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A Curitiba popular é a que cantamos

Nos anos 1990, a gestão municipal, sobretudo na figura de Jaime Lerner e do próprio Rafael Greca, gerou inovações urbanísticas reconhecidas mundialmente. Ao mesmo tempo, uma estrutura segregacionista, uma cidade central e serviços públicos apartados das classes populares.

Com isso, o aniversário de 330 anos de uma das capitais mais ricas do Brasil exige reflexão sobre as principais máfias, grupos empresariais e familiares que impedem a capital paranaense de seguir se desenvolvendo.

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Grandes grupos dominam, por exemplo, o tratamento do lixo em aterros sanitários – caso do grupo Essencis/Solví e Estre -, causando riscos ambientais, sanitários e sociais. O transporte público, oligopólio do- minado pela família Gulin, recebe grandes incentivos do município, enquanto o povo trabalhador é pressionado por uma tarifa de R$ 6!

A máfia da especulação imobiliária, das empreiteiras e construtoras, impede uma cidade democrática. O déficit habitacional é de Curitiba é 50 mil moradias. Ao mesmo tempo, são 47 mil imóveis vazios e 2.500 lotes vagos na capital, que poderiam servir para moradia popular.

Nesses 330 anos valorizamos a Curitiba que luta: das lutas da Casa de Passagem Indígena, do movimento negro que tem ocupado espaços na Câmara Municipal, das lutas dos sindicatos de servidores e das lutas por moradia que se fortalecem com a articulação Despejo Zero.

Essa é a Curitiba que nós cantamos!

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