Meio Ambiente e Sustentabilidade Mudanças climáticas assustam, destaca Paiva Netto
Voluntariado Instituto de Educação da LBV recebe Selo Organização Parceira 2009/2010, do CVSP
Amor de Mãe O carinho e a alegria de dona Marisa Letícia, primeira-dama do Brasil, com as crianças da LBV.
Sérgio Britto
Aos 86 anos, o consagrado ator, roteirista e diretor diz que teatro é para a vida toda e não esconde a satisfação de poder inovar no palco.
Isabel Fillardis
Hélio Costa
Ivete Sangalo
Carlos Heitor Cony
Vera Fischer
Rodolfo Konder
Eva Sopher
Gilberto Amaral
Aparecida Liberato
Marcos Palmeira
Roberto Menescal
Airton Grazzioli
Educação em foco 7o Congresso Internacional, da LBV, reúne palestrantes e autoridades do Brasil e exterior sos norte e Nordeste Mobilização emergencial da LBV distribui mais de 60 toneladas de alimentos para desabrigados das recentes inundações
Sumário
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21
22
28
40 44 Vírus Influenza A avança pelo mundo
52
60
64
112
Marcos Palmeira
68 Nações Unidas/Nova York (EUA) 73 Nações Unidas/Genebra (Suíça) 75 Acontece no Piauí 76 Acontece em Goiás 78 Educação em foco 88 Especial 94 Tudo pelo social 97 Acontece em Santa Catarina
Carlos Heitor Cony
100 Terceiro Setor 102 Atualidades 107 Ecosoc — ONU/EUA 112 Numerologia
6 Mudanças climáticas assustam Paiva Netto
10 Cartas, e-mails, livros e registros 21 Opinião Esportiva José Carlos Araújo
22 Abrindo o coração Isabel Fillardis
28 Televisão
Meio Ambiente e Sustentabilidade Mudanças climáticas assustam, destaca Paiva Netto
Voluntariado Instituto de Educação da LBV recebe Selo Organização Parceira 2009/2010, do CVSP
Amor de Mãe O carinho e a alegria de dona Marisa Letícia, primeira-dama do Brasil, com as crianças da LBV.
Sérgio Britto
Aos 86 anos, o consagrado ator, roteirista e diretor diz que teatro é para a vida toda e não esconde a satisfação de poder inovar no palco.
Isabel Fillardis
Hélio Costa
Ivete Sangalo
Carlos Heitor Cony
Vera Fischer
Rodolfo Konder
Eva Sopher
Gilberto Amaral
Aparecida Liberato
Marcos Palmeira
Roberto Menescal
Airton Grazzioli
Educação em foco 7o Congresso Internacional, da LBV, reúne palestrantes e autoridades do Brasil e exterior SOS Norte e Nordeste Mobilização emergencial da LBV distribui mais de 60 toneladas de alimentos para desabrigados das recentes inundações
créditos das Fotos de Capa: Airton Grazzioli: Daniel Trevisan; Aparecida Liberato: Leilla Tonin; Carlos Heitor Cony: Ivan Souza; Eva Sopher: João Preda; Gilberto Amaral: Arquivo pessoal; Hélio Costa: Divulgação; Isabel Fillardis: Clayton Ferreira; Ivete Sangalo: Divulgação; Marcos Palmeira: Jair Bertolucci; dona Marisa Letícia: Ricardo Stuckert/ABr; Roberto Menescal: Vivian Ribeiro; Rodolfo Konder: Elias Paulo; Sérgio Britto: João Periotto; Vera Fischer: Divulgação.
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| BOA VONTADE
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31 Música 32 Arte na Tela 35 Acontece no Paraná 36 Academia Brasileira de Letras 40 Associação Brasileira de Imprensa Rodolfo Konder
43 Comunicação 46 Homenagem 48 Perfil Arthur Virgílio
51 Oportunidade 52 LBV é Ação!
SOS Norte e Nordeste
57 Amazônia em foco 58 Acontece no Rio 60 Teatro Sérgio Britto
64 Samba & História Roberto Menescal
Raimundo Colombo
Aparecida Liberato
116 Melhor Idade 117 Memórias 122 Notícias de Brasília 124 Opinião Política 126 Turismo 128 Responsabilidade Social 130 Opinião — Mídia Alternativa 133 Acontece no mundo 136 Internacional 138 Acontece em Minas Gerais 140 Saúde 142 Soldadinhos de Deus 144 Ação Jovem LBV
Ao leitor
Reflexão de BOA VONTADE “Como escrevi em Dialética da Boa Vontade — Reflexões e Pensamentos, lançado em 1987: Num futuro que nós, civis, religiosos e militares de bom senso desejamos próximo, não mais se firmará a Paz sob as esteiras rolantes de tanques ou ao troar de canhões; sobre pilhas de cadáveres ou multidões de viúvas e órfãos; nem mesmo sobre grandiosas realizações de progresso material sem Deus. Isto é, sem o correspondente avanço ético, moral e espiritual. O Ser Humano descobrirá que não é somente sexo e estômago. Há nele o Espírito eterno, que lhe fala de outras vidas e outros mundos, que procura pela Intuição ou pela Razão.” Paiva Netto, no livro Reflexões da Alma, lançado pela Editora Elevação. A obra literária já vendeu mais de 400 mil exemplares.
BOA VONTADE Revista apolítica e apartidária da Espiritualidade Ecumênica A N O 5 3 • N o 2 2 5 • M a r / a b r / ma i / J u n 2 0 0 9
Edição fechada em 14/7/2009 BOA VONTADE é uma publicação das IBVs, editada pela Editora Elevação. Registrada sob o no 18166 no livro “B” do 9º Cartório de Registro de Títulos e Documentos de São Paulo. Diretor e Editor-responsável: Francisco de Assis Periotto - MTE/DRTE/RJ
19.916 JP
Coordenação geral: Gerdeilson Botelho e Rodrigo de Oliveira Jornalistas Colaboradores Especiais: Carlos Arthur Pitombeira, Hilton Abi-Rihan,
José Carlos Araújo e Mario de Moraes.
Equipe Elevação: Adriane Schirmer, Carla Luz, Cida Linares, Daiane Emerick, Danielly
Arruda, Débora Verdan, Felipe Tonin, Gizelle de Almeida, Jefferson Rodrigues, João Miguel Neto, Joílson Nogueira, Jonny César, Leila Marco, Leilla Tonin, Letícia Rio, Maria Aparecida da Silva, Mário Augusto Brandão, Natália Lombardi, Neuza Alves, Raquel Bertolin, Rosana Bertolin, Sarah Jane, Silvia Ligieri, Simone Barreto, Vivian Ribeiro, Walter Periotto, Wanderly Albieri Baptista e William Luz. Projeto Gráfico: Helen Winkler Impressão: Editora Parma Endereço para correspondência: Rua Doraci, 90 • Bom Retiro • CEP 01134-050
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A revista BOA VONTADE não se responsabiliza por conceitos e opiniões em seus artigos assinados.
A equipe da BOA VONTADE reuniu nesta edição nomes dos mais representativos do cenário brasileiro. A entrevista com o veterano ator e diretor Sérgio Britto é um bom exemplo: com 86 anos, e conservando a mesma paixão pelo teatro de quando jovem, mostra que se mantém atualizado nos assuntos da dramaturgia e nos leva ainda a revisitar o passado. O leitor vai conhecer um pouco melhor a trajetória da atriz Isabel Fillardis: mulher guerreira que, além das dificuldades próprias da profissão, é exemplo de força e coragem na vida em família. Conta como enfrentou a grave doença de seu segundo filho, Jamal, que comprometia o desenvolvimento psicomotor dele, e soube reverter a experiência em ânimo e informação para muitos outros pais que passam pelo mesmo drama. Confira ainda neste número entrevista com o ator Marcos Palmeira, que cedo aprendeu a amar a cultura indígena, tornando-se um defensor dela. Falando em boas reportagens, destaca-se a do 7o Congresso Internacional de Educação da LBV. Vale ressaltar também a matéria que conta sobre a carreira do talentoso Roberto Menescal, cuja vida como compositor se confunde com a trajetória da própria Bossa Nova; a reflexão do acadêmico Carlos Heitor Cony sobre a história de JK; e a conversa com a numeróloga e fonoaudióloga Aparecida Liberato. Igualmente, chama a atenção o bate-papo com o jornalista e escritor Rodolfo Konder, membro do Conselho Deliberativo da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e coordenador das atividades da Representação da Casa do Jornalista em São Paulo/SP. Merece especial destaque o artigo do jornalista Paiva Netto intitulado “Mudanças climáticas assustam”. Nele, o também escritor avalia as dramáticas consequências previstas, em 2007, pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU. Nesta análise, defende o urgente e necessário cuidado com o planeta. Boa leitura! BOA VONTADE |
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Mudanças climáticas assustam Paiva Netto
Mudanças climáticas João Preda
assustam José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor. É diretor-presidente da LBV.
E
m 2007, durante o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU, as predições acerca das consequências do aquecimento global foram dramáticas. E hoje, dois anos depois, vozes respeitáveis levantam-se para declarar que o assunto é muito mais grave do que se pensa. No Polo Sul, o derretimento das geleiras, em um decênio, cresceu quase 80%. No fim deste ano, ocorrerá, na capital da Dinamarca, impor6
| BOA VONTADE
As mudanças que estão dificuldades —, pois, em acontecendo no mundo, última análise, nosso elo aqui no Brasil nós as nocomum e básico está em tamos também, quando faz todos nós habitarmos este muita seca no lugar onde planeta. Respiramos todos não tinha seca, quando o mesmo ar. Todos acariPlaneta Terra — a casa Lula chove demais no lugar nhamos o futuro de nossos de todos No início da década de 1990, filhos. E todos somos mortais (...)”. onde não chovia. É para chamar a Contudo, em muitas ocasiões, atenção da gente de que algumas em uma série que fiz para rádio e TV, denominada O Apocalipse de alguns até desfazem de tama- coisas estão mudando no mundo e Jesus para os Simples de Cora- nho infortúnio anunciado. Parte que precisamos começar a olhar dos ecologistas ainda é com muito mais atenção. Daí por ção, comentei que o preapelidada de “ecochatos”. que a nossa ida a Copenhague em sidente John Fitzgerald Importuno, porém, será o dezembro deste ano para discutir Kennedy (1917-1963), quadro com o qual a Huma- a questão do clima é muito impordos Estados Unidos, já tante. E o Brasil vai jogar um peso nidade irá deparar-se. pressentira tal panorama Mas, voltando aos dias muito grande na sua delegação”. insensato provocado pelo John Kennedy atuais, referindo-se às sedesprezo ao nosso orbe, O presidente dos como se pode inferir de seu dis- cas e aos dilúvios que se têm derEstados Unidos, curso proferido em 10 de junho ramado sobre o Brasil, o presidente Barack Obama, Lula, atento aos fatos, no seu prode 1963, em Washington, D.C.: assumiu importan— “(...) Não sejamos, pois, grama matinal das segundas-feiras, tes compromissos que mostram avancegos quanto a nossas diferenças, Café com o Presidente, no dia 11 ço na consciência mas dirijamos também a atenção de maio, assim se manifestou, resBarack Obama ecológica. Entre para nossos interesses comuns e pondendo a uma pergunta que lhe eles, reduzir as emissões de carbono para os meios pelos quais as dife- fez o repórter Luciano Seixas, da dos EUA em cerca de 80% até 2050 e renças possam ser resolvidas. Se Radiobrás: participar ativamente na negociação do tratado global que substituirá o “Luciano, a avaliação é que alnão pudermos, agora, pôr paradeiProtocolo de Kyoto. Obama também se ro a elas, poderemos, pelo menos, guma coisa está nos chamando comprometeu a investir, nos próximos auxiliar a proporcionar segurança a atenção para que a gente tome dez anos, US$ 150 bilhões em fontes ao mundo — não obstante nossas mais cuidado com o planeta Terra. de energia renováveis. Divulgação
Arquivo BV
Divulgação
tante reunião política com autoridades de diversos países. A situação é realmente inquietante.
Lu Moral
Clayton Ferreira
O Brasil e os efeitos das mudanças climáticas O Nordeste brasileiro, acostumado a severas estiagens, viveu situação oposta nos meses de abril e maio. Chuvas intensas castigaram a região e também o Norte do país, provocando enchentes que deixaram rastros de destruição. Para socorrer as vítimas desse desastre natural, a LBV promoveu mobilização solidária que distribuiu mais de 60 toneladas de alimentos. Essa iniciativa é destaque na página 52 desta edição.
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O consagrado ator Moacyr Franco com sua simpática esposa, Daniela.
Que assim seja, pois nosso país tem muito a contribuir, desde o seu natural sentimento de Solidariedade.
SOS Norte e Nordeste
De Salvador/BA chega-nos a informação, divulgada no portal Boa Vontade (www.boavontade.com), de que “em parceria com a Defesa Civil, a Legião da Boa Vontade
colocou à disposição do público vários postos de atendimento para arrecadar doações de remédios, garrafas de água potável, cobertores e alimentos não-perecíveis, os quais serão entregues às vítimas das chuvas nas regiões Norte e Nordeste. Todos os que puderem participar da campanha devem ligar para uma destas unidades da LBV: Belém/PA: (91) 3225-0071; Fortaleza/CE: (85) 3484-3533; Natal/RN: (84) 3613-1655; Salvador/BA: (71) 3312-0555; São Luís/ MA: (98) 3214-1428; Teresina/PI: (86) 3213-3099. Se preferir, pode acessar o site www.lbv.org.br e obter outras informações”.
Daniela e Moacyr Franco — um destino traçado
Com satisfação, tenho comigo o simpático livro Me espere até amanhã, acompanhado das fraternas dedicatórias da autora, Daniela Franco, e de seu esposo, o consagrado ator, cantor e come-
diante brasileiro Moacyr Franco. Moa, como carinhosamente é chamado o Moacyr por Daniela, escreveu-me: “Zé, se você nos ler, obrigado”. E digo agora: Eu é que agradeço a oportunidade de apreciar a bela história de uma construção de Amor, “um destino que foi mesmo traçado para os dois”, como afirma o primogênito de Vocês, João Vitor, de 14 anos. As narrativas de Daniela, em que explica os numerosos bilhetinhos do Moa, correspondentes a momentos especiais da vida do casal, são um verdadeiro encanto. Bonita a união de Vocês! Faz bem ao leitor. O Amor nos torna adolescentes, igualzinho ao Moacyr (rsrs). Ou seja, nossa Alma se revigora e somos capazes de transcender em contagiante alegria e paz em prol dos que nos cercam. paivanetto@uol.com.br www.boavontade.com
Liliane Cardoso
Clayton Ferreira
Mudanças climáticas assustam
Desde menino, com as histórias contadas pelo meu saudoso pai, Bruno Simões de Paiva — que na sua mocidade andou pelos pampas —, nutro carinho especial pelo Rio Grande do Sul. Na maturidade, a graça divina premiou-me com um filho nascido neste rincão. Povo hospitaleiro, ofertou-me amizades leais. Uma delas, o professor, escritor e editor frei Rovílio Costa, deixou-nos no sábado, 13 de junho. Seu amor pelos pobres e zelo com o desenvolvimento da cultura sempre nos acompanharão. Caro amigo, receba, onde estiver, pois Frei Rovílio Costa e Paiva Netto em os mortos não morrem, as minhas fraterno encontro no sul do país. sinceras homenagens e da Legião da No destaque, carinhosamente abraça as crianças em Boa Vontade. Sua vida prossegue em agradecimento pela novos pagos e que, do seio do Criador, homenagem recebida, um suas obras continuem a nos inspirar. quadro de São Francisco de Assis, Patrono da LBV. Deus o abençoe! 8
| BOA VONTADE
Elisa Rodrigues
Homenagem a frei Rovílio
Mário Soares destaca Boa Vontade Mulher
Lula inaugura universidade do Recôncavo Baiano
O dr. Mário Soares, estadista português, recebeu com entusiasmo um exemplar da Boa Vontade Mulher. Ele conversou com integrantes da LBV de Portugal durante evento realizado na cidade do Porto, em 1º de abril, e agradeceu a homenagem feita à sua esposa, dra. Maria de Jesus Barroso Soares, destacada na revista, em texto biográfico que descreve, entre outras realizações, o trabalho dela em favor dos direitos humanos. Agradeceu também a menção de seu nome e o registro de uma foto sua, na qual aparece recebendo a Comenda da Ordem do Mérito da Fraternidade Ecumênica, entregue por Paiva Netto, diretor-presidente da Instituição, em 1997, no ParlaMundi da LBV, em Brasília/DF.
| BOA VONTADE
Ricardo Stuckert/PR
Ricardo Ribeiro
Carlos Barral (por celular)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva inaugurou, em 25 de maio, na cidade de Cachoeira/BA, o primeiro câmpus da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Participaram também da solenidade o presidente do Senegal, Abdoulaye Wade; o ministro da Educação, Fernando Haddad; o ministro da Cultura, Juca Ferreira; o governador da Bahia, Jaques Wagner; e Luiz Fernando de Almeida, presidente do Iphan. Na ocasião, o superintendente da Fundação José de Paiva Netto, Lu ciano Duarte Pereira, entregou um exemplar da Boa Vontade ao presidente Lula, que agradeceu e mandou um abraço ao dirigente da LBV, Paiva Netto.
José Saramago na Feira do Livro do Porto Prêmio Nobel de Literatura, o escritor José Saramago presenteou a Invicta, como também é conhecida a cidade do Porto, com sua tradicional visita à Feira do Livro, realizando uma sessão de autógrafos, no dia 2 de junho, da obra A viagem do elefante. Na foto, o autor com o livro Reflexões da Alma, do escritor Paiva Netto, lançado em Portugal pela Editora Pergaminho. 10
Ricardo Stuckert/ABr
Marco Semblano
Lula recebe exemplar da revista Boa Vontade das mãos de Luciano Duarte, da LBV.
Lula recebe prêmio da Unesco O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu, no dia 7 de julho, em Paris, o Prêmio Félix Houphouët-Boigny pela Busca da Paz, da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Lula foi escolhido por suas ações em favor da Paz, da erradicação da pobreza e da proteção dos direitos das minorias. Na foto, ao lado do presidente do Brasil estão Koïchiro Matsuura (E), diretor-geral da Unesco, e o estadista português Mário Soares (D).
Fotos: Ricardo Stuckert/ABr
1 (1) A simpática dona Marisa Letícia conversa com crianças da LBV. Nas imagens 2 e 3, a ilustre homenageada posa com alguns dos alunos da Instituição. 2
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Primeira-dama do Brasil, dona Marisa Letícia, recebe homenagem das crianças da LBV Alunos da Escola de Educação Infantil Alziro Zarur, da Legião da Boa Vontade (QSD 8, Área Especial 11), em Taguatinga/DF, homenagearam a primeira-dama do Brasil, dona Marisa Letícia
Lula da Silva, por ocasião do seu aniversário, em 7 de abril. Na oportunidade, as crianças entregaram à dona Marisa um cartão confeccionado por elas próprias e uma camiseta com o coração da LBV,
toda desenhada com as mãos da garotada, além de um arranjo de orquídeas e a revista Boa Vontade Mulher. Na despedida, a primeira-dama declarou que a alegria das crianças havia sido o seu melhor presente. BOA VONTADE |
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Cartas, e-mails, livros e registros
Guia prático de saúde
A simpática dra. Elaine Camargo, ao lado dos doutores Leandro Dini (E) e Amauri Dalacorte.
O livro Cuidando do doente em casa, lançado recentemente durante palestra e sessão de autógrafos na Livraria Cultura, do Shopping Bourbon Country, de Porto Alegre/RS, é um guia prático para auxiliar a família, cuidadores e profissionais na reabilitação de pacientes neurológicos. Organizada pelos neurocirurgiões doutores Leandro Infantini Dini e Amauri Dalacorte, a obra conta com colaboradores importantes, entre os quais a odontóloga doutora Elaine Camargo, autora do capítulo “Cuidados com a saúde da boca”, que enviou um exemplar ao diretor-presidente da LBV. Na oportunidade, ela ressaltou a influência dos aspectos de cunho psicológico e humanitário na recuperação do doente e, na dedicatória ao dirigente da Instituição, registrou: “Ao querido mestre inspirador e compadre Paiva Netto, ofereço esse capítulo como um degrau conquistado sob sua bandeira. Viva Jesus! Elaine”. Os médicos Leandro Infantini Dini e Amauri Dalacorte deixaram seu recado: “Ao ilustre e respeitado sr. Paiva Netto, que comunga conosco do desejo de que esta obra auxilie a muitos”. 12
| BOA VONTADE
Luiz Antônio Barcelos da Silva
Periodicamente a Agência Central de Inteligência (CIA), órgão dos Estados Unidos, divulga o seu relatório com previsões e perspectivas quanto à sociedade e suas instituições políticas e econômicas no mundo no futuro. A versão em português desse trabalho foi lançada recentemente no Brasil. A tarde de autógrafos ocorreu na capital paulista e teve a presença do jornalista e historiador Heródoto Barbeiro, que assina a apresentação do livro, intitulado O Novo Relatório da CIA: Como Será o Amanhã. Nele as previsões foram atualizadas, estendendo-se até 2025, em relação ao título anterior: O Relatório da CIA: Como Será o Mundo em 2020, também apresentado por Barbeiro. Heródoto — atualmente, gerente de jornalismo da Rádio CBN e apresentador do Jornal da Cultura e do programa Roda Viva — destacou que acompanha assiduamente, por meio da Boa Vontade, o “trabalho vertiginoso da LBV e de seu dirigente”, para quem, inclusive, autografou um exemplar da obra, com a seguinte mensagem: “José de Paiva Netto, um abraço do Heródoto Barbeiro”.
Por uma família planetária O lançamento do livro Família de Alta Performance: conceitos contemporâneos na educação, de autoria do psiquiatra, psicodramatista e educador Içami Tiba, ocorreu em 20 de maio, em São Paulo/SP. Comemorativa dos 40 anos de atividade profissional, a obra é também resultado de extensa pesquisa, da prática clínica e da consultoria familiar do autor. Nela, Içami Tiba avalia que, para Vinícius Bueno
Lucian Fagundes
Relatório da CIA traz previsões para o mundo
melhorarmos a vida no planeta, em todos os aspectos, é preciso haver uma mudança de atitude por parte de cada pessoa, a fim de que possa fazer parte de uma família de alta performance. Na oportunidade, muito simpático e receptivo, o educador recebeu os cumprimentos da LBV e dedicou um exemplar do livro, com estas palavras: “Ao mestre Paiva Netto a admiração e o abraço do Tiba”.
Educação e voluntariado em alta Instituto de Educação José de Paiva Netto, escola-modelo da LBV, recebe Selo Organização Parceira 2009/2010, do Centro de Voluntariado de São Paulo, presidido pela ilustre dra. Milú Villela
Fotos: Vinícius Bueno
Dra. Milú Villela, presidente do Centro de Voluntariado de São Paulo, em entrevista à Super RBV de Comunicação.
Da esquerda para a direita: Maria Lúcia Meirelles Reis, do CVSP, a pedagoga Suelí Periotto, da LBV, a dra. Milú Villela, Aline Ferreira, da LBV, e Silvia Maria Louzã Naccache, do CVSP.
O Instituto de Educação José de Paiva Netto, escola-modelo da Legião da Boa Vontade (LBV), localizado na capital paulista, foi premiado com o Selo Organização Parceira 2009/2010, oferecido pelo Centro de Voluntariado de São Paulo (CVSP). O título, entregue em 14 de julho, possui validade de dois anos e é conferido a organizações que mantêm parceria ativa com o CVSP e oferecem programa de voluntariado organizado, atuante e transformador.
Em entrevista à Super Rede Boa Vontade de Comunicação, a presidente do CVSP e diretora-presidente do Instituto Faça Parte, dra. Milú Villela, ressaltou a importância do voluntariado e do trabalho das organizações agraciadas com o Selo. “A cada ano temos mais organizações sociais participando. E é com muito orgulho que fazemos parte dessa causa. Acreditamos que, ao ser voluntários, realmente podemos fazer
uma mudança, uma transformação no mundo”, afirmou. A ilustre presidente do CVSP destacou, ainda, o perfil do trabalho voluntário no país: “O Brasil tem se expandido e dado uma amostra de que o brasileiro é solidário, é voluntário”. Ao finalizar, a dra. Milú parabenizou a LBV pela ação socioeducativa que tem realizado em parceria com o Centro de Voluntariado de São Paulo. Esta é a segunda vez que o Instituto de Educação da LBV recebe o Selo Organização Parceira. SAIBA MAIS: www.voluntariado.org .br BOA VONTADE |
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Rogério Ceni e os 18 anos de carreira Pedro Paulo Rodrigues
Goleiro titular do São Paulo FC desde 1997, Rogério Ceni lançou em abril, em parceria com o jornalista André Plihal, o livro Maioridade Penal: 18 anos de histórias inéditas da marca da cal. Considerado oficialmente o maior goleiro artilheiro de todos os tempos, Ceni presenteia os fãs com histórias de vida emocionantes, envolvendo os bastidores do futebol, a trajetória profissional, as amizades, as dificuldades e as conquistas. Alunos da escola da Legião da Boa Vontade na capital paulista prestigiaram o lançamento da obra e levaram o abraço da Instituição ao consagrado goleiro. Mesmo muito solicitado, Ceni recebeu as crianças e disse o quão feliz se sentiu com a presença delas. Aproveitou a ocasião para dedicar dois exemplares de seu livro: um para a escola da LBV e o segundo para o líder Instituição, com a seguinte dedicatória: “Um abraço ao sr. Paiva Netto, felicidades fraternais. Um grande beijo a todos da LBV. Rogério Ceni”.
Estou muito feliz com a Boa Vontade nº 224. A matéria cultural sobre o Instituto e a nossa entrevista para a Boa Vontade TV foram excelentes. A publi-
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| BOA VONTADE
O Centro Comunitário e Educacional da Legião da Boa Vontade em Natal/RN (Rua dos Caicós, 2.148, Dix-Sept Rosado) recebeu, em 15 de maio, a visita da senadora Rosalba Ciarlini Ro sado. Na recepção “Parabéns à LBV! à parlamentar, o O trabalho realizado em Coral Ecumênico todo o Brasil com milhares paz, um Brasil Infantil, formado por crianças atende crianças e jovens é algo de mais forte. A LBV trabalha didas pela Instigrande valor.” com crianças tuição, interpretou Rosalba Rosado que estão na faimúsicas com temas Senadora xa de risco, trazenligados à Natureza, à do apoio e educação Educação e à Cultura de integral, com mais esporte, Paz. A garotada presenteou-a também com um quadro, confeccio- cultura, ensino de qualidade”. Depois de visitar todos os amnado pelas próprias crianças, e com a apresentação da peça: Emília, a bientes do Centro Comunitário e boneca-gente, dentro das atividades Educacional, Rosalba registrou no das oficinas de cultura e musicali- livro de visitas a seguinte mensazação infantil, do programa LBV — gem: “Parabéns à LBV! O trabalho realizado em todo o Brasil com miCriança: Futuro no Presente! Visivelmente emocionada, a lhares de crianças e jovens é algo senadora declarou: “Pude ver um de grande valor. O futuro dessas trabalho que nos deixa entusiasma- crianças, com certeza, revelará dos, pelo carinho, a forma como a meninos e meninas de Boa Vontade, criança está sendo tratada. (…) Só que construirão uma civilização de assim poderemos ter um mundo de paz (…)”.
cação é maravilhosa. Fiquei muito feliz com todas as reportagens divulgadas. Agradeço muito ao amigo Paiva Netto a lembrança e a gentileza. Muito obrigado! (Ricardo Cravo Albin, jornalista, Ricardo Cravo Albin escritor, produtor e crítico
Vivian Ribeiro
Instituto Cravo Albin
Crianças da LBV emocionam senadora
Arivaldo Oliveira
Cartas, e-mails, livros e registros
musical, fundador do Instituto Cultural Cravo Albin — ICCA, no Rio de Janeiro/RJ)
Depois de tomar o caminho das lembranças de infância para produzir seu primeiro livro, Pequena Moisi, a atriz Vera Fischer, agora, mergulha na vida adulta e publica Um leão por dia, biografia recém-lançada no Rio de Janeiro. A artista foi prestigiada na noite de autógrafos por amigos e colegas famosos, como Maurício Mattar, Mara Manzan, Isabelita dos Patins e Rosane Gofman. Também compareceram ao lançamento representantes da Legião da Boa Vontade, que cumprimentaram a atriz em nome do diretor-presidente da LBV. Por sua vez, a ex-Miss Brasil retribuiu com grande simpatia a saudação: “Ah, o Paiva. Que saudades dele! Mandem um grande beijo para ele, e obrigada pela presença”. Com o mesmo carinho, registrou em exemplar do livro esta dedicatória: “Paiva, saudades e beijos. Vera Fischer”.
Salvador na Copa de 2014 Durante comemoração, Ivete Sangalo enaltece trabalho da LBV Em ritmo de axé, a cantora Ivete Sangalo comandou animada festa no Estádio Manoel Barradas, o Barradão, em 31 de maio, antes da partida entre Vitória e Grêmio, pela Série A do Campeonato Brasileiro de futebol. Ao lado do cantor Tatau, a artista, à época grávida de cinco meses, acompanhou o anúncio de Salvador na lista das cidades-sede da Copa do Mundo de 2014, no Brasil. Em entrevista à Super Rádio Cristal (AM 1.350), emissora da Super Rede Boa Vontade de Rádio, Ivete Sangalo destacou a admiração dela pelo trabalho da Legião da Boa Vontade. “Quanto mais se é bom, quanto mais se ajuda o próximo, mais você se coloca na posição do outro que está sendo ajudado, mais frutos terá; energicamente falando, mais filho de Deus você será”, afirmou. A amizade da cantora com a Instituição é antiga. Em 2004, ela recebeu uma homenagem das crianças atendidas pela LBV, além de um quadro com a Majestosa Estampa de Jesus, o Cristo Ecumênico, durante entrega do título de Cidadã de Salvador, na Câmara Municipal. “O tempo de ser bom é indeterminado. (...) Parabenizo a LBV! Sei do trabalho de vocês, é um trabalho sério! Sou uma mulher da benevolência também, da filantropia, e sei que isso só nos traz grandes presentes na vida”, declarou. A futura mamãe também ressaltou o valor de desde cedo despertar na criança o sentimento de Solidariedade, uma prática que observa nas ações da LBV: “Isso tem de partir de casa, do berço. O pai e a mãe têm de mostrar que ser bom, compartilhar, ser solidário, é um grande princípio, e aí a gente vai levando e colaborando com quem precisa, e sendo ajudado, porque o Amor das pessoas e a gratidão são muito importantes”. E completou a artista baiana: “Boa sorte e continue com esse trabalho lindo. Um beijo a toda a turma da LBV. Parabéns por esse trabalho e ao Paiva também, que é um querido! Obrigada pelo carinho”.
trabalho de vocês, “Parabenizo a LBV! Sei do beijo a toda a é um trabalho sério. (...) Um r esse trabalho e turma da LBV. Parabéns po querido! (...)” ao Paiva também, que é um Sangalo Ivete
Felipe Panfili/Ag. News/Agência O Dia
Vivian Ribeiro
Vera Fischer lança nova biografia
Cartas, e-mails, livros e registros
ASCOM/TCE/MG
Boa Vontade Mulher
Leontina Maciel
Agradeço a iniciativa da Boa Vontade em apoiar a causa da mulher e dar-lhe visibilidade. Em especial, agradeço ao escritor, jornalista, poeta e comunicador Paiva Netto, antes de tudo um empreendedor social que mostrou, desde cedo, seu envolvimento social e optou por orientar suas ações na luta pela dignidade humana. (Maria da Penha, farmacêutica, bioquímica aposentada e símbolo da luta contra Maria da Penha a violência doméstica, de Fortaleza/CE)
Vivian Ribeiro
Principais personagens do noticiário nacional
Edição bem cuidada da Boa Vontade, sob os aspectos gráfico e editorial. Nessa edição 224, o jornalismo foi mais uma vez tema de destaque, mostrando aos leitores os assuntos e os personagens principais do noticiário nacional. O Sindicato dos Jornalistas Ernesto Vianna Profissionais agradece 16
| BOA VONTADE
No 44º aniversário de fundação da TV Globo Minas, comemorado em 26 de abril, a emissora foi homenageada pelas crianças atendidas pela Legião da Boa Vontade na capital mineira. O coordenador de Comunicação da TV, Paulo Valadares, recebeu em nome dos demais empregados uma lembrança confeccionada pela própria garotada. Paulo agradeceu a presença das crianças e ressaltou o valor desse gesto: “Essa homenagem da LBV é muito importante, é mais um caminho de aproximação, de relacionamento e interlocução com as instituições
Mônica Mendes
Com meus cordiais cumprimentos, agradeço a revista Boa Vontade (ano 53, no 224). Parabenizo a equipe envolvida nesta publicação pela excelência do trabalho realizado. (Conselheiro Wanderley Ávila, presidente do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais)
Homenagem à TV Globo Minas
Paulo Valadares recebe quadro confeccionado pelas crianças da LBV
que trabalham com a criança, a educação, o idoso, e promovem a melhoria da qualidade de vida de nossa cidade, do nosso Estado”.
Caminhos da Educação integral Em recente visita ao Templo da Boa Vontade, a Pirâmide das Almas Benditas, em Brasília/DF, o sociólogo e escritor Denizard de Souza, conselheiro do Fórum Mundial Permanente Espírito e Ciência, da LBV, apresentou seu novo livro: Em Busca do ser INTEGRAL, e autografou um exemplar especialmente para o diretor-presidente da LBV. A obra aborda de forma transdis-
ciplinar a questão da Educação integral, incluindo fatores como saúde, violência juvenil e comunidades virtuais. Na ocasião, escreveu a seguinte dedicatória: “Ao sublime idealizador da Pedagogia Ecumênica, Paiva Netto. Com votos de continuidade e crescente universalidade do luminoso trabalho educacional realizado pela LBV há seis décadas junto à gente brasileira. Denizard de Souza”.
a página dedicada à posse da nova diretoria (triênio 2008/2011) e a atenção que a equipe LBV tem com a representação dos jornalistas fluminenses. Saudações cordiais. (Ernesto Vianna, presidente do Sindicato dos
Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro)
Lina Silva
Presidente do TCE de Minas Gerais parabeniza revista Boa Vontade
Mensagem encorajadora
Li, com muita alegria, a revista Boa Vontade. Confesso que fiquei tocada
Fotos: Divulgação
Registro da aula inaugural do curso de pós-graduação em Direitos da Criança e do Adolescente. Na foto ao lado, os graduados com o desembargador Siro Darlan (em pé, o quinto a partir da esquerda), que também é presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente do Rio de Janeiro (CEDCA). Na imagem acima, vista da aula inaugural.
Direitos da Criança e do Adolescente
Curso de pós-graduação da Unig, em Nova Iguaçu/RJ, visa à formação de conselheiros tutelares Com o objetivo de expandir a aplicação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e, desse modo, tornar sua atuação cada vez mais eficaz nas relações em sociedade, a Universidade Iguaçu (Unig), na cidade de Nova Iguaçu/ RJ, deu início ao curso de pós-graduação lato sensu em Direitos da Criança e do Adolescente. Coordenador do curso, o desem-
bargador Siro Darlan de Oliveira apresentou a aula inaugural (foto), em 30 de maio, tratando de temas discutidos na 8ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, que se realiza até o fim deste ano nas etapas estadual e distrital. O conteúdo programático compreende variadas disciplinas, entre as quais: Estudos do Direito da Criança e do Adolescente, A violência contra
infância e juventude e Ato Infracional do adolescente e as medidas socioeducativas. O curso é direcionado a graduados em Direito, Psicologia, Serviço Social, Pedagogia, e a licenciados em qualquer disciplina da área de Educação e tem a duração de 18 meses. Outras informações podem ser obtidas pelos telefones: (21) 27654000, 2765-4013 e 0800-212013.
pelo sentimento de fé expressado pelo seu líder maior, José de Paiva Netto, orientando, encorajando-me nesta difícil, mas gratificante tarefa de dirigir os destinos do município. Tenho certeza, vou precisar muito das orações de todo o segmento representativo da Legião da Boa Vontade. Um abraço carinhoso. (Béia Savassi, prefeita de Patos de Minas/MG)
as expectativas em termos de conteúdo. Reportagens de interesse social primorosamente veiculadas com a já tradicional qualidade da publicação produzida pela LBV. Muito me impressionou a matéria nas páginas de responsabilidade social sobre a Revitalização da Rua Larga. É com trabalhos como este que construímos um projeto de qualidade como nossa cidade
merece. Obrigada e parabéns! (Rosalva Almeida, do Instituto Light, Rio de Janeiro/RJ)
Responsabilidade social
A Boa Vontade nº 224 superou
Revista Boa Vontade Mulher, em espanhol e inglês.
BOA VONTADE |
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Fotos: Liliane Cardoso
Cartas, e-mails, livros e registros
A ilustre sra. Eva Sopher é recebida com festa pelo Coral Ecumênico Infantil LBV
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Lar e Parque da LBV recebe visita de dama da cultura
ma das grandes representantes da cultura gaúcha e brasileira, sra. Eva Sopher, presidente da Fundação Theatro São Pedro, em 27 de maio visitou o Lar e Parque Alziro Zarur, da Legião da Boa Vontade — o Templo da Natureza e da Criança, em Glorinha/RS. A sra. Eva Sopher foi calorosamente recebida com o canto e a alegria das crianças que integram o Coral Ecumênico Infantil LBV, composto por meninas e meninos
atendidos pela Instituição. Na oportunidade, esta dama da cultura foi presenteada com um quadro artesanal confeccionado pelas próprias crianças, além de uma cesta com produtos coloniais ali produzidos. Grata pela recepção, a sra. Eva Sopher afirmou: “Fiquei surpresa, encantada. Realmente o trabalho da LBV é magnífico; a recepção das crianças foi muito especial, simpática. É sempre uma alegria ver as crianças com essas carinhas queridas, como aqui
Emoções e Memórias
demonstraram e cantaram com tão Boa Vontade”. Ela fez questão de ressaltar a beleza do local: “Realmente é muito lindo! As acomodações das crianças são maravilhosas, a limpeza é 100%, a disciplina me agrada muito; com certeza, daqui sairão completamente diferentes de quando entraram, o que é muito positivo. Nada melhor do que dar educação às crianças”. Ao término da visita, essa importante incentivadora da cultura e
Dona Eva foi a anfitriã da “Noite Cultural Emoções e Memórias”, ocorrida no Theatro São Pedro em 20 de junho de 2006, em Porto Alegre/RS, da qual constou um concerto sob a regência do talentoso maestro Antônio Carlos Borges Cunha. O evento iniciou as comemorações dos 50 anos de trabalho de Paiva Netto na Legião da Boa Vontade. O povo superlotou a casa de espetáculo, que teve a presença de diversas personalidades gaúchas. 18
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Eva Sopher
Presidente da Fundação Theatro São Pedro, de Porto Alegre/RS
Liliane Cardoso
“Fiquei surpresa, encantada. Realmente o trabalho da LBV é magnífico; a recepção das crianças foi muito especial, simpática. É sempre uma alegria ver as crianças com essas carinhas queridas, como aqui demonstraram e cantaram com tão Boa Vontade.”
No Parque da Boa Vontade Crianças da LBV desenvolvem talentos e novas habilidades
das artes declarou: “Estou aqui no lugar certo para dizer da minha certeza de que a educação dos nossos jovens, a cultura, são as bases para uma vida feliz, e aqui neste chão da LBV é que a gente sente esse recado. Vamos tratar dos jovens, porque teremos um futuro melhor”. E ainda escreveu no Livro do Coração: “Encantada com tudo que me foi mostrado, recebam meu aplauso, minha admiração e os votos de muito sucesso sempre. Obrigada pela carinhosa recepção. Eva Sopher”.
Diversas oficinas educativas, recreativas e culturais são realizadas no Lar e Parque Alziro Zarur, da Legião da Boa Vontade, em Glorinha/RS, para despertar nas crianças atendidas habilidades manuais e novos talentos, além de desenvolver a concentração, a convivência em grupo e a conscientização sobre os cuidados com o meio ambiente. As atividades fazem parte do programa LBV — Criança: Futuro no Presente!, o qual atende, no contraturno escolar, meninos e meninas dos 6 aos 11 anos de idade que vivem em situação de vulnerabilidade social e/ou pessoal, contribuindo para o protagonismo infantil.
Em uma das atividades promovidas pela Instituição, a Oficina dos Arteiros, as crianças reaproveitam materiais reciclados e os transformam em obras-de-arte. Aos poucos, embalagens, jornais, garrafas PET, latas e outros objetos ganham nova forma e cor. Deixam de ser apenas material descartável para servir de objeto de apreciação e admiração dos visitantes do Lar e Parque, onde ficam expostos os trabalhos criados pelos arteiros mirins da Legião da Boa Vontade. Essa atividade das crianças da LBV teve, recentemente, repercussão na mídia impressa, com destaque nos jornais Correio de Gravataí, Jornal de Gravataí e Jornal de Glorinha.
As oficinas educativas foram pauta de diversos jornais da região, a exemplo do Correio de Gravataí, Jornal de Glorinha e Jornal de Gravataí.
Cartas, e-mails, livros e registros
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Este é o título do mais recente trabalho do escritor, sensitivo e orador espírita Divaldo Franco, lançado na capital baiana. Ditado pelo espírito Joanna de Ângelis, o livro dedica-se a trazer ensinamentos que levem a uma busca da verdade interior, ressaltando o exemplo do Cristo Jesus para a conquista de uma vida mais feliz. Em entrevista à Boa Vontade, o escritor classificou a obra de “estudo psicológico da parábola do filho pródigo, entre outras, demonstrando que a existência atual está muito bem desenhada no Evangelho de Jesus e que a maior psicoterapia para a sociedade contemporânea é a compreensão dos objetivos essenciais da vida”. Divaldo Franco manifestou também seu apreço pelo trabalho da Legião da Boa Vontade e do IN
MEM
dirigente da Instituição: “Ao nosso querido amigo venerando Paiva Netto, a quem a sociedade terrestre muito deve, o nosso mais afetuoso abraço de carinho e gratidão com votos de progresso ininterrupto na instalação do Reino de Deus entre as criaturas da Terra. Tive a alta honra de conhecer Alziro Zarur. Acompanho a obra da LBV desde quando foi desenhada no Mundo Espiritual. A voz inolvidável de Zarur permaneceu na Terra como um guia que o nobre amigo Paiva Netto tem sabido honrar e ampliar”. O veterano orador espírita dedicou um exemplar ao diretor-presidente da LBV, com estas palavras: “Para o caro amigo Paiva Netto com votos de Paz, Divaldo Franco”. Lucian Fagundes
Arquivo BV
O radialista e exdeputado Raul Bru nini voltou à Pátria Espiritual no dia 13 de junho, no Rio de Janeiro/RJ, por falência múltipla dos órgãos. Aos 90 anos, Brunini lutava contra um câncer. Ele era casado com Neusa Alves Brunini, com quem teve um filho. Nascido em 1919, em Rio Claro, interior de São Paulo, o jornalista ficou conhecido por seu programa radiofônico, pioneiro na apresentação de debates ao vivo. Até 1945, participou de transmissões de rádio voltadas para o entretenimento das tropas brasileiras enviadas à Itália, durante a Segunda Guerra Mundial. Em sua trajetória política, foi deputado estadual e federal e chegou a ser secretário de Estado, no Rio, no governo de Carlos Lacerda. Também foi o vereador mais votado do Distrito Federal no pleito de 1954. Amigo da Legião da Boa Vontade de longa data, ressaltou o radialista certa vez: “Tenho a convicção de que Zarur, com sua mensagem, está tendo um grande sucessor: Paiva Netto, que prossegue engrandecendo mais ainda a LBV, essa Entidade que tem feito tanto bem a tanta gente”. Os sentimentos da Legião da Boa Vontade aos familiares e amigos, e ao Espírito eterno de Raul Brunini as melhores vibrações de Paz, na certeza de que “os mortos não morrem”.
Em Busca da Verdade
O
RIAM
Clodovil Hernandes Desencarnou, no dia 17 de março, o deputado federal Clodo vil Hernandes, em decorrência de um acidente vascular cerebral (AVC). Nascido em 17 de junho de 1937, foi adotado por Domingos Hernandes e Izabel Sanches Her nandes, casal de origem espanhola. Ao longo da vida exerceu diversas atividades, sempre ligadas Fabio Pozzebom/ABr
Homenagem a Raul Brunini
à arte e à cultura: estilista, ator, cantor e apresentador de TV. A incursão na política ocorreu em 2005, sendo eleito, no ano seguinte, para o cargo de deputado federal, com a terceira maior votação do Estado de São Paulo. Ao Espírito eterno de Clodovil as vibrações de Paz da Legião da Boa Vontade, que se estendem igualmente a familiares e amigos.
Opinião Esportiva José Carlos Araújo
Arquivo pessoal
A saída para os clubes José Carlos Araújo, comunicador da Rádio Globo do Rio de Janeiro.
N
ão é segredo para ninguém que a saúde financeira da maioria dos clubes brasileiros é preocupante. Dívidas foram se acumulando, ano após ano, e chegaram a níveis absurdos. Em alguns casos, se tornaram impagáveis, superando em muito o patrimônio das instituições. Em outros, os dirigentes nem sequer conseguem saber quanto deve o clube. Os processos contra os clubes são de todos os tipos, principalmente trabalhistas, resultado de salários atrasados, contratos rompidos, acordos não cumpridos e tudo o mais. Com isso, a todo momento o patrimônio acaba penhorado, assim como as rendas dos jogos e o dinheiro de patrocínios, que deveriam ir para os cofres do clube. Em recente entrevista, o ex-lateral Leonardo, que jogou no Flamengo e no São Paulo e foi campeão mundial pela Seleção Brasileira em 1994, abordou o assunto. Atualmente exercendo a função de técnico do Milan, da
Itália, ele surpreendeu ao afirmar que o Flamengo deveria ser vendido. Citou o Flamengo, mas deixou claro que outros grandes clubes do futebol brasileiro deveriam seguir o mesmo caminho. A declaração provocou revolta em vários dirigentes. Mas Leonardo não se abalou e manteve a opinião. Explicou que a situação financeira desses clubes exige mudança radical na forma de administrá-los. O ex-atleta, formado em administração esportiva, lembrou que não há mais espaço para o amadorismo. Ele levantou uma situação que, em lugar de revolta, deveria gerar reflexão. Leonardo, com a lucidez de sempre, está dando mais uma contribuição ao futebol brasileiro. Certo está quando afirma que é preciso administrar os clubes profissionalmente, como grandes empresas, tal e qual são, na verdade. Concordo com ele. É preciso profissionalismo. Tudo tem de ser transparente. Tudo tem de ser muito bem planejado, com metas a serem alcançadas. Não há mais espaço para curiosos, mesmo que bem-intencionados. Todas as funções exigem profissionais experientes. Por que clubes ita-
lianos, ingleses, franceses e outros menos poderosos têm condições de investir em grandes jogadores e os brasileiros não? Por que o Brasil tem cinco títulos mundiais e muitos outros continentais, mas não consegue ter sucesso administrativo e financeiro? A resposta pode estar na entrevista de Leonardo. Não digo que a solução seja a venda dos grandes clubes, mas, sim, a profissionalização de seus administradores. Saídas existem. Apenas precisam ser adaptadas a cada instituição, de acordo com suas necessidades. Todas as sugestões devem ser avaliadas. Os clubes brasileiros têm de encontrar seus caminhos. Quem é o melhor dentro de campo não pode estar falido fora dele. Primeiro, é preciso saber ouvir. Mas, acima de tudo, é fundamental mudar, tentar, buscar o rumo certo.
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Abrindo o coração Isabel Fillardis
Isabel Fillardis: guerreira na arte e no papel de mãe Leilla Tonin Fotos: Arquivo pessoal
História de
sucesso
e
superação 22
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inda bem jovem, a atriz Isabel Fillardis já chamava a atenção, e o talento da menina despontava. Aos 11 anos fez as primeiras fotos como modelo. Quatro anos depois, profissionalizou-se ao participar de campanhas publicitárias para revistas. Nesses primeiros trabalhos, a espontaneidade e improvisação de Isabel encantavam fotógrafos e gente ligada à dramaturgia. A agenda de manequim, sempre lotada, tornou-se algo comum para a jovem. Para chegar à televisão “foi um pulo”, lembra. Em 1992, aos 19 anos, Isabel participou de um casting. Não era essa a primeira opção — ela estudava para o magistério, para ser professora —, todavia seu desempenho fez que fosse selecionada. Hoje, com quase duas décadas de carreira, coleciona numerosos personagens de sucesso vividos em novelas, no cinema e no teatro. Esposa e mãe de dois filhos, Analuz (8 anos) e Jamal Anuar (6), ela ainda encontra tempo para se engajar em causas sociais, aliando
a imagem de atriz a instituições e eventos que beneficiem a população menos favorecida. Um exemplo dessa atitude é o apoio às Campanhas da Legião da Boa Vontade (LBV). Também entre as ações nessa área, fundou as entidades Doe Seu Lixo (2003) e A Força do Bem (2006), esta voltada a quem necessita de cuidados especiais (deficientes visuais, mentais, auditivos e/ou motores). Sempre alinhada a projetos e atividades sociais, Isabel viu o sentimento de compromisso com o próximo surgir ainda mais forte nos primeiros meses de vida do segundo filho. A artista percebera dificuldades do bebê na sucção durante a amamentação: o menino era portador de uma doença rara chamada síndrome de West (um padrão de ondas cerebrais associadas a crises epiléticas, o qual compromete o desenvolvimento psicomotor da criança), exigindo um tratamento caro e intensivo. Desde os 2 anos, Jamal está livre da doença
“Quando o Jamal completou 2 anos, fez um eletroencefalograma. E ele não tinha mais a síndrome. (...) Foi quando resolvemos fundar A Força do Bem, para dividir um pouco dessa alegria, dizer que era possível encurtar o caminho para algumas crianças.”
e, no momento, continua no caminho da recuperação. Atualmente, estima-se que haja três milhões de portadores da síndrome no Brasil, de acordo com a entidade presidida pela atriz, que se acha à disposição do Ministério Público do Trabalho para colocação dessas pessoas no mercado. “É um número aproximado que a gente tem para que haja políticas de Estado para elas”, comenta. Em entrevista à BOA VONTADE, Isabel Fillardis falou um pouco da trajetória artística, da apreensão ao descobrir a doença do filho, e explicou por que comemorar cada movimento, primeiros passos ou palavras de uma criança com necessidades especiais representa conquistas emocionantes. BOA VONTADE — Em seu trabalho, a família está muito presente. Sua mãe, por exemplo, é também empresária... Isabel Fillardis — Isso foi a melhor coisa que fiz. Claro que há casos e casos. Acredito que existem mães e filhas que não poderiam
Abrindo o coração
trabalhar juntas, por uma incompatibilidade de personalidades, de pensamentos, mas quando dá certo é muito mais seguro, prazeroso. Então, consegui unir o útil ao agradável; minha mãe aprendeu a ser empresária no pulso, porque ela era dona de casa, mas não tinha para onde correr. Foi um desafio para ambas, na verdade. Meu pai colocou para mim: “Você vai terminar os estudos. Se quiser ir trabalhar, tudo bem, pode ir, mas as minhas condições são estas: sua mãe acompanha e você termina os estudos”. Foi difícil, porque estava concluindo a escola e começando na televisão. Foi uma loucura, mas consegui. BV — Da carreira de modelo para a de atriz foi um pulo. Quais foram os maiores desafios nessa transição? Isabel — Acho que a técnica de atuação. O Luiz Fernando de Carvalho, que foi o meu primeiro diretor, sempre dizia que eu tinha muita espontaneidade, luz própria, que jamais deveria fazer um curso de interpretação, porque poderia perder esta minha intuição. Hoje dou razão a ele. Meus trabalhos ao longo desses anos foram com muita intuição e sensibilidade. Às vezes, quando se é extremamente técnico, perde-se um pouco disso. E enfrentar isso perante os colegas... A grande maioria era formada, tinha anos de televisão. Viver esse preconceito foi um pouquinho complicado. Também foi a questão ilusória da fama. Era uma menina que saía de casa e ia para a escola, fazia estágio e, de repente, comecei a trabalhar na TV. Fui do Rio de 24
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Janeiro até a Bahia, fiquei lá 15 dias, e quando voltei minha vida estava completamente mudada: todo mundo falava de mim nas ruas ou, então, vinha pedir autógrafo. O que era autógrafo? Eu nem sabia o que era isso! Foi uma mudança bastante radical. BV — O ator não pode se iludir com a fama? Isabel — Não. Fama é realmente uma ilusão. Trabalha-se muito. O ator tem de estudar, ler para ter diversidade de ideias e de conteúdo para desenvolver o trabalho. Isso é constante. O artista precisa estar sempre observando o Ser Humano, a vida, enfim, um eterno aprendizado. Esse glamour é momentâneo; você é bajulado, todo mundo diz que é maravilhoso, que é isso, aquilo. Daqui a pouco faz um trabalho que é “mais ou menos”, e ninguém fala nada; aí é que fica o problema, onde é que está o suporte? O meu veio da minha criação, de casa, da família, que nunca deixou essa realidade. Sou atriz, mas não respiro isso 24
“Fama é realmente uma ilusão. Trabalha-se muito. O ator tem de estudar, ler para ter diversidade de ideias e de conteúdo para desenvolver o trabalho. (...) O artista precisa estar sempre observando o Ser Humano, a vida, enfim, um eterno aprendizado.”
horas por dia. É preciso ter o pé no chão, porque papel de protagonista não é garantia de sucesso. Essa vida é uma montanha-russa. É difícil lidar com o sucesso; tem que se estar preparado para a descida também. BV — Como é trabalhar em tantas frentes: teatro, cinema, televisão, ativismo social, família? Isabel — Conto com um staff enorme. Minha mãe me ajuda demais e meu marido é superparceiro também, apesar de ter muito trabalho. Todos nós atuamos nas duas entidades. Minha irmã e meu marido são mais atuantes do que eu. BV — Como reagiu quando soube que seu segundo filho tinha a síndrome de West? Isabel — Não foi legal. Não esperávamos isso, mas, sim, um filho perfeito, que fala, anda, se comunica bem, tem uma evolução normal. Aí recebemos uma criança completamente diferente, com algo de que você nunca ouviu falar. É a mesma coisa que traçar um roteiro de viagem para a Europa no frio, por exemplo, e no meio da viagem o avião se perde e para no Havaí. (...) É muito assustador. O acesso à informação não é tão grande, e isso poderia salvar uma vida. A gente nunca perdeu a fé de que ele pudesse ter uma qualidade de vida melhor. No início, o médico falou que, se conseguíssemos evitar atitudes compulsivas dele até uns 5 anos, ele poderia até ficar normal. Então, lutamos a favor disso o tempo
inteiro, com medicação, carinho e atenção a tudo, procurando as melhores terapias possíveis. Era tudo muito caro, importado. Quando o Jamal completou 2 anos, fez um eletroencefalograma. E ele não tinha mais a síndrome. A gente nem acreditou. Fomos abençoados. Foi quando resolvemos fundar A Força do Bem, para dividir um pouco dessa alegria, dizer que era possível encurtar o caminho para algumas crianças. BV — O amor foi determinante, o fator responsável pelos avanços do Jamal? Isabel — Foi sim, o amor, a união em prol da melhora dele, porque isso modifica tudo, sua rotina, o jeito pelo qual vê a vida. Mexeu com a família como um todo. Ficamos todos voltados para isso; a Analuz acabou amadurecendo um pouco, por conta de ver a nossa luta diária, muito sofrimento, principalmente nos dois primeiros anos. Essa síndrome deixa sequelas respiratórias, então ele tinha várias internações, ficava uma semana para poder curar um broncoespasmo... até pneumonia já chegou a ter muito pequenininho; era muita luta, pela vida mesmo, sabe? Esse tipo de sofrimento amadurece qualquer pessoa, faz olhar o Ser Humano com outros olhos e ver quanta coisa de errado existe no mundo. BV — Qual mensagem tem para os leitores da BOA VONTADE? Isabel — Para resumir tudo, se a gente for pensar, os problemas da Humanidade também são nossos; todos estamos interligados, faze-
“Tenho um carinho pela LBV. Estava me lembrando outro dia quantos lugares conheci da Instituição. Conheci a LBV de Portugal, o Templo da Boa Vontade... aquela Pirâmide é um lugar sério!” mos parte de um mesmo planeta, bebemos da mesma água, comemos os frutos da mesma terra, somos irmãos! O que acontece na vida de um interfere direta ou indiretamente na existência do outro. As pessoas têm de ficar felizes com a felicidade do próximo: essa vibração de alegria é contagiante, tem uma energia de cura grande. O amor seria a pílula que estaria faltando na Humanidade para que possamos caminhar e evoluir sem destruir a família, os valores, o planeta. Precisamos resgatar coisas lá atrás, para sobreviver, para que os nossos filhos possam usufruir desta Terra, porque ela não é minha, ou sua, é nossa enquanto estamos aqui, depois vamos para outro lugar, ficar pertinho de Jesus Cristo. Um Isabel Fillardis, o esposo, Júlio, e os filhos, Jamal e Analuz, vestidos com a camiseta da ONG A Força do Bem, responsável pelo cadastro nacional de pessoas com a síndrome de West.
Em dezembro de 1996, os atores Paulo Figueiredo e Isabel Fillardis (no destaque) participaram da festa de Natal com crianças e famílias atendidas pela LBV de Portugal. A comemoração ocorreu no Teatro Sá da Bandeira, na cidade do Porto.
beijo para todos. Obrigada pela oportunidade. (...) Tenho um carinho pela LBV. Estava me lembrando outro dia quantos lugares conheci da Instituição. Conheci a LBV de Portugal, o Templo da Boa Vontade... aquela Pirâmide é um lugar sério!
Acontece no Mato Grosso do Sul
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Respeito
às diferenças Programa da LBV incentiva convivência entre culturas
Sarah Jane
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ntre os propósitos do amplo trabalho socioeducacional desenvolvido pela Legião da Boa Vontade está o de promover a valorização da mulher. Nos Centros Comunitários e Educacionais da LBV são oferecidos cursos de capacitação profissional e apoio especial a gestantes, acompanhando-as desde o 4o mês de gestação até o primeiro ano de vida do bebê. Essa importante ação da Pedagogia do Afeto e da Pedagogia do Cidadão Ecumênico
Vista parcial da Aldeia Urbana Marçal de Souza, residência de famílias da tribo terena, e do Memorial da Cultura Indígena. No destaque, crianças conhecem o acervo do Museu.
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Fotos: Analice Barcelá
viabiliza o bom resultado obtido com as diversas atividades: mais saúde para mãe e filho. Em Campo Grande/MS, a história de índias terenas — as irmãs Sebastiana e Antônia e a cunhada Jacira Marcelino — expressa bem a importância desse tipo de atendimento da LBV. Jacira tem oito filhos, Antônia é mãe de cinco, e Sebastiana, de seis. As três estavam desempregadas e o fato de não terem
formação profissional específica nem local para deixar os filhos reduzia bastante as oportunidades de colocação no mercado de trabalho. Por isso, a assistente social da Instituição logo encaminhou-as para a Oficina de Tecelagem em lã de carneiro, na qual aprenderam a confeccionar tapetes. Outra iniciativa foi matricular a garotada
no programa LBV – Criança: Futuro no Presente!.
Pela diversidade
Quando começaram a participar das atividades, os meninos e meninas terenas tiveram dificuldade de interação com as demais crianças. Para vencer a barreira cultural, foi decisiva a Pedagogia do Afeto — proposta educacional criada pelo diretor-presidente da LBV, Paiva Netto — que, firmada no amor fraterno e nos valores éticos, espirituais e ecumênicos, ensina o respeito às diferenças. Nessa proposta, a equipe de profissionais da Instituição pôs em prática o projeto Diversidade Cultural, com o tema: “Conhecendo nossa cidade e suas origens”. A ação resgatou a cultura indígena e teve o objetivo de sensibilizar as crianças e levá-las
a compreender que há diferenças e todos têm os mesmos direitos e deveres. A atividade contemplou a história da capital sul-mato-grossense, destacando que esta foi a primeira cidade brasileira a possuir aldeia indígena urbana. São 135 ocas de alvenaria construídas pela prefeitura, localizadas em um dos pontos mais visitados do município: a Aldeia Urbana Marçal de Souza, onde residem famílias da tribo terena. Ali, o projeto foi concluído com a visita das crianças da LBV à aldeia e ao Museu da Cultura Indígena. A ação aproximou-as e aumentou a integração de mães e filhos. “Somos testemunhas de uma mudança significativa na vida desses meninos”, avaliou a assistente social. Para Sebastiana, a transformação mais expressiva foi no comportamento dos filhos: “Eles não se misturavam com as outras crianças. Hoje estão bem mais entrosados, brincam e conversam, tanto na LBV quanto na escola”.
Jacira, por sua vez, ressaltou o convívio familiar: “Com o apoio da LBV melhorei bastante e meus filhos também. Antes eles brigavam muito e até se agrediam fisicamente, o que já não acontece; eles ficam em paz. Nós aprendemos a conversar mais uns com os outros”. Durante a realização do projeto, Jacira, Sebastiana e Antônia contaram também com atendimento psicológico, o que as ajudou a entender melhor os próprios filhos nos problemas de convívio. “O resultado foi excelente. Era a orientação de que precisávamos, corrigimos as coisas erradas que aconteciam em casa”, disse Antônia. Com o apoio que receberam da LBV, a situação das três famílias transformou-se para melhor. “Dou graças a Deus por ter conhecido a LBV”, afirma Jacira. Em Campo Grande/MS, a Legião da Boa Vontade está localizada na Avenida Marechal Deodoro, 5.055, Aero Rancho, tel.: (67) 3317-6300.
Reunida, a família Marcelino reflete a alegria de estar na LBV.
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Du Santos
Televisão O ator Marcos Palmeira
VISIBILIDADE
aos guardiões da floresta
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Marcos Palmeira: um entusiasta e defensor da cultura indígena
Divulgação
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uando não está interpretando, ou antes de se preparar para viver novo personagem, o ator Marcos Pal meira dedica seu tempo a uma atividade pela qual também é apaixonado: faz o registro histórico de etnias indígenas. No dia 15 de maio, durante evento na TV Cultura, comemorou um ano de sucesso do programa A’Uwe, apresentado por ele na emissora. Foram ao ar 38 documentários inéditos, com o diferencial de retratar o índio da maneira mais realista possível e, ainda, contando na sua elaboração com a participação indígena: do total desses programas, 16 foram dirigidos ou codirigidos por índios. “Essa é uma forma de enxergar melhor também os brasileiros, as nossas origens estão todas ali; é
Débora Verdan e Leila Marco
uma janela muito rica nesse sentido. Fico feliz de o programa ser um espaço diferente, verdadeiro”, comenta Palmeira.
Na segunda temporada, iniciada em junho, A’Uwe — que significa “povo indígena” — passou a apresentar também vídeos internacionais. A presença cultural de outros países é, na opinião do apresentador, um modo “de enriquecer e talvez até aproximar mais todas as comunidades”. Palmeira defende uma política indigenista que garanta a esses grupos étnicos papel relevante na conservação do meio ambiente. “Se realizarmos uma pesquisa no Brasil, [veremos que] as áreas mais preservadas estão dentro de comunidades indígenas. Então eles poderiam ser os guardiões da floresta, ganhar para isso, criar o turismo étnico, para se viajar a essas aldeias, podendo conhecê-
O sertanista Orlando Villas Boas, pioneiro no contato com os indígenas, em visita à Aldeia Kamayurá, em 1998. A revista BOA VONTADE (no 200) publicou a última entrevista com o saudoso defensor dos índios.
visibilidade, estão muito mais abertos do que nós. Esse primeiro olhar é importante”.
Batismo indígena
A ligação de Marcos Palmeira com o tema não é recente. Em 1978, o pai dele, o cineasta Zeli to Viana, sempre lembrado com muito carinho por Paiva Netto, produziu e dirigiu o documentário Terra dos Índios, já naquela época um verdadeiro mergulho na cultura indígena brasileira. “E aí ele deixou o Zelito Viana
“A vontade de todos os índios, de modo geral, é a de resgatar a cultura e, ao mesmo tempo, serem aceitos, para que possam participar da nossa sociedade.” BOA VONTADE |
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Armando Kitamura
Quanto aos que criticam essa aproximação, o artista lembra que a situação representa um imperativo, haja vista a expansão das fronteiras agrícolas e das cidades, cada vez mais próximas de territórios indígenas. Além disso, boa parte dos índios se encontra em processo de empobrecimento, seja pelo contato com a cultura branca, seja pelo modelo de desenvolvimento implantado em suas terras, levando muitos a uma condição de marginalidade econômica. Palmeira argumenta: “É um momento crucial de se preservar as comunidades indígenas, de olhar para eles com outro olhar. Eles estão muito carentes, querem
Arquivo BV
Momento crucial
Jair Bertolucci
-los, participar dos cantos, dos rituais deles”, ressalta o ator em entrevista à BOA VONTADE. Para ele, a emoção sentida pelos irmãos Orlando, Cláudio, Leo nardo e Álvaro Villas Boas nos primeiros contatos com os índios, ainda na década de 1940, existe ainda hoje. No programa, o público tem também a oportunidade de acompanhar o que é feito a partir desse momento em que diferentes culturas fazem contato. “Esses registros me emocionam bastante (...). É um trabalho típico para as escolas, para se acabar de vez com aquelas histórias básicas da origem do Brasil; e você vê que nós temos muito mais deles do que se imagina, até em termos espirituais”, comenta.
O jornalista Paulo Markun, diretor-pre sidente da Fundação Padre Anchieta, mantenedora da Rádio e TV Cultura.
Quando voltei, queria fazer algo ligado aos índios.” A oportunidade apareceria em breve, graças ao convite do antropólogo e etnólogo Carlos Morei ra Neto para ingressar no Museu do Índio, no Rio de Janeiro/RJ. “Trabalhei na parte de imagem com João Domingos de Lamônica, que tinha sido fotógrafo do Marechal Rondon; foi um cara que me ensinou muito. Depois, eu e Luís Carlos Saldanha, que cuidava dos vídeos, conseguimos documentar os índios que tinham
acabado de ser descobertos na época (1981).” Após essa passagem pelo Museu do Índio, a carreira de ator ganhou projeção, levando-o para outros caminhos. Ele, porém, não se esqueceu dos amigos indígenas. Em 2004, 25 anos depois da primeira visita, a pedido dos próprios xavantes, Marcos Palmeira voltou ao coração de Mato Grosso com o objetivo de fazer um registro da situação da comunidade. Do projeto, surgiu o documentário A Expedição A’Uwe, a Volta de Tsiwari. Nele, denuncia a precariedade da vida dos indígenas. “Eles perderam terra, não têm comida, frutas e peixe, e a [situação na] fronteira com os fazendeiros está, cada vez mais, acirrada.” Apesar de tudo, ressalta Palmeira: “Há muita esperança (...). A vontade de todos os índios, de modo geral, é a de resgatar a cultura e, ao mesmo tempo, serem aceitos, para que possam participar da nossa sociedade”.
“Se realizarmos uma pesquisa no Brasil, [veremos que] as áreas mais preservadas estão dentro de comunidades indígenas. Então eles poderiam ser os guardiões da floresta, ganhar para isso, criar o turismo étnico.”
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Luciano Piva
Laine Milan, diretora e roteirista do programa A’Uwe.
Iberê Thenório
Guide Viaggi
nosso endereço na aldeia. Um belo dia chegou uma Kombi lá em casa, abarrotada de índios da aldeia xavante [São Pedro, da terra indígena de Parabubure]. O carro veio de Mato Grosso cheia de artesanato. Eu tinha uns 15 anos e fiquei de cicerone, de intérprete deles... E as pessoas na rua achavam que eles eram figurantes de novela. Foi muito engraçado”, relembra. O ator conta que aquela convivência o ligou definitivamente à causa: “Ano-novo, carnaval, todo esse período os índios xavantes passaram com a gente e me convidaram para participar, em julho, do ritual de passagem de adolescente para adulto na aldeia deles; peguei um ônibus e fui”. A amizade com índios da tribo se consolidou, e o jovem Marcos foi batizado com o nome xavante de Tsiwari, que significa “sem medo”. “Morei com eles cerca de dois meses, só voltei porque fiquei doente. Ia mandar notícia para o meu pai: ‘Eu me achei, está tudo bem! (risos)’.
Jair Bertolucci
Televisão
Música
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Jorge & Mateus
sertanejo universitário é uma das novidades da música brasileira e cada vez mais ganha espaço em todo o país. Esse movimento, que mescla axé, forró, rock e pop ao estilo sertanejo, gera um ritmo bem diferente daquele conhecido desde a década de 1970. Dentro do novo estilo, uma das duplas de maior sucesso é a dos goianos Jorge & Mateus, de Itumbiara, de onde saíram para apostar na carreira artística. Depois de dois anos se apresentando em vários bares, festivais e casas de show, alcançaram o sucesso logo com o primeiro CD e DVD, gravados ao vivo em Goiânia. Nem a correria do dia-a-dia nem a agenda lotada fazem com que a dupla deixe para segundo plano valores importantes, como a Solidariedade. Recentemente, conheceram o trabalho desenvolvido pela Legião da Boa Vontade na capital do Estado, que beneficia centenas de meninos e meninas em situação de vulnerabilidade social. Sensibilizados, doaram cestas de chocolates para os que participam do programa LBV — Criança: Futuro no Presente!. Em retribuição ao gesto dos
Joílson Nogueira
A dupla Jorge (D) e Mateus durante homenagem feita pelas crianças da LBV
cantores, a garotada preparou uma surpresa para a dupla durante a gravação do programa de TV Odair Terra: foi entregue aos amigos de Boa Vontade o quadro de Mérito à Solidariedade. Emocionado, Jorge afirmou: “É uma alegria muito grande, não sabíamos desta homenagem. A LBV tem a nossa dupla para o que der e vier. Estamos aí para dar força. Mais uma vez, agradecemos a homenagem das crianças”. “Ficamos até sem voz”, acrescenta Mateus. “É legal ver o sorriso de uma criança, é verdadeiro. Ser parceiro da LBV é muito importante para a gente. Tudo que
Kássia Bernarde
O
Amigos de Boa Vontade
vem de coração é legal, e uma coisa que faz bem para a alma. Ver o trabalho sério que a LBV faz e poder ajudar, fazer parte disso, é muito importante, ficamos honrados e emocionados.” Ao término da gravação do programa, os sertanejos se disseram encantados com o potencial musical das crianças que integram o Coral Ecumênico Infantil LBV e anunciaram outro importante apoio à Instituição: doarão violões e contratarão músicos profissionais para ensiná-las. Em breve será inaugurada uma Sala de Música no Centro Educacional da LBV em Goiânia.
V I S I T E , A PA I X O N E - S E E A J U D E A L B V ! Centro Educacional da LBV — Rua Jamil Abraão, 645, Setor Rodoviário, tel.: (62) 3531-5000 — Goiânia/GO BOA VONTADE |
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Arte na Tela Ações em defesa do patrimônio cultural do Brasil
Incentivo à
cultura Criação do
abre novas perspectivas na área museológica
Marta Jabuonski
Vivian Ribiero
Vista do Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro/RJ.
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Clayton Ferreira Arquivo pessoal
A partir da esquerda: Luiz Fernando de Almeida, presidente do Iphan; o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim; o presidente do Senado, José Sarney; o presidente Luiz Inácio Lula da Silva; o ministro da Cultura, Juca Ferreira; o ex-ministro da Cultura Gilberto Gil; e José do Nascimento Júnior, presidente do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), na cerimônia de posse da diretoria da entidade, no Palácio do Itamaraty.
C
Marta Jabuonski, curadora da Galeria de Arte do Templo da Boa Vontade.
onhecer um museu está longe de representar uma visita a local empoeirado, repleto de velharias, comprometido em mostrar aspectos do poder de uma época ou de classes sociais. Antes, é um convite para grandes aventuras e descobertas, capazes até de levar à transformação dos rumos da história atual. Cabe então perguntar: mudaram os museus ou os conceitos? Ou talvez o homem tenha descoberto que
não pode avançar sem primeiro buscar no passado a reflexão para fundamentar o presente e semear o porvir. O certo é que essas “grandes escolas”, em quantidade considerável no Brasil e no mundo inteiro, nos esperam dia a dia, boa parte delas gratuitamente, para conosco “dialogar”. Trazem para nós assuntos e formas diferentes, mas em todas elas o protagonista é o homem e sua história. No Brasil, os primeiros meses de 2003 foram fundamentais para avanços no setor. Nesse período começavam a ser difundidas as diretrizes básicas da área museológica e, em 16 de maio daquele ano, se implantava a Política Nacional de Museus, em evento oficial no Museu Histórico Nacional (MHN) do Rio de Janeiro/RJ.
Posse da diretoria do Ibram
Em janeiro deste ano, outro grande passo: a criação do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), cuja diretoria tomou posse em 11 de maio, em cerimônia realizada no Palácio do Itamaraty, em Brasília/DF, com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Tomaram posse no Ibram, além de José do Nascimento Júnior, na presidência, os diretores: Má rio Chagas, no Departamento de Processos Museais; Eneida Bra ga, no Departamento de Difusão, Fomento e Economia de Museus; Rose Miranda, coordenadora geral de Sistemas de Informação Museal; e Cláudia Storino, assessora da presidência. Em entrevista à BOA VON BOA VONTADE |
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Arte na Tela
José Francisco Alves
Fachada do Museu de Arte do Rio Grande do Sul — MARGS.
TADE, Nascimento afirmou que as sementes dessa política surgiram “no Rio Grande do Sul, no Fórum Estadual de Museus, em 2002, quando profissionais da área museológica reuniram-se para discutir e preparar um documento que foi entregue para candidatos a presidente e governador. Como não existia na época o Fórum Nacional, o trabalho ganhou esta reper cussão”. Talvez tenha ali ocorrido até por causa da tradição cultural desse Estado, o segundo da federação em número de museus: 360. O presidente do Ibram ponde34
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ra sobre o caminho de sete anos percorrido desde o lançamento da ideia no Sul: “Menos rápido do que gostaria, mas no tempo certo de amadurecimento do setor, de acordo com as condições que havia na época”. O Ibram será responsável por gerenciar a política pública para a área museológica, trabalhando pelo aumento de visitação e arrecadação dos museus e pelo fomento de políticas de aquisição e preservação de acervos, de programas de capacitação e de legislação, integrando as ações entre os museus brasileiros.
Esse modelo de gestão está sendo copiado por outras nações, a exemplo da Espanha, da Colômbia, do Chile e da Argentina. A troca de experiências com esses países é gratificante e enriquece a nós, brasileiros; basta olhar a quantidade de editais e projetos em curso. Nessa marcha, o presidente do Instituto Brasileiro de Museus relembra apoios importantes, como o do ex-ministro da Cultura Gilberto Gil, que acreditou no projeto e em sua continuidade, e do atual ministro, Juca Ferreira. Para Nascimento, “o Ibram é o filho caçula do Ministério e, como em toda família, o mais novo é sempre o mais cuidado, o que ajuda bastante. O governo enxerga a política de museus como estratégica. Esse legado deixaremos para as futuras gerações”. Segundo ele, a estruturação do novo órgão, do ponto de vista administrativo, é mais do que justificada. “Saímos de dentro do Iphan [Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional] com a tarefa de articular a Política Nacional de Museus e o Sistema Brasileiro de Museus como um todo: os 2.650 museus que possui o país e um milhão de itens a serem preservados. É uma área que gera empregos, turismo, desenvolvimento, educação.” Além disso, garante, a equipe é formada por profissionais de vários ramos da cultura, o que dá consistência e experiência para enfrentar a empreitada. Ele explica: “É um time, cada um na sua posição, cumprindo o papel, buscando resultado. Todo mundo está imbuído, remando para o mesmo lado.
Acontece no Paraná
LéBaçVão!
MARINGÁ
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Pelo gosto de ler
Iniciativa da LBV mobiliza crianças na criação e interpretação de histórias, estimulando a criatividade Paulo Araújo
Paulo Araújo
A partir da esquerda: Olga Agulhon, Nilsa Alves de Melo, Eliana Palma, Vandré Fernando e Alberto Paco, com os alunos da LBV premiados: Bruno Pires Calixto, Rodrigo Micheleto e Ingrid Pimenta.
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espertar na criança o hábito da leitura e, com isso, estimular o aprendizado por meio do lúdico tem sido, nos últimos anos, um dos grandes desafios dos educadores. No ano passado, o concurso Melhor Contador de Histórias, promovido pela Legião da Boa Vontade (LBV), convidou dezenas de crianças a escolher um livro de histórias infantis para, em seguida, lê-lo e contar aos colegas o que aprenderam. O sucesso do evento foi tanto que, agora em 2009, a Instituição realizou a segunda edição do concurso reunindo, desta vez, um número maior de participantes. Durante uma semana, as crianças puderam viajar pelo mundo da imaginação. “Elas participam desse evento porque
gostam”, ressaltou a presidente da Academia de Letras de Maringá (ALM), Olga Agulhon. “Esta é uma iniciativa maravilhosa. O incentivo à leitura tem que fazer parte da pauta de trabalho de todas as instituições. (...) A Academia estará presente”, confirmou. Na fase classificatória, foram selecionados doze pequenos para a final do concurso. Os jurados que atuaram na última etapa são membros da ALM: além da presidente, participaram os acadêmicos Nilsa Alves de Melo, Alberto Paco e Eliana Palma, e o conselheiro tutelar Vandré Fernando Alvarenga. “Parabéns à LBV por este evento emocionante. Cumprimento todos por mostrar que é possível oferecer às nossas crianças opções saudá-
veis. O tempo mostrará os bons frutos que a LBV está plantando”, disse o conselheiro. Os três contadores de histórias mais bem colocados este ano foram, respectivamente, Ingrid Sara Pi menta da Silva (9 anos), Rodrigo Micheleto Marciano (6) e Bruno Pires Calixto (11). Eles foram premiados com livros da Editora Elevação e uma coleção da ALM. Outro aspecto positivo do concurso é a participação espontânea de pais e amigos. Por exemplo, entre os finalistas, os familiares ajudaram na composição do vestuário e de outros acessórios usados pelas crianças para dar mais vida ao conto.
Destaque na mídia Diversos veículos de comunicação divulgaram o concurso Melhor Contador de Histórias, promovido pela LBV. Além do jornal O Diário do Norte do Paraná, também o Jornal do Povo deu destaque ao evento, inclusive, com chamada em primeira página. Os jornalistas Ângelo Rigon (pelo seu blog), Verdelírio Barbosa (colunista do Jornal do Povo) e Joel Cardoso (colunista do Hoje Notícias) igualmente exaltaram a iniciativa. BOA VONTADE |
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Academia Brasileira de Letras Entrevista com Carlos Heitor Cony
JK por
Carlos Heitor Cony Acadêmico conta um pouco de sua história, da vocação de escritor e analisa a cassação de Juscelino Divulgação
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Carlos Heitor Cony e Enaildo Viana, da revista BOA VONTADE. 36
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jornalista, escritor e imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL) Carlos Heitor Cony já era prosador quando criança. A inclinação para as letras veio de modo natural: foi, para ele, o primeiro refúgio e vocação profissional. Um defeito de dicção lhe dificultava o falar, então a solução do pequeno Cony foi valer-se de outra maneira de se comunicar. “Minha carreira de escritor começou lá atrás. Quando era criança, possuía um defeito na língua, tinha uma dificuldade muito grande de pronunciar certas palavras; tenho até hoje. Devido a isso, era garotinho, tinha 6 ou 7 anos, comecei a me expressar por bilhetes. Lembro-me de que mandava bilhetes para minha mãe, pedindo: ‘Mamãe, quero comer bife à milanesa com purê de batata’”, conta o veterano jornalista.
Fotos: Rick Ligthelm
*¹ Demóstenes (384-322 a.C.), orador e político de Atenas, praticava a oratória em frente do mar, declamando para as ondas com a boca cheia de pedrinhas.
Divulgação
Esse apego, explica ele, surgiu também para evitar repreensões: “Se falasse errado, minha mãe me corrigia, então escrevia ao invés de pedir. Conheci a literatura em Minas Gerais e vi que seria o meu destino, e estou nela até hoje”. Em 1939 operou o freio da língua e, inspirando-se no método do brilhante orador grego Demós tenes*¹ (gago até a adolescência), fez exercícios com bola de gude na boca, a fim de dar mais mobilidade à língua. Aos poucos corrigiu praticamente o problema. Depois, seguindo os passos do pai, o jornalista Ernesto Cony Filho, esse carioca de São Cristóvão começa a trabalhar, em 1952, como redator da rádio Jornal do Brasil. Seis anos mais tarde, o jovem jornalista lança O Ventre, o primeiro dos 16 outros romances de sua lavra, entre os quais Quase Memória, (1995) e A Casa do Poeta Trágico
“Juscelino tinha formação religiosa. (...) Ele chegou a fazer um cursilho para apaziguar um pouco, porque estava inquieto, sofrendo muito, mas não concretizava esse sofrimento numa conspiração, numa retaliação. Tomava como modelo no exílio duas figuras tutelares, que eram D. Pedro II e José Bonifácio.”
(1997), escolhido o Livro do Ano, e com o qual obteve o Prêmio Jabuti (categoria Ficção). Versátil em outros gêneros literários, é autor de diversos livros de crônicas e de adaptações da literatura universal. Com várias obras suas levadas para o cinema, lançou-se a escrever roteiros de filmes. Colaborou por mais de 30 anos na revista Manchete e, como diretor de Teledramaturgia da extinta Rede Manchete, foi responsável pelo projeto e sinopse das novelas A Marquesa de Santos, Dona Beija e Kananga do Japão. Em 2000, foi eleito membro da ABL, onde ocupa a cadeira nº 3. Atualmente, é colunista da Folha de S. Paulo e de vários jornais do país, além de comentarista da rádio CBN e da TV Band News. No dia 30 de junho, o escritor palestrou na sessão solene comemorativa do 45º aniversário de fundação do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal, que fora criado em 3 de junho de 1964, cinco dias antes de o preBOA VONTADE |
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Divulgação
Academia Brasileira de Letras
Coronel Affonso Heliodoro (D), amigo do saudoso Juscelino Kubitschek e presidente do Instituto Histórico e Geográfico do DF, é cumprimentado por Enaildo Viana, da LBV, pela passagem do 45o aniversário da entidade.
sidente Juscelino Kubitschek, o construtor de Brasília, ter o mandato de senador cassado e da suspensão dos seus direitos políticos por 10 anos. Profundo conhecedor da biografia de Juscelino, inclusive com obras publicadas sobre o assunto*², Cony comentou importantes aspectos do episódio que levou JK ao exílio voluntário logo após a cassação. No bate-papo com a reportagem da BOA VONTADE, o renomado escritor agradeceu o ensejo de falar à revista e recordou momentos em comum com a Legião da Boa Vontade. “O prazer é meu de dar uma entrevista para a LBV. Quando tomei posse na Academia Brasileira de Letras, toda a diretoria da LBV me apoiou. Paiva Netto, inclusive, foi na minha posse na Academia”, ressaltou. E acrescentou Cony: “Recebo material da LBV em casa e tenho *² Carlos Heitor Cony é autor dos livros JK: Memorial do Exílio (1982) e JK: Como nasce uma estrela (2002).
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uma admiração muito grande pelo movimento já do tempo do Alziro Zarur. Eu admirava o trabalho dele, porque toda pessoa que cria uma mensagem, uma campanha pela Boa Vontade, pela felicidade, pela concórdia, pela paz, é um mérito, deve receber todo o prestígio e aplauso”. BOA VONTADE — Durante a palestra, o senhor disse que não foram os militares que pressionaram pela cassação de Juscelino. O que ocorreu de fato? Carlos Heitor Cony — A cassação foi uma reivindicação, uma exigência do empresariado paulista, civil. Podia ter um ou outro apoio militar, mas não foram eles que se levantaram contra JK. Depois, realmente o negócio mudou muito, e logo depois do movimento militar de março, abril de 1964, os militares não pouparam Juscelino; apenas não incluíram na primeira lista que cassou João Goulart, Jânio Quadros, Leonel Brizola e Luís Carlos Prestes. O empresariado paulista tinha compromissos com a UDN e com Carlos Lacerda, que precisava então limpar a barra. JK já era candidato lançado pelo PSD, homologado pelo partido para concorrer às eleições de 1965. Por isso, o empresariado paulista, o Abreu Sodré, que era governador [de São Paulo], e outros próximos resolveram pressionar Castello Branco, através do ministro Costa e Silva, que levou Castello até São Paulo, e lá falaram claramente a ele: “Ou você cassa o Juscelino ou São Paulo não apoia o plano
econômico-financeiro do governo”. Diante disso, não teve outro jeito senão cassar JK. BV — O que se temia? Cony — As forças que manipularam os militares em março, abril de 1964 eram muito ligadas ao Lacerda. Ele foi o grande insuflador do golpe, da revolução, o conspirador e candidato natural. Carlos Lacerda mesmo dizia que o sonho dele era ser presidente da República, e a oportunidade estava ali, o campo livre, mas havia um empecilho, e era JK, uma peça do xadrez importantíssima, porque tinha tudo para vencer: as pesquisas davam a vitória a Juscelino tranquilamente para 1965. Lacerda e o pessoal de São Paulo acharam que removendo Juscelino seria fácil para Lacerda. E realmente ficaria (...) se a máquina política não continuasse rodando; e rodou tanto, que terminou também com o próprio Lacerda sendo cassado. BV — JK apoiava o parlamentarismo? Cony — Ele não era parlamentarista. Porque tinha feito o governo dele. A vida toda de Juscelino foi de grande executivo, em Minas Gerais, como prefeito de Belo Horizonte, como governador de Minas e presidente da República. Possuía na mão o poder de realizar, de poder, de criar. Achava que o parlamentarismo reduziria o presidente. Que seria ele se houvesse eleição? Uma rainha da Inglaterra, ou seja, uma figura decorativa. Então, JK era contra o parlamentarismo.
BV — No exílio em Paris, JK chegou a receber Lacerda? Cony — Não. Já no fim, quando Lacerda estava cassado e a sociedade civil reclamava, pedindo liberdade, juntaram-se as três lideranças civis mais importantes daquela época na Frente Ampla: Juscelino (que representava mais ou menos o centro), João Goulart (a esquerda) e Lacerda (a direita). Os três líderes juntos davam 100% do eleitorado, foi um movimento que assustou os militares. Tanto que eles dissolveram a Frente Ampla. Depois, por coincidência ou não, o fato é que os três membros da Frente (Jango, Juscelino e Lacerda) morreram num espaço de nove meses.
Ivan Sousa
BV — O senhor disse que JK era um homem sem ressentimentos, mesmo estando no exílio não fez retaliação contra os perseguidores? Cony — Juscelino tinha formação religiosa. Ele não tinha vocação para padre, mas foi seminarista. Até o fim da vida dele continuou sendo homem de religião. Naquele tempo havia uma mania de fazer cursilho: reuniam-se pessoas de vários segmentos — operários, médicos, profissionais liberais —, que ficavam numa espécie de retiro espiritual. Ele chegou a fazer um cursilho para apaziguar um pouco, porque estava inquieto, sofrendo muito, mas não concretizava esse sofrimento numa conspiração, numa retaliação. Tomava como modelo no exílio duas figuras tutelares, que eram D. Pedro II e José Bonifácio.
Na ocasião de sua posse na ABL (em 2000), o veterano jornalista Carlos Heitor Cony, acompanhado de sua simpática esposa, dona Beatriz, é cumprimentado pelo dr. Pedro Paulote de Paiva, da LBV. À esquerda, o renomado jornalista Paulo Parisi.
BV — Trabalhando na imprensa, o senhor se mostrou contrário ao golpe desde o início... Cony — Eu nunca fui um animal político, sempre evitei me interessar pela política, mas em 1964 escrevia uma coluna num jornal influente, o Correio da Manhã, no Rio de Janeiro, e tinha de me manifestar sobre o que estava havendo. Tomei conhecimento do que se passava no Brasil e, evidentemente, comecei a criticar o regime militar, que me levou seis vezes à prisão. BV — E a vida de acadêmico? Cony — Completo 10 anos como acadêmico. Relutei muito para ser da ABL, mas, depois de muitas pressões de amigos acadêmicos, um dia me telefonam à noite insistindo: “Olha, tem uma vaga, ela é tua, entra, é preciso. Fará bem para você e para a Academia”. Então, atendi ao apelo e fui; não estou arrependido.
“O prazer é meu de dar entrevista para a LBV. Quando tomei posse na Academia Brasileira de Letras, toda a diretoria da LBV me apoiou.” BV — O senhor chega bem aos 83 anos. Existe um segredo? Cony — A função faz o homem. Trabalhar no sentido lato, ou seja, ter uma missão, não no sentido nobre, mas ter um encargo, um compromisso com a vida, aí realmente o indivíduo supera-se e vai adiante. Eu tinha um amigo que afirmava: “Se tiver uma dívida para pagar amanhã de um milhão de reais, e não tiver dinheiro, posso atravessar a avenida de olhos fechados e ninguém me atropela; agora, se não tiver dívida nem trabalho, se não tiver nada, uma carrocinha me atropela e mata”. BOA VONTADE |
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Elias Paulo
Associação Brasileira de Imprensa Liberdade de imprensa e Direitos Humanos
Rodolfo Konder, um veterano na defesa da liberdade de expressão e dos Direitos Humanos
Jornalismo M
militante
embro do Conselho Deliberativo da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) desde abril de 2008, em mandato de três anos, o jornalista e escritor Rodolfo Konder, desde março, coordena as atividades da Representação da ABI na capital paulista. Em entrevista 40
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à BOA VONTADE, o experiente profissional da comunicação — foi repórter, editor, diretor de publicações, editorialista, articulista e cronista de jornais e revistas do Brasil e do exterior — fala de liberdade de imprensa e Direitos Humanos com a autoridade de quem abraça há décadas essas causas.
Nascido em Natal/RN e criado no Rio de Janeiro/RJ, mudou-se para São Paulo em 1968. Seu trabalho está voltado totalmente ao jornalismo, à Educação e à Cultura: autor de 20 livros, entre contos, crônicas e memórias, recebeu em 2001 o Prêmio Jabuti pela obra Hóspede da Solidão; foi secretário
BOA VONTADE — Com vasta experiência no jornalismo (rádio, televisão e meio impresso), o senhor acrescenta a função de professor e atua na defesa dos Direitos Humanos... Rodolfo Konder — Todas essas minhas experiências decorrem essencialmente do fato de que estou com mais de 70 anos. Aos 71 anos, você tem já uma história marcada por uma série de iniciativas e mudanças. O mundo à minha volta sempre esteve em mudança. O Homem não se banha duas vezes nas águas do mesmo rio, como nos ensinou Heráclito. E eu participei de diversas situações... situações que se transformaram e que ajudaram a transformar o País também. Fui
Fotos: Arquivo pessoal
de Cultura de São Paulo/SP, diretor do Masp e professor de Jornalismo na Faap; fez parte do Conselho da Fundação Padre Anchieta e da diretoria da Bienal de São Paulo. Antes de aceitar o convite da ABI, era diretor cultural das Faculdades Metropolitanas Unidas. Duas vezes exilado, Konder foi um dos fundadores da Seção Brasileira da Anistia Internacional. Costuma ressaltar a valorização da diversidade. Para ele, o compromisso maior é com os princípios e valores claramente universais: a luta pela democracia, a garantia da liberdade (de expressão, de imprensa, da mulher) e a defesa da ecologia. Na ocasião, Konder retribuiu o abraço fraterno do diretor-presidente da LBV, Paiva Netto: “Muito obrigado. Eu retribuo o abraço e agradeço a vocês pela atenção”.
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(1) Rodolfo Konder com Fernando Henrique Cardoso, na década de 1980; (2) com Tancredo Neves, em 1983; (3) com o atual secretário Estadual de Educação de São Paulo, Paulo Renato Souza; (4) e com Teotônio Vilela, em 1983.
dirigente sindical, depois me tornei jornalista ao voltar para o Brasil. Trabalhei na Agência Reuters; eu sabia ler e escrever, uma coisa ainda rara, e sabia inglês, então fui traduzir telegramas. Depois disso, trabalhei em O Paiz. BV — Alguma cena o marcou nesse primeiro contato com o jornalismo? Konder — Bem, eu trabalhava (na Reuters) e quem chefiava a redação era a dona Jane Braga, uma americana alta, corpulenta. Ela gostava de mim porque trabalhava direito, sempre muito disciplinado, e acabou me pro-
movendo logo a chefe de redação; até pediu ao Itamaraty uma credencial para que eu cobrisse uma conferência da OEA [Organização dos Estados Americanos] lá no Rio, no Hotel Glória. Entrei em pânico e lhe disse: “O Itamaraty vai dizer: ‘Mas esse cara não está no Brasil’”. Porque eu tinha voltado clandestinamente pela fronteira de Rivera [Uruguai] e Santana do Livramento [Brasil]. Felizmente, o Itamaraty me deu a credencial, ninguém reclamou, e fiz a cobertura para a Reuters dessa conferência. Depois, trabalhei no O Paiz, na área internacional, uma área que sempre atraiu muito BOA VONTADE |
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Fotos: Arquivo pessoal
Associação Brasileira de Imprensa
Rodolfo Konder com Lygia Fagundes Telles, em 1995 (à esquerda), e em conversa com Jorge Amado, em 1994; ao fundo, Jack Lang, então ministro da Cultura da França.
a minha atenção. (...) Vivi intensamente também o período da guerra fria, que foi um período empobrecedor. Sabe por quê? O maniqueísmo, o lado bom e o lado mal, não existe isso. Depois, o sonho que tive em relação ao socialismo revelou-se um pesadelo, porque o que a gente descobriu é que, em todos os lugares onde o socialismo foi implantado, nós acabamos com ditaduras ferozes, sanguinárias. BV — Como abraçou a causa dos Direitos Humanos? Konder — As mudanças me levaram nessa direção. Já no meu segundo exílio, em Nova York, eu me tornei amigo de um dirigente da Anistia Internacional e, quando voltei ao Brasil, ajudei a organizar a Seção Brasileira da Anistia Internacional. Acabei sendo eleito vice-presidente, depois presidente da Seção Brasileira. (...) Enquanto isso, trabalhei em rádio, em televisão. Durante os dois anos em que estive exilado no Canadá [de 1976 a 1978], trabalhei na Rádio Canadá [de Montreal], em revistas e jornais... 42
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BV — O senhor também é conhecido como pioneiro no jornalismo multimídia... Dessas escolas da comunicação, qual o atrai mais? Konder — O meio que me deu mais projeção e prestígio foi a televisão. O rádio é um meio também muito importante, que soube inclusive se adaptar às mudanças... Quando a televisão nasceu e se desenvolveu, muita gente acreditava que o rádio ia morrer, e o rádio não morreu, continuou muito vivo. Agora, como eu gosto de escrever, estou publicando o meu vigésimo livro, sempre me dei bem com o jornalismo impresso, com o qual eu mais me identifico. BV — Sobre a ABI, que comemorou 101 anos, a principal bandeira dela é a defesa da liberdade, da democracia. Como vê o papel da ABI hoje? Konder — Veja, eu acho que são gêmeos siameses, a liberdade de imprensa e a democracia. Não é possível desligar uma da outra. Então, a defesa da liberdade, da democracia, passa indispensavelmente pela defesa da liberdade de
imprensa. E até este slogan adotado pela ABI, para comemorar o centenário, foi sugestão minha: “100 anos de luta pela liberdade”. (...) Não admito falta de liberdade de imprensa, seja em Cuba, seja na Coreia do Norte, seja em qualquer lugar onde as pessoas não podem se ver... A imprensa é o espelho em que a sociedade se vê, a sociedade descobre o seu próprio rosto se olhando na imprensa livre e na sua diversidade. Há órgãos da imprensa que são melhores, há outros que são piores; alguns que dizem a verdade, há outros que mentem, mas o retrato está ali. BV — Imprensa livre reúne bons profissionais e não raro vários ícones. Gostaria de citar alguns deles? Konder — Convivi muito com vários desses jornalistas, a partir do Rio de Janeiro, com Alberto Dines, Milton Coelho da Graça, que depois reencontrei aqui em São Paulo, Maurício Azêdo. Agora, lá na ABI tenho tido contatos também regulares com Tarcísio Holanda, que foi eleito, na última reunião do Conselho Deliberativo, vicepresidente da Casa. Tenho muitos amigos na área jornalística; aqui em São Paulo eu convoquei... “convoquei” é uma coisa assim meio de velho militante. Mas eu convidei Luthero Maynard, James Akel, Reginaldo Dutra e Fausto Camunha a me ajudarem na divulgação e representação da ABI em São Paulo; eles são hoje os meus conselheiros consultivos. Colaboração: Jefferson Rodrigues
Comunicação 25 Congresso Brasileiro de Radiodifusão o
Radiodifusão:
Photos.com
compromisso O
com o Brasil.
compromisso da radiodifusão com o país foi justamente o tema central do 25° Congresso Brasileiro de Radiodifusão, realizado em Brasília/DF, entre os dias 19 e 21 de maio. Promovido pela Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), o encontro trouxe comunicadores, técnicos, pesquisadores e em-
presários do setor para debater, entre outros assuntos, a liberdade de expressão, novas tecnologias, o marco regulatório e a gestão de empresas. O evento discutiu, ainda, o combate à radiodifusão ilegal e a participação na 1a Conferência Nacional de Comunicação (de 1º a 3 de dezembro). A abertura foi feita pelo vice-presidente da República, José
Enaildo Viana
Alencar, no exercício da Presidência naquele ato. Alencar deu os parabéns aos participantes, desejando “votos de crescentes sucessos para a classe, devido aos relevantes serviços que presta ao país através da notícia, do entretenimento, da música, da cultura”. Entre as personalidades que compareceram ao congresso, destaque para o ministro das CoBOA VONTADE |
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“Estamos num momento de transição, num instante em que saímos do modelo analógico para o modelo digital. Em poucos anos teremos de desligar o sistema analógico, e o rádio digital está aparecendo.” Hélio Costa
O presidente em exercício, José Alencar, abriu o 25o Congresso Brasileiro de Radiodifusão.
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Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr
José Cruz/ABr
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José Roberto Arruda
O ministro das Comunicações, Hélio Costa, durante entrevista a respeito das decisões tomadas no evento.
Ministro das Comunicações
(1) O diretor de Relações Institucionais da Abert, dr. Flávio Cavalcanti Júnior. (2) O presidente da Abert, Daniel Slaviero (E), recebe a revista BOA VONTADE das mãos de Celso de Oliveira, da Fundação José de Paiva Netto.
José Gonçalo
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José Gonçalo
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gresso. O ministro das muito ativa. Apoiamos Comunicações anunciou, e entendemos que ela é na ocasião, a assinatura da importante, mas desde portaria para a realização que vise a nortear políde consulta pública que ticas públicas com olhos permitirá a concorrência no futuro, no que será a Cristovam Buarque dos principais padrões comunicação daqui para digitais de rádio e, posteriormente, a frente”. A digitalização na televisão a definição do modelo a ser adoe, sobretudo no rádio, foi outra tado pelos milhares de emissoras pauta muito discutida no con- brasileiras. Segundo o ministro José Gonçalo
municações, Hélio Costa; o presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer; o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda; o presidente da Abert, Daniel Pimentel Slaviero; e o senador Cristovam Buarque. Otimista, o presidente da Abert afirmou que as discussões daquele acontecimento eram de máxima importância para o futuro do país: “Esse encontro, que reuniu mais de 1.400 empresários e profissionais do setor, é a demonstração da radiodifusão com desenvolvimento do Brasil”. Nesse contexto, Slaviero destacou a expectativa para a Conferência Nacional das Comunicações: “Será um amplo fórum de debates sobre a comunicação social, e o setor terá uma posição
Michel Temer
José Gonçalo
Marlon Ferreira
Comunicação
Arquivo BV
Cerimônia de abertura do 25o Congresso Brasileiro de Radiodifusão, em Brasília/DF.
José Gonçalo
Hélio Costa, o processo está do que foi realizado. Os debates sendo encaminhado de maneira foram bem profundos, sérios, satisfatória e merece toda a prio- consistentes. Os nossos mil conridade. “Estamos num momento gressistas aqui reunidos estão de transição, num instante em que satisfeitos com o trabalho”. Na saímos do modelo analógico para oportunidade, o dirigente da Abert o modelo digital. Em poucos anos também deixou afetuoso abraço teremos de desligar o sisao diretor-presidente da tema analógico, e o rádio LBV, José de Paiva Netto. digital está aparecendo.” Para o senador CristoSobre o tema, o vicevam Buarque, hoje já não -governador do Distrito se pode mais separar a Federal, Paulo Octávio, comunicação da questão Paulo Octávio citou a relevância do educacional: “É impormomento para o setor e a própria tante que, deste salto grande da população. “A discussão tem comunicação, tiremos muitas que ser travada. Estamos na era vantagens para a educação. (…) da digitalização, as empresas Antigamente a educação era na investem maciçamente e, no fim, família, depois na escola, hoje ganhará quem está em casa assis- tem que ser família, escola e tindo à televisão, ouvindo o rádio mídia, não tem jeito. A escola em casa ou no carro; quem ganha sozinha não educa, a família é o consumidor brasileiro”, disse. sozinha não educa, e a mídia Diante dos resultados alcan também. Temos que casar as çados no evento, o diretor de três coisas”. Relações Institucionais da Abert, Essa mesma percepção, Flávio Cavalcanti Júnior, co- aliás, se mostra em sintonia mentou: “Estamos orgulhosos com a filosofia da Fundação
José de Paiva Netto (FJPN), que no encontro da Abert marcou presença por meio de seus veículos de comunicação — Boa Vontade TV, Rede Mundial de Televisão e Super Rede Boa Vontade de Rádio —, que transmitem programação elevada e primam pela educação, sempre orientadas pelo compromisso com o desenvolvimento socioeducacional, cultural e espiritual das pessoas.
“Esse encontro , que reuniu mais d e 1.400 empresários e profissionais do setor, é a d emonstração da radiodifusã o com desenvolvime nto do Brasil.” Daniel Sla viero Presidente da A
bert
Homenagem Festa para os 30 anos da RBS em Santa Catarina
Surpresa e emoção Representantes do Grupo RBS são recepcionados pelas crianças atendidas pela LBV, no Centro Comunitário e Educacional da Instituição, para festejar os 30 anos do grupo em Santa Catarina.
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Alegria e descontração
nos 30 anos da
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Centro Comunitário e Educacional da Legião da Boa Vontade em Florianópolis/SC recebeu, em 5 de junho, representantes da Rede Brasil Sul (RBS), para homenagear o grupo pelos 30 anos de atividade em Santa Catarina, completados no dia 1o de maio. Estiveram presentes: Claiton Selistre, diretor de jornalismo da RBS TV; Claudio Thomas, editor-chefe do Diário Catarinense; 46
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no Estado
Derli Francisco Fotos: Xande Freitas
Miguel Minguillo, coordenador da Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho; os jornalistas Laine Valgas e Mário Motta, apresentadores do Jornal do Almoço; além de Nani Oliveira e Rafael Martini, da área de comunicação social. Para o encontro, foi preparada uma programação especial. Logo na chegada dos convidados, o Coral Ecumênico Infantil LBV, regido pelo maestro Nilton Duarte
e composto por crianças e adolescentes atendidos pela Instituição, apresentou várias músicas, com destaque para as canções Seja bem-vindo à nossa casa e SOS Terra, do CD Minha casa é o planeta Terra, que emocionaram a todos. Na Oficina dos Arteiros, os meninos e meninas do programa LBV — Criança: Futuro no Presente! ofertaram aos visitantes réplica de um aparelho de TV,
criada pela própria garotada, contendo caricaturas de alguns apresentadores da emissora. Em seguida, os integrantes do Grupo RBS foram convidados a acompanhar um vídeo institucional da Legião da Boa Vontade e ouviram explanações dos representantes da LBV sobre o projeto de ampliação do trabalho da Instituição em Santa Catarina e no país. Na volta ao pátio do Centro Comunitário, os convidados se surpreenderam novamente: ao som da tradicional Parabéns pra você, as crianças os esperavam para cortar o bolo feito para comemorar os 30 anos do Grupo RBS em Santa Catarina. Sobre a homenagem, o jornalista Mário Motta ressaltou: “Gostaria de agradecer em nome de todos os nossos companheiros da RBS TV. Trago o carinho especial dos apresentadores de TV. Fui Soldadinho de Deus na época em que o nosso querido e saudoso Alziro Zarur (1914-1979) tinha um programa na Rádio Mundial, do Rio de Janeiro. (...) Então, esse trabalho de comunicação que a LBV faz muito bem é o que nós, da RBS, buscamos realizar: aproximar as pessoas, esclarecer a elas como a sociedade precisa viver, qual a importância de cada criança. Em nome da RBS, há 30 anos em Santa Catarina e há mais de 50 no Rio Grande do Sul (...), gostaria de agradecer essa homenagem, ternura e carinho de vocês, que chegou ao nosso coração com muita força”.
Laine Valgas e Mário Motta, apresentadores do Jornal do Almoço, cortam o bolo com ajuda das crianças da LBV.
Emocionado, continuou o apresentador: “Enquanto algumas pessoas deste mundo ainda ficam ensinando coisas ruins para as crianças, a LBV as orienta no que deve ser feito corretamente. Muito obrigado à Legião da Boa Vontade. Um beijo no coração de vocês em nome da RBS”.
Com a mesma simpatia, Laine Valgas comentou: “Levo dessa homenagem da LBV que, mesmo quando nos sentimos solitários, sozinhos, temos de lembrar que existe alguém muito especial, que é Deus, que oferece outras pessoas especiais para cuidar dessa gente e, juntos, conseguimos seguir em frente. Essa é a parceria que vem do Amor, e não do interesse”.
V I S I T E , A PA I X O N E - S E E A J U D E A L B V ! Centro Comunitário e Educacional da LBV: Rua General Eurico Gaspar Dutra, 226 — Estreito — Florianópolis/SC — Tel.: (48) 3271-4300. BOA VONTADE |
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Perfil
Em defesa
da Amazônia
João Preda
Senador Arthur Virgílio fala sobre essa importante floresta brasileira
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ono de personalidade marcante e de uma trajetória política em favor da luta pela igualdade social e pelo desenvolvimento sustentável da Amazônia, o senador Arthur Virgílio do Carmo Ri beiro Neto, nascido em Manaus, Amazonas, é casado com Maria Goreth e pai de quatro filhos:
Cibelli Pietrangello
Arthur Bisneto, Nicole, Juliano e Ana Carolina; também avô de Henrique (3 anos) — filho de Nicole, Arthur (2 anos) e Júlia (3 meses), ambos filhos de Arthur Bisneto. É bacharel em Direito, formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e ingressou no curso de Sociolo-
tados, onde cumpriu mais dois mandatos. Em fevereiro de 2003 foi eleito senador, sendo também na atualidade conselheiro da Carreira de Diplomata do Ministério das Relações Exteriores.
Photos.com
Proteção da floresta
gia e Política da Universidade Católica do Rio de Janeiro, mas não o concluiu. Estudou Teoria das Relações Internacionais, na Universidade de Brasília (UnB), e estagiou no Centro de Estudos sobre o Brasil Contemporâneo da Escola de Altos Estudos de Paris. Em 1982 assumiu seu primeiro compromisso político ao ser eleito deputado federal pelo Estado do Amazonas. Entre os anos de 1989 e 1992 exerceu o cargo de prefeito na cidade de Manaus e, posteriormente, retornou à Câmara dos Depu-
O senador Arthur Virgílio é autor do projeto de lei 460/08, em tramitação na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA). O projeto acrescenta dispositivo à Lei de Crimes Ambientais (9.605/98) que torna imprescritíveis e inafiançáveis crimes como desmatamento, destruição ou danos à Floresta Amazônica ou exploração econômica sem autorização e impedimento da regeneração natural da vegetação. Para o senador, existe uma sensação de impunidade por parte de quem comete crime ambiental: “Eles não temem a aplicação da lei, tendo em vista as reduzidas penas a que estariam sujeitos”. Ressalta ainda que, à exceção do artigo 40 da Lei 9.605/98, todos os delitos contra a flora possuem penas de até quatro anos somente. Nesse aspecto, a proposição legislativa 460/08 apresenta a finalidade de aumentar o rigor da repressão penal das condutas e atividades lesivas ao ambiente, de forma que a punição
Maior rigor — Está em tramitação o projeto de lei 460/08 na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA). O projeto acrescenta dispositivo à Lei de Crimes Ambientais (9.605/98) que torna imprescritíveis e inafiançáveis crimes como desmatamento, destruição ou danos à Floresta Amazônica ou exploração econômica sem autorização e impedimento da regeneração natural da vegetação.
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João Preda
Perfil
A segunda edição do Fórum de Inovações Rede Sociedade Solidária, promovido pela LBV, ocorreu no Parque Municipal do Mindu, no coração de Manaus/AM, com 33 hectares de biodiversidade. Uma vitrine de espécies da flora e da fauna locais, o parque foi inaugurado por Virgílio quando prefeito, em 1992.
Durante a palestra, o senador chamou a atenção para o desmatamento, alertando: “Nossa região, no seu conjunto, absorve o CO2 emitido por outros países, daí a importância essencial que tem para a Humanidade. Paradoxalmente, é extremamente vulnerável às mudanças climáticas”. Não é à toa que, no mesmo ano, o Ministério do Meio Ambiente divulgou dados alarmantes. Somente em abril do ano passado, o sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter) anunciou recordes históricos, com desmatamento oito vezes maior que a média em apenas um mês: 1.123 km², uma área do tamanho
Política, marca de família.
A aptidão da família do senador do Amazonas para a política começou com o bisavô, seguindo gerações, com avô, tio-avô, pai e filho. Quando não está exercendo a política, Virgílio gosta de ir ao cinema com a família, além de ler e estudar obras das áreas de economia, diplomacia e, claro, política. 50
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da cidade do Rio de Janeiro. Ainda em 2008, em maio, um tímido decréscimo desses números foi motivo de comemoração: o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou que uma área de 1.096 km² foi desmatada, 27 km² a menos do que no mês anterior. Mesmo diante de pequenos avanços rumo à sustentabilidade, o senador continua atento. “A nossa floresta pode virar um deserto se não tivermos a capacidade de tomar as atitudes todas necessárias”, completou.
Divulgação
mais severa contribua para a prevenção dos delitos em geral e, em particular, dos crimes ambientais. Em 2008, Arthur Virgílio participou, no papel de palestrante e representante do Legislativo, da segunda edição do Fórum de Inovações Rede Sociedade Solidária, promovido pela Legião da Boa Vontade (LBV), com o suporte do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU (UN/ Desa) e o apoio do UNIC-Rio. O fórum intersetorial, realizado no Brasil e na Argentina sob o tema “Desenvolvimento Sustentável”, teve foco específico na conservação e no manejo florestal na capital amazonense.
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Capacitação para uma vida melhor
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Legião da Boa Vontade oferece diversos cursos de capacitação profissional em todo o país, a fim de proporcionar qualificação necessária e oportunidade de geração de renda à população em risco social. No Centro Comunitário e Educacional da LBV em Londrina/PR (localizado à rua São Francisco de Assis, 171, Centro) funciona, gratuitamente, o Curso de Informática. A iniciativa, além de propiciar inclusão digital dos
Rosana Serri
alunos, representa um meio de transformar a vida dessas pessoas para melhor, como é o caso de Roberto Aparecido Braga. Desempregado e atravessando um momento de muita dificuldade, o jovem encontrou na Instituição a oportunidade de mudar a própria história. “Fiz o curso básico de informática e com ele fui buscando mais conhecimento, até que consegui ter a minha própria empresa de hospedagem e criação de sites”, conta Roberto.
A partir desse primeiro passo, Roberto pôde vencer novas etapas, vislumbrando assim um futuro melhor, segundo ele, graças ao apoio da LBV. “Fico muito feliz por ter sido um atendido da LBV e, mais ainda, em [saber] que ela existe pela ajuda de tantos colaboradores pelo Brasil”, completa.
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Arquivo BV
LéBaçVão!
Oportunidade
LBV é Ação! Mobilização ajuda famílias atingidas pelas fortes chuvas
LBV distribui mais de 60 toneladas de alimentos para ajudar vítimas das enchentes
Os números* das enchentes
281.350 desalojados 127.503 desabrigados 429 municípios afetados Estados 12 atingidos
* Dados da Secretaria Nacional de Defesa Civil (Sedec), do Ministério da Integração Nacional, divulgados no fim de maio.
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Clayton Ferreira
SOS Norte e Nordeste
Leontina Maciel e Marcello Lima
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om índices pluviométricos normalmente abaixo da média nacional, o Nordeste viveu uma situação oposta ao que geralmente se verifica nesta região nos meses de abril e maio. A quantidade de chuva prevista para cair em três meses chegou ao solo em três semanas. As enchentes deixaram rastros de destruição e números superlativos
Clayton Ferreira
Barras/PI
Da esquerda para a direita: César Borges, senador; Bruno Reis, assessor do deputado federal Antônio Carlos Magalhães Neto; Tércia Borges, ex-primeira-dama da Bahia; Maurício Andrade, deputado federal; Antônio Brito, secretário municipal do Trabalho, Assistência Social e Direitos do Cidadão; e João Henrique Barradas Carneiro, prefeito de Salvador.
Piauí
Fotos: Clayton Ferreira
Naaman do Valle
(leia o quadro “Os números das enchentes”). Sempre atenta aos problemas que atingem os menos favorecidos, a Legião da Boa Vontade mobiliza toda a população para ajudar vítimas de desastres naturais e outras catástrofes. Além disso, a LBV possui diversos programas de socorro emergencial. Desse modo, em parceria com a Defesa Civil, a Instituição angariou doações de remédios, material de higiene pes soal, água potável, roupas, cobertores e alimentos não-perecíveis, para distribuir entre as famílias atingidas pelas enchentes no Norte e Nordeste. Em Salvador/BA, houve suspensão de aulas e o risco de deslizamentos ameaça a vida de milhares de pessoas, em razão da quantidade de morros dessa metrópole. A Legião da Boa Vontade, atendendo ao pedido do senador César Borges, entregou ao prefeito da capital baiana, João Henrique Barra das Carneiro, 20 toneladas de alimentos, acondicionados em cestas. A doação chegou ao galpão 10 da Codesal (Companhia das Docas de Salvador). Em en-
trevista coletiva, o prefeito agradeceu em nome da população: “Contrapondo estes momentos de tristeza e dor que a gente sente, nós temos momentos também de alegria como este que a LBV está nos proporcionando. Receber um caminhão com 20 toneladas de alimentos é um momento de muita gratidão e felicidade, porque a gente sabe que esses alimentos estão saindo daqui diretamente para as famílias que estão precisando deles. É um momento de gratidão e Solidariedade Humana”. Piauí
O senador César Borges, em recente visita à unidade educacional que a LBV mantém na cidade, pôde conferir de perto a qualidade do atendimento prestado à população de baixa renda. “É um trabalho digno de elogios e aplausos. É isso que nós devemos fazer. Quando a sociedade está organizada, através de entidades como a LBV, pode dar o apoio que eu vi lá: um apoio educacional, suplementar e complementar àquele ensino formal que se faz na escola no período normal de estudo. Vi a satisfa-
Mais de 22 toneladas de alimentos já foram distribuídas pela LBV no Piauí, beneficiando vítimas das enchentes em Teresina, Campo Maior, Barras, Luzilândia e Joca Marques, entre outras cidades.
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Clayton Ferreira
LBV é Ação!
Valdenir Ferreira, da LBV, a sra. Graça Amorim (secretária do Trabalho, da Cidadania e da Assistência Social de Teresina), o apresentador de TV Mariano Marques e o major John Feitosa.
“A presença da LBV foi de grande alegria porque veio atender a uma necessidade de quem se encontrava ilhado, em áreas alagadas, e perdeu toda sua plantação. (...) Principalmente no momento em que fizemos a prece, com certeza, houve a presença do Espírito Santo, fazendo uma verdadeira elevação espiritual no coração desse povo que está sofrendo.” Maria do Rosário de Fátima Costa Morais
Conselheira Comunitária em Teresina/PI. O atendimento, no Piauí, também chegou a famílias dos povoados de Alegria, Torrões, Maitá e Cantinho do Sul.
Histórico — 1998: LBV de mãos dadas com o Nordeste há décadas
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Dr. Sílvio Mendes, prefeito da capital do Piauí, com Valdenir Ferreira, da LBV.
ção das crianças e dos idosos atendidos na LBV; eles têm uma atividade útil para a sociedade e, principalmente, para si próprios e para suas famílias”, destacou César Borges. Também acompanharam a entrega das cestas o secretário municipal do Trabalho Assistência Social e Direitos do Cidadão, An tônio Brito, o deputado federal Maurício Andrade; Bruno Reis, assessor do deputado federal An tônio Carlos Magalhães Neto; a ex-primeira-dama da Bahia Tércia Borges; o presidente da Petrobahia, Luiz Gonzaga (1 e 2) No sertão nordestino, milhares de flagelados da seca de 1998 foram socorridos graças à mobilização que arrecadou e distribuiu mais de 4,1 milhões de quilos de alimentos. A campanha, promovida em parceria com a Band, ficou conhecida como SOS 3 Nordeste e chegou a 1.100 cidades. (3) Registro da amizade fraterna entre José de Paiva Netto e o saudoso dr. João Jorge Saad (19191999), fundador do Grupo Bandeirantes de Comunicação.
Campo Maior/PI
Clayton Ferreira
Luzilândia/PI
Clayton Ferreira
Leontina Maciel
Teresina/PI
Barras/PI
Clayton Fe
rreira
Andrade; o secretário municipal da Reparação, Ailton Ferreira; e o vocalista da banda Motumbá, Alexandre Guedes. Piauí — Foi um dos Estados que mais sofreram com as enchentes: aproximadamente 3.600 famílias da zona urbana e rural foram prejudicadas. Teresina foi a primeira cidade a receber as doações: foram 8 toneladas de alimentos. O prefeito, dr. Sílvio Mendes, agradeceu a
ajuda: “A cidadania serve de exemplo para todo o país. Quanto à LBV, o próprio nome já diz: Legião da Boa Vontade; já demonstra qual é a sua missão, serve de exemplo com atitudes. A LBV
vem com a ajuda real, com a Solidariedade para diminuir o sofrimento das pessoas. Agradecemos em nome da cidade de Teresina”. A secretária do Trabalho, da Cidadania e da Assistência Social, Graça Amorim, também exaltou a iniciativa: “Já conhecemos o trabalho da LBV aqui em Teresina; é muito importante para a sociedade. A ajuda da LBV é vital, chegou em
Fotos: Clayton Ferreira
MARANHÃO Em parceria com escolas, a LBV angariou alimentos e peças de roupas para entregar a famílias atingidas pelas enchentes.
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LBV é Ação!
Diversos meios de comunicação cobriram a mobilização solidária. Na foto, o repórter Eduardo Ericeira, da TV Difusora (SBT), entrevista Mauro Rodrigues, da LBV.
Joílson Nogueira
Belém/PA
de, com muito orgulho! Ela é sensacional. O Paiva Netto é extraordinário! Não consigo ver o Brasil sem a LBV!”. São Luís/MA — A Legião da Boa Vontade entregou à Defesa Civil Estadual, no bairro João Paulo, 20 toneladas de alimentos não-perecíveis. Emissoras de TV, jornais e sites estiveram presentes ao evento. Dezenas de voluntários foram mobilizados para auxiliar na entrega das doações. Olga Simão, chefe de Gabinete da governadora Roseana Sarney, prestigiou a cerimônia de entrega das cestas de alimentos, que teve ampla cobertura dos meios de comunicação. O repórter Eduardo Ericeira, da TV Difusora/SBT, destacou
Ajude a LBV a ajudar a quem precisa!
o valor da iniciativa: “Já conheço o trabalho da LBV há anos e sei que a valorização do Ser Humano é o seu principal foco. Quero parabenizá-los pela maravilhosa iniciativa e dizer que, nós, da mídia, sempre estaremos ao lado daqueles que lutam pelos mais excluídos, afinal, esse é o nosso papel”. O repórter Barack Fernan des, da TV Cidade Record, destacou: “A Legião da Boa Vontade assume um importante papel social na vida das pessoas. Ações como esta só fazem elevar ainda mais o seu nome e o respeito que temos pela Instituição. Parabéns à LBV pela iniciativa”. Colaboração: Cristiani Ranolfi
Clayton Ferreira
um momento oportuno para o atendimento que vamos fazer”. O major John Feitosa, coordenador da Defesa Civil de Teresina, também esteve presente na entrega dos alimentos, que contou com ampla cobertura da imprensa local. O apresentador da TV Antena 10, repetidora da Rede Record, Mariano Mar ques registrou sua admiração pelo trabalho desenvolvido pela Legião da Boa Vontade: “Quando tive a oportunidade de ir à LBV, eu me encantei com o trabalho que vi com aquelas crianças e senhoras de idade. A partir daquele momento me apaixonei! Sou um admirador da LBV e hoje já faço parte da família Legião da Boa Vonta-
Marcello Lima
Clayton Ferreira
Olga Simão, chefe de Gabinete da governadora do Maranhão, Roseana Sarney, recebe de Mauro Rodrigues, representante da LBV, cesta de alimentos para os desabrigados das chuvas no Maranhão.
Tel.: (11) 3225-4500 Site: www.lbv.org.br Luzilândia/PI
Amazônia em foco
A força das águas Daniel Borges Nava
especial para a BOA VONTADE
Arquivo pessoal
Vermac Santos
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Daniel Borges Nava*
primeiro alerta do Serviço Geológico do Brasil anunciou, no fim de março, uma grande cheia no sistema dos rios Solimões, Negro e Amazonas, provavelmente, o maior evento já observado na Amazônia Ocidental desde 1903, primeiro ano de uma série histórica monitorada a partir da cota do rio Negro no porto de Manaus. Rendo uma homenagem ao engenheiro civil Ramiro Fernandes Maia Neto (1945-1999) que, como técnico, foi o primeiro a catalogar as ocorrências de enchentes no sistema Negro—Solimões e a propor, já na década de 1990, um modelo de gerenciamento de cheias em Manaus. Este estudo, hoje conhecido como Alerta de Manaus, permite antecipar em 75 dias a magnitude da cheia nos principais rios da região, com base no tratamento estatístico de dados hidrológicos provenientes de uma rede hidrometeorológica formada por mais de 300 estações de monitoramento de responsabili-
dade da Agência Nacional de Águas (ANA), operada pelo Serviço Geológico do Brasil, e dos dados de climatologia fornecidos pelo Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam). Na Amazônia, a natureza das cheias obedece a um ciclo hidrológico. Sua intensidade pode atingir níveis diferentes a cada ano, mas sua periodicidade não se modifica. É preciso ressaltar que o comportamento dos rios na cheia amazônica determina às populações ribeirinhas a convivência em situações de emergência por cerca de 45 dias (uma média, considerando cheias como esta de 2009, que atingiu cota superior a 29 metros acima do nível do mar). Recorro ao documento-síntese do Programa de Apoio ao Manejo dos Recursos Naturais da Várzea (ProVárzea), estudo coordenado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e elaborado por especialistas de diferentes universidades públicas brasileiras, que analisou 17 municípios localizados no Alto e Médio rio Solimões, e no Médio, Baixo e Foz do rio Amazonas, para caracterizar as consequências da constante ameaça de inundações aos moradores de áreas alagáveis amazônicas (mais de dois milhões de pessoas). O estudo aponta que, por causa do ritmo de subida dos rios Soli-
mões e Amazonas, os moradores das várzeas perdem seus roçados ou têm suas culturas perenes destruídas no fundo das águas; o fenômeno erosivo das terras caídas pode levar ao solapamento dos terrenos das casas; e as dificuldades do manejo dos animais de criação, sujeitos a sucumbirem afogados e/ou desnutridos, se não conduzidos para terras firmes. Descreve, ainda, a ausência de planos de emergência municipais para enfrentar tais calamidades. É oportuno analisar, no momento em que parte da Amazônia enfrenta mais um evento crítico de cheia dos rios, que as ações solidárias da sociedade e das instituições públicas, tão importantes, não devem vir isoladas, como se o entendimento, sob a visão determinista, construísse um presente e futuro de inevitável e natural associação entre as enchentes e as perdas materiais das populações ribeirinhas. A elaboração de planos emergenciais deve ser resultado de amplo investimento na construção de um Plano de Gestão dos Recursos Hídricos Amazônicos que contemple, além do entendimento e da previsão dos fenômenos climáticos e hidrológicos, o reconhecimento de uma etnodiversidade amazônida, persistente e determinada a sempre reconstruir diante da força das águas.
* Daniel Borges Nava — É bacharel em Geologia e mestre em Ciências Ambientais e Desenvolvimento da Amazônia. Professor da Faculdade La Salle Manaus e secretário-executivo de Geodiversidade e Recursos Hídricos do Governo do Amazonas. BOA VONTADE |
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Acontece no Rio
Sustentabilidade: imagem e conscientização
cinco grandes painéis seus da exposição, firmando-se no pensamento do jornalista Paiva Netto, diretor-presidente da Legião da Boa Vontade, que afirma: “A destruição da Natureza é a extinção da Raça Humana”. Para André, “qualquer campanha ecológica mundial, se resume nessa frase 13ª Mostra de Artes Central do dirigente da LBV”. Globo de Produções (CGP) Por esse motivo, na primeira 2009, realizada na sede imagem trouxe o ator e diretor do Projac, zona oeste da de núcleo da Rede Globo, Jorge capital fluminense, entre 5 e 19 Fernando, que foi padrinho da de junho, contemplou como tema Campanha do Natal Permanenneste ano a questão ambiental, te, promovida pela LBV, e que destacando aspectos da fauna distribuiu mais de 460 toneladas e flora, além da reciclagem de de alimentos a famílias de baixa materiais. A organizarenda em todo o país. ção do evento seleciona Dois outros painéis são do as produções artísticas conjunto educacional da produzidas por funcioInstituição na capital paunários, apresentando-o lista. Segundo o fotógrafo, aos colegas de trabalho as imagens simbolizam a André Fernandes e a convidados especiais. harmonia das crianças e Pelo segundo ano consecutivo, adolescentes com as modernas e o operador de câmera da emissora amplas instalações do local, cerAndré Fernandes teve seu tra- cado de árvores centenárias: “Sou balho exposto nessa tradicional voluntário na Legião da Boa Vonmostra: “É muito importante as tade e vejo como as crianças são empresas incentivarem esse cui- bem tratadas, a felicidade delas dado com o planeta, levar isso aos por estarem ali”, completa André. empregados e familiares deles”. Também fez parte da mostra a O fotógrafo disse que esco- foto da atriz Flávia Alessandra, lheu o material para compor em um set de gravação, da nove-
Arte pela conscientização ambiental no Projac, da TV Globo
Fotos: André Fernandes
Vivian Ribeiro
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PAINÉIS EM EXPOSIÇÃO (1) Jorge Fernando, ator e diretor de núcleo da TV Globo. (2) A atriz Flávia Alessandra, em set de gravação na África do Sul. (3) Ensaio fotográfico com o apresentador do programa Globo Ecologia, o ator Max Fercondini. (4 e 5) Cenas do dia-a-dia de milhares de crianças e adolescentes atendidos pela Legião da Boa Vontade na capital paulista. As imagens mostram um pouco da convivência dos alunos nas dependências da unidade educacional, em área repleta de árvores centenárias. Acima, lê-se: “A destruição da Natureza é a extinção da Raça Humana”, frase de autoria de Paiva Netto.
la Caras & Bocas, na África do Sul. “O objetivo dessa fotografia é chamar a atenção para uma necessária ação do Ser Humano de integração e preservação da fauna”, comenta ele. Em outro painel, um ensaio fotográfico com o apresentador do programa Globo Ecologia, o ator
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Max Fercondini: as imagens são da Pedra Bonita, situada na Floresta da Tijuca, Rio de Janeiro/RJ. Ao término da mostra, André Fernandes presenteou a atriz Flávia Alessandra e o diretor Jorge Fernando com as obras em exposição. Jorge colocou o quadro em destaque na sua sala no Projac (foto ao lado).
Teatro Sérgio Britto
Paixão e ousadia
pela
arte Leila Marco
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om uma trajetória de vida marcada pelo amor ao teatro e pela transgressão do óbvio — são incontáveis os papéis e as temporadas de sucesso, em centenas de peças — o veterano ator, diretor, apresentador de TV e roteirista Sérgio Britto esbanja paixão e ousadia no que faz. Formado em medicina, em 1948, nunca exerceu a profissão. Começou a atuar em 1945, no Teatro Universitário, em uma montagem de Hamlet, que trazia Sérgio Cardoso no papel principal. Fundou com a ajuda de amigos o Teatro dos Doze, o Teatro dos 60
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Sete, a companhia Sérgio Britto Produções Artísticas e a escola de formação Casa das Artes de Laranjeiras. Atuou nas principais companhias teatrais, como o Teatro de Arena, a Companhia Sandro Polloni, o Teatro Maria Della Costa e o Teatro Brasileiro de Comédia. É pioneiro do teleteatro, além de ter participado de muitas novelas, minisséries e especiais de televisão. Com entusiasmo, Sérgio Britto, aos 86 anos, empolga-se ao falar da peça que estreou na capital paulista: o aplaudido espetáculo duplo A Última Gravação de Krapp e Ato sem Palavras 1. O ator revela
que dedicação e arrojo não são territórios explorados apenas pelos mais jovens. É visível a disposição dele na montagem desse monólogo, composto de duas peças curtas do poeta e dramaturgo irlandês Samuel Beckett (1906-1989). O mergulho no texto veio de forma inovadora. A princípio ficou surpreso, mas não desconsiderou o apelo inicial da diretora Isabel Cavalcanti: “Eu não quero que represente, não quero o ator, esse eu conheço; quero o Sérgio Britto, você é o Krapp, tem a idade e toda a vivência”. E é assim que
memoráveis, a exemplo de Fer nanda Montenegro e Nathália Timberg, confirmando a própria máxima sobre o que é representar: “Se o ator é aquele que vai mexer com todos os sentimentos, sensações e atrações possíveis, não pode trabalhar superficialmente”.
BV — Há outros projetos? Divulgação
esse senhor ator, que aniversariou no dia 29 de junho, mostra fôlego para recriar uma maneira de chegar ao texto, com a autoridade de quem soma mais de seis décadas de aplaudida carreira. A escolha da peça logo mostrou o acerto: sucesso de crítica e bilheteria na temporada carioca; e a atuação de Sérgio Britto rendeu-lhe, em março deste ano, o Prêmio Shell de Melhor Ator — um dos mais importantes das artes cênicas do país. Nesta entrevista à BOA VONTADE, cita nomes de colegas com quem contracenou em espetáculos
BOA VONTADE — Como é interpretar Beckett? Sérgio Britto — A grande satisfação de ter feito este Beckett, o terceiro na minha vida, é que vejo, cada vez mais, que esse autor está se aproximando do povo brasileiro. Beckett daqui a pouco se tornará um autor de sucesso, popular, possível de se encontrar. Quando montei a primeira vez, em 1970, Fim de Jogo, ninguém sabia quem era ele, nem nós sabíamos muito bem o que fazíamos. Mais tarde, fiz com Gerald Thomas Quatro Vezes Beckett [1985], já no Teatro dos Quatro, um teatro que construí com dois amigos meus, Paulo Mamede e Mimina Roveda. Esse do Gerald já tinha um aprofundamento melhor, uma compreensão de que ao lado do desespero do
BV — Depois de São Paulo, onde o espetáculo recebe muitos elogios, pretende levar a peça a outras cidades? Britto — São Paulo era uma cidade prevista desde o início. Quando faço um trabalho em São Paulo, penso no dia em que vai ao Rio; quando faço no Rio, penso no dia em que vai a São Paulo. Não é uma briga, são duas cidades que se enfrentam, que duelam levemente o teatro que fazem. O Rio de Janeiro é a capital cultural, projeta mais o espetáculo; São Paulo às vezes é mais denso, mais profundo. (...) Depois do SESC Santana, devo viajar pelos SESCs do Estado do Rio, as cidades menores; é interessante, um público maravilhoso, que reage muito bem aos textos. Brasília também eu vou, com certeza.
João Periotto
João Periotto
Aos 86 anos, o consagrado ator Sérgio Britto diz que teatro é para a vida toda e não esconde a alegria de poder inovar no palco.
Beckett precisa haver humor; é humor negro, mas tem de haver. E este atual, com a Isabel Cavalcanti, uma jovem diretora, tem toda essa coisa importante dele, o público ri muito e sai chorando também.
O ator Sérgio Britto em cenas do espetáculo duplo A Última Gravação de Krapp e Ato sem Palavras 1 BOA VONTADE |
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Teatro
BV — O seu trabalho nesse monólogo tem um caráter novo. Com 63 anos de carreira, há ainda surpresas no processo de representar? Britto — Algo novo no processo de chegar ao texto, porque o Krapp, especialmente, é um homem que vive ouvindo gravações que fez pela vida afora, come bananas e bebe, é um alcoólatra. Nas gravações ele vê a história do momento em que não se perdoa, em que chutou a mulher que amava muito e, depois, ela morreu segurando a mão dele. Isso aconteceu com Beckett na vida particular. Então, a peça é meio autobiográfica: ele a escreveu em homenagem àquela mulher que chutou, do que se arrependeu. Isabel me disse assim: “Você tem a idade, a estrutura do Krapp, o peso Krapp, mas eu não quero que represente, não quero o ator, esse eu conheço; quero o Sérgio Britto”. E eu falei: “Mas como assim? Eu não vou representar?”. Ao que Isabel afirmou: “Não, ouça as gravações pensando nessa mulher que chutou”. BV — Uma proposta ousada... Britto — Sim. E Isabel disse: “Você vai se lembrar da sua mãe, fica lembrando dela enquanto ouve 62
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as gravações, de alguém que você chutou, e de que se arrependeu depois”. Inicialmente pensei: “Não, não chutei ninguém”. Pensei bem, até que cheguei à conclusão de que havia chutado algumas pessoas, mas me lembrei de uma que depois morreu segurando a minha mão, de câncer. Olha que coincidência incrível! Então, Krapp passa essa última gravação sem se mexer quase, ouvindo-a e só pensando nessas figuras. Eu não faço expressão de sofrimento, nada disso, é tudo quieto; meus olhos devem passar a dor que sinto, lembrando essas pessoas. Não acreditava muito no que Isabel me propunha de início, mas deu certo. O público se emociona muito, chora e me diz: “É emocionante ver o seu rosto, os seus olhos”. BV — O processo de representar nessa peça é inédito? Britto — Para mim é um processo de trabalho inédito, e acho que para muitas pessoas também. Não conheço ninguém que tenha feito algo nesse sentido, tão aprofundado. Isabel é uma grande diretora. BV — O senhor contracenou com nomes consagrados da dramaturgia. Que lembranças lhe são mais queridas? Britto — O Hamlet, do Teatro do Estudante [com o Sérgio Cardoso], começou tudo. Em São Paulo,
no ano de 1950, interpretei Uma Mulher e Três Palhaços, no Teatro de Arena, do José Renato [Péco ra]. Depois, em 1954, com O Canto da Cotovia, no Teatro Maria Della Costa, ganhei meu primeiro prêmio como ator. Já em A Pulga Atrás da Orelha, eu fazia um fanhoso, um papel muito divertido porque ele devia provocar risos; era meio incômodo isso, um defeito físico provocar riso. Então, inventei uma maneira de fazer o fanhoso: pronunciava as vogais e as consoantes eu as substituía por um “h” aspirado. A soma das palavras era ridícula, o público ria; uma mulher quebrou a cabeça de tanto rir porque bateu a cabeça na cadeira da frente; era hilariante. Lembro-me de que mais tarde, no TBC [Teatro Brasileiro de Comédia], com Panorama Visto da Ponte, fazia um advogado que acompanhava a história e conversava com o público. Depois, a estreia do Teatro dos Sete em companhia da Fernanda Montenegro, Fernando Torres, Ítalo Rossi e Gianni Ratto. BV — Com quem foi melhor trabalhar? Britto — Fernanda Monte negro e Nathália Timberg foram duas pessoas com quem trabalhei muito, são duas amigas
“Só vale a pena fazer teatro se você tiver por ele uma paixão absoluta. Ele é completo, torna você forte, presente.”
Erick Estevão
Britto — Eu tenho um programa de televisão [Arte com Sérgio Britto, na TV Brasil]. No segundo semestre, Eduardo Tolentino vai me dirigir em uma peça chamada Recordar é Viver, de Hélio Sus sekind de Mendonça; no elenco, Suely Franco e eu fazemos um casal que tem três filhos... uma peça muito bonita.
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(1) Sérgio Britto na peça Morte Acidental de um Anarquista, de Dario Fo, no Teatro dos Quatro, em 1980. (2) Na peça O Mambembe, em 1959, com Graça Moema, Fernanda Montenegro e Ítalo Rossi. (3) Com Nathália Timberg em A Cerimônia do Adeus, de Mauro Rasi, em 1987, no Teatro dos Quatro. (4) Em 1954, contracenando com Maria Della Costa em O Canto da Cotovia. (5) Rubens Corrêa e Sérgio Britto em Quatro Vezes Beckett, 1985, peça com direção de Gerald Thomas. (6) Com Fernanda Montenegro em O Marido vai à Caça, de Georges Feydeau e direção de Amir Haddad, no Teatro Senac, em 1981.
queridas, muito ligadas a mim, a gente está sempre junto de alguma maneira. Fernanda e eu fizemos Maria Della Costa, TBC, Teatro dos Sete, e quando acabou tudo isso fizemos com a Torres e Britto Diversões Ltda. Começamos em 1954 e fomos até 1970, depois nos separamos, vim para o Rio. Logo em seguida, montei uma peça e chamei a Fernanda para fazer O Marido vai à Caça, de Feydeau, com direção de Amir Haddad. E mais tarde a Fernanda fez, no Teatro dos Quatro, já em 1982, um dos maiores sucessos da carreira dela: As Lágrimas Amargas de Petra von Kant, de Rainer Wer ner Fassbinder. Nos últimos anos, tenho também coisas muito boas...
fiz com a Cleyde Yáconis Longa Jornada de um Dia Noite Adentro. BV — Atuar ou produzir, o que é mais difícil? Britto — O pior é produzir, mas eu já fiz. Produzia, dirigia, representava, fazia tudo, hoje não aguento mais. Tenho um produtor executivo que faz isso para mim. Represento, escrevo o meu programa na TV Brasil: Arte com Sérgio Britto, que completou 10 anos este ano e gosto muito de fazer. Quando estou livre, assisto a tudo que posso para comentar no programa. BV — Entre a primeira vez que subiu ao palco e hoje, é diferente o sentimento?
Britto — A expectativa existe, mas há um pouco mais de calma. Vou ao teatro duas horas antes, faço sempre isso. Vou antes e não quero conversar muito, penso na peça, repasso o texto, faço exercícios e me concentro. E ainda baixa, de vez em quando, uma insegurança, um medo. BV — Qual recado aos novos atores? Britto — Só vale a pena fazer teatro se você tiver por ele uma paixão absoluta. Ele é completo, torna você forte, presente. É tanto prazer que, quando acabo um espetáculo, não sei falar muito bem com as pessoas; recebo os abraços, mas estou na minha. É um momento meu. BOA VONTADE |
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Samba & História Roberto Menescal
Atitude
bossa nova
Vivian Ribeiro
Autor de O Barquinho, Roberto Menescal divulga a Bossa Nova pelo mundo.
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Hilton Abi-Rihan
especial para a BOA VONTADE
A
vida de Roberto Me nescal como compositor se confunde com a história da Bossa Nova, e vice-versa: sem esse capixaba radicado no Rio de Janeiro, o festejado movimento da música popular brasileira não seria o mesmo. Hoje atua também como diretor e produtor musical, dedicado a descobrir e lançar talentos. Em 1958 vieram as primeiras composições. “Quando me interessei por música, resolvi ser músico, sem saber direito o que era.” Para o pai dele, porém, isso não era trabalho, e disse ao filho que deveria ganhar o próprio dinheiro. Foi então que Menescal conheceu Carlos Lyra, com quem fundou mais tarde, no Rio, a academia de violão. Entre os alunos, Nara Leão e Marcos Valle. “Ele também estava no mesmo dilema, e eu falei:
‘Carlinhos, todas essas menininhas da Zona Sul do Rio estão querendo a tal batidinha. Vamos armar uma escolinha de música aqui’. (...) E foi um sucesso.” A música que faziam, lembra, não era ainda Bossa Nova, mas “já tinha a batidinha do samba moderno”. De escolinha para academia, as melodias, as letras e o jeito novo de cantar efervesciam no bairro de Copacabana. “Nara Leão, Edu Lobo, Marcos Valle, Dori Caymmi, Wanda Sá, todo mundo passou por lá, vivia ali.” Na opinião de Menescal, o lugar tornava-se mesmo um centro da nova MPB: “Ali se desenvolveram coisas paralelas, como as que o Edu fazia. Todo mundo que gostava de uma música moderna passou por ali”.
“Vá ser músico!”
Fotos: Arquivo pessoal
Clayton Ferreira
Hilton Abi-Rihan, radialista, jornalista e apresentador do programa Samba & História.*
Na infância, Menescal estudou piano, aprendeu acordeão, gaita e violão, instrumento em que se especializou, e teve também aulas de harmonia, arranjo e composição com importantes maestros. Uma influência marcante na vida do compositor foi Tom Jobim,
Sylvia Telles, Tom Jobim, Roberto Menescal e Marcos Valle (1964). No destaque, Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli.
sobretudo no início. “Foi antes da academia; eu estava dando aula no final da tarde, e tocou a campainha; de repente abro a porta, e era Tom Jobim me procurando para fazer um convite. E fazia já um ano que eu tentava conhecer o Tom. Se me diziam: ‘O Tom vai à casa de não sei quem’, lá ia eu.” O trabalho de Menescal fora recomendado para a trilha do filme Orfeu do Carnaval (1959). Ele se recorda: “Fomos jantar em Copacabana, num daqueles restaurantes à beira-mar, e Tom me perguntou: ‘O que você está fazendo da vida?’. Respondi: ‘Não estou fazendo, estou tentando. Talvez faça ainda arquitetura’. E ele: ‘Mas você não quer ser músico?’. Eu disse que sim. ‘Então pare com essa besteira de arquitetura, vá ser músico!’ . Era
tão simples isso... Mais tarde, cheguei em casa e, com toda a moral, disse: ‘Sou músico!’”. Na casa de Menescal ninguém sabia direito quem era Tom Jobim, mas para o jovem o encontro foi definitivo: “Ele foi meu mestre de sempre, e o é até hoje”.
O Barquinho
O primeiro disco produzido pelo compositor foi para Maysa: O Barquinho (1961), título da famosa canção que correu e encantou o mundo, feita em parceria com Ronaldo Bôs coli. A bonita mensagem da música é
* Programa Samba & História — Na Super Rede Boa Vontade de Rádio (Super RBV), você pode acompanhar as entrevistas aos domingos, às 14 e 20 horas. Pela Boa Vontade TV (canal 23 da SKY), o telespectador pode conferi-las aos sábados, às 14 e 22 horas e às quartas, às 22 horas. Outra opção é aos domingos, às 5, 14 e 21 horas. Pela Rede Mundial de Televisão, assista ao bate-papo aos sábados e domingos, às 23 horas; às terças, à 1 hora e às sextas, 22 horas. BOA VONTADE |
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Vivian Ribeiro
Samba & História
“A gente queria ganhar o mundo. E Tom e Vinicius vieram com esse novo jeito.”
ressaltada por Menescal: “Um dia de luz, de uma festa de sol, vontade de velejar por esse mar...”. Embora a composição tenha sido feita para a jovem cantora, o compositor lembra que saiu primeiramente na voz de Pery Ribeiro. “Na verdade, algumas coisas aconteceram juntas. Quando gravamos com a Maysa, fomos lançar esse disco na Argentina e passamos um mês lá. Quando voltamos, paramos em São Paulo, e havia um programa de TV em que estava tocando O Barquinho e apresentando o Pery. Já era sucesso em São Paulo. Assim, quando eu estava na Argentina, a gravação do Pery entrou, e logo depois um divulgador falou: ‘Mas tem outra gravação do Paulinho Nogueira’. Eu disse: ‘Pôxa, três gravações da minha música!’.” Menescal estima que existam hoje perto de 1.800 versões gravadas da canção. “Toda semana recebo uma gravação de gente conhecida, profissional. Outro dia vi uma holandesa tocando, não sabia quem era. Também recebi de 66
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uma coreana uma gravação linda, ela com violão, muito zen... Eu me joguei no chão de tão emocionado (...), de ver gente botando toda a emoção na música... O barquinho agora vai ser velão.” Em raro momento como intérprete, Menescal apresentou a célebre composição em Nova York (Estados Unidos), durante um festival de Bossa Nova no famoso Carnegie Hall, em 1962. “Chegando lá, aconteceu uma coisa muito engraçada. Éramos vidrados nos jazzistas norte-americanos, caras como Gerry Mulligan e Oscar Peterson, e quando estou passando no controle de passaportes, vejo uns seis deles. A gente pegava aqueles discos de jazz, ouvia o ano inteiro e todo mundo junto tentava tirar lições daquilo, e de repente eu os vejo. ‘Moçada, olha a sorte que a gente tem, os caras do jazz chegando conosco’, avisei. Mas então me disseram: ‘Eles vieram receber vocês’.” Ficou surpreso por saber que aqueles ícones do jazz conheciam os brasileiros e
os aguardavam. “Esse primeiro impacto mostrou que a nossa música já estava lá, foi para o exterior, e não sabíamos de nada.” No dia do show, soube que teria de se apresentar sozinho, ele e o violão. Sua reação foi primeiro dizer a Sérgio Mendes que não cantaria. E este retrucou: “O quê? Você está há dez dias aqui, veio, ficou nos hotéis e não vai cantar?”. Menescal fez ali sua estreia como cantor: “Pela primeira vez eu cantei na vida, e foi no Carnegie Hall. Não conheço ninguém que tenha estreado lá! (...) Foram duas músicas, uma delas O Barquinho”. Depois disso, decidiu dedicar-se à composição, dizendo: “Não sou cantor, mas ando sempre junto de uma estrela. Meu parceiro Ronaldo Bôscoli dizia: ‘Você é o famoso rabo de cometa, está sempre atrás de uma estrela’. E é verdade”. Sobre o saudoso jornalista e compositor Ronaldo Bôscoli, Menescal reconhece no antigo parceiro um defensor e divulgador obstinado da Bossa Nova. “Era um cara muito mais rápido de raciocínio, bem formado, bom letrista, um poeta da Natureza...” Da união dessa dupla nasceram belas músicas, tais como: Você, Ah, se eu pudesse, Errinho à-toa, Vagamente e Nós e o mar.
Bossa Nova em mandarim
Além da sensibilidade e do talento como compositor, Menescal tornou-se empresário. Montou um estúdio de qualidade, criou o selo Albatroz e começou a exportar. São centenas de discos produzidos,
muitos deles de sucesso em países da Europa e da Ásia. “Aqui o pessoal de repente nem conhece, mas lá os discos estão sendo vendidos e tocados nas emissoras de rádio.” Muito cedo ele começou a ir ao Japão; são dezenas de viagens desde 1985, quando lá esteve pela primeira vez. “Comecei a ver que ali tinha um mercado. Quando falo do Japão, estou falando do Oriente. Comecei a investir nisso por muitos anos. Hoje somos conhecidos como a gravadora da Bossa Nova do Oriente.” Segundo ele, basicamente são produzidos quatro CDs por mês para esse mercado: “É muito trabalho, e graças a Deus estamos muito bem colocados lá. (...) Também, foram anos descobrindo, pesquisando como é o negócio lá. Isso divulga o Brasil...”. Afirma que leva a música que foi sucesso no mundo inteiro, não só a Bossa Nova, mas também tudo em torno dela. “Por exemplo, fizemos um disco para a China, a música chinesa em Bossa Nova”.
Segundo Menescal, em dez anos de trabalho foram produzidas e enviadas para o mercado oriental pelo menos duzentas obras fonográficas. A matriz, aliás, está aqui e logo poderá também chegar ao público brasileiro; a exemplo de Stevie Wonder em Bossa e quatro volumes de Os Beatles em Bossa. O DVD Swingueira, com Wanda Sá e Roberto Menescal, e participação especial de Carlos Mielle, foi lançado no Brasil e
também ficou entre os mais bem colocados no Japão — o registro de um show com músicas antológicas, gravadas em Minas Gerais. Entre os clássicos da MPB presentes nesse DVD está Eu sei que vou te amar, na opinião de Menescal, uma das mais belas composições de Tom e Vini cius de Morais: “Teve importância muito grande para a gente, porque o que se tocava antes da Bossa Nova era samba-canção, que em 98% dos casos tinha letras pesadas, (...) retrata um sofrimento eterno. Imagine a gente com 18 anos de idade cantando uma coisa assim.” E completa: “A gente queria ganhar o mundo. E Tom e Vinícius vieram com esse novo jeito: ‘Eu sei que vou te amar, por toda a minha vida eu vou te amar...’, ou ‘Se todos fossem iguais a você, que maravilha viver’. Trouxeram a esperança para o samba-canção”. Colaboração: Jefferson Rodrigues Roberto Menescal participando de um programa de rádio em Tóquio, Japão.
Arquivo pessoal
Fotos: Aneliese de Oliveira
Roberto Menescal em visita ao Instituto de Educação da LBV na capital paulista.
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Nações Unidas/Nova York (EUA) LBV participa de evento pela igualdade de gêneros
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Epidemia
globalizada Durante a 53a Sessão sobre o Status da Mulher, a ONU analisa avanço do HIV/aids e propõe ações de igual responsabilidade entre os gêneros para os cuidados com a doença. Natália Lombardi Fotos: Adriana Rocha e Danilo Parmegiani
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velocidade com que o vírus HIV se espalha em regiões pobres e o fato de a epidemia não mostrar sinais de retrocesso em outros países preocupam autoridades e populações. De acordo com o Ministério da Saúde, de 1980 até meados de 2007 foram notificados no Brasil 474.273 casos da síndrome de imunodeficiência adquirida. Ainda segundo o Ministério, ao longo do tempo, a razão entre os sexos vem diminuindo de forma progressiva. Em 1985, havia 15 casos em homens para um do grupo feminino. Dados recentes mostram que a relação caiu, sendo de 1,5 para 1 a diferença entre os gêneros. Em março deste ano, durante a 53ª Sessão da Comissão sobre o Status da Mulher (em inglês, CSW), cerca de dois mil representantes internacionais da sociedade civil — entre os quais a Legião da Boa Vontade, que possui status consultivo geral no Ecosoc (Conselho Econômico e Social da ONU) desde 1999 — e delegações dos países membros das Nações Unidas se reuniram na sede do órgão, em Nova York (EUA), para debater a divisão igualitária de responsabilidades entre os gêneros e os cuidados no contexto do HIV/aids. O evento reafirmou a Plataforma de Ação e Declaração de Beijing (China) e ratificou a necessidade de eliminar quaisquer formas de discriminação contra a Mulher.
Luta pela vida
A adoção de medidas que ajudem a diminuir o índice de indivíduos infectados com o vírus HIV, em especial entre as mulheres, foi
debatida na 53ª edição da CSW. Esse objetivo deve ampliar-se para além do continente africano, onde a situação da doença é mais grave, atingindo também países ricos, a exemplo dos Estados Unidos, efetivando-se como uma resposta ao problema. Por sinal, em solo norte-americano a LBV mantém um trabalho voltado à prevenção e à conscientização global da aids, em parceria com o Hospital Universitário de Nova Jersey. A presidente de uma Entidade que auxilia soropositivos na África, a senegalesa Adja Mame Diarra Seck Wade, acredita na vida: “Sou uma pessoa com HIV que tem esperança. Desde que contraí a doença tem sido muito difícil, mas tento viver de maneira otimista para ajudar os que estão com a mesma enfermidade que eu”.
Justa homenagem
Os participantes do evento da ONU receberam, das mãos de representantes da LBV, a publicação especial BOA VONTADE Mulher (em inglês, português e espanhol), que presta justa homenagem à alma feminina e sua capacidade de superação e de contribuir para a solução dos graves problemas que afligem os povos. “Eu lhes desejo coragem, porque vocês têm uma missão muito importante, que é a transmissão não somente da informação, mas da educação da raça humana”, declarou a representante do Conselho de Religiões contra o HIV/aids das Ilhas Maurício, Homa Mungapen.
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Mensagem da LBV é destaque nas Nações Unidas
(1) Sr. Michel Sidibé, diretor-executivo da Unaids e subsecretário-geral das Nações Unidas, recebe das mãos de Mariana Malaman a revista Globalização do Amor Fraterno. (2) O embaixador Hilario Davide Jr. (D), chefe da Missão das Filipinas na ONU, com Danilo Parmegiani, da LBV. (3) Delegação do Brasil: César Bonamigo, membro da Missão do Brasil na ONU; Janete Mazzieiro, secretária-executiva do Fórum de Mulheres do Mercosul; dra. Lourdes M. Bandeira, porta-voz da Delegação do Brasil no evento e subsecretária de Planejamento da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (representante da ministra Nilcéia Freire); dra. Cecília Bacellar Sardenberg, antropóloga do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher — NEIM, da Universidade Federal da Bahia, com Adriana Rocha, da LBV. Frequentadoras do Templo da Boa Vontade, Janete e a profa. Lourdes destacaram que o monumento contribui para as questões da Paz e da harmonização da família. A apresentação do Brasil versou sobre a Lei Maria da Penha e os participantes se alegraram ao ver no artigo do diretor-presidente da LBV a abordagem sobre a lei. (4) Conceição de Albuquerque com o presidente da 53a CSW 2009, Olivier Belle, da delegação da Bélgica.
ês
Portugu
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Espanho
Inglês
A porta-voz da delegação do Senegal na 53a Sessão da Comissão sobre o Status da Mulher, sra. Awa Dieng, e o saudoso consultor da ONU Joseph Owondo, do Gabão, com a revista BOA VONTADE Mulher. À esquerda, Rosana Bertolin, da LBV.
Sra. Ana Milagros Martínez, da delegação de Cuba, a segunda a partir da esquerda, com as representantes Legionárias Mariana (E) e Conceição de Albuquerque (D).
Amigo de ideal A BOA VONTADE abre espaço aqui para homenagear o consultor sênior nas Nações Unidas Joseph Owondo, nascido no Gabão (África). Ele estava no voo 447, da Air France, que partiu do Rio de Janeiro/RJ, no dia 31 de maio, com destino a Paris, e caiu no Oceano Atlântico. Owondo sempre manifestou simpatia pelo trabalho da Legião da Boa Vontade. Por isso, o destaque feito pelo diretor-presidente da Instituição, Paiva Netto, em seu artigo “A Fé e a dor”, no qual relembrou essa amizade: “Desde o acidente com o voo 447, temos, na LBV, feito preces por esses que foram levados pelo destino, e nos mantido solidários com os seus entes queridos. Também um grande amigo de ideal, o consultor gabonês nas Nações Unidas, Joseph Owondo, que foi colaborador voluntário de nosso trabalho na ONU, estava nesse voo. Para os que nos deixaram tão abruptamente, peço a Deus o amparo e o conforto espiritual às suas almas. Onde quer que estejam, pois os mortos não morrem, recebam as nossas vibrações de amor e serenidade”. 70
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Sra. Arleen Elias (E), da Care and Hope Women’s Center (ONG americana que oferece apoio para que as mulheres não pratiquem aborto), e Adriana Rocha, da LBV.
Sra. Homa Mungapen, membro da Delegação das Ilhas Maurício e coordenadora de projetos do Conselho das Religiões no combate à aids.
Sra. Michele Fedoroff (E), ex-chefe adjunta da Seção de ONGs do Ecosoc, com Adriana Rocha, da LBV.
A psicóloga Martha Gallahue, representante da National Service Conference of the American Ethical Union na ONU, salientou: “Essa revista é linda. Estou impressionada com a diversidade do conteúdo. Não está honrando apenas a tradição de Eleanor Roosevelt, mas de outras mulheres admiráveis, como AshaRose Migiro e Wangari Maathai e, portanto, é uma descrição maravilhosa de lutas antigas e novas, e terá implicações para o futuro”. E completou Martha: “Existe um avanço incrível em termos de alterar o poder de dominação para o de cooperação. E, certamente, a revista demonstra que estas mulheres notáveis foram poderosas, mas também extremamente cooperativas”. Como exalta o escritor Paiva Netto, em artigo de sua autoria publicado na revista BOA VONTADE Mulher, intitulado “Milênio das Mulheres”: “A Mulher, o lado
Rosana Bertolin, da LBV, conversa com a sra. Sra. Fatou Mbye, presidente do Millie Lace (D) e a sra. April Hymen (C), diretora Conselho Nacional da Mulher no Gâmbia, com Mariana Malaman. da Client Services of Pregnancy Center.
UN Photo/Evan Schneider
Ao centro, Aparna Mehrotra, diretora do Departamento Focal para a Mulher na ONU, com Danilo Parmegiani e Adriana Rocha, da LBV.
A sra. Mazal Renford ao lado da sra. Asha-Rose Migiro, vice-secretária-geral da ONU, uma das homenageadas que tiveram a biografia publicada na revista Boa Vontade Mulher.
Danilo Parmegiani, da LBV, entrega a revista BOA VONTADE Mulher ao integrante do Comitê Executivo da Conferência DPI/ NGO Richard Jordan (E).
Reeducação
A psicóloga Martha Gallahue, representante na ONU da ONG National Service Conference of the American Ethical Union, ao lado de Danilo Parmegiani, da LBV.
mais formoso da Humanidade, singulariza o alicerce de todas as grandes realizações. Aquilo que fisicamente nos constitui é gerado em seu ventre (...). O meu fito aqui é ressaltar quanto é primacial para a evolução humana e a segurança planetária a missão da Mulher (...). Nossos primeiros passos no desenvolvimento da cidadania são por ela guiados, ao nos conduzir pelas mãos. A estabilidade do mundo
O norte-americano Richard Jordan, membro do Comitê Executivo do Departamento de Informação Pública (DPI/NGO), mostrou-se empolgado com as propostas do dirigente da LBV para o fomento de uma sociedade fraterna a partir da urgente reeducação dos povos. “Precisamos nos voltar às palavras de José de Paiva Netto e sua Pedagogia do Afeto. Estive no Brasil, vi o que a LBV faz, então, sei exatamente como é o trabalho, vivenciei tudo isso. Foi maravilhoso. Fico feliz de ser entrevistado e compartilhar minhas lembranças de quando estive no Rio e em Belo Horizonte. Muito obrigado. Vocês fazem um ótimo trabalho. Deus abençoe a todos!”, comentou Jordan. Também presente no encontro, a israelense Mazal Renford, diretora do Golda Meir Mount Carmel International Training Center, vê a Educação como uma questão crucial. E ressalta: “É preciso incorporar todos os programas e unir as pessoas em todos os níveis para superar os obstáculos e realmente pôr em prática as recomendações feitas na Conferência de Beijing. De doze áreas críticas, oito estão sendo levadas diretamente em consideração pela sociedade civil em Israel”. A organização dirigida por ela trabalha pelo empoderamento da mulher, oferecendo formação profissional e treinamentos em áreas diversas.
começa no coração da criança. Por isso, na LBV aplicamos, há tantos anos, a Pedagogia do Afeto. (...) Conforme escrevi na Folha de S.Paulo em 1987, a Mulher quan-
(1) A sra. Chantal Kambiwa, vice-presidente da Socialist International, com sua filha, Nelly; e (2) a sra. Mballa Cecile, primeira-secretária da missão de Camarões nas Nações Unidas, ao lado de Conceição de Albuquerque (E), da LBV.
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do integrada em Deus é a base da civilização”. O fato de a alma feminina estar representada na publicação por biografias excepcionais mereceu Delegação sul-africana: à esquerda, a dra. Manto Tshabalata-Msimang, ministra da Presidência da África do Sul.
A porta-voz do Vaticano nas Nações Unidas, sra. Annalisa Sacca, expressa alegria ao ver na revista a homenagem que o diretor-presidente da LBV faz à Madre Teresa de Calcutá. Arquivo BV
Rosana Bertolin entrega a revista BOA VONTADE Mulher a representantes do governo do Sudão, que se interessaram pelo trabalho da LBV e fizeram questão de trocar cartões para que continuem a par das atividades da Obra.
A Legião da Boa Vontade promove diversas Campanhas de Valorização da Vida. Exemplo disso foi a marcha organizada pela Instituição, sob o slogan criado por Paiva Netto: “Aids — o vírus do preconceito agride mais que a doença”. A ação mobilizou 200 mil pessoas no Rio de Janeiro/RJ, Brasil, em 1o de dezembro de 1996.
Vocês reconheceram uma queniana que começou com ações pequenas, mas grandes em visão, e tem sido capaz de atrair muita gente para implementar aquilo que não conseguiria sozinha”. Nas páginas finais da BOA VONTADE Mulher, o leitor encontra uma séria reflexão a respeito
destaque. A exemplo do que comentou Norah Winyi, do Quênia, ao deparar com a história de vida e luta da conterrânea Wangari Maathai, relatada nessa edição da revista: “Estimo o fato de terem reconhecido e valorizado diferentes mulheres no mundo que contribuíram para transformações de base.
(1) Sra. Dunstanette Macauley, diretora da Zonta (delegação da Libéria), e sra. Norah Winyi, diretora-executiva da African Women’s Development and Communication Network (delegação do Quênia), e Adriana Rocha, da LBV. (2) A sra. Elza Pais, da presidência do Conselho de Ministros de Portugal e presidente da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Gênero, com Sâmara Malaman (E) e Danilo Parmegiani, da LBV.
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A sra. Shazia Marri (E), ministra paquistanesa, com a Jovem Legionária Mariana Malaman. Na ocasião, a representante do Paquistão recebe as publicações da LBV.
da violência doméstica e familiar contra a Mulher. O repúdio a esse comportamento foi reafirmado pelo secretário-geral das Nações Unidas em discurso no plenário. Para Ban Ki-moon, o ato se configura como “um crime contra a Humanidade. (...) É, portanto, um ataque contra todos nós, na base da civilização”. Em todos os dias do encontro, a LBV levou aos participantes um histórico e exemplos das diversas ações socioeducacionais que desenvolve em favor das mulheres. Essa experiência pôde ser conferida no estande da LBV com a apresentação dos programas e projetos promovidos em favor da igualdade de direitos e deveres entre os gêneros. “Há um longo relacionamento com a Legião da Boa Vontade e, nesse período, tenho visto seu trabalho em favor da Mulher. O bonito da LBV é que ela traz Amor a tudo, sempre. Notei que isso está escrito na bela revista lançada por Paiva Netto. Esse é o mais relevante ingrediente no que diz respeito ao tema da igualdade de Sharon Hamilton-Getz gênero”, disse a norte-americana Sharon Hamilton-Getz, presidente e fundadora do Projeto Harmonia e Paz Mundial.
Nações Unidas/Genebra (Suíça)
Divulgação
LBV recomenda importantes propostas a delegações em Reunião de EVERYO FOR HEALTNE H Alto Nível, TODO da ONU, em PELA SA S ÚDE Genebra (Suíça). Specia
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Edició n Espec ial — Año 4 — Junio/ 2009 ativo Rede El informa Socied tivo Red ade Solidá Socieda ria é uma d Solidar public ia es una ação da publica Legião ción de da Boa la Legión Vonta de la Buena de. Veícu Volunta lo de circul d. Medio ação nacio de comun icación de distribu nal e intern acion ción nacion al al e interna destin ado a cional destina propa gar do a divulga os avanç os no Terce r los avance iro s en el Tercer Setor. Sector.
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Saúde pública: solução global bolo de busca: E/2009/NGO/4. Na oportunidade, a Instituição lançou a edição especial do informativo Rede Sociedade Solidária (disponível em duas edições bilíngues: português e espanhol, inglês e francês). A manifestação de autoridades e delegações internacionais ao receberem a publicação da Instituição foi de entusiasmo. A exemplo de Sylvie Lucas, presidente do Conselho Econômico e Social (Ecosoc), que parabenizou a mobilização intersetorial da LBV e ainda Geor ge Sipa-Adjah Yankey, ministro da Saúde da República de Gana; Rudyard Spencer, ministro da Saúde da Jamaica; e Jennifer de Laurentis, secretária do Ecosoc. O governador de São Paulo, José Serra, que palestrou em painel paralelo ao evento, sobre medidas de seu governo na área de saúde, recebeu homenagem da
Reprodução BVTV
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Legião da Boa Vontade (LBV) apresentou aos participantes da Reunião de Alto Nível do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (Ecosoc) — no qual a Instituição tem status consultivo geral — as suas recomendações dentro do tema “As metas e compromissos acordados internacionalmente para a melhoria da saúde pública global”. O encontro ocorreu no Palais des Nations, escritório da Organização das Nações Unidas (ONU) na cidade de Genebra, Suíça, entre 6 e 9 de julho. A ONU recebeu as recomendações da LBV, traduziu-as para os seis idiomas oficiais do órgão (árabe, chinês, espanhol, francês, inglês e russo) e disponibilizou o documento aos conferencistas — o qual pode ser acessado no site documents.un.org, inserindo-se o sím-
Eduarda Pereira
“O trabalho da LBV é de Solidariedade, de interesse pelo próximo, que é muito bem-vindo. Tem um significado, uma dimensão grande; admiro aqueles que dedicam sua vida à Solidariedade.” José Serra
Governador do Estado de São Paulo, homenageado em Genebra/Suíça. BOA VONTADE |
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ONG World Family Organization. A embaixadora Maria Luiza Ribeiro Viotti, chefe da delegação brasileira, ficou igualmente satisfeita ao receber o informativo da LBV e pediu mais exemplares para distribuir aos demais membros da delegação. No último dia do encontro, a Legião da Boa Vontade fez pronunciamento durante o Café da Manhã e Mesa-redonda Ministerial, promovido pela UN-Habitat, sobre assentamentos humanos e os determinantes sociais da saúde; foi recebida com grande interesse pelos participantes. A edição especial do Rede Sociedade Solidária traz o resultado do ciclo de debates realizado durante o 6º Fórum Intersetorial — 3ª Feira de Inovações, promovido pela Legião da Boa Vontade em cinco países (Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai), de 20 de março a 2 de abril, mobilizando os participan| BOA VONTADE
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2 Adriana Rocha
Eduarda Pereira
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Adriana Rocha
Eduarda Pereira
Adriana Rocha
Nações Unidas/Genebra (Suíça)
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(1) Rudyard Spencer (D), ministro da Saúde da Jamaica, integrante da delegação daquele país e Noys Rocha (E), da LBV. (2) Danilo Parmegiani, representante da LBV na ONU, aparece ao lado de Sylvie Lucas, presidente do Conselho Econômico e Social da ONU (Ecosoc), (3) da embaixadora Maria Luiza Ribeiro Viotti, chefe da delegação do Brasil, (4) de George Sipa-Adjah Yankey, ministro da Saúde da República de Gana, e (5) de Andrei Abramov, chefe da Seção de ONGs do Ecosoc.
Pelos Direitos Humanos
As ações socioeducacionais da LBV têm contribuído para assegurar os Direitos Humanos, pois resultam na elevação dos padrões de saúde e da qualidade de vida da população, desse modo avançando rumo aos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, compromisso firmado pelos países membros da ONU. A Instituição entende, pois, que a saúde do indivíduo tem de ser integral, é preciso considerar não apenas os aspectos biológicos, mas também o emocional, o mental e o espiritual. Conforme afirma o diretor-presidente da LBV, Paiva Netto: “A reforma do social deve vir pelo espiritual”. Anualmente, a Legião da Boa Vontade presta 7 milhões de atendimentos e benefícios à população em situação de vulnerabilidade em todo o país. Além disso, exporta sua tecnologia social e atua hoje com bases autônomas permanentes na Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Portugal e Estados Unidos. O eixo central das recomendações levantadas pela LBV e dirigidas ao plenário da ONU refere-se à atuação sobre os determinantes sociais da saúde, isto é, as condições nas quais os Seres Humanos vivem e trabalham, que abrangem questões complexas ligadas às áreas de habitação, saneamento, serviços de saúde e educação. Em toda ação e nos fóruns promovidos pela LBV, está presente a noção de que garantir saúde à população é dever do Estado, entretanto, cabe à sociedade acompanhar e cobrar o cumprimento desse direito, por meio de mecanismos judiciais e de participação direta (a exemplo dos Conselhos de Saúde, no Brasil), e para assegurá-lo, sobretudo, é fundamental contribuir com ações efetivas.
tes em torno do tema central: “Saúde e Qualidade de Vida: Cumprindo os Oito Objetivos do Milênio”, de
acordo com a orientação do Ecosoc (leia mais a respeito dessa série de encontros na p. 107).
Acontece no Piauí
TERESINA
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investe em infraestrutura
Clayton Ferreira
Perspectiva do projeto de ampliação da unidade da LBV no Piauí.
Darina Serra
Fotos da perspectiva do projeto: Sílvio Faria.
Darina Serra
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Legião da Boa Vontade oferece em Teresina/PI programas socioeducacionais voltados às comunidades em situação de vulnerabilidade social, de forma que desenvolvam capacidades, talentos e valores, e usufruam de seus direitos, exercendo, assim, a cidadania plena. Para levar um atendimento ainda mais eficiente ao povo teresinense, a Instituição está ampliando o seu Centro Comunitário e Educacional na cidade. Na unidade, será construído um refeitório moderno, no qual está prevista a instalação de um balcão térmico para as próprias crianças se servirem. O projeto contempla
também cinco novas salas, para a realização dos cursos de geração de renda e de atividades do programa LBV – Criança: Futuro no Presente!, como a Oficina do Saber, as Aulas de Cultura Ecumênica e o Espaço Brincar. Os ambientes terão, ainda, janelas e portas bem amplas, o que garante mais claridade e ventilação. Com a reforma, a LBV amplia as ações socioeducacionais em Teresina, passando a ter capacidade de atender 400 crianças e adolescentes, além de milhares de famílias.
V I S I T E , A PA I X O N E - S E E AJUDE A LBV! Rua Anísio de Abreu, 2.470 — Marquês Teresina — Tel.: (86) 3213-3099.
Senador Heráclito Fortes prestigia a entrega de kits escolares a crianças de baixa renda em Teresina/PI.
Esperança renovada O senador Heráclito Fortes, que acompanha o trabalho da LBV no Piauí, esteve recentemente na Instituição durante a entrega dos kits de material escolar, iniciativa que faz parte da tradicional Campanha da LBV Criança Nota 10 — Sem Educação não há Futuro!. “O sentimento da criança traz uma força positiva, é isso que faz um homem público se emocionar. Vivemos em um país com violência, a criminalidade aumenta a cada dia, e um trabalho como esse da LBV reacende a esperança de todos nós. O melhor testemunho é ver o olhar de cada criança”, destacou o senador. BOA VONTADE |
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Acontece em Goiás
Senador Demóstenes Torres com o Coral Ecumênico Infantil LBV, que o recepcionou na Instituição.
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, 39 anos de atendimentos, da à população de baixa renda em Goiânia
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o mês de maio, a população goiana comemorou o aniversário de 39 anos da unidade educacional da Legião da Boa Vontade na capital do Estado. Há motivos de sobra para festejar: ao longo de quase quatro décadas, a Instituição tem prestado constantemente atendimento de qualidade à população de baixa renda, proporcionando saúde e educação, de modo a promover melhorias na qualidade de vida e na autoestima de milhares de famílias beneficiadas pela Obra. E o principal: todas essas ações visam formar o Cidadão Ecumênico, bandeira maior da Educação com Espiritualidade Ecumênica, proposta pelo educador Paiva Netto. Para celebrar a data, diversos amigos da Instituição estiveram no Centro Comunitário e Edu-
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Juliana Valin Fotos: Clayton Ferreira
cacional, manifestando o apoio à iniciativa. No dia 25, o senador Demóstenes Torres reservou espaço na agenda para visitar as instalações da LBV. Logo que chegou, emocionou-se com a recepção musical, por parte do Coral Ecumênico Infantil LBV, formado por meninas e meninos atendidos pela Instituição em Goiânia. Em entrevista à imprensa, o parlamentar destacou a satisfação de visitar novamente a Obra. “Fico muito feliz em vir aqui, de ter sido muito bem recebido, e verificar o que a LBV faz. Já conhecia, tive oportunidade de vir outras vezes e, voltando aqui, verifico que tudo foi ampliado e melhorado. Fiquei bastante impressionado! Vocês têm capoeira, futebol, leitura, artes plásticas, atendimento médico,
tudo isso numa pequena amostra de um trabalho que acontece no dia-a-dia, que atende milhões de brasileiros. Tenho que aplaudir de forma veemente e eficaz”, disse. As unidades educacionais da Legião da Boa Vontade aplicam, com sucesso, nas atividades diárias, a Pedagogia do Afeto e a Pedagogia do Cidadão Ecumênico — que compõem a proposta educacional criada pelo diretor-presidente da LBV. Ao conhecê-las de perto, o parlamentar afirmou: “Quando investimos em Educação e a criança é bem olhada, bem educada, bem orientada, ela não fica nas ruas, correndo riscos. É certo que estas crianças, que aqui recebem este atendimento, amanhã estarão contribuindo para que outras, na mesma situação que se encontram hoje, também sejam beneficiadas.
2 (1) O visitante observa aula de capoeira, uma das ações do programa da LBV Esporte é Vida, não violência! (2) Durante a visita o senador recebeu quadros confeccionados pelas crianças da LBV na Oficina dos Arteiros, que integra o programa LBV — Criança: Futuro no Presente! (3) Ao lado, o ônibus do projeto Saúde em Movimento.
Opinião Política Defesa da criança e do adolescente
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Opinião
Política
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crime cibe rnét especial para ico, com aten ção o pedobusi Para se ter ness “É um equí noção da . do crime voco entender escalada na internet, o pedófilo tend vista o ‘coit Operação em 1998 adismo’ pato o em Catedral a deixou lógic estupefato mente dege quando reve o mundo nerada há um o. Por detrás dessa organização lou que lucrativo negó despedaça crim a inosa que vidas inoce sob o códi cio que operava ntes.” go lhas” poss de “país das mara uía um estoq viDemóste mil imag nes Torr ens de crian ue de 100 es alter em situação ças expo Demóstenes Torres stas do ação diz respeito Senador ao artig 2001, o Insti de abuso sexual. ECA que Em duçã trata do crim o 240 nham tuto de O trabalho não é fácil, pois os Australia pornogra o de mate e de prono, um dos Criminologia fia inrial visual fanto-juv criminosos aprimoram os métodos se criança diais de enil pass ou adolesce utilizando- No excelênc centros munia no com de difusão da atividade e, ao mesmo mesmo sent am a ser crime. pornográ nte em cena pedofilia, fica, bate ido, a prop estimou de sexo expl passa a cons tempo, de ocultação de suas idena existênci à vexatória. pelo men osição ícito ou Neste caso os um milh a de qualquer iderar como delit posta tidades à medida que os recursos , a pena ão de imag dessa natu uoso ato que simu proens anos foi majorada para reza disp le, por meio tecnológicos evoluem. Por essa quatro a oito de adulteração comercia onív . Foi criad ou lização. Hoje eis para montage de sexo dor ou inter a a figura do agen razão, a grande arma das instituições m, cena esforço integ , apesar explícito cia- ca mediador do e ou pornográ com da policiais no combate à pedofilia é ainda feita nos responsá rado de todos os gove fia previsão produção, Além criança ou adol rescente. a capacidade de inteligência instade aumento disso, o em combate veis e da própria ONU da pena em meu um r terço sugerir a relatório que para lada. A Grã-Bretanha, os EUA e a é praticam a pedofilia, o núm vai ente inca ero de comete o crime em o agente do alici tipificação da lculável. cond Espanha são países que obtiveram circunstân uma série ame uta nto, do cias, com instigaçã doméstic o as relaç extraordinário êxito no combate ao Há uma o e do cons assédio, da as, o ões de saída? trang criança, relação emp parentesco, a tutel crime justamente por incorporarem Perfeitam por qualquer imento a, a com regatícia, ente, e ela unicação entre outro meio tecnologia específica aos meios de sariamen A pass segu de a , com fim necesnda med s. ato te pelo de realizar libidinos ida prop aperfeiço investigação. sanções pena endurecimento o. a o artigo osta das is. Em prim Por fim, O Brasil evoluiu muito neste é preciso eiro lugar, tipificar a conduta 241 do ECA ao ente sugeridas as alterações lega de quem troca, disp sentido e todo mérito deve ser atri- em si, não nder que a pedo oferece, contemp onibiliza filia, é lam a amp is ção nece , transmite distribui buído à Polícia Federal, mas precisa sexualida crime, mas desvio ssária do material ou ECA de. No enta de que artigo 244- liapornográ no que condutas seguir a orientação dos países nto, exist certamen A do fico, o pedófilas em em te será um sexual ou se refere à exploraç tipificada crime, a duro golp quem difun do Primeiro Mundo que à prostituiç ão s como exemplo e ou do adol ão da crian por interméd de práticas pedó do atentado ao lado do aparato de escente. É ça filas a violento ao estupro, do difícil pedo mo artigo io da internet. No pudor e outra descritas inteligência trataram mes- com filia, mas a práti prevenir é prop no Estatuto ca pode batid da Criança s provedor que osta a punição Adolesce de adequar as suas leao da conj a com rigor por inter ser nte e do não atende legais insu (ECA). São previsões regularmente ugação de méd gislações penais aos à ordem esforço lega io efetuada ficientes o trabalho litar mate para efetividade para conf l com novos tempos. O de desa inteligência. rial de cont bi- raçã erir prov punitiva eúdo ilícit o social é A coopepara os crim nosos dess idência é objetivo principal é tamb o. A a natureza e que prec i- bar, principalm necessária para aca- tem apresentado ém importante e ser alteradas possuir um estatuisam ótimos resu . especialm lei estabeleci ente, com a terra ltados, ente a to penal que tipifiA CPI da sem de disque-denún partir das centrais internet no da pelos operador da qual sou Pedofilia do Sena que com a maior es de em País. do, países avan cia, muito comuns série de prop relator, elaborou Consoan margem de aluma te existem sites çados. No Bras novos tipos minha proposta, precípua de ostas com a finalidad cance possível dedi três pena cados a proc il já dotar o Esta e dos esse tipo is devem do esforço para fech essa precioso as condutas do legal impr do brasileiro Con ar o cerco ser cria- É um de informaç r escin equí à enfre pedofilia. dutas com ão. voco ente dível para que se chama ntar o prob o adquirir, filo tendo nder o pedó lema. A em vista poss primeira ou armazenar, por o “coitadis qualquer uir patológico. produtos BOA VONTADE46 | 45 mo” Por detrá | BOA VONTA meio, audiovis s dessa men degenera DE uais que da há contete que despedaç um lucrativo negó cio a vidas inoc entes.
Mentes criminosas,
vidas despedaçadas Roosewelt Pinheiro/ABr
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Demóstenes Torres, procurador de Justiça, senador da República e relator da CPI da Pedofilia.
á pelo menos 50 anos a psiquiatria forense realiza um esforço científico enorme para definir o perfil do pedófilo. Entre as dezenas de características constam o fato de o criminoso ter sido abusado sexualmente na infância; possuir história de doença mental na família; nutrir um ressentimento contra a sociedade em geral; e pertencer majoritariamente ao sexo masculino. Apesar de os estudos levantarem inúmeras hipóteses que tentam explicar a razão da compulsão perversa, o fato é que pedófilo é um criminoso sem cara definida, pois o seu maior estratagema é parecer uma pessoa de bem. O bandido atua na clandestinidade e tem no comportamento secreto o grande trunfo para materializar a obsessão por sexo com criança. Insuspeito, o pedófilo pode ser o mo-
torista da van escolar, o técnico de futebol, o padre, o chefe de escoteiro ou professor particular de matemática, por exemplo. Normalmente a criança ofendida o conhece bem e nutre pelo pedófilo uma relação de confiança ou parentesco. A prisão do procurador-geral do Estado de Roraima ou a do presidente do Conselho Tutelar da Infância e Juventude de uma cidade de Santa Catarina, sob a acusação da prática de pedofilia, expressa a dificuldade de identificação do criminoso. A pedofilia encontrou na internet um meio extraordinário de propagação e passou a ser considerada pelas autoridades policiais o crime da era global. Por intermédio da rede mundial de computadores, os pedófilos puderam se articular em escala nunca antes imaginada e criaram um sistema de suporte que permitiu converter o que era uma anomalia individual em uma organização criminosa altamente lucrativa. Há exatamente 10 anos, desde que a Operação Catedral fulminou uma rede de pedófilos em 14 países, existe uma cooperação policial em escala planetária para quebrar a espinha dorsal dessa forma perversa de banditismo.
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Temos de nos preocupar para que ro da LBV, participou do projeto nossas crianças sejam bem cui- Saúde em Movimento — que dadas, porque são nosso futuro. oferece consultas médicas e (...) O trabalho da LBV em favor exames gratuitos à população do Brasil é fantástico, bem-feito, e em situação de vulnerabilidade social. Essa parceria possibilitou conta com meu aval e apoio”. Na oportunidade, também a realização do II Mutirão de visitou a Obra o vereador Pau Saúde, que ainda teve o apoio linho Graus que igualmente do Lions Clube Goiânia Norte, manifestou sua admiração: “A no dia 18 de maio. A festa da LBV recebeu ampla LBV está de parabéns pelo tracobertura dos veículos de balho maravilhoso que comunicação, entre eles realiza! Fiquei muito feliz a TV Goiânia (repetidoem conhecer de perto tudo ra da Rede Bandeirano que aqui é realizado: o tes), a TV Serra Dourada cuidado com as crianças, (SBT), a UCG TV, além onde são formadas para se tornarem verdadeiras Paulinho Graus do Jornal Hoje, do Jornal Clique e das rádios Brasil Central cidadãs do Bem”. O dr. George Morais, parcei- e Difusora.
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Defensor dos direitos da criança e do adolescente, Demóstenes Torres escreveu o artigo “Mentes criminosas, vidas despedaçadas”, publicado na edição 223 da revista BOA VONTADE. Nele, o parlamentar expõe seu ponto de vista sobre novos mecanismos implantados para intensificar o combate à pedofilia.
V I S I T E , A PA I X O N E - S E E A J U D E A L B V ! Centro Comunitário e Educacional da LBV: Rua Jamil Abraão, 645 — Setor Rodoviário — Goiânia/GO — Tel.: (62) 3531-5000. BOA VONTADE |
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Educação
além do intelecto A
formação integral dos educandos e as formas de trazer uma vivência mais fraterna e solidária para a realidade da sala de aula ganharam amplo espaço de discussão na Legião da Boa Vontade. Promovido em São Paulo/SP, entre 29 de junho e 1º de julho, o 7º Congresso Internacional de Educação da LBV teve como tema central “Educar: um olhar além do intelecto”. Ao grafar esta frase, o educador Paiva Netto, pensando na capacitação contínua dos profissionais de
Aneliese de Oliveira
ensino e nas maneiras de aplicar essa abordagem nas salas de aula, para a vivência em família e em sociedade, lançou no mundo da educação escolar uma nova e revolucionária forma de ensino: a Pedagogia do Afeto e a Pedagogia do Cidadão Ecumênico. Ambas compõem a proposta educacional aplicada, com sucesso, nas escolas e nos programas socioeducativos da Instituição. O objetivo principal do evento foi levar a profissionais e estudiosos da área temáticas que Fotos: Jonny César
Congresso Internacional da LBV enfoca valores éticos e espirituais na prática pedagógica
Aneliese de Oliveira
Educação em foco 7o Congresso Internacional da LBV
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Aneliese de Oliveira
Erik Estêvão
Fotos: Aneliese de Oliveira Aneliese de Oliveira
permitam agregar aos conceitos nistro da Educação, Fernando pedagógicos valores éticos e Haddad; Nelson Hervey Costa, ecumênicos, a fim de que a exce- secretário-adjunto da Secretaria lência intelectual, cada vez mais do Governo Municipal, de São necessária ao bom preparo dos Paulo/SP; Alziro Paolotti de educandos, receba a soma da Espi- Paiva, representante do diretorritualidade Ecumênica, sobretudo -presidente da Legião da Boa nestes tempos de globalização, em Vontade, José de Paiva Netto; que uma das maiores demandas Maria Auxiliadora Seabra Re está em conciliar conhecimento e zende, secretária de Educação e Cultura do Tocantins e presidente formação. A presença de renomados edu- do Consed (Conselho Nacional de cadores nesse encontro da LBV Secretários de Educação); e Suelí garantiu o debate e a apresentação Periotto, pedagoga e diretora do de propostas atuais em torno do Instituto de Educação da LBV. Em seu pronunciatema, por meio de pamento, Carlos Xavier lestras, mesas-redondas expôs detalhes do Plano e oficinas. A solenidade Desenvolvimento da de de abertura do ConEducação (PDE), com gresso reuniu diversas prioridade para a educaautoridades, a exemplo Dr. Carlos Xavier ção básica de qualidade, do dr. Carlos Alberto Xavier, assessor especial do mi- além de investimentos também
Nelson Costa
Alziro de Paiva
em nível profissional e superior. “Sempre procuramos, além das salas de aula, atender às necessidades de educação e de atividades socioculturais de formação do Ser Humano integral, como a LBV prega”, destacou o assessor do MEC. Em nome do prefeito da cidade de São Paulo, Gilberto Kassab, o secretário Nelson Costa saudou os participantes e a organização do evento: “É uma honra estar aqui hoje. Parabenizo a LBV por todo esse trabalho socioeducacional, pelas campanhas, pela conscienBOA VONTADE |
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Vinícius Bueno
Jonny César
Vinícius Bueno
Educação em foco
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“É uma honra estar aqui presente, pela respeitabilidade do trabalho desta Instituição. Também é uma grande alegria ter essa amável receptividade com que vocês me distinguem.” Dr. Pedro Salomão José Kassab
Vinícius Bueno
(1) Danilo Parmegiani, representante da LBV na ONU; Suelí Periotto, diretora do Instituto de Educação José de Paiva Netto; Anna Christina Nascimento, oficial de projetos da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em São Paulo; Paula Suelí Schnor, ex-aluna do Instituto de Educação José de Paiva Netto, da LBV; e Katia Gonçalves Mori, coordenadora de Educação do Instituto Faça Parte. (2) Suelí Periotto com Rodrigo Nejm, diretor de Prevenção e Atendimento da SaferNet Brasil, e (3) com a dra. Neide de Aquino Noffs, diretora da Faculdade de Educação da PUC/SP.
Presidente da Câmara de Educação Superior do Conselho Estadual de Educação e diretor-geral da Fundação Liceu Pasteur Divulgação
“Sou fã do trabalho que a LBV faz no Brasil inteiro, preconizado pelo dr. Paiva Netto: a educação para além da educação formal, do cuidado com a criança desde a creche, tudo isso que a LBV faz. Hoje participo, com muita honra, deste 7º Congresso de Educação da LBV, pessoas do mundo inteiro tratando sobre como podemos realmente construir uma educação de Amor, para a Paz, uma convivência harmoniosa entre o Ser Humano e o seu planeta, que é o que faz a LBV (...). Por isso, a Instituição está de parabéns. Estou aqui hoje prestigiando e aprendendo!” Floriano Pesaro
“Os nossos cumprimentos e agradecimentos pela oportunidade de estar aqui. Com o professor José de Paiva Netto estaremos sempre muito bem. Desejo aos congressistas que levem daqui informações e novidades para que sejam aplicadas em benefício da educação brasileira.” Dra. Dora Silvia Cunha Bueno
Presidente da Associação Paulista de Fundações (APF) e da Confederação Brasileira de Fundações (Cebraf)
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Vereador pela cidade de São Paulo/SP
tização social e pelo 7º Congresso Internacional de Educação”. Posteriormente, em entrevista à BOA VONTADE, ele completou: “Este Congresso é uma grande oportunidade para troca de experiências, para a melhoria da educação na nossa cidade e país”. Um grupo de alunos do Instituto de Educação da Legião da Boa Vontade demonstrou na prática como essa abordagem diferenciada tem revelado valores na arte. Esses meninos e meninas atendidos pela Instituição formam o Coral Ecumênico Infantil e a Orquestra Infanto-Juvenil LBV e se apresentaram magnificamente na noite de abertura do evento. O coro iniciou a programação interpretando o Hino Nacional Brasileiro, enquanto a orquestra fez o encerramento da cerimônia, levando ao público clássicos da MPB e da música internacional. As crianças ainda homenagearam as autoridades e palestrantes com cartões e lembranças confeccionados por elas próprias.
Vinícius Bueno
Vinícius Bueno
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1º dia — Ênfase ao sentimento
Esta foi a tônica dos palestrantes no primeiro dia do Congresso de Educação, que procuraram mostrar de que forma tudo o que se passa dentro e fora da escola contribui para uma educação de qualidade. A exemplo da apresentação do professor José Pacheco, da Escola da Ponte, de Portugal. Ele ressaltou o envolvimento da família e seu papel fundamental no êxito escolar. Indagado sobre a questão da diversidade no ambiente escolar e como deve ser tratada perante os estudantes, o professor explicou:
“O contexto de equipe foi um dos grandes esteios do nosso projeto. (...) Há 33 anos, os alunos da Ponte eram jovens oriundos de classes sociais muito desfavorecidas, chegavam sujos, descalços, embriagados, com fome, cheios de piolhos, cheirando mal. Hoje não é mais assim, temos crianças de todos os estratos sociais. Deixou de haver a escola dos pobres e a dos ricos, porque aquela escola dos pobres transformou-se na escola com a melhor nota das provas nacionais; fizemos dela uma oportunidade para todos”. O professor José Pacheco acredita que “um grande problema no Brasil é ensinar a todos como se fossem um só; é um dos modos pelos quais se cria o analfabetismo literal, porque cada criança é um ser único, que não se repete, dotado de determinado estilo e inteligência”. Vinícius Bueno
A palavra de Alziro Paolotti de Paiva foi recebida igualmente com muitos aplausos, especialmente durante a leitura de trechos da publicação É urgente reeducar!, entregue aos participantes do Congresso, com texto de autoria do jornalista e escritor Paiva Netto, e encaminhada às Nações Unidas, em diversos idiomas, a partir de 2000.
Aneliese de Oliveira
(4) Suelí Periotto e o professor Celso Antunes, membro da Associação Internacional pelos Direitos da Criança Brincar. (5) José Pacheco, professor licenciado em Ciências da Educação e mestre em Educação da Criança pela Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto, Portugal; Suelí Periotto; Maria Auxiliadora Seabra Rezende, secretária da Educação e Cultura do Estado do Tocantins e presidente do Consed (Conselho Nacional de Secretários de Educação); Marcos Rogério Silvestre Vaz Pinto, superintendente da área de Educação da Seicho-no-le do Brasil; e Luiz Antonio Gomes, também da mesma Superintendência.
Susan Bello (EUA), Ph.D. em Psicologia da Arte e Terapia Expressiva, mestre em Psicologia Humanística e bacharel em Educação. A educadora norte-americana desenvolveu oficina com o tema “Pintura espontânea — Conceituação e prática”. Durante a experimentação proposta pela dra. Susan, os participantes exercitaram a imaginação, pintando sem dicas nem direções (foto em destaque), apenas atentos ao próprio interior, expressando suas emoções.
A família ganhou atenção especial também na palavra da presidente do Consed (Conselho Nacional de Secretários de Educação) (Continua na p. 83) BOA VONTADE |
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interativa. A oficina superou nossas expectativas”. O professor e jurisfilósofo paulista Luiz Flávio Florenço da Silva igualmente destacou: “É um método a ser utilizado, porque não podemos ficar avessos às diversas circunstâncias que permeiam nossos educandos e, por conseguinte, a aprendizagem deles. Esse método é maravilhoso porque possibilita um contato amplificado e efetivo na aprendizagem”. MAPREI Fundamenta-se na pesquisa e acredita na intuição como um dos bons instrumentos capazes de conduzir o aluno a assimilar os temas propostos em aula. Para a correta aplicação dessa linguagem, são realizadas capacitações continuadas pela equipe de educadores da LBV, que atendem às numerosas solicitações de instituições de ensino que decidiram implementar esse método pedagógico. O MAPREI pode ser aplicado em qualquer tipo de atividade educacional e a toda faixa etária, uma vez que não Jonny César
Professora de escola particular de São Paulo/SP, Denise Maria de Souza, animada, deseja logo executar o que assimilou nas oficinas do MAPREI. “A experiência foi marcante. (...) Eu me sentia solitária e aqui dentro deste Congresso da LBV me senti acolhida. A Solidariedade envolveu a todos. Estou até com dó porque tenho 30 dias de férias e queria que a aplicação fosse imediata. Sei que o meu campo de ação ficou muito mais ampliado”, avaliou Denise. Liliane Barbosa é coordenadora do Centro de Referência de Jandira/SP e também elogiou a metodologia aplicada pela LBV: “São lições para a vida profissional e para o crescimento pessoal dos participantes. Uma oportunidade enriquecedora para troca de conhecimento com pessoas que compartilham do mesmo sonho: uma educação de qualidade”. Os professores argentinos participantes do Congresso avaliaram positivamente as oficinas do MAPREI: “Pudemos conhecer mais sobre a metodologia da LBV, de uma maneira muito
evão
Aneliese de Oliveira
Ao contrário dos casos de violência que, infelizmente, ainda ocorrem em escolas brasileiras, esse problema passa longe das unidades educacionais da Legião da Boa Vontade. Atribuem-se a esse e outros bons resultados — como o índice de evasão escolar zero — a aplicação da Pedagogia do Cidadão Ecumênico e da Pedagogia do Afeto, que compõem a inovadora proposta pedagógica do educador Paiva Netto, as quais possuem sua própria metodologia: o Método de Aprendizagem por Pesquisa Racional, Emocional e Intuitiva (MAPREI). Foram 16 oficinas pedagógicas oferecidas aos congressistas. E a receita eficaz de como unir Matemática e Solidariedade, História e Cidadania, Química e Respeito, entre outros conteúdos disciplinares, foi a tônica de nove oficinas apresentadas por profissionais do Instituto de Educação da Legião da Boa Vontade. Desse modo, os participantes do 7º Congresso da LBV puderam constatar como se aplica o método em sala de aula.
Erik Estevão
Erik Estevão
Oficinas sobre a aplicação da proposta pedagógica da
Vinícius Bueno
dimensiona o estudante somente pelo papel de receptor de informações. O educando é estimulado a atuar mais no processo de aprendizagem. Essa participação o motiva a permanecer no ambiente escolar e, mais que isso, reforça sua autoestima na continuidade dos estudos — fator que incentiva o ingresso na universidade. Também é inserida nesse método a integração da família à vida escolar. A razão de embasar o ensino em valores éticos e espirituais está diretamente ligada ao princípio socioeducacional da LBV de valorizar a formação integral do Ser Humano, contemplando não apenas sua capacidade intelec tual, como também o potencial interior que vem de seu Espírito eterno. “Nas unidades educacionais da LBV, o aluno é considerado um ser Espírito-biopsicossocial, pois acreditamos que ele já traz consigo o registro de experiências que contribuirão para o aprendizado”, afirma Suelí Periotto, diretora do Instituto de Educação da LBV.
Divulgação
Educadores de Jandira/SP no Congresso da LBV
De Jandira, interior paulista, mais de 50 profissionais inscreveram-se e participaram do evento. O secretário municipal de Educação, Paulo Edson de Paiva, enfatizou o valor do encontro. “É muito importante que a LBV tenha esse Congresso para tratarmos de educação e levarmos aos nossos professores informações do Brasil e do mundo. Nós vemos aqui educadores, jovens da comunidade que trabalham com a escola, pais, diretores, Paulo Edson de Paiva supervisores, que estão trabalhando em prol da Educação.” Aneliese de Oliveira
Vinícius Bueno
Vinícius Bueno
LBV são sucesso
Nela, sociedade civil, posecretária de Educação der executivo e iniciativa e Cultura do Tocantins, privada trocaram experiprofessora Dorinha: “É ências bem-sucedidas e muito bom estar aqui, ter “tecnologias sociais”, este a oportunidade de conversar com educadores de Dra. Milú Villela um tema recorrente no evento. O conceito implica outros lugares do mundo que lidam com projetos que vão algum tipo de produto, método ou processo capaz de propiciar a solualém do intelecto”. Ela discorreu sobre o ensino no ção de determinado problema e, ao Tocantins e a experiência a partir mesmo tempo, atender aos quesitos da parceria com a LBV: “O projeto de baixo custo, fácil aplicabilidade Humanização das Escolas por uma e impacto social comprovado. Representando a dra. Milú Cultura de Paz tem o princípio de continuar valorizando os proces- Villela, que preside o Instituto Faça sos formativos, mas o nosso maior Parte, a mestre em Educação Katia desafio é o respeito ao Ser Humano Gonçalves Mori, coordenadora e como garantiremos a formação das atividades do instituto e autora do educador para lidar com esse do livro Voluntariado Educativo — projeto de formação de um cidadão Uma tecnologia social, iniciou os que cuida de si mesmo e do outro, debates sobre o assunto. “Quando que gosta do que faz. (...) Contamos a escola se preocupa com os projecom a presença da LBV na capaci- tos sociais da comunidade, coloca tação dos professores, pela prática os alunos na situação de voluntários. Eles passam a aprender e vivência que ela tem”. cidadania e participação social, articulando isso com o que apren2º dia — Impacto das deram em sala de aula”, defendeu. tecnologias sociais Katia Mori ainda conceitua: “O No segundo dia do Congresso, realizou-se a mesa-redonda “(In) voluntariado convencional busca a Formação e conhecimento — A transformação social. A pessoa sai Educação no mundo globalizado”. do estado de indignação e vai para
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Educação em foco
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“Tenho acompanhado o Educação em Debate aos domingos, às 7 horas [Super Rede Boa Vontade AM 1230 (kHz)], e vejo a seriedade com que o trabalho é desenvolvido. Já estive em Brasília/DF no Templo da Boa Vontade e fico admirada com a amplitude de todo o trabalho desenvolvido. Vocês estão de parabéns! Estou muito feliz de estar aqui hoje. (...) Acredito que é uma visão holística e integral do Ser Humano que está faltando, qualquer pedagogia é falha se não abarcar esse lado do coração, da intuição e da Espiritualidade, como a LBV faz. Esse é o caminho verdadeiro. Tenho certeza disso.” Evelin Patah Haddad Educadora
Vinícius Bueno
“O principal que percebi já na abertura é que foi enfocada a questão do Amor, da afetividade dentro da área de Educação, e é o que hoje está faltando. Parabenizo a LBV pela iniciativa, que mantém essa proposta e, com certeza, tem muito a contribuir com a Educação brasileira. Nós estamos iniciando agora, inclusive com a ajuda da LBV, a forma com que vocês trabalham a Pedagogia do Cidadão Ecumênico. (...) O trabalho da LBV, nesse sentido, é manter firme essa chama, essa esperança no coração das pessoas, de que realmente há um caminho de afetividade, de Amor, que pode ser aplicado na escola, respeitando-se a ideologia, a religiosidade de cada um.” Marcos Rogério Silvestre Vaz Pinto Superintendente da área de Educação da Seicho-no-Ie do Brasil
a ação. Na escola, usamos essa preocupação de transformar algo com que não concorda em uma experiência de educação”. Na palestra seguinte, dando continuidade à abordagem, a ex-aluna do Instituto de Educação José de Paiva Netto Paula Suelí Periotto Schnor, graduanda em História pela Universidade de São Paulo (USP), falou sobre o “Conhecimento solidário — O papel dos jovens”. “Essa percepção é muito importante para que ele se reconheça como ser construtor, e um construtor solidário. (…) Os educadores, como facilitadores, 84
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devem ser fraternos a essa tão desafiadora etapa da vida.” Testemunha da Pedagogia do Afeto e da Pedagogia do Cidadão Ecumênico, sua base educacional, Paula relatou o valor que teve na sua vida a união do intelecto ao coração e falou de práticas construtivas para formar cidadãos mais conscientes e participativos: “‘O Jovem é o futuro no presente! Confiemos nele.’ Esse pensamento de Paiva Netto sempre me marcou bastante, porque, quando somos estimulados à crítica, pensamos no futuro (…), e quando o futuro está no presente, temos
um poder ainda maior sobre ele”, comentou Paula. A oficial de projetos da Unesco em São Paulo, Anna Christina Nascimento, abordou o tema “Parcerias globais — Suporte ao educador”, apresentando ferramentas e iniciativas que podem auxiliar o educador em sala de aula, a fim de aprimorar o conteúdo e gerar conhecimento mútuo. “Parabéns à LBV pela iniciativa e a todos vocês por estarem aqui. É maravilhoso ver um auditório lotado de pessoas que buscam mais, que sabem tanto e querem compartilhar”, afirmou, logo no início da sua exposição. A Unesco apoia ações destinadas a capacitar as pessoas a acessar e contribuir com o fluxo de informação e conhecimento. Um exemplo dos projetos promovidos pelo órgão é a Biblioteca Digital Mundial, o maior acervo do gênero gratuito no mundo. “É nosso direito ter informação. É prioridade da Unesco, em parceria com os governos, facilitar mecanismos para que ela seja acessível e transparente”, explicou. Entre os tópicos abordados, Anna Christina ressaltou os objetivos das Nações Unidas, organização criada para acompanhar o desenvolvimento mundial e, ao mesmo tempo, auxiliar na busca de soluções para problemas que desafiam as sociedades, incluindo o compromisso de colaborar ativamente na construção de uma Cultura de Paz. Acerca desse trabalho, o representante da Legião da Boa Vontade na ONU, Danilo Parmegiani, discorreu sobre a atuação da LBV no órgão e a cadeira de vice-presidente que ocupa no Comitê de Espirituali-
3º dia — A escola e as múltiplas inteligências
No último dia do 7º Congresso Internacional de Educação, a profa. dra. Neide de Aquino Noffs, diretora da Faculdade de Educação da PUC-SP, apresentou a palestra “As diferentes inteligências e o processo educacional: Subsídios à ação docente”, que
Jonny César
Uma Internet segura também educa — A palestra conduzida pelo diretor de Prevenção e Atendimento da SaferNet Brasil, o psicólogo Rodrigo Nejm, pesquisador na área de novas mídias e subjetividade, no segundo dia do evento, chamou a atenção para um delicado assunto, que está cada vez mais presente na agenda da Educação. Com o tema Estudar, brincar e… navegar: Educação para o uso ético da internet, Nejm falou sobre o uso seguro e ético da mídia eletrônica, contribuindo para uma cultura de responsabilidade que habilite crianças, jovens e adultos a construir relações sociais saudáveis e seguras por meio do uso adequado das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs). Nejm chamou especial atenção de todos os envolvidos na educação de crianças e adolescentes para a pedofilia ou o aliciamento on-line, para o ciberbullying e outros crimes cibernéticos, isto é, que ocorrem a partir do espaço público virtual (internet).
trouxe momentos de descontração e troca de experiências vividas durante seus 30 anos em sala de aula. Para ela, o educador precisa ser todo o tempo um “pesquisador”, porque, além de oferecer aos alunos o conteúdo das disciplinas, tem de conhecer a história de vida dos seus educandos e utilizar de estratégias extras na sala de aula, como filmes educativos e os que apresentam lições que edificam e divertem. “Aprendi a ser bemhumorada, isso me ajudou a educar.” E acrescentou: “Não é fácil conviver com as fragilidades do outro, mas a Solidariedade é um caminho de sucesso”. Outro palestrante que contribui nesse enfoque é o professor Celso An tunes. Dono de larga vivência como educador e Aneliese de Oliveira
dade, Valores e Interesses Globais, na ONU, no qual a LBV é sua cofundadora. Para ele, a ação da Instituição ajuda a fomentar “lideranças solidárias e conscientes no mundo. É aí que entra o trabalho dos educadores. Todos fazemos parte de uma comunidade e precisamos estimular a consciência de que o educando é capaz de produzir impacto de melhoria nela (...), tornando-os agentes ativos, com senso crítico produtivo, e estimulados a mudar suas realidades”. Acrescentou, ainda, que a educação de qualidade só se dá realmente quando ela atinge a todos, firmando seu discurso nesta premissa do diretor-presidente da LBV: “Cuida do Espírito, reforma o Ser Humano. E tudo se transformará”.
Érika Valadares, do Sebrae-SP, realizou a oficina “Empreendedorismo: Formando jovens para a vida”.
psicopedagogo, também formado em Geografia pela Universidade de São Paulo, tornou-se especialista em Inteligência e Cognição e mestre em Ciências Humanas. De maneira descontraída, apresentou estudo do avanço da neurologia e a emersão de novas teorias pedagógicas. Antunes expôs os conceitos da Teoria das Inteligências Múltiplas, de Howard Gardner, e mostrou maneiras eficientes de estimulá-las. E aconselhou: “Professores, pais, mães, avôs e avós: se quiserem ser estimuladores de inteligências, levem sempre quando encontrarem com crianças uma porção de pontos de interrogação. Não pontos de interrogação para resposta que se sabe, mas aquelas perguntas aparentemente sem resposta, porque a pergunta que se induz ao pensamento é uma forma significativa de estimulação”. Ao término da sua palestra, o professor Antunes comentou: “Quando o pedido é da LBV, dou prioridade incontestável, porque BOA VONTADE |
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A educadora Adriana Ferro de Souza, do Sistema Universitário de Ensino, desenvolveu a oficina “Laboratórios e práticas pedagógicas”.
jamais deixarei de aceitar um convite dela, não apenas pela amizade que a LBV me desperta, mas também pela grandeza da obra de Paiva Netto, pelo significado que esse trabalho representa e pelo projeto que a Instituição desenvolve. Na verdade, não estava assumindo um compromisso, mas cumprindo uma obrigação. Muito obrigado! Foi uma honra, uma felicidade estar com vocês”.
Pedagogias do Afeto e do Cidadão Ecumênico
expôs de forma abrangente a aplicabilidade da Pedagogia do Afeto (direcionada às crianças de até 10 anos de idade) e da Pedagogia do Cidadão Ecumênico (que contempla a aprendizagem para faixas etárias a partir dos 11 anos). A proposta pedagógica da Legião da Boa Vontade possui metodologia própria, o MAPREI: “Falamos de um ensino que atenda às expectativas do Espírito eterno, cuja dimensão não nos é possível mensurar. E, por isso, este Congresso compartilha a importância do envolvimento total dos educandos na própria
A WCF-Brasil (associada à World Childhood Foundation) levou ao encontro o tema “A exploração sexual de crianças e adolescentes — Como a escola pode romper o silêncio e desenvolver ações efetivas”, por meio da participação da psicóloga Margarete Marques. 86
aprendizagem, para que sejam partícipes diretos da construção de um conhecimento solidário, no positivo e eficaz somatório de sua intelectualidade aos valores éticos, ecumênicos e espirituais, e isto é possível”. Para a diretora, os resultados positivos e eficazes podem ser vistos diariamente nos centros de ensino da LBV. “Quando o educando se vê na sua integralidade, se vê respeitado e se vê alvo da atenção do educador, ele corresponde. Então, é um compartilhar também do educando, socializando, com o educador”, conclui Suelí. Erik Estevão
Jonny César
A pedagoga Suelí Periotto, diretora do Instituto de Educação da LBV na capital paulista,
Dentro da proposta do projeto Criança e Consumo, do Instituto Alana, a psicóloga clínica Maria Helena Masquetti apresentou a oficina “A publicidade na formação física e emocional das crianças”.
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A oficina conduzida pela artista plástica, especialista em Arteterapia, Silvia Queiroz, da Associação Brasileira de Brinquedotecas (ABBri), mostrou a importância do espaço de brincar no desenvolvimento da criatividade infantil.
Aneliese de Oliveira
Pedagogia do Afeto, da LBV, é destaque em universidade “Em qualquer parte do mundo onde forem implantadas a Pedagogia do Cidadão Ecumênico e a Pedagogia do Afeto, a educação dos povos nunca mais será a mesma! Tudo terá sido transformado para melhor, pois Jesus estará na base da formação.”
A
universitária precisava apresentar um trabalho com base em entrevista feita com um profissional da área de biblioteconomia a respeito do perfil ideal para o exercício da profissão. Irani trouxe a experiência relatada por Maria Aparecida Gama, responsável pela Biblioteca Bruno Simões de Paiva, do Instituto de Educação da LBV, na capital paulista. Ao explicar a escolha dessa proposta pedagógica, que em essência busca formar Cérebro e Coração, a estudante defendeu: “Em qualquer parte do mundo onde forem implantadas a Pedagogia do Cidadão Ecumênico e a Pedagogia do Afeto, a educação dos povos nunca mais será a mesma! Tudo terá sido transformado para melhor, pois Jesus estará na base da formação”.
Rodrigo de Oliveira
Pedagogia do Afeto (direcionada às crianças de até 10 anos de idade) e a Pedagogia do Cidadão Ecumênico (que contempla a aprendizagem para a faixa etária a partir dos 11 anos), criadas pelo diretor-presidente da Legião A Hora do Bebê-conto da Boa Vontade, José de Paiva Durante a palestra, a estuNetto, têm inspirado educadores dante enfocou a Pedagogia do e profissionais do ensino a con- Afeto no incentivo à leitura, tribuir para uma cidadania citando a atividade Hora mais fraterna. Um exemdo Bebê-conto, desenplo disso está no relato da volvida pelas educacarta encaminhada pela doras que cuidam dos estudante Irani Maria bebês da Supercreche dos Santos, que cursa Jesus da Instituição: Biblioteconomia e Ci- Irani Maria dos Santos “Dentro da programaência da Informação no Centro ção pedagógica das escolas da Universitário Assunção (Unifai). LBV, há a atividade na qual as Durante seminário realizado crianças, desde a mais tenra nessa instituição de ensino, a idade, são estimuladas a desen-
volver o gosto pela leitura; cada aluno lê quatro livros por mês. No caso dos bebês, eles são colocados com livros infantis — de pano e de plástico — num local apropriado e confortável. Espalhados em volta, ao alcance de suas mãozinhas, os livros são folheados, e as crianças destacam logo as ilustrações, instante em que as professoras aproveitam para ensinar-lhes canções e outras atividades que as auxiliem a desenvolver as capacidades cognitivas, sempre em conjunto com o sentimento em seus pequeninos corações”. A universitária recorda a boa aceitação da palestra pela plateia: “Foi um sucesso! Todo a classe ficou atenta, em silêncio total. (...) E muitos vieram solicitar informações de como se tornar um voluntário da LBV”. Irani Maria comenta também que a professora de Ciência da Informação, Jeane Passos, ao término da apresentação, explicou por que não por acaso essa palestra encerrou o seminário — para ela, foi o “desfecho de ouro”. E completa a professora: “Justamente por trazer um exemplo tão rico para os colegas, de forma que percebam o perfil ideal que o profissional da informação deve desenvolver em si, que coloca o Amor no exercício da sua profissão”. BOA VONTADE |
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Especial 53 anos de trabalho na LBV
Mais de meio século pela
Reeducação Fotos: André Fernandes
Paiva Netto: há 53 anos, formando Seres Humanos fraternos e solidários para a Cidadania Ecumênica.
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Fotos: Arquivo BV
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Amizade que não cessa nem com a morte Em 28/6/1957, já integrando as fileiras da Legião da Boa Vontade, acompanhado de sua irmã, Lícia Margarida, visitou Alziro Zarur no orfanato Casa de Luciá, onde o fundador da LBV residia, no bairro do Lins de Vasconcelos, no Rio de Janeiro/RJ. Naquela data, o famoso jornalista, radialista e poeta conversou com o jovem Paiva, então com 16 anos. Numa impressionante ligação de afinidade, exclamou: “Até que enfim você apareceu, menino! Há quanto tempo eu o esperava!”. Automaticamente selam amizade, que não findou nem com a morte de Zarur: Paiva Netto esteve presente em momentos de grande desafio vividos pelo criador da LBV e tornou-se, com o seu falecimento, por ser o secretário-geral da Instituição, o sucessor natural, expandindo a Obra e fazendo, inclusive, cumprir as promessas feitas pelo velho amigo. FOTOS (1) José de Paiva Netto, Alziro Zarur e dr. Osmar Carvalho e Silva. (2) Já na juventude, Paiva Netto assumia grandes desafios na LBV. (3) A Ronda da Caridade faz parte da Campanha Permanente da LBV contra a fome do corpo e da Alma, lançada no fim da década de 1940, com a popular Sopa dos Pobres, também conhecida como Sopa do Zarur. No destaque, o jovem Paiva Netto, que participou da primeira Ronda, em 1/9/1962, no Rio. Filho e neto de baianos Em 2 de março de 1941, um belo domingo de sol, nascia José Simões de Paiva Netto, nome dado em homenagem ao avô paterno. Filho de Idalina Cecília de Paiva (1913-1994) e de Bruno Simões de Paiva (1911-2000), foi o primeiro bisneto, neto, filho e primo daquela família baiana a nascer no Rio de Janeiro/RJ. Dos pais herdou também o amor pelo conhecimento, pela leitura, e a sensibilidade para as artes, principalmente a musical.
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29 de junho é data especial aos que, pelo mundo, celebram a Boa Vontade, pois nesse dia, há 53 anos, José de Paiva Netto ingressou na LBV. De 1956 para cá, mais de meio século de serviços ininterruptos e três décadas à frente da Legião da Boa Vontade, transformando-a em um dos maiores movimentos humanitários do planeta. Essa disposição em mudar para melhor a sociedade — utilizando como ferramenta a Solidariedade Ecumênica — acompanha Paiva Netto desde muito novo. Aos 15 anos de idade, logo que escutou uma canção natalina (Noite Feliz, de Joseph Mohr e Franz Grüber) durante o programa Campanha da Boa Vontade, na Rádio Tamoio, do Rio, intrigado, exclamou: “Mãe, música de Natal em junho!” e, na sequência, ouviria ainda o saudoso fundador da LBV, Alziro Zarur BOA VONTADE |
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São Paulo/SP
Centros de excelência de ensino
Glorinha/RS
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Vivian Ribeiro
André Fernandes
Cascavel/PR
Francieli da Silva
Tatiane Oliveira
Rio de Janeiro/RJ
Liliane Cardoso
Vivian Ribeiro
Desde o início de sua gestão à frente da LBV, preocupou-se em criar órgãos com fins educativos, viabilizando escolas e centros comunitários e educacionais em todo o país, que oferecem educação infantil, ensino fundamental, médio, supletivo e EJA — Educação de Jovens e Adultos, além de cursos profissionalizantes a milhares de adolescentes e adultos de comunidades de baixa renda.
Arquivo BV
André Fernandes
Especial
Aracaju/SE
(1914-1979), repetir a passagem do Evangelho em que os Anjos anunciam o Nascimento do Cristo: “Glória a Deus nas Alturas e Paz na Terra aos Homens de Boa Vontade”. Jesus (Lucas, 2:14). O que lera cerca de três anos antes, aos 12 anos, na publicação editada pela LBV chamava-lhe de novo a atenção: no opúsculo, de marcante conteúdo, que recebeu de uma formosa senhora negra, no Rio de Janeiro/RJ, Brasil, encontrou descritos, no pioneiro movimento interreligioso promovido por Zarur com a Cruzada de Religiões Irmanadas,
Sob a administração de Paiva Netto, a Legião da Boa Vontade tornou-se a primeira organização da sociedade civil brasileira a associar-se ao Departamento de Informação Pública das Nações Unidas (DPI), a partir de 1994. Em 1999, a LBV foi também a primeira associação civil brasileira a conquistar na ONU o status consultivo geral no Conselho Econômico e Social (Ecosoc). E em 2000 passou a integrar a Conferência das ONGs com Relações Consultivas para as Nações Unidas (Congo), em Viena, na Áustria. O trabalho da LBV está presente com bases autônomas em sete países (Argentina, Bolívia, Brasil, Estados Unidos, Paraguai, Portugal e Uruguai).
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Urugua
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Vocação musical Compositor e produtor musical de talento, obteve seu primeiro grande sucesso com um tributo ao povo baiano: o disco Negrada — Jesus, o Grande Libertador! (1983). A partir daí, vários outros trabalhos ganharam notoriedade, a exemplo de uma série de músicas dedicadas a Maria Santíssima, com as quais homenageia o Brasil e vários de seus Estados (década de 1980); o Poema Sinfônico Argentina (1982); a Sinfonia Apocalipse (1987), escrita em parceria com o maestro Almeida Prado; a Suíte Aquarius — A Dança dos Mundos (1993), com orquestração do compositor búlgaro Alexander Yossifov; e o Oratório O Mistério de Deus Revelado (com mais de 500 mil cópias vendidas), composto em Portugal, no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul (1998), Brasil, sob a inspiração do genial Villa-Lobos (1887-1959). João Periotto
os ideais que ele próprio almejava. Por tudo isso, determinado, disse: “Mãe, é com esse que eu vou!”. Outra coisa que o impressionou foi a sonoridade do nome: Alziro Zarur. Com essa firmeza de caráter, construiu uma carreira destacada como radialista, jornalista, escritor, compositor e administrador. Conciliou os próprios talentos e alcançou uma síntese rara: ao mesmo tempo, é pensador, comunicador e homem de ação. Não foi por acaso a escolha do dia 29 para abrir o 7º Congresso Internacional de Educação da LBV,
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BV Arquivo
LBV presente na Organização das Nações Unidas — ONU
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Clayton Ferreira
Goiânia/GO
Especial
André Fernandes
Templo da Boa Vontade e ParlaMundi da LBV
Espírito e Ciência O líder da Instituição criou ainda, em 2000, o Fórum Mundial Espírito e Ciência, da LBV, que se tornou o maior movimento mundial do gênero na formação de novos paradigmas do pensamento humano, fundamentados na convergência e no intercâmbio entre o conhecimento científico e as diversas tradições religiosas, havendo dele já participado nomes de grande destaque do cenário nacional e internacional. Paiva Netto fundou também a Academia Jesus, o Cristo Ecumênico, composta pelo Instituto de Estudo e Pesquisa da Ciência da Alma e pelo Instituto de Estudo, Pesquisa e Vivência do Novo Mandamento de Jesus. 92
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Arquivo BV
Em 21 de outubro de 1989, Paiva Netto fundou, em Brasília/DF, capital do Brasil, o Templo da Boa Vontade (TBV), com a presença de mais de 50 mil participantes. O TBV é o polo do Ecumenismo Irrestrito, que preconiza a conciliação de todas as criaturas e povos da Terra, e do Ecumenismo Total, que proclama a urgente necessidade da comunhão entre a Humanidade da Terra e a Humanidade do Céu. Considerado “a maior construção piramidal do século 20” pelo tradicional Diário de Notícias, de Lisboa, Portugal. Por iniciativa também de Paiva Netto, foi fundado, em 1994, ao lado do Templo da Paz, com a participação de mais de 100 mil pessoas, o Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica, o ParlaMundi da LBV, obra que integra o conjunto arquitetônico mais visitado de Brasília (na Quadra 915 Sul, Lotes 75/76), segundo a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo do Distrito Federal (SDET). Desde sua inauguração, já foi visitado por quase 20 milhões de peregrinos e turistas.
cujo tema Educar: um olhar além do intelecto homenageia o dirigente da LBV, criador da Pedagogia do Afeto (direcionada às crianças de até 10 anos de idade) e da Pedagogia do Cidadão Ecumênico* (que contempla a aprendizagem a partir dos 11 anos de idade), que têm inspirado educadores e profissionais do ensino a contribuir para uma cidadania mais fraterna. Nessa
Arquivo BV
Comunicador
Paiva Netto criou a Editora Elevação, a Gráfica da Boa Vontade, a Gravadora Som Puro Records, o Portal Boa Vontade (www.boavontade.com), a Super Rede Boa Vontade de Rádio (primeira rede em sistema digital com equipamentos próprios), a Boa Vontade TV (programadora de conteúdo para TV a cabo) e a Rede Mundial de Televisão, as três últimas com dezenas de emissoras de norte a sul do país. Todas essas importantes mídias prestam contas das realizações da LBV e levam ao público a mensagem de Fé Realizante e Esperança, sob o lema: Educação e Cultura com Espiritualidade, para que haja Alimentação, Segurança, Saúde e Trabalho para todos, na formação do Cidadão Ecumênico. Daniel Trevisan
Arquivo BV Daniel Trevisan
Campeão de vendas Paiva Netto é autor de várias obras literárias, que já venderam cerca de 4 milhões de exemplares. Entre seus livros se destacam os três volumes da coleção O Apocalipse de Jesus para os Simples de Coração (As Profecias sem mistério, Somos todos Profetas e Apocalipse sem Medo), Crônicas & Entrevistas, Como Vencer o Sofrimento e Reflexões da Alma. Muitos títulos do escritor já foram traduzidos para dezenas de idiomas, sendo sucesso nos maiores eventos literários do mundo.
proposta pedagógica, dedicada a formar cérebro e coração, crianças e jovens, e por extensão suas famílias, são os principais beneficiados. Durante o Congresso, realizado na capital paulista de 29 de junho a 1o de julho, educadores e representantes da LBV apresentaram a experiência da Instituição em unir conteúdos pedagógicos a valores de Fraternidade, Espiritua
* Ecumenismo — Que pensa o jornalista e escritor Paiva Netto sobre o assunto? Quer saber? Leia É urgente reeducar!, publicação de sua autoria encaminhada às Nações Unidas, em diversos idiomas, disponível pelo Clube Cultura de Paz: 0800 77 07 940.
lidade e Ecumenismo, o que tem gerado excelentes resultados nas unidades socioeducacionais da Legião da Boa Vontade. Por isso, a revista BOA VONTADE apresentou esta reportagem fotográfica, cujo principal intento é sintetizar algumas das grandes transformações empreendidas pelo líder da LBV no constante desafio de construir um Brasil melhor e uma Humanidade mais feliz. CONHEÇA MAIS: www.paivanetto.com BOA VONTADE |
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Tudo pelo social LBV é ação nas cinco regiões do Brasil
Campanha
Diga SIM! Arquivo pessoal
“Quando a LBV chamar, atenda com o coração: diga SIM!” Essa é a mensagem da Campanha relançada no dia 1º de abril, pela Legião da Boa Vontade em todo o Brasil, com o objetivo de angariar recursos para a manutenção dos programas socioeducacionais que a Instituição desenvolve no país. A iniciativa favorece diretamente milhares de pessoas amparadas pela LBV, em suas escolas de Educação Básica, lares para crianças e adolescentes e para a Terceira Idade e Centros Comunitários e Educacionais. Nesses locais, a LBV realiza ações que contribuem para a melhoria da qualidade de vida dos atendidos nas comunidades em que
Londrina/PR
Cascavel/PR
Juliana Bortolin Sandra Teixeira
Clayton Ferreira
Vitória/ES
School Picture
Diogo Franco
Vivian Ribeiro Elisa Rodrigues
São Paulo/SP Campinas/SP
Maringá/PR
Paulo Araújo
Mônica Mendes
Porto Alegre/RS
vivem. Exemplos disso são os cursos de capacitação profissional, as oficinas de geração de renda, as palestras educativas e aulas de alfabetização, as atividades esportivas, lúdicas, pedagógicas e culturais, além do atendimento médico, de enfermagem, odontológico, jurídico, psicológico, entre outros, e da distribuição de cestas de alimentos e kits escolares.
João Miguel
Mônica Mendes
Recife/PE
Belo Horizonte/MG
Volta Redonda/RJ
São Paulo/SP
Belo Horizonte/MG
Vinícius Ramão André Fernandes
Curitiba/PR
Abrangência
Somente no ano passado, para se ter ideia do alcance da atuação da LBV, vale destacar que ela prestou 7.487.023 atendimentos e benefícios a populações em situação de vulnerabilidade. Essas ações beneficiaram cerca de 120 mil pessoas, nas áreas de educação, cultura, alimentação, além de apoio no campo da segurança, da saúde e do trabalho, com um diferencial: a Espiritualidade Ecumênica, princípio que a LBV aplica em tudo que realiza. Todos estão convidados a participar da Campanha Diga SIM! e, desta forma, colaborar com a Legião da Boa Vontade para que continue não apenas a prestar auxílio àqueles que a procuram, mas também, e principalmente, aprimorar cada vez mais a qualidade do que oferece a seus atendidos. As doações podem ser feitas nas unidades da LBV, pelo tel.: (11) 3225-4500 ou pelo site www.lbv.org.br.
“Esporte é Vida, não violência!” Pioneira campanha educativa da LBV pela Paz nos Esportes, realizada desde 1978
Ismael Brito
Criada por Paiva Netto, a Campanha LBV — Esporte é Vida, não violência! é uma das atividades educativas desenvolvidas pela Legião da Boa Vontade por meio da Super Rede Boa Vontade de Comunicação (TV, rádio, revista e internet), presente nos estádios do Brasil desde 1978. Na foto, o repórter Wilson Pimentel (E), Eliel Brum (C), responsável geral pela equipe de espor tes, e Pedro Paulo Torres, supervisor do programa Momento Esportivo (das 12h05 às 13h30), da Super Rádio Brasil AM 940, emissora da Super RBV do Rio de Janeiro/RJ.
Salvador/BA
Campo Grande/MS Analice Barcelá
Niterói/RJ
Álida Santos
Ipatinga/MG
Vivian Ribeiro
Clayton Ferreira
Glorinha/RS
Liliane Cardoso
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Joílson Nogueira
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Acontece em Santa Catarina
Desafios
de Santa Catarina
Clayton Ferreira
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Senador Raimundo Colombo destaca o que tem sido feito para superar os efeitos Juliana Bortolin das catástrofes climáticas e da crise financeira
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uatro meses depois de sofrer com as fortes chuvas — um dos maiores desastres naturais de que se tem notícia na Região Sul — Santa
Catarina voltou a enfrentar dificuldades por conta do clima: um largo período de estiagem desde o início de março. As regiões norte, oeste, planalto e Vale do Itajaí — esta uma das áreas mais atingidas pelas chuvas no fim do ano passado — somam mais de 130 municípios em estado de emergência. De acordo com a Defesa Civil catarinense, ao menos um milhão de habitantes devem sofrer com os efeitos da seca. Apesar de todos esses desafios, o Estado tem mostrado grande
capacidade de superação, um aspecto ressaltado pelo senador Raimundo Colombo, natural de Lages. O parlamentar recebeu a reportagem da BOA VONTADE em seu gabinete, em Brasília/DF, para discutir vários temas, em especial os caminhos de Santa Catarina para sobressair no atual cenário de crise financeira, o que exige criatividade dos municípios brasileiros.
Seis meses depois
Um dos problemas graves citaBOA VONTADE |
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Acontece em Santa Catarina
râmica, pecuária, agroindústria e polos metal-mecânico e turístico”. Entre as ações para sanar o prejuízo está uma ajuda de R$ 800 milhões. O senador detalha: “A obra no porto de Itajaí está em andamento. São R$ 100 milhões para a recuperação das rodovias federais, o que também está em curso. Outros 360 milhões são para os municípios atenderem as pessoas, incluindo a reconstrução das casas, que é o que está demorando mais”.
relação ao mesmo período do ano passado. “Isso está deprimindo a economia catarinense, que ainda se recupera das enchentes. O porto de Itajaí, peça fundamental nessa cadeia de desenvolvimento, por onde exportamos quase tudo, ainda não está pronto. (...) O momento é duas vezes mais difícil para a gente”, declarou. O ponto forte do porto, interditado pelas inundações, é o embarque de carnes (bovina, suína e aves). Com as atividades portuárias suspensas àquela altura, era mais um motivo de preocupação: “Fizemos uma audiência pública no Senado, com todas as pessoas envolvidas, agroindústria, governo, produtor rural, para ver o que a gente faria para minimizar essa situação, porque o pessoal não conseguiria resistir muito tempo com R$ 80,00 de prejuízo por animal”. A suinocultura, aliás, poderia representar mais um fator fundamental para um balanço negativo do Estado, por diversos motivos: as enchentes, a crise e, mais recentemente, a Influenza A (H1N1). Mas as notícias não são tão ruins. Apesar do pessimismo presente no mercado, para os maiores produtores da carne no Brasil o clima é diferente.
Crise e recuperação
O senador Raimundo Colombo afirmou estar preocupado quando o assunto é a atual crise internacional. A queda de arrecadação já afeta milhares de municípios pelo Brasil, e isso representa “um componente perigoso”, na visão do senador. “Começou a cair muito a receita dos municípios e do governo do Estado. A gente começa a ter uma crise no setor público”, alertou. Na opinião dele, o cenário econômico é bastante prejudicial ao Estado, já que este tem vocação para exportação e os mercados a que se destinam seus produtos estão enfraquecidos, refletindo numa queda de quase 40% nessa atividade em
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dos por Colombo foi a falta de moradia para os 78 mil desabrigados pelas fortes chuvas. Em Blumenau, por exemplo, até hoje cerca de 600 pessoas ainda vivem em abrigos coletivos, onde as famílias ocupam espaços divididos apenas por lençóis ou sobras de móveis. “Isso traz um transtorno terrível para todos. A construção de novas casas é urgente, é o grande desafio. Mas é uma tarefa longa, difícil, que vai precisar de muitos recursos. (...) Estamos fazendo um trabalho forte de acompanhamento para que o dinheiro de fato chegue”, disse. Quando a ajuda emergencial diminui, é hora de o governo, a sociedade civil e a população trabalharem juntos. “Agora existem problemas que ficaram e vão se estender por longo tempo.” As enchentes deixaram 63 municípios em estado de emergência, atingindo mais de 1,5 milhão de pessoas, e comprometeram atividades econômicas locais importantes. Para Colombo, o fato de Santa Catarina dispor de uma linha de atuação diversificada atenuou essa situação: “O Estado tem características próprias em cada região. Por exemplo, no sul há uma termoelétrica muito forte, além do setor têxtil, de ce-
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Entusiasta das boas causas
O senador Raimundo Colombo durante visita ao Centro Comunitário da LBV em Florianópolis. Na ocasião, as crianças atendidas entregaram-lhe um cartão personalizado de boas-vindas.
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italianos e portugueses, as pessoas têm uma vida comunitária intensa, e essa é uma característica marcante. Nosso povo se une; é impressionante sua solidariedade”. Sem perder o tom de esperança, e celebrando os avanços, o senador finaliza: “Quero agradecer ao Brasil todo, que ajudou de uma forma extraordinária. (...) Ainda temos muito a fazer, muitos problemas que precisam ser superados, mas o povo catarinense é forte, se reergueu e já está trabalhando”.
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Empresários e criadores nacionais acreditam que a suspensão da compra de carne suína de fornecedores das regiões-foco da doença, México e Estados Unidos, coloque o Estado na mira dos grandes importadores, como Rússia (onde 50% da carne de porco consumida vem dos EUA) e China. Apesar de tantas dificuldades, está-se trabalhando pela superação. Muito dessa característica, segundo Colombo, está presente na trajetória do Estado: “A história de Santa Catarina é de uma força fantástica. Desde os imigrantes alemães,
Desde muito cedo envolvido com as causas sociais, o senador Raimundo Colombo disse ter sido marcante o momento em que conheceu a LBV: “Quando fui a Florianópolis visitar a Legião da Boa Vontade, me reencontrei com as minhas raízes”. Foi na juventude que se tornou líder comunitário na cidade de Lajes. Há 28 anos, em situação semelhante à atual, ajudou a população após um vendaval que destruiu várias casas. Colombo mostrou o trabalho de recuperação desenvolvido no local ao então governador, Jorge Bornhausen, durante visita oficial às áreas afetadas. Posteriormente, Bornhausen chamou aquele jovem entusiasta para trabalhar no governo do Estado de Florianópolis. Já foi deputado estadual, prefeito e deputado federal. “Desde aquela época até hoje, eu praticamente me dediquei só à vida pública”, conta o senador, que também declarou: “O trabalho que a LBV faz é um exemplo para a sociedade; nós precisamos construir. (...) Quero doar um pouco de mim para o trabalho que vocês estão fazendo. Ali, me senti animado e renovado para trabalhar mais. (...) Que bom que há exemplos de solidariedade que nos animam e mostram o caminho para que façamos bem o nosso trabalho”. BOA VONTADE |
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Terceiro Setor II Congresso Brasileiro de Fundações
Avanços e desafios do
Terceiro Setor
Daniel Guimarães e Sarah Jane Reprodução: BVTV
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II Congresso Brasileiro de Fundações, realizado em 30 de março no Memorial da América Latina, na capital paulista, reuniu mais de 1.200 participantes para discutir os avanços e desafios do Terceiro Setor em sua tarefa de alterar a realidade da população em situação de risco social. O evento, organizado pelo Ministério Público do Estado de São Paulo, atraiu formadores de opinião, dirigentes e colaboradores de fundações e de entidades
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Setor”, “As Fundações sociais, além de estuprestando contas à sociediosos do assunto, em dade civil” e “Imunidade torno da reflexão sobre e isenção tributária para os caminhos percorridos as Fundações e Entidapelo Terceiro Setor e do des de Interesse Social”. estabelecimento de noDr. Enrique Ricardo Na abertura dos travos rumos e objetivos a balhos, o dr. Enrique serem alcançados pelas fundações e entidades sociais. E Ricardo Lewandowski, miniscontou com o apoio de entidades, tro do Supremo Tribunal Federal a exemplo da Fundação José de (STF), discursou sobre a relação entre o STF e as organizações do Paiva Netto. As palestras abordaram os Terceiro Setor, ressaltando: “(…) seguintes tópicos: “O Supremo É impossível para o Estado presTribunal Federal e o Terceiro tar todos os serviços públicos
Arquivo pessoal
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Daniel Trevisan
que lhe competem, Rollemberg: “O Conde tantos anos, tem um essa parceria com as gresso discute temas caráter de perenização entidades privadas é relevantes do Terceiro e aprimoramento de diabsolutamente funda- Setor, que hoje presta reitos sociais e também mental e necessária”. um serviço inestimável”. de deveres, é bom que Com a finalidade de Em entrevista à se diga”. Dr. Airton Grazzioli Dr. José Eduardo BOA VONTADE, o promover a discussão Segundo o dr. José promotor de Justiça do Minis- em torno das leis que regem a Eduardo Sabo Paes, procurador tério Público Paulista e curador atuação das organizações vol- de Justiça do Ministério Público de Fundações de São Paulo/SP, tadas para o social, o evento do DF e presidente da teve também o apoio Associação Nacional dr. Airton Grazzioli, da Fundação Conrado de Procuradores e afirmou: “O grande proWessel, representada por Promotores de Jusveito deste Congresso seu diretor financeiro, tiça de Fundações e é dar a oportunidade dr. José Caricatti, que Entidades de Intede um debate amplo, Iliana de Aquino presidiu também a mesa resse Social (Profis), franco e transparente. O Terceiro Setor hoje Dr. José Caricatti de abertura. No seu pro- o evento abordou a “temática é imprescindível para uma so- nunciamento, Caricatti valorizou fundamental dos recursos públiciedade mais justa as conquistas alcançadas cos, que devem e podem e mais solidária; ele pelas entidades: “Temos ser direcionados para as merece o devido res- uma ação das fundações entidades privadas”. No peito para que possa na sociedade que precisa que foi seguido pela triefetivamente prestar ser vista em todos os ânbutarista Iliana Graber um excelente servi- gulos, e é esse o objetivo de Aquino, que avaliou Dra. Lígia Bisogni ço”. Dra. Dora Bueno deste congresso”. a importância do enconAinda sobre a importância tro pelo fato de “provocar não Por sua vez, a dra. Lígia Cris tina Araújo Bisogni, desembar- desse movimento, a presiden- só o debate, como estimular o gadora do Tribunal de Justiça te da Associação Paulista de [Terceiro] Setor a fazer a defesa de São Paulo, defi- Fundações (APF) e da Confe- de seus interesses. E, mais do niu aquele momento deração Brasileira das Funda- que isso, defender os direitos como “de reflexão. ções (Cebraf), dra. Dora Silvia constitucionais”. (…) Para que as pes- Cunha Bueno, comentou: “É Ao estimar a influência e o pasoas conheçam um um momento ímpar para troca pel dessas fundações e entidades, pouco mais do que de informações, principalmente a diretora do Instituto MC de Rodrigo Rollemberg isso significa para entre o Ministério Público e os Educação Social, Maria Cecília toda a comunidade. dirigentes fundacionais”. Medeiros de Farias Kother, Para a presidente da Co- concluiu: “É um trabalho paraNão é só entender essa dinâmica, mas aplaudir o trabalho e missão de Direito do Terceiro lelo às atividades do Primeiro Setor da OAB/SP, Lúcia Setor, mas tem já o incentivar a continuidaMaria Bludeni, muitas seu espaço definido de dele”. vitórias têm sido alcan- e uma relevância que Mentalidade essa çadas: “O trabalho re- não é mais substituícompartilhada por muilevante que as fundações vel, pela extensão e tos parlamentares, como e associações privadas pela qualidade do evidencia o deputado Lúcia Bludeni desenvolvem, ao longo que fazem”. Maria Cecília Kother federal Rodrigo Sobral BOA VONTADE |
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Atualidades Congresso de Municípios em Santos reúne 4 mil participantes
Fotos: Alexandre Salles
Crise econômica e suas oportunidades
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á mais de meio século o Estado de São Paulo tem um espaço que reúne diversas autoridades e palestrantes de renome para a discussão de temas importantes e troca de experiências na administração pública. Em sua 53a edição, o Congresso Estadual de Municípios, promovido pela Associação Paulista de Municípios (APM), entre os dias 31 de março e 4 de abril, em Santos, teve a participação de 4 mil pessoas. A crise econômica internacional e as práticas que levam a uma gestão eficiente nortearam o encontro. O presidente da entidade, Marcos Monti, faz um balanço positivo do evento: “A APM representa os 645 municípios de nosso Estado (...); aqui a participação das auto102
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dirigente, está no fato de reunir diferentes regiões paulistas, cada uma delas com necessidades específicas, para apresentar suas experiências. “Aqui é um laboratório de ideias”, afirmou. A APM esclarece os municípios sobre mudanças na legislação que os afetem, além de representar os interesses contínuos do movimento municipalista de São Paulo no Congresso Nacional.
Desafios ridades municipais foi expressiva, tendo mais de 400 municípios representados”. A programação incluiu plenárias, momento cultural e painéis sobre lei orgânica, finanças, meio ambiente, saneamento, Educação, o TCE (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo), emprego, habitação, direitos da pessoa com deficiência, gestão pública, relação com o Congresso Nacional, entre outros temas. O principal objetivo foi apontar os melhores caminhos para uma administração eficiente, a qual, na visão de Monti, se consolida com “a capacidade de economizar cada centavo e cortar gastos no seu município para continuar com os investimentos”. Outra característica do encontro, destacada pelo
A exemplo de outras nações, o Brasil diariamente também enfrenta os desafios da tensão econômica mundial. Muitas cidades foram afetadas com a queda da arrecadação e, de forma mais evidente, com a diminuição dos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). “A crise é internacional. À medida que ela chega, gera desemprego e a economia desaquece. (...) Cabe ao poder público criar condições para recuperar o poder aquisitivo [do povo]. Entendo que a nossa prioridade no momento é não deixar que os índices de desemprego aumentem mais ainda e evitar a queda brutal de arrecadação de recursos dos municípios”, comentou Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo. Para o secretário estadual do Emprego e Relações do Trabalho, Guilherme Afif Domingos, o
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(1) Dilma Rousseff, ministra da Casa Civil, presente na abertura do evento. (2) Marcos Monti, presidente da Associação Paulista de Municípios (APM). (3) Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo, ladeado por Luciano Duarte Pereira e Renato Viana, da Rede Mundial de Televisão. (4) Guilherme Afif Domingos, secretário estadual do Emprego e Relações de Trabalho. (5) Eduardo Cury, prefeito de São José dos Campos. (6) Jorginho Maluly, deputado federal. (7) Sidney Beraldo, secretário estadual de Gestão Pública. (8) Ângelo Oliveira, empresário português. (9) Simão Pedro, deputado estadual.
grande desafio dos bons gestores no momento de crise de crédito, que ele chama de travessia, é “enxugar, ser eficiente e fazer mais com menos”. A fórmula para isso, segundo o prefeito de São José dos Campos, Eduardo Cury, é “usar a criatividade: buscar recursos onde não tínhamos olhado anteriormente e ter eficiência no gasto desse dinheiro”. Ele destaca ainda o fôlego que a economia local tomou no primeiro trimestre de 2009, por exemplo, com as boas vendas no setor automobilístico, ancoradas, em grande parte, pela redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). “Nós tivemos um setor financeiro muito ruim na época da inflação, o crediário era escasso e começou a crescer apenas há três, quatro anos.
(...) Temos uma menor dependência ao crédito [em relação a outros países]. Vamos passar por uma travessia, mas o dano no nosso casco será bem menor que no casco dos outros”, avaliou o secretário Afif Domingos. Neste contexto, o congresso apresentou formas de auxiliar os gestores públicos na busca de alternativas que facilitem e modernizem suas administrações, por meio da exposição de produtos e serviços de diversos segmentos espalhados por uma centena de estandes. “O momento é de muita reflexão e controle de gastos. É a mesma coisa em casa. Quando se está apertado, não se troca a televisão. A questão é estabelecer prioridades, que, hoje, são a Saúde e a Educação”, disse o
deputado federal Jorginho Maluly. O empresário português Ânge lo Oliveira cruzou o oceano para apresentar aos brasileiros novas ferramentas tecnológicas de uso pedagógico, produto este finalizado em 2007 e presente hoje em 30 países. Para ele, a crise não deve atingir o setor da Educação. “É interessante observar as prioridades de cada país ou região, inclusive o modo como a economia afeta os investimentos públicos. Todo país tem uma política comercial adaptada àquela realidade”, diz o diretor-geral da Clasus. Na opinião do empresário, 2009 será o ano do boom das tecnologias da informação no ensino. Para o deputado Maluly, nada ajudará tanto o país quanto maior investimento na educação — ele BOA VONTADE |
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(10) Geraldo Alckmin (E), secretário estadual de Desenvolvimento, com Luciano Duarte, da Rede Mundial de Televisão. (11) Arnaldo Jardim (D), deputado federal. (12) Monica Serra, presidente do Fundo de Solidariedade e Desenvolvimento Social e Cultural do Estado de São Paulo. (13) Suely Maia, secretária de Educação de Santos. (14) Artur Mainarde Junior, diretor-geral da Somai. (15) Renato Amary, deputado federal. (16) Herculano Castilho Passos Junior, prefeito de Itu. (17) João de Almeida Sampaio Filho, secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. (18) João Paulo Tavares Papa, prefeito de Santos.
acredita que qualquer outra ação apenas reduzirá os impactos financeiros. O secretário estadual de Gestão Pública, Sidney Beraldo, ressaltou a capacidade de São Paulo de realizar investimentos de mais de R$ 20 milhões, o que dá subsídio ao Estado para conter o prejuízo. “À medida que realizamos grandes programas habitacionais e a construção de estradas, metrôs, geramos emprego e melhoramos a vida das pessoas. (...) Fizemos um levantamento na secretaria e todos esses investimentos irão gerar mais 850 mil empregos. É a parceria com os 104
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Caminhos para vencer a crise e buscar o desenvolvimento
municípios: liberar recursos para diversas obras contribui para que a crise seja menor no Estado e nos municípios.” Para que a boa administração funcione e sirva bem ao povo, o deputado estadual Simão Pedro apontou o papel da população, para ele, um braço tão importante quanto a Câmara Municipal ou o Tribunal de Contas, na hora de fiscalizar. “Ela [a população] precisa entender como funciona o orçamento, onde o prefeito gasta, e, através dos conselhos, participar da definição do orçamento, porque o dinheiro é público.”
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veia política de Minas Gerais e sua influência no cenário nacional não é só destaque do passado. Ainda hoje o Estado mantém o compromisso de participar dos debates sobre as grandes questões e a agenda do país. Essa vocação norteou as atividades do 26 o Congresso Mineiro de Municípios, promovido pela Associação Mineira de Municípios (AMM), em Belo Horizonte. Participaram prefeitos de todas as regiões do Estado, autoridades, secretários, ministros e personalidades nacionais. O vice-governador de Minas, Antônio Augusto Anastasia, dá o exemplo do choque de gestão: não evidenciar os processos, mas as atividades-fim, por meio de metas e compromissos a serem assumidos, reorganizando e implementando novos modelos de administração pública. “Foi uma bandeira lançada no Estado. (...) Hoje, os governos do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Bahia, Alagoas, Sergipe, Pernambuco, enfim, todos estão vocacionados para a gestão pública eficiente. O objetivo é muito simples: fazer o Estado funcionar bem,
Atualidades Em Minas, oportunidades de crescimento em pauta
Congresso mineiro de municípios
Stella Souza e Aneliese de Oliveira Fotos: Alexandre Salles
José Alencar
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conseguir mais com cada real gasto”. De acordo com o prefeito de Conselheiro Lafaiete, José Mil ton de Carvalho, que acabou de assumir a presidência da entidade organizadora do evento, este é o momento de dar continuidade ao que já vinha sendo feito pela Associação e buscar novos caminhos para ampliar as conquistas. “Temos toda a estrutura necessária para avançar em tudo aquilo que é bandeira da AMM”, disse. Algumas das prioridades citadas pelo prefeito José Milton estiveram na pauta dos debates: a atual crise econômica internacional, a administração municipal, perspectivas de crescimento, o índice de desenvolvimento humano e outros assuntos vitais para o crescimento dos 853 municípios mineiros e, por extensão, para todo o Brasil. “É uma ocasião muito apropriada para que os prefeitos se reúnam. Estamos vivendo um momento nacional e estadual difícil em razão de uma crise iniciada no exterior, mas que certamente traz preocupação ao país. (...) Tenho certeza de que os prefeitos neste congresso vão poder mostrar os seus pontos de vista e que estão colaborando.
Hélio Costa
Certamente serão ajudados pelos governos estadual e federal”, disse o ministro das Comunicações, Hélio Costa. Uma das principais preo cupações das prefeituras, a queda da arrecadação, foi tema de comentário do vice-presidente da República, José Alencar, que procurou tranquilizar os prefeitos. Ele afirmou que a medida provisória que aumentará o repasse do Fundo de Participação
de Municípios (FPM) não deve encontrar barreiras para ser aprovada no Congresso Nacional. O secretário de Estado de Desenvolvimento Regional e Política Urbana, deputado Dilzon Melo, acredita que é nessa hora que o governo se mostra parceiro dos municípios, ou seja: “Reeducando, profissionalizando os funcionários públicos, sendo companheiro durante essas adversidades, inclusive nas verbas estaduais. (...) BOA VONTADE |
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O mais interessante é capacitar as prefeituras para que elaborem projetos estruturadores e, com isso, a gente possa alavancar recursos”.
Exportando experiências
O congresso abriu um importante espaço para a troca de ideias, soluções, e para a interação entre a iniciativa privada e o poder público. Além do choque de gestão, o vice-prefeito de Belo Horizonte, Roberto Carvalho, apontou outras medidas tomadas em Minas que repercutem dentro e até fora do país. Uma delas é a que está transformando favelas em bairros. “O projeto Vila Viva é
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(1) José Milton de Carvalho, atual presidente da AMM. (2) Paulo César Silva, prefeito de Poços de Caldas, no estande da Rede Mundial de Televisão. (3) Antônio Augusto Anastasia (D), vice-governador de Minas Gerais, com Enaildo Viana, da Rede Mundial de Televisão. (4) Vice-prefeito de Belo Horizonte, Roberto de Carvalho. (5) Márcio Lacerda, prefeito de Belo Horizonte. (6) Alberto Duque Portugal, secretário estadual de Tecnologia, Ciência e Ensino Superior. (7) Gustavo Corrêa, secretário estadual de Esporte e Juventude. (8) Fernando Pimentel (D), ex-prefeito de Belo Horizonte, com Luciano Duarte, da Rede Mundial de Televisão. (9) Ex-ministro da Cultura, dr. Aluísio Pimenta. (10) Marcus Pestana, secretário de Saúde de Minas Gerais. (11) Dilzon Melo, secretário de Desenvolvimento Regional e Política Urbana. (12) Fuad Noman, secretário estadual de Transportes e Obras Públicas.
uma referência mundial e inspirou o governo federal. A ONU já veio a Belo Horizonte e está levando-o para o mundo”. Mais uma iniciativa mineira está no campo da saúde. “O Centro Metropolitano de Especialidades Médicas resolve um dos grandes problemas da saúde pública hoje, que são os exames especializados”, informa o vice-prefeito. O centro reúne 80 consultórios, salas para pequenas cirurgias, curativos e tratamento em especialidades como cardiologia, dermatologia, endocrinologia, gastroenterologia, ginecologia, mastologia, nefrologia, neurologia, ortope-
dia, otorrino e pediatria, com capacidade para realizar até 40 mil consultas mensais. Os avanços também devem chegar a municípios do interior mineiro em situação crítica e com nível baixo de IDH — índice de desenvolvimento humano. Para esses casos, o secretário estadual de Transportes e Obras Públicas, Fuad Noman, anuncia a recupe ração de estradas de acesso, para ele, “um grande indutor do desenvolvimento econômico e social, pois as rodovias trazem escolas, hospitais, negócios... melhoria de renda”. A previsão é ter 100% das vias de acesso asfaltadas até 2010.
Ecosoc — ONU/EUA Avanços e desafios na pauta de fórum intersetorial, da LBV
Em defesa
da saúde integral
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s indicadores falam por si: todos os anos 11 milhões de bebês morrem em decorrência de causas diversas; complicações na gravidez ou no parto matam mais de meio milhão de mulheres por ano. Estas são algumas das estatísticas do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) que reforçam a necessidade de um esforço, ainda maior, da sociedade para o cumprimento dos Oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODMs) — conjunto de metas assumidas pelos 191 países membros
da ONU para serem alcançadas até 2015, que prevê avanços importantes, entre os quais a redução da mortalidade infantil, a melhoria da saúde materna e o combate ao HIV/ aids, à malária e a outras doenças. Reconhecendo o valor do tema — e por considerar o bem-estar não apenas do ponto de vista físico, mas dentro de uma perspectiva de saúde integral —, a Legião da Boa Vontade realizou, de 20 de março a 2 de abril, uma série de encontros buscando identificar e disseminar tecnologias sociais inovadoras que, ao mesmo tempo, tenham baixo Realização
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custo e produzam alto impacto. Esse é o objetivo a que se propôs o 6o Fórum Intersetorial Rede Sociedade Solidária (3a Feira de Inovações), promovido pela LBV em cinco países (Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai), em suporte à Revisão Ministerial Anual do Ecosoc, o Conselho Econômico e Social das Nações Unidas. Representações oficiais da ONU estiveram presentes ao evento, a exemplo do chefe-adjunto da Seção de ONGs do UN/Desa, dr. Joop Theunissen. Assim, o encontro constituiu-se em espaço no qual Apoio
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Ecosoc — ONU/EUA
Na primeira foto, da esquerda para a direita: dr. Joop Theunissen, do UN/Desa, a sra. Valéria Schilling, do UNIC-Rio, e Alziro de Paiva, representante do diretor-presidente da LBV. Ao lado, dr. Giancarlo Summa, diretor do UNIC-Rio, ONU-Brasil.
Vivian Ribeiro
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os organismos do Sistema ONU, toridades e delegações presentes à nicipal de Saúde e Defesa Civil; da governos nacionais e locais, uni- Reunião de Alto Nível (High-Level sra. Nely de Azeredo, da Secretaria Municipal de Assistência versidades e institutos de pesquisa, Segment), encontro este Social do Rio de Janeiro; empresas e organizações da socie- que se realizará entre os e de Alziro Paolotti de dade civil, por intermédio de seus dias 6 a 9 de julho, em GePaiva, representante do representantes, dialogar sobre o nebra (Suíça). O relatório diretor-presidente da LBV. tema “Saúde e Qualidade de Vida: produzido pela Legião da Para Valéria Schilling, Cumprindo os Oito Objetivos do Boa Vontade, com a chanAnamaria Schneider que na ocasião representou Milênio”, conforme orientação cela da ONU, foi traduzio diretor do UNIC-Rio, dr. do Ecosoc, no qual a LBV possui do pelas Nações Unidas status consultivo geral desde 1999. para os seus seis idiomas oficiais Giancarlo Summa, o fato de o enOs eventos tiveram o suporte (árabe, chinês, espanhol, francês, contro estimular a pardo Departamento de Assuntos inglês e russo), e será entregue no ticipação comunitária enriquece o resultado Econômicos e Sociais da ONU evento de Genebra. dos debates. “Eventos (UN/Desa) e o apoio dos centros como este são mais do de informação das Nações Unidas Rio de Janeiro/Brasil para o Brasil e para Argentina e A análise dos fatores externos que bem-vindos para Uruguai (respectivamente, UNIC- capazes de influenciar a saúde da nós, das Nações UniNely de Azeredo -Rio de Janeiro e CINU Buenos Ai- população — pensando, é claro, em das (…). Eles dão voz a res), da Organização Pan-America- medidas preventivas — centralizou vários atores responsáveis pelo dena de Saúde (OPAS) na Argentina, os debates realizados no Palácio do senvolvimento, pela melhoria das na Bolívia, no Paraguai e no Uru- Itamaraty, no Rio de Janeiro/RJ, em condições de saúde, de cidadania guai; do Fundo de População das 31 de março. A mesa de abertura da população; tanto aqueles que Nações Unidas (UNFPA) na Ar- contou com a presença do dr. Joop fazem parte dos governos quanto gentina e do Programa das Nações Theunissen, chefe-adjunto da Se- dos movimentos populares.” Essa visão mais abrangente Unidas para o Desenvolvimento ção de ONGs do Departamento de (Pnud) na Argentina e no Paraguai, Assuntos Econômicos e Sociais da sobre o tema também foi um entre outros parceiros. ONU; da sra. Valéria Schilling, aspecto mencionado Os resultados desdo Centro de Informação pela coordenadoraUruguai se ciclo de debates da ONU para o Bra- executiva do Centro serão apresentasil (UNIC-Rio); da de Promoção da Saúde dos à sociedade sra. Anamaria (Cedaps), sra. Kátia latino-americana Schneider, da Edmundo. Ela sine também às auSecretaria Mu- tetizou alguns pontos Kátia Edmundo
Vivian Ribeiro
integra o Polo Empresarial Nova debateu a importância das políticas Rua Larga, declarou: “Saúde e públicas de saúde para a melhoria qualidade de vida interessam a to- dos indicadores nacionais de dedos nós, principalmente aos menos senvolvimento humano. Compufavorecidos socialmente”. seram o painel temático o Instituto Na opinião do desembargador de Pesquisa Econômica Aplicada Cármine Antonio Savino Filho, (Ipea), o Ministério da Saúde e a “a saúde tem uma repercussão em Escola Superior de Ciências da todas as outras áreas”. Sobre a Saúde. Em sua exposição, o dr. iniciativa do Fórum, o vice-presi- Jorge Abrahão de Castro, diretor dente do Instituto dos Magistrados de Estudos Sociais do Ipea, traçou do Brasil salientou: “Eu um panorama do Brasil estou sempre presente, dentro dessa perspectiva: não só nessas iniciativas, “Nesta área, que envolve mas permanentemente. três Objetivos [de DesenNa conversa com os amivolvimento do Milênio], o gos, políticos, falo desse que nós temos verificado é grande modelo pedagó- Dr. Cármine Filho o seguinte: a mortalidade gico que a LBV conseguiu criar. infantil, que é o indicador mais (...) A LBV não se preocupa só importante, tem caído, mas ainda é com a instrução das pessoas, mas, muito alto o índice brasileiro e tem sobretudo, com a Educação. Não é muita diversidade de resultados, uma pedagogia instrucional, mas considerando por região. Então, a formadora do Homem. Por isso Região Nordeste está numa situaé que eu sou um ‘soldado raso’ ção ainda hoje pior do que a Região desse exército maravilhoso que é Sul e a Região Sudeste em quase a LBV”. todos os indicadores, o que mostra que a ação pública, a ação das ONGs e as Oscips (Organizações Brasília/Brasil Ocorrido em 2 de abril, no da Sociedade Civil de Interesse Parlamento Mundial da Fraterni- Público) são bem-vindas, se vistas dade Ecumênica (ParlaMundi da pelo lado regional.” Importantes personalidades do LBV), o Fórum na capital federal Vivian Ribeiro
Vivian Ribeiro
debatidos no Palácio ao longo do dia: “É preciso pensar nos outros fatores que incidem sobre a saúde, como as condições de moradia, o desemprego, as condições de escolaridade. É nessa perspectiva que entendemos a importância de estimular a participação qualificada da comunidade”. E acrescentou: “É por meio da sociedade civil, da mobilização da chamaGilberto Fugimoto da democracia participativa, que se pode contribuir na formulação e no aperfeiçoamento de políticas mais efetivas”. Entre as diversas organizações que colaboraram nos debates está o Serviço Social do Comércio (Sesc) do Rio de Janeiro, representado no evento por Gilberto Fugimoto, que, por sua vez, ressaltou a necessidade de planejar ações conjuntas. “Não é possível enfrentar um problema complexo com soluções simples, mas, sim, com soluções pactuadas entre a sociedade”, afirmou. Em sintonia, a sra. Ro salva Figueiras, coordenadora de projetos Rosalva Figueiras do Instituto Light, que
Vivian Ribeiro
Vivian Ribeiro
O dr. Joop Theunissen, chefe de Seção de ONGs do UN/Desa, é recebido pelos alunos do Centro Educacional, Cultural e Comunitário da LBV no Rio de Janeiro/RJ, Brasil. Na imagem ao lado, o Fórum Intersetorial, realizado na Embaixada do Brasil na Argentina.
Clayton Ferreira
Alunos da Escola de Educação Infantil da LBV, em Taguatinga/DF, abrilhantam a abertura do Fórum na capital federal.
cenário político brasileiro compuseram a solenidade de abertura do Fórum. O médico e deputado federal por São Paulo Arlindo Chinaglia afirmou que o fórum desempenha um papel fundamental na divulgação de práticas bem-sucedidas. “Outras experiências, em outras partes do mundo, eventualmente nós as poderíamos trazer para o nosso país, até porque, através de nossa experiência do Sistema Único de Saúde (SUS), com certeza temos o que oferecer de bom para outros países também”, destacou. O senador pelo Estado de Roraima Mozarildo Cavalcanti, por sua vez, advertiu: “O grande problema na saúde não é necessariamente, como muitos dizem, a falta de recursos. É o gerenciamento desses recursos e a ‘departamentalização’ das ações de saúde”. Em consonância com as palavras do integrante do Senado, o deputado distrital Charles Roberto de Lima, que é igualmente médico, apontou: “Nós temos lugares, hoje, em que as coisas básicas, a atenção primária, não funcionam. Se você tem ainda um recrudescimento, por exemplo, da dengue em nosso país, da tuberculose aqui e em algumas 110
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partes do mundo, é porque alguma coisa não vai bem”. Na ocasião, os três parlamentares também firmaram seu reconhecimento à atuação da Legião da Boa Vontade. “Nós parabenizamos a LBV pela capacidade de se inserir e de participar em âmbito mundial, através dos conselhos de que participa na ONU. (...) Na cidade de São Paulo, conheci o trabalho da LBV nas periferias, atendendo os que mais precisam”, declarou Chinaglia. O senador Mozarildo fez coro: “Quero dizer o meu testemunho da importância da LBV no Brasil, nos lugares mais pobres principalmente, e dar à LBV os meus parabéns pelo trabalho que desenvolve e aos seus parceiros que estão aqui presentes”. No discurso ao público, o deputado distrital Charles Roberto acrescentou: “Parabéns à LBV por organizar um movimento dessa magnitude para que nós possamos melhorar a vida de todos”.
Buenos Aires/Argentina
Os elementos que ocasionam situações de precariedade da saúde constituíram o tema que norteou o Fórum na Argentina, no dia 31 de março. O even-
to, realizado na Embaixada do Brasil na capital portenha, teve o apoio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) na Argentina; do Centro de Informação das Nações Unidas para Argentina e Uruguai (Cinu Buenos Aires); do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) na Argentina; e do Fórum do Setor Social. O economista Daniel Kostzer, coordenador de Desenvolvimento Social do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) na Argentina, ministrou conferência sobre o papel da sociedade civil no cumprimento dos ODMs. A dra. Lílian Correa palestrou sobre o perfil da saúde ambiental da infância na Argentina. O evento também teve a participação da doutora em psicologia Liria Guedes.
La Paz/Bolívia
Com o apoio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) no país, o Fórum na Bolívia, no dia 20 de março, teve a participação do Ministério da Saúde e Esportes. Na solenidade de abertura, a mesa de cerimônias foi composta pelo dr. Fernando Camacho (representante do ministério), pelo responsável nacional por Recursos Humanos e Interculturalidade da Opas, sr. Hugo Rivera, e por Roseli Garcia, coordenadora da área social e de comunicação da LBV da Bolívia. Na Feira de Inovações, articula da pela Legião da Boa Vontade no país pela primeira vez, diversas instituições ligadas à área da saúde apresentaram suas práticas de sucesso. A LBV, por sua vez, com-
Clayton Ferreira
Clayton Ferreira
A partir da esquerda, dr. Joop Theunissen, da ONU, o senador Mozarildo Cavalcanti e Paulo Medeiros, representante da LBV.
À direita, a secretária de Cidadania e Trabalho do Estado de Goiás, Flávia Morais, acompanhada por Mauro Rodrigues e Gizelle de Almeida, da LBV.
partilhou a experiência que possui na promoção da saúde bucal. Com o apoio de dentistas voluntários, a Instituição desenvolve amplo projeto com famílias de baixa renda. Presente também ao encontro, José Luís Chile, técnico da Unidade de Nutrição do Ministério da Saúde.
ciela García, diretora do Sistema de Atenção Integral para a Saúde, de Montevidéu; Gabriela Núñez, médica da Policlínica que funciona no Instituto da LBV; e a dra. Eliana Irigoyen, do Programa de Saúde Bucal do Ministério da Saúde.
Montevidéu/Uruguai
Em Assunção, o Fórum foi realizado no dia 31 de março e ocupou o Auditório das Nações Unidas no Paraguai, com o apoio local da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), do Ministério de Saúde Pública e Bem-Estar Social e da Agência para o Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos (Usaid), responsável por promover
Melina Valencia
No dia 30 de março a Legião da Boa Vontade realizou no Uruguai o Fórum Intersetorial Rede Sociedade Solidária — 3a Feira de Inovações, com o suporte do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU e o apoio, no país, da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), do Ministério da Saúde Pública (MSP) e da Associação Nacional de Organizações Não-Governamentais (Anong). O evento foi sediado no Crystal Palace Hotel de Montevidéu, capital uruguaia. A jornada teve início com a palestra do dr. Fernando Dora, representante-residente da OPAS. Também palestraram no evento o dr. Wilson Benia, diretor da Rede de Atenção Primária do MSP; Rossanna Carrasco, agente comunitária na área de saúde; Gra
Assunção/Paraguai
no país uma série de projetos ligados à saúde. O grupo de conferencistas contou com a participação da ex-ministra da Saúde, dra. Cynthia Prieto, diretora-executiva do Centro de Estudos da População (Cepep); da sra. Patrícia Segurado, representando a Opas no fórum; da sra. Diana Rodríguez, diretora de Promoção da Saúde do ministério; do dr. Ni colas Aguayo, diretor do Programa Nacional de Luta contra a aids; e do dr. Bernardo Uribe, coordenador do Projeto Deliver, da Usaid. Para informações adicionais, confira edição on-line do Informativo da Rede Sociedade Solidária (www.lbv.org.br).
Os debates na Bolívia centraram-se nos desafios da atuação conjunta dos diversos atores sociais relacionados ao tema. BOA VONTADE |
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Numerologia Aparecida Liberato
Aparecida Liberato fala da energia dos números e da influência deles na vida das pessoas
Leilla Tonin
P
Leila Marco
or que alguém decide estudar a significação dos números e a influência deles no Ser Humano? No caso de uma das mais conhecidas numerólogas do país, a também escritora e fonoaudióloga Aparecida Liberato, o interesse de pesquisar, de conhecer a história, a antropologia, e a vontade de auxiliar o semelhante foram decisivos. A necessidade de compreender a própria existência e ajudar as pessoas a superar dificuldades já se apresentava na atividade de terapeuta de linguagem, a qual ela exerceu por mais de duas décadas. Por isso, Aparecida logo soube no primeiro curso que fez de numerologia que aquele seria um assunto para se dedicar. “Descobri que o meu nome fala sobre mim, por isso estudei mais a fundo; gostei de me conhecer não só pela psicologia, pela ciência, mas dessa maneira diferente”, destaca a estudiosa ao relembrar as impressões iniciais ao se dedicar ao tema. Segundo ela, os números sempre estiveram presentes na história dos povos, independentemente de tempo e cultura. Eles registram a
Em todas
as culturas e tempos
organização do Universo, os ciclos da vida, portanto, conhecê-los é primordial para beneficiar-se de suas vibrações favoráveis. Além de mostrar como a numerologia pode ajudar no autoconhecimento e no enfrentamento dos desafios do dia-a-dia, Aparecida Liberato afirmou que poucas vezes sentiu-se tão à vontade para contar fatos ligados à família como na entrevista à BOA VONTADE, em razão de uma afinidade de ideais: “Estou feliz de falar para todo esse público da Legião da Boa Vontade e, claro, abro as portas da minha casa, da minha vida para vocês. A mensagem que a LBV traz é sempre de união, de entendimento. Trabalho também nessa seara da compreensão, levando um pouco de Amor para as pessoas”. BOA VONTADE — O interesse pela numerologia teve origem na família? Aparecida Liberato — Na realidade são dois trabalhos e igual intenção, que é o conhecimento humano, para trazer um alento para as pessoas em suas angústias. Sou formada em fonoaudiologia, durante
25 anos fui terapeuta de linguagem, trabalhava com essas dificuldades; depois como numeróloga, em um processo de mais de 15 anos, também a mesma coisa. Isso é uma necessidade, tenho de fazer esse serviço, assim como outros têm de se desenvolver em áreas diferentes. Mas há também muito dessa união familiar, de todos os preceitos que meus pais passaram. BOA VONTADE — Como é a convivência com seus pais e irmãos? Aparecida — Todos muito unidos. Uma família pequena, porque veio de Portugal para cá, poucos irmãos, tenho pouquíssimos tios, os avós por parte da minha mãe — os
Portugal e família — “Uma vez fomos todos nós, inclusive os netos. Estivemos no local da infância da minha mãe, na casa que era dela (...). Foi lindo! Imagine ver o lugar do qual você ouviu seus pais falar a vida inteira.”
do meu pai já haviam falecido — todos no Brasil. Sempre juntos, passando as mesmas dificuldades, alegrias, (...) tudo isso fez com que nós, os irmãos, tivéssemos essa relação bastante próxima. Somos três irmãos, o mais velho, o Amândio, possui três filhos; o mais novo do que eu, o Gugu, três filhos também, e eu tenho dois. A família vai aumentando com os filhos e os sobrinhos, mas existe um núcleo: minha mãe e meu pai. É um núcleo forte, e nós todos nos reportamos aos dois. BV — E este núcleo fortalece toda a família... Aparecida — Sim. Tudo acontece sempre na casa dos dois, o almoço de sábado (não pode ser no domingo por causa do programa do Gugu), a comemoração do meu aniversário. É fundamental esse sentido de união, de que as coisas podem ser resolvidas em família. BV — A influência portuguesa deve ter sido forte em sua formação... Aparecida — Imagine que na minha infância, e até hoje, é BOA VONTADE |
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Numerologia
como se vivesse em dois mundos. Embora meus pais só viajem para lá de visita, a infância, a vida, o casamento deles foi em Portugal. O meu irmão mais velho é português, nasceu lá e veio com oito meses de idade para o Brasil. Ouvíamos as histórias de Portugal, da cidade deles, sobre os invernos que passaram, as vindimas nas plantações de uva, o vinho, o azeite, quer dizer, existe uma cultura muito portuguesa. BV — A família já visitou o lugar onde seus pais nasceram? Aparecida — Sim. Foi uma viagem lindíssima. Uma vez fomos todos nós, inclusive os netos. Estivemos no local da infância da minha mãe, na casa que era dela; fazia muito frio, e comemos lá. Foi lindo! Imagine ver o lugar do qual você ouviu seus pais falar a vida
BV — Como a numerologia surgiu na sua vida? Aparecida — Sempre fui uma pesquisadora. Gosto de ir mais além, de saber de história, de antropologia, de conhecer os rituais dos povos. Uma pessoa também me convidou: “Vamos fazer um curso?”. Do quê? “Numerologia.” Vamos! Quando abri a apostila e comecei a calcular os números do meu nome, pensei: Nossa, que coisa impressionante! Descobri que o meu nome fala sobre mim, por isso estudei mais a fundo; gostei de me conhecer não só pela psicologia, pela ciência, mas dessa maneira diferente. Aí comecei a estudar para valer.
Aparecida Liberato, durante visita à Supercreche Jesus, em 3 de março de 2000, data de seu aniversário.
Cida Linares
“Uma das coisas mais importantes na LBV, que tocam muito o nosso coração, é o amparo, e não apenas o material, físico. É o amparo geral, humano mesmo, (...) o auxílio educacional, moral e religioso, no sentido bem amplo da palavra ecumênico, que vem do religar, da união.”
inteira. Creio que para eles também tenha sido muito bom. Quase 60 anos depois, porque o meu irmão tem 50 e tantos anos, voltar a esse local, a essa casa em que a minha mãe nasceu, em 1929, realmente foi uma experiência única.
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BV — Os números revelam características pessoais? Aparecida — Os números falam, eles são energia, e o nome traduz as características da pessoa; eles falam sobre o destino dela, as dificuldades que pode encontrar, a maneira pela qual pode resolver as angústias, os problemas. A data de nascimento é outra informação, pois indica o que veio cumprir na vida. Trata-se de uma ciência também, porque é observável, muito interessante. Quem leva isso a fundo e estuda realmente encontra respostas para a vida. BV — Você tem livros publicados sobre o assunto... Aparecida — Tenho editados no Brasil os livros Vivendo melhor através da numerologia e O poder que vem do seu nome; este ensina a escolher bem o nome que vai ser colocado no cartão profissional, por exemplo. E tenho mais um livro, que é Diga-me o seu nome e direi quem você é, que orienta os pais na escolha do nome do filho e também no trato com a criança que possui determinado número. BV — Pela análise numerológica, é possível conhecer o que a pessoa traz na alma? Aparecida — Cada letra corresponde a um número e, ao se somarem todas as vogais do nome de nascimento de uma pessoa, tem-se o número da alma. É ele que fala sobre aquilo que está no seu inconsciente; é a memória, a informação de outra existência.
Viviane Lago Propheta
BV — Como a numerologia analisa uma data importante para a LBV: 4/3/1949, aniversário do Programa Hora da Boa Vontade*, que deu origem à Instituição? Aparecida — É preciso somar quatro mais três, de março, e o ano. Então, 1949 dá vinte e três, com quatro e três, 30, número da popularidade, por excelência da comunicação. Um projeto iniciado num 30 atinge uma população grande, expande-se. O três é o triângulo, a Trindade: Pai, Filho Maria do Céu e Augusto Claudino, queridos pais de Aparecida e Gugu Liberato, no e Espírito Santo. É um número lançamento de um dos livros da filha. superbonito, que tem a ver com a para começar o proje- importante em uma época em que ideia de passar adiante. Ele é to. Naturalmente, as pessoas estão competitivas. Um como um gerador que ex“É fundamental alguém que se dia desses li uma matéria que falava pande, não para, atinge motivou a fazer como o Ser Humano está perdendo cada vez mais pessoas. esse sentido de união, um programa a identidade, porque quer conquisEssa data proporciona de que as coisas de rádio com o tar, conquistar... E esse amparo tal projeto, exatamente intuito de espa- que a LBV traz dá fundação para podem ser resolvidas tudo o que aconteceu lhar a Fraterni- a pessoa, pois diz: “Olha, cresce, depois que foi lançado. em família.” dade entre as pes- busca a tua identidade”. A Legião da Boa Vontade vai exatamente soas não é comum. BV — A partir desse progranessa seara, que é uma das mais ma surge a LBV, que no dia 1º de janeiro de 2010 completa 60 anos BV — Que recado deixaria aos relevantes para a Humanidade. Estou feliz de poder falar aos que leitores da BOA VONTADE? de existência. Aparecida — Uma das coisas consideram a Instituição uma casa Aparecida — Expandiu, gerou. Existe uma ordem no Universo, de mais importantes na LBV, que delas. Que várias outras pessoas um até nove, e nós ocupamos um tocam muito o nosso coração, é o possam se juntar, se unir à família lugar nela, que está ligado à data amparo, e não apenas o material, LBV, e que ela cresça muito mais de nascimento. A cada aniversá- físico. É o amparo geral, humano ainda. rio seguimos uma ordem que é mesmo, que a LBV proporciona. temporária. As pessoas de grande É tão maravilhoso ter uma Institui- BV — Também estamos felizes intuição e espiritualidade escolhem ção, pessoas como vocês, o Irmão por tê-la na família LBV... Aparecida — Muito obrigada os momentos corretos para tomar Paiva, que se preocupam em trazer determinadas atitudes. São seres o auxílio educacional, moral e reli- e meu apreço ao Irmão Paiva, que iluminados, que têm enorme per- gioso, no sentido amplo da palavra guardo no meu coração. Espero cepção; intuitivamente, escolhem ecumênico, que vem do religar, da que ele me guarde também no um bom dia, um bom número, união. O amparo espiritual é muito dele. * Em 4 de março de 1949, o radialista, jornalista e poeta Alziro Zarur (1914-1979) inovou o meio radiofônico com o Programa Hora da Boa Vontade. Dos microfones da Rádio Globo, no Rio de Janeiro/RJ, ouviam-se mensagens de conforto aos doentes do corpo e da Alma, com palavras de Fé, Esperança, Solidariedade e Espiritualidade Ecumênica. O Programa serviu de embrião para a iniciativa de criar a Legião da Boa Vontade, fundada a 1º de janeiro de 1950 (Dia da Confraternização Universal). BOA VONTADE |
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Melhor Idade Dia de festa UB
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Homenagem no Lar Alziro Zarur, da LBV, para idosos
Fotos: Ledilaine Santana
Mônica Mendes
Ledilaine Santana
Imagens de alguns dos ambientes (dir.) e de parte da fachada do Lar Alziro Zarur, da LBV (esq.). No destaque, o deputado federal João Bittar Júnior com uma Jovem da Melhor Idade atendida pela Instituição.
O
deputado federal João Bittar Júnior passou o próprio aniversário, 17 de abril, em um local muito especial para ele: o Lar Alziro Zarur, da Legião da Boa Vontade em Uberlândia, cidade do Triângulo Mineiro. Na ocasião, o parlamentar recebeu uma homenagem dos residentes no Lar e também foi presenteado com uma estatueta de São Francisco de Assis, Patrono da LBV.
Depois da fraterna recepção, João Bittar recordou alguns fatos por ele vividos naquele lugar. “Hoje é um dia bastante feliz para mim, pois recebi esta linda homenagem na LBV. Era voluntário aqui quando tinha 17 anos. Comecei a ajudar o próximo, a valorizar o idoso, e aprendi muito com eles. São lembranças boas que não esqueço”, disse emocionado.
E mostrando um carinho especial pela Instituição, Bittar comentou: “A LBV está de parabéns pelo trabalho extraordinário, maravilhoso! Fico cada vez mais encantado com a obra do Paiva Netto, vocês fazem tudo com muito Amor. Obrigado, de coração, por se lembrarem do meu aniversário e por esta linda homenagem. Estou à disposição da LBV para ajudar no que for preciso!”.
V I S I T E , A PA I X O N E - S E E A J U D E A L B V ! Lar Alziro Zarur: Rua Padre Pio, 1.353 — Osvaldo Rezende — Uberlândia/MG — Tel.: (34) 3292-0900. 116
| BOA VONTADE
Arquivo BV
Memórias Jornalista Gilberto Amaral e histórias da capital brasileira
B r as í l i a
4 9
anos
Os presidentes e eu,
de JK a Lula
Gilberto Amaral
Arquivo pessoal
especial para a BOA VONTADE
Gilberto Amaral, jornalista e colunista do Jornal de Brasília
O
que falar sobre Brasília nos seus 49 anos? A capital que eu vi nascer e crescer e hoje comporta uma população que ultrapassou os limites do plano de Lúcio Costa? Convocado por Filinto Epitácio Maia, que
foi o grande comandante da transferência, participei ativamente da mudança para o Planalto Central, mas nada vi no dia 21 de abril de 1960, pois recebia os funcionários que aqui chegavam. Que Brasília, quase cinquentona, está inundada de carros e que um dia vai parar, isso vai! Que as cidades-satélites não foram feitas como Juscelino queria, tivessem vida própria, e que acabaram virando cidades-dormitórios! Como recordar é viver, resolvi contar um pouco das minhas histórias com os presidentes que ocuparam o Palácio do Planalto,
sem falar em crises e problemas políticos que ninguém me contou. Eu vi. Um pouquinho dessas historinhas, já que a cobrança é grande, vai acabar em um livro que já tem título: Ninguém me contou. Eu vi... O primeiro presidente da República que conheci foi Juscelino Kubitschek, quando fui ao Palácio das Laranjeiras, juntamente com meu sogro, o deputado França Campos e minha querida Mara, convidá-lo para ser nosso padrinho de casamento, que este ano completa 50 anos, Bodas de Ouro. Quando candidato a governador, eu era UDN, e JK, PSD, BOA VONTADE |
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Fotos: Arquivo pessoal
Memórias
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(1) Juarez Abdulmassih, Hélcio Miziara e Gilberto cumprimentam JK, o construtor de Brasília. (2) O jornalista (no centro) cobre a transmissão de cargo para a Presidência da República. Pascoal Ranieri Mazzili (de pé), que assumiu interinamente o posto, saúda o presidente empossado pelo Movimento de 1964: o general Humberto de Alencar Castello Branco. No destaque, Gilberto Amaral e a esposa, Mara, são abraçados pelo presidente Juscelino Kubitschek, padrinho de casamento deles.
num comício no meu Paraíso, insuflado pela Banda de Música da UDN, acabamos com a sua festa. Depois como governador de Minas, de longe, comecei a admirá-lo, pelo seu gesto aberto, seu sorriso largo e sem rancor. Depois que assumiu a Presidência da República, estive com ele uma só vez, na Base Aérea, quando ele recebia o rei da Etiópia, Hailé Selassié. Saí na minha Kombi do aeroporto e quando vi a movimentação fui ver o que era. Estava de guarda-pó, cheguei até ele, que esperava enquanto o rei passava em revista a tropa, identifiquei-me, e JK levou-me para a fila dos ministros, mesmo de guarda-pó, para cumprimentar o rei. Depois do que fizeram com ele, tornei-me seu amigo de todas as horas e todas as noites na macarronada do Ildeu. JK assistiu comigo, em meu apê da 304, à renúncia de Nixon. Perplexo com o que via e ouvia, Juscelino foi escorregando 118
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pelo sofá e caiu no chão com os olhos fixos na televisão, ouvindo a renúncia de Nixon e exclamou: “Jamais pensei na minha vida que eu fosse assistir à renúncia de um presidente da República da maior potência mundial”.
Os presidentes da Revolução de 1964
Com o primeiro presidente da Revolução de 1964, Castello Branco, meu único contato foi num jantar no Clube do Congresso oferecido pelo deputado Mário Gomes da Silva, presidente do clube. Lembro-me bem de que, antes do jantar, Castello foi levado até o cais do clube para ver de perto o Lago Paranoá. Seus passinhos curtos e rápidos deixaram muita gente cansada e para trás. Viúvo, sua filha Antonieta fazia as honras de primeira-dama e foi uma das dez mais elegantes de minha lista. Com o presidente Costa e Sil va e dona Yolanda foi grande o convívio. Quando ele instituiu o
governo itinerante pelas capitais, fomos a Belo Horizonte, como bom mineiro, recepcioná-lo. Na recepção no Palácio das Mangabeiras, oferecida por Israel Pinheiro, quando Costa e Silva me viu veio com os braços abertos e disse: “Quer dizer que hoje à noite não teremos o Flash Social” — que era o meu programa pela TV Brasília. Respondi que havia deixado gravado e que amanhã já estaria de volta. Costa e Silva contestou dizendo que eu teria que ficar com ele durante toda a semana em Belô. Palavra de presidente é uma ordem. Ficamos no Hotel Del Rey e o Diário da Tarde no dia que ele chegou estampou a seguinte manchete: “Costa e Silva é nosso”. No primeiro encontro com a imprensa mineira e nacional houve um desentendimento, máquinas fotográficas foram quebradas, e o mesmo Diário da Tarde estampou no dia seguinte: “Costa e Silva já não é mais nosso”. Criou-se um clima dos
Fotos: Arquivo pessoal
piores durante a visita. Procurei amenizá-lo reunindo no bar do hotel o editor do jornal mineiro, meu amigo Fábio Doyle, o ministro da Justiça, Gama Filho, e o chefe do SNI, general Médici, quando entreguei ao Médici um manifesto violento que estava sendo distribuído na cidade contra a visita do presidente. Cheguei até a propor que “seu” Arthur, como escrevia Ibrahim Sued, fosse tomar um café no tradicional Café Pérola, na Praça 7, como costumava fazer Juscelino. Acharam melhor não, por falta de segurança. Quando deixamos Belô foi debaixo de ovo podre com que os gentis universitários nos homenagearam. E tem muitos outros fatos para contar sobre a dona Yolanda, uma das minhas “Dez mais elegantes”, e o jantar em que reuni a sociedade de Brasília no Alvorada, no dia que antecedeu o Ato Institucional Nº 5, quando fui fotografar dona Yolanda para minha lista e ela me contou tudo o que estava acontecendo e os nomes que faziam parte do governo, mas contra Costa e Silva. Quando fui deixando o Alvorada, perguntei à primeira-dama se poderia contar tudo na minha coluna e ela disse: “Claro que pode...”. E se eu for preso? E ela: “É melhor não contar...”. Tudo vai no livro Ninguém me contou. Eu vi... Antes mesmo de Costa e Silva ficar doente subitamente, já estavam articulando o nome do general Emílio Garrastazu Mé dici para sucedê-lo. Naquela época, quando Médici era chefe do SNI, nós frequentávamos a Pousada do Rio Quente. Numa
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4 Gilberto Amaral e o convívio com quatro outros generais que chegaram ao cargo máximo da República: (3) João Figueiredo; (4) o sorriso de Ernesto Geisel, com seu ministro Ueki; (5) Garrastazu Médici; e (6) com o casal Costa e Silva.
manhã, bem cedo, fui acordado pelo saudoso embaixador Celso Machado, que me informou: “O seu amigo general Médici está aqui na Pousada”. Troquei-me rapidamente e cheguei no bar e Médici tomava uma cervejinha. Fui logo dizendo: “Foram me acordar porque o senhor estava aqui”. Médici riu e comentou: “O seu SNI está funcionando melhor do que o meu, porque eu não sabia que você estava aqui”. Convidou-me para voltar com ele, mas agradeci. Naquele tempo não era muito chegado a avião. Todo dia 4 de dezembro éramos convidados a jantar com ele e dona Scila, para festejar seu aniversário. Aos domingos, antes de assumir a Presidência, eram nossos parceiros
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de biriba no Clube do Congresso. No governo do general Ernesto Geisel, o clima era outro, mais fechado. O evento social que marcou o seu governo foi a realização do Prêmio Molière, sob o patrocínio da Air France, sempre trazendo um cantor francês para o show. Era sempre realizado em noite de gala no Cine Brasília, com renda para a extinta Legião Brasileira de Assistência (LBA). Mas tive um bom relacionamento com Geisel. Foi ele quem deu início ao projeto de reabertura política lenta e gradual, afastando todos os radicais do poder para abrir a eleição de João Figueiredo. Dona Dulce contribuiu muito para que o presidente João Figueiredo fosse mais social. BOA VONTADE |
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Com ele fomos ao Marrocos e depois à Espanha. Gostava de andar a cavalo e, à noite, saía de moto, com seu amigo coronel Nunes Gay. Na volta de sua viagem à Espanha, ele me apresentou ao rei Juan Carlos e, na volta para Brasília, convidou-me a vir no seu avião. Num desfile do Clodovil, organizado por Mara Amaral, dona Dulce e o presidente compareceram ao Clube do Exército. Sua popularidade foi grande no fim do governo; participei de uma movimentação para a sua reeleição, promovendo um jantar no Hotel Aracoara. Ele não queria de forma nenhuma. Quem sabe bem da vida de Figueiredo é seu amigo Pedro Rogério.
Fotos: Arquivo pessoal
Memórias
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O Palácio do Planalto depois de Tancredo Neves
Estava marcada para o dia 15 de março a posse de Tancredo Neves. O seu vice, José Sarney, nem pensava em ser presidente da República e, mesmo como vice, nem almejava por morar na residência oficial, o Palácio do Jaburu. Um dia perguntei a Sarney quando ele iria morar no Palácio. “Não, Gilberto. Marly e eu vamos ficar quietinhos no nosso apê da 309.” Falei: “O quê? Você é o vice e vai ter que se mudar para o Jaburu”. No dia 13 de março, num churrasco na casa de Toni nho Resende, para despedidas de Jair Soares, ministro da Previdência, fui chamado num canto pelo grande cirurgião Pinheiro da Rocha. Com toda a reserva, o amigo Pinheiro contou-me: “O
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Depois da campanha das Diretas Já (1984), movimento pela redemocratização do Brasil, Gilberto Amaral continua sua história com os ocupantes do Palácio do Planalto: (7) sorrisos da vitória, no encontro com Fernando Collor; (8) com José Sarney, amizade para sempre; (9) com Itamar Franco, a figura do conciliador; por fim, (10) um encontro especial: o então chefe do Executivo, Fernando Henrique Cardoso, a monarquia, representada pelo rei Juan Carlos, da Espanha, e a imprensa, por Amaral.
homem (Tancredo) não toma posse, sua infecção é generalizada. Mas não conte e nem divulgue”. Naquela noite, Maria Ignês e Israelzinho Pinheiro promoviam um jantar em homenagem ao ministro Leitão de Abreu e ao deputado Nelson Marchezan. Já havia contado o fato para meu amigo Pedro Rogério e para minha mulher. Em lá chegando, por um dever de Estado, achei por
bem dar a informação ao ministro Leitão, chefe da Casa Civil, para que ele informasse a situação ao presidente Figueiredo. Não o fez. Deixou para o dia seguinte na reunião das 9, não citando meu nome e que tinha recebido a informação de uma fonte fidedigníssima. E pediu ao coronel Periassu que saísse em campo para maiores informações. E deu no que deu. Sarney assumiu,
Arquivo pessoal
O presidente Lula conversa com Gilberto Amaral
incorporou bem a situação e fez um governo magnífico com um grande chefe militar, o ministro do Exército, Leônidas Pires Gonçalves. Havia uma grande dúvida se o presidente Sarney iria passar a faixa para Fernando Collor, por causa das rixas de campanha. Garanti a Collor que Sarney era um estadista, uma instituição nacional, e tal não aconteceria. Só lembrei a Collor que ele deveria pedir uma audiência a Sarney, como é de praxe fazer todo presidente eleito. Aliás, foi Sarney, num jantar na casa do ministro José Aparecido, que me chamou num canto e me alertou da praxe. Sarney nessa noite usava paletó estilo Mao Tsé-tung. Collor assumiu e manteve um bom relacionamento com o presidente que saía. Num almoço no Pericumã, quando deixávamos o sítio de Sarney, vem na poeira um carro da Rede Globo. Paramos para saber o que era. Pedro Rogério indagou e a reportagem queria sa-
O fenômeno Lula é o governo que estamos vivendo. Estamos assistindo à sua atuação e ao prestígio que tem dado ao Brasil no concerto das demais nações. Tenho autoridade para falar, pois a mostra está aí, a olhos vistos. Poucos jornalistas tiveram tanta intimidade com o poder. Só que eles lá e eu aqui. Lula hoje “é o cara”. Sua popularidade não é só no Brasil. É no mundo todo. Ainda agora na Cúpula das Américas, suas decisões foram aceitas e muito bem acatadas. Como em time que está ganhando não se mexe, para bom entendedor, meia palavra basta. Quem manda é o povo. Foi assim que me inspirei nas comemorações dos 49 anos de nossa Brasília. No ano que vem é o seu cinquentenário. Viva! JK está feliz.
Gilberto Amaral
ber se Sarney iria receber Collor, pois o general Agenor Homem de Carvalho, chefe do Gabinete Militar, havia ligado para o general Bayma Denis, do Gabinete Militar de Sarney, pedindo uma audiência para Collor. Sobre Collor há muito o que falar: a abertura do Brasil para o mundo, a melhoria dos carros... o que no livro vou contar tintim por tintim. Itamar Franco, vice de Collor, assumiu após a saída do atual senador das Alagoas. Fez um governo calmo, tranquilo, algumas marcas carnavalescas no Rio, onde tudo pode acontecer. Agora está decidindo, em Juiz de Fora, o seu destino político e para qual partido vai. Itamar foi um bom presidente. Quando Fernando Henrique Cardoso foi eleito, não existia ainda o instituto da reeleição. Depois foi aprovada e ele, reeleito. Dentro da tese de que ele havia sido eleito antes da reeleição, pensei que pudesse ocupar um terceiro mandato. Até que não re-
fugou total. Em certa recepção no Itamaraty, quando o cumprimentei, comentei: “Vai topar ou não a sua reeleição?”. Ele se virou para o deputado Inácio Arruda (hoje ele é senador), que vinha logo atrás para os cumprimentos, e falou: “Depende deles, isto é do parlamento”. Sempre fui contra o Sucatão, que servia para transportar os presidentes em suas viagens. Já estava tudo acertado para a compra de novo e moderno avião, quando numa recepção ainda no Itamaraty, desta vez jantar, numa roda com o comandante da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista, e o ministro da Defesa, Geraldo Quintão, perguntei a quantas andava a compra do novo avião, quando chegou o presidente FHC. Os dois responderam que o presidente tinha cortado a verba para a referida compra. Soltei o verbo contra o presidente, dizendo que o Brasil não podia ficar rezando para que o Sucatão não caísse. Fez muito bem Lula ao comprar um avião seguro. BOA VONTADE |
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Notícias de Brasília Peregrinos e turistas do mundo inteiro se encontram no Templo da Boa Vontade
Um teto para Frases
“É o lugar mais lindo do mundo!”
É o que afirmou a professora Anne Rõsel, que veio da Alemanha interessada em conhecer a Pirâmide das Almas Benditas, a Pirâmide dos Espíritos Luminosos. “Soube a respeito desta espiral e vim tirar fotos para levar para os meus alunos. Assim poderei explicar para eles o que eu vi aqui no Templo da LBV. Gostei muito porque não é para uma religião específica. É o lugar mais lindo do mundo! Eu vim a Brasília porque soube que no Brasil a busca pela Paz, as maneiras de unir as religiões, está em estado bem avançado.”
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“Este Templo da Paz foi feito com muita atenção para que todas as culturas e religiões mundiais possam se sentir bem-vindas.”
Helena Escojjier
(a segunda a partir da esq.) Turista de Nova York (EUA) que, acompanhada de amigas, conheceu o monumento.
“Neste Templo da LBV deve-se vir para passar o dia. Temos de trazer muitos moçambicanos aqui.” Murade Isaac Miguigy Murargy Embaixador de Moçambique no Brasil, em visita ao monumento, acompanhado de Frances Rodrigues, embaixadora do país africano na Suíça.
Aclamado pelo povo como uma das Sete Maravilhas de Brasília/DF, Brasil, o Templo da Boa Vontade (TBV), símbolo maior do Ecumenismo Divino, é o monumento mais visitado da capital federal, segundo dados oficiais da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo do Distrito Federal (SDET). Desde que foi fundado por Paiva Netto, em 21/10/1989, já recebeu mais de 19 milhões de peregrinos e turistas. Na foto, da esquerda para a direita, o Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica, o ParlaMundi da LBV, a sede administrativa e o TBV. Visite: SGAS 915, Lotes 75/76. Informações: (61) 32451070/www.tbv.com.br.
a Humanidade CALIFÓRNIA—BRASÍLIA
Um grupo de peregrinos dos Estados Unidos se encantou com a ambiência de Paz do Templo da Boa Vontade. Na imagem, estão em frente à maquete do conhecido ponto turístico.
CHINESES VISITAM TBV
Em passagem pela capital do Brasil, turistas da China fizeram uma visita ao Templo da LBV, uma das Sete Maravilhas de Brasília. Eles finalizaram a peregrinação com a caminhada na espiral, recebendo as energias do cristal — considerado a maior pedra de cristal puro do mundo — que se encontra no pináculo da Pirâmide. BOA VONTADE |
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Opinião Política Desafios da Copa do Mundo de 2014
Brasil campeão
Ciro Nogueira
especial para a BOA VONTADE
Saulo Cruz/SEFOT/Secom
Fotos: Photos.com
Ciro Nogueira, deputado federal, advogado e empresário
S
ó o Brasil é penta e ninguém contesta o fato de o nosso futebol ser o melhor do mundo. Por essa razão, temos a responsabilidade de fazer, em 2014, a melhor Copa do Mundo dos últimos tempos. É uma grande tarefa, mas acreditamos que o Brasil saberá fazer desse um momento único de patriotismo, que resultará em ganhos não só econômicos, mas, sobretudo, preponderantes
no resgate da cidadania, do orgulho de ser brasileiro. É indiscutível a assertiva de que o futebol é acessível a todas as classes sociais e extrapola o limite do esporte. Uma festa da qual todos podem participar. Porém, a proximidade da realização da Copa no Brasil (faltam apenas cinco anos) remete-nos para a necessidade de atuar no sentido de despertar as grandes massas para questões fundamentais relacionadas a esse megaevento: superar as dificuldades de infraestrutura e logística, bem como enfrentar o problema de segurança pública, especialmente o combate à violência nos estádios. Devemos ressaltar que o Mundial demandará investimentos da ordem de R$ 35,9 bilhões, que
resultarão em uma renda de R$ 64 bilhões e geração de 3,6 milhões de empregos. Ou seja, é uma oportunidade ímpar de aquecer a economia e incrementar o turismo, para tornar o Brasil plenamente campeão. Após 36 anos, haverá novamente uma competição mundial de futebol na América do Sul. Será a segunda vez que o Brasil sediará uma Copa do Mundo. A primeira, em 1950, teve partidas disputadas em seis cidades: Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba e Recife. Na Copa 2014, serão doze anfitriãs e apenas uma coisa é certa: os gestores dessas cidades devem priorizar a estrutura não somente dos estádios, mas considerar, ainda, aspectos como a rede hoteleira, o sistema de transporte urbano,
As 12 cidad es-sede da Copa do Mundo de 2014
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Rio de Jan eiro/RJ São Paulo /SP Belo Horiz onte/MG Brasília/DF Porto Aleg re/RS Curitiba/PR Cuiabá/MT Salvador/B A Recife/PE Natal/RN Fortaleza/CE Manaus/AM
aeroportos, a segurança pública e opções de lazer. As reformas ou construções dos estádios devem começar no máximo até o dia 31 de janeiro de 2010 e o prazo final para a entrega definitiva de todos os estádios em plenas condições de uso será 31 de dezembro de 2012. Em 2013, haverá a Copa das Confederações, que servirá como uma espécie de ensaio geral para o Mundial. No que se refere à violência nos estádios, o torcedor deve ter em mente que todos estamos, literalmente, no mesmo time. O evento levará o Brasil à vitrine do mundo, atraindo turistas de todas as partes nos anos subsequentes à Copa. Todos entusiasmados com
“É uma oportunidade ímpar de aquecer a economia e incrementar o turismo, para tornar o Brasil plenamente campeão.” a calorosa receptividade do povo brasileiro. Os números dos países que já sediaram o Mundial de Futebol comprovam a grande capacidade de geração de recursos para os setores envolvidos em sua realização. Caso o Brasil não consiga atender aos padrões da Fifa, o Mundial poderá ser transferido para outro país que já tenha a estrutura pronta, como os Estados Unidos, por
exemplo, o qual pode se preparar dentro de curtíssimo tempo. Outra grande ameaça, maior até mesmo que a dos Estados Unidos, é a estrutura da Inglaterra: o Campeonato Inglês ocupa a quarta posição entre as ligas de esporte mais rentáveis do planeta. Ou seja, está com tudo pronto para qualquer megaevento, podendo oferecer segurança aos torcedores e comodidade aos competidores e turistas. Assim, esta é uma chance de lançarmos um olhar sobre os problemas reais do Brasil e buscarmos um salto para a modernidade e o desenvolvimento. O Brasil pós-Copa é o que ficará para nós, brasileiros, portanto, vamos todos vestir essa camisa.
ANÚNCIO
Turismo Festa de São João promete levar mais alegria à terra do axé
Bahia
Aneliese de Oliveira Fotos: Jota Freitas
Destino em todas as épocas
D
efendido como fator de desenvolvimento econômico e social, o turismo no Brasil tornou-se um gerador de divisas e postos de trabalho (direta e indiretamente), ajudando assim na distribuição de renda e contribuindo na luta contra o desemprego. A excelência no atendimento e a quantidade de opções de lugares chamam a atenção tanto do próprio turista brasileiro quanto do estrangeiro. Um bom exemplo é o Estado da Bahia. O povo alegre, criativo, musical, herdeiro de um rico folclore e fiel às suas relevantes manifestações culturais, cativa a todos. Em entrevista à BOA VONTADE, durante o 31º Encontro Comercial Braztoa — o encontro das oportunidades financeiras, ocorrido recentemente na capital paulista —, o secretário de Turismo do Estado 126
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Morro de São Paulo - Cairu
Lençóis
da Bahia, Domingos Leonelli Neto, falou sobre as novidades para o turismo no Estado, a economia gerada pelo setor e a cultura baiana. De início, ressaltou: “É um prazer enorme estar no programa da Legião da Boa Vontade, que já conheço há muitos anos”. Ele anunciou, na oportunidade, a criação de uma nova estratégia para atrair um número maior de turistas à Bahia. “Estamos aqui confirmando o muitíssim um lançamento “Gostaria eiros de essa festa se constiil s a feito no ano pasr b s o de que sado: o nosso São tua em um produto os desse t n a c s o s o d o t João. É uma data turístico capaz de e bonito o s n e muito querida dos im país r gerar emprego a h il t r a p baianos, a maior fese renda para os com pudessem ta regional do Brasil, baianos e alegria alegria a d o c s o n co realizada simultaneapara aqueles que ” . o ã o J o ã mente em 417 municínos visitam.” do S elli Neto n o e L s pios, reunindo famílias. Conhecida o Doming turismo da Bahia e (...) Nossa ideia é que internacionalSecretário d
Aneliese de Oliveira
Costa do Descobrimento - Porto Seguro
São João
Gruta Manoel do Ioiô - Chapada Diamantina
Morro Três Irmãos - Chapada Diamantina
mente pelo carnaval, considerada a maior festa popular do mundo, a Bahia deseja investir na autenticidade da festa de São João e, assim, atrair um número maior de turistas ao Estado em outras épocas do ano. “Queremos que brasileiros compartilhem dessa alegria conosco”, disse o secretário. “Um dos problemas econômicos que o turismo tem é a questão da sazonalidade, que nós estamos tentando vencer. (...) Trabalhamos para que eventos importantes contribuam para evitar aquilo que é muito prejudicial para o turismo, porque quando os hotéis não têm hóspedes, despedem empregados e param de comprar da mão dos agricultores, dos produtores, dos comerciantes. Então é importante que a gente mantenha no Brasil inteiro uma atividade turística permanente.”
A Bahia se prepara para receber os turistas nacionais e estrangeiros nas festas juninas, resgatando a história e divulgando o São João, festividade tão tradicional no país. O projeto é tornar a data líder no potencial turístico, ampliando novidades para o ano todo, até 2010. “A Bahia é o terceiro destino internacional do Brasil, apenas ficamos atrás de São Paulo e do Rio de Janeiro. Essa terceira posição agora está sendo disputada por Pernambuco, por Minas e pelo Rio Grande do Norte, e isso é muito positivo. Somos o primeiro aeroporto em movimento de passageiros do Nordeste. Gostamos da concorrência, porque nos obriga a trabalhar mais e melhor. Mas, para isso, devemos aprimorar o produto”, avaliou Leonelli, que também foi deputado federal, trabalhou na área de publicidade e já esteve à
Rita Barreto
Costa do Descobrimento - Porto Seguro
Portal Rio Una - Valença
Costa do Dendê - Camamu
frente da Secretaria Estadual de Comunicação e da Secretaria Municipal de Economia, Emprego e Renda de Salvador. O secretário enfatiza a associação de inovações tecnológicas à já conhecida hospitalidade baiana: “A Bahia hoje tem um call center que funciona 24 horas em português, inglês e espanhol, além de uma estrutura receptiva que deixou de ser postos de informação para se tornar serviços de atendimento. E estamos lançando produtos para justamente inovar e manter a nossa liderança no Nordeste”. O São João na Bahia conta com uma programação bem extensa, mobilizando muitas cidades do interior, ao mesmo tempo, com toque caipira e caseiro e o tradicional campeonato de danças de quadrilha. BOA VONTADE |
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Responsabilidade Social Amigos de Boa Vontade
Colaboradores internos da Coelba confraternizam com crianças atendidas pela LBV. No destaque, Adriana Serrado, gestora da Unidade de Consultoria Interna, com aluno da LBV.
O
s colaboradores internos da Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba) tiveram uma tarde especial, no dia 27 de maio. Meninas e meninos atendidos pelo programa LBV — Criança: Futuro no Presente!, na capital baiana, estiveram no auditório da sede central da empresa para apresentar uma mostra do trabalho socioeducacional promovido pela Instituição no Estado.
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Muitos destes pequeninos integram o Coral Ecumênico Infantil LBV que, na ocasião, interpretou parte de seu repertório, que inclui músicas sobre a preservação do meio ambiente, Educação e Paz. A plateia acompanhou atenta cada uma das canções e, no desfecho da visita, a apresentação de um vídeo institucional da LBV e a entrega de CDs com músicas do Coral da Instituição.
Nizete Souza
Tarde de alegria na
SALVAD
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R
/
B
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emociona colaboradores
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Centro Comunitário e Educacional da Legião da Boa Vontade em Salvador/BA esteve em festa no mês de maio. Os colaboradores residentes na península de Itapagipe — próxima às instalações da unidade da Instituição — tiveram a oportunidade de conhecer pessoalmente todo o trabalho feito na capital baiana. No local são desenvolvidos, diariamente, dois importantes programas: Ronda da Caridade e LBV — Criança: Futuro no Presente!, responsáveis por uma série de ações socioeducativas. Ambos atendem às necessidades básicas das famílias: desde a prevenção de doenças e a diminuição dos índices de analfabetismo, de evasão escolar e de desemprego até a capacitação
profissional e a orientação e informação necessárias para que os usuários possam conscientizar-se de seus direitos e deveres como cidadãos e, assim, aprender a atuar em comunidade, despertando para o exercício da cidadania plena. Para o colaborador Elesbão Santana Filho, a visita renovou, ainda mais, a vontade de amparar o próximo. Emocionada também com a homenagem, a amiga da Instituição Maria José de Oli veira Silva comentou: “Este dia é muito especial para mim, pois é meu aniversário. Fui presenteada com um convite para visitar a LBV e amei! É um presente de Deus saber que ainda existem pessoas que se preocupam com os outros. Que o Senhor nos faça sempre um instrumento de Sua Paz!”.
Geyse Francielle Fotos: Marcelo Ferrão
“Fiquei impressionado! Contribuo com a LBV há mais de 10 anos e estou bastante contente... Já sabia que a Instituição fazia muita coisa. É uma beleza, todas as crianças felizes, cantando alegres. Que a LBV prossiga com este serviço, porque continuarei ajudando por toda a vida. Muito obrigado, estou satisfeito com o que vi. Para mim, é um prazer ser colaborador da LBV. Estou me sentindo realizado.” Elesbão Santana Filho Colaborador da LBV
V I S I T E , A PA I X O N E - S E E A J U D E A L B V ! Centro Comunitário e Educacional da LBV: Av. Porto dos Mastros, 19 — Ribeira — Salvador/BA — Tel.: (71) 3312-0555. BOA VONTADE |
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Opinião — Mídia Alternativa História da imprensa brasileira
Jornais dos
Felipe Freitas
e influência na
Carlos Arthur Pitombeira, jornalista e conselheiro da ABI.
A
imprensa dos imigrantes e os jornais de empresas, dos sindicatos e dos negros são exemplos de uma tradição do espírito comunitário. O fim do século 19 e as primeiras décadas do século 20 foram marcados por grandes movimentos migratórios motivados pelo processo de industrialização. Os estrangeiros recém-chegados, notadamente espanhóis e italianos, mantiveram aqui jornais combativos, de inspiração socialista ou anarquista. Os italianos envolveram-se em debates e polêmicas de grande repercussão, como O Garibaldo, alvo de severas críticas do jornal Província de São Paulo, no primeiro semestre de 1889, por se intrometer nas questões internas do país. Apesar de a literatura brasileira 130
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não contemplar estudos específicos sobre esses periódicos, sabe-se que até o ano de 1914 eles representaram mais de 200 títulos no Brasil, a maioria de procedência italiana, permeando a própria história da imprensa brasileira. A partir de alguns registros do historiador Affonso de Freitas, conclui-se que o primeiro jornal de imigrantes em nosso país foi O Germânia, voz da colônia alemã. Com apenas quatro páginas, cir culou em São Paulo pela primeira vez em abril de 1878. Sete anos mais tarde, surgiam os jornais São Paulo Andaluzia e São Paulo Espanha, ambos com uma proposta definida: angariar recursos para as vítimas de um cataclismo que assolou aquela região espanhola. Em 1886, surgiram as revistas francesas Revue Française e Revue de São Paulo. As publicações luso-brasileiras datam de 1894 e eram, em geral, revistas de arte e literatura; o semanário Eco Português é de abril de 1897 e A Vanguarda Portuguesa já circulava em Santos/ SP no ano de 1902. Tão importante quanto a mídia dos imigrantes e a sindical no espírito comunitário é a imprensa
negra. Embora pouco conhecida e divulgada, constituiu-se em São Paulo, entre 1915 — quando o jornal O Menelick foi lançado pelo poeta negro Deocleciano Nasci mento — e 1963, época em que houve uma paralisação de ações da militância (cuja retomada ocorreria apenas em meados de 1970), em uma mídia alternativa capaz de refletir os anseios e as reivindicações daquela comunidade. Outras publicações do gênero que se seguiram nessa primeira fase, na qual os negros buscavam com a sua própria imprensa integrar-se na sociedade brasileira, foram A Rua e O Xauter (1916), O Bandeirantes e O Alfinete (1918), A Liberdade (1919), A Sentinela (1920), O Kosmos (1922) e o Getulino (1923). O segundo momento dessa imprensa estendeu-se, de 1924 a 1937, com os jornais então preo cupados em propiciar um novo nível de consciência, “alguma coisa mais de elevação, cultura, instrução e compreensão para o negro”. Nesse período, aparecem O Clarim d’Alvorada, com uma pauta voltada para a reivindicação racial e social, e A Voz da Raça,
imigrantes
mídia comunitária
Carlos Arthur Pitombeira especial para a BOA VONTADE
representando a tomada de posição ideológica daquele segmento social. Também pertencem a essa mesma época os jornais Elite, Auriverde, O Patrocínio e Progresso, Chibata, A Evolução, O Clarim, Estímulo, A Raça, Tribuna Negra e Alvorada. O terceiro período da imprensa negra, de 1945 a 1963, é marcado por grandes reivindicações políticas. A tônica inicial é a integração do negro brasileiro na sociedade como cidadão, estendendo-se até o movimento que incentiva a comunidade a se filiar a partidos políticos ou a se candidatar a cargos eletivos. Os jornais que tiveram decisiva atuação nessas questões foram Senzala (1946), Mundo Novo (1950), O Novo Horizonte (1954), Notícias do Ébano (1957), O Mutirão (1958), Hífen e Niger (1960), Nosso Jornal (1961) e Correio d’Ébano (1963). Além dos jornais de imigrantes e dos negros, a imprensa dos sindicatos, conforme já observamos, teve importante papel na afirmação do espírito comunitário, que se reflete nos jornais do interior. No início ela se consistia em alguns tabloides de periodicidade irregular
e distribuição precária, redigidos e editados pelos próprios sindicalistas com linguagem complicada e apresentação gráfica que não despertava a menor atenção para a leitura. Foi depois dos movimentos grevistas de 1978 que a imprensa sindical brasileira sofreu a grande transformação, retratando uma nova etapa na comunicação entre os trabalhadores. Os jornais passaram a informar mais rapidamente as decisões de assembleias e a ter influência na gestão dos sindicatos, obrigando, por ocasião das elei-
Os chamados grandes jornais não têm condições de preencher satisfatoriamente algumas das funções do periódico comunitário, como atender às legítimas reivindicações daquela sociedade, registrar todas as misérias da vida local (...), dar cobertura a pessoas e valores da região onde circula.
ções, antigas diretorias e chapas concorrentes a mostrar serviço. A comunicação virava palavra-chave. Para cumprir essa tarefa, foram contratados jornalistas profissionais, prática que perdura até hoje. O jornal Oboré, em São Paulo, foi pioneiro nessa revolução da mídia sindicalista. A história não deixa dúvidas quanto a esta realidade mundial: a verdadeira imprensa é localizada e, por isso, apesar do fenômeno da globalização e de todos os avanços tecnológicos, aliados aos investimentos dos representantes dos monopólios e oligopólios da mídia brasileira, o rádio, a televisão e os chamados grandes jornais não eliminam a força do jornalzinho do interior. Para ele, entretanto, tudo continua muito difícil para que possa cumprir o seu fundamental papel de contribuir para a democratização da informação no país. Mesmo pressionado pelas circunstâncias (alto custo da impressão, dependência comercial e dificuldade de acesso às novidades tecnológicas e a profissionais atualizados), o jornal do interior resiste. Sua apresentação gráfica e editorial BOA VONTADE |
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Opinião — Mídia Alternativa
ainda deixa a desejar. Quanto à distribuição, há alguns que saem periodicamente, outros rodam algumas vezes ou param por certo tempo para voltar a circular em épocas de eleição, por exemplo, por ocasião de grandes festividades na cidade, como a data de fundação ou a festa em louvor ao seu padroeiro ou padroeira. Aos estudiosos do jornalismo, a mídia comunitária/alternativa (jornais do interior, de bairro, sindicatos, empresas, clubes recreativos, igrejas, serviços etc.) continua sendo um desafio. Por razões desconhecidas (ou não reveladas), ela permanece inexplorada, como se tivesse pouca ou nenhuma relevância no
A história não deixa dúvidas quanto a esta realidade mundial: a verdadeira imprensa é localizada e, por isso, apesar do fenômeno da globalização e de todos os avanços tecnológicos (...), o rádio, a televisão e os chamados grandes jornais não eliminam a força do jornalzinho do interior. contexto da atividade jornalística do país. Professores, jornalistas, estudantes e pesquisadores não prestigiam esses veículos em seus
estudos. Mesmo quando analisam a comunidade no conceito sociológico, resistem à ideia de que são esses periódicos, circulando em pequenos núcleos urbanos, o melhor modelo para a democratização da mídia, bandeira que todos defendem sem, contudo, apontar um caminho lógico. Sabem que os chamados grandes jornais não têm condições de preencher satisfatoriamente algumas das funções do periódico comunitário, como atender às legítimas reivindicações daquela sociedade, registrar todas as misérias da vida local, documentar e esclarecer atos, fatos e decretos municipais e, ainda, dar cobertura a pessoas e valores da região onde circula.
Acontece no mundo
dos EUA amplia atuação comunitária
Adriana Rocha
Fotos: Adriana Rocha e Eduardo Lemos
N
uma demonstração de Solidariedade Ecumênica sem fronteiras, a Legião da Boa Vontade dos Estados Unidos (Legion of Good Will – LGW) entregou à população de Newark, Nova Jersey, as novas instalações do seu Centro Comunitário, onde já estão sendo promovidos diversos programas de cunho educacional, social e de saúde. A inauguração do espaço, reformado integralmente por voluntários a partir de doações da comunidade local, coincide com o pedido do presidente dos EUA, Barack Obama, para que o povo americano se engajasse em atividades comunitárias como estratégia para superar a crise econômica. A seguir, conheça algumas das ações desenvolvidas no país.
Ronda da Caridade
Com o novo espaço, tiveram início programas como o Charity Round (Ronda da Caridade), que busca resgatar a autoestima e a cidadania de quem não tem onde morar, especialmente no momento em que milhares de pessoas perdem o emprego em razão do cenário de crise. A parceria com as empresas A.C.B. Produce Inc, Alvaro’s Pastry Shop & Deli e Portuguese Baking Company garante a doação de pães, bolos e frutas. Os Legionários organizam os kits a serem entregues, além de preparar a substanciosa sopa e o café com leite. Pelas madrugadas, depois de realizarem uma prece ecumênica antes da atividade, voluntários da LGW saem na ronda levando uma palavra de conforto espiritual,
folhetos de orientação social e jurídica, roupas, agasalhos, alimento e itens de primeira necessidade. O trabalho também inclui visitas de suporte domiciliar, nas quais são entregues mantimentos.
Contra o câncer na mulher
Os serviços na área de saúde, prestados gratuitamente, também foram ampliados. O SAVE Program, por exemplo, oferece consultas e exames de prevenção ao câncer na mulher. Nos EUA, a doença é apontada como uma das maiores causas de morte, podendo tornar-se a principal em todo o mundo em 2010, de acordo com a nova edição do World Cancer Report (Relatório Mundial sobre Câncer*), da Agência Internacional de Pesquisa do Câncer (IARC, em inglês).
BOA VONTADE |
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Acontece no mundo
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Os exames oferecidos pelo SAVE (fotos 1, 2 e 3) são gratuitos e ajudam na prevenção do câncer na mulher. No programa STOP, a unidade móvel da Universidade de Nova Jersey (4) dirige-se até a Legião da Boa Vontade dos EUA, com seus modernos equipamentos, para realizar atendimento, também sem custos.
A fim de assegurar um eficiente monitoramento das mulheres acima dos 40 anos de idade, o projeto passou a ser realizado mensalmente e conta com um ônibus itinerante, cedido pelo Hospital Universitário de Nova Jersey, que se desloca até a Legião da Boa Vontade, levando modernos equipamentos para a realização de exames no local, incluindo mamografia e Papanicolau. Palestras sobre a prevenção por meio do autoexame também fazem parte da estratégia de ação.
Prevenção a DSTs
A Instituição lançou em maio outra iniciativa com a ajuda do Hospital Universitário de Nova Jersey. Por meio do programa STOP
* Tradução livre
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— Spending Time On Prevention (Dedicando tempo em prevenção*), oferece palestras de orientação, aconselhamento e exames gratuitos de sangue. Voltado a pessoas de todas as idades, em especial jovens e adultos, o programa passou a realizar testes de gravidez, HPV e HIV/aids — vírus que contamina um cidadão norte-americano a cada 9 segundos e meio, segundo dados do governo —, além de diagnóstico para diversas doenças. Quanto mais cedo determinadas enfermidades forem detectadas, maiores serão as chances de cura.
SOS Calamidade
Vítimas de desastres naturais e outras catástrofes encontram na Organização importante apoio por meio do SOS Calamidade, que
mobiliza a comunidade e a força-tarefa voluntária para angariar doações a serem direcionadas para o lugar atingido. No ano passado, um dos destinos beneficiados foi o Estado brasileiro de Santa Catarina, castigado por fortes enchentes que deixaram nas ruas um cenário desolador, tal qual o de um pós-guerra, repleto de destroços e milhares de famílias desabrigadas. Com a ajuda de voluntários e da parceria com a empresa transportadora Fastway Moving, a LBV dos Estados Unidos pôde enviar para o local mais de 4 mil itens, entre os quais roupas, agasalhos, sapatos e brinquedos, além de artigos de primeira necessidade. A ação emergencial do SOS Calamidade promoveu, ainda, apoio às vítimas do furacão Noel, que provocou grandes estragos em
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6 A LBV dos Estados Unidos conta com o apoio de vários veículos de comunicação na divulgação de suas atividades, a exemplo de mídias das comunidades hispânica, brasileira e portuguesa, uma vez que a cidade de Newark é considerada uma das áreas com maior população falante de língua portuguesa no país. No destaque, os jornais 24 horas, Brazilian Press, Brazilian Voice, The Brasilians e LusoAmericano (em dois idiomas), que noticiaram a entrega das novas instalações do Centro Comunitário da LGW.
sua passagem pela República Dominicana, no fim de 2007.
Valores e Espiritualidade na educação infantil
Crianças com idade entre 6 e 12 anos têm atenção especial no Centro Comunitário por meio do programa Living on Values and Ecumenical Spirituality Classes – LOVES Classes (Aulas de Moral Ecumênica – AMEs). Nesse trabalho, promovido com apoio da Igreja Ecumênica da Religião de Deus, os pequenos,
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8 A Campanha SOS Calamidade é um dos destaques entre as ações da LGW na América do Norte. Nas imagens, os voluntários fazem a triagem de roupas e sapatos e a entrega de alimentos, remédios e água (5 e 6). A sra. Luise Pedroso Kipler (D) e o sr. Arvind Swamy, integrantes do programa Census do governo norte-americano, também participam como voluntários da Ronda da Caridade (7). As Jovens Legionárias Mariana e Sâmara Malaman (8) participam das aulas da LOVES para crianças.
carinhosamente chamados de Soldadinhos de Deus, participam de atividades artísticas e lúdicas, que transmitem valores de Solidariedade Ecumênica. A Instituição leva também a estabelecimentos de ensino da região o projeto Peace and Good Will Garden (Jardim da Boa Vontade e da Paz), que estimula, por meio da arte, uma consciência de harmonia no ambiente escolar, ajudando a combater a onda de violência entre crianças e jovens norte-americanos.
Voluntariado
O êxito de todas essas ações é resultado de numerosas parcerias, mas principalmente uma delas ga-
nha destaque: os voluntários, que doam tempo e conhecimento. Para eles, a Instituição se apresenta como uma oportunidade para o exercício da cidadania solidária. O Centro Comunitário da LBV dos EUA está localizado na 20 Calumet Street, Newark/NJ, tel.: (++973) 344-5338. Além do alcance comunitário, a LBV ainda atua em Nova York, participando do processo de elaboração de políticas públicas internacionais das Nações Unidas. Desde 1999, possui status consultivo geral no Conselho Econômico e Social (Ecosoc) e, desde 1994, está afiliada ao Departamento de Informação Pública (DPI) da ONU. BOA VONTADE |
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Internacional Presença brasileira no exterior FL
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Focus Brazil e Press Award 2009 LBV recebe homenagem internacional
Danilo Parmegiani Fotos: Adriana Rocha e Danilo Parmegiani
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cidade de Fort Lauderdale, na Flórida/EUA, sediou dois importantes eventos, entre os dias 6 e 9 de maio: o Focus Brazil (encontro das lideranças comunitárias, culturais e mídias brasileiras no exterior) e a entrega anual do Press Award 2009. Ambos contaram com delegações brasileiras, representando 17 Estados norte-americanos e oito países. Além disso, mais de 40 veículos de comunicação de brasileiros no exterior também marcaram
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presença em nova reunião da Associação Brasileira de Imprensa Internacional (ABI-Inter). Por sua atuação permanente em relação consultiva com a ONU e pelas atividades voluntárias e de solidariedade desenvolvidas em seu centro comunitário na cidade de Nova Jersey, a Legião da Boa Vontade foi homenageada com mais um troféu Press Award, na categoria Mérito Comunitário. O organizador da iniciativa, jornalista Carlos Bor ges, declarou apoio à Instituição:
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“Parabéns por terem ganhado mais um prêmio, que para mim deveria ser concedido a vida inteira”. A mensagem ecumênica da LBV foi transmitida para quase mil pessoas, que lotavam o Amaturo Theater, no Broward Center for the Performing Arts. Autoridades também foram agraciadas, a exemplo do embaixador do Itamaraty Oto Agripino Maia, além de personalidades do meio artístico, como o ator e diretor Milton Gon çalves (que representou a Rede Globo de Televisão) e o cantor e compositor Toquinho. Na oportunidade, exemplares das revistas Boa Vontade e Globalização do Amor Fraterno, em inglês e (1) Na abertura, discurso do organizador do evento, Carlos Borges. A Conferência Focus Brazil promoveu vários painéis sobre cultura, arte, comunicação e comunidade brasileira no exterior. (2) O teatro encontra-se no Broward Center for the Performing Arts, em Fort Lauderdale, na Flórida. (3) Danilo Parmegiani, representante da LBV dos EUA, discursa no Amaturo Theater, durante a entrega da láurea à Instituição. (4) No espaço, a LBV expôs aos participantes dos eventos sobre seu trabalho solidário nos EUA.
Eliana Gonçalves
PARABÉNS A EDILBERTO Entre os veículos de comunicação de brasileiros no exterior, destaque para The Brasilians, dirigido por Edilberto Mendes. Por sinal, o jornalista completou mais um ano de vida em 30 de junho. Os parabéns da LBV a este amigo.
Vinícius Bueno
português, foram entregues aos participantes. Ao receber as publicações, por sua vez, Toquinho agradeceu e lembrou com muita alegria a visita que fez ao Templo da Boa Vontade (TBV), em Brasília/DF, no início da década de 1990. Presente também ao evento, o editor-chefe do The Brasilians e coordenador do festival Brazilian Day in New York, Edilberto Mendes, ressaltou: “Gosto muito do trabalho e me identifico com a filosofia da LBV. Acho que todos deveriam conhecer um pouco mais do trabalho dessa Instituição. Tenho certeza de que vai tocar o coração de vocês, como me tocou”. (Veja a matéria na íntegra acessando o link: http://www.youtube.com/ watch?v=5NJUBAt2vBU).
O ator e diretor de TV Milton Gonçalves em entrevista à Super Rede Boa Vontade de Comunicação.
Adriana Rocha, da LBV, com o cantor e compositor Toquinho, que se lembrou da visita que fez ao TBV.
“Tive uma aula visual e afetiva de como a LBV cuida das crianças”, afirma o jornalista Carlos Borges. No Brasil, o jornalista Carlos Borges, organizador do Press Award, reservou espaço na agenda para visitar o conjunto educacional da Legião da Boa Vontade na capital paulista, no dia 10 de junho. Na ocasião, ressaltou: “Acompanho o trabalho da LBV lá nos Estados Unidos, que é muito importante também. Sempre que a gente se lembra de uma atitude boa, que está sendo feita aqui no nosso país, se lembra imediatamente da LBV”. O jornalista também destacou o atendimento diferenciado da Instituição: “São crianças que se sentem amadas, protegidas, independentemente de etnia, de cor, de religião, de origem social. Vi crianças de outros países aqui (…), é muito poderosa essa Instituição. Tive uma aula visual e afetiva de como a LBV cuida das crianças. (…) Eu vi Amor, cuidado, higiene, empenho e vi no rosto de cada criança o reflexo disso, de uma forma inacreditavelmente positiva”. No Livro do Coração, no qual os visitantes registram suas opiniões, escreveu: “Emoção, Alegria e Fé. Essa é a minha segunda visita à LBV. Se eu já era um profundo admirador dessa Obra fabulosamente meritória, saio daqui com uma sensação impagável de alegria e propósito de vida. Em cada rostinho iluminado, em cada sorriso genuíno, pleno, em cada palavra de receptividade, fica clara a poderosa força afetiva humana e espiritual que envolve a tudo e a todos. Obrigado por me darem esta linda e inesquecível oportunidade. Carlos Borges”.
V I S I T E , A PA I X O N E - S E E A J U D E A L B V ! Centro Comunitário da LBV dos EUA — 20 Calumet Street — Newark — New Jersey — Tel.: (+1973) 344-5338 BOA VONTADE |
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Acontece em Minas Gerais
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Atendimento de qualidade LBV oferece apoio a crianças, jovens, adultos e idosos de baixa renda
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alas mais amplas e arejadas, quadra de esportes coberta e novo refeitório com cozinha industrial para o preparo de refeições diárias. Essas melhorias são fruto de recente reforma pela qual passou o Centro Comunitário e Educacional da Legião da Boa Vontade em Belo Horizonte/MG. Com o investimento na estrutura, por consequência, também houve ganho de qualidade do trabalho e cresceu o número de atendimentos, beneficiando assim várias faixas etárias da população em situação de risco social. Um dos programas desenvolvidos é o LBV — Criança: Futuro no Presente!. Nele, meninos e meninas de 6 a 11 anos participam de atividades lúdicas, no período inverso ao da escola, como a Oficina dos Arteiros, as aulas de 138
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Texto e fotos: Mônica Mendes
cultura ecumênica, o espaço do brincar, a oficina do saber, as aulas de música e atividades esportivas. Além disso, recebem alimentação completa e atendimento psicológico, fator que contribui para o bom desenvolvimento infantil. Lucas, 11 anos, sabe bem disso: “Gosto de ficar na LBV e de participar de atividades variadas que me ajudam na leitura. Tem a oficina de música: faço violão e é uma boa opção para o meu futuro. A LBV é um lugar muito bom, a gente não fica na rua, ela é minha segunda casa. Agradeço aos colaboradores, porque cada ajuda que eles dão é a felicidade de uma criança”. Lucas e outros milhares de crianças e adolescentes trilham na Legião da Boa Vontade um caminho seguro e mais feliz. É a opi-
nião de Rosilene Alves Pereira, mãe de quatro crianças atendidas nesse programa da Instituição: “Hoje, meus filhos estão mais calmos e a família, mais unida. Sou muito grata por existir a LBV, pois, se não fosse ela, nossos filhos estariam na rua. Assim, posso trabalhar tranquila, porque eles estão aqui”.
Cursos profissionalizantes
Para quem busca oportunidade no mercado de trabalho, o Centro Comunitário da LBV na capital mineira oferece, gratuitamente, o curso de informática, exigido por boa parte das empresas e empregadores. “Quando procurei a LBV para fazer o curso, fui muito bem recebida. Hoje, em qualquer lugar em que se procura emprego, eles pedem o curso de informática.
Melhor Idade
dio, de tão bem que nos sentimos Empenhado em promover aqui. Há mais de seis anos, quanações para valorizar a Terceira do entrei para o grupo, Idade, o Centro Comuestava deprimida e uma nitário da LBV mantém amiga me trouxe para cá. o grupo de convivência Eu melhorei muito. Fico Lição de Vida. Nele, as contando os dias para os pessoas da Melhor Idade encontros. Sem essa conaprendem a executar travivência, não sei o que sebalhos manuais e partici- Maria Beatriz Pereira ria de nós”, conta a dona pam do curso de informática, de Maria Beatriz Furst Pereira. palestras educativas e de passeios. Para colaborar com o trabalho As atividades proporcionam solidário da Legião da Boa Vonbem-estar físico e mental, além de tade ou obter mais informações estimular novas amizades e tornar o sobre o atendimento oferecido envelhecimento mais saudável. “É pela Instituição em todo o país, importante estar na LBV, um remé- acesse o site www.lbv.org.br.
Mônica Mendes
Para pagar, eu não teria como; a LBV realizou meu sonho”, afirma, agradecida, Donata Félix. No curso oferecido pela Instituição, há muito mais do que orientação e conteúdo profissionais, estão presentes noções de cidadania e atitude solidária. A aluna Marizete Rocha ressalta: “Tive uma depressão muito grave, e o médico me pediu que, além da medicação, procurasse uma terapia, um lazer, um meio que ajudasse a sair da doença. Estou adorando o curso. Todos Marizete Rocha são muito bons e têm paciência. Eu adoro e agradeço o acolhimento”.
Parte das instalações do Centro Comunitário e Educacional da LBV em Belo Horizonte/MG, localizado na Av. Cristiano Machado, 10.727, Planalto, tel.: (31) 3494-3232.
Saúde Ações para combater a nova gripe
Ministério da Saúde anuncia medidas para conter a Influenza A Walter Periotto Fonte: Ministério da Saúde
Daniel Trevisan
É Walter Periotto
inverno no Hemisfério Sul e as mais baixas temperaturas, tradicionalmente registradas entre junho e setembro, favorecem a circulação dos diversos tipos do vírus influenza, causador da gripe. Esse é um dos principais fatores associados ao aumento do número de casos confirmados da Gripe A (H1N1) no Brasil, nas últimas semanas. À medida que crescem os registros de pessoas contaminadas, há também o aumento do número de pacientes com sintomas leves ou de infectados
por outros vírus que procuram atendimento, sobrecarregando desse modo os 68 hospitais de referência em funcionamento no país — centros preparados para receber e tratar casos graves. Diante desse cenário, novas estratégias foram anunciadas pelo Ministério da Saúde (leia quadro na página ao lado), a fim de garantir atendimento ágil a pacientes em estado grave e, assim, evitar óbitos. A falta de informação pode ser um complicador. Portanto, é fundamental que o cidadão esteja atento
Prevenção Ao tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a boca com um lenço, de preferência descartável. 140
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Lavar as mãos frequentemente com água e sabão, especialmente depois de tossir ou espirrar.
Não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal.
Não usar Em caso de suspeita Pessoas com medicamentos de infecção pela qualquer tipo sem orientação Influenza A (H1N1), de gripe não médica; a devem frequentar procurar logo uma automedicação unidade de saúde ambientes para diagnóstico e pode ser prejudicial fechados e à saúde. correto tratamento. aglomerações.
Valter Campanato/ABr
Combate à Influenza A “O Ministério tem trabalhado com todas as possibilidades de mudanças. Estamos nos antecipando constantemente.”
José Gomes Temporão Ministro da Saúde
às orientações disponibilizadas na mídia e procedentes de fontes confiáveis. Alerta contra a automedi cação — Pacientes de países como a Dinamarca e o Japão, além da região de Hong Kong, já demonstraram resistência a medicamentos, resultado do uso desnecessário de remédios e da automedicação. De acordo com novas orientações do Ministério da Saúde, o medicamento será indicado aos pacientes com estado de saúde agravado nas primeiras 48 horas do início dos sintomas ou às pessoas com maior risco de apresentar quadro clínico grave, segundo a avaliação médica. Outra importante recomendação é evitar viagens a países onde a doença está mais disseminada,
Novas rec omendaçõ es do Ministério da Saúde • Ao sinal de sintom as de dore
s de cabeç gripe (feb a, tosse se re, suor e de apetite ca, dores m calafrios, , congestã u s culares, fa o nasal), d d saúde ma ig a, perda eve-se pro is próximo curar o se . rviço de • Se os sin tomas fore m leves, o dações ne cessárias médico fa para isolam rá as reco não será n menento domic ecessária il ia r. Nesses c confirmaçã • Caso o a sos, o por exame quadro clí laboratoria nico inspir grave, ind l. e cuidado icando ne s ou se m cessidade será encam o stre d e internaç inhado para ão, o pac u m ie d os 68 hosp nte • A confirm itais de refe ação por e rência. xame labo nas nos ca ratorial se sos de pes dará apesoas com à doença m aior vulnera , casos g b ra ilidade ves ou em surtos loca amostras lizados. para • Todas as estratégia s de vigilâ ações de fr ncia em onteira co n ti nuam e se têm nos po manrtos, estrad as e aerop ortos.
tais como: Argentina, Chile, Canadá, Estados Unidos, México, Austrália e Reino Unido. Essa medida é importante no caso do Brasil porque todos os casos notificados (até a primeira semana de julho) são resultado de contágio com pessoas que estiveram no exterior; ou seja, não houve no período registro de caso autóctone ou transmissão sustentada.
Quem precisa viajar para o exterior deve seguir as orientações sanitárias: se apresentar sintomas de gripe em até dez dias após o retorno ao Brasil, é preciso procurar as autoridades de saúde, detalhando, inclusive, o roteiro da viagem. Outras informações www.saude.gov.br 0800 61 1997
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O Amor à LBV cresce em família O casal Heloísa e Maurílio Mariano de Faria e os filhos Isabela, Augusto (C) e Leonardo, São Paulo/SP.
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Encontre o gato igual ao do destaque
Resposta: 1.
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(1) Luiza Portela Gomes, 4 anos, e Izabela Maria Guerra Moreira Sotero, 5 anos, Rio de 11 Janeiro/RJ; (2) Anna Clara Rodrigues Mendes, 5 meses. Pais: Cássia e Decival Rodrigues, Belo Horizonte/ MG; (3) Daiane Felix, 9 anos, Rio de Janeiro/RJ; (4) Francisco Zarur Gomes, 1 ano. Pais: Leila de Lourdes e Marcos Antonio Gomes, Citrolândia/MG; (5) Gabriela Arruda Miranda, 2 anos. Pais: Danielly e Rafael Miranda, Rio de Janeiro/RJ; (6) Janaína de Andrade, 6 anos, Salvador/BA; (7) Guilherme Anselmo, 3 anos, Vitória/ES; (8) Os irmãos Júlio César, 3 anos, e Sofia, 3 meses. Pais: Marilda e Fernando Barbieri, São Paulo/ SP; (9) Lucas Marchesan da Conceição, 1 ano. Pais: Cláudia e Fabiano Marchesan, Curitiba/ PR; (10) Anna Clara, 1 ano e sete meses e Guilherme Vitor de Figueiredo Caetano, 10 anos, Glorinha/RS; e (11) Sofia Freitas Brandão, 1 ano e dois meses, Gravataí/RS.
A Mulher Cananeia
Interpretação do Evangelho de Jesus pelos Soldadinhos de Deus O Evangelho de Jesus, segundo Mateus, 15:21 a 28, narra a história de uma mãe cananeia. O povo cananeu, do qual ela fazia parte, sofria preconceito de outras nações, mas, mesmo assim, decidida, ela iria buscar a solução para a filha que tinha grave doença. Ela reconhecia o Poder do Divino Mestre, por isso não desistiu de pedir Seu auxílio. Essa história completa está no livro A Mulher Cananeia, da Coleção Ecumênica Os Milagres de Jesus, do selo editorial Soldadinho de Deus. Adquira agora mesmo o seu, pelo telefone 0800 77 07 940, e descubra o que acontece no fim dessa passagem tão rica de ensinamentos do Cristo Ecumênico. Acompanhe a opinião dos Soldadinhos de Deus, da LBV, sobre esse importante fato narrado no Evangelho do Divino Mestre: A mulher cananeia amava muito a sua filha e tinha Fé, por isso que ela procurou Jesus, porque acreditava que Ele poderia curar sua filha. A gente tem que amar as nossas mães porque elas fazem prece para Jesus proteger a gente. Eu convido todo mundo para participar da Aulinha de Moral Ecumênica, porque ela é muito importante! Ana Carolina de Oliveira, 8 anos. Petrópolis/RJ
A grande lição dessa história é Amor. Por exemplo, se ela não tivesse Amor pela filha, não teria suplicado a Jesus a cura dela. Quando temos um problema devemos suplicar a Jesus para nos ajudar e confiar, como a mulher cananeia fez, e com certeza Jesus vai atender o nosso pedido. Jéssica Caroline Mariano, 8 anos. Brasília/DF Informações: www.soldadinhosdedeus.com.br
Ação Jovem LBV Ciência e desenvolvimento
Newton, Einstein Arquivo BV
e “a perspectiva do conhecimento” Juliano Carvalho Bento, Bacharel em Física pela Unicamp.
“Qui genus humanum ingenio superavit*.” Quem visitar a capela do Trinity College, na Universidade de Cambridge, Inglaterra, irá deparar com essa frase aos pés de uma imensa estátua de Isaac Newton (1643-1727), considerado o pai da física pela excelência e influência de seus trabalhos, como Philosophiae Naturalis Principia Mathematica (Princípios matemáticos da filosofia natural). Diante da bela obra-de-arte, muitos a analisariam aludindo a diferentes * Qui genus humanum ingenio superavit — Assim traduzida: “Com seu talento superou a raça humana”, a inscrição observada no pedestal da estátua de Isaac Newton é originalmente do poema de Lucrécio (98-55 a.C.) De Rerum Natura (Sobre a natureza das coisas), no qual o autor latino expõe a filosofia do grego Epicuro de Samos (341-270 a.C.).
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dos maiores cientistas — certamente também está incluso nesse hall Albert Einstein (1879-1955), por numerosos trabalhos de grande valor, inclusive aprimorando o próprio legado do físico inglês. Nesse contexto, podemos considerar, ainda, esta afirmação do pai da relatividade: “Minhas ideias levaram as pessoas a reexaminar a física de Newton. Naturalmente alguém um dia irá reexaminar minhas próprias ideias. Se isto não acontecer haverá uma falha grosseira em algum lugar”. O que isso nos sugere? Que o conhecimento não é absoluto, finito e impassível de erros. Pelo contrário. Pela análise sugestiva dos próprios Seres Humanos — que não raro necessitam abrir mão do bom senso ou daquilo que entendem por realidade para adentrar em um novo aspecto do real — o processo de visualização da verdade, principalmente experimental, se fundamenta na interpretação. Daí a necessidade de teorias que expliquem o que ocorre na natureza. Então, evoquemos os exemplos humanos citados, aliando-os à História, para enriquecer esse ponto. No século 17, o físico holandês Christian Huygens (1629-1695) propôs uma teoria para descrever a luz, dizendo que essa era de fato uma onda se propagando no “éter luminífero”, tal como as ondas na água. Naquele mesmo século, Newton trouxe explicações para novos fenômenos associados à luz em seu livro Opticks (Óptica). Afirmou que na realidade se podia explicar a luz não como ondas, mas como feixe de partículas, desenvolvendo um novo modelo para descrevê-lo.
Reprodução BV
aspectos. “Veja que olhar firme”, alguns diriam; outros: “Quantas vestiduras sobrepostas!”; e outras ainda interrogariam: “O que ele tem nas mãos?”. Haveria ainda pessoas que não se deteriam na obra, mas na frase em latim, reproduzida anteriormente, que poderia ser assim traduzida: “Com seu intelecto superou a raça humana”. Seria mesmo? Longe de duvidar da capacidade intelectual do gênio da física ou de comparar inteligências com a dele, questiono isso justamente para analisar qual foi o diferencial do cientista. A própria ciência explicita que grandes descobertas ocorreram por uma questão de interpretação, como veremos. Um trabalho literário, por exemplo, pode trazer mensagem muito diferente para cada um; uma música pode agradar a certos ouvidos e não passar de ruído para outros. O próprio leitor, aqui neste texto, pode observar certos aspectos que mesmo quem o escreveu não tenha reparado. Isso ocorre porque cada pessoa tem características únicas, um ser difere dos demais, o que, por sinal, é maravilhoso, pois é o que faz o mundo tender a novas culturas, ideias, e abrir alas para conhecimentos nunca antes imaginados, por intermédio de pontos de vista diferentes. Se um objeto (tal qual a estátua) pode ser visto de várias maneiras, o que dizer de uma frase, um texto ou, ainda, uma mecânica? Voltemos, pois, à análise da frase sob os pés da estátua. Poderíamos afirmar, categoricamente, que nunca houve um intelecto mais apurado que o de Newton? Para os físicos — embora ainda o considerem um
O cientista Albert Einstein e alguns de seus manuscritos.
Diante da grande fama do propositor da teoria da gravidade, poucas vozes se manifestaram contra esse modelo durante mais de 100 anos. Somente no início do século 19, o inglês Thomas Young (1731-1777) e o francês Augustin Fresnel (1788-1827) elaboraram a teoria ondulatória, que não apenas explicava os experimentos de Newton, como também partia para a realização de novas experimentações, calculando ainda, com esse método, o suposto comprimento de onda da luz. Dado o extraordinário sucesso da teoria ondulatória, esta prevaleceu, tendo sido aceita durante todo o século 19. Somente no início do século 20 é que um jovem físico alemão, Albert Einstein, provou que na realidade a luz não era nem onda nem corpúsculo: era ambos! Em determinados experimentos a luz se comportava como partícula e em outros se portava de forma ondulatória; a esse princípio deu-se o nome de “Dualidade Onda Partícula”; BOA VONTADE |
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Ação Jovem LBV
posteriormente tal foi verificado para todas as partículas subatômicas. Como se observa, ramos que pareciam totalmente opostos se mostraram numa única forma eficaz para compreender como se processa determinado fato da Natureza, no caso, a composição da luz. O que concluir disso? Que o Ser Humano não vislumbra o conhecimento pleno, mas, na verdade, um aspecto dele. É isto que propõe o escritor e jornalista Paiva Netto, em seu artigo “Ecce Deus!”: “(...) Ninguém é dono da Verdade nem ditador do saber, pois neste mundo só existe perspectiva de conhecimento”. E arremata o jornalista no texto intitulado: “É urgente reeducar!”: “(...) Pois ainda vivemos apenas
a expectativa dele, não o Conhecimento, no sentido lato, que seria imergir no oceano do Saber Divino; de corpo e Alma, banhar-se no mar luminoso da Sapiência de Deus”. Portanto, alguém apresentar uma teoria ou um fato como definitivo, verdadeiro e eterno significa rumar por paragens não científicas, longe daquilo que nos revela o objeto de estudo da Ciência e do próprio Isaac Newton nesta frase, também difundida nas obras do escritor Paiva Netto: “Não sei o que possa parecer aos olhos do mundo, mas aos meus aparento apenas ter sido como um menino brincando à beira-mar, divertindo-se com o fato de encontrar de vez em quando um
Experimento de Newton da visualização do espectro da luz, por meio de um prisma.
seixo mais liso ou uma concha mais bonita que o normal, enquanto o grande oceano da verdade permanece completamente por descobrir à minha frente”. Sábio Newton, que se fez grande ainda mais por portar-se humildemente perante a imensidão do conhecimento e, até mesmo, de suas perspectivas.
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