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Comissão vai definir proposta em 50 dias

Uma comissão de cerca de 50 nomes formada pela nova gestão da Administração Portuária de Santos, representantes das prefeituras de Santos e Guarujá, engenheiros e profissionais da área de trânsito vão se debruçar na definição do projeto de ligação seca entre Santos e Guarujá.

O resultado final deverá ser entregue entre “40 a 50 dias”, adianta o diretor-presidente Anderson Pomini.Até lá, os encontros deverão ocorrer de forma semanal. Ao lado de seus diretores e secretários municipais de Santos e Guarujá, Pomini adiantou – em coletiva à imprensa – que participará de reunião na próxima terça (2) para discussão do túnel com representantes dos ministérios da Fazenda, Portos e Aeroportos e TCU – Tribunal de Contas da União. Portanto, o objetivo é chegar à conclusão da melhor modelagem – e análise de valores – a ser implantada na construção do túnel imerso.

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Terceira opção?

Por sua vez, a ideia é se debruçar em dois projetos já existentes, que podem resultar em uma terceira proposta. Assim, o primeiro foi realizado pela Dersa, na gestão do então governador Geraldo Alckmin, iniciado em 2012.

Na ocasião, o estudo contou com todas as etapas aprovadas, inclusive com audiências públicas. No entanto, não avançou na prática. Na realidade, a proposta envolvia desapropriações na margem direita do Porto de Santos, especialmente em residências no Macuco. Houve gritaria geral dos moradores atingidos pela medida.

Dessa maneira, a segunda opção refere-se à proposta da antiga gestão da Autoridade Portuária, de 2020. Assim, o acesso ocorreria a partir da Avenida Perimetral, nas imediações do terminal de passageiros, rumo ao Guarujá, de forma submersa.

Viabilidade Comissão irá definir o projeto que oferece melhor viabilidade técnica para ligar Santos e Guarujá por meio de um túnel submerso sob o canal do estuário

Prós e contras

Por sua vez, ambos tem prós e contras. O primeiro – que avançou em pontos como os licenciamentos ambientais, por exemplo – necessitaria do pedido de desarquivamento do projeto em sua integralidade, o que pode não ser tão simples assim.

Dessa forma, se isso ocorrer, ajudaria na celeridade no projeto escolhido, adianta Pomini. O segundo, sem desapropriações, não passou pelas análises técnicas dos engenheiros da própria Autoridade Portuária. “Isso mostra uma falha na origem da proposta com a ausência dos engenheiros na participação da proposta”, salientou Pomini.

Na ocasião, a ideia ganhou força, especialmente pela diretoria anterior da empresa, resultando no apoio ao projeto Vou de Túnel, de forte apelo nas redes sociais e na mídia regional.

No entanto, no encontro de hoje entre os diretores e secretários das prefeituras surgiu a possibilidade de uma terceira opção. Ou seja, a fusão de pontos de ambas as propostas, eliminado riscos de desapropriação na margem direita (lado de Santos) e mantendo o início da circulação de veículos para adentrar ao túnel pela Avenida Perimetral do lado santista.

Assim, o fluxo de veículos – de forma imersa- seguiria em direção à área da União, onde hoje está a Capitania dos Portos.

Desafio

Porém, o desafio seria do lado de Guarujá, onde hoje fica a comunidade da Prainha. Dessa forma, no local – área da União – residem

1.300 famílias, cuja proposta é o remanejamento para conjuntos habitacionais, como o Parque da Montanha, no mesmo município.

No entanto, o volume de unidades entregues até hoje está bem aquém do ideal para atender tal demanda. Tão logo o modelo decidido pelo grupo técnico seja escolhido, ele será encaminhado à Antaq para avaliação e de demais órgãos envolvidos. Porém, não há previsão de prazos no momento até o lançamento da concorrência internacional.

Prioridades

Na última quinta (20), o ministro dos Portos e Aeroportos, Márcio França, esteve em Santos participando da posse do novo presidente e diretores da Autoridade Portuária de Santos. E falou que as obras do túnel serão feitas com recursos públicos da própria empresa e com verbas da União.

Por sua vez, outras obrigações, como obras e ações de zeladoria nas perimetrais, por exemplo, também precisam de investimentos, como reconheceu o ministro. Diante do cenário, o presidente da empresa enfatizou que haverá a necessidade de se estabelecer prioridades na atual gestão. “E a prioridade será a implementação do túnel”, enfatizou.

Assim, a zeladoria e as melhorias da perimetral ficarão na dependência de recursos do Governo Federal, via o novo PAC – Programa de Aceleração do Crescimento, que mudará de nome e receberá nova roupagem. Seu lançamento ainda não tem data oficial para ocorrer.

O Governo Federal ainda não decidiu qual caminho irá tomar em relação ao STS-10, maior área pública a ser concedida à iniciativa privada entre os portos brasileiros. A gestão anterior pretendia leiloá-lo, mas não houve tempo hábil para tanto.

A área passará a ter 601.101 mil metros quadrados com as melhorias e expansões pretendidas. Além disso, localiza-se no Saboó, lugar estratégico na margem direita do Porto de Santos.

Durante posse da nova diretoria da SPA – Santos Port Authority (que passará a se chamar Autoridade Portuária de Santos) na última quinta (20), o ministro dos Portos e Aeroportos, Marcio França, reconheceu que a discussão sobre a área é “um desafio difícil”. “Qualquer decisão tomada vai indicar o futuro do Porto de Santos”, explica.

França explica que se a área for para licitação como um bloco único há grande possibilidade de verticalização dos serviços no Porto de Santos. Ou seja, a vencedora da área ganharia uma força desproporcional na concorrência para movimentação de contêineres, ampliando sua participação no mercado e desequilibrando o setor. No Porto de Santos, quatro empresas concentram o maior volume de cargas na movimentação de contêineres.

Decisão de Governo

“Esta será uma decisão de governo”, salienta. Afinal, a área em discussão é vizinha ao terminal da BTP – Brasil Terminal Portuário, criado da união entre as gigantes armadoras MSC e Maersk. O que explica a verticalização – ou seja, o mesmo grupo seria dono do navio e do próprio terminal.

Assim, há o temor da ampliação das atividades em um mesmo local, prejudicando a concorrência no Porto de Santos. “Se não houver concorrência, há o risco de prevalecer o monopólio privado”, disse.

Atualmente, o espaço é ocupado por empresas em regimes de transição, ou seja, com contratos provisórios, renovados periodicamente.

Casos da Santos Brasil (2 terminais), Termares, BTS, Conport Afretamentos Marítimos e Ecoporto

Santos, por exemplo, única que tem contrato em vigor, com vencimento em junho, como anunciado pelo próprio governo na gestão anterior. No entanto, no site da SPA, a data de vencimento do certificado expira em 17 de janeiro do próximo ano.

Escolha

Dessa forma, o ministro Marcio França reconhece que as propostas em pauta incluem a licitação de toda a área para um terminal único. Ou para exploração como cais público, onde empresas menores poderiam operar no local. O Boqnews apurou ainda que há a possibilidade de parte do espaço (cerca de 8%a 10% da área) ser destinado para abrigar o futuro terminal de passageiros.

Ele sairia do Macuco e iria para o Valongo – aproveitando a infraestrutura já existente e sem utilizar os berços dos armazéns 1 ao 3, economizando recursos para sua mudança. Estima-se que a alteração para o novo local sairia por volta de R$ 1,5 bilhão. Se esta proposta vingar, o valor seria o equivalente a 1/3 deste montante.

Vale salientar que nos moldes previstos pela Antaq prevêem-se a capacidade para seis berços – o dobro do existente no terminal vizinho, por exemplo. Sua localização estratégica serve tanto para a circulação de caminhões como para o modal ferroviário.

Aliás, cuja expectativa é o crescimento da movimentação de 30 milhões para 85 milhões toneladas/ ano ainda em 2023. O STS-10 integra a listagem como área prioritária no âmbito do Programa de Arrendamentos Portuários – PAP, do Governo Federal, em 2013.

Audiência Pública

A pedido do vereador Francisco Nogueira (PT), a Câmara de Santos promove hoje (24), às 19 horas, audiência pública sob o tema Desemprego no Porto, STS10 e Armazéns do 1 ao 8. Segundo o vereador, o fim do contrato da Ecoporto pode implicar, “além das demissões em massa, no deslocamento das cargas de projeto para portos de outros estados, prejudicando as indústrias paulistas”.

Na audiência, também estará em pauta o projeto Porto Valongo, com revitalização dos terminais 4 ao 7, este último para fins educacionais. O local deve se transformar em um espaço de lazer e convivência até 2026.

A prática de exercícios é cansativa, porém o sedentarismo traz bem mais prejuízos. Para ter noção, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil possui os índices de sedentarismo mais altos da América Latina.

Uma pesquisa do Instituto Ipsos apresenta que 30% das pessoas não fazem qualquer tipo de exercício, porém quem faz é em número baixo. Mas, afinal o que é o sedentarismo e como ele pode afetar a saúde?

Segundo a nutricionista Raisa Barragam, sedentarismo é a ausência de atividade física na rotina de uma pessoa. “Podemos dizer que, para não ser considerado uma pessoa sedentária, precisa ter um gasto superior a 2.200 kcal ao dia”.

Riscos

Contudo, uma vida sedentária leva a pessoa a um maior risco de ter um AVC, insuficiência renal crônica, doenças do coração, problemas de visão e possuir uma doença crônica como a obesidade.

Os principais riscos do sedentarismo para a saúde é a perda de massa magra (musculatura). Isso provoca fadiga extrema, dores nas articulações, sonolência, aumento de apetite entre outros.

Raisa também menciona que sono, cansaço excessivo, dores ao subir escada, amarrar o sapato ou pegar uma criança no colo, por exemplo, são alguns sinais e sintomas que podem indicar que uma pessoa está levando um estilo de vida sedentário. Além disso, ela informa que muitos casos de insônia têm aparecido pela falta de atividade física.

Alimentação

Um ponto importante para controlar o sedentarismo é a alimentação. De acordo com a nutricionista uma pessoa sedentária normalmente não se preocupa muito com este ponto.

“É inevitável você iniciar uma reeducação alimentar sem pensar em atividade física e vice versa. Ali-

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