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Terra para quem quer produzir alimentos!
No Brasil, 1% dos maiores proprietários detém quase a metade das terras rurais do país, enquanto os 10% dos pequenos agricultores possuíam apenas 0,2% das terras. Conforme o Incra, há cerca de 100 mil famílias acampadas em todo o Brasil, aguardando a oportunidade de serem assentadas.
São áreas reivindicadas para a reforma agrária, mas que ainda não foram destinadas para esse fim por uma sé- rie de paralisações, falta de orçamento e vontade política. Os dados do Incra apontam que há 112 mil famílias cadastradas que esperam pela realização da política pública.
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A reforma agrária é uma diretriz constitucional e legal, mas as ações tomadas caminharam na direção oposta, ampliando os conflitos rurais, o armamentismo privado de organizações de grandes produtores rurais e a titulação individual em assentamentos que já estavam consolidados, enfraquecendo a gestão territorial coletiva de agricultores familiares. Se a política não se concretiza, os movimentos sociais e as organizações da sociedade civil têm o direito de lutar pela implementação da reforma agrária, pela agroecologia e pela justiça social no campo, questão central também para a soberania alimentar e a recuperação ambiental.