Brasil Rotário - Fevereiro de 2007

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Sucessora de “Notícias Rotárias” e “Rotary Brasileiro”. Publicação mensal dedicada à divulgação do Ideal de Servir. Revista regional oficial do Rotary International para os rotarianos do Brasil.

ESTUDANTES ÁRABES e judeus aprendem sobre a Torá no Brandeis-Bardin Institute

04 Jovens aprendem a paz 05 Mensagem do Presidente William B. Boyd

06 Defensores da paz e da compreensão mundial

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04

Valdemar Lopes Armesto

08 Depois de 60 anos, continuemos renovando nossos compromissos Carlos Enrique Speroni

10 Ajuda vem na caixa 16 Celebração de uma epopéia Gunter Wolfgang Pollack

20 A metáfora do tsunami Tibério da Costa Mitidieri

25 Cristal inestimável

O TSUNAMI que devastou o sul e o sudoeste da Ásia em dezembro de 2004 obriga-nos a rever nosso relacionamento com a natureza Pág.

20

Pág.

16

Izabela Pereira

28 A intercambiada Paige Gundlach PARTE 1: Preparativos para a viagem Vanessa N. Glavinskas

35 O futuro do Rotary em nossas mãos Newton Camargo Moraes

A BOLSISTA do Crei, Izabela Pereira, foi uma das observadoras da OEA nas eleições da Nicarágua

36 Sinal de alerta Iêda Maria Vieira Ribeiro Motta

Pág.

25

38 Salt Lake City aguarda por você Joseph Derr

44 Nobel da paz inspira rotarianos O CENTRO Gamily de História abriga uma biblioteca

SEÇÕES 24 33 42 45 46 47 58 59 60 63

Rotarianos que são notícia Interact e Rotaract Coluna do chairman da FR Os 50 mais Livros Informe do RI aos rotarianos Distritos em revista Saudades Senhoras em ação Novos Companheiros Paul Harris Relax

O IMPONENTE, amplo e moderno Centro de Convenções, onde ocorrerá o maior evento do calendário rotário CAPA: Foto The Rotarian

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38

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ROTARY INTERNATIONAL ONE ROTARY CENTER

CONSELHO DIRETOR 2006-2007 PRESIDENTE

William B. Boyd PRESIDENTE-ELEITO 2007-08

Wilfrid J. Wilkinson VICE-PRESIDENTE

Jerry L. Hall TESOUREIRO

Frank N. Goldberg DIRETORES

Anthony F. de St. Dalmas Barry Rassin Carlos E. Speroni Donald L. Mebus Horst Heiner Hellge Ian H. S. Riseley Kjell-Åke Åkesson Kwang Tae Kim Masanobu Shigeta Michael K. McGovern Noraseth Pathmanand Örsçelik Balkan Raffaele Pallotta d’Acquapendente Robert A. Stuart, Jr. Yoshimasa Watanabe

CURADORES DA FUNDAÇÃO ROTÁRIA, 2006-07 CHAIRMAN

Luis Vicente Giay CHAIRMAN-ELEITO

Bhichai Rattakul VICE-CHAIRMAN

Mark Daniel Maloney

1560 SHERMAN AVENUE

EVANSTON, ILLINOIS, USA

GOVERNADORES DE DISTRITOS NO BRASIL 2006-2007 DISTRITO 4310 José Domingos Zanco Rotary Club de Americana-Integração, SP

DISTRITO 4600 Marco Antonio Toledo Piza Rotary Club de Aparecida, SP

DISTRITO 4390 Carlos Fernandes de Melo Filho Rotary Club de Aracaju-Norte, SE

DISTRITO 4610 Clóvis Tharcísio Prada Rotary Club de São Paulo-República, SP

DISTRITO 4410 Pedro Carlos Sabadini Rotary Club de Colatina-São Silvano, ES

DISTRITO 4620 Valter Zamur Rotary Club de Sorocaba-Manchester, SP

DISTRITO 4420 Marcelo Demétrio Haick Rotary Club de Santos-Praia, SP

DISTRITO 4630 Maria da Penha Oliveira Surjus Rotary Club de Paranavaí-Moema, PR

DISTRITO 4430 Paulo Eduardo de Barros Fonseca Rotary Club de São Paulo-Liberdade, SP

DISTRITO 4640 Dalva Figueiredo dos Santos Rigoni Rotary Club de Cascavel-União, PR

DISTRITO 4440 Adão Alonço dos Reis Rotary Club de Várzea Grande-Centro, MT

DISTRITO 4650 Sergio dos Santos Correa Rotary Club de Herman Blumenau, SC

DISTRITO 4470 Gener Silva Rotary Club de Araçatuba-Oeste, SP

DISTRITO 4651 Eloir André Kuser Rotary Club de Araranguá, SC

DISTRITO 4480 Beninho Dalto Rotary Club de Catanduva, SP

DISTRITO 4660 Jayme Maia Pereira Rotary Club de Santa Maria-Sul, RS

DISTRITO 4490 Júlio Jorge D’Albuquerque Lóssio Rotary Club de Fortaleza-Meireles, CE

DISTRITO 4670 Ana Glenda Viezzer Brussius Rotary Club de Canela, RS

DISTRITO 4500 José Jorge Indrusiak da Rosa Rotary Club de João Pessoa, PB

DISTRITO 4680 Antonio Carlos Pereira de Souza Rotary Club de Porto Alegre, RS

DISTRITO 4510 Alonso Campoi Padilha Jr. Rotary Club de Bauru-Norte, SP

DISTRITO 4700 Eronilde Ribeiro Rotary Club de Passo Fundo-Norte, RS

DISTRITO 4520 Domingos Souto Rotary Club de Belo Horizonte-Cidade Jardim, MG

DISTRITO 4710 Oswaldo Aparecido Favaro Rotary Club de Bela Vista do Paraíso, PR

DISTRITO 4530 Luiz Gustavo Kuster Prado Rotary Club de Brasília-Lago Norte, DF

DISTRITO 4720 Adélio Mendes dos Santos Rotary Club de Ananindeua, PA

DISTRITO 4540 Nivaldo Donizete Alves Rotary Club de Franca-Imperador, SP

DISTRITO 4730 Paulo Augusto Zanardi Rotary Club de Curitiba-III Milênio, PR

DISTRITO 4550 Iracy Pereira Santos Rotary Club de Guanambi, BA

DISTRITO 4740 Clara Frida Pereira Rotary Club de Otacílio Costa, SC

DISTRITO 4560 Huáscar Soares Gomide Rotary Club de Itaúna-Cidade Universitária, MG

DISTRITO 4750 Joel Rodrigues Teixeira Rotary Club de Niterói-Pendotiba, RJ

DISTRITO 4570 Waldir Nunes Ribeiro Rotary Club de Nilópolis, RJ

DISTRITO 4760 Adauto Mansur Arabe Rotary Club de Belo Horizonte-Santo Agostinho, MG

DISTRITO 4580 José Eduardo Medeiros Rotary Club de Juiz de Fora, MG

DISTRITO 4770 Johannes Alphonsus Maria Kasbergen Rotary Club de Uberaba, MG

DISTRITO 4590 Anthony Kasenda Rotary Club de Atibaia, SP

DISTRITO 4780 Antonio Planella Rotary Club de Livramento, RS

CURADORES

Carolyn E. Jones Dong Kurn Lee Glenn E. Estess, Sr. Jayantilal K. Chande Jonathan B. Majiyagbe K.R. Ravindran Michael W. Abdalla Peter Bundgaard Robert S. Scott Ron D. Burton Rudolf Hörndler Sakuji Tanaka

ÉTICA 2

Um princípio que não pode ter fim. Campanha em prol de mais elevados padrões de ética. Apoio dos Rotary Clubs do Brasil

FEVEREIRO DE 2007


Ano 82 Fevereiro, 2007 nº 1016

Leia

Revista de Propriedade da Cooperativa Editora Brasil Rotário CNPJ 33.266.784/0001-53

I

Inscrição Municipal 00.883.425

Av. Rio Branco, 125, 18º andar CEP: 20040-006 – Sede própria Rio de Janeiro – RJ I Tel: (21) 2509-8142 / FAX: (21) 2509-8130 E-mail: revista@brasil-rotario.com.br

CONSELHO EMÉRITO Archimedes Theodoro (Belo Horizonte-MG) EDRI 1980-82 Mário de Oliveira Antonino (Recife-PE) EDRI 1985-87 Gerson Gonçalves (Londrina-PR) EDRI 1993-95 José Alfredo Pretoni (São Paulo-SP) EDRI 1995-97 CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2005-07 Diretoria Executiva Presidente: Roberto Petis Fernandes Vice-Presidente de Operações: Jorge Costa de Barros Franco Vice-Presidente de Administração: Guilherme Arinos Lima Verde de Barroso Franco Vice-Presidente de Finanças: José Maria Meneses dos Santos Vice-Presidente de Planejamento/ Controle: Ricardo Vieira L. M. Gondim Vice-Presidente de Marketing: José Alves Fortes Vice-Presidente de Relações Institucionais: Carlos Jerônimo da Silva Gueiros Vice-Presidente Jurídico: Carlos Henrique de Carvalho Fróes Membros Efetivos: Adelia Antonieta Villas Américo Matheus Florentino Antonio Hallage Fernando A. Quintella Ribeiro Fernando A. P. Magnus Flávio A. Queiroga Mendlovitz José Moutinho Duarte Membros Suplentes: Bemvindo Augusto Dias Pedro Maes Castellain Gerente Executivo: Edson Avellar da Silva ASSESSORES Abel Mendes Pinheiro Júnior Ary Pinto Dâmaso (Publicidade) Cleofas Paes de Santiago (CER) Edson Schettine de Aguiar (Cultural) Eduardo Álvares de S. Soares (Sul) Enrique Ramon Perez Irueta (Traduções) Geraldo Lopes de Oliveira (Especial) Jorge Bragança (Sudeste) José Augusto Bezerra (Nordeste) Valério Figueiredo R. de Souza (Nordeste) Waldenir de Bragança

Hipólito Sérgio Ferreira (Belo Horizonte-MG) EDRI 1999-01 Alceu Antimo Vezozzo (Curitiba-PR) EDRI 2001-03 Luiz Coelho de Oliveira (Limeira-SP) EDRI 2003-05 Carlos Enrique Speroni (Buenos Aires-Argentina) DRI 2005-07

CONSELHO FISCAL 2006-2007 Membros Efetivos: Jorge Manuel R. Monteiro (Coordenador do CF) Antônio Vilardo (Secretário) Haroldo Bezerra da Cunha Membros Suplentes: Dulce Grünewald Lopes de Oliveira Geraldo da Conceição CONSELHO CONSULTIVO Membros Natos Efetivos: Governadores 2006-07 Suplentes: Governadores eleitos 2007-08 CONSELHO EDITORIAL EXECUTIVO Presidente: Roberto Petis Fernandes Secretário: Edson Avellar da Silva Membros: Lindoval de Oliveira Nuno Virgílio Neto Luiz Renato Dantas Coutinho CONSELHO EDITORIAL CONSULTIVO ● Roberto Petis Fernandes ● Carlos Henrique de Carvalho Fróes ● Carlos Jerônimo da Silva Gueiros ● Guilherme Arinos Lima Verde de Barroso Franco ● Jorge Costa de Barros Franco ● José Alves Fortes ● José Maria Meneses dos Santos ● Ricardo Vieira L. M. Gondim COBRANÇA Para agilizar a comunicação com o Departamento de Cobrança, queiram utilizar o seguinte e-mail: cobranca@brasil-rotario.com.br

DIRETOR RESPONSÁVEL: Roberto Petis Fernandes EDITOR: Lindoval de Oliveira - Jorn. Prof. Mtb. 3.483/9/144 REDAÇÃO E DEPTO. DE MARKETING: Av. Rio Branco, 125 - 18º andar - Rio de Janeiro - RJ - CEP: 20040-006 - Tel: (21) 2509-8142; Fax: (21) 2509-8130. E-MAIL DA REDAÇÃO: redacao@brasil-rotario.com.br REDAÇÃO: Armando Santos, Luiz Renato Dantas Coutinho, Maria Cristina Andrade, Maria Lúcia Ribeiro de Sousa, Nuno Virgílio Neto e Renata Coré. DIGITALIZAÇÃO: Maurício Teixeira IMPRESSÃO: Gráfica Ediouro HOMEPAGE: http://www.brasil-rotario.com.br * As matérias assinadas são de inteira responsabilidade dos seus autores.

CARO LEITOR LEITOR,

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onfira se estamos certos nesta afirmação: poucas edições da sua Brasil Rotário, nestes 82 anos de existência, se ocuparam tanto com o tema do mês de fevereiro designado pelo RI – Compreensão Mundial – como esta que você começa a ler. ■ Nossa maior autoridade, William Boyd, em sua esclarecedora e doutrinária Mensagem do Presidente, cita o extraordinário feito do professor Muhammad Yunus ao emprestar apenas 27 cents de dólar a uma artesã de Bangladesh para que ela pudesse fabricar banquetas de bambu, iniciando, assim, o sistema do microcrédito. Esse gesto é responsável hoje por mais de 100 milhões de financiamentos em 130 países (números de 2005), e inspirou rotarianos que participam, neste momento, de mais de 60 projetos de microcrédito em todo o mundo. (Conheça mais sobre Muhammad Yunus, Nobel da Paz em 2006, na página 44). ■ Os adultos fazem as guerras e os adolescentes, a paz. Veja na página 4 o belo exemplo que estão nos dando 16 jovens estudantes – oito árabes e oito judeus – que participam de um seminário sobre resolução de conflitos e liderança em um centro cultural judaico de Simi Valley, na Califórnia, EUA. ■ O EGD Valdemar Lopes Armesto destaca o papel de pacificador exercido pelo Rotary em decorrência de conflitos e em ações que culminaram, por exemplo, na criação da Unesco e na carta de constituição da ONU. O excelente artigo – Os esforços pela paz e a compreensão mundial – encontra-se na página 6. ■ Todos nós, rotarianos, enaltecemos os Centros Rotary de Estudos Internacionais da Paz e Resolução de Conflitos. E temos um punhado de motivos para isso. Acrescente mais este: a bolsista brasileira Izabela Pereira, mestranda em relações internacionais na área da paz e resolução de conflitos pela Universidade del Salvador, em Buenos Aires, sede de um daqueles centros, foi designada observadora eleitoral da OEA – Organização dos Estados Americanos – para acompanhar as eleições na Nicarágua, em novembro passado. Leia o relato de sua atuação em Cristal inestimável, na página 25. ■ E tem mais: a matéria de capa é sobre a intercambiada norte-americana Paige Gundlach, que está viajando para São José do Rio Preto, SP, e que mostra todo o seu entusiasmo pelo nosso país ao exibir a bandeira brasileira ainda em sua pequena cidade de 10 mil habitantes, no interior do estado de Wisconsin. Os preparativos da viagem você lê na página 28. “Tudo que nos acontece deixa alguma marca; tudo contribui imperceptivelmente para fazer de nós o que somos” – GOETHE. L.O. BRASIL ROTÁRIO

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Curso patrocinado pelo Rotary ajuda adolescentes de religiões diferentes a conviverem em harmonia DAFNA BEN Yehuda, estudante patrocinada pelo projeto Triumph, lê atentamente uma Torá manuscrita

suas comunidades e fora delas. Eles assumem ainda o compromisso de, concluído o seminário, prestarem serviço comunitário durante um ano. Uma vez no regime de internato, os jovens obedecem a uma agenda rigorosa, que começa às 6 horas da manhã, com a prática de ioga. Eles participam de atividades em equipe e fora da escola, visitam escolas secundárias e aproveitam as paisagens do sul da Califórnia. Os participantes passam ainda um período juntos às famílias de rotarianos, almoçam em

“No começo, foi difícil ficar longe de casa. O programa é muito rigoroso, quase não tivemos tempo livre” REUT DONNER

JOVENS APRENDEM A

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utof Zreik, um cristão árabe de 16 anos, lê em voz alta a Torá, em hebraico, no interior do Brandeis-Bardin Institute, um centro cultural judaico localizado em Simi Valley, na Califórnia, EUA. Ele é um dos 16 estudantes – oito árabes e oito judeus – de Haifa, em Israel, que participam de um seminário de duas semanas sobre resolução de conflitos e liderança. O programa é intitulado Projeto Triumph (tradução em português do acrônimo Compreensão – Fazendo a paz acontecer), financiado em parceria pelo RC de Haifa e por clubes da Califónia. Iniciado no ano passado, o programa – congregando jovens judeus e árabes para refletirem sobre 4

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PAZ um futuro pacífico – poderá se repetir anualmente. Antes de chegar aos EUA, os jovens têm encontros prévios, realizados a cada duas semanas, desde dezembro de um ano até maio do ano seguinte, com o objetivo de se conhecerem melhor e discutir as formas de promover a tolerância em

Rotary Clubs, fazem caminhadas ao ar livre e falam com um rabino, um imame (o ministro da religião muçulmana) e com um pastor. No final do dia, eles deixam suas impressões registradas em diários. “Foi uma experiência diferente”, diz Reut Donner, de 16 anos, uma das participantes. “No começo, foi difícil ficar longe de casa. O programa é muito rigoroso, quase não tivemos tempo livre”. Ela considera que atividades como a competição de subir em cordas é uma das atividades mais desafiadoras, porque ela tem que confiar nos outros para concluir o exercício. Reut subiu por uma corda de cerca de 16 metros, o que não imaginava ser capaz de fazer. “Eu dizia a mim mesma: ‘Esse é o seu ego que nada receia’. Eu sabia que poderia chegar ao topo porque acreditava em mim mesma – e assim seria capaz de ajudar os outros”.


Mensagem do Presidente CAROS COMPANHEIROS,

á 31 anos, Muhammad Yunus, então um professor de economia na Universidade de Chittagong, em Bangladesh, descobriu uma face cruel da pobreza: a diferença entre a auto-suficência e a escravidão virtual é muito mais sutil do que se pode esperar. No caso da aldeia de Jobra, ele constatou que era somente de alguns centavos. Em conversa com uma pequena fabricante de banquetas de bambu, Yunus reparou que ela adquiria a crédito, diariamente, o seu suprimento de matériaprima por cerca de 25 centavos de dólar. Por absoluta carência de capital de giro, insuficiente para um só dia de trabalho, ela jamais conseguiria se livrar da dívida. Yunus encontrou muitas pessoas na cidade em situação semelhante. A dívida total era de apenas US$ 27. Ele, então, fez o que lhe parecia natural: pagou o débito dos fornecedores. Desta forma, o débito tornou-se crédito de forma imediata, e assim nascia o microcrédito. A idéia de conceder pequenos empréstimos a pessoas muito pobres produziu resultados revolucionários. Só em 2005, 100 milhões de financiamentos desta modalidade favoreceram pessoas em 130 países. Atualmente, rotarianos participam de mais de 60 projetos de microcrédito em todo o mundo. Em 1999, Yunus foi homenageado durante a Convenção do RI de Cingapura. Em outubro do ano passado, ele recebeu o Prêmio Nobel da Paz. A simplicidade do sistema de microcrédito encontra eco nos princípios rotários. Pequenas mudanças podem se tornar grandes, e um ato aparentemente pouco importante pode causar conseqüências consideráveis. Assim como aqueles 25 centavos de dólar em Bangladesh assumiram um significado muito maior, a prosperidade de um único cidadão ou de uma pequena aldeia causaram repercussão internacional. Este é o mês da Compreensão Mundial, época que nos traz à memória o feito de Yunus, e a certeza de que jamais poderemos prever cada conseqüência dos nossos atos. O seu gesto de compaixão ao emprestar aqueles US$ 27 conduziu a resultados que ele jamais poderia imaginar. O trabalho rotário também produz benefícios que não contabilizamos: novas amizades, novas ligações, sentimentos positivos entre pessoas que talvez pouco tenham em comum. Todos sabemos que a pobreza é um dos maiores obstáculos à paz e à estabilidade. Por isso, toda ação inteligente de generosidade e todo projeto que ajude terceiros a melhorarem as suas vidas constituem atos de esperança. Nós, os rotarianos, compartilhamos da convicção de que o amor ao próximo faz a diferença. Cada pequeno ato de bondade praticado entre as pessoas servirá para aproximá-las, e para construir o mundo que esperamos deixar aos nossos descendentes. Podemos imaginar que a nossa ajuda se limita ao equipamento de uma escola, de uma clínica, ou à construção de um poço, em alguma comunidade longínqua. Nossa ação, todavia, permitirá um melhor futuro, mais estável e pacífico.

H NA REDE

Para ler os pronunciamentos e notícias do presidente do RI Bill Boyd, visite sua página no endereço www.rotary.org/president/boyd

WILLIAM B. BOYD Presidente 2006-07 do RI BRASIL ROTÁRIO

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Defensores da paz e da

Ao longo de sua história, os rotarianos vêm exercen Valdemar Lopes Armesto*

Para os rotarianos, todos os dias são importantes na prestação de serviços à comunidade e na divulgação dos ideais que norteiam nossa organização. No entanto, fevereiro tem para todos nós um significado especial. Foi neste mês, mais precisamente no dia 23 de fevereiro de 1905, que Paul Harris e seus companheiros Gustavus Loehr, Hiram Shorey e Silvester Schiele reuniram-se pela primeira vez em Chicago, iniciando nossa maravilhosa história.

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o começo, o propósito dos quatro amigos era reunir-se periodicamente sob o espírito do companheirismo, com o intuito de desfrutar de sua amizade e de aumentar seu círculo de negócios e de relacionamento profissional. Mas logo aqueles pioneiros notaram que seria um egoísmo prender-se apenas a esses objetivos – daí seu interesse em desempenhar amplas funções cívicas de valor para toda a comunidade local, o que acabou sendo um passo mais ou menos lógico e esperado. O Ideal de Servir começou a tomar forma durante essa fase inicial, em que também surgiu a convicção de que os negócios poderiam ser encarados como um meio de servir à sociedade. Já na convenção de 1910 foi proposto o lema Mais Se Beneficia Quem Melhor Serve a Seus Companheiros. No ano seguinte, foi proposto que os Rotary Clubs deveriam organizar-se sob o princípio Servir, Porém Não a Si Próprio. Os dois lemas, modificados posteriormente para Mais Se Beneficia Quem Melhor Serve e Dar de Si Antes de Pensar em Si, foram rapidamente acolhidos por todos os rotarianos.

Inúmeros exemplos Em 1911, com a fundação de um clube em Winnipeg, no Canadá, e outro em Dublin, na Irlanda, o Rotary tornou-se internacional. A partir de então, seu interesse em desempenhar o papel de pacificador foi uma conseqüência natural. Ao longo de mais de um século de existência, o Rotary vem exercendo esse papel com extremo afinco e regularidade: § Ocorrida num período próximo à eclosão da Primeira Guerra Mundial, a convenção de 1914 adotou uma resolução convocando para uma conferência internacional pela paz e pedindo aos rotarianos que 6

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apoiassem movimentos pela paz internacional; § Em 1917, no auge da Primeira Guerra, durante a convenção de Atlanta, Arch C. Klumph propôs o estabelecimento de um fundo de dotações “para fazer o bem no mundo”, o que seria a semente da Fundação Rotária; § Na convenção de 1922, os delegados aprovaram a inclusão da paz como um dos objetivos do Rotary. Apesar de mais tarde o objetivo ter sido escrito de forma diferente, a linguagem original sobre a paz permanece inalterada até hoje; § Na Guerra do Chaco, disputada entre a Bolívia e o Paraguai entre 1932 e 1935, conflito em que morreram mais de 100 mil soldados e milhares foram feitos prisioneiros, rotarianos bolivianos e paraguaios e de outros países sul-americanos fizeram um enorme esforço para minorar o sofrimento dos prisioneiros e de suas famílias. Eles ajudaram a repatriar os feridos, estabeleceram postos para a troca de correspondência entre prisioneiros e suas famílias e distribuíram roupas, alimentos e remédios; § Em 1939, assim que começou a Segunda Guerra Mundial, a revista The Rotarian iniciou a publicação de uma série de 160 artigos sobre a paz, escritos por personalidades notáveis como Henry Ford, Ghandi e George Bernard Shaw; § Em 1942, rotarianos de Londres convocaram uma conferência para planejar um mundo pacífico assim que terminasse a guerra. Representantes de 21 nações compareceram ao encontro, que serviu para desenvolver uma visão avançada sobre educação, ciência e cultura, e que resultou na criação da Unesco – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura; § Mas este não foi o único envolvimento dos rotarianos com o nascimento de organizações mundiais. Entre 1943 e 1945, eles participaram de uma série de reuniões que conduziram à formação da ONU. O Rotary recebeu o status de conselheiro durante a conferência de São Francisco, que resultou no lançamento da carta de constituição da ONU. Além disso, como ainda não tinha equipe própria, a ONU contou com os rotarianos para realizar diversos serviços, como tradução, preparação de textos de resoluções e acordos para disputas entre os diversos delegados do mundo; § Edward Stettinius Jr, à época secretário de estado e líder da delegação norte-americana, disse: “O convite para o Rotary International participar não foi apenas um gesto de boa vontade e respeito por essa grande organização. Foi um reconhecimento pela parte prática que os rotarianos desempenharam e continuarão de-


a compreensão mundial

endo esse papel com extremo afinco e regularidade

RODRIGO

sempenhando no desenvolvimento da compreensão entre as nações”. Poderíamos citar inúmeros outros exemplos do envolvimento do Rotary e dos rotarianos em trabalhos dessa natureza. A verdade é que o Rotary abriu mão do que poderia ser – apenas mais um clube social – para tornar-se uma grande organização internacional, que merece o respeito dos mais poderosos líderes do mundo devido ao trabalho que executa em nome da compreensão entre os povos e da paz mundial.

Compreensão e paz Na segunda metade do século 20, o Rotary focou seu trabalho na disseminação da harmonia internacional. Para isso, o RI e a Fundação Rotária estabelece-

ram uma série de programas que colocaram nossa organização na vanguarda dos movimentos de paz entre os povos. São programas como Serviços à Comunidade Mundial, Intercâmbio Internacional de Jovens, Bolsas Educacionais, Intercâmbio de Grupos de Estudos e Subsídios Equivalentes, que envolvem a participação de pessoas de diferentes culturas e nacionalidades e certamente criam um vínculo de compreensão e paz entre essas pessoas. O Rotary sempre sonhou em ter uma instituição educacional destinada à promoção da boa vontade e da compreensão internacional. Esse sonho foi concretizado há poucos anos com o lançamento dos Crei – Centros Rotary de Estudos Internacionais da Paz e Resolução de Conflitos. Todos os anos, 70 bolsistas são selecionados numa competição de caráter global para estudar nas seis unidades dos Crei existentes em universidades parceiras do programa espalhadas pelo mundo. Em dois anos de curso de mestrado, ao custo de US$ 50 mil por bolsa de estudo, os alunos são formados embaixadores da paz. Portanto, muito embora vivamos momentos de incerteza frente à possibilidade de novos conflitos mundiais, não devemos abandonar os ideais dos nossos precursores. A paz, que nos parece um objetivo inalcançável, um dia será realidade. Apesar da arrogância daqueles que detêm o poder bélico e se julgam os donos da verdade; apesar da ganância dos senhores do poder econômico, sempre interessados em aumentar suas riquezas; apesar da intolerância daqueles que colocam fatores religiosos ou culturais acima do bem comum, e da ignorância das massas que são conduzidas por esses profetas do apocalipse, nós, os homens de boa vontade, grupo ao qual os rotarianos pertencem – embora, graças a Deus, não sejamos os únicos – temos a esperança de um dia ver concretizada a visão do futuro do Prêmio Nobel da Paz, Martin Luther King: “Um dia os jovens aprenderão palavras que não compreenderão. As crianças da Índia vão perguntar: ‘O que é fome?’ As crianças do Alabama questionarão: ‘O que é segregação racial?’ As crianças de Hiroshima se assombrarão: ‘O que é bomba atômica?’ E as crianças na escola vão indagar: ‘O que é guerra?’ E tu lhes responderás, tu lhes dirás: ‘São palavras que não se usam mais, como as diligências, as galeras ou a escravidão. São palavras que nada exprimem. Essa é a razão por que foram retiradas do dicionário.’” * O autor é EGD e sócio do RC de São Paulo-Vila Alpina, SP (D.4430). BRASIL ROTÁRIO

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Coluna do Diretor do

CARLOS ENRIQUE SPERONI

Rotary International

Depois de 60 anos, continuemos renovando nossos compromissos

E

m janeiro, passaram-se 60 anos desde que Paul Harris deixou este mundo. Como expressaria em sua fé, podemos dizer que ele voltou para o Pai. Muitos acham que não se deve relembrar o momento da partida de uma pessoa, mas sim a sua chegada. Nós o relembramos por um motivo muito especial: quando Paul Harris morreu, o Rotary já havia alcançado um desenvolvimento enorme. O que a princípio tinha sido um grupo formado por quatro homens que buscavam ajudar-se – e defender-se melhor de uma cidade hostil – tinha se transformado em um conjunto de 6.000 clubes localizados em muitos países, com 300 mil membros e uma trajetória extensa. Os rotarianos daquela época sentiam que estavam amparados por seu pai, em situação confortável e segura, até que este lhes faltou. Essa situação levou ao amadurecimento, ao crescimento e à compreensão de que, a partir de um determinado momento, todo homem é pai de si mesmo, e que o mesmo acontece com as instituições. E o mesmo fator que provocou essa circunstância – ou seja, a renovação de nossos sentimentos e nosso maior empenho – é o que hoje, seis décadas depois, desejamos que se multiplique. Relembramos a morte de Paul Harris porque esperamos que se repita o florescimento das propostas, que as vontades sejam reforçadas, a consciência mais comprometida, a visão mais aguçada e a ação mais aprofundada. Não podemos fazer outra coisa. Já transitamos por todas as Avenidas de Serviço e em todas as direções. Além disso, o complexo mundo deste terceiro milênio exige-nos muito mais,

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Ninja

muitíssimo mais que antes. E isso é o que também queremos que aconteça. É paradoxal o fato de que, justamente quando o mundo está mais açoitado por guerras, dores, agravos e rancores, o homem busque e consiga ser mais e mais leve, exatamente da forma como descreve Enrique Rojas em seu livro “El Hombre Light” (O Homem Light, em espanhol). Trata-se do homem saturado de bem-estar, do reino da imagem e da aparência, do homem “amortecido em seu conteúdo”, como diz Rojas, e basicamente indiferente. Nada sobre a Terra consegue comovêlo, emocioná-lo ou preocupá-lo a não ser seu próprio ego. Palavras como solidariedade, sacrifício e serviço são tão estranhas ao linguajar desse homem quanto o grito profundo das vítimas das guerras que ainda hoje nos assolam. Como aos equipamentos cibernéticos, a esse homem falta uma alma. Essa alma que o leva a comover-se e mover-se, a prometer e comprometer-se e, conseqüentemente, a conhecer e agir. Dessa forma, ele é incapaz de ver, ouvir, sentir e apreciar o que de mais belo, nobre e grandioso pode ser encontrado na existência humana. Legado precioso Paul Harris, a quem comemoramos agora, teve sempre uma atitude absolutamente carregada de conteúdo. Jamais poderíamos dizer que ele foi um homem light. Nosso fundador nasceu em 1868 em Wisconsin, região Centro-Norte dos EUA, em uma família de seis irmãos. Seu casamento com Jean Thompson não gerou filhos e foi para toda a vida.


Paul foi repórter, professor, ator e vaqueiro. Como vendedor de mármores e granitos, viajou por todos os EUA. Logo em seguida, formouse em direito e se estabeleceu em Chicago. Paul esteve em muitos lugares e, ainda mais importante, acumulou muita experiência, pois desempenhou diversos e diferentes papéis ao longo da vida. Quando lhe ocorreu a idéia de fundar um clube, convocou três homens de negócios para ajudálo na empreitada. Deram o nome de Rotary à entidade que mais tarde se transformaria num clube de serviços. O reconhecimento que o mundo concedeu a Paul Harris foi herdado pelo Rotary. O papa João Paulo 2o disse: “Espero que Deus mantenha no Rotary International a nobre causa de estender a mão para servir à humanidade, sempre tão necessitada”. As Nações Unidas, por meio de seu secretário-geral, também se manifestaram da seguinte forma: “Me reservo o direito de convocar o Rotary e os rotarianos sempre que achar necessário”. Se pensarmos bem, veremos que a época de Paul Harris foi tão tumultuada quanto a nossa. Naquele tempo, várias guerras assolaram o mundo, o que fez com que o pensador francês Jean-François Revel dissesse que “o século 20 é aquele em que a maior quantidade de pessoas foi maltratada”. Por isso Paul empenhou-se tanto nos empreendimentos educativos. A sua visão foi de um mundo em mutação, e assim ele se expressou quando escreveu: “O Rotary também deve estar preparado para mudar”. Quando Paul Harris morreu, foram feitas muitas contribuições financeiras em sua homenagem, que permitiram a criação de uma quarta Avenida de Serviços, a do Serviço Internacional. Foi então criado o programa de bolsas de estudos para profissionais já diplomados, ao qual logo se juntariam as Bolsas de Boa Vontade. O que começou com a morte de Paul Harris é aquilo que agora tornamos a recomendar: que nós, rotarianos, devemos contribuir para

a nossa Fundação Rotária da mesma forma como muitos fizeram antes de nós. Os 6.000 Rotary Clubs que existiam no mundo quando Paul Harris morreu transformaramse em 32 mil clubes atualmente. Estamos falando de um aumento superior a 500%. Será que podemos programar esse crescimento para o futuro? Podemos projetar esse crescimento nos programas? O homem sólido Tenho a convicção de que essas palavras e o nosso trabalho – dentro ou fora dos nossos clubes, em convocações locais ou regionais – não terão sentido se não voltarmos a assumir compromissos. Retomo a idéia do homem light di-

À leveza do homem light, o Rotary seguirá contrapondo o homem sólido, aquele a quem o progresso material por si só não satisfaz ante do momento em que vivemos. Estamos em uma parte do mundo que trepida de problemas. Muitos deles são comuns a todos, outros se agravam devido ao nosso destino ainda jovem: desocupação, pobreza, falta de preocupação por parte dos poderosos, desnutrição, falta de água potável, analfabetismo, miséria nas ruas, enfermidades e vícios, além da desesperança de muitos, formam um panorama aterrorizante, que se converte em tragédia e que clama aos céus por tudo que sofrem os indefesos. Como disse anteriormente, nesse mesmo contexto há fatores distintos que estão levando à mas-

sificação do ser humano, um processo que tem como contrapartida o excesso de individualismo, muito diferente da solidariedade humana, da socialização e do reconhecimento da dignidade individual. Quando olhamos para trás e vemos tudo o que o Rotary e Paul Harris fizeram, compreendemos que somente com um esforço redobrado poderemos ser dignos desse passado. Dessa forma, à leveza do homem light o Rotary seguirá contrapondo o homem sólido, o rotariano comprometido. Aquele a quem o progresso material por si só não satisfaz suas aspirações se não vier acompanhado de um fundo moral. Falamos do homem dono de códigos de conduta amplos que o tornam mais humano, mais digno, mais justo e capaz de voar mais alto. Este rotariano não pode ser um homem light; pelo contrário: deve ser um homemluz, o mesmo que faz sua a reflexão de André Maurois, o ilustre escritor francês, quando afirma: “A vida é demasiadamente curta para ser pequena”. Renovemos nosso compromisso hoje e a cada instante em que nos defrontamos com as duras realidades de cada uma das nossas comunidades, com seus problemas e suas esperanças e, também, com as angustiantes urgências resultantes de suas necessidades básicas insatisfeitas. O Rotary não tem soluções mágicas para oferecer, mas cada um de nós poderá tê-las se souber que essas soluções dependem da nossa vontade de servir; do conhecimento e da compreensão de nossa organização; do apoio aos programas rotários e, resumindo, da nossa fé e confiança no nosso destino. Queremos ser homens-luz, queremos ter sempre um projeto para não perdermos a visão dos fins necessários para que consigamos os meios. Estaremos assim rendendo a Paul Harris a homenagem permanente que lhe é merecida. BRASIL ROTÁRIO

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Celebração de uma epopéia Os 60 anos da Fundação de Rotarianos de São Paulo

NUM DOS momentos mais emocionantes da festa, a audiência jogou lenços para o alto

Gunter Wolfgang Pollack*

Foi uma festa que ficará gravada na memória dos participantes. Todos partilharam a alegria de atuar em prol de uma grande idéia e, assim, torná-la realidade. Para isso, deram as mãos dispostos a continuar a caminhada iniciada em 1946 pelos 20 rotarianos fundadores.

N

a verdade, o evento constituiuse em uma celebração com gosto de vitória. Do auxiliar ao presidente, compareceram mais de 1.000 convidados, incluindo os diretores, conselheiros, coordenadores, professores, gestores e seus respectivos cônjuges, na noite do dia 29 de novembro de 2006, no salão do Clube Monte Líbano, na capital paulista, decorado especialmente para essa ocasião. Uma interessante programação audiovisual evocou lembranças de uma São Paulo das décadas de 50 até os dias de hoje, e de seus principais atores – dos fundadores aos atuais gestores. As cenas mostraram, de maneira ágil, os resultados da educação oferecida pelas instituições mantidas pela Fundação. O humanismo expresso e natural que alicerça as linhas de atuação da Fundação se mostrou patente em todos os momentos pela atenção e os aplausos dados às mensagens dos dirigentes durante as homenagens prestadas aos colaboradores da FRSP, bem como a bonita placa da revista Brasil Rotário entregue ao presidente Eduardo de Barros Pimentel por sua atuação 16

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à frente da Fundação. Telões dispostos no salão estamparam, mais de perto, a emoção individual dos homenageados. As imagens evocando cenas do passado sublinharam o impacto dos audiovisuais, mostrando o momento atual de formação das novas gerações, desde os ensinos infantil, fundamental e médio, avançando no mundo infinito de conhecimentos; das nossas crianças surdas sinalizando o hino nacional brasileiro com a força de seu entusiasmo, culminando com o ensino superior, representado pelas turmas já formadas em vários cursos, e outras de cursos de pós-graduação já iniciadas. Um animado coquetel deu ensejo a um congraçamento harmonioso dos participantes, os quais, em seguida, foram conduzidos ao salão principal, ocupando seus lugares reservados em mesas decoradas, onde foi servido um elegante jantar regado a vinho. A surpresa da noite foi a esplêndida apresentação do show da Família Lima, um fenomenal grupo musical que começou sua carreira no Rio Grande do Sul e conquistou todo o país. Somando um repertório eclético, que vai da mú-

EM SEU discurso, o presidente da FRSP, EGD Eduardo de Barros Pimentel, destacou a contribuição dos colaboradores na consolidação e na renovação das instituições

sica erudita à popular, os Lima conseguiram motivar todas as faixas de idades e diferenças culturais, conquistando a participação da platéia. Ficou, para a Fundação, a imensa satisfação de ter celebrado o seu aniversário em tão simpática companhia. As fotos aqui apresentadas mostram, tão somente, uma visão parcial da festa. Outra parte, bem mais expressiva, foi relatada pelos que dela participaram. Uma terceira parte pode ser vista no site da Fundação <www.frsp.org>. A parte mais valiosa, porém, está na simpatia com que você, leitor, vê o Rotary – e este, a nossa Fundação.

1946-2006: como chegar aos 60 anos No que viria a ser o pólo do desenvolvimento sul-americano e um dos cin-


MOMENTOS HISTÓRICOS Fatos que marcaram os caminhos da FRSP 1922 – Fundado o primeiro clube rotário do Brasil, o RC do Rio de Janeiro 1924 – Fundados o RC de São Paulo (RCSP) e a revista Brasil Rotário 1935/36 – Armando de Arruda Pereira (foto), do RCSP, é o primeiro brasileiro a exercer a presidência do RI A BRASIL Rotário homenageou o EGD Eduardo Pimentel com uma placa comemorativa. A entrega foi feita pelo gerente executivo da cooperativa que edita a revista, EGD Edson Avellar da Silva (centro), na presença do também EGD Carlos Jerônimo da Silva Gueiros, presidente do Conselho Superior da FRSP e vice-presidente de Relações Institucionais da BR

1939 – Eclode a 2 a Grande Guerra 1945 – A Força Expedicionária Brasileira retorna da 2a Grande Guerra 1946 – A FRSP é fundada por 20 membros do RCSP e passa a ser mantenedora do então Liceu Nacional Rio Branco (mais tarde Colégio Rio Branco) e do antigo Lar Escola Rotary (hoje Centro Profissionalizante/Cepro); Álvaro Machado é indicado primeiro presidente da FRSP 1947 – Início de conflitos entre Índia e Paquistão 1948 – Começam os conflitos entre árabes e israelenses 1950 – Distritos rotários brasileiros recebem designação: D.119. É feita a primeira transmissão de TV do país 1951 – José Ermírio de Moraes assume a presidência da FRSP 1953 – Criado o D. 140 e redefinido o D. 122

PANORÂMICA DO salão do Clube Monte Líbano, em São Paulo: festa reuniu colaboradores, convidados e cônjuges

co maiores centros urbanos do mundo, a cidade de São Paulo, no início da década de 40, contava com apenas 1,5 milhão de habitantes. Na ocasião, abrigava o RCSP – Rotary Club de São Paulo, o segundo mais antigo do Brasil. Nos primeiros 22 anos de sua história, o RCSP havia se convertido em um ponto de convergência das forças ativas da sociedade civil – reunindo lideranças das áreas da indústria, do comércio, das ciências e da administração – motivadas pelos princípios rotários na visão global de Paul Harris, mentor do Rotary International, e visando o progresso da comunidade. Nesse contexto, a preocupação com a formação das novas gerações inspirou 20 sócios do clube a criar a FRSP – Fundação de Rotarianos de São Paulo, visando construir uma institui-

ção forte, dinâmica, munida de recursos para dar suporte a esse objetivo através da educação. Todos os fundadores eram líderes comunitários, empresários e profissionais liberais, e acima de tudo, pais de família preocupados com a educação de seus filhos e com a capacitação dos recursos humanos – e que naquela época anteviam a crescente necessidade de um ensino adequado para o desenvolvimento do país.

Sempre em evolução Até aqui, foram seis décadas voltadas à educação na sua mais abrangente interpretação: a de construir um mundo melhor. Desde o início, a FRSP vem dirigindo seus esforços para a melhoria da educação com o objetivo de que as gerações futuras se tornem agentes

1954 – Guerra civil em Angola 1955 – O RI completa 50 anos. Marcos Gasparian assume a presidência da FRSP 1957 – Lançado o primeiro automóvel brasileiro: a perua DKW 1958 – O D. 119 é renumerado para D. 461. Começa a guerra do Vietnã 1960 – Inaugurado o Edifício Rotary, da FRSP 1964 – Martin Luther King recebe o Nobel da Paz. O Timor Leste é ocupado pela Indonésia 1965 – Luta pela libertação de Moçambique 1967 – José Ermírio de Moraes Filho assume a presidência da FRSP. Israel e árabes se enfrentam na Guerra dos Seis Dias

BRASIL ROTÁRIO

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§


1970 – O Brasil é tricampeão mundial de futebol. A população brasileira dobra em 30 anos, chegando aos 93,1 milhões de habitantes. Nosso PIB triplica em 10 anos: US$ 45 bilhões

O VETERANO rotariano Mario Amato entre o casal Paulo de Aquino Machado, segundo vice-presidente da Fundação

1975/76 – Ernesto Imbassahy de Mello (foto) é presidente do RI 1977 – Iniciadas atividades da Escola para Crianças Surdas da FRSP 1979 – A URSS ocupa o Afeganistão. Madre Teresa de Calcutá ganha Nobel da Paz 1980 – Começa a guerra Irã-Iraque. O Brasil eleva o seu PIB em cinco vezes desde 1970 (US$ 250 bilhões) 1982 – Começa a Guerra nas Malvinas. É inaugurada a Unidade Granja Vianna do Colégio Rio Branco

EGD ALTIMAR Augusto Fernandes (à esquerda) na companhia do vice-presidente do Conselho Superior da FRSP, Antonio José da Costa, e esposa

1990/91 – Paulo Viriato Corrêa da Costa assume a presidência do RI. A internet começa a funcionar no Brasil. Acaba a Guerra Fria. O D. 461 é dividido em três: 4420, 4430 e 4610. Eclodem as Guerras do Golfo e dos Bálcãs

O EGD Carlos Alberto Hernández, tendo ao seu lado duas homenageadas por 45 anos de serviços prestados à FRSP: a diretora assistente Maria Olivia Valentini Montenegro e a supervisora pedagógica Vilma Ana Mariza da Rocha, do Colégio Rio Branco

1994 – Guerras civis na Geórgia e na Croácia. Genocídio em Ruanda e na Chechênia, invadida pela Rússia. Fim do apartheid na África do Sul. No Brasil, é lançado o Plano Real 1997 – Eduardo de Barros Pimentel torna-se presidente da FRSP 1998 – Conflitos em Kosovo, na Etiópia, Eritréia e Congo 2000 – A FRSP chega ao ensino superior com as Faculdades Domus-Rio Branco 2002 – Elas passam a ser Faculdades Integradas Rio Branco e ganham um campus próprio, na Lapa 2004 – Forças da ONU chegam ao Haiti. A FRSP inaugura o Museu do Rotary Armando de Arruda Pereira 2005 – O Rotary comemora seu centenário. O Brasil atinge um PIB de US$ 795,7 bilhões e uma população de 186,8 milhões 2006 – Intensificam-se os conflitos entre Israel e Líbano. O RI ultrapassa o 1,2 milhão de sócios, espalhados por 32,3 mil clubes em 168 países. A FRSP chega aos 60 anos

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nessa busca. Por isso, ela expressa em sua missão: “Servir com excelência, por meio da educação, formando cidadãos éticos, solidários e competentes”. Entre as inúmeras referências que, através desses 60 anos, encorajaram e estimularam o trabalho dos dirigentes e colaboradores da FRSP, vale citar a mais recente: a do presidente do Rotary International, William Boyd, que em setembro de 2006 visitou as instalações da entidade, onde conversou com professores e alunos, somando o seu parecer aos dos EPRIs Frank Devlyn, Bhichai Rattakul, Jonathan B. Majiyagbe e Glenn E. Estess, Sr. Numa entrevista concedida aos estudantes do curso de jornalismo das Faculdades Integradas Rio Branco, eles perguntaram ao presidente Boyd se ele poderia considerar a Fundação como o maior projeto educacional do RI no mundo e, se isso fosse um fato, qual seria a importância disso para o Rotary. Ele respondeu: “A FRSP pode perfeitamente ser ou não a única no mundo. O Rotary procura servir de muitas maneiras. Acho que vocês estão tentando estabelecer parâmetros de educação para a região onde atuam e isso é muito importante para nossas comunidades. Sinto também que é im-

portante liderarmos o caminho da educação no Brasil, dispondo de instalações para que as pessoas possam olhar e dizer: ‘Queremos ser como eles!’ Vocês estabeleceram padrões não apenas para o Brasil, mas para o Rotary em geral”. A íntegra da entrevista com Bill Boyd pode ser lida no site da Fundação: <http://www.frsp.org/noticias/ 06_09_06_entrevista_bill_boyd.php>

Parceira do Rotary Coube à FRSP, em estreita interação com o clube que foi o seu berço, acompanhar e apoiar a própria expansão do Rotary no Brasil, um processo fortemente impulsionado a partir de São Paulo. A sede da instituição, o Edifício Rotary, abriga hoje os escritórios das governadorias dos distritos 4420, 4430 e 4610; dos RCs de São Paulo, RCSPLeste, RCSP-Norte, RCSP-Oeste e RCSPSul; do Intercâmbio Distrital de Jovens (ExproBrasil); e da Associação de Famílias de Rotarianas de São Paulo. Além de tudo isso, a Fundação assumiu, organizou e opera desde 2004 o Museu do Rotary Armando de Arruda Pereira, e disponibiliza suas instalações de Higienópolis, Granja Vianna e Lapa (como auditórios, salas e quadras) para


EGD NELSON Weingrill, Waldemar Fonseca, EGDs Marco Antonio Gazel, Salvador Strazzeri, Nahid Chicani e o tesoureiro da FRSP, Koichiro Shinomata

O QUINTETO musical Família Lima animou a noite com músicas que agradaram a todas as idades

OS EGDS José Antonio Antiório, José Luiz Lemos da Silva e Eduardo de Barros Pimentel

a realização de eventos e atividades rotárias. A FRSP ainda oferece suporte logístico e operacional a programas e projetos do Rotary, cabendo destacar o Polio Plus e, a partir de 2005, a Comissão Interpaíses Brasil-Portugal e demais Países de Língua Oficial Portuguesa, que atua no universo de mais de 230 milhões de pessoas que falam português em todo o mundo – saiba mais em www.frsp.org/CIP_PLOP – convergindo o seu conteúdo com os temas que são as grandes ênfases do Rotary: alfabetização, combate à fome e às doenças e preservação dos recursos hídricos. Dentro desse contexto, através do seu departamento de Relações Internacionais a Fundação atua como agente de interação com outras ONGs e organismos governamentais do Brasil e do mundo. * O autor é sócio do RC de São PauloPerdizes, SP(D.4610) exerce a gerência de Relações Internacionais da Fundação de Rotarianos de São Paulo e a secretaria executiva da CIP/Plop – Comissão Interpaíses Brasil-Portugal e demais Países de Língua Oficial Portuguesa.

AS PROFESSORAS do Colégio Rio Branco Célia Inês Cretella e Maria Aparecida Mingueto recebendo as homenagens por seus 25 anos de serviços prestados

Escolas COLÉGIO RIO BRANCO (Higienópolis e Granja Vianna): <www.crb.g12.br> Educação infantil Ensino fundamental I e II Ensino médio FACULDADES INTEGRADAS RIO BRANCO Graduação: administração, ciências econômicas, direito, editoração, jornalismo, letras, pedagogia, publicidade e propaganda, rádio e TV, relações internacionais, relações públicas, sistemas de informação, e turismo MBA: branding (gestão de marcas) Pós-graduação: gestão criativa, gestão de finanças, gestão de marketing, gestão de negócios, gestão de recursos humanos, direito internacional ambiental, responsabilidade social corporativa Escola para Crianças Surdas Rio Branco: estimulação do desenvolvimento, Libras – Língua Brasileira de Sinais, educação infantil, ensino fundamental I (fundamental II e Médio em parceria com outras escolas) Centro Profissionalizante Rio Branco: programa de Capacitação Básica para o Trabalho e Programa de Capacitação Específica para o Trabalho

CONVITE AOS LEITORES No universo de leitores da Brasil Rotário existe um incrível tesouro de informações e experiências. Gostaríamos de convidá-los a comentar qualquer tópico que mereça retificação ou complementação, bastando entrar em nosso site <www.frsp.org> (na área Fale conosco).

Fotos: A. Freire BRASIL ROTÁRIO

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A METÁ O TSUNAMI de 26 de dezembro de 2004 deixou aproximadamente 200 mil mortos e 1,5 milhão de desabrigados

Para que o desenvolvimento sustentável em escala global seja possível, precisamos alterar radicalmente a maneira como pensamos e nos relacionamos com a natureza Tibério da Costa Mitidieri*

O

paradigma ambiental das sociedades ocidentais dificulta a maneira como distinguimos os eventos e fenômenos considerados naturais e aqueles tidos como não-naturais. Por exemplo: muitos consideram o tsunami que devastou o sul e o sudeste da Ásia em dezembro de 2004 como um fenômeno não-natural, incomum, imprevisível e até mesmo impossível de acontecer. Ao mesmo tempo, muitos vêem as guerras e os conflitos deflagrados pelo mundo como naturais e inevitáveis, próprios da natureza humana. Isso ocorre porque nossa ciência fundamenta-se basicamente no paradigma cartesiano-newtoniano. 20

FEVEREIRO EVEREIRO DE DE 2007 2007 F


ÁFORA DO TSUNAMI Seu poder de explicar os fenômenos baseando-se nas relações causais entre eventos, na previsibilidade, regularidade e no controle dos mesmos é o que sustentou o progresso tecnológico e científico da humanidade até o momento. Esse paradigma, que dá ênfase ao racionalismo empírico e ao controle da natureza, marca até hoje a forma como lidamos com esse objeto chamado natureza. Em sua obra “Novum Organum”, o filósofo inglês Francis Bacon formulou o sistema de investigação natural para o conhecimento dos fenômenos, que consiste em partir dos fatos concretos da experiência, ascendendo-se às formas gerais, na forma de leis e causa – também conhecido como método indutivo. Segundo o psicólogo e antropólogo Roberto Crema, o método empírico foi defendido por Bacon de forma rancorosa – já que, segundo o filósofo inglês, a natureza precisa ser “acossada em seus descaminhos, obrigada a servir, escravizada e reduzida à obediência”. Citando Bacon, Roberto observa que o objeto da ciência é “extrair da natureza, sob tortura, todos os seus segredos”. Na obra de Bacon, vemos – em estilo dramático – o pensamento instrumental do uso dos recursos ambientais pela humanidade. “Que o gênero humano recupere seus direitos sobre a natureza, direitos que lhe competem por dotação divina”, escreveu o inglês. Da teoria de Bacon, passamos também pelas considerações de Descartes, Hobbes, Galileu, Kepler e Newton, filósofos e cientistas que influenciaram o modo de pensar que temos hoje em dia sobre o nosso relacionamento com a natureza, tratando-a, no racionalismo científico, como mero objeto, um instrumento de troca e uso. Já no que se refere à economia, este pensamento escorou sua evolução do mercantilismo ao capitalismo por meio do paradigma do mercado.

Pensamento em crise Comentando o domínio que o homem exerce sobre as coisas através de sua perspectiva instrumental diante da natureza, o teólogo e escritor Leonardo Boff afirma que estas “coisas” servem para atender os interesses pessoais e coletivos. Esse antropocentrismo nega a conexão do homem com a natureza e com todas as realidades pois, em termos objetivos, a natureza só tem sentido na medida em que serve como objeto (para troca e uso) aos desejos do homem. A crise da sociedade ocidental com relação à preservação ambiental e ao desenvolvimento sustentável está na própria gestão econômica do capitalismo, sistema que prioriza apenas o capital. Nessa linha de pensamento, Montibeller Filho esclarece que o capitalismo gera contradições às dicotomias entre capital e trabalho, e entre economia e natureza, que sustentam esse sistema condenado

“A crise da sociedade ocidental com relação à preservação ambiental está na própria gestão econômica do capitalismo”

a uma crise terminal. Nosso conceito atual de progresso está sendo questionado em relação ao crescimento dos países e ao peso dos custos sociais e ambientais ligados às atividades econômicas. O movimento pelo desenvolvimento sustentável está baseado em ações e premissas como a de que os recursos naturais do planeta são limitados e de que os atuais habitantes da Terra têm a responsabilidade de conservar o planeta, tendo em vista as gerações futuras. A pesquisadora Paula Brüger afirma que a crise ambiental pode ser vista como a unificação de uma crise em que impera a necessidade de uma revisão do binômio formado por ética e técnica. No que se refere à atual crise ambiental, Leonardo Boff observa que, no caso de uma crise do sistema global, a primeira reação do sistema dominante será aumentar o controle planetário e usar de violência excessiva para garantir a manutenção do processo produtivo e do sistema financeiro. Atualmente, essa violência é percebida em escala global, seja nas guerras entre países, dentro dos países e nas nossas cidades; seja em Israel, na Palestina, no Iraque ou no Brasil. A crise entre ética e técnica apregoada por Paula Brüger remete à retórica do conceito de desenvolvimento atrelado ao conceito de capital, e não à qualidade de vida e do bem-estar social. Existe uma falta de ética do ser humano em sua relação com o que é natural, já que o homem não tem condições de gerenciar, por exemplo, o magma da Terra, os vulcões e as placas tectônicas – isso para não falar nos vendavais, meteoritos e outras forças da natureza. Retorno às raízes O filósofo pré-socrático Heráclito de Éfeso sustentava que “tudo flui, nada persiste e nem permanece o mesmo”. “Usais os nomes das BRASIL ROTÁRIO

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coisas como se estas tivessem uma duração fixa”, ele afirmou, “mas mesmo o rio em que entrais pela segunda vez não é o mesmo da primeira vez”. Segundo Roberto Crema, de certa forma o pensamento de Paula Brüger se afina com o dos pré-socráticos, pois a física dos primeiros filósofos gregos, ao mesmo tempo em que investigava os fenômenos naturais, não se constituía numa disciplina isolada da ética, da lógica e da estética. “Os présocráticos”, afirma Crema, “tinham na physis (NE: que pode ser traduzida como natureza) a totalidade de tudo que é. O filósofo présocrático preza o ser, e a partir da physis pode ascender a uma compreensão da totalidade do real, do cosmo, dos deuses e das coisas particulares, do homem e da verdade, do movimento e da mudança, do animado e do inanimado, do comportamento humano e da sabedoria, da política e da justiça.” Recentemente, o telescópio espacial Hubble trouxe imagens de fenômenos que ocorreram no universo há 10 bilhões de anos. A partir dessas imagens, os cientistas da Nasa calculam que há cerca de 40 bilhões de galáxias espalhadas pelo cosmos, um número cinco vezes maior que os conhecidos anteriormente. Cabe lembrar que cada galáxia é formada por bilhões de estrelas – a nossa, a Via Láctea, possui cerca de 100 bilhões delas, e o Sol é apenas uma. O paradoxo é que, quanto mais evoluímos tecnologicamente e exploramos o espaço, descobrimos que o ser humano é menor do que se pensava em relação ao tamanho do universo físico. O mito do desenvolvimento sustentável e o paradoxo do tsunami nos remetem à falácia que Montibeller definiu muito bem como a resistência natural da preservação do ambiente que, se for enfocado pela ótica do capitalismo e do viés econômico, representaria a diminuição da exploração dos recursos naturais, o aumento dos custos de produção e, conseqüentemente, em menores lucros. Segundo esse mesmo autor, o sistema capitalista ocasiona problemas sócio-ambientais e responde de forma estratégica com um discurso de consciência ambiental que oferece a possibilidade de um consumo verde, ecologicamente responsável. Temos aqui a racio22

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“Quem vai se opor ao lucro diante da fragilidade dos sistemas naturais?”

UM MENINO come sobre os escombros de uma vila destruída pelo terremoto que atingiu a Indonésia em maio do ano passado

nalidade econômica, derivada dos paradigmas newtoniano e cartesiano – e instrumentalizada pelo mercado – em que a natureza é um reservatório de matéria-prima, e a técnica está acima da ética (pois a ética foi deslocada de um centro de respeito à própria natureza e, conseqüentemente, à vida). Por meio da tecnologia, o homem pode construir artefatos militares, nucleares e destruir a vida no planeta Terra. Usando o tsunami como metáfora, o homem pode causar um maremoto nuclear e varrer cidades e civilizações inteiras de sua orbe. Aqui, mais uma vez, notamos um paradoxo: o conhecimento tecnológico da humanidade não foi suficiente para salvar milhares de pessoas na tragédia de dezembro de 2004 na Ásia. Ou, quem sabe, a ética do sistema não permitiu que a ciência impedisse que moradias, hotéis e comunidades fossem erguidos próximos a uma falha geológica conhecida.

O paradoxo torna-se explícito quando percebemos que temos o conhecimento, mas não podemos utilizá-lo. A ética e o paradigma são contra a ciência, pois o paradigma é apenas financeiro. E quem vai se opor ao lucro diante da fragilidade dos sistemas naturais? Quem vai impedir que o sistema explore este pequeno planeta em um canto da Via Láctea? O desafio é que a gestão do conhecimento da sustentabilidade traga de volta o ideal de respeito pelo planeta e pela própria essência da Terra e de todos os seres vivos. * O autor é sócio do RC de Florianópolis, SC (D.4651).


BRASIL ROTÁRIO

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O EX-PRESIDENTE do Rotary Club de São Paulo-Vila Carrão, SP (D.4430) Armindo da Mota Moreira foi homenageado pela Associação Comunitária de São Paulo com a Comenda de Mérito Comunitária, entregue pelo presidente da entidade, Douglas Onias.

JOSÉ APARECIDO Vicente, do Rotary Club de Pouso Alegre-Das Geraes, MG (D.4560) assumiu a direção do Núcleo Regional da União dos Militares do Estado de Minas Gerais, entidade representativa dos policiais militares da ativa e da reserva, reformados e pensionistas.

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Rotarianos que são notícia ○

EX-DIRETOR E vice-presidente da Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil, o EGD Paulo R. C. Castro (1o à esquerda), do Rotary Club de São Paulo, SP (D.4610) recebeu o prêmio Personalidade de Ouro durante as comemorações dos 50 anos da entidade.

O DESEMBARGADOR José Carlos Schmidt Murta Ribeiro, sócio do Rotary Club do Rio de Janeiro, RJ (D.4570) foi eleito, em dezembro último, presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. Votaram 167 dos 169 desembargadores do tribunal. Murta Ribeiro declarou que ética, competência, transparência, participação e efetividade serão os objetivos de sua administração.

A ASSOCIAÇÃO Brasileira de Odontologia homenageou o EGD Getúlio Lima, sócio do Rotary Club de Itumbiara, GO (D.4770) com uma placa em homenagem aos seus 50 anos de atividade profissional. A NOVA presidente do Conselho de Segurança Pública de Dourados é a companheira Sônia Veiga Mascarenhas de Barros, ex-presidente do Rotary Club de Dourados, MS (D.4470). ■ ■ ■ TRÊS SÓCIOS do Rotary Club de Arcoverde, PE (D.4500) fazem parte da nova diretoria da Associação Comercial e Empresarial do município: Jussara Pereira, presidente; Wellington Araújo, vice-presidente; e Ivone Lima, diretora de serviços.


BOLSISTA IZABELA Pereira

Cristal inestimável Conheça a experiência da bolsista brasileira que participou das eleições na Nicarágua como observadora da OEA Bacharel em relações internacionais e especialista em economia e ciências políticas, a bolsista do Rotary Izabela Pereira (indicada pelo distrito 4530) é mestranda em relações internacionais na área de paz e resolução de conflitos pela Universidade del Salvador, em Buenos Aires, uma das unidades dos Centros Rotary de Estudos Internacionais da Paz e Resolução de Conflitos. Nas páginas a seguir,

A

experiência de testemunhar as eleições de novembro passado na Nicarágua teve um valor incalculável para mim. Primeiramente, porque me permitiu entender a fundo a história e a realidade daquele país em seu momento de maior auge de sensibilidade e simbolismos. Aprendi com minhas leituras e pesquisas prévias que a história da Nicarágua é marcada por ditaduras e guerras civis. Para os nicaragüenses, o século 20 começou com a ditadura de

Izabela relata sua experiência como membro da Missão de Observação Eleitoral da OEA – Organização dos Estados Americanos – promovida na Nicarágua em novembro passado durante as eleições presidenciais que marcaram mais um histórico passo dos nicaragüenses em direção à paz e à democracia depois de várias décadas de guerra civil e miséria. José Santos Zelaya, seguida por uma guerra civil em 1925. Na seqüência, Anastasio Somoza conquistou a presidência em 1936, e durante os quarenta anos seguintes manteve sua família à frente de um regime ditatorial, sustentando seus próprios interesses comerciais e aumentando sua fortuna pessoal. Em 1979, o país entrou em uma nova guerra civil, então espelhada pela Guerra Fria. De um lado estavam os sandinistas, revolucionários financiados por Cuba e BRASIL ROTÁRIO

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pela extinta URSS; do outro, os contras, revolucionários financiados pelos EUA. Apesar do cessar-fogo de 1989 e da eleição de Violeta Chamorro à presidência em 1990, os conflitos voltam à cena em 1992. As eleições de 1996 e de 2001 continuaram na mesma linha liberal, com os sandinistas saindo derrotados. Na viagem à Nicarágua para as eleições do ano passado, pude aprofundar minha compreensão sobre os processos de promoção e de fortalecimento da democracia, sobre as fortalezas, oportunidades, debilidades e as ameaças desse sistema. Com base no princípio de autodeterminação, o povo elegeu Daniel Ortega, líder socialista sandinista, que obteve 38% dos votos – segundo o pacto político estabelecido entre liberais e sandinistas, o código eleitoral nicaragüense permite que um presidente seja eleito com 35% dos votos desde que a distância entre o primeiro e o segundo colocados seja de pelo menos 5%. Na Nicarágua, também pude entender com maior solidez as atividades realizadas pela OEA para a promoção e o fortalecimento da democracia. Afinal, a Carta Democrática Interamericana e a Carta da OEA reconhecem que a democracia representativa é indispensável para a estabilidade, a paz e o desenvolvimento da região, e que um dos propósitos da organização é promover e consolidar a democracia representativa nos países americanos, respeitando sempre o princípio da não-intervenção. A oportunidade de participar especificamente desta missão teve outras peculiaridades, pois a eleição em questão foi a mais observada da história nicaragüense, com a presença de mais de 1.200 observadores internacionais, representando diversos organismos como a União Européia, o Instituto Carter e a Agência NorteAmericana para o Desenvolvimento Internacional. A OEA enviou 183 observadores ao país, sendo que, do grupo formado por jovens, eu era a única brasileira e a única bolsista dos Centros Rotary. Num importante momento político e histórico da Nicarágua, a Fundação Rotária cooperou com a missão da OEA ao enviar uma observadora com especialização em resolução de conflitos. Além disso, a convivência com observadores de 15 nacionalidades diferentes foi certamente enriquecedora, na medida em que as diversas contribuições indivi26

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duais abrilhantaram o desempenho da equipe.

Na mesma mesa No entanto, devo confessar que o ponto alto de todo o meu aprendizado na Nicarágua foi a inexplicável sensação de me encontrar num território saído de uma guerra. Designada para observar as eleições no Departamento de Nueva Segovia, situado ao norte do país, nas imediações da fronteira com Honduras, vi de perto a miséria em que foram deixados os nicaragüenses após os conflitos. Naquelas montanhas nasceu o movimento revolucionário sandinista. Para minha surpresa, descobri que os dois motoristas de minha equipe haviam lutado em lados opostos no passado. Naquela ocasião, auge do atual período de paz democrática vivido pelo país, os dois almoçaram juntos, sentados lado a lado na mesa. “Numa montanha que fica a 10 quilômetros daqui, nos reabastecíamos com equipamento norte-americano. Era lá que recebíamos instruções e treinamento. Um dia, quando cheguei em casa, haviam matado toda a minha família”, contou um deles. “Comecei a lutar aos 15 anos”, disse o outro. “Todo nosso armamento era russo, e cheguei a conhecer alguns líderes cubanos. Os adversários que morriam ficavam para os urubus. Os nossos homens mortos eram carregados até a beira da estrada. Se tivessem sorte, seriam levados para suas famílias.” Com um sorriso límpido, hoje aqueles dois homens são capazes de concluir que a guerra não tinha qualquer sentido: “Estávamos matando nossos irmãos”, disseram. Indagado sobre a atual situação de seu povo, um deles responde: “As condições de vida estão piores que há dez anos. A única coisa positiva é que não há mais guerra. Mas francamente, às vezes acho que a pobreza é pior que a guerra.”

ÀS VÉSPERAS das últimas eleições nicaragüenses que elegeram Daniel Ortega

“A Nicarágua viveu na pele a Guerra Fria, mas acabou esquecida e abandonada na reconstrução depois do conflito”

Vale lembrar que, em 1990, quando a guerra acabou após uma longa negociação e com a vitória eleitoral de Violeta Chamorro, o balanço do conflito foi pesado: 57 mil vítimas, das quais 29 mil mortos, entre feridos ou mutilados, além de 350 mil refugiados. Isso para uma população de pouco mais de 5 milhões de habitantes. As forças envolvidas nos conflitos – 22.413 homens pelos contras e 86.810 pelo exército – levaram a uma enorme desmobilização e ao desemprego em massa.


Agência O Globo

Horizonte incerto Por uma cruel ironia da história, os dois lados sempre reivindicaram os mesmos direitos e denunciaram as mesmas injustiças. No fundo, os dois lados eram vítimas da falta de reconhecimento e de uma subsistência precária. Com o fim dos conflitos, os ex-combatentes voltaram a viver como camponeses ou agora tentam a duras penas lutar contra o desemprego nas cidades. Eles cultivam um pouco a terra e continuam esperando que sejam construídas as casas, as escolas e os postos de saúde prometidos há mais de quinze anos. Como bolsista da paz do Rotary, para mim foi duro estar em solo ardente. Mais uma vez percebi que, para se começar uma guerra, basta

apenas um passo. No entanto, para chegarmos à paz é necessária uma árdua maratona. A Nicarágua viveu na pele a Guerra Fria, mas acabou esquecida e abandonada na reconstrução depois do conflito. Em suas tradicionais dicotomias, estão aí a teoria e o discurso em oposição à prática e à realidade: o pós-guerra mostrou-se incapaz de dar lugar e dignidade às dezenas de milhares de combatentes que foram os atores de alguns dos episódios mais marcantes da história do país. Em suma, a democracia e a paz na Nicarágua são como um cálice de cristal: caro, frágil e para poucos. Apenas o incremento do fluxo comercial, o fortalecimento das instituições políticas e os programas governamentais desenvolvimentistas

poderão proporcionar a paz real e positiva para aquela quantidade enorme de crianças descalças, doentes e analfabetas que caminham solitárias na beira da estrada que percorri. O horizonte daqueles meninos e meninas está no mesmo nível do chão. No entanto, a esperança sempre pulsa forte nos corações inocentes. Agradeço aos ex-combatentes Dali Antonio Cisnero e Bladimir Castro pelos relatos de suas vidas e à OEA por ter me dado a oportunidade de colaborar com a Missão. Reitero ainda à Fundação Rotária minha eterna gratidão. Com a ajuda dela, pude mais uma vez sentir a experiência das relações internacionais correndo em minhas veias e me apaixonar novamente pelo mundo que escolhi como causa. BRASIL ROTÁRIO

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PARA LEMBRAR: Paige está planejando fazer um álbum com fotos de sua estada no Brasil e dar de presente à família que a hospedará

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A Intercambiada

Paige Gundlach Parte 1

Preparativos para a

viagem Conheça a estudante norte-americana que vem ao Brasil pelo Programa de Intercâmbio de Jovens do Rotary Vanessa N. Glavinskas*

Para Paige Gundlach, viver é mudar. Atualmente cursando a metade do curso secundário, a jovem de 16 anos vai atravessar meio mundo, desde o subúrbio de De Forest, em Wisconsin, nos EUA, onde mora, até a cálida hospitalidade de São José do Rio Preto, SP, Brasil, (D.4480). Durante o tempo em que vai ficar fora de casa, ela vai perder sua festa de formatura, o aniversário de três anos de seu irmãozinho e alguns capítulos de “Laguna Beach”, seu programa de TV favorito. Em compensação, como participante do programa Intercâmbio de Jovens do Rotary, Paige fará parte de uma nova família num outro país, onde vai ganhar novos amigos e aprender sobre uma nova cultura. BRASIL ROTÁRIO

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A

o desembarcar do avião, ela vai deixar para trás o inverno dos EUA para cair em pleno verão brasileiro. Essa mudança brusca de temperatura vai servir para que perceba quão distantes estarão sua cidade de origem – onde a neve cobre sua casa de dois andares – e seu quarto, cujas paredes mal podem ser vistas, cobertas por tantas fotos de familiares e amigos, pôsteres dos atores Orlando Bloom e Colin Farrell e de sua equipe esportiva da escola. Por um período, Paige deixará de ocupar seu lugar à mesa junto com a família, formada pela mãe, o padrasto, a irmã Lexi e os irmãos Tony e Cashton. Ela vai estar muito distante, descobrindo um novo mundo e – por que não – a si própria.

Os preparativos Para Paige, 2006 foi um ano apaixonante. Ela aprendeu a dirigir, conseguiu seu primeiro emprego e tornouse a primeira estudante da De Forest Area High School a participar de um programa de intercâmbio em mais de cinco anos. O Intercâmbio de Jovens do Rotary, que atende a estudantes secundários com idades entre 15 e 19 anos, permitirá a Paige conviver com as famílias anfitriãs, freqüentar uma escola brasileira e aprender sobre a nossa cultura. “Isso é muito legal, eu nunca fui a um lugar onde não se falasse inglês”, comenta uma colega dela, que está no sexto período do curso de arte. Paige dá de ombros, mas admite estar um tanto preocupada com sua estada de um ano no Brasil. No último semestre, ela passou a participar das aulas de espanhol básico, em vez das de alemão avançado, já que aquele idioma é mais próximo do português, cujo aprendizado não é oferecido aos 1.000 alunos de sua escola. Um curso rápido de espanhol, combinado com o auto-aprendizado de português, possibilitará uma aclimatação mais rápida. Paige sabe, porém, que a transição será difícil. “No Burger King, trabalho com um rapaz que não sabia nada de inglês quando chegou aos EUA”, ela diz. “Ele me contou que é difícil, mas que tentava falar com todo mundo para aprender a língua.” Depois das aulas, Paige põe a conversa em dia com cinco das suas melhores amigas, num clima que ela não sabe se vai encontrar no Brasil. Durante o seu encontro semanal com os amigos, realizado às terçasfeiras numa lanchonete da rede Taco Bell, a tímida Paige parece outra pessoa. Num mar de sorrisos, as meninas contam histórias umas das outras, e implicam com Paige ao saberem das notícias mais recentes. “Você não vai poder fofocar lá como faz aqui porque não sabe português”, provoca sua melhor amiga, Katie Klahn, de 17 anos, tão parecida com Paige que alguns pensam que elas são irmãs. “Katie e eu somos inseparáveis – dizem até que nós falamos da mesma forma”, conta Paige Gundlach. Todas as garotas têm empregos e mantêm uma série de atividades extracurriculares. A agenda de Paige inclui o softbol [NT: uma versão do beisebol adaptada para mulheres, crianças e idosos], o clube alemão, a National Honor Society e 15 horas semanais de trabalho no Burger King. As meninas estão economizando para a época da universidade, mas as roupas em exibição no shopping são uma tentação para a poupança. “Você vai ter que usar uniforme no Brasil, não é?”, indaga Katie, que logo conclui: “Assim é até melhor. Você não vai precisar se preocupar se as suas roupas combinam com o gosto local.” Na tarde da nossa conversa, as amigas estavam usan30

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do jeans. Paige combinava o seu com uma blusa listrada, um casaco e sandálias de dedo – a roupa típica de uma adolescente norte-americana.

Embaixadora da boa vontade Como embaixadora no exterior, Paige já sabe como será o calendário escolar, os compromissos de hospedagem e qual será o Rotary Club anfitrião. Informações complementares serão fornecidas depois de sua chegada ao Brasil. A preparação incluiu o comparecimento dela, junto com os demais jovens que integrarão o programa, a uma conferência distrital de Intercâmbio de Jovens. Na conferência dos Estados Cen-


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1) CONVERSA DE jovem: Paige fala com suas muitas amigas no corredor da De Forest Area High School 2) ESCALA: TERMINADAS as aulas, Paige dá uma rápida passada em casa antes de se dirigir ao seu emprego de tempo parcial 3) SERVINDO COM um sorriso: no Burger King, Paige é considerada uma funcionária simpática, pontual e confiável 4) A TURMA: as noites de terça no Taco Bell são um tradicional festival de risadas e fofocas entre Paige e suas amigas mais próximas

trais, realizada em Michigan em julho do ano passado, Paige conheceu outros intercambiados que já haviam estudado no Brasil. “Me disseram que no Brasil o almoço é a principal refeição do dia, e que as pessoas saem muito de casa. Ah, e que lá eles se cumprimentam com beijos no rosto!”, ela conta. “Poucos intercambiados norte-americanos falam português, de forma que nos primeiros meses da viagem a participação é quase que limitada ao aprendizado da língua”, explica Harry Van Camp, sócio do RC de Madison-Breakfast, em Wisconsin, e coordenador do Programa de Intercâmbio de Jovens do distrito 6250 (Minnesota e Wisconsin). “Mas como BRASIL ROTÁRIO

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o próprio nome diz, o programa se destina ao intercâmbio cultural, e o papel de Paige será o de embaixadora da boa vontade, e de aprender a cultura local”. Desde sua chegada ao Brasil, ela vai receber a supervisão do coordenador de Intercâmbio de Jovens do distrito anfitrião, da primeira família que a hospedará e dos rotarianos locais. “Em De Forest todos se conhecem”, ela garante. Paige deixará a cidade onde mora, com 7.000 habitantes, para viver durante um tempo numa outra, com mais de 300 mil. “Acho que ela estará mais segura lá do que aqui”, brinca o padrasto John Rogers. “Ela não poderá dirigir, nem namorar. Assim fico menos preocupado...” Por outro lado, a mãe de Paige, Debbie, tenta evitar as lágrimas: “Minha filha é a primeira pessoa da

família que participa de um programa de intercâmbio. Por um lado, assusto-me com a perspectiva de ela ter que experimentar tudo isso com tão pouca idade. Como mãe, fico preocupada. Quando ela me contou que planejava viajar ao exterior, eu inicialmente não deixei”. Seu avô, amigo de OS GUNDLACH Harry Van Camp, foi acertam com o quem lhe aconselhou rotariano Harry a se candidatar a Van Camp os uma vaga no Interdetalhes da câmbio de Jovens. estada de “Depois de converPaige em São sar com Harry e ouJosé do Rio tros pais durante a Preto conferência para o Intercâmbio de Jovens, fui convencida de que seria uma boa oportunidade para ela”, conta Debbie. “Eu vi que aquilo era uma coisa que eu teria que fazer pela minha filha”. “Essa viagem representa o começo de algo muito maior”, afirma a jovem intercambiada, que espera freqüentar a Universidade de Wisconsin-Madison e estudar farmacologia assim que concluir o curso secundário. “Sinto que esse é um começo de vida diferente do que eu havia planejado. O que eu quero dizer é que estou bastante ansiosa, e que o fato de ser colocada numa situação em que não conheço bem nem o lugar para onde vou, e com quem vou viver, atrai-me além da imaginação.” *A autora é editora-associada da The Rotarian. Imagens de Alyce Henson, fotógrafa da The Rotarian. Tradução de Eliseu Visconti Neto.

SIGA O CAMINHO Você poderá acompanhar a experiência de Paige Gundlach como intercambiada acessando o site <www.rotary.org/interactive>

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Interact & Rotaract ○

O ROTARACT Club de João Pessoa-Bancários, PB(D.4500) ajudou a direção do Orfanato Casa da Paz a organizar uma festa para os cerca de 20 acolhidos pela instituição e para crianças da comunidade. A celebração foi animada por música e brincadeiras e os rotaractianos distribuíram algodão-doce, pipoca e presentes para as crianças.

O ROTARACT Club de Três Pontas, MG(D.4560) promoveu o 1º Porco no Rolete, em benefício do Programa Trabalho e Dignidade, que atende 13 famílias carentes do município.

OS JOVENS do Interact Club de Cascavel, PR(D.4640) doaram alimentos para o Recanto da Criança e passaram a tarde brincando com os assistidos pela instituição.

COM A ajuda do companheiro Rômulo Terra Monteiro, sócio do RC local, o Rotaract Club de Lauro de Freitas, BA(D.4550) realizou uma festa na creche Amor à Criança. Os rotaractianos bolaram brincadeiras para as crianças e doaram alimentos e brinquedos.

OS INTEGRANTES do Rotaract Club de SorocabaVergueiro, SP(D.4620) trabalharam preparando cachorros-quentes na barraca da Associação dos Amigos dos Autistas durante a festa beneficente para crianças realizada pela empresa Metso.

NA FUNDAÇÃO do Interact Club de Penha, SC(D.4650), os integrantes estiveram acompanhados do governador Sérgio dos Santos Correa, dos rotarianos Tânia Tomazi Fontana e Vitor Hugo Fontana, e dos intercambiados Jaime Armendariz Careros, do México, e Tilman Benning, da Alemanha.

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Organização ○

O futuro do Rotary em nossas mãos Fundamental para que tenhamos clubes mais eficazes, PLC precisa ser entendido pelos rotarianos brasileiros Newton Camargo Moraes*

Quando o PLC – Plano de Liderança de Clubes – foi incluído como tema no Instituto Rotário de Atibaia, sabíamos que ele atrairia uma grande platéia. Se para alguns rotarianos o assunto representa uma simples mudança – e há quem julgue desnecessária – para os companheiros mais atentos ele é um sinal de vida no futuro de nossa organização. É hora, portanto, de discuti-lo, entendê-lo e aplicá-lo.

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m 1995/96, quando o Rotary propôs o PLD – Plano de Liderança Distrital, a idéia levou um certo tempo para ser entendida e colocada em prática. Surgiram dúvidas, discussões e muitos seminários foram realizados até chegarmos a utilizá-lo plenamente – e apesar disso, ainda hoje há controvérsias a respeito. Agora, vamos dar um passo maior em direção ao futuro, pois chegou o PLC – Plano de Liderança de Clubes. Antes de mais nada, é preciso analisar bem essa nova mudança e verificar o grau de urgência para sua aplicação. O mundo vai exigir mais agilidade, determinação, ousadia e planejamento estratégico por parte dos clubes para que eles vençam este novo século de serviços. Como acontece em qualquer mudança, também em nossa organização o fator humano é o grande problema. Por mais simples que seja, toda mudança causa desconforto, gera dúvidas, exige novas atitudes e atenção ao que passa a ser mais importante. E a partir de agora, o nosso novo foco passa a ser o estabelecimento de metas e a busca de resultados em equipe. Mas, no fundo, não acontece nada de novo, pois os clubes informam que já estão praticando o que lhes é solicitado. No entanto, não é o que se vê na maioria deles. Um certo comodismo vai se instalando, as reuniões vão se tornando pouco atrativas, ocorrem

poucas realizações e o crescimento do quadro social é modesto. O grupo vai se ajustando a um novo ritmo, mais lento e pouco eficaz. O PLC veio para acabar com esse comodismo. O propósito do Plano de Liderança de Clube é fortalecer o Rotary com uma estrutura administrativa capaz de fazer dos clubes unidades mais eficazes. Não é isso o que todo rotariano quer, e o que todos nós sempre buscamos? Mas ainda assim existem companheiros que consideram o PLC desnecessário, motivo que nos levou a programar um seminário para discuti-lo no Instituto Archimedes Theodoro, em Atibaia.

O seminário Presidido pelo diretor 2007-09 do RI, Themístocles Américo Caldas Pinho, o seminário reuniu 81 participantes. Durante cerca de três horas, eles discutiram os vários aspectos do PLC. Os dois expositores – EGDs Roberto Carlos Monteiro (D.4750) e Ary Sergio Del-Fiol Módolo (D.4430) – foram muito felizes em suas abordagens. O primeiro apresentou o PLC destacando suas características de modernidade e operacionalidade, seus objetivos e os passos para sua implantação, ressaltando o primordial objetivo do incentivo à eficácia dos clubes. O segundo focalizou o PLC a partir da diferença entre clube eficaz e clube eficiente, destacando o prazo de três anos proposto para o exercício das presidências das Comissões Permanentes e das normas recomendadas pelo RI.

Conclusões Governadores antigos, atuais e indicados participaram ativamente do encontro com pronunciamentos e questionamentos. Eles obtiveram os devidos esclarecimentos por parte dos expositores. Após os produtivos debates, o grupo chegou às seguintes conclusões: ● O PLC representa uma mudança no pensamento rotário no que concerne à administração dos nossos clubes. ● Causa preocupação o desconhecimento de muitos companheiros a respeito das propostas de mudança trazidas pelo PLC e as dificuldades que vêm sendo encontradas para sua implantação, o que pode ser constatado na aparente rejeição a essa salutar novidade administrativa. ● Mostra-se imperioso o incentivo aos governadores para a realização de seminários distritais que colaborem para um melhor entendimento do PLC. O Plano de Liderança de Clubes é oportuno e necessário para o futuro de nossa organização. O RI disponibiliza material de bom nível sobre o assunto. Ele pode ser solicitado ao escritório da organização em São Paulo, através do e-mail: elton.santos@rotary.org *O autor é EGD, sócio do RC de São José dos Campos-Oeste, SP (D.4600) e atuou como diretor de Programas do XXIX Instituto Rotário do Brasil. B ROTÁRIO OTÁRIO BRASIL RASIL R

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SINAL DE ALERTA Anorexia volta a preocupar, principalmente aqueles que têm filhas, netas e sobrinhas adolescentes Iêda Maria Vieira Ribeiro Motta*

A morte da modelo Ana Carolina Reston Macan, em novembro do ano passado, vítima da anorexia aos 21 anos, levou muita gente a falar sobre o assunto nos jornais, revistas, novelas e nas rodas de conversa. Como sou psicóloga e o assunto tem relação direta com o meu trabalho – e como o Rotary preocupa-se com a saúde em geral – gostaria de me manifestar a respeito.

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que é a anorexia? Que impulso é esse que leva alguém a anular seu bom senso e destruir a própria vida? O que vemos, há muito tem po, é a valorização cada vez maior da imagem como um dos grandes pilares do sucesso, colocando em segundo plano qualquer outra habilidade ou potencial do indivíduo. Os meios de comunicação divulgam um padrão de beleza que serve mais para mostrar as roupas do que para vesti-las. E não estamos só falando das modelos e do sonho de ser modelo. Os corpos de “proporções perfeitas” habitam a fantasia de adolescentes comuns, que querem ser aceitas, amadas e, mais do que isso, valorizadas. Mas quem não quer? Quem não fica feliz por se sentir amado, por se sentir valorizado por quem realmente importa? Não há de ser real, porque não é lógico, nem sensato, que esta valorização venha por conta de uma aparência – e o que é pior, de uma aparência que compromete a saúde.

Corpo magro No entanto, como a idéia de sucesso (pessoal, profissional, amoroso) vem diretamente vinculada ao “corpo magro”, a pessoa passa a somar esforços para ficar igual à imagem da revista ou da televisão, mesmo que para isso ela tenha que abrir mão de sua saúde e de alguns prazeres. Isto tem acontecido com adolescentes de todas as camadas sociais e em idade cada vez mais precoce, o que é um evidente indicador da imensa interferência da televisão. 36

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O que percebemos é que existe, no nível da estrutura emocional e na dinâmica da personalidade, um comprometimento importante da auto-estima que faz com que a pessoa entenda que, para ser aceita, ela precisa de uma imagem perfeita, passando a supervalorizar este aspecto. Em geral, a anorexia se instala após algumas tentativas de dieta. A pessoa passa a considerar o alimento um inimigo, que só a destrói e estraga seu corpo, engordando a imagem no espelho. Negar a comida passa a ser a solução para atingir a imagem desejada, que no espelho tem sempre muitos quilos a mais. Esta é, na verdade, a parte mais difícil de se lidar: a


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imagem que a pessoa tem do próprio corpo e suas funções no meio estão de tal forma comprometidas que o corpo que ela imagina que tem é infinitamente diferente do que aquele que existe na realidade. O corpo de uma pessoa que enfrenta esse distúrbio é o corpo que está em sua fantasia, portanto sempre mais gordo que seu corpo real. Por mais que ela emagreça na realidade, o corpo fantasiado emagrece muito pouco – e por isso nunca está perfeito. Daí a necessidade dela de continuar emagrecendo. Quando quer mudar a situação – isso quando a pessoa chega ao ponto

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*A autora é presidente do RC de Mogim Mirim, SP (D.4590).

Como tratar O tratamento adequado para esse grave problema envolve um trabalho de equipe, com psicólogo, nutricionista, psiquiatra e endocrinologista. Muitas vezes, também é necessária a intervenção de outros especialistas, se a doença já provocou comprometimento maior da saúde física. É importante pensar que qualquer doença não aparece da noite para o dia. Ela é sempre o resultado de algum processo. Portanto, prevenir um problema como a anorexia é uma responsabilidade de todos – pais, profissionais de saúde, professores e amigos – que devem ficar atentos aos exageros com os cuidados e a preocupação e zelo com a imagem de uma pessoa. Tudo o que escapa ao razoável é digno de ser cuidado.

de querer mudar – ela se dá conta de que está num labirinto sem saída. É como no caso da dependência química: a volta é sempre muito difícil. Normalmente, a pessoa nega todo e qualquer comentário ou questionamento que lhe façam, adotando às vezes uma postura agressiva. O melhor caminho para a família é, então, procurar orientação quanto à melhor maneira de ajudar ou abordar a pessoa.

O corpo de uma pessoa que enfrenta esse distúrbio é o corpo que está em sua fantasia, portanto sempre mais gordo que seu corpo real

RODRIGO

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Salt Lake City aguarda por você

VISTA NOTURNA de Salt Lake City

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EVEREIRO DE DE 2007 2007 FFEVEREIRO


A ÁGUIA no portão de entrada da cidade

Faça as malas e voe para a linda capital de Utah, nos EUA, para participar da Convenção Internacional de 2007, o maior evento do calendário do Rotary, de 17 a 20 de junho

Joseph Derr*

Venha conhecer as Montanhas Rochosas na companhia de rotarianos que lhe Mostrarão o Caminho dessa que é uma das grandes cidades do Oeste Norte-Americano. Faça a sua inscrição online agora, através do site <https:/ /riweb.rotaryintl.org/>. Se você é daqueles que ainda não têm certeza se vale a pena ir a uma convenção do RI, nós temos cinco razões que lhe farão mudar de idéia:

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ª Reencontro com o Rotary: ao assistir às palestras inspiradoras durante as sessões plenárias, você vai lembrar o porquê de se tornar um rotariano e aprofundará seus conhecimentos sobre o Rotary e a Fundação Rotária durante os seminários, grupos de discussão e incontáveis outras oportunidades de relacionamento oferecidas pela convenção. Você irá renovar o seu pensamento sobre o Rotary e seus princípios, e sentirá o orgulho de pertencer a essa organização.

O CENTRO Gamily de História abriga uma biblioteca

Rever velhos amigos e fazer novas amizades: participar de uma convenção rotária é como encontrar o seu lugar na maior reunião familiar do mundo. Imagine a mesma camaradagem e companheirismo que você desfruta no seu clube, só que multiplicados por milhares. Seja no local da convenção ou nos eventos paralelos, como os churrascos, você sentirá o clima típico do companheirismo rotário. BRASIL ROTÁRIO

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ra – e está pronta para ser explorada por você. Não importa se a sua definição de divertimento é comer bem ou praticar ciclismo na montanha: ela tem sempre algo para satisfazê-lo. Salt Lake City é ainda o ponto de partida para se conhecer algumas das mais belas paisagens do Oeste Norte-Americano, e dispõe de um famoso banco de dados genealógicos, que os rotarianos poderão acessar diretamente da Casa da Amizade durante a convenção. Portanto, planeje suas férias para a época da convenção.

O TRAX é um trem que oferece transporte a qualquer lugar da cidade por um preço baixo

Comemore as suas realizações: as convenções do Rotary celebram o nosso grande poder de fazer o bem no mundo. Entenda melhor a diferença que você e seus companheiros podem representar para suas comunidades através do trabalho voluntário e das suas contribuições em dinheiro. Você terá inclusive a oportunidade de ouvir os relatos de pessoas que foram beneficiadas pelos programas rotários, além de representantes da próxima geração de promotores da paz, que participam do Simpósio do Rotary sobre a Paz, um novo evento da convenção.

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ª Aspectos financeiros: Salt Lake City é uma cidade barata e compacta. O local da convenção, bem central, fica próximo a muitos hotéis e da maioria das atividades planejadas pela Comissão Organizadora, o que lhe poupará tempo e dinheiro. As diárias dos hotéis, de preços razoáveis, fazem desta uma das convenções menos custosas para os participantes. Consulte o site <http://www. rotary.org/events/conventions/2007/how-toregister.html> para saber como se registrar e baixar o formulário de inscrição no formato PDF. O site mostra o que a convenção oferece de interessante, dá as sugestões do que pode ser feito antes e depois do evento, dicas para se inscrever, e muito mais.

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ª Localização, localização, localização: situada nas Montanhas Rochosas, Salt Lake é uma cidade linda, limpa e acolhedo-

Quantos Somos NO MUNDO Rotarianos: 1.205.186; Clubes: 32.680; Distritos: 530; Países: 168. Rotaractianos: 162.679; Clubes: 7.073; Países: 157. Interactianos: 249.343; Clubes: 10.841; Países: 120. Núcleos Rotary de Desenvolvimento Comunitário: 6.206; Voluntários: 142.738; Países: 73. Número de Rotarianas: 171.336. G

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*O autor é colaborador da The Rotarian.

NO BRASIL Rotarianos: 50.695; Clubes: 2.317; Distritos: 38. Rotaractianos: 15.203; Clubes: 661; Interactianos: 15.900; Clubes: 695; Núcleos Rotary de Desenvolvimento Comunitário: 257; Voluntários: 5.865; Número de Rotarianas: 8.312. G

Fonte: Escritório do Rotary International no Brasil.



Coluna do Chairmam da Fundação Rotária

Paz com solidariedade Rodrigo

O RC de Corumbá, MS (D.4470) tem três companheiros com mais de 50 anos de vida rotária. Todos ainda participam ativamente das reuniões e eventos promovidos pelo clube: EGD PAULO Philbois Filho, que completou cinco décadas de rotarismo em agosto do ano passado.

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Rotary dedica o mês de fevereiro à Paz e à Compreensão Mundial. Acredito firmemente que a paz é possível, em especial se construída sobre dois pilares: justiça e solidariedade. Detesto a guerra. A guerra atira gerações inteiras na escuridão, e as crianças são as suas vítimas principais. A vida de um jovem requer 20 anos de paz para ser construída, mas bastam 20 segundos para ser destruída. Só aprovo um tipo de guerra: a guerra contra a fome, a ignorância, a doença e a corrupção. Tais pragas devem ser combatidas e destruídas se quisermos tornar melhores as vidas dos menos favorecidos. Como rotarianos, somos soldados prontos para esta guerra, e a nossa missão é trabalhar em conjunto, através da nossa Fundação Rotária, e nos transformaremos nos arquitetos de uma coexistência pacífica entre povos e nações. Estamos comprometidos a construir as pontes que unem as pessoas, e não os muros que as dividem, e a fazer todo o necessário para criar um mundo pacífico. Estou engajado neste objetivo de vida, porque acredito que cada dia tem o seu objetivo, e que cada era contém uma missão. Nosso propósito e missão são trabalhar pela paz – a paz que só pode existir no diálogo que leva à compreensão e à tolerância, baseadas na justiça e na solidariedade. A paz é possível, e a Fundação Rotária é uma inacreditável ferramenta para tornar esse sonho realidade. LUIS VICENTE GIAY EPRI e presidente do Conselho de Curadores da Fundação Rotária 42

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WALDEMAR LINS, que mantém até hoje 100% de freqüência. PATROCÍNIO AFONSO Marinho, também conhecido como Patrão Marinho. Admitido em 21 de março de 1945, ele é o rotariano mais antigo do distrito.

DECANO DOS rotarianos da Baixada Santista, Rafael Faro Politi é sócio do RC de São Vicente, SP (D.4420) há 54 anos. Ele foi um dos fundadores e o primeiro presidente do clube, e durante mais de quatro décadas compareceu a todas as conferências distritais. Aos 88 anos de idade, Rafael continua participando de todas as reuniões e eventos promovidos pelo clube.

SÓCIO DO RC de Carolina, MA (D.4490), o companheiro Genésio Gonçalves Maranhão ingressou no clube em 1951, substituindo o pai, Diógenes Gonçalves de Sousa, que havia sido um dos fundadores do RC, seis anos antes.

SYLVIO ROBERTO Baggio e Darcy Martins Pereira – admitidos em 1956 – e o EGD Orley Camargo Schmidt, rotariano desde 1950, são sócios do RC de Araras, SP (D.4590). Sylvio e Orley são Companheiros 100%.


Escritório Contábil Nova Visão Ltda. CONTABILIDADE – DESPACHANTES LEGALIZAÇÃO DE FIRMAS

Imp. de renda p/Física e Jurídica Rua Álvaro Alvim, 31 - 16º andar - Centro Fone: (21) 2533-3232 G Fax: (21) 2532-0748 Cep: 20031-010 - Rio de Janeiro - RJ Direção: Joaquim Silva e José Soares

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Combate à pobreza ○

Nobel da Paz inspirou rotarianos Pioneiro dos microcréditos, Muhammad Yunus recebeu a maior honraria de nossa organização em 1999 M. Kathleen Pratt

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urante a Convenção do RI de 1999, realizada em Cingapura, o economista Muhammad Yunus foi agraciado com a maior honraria do Rotary, o Prêmio pela Compreensão Mundial, por sua idéia de ajudar os pobres a iniciar seus próprios negócios com o auxílio de microcréditos. O prêmio, no valor de US$ 100 mil, foi doado ao Grameen Bank, instituição concessora dos créditos. “A idéia de Yunus, embora simples, revolucionou as iniciativas humanitárias de assistência”, afirmou o então presidente do RI, James Lacy. “Este prêmio serve para reconhecer os significativos resultados do Grameen Bank, que permitiu a pessoas do mundo inteiro melhorar seu padrão de vida. Na qualidade de ativistas humanitários, os sócios do Rotary International enaltecem esse trabalho de desenvolvimento econômico”. Os rotarianos também mantêm seus projetos de microcréditos, sustentados através de programas da Fundação Rotária, como o Subsídios Humanitários e de Serviços à Comunidade Mundial. A Fundação financia atualmente mais de 60 projetos dessa natureza em todo o mundo. Muhammad Yunus teve seu momento de inspiração em 1976 quando, conversando com uma pequena fabricante de bancos de bambu em Jobra, Bangladesh, soube de sua dificuldade para adquirir a crédito o suprimento diário de matéria-prima – à época por 25 cents de dólar – junto a um fornecedor que, por sua vez, comprava-lhe a produção por pouco mais do que nada. Yunus, professor da Universidade de Chittagong, próxima do local, não hesitou em dar-lhe a quantia ne-

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MUHAMMAD YUNUS: idéia simples e revolucionária

cessária. Ele soube que outros al- pequena quantia de dinheiro, deões costumavam cair naquele por que não poderia fazer ainda tipo de armadilha financeira, que mais?”, lembrou o economista, totalizava US$ 27. que então criou o Grameen “Dei o dinheiro do meu bolso Bank, depois de constatar que os para livrar aquela gente da relação aldeões não tinham acesso a difícil com seus empréstimos de credores e forneinstituições traO impressionante cedores”, contou dicionais. Hoje Yunes aos rotariaem dia, o banco retorno de 98% nos na Convenção concede emde Cingapura. dos financiamentos préstimos às pesCom o dinheiro, soas mais pobres constitui motivo os trabalhadores sem lhes pedir foram capazes de garantia. de inveja comprar a matéO sistema tem para muitos ria-prima necessáse revelado um ria para um dia de grande sucesso, dos grandes trabalho. Ao final em especial para bancos do mundo de seu primeiro as mulheres, e dia como trabalhavem tirando muidores independentes, os pequenos tas famílias da pobreza. O imprese satisfeitos empreendedores ob- sionante retorno de 98% dos fitiveram um lucro das suas ativida- nanciamentos constitui motivo de des e foram capazes de pagar os inveja para muitos dos grandes empréstimos contratados. “Come- bancos do mundo. O sistema de cei a imaginar que, se fui capaz microcréditos funciona atualmende fazer tanta gente feliz com uma te em dezenas de países.


As pequenas memórias

Livros ○

Memórias da montanha

José Saramago Companhia das Letras

Denise Emmer Ediouro

Neste livro, José Saramago põe em prática o antigo projeto de compor um relato autobiográfico. São histórias familiares, ora alegres ora dilacerantes, sobre os primeiros quinze anos de vida do escritor, do nascimento, em 1922, na aldeia de Azinhaga, Ribatejo, aos estudos na escola industrial de Lisboa, de onde saiu serralheiro mecânico. Ele relembra o convívio com o avô camponês, homem sábio e analfabeto, e fala do pai que foi trabalhar como guarda da segurança pública. Garimpar os meandros da memória nem sempre foi fácil. Saramago revela ter sofrido ao escrever certos trechos do livro “porque algumas coisas que conto são dolorosas. Recordações familiares que não são agradáveis, que me tocaram negativamente; podia tê-las omitido, mas não podia dar uma visão idílica de tempos que de idílicos não tinham nada. Isso causou-me dor. E por vezes bloqueou-me”.

A autora incursiona pela memória ao relatar um período de sua vida dedicada ao montanhismo, um esporte em que são raras as bibliografias sobre o assunto. Os fatos reais ganham dimensão de ficção. Mas o que chama atenção nesta obra é o estilo da narrativa apresentado por Denise. Como um livro de aventuras, acompanhamos as escaladas da sua adolescência, nas quais sentimos o ímpeto de subir junto, para depois desmaiar nas vertiginosas paisagens. Ao mesmo tempo, as histórias se fundem com a vida cotidiana: o companheirismo nas expedições, as primeiras experiências amorosas, as implicações da família, seus dramas e suas perdas. Além do sobressalto dos pais, um casal de escritores famosos (Janete Clair e Dias Gomes), diante dos riscos e do arrojo da filha alpinista.

Traição entre amigas

Linha-d’água Entre estaleiros e homens do mar

Thalita Rebouças Rocco

Amyr Klink Companhia das Letras

Lindas, charmosas, inteligentes e superdescoladas, Luiza e Penélope se conheceram no curso de teatro e ficaram “amigas de infância”. Luiza, estudante de psicologia, e Penélope, que cursa jornalismo mas quer mesmo é ser atriz, têm temperamentos diferentes. Eram daquelas amigas que não desgrudavam nem para ir ao banheiro. Falavam-se vinte vezes por dia, gostavam das mesmas músicas, dos mesmos filmes, mas discordavam em alguns assuntos. E o beijo era um deles. Mas essa amizade é posta à prova quando Penélope, a mais “saidinha” no quesito beijo, fica com o namorado de Luiza após uma festa. Raiva, mágoa, ressentimento, vergonha, arrependimento. Esses são apenas alguns dos sentimentos experimentados pelas duas quando a história toda vem à tona. Depois da briga inevitável, os caminhos de Luiza e Penélope se separam por completo.

“Como você consegue se adaptar, depois de tantos meses no mar?”. Neste novo relato sobre barcos e viagens, o autor confessa não conseguir deixar de se espantar com essa pergunta “típica de desmiolados que imaginam haver no mar tempo sobrando para fazer filosofia”. A história em torno da qual giram várias outras histórias deste livro é a

da construção, lançamento e navegação do Parati 2, “um barco simples como canoa e cargueiro como navio”. E a busca dessa simplicidade e dessa amplidão demanda um tempo que no mar é sempre escasso, um tempo que aflige enquanto não produz resultado, mas que permite armazenar na memória tudo que contribuiu para que o barco de Amyr fosse o mundo – repleto de tipos antológicos, apetrechos insuspeitados, como um “enganchador de moças” e “bichos peçonhentos” perfuradores de dedos aventureiros, e momentos de tensão em que dez segundos podem decidir o destino do navegador.

Seis razões para cuidar bem da água Nilson Machado e Silmara Casadei Escrituras A maior parte da água do planeta, em torno de 97,5%, é salgada e está nos oceanos. A p e n a s 0,006% está nos rios e lagos e é potável, revela esta obra. Este é o segundo livro da série destinada aos jovens leitores, iniciada pelo “Seis Razões para Amar a Natureza”, dos mesmos autores – professor Nilson Machado, da Faculdade de Educação da USP, e da pedagoga Silmara Casadei. Os leitores vão descobrindo que a vida começa na água, sua importância para nossa saúde e para todos os seres vivos, o ciclo da água na natureza, os cuidados que devemos ter no nosso dia-a-dia, a água no universo e a responsabilidade de todos pela preservação da natureza. No final do livro, os autores detalham a Declaração dos Mensageiros da Água, resultado de um programa promovido pela Unesco. Nós acrescentamos a preocupação do Rotary com o líquido essencial à vida. Mais um presidente da organização, Bill Boyd, manteve como uma das suas prioridades o uso racional dos recursos hídricos.

Vale a pena ler ELA E OUTRAS MULHERES – Rubem Fonseca – Cia. das Letras O LIVREIRO DE CABUL – Asne Seierstad – Record A ILHA DESERTA – Gilles Deleuze – Iluminuras A COROA, A CRUZ E A ESPADA –Eduardo Bueno – Objetiva SOBRE VIVER – Sofia Débora Levy – Relume Dumará BRASIL ROTÁRIO

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Informe do RI aos rotarianos

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Quadro Social (Assistência aos Governadores de Distrito e aos Clubes) Carlos A. Afonso carlos.afonso@rotary.org

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Gerente Celso Fontanelli celso.fontanelli@rotary.org

Supervisora Financeira Sueli F. Clemente sueli.clemente@rotary.org Encomendas de Publicações, Materiais e Programas Audiovisuais Elton dos Santos elton.santos@rotary.org Tel.: (11) 3826-2966 Fax: (11) 3667-6575

Endereço Rua Tagipuru, 209 São Paulo SP – Brasil – CEP 01156-000 Tel: (11) 3826-2966 Fax: (11) 3667-6575 Horário: 2ª a 6ª, de 8h00 às 17h00

Supervisor da Fundação Rotária Edilson M. Gushiken edilson.gushiken@rotary.org

Escritório do RI no Brasil Home page: http://www.rotary.org.br

A Seu Serviço

Rhode Island levanta vôo O RC de Wakefield, EUA (D.7950) realizou em julho do ano passado seu 28º Festival Anual da Região Sul, tendo como local o estádio de atletismo da Universidade de Rhode Island. Desde o início do evento, os rotarianos arrecadaram mais de US$ 1 milhão, aplicados em bolsas de estudo e obras de interesse comunitário. O encontro incluiu corridas a fantasia, competições em diversas modalidades, música ao vivo e passeios de balão como este da foto.

Prazos para a convenção de Salt Lake City Ao planejar sua participação na convenção do RI de Salt Lake City, que vai acontecer entre os dias 17 e 20 de junho, não esqueça esses prazos: 1º de março de 2007 – Última data para os grupos submeterem a lista dos seus interessados em alojamento (inclusive nomes e sobrenomes, datas de chegada e partida, e solicitações especiais) ao responsável por alojamento contratado pelo RI; 30 de março de 2007 – Prazo para a pré-inscrição. Após essa data, todas as inscrições deverão ser feitas no Salt Palace Convention Center, em Salt Lake City; 18 de maio de 2007 (data a ser confirmada) – Prazo final para o envio do formulário de reserva de hotel

Fornos solares são um raio de esperança O RC de Fresno, EUA (D. 5230) tem ajudado a população de dezenas de países – da Armênia ao Zimbábue – a fazer uso do sol para preparar sua comida (foto acima). Nos últimos dez anos, o clube implantou inúmeros projetos em todo o mundo que usam a energia solar como uma fonte eficiente para o cozimento dos alimentos. Wilfred Pimentel, sócio do clube californiano, e a mulher dele, Marie, começaram a trabalhar com fornos solares no período de três anos em que viveram na Nigéria. Foi lá que eles constataram os problemas ambientais e sanitários que podem causar os fornos convencionais usados na maioria dos países em desenvolvimento. Os fornos solares são uma solução perfeita. Os mais simples podem ser construídos com folhas de metal ou cartolina, mas há outros, maiores e mais sofisticados. Muitos podem ser feitos com material local reutilizado. As estufas podem fazer mais que cozinhar: através do uso de um acessório simples, chamado Indicador de Pasteurização da Água (WAPI, na sigla em inglês), o forno pode pasteurizar um litro de água em uma hora. Saiba mais sobre os projetos de fornos solares acessando: <http://www.rotary.org/newsroom/ programs/061012zander.html>

MORADORA PARTICIPA de mutirão para a construção de fornos solares em Bender Bayla, na Somália

Um pequeno país com grandes necessidades Lesoto é um pequeno país montanhoso que faz fronteira com a África do Sul. Com cerca de 2 milhões de habitantes, em 2005 ele ocupou o 149º lugar entre os 177 países e territórios classificados pelo Índice de Desenvolvimento Demográfico e Saúde da ONU. Recentemente, companheiros da Índia integraram um grupo de 17 rotarianos – entre cirurgiões, um patologista e voluntários – que ofereceram tratamento a cerca 1.200 habitantes de Lesoto. Durante a missão, eles tiveram a ajuda do Projeto Medicare Intercontinental e o apoio do EPRI Rajendra Saboo. Os rotarianos da Índia vêm acumulando uma grande experiência na prática da medicina em países pobres ou que possuam uma infra-estrutura de saúde insuficiente e carência de médicos e enfermeiras – Lesoto possui a média de um médico para cada 16 mil pacientes. Vários médicos locais juntaram-se à equipe de rotarianos. O grupo trabalhou durante 10 dias no hospital da capital, o Maseru’s Queen Elizabeth 2a . Foram realizadas consultas, cirurgias reparadoras, ortopédicas, oftalmológicas e urológicas. Alguns oftalmologistas tiveram que enfrentar as regiões montanhosas do país para atender os pacientes mais idosos. A missão, avaliada em US$ 42 mil, foi co-patrocinada pelos distritos Lesoto 3080 e 3130 (Índia), 9320 (Lesoto e África do Sul) e 6220 (EUA).

Rotary International Secretaria (Sede Mundial) 1560 Sherman Avenue,Evanston, Il 60201 USA Phone: 00-21-1847 866-3000 Fax: 00-21-1847 328-8554 Horário: 8h30 às 16h45 (horário de Washington)


já é tradição, os rotaC omo rianos do Brasil aproveitaram o último Natal para celebrar o companheirismo e desenvolver projetos de serviço. Ao longo do mês de dezembro, eles organizaram festas em creches, escolas públicas e asilos e entregaram brinquedos e cestas básicas, ajudando a tornar mais feliz o fim de ano de muitos brasileiros.

D. 4650 RC DE HermannBlumenau, SC – Uma ótima coincidência: no ano em que completou 25 anos, o clube comemorou a arrecadação recorde de 25 toneladas de alimentos não-perecíveis na campanha Natal Sem Fome, dessa vez feita com a parceria do Centro de Tradições Gaúchas Fogo de Chão. As cestas confeccionadas com os alimentos arrecadados foram repassadas a diversas entidades assistenciais do município e famílias carentes. Em outra ação, o Papai Noel do clube visitou 50 crianças da cidade, que ganharam bicicletas em uma animada festa, que contou com a presença do governador distrital Sergio Correa.

RC DE Itabira, MG – Ajudou as crianças de uma escola pública a confeccionar cartões de Natal e organizou uma festa com lanches e presentes para os alunos de dez creches da região.

D. 4520

RC DE Canela, RS – Os companheiros ficaram responsáveis mais uma vez pela Casa do Papai Noel, centro das famosas festividades de Natal desta cidade gaúcha.

D. 4670

RC DE Belo HorizonteBarreiro, MG – As crianças do Centro Lar Infantil ganharam presentes do clube e da Casa da Amizade.

D. 4760

PÁGINA 52: veja onde a festa continuou...

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RC DE Saltinho, SP – Por meio de um Subsídio Distrital Simplificado, doou um freezer à Sociedade São Vicente de Paula. Na foto, os companheiros fazem a entrega ao presidente da entidade, Neivaldo Sandalo. O clube também desenvolveu o projeto Preserve o Planeta Terra, em parceria com a prefeitura municipal e a companhia de energia CPFL, que doou 2.000 mudas de árvores para serem plantadas ao redor da estação de tratamento de água. Em um outro projeto, desenvolvido com a colaboração das secretarias municipais de Saúde e Educação e a Polícia Militar, o RC promoveu nas escolas do município um ciclo de palestras de tema DST/Aids e Sexualidade.

D. 4310

OS RCs de Salto e SaltoMoutonée, SP, se juntaram para realizar a 1ª Festa Alemã, em benefício das obras assistenciais dos dois clubes. Na fotos, os respectivos casais presidentes Argemiro Siqueira e Lidelci e João Cesar Rossi e Elizabete. RC DE Lençóis Paulista, SP – O clube entregou doações à Associação Beneficente Hospital Nossa Senhora da Piedade, Rede de Combate do Câncer, Apae local, e Legião Mirim de Lençóis Paulista. Os recursos foram obtidos por meio de Subsídio Equivalente da Fundação Rotária – e em parceria com o RC de KalispellDaybreak, EUA (D.5390) –; com a Festa Portuguesa; e por meio de Subsídio Distrital Simplificado.

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RC DE Governador Lindenberg-Novo Brasil, ES – Sob a liderança do médico Wallace Tironi e com a ajuda da médica Tânia Canuto, os companheiros ofereceram exames oftalmológicos e dermatológicos a mais de 150 pessoas.

D. 4410

D. 4420

RC DE São Paulo-Anchieta, SP – Por ocasião da Visita Oficial do governador Marcelo Demétrio Haick, o clube, junto com a empresa Cirucam Medical Center & Home Care, lançou o projeto A Parceria que Faz a Diferença e doou uma cadeira de rodas para cada RC do distrito.

D. 4430 RC DE GuarulhosNorte Centenário, SP – Em parceria com o Colégio Antonio Viana de Souza, Sebrae local, Instituto Acolher e DJ Tchello, além de companheiros, o clube organizou um Ryla para cerca de 30 jovens, com palestras sobre oratória, liderança e meio ambiente, entre outros temas.


RC DE Cuiabá-CPA, MT – Recebeu a Visita Oficial do governador Adão Alonço dos Reis, que conheceu a creche comunitária Tia Antonina e ganhou dos companheiros um kit de material escolar para alfabetização de jovens e adultos.

D. 4440

RC DE Ivinhema, MS – Com o Subsídio Equivalente da Fundação Rotária – e em parceria com o RC de Jackson Hole, EUA (D.5440) – o clube entregou uma Saveiro 0 km ao Projeto Nova Jerusalém, entidade que funciona como um albergue e está se preparando para ser uma clínica de recuperação de dependentes químicos. Em outra ocasião, os companheiros e as integrantes da Casa da Amizade local, em parceria com a prefeitura municipal e o Sindicato dos Trabalhadores Rurais do município, organizaram o 7º Rodeio Rotary.

D. 4470

RC DE Itapetim, PE – Os companheiros, junto com as senhoras da Casa da Amizade local, organizaram uma festa para crianças (foto). Em outras ocasiões, entregaram certificados em homenagem a profissionais que se destacaram em 2006 e comemoraram a reinauguração da sede do clube.

D. 4500

RC DE Itápolis, SP – Junto com o Interact Club local, participou da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, visitando os postos de vacinação e distribuindo brindes para as crianças. O clube realizou ainda outras ações: doou um aparelho de DVD e 50 CDs infantis para a Associação Lar São José; realizou uma campanha de arrecadação de peças de crochê, em benefício da Rede Feminina de Combate ao Câncer; e com a família rotária local, promoveu uma festa para cerca de 4.000 crianças carentes, com participação de palhaços e distribuição de lanches.

D. 4480

RC DE Votuporanga-Oito de Agosto, SP – Lançou a quinta edição de seu concurso anual Melhor Estudante de Votuporanga, destinado a alunos da oitava série do ensino fundamental da rede pública. Os primeiros colocados são contemplados com medalhas, troféus e bolsas de estudo integrais.

RC DE Promissão, SP – Em parceria com a Fundação de Rotarianos de São Paulo, o clube e a Casa da Amizade local entregaram um computador para o Núcleo Espírita Chico Xavier e três para a Escola Estadual Dr. Miguel Couto (foto).

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RC DO Recife-Apipucos, PE – Realizou sua tradicional Festa da Boa Idade para os idosos carentes do município.

D. 4500

RC DO Recife-Espinheiro, PE – Com a presença do casal governador José Jorge da Rosa e Maria Cecília, em Visita Oficial, os companheiros promoveram uma festa para os alunos da Escola Comunitária Menino Jesus, assistida pelo clube. As crianças ganharam presentes e lanche e participaram do sorteio de uma bicicleta.

RC DE Presidente Prudente-Sudoeste, SP – Em parceria com a Associação Atlética Banco do Brasil (AABB) local, o clube organizou a segunda festa para as 46 crianças portadoras de câncer da Associação de Apoio ao Portador de Câncer de Presidente Prudente. As crianças passaram o dia no salão da AABB, onde tomaram café da manhã, almoçaram e lancharam, participaram de atividades recreativas e ganharam presentes. Os companheiros também entregaram uma TV de 20” e um aparelho de DVD para a entidade assistencial.

D. 4510

RC DE Presidente PrudenteNorte, SP – Junto com a Câmara Municipal local, o clube homenageou com um Título de Honra ao Mérito o motorista do grupo Andorinha Clarindo Sebastião de Lima, por ter sido escolhido um dos destaques do ano pelo sindicato de sua categoria, em São Paulo.

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RC DE Marília, SP – Por meio de Subsídios Simplificados, os companheiros doaram conjuntos de lençóis para a Santa Casa de Misericórdia local.

RC DE Capelinha, MG – O clube mantém um Banco de Cadeiras de Rodas com 30 cadeiras para empréstimo.

D. 4520


D. 4540

OS RCs de Guará, Guará-Águas Claras, Park Way e Núcleo Bandeirante, DF, promoveram um Ryla para 80 jovens e com a participação de 28 companheiros. O encontro durou dois dias e foi realizado na fazenda da Universidade Upis, onde os jovens assistiram a palestras, participaram de dinâmicas de grupo e conheceram as atividades do campus.

D. 4530

RC DE Lauro de Freitas, BA – Recepcionou rotarianos do RC de Livermore, EUA (D.5170), que trocaram flâmulas e participaram de uma reunião do Rotaract Club local. Na foto, a partir da esquerda, o sócio Julio Janot, o companheiro norte-americano Joe Furtado, os rotaractianos Aline Massola Spessoto e Roan Brasil Monteiro, o companheiro norte-americano Rob Anglin e o sócio Rômulo Terra Monteiro.

D. 4550

EM UMA das reuniões conjuntas que realizam duas vezes por ano, os RCs de Itabuna e Itabuna-Sul, BA, receberam a visita dos intercambiados Sanna Magnusson, da Suécia, David Nino, dos EUA, e Maria Ruiz Muñoz, do México. Na foto, eles estão ladeados pelos presidentes do RC de Itabuna-Sul, Vilson Martins Jorge Cruz, e do RC de Itabuna, Antonio Fernando Guimarães.

RC DE Ribeirão PretoNovas Gerações, SP – Por meio de Subsídio Simplificado, o clube doou três cadeiras de rodas e um frigobar para a Associação Brasileira de Assistência às Pessoas com Câncer (Abrapec). O companheiro Renato Sampaio e o ex-presidente Eduardo Tozatto representaram o RC na entrega da doação a Ivana Moretti, da Abrapec.

RC DE Santa Rita do Passa Quatro, SP – Os companheiros doaram 300 kg de arroz para a entidade assistencial Casa Dia. Em uma outra oportunidade, homenagearam com um diploma o engenheiro agrônomo Mario Arnaldo dos Santos, em comemoração ao Dia do Agrônomo.

RC DE Sertãozinho, SP – Durante o Seminário da Fundação Rotária na cidade norteamericana de Columbia, o intercambiado Arthur Busqueiro esteve com o presidente do RI, William B. Boyd, e posou acompanhado de intercambiadas do Japão e da Turquia.

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N ATA L 2 0 0 6

Muito trabalho para o Papai Noel Presentes em Minas, São Paulo e Rio Grande do Sul D. 4430 RC DE Guarulhos, SP – Com a ilustre presença de Papai Noel, o clube reuniu toda a Família Rotária em sua festiva de Natal.

D. 4520 RC DE Lagoa Santa, MG – O Papai Noel do clube fez a alegria dos moradores do Lar dos Idosos da Sociedade São Vicente de Paula. Além dos presentes, foi oferecido um lanche. A festa – financiada com a venda das rifas de um DVD player doado pela presidente Brigitta Barbian – teve o apoio do Carrefour.

D. 4670 RC DE Canoas-Integração, RS – Os companheiros visitaram o Asilo Santa Bárbara e levaram presentes para todos os residentes e funcionários. A entidade vem recebendo um grande apoio do clube, que já financiou obras de ampliação (como a construção de uma cozinha, um refeitório e uma lavanderia) e, somente em 2006, garantiu o fornecimento de mais de 2 toneladas de alimentos.

RC DE Adamantina, SP – Durante a campanha Um Feliz Natal Para Todos, os companheiros arrecadaram alimentos para diversas entidades assistenciais da cidade apoiadas pelo clube.

D. 4510

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RC DE Nova Iguaçu-Leste, RJ – Em parceria com a Sociedade Brasileira de Dermatologia e a Secretaria Municipal de Saúde, trabalhou na 8ª Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer de Pele, em que 280 pessoas foram examinadas. Os pacientes que não têm plano de saúde e que apresentaram casos mais graves foram encaminhados para o Ambulatório Alberto Sobral, mantido pelo clube e pela Associação de Rotarianos de Nova Iguaçu-Leste.

D. 4570

RC DE Divinópolis, MG – Organizou uma festa para 600 crianças da Apae local. Os companheiros serviram lanches, sorvetes e distribuíram sacolinhassurpresa para as crianças.

D. 4560

RC DE Pirassununga, SP – O presidente Euze Reginaldo Denófrio (1º à esquerda) representou o clube no encerramento do 49º Campeonato Mundial de Pentatlo Militar, na Academia da Força Aérea. O Brasil venceu a competição, que contou com a participação de equipes da Espanha, Suécia, República Tcheca, Polônia, Finlândia, Noruega e Turquia.

D. 4590

RC DE Barbacena-Monte Mário, MG – Doou os móveis necessários ao funcionamento da Associação de Apoio à Pessoa Portadora de Câncer e Seus Familiares. A associação foi inaugurada por ocasião da Visita Oficial do governador José Eduardo de Medeiros.

D. 4580

D. 4600

RC DE São Sebastião, SP – Realizou o Festival do Yakissoba, em prol da Associação Sebastianense de Apoio à Pessoa com Câncer. Cerca de 200 pessoas estiveram no evento.

RC DE Guaratinguetá, SP – Elis Regina de Oliveira Pinto (ao microfone), que cumpre o Programa de Intercâmbio de Jovens no México, participou de dois programas de TV naquele país.

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D. 4610 RC DE São Paulo-Barra Funda, SP – Em parceria com a Associação Cristã de Moços local e o supermercado Wal-Mart, organizou o 4º Dia da Comunidade e Cidadania, com a participação de cem voluntários. Na ocasião, os companheiros arrecadaram 300 kg de alimentos, posteriormente distribuídos para entidades assistenciais do município. Também foram realizados 1.231 atendimentos médicos, exames de acuidade visual e eletrocardiograma, e o Instituto de Oftalmologia Tadeu Cvintal agendou três cirurgias de catarata. O evento foi apoiado pelas empresas Bem Bandeirante e Marimar e pelo laboratório Roche, além dos médicos Carlos Alberto Gonelli, João Prata e Arthur Maynart Pereira Oliveira, que trabalharam voluntariamente.

D. 4620 RC DE SorocabaVergueiro, SP – Junto com a prefeitura municipal e as Óticas Carol, os companheiros realizaram a segunda edição do Dia da Visão Infantil, quando mais de 500 óculos de grau foram doados a alunos de quatro a 12 anos de idade da rede pública de ensino.

D. 4640 RC DE Francisco Beltrão, PR – Com o Subsídio Equivalente da Fundação Rotária – e em parceria com o RC de Roma, Itália (D.2080) – o clube vem construindo casas no município para idosos e famílias carentes.

RC DE Capanema, PR – Em parceria com a prefeitura municipal, os companheiros promoveram o 2º Festival Municipal da Canção, chamado de Femucan, no Parque de Exposições local. O evento é beneficente e foi organizado em prol das creches municipais. Em outra ocasião, com o apoio da prefeitura e da Faculdade Iguaçu, o clube realizou o evento Destaque do Ano, dividido nas categorias comércio, indústria e profissionais liberais.

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RC DE Rio do Sul-Centenário, SC – Em nome do clube, o presidente Clóvis Luiz Hoffmann entregou o troféu Voluntário do Ano para Sebila Ropelato, que, aos 81 anos de idade, presta serviços voluntários a diversas entidades locais. Em uma outra ocasião, a agraciada, acompanhada de rotarianos e de membros da diretoria do Asilo São Vicente de Paula, descerrou uma placa comemorativa ao plantio de uma árvore.

D. 4650

RC DE São José-Kobrasol, SC – Em visita ao RC de Salvador-Santo Antônio, BA (D.4550), o companheiro José Rosnei de Oliveira Rosa trocou flâmulas com o presidente Ivanilton Santos da Silva.

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D. 4651

RC DE Balneário-Camboriú, SC – Abrindo os caminhos para a nova geração, outorgou a 48 filhos, netos e bisnetos de sócios o título de Descendência Rotária como forma de estimulálos a ingressar em nossa organização no futuro. Na foto, o presidente João Alfredo Silva Neto aparece entregando o certificado a Matheus, neto do companheiro Valmir Grein.

RC DE Porto Alegre-São João, RS – Os companheiros participaram da cerimônia de conclusão do curso de alfabetização de adultos desenvolvido por eles em parceria com o Colégio Salesiano Dom Bosco. Ao lado dos professores, familiares e convidados, eles entregaram os diplomas aos alunos, que emocionaram a todos com a apresentação de um jogral.

RC DE Porto Alegre-Glória Teresópolis, RS – A presidente Nádya Candal de Vasconcellos e o diretor da Avenida de Serviços Profissionais Caider Martins entregaram os Certificados de Mérito Profissional 2006-07.

RC DE Canela, RS – Com os recursos de um Subsídio Distrital Simplificado, entregou fogão, geladeira, microondas e uma lavadora de roupas ao Oásis Santa Ângela, entidade que assiste cerca de 80 idosas e é mantida com a ajuda das famílias da comunidade. O clube também promoveu um concurso de poesias entre as escolas municipais de ensino fundamental inspirado na Bandeira do Brasil. Os primeiros colocados ganharam uma passeio ao Alpen Park, um parque de trenós localizado na cidade.

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RC DE São Lourenço do Sul, RS – Entregou os diplomas de Melhor Companheiro aos alunos de 4a e 5a séries da cidade. Escolhidos pelos próprios colegas de sala, os premiados ganharam um diploma, um kit escolar e assistiram a uma palestra sobre o Rotary.

RC DE Bento Gonçalves-São Francisco, RS – Com as presenças do prefeito Alcindo Gabrielli e do governador distrital Eronilde Ribeiro, o clube entregou um consultório dentário para a Ação Social São Roque, entidade que atende 400 famílias carentes.

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D. 4710 RC DE Faxinal, PR – Os companheiros entregaram 40 colchões ortopédicos ao Asilo São Vicente de Paulo.

RC DE Londrina-Sul, PR – Em sua Visita Oficial, o governador Oswaldo Favaro inaugurou uma placa e plantou uma árvore no Parque Arthur Thomas. Ele teve a companhia do presidente Reinaldo Magalhães e de outros sócios do clube, além de autoridades municipais.

RC DE Ananindeua, PA – Companheiros do clube que foram homenageados pela Associação das Rádios-Bairros de Ananindeua com o Título Honorífico Empreendedor Comercial, juntamente com outros parceiros e colaboradores da entidade. O Rotary disponibiliza sua sede para que a Associação realize suas reuniões semanais. A cerimônia aconteceu na Câmara de Vereadores e foi prestigiada pelo casal governador Adélio Mendes e Luzia.

D. 4720

RC DE Curitiba-Oeste, PR – Em viagem à Turquia, a companheira Dinah Lunardelli Salomon visitou os RCs de Kuludu-Ankara (D.2430) e de Izmir-Bostanli (D.2440), onde ela aparece na foto, entregando uma flâmula do clube paranaense ao presidente Suat Özdag.

D. 4730

RC DE São Gonçalo-Alcântara, RJ – Num projeto feito em parceria com a Editora Vozes, selos feitos em homenagem ao clube foram repassados à Unesco para serem vendidos em benefício das crianças do mundo. A entrega foi feita pelo casal presidente Eliézio Pereira e Maria Nazaré ao frei Jhônatha Gerber, do Convento Sagrado Coração, entidade representante da Unesco no Brasil.

D. 4750

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RC DE Pinhais, PR – Alguns dos palestrantes e realizadores do 1o Encontro Pós Ryla das Águas, organizado pelo clube.


Intercâmbio da Amizade com o México Companheiros passam duas semanas na cidade de Veracruz HABITUADOS A manter intercâmbios com países anglo-saxões, companheiros do distrito 4480, em São Paulo, se interessaram em também estreitar laços de amizade com rotarianos de países hispânicos e passaram duas semanas na cidade de Veracruz, no México. O Intercâmbio da Amizade foi o primeiro do distrito 4190, que acolheu o grupo formado por dez companheiros brasileiros. Os mexicanos recepcionaram os visitantes ainda no aeroporto e, durante a estada, os guiaram em passeios pela cidade. Os brasileiros visitaram museus, ruínas das culturas Maia, Asteca, Totonaca e Olmeca, assistiram a apresentações de danças folclóricas e touradas, e degustaram bebidas e pratos típicos. Para este ano, os companheiros brasileiros já agendaram um intercâmbio com o Equador.

D. 4480

OS BRASILEIROS visitaram ruínas...

...participaram de festejos regionais...

OS COMPANHEIROS mexicanos recepcionaram o grupo brasileiro no aeroporto

... e degustaram pratos da culinária mexicana

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VEJA SEU CLUBE NA BRASIL ROTÁRIO

RC DE Nova Friburgo-Imperador, RJ – Os companheiros recepcionaram o embaixador da Bélgica, Johan Balleger, e o cônsul no Rio de Janeiro, Max Verstrate, que conheceram a Escola das Flores, acompanhados da comitiva e de representantes da Escola Municipal Rei Alberto I e da secretaria municipal de Educação. O embaixador recebeu a flâmula do clube e a comitiva foi presenteada com flores cultivadas na região. Eles também visitaram estufas. Em outra ocasião, o RC realizou o 1º Ecocidadão na Escola Municipal Dermeval Barbosa Moreira, com palestras para os alunos das sétimas e oitavas séries do ensino fundamental, exames de acuidade visual e doação de óculos. Os alunos escreveram redações e concorreram a cursos de informática e inglês. Os autores dos 30 melhores trabalhos passaram o dia em dois sítios e os dois melhores colocados participaram da última Conferência Distrital.

D. 4750

RC DE Vazante, MG – Apoiado pela comunidade, o clube entregou lençóis, fronhas e biscoitos para o Asilo São Vicente.

D. 4760

A BR é uma das revistas rotárias que mais dedicam espaço às ações realizadas pelos clubes e distritos. Todos os meses, publicamos diversas páginas com fotos que ilustram o que vem acontecendo nos Rotary Clubs, Casas da Amizade, Rotaracts e Interacts de todo o país. Para que isso aconteça, nós contamos com a sua colaboração, leitor. É fundamental que suas cartas e e-mails sejam enviados à redação de forma correta, incluindo o nome completo do clube, o local e a data em que foram realizados os projetos e um breve relato sobre a importância deles para sua comunidade. Lembramos que a Brasil Rotário não publica posses ou fatos que possam obter o merecido destaque no boletim do clube. Se o seu projeto foi feito com a ajuda de parceiros, envie seu nome completo – sejam eles outros Rotary Clubs, entidades ou empresas públicas e privadas do Brasil e do exterior. No caso das siglas, explique-nos o que elas significam. Um detalhe muito importante: envie um telefone de contato (com o código de DDD) para que possamos falar com você em caso de dúvida. FOTOS

Dê preferência às imagens que demonstrem movimento. Quanto menos posada a foto, melhor. É indispensável que as fotos tenham foco e nitidez (cuidado com a contraluz!) e estejam completamente identificadas, contendo o nome e o sobrenome de todos os fotografados (no caso dos grupos de até seis pessoas, nominados a partir da esquerda). Uma boa dica é que seja contratado um fotógrafo profissional para fazer a cobertura dos eventos mais importantes. Se a sua foto for de papel, não escreva nada no verso, e tenha o cuidado de protegê-la bem ao enviar pelo correio. Quando as fotos forem digitais – enviadas por e-mail, disquete ou CD – é necessário que elas tenham pelo menos 300 DPIs de resolução. Se o envio for feito por e-mail, pedimos que o tamanho dos anexos não supere 1 MB. Se tiver alguma dúvida, entre em contato com a redação: e-mail: redacao@brasil-rotario.com.br telefone: 21-2509-8142 endereço: Avenida Rio Branco, 125 – 18o andar CEP: 20040-006 - Rio de Janeiro – RJ Estamos esperando para ver o seu clube na revista.

Saudades José Silvano Portes, sócio do RC de Taguatinga, DF (D.4530), companheiro que editou, durante 25 anos, pelo menos 10 edições da Cartilha Rotária, utilizada por todos os RCs do Brasil. ■■■

Elio Paggi, ex-presidente do RC de Francisco Beltrão, PR (D.4640). RC DE Nova Ponte, MG – Em parceria com a Pastoral da Criança, realizou a pesagem de crianças do município e organizou brincadeiras.

D. 4770

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Edgar Atos Barddal, ex-presidente do RC de CuritibaOeste, PR (D.4730).


Senhoras em Ação ○

COM O apoio do clube local, a Casa da Amizade de Pederneiras, SP(D.4510) promoveu uma exposição de quadros sobre o tema A Importância da Preservação da Água. Foram reunidos trabalhos de 21 artistas do município e da região, sob a coordenação da artista plástica Sônia Gabriele. A exposição foi realizada em parceria com a prefeitura municipal, Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, e o ateliê Spázio Arte e Genere. Na foto, o casal presidente do RC, Agnaldo Rosisca e Cláudia, entre os quadros expostos. A CASA da Amizade de Jaboticabal, SP(D.4540) deu início a um projeto de prevenção de doenças da pele, a ser realizado em todas as entidades assistenciais da cidade. A primeira instituição beneficiada foi o Asilo São Vicente de Paulo, onde a dermatologista Thaiz Ribeiro examinou gratuitamente mais de 80 idosos. Em uma outra ocasião, com a ajuda do Interact Club local, as senhoras ofereceram uma festa para os vovôs do asilo. Elas também promoveram a 1ª Noite Italiana e, com parte da renda, compraram para o asilo um computador, fraldas geriátricas e aparelhos para aferir pressão. Em outra iniciativa, realizada também em conjunto com os interactianos, as senhoras trabalharam pelo 20º ano na Festa do Quitute, em comemoração ao aniversário da cidade. Com a renda, foram comprados aparelhos ortopédicos e 20 cadeiras de rodas.

AS INTEGRANTES da Casa da Amizade de Promissão, SP(D.4480) organizaram uma festa e serviram lanche para os alunos da Apae local. Em uma outra oportunidade, as senhoras trabalharam na implantação do Programa Cárie Zero, no Hospital Geral do município.

A ASSOCIAÇÃO de Senhoras de Rotarianos de Astorga, PR(D.4710) publicou o livro Receitas da Vovó Dodô, escrito pela presidente Dolaria Perozim Munhoz, e utilizou a verba obtida com a venda na reforma da sede da Casa da Amizade.

A CASA da Amizade de Itabela, BA(D.4550) doou uma cadeira de rodas a uma senhora carente do município. ■■■

AS SENHORAS da Casa da Amizade de Pará de Minas-Bariri, MG(D.4760) realizaram um bazar e destinaram parte da renda à construção de parte do telhado da Casa da Misericórdia, entidade de recuperação de adolescentes infratores mantida pela Comunidade Católica Javé Iêre. Na ocasião da visita, as integrantes serviram lanche aos internos e entregaram cestas básicas, material de higiene e roupas de cama.

ALUNOS DA Escola de Ensino Especial Maria Mendes Valente, mantida pela Apae, que participaram de uma festa promovida pela Associação de Senhoras de Rotarianos de Bela Vista do Paraíso, PR (D. 4710). A tarde foi animada com brincadeiras, lanches e doces.

BRASIL ROTÁRIO 59


Novos Companheiros Paul Harris ○

D. 4420

D. 4470

AGRACIADOS: MARICI Silveira e Thomas Koblinsky Jr. (representado pelo pai), com títulos Paul Harris, e os companheiros Thomas Koblinsky e José Ricardo da Silveira, do RC de São Paulo-Santo Amaro, SP, com uma e quatro safiras, respectivamente. ENTREGUE POR: presidente Antonio Dimiter e governador Marcelo Demétrio Haick.

D. 4590 AGRACIADOS: ARNALDO Stelini Júnior, companheiro do RC de Campinas, SP, com uma comenda Benfeitor da Fundação Rotária, e Gabriela Giacomin e Orides Melo, com títulos Paul Harris.

AGRACIADO: TAKESHI Ussui, companheiro do RC de AraçatubaOeste, SP, com o cristal de Major Donors, nas presenças da mulher, Nilce, do presidente do RI, William B. Boyd, do governador Gener Silva e do casal coordenador regional da Fundação Rotária Gedson Bersanete e Nicinha.

D. 4600 AGRACIADO: ANTONIO Rodrigues da Silva, expresidente do RC de CruzeiroMantiqueira, SP. ENTREGUE POR: governador Marco Toledo de Piza e companheiro José Carlos Anaya. AGRACIADO: VITTÓRIO Roberto Pepi, sócio do RC de Taubaté, SP. ENTREGUE POR: presidente Luiz Carlos Valeretto.

AGRACIADO: ALDOIR Cesar Rizzi, presidente do RC de Planalto, PR, por ocasião da Visita Oficial da governadora Dalva Figueiredo Santos Rigoni e nas presenças das integrantes da Associação das Senhoras de Rotarianos local.

D. 4640

AGRACIADOS: ETENILO Tiziani Pin, sócio do RC de Dois Vizinhos, e Silvio Zortea, do RC de Dois VizinhosAmizade, PR, por ocasião da Visita Oficial conjunta da governadora Dalva Figueiredo Santos Rigoni.

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FEVEREIRO DE 2007

AGRACIADOS: MARÍLIA Nogueira de Sá Cembraneli, com um título Paul Harris. A jovem é neta do EGD Benedito Olegário Nogueira de Sá, que recebeu a sétima safira, e foi representada pela avó, Maria Emilia, já que está cumprindo o programa de Intercâmbio de Jovens, nos Estados Unidos. ENTREGUE POR: presidente do RC de Taubaté, SP, Luiz Carlos Valeretto.


Novos Companheiros Paul Harris ○

D. 4680

AGRACIADOS: SILVIO Seibt e Jouglas Cordeiro, companheiros do RC de Penha, SC. ENTREGUE POR: governador Sérgio dos Santos Correa e pelas respectivas mulheres dos agraciados, Alda Wally, presidente do clube, e Ana Maria.

D. 4650

D. 4710 AGRACIADA: ANA Lúcia de Godoi, companheira do RC de Ibaiti, PR, nas presenças do governador eleito Reinaldo Seleti e dos EGDs Alexandre Rachid Chueiri, Naylor André das Chagas Lima e José Pelayo Sanchez. AGRACIADO: JOÃO Lineu Antunes Junior, companheiro do RC de Ibaiti, PR, nas presenças dos EGDs Alexandre Rachid Chueiri e José Pelayo Sanchez e do governador eleito Reinaldo Seleti.

AGRACIADO: EGD Alexandre Rachid Chueiri, com um distintivo de diamante e o cristal de Major Donors. ENTREGUE POR: EGDs Naylor André das Chagas Lima e José Pelayo Sanchez.

AGRACIADO: GOVERNADOR Antonio Carlos Pereira de Souza. ENTREGUE POR: Antonio Rodrigues Aguilar, sócio do RC de Porto Alegre, RS, nas presenças de EGD Benito Boni, presidente Alice Coutinho Rosa e EGD Fernando Magnus. AGRACIADO: EVERTON Jorge Fardin, expresidente do RC de Santa Cruz do SulOeste, RS. ENTREGUE POR: casal ex-presidente Silvino Schmechel e Elenir e pelo casal governador assistente Valdir Bruxel e Maria Helena.

D. 4720 AGRACIADOS: SOUAD Abou Shahine, presidente do RC de Hammana-Upper Metn, Líbano (D.2450), Wajid Mourad, prefeito da cidade libanesa de Aley, e Maruan Hamadé, ministro de Comunicações daquele país, nas presenças do ex-presidente do RC de Beirute, Líbano (D.2450) Ziad Hamede e do EGD libanês Hazem Toufic Finge. ENTREGUE POR: EGD do distrito 4720 Nabih Abou El Hosn. NA CONFERÊNCIA Distrital realizada na cidade de Porto Velho, em Rondônia, o exgovernador Arno Voigt entregou títulos Paul Harris a 64 companheiros do distrito.

BRASIL ROTÁRIO

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Novos Companheiros Paul Harris ○

D. 4730

D. 4750

AGRACIADO: ALCY Rocco, sócio do RC de São José dos Pinhais, PR, com uma safira.

AGRACIADO: JOSÉ Alvarez Fernandes, companheiro do RC de Niterói-Norte, RJ, na presença do diretor 2007-09 do RI, Themístocles A. C. Pinho.

AGRACIADO: NÉDIO Mocarzel, companheiro do RC de NiteróiNorte, RJ. ENTREGUE POR: diretor 2007-09 do RI, Themístocles A. C. Pinho, e pela mulher do agraciado, Delva Ione. AGRACIADO: DIRCEU Walbach, ex-presidente do RC de São José dos Pinhais, PR, com uma safira. AGRACIADO: OSVALDO Valaski, expresidente do RC de São José dos Pinhais, PR, com uma safira.

AGRACIADOS: NELSON Schimmelpfeng, Glairton Cardoso e José Carlos Alves Silva, durante a festiva em comemoração aos 60 anos de fundação do RC de São José dos Pinhais, PR.

AGRACIADO: RONALD De Gregório, companheiro do RC de NiteróiNorte, RJ, acompanhado da mulher, Etelvina, e na presença do diretor 2007-09 do RI, Themístocles A. C. Pinho. AGRACIADO: JOÃO Batista da Silveira, companheiro do RC de ParanaguáRocio, PR, acompanhado da mulher, Cacília Rita, e na presença do presidente Paulo Luiz Zattoni. ENTREGUE POR: governador Paulo Augusto Zanardi (esquerda).

Faça sua doação à Fundação Rotária do Brasil 62

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– Ele enferruja, professora. – E com o ouro? – Some rapidinho.

– Sim senhor, mas aí ele fugiu pela entrada.

☺ O dono do mercado estava dor-

☺ Dois pedreiros inseparáveis foram contratados para construir uma casa para um milionário nos EUA. O responsável pela obra disse: “Aqui está o passaporte, vocês viajam amanhã. Nos encontraremos no aeroporto”. No outro dia, bem cedo, os dois pegaram o avião. No meio da viagem o avião teve uma pane, e o piloto teve que fazer um pouso no deserto do Saara. Quando o piloto abriu a porta, os pedreiros avistaram a paisagem e um deles olhou para o outro e disse: “Companheiro, quando chegar o cimento nós estamos ferrados”. ☺ A professora pergunta:

– Joãozinho, por que seu pai não veio à reunião? – Porque ele estava com a canela quebrada, professora. – Não é canela que se diz, é perna. E sua mãe, por que não veio? – É que ela fez arroz doce e precisou ir comprar perna para colocar nele.

☺ A professora pergunta:

– Quantos corações nós temos? O aluno: – Temos dois, professora! – Dois? – Sim: o meu e o seu!

mindo. De repente, toca o telefone, às 3h da manhã: – Seu João, que horas abre o mercado? – Poxa, isso é hora de ligar? Eu só abro às 8h. E voltou a dormir. Às 5h, o telefone tocou de novo: – Seu João, não dá para abrir o mercado mais cedo? – Você de novo? Não, não dá. Eu já disse que só abro às 8h! E bateu o telefone. Dali a meia hora, outro toque: – Seu João, abre o mercado mais cedo, por favor... – Mas que saco! Por que você quer tanto isso? O que precisa comprar? – Sabe o que é, Seu João? É que eu estou preso aqui dentro!

Um ladrão conseguiu fugir da sua cela na delegacia. O delegado logo ordenou: – Bloqueiem todas as saídas! Depois de uns 10 minutos, chega um funcionário com a notícia: – Não conseguimos capturar o bandido, delegado. Ele fugiu. – Mas eu não falei para trancar todas as saídas? – perguntou o delegado.

☺ A Maria convida o João:

– João, quer ir à festa de 15 anos da minha irmã? O João pensa um pouco e diz: – Claro, Maria, mas só vou poder ficar uns 2 anos, tá?

☺Um louco liga para a padaria. – O pãozinho já saiu? – Já sim – responde o padeiro. O louco pergunta: – E que horas ele volta? ☺ Um homem vai ao médico reclamando de fortes dores de estômago. O médico pergunta: – O que é que você acha que pode ter causado este problema? O homem responde: – Acho que foi o meu almoço de ontem. O médico pergunta: – O que você comeu? – Ostras. – E de que cor elas estavam quando você as abriu? – perguntou o médico. O homem olhou para o médico assustado, e respondeu: – Era pra abrir? Extraído da internet.

— Ninguém resiste às belezas naturais desse planeta

☺ A menina vira-se para o Juquinha e diz: – Eu fui ótima nos exames: tirei 10 em tudo! E você, como foi? – Como no Pólo Norte – respondeu Juquinha. – Como assim? – Tudo abaixo de zero. ☺ A professora pergunta:

– João, o que acontece com o ferro se é deixado à chuva e ao sol?

Rodrigo

BRASIL ROTÁRIO

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COOPERATIVA EDITORA BRASIL ROTÁRIO LIMITADA AE. 001/2007

CNPJ 33.266.784/0001-53

EDIT AL DE CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA DE ASSOCIADOS EDITAL

O

Presidente da Cooperativa Editora Brasil Rotário Limitada, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 20 do Estatuto Social, convoca os senhores associados para se reunirem em Assembléia Geral Extraordinária, a ser realizada no dia 02 de março de 2007, às 13 horas, em sua sede social, na Avenida Rio Branco, nº 125/18º andar, em 1ª (primeira) convocação, com a presen-

ça de 2/3 (dois terços) do número de associados; em 2ª (segunda) convocação, às 14 horas, com a presença de metade mais um (1) dos associados; ou, ainda, em 3ª (terceira) e última convocação, às 15 horas, com a presença de, no mínimo, 10 (dez) associados, para apreciar e deliberar sobre a seguinte Ordem do Dia: I. Aprovação da reforma do Estatuto e do Regimento Interno da Cooperativa.

Nota: Para efeitos legais e estatutários, declara-se que o número de associados da Cooperativa, nesta data, é de 1.191 (hum mil, cento e noventa e um).

Rio de Janeiro, 22/01/2007.

ROBERTO PETIS FERNANDES Presidente

COOPERATIVA EDITORA BRASIL ROTÁRIO LIMITADA AO. 001/2007

CNPJ 33.266.784/0001-53

EDIT AL DE CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA DE ASSOCIADOS EDITAL

O

Presidente da Cooperativa Editora Brasil Rotário Limitada, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 20 do Estatuto Social, convoca os senhores associados para se reunirem em Assembléia Geral Ordinária, a ser realizada no dia 28 de março de 2007, às 13 horas, em sua sede social, na Avenida Rio Branco, nº 125/18º andar, em 1ª (primeira) convocação, com a presença de 2/3 (dois terços) do número de associados; em 2ª (segunda) convocação, às 14 horas, com a presença de metade mais um (1) dos associados; ou, ainda, em 3ª (terceira) e última convocação, às 15 horas, com a presença de, no mínimo, 10 (dez) associados, para apreciar e deliberar sobre a seguinte Ordem do Dia: 64

FEVEREIRO DE 2007

I. Prestação de contas do exercício social anterior, compreendendo: a. Relatório da gestão; Balanço do período encerrado em 31/12/ 2006 com Parecer dos Auditores Externos; Demonstrativo da conta de sobras e perdas; e Parecer do Conselho Fiscal. b. Destinação das sobras e perdas. c. Plano estratégico de trabalho e orçamento formulado pela Diretoria Executiva para o ano entrante. d. Fixação do valor da verba de representação do Presidente.

para o período de março de 2007 a março de 2008, obedecido ao parágrafo quinto do artigo 33 do Estatuto. IV. Assuntos gerais. Nota: Para efeitos legais e estatutários, declara-se que o número de associados da Cooperativa, nesta data, é de 1.191 (hum mil, cento e noventa e um). Rio de Janeiro, 22/01/2007

II. Eleição do Conselho de Administração e de seu Presidente para o biênio 2007-2009, obedecendo ao parágrafo quarto do artigo 33 do Estatuto. ROBERTO PETIS FERNANDES

III. Eleição do Conselho Fiscal

Presidente




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