Oficina de fantoches em cena

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Oficina de Fantoches em Cena Denise Tameirão de Oliveira¹; Fernanda Guilherme Pereira Soares²; Bruno Matos Vieira³. 1-Bolsista do subprojeto PIBID Belas Artes, Discente do Curso de Licenciatura em Belas Artes, ICHS/UFRRJ; 2- Bolsista do subprojeto PIBID Belas Artes, Discente do Curso de Belas Artes, ICHS/UFRRJ e 3- Coordenador do subprojeto PIBID Belas Artes (DTPE/ IE/ UFRRJ).

Palavras-chave: Arte-Educação; Teatro de Fantoches; Audiovisual. Introdução O presente resumo visa apresentar os resultados parciais do projeto “Oficina de Fantoches em Cena”, que é uma das iniciativas do PIBID Belas Artes da UFRRJ. Esse trabalho foi implantado em uma turma do 6º ano do ensino fundamental do Centro de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente Paulo Dacorso Filho, localizado em Seropédica (RJ), no ano de 2014. Objetivamos com essa proposta a produção de um teatro filmado inspirado nas histórias elaboradas pelos próprios alunos, bem como a confecção de fantoches dos personagens, a criação de cenários e edição dessa filmagem. Além disso, a partir das pesquisas de Barreto (2000) e Oliveira (1997), buscamos desenvolver a concentração e o interesse em atividades artísticas nos alunos para que conseguissem obter êxito em outras tarefas exigidas pela escola, pois, segundo Lowenfeld & Brittain (1970), a arte trabalha com o lúdico, fatos reais, meio-social, ritmos, sentimentos, corpo e intelecto. Metodologia A proposta foi aplicada em forma de oficina semanal com duração de duas horas, conforme planejamento orientado em reunião com coordenadores e supervisores do PIBID Belas Artes, e as pesquisas feitas sobre autores em Arte-educação, Artes Plásticas e Psicomotricidade. Optamos por trabalhar com um pequeno grupo de alunos “bem agitados”, do 6º ano, seguindo os critérios de reeducação encontrados em Barreto (2000). Inspirados em Oliveira (1997), fizemos uma dinâmica de relaxamento para auxiliar a turma – com esse perfil – a ouvir e assimilar melhor a proposta do projeto. Em seguida, por meio de vídeos (GRUPO GIRINO, 2014) e imagens (SANTOS, 1979), mostramos uma variedade de tipos de bonecos e cenários. O argumento para a criação da história teve como base o próprio currículo da Prefeitura Municipal de Seropédica. Na confecção de bonecos demos atenção especial às personalidades e roupas; nesse sentido, utilizamos materiais simples como jornais, fita crepe, fita adesiva, bolas, pincéis, tintas tempera (guache), sucatas, retalhos de tecido, caixa de papelão, papel paraná, papel ofício, lápis de cor, hidrocor e cola branca. Toda essa produção ainda está em fase de execução. O roteiro e a narrativa estão sendo elaborados pelos alunos sob a supervisão dos bolsistas, a partir das propostas de Anzola (2006). Ao final dessa etapa filmaremos a história e editaremos nos softwares Adobe Premier e Sony Vegas e, por fim, agendaremos uma data no 4º bimestre para a mostra desse teatro filmado. Resultados e Discussão


De acordo com Abasto (2010) o teatro de fantoches é muito importante para auxiliar a criança a construir a sua identidade, pois, a partir dele, ela poderá desempenhar diversos papéis sociais e experimentar diferentes sensações e emoções. No entanto, no início do projeto não conseguimos verificar isso. Nas primeiras oficinas, como previsto, os alunos estavam bastante dispersos e desconcentrados, mas tentamos contornar essa situação com a atividade de relaxamento supracitada. Só a partir da quarta oficina eles começaram a se interessar e se comprometer com as etapas, as tarefas e os demais os assuntos referentes à produção do teatro filmado. Com isso, até o momento, as crianças conseguiram confeccionar seis bonecos de fantoches (quatro fantoches de mão, um fantoche articulado por duas pessoas e um fantoche de vara), o roteiro e oito esboços de cenários para a história que foi baseada no conto “A princesa e o sapo”. É pertinente ressaltar que ficamos contentes com essa mudança de comportamento, pois esse era um dos nossos objetivos e, sem isso, não teríamos alcançado esses resultados parciais. Conclusão Tivemos muitas dificuldades em dar início às atividades desse projeto com relação aos ajustes de datas, horários e ate mesmo o planejamento para poder ser cumprido dentro do que foi estabelecido. Com persistência e determinação da equipe em acreditar que ia dar certo, hoje podemos ver que, com os resultados obtidos, os objetivos estão sendo alcançados. No momento, o grupo de alunos está tão envolvido que todos chegam antes do horário e conseguem dar continuidade às tarefas de onde eles pararam. Ademais, eles começaram a pensar mais criticamente, trazendo conteúdos de casa, mostrando um grande interesse, chegando a disputar quem vai ler o texto durante a atividade. Assim sendo, cremos que através dessa proposta em conjunto com a escola, poderemos ajudar os alunos vistos como indisciplinados a terem resultados positivos em outras disciplinas. Referências Bibliográficas ABASTO, Maria Virginia. TEATRO DE BONECOS: Um gênero teatral que inclui educação, Webartigos, 2010. ANZOLA, Maria Cristina. Teatro de fantoches: Valioso recurso nas mãos do professor do ensino fundamental. In. Revista Terra e Cultura n° 42 – ano 22 Núcleo de estudos e pesquisas educacionais/NEPE – UNIFIL – Finlândia, 2006. BARRETO, Sidney de Jesus. Psicomotricidade, educação e reeducação. 2° ed, Blumenau, Livraria Acadêmica, 2000 GRUPO GIRINO. Oficina Teatro de Bonecos e Animação. YouTube. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=GH-4pcmRs50. Acesso em 07 de agosto de 2014. LOWENFELD, V.BRITTAIN, W.L. Desenvolvimento da Capacidade Criadora. São Paulo: Mestre Jou, 19471970. OLIVEIRA, Gisele de Campos. Psicomotricidade: educação e reeducação num enfoque psicopedagógico. Petrópolis: Vozes, 1997. SANTOS, F.A.G. Mamulengos: Um povo em forma de bonecos. FUNARTE, 1979.


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