidado, atento a possíveis banhistas por perto.
• Tenha ciência dos limites de sua embarcação e em quais condições ela pode navegar.
• Quando houver pessoas por perto, procure desligar o motor, o hélice pode ferir alguém.
• Respeite as forças da natureza, dia de tempestade e mar grosso, são ótimos dias para curtir um local abrigado.
• Caso algum descuidado caia na água peça para alguém manter os olhos sempre na pessoa, para que a mesma não seja perdida de vista, caso esteja sozinho, procure desacelerar e comece a manobra para o resgate.
• Álcool e mar não combinam, assim como com os carros e motos, barcos são meios de transporte e necessitam a máxima atenção e sanidade para serem conduzidos.
• Ao transportar sua embarcação em uma carreta procure verificar sempre seu estado de conservação e condições dos pneus. E sempre dirija com cautela redobrada. • A manutenção da carreta é de certa forma simples, como principal item de desgaste e menos aparente são os rolamentos, procure trocá-los uma vez por ano. • Brinquedos aquáticos estão diretamente associados à utilização do colete salva-vidas, sem este equipamento a brincadeira não deve começar. • Falando em salva-vidas, a bordo deve conter sempre um para cada pessoa, sem exceção. Além de estarem sempre em local de rápido e fácil acesso. • Crianças a bordo devem estar 100% do tempo com o salva-vidas vestido. Verifique também a possibilidade de serem instalados outros métodos de segurança, lembre sempre que as crianças são imprevisíveis, por isso atenção nunca é demais. • Um passeio seguro deve sempre começar com um check-list de itens de segurança. Como base devemos sempre checar os itens listados pela marinha como: manual do proprietário; luzes de navegação; bóia e colete salva-vidas; caixa de primeiro socorros; bússola; âncora com no mínimo, 20 metros de cabo ou corrente; bomba de porão; lanterna; extintor de incêndio; apito; e quadros do Regulamento Internacional Para Evitar Abalroamentos no Mar – RIPEAM (que trazem as regras de governo e navegação, balizamento e tabela de sinais de salvamento); e cartas náuticas da região onde o barco estiver navegando. • Estude bem a carta náutica antes de iniciar sua viagem. Atenção a lajes, parceis, nem sempre expostos. • Nunca se esquecer de verificar se o bujão do fundo do casco está fechado quando sair e só abri-lo quando voltar. • Ao navegar lembre-se de fechar todas as gaiutas e vigias, nunca se sabe quando uma onda maior virá.
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• Sempre que for possível avise sua marina ou clube náutico sobre a sua rota, com horário previsto para saída e retorno. • Sempre leve consigo uma segunda forma de comunicação, caso seu radio apresente problema, um celular, como exemplo, poderá tirá-lo de um grande apuro. • O comandante da embarcação é responsável por todos a bordo, portanto seja claro nas suas ordens e decisões, peça ajuda sempre que necessário. • Itens de segurança nos porões nunca são demais, motores de centro que utilizem gasolina, devem ter em seu compartimento alarmes que indicarão vapores de combustível, bem como exaustores, para dissipá-los. O exaustor deve ser ligado sempre antes que o motor seja ligado, assim incêndios serão evitados. • Ao falar em incêndios TUDO o que puder causá-los deve ser evitados. Atenção ao cozinhar e churrascos a bordo. • Atenção redobrada com tudo que envolva elétrica em seu barco, faça uma inspeção periódica nos painéis e conexões. • Se sua marina apenas contemple vagas na água, procure deixar o registro do vaso sanitário fechado e sempre verifique o acionamento automático das bombas de porão. • Caso sua bomba de porão venha apresentar defeito ou pane, troque a válvula que capta água de fora do barco por uma em forma de Y. • Cuidado ao prestar ajuda a embarcações com problemas, caso seja necessário rebocar, pense antes na integridade e capacidade de sua embarcação, esforços desnecessários podem resultar em ambos os barcos a perigo.
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Marinheiros • Todo dono de barco que queira ou necessite de alguém para pilotar e/ou efetuar a manutenção de seu barco deverá contratar um marinheiro. • Muitas pessoas ainda não sabem, mas todo marinheiro deve ser registrado em carteira, com todos os direitos legais.
• Caso seu marinheiro o acompanhe em seus passeios, de forma alguma deixe que ele consuma bebidas alcoólicas. • Instrua seu marinheiro em como lidar com seus convidados e como ser prestativo, porém lembre-se ele não foi contratado para ser barman, cozinheiro e etc. • Procure envolve-lo em todos os assuntos técnicos de seu barco, inclusive nas revisões dos motores. • Muitos proprietários de barco optam em investir e qualificar o seu profissional, esta decisão é valida, porém tenha cuidado para não ser pego de surpresa um dia.
• A função básica de um marinheiro é cuidar do seu barco, portanto ele deve estar atento a todos os itens que dizem respeito ao barco. Elabore um check list junto ao seu marinheiro e peça que ele o comunique caso seja encontrado algum problema, por menor que ele seja.
• Alguns cursos interessantes para seu marinheiro: Primeiro socorros, mecânica, salvamento & resgate e cursos oferecidos pela própria marinha.
• Caso seu marinheiro seja responsável pela correção dos problemas encontrados, exija prestação de contas e notas fiscais de peças e materiais de limpeza que por ventura sejam adquiridos.
• Tenha o marinheiro como alguém que zelará pelo seu patrimônio, portanto procure sempre um profissional experiente e capacitado.
Motor • Motores apresentam problemas, na maioria das vezes, por falta de uso, portanto é aconselhado ligar o motor ao menos uma vez a cada 10 dias, no mínimo. • Sempre faça revisões periódicas recomendadas pelo fabricante, caso não tenha o histórico dos motores faça por conta própria e com um profissional credenciado. Procure faze-las entre a cada 50 e 200 horas ou caso você utilize pouco o barco, faça a cada seis meses. • Itens básicos a serem verificados em uma revisão simples: velas, filtros, correias, óleo, spray lubrificante e graxa das articulações. • Verifique com freqüência o nível de combustível no tanque, muitas vezes achamos que o motor esta com defeito, sendo que na verdade o que falta apenas é combustível. • Hoje em dia existem diversos produtos e soluções para preservar os motores e tanques. Aditivos, descontaminadores magnéticos e diversas outras opções, melhoram o desempenho e acima de tudo conservam seu equipamento. • Uma dúvida antiga e bem peculiar sempre foi guardar o barco de tanque cheio ou vazio? Pois bem a forma ideal, se possível, é de sempre guardar sua embarcação com o tanque cheio e pelo tempo limite de até 25 dias, pois desta forma consegue-se evitar a oxidação e a condensação da água no tanque, o que mais tarde será prejudicial ao sistema de alimentação do motor. • Porém se o barco ficar fora de uso por muito tempo, como em uma longa reforma, o ideal é esvaziar completamente os tanques. • Quanto ao transporte e estocagem de combustível fora dos tanques, a melhor forma é sempre utilizar recipientes apropriados e sempre com o máximo da capacidade preenchida, para evitar que o combustível entre em contato com o ar, a fim de evitar problemas de umidade. • O motor ao mesmo tempo em que é um conjunto de mecanismos complexos, também nos ajuda demonstrando sinais de desgaste e quando algo não vai bem, como exemplo podemos citar um caso bem comum, quando reparamos que o óleo do motor esta esbranquiçado é sinal de que estamos com água em contato com o mesmo. • As velas, assim como o combustível, são uma das principais causas de problemas nos motores de popa. Como solução paliativa, tenha sempre em mãos um jogo de vela sobressalente. • Nos motores de popa, um tipo de situação corriqueira é o rompimento da corda de partida, neste caso remova uma das velas e injete alguns ml’s de gasolina ou de algum spray lubrificante diretamente dentro do cilindro e gire o volante do motor com as próprias mãos. • Outro problema recorrente quando falamos de motor é o aquecimento. Uma forma de identificarmos o aquecimento sem o auxilio de instrumentos é verificar há existência de bolhas na tampa do motor. Caso isso esteja acontecendo, consulte um mecânico.
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• Visando maior durabilidade dos motores de popa, adote o habito de “adoçá-lo”, após seus passeios. Com uma mangueira conectada diretamente na entrada de água do motor, o sistema de refrigeração será limpo e problemas relacionados a corrosão serão evitados. • Ao guardar seu motor de popa, sempre deixe-o na posição vertical visando drenar toda a água que está reservada no sistema de refrigeração. • Nos motores de centro-rabeta tenha como habito sempre verificar a integridade dos filtros, caso o seu não tenha, mande instalá-los, com o objetivo de impedir a entrada de impurezas e de água no sistema de alimentação. • Motores a diesel têm como característica sua durabilidade, para fazer jus a fama quando der a partida, mantenha-os na rotação mínima por dois minutos, evitando assim problemas nos turbo compressores. • Continuando com ações preventivas, seus motores a diesel terão maior vida útil se bicos, turbinas e câmaras de combustão estiverem limpos. Um procedimento simples e que ajudará bastante para que isso ocorra é, ao final do passeio, coloque o motor em rotação máxima por no mínimo 4 minutos e antes de desligá-lo deixe os em marcha lenta por mais 4 minutos. • Outro item pouco citado em matérias técnicas e desprezado nas revisões é o anodo de sacrifício, item que tem por função básica atrair todos os efeitos corrosivos que atacariam diretamente o motor e que deve ser substituído sempre que 50% dele estiverem comprometidos. • Procure checar com freqüência maior o estado do hélice, se há algo enroscado, procure por cracas e até mesmo se ele não está torto ou trincado. Isso refletirá diretamente no desempenho ou até danificar o retentor e a bucha do eixo.
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Marinas • Primeiramente é necessário saber que existem marinas e garagens náuticas, esta ultima limita-se a um espaço coberto onde seu barco pode ficar abrigado, em muitos casos são uma opção barata e que atendam suas necessidades, porém com serviços limitados. • Ao decidir a empresa (sim, marinas são empresas) que irá abrigar e zelar pelo seu patrimônio opte por um local de fácil acesso, nem sempre aquela praia deserta e quase inacessível é o local mais indicado para manutenção, acesso a peças e equipamentos. • Consulte se a marina ou garagem náutica possui seguro que cubra o processo de colocação e retirada do barco de dentro da água. • A diferença básica é que marinas dispõem de vagas molhadas, infra-estrutura completa para colocar e retirar seu barco da água e opções de lazer para a família. Muitos prestadores de serviços se instalam nas marinas por necessidade e boa demanda de serviços. • Caso o foco seja realmente um ambiente mais agradável para a família, os iates clubes, oferecem ótimas instalações e completa infra-estrutura, porém será necessário adquirir um título de sócio, o que torna esta opção um pouco mais cara.
• Quando falamos em preços, ainda não existe um valor padrão ou associação que regulamente o valor cobrado pelas marinas, podendo ser observado uma grande diferença de preço entre estas empresas. Único ponto de consenso é que os preços são baseados por pé, que variam entre R$25 e R$40, mas não se impressione caso você depare-se com um valor acima destes citados. • Caso você seja um adepto de mergulho ou pesca, opte por locais onde se tenha liberdade com horários, seja para sair mais cedo ou voltar mais tarde. • As marinas vêm diversificando seu modo de atuação e oferecem alguns serviços extras já inclusos nas mensalidades como lavagem do casco e funcionamento do motor uma vez por semana ou 15 dias, o que tem se mostrado bem interessante para barcos menores, já que este diferencial descarta a necessidade de um marinheiro. • Um item importante é o fornecimento de combustível, verifique se a marina possuiu posto flutuante ou algum tipo de abastecimento por terra, caso contrário você terá que navegar até outro local para iniciar o seu passeio.
Condições climáticas • Jamais coloque sua vida em risco, muito menos a de sua família e amigos, portanto sempre consulte a previsão do tempo antes de sair para navegar. Respeite os limites do seu barco. • Procure fazer sua pesquisa com dois dias de antecedência, pois desta forma você conseguirá monitorar bem qualquer tipo de frente que esteja em deslocamento. • Hoje em dia existem vários sites que lhe facilitaram sua consulta como: www.cptec.inpe.br , www.buoyweather. com , www.windguru.cz ou ainda www.surfguru.com.br , www.climatempo.com.br. Sendo um mais especifico que outro, portanto faça uma analise geral sobre vento, altura das ondas, marés e etc. • Caso você seja surpreendido por uma tempestade o local mais seguro a ficar é longe da margem, para evitar qualquer tipo de colisão. • Em momento algum desligue os motores em alto mar durante uma tempestade, mantenha-os ligado e engatado. Com isso você nunca perderá o controle de sua embarcação.
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• De modo geral os ventos mais intensos são notados na parte da tarde, portanto se você não for proprietário de um veleiro procure realizar seus passeios na parte da manhã. • Tempestades de verão são bem intensas, porém não duram mais que 30 minutos, caso seja atingido por uma, coloque a embarcação em um local seguro e aguarde. • Instrumentos que aparentemente são mais antiquados como barômetros também são de extrema importância e nos trazem dados como a pressão atmosférica que junto com a temperatura nós sinalizará caso uma frente fria e ventos fortes esta á caminho. • O mar também nos mostra que está mudando, caso você note o mar agitado e tempo limpo, é grande a chance de uma frente estar a caminho. • Com tempo ruim evite locais de difícil navegação e pontos traiçoeiros, como canais e barras famosas em nosso litoral.
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Indispensável ter a bordo e nunca esquecer
• Refletor de radar, assim como você deseja ver, queira mais do que nunca ser visto, portanto o refletor é item indispensável.
• Toda documentação da embarcação. Esteja preparado para eventual fiscalização por porte da Marinha, que se intensifica seus trabalhos no verão.
• Procure ter a bordo cabos extras, pois são úteis em diversas situações, como por exemplo, um eventual reboque, caso seja necessário.
• Toda documentação da embarcação. Esteja preparado para eventual fiscalização por porte da Marinha,
• Por mais estranho que pareça, tenha sempre a mão algum recipiente que possa lhe auxiliar na retirada de água do porão. Pense que as bombas de porão podem lhe deixar na mão.
que se intensifica seus trabalhos no verão.
• Assim como a documentação é importante para a embarcação não esqueça também de levar consigo seus documentos como, carteira de habilitação e documento pessoal com foto. Caso seja pescador não se esqueça de levar também sua licença de pesca amadora emitida pelo IBAMA. • Nunca se esqueça de verificar o nível de combustível nos tanques. Segundo recomendação da própria Marinha, calcule 1/3 de combustível para ir, 1/3 para voltar e 1/3 de reserva. • Procure sempre manter o nível de água nos tanques em nível, especialmente se sua embarcação possuir banheiro.
• Verifique sempre a carga das baterias, pois se elas não funcionarem todos os demais instrumentos não funcionarão. Providencie uma bateria reserva.
• Procure sempre ter a bordo a carta náutica da região que você irá navegar. Nunca confie 100% em seu GPS, pois como todos os aparelhos eletrônicos ele também esta suscetível a defeitos. • Como principais itens tecnológicos, tenha a bordo um GPS e uma sonda para que você tenha sempre a profundidade do local onde você está. Porém não descarte uma bússola pelo mesmo motivo citado no item anterior. • No mesmo tópico tecnologia, Rádio VHF é obrigatório para embarcações de mar aberto, porém devido seu custo acessível procure ter um mesmo que esse não seja o seu caso. • O radar pode ser considerado os seus olhos à noite, portanto planeje-se para adquirir um assim que possível.
• Como acidentes acontecem, tenha sempre a bordo um estojo de primeiros socorros , bem como alguns itens extras como, vaselina, anti-séptico, remédio contra enjôo, analgésicos, antialérgicos e demais medicamentos que possam ser adquiridos sem necessidade de receita médica. Tenha sempre cuidado com a automedicação. • Leve a bordo uma caixa térmica com gelo e bastante água potável para consumo, a desidratação é mais comum do que se imagina. • O protetor solar não deve ser desprezado nunca. Existem diversos registros de queimaduras graves a bordo, portando previna-se. • Tenha sempre uma lanterna de boa qualidade, pois ela pode ser bem útil em reparos no porão ou em situações à noite. • Como item básico não obrigatório, mas que se mostra realmente necessário na pratica é uma completa caixa de ferramentas, com materiais de boa qualidade. Ela será definitivamente um dos utensílios mais utilizados a bordo. • Outro item realmente importante e que desperta surpresa nas pessoas é a mascara de mergulho, sempre que precisar mergulhar para soltar uma âncora ou verificar o costado, a máscara será extremamente importante. • Caso não aja necessidade de pernoitar a bordo, leve pouca bagagem. Resuma somente a uma troca de roupa extra, toalha, boné e protetor solar. Um casaco será bem vindo caso o passeio tenha como planejado o retorno a noite ou final do dia, de preferência que seja impermeável, pois ajudará bastante caso chova.
Bom passeio e um ótimo verão!
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Fazendo do velejar uma brincadeira
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“Adoro sair para navegar.” João Francisco
lhos e ouvidos atentos nas palavras do instrutor. A feição de cada um concentrada no trabalho de amarrar as velas. E o sorriso estampado na boca de seis crianças, quando o barco é colocado na água e saem para velejar. Assim é mais uma aula de vela da Escola da Marinas Nacionais, que tem como instrutor, o experiente velejador Thomas Buckup. “O curso está se desenrolando muito bem, ainda que a idade média seja de apenas oito anos”, conta. “Por ser uma turma enxuta, fica mais fácil dar atenção e orientá-los. E eles próprios se ajudam, um ensinando ao outro.” O Canal de Bertioga é pródigo para ensinar a vela. A correnteza, as ondas, os ventos, ora fracos, ora fortes, o tornam a melhor sala de aula para o curso. “Os alunos conseguem experimentar uma grande variedade de condições. As aulas teóricas são importantes, mas a ansiedade deles é tão grande que não posso passar de 20 minutos.”
“Rapidinho aprendi a fazer os nós utilizados.” João
“Eu quero velejar logo e apostar corrida. Até já ganhei corrida.” Alexandre
“Pensei que precisássemos fazer simulações em terra, mas eles se saíram muito bem na água”, comenta. “Já fizemos aulas de manobras, contornando bóias, exploramos o canal e o rio. Acima de tudo, estamos atingindo o nosso objetivo de ensinar a criança a dominar o barco à vela, de uma forma lúdica e divertida.”
“Eu morei três anos em um barco e foi fácil aprender a manobrar as velas.” Nicollas
A estrutura fornecida é um diferencial e inclui barcos Optimist, Day Sailer e Dingue, além do acompanhamento e suporte de um bote de borracha. “Nossa meta é estabelecer condições para o desenvolvimento da vela em nossa região”, explica Alejandro Rodriguez, administrador da Marinas Nacionais. Uma nova turma da Escola de Vela da Marinas Nacionais será formada em meados de fevereiro. Para obter mais informações, entre em contato com Saulo, do Atendimento ao Cliente da Marinas Nacionais, pelo telefone (13) 3305-1421 ou pelo email atendimento@marinasnacionais.com.br.
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“Pra mim é tudo novo. Aprendi a montar o barco, a subir a vela e adorei velejar.” Leonardo
“Quando estou no Optimist gosto de cuidar da vela mestra.” Tomas
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Vem chegando
o verão Por Eng. Luis Felipe B. Mello
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s últimos feriados prolongados antes das festas de fim de ano já passaram, o sol já deu as caras no nosso País, e isso só fez aumentar a vontade de sair com o barco. Será que a manutenção está em dia? O que eu preciso verificar? É claro que os usuários que seguem à risca o plano de manutenção do fabricante dos motores, qualquer que seja a marca, podem ficar muito mais tranqüilos, mas aqueles que são mais descuidados neste aspecto ao longo do ano também podem minimizar a possibilidade de uma parada inesperada na oficina se alguns itens forem verificados:
1. Rotor de bomba d´água
Os motores de centro e de centro-rabeta em sua grande maioria trabalham com uma bomba de sucção equipada com um rotor de borracha. Remova o rotor e inspecione o estado das palhetas; nenhum pedaço pode estar faltando, e a borracha não pode estar ressecada nem quebradiça. Na dúvida, troque-o. E sendo uma peça de borracha, é aconselhável ter uma de reserva a bordo. Os manuais de proprietário ensinam a fazer esta substituição, tal e qual o estepe de um carro. Danos repentinos podem ocorrer se houver aspiração de areia (por navegar em águas muito rasas) ou se um pedaço de plástico (deixado no mar por uma pessoa sem consideração com o meio ambiente) obstruir a entrada de água.
2. Anodos de sacrifício As transmissões de centro-rabeta são normalmente equipadas com anodos de sacrifício, feitos de um material de potencial elétrico maior que o de suas carcaças (estas geralmente de liga de alumínio), para justamente serem corroídos antes delas. Inspecione o estado dos anodos e se já estiverem corroídos para a metade do seu tamanho, substitua-os. Atente para o material do anodo em função do local de operação (normalmente anodo de zinco para água salgada e anodo de magnésio para água doce)
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Vários motores também têm anodos de sacrifício (geralmente de zinco) em carcaças de trocadores de calor e aftercoolers; os mesmos procedimentos de verificação do item anterior aqui também se aplicam. BOATSHOPPING
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3. Filtros de combustível Toda atenção a este item, especialmente ao elemento do pré-filtro separador de água (presente em todos os motores diesel); os modernos motores eletrônicos trabalham com tolerâncias de fabricação muito pequenas em seus componentes de injeção e impurezas e água podem danificar irremediavelmente as bombas e bicos injetores. Substitua o elemento filtrante e atenção para a micragem (grandeza que indica o tamanho das partículas que podem passar) indicada pelo fabricante.
4. Vazamentos Funcione o motor e fique atento para vazamentos de água, óleo ou combustível; substitua juntas e outros componentes para sanar os eventuais problemas.
5. Óleo do motor (motores quatro tempos, gasolina ou Diesel) Talvez o mais básico, mas deixamos para o final justamente porque muitos não dão o devido cuidado a este item. O óleo do motor nestes motores sempre se contamina (em maior ou menor grau) com uma parcela de combustível não queimado. Basta puxar a vareta de nível e verificar o odor característico de combustível. No caso do óleo diesel, especificamente, se o teor de enxofre estiver muito elevado (comum no Brasil, infeliz-
mente), depois de alguns meses os aditivos antioxidantes presentes no lubrificante se esgotam e a proteção deixa de ser efetiva. Daí a recomendação de trocar o lubrificante num intervalo de tempo definido (em muitos casos 6 meses) mesmo que as horas de funcionamento não tenham atingido o ponto da próxima manutenção. Como em muitos casos o barco ficou inativo por vários meses, substitua o óleo e o elemento filtrante antes de recomeçar a usar a embarcação. Existem outros pontos importantes para o bom funcionamento do barco (como verificar o funcionamento dos sistemas de direção, aceleração e marcha), sem falar nos acessórios da embarcação propriamente ditos (como bombas de porão, iluminação e acessórios de conveniência) que devem ser igualmente verificados para que o usuário tenha uma temporada tranqüila. Um conselho final: não deixe para última hora, pois todas as oficinas têm acúmulo de serviço nesta época. Deixar para pedir serviço no dia 20 de dezembro se o desejo é usar o barco no Natal torna-se uma grande possibilidade ficar sem atendimento. Portanto, não perca tempo e aproveite o verão!!
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Cavitação
esta misteriosa velha conhecida
Por: Carlos Daher Padovezi, Engenheiro Naval, Dr., diretor do Centro de Engenharia Naval e Oceânica do IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo
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m dos aspectos mais estudados em propulsores, a cavitação é um fator de limitação no processo de projeto de um hélice de qualquer embarcação. É um fenômeno que ocorre em regiões das pás com pressões abaixo da pressão de vapor da água, formando-se cavidades a partir da vaporização da água. Quase sempre a cavitação traz grandes preocupações aos projetistas, já que pode gerar efeitos indesejáveis como queda de empuxo (perda de força fornecida pelo hélice), erosão das pás e aumento de vibrações induzidas pelo propulsor.
(e de torque) no hélice, resultante da presença de cavitação excessiva. O diagrama não indica o tipo de cavitação presente nem se há possibilidade de ocorrer erosão por cavitação nas pás. A escolha das áreas das pás utilizando as estimativas de cavitação por meio do diagrama de Burril, apresenta margens de segurança adequadas para hélices de todos os tipos.
A forma mais prática e confiável de se prever problemas relacionados com cavitação é a utilização do diagrama de Burril [BRESLIN & ANDERSEN (1994)], baseado em dezenas de ensaios em túneis de cavitação de hélices de geometrias variadas. O diagrama relaciona o coeficiente de carregamento referido com pressões presentes nas pás e o índice de cavitação relativo à velocidade resultante na seção localizada a 70% do raio das pás. No diagrama de Burril, são apresentadas as definições de seus parâmetros e as equações aproximadas de suas curvas, que indicam aproximadamente a porcentagem da área das pás cobertas por cavitação no dorso dos hélices. Apesar de ser um método empírico, que apresenta informações quanto ao comportamento médio dos hélices, a experiência de muitas décadas tem demonstrado que seus resultados são adequados para uma avaliação inicial e rápida da cavitação. A utilização do diagrama de Burril apenas possibilita estimar a quantidade de cavitação nas pás e verificar se há risco de ocorrer queda de empuxo
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Figura 1 - Diagrama de Burril para Previsão de Quantidades de Cavitação em Pás de Hélices. Fonte: Burril & Emerson, “Propeller Cavitation: Further Tests on 16 in Propeller Models in the King’s College Cavitation Tunnel”. Transactions of NECIES, 1962, vol.79, pp. 295-320, [BRESLIN & ANDERSEN (1994)].
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A ocorrência de erosão por cavitação geralmente está correlacionada a um dos seguintes casos: a) Hélices de grandes embarcações marítimas, como petroleiros ou graneleiros, e grandes diâmetros de hélices, resultando em distribuições de esteiras que fazem variar de modo significativo a velocidade resultante em cada pá à medida que ela faz uma rotação de 360o. Nestes casos, mesmo com pequena área das pás cobertas por cavitação (5%, por exemplo), pode ocorrer erosão devido à natureza da cavitação, predominantemente do tipo conhecido como “bolhas”. As bolhas que se formam junto às pás, num primeiro instante em que há baixas pressões, logo em seguida implodem junto à superfície das pás, por força da variação abrupta das velocidades na região do hélice (com conseqüente aumento das pressões dinâmicas). Estas implosões liberam energia que pode erodir o material da pá. b) Ocorrência de velocidades altíssimas de escoamento que levam a pressões locais muito baixas, fazendo com que quaisquer descontinuidades das superfícies das pás se constituam em pontos preferenciais de implosões de bolhas de cavitação. È comum em embarcações rápidas que, em caso de problemas geométricos das pás (deformações ou buracos), ocorra erosão nas proximidades dos locais afetados;
Uma forma de se estudar experimentalmente a ocorrência de cavitação, e seus possíveis efeitos, é a utilização de um laboratório conhecido por Túnel de Cavitação, onde os propulsores, em escala reduzida, com geometria semelhante à do hélice real, tem suas condições operacionais reais perfeitamente simuladas por meio da combinação da velocidade da água, da pressão local, da rotação do eixo e da força de empuxo. Assim, a cavitação (quantidade, localização nas pás e tipo) verificada no modelo do propulsor é semelhante à cavitação que deve ocorrer no propulsor real, nas condições operacionais simuladas nos ensaios. Com tais ensaios, é possível sugerir, por exemplo, alterações nas formas das pás visando a redução desta tão indesejada quanto misteriosa cavitação.
c) Presença de cavitação excessiva nas pás (mais de 30% da área da pá coberta por cavitação), induzindo turbulência local de caráter periódico que pode levar à erosão. As causas de vibrações induzidas por cavitação são muito próximas daquelas que levam à erosão, basicamente ligadas à não uniformidade do escoamento com cavitação, quando há variações abruptas de velocidades e, consequentemente, de pressões. Hélice cavitando – ensaio no Túnel de Cavitação do CNAVAL - IPT
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRESLIN, J. P. & ANDERSEN, P. (1994) Hydrodynamics of Ship Propellers. Cambridge Ocean Technology Series 3, Cambridge University Press, 1994, 559 pages, Cambridge, USA. Erosão por cavitação em hélice de três pás (Pediapress, 2009)
PEDIAPRESS (2009) Amphibious Aircrafts – a short review. (http://pediapress.com/)
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Sundancer
470 Bem-vindo a bordo do mais avançado e requintado barco esportivo do mundo
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Sea Ray, através da YachtBrasil, traz direto dos Estados Unidos a joia de sua nova linha, o Sundancer 470. A linha Sundancer tem um conceito diferenciado que permite passar um dia inteiro no mar e ainda desfrutar várias noites a bordo com conforto e segurança. E o Sundancer 470 chega para liderar essa nova categoria da Sea Ray. O Sundancer 470 oferece uma navegação extremamente macia. Ele atravessa grandes ondas com estabilidade precisa, assim você e sua família vão se sentir confortáveis em qualquer mar, de qualquer lugar do mundo. Esse barco inovador apresenta imensa facilidade de manobra e um sistema de propulsão revolucionário, o Zeus, além de ser também luxuoso, com tudo o que você precisa para ir além do horizonte e voltar, com tranquilidade e segurança absoluta.
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Convés superior (deck principal)
O convés superior é protegido por um teto de fibra de vidro (hard top) e para-brisas que protegem contra as ações do clima. No painel de comando fica a principal atração: o sistema de joysticks que proporciona controle total da embarcação durante todo tipo de manobras. Basta direcionar suavemente o joystick na direção que você deseja que a embarcação vá ou rotacioná-lo para girar o barco no seu próprio eixo. O restante do painel de instrumentos do Sundancer 470 tem tudo o que você precisa para uma navegação segura: eletrônicos como GPS, Radar e instrumentos de monitoração dos motores bem posicionados, rádio VHF, controle remoto para o som estéreo, controle remoto para iluminação, arcondicionado, acionamento elétrico da janelas. No módulo bar você encontra uma TV de LCD, vários armários e espaço para um refrigerador opcional com porta de acrílico e, ainda, um grill elétrico para churrasco. Entrar no motor também é fácil graças ao acionamento elétrico da tampa da casa de máquinas. Há bastante espaço dentro desse compartimento, com acesso pleno a todos os sistemas vitais do barco. O espaço para banhos de sol está garantido graças aos colchonetes ajustáveis, além de portacopos estrategicamente posicionados. O acesso à praça de popa se dá por uma portinhola de aço inoxidável, e lá você desfruta de um chuveiro quente e frio, além de uma enorme plataforma para mergulho. Você ainda pode relaxar nos amplos bancos ou facilmente transformá-los numa cama, para um agradável banho de sol.
A suíte máster, à proa, possui cama de casal e um banheiro separado em dois ambientes: um para banho e outro para vaso sanitário. À meia-nau, outra suíte também com banheiro exclusivo e com duas camas de solteiro proporcionam pernoite para quatro pessoas com bastante conforto. O lazer está garantido até mesmo nos dias de chuva, graças a uma TV de LCD (embutida no teto da cozinha) com DVD e outros aparelhos eletrônicos incluindo CD player. Tudo acionado por controle remoto. A temperatura ambiente estará sempre sob controle, pois o Sundancer 470 tem ar-condicionado quente e frio, persianas e uma grande janela côncava na cabine. Completam o ambiente, uma bela mesa de refeições feita de madeira sólida e um largo sofá com revestimento de couro macio, que pode ser facilmente transformado em cama. A cozinha a bombordo tem vários armários, um micro-ondas e uma grande bancada com fogão de duas boca, pia com cuba de aço, ambos protegidos por uma superfície sólida móvel. Enfim, após adquirir seu Sundancer 470, o que não faltarão serão oportunidades de aproveitar todos os prazeres que essa verdadeira joia do mar oferece.
Motores e sistema Zeus O Sundancer 470 é impulsionado por dois motores diesel de 425 HP e sistema de propulsão Zeus. Este revolucionário sistema oferece à embarcação uma fácil operação em manobras de atracação através de um joystick, além de ganho de performance (15%) e ganho de autonomia com redução de consumo de combustível (15%).
Cabine
Ao entrar na cabine pode-se observar a sofisticação do acabamento e a utilização de madeiras nobres a começar pelos degraus da escada e o brilho de seus móveis.
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Ficha Técnica Comprimento total com plataforma de popa: 14,40 m / 47’ 3” Boca: 4,27 m / 14’ 4” Calado com rabetas Zeus: 1,07 m / 42” Peso com tanques vazios: 12.928 kg / 28.500 lbs Capacidade de combustível: 1.325 l / 350 gal Capacidade de água: 378 l / 100 gal Capacidade do tanque de esgoto: 159 l / 42 gal Ângulo do “V” do casco na popa: 19º Motores standard Cummins MerCruiser® QSB 425 Diesel, rabetas Zeus Confira alguns dos principais itens de série da SUNDANCER 470 • Poltrona de comando com assento rebatível, bolsa lateral, apoio dos braços e pés, ajuste pneumático da altura e concha do assento moldada em fibra de vidro • Recptor Sirius® de satélite, com antena • 12V AM/FM com disqueteira para 6 CDs, 8 alto-falantes e controle remoto digital no cockpit • Rádio VHF standard • Opcional Sea Ray Navigator™ IV - 12.1” chartplotter com visibilidade sob o sol, touch-screen LCD • No salão, TV LCD standard, embutida com DVD • Na cabine de proa, edredom e almofadas • No salão, teto envidraçado com persiana • Estofados standard do interior em Ultraleather HP™ • Gerador Standard com caixa de isolamento acústico • Saídas submersas dos escapes dos motores • Ampla plataforma de popa com escada em aço inox, embutida
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33 pés com algo mais
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m busca da fabricação de um produto que atendesse às necessidades de um público exigente, e, ao mesmo tempo, elevar o Brasil ao patamar de concorrente de primeiro mundo, o estaleiro Yacxo Yachts iniciou o projeto de seu lançamento no mercado náutico: a Yacxo 337. Visando ocupar um espaço notavelmente vazio no segmento, a Yacxo 337 foi lançada, no Rio Boat Show 2009. Apesar da situação financeira crítica do momento para o mundo, aquela nova embarcação pouco divulgada, porém nada modesta atraiu grandes filas em seu primeiro salão náutico, tornando-se sucesso tanto de público quanto de crítica na feira e sendo elogiada por formadores de opinião de todo o Brasil. Tal satisfação e orgulho por parte do público não poderia ser diferente, considerando toda a exclusividade e originalidade que a Yaxco 337 engloba em seu projeto e fabricação, que são feitos genuinamente no Brasil. Com uma laminação impecável e facilmente notada a olho nu, seu imponente design externo com linhas modernas e a esportividade da targa integrada ao pára-brisa já impressionam por fora. Conferindo um porte até mais robusto que seus 33 pés. Ainda assim, o que mais surpreende é seu interior. Se já houve alguém que dissesse que seria impossível colocar três casais pernoitando com privacidade e conforto em uma lancha deste tamanho, agora está provado que não é. Inovando na distribuição interna, a Yaxco 337, com seus 10,30 metros, desfrutou do espaço de tal maneira que não se encontra este aproveitamento em nenhuma outra cabinada menor que 38 pés.
Como ela é A começar pelo convés, espaçoso e bem equipado, que segue o padrão internacional, com acomodações extremamente confortáveis para 12 pessoas (capacidade dia), assento de pilotagem duplo e rebatível, com apoio ergonômico para os pés, icebox, pia, lixeira em
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acrílico, cristaleiras com iluminação própria, grande quantidade de porta-copo em acrílico bem distribuídos, um solário na popa e outro para duas pessoas na proa, duchas na popa e na proa (detalhe simples que evita a obrigação de ir até a popa só para molhar um pouco a pele), alças de segurança por toda a parte, passadiços laterais para acesso à proa e grande quantidade de paióis, inclusive embaixo dos bancos, dando destaque ao enorme paiol de popa embaixo do solário, com encaixe em fibra para bóia e passagem para o cabo da tomada de cais, localizada em seu interior. Vale lembrar que a chave de bateria se encontra muito bem protegida da água logo na entrada, facilitando o ligamento ao entrar e o desligamento ao sair, sem necessidade de entrar na cabine para ligar o barco. Ao acomodar-se, é possível notar a sensação de proteção graças aos pára-brisas laterais em fibra, altos e integrados à targa - que possui iluminação em LEDs (mais econômica) - assim como é visto em toda a embarcação. A casa de máquinas também se destaca por não esquecer que os motores também precisam de espaço. O estaleiro afirma estar realizando um feedback com proprietários e vem sendo bastante elogiada por seus marinheiros. Há antiderrapante por todo o piso, as baterias são isoladas em caixas individuais de fibra. O isolamento térmico e acústico faz bem seu papel, a tampa tem acionamento eletro-mecânico (podendo ser elevada tanto pelo conforto de um botão, quanto manualmente ( no caso de falta de energia elétrica , o que não é possível no sistema hidráulico) e sobra espaço mesmo com seu tanque de combustível de 400 litros, dois motores, ar condicionado e gerador. Mesmo com tantas qualidades, a cabine é o principal destaque do barco. “Com um ótimo pé direito de 1,90 m na entrada e boa iluminação e ventilação, já se vê um espelho bizotê com iluminação traseira ao fundo do salão de proa, que possui formato em U e conta com TV, podendo ser de até 26”, som, DVD, ar-
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mários, um bonito detalhe curvado em madeira no teto (que é todo forrado com , assim como as paredes), mesa de centro com regulagem de altura por acionamento elétrico e trilho para cortina, oferecendo a possibilidade de transformação em cama na proa, levando em conta que os estofados para tal vem com o barco e a mesa desce até a mesma altura dos sofás. A cozinha é completa e bem encaixada, com armários, geladeira, microondas, pia, gavetas com colocação própria para talheres e uma gaiuta bem em cima de onde pode ser posto também um fogão elétrico. No outro bordo, o banheiro, com uma espetacular altura de 1,85 m e chuveiro no teto, possibilita um banho confortável sem pescoço curvado para a grande maioria das pessoas. O boxe fechado com cortina fica totalmente isolado do vaso sanitário (que é elétrico e com ducha), diferente de algumas embarcações onde o acesso ao WC só é possível passando através do boxe. Também há armários com espelhos, lixeira e pia em acrílico e mais um detalhe simples e muito bem pensado: o suporte para o papel higiênico é encontrado dentro de um dos armários, para não molhar. Ao sair do banheiro são vistas duas portas à meia nau, uma de cada lado da escada, e é aí que está o motivo da surpresa estampada na face de cada um que deixa o interior da Yaxco 337: são dois quartos simétricos totalmente isolados um do outro, com camas de casal, postos no sentido longitudinal, bem iluminados pelas
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janelas laterais e vigias, com boa altura, sendo possível ficar em pé na entrada e até trocar de roupa! Ambos contam com saídas de ar condicionado, armários com espelhos e ainda a opção da colocação de televisores. A única diferença entre eles é que o camarote de bombordo possui um pequeno banco (que também possui um paiol em seu interior, ideal para calçados) e o de boreste, não. Enfim, ao conhecer o espaço dos camarotes se entende a razão de todos se perguntarem como foi possível colocar tudo isso em 33 pés. Resumindo, a Yacxo 337 possibilita uma boa noite de sono com conforto e privacidade a três casais, sendo um em cada camarote e um terceiro no salão de proa convertido em cama. O cuidado e o capricho colocados no acabamento proporcionam um conforto pensado em todos os detalhes, digno de quem sabe o que se passa navegando. Pode-se destacar também como ponto positivo ausência de qualquer forma pontiaguda - tanto no convés quanto na cabine. Sejam tampas, bordas, armários, portas ou gavetas, tudo no barco tem os cantos arredondados por fora, proporcionando segurança total aos passageiros. Um barco que prima pelo seu altíssimo padrão de qualidade não poderia deixar nada a desejar, e por isso deveria ter um
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potencial de navegação e durabilidade à altura de seu projeto de cabine. Por isso, a Yaxco Yachts procurou focar-se em sua resistência aliada ao baixo peso, além da hidrodinamica em conjunto com o design bonito e moderno, utilizando material náutico de ponta e mão-de-obra altamente qualificada. Seu casco é laminado em sistema de sanduíche com tecido biaxial e Divinycell em todo o convés. O acabamento externo é em gelcoat isoftálico, mais resistente à osmose. Resistência conferida também nas cavernas e longarinas, que são montadas em chassi monobloco, e nas ferragens, todas em aço inox 316, que possuem grande resistência à corrosão e ótimo padrão de qualidade. Como se não bastasse, o casco ainda possui um excelente desempenho. Como resultado das medidas adotadas em sua fabricação, o comportamento nas curvas é excelente, tanto em alta quanto em baixa velocidade. Consegue chegar a 39 nós de velocidade final com a motorização mínima (2 motores de 200hp cada um), e 26 nós de velocidade de cruzeiro. A Yacxo 337 com certeza vem com tudo para agradar ao mercado náutico, com soluções simples e um excelente aproveitamento do espaço, tanto interno quanto externo, esse barco irá surpreender a todos que conhecerem essa excelente nova opção.
Ficha técnica Comprimento total ................................. 10,30m Boca ..................................................... 3,16m Calado com propulsão .......................... 0,95m Ângulo do V na popa ............................. 18° Borda Livre na proa ............................... 1,40m Borda Livre na popa .............................. 1,35m Altura na entrada da cabine ................... 1,90m Altura no banheiro ................................. 1,80 Combustível .......................................... 400 litros Água ..................................................... 230 litros Peso sem motor .................................... 3.400kg Motorização .......................................... 400 hp (mín.) 700 hp (máx.) Capacidade (dia/noite) ........................... 12 / 6 pessoas Projeto .................................................. Alan Gonçalves
Principais equipamentos: Controle elétrico da tampa do motor e da mesa da cabine – escada de inox de 4 degraus – 4 cunhos de amarração de inox – guarda mancebo e corrimãos de inox – 4 bombas de porão – sistema pressurizado de água doce completo – vaso sanitário elétrico – luzes de navegação – luzes de cortesia – painel elétrico 12 e 110 V – iluminação interna – espelho bisotê.
Principais opcionais: Guincho elétrico – gerador – sistema de som – micro-ondas – rádio VHF – GPS – ar condicionado – boiler – TV de LCD – baterias – inversor – material de salvatagem - teça para plataforma de popa – lançador de âncora – capota – churrasqueira – flapes hidráulicos – geladeira – fogão elétrico – carreta rodoviária – bússola.
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novidades
Fibrafort rumo ao futuro
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resente no mercado desde 1989, a Fibrafort representa nesses 20 anos sua modernidade, tecnologia e originalidade no lançamento da sua nova logomarca.
A inovação, sempre foi uma das características marcantes da empresa. Como líder do segmento náutico na América do Sul, este ano atingirá a marca de 10.000 barcos distribuídos em mais de 30 países. Outro fator que a empresa vem investindo é no desenvolvimento organizacional, qualificando seu público interno e os processos fabris. Focando no crescimento num mercado altamente competitivo e exigente. Mantendo uma linha de barcos com conceitos mundiais de design, tecnologia, conforto e funcionalidades, a Fibrafort integra profissionalismo, dedicação e credibilidade, agora transmitida por sua nova identidade visual e acredita que “Vencer o desafio do tempo é inovar sempre”.
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Mundo Intermarine ganha novo formato
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Intermarine lançou, em outubro, novo formato da revista digital Mundo Intermarine, publicada em seu site desde dezembro de 2007. Antes mensal, agora a revista tem novas notícias semanalmente, pode ser acessada independentemente do site do estaleiro, pode conter vídeos, está integrada às redes sociais Twitter, MySpace, Facebook e Blogger, entre outras, e aceita comentários dos internautas, abrindo um canal de interação com o público.
a informação. Uma empresa de vanguarda que preza a presença digital tem que estar sempre atualizada”, diz o executivo responsável pela criação da revista.
As reportagens, na primeira fase mais elaboradas e sobre temas específicos relativos à náutica de lazer e ao luxo, deram lugar a matérias mais noticiosas. “A revista foi criada para aproximar clientes, clientes potenciais e admiradores da marca, com informações que contribuam para que o prazer da vida a bordo das embarcações Intermarine seja ainda maior”, explica Allysson Yamamoto, gerente de marketing da Intermarine.
“Uma das vantagens de participar das redes sociais é a oportunidade da introdução de novos assuntos, como náutica de lazer e barcos maravilhosos, nos grupos de afinidades que se criam entre as pessoas, de maneira que a informação chegue também a um novo público”, comenta Yamamoto.
“Agora, a Mundo Intermarine está mais objetiva. Mas mantém a mesma linha editorial e o mesmo estilo elegante, abordando assuntos de universos diferentes que tenham alguma sinergia com o estilo de vida de quem possui produtos Intermarine ou quer possuir”, completa Yamamoto. A reformulação editorial e a reformulação da forma de acesso, agora direto e mais rápido, foram pensadas em função da usabilidade dos internautas. “A internet tem mudado de forma muito veloz nos últimos anos. E nós estamos nos adequamos às novas maneiras de consumir
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O novo formato de Mundo Intermarine permite que usuários de redes sociais, como Facebook, MySpace e outras indiquem matérias que acharem interessantes em seus espaços nessas comunidades, e quem quiser poderá acompanhar resumos das novas notícias, previstas em três vezes por semana, através do Twitter.
A revista Mundo Intermarine continua sendo editada pela jornalista Estela Craveiro, responsável pela concepção da linha editorial em parceria com Allysson Yamamoto, e, em seu novo formato, em breve trará o conteúdo das 19 edições publicadas de dezembro de 2007 a junho de 2009, que continuam acessíveis a partir da home page do site do estaleiro. A Agência Yo, responsável pela conta publicitária da Intermarine, assina o novo layout e responde pela funcionalidade tecnológica da publicação. A revista digital em novo formato pode ser acessada no endereço www.intermarine.com.br/mundointermarine ou pelo menu principal do sie da Intermarine.
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Thorus O
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estaleiro Kastigar & Lenzi de Piçarras, Santa Catarina lançou no São Paulo Boat Show em outubro, a nova lancha da linha Thorus, a 405HT. Agora o estaleiro produz lanchas de três categorias, a Thorus 275 cabinada, a Thorus 305 e a Thorus 405, e para 2010 já está em fase de teste a Thorus 365. A lancha Thorus 405HT é uma 40 pés hardtop que antes mesmo de ser fabricada já teve 8 unidades vendidas na fase projeto, o que demonstra a credibilidade que o estaleiro Kastigar & Lenzi tem junto ao consumidor náutico. Como nas lanchas menores, todo o material utilizado na fabricação do casco e convés da 405HT é de primeira linha.
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O projeto desta nova lancha é assinado pelo engenheiro Jean Shinzato e o designer Mauricio Wilkins, que buscaram inspiração no mercado europeu, hoje, referência em qualidade e modernidade para todo o mundo. Além do visual arrojado, a Thorus 405HT tem características de estabilidade e potência que garantem uma navegação segura ao longo dos seus quase 12m de comprimento. Assim como as outras lanchas do estaleiro, esta também será comercializada na Europa e seu casco tem garantia estrutural e de pintura de 5 anos. O interior da 405HT é dividido em dois camarotes, sendo um de proa e outro a meia-nau, abrigando seis pessoas para pernoite e quatorze durante o dia;
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uma ampla cozinha e sala com sofá e mesa, e dois banheiros, com um pé direito de 1,95m que acomoda com extremo conforto até os mais altos. No cockpit, a distribuição dos bancos e mesa foi minuciosamente projetado para otimizar ainda mais o amplo espaço, e o deck já vem de série com antiderrapante. Um dos pontos que mais agradou os visitantes do Boat Show foi que a cabine recebe uma grande iluminação natural devido às gaiútas translúcidas. Além de todo o acabamento de metais, gaiútas, vigias, luminárias, duchas serem importados, como na Thorus 275 e 305.
Ficha Técnica Comprimento total: 11,90m Calado extremo: 0,72m Água Doce: 300lt Combustível: 800lt Pé Direito: 1,95m Passageiros D/N: 14/4 Motorização Mínima: 2x350HP Motorização Máxima: 2x420HP
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Costados: beleza, brilho e proteção... Sem mistérios... E com respeito! Por: Sylvestre Santos F.
dos os aspectos técnicos deste mercado, proporcionem excelente aspecto estético como diferencial dos demais poliuretanos. A preparação da superfície é com certeza um dos grandes segredos para se atingir a perfeição do acabamento, onde o “espelhamento” esperado é atingido, aliado as outras características de proteção. Uma preparação inadequada sempre irá transparecer na demão final, o que reduzirá a eficiência do sistema de revestimento e poderá conduzir à falha prematura prejudicando a aderência da tinta sobre a superfície.
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as pinturas de acabamento dos costados, sejam eles de veleiros, lanchas etc, não só a beleza é fundamental, mas também a qualidade do revestimento; que além do aspecto estético devem proteger a embarcação. As tintas utilizadas devem proporcionar uma barreira de proteção contra elementos naturais como: sol, chuva, mar, vento, abrasão, respingos químicos e outros. Atualmente existem no mercado vários tipos de tintas de acabamento, porém, são poucos os fabricantes que desenvolvem produtos específicos para o mercado de esporte/recreio. As características deste mercado são diferentes do mercado automotivo, industrial e residencial. Desta forma, podemos afirmar, por exemplo, que uma tinta de acabamento aplicada em um automóvel ou em uma indústria não é a ideal para ser aplicada em embarcação de esporte/recreio. As tintas que apresentam um alto brilho, são basicamente poliuretânicas bi-componentes, que atendem adequadamente as necessidades de vários tipos de superfície das embarcações desde que sejam desenvolvidas para a linha náutica, que além de atender to-
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Quando falamos em preparação, incluímos ainda os cuidados que o Profissional deve ter com a utilização e aplicação dos produtos, pois o uso inadequado, também irá fatalmente prejudicar ainda mais o acabamento final. O bom Profissional, certamente se preocupa com detalhes importantes, como, por exemplo : 1. Relação de mistura dos componentes bem como o “descanso” dessa mistura, para a dispersão de bolhas ali geradas; Tecnicamente chamado de “tempo de indução” 2. Diluição recomendada; 3. Umidade relativa do ar; 4. Temperatura ambiente e da superfície; 5. Compatibilidade com produtos anteriormente aplicados (primers, massas); 6. Intervalos entre demãos; 7. Equipamentos indicados para aplicação; 8. Leitura de todas as instruções contidas nos rótulos dos produtos.
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Ainda é recomendável evitar a pintura com poliuretano no final do dia, pois a medida que a temperatura cai a noite, ocorre a condensação na superfície da tinta, o que pode ocasionar a perda do brilho e conseqüente necessidade de novo lixamento e repintura. Infelizmente, no Brasil, a maioria dos serviços de pintura de embarcações realizadas, ocorrem a céu aberto, o que aumenta o risco de diversos tipos de contaminação, a exposição e a condensação. Logo o serviço de pintura requer cuidados, planejamentos especiais e essenciais.
A INTERNATIONAL PAINT, empresa do Grupo AKZO NOBEL, dispõe de tecnologia e laboratórios específicos para o desenvolvimento de produtos destinados ao mercado de esporte/recreio, ao redor do mundo, inclusive no Brasil, onde pesquisas e trabalhos em desenvolvimento de novas fórmulas, estão sempre voltados para oferecer a melhor proteção em todos os tipos de embarcações. Atualmente a INTERNATIONAL PAINT, através da sua Divisão YACHT, oferece ao mercado náutico o produto PERFECTION, poliuretano de Alto Brilho, traduzindo “perfeitamente” o que se espera de um produto: Perfeição!
Após o término da aplicação, por ser poliuretano bicomponente, é recomendável evitar ao máximo, o manuseio da embarcação até que se alcance a cura completa da pintura(mínimo de 7 dias), o que implica diretamente na dureza do filme da tinta, proporcionando sua resistência à abrasão.
O Perfection possui uma enorme variedade de cores à disposição dos seus clientes. Além disso, é possível produzir uma cor personalizada mediante uma amostra encaminhada ao laboratório da International Paint. Após a cor ser desenvolvida, é enviada ao cliente para aprovação e produção.
Com estes cuidados, a tinta indicada irá proporcionar uma maior estabilidade do brilho, da cor, e proteção durante vários anos, sem necessidade de polimento ao contrário de outros tipos de acabamentos, muitas vezes aplicados durante a fabricação das embarcações.
Um bom produto, um bom Profissional preparando a superfície de forma adequada e associados com o planejamento do serviço, é certamente a melhor combinação para que a pintura do costado seja um sucesso, e seu barco será com certeza, alvo de muitos elogios e motivo de orgulho!
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É fogo! Por: Kazuo Watanabe
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s dados são alarmantes e merecem toda atenção: anualmente, por conta de incêndios, as seguradoras brasileiras registram uma média de 14 situações de perda total/ naufrágio e oito de destruição importante em barcos de recreio. Levando em conta que a maior parte das sete mil embarcações seguradas no Brasil está entre o Rio de Janeiro e Porto Alegre, é possível calcular que um em cada 318 barcos tem o risco potencial de naufragar ou ser destruído por incêndio todos os anos. Para efeito comparativo, nos automóveis brasileiros essa proporção é de um para dois mil. “No Brasil, a ocorrência de incêndios em embarcações é mais freqüente do que se imagina, porém, os números disponíveis são imprecisos e os motivos de tantas ocorrências é claro: grande quantidade de improvisação, descaso com Manutenções Preventivas e falta de equipamentos adequados de proteção contra incêndios”. A afirmação é de Kazuo Watanabe, especialista em Segurança contra Incêndios. “A falta de dados estatísticos acontece porque a maioria dos casos é composta de pequenos incêndios, que são rapidamente controlados e deixam de ser informados às autoridades competentes ou seguradoras, e o problema não está no incêndio propriamente dito, mas nas suas causas.”, diz o especialista. O proprietário de uma embarcação deve se conscientizar da importância de sempre realizar manutenções preventivas periódicas e evitar “instalações improvisadas” de novos equipamentos. Esse cuidado é ne-
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cessário pois um barco em funcionamento possui a combinação de líquidos inflamáveis + metais incandescentes + instalações elétricas diversas. Qualquer defeito ou falha (inclusive humana) pode desencadear um princípio de incêndio a bordo. Watanabe lembra que, para os seres humanos, o perigo maior de um incêndio não são as chamas. Antes delas, o risco maior provém da fumaça tóxica produzida pela queima de determinados materiais, principalmente os derivados do petróleo. “A espuma de um estofamento, quando queima, produz o gás cianídrico que é de altíssima toxicidade. Se esse gás atingir as vias respiratórias e o sistema nervoso central, poderá levar à morte rapidamente”, alerta. A grande maioria dos incêndios em embarcações começa no compartimento de motores, e em geral, quando o fogo é percebido já tomou grandes proporções. “A principal causa desses incêndios acontece nas instalações elétricas – sobrecarga/fadiga/falha na instalação -, ou por algum superaquecimento, isto devido à série de interferências mal executadas que a embarcação sofre ao longo de sua vida útil.”, reforça Watanabe.
Como agir Mas na prática, o que fazer em caso de incêndio a bordo? “Em primeiro lugar, deve-se manter a calma e afastar todas
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as pessoas que estiverem próximas ao incêndio”, responde Watanabe. ”Se o fogo for de pequenas proporções, deverá ser controlado com o uso de extintores portáteis, os quais necessariamente precisam ser de pó ABC, que são os únicos capazes de extinguir o fogo em fibra de vidro, madeira, revestimentos (Incêndio Classe A – sólidos inflamáveis). Os extintores comuns de pó BC ou gás CO2 – e, que ainda equipam a maioria dos barcos brasileiros - não são adequados para combater chamas em materiais sólidos”. Em incêndio de maiores proporções, especialmente no compartimento de motores, jamais abrir o tampão que dá acesso ao local, pois, quanto mais oxigênio, maior será o fogo. “Nestes casos, deve-se tentar combater através de frestas por onde o extintor possa ser acionado”, ensina.
Prevenir é (sempre) melhor que remediar Mas, se a questão é prevenir-se do incêndio, proteger o patrimônio e evitar risco pessoal - levando em conta que quase nenhum proprietário de barco possui treinamento de combate a incêndio -, a solução ideal, de acordo com Watanabe, é equipar a embarcação com um Sistema Automático de Extinção de Incêndios, que é acionado pelo calor do fogo. “É como ter um bombeiro de plantão 24hs por dia dentro do barco. Nos EUA e na Europa nenhum barco obtém seguro se não tiver instalado um sistema fixo automático”. BOATSHOPPING
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passeio
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deslizando sob a natureza Por Paula Costa (Jornalista convidada)
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ua Lagoa formosa ternura de rosa, beleza ao luar”. Esse é um trecho do hino Rancho de Amor à Ilha, de Cláudio Alvim Barbosa, o Zininho, que você terá o prazer de conhecer em todo o percurso para chegar à Lagoa da Conceição, cartão postal de Florianópolis e um dos pontos turísticos mais visitados da Capital. Localizada ao leste da Ilha, a Lagoa é um delírio para os olhos e um suspiro de emoção para qualquer apaixonado por um pedaço de terra cercado de água. Água azul e cristalina, que em dias de sol é um convite para esportes náuticos de todos os tipos: Jet Sky, kite Surf, velas e lanchas, desde pequenas embarcações até exuberantes iates.
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Sol, céu azul e ventos suaves, são os maiores pretextos para um passeio de lancha na Lagoa da Conceição. Lá, a pedida é zarpar da Marina Ponta da Areia, do chef Alfredinho Doura, mais conhecido como Fedoca. Enquanto a equipe especializada da marina prepara sua embarcação para o passeio, a pedida é deliciar
todos os petiscos maravilhosos criados pelo próprio Fedoca e curtir o visual tomando um chopinho gelado para refrescar a alma. O passeio começa à postos de uma lancha Sunline de 31.5 pés com motor volvo 320 hp, guiada pelo empresário e amante de esportes náuticos, Cósimo Barreta. Nossa distância da terra é incrível e de lá podemos admirar a famosa Avenida Osni Ortiga, mais conhecida como Avenida das Rendeiras, onde se pode comprar muitas rendas de bilros feitas por verdadeiras rendeiras. A lancha desliza por um lençol azul de cetim e todos os caminhos nos levam em direção da primeira parada: saborear todos os petiscos maravilhosos da Toca da Lontra, um lugar reservado às margens da Lagoa, ao final da avenida das rendeiras. Ponto final? Não. O passeio está apenas começando. Pé na estrada... ops....pé na água e nossa direção fica a uns 500 metros dali: o Canal da Barra. No caminho você pode curtir uma parada para um mergulho na Prainha, um Oasis de areia privativa
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e de muita tranqüilidade. Logo adiante encontramos o restaurante Ponta das Caranhas, que dependendo da maré, pode-se atracar com o barco no trapiche e deliciar os pratos maravilhosos à base de frutos do mar. Se a maré estiver baixa, continue em direção ao Canal da Barra, onde ao passar embaixo da ponte (cuidado com o tamanho da embarcação, baixe o toldo e prossiga) você vai poder conferir uma variedade de restaurantes com especialidades diferentes. Precisou abastecer? No canal fica o local certo para abastecer seu barco e continuar seu passeio tranquilamente. Para Cósimo Barreta, nosso guia e condutor da lancha, o canal da barra é o sonho de moradia de qualquer pessoa que adore praia, sol e água. “Principalmente se tiver lancha ou barco, independente do tamanho”, explica. A sensação de estar navegando em águas como as da Lagoa da Conceição é indescritível. Em alguns momentos do passeio, conseguimos ficar sem palavras para descrever tanta beleza natural. “Num pedacinho de terra, beleza sem par...” Voltando ao passeio, vale à pena retornar pelo canal da barra em direção oeste da Lagoa, onde fica a Costa da Lagoa, onde o único acesso por terra é através de um percurso de 5 km distribuídos por pontes, escadarias, rampas e outras formas que os próprios moradores desenvolveram para
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chegar ao local. Fora isso, a melhor forma de conhecer a Costa é pela água. De barco, você pode conhecer toda a história do local e suas origens pelas construções que ficam as margens da lagoa. São casas históricas no estilo açoriano que só numa Ilha como Florianópolis poderia existir. E como todo lugar na Lagoa da Conceição, a Costa não poderia deixar de ter os melhores restaurantes de frutos do mar. São tantas opções, que a escolha fica difícil. Logo que entramos tem o restaurante Coração de Mãe, especializada em comida típica ilhéu, a famosa tainha e a lula recheada, mas o que não pode faltar no pedido é o feijão com arroz de mamãe mesmo, feito com amor. E ao final da costa, fica o Kabral, o mais freqüentado e badalado do local. Em todos os restaurantes, você pode atracar em trapiches próprios para embarcações. O passeio é de tirar o fôlego de qualquer visitante. Mas não deixe de conhecer sua beleza natural pelas trilhas do local, lá você encontra uma linda cachoeira. De água gelada e cristalina, um refúgio de todos os agitos do dia a dia. Tanto os que vêm pela primeira vez como os que vêm pela milésima vez, nunca vão cansar de tanta beleza em um só lugar: Lagoa da Conceição. Que como dizia Zininho, “Jamais a natureza reuniu tanta beleza, jamais algum poeta teve tanto pra cantar. Num pedacinho de terra, belezas sem par”. Voltando de um passeio que deixa qualquer um com cara de quero mais, não poderíamos deixar de apreciar o pôr-do-sol à beira do trapiche do Chef Fedoca, para ter certeza de que tivemos um dia maravilhoso e que tudo isso não foi apenas um sonho, foi real!
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evento
Weekend A All Flags No final de semana dos dias 24 e 25 de outubro, a loja náutica All Flags realizou um evento muito especial para seus clientes e amigos, um final de semana no Hotel Refúgio Cheiro de Mato.
o invés de realizar apenas o test-drive e a venda de embarcações, a loja se preocupou em agregar valor a sua marca e qualidade de vida para as pessoas que sempre acreditaram no trabalho que a All Flags vem realizando ao longo destes 15 anos. O local escolhido foi um resort localizado às margens da represa Mairiporã, o Refúgio Cheiro de Mato, que fica literalmente escondido no mato. Com infra-estrutura completa, contendo ótimos quartos, piscina, sauna, jacuzzi ao ar livre, dentre outras atrações, o local não poderia oferecer melhor estrutura. O atrativo do local fica por conta de uma travessia de barco para a outra margem da represa e a tranqüilidade pouco vista em empreendimentos do mesmo segmento. E o melhor de tudo que fica a 20km de São Paulo e pouca gente conhece o local. Durante o evento os convidados da All Flags puderam contar com seis embarcações para realizar o test-drive ou apenas dar um passeio com a família, já que o objetivo dos organizadores era também despertar a curiosidade e interesse em futuros donos de embarcações. Uma Phantom 260 e cinco modelos da linha 2010 da Fibrafort entre 20 e 28 pés (essa última por sinal, foi a mais requisita pelos clientes presentes no evento), ficaram a disposição para que todos pudessem comparar e optar pelos melhores barcos do mercado. Além dos barcos o evento contou com dois modelos de carro expostos na belo gramado às margens da represa, um Smart, sucesso total entre os participantes e um luxuoso Mercedes Benz, ambos com direito a test-drive também.
O evento atendeu todas as expectativa dos realizadores, pois a idéia da All Flags era fazer do final de semana um momento muito especial entre loja e cliente, pois sem a pressão comercial todos puderam se conhecer melhor e criaram um excelente relacionamento e isso para a All Flags é alma do negócio. “ Apesar de nos relacionarmos no dia a dia com nossos clientes, são em situações como esta que podemos estreitar ainda mais nosso relacionamento com nossos clientes, além de ter a oportunidade de conhecer seus familiares, que também são usuários dos produtos e serviços fornecidos pela All Flags. E em um ambiente impar como este, além de mais prazeroso, fica mais fácil extrair informações para entender cada vez mais as necessidades e expectativas de todos, não só do cliente, mas também as de seus filhos, esposa, etc. Só assim, podemos customizar ainda mais nossos serviços a fim de encantar e surpreender a todos”, relatou Paulo Kinoshita, gerente comercial da All Flags. O sucesso foi tanto que a loja irá realizar mais eventos com a mesma proposta de aproximar o cliente e seus familiares, entender suas necessidades para realizar o sonho de toda a família e assim ter o sentimento de dever cumprido.
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manutenção
Por: Wagner Leme e Vicente Ardito.
Manutenção do conjunto da direção
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conjunto da direção, que é composto pela caixa de direção, o cabo de comando da direção e o volante, merece atenção especial quando se trata da manutenção, afinal de contas ninguém quer ficar “na mão” enquanto navega. Como normalmente parte dele não é aparente, a facilidade de esquecer a sua existência é grande, mas negligenciá-lo quanto aos cuidados necessários pode gerar uma situação pra lá de crítica. As caixas de direção mecânicas, comumente conhecidas pelas denominações Big T e Safe T, que apresentam algumas diferenças quanto à sua construção e aplicabilidade, são mecanismos relativamente simples embora muito engenhosos e eficazes. Dos sistemas existentes para embarcações podem ser considerados os mais utilizados e, comparativamente aos sistemas hidráulicos têm um custo bem inferior. A desvantagem é que não apresentam a mesma suavidade de um acionamento hidráulico, mas é possível, tomando as atitudes preventivas adequadas, evitar que o volante se torne “duro” e fazer com que as manobras sejam sempre bem agradáveis. O interessante é que muitos navegadores, mesmo aqueles mais experientes, ainda não tiveram a oportunidade ou a curiosidade de saber como é o funcionamento interno de uma dessas peças, essenciais para um deslocamento seguro.
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Uma utilização sem interferências indesejadas é garantida pela lubrificação interna da caixa, como nem sempre é preciso desmontá-la, a lubrificação periódica da parte exposta do cabo de comando, aquela que se encaixa à coroa da caixa de direção, na maioria dos casos deve ser suficiente para manter a sua funcionalidade, para tanto basta desconectar o cabo da caixa e fazer a aplicação da graxa, o que deve ser feito na quantidade necessária. Os cabos de direção normalmente já saem lubrificados da fábrica , o momento de trocá-los também serve, mesmo que indiretamente, para melhorar a lubrificação interna da caixa, aliás o momento da troca do cabo de comando seria um bom motivo para a revisão total das peças. Mesmo tomando os cuidados básicos mencionados anteriormente, é aconselhável fazer de tempos em tempos a checagem de todo conjunto, que consiste em retirar seus componentes e desmontar a caixa, o que não é uma tarefa muito complicada. Internamente é preciso observar o desgaste da coroa e do pinhão, retirar a graxa usada, fazer uma limpeza e em seguida a reaplicação. Os cabos de comando por sua vez não podem apresentar rupturas na capa plástica, pois o caminho estará aberto para a infiltração da umidade e da salinidade o que irá danificar por completo
a sua parte interna, ocasionando invariavelmente o rompimento dos arames e o seu travamento. Também não se pode esquecer do volante, fazer um reaperto das porcas e avaliar o seu estado geral, se estiver ressecado é aconselhável substituí-lo. A graxa com especificações para uso náutico é a mais indicada, deve incorporar em suas características a capacidade de resistir à ação da água e da maresia e obviamente proteger contra a oxidação, tudo isso sem perder a capacidade lubrificante. Via de regra são feitas à base de lítio, têm a cor branca e são pastosas, costumam possuir boa durabilidade o que ajuda a tornar os períodos entre uma revisão e outra mais longos. Existem vários fabricantes no mercado, portanto não há dificuldade em encontrar a graxa correta e de boa qualidade. Os três componentes básicos do conjunto da direção podem ser facilmente encontrados nas lojas especializadas, o que pode ser comprovado com uma rápida pesquisa na internet. Vários fabricantes nacionais , muitos dos quais já tradicionais e com larga experiência produzem peças de ótima qualidade e com um bom preço, é bom ficar atento.
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Clientes satisfeitos, elogios e agradecimentos para a iniciativa da Yamaha Náutica
de conhecerem toda a estrutura da empresa, tiveram a oportunidade de acompanhar um curso sobre manutenção preventiva dos motores de centro-rabeta à diesel. O evento teve início às 8h30, com um café da manhã de boas vindas aos convidados. Depois foi ministrada a parte teórica, onde foram abordados temas como conceitos de motores, combustíveis, segurança, checagem de itens antes, durante e depois da operação, armazenamento e diagnóstico de falhas entre outros e, durante o período da tarde foram dadas instruções de manuseio e operação do motor, tudo na prática. “A integração e a participação dos clientes durante o treinamento mostrou o grande interesse dos usuários em aprender mais sobre os motores e, muitos, não perderam a oportunidade de tirar dúvidas diretamente com os instrutores técnicos da fábrica. O propósito de aproximar os clientes da marca e estreitar o relacionamento com os usuários foi muito além do que esperávamos, tanto que estamos sendo cobrados para realizar um novo encontro”, afirma Neusa, do Marketing da Yamaha Náutica.
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divisão náutica da Yamaha através de uma iniciativa inédita no mercado náutico, realizou no dia 18 de setembro de 2009, o primeiro treinamento direcionado aos proprietários de barcos com os motores Hydra Drive. A Yamaha convidou seus clientes de motores a diesel para passarem o dia na sede da empresa em Guarulhos/SP, onde, além
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Para Emerson Oliveira – Chefe de Serviços da Yamaha Náutica, “o treinamento fecha um ciclo de informações que visa trabalhar as três frentes que são envolvidas na manutenção preventiva durante a vida útil do produto. Treinamos os mecânicos, treinamos o marinheiro e, agora, treinamos o usuário/proprietário. Acreditamos que com esta ação podemos evitar de uma forma efetiva os gastos com manutenção corretiva e conquistar de vez a satisfação e confiança do consumidor”. A divisão náutica da Yamaha continuará com os cursos voltados aos usuários de barcos/motores e planeja, para o ano que vem, incluí-los no seu cronograma de treinamentos.
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propulsão Entenda melhor como funciona o sistema de propulsão de seu barco Por: Wilson Roberto Tiago Rodrigues - Projetista Naval
Pé de galinha
Sistema bastante simplificado, onde o eixo do motor, localizado no centro do barco ou próximo deste, é ligado diretamente ao hélice. Geralmente são utilizados neste sistema motores automotivos, com a caixa de reversão, onde, por meio de acoplamento elástico, transmite-se a força ao hélice por um eixo que transfixa o casco em ângulo bastante agudo. Como vantagem, tem-se o baixo custo de construção e manutenção e, como maior problema, o grande espaço exigido no barco para sua instalação.
Motor de centrorabeta
Ao contrário do anterior, o motor, localizado mais à popa, está ligado ao eixo do hélice por um eixo vertical e um sistema de engrenagens cônicas, economizando, assim, espaço, sua maior vantagem. Como desvantagem temos a complexidade do sistema e seu peso.
Rabeta de superficíe
Derivação do centro-rabeta, e um propulsor de alta performance que e montado diretamente na popa normalmente tem construção resistente, transmissão simples e ideal para águas rasas.
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Hélice de superfície
Derivação do centro-rabeta, apenas com o eixo do motor saindo diretamente na popa, onde, por um mecanismo hidráulico, existe a possibilidade de, após o planeio, suspender o hélice, ficando metade dele acima da superfície da água. Como maior vantagem há uma diminuição substancial do atrito do hélice com a água. Indicado para barcos velozes.
Motor de popa
Sistema onde o motor, rabeta e hélice ficam literalmente fora da embarcação, ou “outboard”. Suas vantagens são a liberação de espaço dentro do barco e a facilidade de retirar o motor quando necessário, pois este é fixado diretamente no espelho de popa.
Hidrojato
Sistema com o motor localizado próximo à popa e ligado a uma bomba de água. Esta capta a água por uma abertura no fundo do casco e a acelera e direciona através de um duto no espelho de popa, que também serve como leme. Como não há nada que ultrapasse a linha inferior do casco esta é sua principal vantagem, pois se pode navegar com pouco calado. Como desvantagem tem-se o baixo rendimento, com perda na ordem de 15% comparando-se com motor de popa, por exemplo. Note-se que hélice, em náutica, é artigo masculino: “O” hélice. Ao contrário da aviação, onde se diz “A” hélice.
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segurança
Colete Salva-Vidas Escolha certo o seu!
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escolha do seu colete salva-vidas é muito importante, pois é ele que poderá salvar a sua vida. Para isso a Marinha do Brasil certifica os coletes salva-vidas e seus acessórios com a NORMAM 5. E para entender melhor todo o seu funcionamento e normas, elaboramos um explicativo dessa peça extremamente importante dentro de sua embarcação.
Legislação NORMAM e SOLAS A NORMAM 5 é um conjunto de normas que determina a fabricação, testes e avaliação de materiais utilizados em equipamentos salva-vidas. Estabelece procedimentos conforme a convenção, códigos e resolução emanados da INTERNATIONAL MARITIME ORGANIZATION / IMO (Organização Marítima Internacional). SOLAS é a Convenção Internacional para Salvaguarda da vida humana no mar, promulgada pela IMO da qual o Brasil é signatário. Os testes determinados pela NORMAM 5 são executados por engenheiros em laboratórios científicos de reconhecimento público como IPT e UNICAMP. Eles são supervisionados “in loco” por engenheiros através da DPC – Diretoria de Portos e Costas da Marinha do Brasil. A DPC mantém arquivado o resultado dos testes, desenhos e registro dos materiais homologados no momento em que concede o certificado, e todo colete certificado tem obrigatoriamente o N° do DPC, lote e data de fabricação impressos nele. A qualquer momento a DPC pode solicitar os materiais homologados para testá-los novamente e fiscalizara a aplicação da NORMAM 5 e SOLAS. Ao adquirir um colete salva-vidas homologado pela Marinha do Brasil, exija cópia do Certificado de Homologação e de seus acessórios, lâmpada e fita refletiva. A homologação tem prazo de validade de 5 anos. Para maiores informações consulte o site da DPC, www.dpc.mar.mil.br Os coletes são classificados pela Marinha do Brasil em: Classe I: Fabricado segundo requisitos previstos na SOLAS e utilizados na navegação em mar aberto entre portos brasileiros e estrangeiros. Classe II: Utilizados em embarcações não SOLAS na navegação em mar aberto.
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Use seu equipamento, pois 9 em 10 afogamentos ocorrem em águas calmas, abrigadas e a poucos metros do resgate. A maior parte das vítimas tem o colete, mas não o vestem, quem está a bordo e não sabe nadar, deve permanecer vestido no colete mesmo em águas calmas. Antes de sair ao mar verifique se os coletes salva-vidas estão em bom estado, verifique se têm todas as fitas, os fechos ou rasgos. Verifique se a espuma permanece justa dentro do tecido, sobra de tecido pode indicar menor flutuabilidade em caso de ter sido utilizado como assento. Tenha sempre um salva-vidas para cada tripulante e do tamanho certo. Escolha seu colete conforme seu peso e tamanho. Alto ou baixo, gordo ou magro, sempre há um modelo adequado que o deixa com a flutuabilidade estável. Em caso de emergência relaxe e deixe o colete “trabalhar”, colocando a cabeça ligeiramente para trás. Cuide bem do seu equipamento, pois é ele que irá fazer a sua segurança, não corte, não altere a constituição de seu salva-vidas, ele é projetado e testado para a sua segurança. Não apóie objetos pontiagudos, não use-o como assento ou encosto, desta maneira ele irá perder a flutuabilidade. Mantenha-o afastado de fontes de forte calos e lave-o com água doce após o uso e seque-o em local ventilado. Procure não guardá-lo no barco por longos períodos. Com cuidados simples como este, você irá aumentar a vida útil do seu equipamento e sempre estará protegido em caso de emergência.
Classe IV: São os coletes utilizados para trabalho próximo à borda da embarcação ou plataforma, suspenso em pranchas ou outros dispositivos que corram risco de cair ma água acidentalmente.
Você sempre deve ter a bordo a quantidade de coletes dependendo da quantidade de tripulantes e passageiros, tamanho das pessoas a bordo, tipo de embarcação, local de navegação e atividade desenvolvida. Saiba e ensine como usar o colete salva-vidas, antes de sair ao mar, teste seu colete e instrua todos que estiverem a bordo sobre o uso correto, principalmente as crianças, sempre os mantenha vestidos com o colete salva-vidas o tempo todo, pois elas são imprevisíveis e acidentes podem acontecer.
Classe V: Para emprego exclusivo em atividades esportivas tais como Jet ski, banana boat, esqui aquático, para sail, pesca esportivas, embarcações de pequeno
Com simples cuidados e a sua utilização correta, você sempre terá seu equipamento em bom estado de uso e pronto para ajudá-lo sempre que precisar, seja consciente e aproveite muito bem o seu verão.
Classe III: Utilizados em embarcações empregadas na navegação interior (rios, lagos e beira-mar).
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porte e embarcações de esporte e/ou recreio de médio porte empregado na navegação interior.
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seguros
Sem surpresas
no verão
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Brasil é um país, como tenho escutado frequentemente, “sui generis” e na minha opinião realmente o é. Senão vejamos: Tem um clima e condições de mar privilegiados em quase toda a extensão do seu litoral que tem cerca de 8000 quilômetros. Levando isto em consideração poderíamos imaginar que a náutica seria uma atividade das mais desenvolvidas no quesito hobbies a serem praticados pela população, mas infelizmente não é exatamente assim. É comum dentro do meio ouvir-se falar que com a náutica temos dois prazeres, um quando se compra e outro quando se vende o barco. Porquê ainda continuamos ouvindo isto? Claro que, tratando-se de máquinas com certeza a manutenção é algo inerente e óbvio. Elas não duram para sempre e muito pelo contrário sem a devida atenção têm a vida útil extremamente reduzida. Agora imagine uma máquina na água, a maior parte delas boiando ou perto da água salgada. Pronto, chegamos no ponto nevrálgico da questão: Acredito que grande parte da desilusão que alimenta a famosa frase escrita acima vem justamente da manutenção que é necessária ser dada á embarcação. Infelizmente a grande maioria dos proprietários renega a manutenção preventiva ao último plano, e quando justamente chegar o verão e o barco estiver na água é que as “coisas começam a acontecer”. Quem do meio náutico não presenciou aquele desespero do “capitão”na beira do píer com o barco cheio de amigos e família procurando algum mecânico “bom e barato” que faça o motor do barco funcionar depois do mesmo ficar quase um ano parado? Não raramente o combustível também está
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Por: Pedro Simões Gerente de produto de Embarcações da Chubb do Brasil Cia de Seguros
armazenado no tanque por esse período. Acabamos de ter um dos maiores prazeres transformado em um suplício. De um modo geral todos nos atentamos em fazer as revisões do nosso carro com a freqüência correta pois ficamos com a preocupação de que a quebra do mesmo nos deixe a pé. A vantagem é que o carro funciona todos os dias e qualquer sinal de defeito é percebido pelo condutor que no menor espaço de tempo tentará solucionar o problema. E os barcos? Com certeza a necessidade de manutenção preventiva é muito maior, não só pelo tempo de inatividade, mas também pelo ambiente onde ficam, e aí volto novamente a afirmar que o Brasil é um país “sui generis”, ao ter um verão que dura o ano inteiro salvo algumas exceções, e a atividade náutica ser tão sazonal. Ainda se navega muito pouco por aqui. Felizmente o mercado de embarcações tem crescido regularmente e acredito que estamos indo num caminho saudável da disseminação da cultura náutica.
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Aqui vão algumas dicas: A primeira e mais significativa de todas... navegue, sempre, o máximo possível, conheça a sua embarcação, adquira experiência e mantenha uma relação de custo/benefício a mais positiva possível. Em geral os barcos não são tão baratos assim para se deixarem parados, seja o período que for. Ao adquirir o barco leia o manual do proprietário e siga os períodos de revisões indicados. Caso não tenha essas informações entre em contato com o fabricante para que o mesmo possa orientá-lo. As manutenções de motores são medidas por tempo (ex: uma vez por ano) e por horas de funcionamento. Tente seguir rigorosamente. Levar em consideração que em geral ao contrário do seu automóvel o responsável por efetuar a manutenção no seu barco se desloca até ao mesmo, e isso aumenta o tempo de atendimento e o custo, portanto não deixe para a última hora. Caso não tenha conhecimento de um profissional que possa atendê-lo nas revisões peça uma indicação do fabricante. Hoje em razão da alta tecnologia embarcada em motores marítimos não é qualquer mecânico “bom e barato” que poderá dar um jeitinho e essa alternativa ficará bem mais caro em um futuro próximo. Procure mão de obra especializada. Felizmente o mercado tem se tornado muito mais profissional, portanto desconfie de orçamentos com grande variação de preço. Peça também que os mesmos orçamentos venham com o maior deta-
lhamento possível do serviço a ser executado para que não surjam surpresas na última hora. Tente buscar informações sobre a regularidade desse mesmo profissional quanto ao cumprimento de prazos. Não é raro o serviço estender-se de tal forma que o verão se foi e o barco ficou no seco. Caso seja possível vá até à oficina base do profissional que o irá atender. Limpeza, organização e ferramental denunciam com clareza a qualidade do serviço a ser feito na sua embarcação. A disciplina na manutenção da sua embarcação é o quesito chave para que o verão possa ser passado tranquilamente, sem aborrecimentos ou intervenções de última hora. Até ao momento falamos de atitudes a serem tomadas para que se evite algo que é bastante provável de acontecer. E o que não está nem ao alcance de uma ótima manutenção? Como se proteger de uma situação sobre a qual não temos controle, o imponderável. Eis a receita: Faça um bom seguro da sua embarcação. Procure estar com coberturas bem determinadas com relação a valores no quesito material e responsabilidade civil, no mínimo. Entre em contato com um bom corretor, de preferência com experiência no ramo de embarcações de recreio, já que este tipo de seguro é bastante específico e exige conhecimento de causa. Acredito que com tudo isto, o sol e o vento na cara, a sensação única de liberdade e integração com a natureza estarão garantidos.
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Navegação Interior 1 - a realizada em águas considera-
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s Sinalizadores Pirotécnicos são equipamentos importantíssimos em qualquer prática náutica, uma vez que sempre estaremos expostos a falhas mecânicas, elétricas, humanas, mudanças repentinas no tempo, acidentes inesperados entre outras adversidades. E é neste momento que precisamos pedir socorro ou resgate, mas por motivo de pane elétrica os rádios da embarcação não funcionam e como ocorre até mesmo nas estradas por onde viajamos de carro, os telefones celulares ficam sem sinal impedindo uma comunicação instantânea para um pedido de socorro. E ainda que este pedido consiga ser feito via rádio ou celular é comum ouvir relatos de que a embarcação de resgate esta a poucos metros da embarcação que esta a deriva e elas não se avistam devido à forte movimentação do mar, e nesta hora o sinalizador pirotécnico deve ser acionado acabando com a agonia dos envolvidos na tensa missão do resgate. Outro fato muito comum é o descumprimento da norma que determina o uso de artefatos pirotécnicos alegando que não costuma navegar a noite, neste caso além de estar se descumprindo a norma e ficar sujeito a multa, o comandante da embarcação deve entender que caso ele tenha um imprevisto durante o dia, o socorro ou resgate pode chegar só ao anoitecer, e ainda lembramos que em qualquer área de navegação a MARINHA DO BRASIL exige sinalizadores para serem utilizados durante o dia e durante a noite. É muito importante que as pessoas a bordo saibam como funciona cada um dos sinalizadores, observando seus rótulos e até consultando o fabricante em caso de dúvidas, pois já ocorreram situações onde o usuário não obteve o resultado esperado do artefato por ter manuseado de forma errada o equipamento. A segurança a bordo de qualquer embarcação esta diretamente ligada ao cumprimento das normas determinadas pela Marinha do Brasil, em especial a Normam 03 conforme segue abaixo:
Seção I Normas de tráfego e permanência 0403 - Prescrições de caráter geral
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0417 - Dotação de artefatos pirotécnicos 2 fachos manuais luz vermelha 1 sinal fumígeno flutuante laranja
Navegação Interior 2 - a realizada em águas consideradas abrigadas, tais como hidrovias interiores, lagos, lagoas, baías, angras, rios, canais e áreas marítimas, onde eventualmente sejam verificadas ondas com alturas significativas e/ou combinações adversas de agentes ambientais, tais como vento, correnteza ou maré que apresentem dificuldades ao tráfego das embarcações (arrais amador, veleiro e motonauta).
0417 - Dotação de artefatos pirotécnicos 2 fachos manuais luz vermelha 1 sinal fumígeno flutuante laranja
Navegação Costeira - aquela realizada entre portos nacionais e estrangeiros dentro do limite da visibilidade da costa, não excedendo a 20 milhas náuticas (mestre amador); 0417 - Dotação de artefatos pirotécnicos
3 foguetes manuais de estrela vermelha com pára-quedas 3 fachos manuais luz vermelha 3 sinais fumígeno flutuante laranja
Navegação Oceânica - também definida como sem limites (SL), isto é, aquela realizada entre portos nacionais e estrangeiros fora dos limites de visibilidade da costa e sem outros limites estabelecidos (capitão amador). As Áreas de Navegação Interior e Mar Aberto são delimitadas pelas CP/DL/AG com base nas peculiaridades locais, e constam nas respectivas Normas e Procedimentos (NPCP/ NPCF) de cada uma. As embarcações que operam nas duas áreas de navegação interior deverão atender aos requisitos técnicos estabelecidos para as embarcações que operam na Área 2.
0417 - Dotação de artefatos pirotécnicos
Independente do disposto nestas normas é responsabilidade do comandante dotar sua embarcação com equipamentos de salvatagem e segurança compatíveis com a singradura que irá empreender.
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das abrigadas, tais como hidrovias interiores, lagos, lagoas, baías, angras, rios, canais e áreas marítimas, onde normalmente não sejam verificadas ondas com alturas significativas e que não apresentem dificuldades ao tráfego das embarcações (arrais amador, veleiro e motonauta).
4 foguetes manuais de estrela vermelha com pára-quedas 4 fachos manuais luz vermelha 4 sinais fumígeno flutuante laranja
www.indiospirotecnia.com.br
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cera
Cera náutica o protetor solar da sua embarcação.
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om o verão chegando é a época que mais utilizamos a embarcação é quando ela fica mais exposta ao sol e recebe com mais intensidade os raios ultravioleta que passam com facilidade pelo buraco na camada de ozônio, mais conhecidos como raios uva e uvb esses raios ultravioletas tem sua maior radiação justamente quando a embarcação esta navegando ou fundeada (durante o dia entre as 10:00 e 16:00 horas são quando a radiação tem seu pico Maximo por isso que os especialistas recomendam o uso protetor solar no corpo das pessoas).
É contra indicado o uso de cera automotiva o nome já diz é para ser utilizada em carros.
Na embarcação não é diferente para podermos preservar ainda mais a fibra da embarcação temos que aplicar regularmente uma camada de cera náutica de boa qualidade.
Solução para sua proteção.
Cera náutica de boa qualidade são desenvolvidas com formulações especiais para o uso náutico que criam uma barreira no gel protegendo do envelhecimento causado pelos raios ultravioleta e pela ação da água salgada .
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Perigo dos raios uv na embarcação: • Oxidação na fibra. • Amarelamento do gel • Deixa o gel opaco sem brilho. • Queima as cores do gel colorido. • Acelera o processo de envelhecimento do gel. Aplicar cera náutica liquida periodicamente são mais fáceis e duráveis.
Dica Utilizar capa de cobertura náuticas sempre quando a embarcação ficar parada ,quando não for utilizada tanto na marina como na poita.
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aniversário
Radical Peças comemora 6 anos de atividade
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omemorando seus seis anos de atividade, a Radical Peças realizou no dia 8/11/2009 o seu já tradicional evento de aniversário, o VI Churraski em São Vicente, SP. O Grupo Radical peças, através de seu fundador, Adriano Defendi, foi criado à 6 anos com o objetivo de vender peças náuticas, atender os consumidores finais, mecânicos e oficinas especializadas. Hoje, totalmente consolidada no mercado náutico brasileira, a Radical Peças, conta com duas unidades em São Vicente, litoral de São Paulo, uma para a venda e distribuição de embarcações, peças e acessórios, que atende todo território nacional e a outra unidade conta com uma moderna e sofisticada oficina especializada em mecânica e retífica de motores. Além disso, eles oferecem as melhores marcas de peças e acessórios nacionais e importadas para qualquer marca ou modelo e distribuem Jets Sea-Doo, Yamaha, Kawaski, Qua-
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driciclos ATVs e motores de popa Yamaha, Mercury, Evinrude e Johnson. O evento contou com muitos clientes e amigos e a diversão foi garantida ao longo do dia com muita música, churrasco e apresentações de Jet Ski. “ Foi muito bom estar entre amigos e para a loja foi um enorme presente receber tantos clientes de outras cidades e estados, tais como Bahia, Belo Horizonte e Interior de São Paulo, mostrando o reconhecimento do trabalho sério que nossa empresa vem realizando”, relatou Adriano Defendi, proprietário da loja. O Grupo Radical Peças oferece tudo em um só lugar: assistência técnica, restauração, boutique e peças, além de Jets novos e semi-novos.
www.radicalpecas.com.br (13) 3561-4486
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motores
Manutenção de motores Aquecimento
Por: Luciano Westphal
Power yachts - Concessionário Mercruiser - Guarujá
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hegou o final de semana e você prepara tudo para sair com sua embarcação, convida os amigos, prepara a comida, a bebida e sai para o mar. Quando você acha que está tudo perfeito, toca o alarme de temperatura do motor.
O que aconteceu? Muitas vezes os problemas nos motores não são visíveis e nos pegam de surpresa. O aquecimento do motor pode acontecer devido a vários fatores, mas pode ser evitado fazendo uma correta manutenção preventiva.
Motores Gasolina Os motores gasolina geralmente V6 e V8 são fabricados com muitas peças em ferro fundido, escapamentos, curvas de escapamento, carcaça da válvula termostática e etc. Estas peças têm o contato direto com a água salgada, portanto a vida útil vai depender de uma boa manutenção. A maneira mais simples para evitar a corrosão destas partes é funcionar o motor com água doce logo após a retirada da embarcação do mar, nunca devemos deixar o motor para adoçar no dia seguinte, pois o mesmo ficará cheio d’água salgada nas partes internas aumentando a corrosão o que acaba obstruindo as passagens da água, conseqüentemente fazendo o motor aquecer.As muflas e curvas das muflas tem vida útil e devem ser substituídas de acordo com o fabricante de cada motor.
Motores Diesel Os motores Diesel possuem um sistema fechado de água doce que circula nas partes internas do motor, mas não estão livres dos problemas de corrosão. Os trocadores de calor são resfriados com a água do mar e conseqüentemente também podem sofrer corrosão e diminuir a quantidade de passagem da água, fazendo com que o motor aqueça. Na maioria dos motores a Diesel o circuito de água doce é fechado e possui aditivo de radiadores (anti corrosivos), estes devem ser substituídos de acordo com o que cada fabricante indica para que não perca sua eficiência. Vale lembrar que a limpeza dos trocadores de calor, after coolers e a troca de seus anodos também fazem parte desta manutenção preventiva.
Rotor de bomba dágua O rotor da bomba d’água salgada é uma importante, peça que também deve ser verificada e substituída periodicamente. Esta é responsável pela sucção da água salgada do mar e circulação da água nas partes internas do motor. A quebra do rotor da bomba d’água resultará num aquecimento imediato do motor.
www.poweryachts.com.br Tel: (13) 3351-1251
Mufla enferrujada internamente After cooler corroído pelo sal
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Bomba d’agua motor v8 gasolina
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ecologia
A palavra é sustentabilidade Por Paulo Thiago Lopes Silva Projetista da Empresa Terramar Instrumentos Náuticos
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ste mês tinha em mente dar seqüência a matéria “pequenos reparos com multímetro”, já que recebi inúmeros e-mails de leitores que se entusiasmaram e principalmente se aventuraram com êxito nos reparos em suas embarcações, entretanto nesta oportunidade, e ao contrário do costume, este espaço não lhe ajudará a consertar, comprar ou trocar qualquer coisa de interesse próprio ou paralelo, o objetivo é lhes conscientizar de uma causa bem maior. A relação do homem com o mar é antiga e possui um sentido muito mais profundo do que habitualmente ousamos estabelecer, afinal do mar, dos oceanos, evoluiu a vida que hoje habita esse planeta e que culmina no aparecimento da espécie que atualmente mais ameaça seu equilíbrio, o Homem. Quantas vezes você já não saiu para passear com sua lancha ou veleiro e passou por uma garrafa plástica boiando? Por uma mancha de óleo? Por restos de lixos estacionados em nossos litorais? E isso quando esse mesmo lixo não lhe faz o favor de entupir as entradas do motor da sua embarcação...desagradável não? Você poderá até argumentar e dizer que tais fatos decorrem da falta de tratamento dos efluentes domésticos urbanos e industriais ou até mesmo da falta de educação das comunidades litorâneas. Concordo. Mas concordo também que nós, amantes da náutica somos responsáveis por uma atitude pró-ativa de conservação, e como “cidadãos náuticos”, devemos nos condicionar na adoção de práticas ambientalmente corretas não só dentro do perímetro de nossas embarcações mas também em seus entornos. O que busco com este pequeno artigo é auxiliar no despertar de uma consciência de sustentabilidade, por parte do apaixonado pela atividade náutica desportiva e de lazer no Brasil, com o meio ao qual desfruta e habita, seja por alguns dias ou até mesmo por poucas horas no mês. É estabelecer uma consciência náutica de responsabilidade que vai do macro ao micro, não só
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do grande derramamento de óleo ou da falta de estrutura publica no tratamento de esgotos, mas também da causa da ineficiência energética em sua embarcação ou do destino que é dado ao óleo de cozinha utilizado enquanto a tripulação está à bordo, por exemplo. Pequenas atitudes e investimentos fazem grande diferença no impacto que seu lazer traz ao meio ambiente, por isso planeje com inteligência o uso do seu gerador, saiba que existem equipamentos que partem este equipamento apenas quando há uma extrema necessidade, efetue as manutenções preventivas em seus motores, lembre-se também que, não apenas máquinas movidas a combustível podem lhe proporcionar energia elétrica, há também fornecedores movidos a energia solar e eólica que podem diminuir ainda mais o uso de seus poluidores e ainda diminuir seus gastos no posto de reabastecimento. As ações são inúmeras, por isso a idéia é conscientizar. Lembremos que estamos aqui de passagem, e que de nossas atitudes dependem as gerações futuras para o planeta a que vão encontrar. Um grande abraço desse nobre que lhes escreve, e não esqueça! Sustentabilidade, este é o lema!
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combustível
A quem você confia o abastecimento do seu barco?
Por: Adner Gomes
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palavra abastecimento origina-se do latim bastare (sec.XIV) que significa levar, suportar, bastar, ser bastante, ser suficiente e que no mais atual português é ação ou efeito de abastecer(-se), apetrechar(-se), aparelhar(-se); fornecimento, provimento, na quantidade ideal, de alimentos, materiais, ferramentas etc. a pessoas ou a coisas que deles dependam. Seguindo esse raciocínio, para que seja feito o abastecimento de qualquer coisa é necessário que quem abastece esteja aparelhado para fornecer, na quantidade ideal e da melhor maneira a quem precisa ser abastecido. Desta forma, quando você pensa no abastecimento do seu barco, seja ele de pesca ou lazer, deve levar em conta QUEM e O QUE de fato é feito no sentido de atender a essa sua necessidade.
tível de qualidade até o atendimento de todos os requisitos ecológicos necessários. E para que tudo aconteça de forma integrada e com a máxima qualidade, a equipe de trabalho tem que ser treinada e habilitada em toda a cadeia de tarefas até chegar no objetivo principal: cuidar do abastecimento do seu barco. Fica claro que por trás de toda essa estrutura deve estar uma empresa profissional, sólida e responsável que prime pela excelência no trato com a responsabilidade social, o cuidado com o meio ambiente, o relacionamento com a comunidade aonde atua e transmita não só pela sua imagem, mas principalmente pela sua atuação, a segurança de um serviço prestado com rigoroso profissionalismo.
As instalações do Posto, neste caso, devem obedecer a diversas leis e normas de órgãos como CETESB, Secretaria do Meio Ambiente, Bombeiros que nem sempre são percebidas apenas na aparência externa.
O Grupo Risel, com 59 anos de experiência no mercado de combustíveis está habilitado e certificado para poder lhe oferecer qualidade, garantia de abastecimento, horários estendidos em feriados e temporada e uma loja de conveniência com as demandas do segmento náutico.
Além disso, o abastecimento do próprio Posto requer vários cuidados que vão desde a escolha do combus-
Portanto verifique antes e confie o abastecimento do seu barco a alguém realmente D\CONFIANÇA!
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esporte
Novidades que estão bombando no wakeboard nacional Cable Cable Park é um local turístico que tem como atração principal um equipamento chamado Cable Way - um sistema de torres, cabos de aço, motor elétrico e tecnologia precisa - que permite a prática de qualquer modalidade de esqui aquático ou wakeboard a um grande número de pessoas por dia, de forma segura e ecologicamente correta. Com esse sistema, o praticante pode dar a volta em um lago segurando-se no manete que é preso ao cabo principal. O Cable Park é o lugar ideal para aprender wakeboard ou andar pela 1ª vez para ver se gosta (e cuidado, vicia)! E tambem possui equipamentos para iniciantes, incluindo pranchas para ir de joelhos, esquis e outros.Na verdade, é considerado por muitos “uma maquina de fabricar atletas” pois é mais acessivel começar a andar de wake no cable do que em barcos, além de ser mais atraente para iniciantes que estao afim e começar no esporte, já que no Cable voce fica bem proximo de todos que estao andando e pode entrar a hora que quiser.. Voce nunca andou e esta lendo esse paragrafo por que esta afim de tentar? Demorou, o Cable é diversao garantida para novatos, intermediários, pros, kitesurfistas, e etc... 1. O que faz o cable ser tão popular no mundo? Cable Parks não poluem, não fazem barulho e proporcionam um ambiente jovem, radical e familiar ao mesmo tempo. É o ponto de encontro de praticantes e simpatizantes de vários esportes como Esqui Aquático, Knee Board, Slalom, Wakeboard, Wakeskate, Kitesurf, entre outros. 2. Como é o funcionamento de um Cable Park? Os cabos que rebocam os praticantes são suspensos no ar por um conjunto de torres que dão a volta em um lago. Estes cabos são movimentados por um motor elétrico em conjunto com um mecanismo que desengata o manete do rider que cair e engata o manete do próximo da fila, sem que o equipamento precise parar. Dessa forma, 9 riders poderão andar simultaneamente
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O grande barato do cable são os obstáculos: silders, corrimões e rampas são a grande diversão. Sem contar a saída dos obstáculos, que são um prato cheio para os grabs e rotações. Andar no cable e no barco são atividades que se complementam. Depois de algumas sessions no cable certamente sua base vai melhorar e você vai tentar novas manobras na marola.
Mais informações: www.nagacp.com.br
Clinica O que é uma Clínica? É um curso intensivo de wake durante alguns dias. Basicamente é uma viagem para aprender e evoluir no esporte, onde os participantes ficam hospedados na frente da represa, fazendo várias sessions e sendo intruídos por atletas profissionais. Além de aprender wakeboard, também aprende-se vários macetes em relaçao a dirigir o barco, arrumar os lastros, tamanhos de cabo, regulagem e variações de equipamentos, trasporte de combustível, e muitos outros assuntos que envolvem a prática de esportes aquáticos
Perguntas Frequentes 1. Pode andar quantas vezes e por quanto tempo? Rolam muitas sessions. Cada escola / clínica tem suas regras, mas basicamente você vai andar o máximo que conseguir, sempre em barcos específicos para wakeboard.
2. Não sei levantar, posso ir na Clínica? Esse tipo de aula intensiva é para todos níveis. Para iniciantes é perfeito, pois para começar a aprender sozinho normalmente a pessoa faz muita força de maneira errada, e acaba aprendendo a andar com postura ruim, depois de muito esforço por falta de instrução. Para os mais avançados, a clínica é o ideal para aprender o primeiro invertido e spins, e evoluir com menos quedas. É muito bom iniciantes andarem com avançados para entender melhor o esporte, e os instrutores sempre fazem sua session para treinar e inspirar os alunos. 3. Quem são os instrutores? Marcelo Giardi “Marreco”, eduardo Martins “Jovem” e Bruno Sandoli “Josh”, atletas envolvidos com o esporte há muito tempo, de nível profissional. 4. O que rola durante as noites numa clínica de wake? Fora da água normalmente rola cama elástica para treino seco, filmagem da própria session para análise teórica pela TV, vídeos de wake com comentários dos instrutores e aulas teóricas, análises de revistas de wakebaord e muito video game. 5. Meu filho de 10 anos pode ir? Meu pai de 50 pode ir? Clínicas são seguras para todos os níveis e idades. É um serviço que surgiu para atender a galera que quer evoluir no esporte e gosta de ficar no barco andando e vendo wake o dia inteiro. Não importa a idade, o que importa é a pilha.
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charters
Mister T
Viagens incríveis em luxuosos iates Sonhar com férias a bordo já não é privilégio só dos proprietários de grandes barcos
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magine um cruzeiro pelas paradisíacas ilhas do Caribe. Ou então pelos luxuosos e sensuais cenários do Mediterrâneo... ou ainda pelas exóticas e quase intocadas maravilhas do Pacífico Sul. E, claro, pela exuberante paisagem da costa brasileira. Agora pense nessa viagem a bordo de um iate privativo, repleto de luxo e conforto, que tenha uma tripulação muito bem treinada para prestar todos os serviços - e mimos - enquanto sua única preocupação a bordo é relaxar, saborear deliciosos pratos elaborados por chefes de cozinha e divertir-se. Se achar que esse seria o modelo ideal de um cruzeiro inesquecível, então comece a sonhar. Mesmo que não seja dono de um iate. Navegar em águas paradisíacas, sentindo-se na própria casa, já não é privilégio só dos proprietários de grandes iates. Com mais de 25 anos de experiência em embarcações, a Regatta Yacht Charter é especializada em organizar férias a bordo de iates de luxo, privados. “Nosso objetivo é fornecer informação precisa ao cliente para que ele possa desfrutar de um passeio inesquecível com segurança, luxo, total privacidade e muito conforto a bordo”, explica Luciane Reinbrecht, representante da Regatta Yacht Charter, especializada em encontrar a embarcação que mais combina com seu estilo de vida, no lugar dos seus sonhos, atendendo as mais exigentes expectativas.
As embarcações
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Iates a vela, a motor ou catamarãs. Todos os barcos oferecem centenas de brinquedinhos aquáticos, como caiaques, esquis, jet-skis e windsurfe. As atividades a bordo, porém, não estão limitadas ao iate escolhido. Há ainda oportunidades de fazer passeios em terra firme, incluindo caminhadas, visitas a locais históricos, cassinos e shoppings. BOATSHOPPING
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A oferta barcos é variada. Dos espaçosos catamarãs a partir de 50 pés – com preços bem acessíveis -, passando por iates esportivos com mais de 100 pés, até navios, ou superiates, para usar o termo mais adequado, com mais de 80 metros de comprimento e diversos andares, não há limite para quem quer ousar. Totalmente personalizados, esses superiates geralmente são de particulares e alguns já pertenceram – ou pertencem - a reis, sultões ou milionários famosos.
Os destinos O convidativo sol do Caribe, o glamouroso mar do Mediterrâneo, a inusitada paisagem do Alasca, as exóticas ilhas do Pacífico Sul ou do Oceano Índico e até a costa brasileira estão entre os roteiros que poderão ser percorridos a bordo de luxuosas embarcações. As embarcações disponíveis para charter correm o mundo. Normalmente fazem rotas no Caribe entre dezembro e março. Quando começa a temporada de calor no hemisfério norte, entre abril e setembro, migram para o Mediterrâneo. Além de roteiros incríveis pelos mares que banham a Europa, há pelo menos dois eventos badaladíssimos que centenas de milionários e famosos fazem questão de estar presente e poder receber clientes ou amigos a bordo de um megaiate: o Grande Prêmio de Mônaco de Fórmula 1 e o Festival de Cinema de Cannes. Essa disputa pelas embarcações mais portentosas faz com que as reservas sejam feitas com pelo menos um ano de antecedência para se ter algum sucesso. Na Europa, um dos destinos mais procurados do momento – e ideal para ser feito de abril a setembro -, é a Croácia. Banhado pelo Mar Adriático, esse país do leste europeu oferece um recheado roteiro histórico-cultural com centenas de paraísos intocados. São mais de 100 ilhas de beleza exuberante. Essa rota recém explorada já vem sendo chamada de a nova Côte d’Azur.
Mas não é o único paraíso do velho continente. A Costa Amalfitana assim como todo o sul da Itália e as ilhas gregas são eternos roteiros apaixonantes. O mesmo pode-se dizer das ilhas da costa leste da África, Maldivas e Seychelles, e das ilhas do Pacífico sul, marcadas por seu exotismo cultural. Sem contar os destinos de belezas exuberantes no mar azul-esverdeado do Caribe. Há ainda charters corporativos. Os aluguéis das embarcações estão disponíveis tanto no Caribe quanto no Mediterrâneo. No Brasil, também há algumas embarcações. Nomes e principais características de algumas embarcações disponíveis para charter:
Mister T Tipo: barco a vela Tamanho: 62 pés Acomodação: 8 pessoas em 4 cabines Tripulação: 2 pessoas Lazer a bordo: 2 seascooters, equipamento de pesca submarina, snorkel, wakeboard, bote de apoio de 12 pés Preço estimado de uma semana a bordo: US$ 29 mil
Aqualibrium Tipo: barco a motor Tamanho: 131 pés (cerca de 40 metros de comprimento) Acomodação: de 8 a 10 pessoas em 5 cabines Tripulação: 4 pessoas Lazer a bordo: 3 jet ski, wakeboard, esquis aquáticos, snorkel, 1 bote de apoio de 31 pés, 1 lancha de pesca de 17 pés com todo equipamento necessário, infláveis (colchões, bóias, decks), karaokê, conexão para Ipod em todo o barco Preço estimado de uma semana a bordo: US$ 150 mil
Symphony Tipo: barco a motor Tamanho: 112 pés Acomodação: 8 passageiros em 4 cabines Tripulação: 5 pessoas Lazer a bordo: 1 bote de apoio de 18 pés, snorkel, 2 jet ski de dois lugares, 2 caiaques com fundo transparente, Banana, 1 lancha de pesca em alto mar de 29 pés, piscina de hidromassagem no deck, equipamento de ginástica, 2 bicicletas, playstation Preço estimado de uma semana a bordo: US$ 65 mil
Quem leva Regatta Yacht Charters - A Regatta, uma das maiores redes de produtos náuticos do país, abriu um departamento especializado em charter. Anualmente, seus operadores percorrem as principais feiras náuticas do mundo para conhecer de perto as embarcações e o que elas oferecem a seus hóspedes
Contato: (11) 7612-0905 ou 5538-3416 Luciane Reinbrecht
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gastronomia
Passeio de lancha com sabor japonês
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ue tal sair com seu barco e saborear um sushi a bordo? É o que o Porto Kiosk Sushi em Ilhabela proporciona para seus clientes.
Fundado em dezembro de 2003, o restaurante, que é considerado o melhor japonês do litoral norte, conta com poitas, botes de apoio e rodo píer para comodidade no embarque em desembarque.
para quem aprecia uma saborosa culinária após um dia de praia”, completa a empresária. O Porto Kiosk Sushi também oferece serviços diferenciados durante o dia, como massagem em bangaloo, situado no deque do restaurante, está localizado na praia de Itaquanduba em Ilhabela. As reservas podem ser feitas por telefone ou via rádio VHF.
Durante o dia petiscos de praia, casquinhas de siri, pastéis, porções, sucos e lanches naturais complementam o menu; já à noite, o sotaque oriental toma conta do Kiosk com um Buffet variado de pratos quentes, frios, robbatas feitas na hora e claro, sushis e sashimis. “Desde a inauguração há um enorme cuidado em preservar a tradição japonesa nos pequenos detalhes; desde a seleção dos ingredientes até o preparo e apresentação” revela Maria Virgínia Moller, proprietária do restaurante. “A decoração maori proporciona uma atmosfera agradável para passar bons momentos à beira mar e o sushi a bordo é uma prática opção
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Av. Almirante Tamandaré, 304 Ilhabela – SP Reservas: 12 3896-1243 VHF:DELTA 38 23º 47’’ 9’ S 45º 21’’ 9’ W
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