Edifício Memória descritiva Conceito Hóspede
Hostel Inspiração Referências Diagrama Programa funcional Desenhos técnicos
Esquiços
Restaurante Espaço Imagem conceptual Inspiração Mobiliário Desenhos técnicos Renders Maquete Bibliografia
1_Rua de Cedofeita 2_Rua de Miguel Bombarda 3_EdifĂcio do projecto
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Localizado na intercepção das ruas de Cedofeita e de Miguel Bombarda, este edifício de planta em “U” desenvolve-se em 5 pisos, sendo um abaixo da cota do pavimento da rua. O mesmo tem uma empena a Norte sendo ladeado pela Rua de Cedofeita, tendo vindo a ser modificado para a construção da Rua do Príncipe (antes de ser nomeada de Miguel Bombarda, aquando da implantação da Républica), em 1839. Trata-se de um edifício apalaçado, onde é evidente uma hierarquia a cada piso, através da riqueza ornamental. F1
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Fotografia 1: vista da Rua de Cedofeita | Fotografia 2: vista da Rua de Miguel Bombarda
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1: Entrada | 2: Escadaria principal | 3: Uma das divisĂľes desenvolvidas (1Âş piso)
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4: Divisões do 2º piso| 5: Divisão do 3º piso
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Acto ou efeito de intervir; pode ser para coibir qualquer acto fora do padrão.
Que se emparedou; ladeado de paredes; sinônimo de entaipar e murar.
No cruzamento das Ruas de Cedofeita e de Miguel Bombarda cresceu um edifício no séc. XIX que ainda hoje não nos passa despercebido, pelo menos a mim! Um local em crescimento, recheado de tendências e movimentos percursores, dotado de dinamismo e emoldurado por alegria todos os meses com as suas inaugurações, caracterizam a tão famosa Rua de Miguel Bombarda, o que deu imediatamente o alimento necessário para desenvolver o projecto de um hostel “low cost” que enaltecerá o Design, a Arte e o ambiente do local. Utilizando toda esta inspiração, projectou-se um hostel destinado a pessoas abertas a novas experiências, com vontade de conviver com desconhecidos e com gosto pela história. Não existe uma idade definida, porque todos nós podemos nutrir a nossa juventude independentemente do número anotado no nosso passaporte. A própria mistura de personalidades e conhecimentos é um dos pontos essenciais no projecto. Não podemos desperdiçar um edifício tão rico num local estratégico como este, daí que a demolição é completamente posta de lado, não só porque estamos numa época na qual devemos reaproveitar todos os edifícios devolutos que dão forma ao Porto, mas também porque várias divisões são consideradas património. Nas semanas que lá passamos a realizar o levantamento métrico, percebemos que todas as pessoas que passavam e viam aquela grande porta aberta, tinham curiosidade e espreitavam interrogando-nos mesmo “podemos visitar o edifício?”. De imediato, percebeu-se que era fundamental deixar o espaço aberto ao público e organizá-lo com um conceito atractivo e direccionado para a diversidade de pessoas que frequentam a rua (desde jovens a idosos).
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Óbvio que para poder ser aberto ao público e, após quase dois séculos, voltar a ter movimento, seria necessário desde logo reabitilitar o espaço, num misto de manter o máximo da pré-existência mas adicionando qualidades calorifíca, sonora e ambiental. O edifício deveria voltar a ter vida através do restauro e da incorporação de conceitos variados, de forma a percorrermos diversos mundos mas no mesmo local, marcando o início da Rua de Miguel Bombarda com ousadia e pura sensação de intervenção. Além da diversidade, ainda foi incorporado um conceito mais internacional de ceder alguns quartos/áreas a designers/ilustradores para em grupo com um designer de interior criar uma decoração mais alternativa (como o caso do Hotel Fox, apresentado nas “Referências”). Contudo devido à amplitude do edifício, posteriormente foi escolhida uma área para ser desenvolvida a fundo, tendo sido seleccionado (no meu caso) o restaurante que ocupa quase na totalidade o primeiro piso, espaço esse que se desenvolve em cinco divisões ligadas entre si e onde o visitante percorre diferentes modos de estar, tudo unido pelo conceito de “floresta psicadélica”.
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Espírito aberto, curioso e com vontade de capturar novos locais e pessoas através da sua máquina fotográfica/diário gráfico...São algumas das características deste hóspede jovem e audaz.
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Fotografias de Jak & Jill e Mr. Newton
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Uma pessoa, diferentes personalidades. Um hostel, um mundo de experiĂŞncias.
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Fotografia de Sølve Sundsbø, com a modelo Lara Stone (2012)
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Hotel Fox, em Copenhaga
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Caravan Hotel, em Berlim
The Independente, em Lisboa
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Outros projectos
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escala 1:200 Casa das máquinas
Jardim
Coffee shop
Zona funcionários Arrumação
Esplanada vertical Jardim
Vestiário
Sala de espera
Recepção Zona funcionários
Entrada Sanitários
Arrumação
Espaço de intervenção
Espaço público
Espaço privado (funcionários)
Loja de selos
Espaço privado (hóspedes)
Desconhecido
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Lavandaria
Sala rápida
Arrumação Bar Salão restaurante Cozinha
Lounge Esplanada
Sanitários
Dormitório
|Intervenção
Dormitório|Tendas
Sala de workshop
Balneário
Sala de convívio Sanitários
Espaço público
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Espaço privado (funcionários)
Espaço privado (hóspedes)
Desconhecido
Suite|Intervenção
Dormitório|Real
Suite|Intervenção Sanitários Dormitório|Ilha Balneário Dormitório|Intervenção
Espaço público
Apartamento
Apartamento
Apartamento
Apartamento|
Espaço privado (funcionários)
Intervenção
Espaço privado (hóspedes)
Desconhecido
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desenhos tĂŠcnicos ilustrados
escala 1:150
NĂŁo trabalhado
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N達o trabalhado
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N達o trabalhado
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N達o trabalhado
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N達o trabalhado
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N達o trabalhado
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desenhos de evolução de projecto
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1º piso do edifício 5 divisões ligadas entre si (com exterior e interior)
Sala Rápida
Varanda
Sala grande Sala ornamentada
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O conceito de floresta passou por várias etapas, começando por uma noção básica (colocar árvores no espaço), até à abstracção como meio de criar algo diferente mas ao mesmo tempo actual. Na tentativa de recriar a sensação de estarmos perdidos numa floresta, todo o espaço desenvolve-se através duma imagem psicadélica/tribal com base na geometrização e simetria, justificada com uma pesquisa árdua, onde as formas triangulares prevaleceram. Esta forma dinâmica, encontra-se actualmente em padrões, roupa, cartazes e Arquitectura, tendo sido mesmo criada uma aplicação capaz de “cristalizar” qualquer fotografia/forma/ilustração em segundos.
Sala rápida Sala com vista para a Rua de Miguel Bombarda, recebendo luz praticamente todo o dia (a partir da tarde tem luz directa). Sendo a divisão mais isolada das restantes, destina-se a refeições rápidas disponíveis em máquinas automáticas refrigeradas, com apoio de microondas, máquina de café e torradeira. Concluindo, passa por ter um serviço self-service, podendo também ser utilizada pelos hóspedes fora do horário de serviço no restaurante.
Varanda Sendo um dos únicos pisos com uma varanda destas proporções e, igualmente, com vista para a intercepção das ruas de Cedofeita e de Miguel Bombarda, achei pertinente utilizá-la, não só para criar uma área de lazer exterior, mas também como meio de atrair as pessoas a subir ao primeiro andar. Para tal, aliei a vertente de lazer com a de atracção colocando na varanda uma obra personalizada de Sebastien Wierinck, feita de canos articulados, que servem de assento, de iluminação e de espetáculo graças à sua forma invulgar.
Sala ornamentada Com ligação directa com a sala grande e a varanda, esta divisão caracteriza-se pela quantidade de ornamentos, desde chávenas até mesmo veados. Evidenciada a sua importância pela carga ornamental e pela presença do arco, criou-se uma área de lazer mais privada com apoio de bar, construção pensada de forma a não interferir brutalmente com o ambiente já carregado do espaço. Devido à abertura de mais dois vãos, ganhou luminosidade e fortificou a simetria já existente.
Sala grande Após várias paredes demolidas e restruturação do tecto, conseguimos manter este espaço sem suportes verticais. Tendo ligação com a sala ornamentada, patamar da escadaria principal, cozinha e sanitários, é um espaço de refeições mais cuidado. O conceito de floresta é levado ao extremo, com a colocação de um papel de parede que cria o efeito de sombras, intensificado com os cilindros iluminados de diversas alturas que se desenvolvem ao longo do tecto. Os assentos são inspirados na estrutura de Sebastien Wierinck, contudo construidos como um sofá.
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Trabalho de Joshua M. Smith
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A maioria do mobiliário, apesar de inspirado em algumas formas já existentes, foi construído de raiz. Contudo, ainda existem alguns apontamentos de móveis comercializados.
Cadeira Knit _ Claire-Anne O’Brien
Sebatien Wierinck
Suporte Hal _ William Earl
Banco Nº3 _ Covo
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Sofá Puzzle _ Villa della Spiga
Mesa Klara _ Moroso
Banco Lotus _ Pedrali
desenhos representativos ilustrados
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modelação do espaço em 3D Max
Sala rápida
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Varanda
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Sala principal
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Sala grande
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Behance A to Z Archipelago http://www.behance.net/gallery/A-to-Z-Archipelago/1384995
Peking Typing http://www.behance.net/gallery/Peking-Typeface/730006
Alive http://www.behance.net/gallery/Alive/3203719
Sens Club http://www.behance.net/gallery/Sens-clubInterior-design/3241887
Deer Sue http://www.behance.net/gallery/Deer-SueTypeface-and-Posters/1224473 Efinity http://www.behance.net/gallery/Efinity/1931985 Halftone Print Series http://www.behance.net/gallery/Halftone-PrintSeries-Wolf-Lion/3538419
The Wild Hunt http://www.behance.net/gallery/The-Wild-HuntProcess-Journal/2732365 Turmalina Rosa http://www.behance.net/gallery/Turmalinarosa/2808697
Long Deer http://www.behance.net/gallery/LongDeer/823264
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