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SEM ANISTIA: UM MÊS DOS ATOS GOLPISTAS

Confira cinco bloquinhos com bailinho, circo, contação de histórias, cirandas e marchinhas

CULTURA 11

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No dia 8 de janeiro, os ataques aos prédios na Praça dos Três Poderes, em Brasília, chocaram o país. O ato foi planejado, executado, comandado, incitado e financiado por bolsonaristas contra o resultado das eleições. STF, Congresso e governo Federal se uniram pela punição dos golpistas. Prisão do ex-ministro da Justiça e de coronel da PM do DF apontam que o cerco vai se fechando, e investigações chegam a Bolsonaro I BRASIL 2, 7 E 8

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“Já não basta a destruição toda que essas mineradoras provocam e é a moradora que tem que ressarcir! É o fim do mundo...”

Pricila Maria Leão Soares comenta o artigo “Mineradora gera danos e intimida moradores em Teixeiras”, de Gustavo Soares Iorio e Tádzio Peters Coelho

“Zema luta com unhas e dentes para rebaixar ao máximo os professores. Já com mineradoras e outros empresários, Zema também luta com unhas e dentes, mas para favorecer ao máximo essa turminha! O tempo todo ele fala que o Estado está quebrado, mas para diminuir o preço do combustível de aeronaves, para favorecer os amigos empresários, ele nem pensou duas vezes”

Joyce Jordana, sobre a matéria “Justiça julga, nesta quarta (8), tentativa de Zema de suspender piso salarial da Educação”

“Que nossos deputados estaduais e os vereadores de BH lutem pelos direitos de cada belo-horizontino e moradores da nossa capital mineira. Ela pertence aos mineiros, jamais aos grandes empresários e Fiemg, que degradam o nosso “belo” horizonte”

Maria Gorette Lobo, sobre “Movimentos sociais e especialistas em política urbana denunciam ataques ao Plano Diretor de BH”

Opini O

Punir Bolsonaro por golpismo pode frear o Brasil miliciano que ele criou

A punição a Jair Bolsonaro pelo golpismo que ele organizou e incitou não é vingança, mas uma Justiça tardia. Caso o Brasil não seja capaz de processar e condenar o seu ex-presidente por atentar contra a democracia, a República Miliciana que ele instalou vai continuar crescendo. Até devorar o próprio país.

Bolsonaro é a peça-chave do núcleo político golpista da extrema direita. Como consequência de suas ações tivemos desabastecimento de comida e remédios por bloqueios em estradas, queima de caminhões, ônibus e carros, tentativa de explosão do Aeroporto de Brasília, depredação do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e o STF.

Basta perguntar a qualquer um dos presos na Papuda ou na Colmeia por que invadiram as sedes dos Três Poderes para, em pouco tempo, chegarmos a ele, seus discursos e postagens. Ele diz que não foi sua mão que cometeu os crimes, mas foram suas orientações e a de seus aliados.

Não se sabe quais informações detém o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, responsável pelos inquéritos que tratam dos atos antidemocráticos. Mas, certamente, fornecem a ele uma visão muito maior que o cenário publicamente conhecido. Ao que tudo indica, Moraes preferiu não chegar a Bolsonaro logo de cara, mas avançar sobre o bolsonarismo em círculos concêntricos de forma a mostrar à sociedade o que esse golpismo produziu.

Primeiro foram os peixes pequenos; depois pequenos financiadores, chegando a assessores políticos e oficiais da polícia militar. O preso mais famoso até agora, o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres, pode ser o tiro de aviso de que mais como ele virão. No centro desse círculo, autoexilado na Flórida, está Jair.

Radicais contra a democracia Bolsonaro trabalhou para propagar a ideia de que o interesse dos indivíduos é sempre mais importante do que o bem-estar da coletividade. Isso não vale para todo indivíduo, apenas para o “povo escolhido” de Jair Messias, grupos radicais que o apoiam, parte dos 15% da população que acreditam em tudo o que ele diz.

Entre eles, estão garimpeiros, madeireiros, agropecuaristas que agem de forma ilegal, líderes religiosos ultraconservadores, especuladores financeiros, empresários que desejam fazer o que quiserem sem ser importunados pela CLT, milicianos e parte da banda podre das Forças Armadas e das polícias, entre outros. Essa sociedade miliciana invadiu as sedes dos Três Poderes, em Brasília, em uma tentativa tosca e violenta de golpe de Estado.

Punir o golpismo, levando o “líder supremo” à cadeia, é garantir que as instituições brasileiras tenham um futuro. A impunidade, por outro lado, levará a afirmar que os crimes cometidos por seguidores da extrema direita são realmente manifestações justas de “movimentos espontâneos”, o que porá um fim, mais cedo ou mais tarde, e espontaneamente, à democracia.

Leonardo Sakamoto é jornalista e doutor em Ciência Política pela Universidade de São Paulo

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Joedson Alves /Agência Brasil

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