Revista Boat Shopping #39

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BARCOS

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38 LANÇAMENTO DE LUXO REAL TOP 350 42 Espaçosa e valente INTERMARINE 53 48 Muito espaço e performance SEGUE 32 54 Uma argentina bem brasileira 20 60 ALAUNCH “pequena” obra de arte ARMADA 380 66 DNA vencedor F54 72 ASESSA monarquia Sessa BENETEAU OCEANIS 45 80 Melhor da Europa 92 ACONSTRUÇÃO lei de Murphy 96 OQUALIDADE custo do (não) treinamento 4 BOAT XPERIENCE 100 Sucesso e consolidação

152 MARINE BOAT RALLY UBATUBA 156 Precisão também é diversão LEVEFORT 160 Meio século de brilho PIONER 162 Opção pela segurança FERRETTI DAY 164 Feliz ano velho INTERMARINE CELEBRATION 166 Intermarine começa 2012

Boat International Brasil

Marine Boat Rally - Floripa tem

com festa

BENETEAU DAY 168 Três é demais

SEÇÕES

no Guarujá

124 MIAMI BOAT SHOW 2012 VOLVO OCEAN RACE 130 Parada obrigatória SUZKI JIMNY 144 OCOPA vento vai roncar em Ilhabela KIA MOTORS 148 5ªCOPA Copa Kia Motors

Um show de barcos

26 ATUALIDADES 32 HISTÓRIA 34 FRASES 36 CURIOSUDADES DA INTERNET 86 GLOSSÁRIO 88 POR DENTRO DO SEU BARCO 172 PERGUNTE AO CAPITÃO 78 COLUNA DO NASSEH 1 82 LIFESTYLE 1 84 MODA 1 90 ENTREVISTA 1 192 VITRINE 94 ECOLOGIA 1

LOGO FSC APLICAR NA GRAFICA Editor Responsável > Caio Marcio Gerente de Operações > Caio Ambrosio Editora de Arte > Júlia Melo www.juliamelo.com

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Redação e Publicidade > Rua Helena, 280, Vila Olímpia / CEP 04552-050, São Paulo, SP Para anunciar > F. (11) 3846.2364 / boatshopping@terra.com.br

Assistente de Arte > Beatriz Possebon

Críticas e Sugestões > caio@boatshopping.com.br

Assistente de Produção > Kadu Abreu, D. Martins, Pedro Ambrosio

As opiniões expressas em artigos e entrevistas são de inteira responsabilidade dos articulistas ou entrevistados. É proibida a reprodução total ou parcial dos artigos e matérias sem prévia autorização.

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E DITORIAL Enfim o ano começou, passamos por todas

as festas de final de ano e carnaval. Aproveitamos muito bem esses dois meses, com muito sol, praia e é claro, navegando. Tivemos muitos momentos agradáveis durante o verão, mas não podemos esquecer de alguns incidentes que mancharam o mundo náutico nos últimos tempos. Começando pelo mais famoso de todos eles, o Costa Concordia, imprudência de um capitão que acabou com a vida de 30 pessoas, os constantes acidentes com “jet-skis” (motos aquáticas), mas a Marinha do Brasil esta levando esse assunto de maneira muito correta e novas regras estão sendo criadas para, nós, usuários, termos mais segurança. Deixando esses assuntos chatos de lado, e que não podem ser esquecidos, vamos falar de coisas boas. A Revista Boat Shopping realizou mais uma edição do Salão Náutico do Guarujá, o Boat Xperience, e nesta edição do evento, as grandes empresas do setor apoiaram essa nova fase de eventos e colocaram de uma vez por todas, a feira no calendário de eventos náuticos do Brasil. O Salão foi um verdadeiro sucesso, tanto em número de visitantes, quanto no volume de vendas, demonstrando como o mercado esta aquecido. Anunciamos na edição passada, a chegada da revista Boat International no Brasil. Trata-se do maior grupo de

mídia náutica do mundo, com 7 publicações e presente em 58 países, e agora, nós, brasileiros, teremos acesso ao mesmo conteúdo que o mundo inteiro lê, em português. Temos o prazer de anunciar essa parceria entre a Boat Shopping e o Boat International Media Group. E claro, a Boat Shopping, que você já esta acostumado, fica mais forte do que nunca. Nesta edição, você vai perceber que atualizamos o layout da revista, estamos adequando o conteúdo, que você leitor, já esta acostumado, ao um novo formato, muito mais moderno, proporcionando uma leitura muito mais gostosa. Aproveitem tudo, o que nós da Boat Shopping e Boat International Brasil, estamos fazendo exclusivamente pra você. Boa Leitura! Caio Ambrosio


A EMOÇÃO VAI MAIS LONGE COM A YAMAHA Mais de 7 mil km de costa. Mais de 55 mil km² de rede fluvial. No Brasil, são muitos os lugares em que a maior parte das atividades profissionais e de lazer está ligada a água ou depende exclusivamente dela. Por isso, não basta que os motores de popa sejam excelentes. Eles precisam também, oferecer o máximo desempenho, economia e durabilidade nas condições locais, além de suporte técnico sempre presente e o melhor valor de revenda. Coisas que, juntas, se traduzem em confiança.

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A TUALIDADES

MOVIDA A ÁGUA Depois de muitas promessas, uma lancha que usa hidrogênio da água do mar nos motores já navega na França

Praticamente todos os meses alguém anuncia o projeto de uma lancha revolucionária e ecológica que vai salvar o mundo. Se todas elas saíssem do papel, nossos problemas estariam resolvidos. Por isso, quando a notícia da Luxury Mig 765, da francesa Quimperié, chegou por aqui, ninguém se abalou muito. Até descobrirmos que ela já navega na Europa. A Mig 765 é capaz de retirar hidrogênio da água do mar para usá-lo como combustível do motor 350 MAG supercharged. Ao contrário de outros projetos ecológicos, essa lancha de 22 pés prima pelo desempenho e, segundo o fabricante, pode atingir até 70 mph (113 km/h). Os únicos resíduos que o barco produz são vapores de água. Todos os aparelhos elétricos, como o painel de controle touchscreen de 10 polegadas, o guincho de âncora, o sonar de profundidade,

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o sitema de áudio, GPS, iluminação de navegação a LED, câmera retrovisora de popa, são alimentados pelo gerador de hidrogênio. Ainda segundo a Quimperié, o barco não vai precisar ser recarregado e nem de ter baterias. Sem tanques de hidrogênio a bordo, a empresa resolveu dois problemas: o do espaço e o da segurança. Como nem tudo são flores, a empresa não divulgou detalhes de como o barco vai transformar água em hidrogênio sem o auxílio de outro combustível ou de uma recarga na tomada. Afinal, como será possível dar a partida em um barco que não tem nem baterias nem tanques de combustível? Essas respostas aparentemente só serão respondidas na segunda metade deste ano, quando a Luxury 765 deve ser lançada, com o preço de US$ 329 mil. Além de veloz, ela conta com solário, banheiro, interior em couro, chuveiro retrátil e piso de teca. A notícia é tão boa, que ficamos ansiosos, e também um pouco céticos, para conhecê-la.


NÚMERO DE SUPER-IATES DIMINUI, MAS TAMANHO CRESCE No ano passado, o mundo produziu menos desses gigantes com mais de 30 metros, mas tamanho médio aumentou Até os donos de super-iates parecem ter sentido na pele os efeitos da crise internacional. No ano passado, só 173 super-iates (com mais de 30 metros) foram fabricados. São 27 a menos do que em 2010 e 97 a menos do que 2008, quando tudo ia muito bem, obrigado. A boa notícia é que o tamanho combinado deles aumentou de 20 para 23 metros. Ou seja, estão saindo menos barcos do estaleiro, mas os que saem são ainda

maiores do que a média dos anos anteriores. O maior iate do mundo é o Eclipse, de 164 metros. Os rumores são de que seu proprietário, o russo Roman Abramovich, pagou US$ 660 milhões pelo brinquedo, que inclui minisubmarino, salão de beleza, dois helipontos, 15 quartos e um total de 75 funcionários e tripulantes. No ano passado, Abramovich chegou a alugar o barco pelo preço de US$ 2 milhões a semana. Só para conhecidos, claro.

BROKER DE BECA E CANUDO Universidade do Broker recebe 192 alunos na Flórida O Yacht Brokerage University é um encontro onde representantes de estaleiros de todo o mundo discutem maneiras de otimizar o trabalho de marketing (e consequentemente de vendas) de seus produtos. No último desses encontros, realizado em Fort Lauderdale, na Flórida, 192 brokers assistiram apresentações e palestras sobre como envolver os consumidores usando as mais recentes tecnologias digitais, incluindo aplicativos de iPad e iPhone, além de dicas de como trabalhar ideias de marketing em múltiplas plataformas. É a arte de vender sonhos agora no mundo digital.

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A TUALIDADES

PIRATAS TIRAM O SOSSEGO DE TURISTAS EM PARATY

Cidade, que ganhou status de paraíso bucólico beira-mar teve três casos recentes de roubo com agressão Depois de ganhar a internet, foi a vez da revista Veja repercutir os relatos de assalto e violência cometidos recentemente em Paraty, no litoral Sul do Rio de Janeiro. Verdadeiro refúgio de tranquilidade, no meio do caminho entre Rio e São Paulo, Paraty sempre foi um paraíso para navegadores que desejavam descobrir novas praias e até pernoitar em completo sossego, fora dos iate-clubes e marinas. Pois um assalto à família de um médico nas proximidades da ilha do Cedro, no dia 20 de janeiro, acabou fazendo com que a polícia descobrisse outros dois assaltos com características semelhantes, que envolveram tortura e crueldade por parte dos criminosos. “Crianças, mulheres e adultos foram todos obrigados a se despir e assim manietados com algemas plásticas. Receberam, sem motivo algum, por simples maldade ou intenção de submetê-los psicologicamente, coronhadas de revolver, socos e pontapés. Divididos em dois grupos, foram torturados separadamente para que contassem onde haveria outros valores além daqueles de que os bandidos já haviam se apossado. No filho do proprietário, também médico, cutucavam a ponta de uma faca no

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pescoço, e enfiaram em sua cabeça um saco plástico, apertando-o para impedir sua respiração até o ponto do desmaio. Ameaçaram também, várias vezes, jogá-lo na água assim algemado, bem como seus idosos pais”, afirmava o relato que circulou em redes sociais. Os outros dois roubos aconteceram no saco da Cotia e no Saco do Mamanguá, único fiorde brasileiro. A notícia não poderia ser mais desanimadora. Muitos navegadores são contra sua divulgação, porque espantaria turistas. Mas a segurança vem em primeiro lugar, e esperamos que a polícia haja rapidamente nesses casos. Qualquer pessoa que tenha informações deve apresentar a denúncia. Esses bandidos estão se aproveitando da fragilidade de embarcações solitárias e de navegadores que buscam tranquilidade. Enquanto os crimes não são resolvidos, o Consig, Conselho para o Desenvolvimento Sustentável da Baía da Ilha Grande, formado por empresários e ONGs, recomenda que turistas evitem dormir em embarcações fora de marinas e iate clubes da região.


DE MALAS PRONTAS O Brasil já definiu quase todos os representantes da Vela na Olimpíada deste ano. Saiba quem são eles e quais as chances de cada um

ALÉM DE ROBERT SCHEIDT E BRUNO PRADA (ACIMA) VEJA QUEM TAMBÉM JÁ SE CLASSIFICOU:

Scheidt é um dos sete nomes já confirmados para a Olimpíada de Londres. Ao lado de seu parceiro Bruno Prada, ele venceu as duas competições seletivas, foi campeão Mundial na Austrália em dezembro e venceu a Semana Brasileira de Vela, em fevereiro. Aliás, a dupla está tão afinada que não perde uma competição desde maio do ano passado, e já aceitou o favoritismo para conquistar o ouro na Inglaterra este ano.

Ricardo Winicki, o “Bimba”: É disparado o melhor brasileiro na prancha a vela. Vai com chances de medalha.

“Eu convivo com o favoritismo desde a minha primeira olimpíada em 1996. Sei que nós somos os adversários a serem batidos e vamos brigar pelo título na raia de Weymouth”, admitiu Scheidt. Mas como favoritismo não garante nada, ele e Bruno vão para a Europa continuar se aprimorando e devem priorizar os treinos na raia de Weymouth, onde será disputada a Olimpíada. Que bons ventos façam a bandeira brasileira tremular no lugar mais alto do pódio!

Jorginho Zarif: Com apenas 19 anos, é uma revelação na Finn, uma classe duríssima. Vai para ficar entre os 10, mas pode surpreender.

O Brasil também tem chances de medalha na 470 feminino. As duas duplas que ainda disputam a vaga, Fernanda Oliveira/Ana Barbachan e Martine Grael/Isabel Swan podem chegar ao pódio. Na 470 masculino e na 49er o Brasil ainda não garantiu vaga olímpica. No Match Race feminino, já ficamos de fora.

Adriana Kostiw: A veterana paulista conseguiu provar que ainda é a melhor brasileira na Laser Radial. Tem talento, mas mas tem sido inconstante nas competições.

Bruno Fontes: O velejador catarinense domina a classe Laser desde que Scheidt passou para a Star. Chance de medalha.

Patrícia Freitas: A campeã panamericana na Prancha a Vela evoluiu muito. Não é favorita, mas tem feito excelentes regatas.

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FOTOS: MAURICIO VAL / FOTOCOM E MARCIO RODRIGUES / MPIX

Nem futebol, nem vôlei. A modalidade que mais medalhas olímpicas deu ao Brasil até hoje foi a Vela. Na história, somos o 10º país com mais pódios no iatismo. São seis de ouro, três de prata e sete de bronze, totalizando 16 conquistas. Com cinco medalhas, Torben Grael é o maior medalhista olímpico de todos os tempos, mas pode ser alcançado este ano por Robert Scheidt, que já tem quatro.

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H ISTÓRIA

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O GÊNIO JORGE BRUDER Uma bela manhã Georgia Bruder amanheceu com um galo na cabeça e lembrou que sonhou com seu pai – falecido há 39 anos – lhe dando uma livrada na cabeça. Foi o incentivo que faltava para ela recolher o material histórico que tem em casa e lançar um livro, que deve ser lançado no ano que vem. O paulista Jörg “Jorge” Bruder foi um verdadeiro gênio da vela. Disputou sua primeira regata já aos 21 anos, em 1959, às vésperas da Olimpíada de Roma. Apesar da estreia tardia, ele rapidamente se tornou um dos melhores velejadores do país, participando das três Olimpíadas seguintes e conseguindo um quarto lugar na Star, em 1972. Mas foi na Finn que ele fez história. Foi campeão mundial da classe em 70, 71 e 72, além de vencer duas vezes os Jogos Pan-Americanos. Ele dominava tão completamente o barco que começou a fabricar seus próprios mastros de madeira, que se tornaram – como ele – os melhores do mundo e passaram a ser exportados para a Europa. Foi só em 2004 que outro velejador conseguiu novamente acumular três títulos mundiais na Finn, justamente outra lenda da vela, o britânico Ben Ainslie. Jorge Bruder morreu num acidente aéreo em 1973, quando Georgia tinha apenas três anos, chegando à França para ganhar seu quarto título mundial. Temido e admirado até por seus adversários, Jorge Bruder é uma das figuras mais importantes da vela brasileira. Um gênio que merece ficar na história.

O lendário Finn “Neguinho”, de Jorge Bruder, e a vela de numeral BL 3, que ele também eternizou

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F RASES

PALAVRAS AO VENTO Quem disse o quê no mundo náutico

“Neste barco estão os 11 homens mais tristes do planeta agora” KEN READ, capitão do Puma na Volvo Ocean Race, depois de ver o mastro quebrar enquanto ele disputava a liderança da primeira etapa. Eles tiveram de abandonar a etapa e, entre resgate e conserto, perderam quase três semanas.

“Escute, Schettino o senhor foi para o mar e se salvou, mas eu considero isso... realmente péssimo... posso te encrencar até a alma. Vá a bordo, cazzo!” DE FALCO, comandante da Capitania dos Portos de Livorno, na Itália, para FRANCESCO SCHETTINO, o capitão do navio Costa Concordia, que naufragou na Itália. Schettino abandonou o barco antes dos passageiros serem resgatados.

“Mas está escuro e não enxergamos nada” “E o senhor quer voltar para casa Schettino? Está escuro e o senhor quer ir pra casa? Suba pela escada até a proa do navio e me diga o que você pode fazer, quantas pessoas estão lá e o que eles precisam. Agora!” Mais um trecho da conversa entre os comandantes DE FALCO e SCHETTINO.

“Foi uma experiência ótima. Mas eu já avisei minha filha... se eu disser que vou fazer isso de novo, é pra ela me dar um tiro antes, porque vou sofrer menos”. SIR ROBIN KNOX-JOHNSTON, em 2007, aos 67, depois de se tornar o homem mais velho a completar uma volta ao mundo sozinho. Em 1969 ele foi o primeiro velejador a circum-navegar o planeta sem tripulantes.

“Nenhum vento é favorável para quem não sabe em qual porto quer chegar”

P

LÚCIO ANEU SÊNECA (4 aC/65 dC), filósofo romano

“Tinha horas em que eu pensava: ‘Mas que raios eu estou fazendo aqui?’ Mas nunca quis parar. Era meu sonho, era o que eu queria”. LAURA DEKKER, holandesa de 16 anos que se tornou em janeiro a pessoa mais jovem a completar uma volta ao mundo sozinha e sem ajuda externa.

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DEU NA REDE

Notícias importantes (e outras nem tanto) que foram destaque na internet e nas mídias sociais

PELADÕES NO PEDALINHO Dois britânicos, de 26 e 25 anos, resolveram inventar um jeito de levantar 50 mil libras para ajudar um hospital e – de quebra – ainda entrar para o livro dos recordes. Por falta de ideia mais bizarra, eles escolheram atravessar cinco mil quilômetros do Oceano Atlântico, entre a Europa e o Caribe, pelados num pedalinho. Eles preferiram ficar pelados porque o atrito da roupa

molhada com a pele durante várias horas acaba ferindo. Se deu certo? No final de fevereiro, depois de seis dias no mar, os peladões foram resgatados de helicóptero depois que o barco virou várias vezes durante uma tempestade. Detalhe: esta foi a terceira vez que a dupla falhou na tentativa, mas já anunciou que fará a quarta. Afinal, a ideia tem tudo para dar certo…

REGATA MUDA ROTA PARA MAIOR SEGURANÇA Depois que a Volvo Ocean Race mudou de rota para fugir do perigo dos piratas perto do Oriente Médio, foi a vez da Global Ocean Race. Regata de volta ao mundo menos badalada, e um bocado mais sofrida, a GOR é disputada com apenas duas pessoas em cada barco, de 40 pés, e os recursos

das equipes são bem mais modestos. Na complicada perna entre a Nova Zelândia e o Uruguai, a organização decidiu mudar um ponto obrigatório de passagem depois que a meteorologia previu ventos fortíssimos e contrário no local. Não são só piratas que desviam regatas.

AS CASAS DE APOSTAS CHEGAM À VELA Há países onde as apostas esportivas são uma febre. Os chineses recentemente parecem ter entrado nessa onda, mas a Meca das apostas continua mesmo sendo a Inglaterra. A novidade agora é o site Regattabet (regattabet.com), que é aberto para apostas em

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vários eventos esportivos náuticos. Em fevereiro, por exemplo, quem apostasse um euro no Team Telefónica, na Volvo Ocean Race, ganharia 1,89 euros se ele ganhasse a regata. Já quem apostasse no azarão Team Sanya poderia embolsar 85 vezes o valor apostado. Apostamos nisso!



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ED 01 / R$20,00 FEVEREIRO 2012

O

Brasil entrou de vez para o cenário náutico internacional com o lançamento da revista Boat International Brasil, no Miami Boat Show. A nova revista é uma parceria da Boat International Media, o maior grupo de mídia dedicado à indústria dos superiates, e a CMLA Representações, que publica a Boat Shopping há 9 anos e organiza o evento Boat Xperience. “Tivemos 120 convidados no lançamento no Miami Boat Show. Metade era de brasileiros e a outra metade era de donos de grandes estaleiros internacionais. Eles se surpreenderam com a qualidade da revista e nós nos surpreendemos com a acolhida calorosa”, contou Caio Marcio, presidente da CMLA. O lançamento aconteceu no charmoso Soho Beach House, em Miami. A primeira edição foi produzida em tempo recorde, já que o acordo entre a CMLA e a Boat International foi assinado em novembro. “Alguns nem acreditavam que estávamos lá com a revista pronta e na qualidade que conseguimos. Já estamos enviando mais exemplares para Miami e para Londres”, completou Caio Marcio. A revista Boat International Brasil será bimestral e vai priorizar os grandes barcos e superiates. No ano passado, nosso país ul-


trapassou o Reino Unido e se tornou a sexta maior economia do mundo. Somos o nono país com mais bilionários na lista da Forbes. Tudo isso, aliado a um momento em que o cenário mundial é de crise na Europa e recuperação lenta nos EUA, fazem do Brasil um mercado altamente valorizado para a indústria náutica internacional. Tony Harris, CEO da Boat International Media, declarou: “Há tempos nós tentávamos encontrar um parceiro de qualidade no Brasil e estou muito feliz em poder trabalhar com Caio Marcio e sua equipe. Caio já edita uma revista de qualidade, é imbatível nos contatos com o mercado náutico brasileiro e ainda tem uma relação direta com a comunidade de proprietários de embarcações no país”. A Boat International Brasil será a quarta versão da revista. Além da versão em inglês, existem também edições em russo e em chinês. A edição brasileira será toda produzida aqui, com material próprio e também com conteúdo exclusivo das edições internacionais. A publicação de mais uma revista, voltada para os barcos maiores, só deve fortalecer ainda mais o grupo, que continuará com a já conceituada revista Boat Shopping.

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REAL TOP 350

E

ntre os estaleiros, a Real sempre teve fama de fabricar barcos de navegação excelente. A nova Real Power Top 350 não foge à regra, e é valente de mar. Mas essa 35 pés com targa também se destaca pelo espaço de sobra no cockpit. Uma legítima carioca, feita para que os passageiros possam desfrutar da velocidade e da navegação de uma Real com todo o conforto ao ar livre. Dentro da cabine, o barco ainda oferece duas camas de casal para os momentos de maior tranquilidade, além de banheiro e cozinha. Parte do segredo da Real está no nome de Paulo Renha, que projetou a lancha e é piloto de motonáutica de primeira categoria. E ele faz questão de testar os barcos que produz e – tem mais – não gosta de economizar nos cavalos dos motores. A nova Real Top 350 aceita desde um único motor de 370 hp a até dois de 455, sempre de centro-rabeta. Mesmo com todo o pedigree da Real, a Power Top 350 chama a atenção também parada, pelas linhas com a marca do estaleiro e também pelo cockpit espaçoso. Desde o embar-

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que, pela plataforma de popa, o espaço já se faz notar. A lancha tem um grande solário à ré, com encosto acolchoado para a cabeça. Há ainda outro solário – também grande – na proa, que acomoda bem duas pessoas. A passagem do cockpit para o solário de proa é feita por uma porta que se abre no parabrisas de vidro laminado e com moldura de fibra de vidro. O posto de comando, posição que vai ser disputada a bordo desta lancha, tem sofá para duas pessoas. A visibilidade é boa para todos os lados e o barco pode ser pilotado sentado ou em pé. O painel é grande e os comandos importantes estão todos próximos à mão. Na lancha que conhecemos, o display eletrônico estava bem à frente, não do piloto, mas do passageiro a seu lado, que poderia ser um navegador durante um rali. No lado oposto ao do comando não há um divã, mas um confortável sofá, entre os porta-copos e a caixa térmica. Essa parte frontal do cockpit forma um ambiente quase independente, numa configuração que promove maior integração dos passageiros com a experiência do piloto.


A parte posterior do cockpit, que poderia ser chamada de praça de popa neste barco, novamente favorece a integração dos passageiros, com uma mesa no centro e outro conjunto de sofás voltados para ela. Essa integração é essencial para tornar ainda mais agradável uma lancha que já tem um espírito esportivo natural. A sensação de vento nos cabelos em um dia de sol, acompanhado pelo astral de amigos e família é algo que a Real Power Top 350 oferece. E por enquanto só falamos do cockpit. A passagem para a cabine se dá por uma porta de fibra de vidro com um visor central em acrílico. A cama de casal na proa é bastante iluminada pela gaiúta no teto e por vigias laterais. Com uma cama muito espaçosa, acreditamos que uma porta para transformar a cabine em camarote fechado poderia valorizar

ainda mais o espaço. A outra cabine fica à meia-nau, com uma cama de 1,94 x 1,28 metro. Entre as duas camas fica um sofá e, logo em frente, a cozinha, com geladeira, microondas, pia e uma pequena bancada. O único banheiro da lancha fica a boreste, um pouco mais à ré do que a cozinha. Tem chuveiro regulável e sua altura de 1,85 metro (cinco centímetros a menos do que a altura máxima na cabine) é mais um destaque positivo de bordo. Desenhada por um campeão de motonáutica que tem uma longa tradição de qualidade na construção e na navegação, a Real Power Top 350 faz jus ao nome Real. É uma excelente lancha de passeio diurno e que não faz feio em cruzeiros curtos, já que suas camas – apesar de não serem fechadas – são espaçosas. www.realpowerboats.com.br

FICHA TÉCNICA COMPRIMENTO TOTAL 10,7 m BOCA MÁXIMA 3,2 m CALADO MÁXIMO 1,2 m PÉ-DIREITO NA CABINE 1,88 m PÉ-DIREITO NO BANHEIRO 1,85 m PESO COM MOTOR 5.2 t PASSAGEIROS/DIA 14 PASSAGEIROS/NOITE 4 TANQUE DE COMBUSTÍVEL 400 l TANQUE DE ÁGUA 160 l

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INTERMARINE 53

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Muito espaรงo e performance na

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Intermarine

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INTERMARINE 53

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e ao ser pré-lançada a Intermarine 53 já encantou os que buscam barcos práticos e com espaço muito bem aproveitado, depois que foi ao mar, após o lançamento no fim de 2011, essa nova embarcação da Intermarine vem arrebatando corações. Não é para menos. Ela exibe todas as qualidades do novo design adotado pelo estaleiro em sua linha recém-lançada: traços modernos e elegantes que surpreendem no exterior e no interior. Com 55,61 pés (16,95m) de comprimento, acolhe seis passageiros em pernoite, além de um tripulante, e leva até 19 pessoas em passeios à velocidade de cruzeiro de 27 nós e à velocidade máxima de 31 nós. Movida por dois motores de 670 hp, oferece excepcional navegabilidade em mar aberto com seu casco em forma de V profundo, e pode ser equipada com propulsores de até 800 hp cada. A plataforma de popa submergível com churrasqueira, a praça de popa com mesa para refeições (a maior da categoria), os espaçosos solários da proa e o amplo flybridge para 11 pessoas são os espaços mais disputados nos momentos ao sol. O amplo salão para 12 pessoas, equipado com bar, é um refúgio para quem prefere a sombra, mas não dispensa a bela vista do mar através das grandes janelas. A cozinha completa é perfeita para preparo de belas refeições, com geladeira grande, cooktop de 4 bocas e uma espaçosa área de trabalho. A suíte máster, na proa, e as suítes de convidados (com camas de solteiro que se convertem em camas de casal) são convites ao relax. Sorte de quem viaja ou pernoita a bordo no fim de semana. Para completar, a Intermarine 53 esbanja requinte em seu interior, com materiais cuidadosamente selecionados. www.intermarine.com.br

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FICHA TÉCNICA COMPRIMENTO TOTAL 16,95 m (55’ 61”) COMPRIMENTO CASCO 16,6 m (54’ 46”) BOCA MÁXIMA 4,70 m (15’ 41”) CALADO MÁXIMO 1,30 m (4’ 26”) ALTURA ACIMA LINHA D´AGUA 3,90 m (12’ 79”) ÂNGULO DO V NA POPA 17° DESLOCAMENTO VAZIO 22,5 t DESLOCAMENTO CARREGADO 26 t PASSAGEIROS/DIA 19 CABINES 3 + 1 LEITOS 6 + 1 VELOCIDADE MÁXIMA 31 nós VELOCIDADE CRUZEIRO 27 nós TANQUE DE COMBUSTÍVEL 2200 l TANQUE DE ÁGUA 500 l PROJETO

Fernando de Almeida Yacht Design

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SEGUE 32

UMA

ARGENTINA BEM BRASILEIRA COM A CARA DO NOSSO VERÃO, A SEGUE 32 OPEN É DESSAS ESTRANGEIRAS QUE SE DÃO BEM MELHOR AQUI DO QUE EM QUALQUER OUTRO LUGAR

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SEGUE 32

O

estaleiro argentino Segue Yachts é um dos maiores fabricantes de lanchas de toda a América Latina. Acostumadas a um mar que costuma ser bem pior do que o nosso, as embarcações da Segue costumam trazer consigo a marca de boa qualidade de construção e navegação. Não é diferente com a Segue 32 Open, a caçula do estaleiro tem a cara do Brasil no cockpit, mas inova para o seu tamanho, com bow thruster e uma cabine de meia-nau com pé-direito que chega a 1,90 metro. Entre os modelos da Segue, a 32 Open é a de visual mais esportivo, com sua targa inclinada, pintura lateral e longa plataforma de popa em teca. Pelas linhas e pelo espaço no cockpit, não é difícil descobrir que é uma lancha com vocação tropical. O cockpit é um espaço de convivência central neste barco, com mesa, pia e dois sofás que acomodam com folga oito pessoas. A disposição é pouco habitual em nossas lanchas, com um sofá-divã curvo ao lado do posto de comando e um grande sofá em L. Ao lado da mesa de jantar fica uma pequena pia que fica voltada para o divã, e não para

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o costado, como é mais comum. O posto de comando é uma das boas surpresas, com um painel enorme e grande visibilidade. O parabrisas tem uma moldura metálica e de largura reduzida à frente do piloto. Com as bordas grandes de fibra de vidro saindo de cena, quem ganha é a visibilidade. O painel é espaçoso, com os instrumentos bem distribuídos e sempre ao alcance. O acabamento caprichado, que vai do modelo do volante à porta de acrílico na entrada da cabine, também merece destaque. Dentro da cabine, esta lancha tem dois quartos, um banheiro e cozinha. O quarto da proa – iluminado naturalmente por uma vigia e duas gaiútas laterais – também pode virar uma sala de jantar interna. Para isso basta levantar a mesa central. Essa sala de jantar é perfeitamente integrada com os demais ambientes, já a outra cabine, à meia-nau, é um camarote fechado com porta. Ao contrário do que acontece em muitas outras lanchas de tamanho semelhante, o pé-direito desta cabine está longe de ser sufocante, chegando a 1,90 metro. Além de ocupar


FICHA TÉCNICA COMPRIMENTO 10,5 m BOCA MÁXIMA 3,05 m PESO LEVE 3.5 t PASSAGEIROS/DIA 10 PASSAGEIROS/NOITE 4 VELOCIDADE MÁXIMA 30 nós VELOCIDADE CRUZEIRO 25 nós TANQUE DE COMBUSTÍVEL 600 litros TANQUE DE ÁGUA 140 litros

todos os 3,05 metros de boca da embarcação, esse camarote ainda recebe iluminação das duas grandes janelas verticais no casco da Segue 32. A cozinha é compacta e prática, com pia, fogão elétrico, microondas, geladeira e armários para guardar os utensílios bem à mão para o cozinheiro. O único banheiro da embarcação também é compacto, mas cumpre todos os quesitos de seu papel, com lavabo, pia, chuveiro e água quente. A Segue 32 é equipada com dois motores Volvo Penta D3 de 190 hp cada e pode armazenar até 500 litros de combustível e 120 de água doce. No conjunto, é uma excelente lancha para cruzeiros curtos. Além da cabine de

meia-nau alta, essa lancha tem outro diferencial em relação às concorrentes do mesmo tamanho: o bow thruster. Essa hélice instalada na proa, hoje muito comum em barcos maiores, permite o deslocamento lateral da proa, facilitando manobras de atracação que normalmente seriam bem mais complicadas. Seja pela tradição de qualidade do estaleiro, seja pelo visual tropical e pela inovação, a caçula do estaleiro Segue, agora representado no Brasil por Maurício Barreto, merece atenção. www.segueyachts.com.br

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LAUNCH 20

A “PEQUENA” OBRA DE ARTE

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LAUNCH 20

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Chris Craft Launch 20 é um barco de proa aberta que une a performance e o conforto que você precisa em um barco de apenas 20 pés. Este é um barco muito fácil de manter e ainda muito mais fácil de desfrutar. A Launch 20 tem uma plataforma de popa revestida com teca e um belo solário integrado ao desenho do barco. A área principal do cockpit tem uma boca de 2,41, acomodando muito bem 07 pessoas durante o passeio. Os assentos são confortáveis e elegantes, o estofamento tem uma textura luxuosa e ainda é extremamente durável, resistente a manchas, rasgos e arranhões e não desbota. Você vai encontrar vários espaços de armazenamento debaixo dos bancos da área traseira. O piso, na Launch 20, vem de fábrica, com carpete anti-derrapante. O carpete vem com um fundo em poliuretano que impede o apro-

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drecimento por umidade e não permite que o carpete cole no piso. No centro do piso do cockpit, há uma área de armazenamento, ideal para você guardar um cooler, além do compartimento de esquis. A Launch 20 é cheia de características práticas de design e soluções inteligentes para um barco de 20 pés. Outro detalhe incorporado ao barco, foi a capota; ela fica invisível aos olhos, mas quando você precisar, ela se arma de maneira rápida e prática. Vários porta-copos espalhados pelo barco reforçam a sensação de que nada foi deixado para trás. O módulo de comando foi perfeitamente projetado para assegurar que você esteja sempre no controle. O volante tem ajuste de altura para maior conforto do comandante. O painel de controle de metal perfurado, é uma característica na Chris Craft, há um conjunto completo


“A QUALIDADE DE ACABAMENTO E DE EXECUÇÃO FICA EVIDENTE EM CADA DETALHE”. de mostradores que monitoram todo o motor. No lado oposto ao do piloto, encontra-se um porta luva com o sistema de som dentro. Na proa, um sofá em “V”, ocupa todo o espaço e é um local perfeito para tomar sol. E para impulsionar esse charme de barco, você pode escolher entre os motores Volvo Penta ou Mercury, de 270 ou 260hp respectivamente. Em testes realizados com essa motorização, a Launch 20 passou da casa das 50 mph, um resultado expressivo. A Launch 20 é um barco muito bem desenhado e apresenta um conceito clássico americano. Toda linha de barcos da Chris Craft utiliza os melhores materiais e o mesmo cuidado que sempre foi utilizado desde que o próprio Chris construía os barcos. Impossível não se encantar.

FICHA TÉCNICA COMPRIMENTO TOTAL 6,15 m BOCA MÁXIMA 2,41 m CALADO MÁXIMO 86,4 cm/44,5 cm ÂNGULO DO V NA POPA 20º PESO SECO 1.321 kg TANQUE DE COMBUSTÍVEL 129 l

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ARMADA 380

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DNA

VENCEDOR INSPIRADA NO SUCESSO 300M, A ARMADA LANÇOU A 380 GRANCABRIO, QUE TEM TUDO O QUE A IRMÃ MAIS NOVA TEM. SÓ QUE COM MAIS ESPAÇO AINDA

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ARMADA 380

O

estaleiro catarinense Armada Yachts foi uma das maiores surpresas do mercado náutico brasileiro quando apareceu com sua 300M Cabrio. Com personalidade, a Armada apresentava uma lancha boa de mar e elegante, com linhas marcantes, sem copiar fórmulas do passado. O interior já nascia um dos melhores do Brasil, tanto em acabamento como na distribuição dos espaços. No final do ano passado o estaleiro apresentou seu quarto design, a 380 GranCabrio, inspirada justamente no modelo de estréia. A nova embarcação traz tudo aquilo que colocou a 300M Cabrio no hall das embarcações mais desejadas do mercado, com ainda mais espaço. A Armada vem fazendo muito bem aquilo que é um de seus principais compromissos: superar expectativas. À primeira vista, a GranCabrio já mostra seu DNA. O perfil lembra bastante a 300M, embora o casco

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seja mais volumoso e mais alto. O casco também é inspirado no mesmo casco que literalmente “cola” a 300M nas curvas. Mas a 380 GranCabrio também tem suas marcas próprias. A plataforma de popa e o convés revestidos em teca são espaçosos. Um espaço gourmet, com pia, bancada e churrasqueira elétrica entre os dois ambientes alia a descontração da “praia” na plataforma com o conforto mais intimista dos sofás no cockpit, onde há outra pia e geladeira. Logo à frente fica o comando, com dois assentos e um largo divã no lado oposto, a boreste. Pelas laterais fica o acesso ao solário de proa, protegido por um guarda-mancebo alto, e ao guincho elétrico. Assim como sua irmã menor, a 380 Gran Cabrio tem dois camarotes fechados, que aproveitam bem a boca de 3,80 metros da lancha. A cabine de proa tem um pé-direito excelente, de


FICHA TÉCNICA COMPRIMENTO TOTAL 11,6 m BOCA MÁXIMA 3,80 m CALADO MÁXIMO 0,75 m PÉ-DIREITO NA CABINE 1,95 m DE PROA PÉ-DIREITO NO BANHEIRO 1,9 m PESO LEVE 6.7 t PESO COM MOTOR 8.7 t PASSAGEIROS/DIA 12 PASSAGEIROS/NOITE 6

1,95 metro e aproveita bem a iluminação natural de duas vigias laterais e da grande escotilha logo acima da cama de casal em forma de diamante, logotipo da marca. O único banheiro da 380 fica a boreste e tem dois acessos, uma porta no camarote de proa e outra que atende os demais ambientes. O banheiro tem pé-direito de 1,90 metro, o que permite um bom banho sem muito contorcionismo para a maioria das pessoas. Também a bombordo fica a cozinha, com forno microondas, fogão elétrico, geladeira inox e água quente (assim como no banheiro e na popa). No lado oposto à cozinha fica um sofá em L e a mesa de jantar. Uma solução que vai agradar quem gosta de fazer viagens curtas em boa com-

panhia. Esse sofá pode virar uma terceira cama de casal, com o rebaixamento da mesa. Como os outros dois quartos são fechados, a privacidade fica mantida nos camarotes. A cabine de meia-nau ocupa toda a boca do barco, mas o pé-direito de 1,95 metro é apenas na entrada. As duas cabines têm espaços para armários, mas eles são ainda maiores à meia-nau. São sete opções de motorização, que vão desde dois motores a diesel de 300 hp cada à dois motores de 380 hp a gasolina. A casa de máquinas é enorme, com bastante espaço para a manutenção. Além da ótima manobrabilidade do casco, os motores conseguem impulsionar a lancha a 42 milhas de velocidade máxima,

enquanto o cruzeiro econômico fica na faixa dos 22 nós. O uso de rabetas Z-Drive oferece mais uma opção muito interessante para os proprietários, que é a escolha dos sistemas com comando por joystick Axius, para motor Mercruiser, e IPS, para os Volvo Penta. Com esse controle, as operações de docagem viram brincadeira de criança para qualquer piloto. O estaleiro Armada, que já prepara mais um lançamento para este ano, acertou mais uma vez com a 380 GranCabrio. Com personalidade e estilo, fez muito mais do que apenas alongar a 300M. A continuar nesse ritmo, a Armada catarinense só vai crescer em nossas águas. www.armada.com.br

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Sessa A monarquia FLY 54 DESEMBARCA TRAZENDO PARA A CATEGORIA TODO O AR ESPORTIVO DO SEU MODELO CRUISER COM UM ESPAÇOSO FLY BRIDGE

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SESSA F54

E

m abril, quando as portas do próximo Rio Boat Show se abrirem, o estaleiro italiano Sessa ancorará nas águas cariocas (ou na feira) nada menos do que a rainha da sua linha de iates FLYBRIDGE, a FLY 54. Construída com as mais nobres madeiras e os mais finos tecidos, a embarcação possui ambientes confortáveis e elegantes em estilo europeu. O casco, projetado especificamente para propulsão dos seus motores Volvo IPS 900, tem excelente desempenho e dá a embarcação uma perfeita harmonia entre performance e suavidade possibilitando uma extraordinária navegação.

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“A Sessa mais uma vez ousa e traz para um barco com Flybridge o desempenho da sua Cruiser de 54 pés. A primogênita da família agrada pelo excelente espaço do seu FLY e pelo desenho do casco, digno das mais belas embarcações esportivas”, explica Marcelo Galvão Bueno, sócio diretor da Regatta Yachts. O modelo da linha FLY oferece uma ampla sala, cozinha espaçosa, três cabines, sendo uma sofisticada suíte que mescla estilo atual e o bom gosto italiano. Uma interação entre o interior do barco e características exteriores torna a FLY 54 um barco extremamente funcional. O motor com transmissão IPS oferece segurança, facilidade de manobra e mais


espaço a bordo. A Sessa ainda apresenta bom gosto e requinte indiscutíveis: As duas grandes janelas na cabine contribuem para torná-la uma verdadeira suíte com vista panorâmica de tirar o fôlego, equipada com TV LCD, armários bem pensados e espaçosos. O amplo e equipado banheiro que completa o quarto sugere um ambiente descontraído, criando um novo conceito de bem-estar em alto mar. A área do flybridge, lugar preferido por proprietário e convidados, é formado por um grande sofá e uma dinette tradicional ou adega climatizada. Essa configuração transforma o iate em uma perfeita casa de férias com

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SESSA F54

uma bela varanda capaz de acomodar confortavelmente até quatorze pessoas para momentos de prazer e curtição no mar. Outros elementos como a televisão de tela retrátil e a adega ajudam a deixar o iate ainda mais aconchegante. “Os navegantes procuram a mesma sensação de estar no lar quando vão para seus barcos. A Sessa Fly54 proporciona essa sensação, pois é um barco pensando nos mínimos detalhes, muito bem equipado com acessórios, tapeçaria

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e móveis, sem contar a luminosidade que é um diferencial na categoria”, salienta Marcelo Galvão Bueno. Seus dois motores Volvo IPS 900 dão ao barco grande potência sem ruídos. E, mesmo em velocidade de cruzeiro máxima, o iate mantém sua capacidade de manobra fácil. Estabilidade e segurança são pontos que se destacam na FLY Sport 54. Desta forma, os italianos mostram mais uma vez que a combinação entre sofisticação e qualidade resulta em uma bela e moderna embarcação. E o estilo Sessa se impõe para trazer ao mercado um barco com espaço e conforto, equipado com os mais inovadores recursos tecnológicos.


FICHA TÉCNICA COMPRIMENTO TOTAL 16,2 m COMPRIMENTO CASCO 14,7 m BOCA MÁXIMA 4,7 m CALADO MÁXIMO 1,40 cm PESO SEM CARGA 22 t PASSAGEIROS/DIA 14 PASSAGEIROS/NOITE 7 CABINES 3 MOTORIZAÇÃO 2 x IPS 900 D 11 TANQUE DE COMBUSTÍVEL 2 x 636 l TANQUE DE ÁGUA 566 L

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PROJETO Sessa e Christian Grande

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BENETEAU OCEANIS 45

O MELHOR DA EUROPA MENOS DE SEIS MESES APÓS SEU LANÇAMENTO, O OCEANIS 45 FOI ELEITO BARCO DO ANO NA EUROPA; E ELE JÁ CHEGOU POR AQUI! Por Flávia Figueirêdo

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BENETEAU OCEANIS 45

A

francesa Beneteau está entre as maiores fabricantes de barco do mundo. Há pouco tempo o Brasil descobriu que essa gigante dos veleiros também constrói lanchas. E muito bem. Mas em 2011 um veleiro voltou a chamar a atenção. O Oceanis 45, com linhas leves e clássicas, acabamento de primeira é um convite à vida no mar. Não à toa, em menos de seis meses do seu lançamento em Cannes, já foi eleito como o barco do ano na Europa. A premiação (European Sailboat of the Year) é considerada o “Oscar da Indústria de Vela” e foi dada na Alemanha por jornalistas especializados de diversos países europeus, que elegeram o Oceanis 45 como um dos barcos mais inovadores em sua categoria. O “cartão de visitas” do Oceanis começa logo no acesso, com uma plataforma elétrica e retrátil, facilitando o embarque, desembarque e, mesmo banhos, com um simples toque no comando. Ainda no cockpit, uma ampla – e confortável – área de convivência cercada pela praticidade e proteção de uma grande targa, com duas

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geladeiras externas que viram uma mesa, roda de leme em aço cromado, além de um prático e leve joystick (tecnologia Dock&Go) que surpreende mesmo os mais experientes, com as possibilidades e facilidade nas manobras. Tudo amplamente conectado ao computador de bordo e ao alcance de simples toques. No interior, acesso com uma escada a 45º e nada menos que muito espaço aliado a uma impecável sofisticação, brindada nos mínimos detalhes, numa verdadeira sala de estar. À disposição dos felizardos proprietários e seus convidados, mesa de cartas deslizante e de navegação em fino mogno, cozinha equipada com forno, fogão e mais duas geladeiras, além de amplas e numerosas vigias e janelas com - muita, mas muita luz - proporcionando um enorme aproveitamento de iluminação natural. Para os velejadores mais exigentes e desejosos de um barco exatamente moldado ao seu estilo, o Beneteau Oceanis 45 possui ainda quatro versões de layout (2 suites - 2 banheiros - versão 2 suites master; 3 cabines


- 2 banheiros / Family: 3 suites - 3 banheiros; Family: 4 cabines - 2 banheiros ) que atende a todas necessidades de acomodação. São detalhes inteligentes e soluções inovadoras desenvolvidas especialmente pelo renomado Grupo Finot (responsáveis, por exemplo, pela fabricação dos barcos de competições internacionais Open 60) que fazem jus a impressão que causam nos aficionados pela vida no mar. “O Oceanis 45 é simplesmente sensacional. Sem palavras. É um barco lindo e espaçoso, estável, rápido, mas não arisco; eu diria que é um veleiro revolucionário feito com muito esmero e um projetista que dispensa comentários. É realmente espetacular”. A palavra é do velejador baiano Kan Chuh, que no final de 2011 foi o único brasileiro a concluir em solitário esta edição da Regata Mini Transat. Com garantia de fábrica de 5 anos, casco de fibra de vidro, o Oceanis é sem dúvida um projeto contemporâneo que o faz ser um diferencial entre os outros barcos da mesma categoria. No Brasil, o CEO Marcos Soares (campeão olímpico de vela na classe 470 nas Olimpíadas

de Moscou, em 1980) confere a esta e outras embarcações do estaleiro francês a mesma chancela vencedora. Com milhares de barcos vendidos e a reinvenção do seu próprio conceito, a Beneteau segue surpreendendo. E o Oceanis 45 está aí para não nos deixar mentir.

FICHA TÉCNICA COMPRIMENTO TOTAL 13,85 m BOCA MÁXIMA 4,49 m CALADO MÁXIMO 2,15 m VELA GRANDE 50 m² GENOA (104 %) 50 m² DESLOCAMENTO 9.950 kg PASSAGEIROS/NOITE 4 a 8 TANQUE DE COMBUSTÍVEL 2000 l TANQUE DE ÁGUA 570 l

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O QUE É...

TAXA DE COMPRESSÃO? Esse é um daqueles números que acompanham os motores, mas muitas vezes fazem pouco sentido. Saiba que ela é fundamental para determinar a potência dos motores Nossos motores funcionam com explosões controladas que acontecem dentro das chamadas câmaras de combustão. Os pistões comprimem a mistura combustível + ar, uma faísca provoca a explosão e a distensão dos pistões. A taxa de compressão é a relação entre o volume da câmara de combustão completamente distendida para o volume da câmara de combustão completamente comprimida. Essa informação é importante porque quanto maior a pressão e a temperatura no momento da explosão, mais rápida será a reação. Resumindo, quanto maior a taxa de compressão, maior o rendimento termomecânico do motor.

V = Volume de Cilindro

A taxa de compressão é sempre dada por dois números, separados por dois pontos, que representam uma relação. Por exemplo, se a taxa de compressão de um motor é 10,6:1, isso significa que a câmara de combustão aumenta seu tamanho em 10,6 vezes em relação ao tamanho da câmara completamente comprimida. Justamente por ser uma relação, a taxa de compressão não tem unidade nenhuma. Diz-se apenas que ela é 10,6 por um. Ela depende da maneira como o motor foi construído e não muda. No entanto, é comum que usuários que desejem um motor mais esportivo modifiquem artificialmente a conformação dos pistões ou do cabeçote para aumentar a taxa de compressão de motores aspirados. O ponto negativo é que, modificando a configuração original do motor, ele vai quebrar mais e sua vida útil será reduzida.

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SOPA DE LETRINHAS Qual a diferença entre V-drive e Z-drive? Você sabe qual o tipo de propulsão que seu barco usa? Provavelmente, sim. Mas você sabe o que esses nomes significam? As propulsões V-Drive e Z-Drive dizem muito sobre como o barco é montado, e seus nomes não derivam de uma paixão pelo alfabeto, mas essas letras representam o formato do sistema de propulsão.

V-DRIVE

PÉ-DE-GALINHA: I-DRIVE? O sistema mais simples de propulsão é o eixo em pé-de-galinha. Se ele recebesse um nome inspirado em letra, seria certamente o I-Drive. Isso porque ele consiste em simplesmente um eixo reto saindo diretamente do motor até o hélice. O motor precisa ser posicionado mais ao centro da embarcação, justamente para que o eixo não ultrapasse a linha do espelho de popa. Esse conjunto ocupa mais espaço no barco e pode apresentar mais vibração e ruído do que as rabetas, mas tem custo de manutenção e construção menor. Muitas vezes é usado com motores automotivos marinizados. Também é o sistema mais usado em lanchas grandes, acima de 30 pés.

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No sistema V-Drive, o motor é montado bem à ré no barco. O motor é posicionado no sentido inverso ao do pé-de-galinha e são usados dois eixos. O primeiro sai pela parte de vante do motor e vai até o reversor. Do reversor, que fica mais à frente no barco, sai um outro eixo que vai até o hélice. Tem a vantagem de permitir melhor distribuição interna dos espaços, já que o motor fica muito perto da popa. O espaço ganho, em uma 30 pés, pode significar uma cabine a mais. O grande problema aqui é a distribuição do peso, que fica concentrado à ré e pode dificultar o planeio. Em barcos menores, isso pode ser resolvido com redistribuição de peso e uso de flaps. Nas lanchas maiores de 40 pés, mais pesadas, o problema da distribuição do peso não interfere tanto no desempenho.


Z-DRIVE Se você entendeu o V-Drive, fica fácil compreender que o eixo, no Z-Drive, faz duas mudanças de direção, lembrando portanto uma letra Z. Esse é o sistema de todas as rabetas. O Z-Drive permite o mesmo aproveitamento de espaço que o V-Drive e ainda proporciona maior rendimento. Nos navios, essas rabetas azimutais giram 360º sobre o próprio eixo. Nas lanchas de recreio, os sistemas IPS e Zeus giram em torno de 60º. Essa capacidade, aliada à posição do hélice à frente da rabeta, permite uma manobrabilidade inimaginável em outros tipos de propulsão. Esse sistema inclui um joystick que controla totalmente os maiores barcos e torna as manobras de atracação brincadeira de criança. Como nem tudo são flores, é o sistema mais caro e deixa o hélice desprotegido em caso de choque com objetos submersos.

HIDROJATO O hidrojato no Brasil é mais limitado aos jets e jet-boats, mas existem iates de recreio que também usam esse sistema. Nele, o motor fica próximo da popa e é ligado diretamente a uma bomba de água. A água é captada por uma abertura no casco. O rotor fica dentro de um duto, que também serve como leme. Esse sistema permite a navegação com calado baixíssimo, manutenção mais simples e boa manobrabilidade, mas tem perda de eficiência.

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CONSTRUÇÃO

A LEI DE

MURPHY Por Jorge Nasseh

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uem constrói barcos está sujeito a tudo. Ou a quase tudo. São milhares de operações a serem executadas por algumas centenas de operários. Uma lista infindável de equipamentos, motores e propulsores a serem instalados, conectados e testados. Uma quantidade imensa de matérias primas plásticas, metais, madeiras, forrações sintéticas, tintas, vernizes e polidores que devem ser aplicados em uma linha de produção na hora

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certa, com data e hora para começar e terminar. Neste contexto, se alguma coisa pode dar errada, ela com certeza vai dar. A frase acima é conhecida como a Lei de Murphy que reza que “Se alguma coisa pode dar errado, com certeza dará” ou “Se há mais de uma maneira de se executar uma tarefa ou trabalho, e se uma dessas maneiras resultarem em falha com consequências indesejáveis, certamente essa será a maneira escolhi-

da por alguém para executá-la”. O dito, usado diariamente por quase todos nós, pode ser resumido em “Se algo pode dar errado, dará, e dará errado da pior maneira, no pior momento e de modo a causar o maior estrago possível”. A frase foi criada por acaso em 1948, em uma base da Força Aérea dos Estados Unidos, pelo Capitão Edward Murphy. Ele era engenheiro aeronáutico que trabalhava em um projeto secreto (nem tão secreto,


FRASE ADAPTADAS A FABRICAÇÃO DE BARCOS: pois eu descobri que era o MX981) que pesquisava sobre a capacidade de um ser humano em resistir a uma desaceleração forçada proveniente de uma colisão. No dia marcado para o teste, com direito a uma tremenda platéia, o Capitão Murphy deveria finalmente apresentar o resultado dos seus testes, contudo, os equipamentos que deveriam registrá-lo falharam exatamente na hora. Um dos técnicos havia instalado os sensores da forma errada. Indignado com a incompetência do técnico ele disse: “Se este cara tem algum modo de cometer um erro, ele vai achar”. O teste finalmente obteve sucesso, e durante a conferência de imprensa para apresentar os resultados foi comentado que mesmo em um teste tão perigoso, usando cobaias humanas, não houve feridos porque foram seguidos os preceitos da Lei de Murphy, e se enunciou a lei como “Se alguma coisa pode dar errado, ela dará”. A partir deste ponto uma série de empresas, principalmente companhias aéreas, passou a referenciar a Lei de Murphy em suas propagandas. Para quem constrói barcos, a Lei de Murphy tem inúmeras, ou quase infinitas aplicações. Desde a hora que se começa a laminar o barco até a hora da entrega, incluindo os testes de mar, quase tudo pode dar errado. O bom da lei de Murphy é que ela também se aplica a quem compra um barco, desde o momento de assinar o contrato até o dia marcado para recebê-lo. Ela pode ser aplicada também durante a operação e manutenção de um barco. Embora o Capitão Murphy tenha inventado sem querer uma maneira de prevenir erros e catástrofes, pensando antecipadamente como tudo pode dar errado, consta em sua biografia que ele era um sujeito otimista.

ÎÎ “A construção de qualquer barco demora mais tempo do que o planejado” ÎÎ “Na construção de um barco qualquer coisa dá errado pelo menos uma vez” ÎÎ “Os primeiros 90% da construção do barco leva 90% do tempo. Os 10% restantes levam outros 90% do tempo” ÎÎ “A quantidade de trabalho para terminar um projeto sempre cresce quando você está perto do dia da entrega” ÎÎ “Tudo leva mais tempo do que se tem disponível”

ÎÎ “A probabilidade de uma medida ser esquecida em um desenho é diretamente proporcional a sua importância” ÎÎ “Se você não entende é porque é obvio” ÎÎ “Quando todas as tentativas já tiverem falhado, então leia as instruções” ÎÎ “A peça que normalmente falha é aquela que não tem no estoque” ÎÎ “As peças que exigem maior manutenção ficarão no local mais inacessível do motor”

ÎÎ ”O orçamento necessário é sempre o dobro do previsto. O tempo necessário é o triplo”

ÎÎ “Construa um sistema de produção que qualquer burro use, e você verá que somente os burros vão usar”

ÎÎ ”Acontecimentos infelizes sempre ocorrem em série”

ÎÎ “Inteligência tem limite. Burrice não”

ÎÎ “Qualquer projeto de barco deve ter pelo menos um equipamento obsoleto, dois impossíveis de serem adquiridos e uns três em desenvolvimento”

ÎÎ “Errar é humano. Perdoar não é a política da empresa”

ÎÎ “Errar é humano, mas estragar todo um projeto requer um bom computador” ÎÎ “Computadores não são confiáveis, mas as pessoas também não são confiáveis. Projetos que dependam de pessoas e computadores são menos confiáveis ainda” ÎÎ ”Qualquer sistema quando começa a funcionar já está obsoleto” ÎÎ “A principal função de um projetista é fazer que as coisas fiquem cada vez mais difíceis para quem constrói” ÎÎ ”A informação mais necessária em qualquer projeto é sempre a menos disponível” ÎÎ “Qualquer projeto que começa mal, termina pior”

ÎÎ “Se você faz um sistema a prova de idiotas, o mundo criará um idiota melhor” ÎÎ ”Você sempre encontra aquilo que não está procurando” ÎÎ “Em um estaleiro todo operário diz que nunca existe tempo de fazer as coisas da forma certa, mas sempre haverá tempo para consertá-las” ÎÎ “Se você descobrir 4 coisas que podem dar errado, então uma quinta vai aparecer do nada” ÎÎ “Quando um trabalho é mal feito, qualquer tentativa de melhorá-lo piora” ÎÎ ”Entre dois acontecimentos prováveis, sempre acontece um improvável” ÎÎ “Construir barcos não é tão fácil quanto parece” ÎÎ “Murphy era um otimista”

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A perfeita combinação entre culinária e lazer Cercado por belos cenários naturais, o restaurante La Marina, na Marinas Nacionais, serve uma refinada culinária contemporânea. O variado cardápio contempla pratos saborosos para agradar aos diferentes paladares, em um ambiente descontraído e aconchegante, que conquista cada vez mais pessoas especiais como você.

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QUALIDADE Por Jorge Nasseh

O custo do (não) treinamento Por Jorge Nasseh

“QUALIDADE SIGNIFICA FAZER BEM FEITO QUANDO NINGUÉM ESTÁ OLHANDO” - HENRY FORD

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onheço dois estaleiros que fazem barcos semelhantes. Enquanto um deles faz um produto de alta qualidade, do outro lado da rua o vizinho é um especialista em produtos de terceira categoria. Por que os laminadores trabalhando no primeiro estaleiro são três vezes mais produtivos do que os laminadores fazendo o mesmo trabalho em outro estaleiro? A resposta é porque alguém ensinou a fazer certo. Havia alguém, logo no inicio, que sabia fazer bem feito e mostrou como era. O sujeito que ensinou, e proporcionou ao primeiro estaleiro um padrão de qualidade internacional, instruiu e registrou o padrão do que é bom e o que é trabalho de baixa qualidade. Todo mundo neste estaleiro sabe o que deve fazer e tem uma minuciosa informação à cerca de cada detalhe de fabricação.

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No outro estaleiro se glorifica a improvisação. Mas esquecem que só improvisa certo quem já fez bem feito muitas vezes. Dar um jeitinho é, na maior parte das vezes, a falsa crença de que sempre existe outra forma de fazer um mesmo trabalho. Quando alguém dentro da fabrica pára e pensa diante de um problema de rotina, é por que alguma coisa está errada. Trabalho de rotina é como andar de bicicleta. Não precisa pensar. Pensar é para resolver um problema novo. Quando o dono do estaleiro percebe a baixa qualificação da sua mão de obra, a tendência é culpar os próprios funcionários. De fato eles são os réus, mas porque eles não tiveram com quem aprender, ou porque alguém acima deles projetou a construção de forma inadequada. O


resultado é desperdiçar energia e criatividade para inventar o que se deveria ter aprendido no primeiro dia de trabalho. Por outro lado, o funcionário, vitima de quem poderia ter ensinado e não o fez, culpa a empresa ou o patrão pela falta de oportunidade mas também esquece que não é o patrão que paga o funcionário. Ele somente gerencia os recursos. Quem paga o funcionário é o cliente que procura e adquire um produto de qualidade. Cada uma das partes deve procurar oportunidades de treinamento e qualificação. Possuir funcionários bem treinados é a chave para o sucesso em muitas empresas. Normalmente os funcionários mais produtivos são aqueles que frequentemente estão expostos a treinamentos e novas tecnologias. Eles se tornam a referência da mão de obra do estaleiro. A lista de pessoas necessárias, hoje em um estaleiro, não se resume somente a laminadores, carpinteiros, eletricistas e mecânicos, mas também incluem engenheiros, compradores, secretárias, assistentes de vendas e gente disponível para manutenção e garantia. Em um mundo ideal o melhor seria contratar funcionários experientes e treinados para as operações em um estaleiro, mas hoje no merca-

do competitivo em que vivemos a demanda de pessoas treinadas supera em muito a oferta. Por outro lado o treinamento não só melhora a capacitação e a qualidade dos produtos, mas também mostra ao funcionário que a empresa está interessada nele, no futuro dele. Isto certamente ajuda a manter todos motivados e comprometidos com o sucesso do produto. Durante este ano a ACOBAR – Associação Brasileira dos Construtores de Barcos, através do Núcleo ACOBAR para Formação de Mão de Obra, está empenhada em desenvolver uma série de cursos de capacitação técnica para a linha de produção dos estaleiros Brasileiros e em uma pesquisa recente sobre programas de treinamento foi possível identificar 10 tópicos importantes.

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QUALIDADE

5. COMECE PEQUENO: Antes de ampliar o programa de treinamento para toda a empresa, tentar com um grupo ou um setor pequeno, desta forma o estaleiro poderá avaliar o custo beneficio do programa.

6. ESCOLHER INSTRUTORES CAPACITADOS: Quem conduz o aprendizado tem o maior papel para determinar o sucesso ou não do programa.

10 TÓPICOS IMPORTANTES SOBRE PROGRAMAS DE TREINAMENTO 1. O ESTALEIRO DEVE ENCARAR O

TREINAMENTO COMO UM INVESTIMENTO: Treinamento interno é freqüentemente considerado opcional em muitas empresas devido a sua complexidade e seu custo.

7. ENCONTRAR A HORA E O LOCAL ADEQUADO: Selecionar quando e onde o treinamento vai ser realizado é importante para não interferir com a rotina diária de produção e dos próprios colaboradores.

8. ESCLARECER OS BENEFÍCIOS: Empresa e funcionários devem estar cientes do benéfico para ambos. 2. O ESTALEIRO DEVE DETERMINAR SUAS PRIORIDADES: Ninguém tem tempo suficiente

ou caixa para proporcionar treinamento continuo e por isto é bom que seja investigado os locais onde existe maior retorno ou maior necessidade em curto prazo.

3. PROMOVER A CULTURA DO APRENDIZADO: No ritmo competitivo que vivemos, se a empresa não está avançando tecnologicamente ela está sendo ultrapassada.

4. CONSEGUIR O APOIO DOS SUPERVISORES: Criar envolvimento dos gerentes e supervisores para motivar os funcionários a melhorar sua qualificação.

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9. EXPANDIR O TREINAMENTO: Expandir o programa de treinamento e maior exposição a novas tecnologias para os funcionários mais antigos.

10. MEDIR O RESULTADO: Sem conseguir medir os benefícios qualquer tipo de treinamento vai ser sempre considerado “muito” caro para qualquer um.

Como então criar uma cultura de fabricação competitiva com qualidade e lucratividade? A resposta é que alguém tem que descobrir a melhor maneira de fazer, ensinar e treinar a quem vai executar o trabalho. O resto, bem, o resto é como andar de bicicleta.


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BOAT XPERIENCE

Salรฃo Nรกutico do Guarujรก

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4˚ Boat Xperience SUCESSO E CONSOLIDAÇÃO NO GUARUJÁ

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BOAT XPERIENCE

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eduto de grandes empresas nacionais e internacionais, a 4ª edição do Boat Xperience – Salão Náutico do Guarujá, que aconteceu entre os dias 25 à 29 de janeiro, na charmosa Marina Astúrias, superou em grande estilo todas as expectativas das edições anteriores. Mais de 60 marcas renomadas estiveram presentes, com suas inúmeras linhas de produtos e lançamentos, apresentando o que há de mais luxuoso e sofisticado para os 15 mil visitantes que por lá passaram. Embarcações requintadas de todos os tipos e tamanhos, acessórios de alta tecnologia e produtos de excelente qualidade, junto aos estandes simetricamente bem distribuídos, formaram em toda sua extensão um verdadeiro show de suntuosidade. Atualmente o Boat Xperience é con-

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siderado um dos maiores eventos náuticos litorâneos do Brasil. Além de proporcionar bons negócios, oferece também um vasto leque de opções para quem já possui barcos ou para os “marinheiros de primeira viagem” que desejam obter estes sonhos de consumo, com o máximo de segurança. “Esse tipo de evento é essencial para o desenvolvimento do mercado, e peculiarmente falando, o Boat Xperience é um evento sem procedimentos chatos e burocráticos, que por muitas vezes incomodam os expositores, o clima é bem agradável sem aquela formalidade que encontramos por aí o que deixa o cliente mais a vontade para consolidar os bons negócios que são oferecidos no salão” afirma Caio Marcio, idealizador e organizador do evento. Para atender a todos os apaixonados pelo mundo náutico, o Salão dis-

ponibilizou o test-drive, diferencial este que possibilita o teste antes da aquisição, fazendo com que não haja dúvidas do produto certo, fazendo com que a família possa escolher a embarcação que mais combina com sua necessidade, desejo ou estilo de vida. Com mais de 60 expositores , esta edição do Salão Náutico do Guarujá, apresentou um ótimo crescimento em relação ao evento anterior, acompanhando a tendência do mercado. “A necessidade de um evento com esse diferencial (test-drive) é bastante perceptível, a adesão é imediata” completa Caio Marcio. Realmente, essa edição foi esplendorosa e proporcionou aos participantes, em torno de 46 milhões em negócios. Todos puderam presenciar mais uma edição do Boat Xperience de muito sucesso.


CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Além dos produtos de luxo que estavam expostos no Boat Xperience, todos puderam também assistir palestras com conteúdo riquíssimo sobre as novidades e técnicas do mundo náutico. Nos dias 26 e 27, durante duas horas o Engenheiro Marcelo Viana, sob a coordenação de Tania Lefèvre representante da Marine Express, apresentou novidades eletrônicas de apoio a navegação Raymarine, abordando as principais funções do GPS, radar e sonda. Além de dicas para a reciclagem de conhecimentos de navegação, para marinheiros, proprietários de embarcações e colaboradores da área de vendas de diversos estaleiros. Já no sábado (28), a Barracuda foi a responsável pela palestra ministrada por Jorge Nasseh, Vice Presidente da ACOBAR e Coordenador do Núcleo Acobar para Formação de Mão de Obra, junto com uma série de construtores. Durante quatro horas, foi apresentada a técnica sobre o processo de construção utilizando o método de Infusão a Vácuo. Houve a infusão ao vivo em um caso de um barco de 16 pés, sendo explicado minuciosamente o funcionamento passo a passo todo o processo.

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BOAT XPERIENCE

ALL FLAGS / BAYLINER

ACQUAPLANET

A Acquaplanet esteve no evento com todo o seu time mostrando a força da empresa que sempre busca inovações no mercado náutico, não se limitando somente a embarcações nacionais o que mostra a preocupação da empresa com os seus clientes. Sempre representando grandes estaleiros, a Acquaplanet já prepara grandes novidades para para surpreender ainda mais o mercado nacional.

A All Flags também esteve junto ao renomado estaleiro Bayliner, onde apresentaram cinco tamanhos diferentes de embarcações, com a finalidade de atender diversos tipos de desejos. A Baylliner 160, 180, 230 e 330 foram expostas na área interna. Duas de cada lado do amplo estande, chamaram a atenção de muitos visitantes. A belíssima de 33 pés, é ideal para navegação em mares mais tranquilos e não deixa a desejar, quando o assunto é estilo e conforto. Na água estava a Bayliner 350, modelo cruiser que chegou ao Brasil com todo conforto. Possui uma completa lista de itens de série, com design de dar inveja, essa embarcação de 35 pés, apresenta um espaço interno excepcional.

ARTHMARINE

ASTONDOA Possuindo sete fábricas e uma grande marina na Espanha, o estaleiro Astondoa que produz embarcações de 23 à 200 pés, esteve no Guarujá e apresentou três sofisticados barcos para test-drive. Disponível para testes ficaram Faeton 360 Fly, 380 HT e o lançamento Astondoa 52 Fly pertencente a série King, cuja característica é o ótimo e moderno acabamento, além do grande espaço e funcionalidade em todos os seus ambientes. Pensando em fazer parte do nosso mercado efetivamente, a marca está com pretensões de abrir uma base no Brasil, onde focará fortemente em barcos desenvolvidos dentro do seu alto padrão de qualidade e com características para atendimento personalizado do gosto dos brasileiros.

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O estaleiro Arthmarine apresentou aos visitantes o seu lançamento nacional, a Arth 295. Inovadora e surpreendente, a lancha com 9 metros é perfeita para prática de esportes náuticos e passeios com a família. Este modelo que fica entre a 255 e a 380 atendendo os seguidores da marca que desejavam uma embarcação mediana. Localizado em CotiaSP, a fábrica produz barcos de 24 à 38 pés, mas o destaque em vendas é a moderna Arth 255. Ótima opção para quem deseja uma lancha cabinada, acima de tudo versátil e com ótima performance.


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BOAT XPERIENCE

AV2 / ALPINE A AV2, representante oficial da renomada Alpine no Brasil – considerada umas das melhores fabricantes de equipamentos áudio/vídeo do mundo - mais uma vez compareceu ao salão apresentando suas novidades da linha marítima. Toda linha marítima da Alpine foi apresentada em grande estilo, como os diversos modelos de CD/MP3/AAC Players, alto-falantes, subwoofers, amplificadores, entre outros. Equipamentos eletrônicos de alta qualidade e durabilidade inigualáveis utilizados em embarcações de pequeno a grande porte, estavam disponíveis no estande da AV2.

BAILLY Mais uma marca que esteve presente no Boat Xperience, apresentando produtos inovadores de excelente qualidade. A Bailly é especializada em diversos tipos de capotas, capas de cobertura, toldos, teto retrátil, entre outros. Produtos essenciais para uma embarcação, seja qual for o tamanho. O destaque no salão foram as capotas com iluminação de Led, de baixo consumo e grande durabilidade. Produzidas em diversos tamanhos e modelos, cada ponto de iluminação é contemplado com quatro leds distribuídos em três posições.

BENETEAU Atuando há 120 anos no mercado náutico com excelência, a conceituada marca francesa Beneteau, marcou presença apresentando aos exigentes admiradores destes sonhos de consumo, uma lancha de sua linha Grand Turismo. A conceituada sport cruiser GT 38, ficou disponível para test-drive e todos puderam apreciar essa máquina que possui um generoso espaço, comodidade absoluta e versatilidade incomparável.

BARRACUDA A Barracuda esteve apresentando seus materiais didáticos, para novatos e profissionais da área. Três livros, do diretor da marca, Jorge Nasseh foram os destaques. Relançado em outubro de 2011, a 4ª edição do “Manual de Construção de Barcos”, aborda a base de todo o método de construção. Um livro técnico, porém de fácil leitura. Já o segundo, “Barcos - Métodos Avançados de Construção em Composite”, é voltado para profissionais de estaleiros, abordando técnicas mais modernas de fabricação. Por último, o livro “Técnica e Prática de Laminação em Composite”, específico para a etapa de laminação, mas também de fácil leitura.

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CENTURY YACHTS

CASARINI

A marca catarinense, Century Yachts localizada na cidade de Itajaí, esteve pela primeira vez no Boat Xperience e apresentou a lancha Century 300 que ficou exposta no píer para test-drive. Essa embarcação que possui 9,38 metros de puro conforto e segurança, comporta até 10 pessoas/ dia. Com valor acessível se diferencia das demais do mesmo porte, com um excelente “custo x benefício”. Com diversos opcionais, a lancha da marca conquistou diversos visitantes que optaram por embarcações menores.

A Casarini não hesitou em explorar seus diversos modelos de produtos esportivos no salão, surpreendendo mais uma vez os visitantes e apreciadores. Nesta edição sua gama de produtos foi maior do que edição passada. Seis modelos de jetskis decoraram o espaço, sendo dois deles modelos 2012, o RXP-X 255 RS e o GTX 215/155. Os triciclos da Can-am chamaram atenção. Pilotos profissionais e amadores foram surpreendidos com os produtos da marca. A Casarini também expôs as lanchas Phoenix de 19,5; 23,5 e 27,5 pés, além dos jets boats de 15 e 18 pés.

CHEZI

COLUNNA

A Chézi conquistou os visitantes com suas estampas exclusivas de cores vibrantes em cadeiras e esteiras flutuantes, que podem ser utilizadas tanto no espaço de lazer da residência, como na embarcação. A marca também possui acolchoados para espreguiçadeiras, utensílios em acrílico 100% reciclado, bolsas e jogos americanos. Além das estampas já existentes, Chezi cria estampas personalizadas de acordo com o estilo do cliente ou decoração do ambiente.

A Colunna apresentou mais uma vez no Salão o modelo Sport Cruiser 325. Esta moderna embarcação foi exposta na área interna e recebeu diversos visitantes em seu interior. Também no seco estava a Sport Cruiser 235, que pode ser adquirida nas versões aberta ou cabinada. Já para testes, ficou disponível o lançamento de 2011 a Colunna 435 SC, muito espaçosa e com acabamento perfeito. Para quem já conhece a marca, essa embarcação é uma ótima opção para os apaixonados por embarcações de médio porte, com design inovador e equipamentos com tecnologia de ponta, a modelo surpreendeu em todos os quesitos.

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BOAT XPERIENCE

EASY PATH A Easy Path, sempre pensando no bem-estar e lazer de seus clientes, apresentou sua diversidade de produtos em Soluções Náuticas e Térmicas para os visitantes nos cinco dias de evento. No segmento Náutico, a empresa possui mais de 30 itens com diversas opções de tamanhos, que se dividem entre atracação, ancoragem, ferragens, vigias, iluminação, geradores, adesivos e PDV’S. A sua grande variedade em caixas térmicas, foi o que mais chamou a atenção, sempre com a eficiência em manter a conservação de alimentos, bebidas, medicamentos, entre outros.

CONTEAK / CONINCO As marcas Coninco e Conteak, do mesmo grupo, estiveram mais uma vez no Salão e nesta edição o lançamento foi do resistente Conthane Yacht Finish - Coninco. Se trata de um esmalte poliuretano com brilho natural, especial para acabamentos, resistente ao tempo e raios ultravioleta. Também pela empresa foi desenvolvido o Gelbarrier, que também se destacou por ser um gel de epóxi super impermeável, desenvolvido para prevenção ou tratamento de osmose.

CRISTAL DE ROCHA Por conta do sucesso na edição anterior, a Cristal de Rocha, mas uma vez dispôs aos visitantes uma forma prática e moderna de proteger e renovar os ambientes, com os toldos Casa Box e Tenda Box. Há 22 anos desenvolvendo soluções personalizadas para áreas internas e externas, a marca também destacou os inovadores os tecidos acrílicos que oferecem alta proteção contra os raios solares e desgastes causados pelo tempo, com garantia de cinco anos.

ECOMARINER A Ecomariner 33, o mais recente lançamento da marca estava exposta na área interna do salão para que todos pudessem admirar mais um modelo entre os diversos já fabricados pelo estaleiro, possuindo embarcações de 14 a 65 pés em seu portfólio. Atuando há 15 anos no segmento de barcos de passeio, a Ecomariner fabrica, atualmente, em torno de 80 embarcações por ano, com características únicas que garantem sucesso de suas vendas. Para atender a todos os gostos, o estaleiro genuinamente pernambucano possui uma grande diversidade, oferecendo embarcações esportivas, day cruiser, off shore e fly bridge. Sempre com preços acessíveis, qualidade e requinte.

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BOAT XPERIENCE

EXTECIL SANTOS A Extecil Santos apresentou soluções para segurança e salvatagem, dividindo seu estande com a SOS Vitta, especializada em rações para sobrevivência homologadas pela marinha brasileira. Unindo as duas empresas, os visitantes puderam conhecer materiais pirotécnicos, coletes, roupas de Imersão, EPIRB, válvulas hidrostáticas, coletes, bóias salva-vidas, bem como, as rações sólidas e líquidas.

EVOLVE

ELECTRA Representando uma das maiores marcas do segmento, a Simrad, a Electra apresentou um dos mais modernos displays multifunção. O NSS Touch-Screen, considerado o mais avançado da categoria. Além de elegante é totalmente a prova d’água. Possui características essenciais para uma excelente navegação. Piloto automático com leds indicadores, GPS integrado, facilidade ao trocar a cartografia, tela touchscreen e botão giratório, módulo de sonda Broadband interno, facilitando a visão do fundo e localização de cardumes com a sonda digital de alta definição. Para atender com o máximo de atenção e profissionalismo, além de fornecer produtos de tecnologia de ponta a Electra também dispõe de garantia e suporte técnico, para tranquilidade e conforto de seus clientes.

Produzida através da mesma fôrma da conhecida Evolution Boats, as embarcações da catarinense Evolve, apresentam um design arrojado e moderno. A evolução desta união, fez com que seus diferencias se destacassem a cada lançamento. No salão, a escolhida para exposição foi a esportiva 265 Cabinada, uma lancha perfeita para cruzeiro, com acabamento primoroso e detalhes inconfundíveis em relação a qualidade e tecnologia. Para o test-drive, também foi disponibilizada uma do mesmo modelo, assim os visitantes não tiveram dúvidas no momento da aquisição.

FERRETTI A conceituada Ferretti sempre pensando em buscar novas soluções em luxo e desempenho náutico, conta hoje com doze modelos de iates, sendo expostas no Salão algumas dessas sofisticadas embarcações. Em terra ficaram a Pershing 55 e a Ferretti 530 desenvolvida especialmente para unir sofisticação e funcionalidade, oferecendo altíssimo padrão em sua decoração e espaços, com capacidade para 14 pessoas a bordo. Para testes, estavam a Ferretti 530, a Pershing 52 e a conceituada Ferretti 620, projetada para oferecer melhor desempenho e alto padrão em design de interiores, destacando-se o posicionamento da cozinha na popa, que amplia ainda mais o espaço e garante uma maior qualidade de vida a bordo.

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FIBRAFORT / ALL FLAGS / TOTAL BOATS O estaleiro catarinense Fibrafort, expôs suas luxuosas lanchas através de duas conhecidas revendas de embarcações no Brasil. Nos cinco dias, a Total Boats apresentou a Focker 215i, 255 e 270. Já a All Flags disponibilizou os modelos: Focker 240 e o lançamento i9, com um design moderno e arrojado, essa lancha esportiva de 19 pés comporta até sete pessoas/dia, ideal para quem gosta de se aventurar. Na água estava a Focker 310 GT, enviada pelo próprio estaleiro especialmente para o testdrive. Espaçosa e confortável, ideal para passeios com a família e amigos.

FLEXITEEK BY GMS A Flexiteek representada pela GMS, existente em mais de 35 países, prestigiou mais uma vez o Boat Xperience, apresentando seu sistema patenteado de teca sintética ecológica e 100% reciclável. Este tipo de teca sintética é totalmente impermeável e de manutenção simples, mantendo a segurança no seco ou no molhado, podendo ser utilizada em todas as áreas da embarcação, sem restrições. A marca foi umas das empresas do segmento que se destacou com a qualidade de seus produtos no salão.

FLORIDA MARINE / SUGOI NÁUTICA Sugoi Náutica, uma rede de lojas fundada há seis anos, é especializada em Pesca e Náutica, e concessionária autorizada Yamaha. Seu carrochefe é a pescaria, mas mesmo assim fez questão em estar presente no Salão Náutico do Guarujá e apresentar seu novo nicho de mercado. Em exposição na água, a Sugoi disponibilizou a 270 Ocean e a lancha 330, Walkaround para pesca e passeios em família. Ambas lanchas com design inovador da Flórida Marine.

FORMULA IMPORT A catarinense Fórmula Import a cada edição traz uma novidade. Desta vez, a marca que se destaca na importação e exportação de produtos navais, apresentou o sistema de som da marca Lowrance. Chamado de Sonic Hub Audio, o dispositivo eletrônico oferece um link para a seleção de músicas direto de outros componentes, como Iphone, Ipod, Ipod Touch e MP3 em USB (até 16 gb) e também com rádio AM/FM. Possui 4 canais de amplificador sendo 50W por canal, acompanham dois autofalantes marinizados à prova d’água (200W cada), integrado via NMEA 2000 com os GPS modelos HDS da Lowrance.

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BOAT XPERIENCE

GAFISA O Boat Xperience também proporcionou aos visitantes, alguns diferenciais do mercado de luxo. Umas das construtoras líderes do segmento, esteve presente apresentando seu lançamento na cidade do Guarujá, o empreendimento Verdemar. Este reduto de sofisticação, conforto e lazer será construído na península Enseada, dispondo de apartamentos com 158m², com três suítes e uma ampla área de lazer. Sem dúvida, este empreendimento será a opção certa para as famílias que desejam segurança, tranquilidade e conforto.

JET CO A Jet Co fez questão em comparecer novamente na água com o conhecido FX Cruiser SHO 2011, supercharged de 1812 cilindradas. Sem dúvida essa máquina encheu os olhos de muitos visitantes e apreciadores do esporte. Localizada em São Paulo, com 22 anos no ramo, a empresa que vende por ano, em torno de 100 unidades destes requisitados produtos, apresentou na área interna mais duas “super” potências: o VX Sport e o VXR, todos com o máximo de desempenho e segurança.

HIGIEMAX A Higiemax esteve presente com algumas opções de serviços de limpeza e higienização voltada para embarcações de pequeno à grande porte. Os produtos utilizados para os serviços são da marca NautiSpecial, empresa que fornece produtos 100% naturais formulados através de matérias-primas vegetais de fontes renováveis da flora brasileira. Dentre os serviços executados pela Higiemax estão a higienização interna, hidratação dos estofados, cristalização dos vidros, impermeabilização e higiene do ar condicionado.

KAPAZI Desta vez a Kapazi, empresa especializada em tapetes e kapachos personalizados, apresentou um de seus lançamentos mais requisitados por proprietários de embarcações, a Teka Fácil. Tipo de tapete revolucionário com aparência de teka, que dispensa especialistas qualificados para instalação, qualquer pessoa pode instalá-lo por não haver a necessidade de perfuração para sua fixação. Seu leque de produtos também dispõe de modelos para o uso residencial, empresarial, decorativo, entre outros.

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BOAT XPERIENCE

MGR MARÍTIMOS A M.G.R. Marítimos esteve pela primeira vez no Salão Náutico do Guarujá, apresentando para os fabricantes de embarcações suas opções de motores marítimos Cummins, reversores e geradores marítimos para diversos tipos de embarcações. Todos os equipamentos da empresa paranaense, que atua há 2 anos no mercado, são de altíssima qualidade, com garantia e de acordo com termos exigidos pelo mercado.

MAESTRALE Mas uma vez a Maestrale esteve no Guarujá com seu charmoso modelo 300. Móveis bem estruturados que seguem as linhas modernas da embarcação, deixam sua área interna muito mais ampla e sofisticada. Seu espaço gourmet na plataforma de popa é um dos diferenciais. Tamanho considerável em relação a algumas embarcações do mesmo porte. Possui um dormitório, mas com a opção de dois, através da mesa de proa que vira uma confortável cama. Para o ano que vem, a Maestrale está pensando em produzir a 320 Fly, com certeza essa opção será muito atrativa para os apreciadores de estaleiros nacionais.

MARINE EXPRESS A novidade da Marine Express no Boat Xperience, foi o display multifuncional e7 da Raymarine, lançado há pouco tempo e já ganhou inúmeros prêmios como: Inovação das feiras IBEX e Internacional de Newport.O mais inovador de sua categoria, o eletrônico possui inéditas funções, como: tela colorida de 7” widescreen de LED; Operação Hybrid Touch onde é possível operar o equipamento pelo teclado ou pelo toque na tela (touch screen) simultaneamente; conexão wireless e bluethooth integrada; controle remoto sem fios; GPS interno com 48 canais; operação de radar digital HD; entre outros. Com certeza, diversos visitantes utilizarão o e-7 em suas embarcação, afim de, proporcionar mais segurança e tranquilidade para família a bordo.

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MAR DE BORDADOS A Mar De Bordados se utilizou de tons quentes para a nova coleção de verão 2012. Itens da linha cama, mesa e banho também chamaram a atenção não só pelas suas cores, mas também por suas novidades e mimos lançados pela marca. Saco decorado para roupas sujas com forro impermeável, bem como, porta biquínis e porta bronzeadores tiveram um espacinho bem especial no estande. Toalhas para mesa de jogos com naipes coloridos e bolsa que vira toalha fizeram parte dos enxovais adquiridos pelos visitantes.


MARINE WORK A Marine Work, desta vez apresentou seu lançamento, o Militec-1. Este produto protege os equipamentos da água salgada, borras, carbonizações, entre outros contaminantes, evitando a corrosão e oxidação. Além disso, o Militec-1 auxilia na redução de consumo de combustível e aumenta a autonomia de navegação, reduzindo o desgaste do motor durante a partida. Sem restrições, o material pode ser aplicado em qualquer tipo de motores, reversores, rabetas, geradores, bombas e jet-skis.

MASTER MARINE A Master Marine, distribuidora exclusiva da marca norteamericana Malibu no Brasil, apresentou na área interna do salão, uma embarcação de 20 pés perfeita para a prática de wakeboard, wakeskate e esqui. Já na área externa, também estava uma do mesmo tamanho, mas pertencente a linha Axis. Este modelo foi lançado em nosso país junto com Axis 22, ambas são fabricadas em Tennessee (EUA). Uma lancha versátil e com muito estilo, podendo-se optar pelo motor de 335 ou 450 HPs.

MAX MARINE E ZENITH A Max Marine esteve mais uma vez no salão apresentando dois modelos de embarcações expostas na área interna, que contemplaram o estande atraindo diversos admiradores. O estaleiro é responsável pela laminação da brasileira Zenith, por conta disso, o barco da marca apresentado foi a moderna Off Shore Cruiser “Zenith 300”. Além desta, estava também o estiloso modelo Max Marine 43,5 S. Já o lançamento 415 com design despojado e esportivo, que possui duas versões (S e full), foi apresentado somente através de catálogo, mesmo assim, não deixou de ser desejado.

ODIM – CURSOS NÁUTICOS A Odim mais uma vez, apresentou seus cursos e aulas em DVD e Cd Room, para quem possui qualquer tipo de embarcação e quer especializar seu marinheiro ou se tornar um deles. O Capitão Josemar Leal é quem ministra os diversos cursos, como: Arrais amador, mestre amador, capitão amador, formação de piloteiros, primeiros socorros, marinharia, leis, regras de navegação da marinha brasileira, sobrevivência no meio marinho, arte naval, navegação costeira, entre outros.

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BOAT XPERIENCE

PORTOFINO YACHTS Participando pela primeira vez no Boat Xperience, a Portofino Yachts apresentou seu projeto inovador com design inspirado em luxuosos carros italianos de alto desempenho, como a Lamborghini. Estaleiro 100% brasileiro, fundado em 2008, não poupou em detalhes e sofisticação. Segundo a fabricante, a esperada embarcação Fly 35 estará percorrendo por nossos mares na segunda quinzena de Março. Este novo conceito Fly Bridge desenvolvido pela Portofino Yachts, promete conquistar todos que procuram conforto, tecnologia e estilo.

PRESTIGE / JENNEAU / MANGUSTA A Le´Mon Group Brasil, atualmente considerado distribuidor exclusivo no Brasil para o grupo italiano Overmarine, que constrói e comercializa embarcações da Mangusta (iates de alta performance), apresentou em maquetes, três luxuosas embarcações que encantaram muitos visitantes. A Prestige 350 Fly, 600 Fly e a exuberante Mangusta de 130 pés, que não deixaram de brilhar, mesmo não estando em tamanho real. Já para testes, a Prestige 500F foi a escolhida, ganhadora de diversos prêmios como: Melhor Design de “Interiores” - Troféus do Mundo Iates Awards, em Cannes; “Melhor Motor Yacht” - Design Awards náuticas em Milão; “Best of the Best” - pela revista Robb Report; “Iate Motor do Ano” - barco motor do Ano, na categoria de iates até 55 pés.

PORTO UNA

POWERSKI / JETBOATS Radical e tecnológico, para quem busca emoção, o PowerSki é o produto certo. Esta prancha a motor, certamente foi uma das curiosidades do Salão. Possuindo motor 2 tempos, atinge até 65 km/h obedecendo minuciosamente os comandos do condutor. Sucesso no verão australiano e europeu, capaz de realizar diversos tipos de manobras, saltos e curvas fechadas, sempre com estabilidade, essa prancha motorizada é ideal para quem deseja se divertir com muita ousadia.

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A Porto Una uniu utilidade, qualidade e elegância, apresentando aos visitantes exclusividade com sua gama de peças inquebráveis de qualidade superior. Acrílico, policarbonato e melamina, além de peças arrojadas e inovadoras em liga de alloy e madrepérola, são apenas alguns dos materiais que compõem a linha de produtos da marca. Além de serem utilizados em embarcações, também há a opção de uso doméstico, podem decorar casas de praia e residencias, já que os apaixonados pelo segmento náutico apreciam ter por perto objetos e utensílios que o remetam à vida no mar.



BOAT XPERIENCE

R&R NÁUTICA A empresa R&R Náutica, esteve pela primeira vez no Boat Xperience e não deixou a desejar. Marcou presença tanto na área interna como no test-drive, com os modelos: Lancer 277, Psari 195 e Tempest 240. Atuando há 14 anos no mercado, com lojas em São Paulo-SP, Uberaba-MG e São José do Rio Preto-SP, a marca disponibiliza diversos produtos e serviços para atender as necessidades de seus consumidores, além de ser concessionária autorizada dos motores Mercury.

REAL POWER BOATS A Real Power Boats, estaleiro nacional que fabrica barcos de 19 à 45 pés, levou para o Guarujá três embarcações que conquistam cada vez mais os brasileiros. Em 26 anos de tradição, a marca não deixa desejar quando o assunto é inovação, possui mais de 20 modelos atendendo a todos os tipos de gostos. Na área interna a Real Power Sport, para quem gosta de um design arrojado e a Real Power Top 350, que oferece mais amplitude em seus espaços. Na água a Power Class 29, com seus 9,12m e capacidade para 10 passageiros/dia, foi a escolhida pelo expositor para os testes.

REVENDA MULTIMARCAS

SAFE WAY A Safe Way novamente apresentou sua variedade de produtos marítimos para segurança, boa navegação e conforto, como: Rádios marítimos, radares, GPS’s, sondas de pesca, EPIRP’s, SART’s, fogão de indução SW (substituindo o gás), panelas elétricas. Mas, o que chamou atenção mesmo dos visitantes, foi a maleta de ferramentas Spline 200 Peças SW. Mais que completa, versátil e prática a maleta de alumínio decorada, possui 4 fechaduras de pressão chaveadas, com carrinho acoplado e painéis destacáveis que podem ser pendurados na parede. Ótima opção para quem gosta de colocar a mão na massa.

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A Revenda Multimarcas esteve no salão e apresentou diversas marcas do segmento náutico em seu estande. Por ter iniciado a partir da comercialização de automóveis, a empresa fez questão nesta edição de apresentar dois sonhos de consumo: a Porsche 911 Targa 4S, semi-conversível com teto de cristal e com tração nas quatro rodas. Para completar a luxuosidade do espaço e atender exclusivamente as mulheres, em exposição os brincos, anéis e relógios de ouro, brilhantes e pedras preciosas da marca carioca Dulce Jóias.


SAILOR A Sailor comercializa motores de popa, peças, lanchas e jet-skis, como o conhecido “Jet Fishing”, adaptado totalmente para a prática de pesca esportiva. Nesta edição, a marca lançou a tão esperada “Oceania 30 WA”, que ficou exposta no seco. Este modelo Walk Around proporciona uma pilotagem tranquila, mesmo em mares agressivos. A sensação a bordo é de estar em casa, pois seu casco possui um design avançado projetado para oferecer conforto e segurança. E, para aqueles que fizeram questão em testar uma Sailor, puderam usufruir do modelo Ocenia 22C, ótima opção para pescar e passear com a família.

SCHAEFER YACHTS O renomado estaleiro catarinense Schaefer Yachts apresentou três de suas luxuosas embarcações na 4ª edição do Boat Xperience. Em seu estande, localizado na área externa em frente ao pier, ficaram expostas as conhecidas Phanton 360 e a 300. E, para abrilhantar ainda mais o evento, a Schaefer 620 esteve para apreciação e teste dos adoradores da marca e visitantes que fizeram questão de conhecê-la pessoalmente. Sem fugir da linha de conforto e luxuosidade da tradicional empresa, essa máquina surpreendente de 62 pés não foi poupada em equipamentos de tecnologia de ponta, sofisticação e detalhes exclusivos.

SECRETÁRIA DO TURISMO A Secretaria do Turismo do Guarujá, também esteve presente para instruir e informar os visitantes sobre as novidades e belezas naturais que a cidade oferece em toda sua extensão. Todo apoio foi fornecido com o máximo de clareza para os curiosos que frequentam as praias do Guarujá, mas não conhecem seus pontos fortes, como a gama de bares, hotéis, restaurantes, passeios turísticos e reservas naturais. Projetos ambientais, programas educacionais de sustentabilidade e preservação da natureza, também foram abordados pelos guias e colaboradores da Prefeitura que lá estavam.

SEA PERFORMANCE A Sea Performance sempre cuidando da segurança de seus clientes, mais uma vez marcou presença e instruiu diversos visitantes em relação a documentação necessária, direitos, deveres e responsabilidades legais para o lazer, prática de esportes náuticos e pesca. Para qualquer pessoa que possui ou pretende adquirir algum tipo de veículo marítimo, a Sea Perfomance oferece todo suporte em assessoria náutica, que seja necessária e condizente com as leis, sempre respeitando os anseios de cada cliente.

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BOAT XPERIENCE

REGATTA A conhecida rede de lojas “Regatta”, atuando há 29 anos no segmento náutico, apresentou no seco a italiana Sessa Key Largo 28, modelo esportivo e charmoso com solários e cabine amplos, projetada para uma navegação veloz e acima de tudo estável. Também estava a C36, projetada pelo designer Christian Grande, inconfundível aos olhos de quem conhece as minuciosas linhas italianas. A embarcação possui ambientes aconchegantes e áreas espaçosas, proporcionando maior conforto para toda a família. Na água estavam duas embarcações da Fishing, a 37,5 e a 39 pés. A Fishing 39 é uma ótima opção para famílias que optam pela união do lazer e pesca. Equipada com acessórios de tecnologia de ponta, proporciona segurança e uma perfeita navegabilidade.

TECCOM Mais uma novidade da Teccom foi apresentada no Salão, trata-se de uma fórmula desenvolvida para oferecer o máximo de durabilidade ao combustível, prevenindo danos ao motor causados na maioria das vezes por oxidação. O Teccom Speed Mariner é um otimizador de combustível, capaz de melhorar as propriedades da gasolina, rejuvenescendo-a e reduzindo o consumo do motor. Além de limpar as válvulas e bicos injetores, otimiza a manutenção destes e outros equipamentos, mantendo em bom estado por muito mais tempo.

TERRAMAR Pela terceira vez presente no Salão Náutico do Guarujá, a Terramar Instrumentos além de apresentar suas duas linhas náuticas: VDO Ocean Line e a linha Sea Line, e seus serviços prestados na área de assistência técnica, destacou também os leds subaquáticos. Com a potência de 40 ou 60W, os leds apresentam um excelente efeito sinalizador, iluminando a linha d’água evitando a atracação desgovernada da embarcação. Seu funcionamento é contínuo com alto rendimento e aquecimento mínimo. O efeito da iluminação subaquática é bem próximo de uma enorme piscina totalmente iluminada.

SOLARA A Solara, gaúcha de Vera Cruz (RS) trouxe para o litoral paulista três modelos de embarcações. No seco esteve a 230 podendo ser adquirida em dois formatos: open e cabinada e a 310 que se destaca por seu amplo espaço de lazer. Para os testes estavam a 310 e o lançamento 380HT. Confortável e sofisticada a nova embarcação da marca, possui diferenciais considerados de alto padrão, soluções tecnológicas e espaçosas acomodações.

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UNIVERSO NÁUTICO

UNIBOATS A Uniboats Yacht Broker, possuindo um grande leque de serviços, representou com excelência algumas marcas e disponibilizou modelos de embarcações muito conhecidos no mercado náutico brasileiro, como a Colunna 23, 32 e 43. A Triton também fez parte do seu acervo com os tamanhos 36, 27 e 29,5 pés. Além da comercialização de embarcações novas e semi-novas, a Uniboats, sedeada no Saco da Ribeira – Ubatuba, também fornece acessórios eletrônicos, para todo litoral norte de São Paulo e executa serviços em geral (reforma, manutenção, tapeçaria, marcenaria, laminação, pintura, ferragens, construção naval e decoração).

Localizada na Capital de São Paulo, a conhecida loja Universo Náutico representante de alguns dos maiores estaleiros do Brasil, apresentou três modelos de sofisticadas embarcações, estando duas expostas no seco e uma para test-drive. Para quem preza pelo conforto e espaços bem utilizados, estava no seco em exposição a Cimitarra 34, que segundo o Celso Antunes (sócio-proprietário da revenda), afirma que essa máquina possui a estrutura de um barco 37 pés com o valor de 30 pés. Também contemplando o salão, estavam a sofisticada Armada 300 e para teste estava a elegante Cimitarra 500 HT.

VIBO

VENTURA

Especializada em tapetes e carpetes especiais, a Vibo trouxe uma elegante opção de piso para o mercado náutico, também podendo ser utilizado em residências, espaços comerciais, entre outros. Fabricado na Suécia, o piso vinílico dispõe de diversas tonalidades e apesar de sua semelhança com a madeira é muito mais resistente.Impermeável e de rápida aplicação por ser colado, este material está tomando o lugar das lâminas convencionais.

Com 26 anos de existência e duas fábricas no Brasil, localizadas uma no Pólo Industrial de Manaus/ AM e a outra em Capitólio/MG, a Ventura Marine, nesta edição, expôs suas embarcações somente na área interna, ao olhar de todos que passaram pelo Salão. A V265 e a V315 (lançada em 2011) foram as embarcações que contemplaram o estande da marca. Sempre pensando em inovar e atender os iniciantes e já proprietários de barcos, segundo Marco Garcia (representante comercial) na primeira quinzena do mês de março será lançada a embarcação de V410 Fly Brigde, essa belíssima 41 pés que está sendo desenvolvida em conjunto com a Yamaha.

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BOAT XPERIENCE

O

YACHT BRASIL

ZIMARINE A Zimarine mais uma vez, não deixou de estar presente no salão apresentando seus decks náuticos de máxima qualidade e durabilidade para seus parceiros do segmento e visitantes. Produzidos com a nobre Teka de Burma, o material pode ser instalado em toda área interna e externa da embarcação. Além da Teka, seu produto principal, a Zimarine também dispõe de inovadores painéis flexíveis, que podem ser escolhidos de acordo com cada projeto. Uma interessante alternativa para revestimento de móveis e paredes - acabamento perfeito sem risco de trincas ou bolhas. Para completar suas opções de produtos, a marca também ofereceu nos cinco dias de evento, adesivos e selantes Bostik, desenvolvidos para indústria náutica em geral.

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A Yacht Brasil expôs novamente embarcações dos dois conceituados estaleiros a Azimut-Benetti da Itália e americana Sea Ray. Para completar as opções de sofisticados produtos, nos dois lados de seu estande, em frente ao pier, ficaram localizados dois modelos de helicópteros. Para test-drive estavam a Azimut 53 e a 58. Luxo, conforto e segurança incomparáveis. No seco contamos com a requintada Sea Ray 350 e uma de 26 pés. Também em solo, estavam os helicópteros Bell 206 B3 e o Robson R66, espaçoso e muito sofisticado, comporta até cinco pessoas. Muito potente este modelo R66 possui uma turbina Rolls-Royce RR300, que foi desenvolvido especificamente para ele.


O sucesso do Salão Náutico do Guarujá deve-se, principalmente, aos expositores e participantes. Obrigado a todos que transformaram este evento no sucesso de público e de negócios.

Revista Patrocinador Master:

Expositores:


MIAMI BOAT SHOW 2012

Um de barcos 124

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MIAMI BOAT SHOW 2012

A

conteceu entre os dias 16 a 20 de fevereiro o fantástico Miami Boat Show, e a revista Boat Shopping esteve presente em mais um ano de evento para acompanhar as inovações do setor náutico. A feira acontece em 4 locais diferentes da cidade de Miami, onde foram apresentados milhares de produtos, atendendo à todos os gostos e sonhos. Lanchas, iates, veleiros, embarcações para pesca, lançamentos tecnológicos, acessórios, serviços e vestuário náutico, unindo as melhores marcas mundiais em milhares de opções oferecidas para o visitantes, foi, sem dúvida, um bom investimento para os expositores, uma vez que o mercado náutico americano esta se recuperando. Essa foi a melhor feira dos últimos tempos. Inclusive notamos a presença de muitos visitantes da América do Sul e claro, muitos brasileiros circulando por lá. O evento se dividiu praticamente em quatro partes: o Sea Isle Marina & Yachting Center, onde foi disponibilizado embarcações para test-drive; a MiaMarina em Bayside, local onde estavam todos os tipos de veleiro; o Miami Beach Convention Center, onde aconteceu de fato o Boat Show, com as em-

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presas uma ao lado da outra, praticamente sem separação, acessórios de todos os tipos, equipamentos para marinas, motores, eletrônicos, muitos barcos e tudo mais o que você possa imaginar, além da Yacht and Brokerage Show, na Collins Avenue, local dos “grandes sonhos”, lá estavam expostos barcos com até 200 pés. Só no Miami Boat Show, foi comprovado que em média 1,8 do número de compradores de barco no país, participaram da feira antes da aquisição; 57% dos compradores foram pelo menos a uma feira nos 12 meses anteriores a sua compra; 60% das pessoas atendidas no evento, entraram no barco para conhece-lo, após visitar a feira, a média de compra de barcos demora entre 3 a 4 meses. 40% dos visitantes, são marinheiros de primeira viagem, não possuem barco e 60% já possuem. A gigantesca feira, realmente influencia as decisões das pessoas presentes, por conta do seu leque de opções. Sua pontuação em vendas é maior do que a experiência de revenda ou produtos oferecidos na internet e é fator decisivo na hora de fechar o negócio, de acordo com um estudo realizado pela Boat Industry, o cliente escolhe o que vai comprar na própria feira, é lá que ele tira sua conclusão enquanto caminha e conhece as demais opções disponíveis.

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MIAMI BOAT SHOW 2012

Muitos brasileiros participaram da feira, tanto visitando quanto trabalhando, o português era um idioma fluente na feira. Alguns comprando barcos, outros em busca de acessórios ou até mesmo enquanto almoçávamos, sempre escutávamos alguém conversando em português. Com a chegada de grandes marcas no Brasil, seus representantes daqui, foram pra Miami a trabalho e representaram muito bem nosso país, atendendo a todos com o melhor estilo brasileiro, com muito carinho e simpatia. Um evento que vale a pena ser conhecido, um Boat Show de verdade, que se pode ter a noção do tamanho do mercado americano e mundial. Uma feira onde todos trabalham muito e a concorrência é saudável; todos os visitantes são muito bem atendidos e os estandes estão abertos para a visitação, não existem pessoas barrando a entrada e todos os veículos de comunicação trabalham em perfeita harmonia, enfim, uma feira de verdade. Marcas renomadas, embarcações luxuosas e acessórios com tecnologia de ponta em exposição, realmente surpreendeu a todos e com certeza encheu os olhos dos amantes do mundo náutico.

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VOLVO OCEAN RACE

PARADA OBRIGATÓRIA EM ABRIL, OS MONOTIPOS DE OCEANO MAIS RÁPIDOS DO PLANETA DESEMBARCAM EM ITAJAÍ EM UMA ESCALA FUNDAMENTAL, QUE MARCA A METADE DA VOLVO OCEAN RACE: O BRASIL Por: Conrado Kowarick Fotos: Paul Todd / Ian Roman / Marc Bow / Amory Ross / Diego Fructuoso / Volvo Ocean Race

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VOLVO OCEAN RACE

H

á um ano, a cidade de Itajaí está preparando uma festa para receber os barbudos mal-cheirosos mais aguardados de Santa Catarina. A flotilha da Volvo Ocean Race desembarca por aqui em abril, depois da etapa mais longa da competição: 12.500 quilômetros entre a Nova Zelândia e o Brasil. Depois de castigados pelo frio, pelas ondas, pela complicada passagem do Cabo Horn, no Sul da América do Sul, e pelo cansaço acumulado de meia volta ao planeta, os competidores ficam mais um mês descansando por aqui antes de embarcar de novo, rumo a Miami. A festa está pronta. Só faltam eles. A Volvo Ocean Race é disputada desde 1973, mas nas primeiras edições levava o nome de outro patrocinador, e era conhecida como Whitbread Race. Algumas figuras históricas da vela mundial passaram por ela. O neozelandês Sir Peter Blake chegou a ser campeão, vencendo todas as etapas a bordo do Steinlager 2, em 1989-1990. A regata mudou bastante nessas décadas. Roderick “Roddy” Ainslie,

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pai do tricampeão olímpico britânico Ben Ainslie, capitaneou um barco na primeira edição, e contou que eles não tinham nem bancos a bordo: usavam caixas de cerveja. Quando as caixas acabavam, os veleiros eram “reabastecidos” a cada parada. Hoje, a situação é completamente diferente. Alguns velejadores chegam a cortar o cabo das escovas de dente para aliviar peso do barco. As más línguas dizem que outros não levam escovas de dente e nem se preocupam em ficar um mês a bordo, navegando por mares revoltos de água gelada sem poder tomar banho. Lendas ou não, esses detalhes revelam o nível de competitividade desse tipo de regata. Os números desta edição mostram que economizar cada grama a bordo pode fazer sentido. Nunca houve uma Volvo Ocean Race tão parelha. Na chegada à China, por exemplo, o barco espanhol Telefónica passou 15 dias na liderança e, depois de todo esse tempo, não conseguiu abrir nem duas horas de vantagem sobre o segundo colocado, o Groupama.


EQUILÍBRIO

Dos seis barcos que começaram esta regata, cinco tinham reais chances de título. O único sem nenhuma possibilidade é mesmo o Team Sanya. Os chineses decidiram participar de última hora e embarcaram em um barco usado, de uma geração anterior aos atuais. O resultado não foi muito satisfatório. Nas primeiras duas pernas ele quebrou e, quando chegou, chegou em último. “Na edição anterior, o Ericsson 4 e o Ericsson 3 eram barcos bem melhor construídos que os outros. Hoje não existe mais essa diferen-

ça e todos são muito melhores do que os da geração anterior”, contou Stefano Beltrando, “médico” dos barcos. Beltrando conhece muito bem os barcos porque ele é um especialista na técnica de analisar a integridade do casco usando ultrassom, exatamente como nos exames médicos. Parte do equilíbrio se deve ao fato de nenhuma equipe correr com dois barcos dessa vez. Nas duas últimas edições da regata, o campeão sempre teve dois barcos inscritos. Isso permitia que a equipe testasse o primeiro barco e fi-

zesse todas as modificações para o segundo, que então já era de uma geração adiante. Além disso, Juan Kouyoumdjian, projetista campeão em 2006 e 2009 dessa vez assinou três barcos de equipes diferentes: Telefónica, Puma e Groupama. Apesar de todo o equilíbrio teórico, os espanhóis do Team Telefónica dispararam na liderança logo de cara, vencendo as duas primeiras etapas. Alguns dos times considerados fortes, como Puma e Abu Dahbi sofreram muito com quebras graves e agora estão correndo atrás do tempo perdido.

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VOLVO OCEAN RACE

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A NOVA VOLTA AO MUNDO DE OLHO NOS MERCADOS ASIÁTICOS, A REGATA ABANDONOU TRECHOS TRADICIONAIS PARA VIVER AVENTURAS E PERIGOS BASTANTE DIFERENTES DOS HABITUAIS Uma das novidades desta edição foi a entrada dos piratas no percurso da Volvo Ocean Race. Não, a organização não contratou animadores fantasiados da série Piratas do Caribe, como em 2005. Dessa vez, o perigo é real. Desde a edição passada, a organização promoveu mudanças radicais na rota. Para atender a patrocinadores asiáticos, a regata excluiu uma perna tradicional, entre a África do Sul e a Oceania. Os fãs de longa data reclamam até hoje, pois as pernas nas baixas latitudes são sempre as mais velozes e desafiadoras. Neste ano, as mudanças continuaram, e o Oriente Médio foi incluído, pela primeira vez, entre as escalas da regata. O problema é que, no caminho entre a África do Sul e Abu Dahbi fica a costa da Somália, região infestada de piratas. O risco da pirataria era tão ameaçador, que a organização resolveu “dar carona” aos veleiros no trecho mais perigoso. Para isso, foi montada uma operação logística complicada. Os veleiros competiam até determinado ponto, subiam no navio, e eram entregues já num porto bem próximo, só para chegar velejando (e não num cargueiro) na festa preparada em Abu Dahbi. Felizmente, os piratas não deram nem sinal, mas mesmo assim a competição ficou comprometida com essa caroninha.

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VOLVO OCEAN RACE

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ITAJAÍ

O mar é o motivo de ser da cidade catarinense de Itajaí, marcada pelas tradições náuticas e por abrigar o segundo maior porto do país em movimento de cargas. O anúncio da escolha da cidade catarinense como sede brasileira foi surpreendente, pois ela venceu candidatas fortes, como Florianópolis, e outras que já fizeram parte da história da regata, como São Sebastião, no litoral paulista, e Rio de Janeiro. Os veleiros vão chegar próximo ao porto, na foz do rio ItajaíAçu, no litoral norte do estado. Esta será a primeira vez que a regata vai parar no estado de Santa Catarina, e a cidade montou uma Vila de Regatas com atrações bem ao lado da área que as equipes vão usar para trabalhar no conserto e manutenção dos barcos. Entre os eventos, estão duas regatas locais importantes. A primeira é a Pro-Am, que não conta pontos e vai misturar convidados VIPs e velejadores profissionais. A segunda, é a regata costeira, que conta pontos para a volta ao mundo e vai ser disputada perto da costa, para que o público local possa ver de perto essas máquinas em ação. Nesse dia, o Morro da Cruz, mirante a 180 metros de altitude, de frente para a vila da regata, será um dos melhores pontos para observação da ação no mar. A vila da regata de Itajaí será aberta no dia 4 de abril de 2012, quando devem chegar os primeiros barcos. Depois de duas semanas de manutenção, as equipes disputam a Regata Pro-Am, no dia 20, a Regata InPort, no dia seguinte, e largam para os Estados Unidos no dia 22, em direção a Miami. Depois de Miami, a regata segue para Portugal, França e termina na Irlanda. Mas até lá, muita água ainda vai rolar.

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VOLVO OCEAN RACE

MÁQUINAS DE RECORDES

OS VOLVO 70 SÃO OS MONOCASCOS DE OCEANO MAIS VELOZES QUE O HOMEM JÁ CONSTRUIU EM GRANDES TRAVESSIAS. CONHEÇA MELHOR ESSE BARCO

Construídos com os materiais mais avançados, os veleiros da Volvo Ocean Race são projetados para suportar no limite as cargas imensas de mar e vento encontradas na volta ao mundo. Nesses barcos não há nenhum reforço além do estritamente necessário. Isso porque a economia de peso é quase uma religião. Por isso mesmo, essas máquinas são tão velozes, e ao mesmo tempo tão frágeis. Um projetista famoso uma vez brincou: “Se o barco não quebra nunca, é porque ele é ruim, pesado demais. Se o barco que-

bra, ele também é ruim, porque estragou sua regata”. Esse é o dilema dos Volvo 70. Ao contrário de outras edições, nesta volta ao mundo os adversários estão bem equilibrados, com barcos bem construídos e equipes com recursos. A grande exceção é o Team Sanya. Eles compraram um dos melhores veleiros da edição passada, mas nesta regata, três anos representam uma geração inteira. Apesar de o Sanya ainda ser um excelente barco de regatas, ele não tem nenhuma chance numa competição contra os melhores do mundo.

CONHEÇA MELHOR O VOLVO 70:

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4 10

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1. Cada equipe só pode usar dois mastros e duas retrancas, idênticos 2. Máximo de dois jogos novos de bolinas para cada equipe

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3. Velas de proa com enroladores 4. Máximo de 15 velas novas para treino / Máximo de 17 velas para regata (antes eram 24) 5. Novo desenho da quilha 6. Peso máximo da quilha de 7.400 kg 7. Não é permitido colocar material atrás da antepara de popa 8. Máximo de dois jogos de timões novos durante a regata. Se for necessária a troca, deverá ser por um jogo idêntico ao anterior 9. Novo desenho do bulbo 10. Não é permitido colocar mateiral adiante da antepara de proa

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ÔÔ APENAS UM BARCO POR EQUIPE ÔÔ NOVO PESO MÁXIMO: 14.500 KG (AUMENTO DE MEIA TONELADA) ÔÔ 3 TRIPULANTES DE CADA EQUIPE PRECISAM TER NASCIDO ANTES DE 1º DE SETEMBRO DE 1980 ÔÔ SEM TRIPULANTE EXTRA PARA AS REGATAS COSTEIRAS ÔÔ A CONFIGURAÇÃO DO BARCO SERÁ A MESMA PARA REGATAS COSTEIRAS E OCEÂNICAS


QUEM É QUEM CONHEÇA AS SEIS EQUIPES QUE ESTÃO DISPUTANDO A VOLVO OCEAN RACE MAIS EQUILIBRADA DOS ÚLTIMOS TEMPOS TEAM SANYA

Banhdeira China Comandante Mike Sanderson (NZL) Projetista Bruce Farr Não tem chances

IMPORTANTE É COMPETIR O neozelandês Mike Sanderson, campeão com o ABN 1 em 2006, dessa vez aceitou comandar um barco usado, de uma geração passada, e sem chance nenhuma de vitória nesta regata. O Team Sanya é o antigo Telefónica Azul e quebrou duas vezes nas duas primeiras etapas. Na primeira delas, a proa inteira do barco teve de ser trocada. É uma equipe cujo objetivo principal é divulgar a cidade chinesa de Sanya e – se der – não quebrar mais.

ABU DAHBI

Bandeira Emirados Árabes Comandante Ian Walker (GBR) Projetista Bruce Farr Corre por fora

MOVIDO A PETRÓLEO Considerada a equipe com mais recursos desta edição, é a primeira de um país árabe na Volvo Ocean Race. Apenas um dos 11 tripulantes é de Abu Dahbi, mas o dinheiro para o projeto, esse é todo dos Emirados. O investimento foi bem aplicado, com um barco construído na Itália e uma tripulação internacional experiente. Eles também foram atrás de outro grande nome para desenhar as linhas do barco: o neozelandês Bruce Farr, que era imbatível até 10 anos atrás. Também quebraram na primeira perna e sofrem para recuperar pontos.

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VOLVO OCEAN RACE

CAMPER WITH EMIRATES TEAM NEW ZEALAND Bandeira Espanha/Nova Zelândia Comandante Chris Nicholson (AUS) Projetista Marcelino Botín Corre por fora

REFORÇO DE PESO O Camper não quebrou nenhuma vez nas duas primeiras pernas, o que já é uma vantagem numa regata tão atribulada como esta. A equipe hispano-neozelandesa surgiu de uma parceria da marca esportiva Camper, da Espanha, com uma equipe consagrada de America’s Cup, o Emirates Team New Zealand. O projetista é o espanhol Marcelino Botín, grande nome em barcos de regata. Juntando tudo, mais os dois patrocinadores (Emirates e Camper), o resultado foi uma equipe de nome gigante, mas que ainda não deslanchou.

PUMA

Bandeira Estados Unidos Comandante Ken Read (EUA) Projetista Juan Kouyoumdjian Pode surpreender, fique de olho!

A FERA AMERICANA Outro barco desenhado por Juan Kouyoumdjian, o Puma começou como favorito, mas sofreu um baque enorme com a quebra do mastro numa região complicada do planeta logo na primeira etapa. Tiveram de abandonar a regata e perderam muitos pontos preciosos para quem queria ser campeão este ano. Na última regata, a equipe, também comandanda por Ken Read, ficou em segundo lugar.

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GROUPAMA SAILING TEAM Bandeira França Comandante Franck Cammas Projetista Juan Kouyoumdjian

Pode surpreender, fique de olho!

REIS DOS CATAMARÃS O capitão do Groupama, Franck Cammas, está acostumado a dar voltas ao mundo sem parar e batendo recordes. A maioria da tripulação francesa já fez isso pelo menos uma vez. Mas há uma diferença importante: eles normalmente velejam de catamarãs, não nos monocascos. No início desta regata colocou-se como o grande adversário do Telefónica e mostrou que não tem medo de arriscar nas escolhas táticas. Mais de uma vez, eles escolheram um caminho diferente quando acharam que valia à pena. Acertaram algumas, não todas. C’est la vie!

TELEFÓNICA

Bandeira Espanha Comandante Íker Martinez (Espanha) Projetista Juan Kouyoumdjian Favorito!

FORÇA BRASILEIRA O Telefónica é o time dos dois únicos brasileiros na regata, e está indo muito bem, obrigado. João Signorini, o Joca, é o único tripulante brasileiro a bordo. Ele é timoneiro e chefe de turno no barco. Já Horácio Carabelli, que velejou nas duas últimas edições, dessa vez ficou em terra e dirige todo o projeto espanhol, que começou de forma arrasadora. O barco é um projeto de Juan Kouyoumdjian, o mesmo que assina Puma e Groupama.

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COPA SUZUKI JIMNY

O vento vai roncar em Ilhabela A COPA SUZUKI JIMNY, CIRCUITO DE VELA MAIS TRADICIONAL DO BRASIL ESTÁ PRESTES A COMEÇAR EM ILHABELA Fotos Aline Bassi / Balaio de Ideias

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a época áurea do Match Race Brasil, o país recebia todo ano os melhores velejadores do mundo. Eram atletas olímpicos, campeões mundiais, líderes do ranking e até vencedores da America’s Cup. Nas conversas com esse pessoal, era surpreendente o número de grandes navegadores que se formaram dentro dos clubes, nas famosas regatas de fim de semana. O Circuito Oceânico de Ilhabela ainda carrega esse espírito, mas acabou ganhando adeptos fiéis e virou uma opção de luxo para quem gosta de competição e de colocar barcos e tripulantes a prova. Afinal, em que outra regata é possível encontrar tanto com os melhores veleiros de oceano do Brasil quanto com velhos companheiros e amigos? Mário Buckup, que tem títulos pan-americanos e mundiais na classe Lightning, e é figurinha carimbada nas regatas de oceano, é um dos fãs do circuito. “É importante competir com os maiores nomes da vela de oceano


do País e rever amigos. O evento é referência para os velejadores e a estrutura oferecida é de nível”, relata Mário Buckup, que correu com o Maria Preta em Ilhabela. Quem também virou fã foi a fabricante de veículos Suzuki. Com dono e presidente velejadores, a Suzuki é a patrocinadora do circuito, que atualmente leva o nome de Copa Suzuki Jimny. Neste ano serão quatro etapas, disputadas em oito fins de semana, com a primeira regata marcada para dia 17 de março. Entre as novidades deste ano está a volta do Botín & Carkeek 48 de Gustavo Crescenzo ao circuito, agora sob o nome de Chroma. No ano passado, Crescenzo disputou apenas uma regata, justamente a tradicional Volta a Ilhabela, e seu veleiro foi o primeiro a completar o percurso, depois de quase 13 horas no mar. Em 2012, Crescenzo e tripulação querem correr todo circuito com seu barco, que foi desenhado pelo mesmo projetista do Camper da Regata Volta ao Mundo. Um dos principais adversários do Chroma na raia deve ser o Judel Vrolijk 47, Tembó Guaçu, primeiro veleiro a ostentar a bandeira de um clube de Campinas, cidade do interior paulista que fica bem longe do mar. Mas a Copa Suzuki pega fogo também entre os barcos menores. São quatro categorias de RGS, e algumas rivalidades tão tradicionais quanto a própria competição, como por exemplo a disputa entre o Fram e a tripulação “quase 100%” feminina do Jazz na RGS-A. As classes one-design, com veleiros iguais, terão papel importante este ano na competição. A expectativa é grande pela estreia “pra valer”

da Carabelli 30, já que no ano passado havia apenas dois barcos na raia. Delta 32, Skipper 21 e HPE 25 também têm suas próprias flotilhas. Breno Chvaicer, comandante campeão na HPE em 2011 com uma tripulação toda de Ilhabela, terminou o ano com uma declaração que guarda em si um pedaço do espírito da Copa Suzuki. “Hoje meu papel no barco é de liderança colaborativa. Nossa tripulação tem vontade de vencer no esporte e na vida”. Não foi à toa que juntos, eles venceram também o Brasileiro e o Paulista da HPE no ano passado.

CALENDÁRIO 2012 COPA SUZUKI JIMNY:

Etapa 1: 17, 18, 24 e 25 de março Etapa 2: 26 e 27de maio e 2 e 3 de junho Etapa 3: 22, 23, 29 e 30 de setembro Etapa 4: 24 e 25 de novembro e 1º e 2 de dezembro

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COPA KIA MOTORS

5ª Copa Kia Motors

Rally Náutico de Ilhabela

“DUDU LOCCO” VENCE NA CATEGORIA MAIS DISPUTADA; “PERPLEXO” FATURA NA NAVEGAÇÃO ELETRÔNICA Por Fernando Lopes / Fotos Flávio Amaral e Aline Bassi / Balaio de Ideias

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em só de vela vive Ilhabela!” Foi com esse pensamento que 27 comandantes resolveram se inscrever na 5a Copa Kia Motors realizada no Yacht Clube de Ilhabela. A tradicional prova da motonáutica paulista ainda teve um caráter beneficente, já que na sub-sede do Saco do Sombrio os participantes entregaram um vale cesta básica, que ajudou os cerca de 30 moradores da região.

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O evento estava marcado para o dia 28 de janeiro, mas devido às condições instáveis de tempo e mar foi transferido para 04 de fevereiro. O que foi um brinde aos participantes, já que o dia amanheceu com muito sol, céu azul e uma agradável brisa. Exatamente as 11:01hs o numeral 01 largou, e os demais a cada minuto seguinte. No trecho inicial algumas ondas maiores causaram algum desconforto para a flotilha. Mas nada

ofuscou a confraternização do intervalo da prova, onde um elaborado “brunch” aguardava os participantes. A combinação de muito sol com mar absolutamente calmo seduziu sete comandantes que abandonaram a prova e ficaram no próprio Sombrio, e por lá curtiram o restante do dia. Melhor para o piloto Roberto Possi e o navegador Nelson Weigand Berna, que fizeram muito bem a sua parte e se sagraram campeões da


BOAT SHOPPING EMBARCOU NA CAMPEÃ “DUDU LOCCO” Acompanhamos de perto o trabalho da equipe campeã da categoria mais disputada. Aceitamos o convite de Luiz Cláudio Volpe, vencedor da mesma categoria na edição de maio de 2010. Ele contou com a precisa navegação de Flávio Amaral, que junto com Eduardo Ide, desenvolveu uma forma de navegação responsável pelo tri campeonato da “Vitória XX” em Barra do Una (entre 2005 e 2007), além de um bi campeonato na Guarapiranga, Igaratá entre outros excelentes resultados. “O segredo é sempre fazer os cálculos (que são muitos) antes de embarcar e manter a concentração durante toda a prova, mesmo nos trechos onde não exista Posto de Controle. Além disso, é fundamental contar com o auxílio de outras pessoas a bordo” contou Amaral. Nessa edição ele teve o auxílio de Adriano Vanderstappen e Fernando Lopes (colaborador de Rally da Boat Shopping) além do proeiro Toninho, que colocou a prova o seu olho marinheiro. “Viemos para participar da festa. Mas com esse excelente trabalho em equipe acabamos levando o troféu para casa” resumiu o comandante Volpe. categoria eletrônica com a “Perplexo” uma Tecnomarine 53. Já na outra categoria, onde o uso de computador foi proibido, a disputa foi muito mais acirrada. O comandante Luís Cláudio Volpe contou com a segura navegação de Flávio Amaral e Adriano Vanderstappen, e a bordo da “Dudu Locco” (Real 29) perdeu apenas 27 pontos e venceu a prova. Em segundo ficou o campeão da edição de 2011 “Vô Pornô”, sob o comando de Thomas Rei-

chenhein e navegação do filho - Thomas de Camargo Reichenhein. Fechando o pódio chegou a “Barbarossa” capitaneada por Frederico Loureiro. Antes, durante e depois da premiação no YCI uma muito bem elaborada Paella foi servida. O Rally ainda marcou os 56 anos do Clube com direito a velas, bolo e parabéns. A 5ª. Copa Kia Motors foi uma realização do Yacht Clube de Ilhabela e Balder Eventos com o patrocínio da Kia Motors.

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MARINE BOAT

Marine Boat Rally

Floripa Tem

MITZVÁ VENCE NA GRADUADOS E BIG ME FATURA A ESPECIAL

Foto Franco Rodrigues

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ia de sol, mar calmo e muita badalação em pleno verão de Floripa. Combinação perfeita para botar o barco na água e navegar pelo belo litoral dessa Ilha Catarinense. Foi com esse intuito, que no último dia 21 de janeiro, cerca de 30 comandantes alinharam suas embarcações em frente ao trapiche da Avenida Beira-Mar Norte e largaram para o 1o Rally Marine Boat – Floripa Tem. A prova, de regularidade náutica, tomou a proa da Praia de São Miguel, Baía dos Golfinhos, ilhas de Anhatomirim e Ratones, praias da Daniela, do Forte, Jurerê e Canasvieiras. Após 3 horas de navegação, os competidores chegaram na Cachoeira do Bom Jesus, onde foi construído um charmoso “Hospitality Center” dentro do empreendimento de alto padrão Marine Home & Resort, para recepcionar os competidores e efetuar a premiação. Na categoria especial, a animada tripulação da “BIG ME - Evolution” comandada

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por André da Silva Correa e navegada por Bianca Bacci Bizetto faturou a prova. Em segundo lugar ficou a embarcação “LUIGUIPI” com Adriano Roberto Waickert e Farid Othman. Fechando o pódio da especial veio a “RAÇA” da dupla José Roberto Oliveira/Marcelo Della Giustina. Já na graduados, a embarcação Mitzvá (do Iate Clube de Caiobá) comandada por Elyseo Jr e navegada pelo seu proprietário Marcelo Dely deu show e venceu a prova. “A Mitzvá, com seus 46 pés, é uma embarcação muito estável e confortável. Mas hoje tivemos um desafio a mais, domá-la nas transições de trecho com curvas muito fechadas. Mas conseguimos um bom desempenho” contaram Júnior e Dely. Logo atrás, em segundo lugar, ficou “Carolina” comandada por Fábio Machado e navegada por Edson Althoff. Completando o pódio, na terceira colocação, a embarcação “Kem Ki Way” com Adilton Boff Cardoso e esposa. Veja ao lado os resultados.


CATEGORIA ESPECIAL CLASS.

COMANDANTE

NAVEGADOR

P.P.

EMBARCAÇÃO

1º.

André da Silva Correa

Bianca Bacci Bizetto

313

BIG ME - Evolution

2º.

Adriano Roberto Waickert

Farid Othman

3655

LUIGUIPI

3º.

José Roberto Oliveira

Marcelo Della Giustina

4467

RAÇA

4º.

Carlos Teske

Rafael Cobra Teske

5059

RIBIA MAR

5º.

Manuel Dias

Regina Dias

5509

VIDÃO

CATEGORIA GRADUADOS CLASS.

COMANDANTE

NAVEGADOR

P.P.

EMBARCAÇÃO

1º.

Elyseo Jr.

Marcelo Dely

15

MITZVÁ

2º.

Fábio Machado

Edson Althoff

22

CAROLINA

3º.

Adílton Boff Cardoso

Sra. Cardoso

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KEM KI WAY

4º.

Carlos Alberto Mendonça

Erik

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RALLY UBATUBA

Precisão também é diversão CIMITARRA 340 DE JOSÉ CHATEAUBRIAND É A MAIS PRECISA NA NAVEGAÇÃO E LEVA A VITÓRIA NO 1º RALLY NÁUTICO DE UBATUBA

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s ralis náuticos estão mesmo ganhando nosso litoral. No dia 21 de janeiro, foi a vez da estréia de Ubatuba, um dos principais destinos náuticos de São Paulo. O primeiro Rally Náutico de Ubatuba reuniu 25 lanchas e cerca de 250 pessoas numa divertida competição vencida pela tripulação de José Chateaubriand, a bordo de uma Cimitarra 340. Mais do que medir as habilidades de pilotos e navegadores, os ralis náuticos promovem encontros de famílias e amigos, ajudam a movimentar o mercado náutico e também formam – de uma maneira leve e divertida – pilotos e tripulações muito melhores. Em ralis como o de Ubatuba é comum ver filhos ajudando os pais a manusearem os aparelhos GPS, garantindo também a educação náutica da nova geração. Sandro Dib, diretor técnico da prova, comentou que o percurso foi desenhado para avaliar a capacidade dos navegadores “Essa é uma oportunidade do proprietário

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conhecer os equipamentos e a capacidade da embarcação que possui”, salientou. O evento começou já na sexta-feira, com os competidores se reunindo na sede do UIC para ouvir o briefing, esclarecer dúvidas e retirar os kits. A equipe técnica também ministrou uma aula de navegação, essencial para um rali de estréia. No sábado pela manhã, dia 21, os competidores se reuniram para o café da manhã e aproveitaram para esclarecer as últimas dúvidas sobre o trajeto antes da largada simbólica da prova, que aconteceu às 11h no Saco da Ribeira. O percurso, estabelecido pela equipe técnica, passou por locais com belas paisagens, como a Ilha Anchieta, Ilha das Cabras e a Ilha das Palmas, e exigiu dos participantes atenção para se manterem dentro da rota no tempo determinado pela organização. Para Renato Vita, diretor náutico do Ubatuba Iate Clube e um dos participantes do rally, foi o desafio de permanecer na rota que tornou a competição interessante e mais diverti-


VENCEDORES DO 1º RALLY NÁUTICO DE UBATUBA: 1º José Chateaubriand e equipe com a embarcação Kaleuha (Modelo Cimitarra 340) 2º Júlio Antônio Cechetto e equipe com a embarcação Cascão (Modelo Riostar) 3º Ricardo Franz Martins e equipe com a embarcação Bakana (Modelo Ecomariner 33)

da. “Foi um verdadeiro exercício de navegação que também nos permitiu reunir a família e os amigos nesta grande confraternização”, avaliou Vita após cumprir o percurso.

OUTRAS ATIVIDADES

Quem preferiu não se “aventurar” entre as rotas do rally, pode aproveitar para visitar o estande da Beneteau Uniboats e fazer um test-drive nas lanchas Beneteau Flyer GT 38 e Beneteau Swift Trawler 34 que estavam expostas no local. Para Armando Romano Filho, diretor da loja Uniboats, essa foi uma iniciativa interessante, “pois agregou várias atividades. Além do rally, quem veio até o Iate Clube pode curtir atividades culturais e também aproveitar para conhecer as lanchas que trouxemos para expor aqui”. Outra atração que chamou a atenção dos presentes foi a apresentação musical das crianças do projeto Namaskar, organizado pela Associação Beneficente Amurt, entidade que realiza oficinas culturais destinadas a popu-

lação de baixa-renda em Ubatuba. As crianças animaram os competidores com o som de uma batucada e apresentação de dança. Após a conclusão da prova, todos os participantes se reuniram no restaurante do Iate Clube para se servirem de um delicioso almoço e aguardarem a divulgação dos resultados com grande expectativa. Antes do anúncio dos vencedores, os competidores puderam conferir toda a rota percorrida em um rally virtual demonstrado em um telão pela Totem, empresa responsável pela cronometragem e parte técnica da prova, e foram convidados a participar das atividades extras realizadas no domingo, dia 22, pela Voga Marine, que apoiou o evento junto com a Vega Boats, Associação Comercial de Ubatuba, Fideli Seguros e Flutuante Ipiranga. O evento foi realizado pelo Ubatuba Iate Clube com coordenação do Bombarco e patrocínio oficial da Bradesco Seguros, Lanchas Beneteau e da loja Uniboats, representante oficial da marca no litoral norte de São Paulo.

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LEVEFORT

MEIO SÉCULO DE BRILHO HÁ 50 ANOS, NASCIA O ESTALEIRO PAULISTA LEVEFORT, UM DOS MAIORES FABRICANTES DE LANCHAS DE ALUMÍNIO EM SÉRIE DO MUNDO Por Daniel Machado

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á faz meio século, mas 1962 ainda continua na memória de muita gente. Naquele glorioso ano, a Seleção Brasileira conquistou, no Chile, sua segunda Copa do Mundo. Os Beatles, ainda pouco conhecidos, gravaram seu disco de estréia, lançado no ano seguinte. Por aqui, os primeiros pares das sandálias Havaianas foram parar nas vitrines das lojas. E foi neste ano, também, que a Levefort deu o primeiro passo para conquistar o mercado náutico brasileiro. Caminho, por sinal, que se iniciou de uma forma bem pitoresca. Há exatos 50 anos, toda vez que o pescador Jasper Bresler descia com seu barquinho de madeira o Rio Araguaia, em Tocantins, eram inevitáveis os estragos no casco. Foi, então, que teve a genial ideia: construir um barco de alumínio resistente, fácil de transportar e leve. O sucesso foi tão instantâneo que ele logo teve de vender a preciosidade, graças aos constantes assédios de pescadores encantados com a praticidade e a qualidade daquele barquinho de metal. Com o dinheiro, Jasper construiu algumas

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unidades e arriscou investir numa pequena fábrica própria. Nascia, ali, a Levefort – batizada em referência à leveza e a resistência dos barcos de alumínio. Na época, com apenas três funcionários, a empresa lançou seu primeiro modelo em série: o Campineiro. E foi um sucesso, claro. Em 1964, com a produção a todo vapor, inaugurou uma gigantesca fábrica na cidade de Campinas, em São Paulo, transformando-se na marca de respeito que é hoje. Mesmo com tamanho sucesso, anos antes de morrer, Jasper vendeu a Levefort para o empresário Antônio Carlos Paggiaro, que modernizou ainda mais a fábrica e seus produtos. Após o sucesso com os pequenos barcos de pesca, a Levefort passou a desenvolver novos produtos a partir do alumínio, como grandes cascos de serviço. Há pouco tempo, entusiasmado com a tecnologia da fábrica, o famoso navegador Amyr Klink chegou a testar uma lancha da marca para cruzar o temível Estreito de Drake, entre a América do Sul e a Antártica. E, dizem, encantou-se com o que viu.

Hoje, com uma área construída de 23 mil metros quadrados – ou o equivalente a três campos do Maracanã – na cidade de Paulínia, no interior de São Paulo, a Levefort produz 120 modelos de barcos, de 12 a 60 pés. Decididamente, ninguém produz mais cascos de alumínio no mundo do que a Levefort. Somados, já saíram dos seus galpões a impressionante marca de 340 mil barcos! No seu melhor momento até hoje, nos meados da década de 80, a produção chegou a cerca de 1 200 barcos de alumínio


em um único mês. Hoje, embora ainda seja a líder do mercado nacional neste segmento, com nada menos do que 150 representantes em todo o país, a produção mensal beira as 150 unidades, o que, ainda assim, trata-se de um número bem representativo. E boa parte desse sucesso de vendas se deve a um único modelo: Marajó 19. Há mais ou menos 30 anos, quem buscava uma lanchinha para passear e, principalmente, pescar em rios e águas abrigadas, não precisava mais do que um barquinho como a, então,

recém-lançada Marajó 19. Hoje, três décadas depois, nada mudou. Esta 19 pés, que ganhou apenas alguns pequenos ajustes estruturais no casco de lá para cá, ainda é referência no que diz respeito à praticidade: ela leva sete pessoas e, por ser muito leve, pode ser facilmente rebocada por um automóvel. Além disso, custa pouco (a partir de R$ 50 000, já com motor de popa de 90 hp) e tem um ótimo casco de alumínio, material que, apesar de esquentar um pouco sob o sol e de dificilmente ter um acabamento

bonito, é mais fácil de cuidar e bem mais resistente a impactos do que a popular fibra de vidro - características que fizeram desta lanchinha uma campeã de vendas no segmento. E já vem bem completa de fábrica: com viveiro para iscas vivas, caixa para peixes, lugar na popa para transportar quatro porta-caniços, dois porta-varas para pesca de corrico, suporte para motor elétrico na proa e lançador de âncora. Como se vê, não faltam motivos para esta lancha ser a preferida dos pescadores.

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PIONER

Opção pela

segurança A PIONER 15 VIKING, DO ESTALEIRO PAULISTA SMART PIER, TEM UM INÉDITO CASCO DE POLIETILENO ROTOMOLDADO, UM PLÁSTICO MUITÍSSIMO RESISTENTE QUE NÃO AMASSA, FURA OU QUEBRA E, POR ISSO, SEGUNDO SEU CRIADOR, NÃO AFUNDA! Por Daniel Machado

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té os anos 70, pouco se ouvia falar por aqui em barcos feitos a partir da fibra de vidro. Nessa época, a madeira era a matéria-prima mais comum nos cascos. Hoje, com o aprimoramento da tecnologia náutica nacional, houve uma modernização nos equipamentos dos estaleiros e novos métodos foram criados, como, por exemplo, os cascos feitos sob infusão, um processo que deixa os barcos mais leves e muito mais rápidos de se construir. Recentemente, o mercado náutico vibrou com outro marco histórico: o do lançamento da primeira lancha, feita aqui, com casco de um material inédito em nossas águas, o polietileno rotomoldado, uma espécie de plástico altamente resistente, também muito usado nos tanques de combustível de certos automóveis. Quem apresentou a ousada novidade foi o estaleiro paulista Smart Pier, famoso fabricante de caiaques e equipamentos plásticos,


que importou o projeto da empresa norueguesa Cipax AS, especialista no assunto e que já contabilza a impressionante marca de mais de 300.000 barcos de plásticos vendidos. A Pioner 15, irmã menor da Pioner 17, do mesmo estaleiro, tem apenas 4,50 m de comprimento, mas chama atenção pelo espaço a bordo, que é bem amplo: leva até sete pessoas sentadas, o que lembra certas lanchinhas de passeio de proa aberta de 17 pés, porque leva a mesma quantidade de pessoas. Seu casco pode ser equipado com um motorzinho de popa de 15 hp, ou maior (e recomendado), de 60 hp. Embora, esteticamente, ainda não tenha a mesma boa aparência de uma lancha de fibra, a Pioner 15 atrai por outros bons motivos. Um deles é o tempo de construção que, segundo o estaleiro, leva, no máximo, três dias — o que, na prática, evita longas filas de espera por um

barco. E isso, para quem quer ver logo seu novo brinquedo na água, faz grande diferença. De tudo, porém, seu maior apelo é a segurança, uma das grandes vantagens de um casco de polietileno rotomoldado, já que ele é construído sem emendas, em monobloco, ou seja, uma só peça, sem junções ou remendos. Por isso, se a Pioner sofrer uma batida numa pedra, por exemplo, seu casco não sofrerá qualquer trinca ou lasca, garante o Fernando Kraljevic, da Smart Píer. “Os cascos de fibra de vidro não oferecem a mesma segurança”, explica. “Assim, se você ainda tem pouca habilidade náutica, a Pioner pode ser perfeita para ser a primeira lanchinha”, completa. Ainda mais porque tem preço bastante atraente para o que oferece: cerca de R$ 36.000, com um motor de popa de 50 hp. www.smartpier.com

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FERRETTI GROUP COMEMORA MARCA DE 55 BARCOS NOVOS VENDIDOS EM 2011 COM O JÁ TRADICIONAL FERRETTI DAY, EM ANGRA

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ada mais adequado para a Ferretti do que comemorar o sucesso de 2011 em seu ambiente: o mar! O estaleiro celebrou um excelente ano de 2011, e brindou a chegada de 2012 com uma festa na paradisíaca ilha de Itanhangá, em Angra dos Reis, no começo do ano. Em 2011, foram com 55 barcos novos vendidos – dentre eles seis unidades importadas incluindo as marcas Riva e Pershing, e mais 32 barcos seminovos, totalizando 87 unidades. Essa marca representa um crescimento de 100% comparada aos números de 2010. Marcio Christiansen, proprietário da Ferretti Group Brasil, recepcionou cerca de 600 clientes amigos e convidados VIPs. “Não existem eventos como este no Brasil, que reúnem os amantes do universo náutico simplesmente para confraternizar e compartilhar de bons momentos”. O público pôde aproveitar um dia de tempo bom, mas nem a chuva no começo da noite desanimou a festa. Concentrado nas áreas cobertas, o público seguiu animado ao som de Marcelo Novaes e George Israel. Parabéns à Ferretti Group Brasil, que tem planos de dobrar sua produção de barcos nos próximos dois anos, e parece estar caminhando a passos largos neste rumo.

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INTERMARINE CELEBRATION

Intermarine começa 2012 E

FOTOS: JOÃO NETO/INTERMARINE

com festa

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m janeiro, a Ilha Duas Irmãs, em Paraty, ganhou as cores da Intermarine com a realização do Celebration Day em um lindo sábado de verão. O evento, idealizado para celebrar o sucesso dos barcos da nova linha Intermarine entre clientes e amigos da casa, reuniu nada menos que 477 convidados e 67 embarcações. A festividade começou às 12 horas com calorosa acolhida da equipe da Intermarine aos que desembarcavam e eram recebidos em um belo bar servindo as melhores bebidas. Nas instalações do restaurante Kontiki, a renomada chef Ana Bueno, do Banana da Terra, tradicional restaurante de Paraty, assinou o menu baseado na gastronomia local, contemplando de frutos do mar à churrasco. Agradou a todos os paladares, sem falar nas charmosas sobremesas caseiras brasileiras e nos sorvetes Rochinha, marca célebre da quase vizinha Ubatuba, seguidos de um bom expresso. Durante todo o dia, monitoras recreativas divertiram as crianças. Massagens relaxantes eram oferecidas na área de spa. E a música ficou por conta dos DJs da carioca Lequipe, incluindo show da dupla Metaux, formada pelo DJ Papagaio e pelo saxofonista Rodrigo Sha. A conjunção de todos esses fatores no cenário paradisíaco de Paraty resultou em animada festa em ambiente familiar e alegre, encantando os que tiveram o privilégio de participar dela, como costuma ocorrer nos refinados eventos da Intermarine.


SP MARINE

A S S I S TA N C E Representante Intermarine em todo o paĂ­s


BENETEAU DAY

Três é

demais!

BENETEAU DAY, EM SALVADOR, MARCA LANÇAMENTO DE TRÊS NOVAS EMBARCAÇÕES E ESTALEIRO CONFIRMA QUE FÁBRICA NO BRASIL SERÁ INSTALADA AINDA ESTE ANO

O

universo náutico tem suas peculiaridades. Entre elas, está uma capacidade quase única de promover grandes encontros nos ambientes mais surpreendentes e agradáveis. Foi o que a Beneteau fez no primeiro fim de semana de fevereiro, em Salvador. O Beneteau Day reuniu, em Salvador, amigos, fãs da marca e autoridades. O encontro, realizado na Bahia Marina, serviu ainda de palco para o lançamento de nada menos do que três embarcações de alto luxo da marca francesa. Entre as embarcações apresentadas ao público baiano, o veleiro Oceanis 45 e o Swift Trawler 34 foram as grandes atrações da noite. O Oceanis, que teve o seu lançamento mundial

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em Cannes e em tão pouco tempo já foi eleito o barco do ano na Europa é a opção para quem prefere velejar sem abrir mão do conforto e da tecnologia. Já o Swift Trawler, uma casa no mar, é uma opção bem diferente de Trawler, num tamanho menor e menos complicado, ideal para aqueles que não dispensam estabilidade e velocidade em suas travessias. Top de linha, a lancha Flyer GT 38, também foi recebida como uma excelente surpresa. “Esse joystick parece fazer o barco deslizar entre os dedos, tão grande é a leveza; fora o espaço, as linhas, o requinte, enfim, tudo de bom navegando ou mesmo atracado”; palavra feminina de Mariana Munhoz, navegadora paulista de passagem pela Bahia.


“É um grande prazer divulgar para a Bahia os produtos da Beneteau, líder mundial na produção de barcos de lazer, oferecendo, sem dúvida alguma a melhor relação entre qualidade e preço do mercado. Viemos para ficar, comemora Márcio Cruz, representante do estaleiro francês na Bahia. “Primor, acabamento, beleza, serviço; a Beneteau realmente está de parabéns”, comentou um dos convidados enquanto visitava as embarcações no píer. Entre os presentes, o velejador e ex-senador César Borges, o secretário da Indústria e Comércio, James Correia, o secretário de Agricultura Eduardo Sales, o diretor da Bahia Marina, Reinaldo Loureiro, o velejador baiano Kan Chuh, (que completou a regata transatlântica em solitário Mini Transat) e o CEO da Beneteau Brasil, Marcos Soares.

FÁBRICA NO BRASIL AINDA ESTE ANO

O estaleiro francês tem uma história de mais de 120 anos no mercado náutico. Inicialmente dedicada ao mercado pesqueiro, a Beneteau é hoje uma das líderes mundiais em barcos de recreio. Atualmente produz cerca de 11 mil barcos por ano e conta com aproximadamente 5 mil funcionários e 450 revendedores espalhados em mais de 50 países. Em 2012 será instalada a primeira fábrica Beneteau no Brasil. A operação direta da marca francesa no país será realizada na Marina Verolme, em Angra dos Reis, Rio de Janeiro. A empresa promete investir cerca de 20 milhões de euros nos próximos cinco anos, gerando 600 empregos diretos e dois mil indiretos. Além de atender o mercado interno, a fábrica brasileira também tem como objetivo fornecer embarcações para os demais países da América do Sul.

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PERGUNTE AO CAPITÃO

MARCO ANTRONIO FERRARI CARNEIRO é skipper de veleiros, lanchas e troller com experiência internacional, Instrutor de cursos teóricos e práticos da FEMAR, DPC, Capitania dos Portos de Santos, Institutos e escolas de navegação, Pós Graduado em Administração e Educação Ambiental e Médico Veterinário. Twiter: @capitaoferrari @veleirooceanos e-mail: capitaoferrari@gmail.com

SE ACONTECEU COM ELES IMAGINA COM A GENTE Amigos leitores vou pedir permissão para tocar em um assunto que foi um dos principais da mídia no mês de janeiro deste ano de 2012, o naufrágio do navio de passageiros COSTA CONCÓRDIA. Longe de querer aproveitar da situação ou querer aqui ser o dono da verdade, mas sim expor as lições que eu, como navegador, tirei desta tragédia com pessoas que estavam no mar trabalhando ou a lazer. Como me apresentei em edições anteriores, trabalho com segurança marítima e ministro matérias no Curso Básico de Segurança em Navio, curso da IMO, Organização Internacional Marítima e homologado pela Diretoria de Portos e Costa da Marinha do Brasil. Neste curso discutimos, entre outros assuntos, com os treinandos, futuros profissionais embarcados em diversas funções de apoio a hotelaria e entretenimento, classificados no Brasil como “pessoal não tripulante, PNT, segurança, atitude no momento de pânico e controle de multidões em situações adversas em navios de passageiros; além de ministrar curso teórico prático de navegação para Arrais, mestre e capitão amador, onde desenvolvo a arte e a ciência de navegação,

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o que, penso eu, me permite avaliar o acidente. Bem, por que esta introdução? Porque, infelizmente, presenciei pelas matérias da imprensa, aquilo que alguns navegadores estão “batizando” de o TITANIC do século XXI, o naufrágio do navio Costa Concórdia, e vi neste acidente que pessoas bem perto de mim poderiam estar lá, se é que não estavam, e também pude ver o desespero de um comandante ao perceber o erro que cometeu e a atitude de outro homem do mar de como se posicionar na presença da adversidade, o capitão dos portos da ilha, que “chamou” a realidade um homem em pânico, o comandante do navio. Vamos à alguns questionamentos que tive por parte de várias pessoas, que como você leitor, discutiram o assunto.


1. COMO UM NAVIO COM TODA AQUELA TECNOLOGIA AFUNDOU EM ÁGUAS DE SEU PAÍS, NAVIO QUE JÁ VIAJOU O ATLÂNTICO, MEDITERRÂNEO, VÁRIOS PAÍSES, INCLUSIVE NO BRASIL EM 2009? R: O navio é um equipamento, apesar de ter seu “espírito” navegador, como diz as tradições marítimas, foi o homem que levou ele às pedras. Sabemos por análise de acidentes que foram vários os fatores, mas o fator humano sempre estará presente nos acidentes com máquinas, seja na fabricação de seus componentes ou no seu uso. Mas aí vem a primeira lição, se aconteceu com ele imagina em nossos pequenos barcos. Estes navios são construídos com seções estanques, que permitem que o navio flutue mesmo após uma colisão com pedras ou abalroamento com outros navios, mas este teve a coincidência de romper várias seções inundando a casa de máquinas e afetando os geradores.

2. POR QUE ESTAVA EM LUGAR TÃO RASO? R: Existem regras na navegação que não devemos quebrar com risco de termos um acidente, algumas delas são: >> Nunca navegue menos de 0,5 milha de um objeto,

ponto geográfico ou perigo indicado na carta, apesar do comandante dizer que a pedra não aparecia na carta, elas estavam lá e ele encontrou. >> Deixe sempre 5 metros de água abaixo da quilha, se não estará em águas rasas e em rumos práticos; >> Navegue em baixa velocidade, de 3 a 5 nós, em áreas de risco. >> Planeje a rota e não mude, caso necessário calcule o risco e comunique as pessoas que te monitoram, nosso navio estava a 9 km fora da rota. >> Mantenha-se atento aos instrumentos, principalmente ao ecobatimetro, e a carta náutica, por mais que você conheça o lugar, o comandante em questão já tinha passado pela rota 52 duas vezes. Lembre-se os equipamentos são instrumentos de apoio a navegação, quem confia em pilhas e baterias tem grande chance de ter um acidente. Navegar é arte, se seu instinto desperta a pergunta “será que dá?” é que não dá. >> Quando temos pessoas a bordo devemos redobrar a atenção, pois a vida delas está em nossas mãos. >> O comandante sempre tem a decisão, mas nem sempre tem a razão, seja humilde escute o que as pessoas tem a falar, o chefe da hotelaria, que estava presente na ponte de comando comentou com o comandante que ele está muito perto da ilha. >> A maioria dos barcos um dia termina em terra, não antecipe, fique longe das pedras. >> Mantenha seus sentidos apostos, não consuma bebidas alcoólicas quando se comanda uma embarcação, ou se distraia em momentos de risco.

3. POR QUE O COMANDANTE ABANDONOU O NAVIO? R: O inquérito vai dizer, mas pelo que acompanhamos na transcrição do rádio da capitania dos portos, ele infelizmente não estava no navio. Ou caiu e tentou voltar, mas ele não estava no navio. Pelas normas internacionais o comandante deve ser o último a sair da embarcação, após ter certeza que não da para salvar mais ninguém, não precisa afundar com o navio, fato que não ocorreria com o Concórdia, mas ele deveria estar comandando a evacuação do navio. Somos humanos, temos nossas fraquezas, mas como escreveu o poeta dos mares, o português Fernando Pessoa, “os grandes marinheiros conhecemos nos mares revoltos, não na calmaria.” As normas dizem também que não devemos colocar vidas em risco para salvar outras, a não ser em risco de ofício, mas o fato é que as pessoas estavam sem seu comandante quando mais precisavam, não no baile de gala da Noite do Comandante, mas em um naufrágio na madrugada. Ele é um ser humano com seus medos e fraquezas.

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PERGUNTE AO CAPITÃO

4. POR QUE A TRIPULAÇÃO NÃO FALOU A VERDADE PARA OS PASSAGEIROS NAS PRIMEIRAS HORAS? R: Eles cumpriram seus deveres, atenderam as ordens de seu comandante. Se ele disse que estava tudo bem, é que estava. Se ele pediu para as pessoas retornarem às suas cabines, assim foi feito, mas quando notaram que algo estava muito errado com o navio, despertou o instinto de quem é do mar e treinado, iniciaram a evacuação, retiraram do navio aproximadamente 4000 pessoas em quatro horas, pessoas que como no filme TITANIC brigavam e desobedeciam as ordens dadas pela tripulação para se salvarem. Mas a tripulação se manteve firme e foram os verdadeiros heróis, a tragédia poderia ter sido bem pior. Hoje sabemos que a maioria das vítimas foram tripulantes, que chegam a trabalhar 12 horas por dia e descansam em suas cabines em sono profundo e que na noite do acidente estavam tentando salvar o máximo de pessoas.

5. POR QUE O NAVIO ESTAVA COM A PEDRA DE UM LADO DO COSTADO E ADERNOU DO OUTRO? R: Aqui não podemos negar a perícia do comandante, ao perceber a extensão do acidente, colidindo com uma pedra por bombordo,, efetuou a manobra chamada na

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navegação em português “varação”, o encalhe proposital do navio. Nesta atitude ele salvou muitas pessoas, se tentasse retornar ao rumo original entraria em área de profundidade de 90 metros, imaginem a tragédia. Na manobra ele bateu o outro bordo, estava tentando encalhar de forma que o navio se posicionasse no leito não adernado, mas infelizmente não ocorreu como pensou. O comandante ainda evitou outro problema, se entrasse no porto interditaria por muitos meses o principal porto da ilha deixando aquela comunidade sem abastecimento e isolada do continente.

6. POR QUE NÃO FORAM TREINADOS OS PASSAGEIROS PARA USO DE COLETE? R: As normas da IMO (Organização Internacional Marítima) obriga que ocorra um treinamento para os passageiros de uso de colete até 24 horas ao zarpe do navio. Pelas informações não tinha passado o tempo, portanto estava dentro das normas; mas percebo, em minhas viagens de navio, que algumas pessoas não dão o verdadeiro valor ao treinamento, trocando o treinamento pela piscina ou refeições. O abandono em barcos salva-vidas exige treinamento para o embarque pelos tripulantes, e isto ocorreu como mostram as imagens, fazendo uma orientação correta.


7. POR QUÊ A IMPRENSA DEU TANTA COBERTURA AO FATO? R: Poucos sabem, mas semanalmente afundam dezenas de pequenas embarcações, porém esta era especial. Um moderno cruzeiro com 4000 mil pessoas a bordo que como o TITANIC, desafia as leis da física com o seu tamanho. Com tudo que é de mais moderno em navegação eletrônica e monitoramento por satélite, porém com pessoas comuns como eu e você que vê no mar um lugar de prazer e descanso do dia a dia agitado, que encontraram nele os piores dias de suas vidas, alguns seu último dia.

8. AGORA AS PESSOAS VÃO DEIXAR DE VIAJAR DE NAVIO? R: Claro que não, estes desastres tem um efeito psicológico momentâneo, mas as pessoas não deixarão de viajar de carro devido a um engarrafamento, ou de avião após queda de outros aviões, além disso, o navio ainda é muito seguro, talvez mais que um elevador, já fiquei preso muitas vezes, o ano passado duas vezes. As tripulações são bem treinadas, principalmente a brasileira que foi elogiada pelos proprietários do navio.

9. IRÁ ACONTECER DE NOVO? R: Meus instintos dizem que sim, mas todos aqueles que comandam desde um jet-ski a um navio tem a obrigação de evitar, refletir e aprender com esta tragédia, eu tirei minhas lições, e que cada um tire a sua.

10. O QUE ACONTECERÁ COM O COMANDANTE? R: Será julgado pela justiça dos homens aqui na terra, mas independente deste julgamento, enquanto viver, com razão ou não, levará nos ombros a morte de várias pessoas que confiaram nele, e será julgado todo dia, ao deitar em um travesseiro, pela sua consciência. Que Deus o console e a todos os familiares que perderam seus entes queridos nesta tragédia. Acalme àqueles que sobreviveram e ilumine como um farol os caminhos das embarcações à um porto seguro.

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COLUNA DO NASSEH

JORGE NASSEH é Engenheiro Naval e Mestre em Ciências em Engenharia Oceânica, graduado em finanças pela Universidade de Oxford e Marketing pela Universidade de Harvard, Vice Presidente da ACOBAR, membro do Conselho Internacional de Estruturas Navais do SAMPE–Society for the Advancement of Materials and Process Engineering, membro do comitê técnico da ICOMIA-International Council of Marine Industry Association, coordenador da norma ABNT para construção de embarcações em plástico reforçado e autor de 3 livros sobre estruturas em materiais compostos.

RESINAS DE INFUSÃO Eu tenho um amigo, e bom construtor, que sempre está procurando produtos mais econômicos. Ele tem suas razões. O objetivo dele é sempre o menor preço. No meu caso, o menor preço é somente um dos meus objetivos, já que eu tenho que garantir que o barco também seja leve, rápido e resistente. Ultimamente ele cismou com a resina poliéster de infusão. Na sua ótica de bom negociante a resina de infusão tem que ser barata e “andar” rápido dentro do laminado. Se isto acontecer, então a resina é boa o suficiente para usar. Nada mais importa para ele. Apesar de todos os meus esforços de tentar convencê-lo de que existem outros requisitos que a resina de infusão deva preencher, e talvez “andar” rápido seja até prejudicial para a construção do barco, ele não me escuta. Na verdade ele escuta, mas não quer entender. Então, já que eu realmente gosto muito dele, decidi escrever uma carta: “Querido amigo, Minha primeira infusão foi há mais de dez anos atrás, em uma época onde não havia resinas poliéster disponíveis para infusão. Resina poliéster era fabricada exclusivamente para laminação manual e ponto! Quem se aventurava no processo de infusão usava epoxy, pois não existia ainda tecnologia suficiente para usar uma resina que tivesse um geltime abaixo de 45 minutos e que liberava 150° C de temperatura. As resinas epoxy curavam em

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algumas horas e todo mundo achava que era melhor ter um tempo de trabalho maior para ter certeza que o laminado iria ser preenchido. Em um belo dia de outono eu cheguei à fábrica para fazer um treinamento com um dos nossos engenheiros europeus e disse que iríamos usar poliéster na infusão. Ele não acreditou. Disse que não ia funcionar e que ele nunca tinha visto nada igual antes. Tentou me convencer que por nada neste mundo aquilo ia dar certo, até ele me ver colocando uns 10 litros de monômero de estireno dentro do tambor da resina que nós tínhamos planejado usar. É claro que conseguimos infundir o casco como havíamos planejado, mas isto não era tudo. Eu sabia, e ele não, que o teste era somente para nós verificarmos a possibilidade de realizar uma infusão, planejada para 3 horas em resina epoxy, em 30 minutos com resina poliéster. E conseguimos, mas pagamos um preço caro pelo teste. Depois que desmoldamos a peça, notamos que vários pontos do laminado estavam ligeiramente brancos, que o teor de fibras estava acima do planejado, que o laminado tinha ficado flexível, a resistência estava baixa e havia marcas das fibras pelo lado externo. De alguma forma a primeira infusão serviu para gerar estes dados, atravessar a rua, e procurar um fabricante de resina que conseguisse então desenvolver um produto que tivesse uma baixa viscosidade para escoar dentro do laminado comprimido pela pressão de vácuo,


mas que também conseguisse criar um laminado ultra resistente, rígido e com um acabamento cosmético perfeito pelo lado externo do molde. Talvez eu esteja certo em dizer que a primeira qualidade de uma resina de infusão, aos olhos de um leigo, seja ela poder fluir rápido dentro do laminado. Em parte é verdade. E se qualquer um diluir a resina com mais monômero vai conseguir o feito. Até ai nada demais. Mas existe o outro lado da moeda. A maioria das pessoas sabe, ou desconfia que qualquer tambor de resina poliéster de laminação tem quase metade de monômero de estireno dentro. A outra metade que sobrou é o tal poliéster. Quanto mais monômero menor a viscosidade e mais rápido, teoricamente, a resina vai “andar” dentro do laminado. Resinas utilizadas para a fabricação de telhas de fibra de vidro têm viscosidade semelhante a uma resina de infusão, são baratas, mas são terrivelmente frágeis.!! O aumento da quantidade de estireno faz com que muitas moléculas do poliéster não reajam, diminuindo drasticamente o grau de interligação dos “ingredientes” da resina, criando uma cadeia molecular curta, que resultará em uma resina mais quebradiça. O monômero de estireno residual, que ficou “sambando” dentro do tambor, e não reagiu, irá procurar algo dentro da reação para se unir. Como não existem mais moléculas de poliéster disponíveis ele acaba se juntando com outra molécula de monômero de estireno, formando um homopolímero de nome poliestireno. Todo mundo sabe que o poliestireno é um termoplástico usado para fabricar peças de carro, capas de CD, barbeadores descartáveis, brinquedos e outras bugigangas, e se você aquecer ele acima de 40° C ele começa a derreter. Pois é exatamente isto que acontece com a resina com alto teor de estireno. Elas são flexíveis e não resistem à temperatura, marcando as fibras pelo lado externo do casco. Este é o tal do print-thru. Resinas de baixa viscosidade, com baixo teor de sólidos, que “andam” rápido demais acabam também passando superficialmente pelos filamentos de fibra e acabam deixando elas secas, resultando em baixa resistência a compressão. Se você fizer um teste e concluir que o teor de fibras está alto demais, então não é porque você fez bem feito, mas sim porque as fibras não estão impregnadas. O laminado um dia vai trincar! Então qual é o segredo para fabricar uma resina de infusão, que tenha todas as propriedades mecânicas perfeitamente equilibradas e ainda

seja economicamente viável? O segredo é fazer a pré-reação de um poliéster, de boa qualidade, com o monômero de estireno dentro de um reator e não simplesmente pegar uma resina de laminação e diluir em um tanque de mistura. Não resta dúvida que o estireno é bem menos “nobre” do que o poliéster e que diluir com um misturador é muito mais barato do que usar um reator para produzir uma matriz capaz de fabricar por infusão um laminado náutico com um perfeito equilíbrio entre propriedades físico-químicas. Amigo, espero que você tenha oportunidade de ler este artigo, embora eu com certeza vá te enviar uma cópia da edição da revista logo que ela for impressa. Um grande abraço, Jorge Nasseh”

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L IFESTYLE

JAPANESE FOOD NA AREIA DO DPNY DE VERÃO A VERÃO por Estela Craveiro / fotos: divulgação

A

s ondas vão e vêm, e em Ilhabela o DPNY Beach Hotel continua sendo um dos destinos de charme mais badalados do litoral norte paulista. Entre suas atrações, está a comida japonesa servida à beira-mar, que ganhou destaque nesta temporada em que a ideia fez sucesso nas mais sofisticadas paragens litorâneas. No Sushi Bar instalado bem na saída do hotel para a orla, até o fim da estação iguarias nipônicas frias poderão ser harmonizadas com o novo Moët Imperial, servido com gelo e limão na taça, novidade da Maison francesa. No outono, o champanhe sairá do cardápio, mas o menu japonês permanecerá. Para ser degustado sob tendas ou nas chaises longues do Beach Club. Boas refeições no premiado restaurante Tróia, alegres tardes e longas noites no Beach Club continuam fazendo

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o sucesso da casa. Para a Páscoa, o DPNY oferece pacote de quatro dias e três noites, com check-in na quinta-feira a partir das 15 horas e check-out às seis da tarde de domingo. Um jantar especial e equipamentos como caiaques, barcos a vela holder, hobby cat, máscaras, nadadeiras e pranchas stand up paddle (novidade deste verão) são oferecidos ao lado de outros itens, como o spa com sauna a vapor e cromoterapia. Nem é preciso se hospedar lá para usufruir de certos luxos. O Day Card do Beach Club dá acesso aos serviços de praia, ao spa, ao bosque particular do hotel e à piscina externa. DPNY Beach Hotel www.dpny.com.br (12) 3894-3000



L IFESTYLE

CHARME MODERNO NO NOVO

ALMA MARÍA por Estela Craveiro / fotos: Tucá Reines (fachada) e Tadeu Brunell (interior) /Divulgação

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as onze da manhã à meia-noite, de domingo a quinta-feira, e à uma da madrugada, às sextas e sábados, o Alma María é o endereço perfeito na rua Oscar Freire para quem quer comer alguma coisinha em grande estilo e a qualquer hora.

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Inaugurado em janeiro, o novo restaurante espanhol de São Paulo abre seus três salões para almoço e jantar, mas um balcão à guisa das espanholas barras funciona na entrada o tempo todo. Uma delícia para quem gosta de bater pernas na rua mais badalada e grifada da cidade. Lá se pode saborear tortillas, montaditos, queijos, jamóns ibéricos, pintxos, pequenos aperitivos para comer com palitos, e frutos do mar. Os montaditos, pão com coberturas variadas, são um capítulo à parte. Vão do tradicional pan con tomate, fatia de pão tostado com tomate fresco ralado ao natural com alcaparrões e azeitonas à combinações como cebolla confitada y queso azul, guacamole y anchoas, roast beef con mostaza e queso fresco y salmón. E há os quentes, como pollo al curry con manzana, solomillo al ajillo, morcilla y cebolla frita e queso fundido con guayaba. Para quem deseja ir além, há as seções Entrantes (tapas frias e quentes, entre outras criações), Del La Huerta (saladas) e Del Mar (com pratos como bacalhau confitado, arroz negro e tomate aromatizado) e De La Tierra (com receitas como galinha da Angola com verduras assadas, por exemplo) entre os pratos principais. Estes incluem o fideua (diz-se fideuá), mix de cogumelos com macarrão tipo cabelo de anjo, e seis versões de arroces, como o arroz cremoso de bacalhau e aspargos, o arroz cremoso de cordeiro e arroz com lulas em sua tinta.

Escoltando as criações do chef espanhol Tony Botella executadas pelo chef carioca Marcio Dantas, ambos com longas experiências internacionais nos currículos, vinhos espanhóis da adega comandada pelo sommelier Felipe Kravaski, servidos em taça e meia garrafa, além das sangrias de brancos, tintos e espumantes. No encerramento, oito opções de sobremesa, como crema catalana de maracujá e macedonia de caipirinha. Tão atraente quanto a possibilidade de experimentar tantos sabores é a ambientação do restaurante projetado pelo arquiteto Artur Casas, dividindo a casa de dois andares e 395 m2 em quatro patamares, cada um com sua própria cozinha, e todos fartamente banhados por luz natural através do teto de vidro. Rua Oscar Freire, 439, Jardim Paulista, São Paulo/SP. / F (11) 3064-0047 www.almamaria.com.br

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PARA TODOS OS GOSTOS É grande a variedade dos relógios masculinos entre os que já começaram a brilhar neste verão e os que devem se tornar sucesso ao longo do ano. Novos materiais revitalizam modelos tradicionais, por exemplo, em alumínio e cerâmica, da Adidas e da Emporio Armani. Design arrojado, como da Diesel, atrai os ousados. Novas tonalidades tomam os pulsos, a exemplo do espresso, cor de café, do azul Klein e do gun, tom entre cinza e grafite. E a edição limitada do Supermeccanico da Emporio Armani encanta os esportivos.

EMPORIO ARMANI AR1440:

em cerâmica negra polida, caixa extra-slim, ar minimalista, algarismos romanos no mostrador, simples e sofisticado.

por Estela Craveiro / fotos: divulgação ADIDAS ADH 2575: versão em alumínio do best-seller Cambridge, da linha Originals, um clássico da marca, detalhes em rosé gold nos ponteiros e marcadores, resiste à água até 5 ATM.

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MICHAEL KORS MK5492: releitura

do clássico da grife, em espresso, cor da moda inverno 2012, caixa e pulseira em aço inoxidável, mostrador chocolate.

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FOSSIL FS4645: robusto e

arrojado, catraca esportiva, três subdials e marcador de data, todo cor de café.


ADIDAS

ADP3085: em borracha, digital, caixa quadrada, funções esportivas, pulseira ventilada e anatômica, em preto fosco, detalhes em azul.

DIESEL:

DZ7223, caixa quadrada em aço inoxidável escovado, com dois mostradores, display negativo, em laranja, pulseira em couro.

DUMONT SZ40115C caixa em metal prata, mostrador cinza, pulseira em borracha preta, e SZ40115R, com mostrador em marrom.

ARMANI EXCHANGE

UAX1180: caixa redonda em aço inoxidável escovado, mostrador azul, pulseira em aço.

MARC BY MARC JACOBS

BM4560, em aço inoxidável e nylon, em preto fosco e prata, discreto, mas marcante, unissex.

DUMONT SZ45101P. Todo em preto, detalhes dourados no interior do mostrador, no aro, no fecho da pulseira e na coroa de ajuste.

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TUDO AZUL EMPORIO ARMANI

AR5881: Mostrador em madrepérola, caixa em aço e pulseira de borracha. Clássico e contemporâneo.

MICHAEL KORS

OMK5293:Todo em borracha, caixa, mostrador e pulseira em azul, índices, marcadores e botões de ajuste em prata.

ADIDAS ADH6107: Digital, todo em poliuretano, botões de ajuste em destaque nas extremidades da caixa.

MARC BY MARC JACOBS

EBM2548: Caixa de aço, pulseira emborrachada com borda prateada, botões e catraca em destaque, índice de horas em tamanhos diferentes.

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AX1126: Totalmente monocromático, em poliuretano com textura de borracha, relevos na pulseira e no fundo do mostrador.

CONDOR NEW KV45263: Mostrador

com fundo branco e índices representados por traços e números, resultando em layout divertido.

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EMPORIO ARMANI HAR5949 Pulseira emborrachada, caixa de aço inoxidável, mostrador texturizado, catraca transparente, fundo em gun. DIESEL DZ7225: mostrador

digital, design de impacto, pulseira fosca em silicone na cor gun, detalhes em aço inoxidável escovado.

MICHAEL KORS OMK8201: Estrutura

metálica, pulseira em silicone-wrapped, em preto e gun, como a caixa. Ponteiros e marcadores brancos.

EDIÇÃO LIMITADA EMPÓRIO ARMANI SUPERMECCANICO:

Criado para celebrar o 30º aniversário da grife. Só 999 peças numeradas. Apenas 25 à venda no Brasil. Releitura da linha Meccanico. Caixa em aço escovado, parafusos no mostrador, botões de ajuste grandes, visor do mostrador em safira. Pulseira de borracha. Resistente à água até 10 ATM. Versão AR4900 em prata e preto. Versão AR4901 em preto.

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E NTREVISTA

PROTEÇÃO,

MAS SEM NEURAS Dermatologista reconhece que proibir não funciona e dá dicas de como aproveitar o sol ao máximo e sem perigo A Dra. Maria Teresa Lascane se considera radical quando o assunto é proteção solar. Mas e quando a exposição ao sol faz parte do nosso estilo de vida? Conversamos com a dermatologista, que alerta que o sol pode provocar mais dores de cabeça do que as do dia seguinte a uma insolação, mas que reconhece que proibir não é solução. “O sol é indispensável à vida, porém é preciso se proteger. Mas sem neuras, com lucidez”.

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DOUTORA, EM SE TRATANDO DE PROTEÇÃO SOLAR, A SENHORA SE COLOCARIA MAIS PRÓXIMA DOS “MODERADOS” OU DOS “RADICAIS”? Dra. Teresa Lascane: Acho que mais radical. Eu sempre fui muito preocupada com meus pacientes, especialmente com aqueles que têm pele clara ou que, por necessidade ou vontade, passam mais tempo expostos ao sol. Mas eu já fui mais radical. Com o tempo, fica evidente que proibir não é solução. O melhor

é orientar. Quando você proibe o paciente que ama o sol de aproveitá--lo ele sempre dará um jeito e - o que é pior - sem nenhuma orientação. E QUAIS OS PROBLEMAS DE TOMAR SOL SEM ESSA ORIENTAÇÃO? D. T. L.: São muitos, e nem precisam ser necessariamente doenças graves. Aquela vermelhidão e ardor no dia seguinte, por exemplo, já atrapalham as férias de muita gente. No longo prazo, pode provocar envelhecimento


precoce, câncer de pele e uma série de outras doenças como prurigo solar, urticária solar... sem falar em algumas doenças auto-imunes, como o lúpus, por exemplo, que tende a piorar com a exposição ao sol. MAS SÓ TEM COISA RUIM NESSE SOL? D. T. L.: De jeito nenhum! Eu sempre falo para meus pacientes, o sol é indispensável à vida. Sem sol algum, nós todos morreríamos de raquitismo. Ele previne a osteoporose – e por isso mesmo é importantíssimo para pessoas com 40 anos ou mais. Basta lembrar que a fototerapia é um recurso prescrito para tratar algumas doenças. Para tanto usa-se cabines tanto com UVA como com UVB. Além disso, há o fator psicológico. As pessoas estão aproveitando a vida, felizes com suas atividades ao ar livre. Hoje já se sabe que o sol também leva à produção de serotonina, de extrema importância na sensação de bem-estar. E O SOL NO MAR? D. T. L.: O sol no mar tem mais um fator crítico: a luz refletida também conta como exposição. Portanto, se está no mar, exposto ao sol, a reflexão feita pela àgua fará você receber maior quantidade de raio ultravoileta do que uma pessoa em terra. E COMO ALGUÉM QUE PASSA OS FINS DE SEMANA E AS FÉRIAS NO MAR PODE CONSEGUIR UM EQUILÍBRIO SAUDÁVEL NA EXPOSIÇÃO AO SOL? D. T. L.: Em primeiro lugar, com um filtro solar adequado a seu tipo de pele e estilo de vida, porque o fator depende também do horário e do tempo de exposição ao sol. Isso, o dermatologista de cada pessoa precisa especificar. Além do filtro, é sempre bom estar bem protegido

com roupas, especialmente porque o contato com a água vai acabar lavando o protetor e não é todo mundo que lembra de repassar sempre. Hoje existem as roupas com proteção aos raios ultra-violetas, que são leves e confortáveis de usar mesmo no verão. As roupas comuns, já ajudam bastante, mas elas – especialmente as mais claras, que são mais confortáveis sob o sol – permitem a passagem de parte dos raios ultravioleta. É também importante lembrar dos locais que esquecemos, como a nuca dos homens, por exemplo. Não basta proteger os braços, um boné tipo legendário é de grande ajuda nessas horas. Para as mulheres, o chapéu com abas é bastante elegante e protege bem. Só não funciona com o barco em movimento, porque acaba voando. Mas não é só com a pele que a pessoa precisa se cuidar. Exposição ao sol sempre exige boa hidratação. É importante ingerir água durante a exposição. E depois da exposição, sempre usar um hidratante sobre a pele. E O SOL DA MANHÃ E DO FINAL DA TARDE, ESSE PODEMOS TOMAR SEM MEDO? D. T. L.: Aquilo que todo mundo aprende na escola funciona, mas em parte. O ideal é evitar o sol

entre as nove da manhã e as três da tarde. Isso porque os raios UVB começam a penetrar a partir das 9h, atinge um pico às 12h e decai até às 15h, quando já praticamente quase não chegam mais à Terra. Por outro lado, os raios UVA, que têm uma relação importante com o aparecimento de melanomas, têm uma incidência praticamente estável durante todo o dia. Por isso, mesmo antes das nove ou no fim da tarde, também é preciso se proteger. Essa regra vale ainda mais para quem toma sol com frequência. Agora, uma curiosidade é que, para a prevenção da osteoporose, os raios UVB são importantes. E o indicado nesses casos é a exposição – com filtro, lógico – entre as 9 e as 15h, quando há a sua incidência. Mas essa exposição também precisa ser recomendada pelo médico e nunca passa de 20 ou 30 minutos, dependendo do tipo de pele. QUAL É A DICA FINAL QUE A SENHORA DEIXA? D. T. L.: Ninguém precisa virar neurótico para cuidar da saúde, mas quem relaxar corre o risco de ver o prazer virar dor de cabeça no futuro. Divirta-se, aproveite a vida, o mar, mas se cuide.

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DIVERSÃO E SEGURANÇA VÃO À BORDO

Para os dias de aventura no mar, cuidados são indispensáveis para aproveitar adrenalina com segurança. Os praticantes de esportes aquáticos além de adrenalina para se aventurar no mar contam com disposição extra.

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A aventura aquática sob boia também é certeza de descontração e agradáveis momentos no mar. As boias OBRIEN possuem excelente qualidade, são fabricadas com material resistente ao sol e a água salgada . A OBRIEN possui diferentes modelos.

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Esporte de pura diversão e adrenalina, o kneeboard exige muita energia do atleta para enfrentar as ondas de joelhos. O kneeboard voodoo, com laterais de alta performance e um cross-section de low-profile, combina ótimos limites à uma condução memorável. Possui quatro quilhas em cada um dos cantos para permitir maior controle enquanto sua base curva faz com que as transições sejam rápidas e leves. Seu Deck de quase 2 cm garantem um maior conforto para seus joelhos enquanto a tira de segurança prende ao controle. R$ 509,13

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Para quem adora pegar uma onda a emoção e a segurança são indispensáveis na hora que vem uma boa marola do barco. A prancha Wakesurfer Long Board além de ser excelente possui um preço bem acessível. Feita com um polímero de espuma durável ela também desenvolve uma ótima velocidade. R$ 640,70

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Bote inflável dobrável Regatta de 2,4 mt: > Comprimento: 2,4 m > Largura: 1,55 m > Compartimento (ar): 2 > Carga (kg): 410 > Pessoas: 3 > Piso: Em Ripas > Fundo: Chato > Peso (kg): 36,35 > Motor: até 6 HP > Tecido: PVC > Disponíveis nas cores branco e cinza.

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E COLOGIA

NAVEGANDO PELA

NATUREZA O fotógrafo Daniel de Granville conquistou um sucesso inesperado na internet com as imagens de uma sucuri gigante, que ganhou a capa dos principais sites de notícias do Brasil. Fomos conhecer mais de perto o trabalho desse biólogo que fez da paixão uma profissão

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ra quase oito da manhã quando Daniel de Granville saiu de sua casa, em Bonito, com um objetivo pouco comum: encontrar sucuris se aquecendo na beira do rio. Após uma sequência de noites muito frias, o termômetro lá fora marcava 12 graus como temperatura mínima da madrugada anterior, e o sol brilhando forte, ainda baixo, prometia um dia mais quente. Perfeito para a missão. Era a primeira etapa de uma expedição contratada por dois renomados fotógrafos internacionais especializados em imagens subaquáticas. O suíço Franco Banfi e o tcheco Jiří Řezníček vieram ao Brasil exclusivamente com a missão de fotografar sucuris, arraias de água doce e botos-cor-de-rosa. Para isto, Daniel passou 21 dias com eles, explorando rios no Cerrado, nas bordas do Pantanal e na Amazônia. Daniel confessa que estava tenso já semanas antes de a expedição começar. Mas o medo do biólogo não tinha nada a ver com pavor de cobras. “Era justamente o contrário, meu medo era não encontrar as sucuris e não cumprir com as expectativas da equipe”, conta. A aventura incluía


outras atividades que preocupavam Daniel, como descer cachoeiras com um barco lotado de equipamentos pesadíssimos e caríssimos, passar por baixo de troncos caídos, caminhar pelo capim-navalha e aturar os borrachudos que insistem em quebrar o clima bucólico do ambiente. “Mas já nas primeiras horas de nossa aventura encontramos duas enormes sucuris-amarelas em condições perfeitas para o nosso trabalho”. Tão perfeitas, que ao final da expedição a equipe conseguiu fotografar quase 60 metros de sucuri, algumas delas com mais sete metros. Embora essa expedição tenha acontecido em 2010, por algum motivo que o próprio Daniel desconhece, as fotos da sucuri gigante do rio Formoso ganharam as redes sociais em janeiro deste ano. “Provavelmente alguém deve ter resgatado uma imagem que postei no Facebook ou algo assim”. As fotos primeiro foram publicadas pelo portal G1. “De Granville garante que as fotos são originais e feitas em ambiente natural, sem qualquer manipulação digital”, destacou o portal. Depois o vídeo estourou no UOL e as imagens da sucuri ganharam o mundo. “Elas foram repro-

duzidas em jornais e sites locais e internacionais. Chegou uma hora que ficou impossível acompanhar tudo”. A popularidade, no entanto, preocupou Daniel. “Eu cedia as fotos apenas para as publicações que se comprometessem a tratar o assunto de maneira educativa, sem sensacionalismo”. Ele sabe que as belezas naturais são um tesouro de Bonito, mas houve quem acreditasse que a fama da sucuri poderia afastar turistas. Como biólogo, Daniel sabia que sua aproximação era perfeitamente segura. “Eu tenho que me preocupar com a segurança da sucuri também. Por isso, tentamos não nos aproximar de animais que acabaram de se alimentar. Eles podem se estressar e regurgitar o alimento. Fora isso, a sucuri fica parada esperando sua presa e não ataca animais do tamanho do homem. Se tivéssemos feito tudo errado, ela provavelmente daria uma mordida para afugentar e iria embora”. Nossa entrevista com Daniel foi feita com a condição de que mostrássemos também outros lados de Bonito, e não ficássemos somente no assunto sucuri. Com as imagens que eles nos mandou, aceitamos na hora!

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E COLOGIA

QUAL A IMAGEM MAIS MARCANTE QUE VOCÊ JÁ FEZ? Pergunta difícil, pois geralmente eu me empolgo com as imagens mais recentes que acabei de fazer! Mas uma situação que me marcou devido à raridade e beleza da cena foram as fotografias subaquáticas de uma ariranha que apareceu ano passado no Recanto Ecológico Rio da Prata, no município vizinho de Jardim. Praticamente todos os fotógrafos especializados em imagens subaquáticas que me procuram perguntam onde é possível fazer tais fotos, coisa muito difícil pois as ariranhas habitualmente vivem em rios turvos. Esta situação dela aparecer em um rio tão cristalino como o Olho d’Água é extremamente rara, provavelmente só eu e o amigo Luciano Candisani – fotógrafo da National Geographic – conseguimos as imagens, já que esta ariranha ficou poucas semanas na região e depois mudou para outro local que desconhecemos. DE ONDE VEIO ESSE INTERESSE PELA FOTOGRAFIA? Meu avô dedicou boa parte da sua vida à fotografia profissional, tendo sido o idealizador do Cine Foto Clube de Ribeirão Preto (SP), cidade onde nasci e

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cresci. Levando meu pai como assistente, fotografava casamentos e outros eventos, além de produzir fotos de paisagens das quais ao menos uma foi premiada em concurso. Então eu já tinha isto de família, mas meu maior interesse pela atividade surgiu quando fui morar e trabalhar como guia no Refúgio Ecológico Caiman, um empreendimento pioneiro de ecoturismo no Pantanal. Lá, além de vivenciar as maravilhas da região, guiava fotógrafos profissionais que visitavam o local em busca de imagens. Trabalhei em campo com gente como Araquém Alcântara, Haroldo Palo Jr, Valdemir Cunha, Frans Lanting, Joel Sartore e vários outros, com quem acabava trocando ideias sobre técnica fotográfica, olhar criativo, etc. Foi quando comecei a investir aos poucos em equipamentos e a registrar o que presenciava diariamente nos momentos de trabalho e de lazer. A ecologia (ou, no caso, a biologia) faz parte da minha vida profissional há mais tempo do que a fotografia, mas meu apego pela natureza vem de muito antes, desde a época em que eu era moleque e nem precisava pensar em uma carreira. Ainda me lembro da reação da minha mãe no dia em que


entrou no meu quarto e encontrou as paredes cheias de taturanas cabeludas, que eu havia trazido em uma caixa de sapatos e queria “criar para virarem borboletas”. Devido a esta minha forte ligação com a vida silvestre desde a infância, associar as duas atividades – Fotografia e Biologia – e fazer delas uma profissão tem sido, mais do que um objetivo planejado, uma tendência natural. Conhecer os animais na teoria e na prática, e gostar muito deles, é fundamental para conseguir as imagens que desejo. QUAIS SÃO AS ATIVIDADES DA PHOTO IN NATURA? Na Photo in Natura oferecemos uma série de serviços e produtos cujo ponto de união é o meio ambiente, daí nosso lema “natureza transformando pessoas”. Assim, além de trabalhos específicos na área de fotografia, nós ministramos cursos relacionados de alguma forma a questões ambientais, com assuntos como fotografia de natureza, capacitação para guias de ecoturismo, observação de vida silvestre e temas afins. Na área de expedições, organizamos viagens especializadas para públicos com interesses específicos, como fotógrafos profissionais ou

entusiastas, observadores de vida silvestre e estudantes em viagens didáticas. Como fotógrafo eu realizo trabalhos contratados, como documentação de expedições científicas, produções de material publicitário para atrativos de ecoturismo e outros. Minha esposa e sócia Tietta Pivatto, também bióloga, atua ainda como consultora e pesquisadora na área de ecoturismo e ornitologia. VOCÊ JÁ TEVE MEDO NO TRABALHO? Dos bichos mesmo eu nunca tive situação que me amedrontasse, mesmo porque a formação de biólogo e a preocupação em estudar e respeitar os animais minimizam os riscos. Sinceramente, o que me deixa mais tenso quando estou em campo é a possibilidade de alguma parte do equipamento fotográfico apresentar defeito, ou então de eu fazer alguma “burrada” nos ajustes da câmera e perder as imagens. PORQUE VOCÊ ESCOLHEU BONITO PARA MORAR? Eu vim viver em Bonito após quase cinco anos morando no Pantanal, a convite de um amigo que relatou uma boa

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E COLOGIA

qualidade de vida e oportunidades profissionais nas áreas de interesse minhas e da Tietta. O que me atrai aqui, além da tranquilidade de uma cidade pequena associada a uma boa oferta de serviços por ser uma região turística, é o fato de estar sempre muito próximo da natureza do Cerrado e do Pantanal. Por exemplo, se acontece alguma situação interessante que eu possa registrar, geralmente as pessoas me avisam e fica mais fácil eu me deslocar para o local do que se eu morasse em São Paulo. Quanto aos visitantes, encontrarão uma região onde a atividade turística é muito bem organizada, com cuidados ambientais que efetivamente ajudam na conservação das áreas naturais. Com um pouco de paciência e dedicação é possível se observar, até mesmo na área urbana, bichos como tamanduás, tucanos e araras. Ou seja, o visitante que vem a Bonito encontrará beleza, informação e diversão com segurança e respeito ambiental. Cabe ressaltar que para mim é “obrigatório” conciliar a vinda a Bonito com uma passagem pelo Pantanal, que fica muito próximo mas tem uma dinâmica totalmente distinta. SUA FOTO DA SUCURI FICOU BASTANTE FAMOSA NA INTERNET. VOCÊ TEM ALGUMAS “DICAS” PARA OUTROS FOTÓGRAFOS AMADORES? Sim, este episódio das sucuris foi muito bacana pois ajudou a desmistificar um pouco o temor injusto que as pessoas têm com relação às serpentes em geral, especialmente as maiores. Eu considero que estudar e conhecer os hábitos dos bichos ajuda o fotógrafo a ter mais sucesso e segurança em seu trabalho, seja um profissional ou amador. Além disto, é fundamental ter respeito com a natureza, evitando causar impactos no ambiente em busca de uma imagem ou do melhor ângulo.

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Eu considero que o fotógrafo tem que ser bastante exigente e crítico consigo mesmo, buscando cada vez mais aprimorar suas fotos e criar um estilo próprio. Acho também muito importante se valer dos recursos que a internet oferece, como o compartilhamento e comentário mútuo de imagens nas redes sociais, a infinidade de dicas e informações técnicas que pode-se obter com apenas alguns cliques e outros benefícios como os fóruns/grupos de discussão. E, neste ponto, quem domina o idioma inglês sai em vantagem, já que isto amplia muito as possibilidades de buscar outras fontes de consulta. Mas não pode deixar de lado o aprendizado mais tradicional, que se adquire estudando atentamente o manual da câmera, lendo livros sobre fotografia e participando de cursos. Por fim, já temos no Brasil uma entidade que nos representa, a AFNATURA (Associação dos Fotógrafos de Natureza), que trabalha em prol destes profissionais e é sempre uma boa fonte de referência ou apoio.



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