BR ASIL R O T Á R I O
Julho 2009
ANO 84
Nº1045
O novo presidente do RI: Nosso futuro é nossa responsabilidade John Kenny e sua mulher, June
Sucessora de “Notícias Rotárias” e “Rotary Brasileiro”. Publicação mensal dedicada à divulgação do Ideal de Servir. Revista regional oficial do Rotary International para os rotarianos do Brasil. Rotary Images/Monika Lozinska-Lee
Pág.
12
O NOVO presidente do RI, John Kenny, e sua mulher, June, no interior da igreja Bo’ness Old Kirk, construída em 1886, próximo à cidade escocesa de Linlithgow, onde o casal vive
Sumário
Sérgio Afonso
Peter Joachim Moser
05 Mensagem do presidente John Kenny
10 COLUNA DO DIRETOR DO RI O futuro do Rotary em nossas mãos Antonio Hallage
12 Honra de escocês Bob Tomlinson
22 Cooperação em quatro continentes
MARI e sua mãe, Gisela Steinbrecher: uma campeã do vôlei e uma campeã da vida Pág.
25 O pioneiro do Brasil
30
Renata Coré
26 Diversidade: a chave para o futuro Marcel Harlaar e Joseph Derr
27 Novos diretores tomam posse 30 Partidas que ficam na memória Lia Della Libera e Luiz Renato Dantas Coutinho
35 XXXII INSTITUTO ROTARY DO BRASIL Entre vales e hortênsias 36 COLUNA DOS COORDENADORES REGIONAIS DA FR Novas Equipes Zonais da Fundação Rotária Altimar Augusto Fernandes e Henrique Vasconcelos
SEÇÕES 04 06 09 20 40 41 42 44 46 59 60 62 63 64
Cartas e recados Saudades Curtas Brasil Curtas Mundo Rotarianos que são notícia Interact e Rotaract Os 50 mais Cultura Autores rotarianos Distritos em revista Senhoras em ação Novos Companheiros Paul Harris Novos clubes, novos amigos Aconteceu na Brasil Rotário... Relax
37 COLUNA DO CHAIR DA FUNDAÇÃO ROTÁRIA Um roteiro para o futuro da nossa Fundação Glenn Estess Sr.
38 COLUNA DA ABTRF Desafios dos nossos distritos Flávio Farah
Capa: Foto de Monika Lozinska-Lee, The Rotarian
ROTARY INTERNATIONAL ONE ROTARY CENTER
CONSELHO DIRETOR 2009-10
1560 SHERMAN AVENUE
EVANSTON, ILLINOIS, USA
GOVERNADORES DE DISTRITOS NO BRASIL EM 2009-10 DISTRITO 4310 Emilio Carlos Cassano Rotary Club de Piracicaba-Povoador, SP
DISTRITO 4600 Ettore Dalboni da Cunha Rotary Club de Volta Redonda, RJ
DISTRITO 4390 Elder Silveira Sobral Rotary Club de Itaporanga D’Ajuda, SE
DISTRITO 4610 Reinaldo Aparecido Domingos Rotary Club de São Paulo-Jabaquara, SP
VICE-PRESIDENTE Eric E. Lacoste Adamson
DISTRITO 4410 Almiro Schimidt Rotary Club de Colatina-São Silvano, ES
DISTRITO 4620 Clovis Rodrigues Felipe Rotary Club de Avaré, SP
TESOUREIRO Michael Colasurdo Sr.
DISTRITO 4420 Roberto Luiz Barroso Filho Rotary Club de Santos, SP
DISTRITO 4630 José Claudiney Rocco Rotary Club de Cianorte, PR
DISTRITO 4430 Juvenal Antonio da Silva Rotary Club de Suzano, SP
DISTRITO 4640 César Luis Scherer Rotary Club de Marechal Cândido Rondon-Beira Lago, PR
DISTRITO 4440 Nelson Pereira Lopes Rotary Club de Rondonópolis, MT
DISTRITO 4650 Ernoe Eger Rotary Club de Blumenau-Norte, SC
DISTRITO 4470 Sergio de Araújo Philbois Rotary Club de Corumbá, MS
DISTRITO 4651 Paulo Fernando Branco Rotary Club de Balneário Camboriú-Norte, SC
DISTRITO 4480 Sueli Noronha Kaiser Rotary Club de São José do Rio Preto, SP
DISTRITO 4660 Olandino Roberto Rotary Club de Ijuí, RS
DISTRITO 4490 Pedro Augusto Pedreira Martins Rotary Club de Teresina-Piçarra, PI
DISTRITO 4670 Paulo Meinhardt Rotary Club de Xangri-lá, RS
DISTRITO 4500 Francisco Leandro de Araujo Jr. Rotary Club do Recife, PE
DISTRITO 4680 Carlos Roberto Silveira Borges Rotary Club de Guaíba, RS
DISTRITO 4510 José Uracy Fontana Rotary Club de Cândido Mota, SP
DISTRITO 4700 Evaristo Andreolla Rotary Club de Sananduva, RS
DISTRITO 4520 Itamar Duarte Ferreira Rotary Club de Sete Lagoas, MG
DISTRITO 4710 José Machado Botelho Rotary Club de Londrina-Norte, PR
DISTRITO 4530 Adriano Jorge Souto Rotary Club de Brasília-Centenário, DF
DISTRITO 4720 Antônio Lopes Lourenço Rotary Club de Belém-Norte, PA
DISTRITO 4540 Osvaldo Pontes Rotary Club de Sertãozinho, SP
DISTRITO 4730 Alcino de Andrade Tigrinho Rotary Club de São José dos Pinhais-Afonso Pena, PR
DISTRITO 4550 Luiz Antonio Souza Coelho Rotary Club de Itabuna, BA
DISTRITO 4740 Estanislao Díaz Dávalos Rotary Club de Chapecó-Oeste, SC
DISTRITO 4560 Carlos Alberto Dias Coelho Rotary Club de Itajubá, MG
DISTRITO 4750 Luiz Oscar Spitz Rotary Club de Araruama, RJ
DISTRITO 4570 Alcio Augusto Carpes Athayde Rotary Club do Rio de Janeiro-Galeão, RJ
DISTRITO 4760 Maria Inês Silveira Carlos Rotary Club de Francisco Sá-Norte, MG
DISTRITO 4580 José Antonio Cúgula Guedes Rotary Club de Juiz de Fora-Norte, MG
DISTRITO 4770 Nelson Marra de Oliveira Rotary Club de Ipameri, GO
DISTRITO 4590 Antonio Ademir Bobice Rotary Club de Limeira-Leste, SP
DISTRITO 4780 Lia Silvia Souza Pereira Rotary Club de Caçapava do Sul-Sentinela, RS
PRESIDENTE John Kenny PRESIDENTE-ELEITO Ray Klinginsmith
DIRETORES Antonio Hallage Catherine Noyer-Riveau David Liddiatt Ekkehart Pandel Frederick Hahn Jr. Jackson San-Lien Hsieh John Blount John Lawrence José Alfredo Sepúlveda K. R. Ravindran Kyu Hang Lee Lars-Olof Fredriksson Masahiro Kuroda Philip Silvers Thomas Thorfinnson SECRETÁRIO-GERAL Edwin Futa
CURADORES DA FUNDAÇÃO ROTÁRIA 2009-10 CHAIR Glenn Estess Sr. CHAIR ELEITO Carl-Wilhelm Stenhammar VICE-CHAIR John Germ CURADORES Ashok Mahajan David Morgan Doh Bae Gustavo Gross C. José Antonio Salazar Cruz Louis Piconi Lynn Hammond Ron Burton Sakuji Tanaka Samuel Okudzeto Wilfrid Wilkinson William Boyd SECRETÁRIO-GERAL Edwin Futa
ÉTICA. Um princípio que não pode ter fim. Campanha em prol de mais elevados padrões de ética. Apoio dos Rotary Clubs do Brasil 2 JULHO DE 2009
Ano 84 Julho, 2009 nº1045 Revista de Propriedade da Cooperativa Editora Brasil Rotário CNPJ 33.266.784/0001-53 I Inscrição Municipal 00.883.425 Av. Rio Branco, 125, 18º andar CEP: 20040-006 – Sede própria Rio de Janeiro – RJ I Tel: (21) 2506-5600 / FAX: (21) 2506-5601 Site: www.brasil-rotario.com.br ■ E-mail: revista@brasil-rotario.com.br
CONSELHO SUPERIOR (Colégio de Diretores do RI – Zonas 22 e 23 A) Mário de Oliveira Antonino (Recife-PE) EDRI 1985-87 Gerson Gonçalves (Londrina-PR) EDRI 1993-95 José Alfredo Pretoni (São Paulo-SP) EDRI 1995-97 Hipólito Sérgio Ferreira (Belo Horizonte-MG) EDRI 1999-01
Alceu Antimo Vezozzo (Curitiba-PR) EDRI 2001-03 Luiz Coelho de Oliveira (Limeira-SP) EDRI 2003-05 Themístocles A. C. Pinho (Niterói-RJ) EDRI 2007-09 Antonio Hallage (Curitiba-PR) DRI 2009-11
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2009-11 Diretoria Executiva Presidente Carlos Henrique de Carvalho Fróes Vice-Presidente de Operações Edson Avellar da Silva Vice-Presidente de Administração Waldenir de Bragança Vice-Presidente de Finanças Wilmar Garcia Barbosa Vice-Presidente de Planejamento e Controle Bemvindo Augusto Dias Vice-Presidente de Marketing José Alves Fortes Vice-Presidente de Relações Institucionais Carlos Jerônimo da Silva Gueiros Vice-Presidente Jurídico Jorge Bragança
Ivo Arzua Pereira Joper Padrão do Espírito Santo Taketoshi Higuchi Vicente Herculano da Silva
MEMBROS EFETIVOS Adelia Antonieta Villas Fernando Antonio Quintella Ribeiro Hertz Uderman José Luiz Fonseca José Moutinho Duarte José Ubiracy Silva Nelson Pereira Lopes Ricardo Vieira Lima Magalhães Gondim MEMBROS SUPLENTES Antônio Vilardo Aroldo Mendes de Araújo Herlon Monteiro Fontes GERENTE EXECUTIVO Gilberto Geisselmann ASSESSORES Alberto de Freitas Brandão Bittencourt Ary Pinto Dâmaso (Publicidade) Dulce Grünewald Lopes de Oliveira Eduardo Alvares de Souza Soares Eduardo de Barros Pimentel Fausto de Oliveira Campos Fernando Teixeira Reis de Souza Flávio Antônio Queiroga Mendlovitz Gedson Junqueira Bersanete Geraldo da Conceição
CONSELHO FISCAL Membros efetivos Nilson Moura Ril Moura Sebastião Porto (coordenador) Suplentes Artur Vieira da Cruz Carmelinda Amália Maria Maliska Cleofas Paes de Santiago CONSELHO CONSULTIVO DE GOVERNADORES Membros natos efetivos Governadores 2009-10 Representante Nelson Pereira Lopes Suplentes Governadores eleitos 2010-11 COMISSÃO EDITORIAL EXECUTIVA Presidente Carlos Henrique de Carvalho Fróes Membros Bemvindo Augusto Dias Edson Avellar da Silva José Alves Fortes Luiz Renato Dantas Coutinho Nuno Virgílio Neto Secretário Gilberto Geisselmann CONSELHO EDITORIAL CONSULTIVO Presidente Carlos Henrique de Carvalho Fróes Membros Bemvindo Augusto Dias Edson Avellar da Silva Fernando Antonio Quintella Ribeiro José Alves Fortes José Ubiracy Silva Mário César de Camargo Secretário Gilberto Geisselmann
EXPEDIENTE EDITOR: Carlos Henrique de Carvalho Fróes JORNALISTA RESPONSÁVEL: Luiz Renato D. Coutinho – Jorn. Prof. JP25583RJ REDATOR-CHEFE: Nuno Virgílio Neto REDAÇÃO: Alex Mendes, Armando Santos, Luiz Renato Dantas Coutinho, Maria Cristina Andrade, Maria Lúcia Ribeiro de Sousa, Nuno Virgílio Neto e Renata Coré DIGITALIZAÇÃO: Maurício Teixeira IMPRESSÃO: Log & Print Gráfica e Logística S.A. ENDEREÇO: Av. Rio Branco, 125 – 18º andar – Rio de Janeiro – RJ CEP 20040-006 – Tel.: (21) 2506-5600 E-MAIL DA REDAÇÃO: redacao@brasil-rotario.com.br HOMEPAGE: www.brasil-rotario.com.br *As matérias assinadas são de inteira responsabilidade dos seus autores.
Leia primeiro presidente escocês do Rotary International assume a liderança de nossa organização com um objetivo em especial: mostrar a todos os rotarianos que os destinos do Rotary dependem muito mais deles, individualmente, do que de qualquer outra coisa. É essa a ideia que está por trás do lema presidencial de John Kenny (O Futuro do Rotary Está em Suas Mãos) e de outras posturas que ele pretende incentivar ao longo do ano rotário que começa este mês. Em relação à expansão do quadro associativo, por exemplo, Kenny sugere que os rotarianos invistam mais em qualidade, e não somente em quantidade, convidando para seus clubes líderes da comunidade que estejam afinados com os princípios de ética do Rotary – e pede aos padrinhos e madrinhas que acompanhem de perto esses novos rotarianos em seus primeiros passos no clube. Reflita sobre esses e outros pontos de vista de John Kenny e conheça um pouco da sua história de vida na reportagem de capa deste mês. A Brasil Rotário traz também a primeira coluna de Antonio Hallage como diretor do Rotary International. Seguindo o espírito que atravessa várias páginas desta edição, ele também fala do futuro do Rotary, mas numa perspectiva mais ampla que a de apenas um ano. Na opinião de Hallage nossa organização tem, entre outras, a missão de encontrar soluções possíveis para os problemas que os governos não têm conseguido resolver. Hallage ainda destaca a importância de retomarmos a vocação rotária dos Serviços Profissionais e de caminharmos ao lado da juventude. Falando em nome da Fundação Rotária, esta edição traz as estreias de Glenn Estess Sr., ex-presidente do Rotary International e novo presidente do Conselho de Curadores da Fundação Rotária, agora à frente da Coluna do chair da Fundação Rotária; e do ex-governador Henrique Vasconcelos, que passa a dividir a Coluna dos Coordenadores Regionais da Fundação Rotária com o também ex-governador Altimar Augusto Fernandes. Medalha de ouro em Pequim com a Seleção Brasileira de Vôlei, a jogadora Mari aprendeu em casa como ser uma campeã. Vítima da poliomielite, a mãe da atleta, dona Gisela, não permitiu que a deficiência física a impedisse de lutar por seus sonhos, lição que passou para a filha. Recentemente, a revista conversou com as duas. Mesmo à distância (Mari estava no Rio, treinando com a Seleção; dona Gisela conversou conosco em casa, no Paraná), elas mostraram o quanto são cúmplices nessa força de vontade, cenário de fundo da imperdível matéria que começa na página 30. A Brasil Rotário deseja que este ano rotário seja assim: um período de muita força de vontade e união. E que ao longo dos próximos 12 meses sejamos capazes de encurtar as distâncias que separam a humanidade de um mundo melhor. Fiquem com o nosso abraço.
O
B RASIL R OTÁRIO 3
Cartas & Recados SOBRE O NOVO LEIAUTE Está de parabéns a Comissão Editorial Executiva da Brasil Rotário, capitaneada pelo valoroso companheiro Carlos Henrique de Carvalho Fróes. A revista está de cara nova. Excelente. Com relação à resposta da página 4 da edição de junho, julgo que os verdadeiros rotarianos não irão se incomodar caso suas fotos não sejam publicadas. Para os insatisfeitos, lembro simplesmente a máxima do Rotary: Dar de Si Antes de Pensar em Si. José Loureiro, associado do RC do Rio de Janeiro-Jacarepaguá, RJ (D.4570). Apreciei muito a edição de maio. Textos interessantes, bela composição gráfica. Wanda de Paula Mourthé, Menção Especial no 1º Concurso Nacional e Internacional de Trovas. ENCHENTES NO NORDESTE (“O distrito 4490 pede ajuda”, edição de junho) É lamentável ver milhares de famílias carentes da região Nordeste do país passando por uma enchente. Em novembro do ano passado, nós, blumenauenses, tivemos o pior desastre de nossa história e recebemos uma mão amiga, vinda dos quatro cantos desse imenso país e do exterior. Como ajudar o próximo é o nosso lema de vida, vamos juntar nossos esforços para amenizar o sofrimento de tantas pessoas. Podemos fazer essa ponte entre os RCs do Nordeste. Alimentos nãoperecíveis podem ser doados, além de água mineral, roupas, cobertores, lençóis, fronhas e fraldas. Demais produtos, como medicamen-
tos, devem ser destinados às mãos de nossos companheiros rotarianos que forem da área da saúde. Vamos, todos unidos, em prol de mais essa luta! Adrian Marchi, associado do RC de Hermann Blumenau, SC (D.4650). CONTEÚDO DA REVISTA Admiro a atuação humanitária do Rotary e gostei imensamente de conhecer a revista Brasil Rotário. Além da apresentação gráfica, a edição de maio está excelente em matérias. Ruth Farah, viúva do rotariano Alexandre Rodrigues Lutterbach, do RC de Cantagalo, RJ (D.4750). Agradeço o envio da edição de maio da Brasil Rotário com a matéria sobre o 1º Concurso Nacional e Internacional de Trovas, do qual participei. Parabéns pela variedade de informações e pela qualidade de impressão da revista. Palmyra Duarte, da União Brasileira de Trovadores, seção Rio de Janeiro. MISSÕES HUMANITÁRIAS (“Solidariedade sem fronteiras”, edição de abril) Vocês não podem fazer ideia de quantos e-mails tenho recebido de companheiros de todo o Brasil solicitando informações de como participar de missões, como ingressar no programa Voluntários do Rotary e, principalmente, sobre a possibilidade de servir em uma missão no nosso próprio país. Patrícia Santos, ex-presidente do RC de Americana-Carioba, SP (D.4310).
Erratas O companheiro Sérgio de Castro é, na verdade, associado do RC de São PauloSumaré, RJ (D.4610). Na página 17 da edição de junho ele apareceu como sócio do RC de São Paulo-Jardim das Bandeiras, clube ao qual ele já pertenceu. Diferente do que foi publicado na edição de maio, o RC de Umuarama fica no Paraná.
4 JULHO DE 2009
A Seu Serviço Escritório do RI no Brasil Home page: http://www.rotar y.org.br Endereço Rua Tagipuru, 209 São Paulo SP – Brasil – CEP 01156-000 Tel: (11) 3826-2966 Fax: (11) 3667-6575 Horário: 2ª a 6ª, de 8h às 17h Gerente Celso Fontanelli celso.fontanelli@rotar y.org Quadro Social (Assistência aos Governadores de Distrito e aos Clubes) Débora Watanabe <debora.watanabe@rotar y.org> Supervisor da Fundação Rotária Edilson M. Gushiken <edilson.gushiken@rotar y.org> Supervisor Financeiro Carlos A. Afonso <carlos.afonso@rotar y.org> Encomendas de Publicações, Materiais e Programas Audiovisuais Clarita Urey clarita.urey@rotar y.org Tel.: (11) 3826-2966 Fax: (11) 3667-6575 Rotary International Secretaria (Sede Mundial) 1560 Sherman Avenue,Evanston, Il 60201 USA Phone: 00-21-1847 866-3000 Fax: 00-21-1847 328-8554 Horário: 8h30 às 16h45 (horário de Washington)
Saudades Altair Nunes Ribeiro, associado do RC de Nilópolis, RJ (D.4570).
Antonio Mendes Filho, governador 1972-73 do distrito 4510.
Carlos da Cruz Cambraia, associado do RC de Paraguaçu Paulista, SP (D.4510).
José Geovane Mariz, associado fundador do RC de Taguatinga-Ave Branca, DF (D.4530).
Josias Loyola, associado fundador do RC de Montes Claros, MG (D.4760).
Mensagem do Presidente M EUS
COMPANHEIROS ROTARIANOS ,
m nossa organização, já é uma tradição que os presidentes do Rotary International dirijam uma mensagem mensalmente a todos os rotarianos através de nossas revistas. Graças a essa tradição, posso me comunicar com cada um de vocês diretamente, pois acredito firmemente que O Futuro do Rotary Está em Suas Mãos. Para mim, foi um motivo de grande honra ter sido escolhido o primeiro presidente escocês do Rotary International em 104 anos de existência desta organização, tendo assim o privilégio de servir a todos os rotarianos do mundo. E digo isto porque, se não existissem as reuniões semanais nos nossos clubes, não existiriam o Rotary International, o Conselho Diretor e o presidente do RI, nosso escritório central, nem a Convenção Internacional. Tudo o que somos e tudo o que desejamos ser no Rotary repousa nas mãos dos rotarianos e em nossos clubes. Se os Rotary Clubs forem agradáveis e nossas reuniões forem bem conduzidas, se o nosso serviço for bem planejado e executado, se os nossos associados forem qualificados, honestos e respeitados nos seus negócios e nas suas comunidades, o Rotary será bem-sucedido. Por todos estes motivos, afirmo que O Futuro do Rotary Está em Suas Mãos. Nossas ênfases para este ano serão os recursos hídricos, a promoção da saúde e da alfabetização e o combate à fome. Em 2009-10, peço a todos os rotarianos que prossigam absorvendo nossas experiências e aplicando-as para a construção do futuro. Peço a todos os rotarianos que continuem trabalhando pela promoção da saúde e do bem-estar não apenas das crianças, mas das suas famílias e das pessoas em geral. Peço, em particular, que os rotarianos mantenham o foco nos recursos hídricos e no saneamento, pois a escassez de água limpa tem se tornado um problema cada vez mais grave em muitas regiões do mundo. Há um ditado escocês que eu gosto de repetir: “Temos que olhar para além da nossa própria paróquia”. Isto quer dizer que devemos cuidar não somente do nosso lar e da nossa própria comunidade: precisamos ter a consciência de que pertencemos a uma comunidade e a um país, entre tantas comunidades e países do mundo. E em cada uma dessas comunidades existe trabalho a se fazer. Como rotarianos, não podemos ficar parados. Como rotarianos, iremos assumir as nossas responsabilidades. Não apenas podemos, como devemos fazer isso, porque sabemos que a grandeza do Rotary depende dos nossos clubes – e que a grandeza dos nossos clubes depende dos nossos associados. O Futuro do Rotary Está em Suas Mãos.
E
NA REDE
Leia os pronunciamentos e as notícias do presidente do RI John Kenny acessando o site <www.rotary.org/president>
JOHN KENNY Presidente do Rotary International B RASIL R OTÁRIO 5
Curtas
Brasil
Novas zonas rotárias C
onforme decisão adotada pelo Conselho Diretor do Rotary International no começo de 2008, as zonas rotárias foram realinhadas em todo o mundo. Desde o dia 1º de julho, as zonas por onde estão distribuídos os 38 distritos rotários brasileiros passam a ter oficialmente a seguinte numeração e composição: Zona 22A (Brasil Central): 4310, 4420, 4430, 4440, 4480, 4510, 4540, 4590, 4600, 4610, 4620, 4770 Zona 22B (Norte do Brasil): 4390, 4410, 4490, 4500, 4520, 4530, 4550, 4560, 4570, 4580, 4720, 4750, 4760 Zona 23A (Sul do Brasil): 4470, 4630, 4640, 4650, 4651, 4660, 4670, 4680, 4700, 4710, 4730, 4740, 4780
Mauro Viegas recebe prêmio
D
ecano do Colégio de Governadores do distrito 4570, o ex-governador Mauro Ribeiro Viegas foi agraciado com o prêmio Ríos Fraternos 2009, oferecido pelos Rotary Clubs de Buenos Aires, Argentina (D.4890) e do Rio de Janeiro, RJ (D.4570) a personalidades de destaque nos dois países. A distinção consiste em uma medalha de ouro e um diploma e foi batizada como tal em alusão à cidade do Rio de Janeiro e ao rio da Prata, que desemboca na capital portenha. Na ocasião da entrega do galardão, em reunião plenária do RC de Buenos Aires, o homenageado, impedido de comparecer, foi representado por seu
6 JULHO DE 2009
companheiro de clube, o também EGD Carlos Henrique de Carvalho Fróes (primeiro à esquerda na foto), que é presidente do Conselho Diretor da Cooperativa Editora Brasil Rotário e editor da revista. Com ele na foto, o rotariano Adalberto Zelmar Barbosa, então vice-presidente do clube argentino no exercício da presidência, e o ex-presidente do RI Luis Vicente Giay. Também estiveram presentes o ex-diretor do RI Carlos Enrique Speroni, o governador 2008-09 do distrito 4890, René Pedro Bollag, e o conselheiro da Embaixada do Brasil na Argentina, Afonso Celso Nery, entre outras autoridades rotárias e não rotárias.
stock.xchng
SÃO
PAULO, cenário da convenção de todos os rotarianos brasileiros
Convenção de 2015 será no Brasil A
última notícia recebida pela revista no fechamento desta edição vem sendo aguardada pelos rotarianos brasileiros há muito tempo. Durante a reunião do Conselho Diretor do Rotary International do dia 16 de junho, foi aprovada a candidatura do Brasil, através da cidade de São Paulo, para sediar a Convenção Internacional de 2015. A notícia nos foi passada diretamente de Dublin, na Irlanda, onde aconteceu a reunião, pelo então diretor do RI Themístocles Pinho, autor da proposta ao Conselho Diretor. Com isso, os rotarianos brasileiros já podem começar a contagem regressiva para receber compa-
Quantos Somos
NO MUNDO
Rotarianos: 1.232.896; Clubes: 33.574; Distritos: 534; Países e regiões: 210; Rotaractianos: 174.271; Clubes: 7.577; Países: 164; Interactianos: 274.160; Clubes: 11.920; Países: 131; Núcleos Rotary de Desenvolvimento Comunitário: 6.618; Voluntários: 152.214; Países: 78; Número de rotarianas: 195.669.
nheiros do mundo inteiro naquele que é o principal evento anual do Rotary. Marcada para a segunda semana de junho de 2015, esta será a terceira Convenção Internacional no Brasil. As outras se realizaram no Rio e em São Paulo, respectivamente em 1948 e 1981. A Brasil Rotário parabeniza todos os rotarianos brasileiros por essa grande conquista e, em especial, os companheiros Themístocles Pinho e José Alfredo Pretoni, principais responsáveis pela aprovação da candidatura de São Paulo. Leia mais sobre a Convenção Internacional de 2015 – a convenção de todos os rotarianos do Brasil – na edição de agosto.
NO BRASIL Rotarianos: 52.549; Clubes: 2.308; Distritos: 38; Rotaractianos: 14.260; Clubes: 620; Interactianos: 16.031; Clubes: 697; Núcleos Rotary de Desenvolvimento Comunitário: 258; Voluntários: 5.934; Número de rotarianas: 9.900.
Fonte: Escritório do Rotary International no Brasil (dados de junho de 2009)
B RASIL R OTÁRIO 7
Brasil
Curtas
O Rotary e o futuro do país m junho, o então diretor do Rotary International Themístocles Américo Caldas Pinho esteve em Brasília a convite do ministro da secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Mangabeira Unger. A audiência com o ministro teve como objetivo definir a participação do Rotary na elaboração do Plano de Desenvolvimento Nacional. A secretaria de Assuntos Estratégicos tem a função de assessorar o presidente da República na definição de um planejamento para o país e formular as políticas públicas de longo prazo voltadas ao desenvolvimento nacional. Isto envolve a discussão das opções estratégicas para o Brasil, considerando a situação presente e as possibilidades do futuro; a articulação com o governo e a sociedade para formular essa estratégia nacional de desenvolvimento de longo prazo; e a elaboração de subsídios para a
E
MANGABEIRA UNGER, Themístocles Pinho e o governador do distrito 4580 Adriano Jorge Souto preparação das ações de governo. O Rotary vai participar desse processo ao lado de outras organizações da sociedade civil. Em 2007, Themístocles Pinho também esteve em Brasília como diretor do RI participando de uma audiência pública do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados. A convite da Câmara, ele falou sobre o Rotary, sobre a Prova Quádrupla e os desafios éticos do país.
Mais uma temporada de sucesso este ano, 44 milhões de brasileiros conheceram pela TV as realizações do Rotary no Brasil e no mundo. Este é o balanço final da segunda temporada do programa “Rotary Brasil”, exibido pela Rede Vida de Televisão entre os dias 7 de março e 23 de maio, ao longo de 12 sábados, em todas as capitais brasileiras e mais 2.500 cidades. A exemplo da temporada que foi ar em 2008 (e recebeu o mais importante prêmio concedido pelo Rotary International aos esforços de imagem pública em todo o mundo), o “Rotary Brasil” deste ano foi mais uma vez produzido sob a responsabilidade do diretor 2007-09 do RI Themístocles Pinho, que desta vez contou com a ajuda do ex-governador do distrito 4420 José Luiz Fonseca, coordenador do programa. A série deste ano foi realizada através de um projeto envolvendo 19 distritos brasileiros. Foram visitados 218 projetos desenvolvidos por rotarianos e financiados com recursos da Fundação Rotária. Somente a gravação dos 12 episódios levou 90 dias para ser concluída. O roteiro de viagens por céus, estradas, mares e rios do país passou por mais de 100
N
8 JULHO DE 2009
cidades, percorrendo um total de mais de 25.000 quilômetros. Além do que o Rotary faz no Brasil, foi exibida a série “Humanidade em Ação”, mostrando um pouco do que nossa organização realiza ao redor do planeta com ações que reduzem a mortalidade infantil, preservam o meio ambiente e os recursos hídricos e, claro, estão ajudando a erradicar a pólio.
Mundo
Curtas
Dia do Amigo, ideia de um rotariano
N
e liderada pelo então presidente Jorge Brandão,
o dia 20 deste mês, cerca de 100 países – o Brasil inclusive – celebram o Dia Internacional do Amigo. A data marca a chegada da nave Apolo 11 à Lua, em 1969, e por isso foi escolhida pelo rotariano Enrique Febbraro, do RC de Once, Argentina (D.4890) para simbolizar a amizade universal. “Naquele dia, todos dependemos da sorte dos três astronautas. Fomos seus amigos, e eles, amigos do universo”, justifica o companheiro. Há mais de seis décadas, quando começou a pensar em uma possível data para o Dia do Amigo, Febbraro chegou a considerar o fim da Segunda Guerra Mundial e da fundação da Organização das Nações Unidas como opções, mas os descartou, por serem marcos relacionados à violência. A criação do Dia Internacional do Amigo rendeu ao companheiro Febbraro duas indicações ao Prêmio Nobel da Paz. Ele tem a dica de como encontrar um amigo verdadeiro: “É fácil, porque não se vê, se sente. Meu amigo é meu professor, meu aluno e meu colega. Ele me ensina, eu ensino a ele”.
Curadores da Fundação Rotária decretam fim de um Crei
O
Conselho de Curadores da Fundação Rotária decidiu dissolver o Centro Rotary de Estudos Internacionais (Crei) na área de paz e resolução de conflitos do campus Berkeley da Universidade da Califórnia, EUA. A turma 2009-11 será a última a se formar pelo programa, iniciado há mais de dez anos. Os curadores tomaram tal decisão com base em cuidadosa análise da recente avaliação bienal à qual as universidades parceiras dos Centros Rotary são submetidas. BR
B RASIL R OTÁRIO 9
Coluna do Diretor do RRotary otary International Antonio Hallage
O futuro do Rotary em nossas mãos
C
omecemos com uma análise rápida do conceito de serviço no século 21. A prestação de serviços, como conceito, é uma combinação única de filosofia e ação. Seu significado conciso continuará a denotar neste século uma postura ética, responsável e humilde em relação à vida no planeta. Continuará o serviço a ser a antítese dos comportamentos impessoais de baixo nível e narcisistas de uma parte da sociedade, que se deteriorou no tempo. O século 21 desenvolverá cada vez mais comunidades multirraciais e multiculturais como decorrência da globalização. A partir disso se seguirão interesses que poderão se opor uns aos outros e, como consequência, haverá a necessidade de uma entidade que intermedie essas disputas, e cuja ênfase seja a solidariedade, a paz e a possibilidade de compreensão em nível mundial. Neste aspecto, o Rotary passa a ser o catalisador de forças geradas por esta nova comunidade mundial, para a qual a prestação de serviços ainda consiste em ajuda financeira ou física. Embora continue necessária, tal prestação está se modificando. O Rotary terá, pois, a missão de encontrar, para as novas necessidades de prestação de serviço, soluções possíveis onde falharam os governos. Nesse cenário, o Rotary também terá a missão de alavancar a promoção de suas tarefas. O século 21 será seguramente
1 0 JULHO DE 2009
uma era baseada em tecnologia. Será igualmente nossa missão servir de ponte a conduzir o desenvolvimento tecnológico aos jovens e aos menos favorecidos. Os rotarianos de todo o mundo, para que amanhã sejam avaliados favoravelmente, terão que se concentrar em três grandes missões de serviço: A missão de criar condições para que todos tenham acesso ao conforto e ao progresso; A missão de promover a paz e de auxiliar na resolução de conflitos (mesmo aqueles que não podemos imaginar hoje); A missão de promover a supremacia do espírito em relação à matéria, do amor sobre a guerra ou sobre o ódio, e o realce da lealdade que gera o respeito e conduz à paz. TALENTO E TRABALHO É evidente que teremos que continuar nos preocupando, em nossos projetos de prestação de serviços, com o combate à fome, à ignorância, às doenças, à falta d’água, e enfatizando a necessidade de soluções de saneamento básico. Preocupar-se não nos custa nada. Mas temos que ser daqueles
que se preocupam o suficiente para agir. O Rotary terá que continuar a promover a amizade, o respeito à família que propaga valores e a solidariedade que garante a justiça e a convivência. O Rotary somente sobreviverá se seus ideais e valores forem transmitidos às futuras gerações por nós. O Rotary tem que continuar a construir sua reputação como uma instituição provedora de serviços segundo esses novos conceitos, por meio de obras finalizadas, e não somente por meio de jornadas gastronômicas e entrega de troféus e medalhas de reconhecimento. Temos que continuar reconhecendo sim, mas reconhecendo o talento posto a trabalho. OS NOVOS PARADIGMAS Nosso grande patrimônio será formado por nossa capacidade de gerar rotarianos competentes para executar novas formas de prestação de serviços. E o esforço de capacitação de novas lideranças será imprescindível para o alcance dos objetivos. Os governos irão, de forma crescente, demandar esta atitude, ao se retirarem gradualmente de certas áreas de prestação de serviços. Como resultado, o trabalho voluntário também será uma necessidade crescente na área educacional básica – de alfabetização – e dentro das entidades socioculturais. A urbanização se ampliará, o que nos levará a restabelecer, como instituição, a ideia
geral, esposada por Paul Harris, de que o Rotary foi idealizado para atuar em pequenas comunidades, ajudando a reconstruílas de forma autorregulada. O voluntarismo se desenvolverá entre pessoas com novos paradigmas de trabalho, que terão mais tempo disponível, e sentirão a necessidade de se ocupar. Por outro lado, em outras parcelas da comunidade, nas quais a sobrevivência é mais importante, o voluntarismo diminuirá. Caberá ao Rotary e aos rotarianos promover o balanceamento de tais forças. Teremos, no cenário descrito, uma nova abordagem do servir rotário, que requererá novos clubes e novos rotarianos. A estes companheiros caberá resolver, entre outros assuntos (todos igualmente importantes): A necessidade de uma nova linguagem para se expressar e ser entendido; O investimento planejado de forma integrada, e em múltiplos níveis, na juventude; A evolução do governo nos três níveis da organização e na forma de atuação; A execução de um planejamento multianual e multinível; O distanciamento crescente dos clubes e de seus membros em relação à comunidade a que servem, reaproximando-os; O processo de admissão equivocado que temos hoje, reformulando-o; O problema atávico do analfabetismo rotário; A urgente necessidade de formação de novos líderes rotários; O envolvimento da familia no servir. Isso tudo vai requerer uma revolução, entendida aqui como uma renovação da evolução. O futuro do Rotary está plantado na soma cuidadosa dos seguintes itens: os recursos e tempo disponibilizados pelos voluntários; a utilização das posições de influência que muitos de nós ocupam;
A nossa organização terá a missão de encontrar, para as novas necessidades de prestação de serviço, soluções possíveis onde falharam os governos e a rede de influência que estas posições de liderança geram para atrair novos sócios que se envolvam em atividades de direção claras e planejadas. O voluntarismo tem grande aceitação entre os mais jovens, enquanto os mais vividos se dedicam com prazer à capacidade de influenciar. Juntos são uma combinação tão forte que já restaurou nações inteiras. OBRIGAÇÃO MORAL Os Serviços Profissionais são outro grande desafio do Rotary para o futuro. Trata-se de uma característica que distingue nossa instituição, que a torna única entre as muitas prestadoras de serviço comunitário organizadas. O mundo necessita hoje, e no futuro mais ainda, da concepção rotária de prestação de serviço por meio das profissões. Torna-se imprescindível a obrigação moral de participar de seu grupo profissional e defender através dele os valores e os elevados padrões de ética incorporados nos programas do Rotary. Aqueles que falharem no seu dever de bem representar sua área profissional ou ramo de negócio estarão obstruindo uma das artérias por onde flui o sangue vital do Rotary. E a juventude? Quais são os enfoques a que estão expostos nossos associados no Servir? Principalmente, estão expostos a uma mudança acelerada em sua relação com a informação e o conhecimen-
to. A mídia em geral, as empresas modernas de equipamentos de telecomunicações, as empresas de publicidade, os estabelecimentos comerciais e industriais já se aperceberam dessa revolução e estão envolvidos nessa aventura da busca da participação cada vez maior dos jovens na compra de produtos e serviços oferecidos. O Rotary pode lhes oferecer uma forma mais moderna e mais atraente de atender seus anseios e ao mesmo tempo perpetuar os valores pelos quais entendemos que valha a pena lutar. Mais que mostrar aos jovens o caminho, é muito mais importante e recompensador caminhar com eles. EVOLUÇÃO EM PROCESSO A palavra de ordem, portanto, é planejamento. Planejamento multianual, multinível e integrado. Temos ou estamos criando condições tanto organizacionais como emocionais para isso? Uma evolução administrativa está em processo desde alguns anos graças à aplicação dos Planos de Liderança Distrital e ao Plano de Liderança de Clubes. Como resultado teremos uma evolução e uma transformação organizacional, objetivando uma similitude de organogramas nos três níveis, o que facilitará a implementação global do planejamento. Estaremos, assim, aproveitando as vantagens da unicidade de regras, da administração subsidiária, da independência financeira e patrimonial (não temos propriedades). Somos ao mesmo tempo sócios e donos da organização, vantagens estas que, entre outras, nós temos em relação às grandes empresas multinacionais. Para construir o panorama que se nos apresenta, temos que concentrar nossas ações agora. O futuro é agora. É também a sua vez de provar que tem a visão para planejá-lo já. Pois O Futuro do Rotary Está em Suas Mãos. BR
B RASIL R OTÁRIO 1 1
Capa
Honra de escocês O novo presidente do Rotary International acredita no valor do bom caminho Bob Tomlinson*
T
odas as segundas-feiras pela manhã, religiosamente, um grande envelope é entregue a John Kenny no escritório central do Rotary International em Evanston, nos EUA. Com a mesma regularidade, o escocês escolhido para liderar mais de 1,2 milhão de rotarianos em todo mundo, que já ocupou cargos e recebeu honrarias como presidente do Rotary International na Grã-Bretanha e na Irlanda (Ribi), que foi diretor do RI e curador da Fundação Rotária, da qual é Doador Extraordinário, o homem que é juiz de direito e vice-representante da rainha Elizabeth 2ª abre cuidadosamente o pacote. Dentro dele, além das informações de caráter profissional e rotário, Kenny encontra um relatório com notícias vitais de sua terra natal: os resultados das últimas partidas do Falkirk Football Club, seu time do coração. “Amo futebol”, ele explica, com uma gargalhada. “Quando eu era garoto, meu pai me levava para assistir aos jogos do Falkirk a cada 15 dias, quando eles estavam em casa. Quando o Falkirk jogava fora, meu avô me levava para ver o Stenhousemuir. Até hoje, não importa onde eu esteja, gosto de saber como meu
GJOHN
KENNY: uma trajetória brilhante dedicada ao direito, ao Rotary e às causas humanitárias
1 2 JULHO DE 2009
time vai indo. Isto me mantém ligado às minhas raízes”, diz. Por causa da intensa preparação para assumir a presidência do Rotary International neste mês, Kenny naturalmente acabou perdendo muitas das reuniões do Rotary Club de Grangemouth, na Escócia, ao qual está associado desde 1970. Numa das suas raras visitas ao clube em tempos recentes, ele passa uma agitada manhã com a equipe de vídeo do Rotary International, respondendo a perguntas sobre os planos para seu mandato e o fato de ser o primeiro presidente escocês do RI. Ao chegar ao Hotel Leapark, local das reuniões semanais do clube, um companheiro rotariano recebe-o com uma canção executada numa gaita-de-fole, o tradicional instrumento musical escocês. “É sempre bom voltar para casa”, diz John Kenny. Já no hotel, ele cumprimenta cada um de seus 40 companheiros, pergunta sobre seus familiares e conversa sobre os projetos que o clube vem desenvolvendo. Kenny avisa que não deseja receber qualquer tratamento especial e manifesta surpresa ao saber que será o palestrante da reunião. Mas a humildade demonstrada por ele não se limita aos líderes comunitários e de negócios que compõem o quadro associativo de seu clube. Uma das primeiras tarefas recebidas por ele após a formatura na Faculdade de Direito da Universidade de Glasgow foi defender empresas de construção naval contra ações movidas pelos ope-
rários dos estaleiros. “Trabalhar com os Clydesiders (ativistas sindicais escoceses) foi algo de enorme importância para mim”, ele conta. Concluído o trabalho, na volta para casa, em Grangemouth, John Kenny fundou a Tait & McKenzie, firma legal em que ele passou a defender... os operários. “Minha experiência defendendo as empresas de construção naval me permitia saber de antemão as questões que os patrões levantariam”, ele conta. “Da mesma maneira, eu podia aconselhar
apropriadamente os empregados. Eu também sabia, pela época do ano, se a empresa desejava um acordo rápido ou não. Assim, eu aconselhava nossos clientes, os operários, sobre o momento certo de responder. Isso os ajudava a obter os melhores acordos”.
NA CHEGADA ao hotel onde seu clube se reúne, em Grangemouth, Kenny é recebido com música pelo companheiro David Hutton
CRESCENDO COM QUALIDADE Kenny aproveitou bem os muitos anos em que trabalhou como advogado, cobrindo todos os aspectos da área legal, e aposentou-se como sóB RASIL R OTÁRIO 1 3
Capa JOHN
Eo
rotariano Jimmy Hamilton, que arrecadou 10.000 libras para a Fundação Rotária numa caminhada entre a Inglaterra e a Escócia
cio de sua firma. Dono de uma inteligência privilegiada e de uma profunda capacidade de compreender todos os lados de uma questão, ele contou com a ajuda desses dons para impulsionar sua trajetória no direito e no Rotary. “John é daquelas pessoas que conseguem chegar ao ponto central de uma questão antes mesmo que a maioria dos outros saiba sequer do que se trata a discussão”, relata seu companheiro de clube Colin Mailer, que conhece o novo presidente do RI há três décadas. “Kenny é um homem de visão, alguém que jamais estabeleceria um objetivo para si mesmo ou para os outros se soubesse que era impossível realizá-lo.” Quando os dois se conheceram, o escritório de Kenny e o jornal de Grangemouth, do qual Mailer era o editor, ficavam em prédios vizinhos. “Um dia eu estava voltando do almoço quando a minha secretária anunciou que um advogado
1 4 JULHO DE 2009
chamado John Kenny queria falar comigo. Como todo jornalista, é óbvio que naquela hora eu fiquei receoso ao saber que um advogado estava me procurando”, relembra Mailer, brincando. O objetivo da visita ele descobriria logo depois: então às vésperas de assumir a presidência de seu clube, Kenny queria convidá-lo para tornar-se rotariano. Servindo novamente como presidente do Rotary Club de Grangemouth em 2009, Colin Mailer foi um dos primeiros afilhados de John Kenny no Rotary. Na verdade, Mailer representa exatamente o que Kenny imagina ao descrever seus planos para o Rotary durante seu ano como presidente: a prioridade dele em relação ao quadro associativo é a qualidade, e não a quantidade. “O Rotary andou algumas vezes por caminhos perigosos, especialmente no que diz respeito ao quadro associativo”, diz John Kenny. “O que adianta conse-
guirmos um grande número de novos associados ao longo de um ano se muitas vezes não podemos afirmar quantos permanecerão no ano seguinte? Antes de mais nada, precisamos pensar na retenção, por isso temos que trazer as pessoas certas para os nossos clubes, e não olhar apenas para os números.” Kenny argumenta que, ao convidarmos uma pessoa respeitada em nossa comunidade para tornarse rotariana, outras pessoas respeitadas a seguirão. Mas o convite às pessoas erradas poderia desencorajar outros associados em potencial. “Precisamos respeitar os nossos padrões éticos”, ele acrescenta. “Temos que insistir na defesa de altos padrões de ética nos nossos negócios e em nossa vida privada. Isto hoje é tão importante como sempre foi em toda a existência do Rotary. Se retornarmos às bases de nossa história, se mantivermos altos padrões de comportamento em
nossas vidas profissional e privada, se nos engajarmos nas vidas dos nossos clubes, os bons integrantes das nossas comunidades desejarão juntar-se a nós.” Ele também defende que os novos associados sejam incorporados ao clube de maneira que atendam suas expectativas de comprometimento com a causa rotária e com a prestação de serviços. Por isso, ele acredita, os novos rotarianos devem estar envolvidos com os trabalhos do clube. “Nosso quadro associativo vem crescendo naquelas regiões do mundo em que a comunidade pode constatar o bom trabalho do Rotary. Se o seu clube está atarefado, será bem-sucedido”. A convivência no clube de Grangemouth acabou levando Mailer e Kenny a desenvolverem uma grande amizade. “Um de nossos assuntos preferidos é, obviamente, o Falkirk Football Club”, conta o jornalista. “E o melhor é que John quase sempre sabe mais das partidas do que eu. Não sei como ele consegue isso, mas o fato é que suas fontes de informação são boas. E Kenny é um torcedor do Falkirk com grande senso de humor. Na verdade, se levarmos em conta a maneira como o time joga, senso de humor é a única solução!”, brinca Mailer. PALAVRA DE ESCOTEIRO Os arquivos do Rotary Club de Grangemouth testemunham a longa trajetória de John Kenny como rotariano. Uma foto de 1992 tirada durante uma Assembleia Internacional mostra-o vestido como mestre de picadeiro de um circo. Pesquisando mais um pouco, encontramos um registro de Kenny com um traje de gala típico das Highlands para uma Burns Supper, celebrada por escoceses no mundo inteiro a cada mês de janeiro (NT: a Burns Supper é uma ceia tradicional em homenagem a Robert Burns, poeta e músico escocês). Robert Burns, o poeta
KENNY FALA ao Rotary Club de Grangemouth tendo ao seu lado o companheiro Ian McPherson, tesoureiro no período 2008-09
JOHN
E seu padrinho no Rotary, Bill Ramage
O
PRESIDENTE do RI, que também é juiz de direito, desce as escadas em frente à Corte de Falkirk B RASIL R OTÁRIO 1 5
Capa JOHN
KENNY na biblioteca da corte: formado em direito pela Universidade de Glasgow
nacional da Escócia, escreveu “Auld Lang Syne”, música cantada pelos rotarianos no encerramento das Convenções Internacionais. Muito antes de tornar-se rotariano, John Kenny foi escoteiro, movimento que apoia até os dias de hoje. “Quando eu tinha 15 anos, fui a um encontro internacional de escoteiros na Dinamarca. Aquela experiência ficou marcada em mim para o resto da vida. A internacionalidade do evento foi maravilhosa, com pessoas de países dos quais eu apenas tinha ouvido falar, todas divertindo-se e trabalhando em conjunto”, ele recorda. “Mais tarde, já
COM MICHAEL White, presidente 2008-09 do Rotary Club de Falkirk e responsável pela memória do Falkirk Football Club, uma das paixões de Kenny
1 6 JULHO DE 2009
na minha vida rotária, vi como é mesmo valiosa essa interação entre pessoas de diferentes países.” O envolvimento de John Kenny com o escotismo prosseguiu quando ele se tornou o presidente do Ribi, em 1992. Naquela época, com as tensões políticas entre Ocidente e Oriente já amainadas pela queda do Muro de Berlim, três anos antes, Kenny resolveu aproximar-se da juventude russa. “Ajudamos a criar grupos de escoteiros no país, e eu sugeri que fossem criados kits para escoteiros iniciantes. Enviamos caixas com tendas e material para acampamento, como panelas e outros objetos do gênero”, explica. Ele também assessorou o movimento escoteiro administrativa e legalmente. Por todos esses serviços, John Kenny recebeu a Medalha do Mérito Escoteiro. Quando perguntado sobre a
EM CASA, June mostra uma foto da cerimônia de formatura do marido
maneira como o Rotary pode ajudar os jovens de hoje, ele joga o corpo para a frente e olha de forma dura e decidida. “Pense em tudo o que podemos fazer”, diz. “Água, alfabetização, educação, saúde. Há muitas coisas que os rotarianos podem fazer pelos jovens do mundo. A única coisa que não podemos é não fazer nada. Não podemos fazer tudo, mas temos que dar o melhor de nós mesmos.” Na presidência do Ribi, Kenny incentivou os clubes a apoiar a WaterAid, organização não-governamental que conduz projetos de recursos hídricos e sanitários ao redor do planeta. No seu ano como presidente, os rotarianos arrecadaram 550 mil libras para os projetos da WaterAid na Tanzânia. Kenny continuou a apoiar a colaboração entre os Rotary Clubs e a ONG, viajando até a Tanzânia em 2002 para
visitar os projetos que estavam sendo desenvolvidos no país. No final de 2007, o príncipe Charles, presidente da WaterAid, homenageou John Kenny com um prêmio concedido pela ONG àqueles que contribuem de forma excepcional com suas atividades. Encerrada a reunião semanal do Rotary Club de Grangemouth, Kenny retorna para Linlithgow, lugar onde está situado o palácio do século 15 em que nasceu Mary, a rainha da Escócia, e que abriga também um belíssimo lago. É em Linlithgow que fica também a casa de Kenny e de sua mulher, June, a res-
“Ele ama o Rotary”, June garante. “E nós dois acreditamos nos altos padrões de ética defendidos por nossa organização. E também foi por intermédio do Rotary que conhecemos pessoas extraordinárias. Pessoas boas e amáveis. Fomos abençoados”
CASADOS
HÁ 44 anos, John e June observam as folhas caídas de uma das “árvores listadas” que têm no jardim
B RASIL R OTÁRIO 1 7
Capa UM PASSEIO nas redondezas do palácio de Linlithgow, que fica perto da casa de John e June: atmosfera do século 15
ponsável por servir chá à equipe de vídeo do Rotary International que acompanha seu marido. Num passeio pelo jardim, John mostra com orgulho suas árvores “listadas”, o que significa que elas estão protegidas da mesma forma que os prédios históricos. Logo depois de seu jardim está o clube de golfe local. O FUTURO DEPENDE DE NÓS John Kenny tem planos ambiciosos para seu ano como presidente do Rotary International. Como sugere seu lema, O Futuro do Rotary Está em Suas Mãos, ele deseja que os rotarianos se responsabilizem pessoalmente pelo futuro de nossa organização. “Sobre as questões que envolvem o quadro associativo, por exemplo, o Rotary não pode fazer nada, mas cada rotariano pode fazer alguma coisa. Exis-
tem muitos bons rotarianos em potencial nas nossas comunidades que jamais foram convidados para juntar-se a nós”, ele garante. Os Rotary Clubs também devem refletir sobre a duração e o custo das reuniões, acrescenta ele. “Depende de cada um dos nossos clubes decidir onde eles vão comer, e mesmo se farão essas refeições. Não há nada no nosso Manual de Procedimento que nos obrigue a fazê-las. Os jovens do mundo de hoje parecem preparados para apoiar alguma causa, mas eles não estão preparados para entrar para uma organização. Temos que fazer com que as nossas reuniões sejam atrativas o suficiente para chamar a atenção desses jovens.” De volta à casa, enquanto serve outra rodada de chá, June é indagada se sentirá falta daquele lugar e dos seus amigos durante os longos períodos em que ela e John estarão viajando durante este ano. “Sim, eu sentirei”, ela responde. “Mas eu tenho a sorte de ter bons amigos por aqui, e manterei contato com eles o tempo todo. Também
À ESQUERDA, um trecho da rua onde mora o novo casal presidente do RI. Na outra foto, uma panorâmica da casa dos Kenny: árvores de 150 anos no jardim
1 8 JULHO DE 2009
tenho muito orgulho de John.” John e June conheceram-se por intermédio de colegas em comum, no início da década de 1960. June assume a narrativa desse encontro e descreve um mundo e um tempo de que muitos rotarianos se lembrarão com carinho. “No início, nos víamos somente de vez em quando. Aí começamos a nos encontrar a cada duas semanas, quando saíamos para dançar. Namoramos durante quatro anos antes de noivar. O casamento veio um ano depois”, lembra. “Naquele tempo, as pessoas conheciam-se mais antes de casar. O fato é que mantemos um casamento feliz há 44 anos.” John e particularmente June são excelentes jogadores de curling, esporte conhecido por muitos como “xadrez no gelo” por causa das elaboradas estratégias que de-
JOHN E June posam tendo ao fundo o palácio de Linlithgow: o futuro do Rotary depende do resgate de nossas raízes históricas
manda. Criação escocesa que se tornou um esporte olímpico, sendo atualmente disputado no mundo inteiro, o curling consiste em arremessar grandes pedras de granito em direção a um alvo, posto na extremidade oposta de um rinque de gelo. Na Escócia, o esporte tem a fama de barulhento, mas não somente por causa da gritaria da torcida, que é grande, mas devido ao som que as pedras fazem ao viajar através da pista de gelo. “Eu levava o curling a sério no passado, joguei competitivamente, e confesso que adorava cada minuto do jogo”, June conta. John intervém: “Ela era realmente uma craque!” June, que gosta muito de se divertir, é uma exímia cozinheira e pianista. Ela serviu em todas as funções na Inner Wheel (organização feminina internacional criada na década de 20 por mulheres de rotarianos), mas quando John progrediu na carreira rotária, ela pas-
sou a dedicar seu tempo na assistência ao marido. “Ele ama o Rotary”, June garante. “E nós dois acreditamos nos altos padrões de ética defendidos por nossa organização. E também foi por intermédio do Rotary que conhecemos pessoas extraordinárias. Pessoas boas e amáveis. Fomos abençoados”, ela acrescenta. “O Rotary nos proporciona a oportunidade de fazer algo por aqueles que tiveram menos sorte que nós”. John Kenny concorda: “O Rotary significa ajudar o próximo. Nós, rotarianos, somos mesmo homens e mulheres de sorte. Mas é justamente daqueles a quem muito se dá que muito se espera. Não haverá paz neste mundo enquanto existir
pobreza, e nós temos que continuar a enfrentar os desafios impostos por ela. A falta de alimentos e de água são problemas que vão se agravar ao longo deste século. O Rotary não é as Nações Unidas, nós não iremos resolver todos os problemas do mundo. Esta não é a nossa função. Mas podemos ajudar muito fazendo o que pudermos, de uma forma bem prática.” * O autor é um jornalista premiado e associado do Rotary Club de Kirkintilloch, da Escócia. Imagens de Monika Lozinska-Lee, fotógrafa da equipe do Rotary International. Tradução de Eliseu Visconti Neto.
MAIS NA REDE >>> Veja outras fotos de John Kenny e June acessando www.rotary.org/rotarian e assista a uma apresentação em vídeo do novo presidente do Rotary International visitando o link www.rotary.org/rvm. B RASIL R OTÁRIO 1 9
Rotarianos que são notícia ASSOCIADO DO RC de Cajazeiras, PB (D.4500), José Francisco de Abreu é o secretário de Finanças do município paraibano.
OS ROTARIANOS Luis Cláudio da Fonseca Bragança Pinheiro (à esquerda) e Sultan Falluh foram homenageados, respectivamente, com o Título de Cidadania Anapolina, concedido pela Câmara Municipal de Anápolis, e com o Diploma do Mérito Industrial, entregue pela Federação das Indústrias de Goiás. Os dois são associados do RC de Anápolis, GO (D.4530). A PRIMEIRA mulher a ocupar a prefeitura da cidade mineira de Piraúba é a rotariana Maria Aparecida Roberto Ferreira, do RC de Piraúba, MG (D.4580).
O GOVERNADOR assistente Marco Antonio Borges, do RC de Belo Horizonte, MG (D.4520), recebeu a Medalha Santos Dumont, concedida anualmente pelo governo de Minas Gerais a pessoas ou entidades que tenham contribuído para o desenvolvimento do país.
O PRESIDENTE da Associação Comercial e Industrial da cidade baiana de Luis Eduardo Magalhães é o companheiro Jair Francisco, associado do RC de Luis Eduardo Magalhães, BA (D.4550). PASQUAL SATALINO, exgovernador do distrito 4590 e associado do RC de Limeira-Leste, SP, foi eleito diretor financeiro do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de São Paulo.
SILVANA LOBO e Antônio Cardoso – associados, respectivamente, do RC de Barra Mansa e do RC de Volta Redonda, RJ (D.4600) – tomaram posse na Comissão de Ética do Conselho Comunitário de Segurança de Volta Redonda, presidido pelo também rotariano Júlio César da Silva (à esquerda). Silvana também recebeu em Taubaté o diploma de Mulher Destaque, entregue às profissionais reconhecidas por sua atuação ética e empreendedora na região do Vale do Paraíba.
2 0 JULHO DE 2009
ALAÔR DORNELES de Oliveira é o secretário municipal de Educação e Cultura de Trindade, em Goiás. Ele é associado do RC de Trindade, GO (D.4530).
COMPANHEIRO DO RC de Visconde do Rio Branco, MG (D.4580), João Batista da Cunha recebeu o Título de Cidadania Honorária de Ubá, em Minas.
DORA SILVIA Cunha Bueno, companheira do RC de São Paulo-Oeste, SP (D.4610), tomou posse como irmã remida da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
WAINE AMARO Billafon assumiu a presidência da Associação Cristã de Moços de Alphaville, em São Paulo. Ele é associado do RC de Barueri, SP (D.4610). OUTRO CAMPEÃO de votos foi o companheiro Gean Marques Loureiro, do RC de FlorianópolisAtlântico, SC (D.4651). Vereador mais votado da capital catarinense, ele é o presidente da Câmara de Vereadores de Florianópolis. O PREFEITO da cidade gaúcha de São Marcos é o rotariano Evandro Bonella Ballardin, associado do RC de São Marcos, RS (D.4700).
Os companheiros Milton Lauschner e Sérgio Luís de Almeida, do RC de Santa Cruz do Sul-Avenida, RS (D.4680), receberam a Medalha de Honra ao Mérito Bento Gonçalves por se destacarem na divulgação da cultura gaúcha e no trabalho beneficente que desenvolvem junto ao Projeto Piazito, voltado à inclusão social de crianças carentes.
EM COMEMORAÇÃO ao centenário da imigração japonesa no Brasil, comemorado em 2008, e do Ano do Intercâmbio Japão-Brasil, o rotariano Hideo Nasuno, um dos fundadores do RC de Registro, SP (D.4610), foi homenageado pelo ministro das Relações Exteriores do Japão, Masahiko Komura. Em cerimônia realizada no auditório da Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e Assistencial de São Paulo, Hideo Nasuno recebeu o Diploma de Honra ao Mérito das mãos do cônsul-geral do Japão em São Paulo, Masuo Nishibayashi.
COMPANHEIRA DO RC de FlorianópolisAtlântico, SC (D.4651), Aparecida Ferreira Mussi recebeu a Comenda do Legislativo Catarinense, medalha de mérito que é concedida anualmente a 40 pessoas, entidades ou empresas do estado.
NUMA PROMOÇÃO do Jornal do Povo com votação da comunidade e de empresários, as companheiras Marli Schneider e Dirlei Horbach, do RC de Cachoeira do Sul-Integração, RS (D.4780), receberam, respectivamente, os títulos de Cidadã Honorária e Amiga da Comunidade.
JOSÉ TARCÍSIO Ribeiro, do RC de Tatuí, SP (D.4620), é o presidente da Câmara de Vereadores de Tatuí. Ele foi o vereador mais votado da cidade nas eleições do ano passado.
ELENA WEBER, do RC de Taquara, RS (D.4670), foi uma das agraciadas deste ano com o Troféu Ana Terra. Entregue pelo governo do Rio Grande do Sul, a premiação destaca o trabalho voluntário e humanitário de 28 mulheres em todo o estado. Elena foi a única rotariana a receber o troféu até hoje.
JOSÉ ATAÍDE Miranda Barretto, companheiro do Rotary E-Club da Comunidade BR, foi eleito vice-presidente da Organização Latino-Americana de Administração, que congrega 25 países e instalou um escritório em Brasília. B RASIL R OTÁRIO 2 1
Saúde Assessoria de imprensa/CPLP
Cooperação em quatro continentes
REUNIDOS EM Portugal, o secretário de Estado da Administração Hospitalar da Guiné-Bissau, Augusto Paulo Silva; o secretário Executivo da CPLP, Domingos Simões Pereira; ministro Basílio Mosso Ramos, de Cabo Verde; os ministros da Saúde de Portugal e do Brasil, Ana Maria Teodoro Jorge e José Gomes Temporão; a vice-ministra de Timor Leste, Madalena Hajam Soares; e os ministros de Angola, Moçambique e da Guiné-Bissau, José Van-Dunem, Paulo Ivo Garrido e Camilo Simões Pereira
Reunião em Portugal define novos caminhos para a promoção da saúde nos países de língua portuguesa. Comissão Interpaíses do Rotary manifesta apoio e solidariedade 2 2 JULHO DE 2009
C
onscientes de que não pode haver saúde sem desenvolvimento, nem desenvolvimento sem saúde, os ministros da Saúde de oito países de língua oficial portuguesa aprovaram em 15 de maio em Estoril, Portugal, um plano de cooperação fundamentado num plano estratégico que visa a capacitação de recursos humanos e a implementação de projetos que fortaleçam e aperfeiçoem seus sistemas nacionais de saúde. Integrante do quadro de observadores consultivos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), a Comissão Interpaíses Brasil-Portugal
& Países de Língua Oficial Portuguesa (CIP-PLOP/FRSP), que no Brasil é apoiada pela Fundação de Rotarianos de São Paulo, participou desse memorável evento, que reuniu os ministros da Saúde de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, e Timor Leste. Convidada especialmente pela ministra da Saúde de Portugal, Ana Jorge, a CIPPLOP/FRSP foi representada por seu secretário executivo, o rotariano Gunter W. Pollack, um dos dez participantes não-governamentais solicitados a pronunciar-se na plenária da reunião.
Saúde Assessoria de imprensa/CPLP
Identificada, em princípio, com a extrema abrangência do plano, já observada na reunião preparatória, ocorrida em março, no Recife, a CIP-PLOP/ FRSP manifestou sua preocupação quanto à necessidade premente de enfrentar-se as doenças infecciosas e transmissíveis que, em escala crescente, causam um enorme padecimento, dizimando milhões de pessoas nos países da comunidade de língua portuguesa, notadamente na África e no Timor Leste. Essa situação requer providências pragmáticas e imediatas, com aplicação do máximo de recursos disponíveis (virtualmente, em forma de forças-tarefa), e aplicando, na medida do possível, os investimentos disponíveis, inclusive os previstos no plano estratégico, cujos efeitos viriam a solucionar os problemas somente dentro de alguns anos. “O quanto antes, precisamos mitigar o sofrimento, deter a mortalidade e restituir a produtividade a milhões de pessoas”, afirmou Gunter W. Pollack. Foi feita ainda referência à importância e à multiplicação das redes de investigação referidas no plano estratégico. Na informal troca de informações possibilitada pelo encontro, foi estabelecido um contato com os ministros da Saúde dos países participantes e também com os dirigentes das instituições que estão trabalhando na elaboração e na condução do Plano Estratégico de Cooperação em Saúde (PECS) – a Fundação Instituto Oswaldo Cruz e o Instituto de Higiene e Medicina Tropical – e ainda com outras instituições e observadores consultivos da CPLP, como o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), Médicos do
AO FINAL do encontro foi formulada a Declaração de Estoril, que preconizou, entre outras medidas, a redução da mortalidade infantil e o combate à Aids nos países de língua portuguesa
“O quanto antes, precisamos mitigar o sofrimento, deter a mortalidade e restituir a produtividade a milhões de pessoas” – Gunter W. Pollack
Mundo, Fundação Calouste Gulbenkian e outros. UMA VISÃO ROTÁRIA A Declaração de Estoril, documento que condensa os objetivos, fundamentos e princípios que definiram o PECS, merece a plena atenção dos governantes e da socieda-
de civil dos países de língua portuguesa, que reúnem 260 milhões de pessoas (estimativa que soma a população dos países de língua oficial portuguesa com todos os que, fora de seus países de origem, se comunicam nesse mesmo idioma), e que hoje compõem o universo da língua portuguesa, podendo servir de exemplo a outras nações vulneráveis às doenças tropicais. Historicamente compromissado com a busca do bem-estar de nossas comunidades, o Rotary, a mais antiga das ONGs, tem dado à saúde toda a importância que o assunto merece, tendo conquistado o devido reconhecimento com a Campanha Polio Plus e com as inúmeras iniciativas desenvolvidas nessa área por seus clubes e distritos. Cabe ao rotariano promover, dar apoio e suporte ao esforço conjugado dos governos e da sociedade civil na efetivação das medidas preconizadas na DeB RASIL R OTÁRIO 2 3
Saúde claração do Estoril, isto é: “...a redução da mortalidade infantil; a melhoria do acesso à saúde reprodutiva e redução da mortalidade materna; e o combate ao HIV/Aids, malária, tuberculose e outras doenças infecciosas endêmicas”, conforme enunciado na Declaração Sobre Objetivos de Desenvolvimento do Milênio: Desafios e Contribuições da CPLP” (VI Conferência de Chefes de Estado e de Governo da CPLP, Bissau, julho de 2006). A RIDES Quatro Encontros de Medicina Tropical dos Países de Língua Portuguesa (ocorridos em quatro congressos: 2006 – Teresina/PI; 2007 – Campos do Jordão/SP; 2008 – Porto Alegre/RS; e 2009 – Recife/PE) consolidaram um profícuo relacionamento de ciência, governo, sociedade civil e Rotary nos países de língua portuguesa. Com o apoio da CIP-PLOP/ FRSP, médicos, pesquisadores, biólogos, sanitaristas e rotarianos viabilizaram a formação da RIDES, voltada prioritariamente à prevenção e ao tratamento da malária e de outras doenças tropicais, mesmo antes da formalização do PECS. Assim, efetiva-se mais um
2 4 JULHO DE 2009
GUNTER POLLACK, secretário executivo da CIP-PLOP/FRSP, e o exgovernador do distrito 4490 Hermógenes Alves de Oliveira Neto no 1o Encontro de Medicina Tropical dos Países de Língua Portuguesa, em Teresina
dos objetivos e vocações do Rotary na valorização dos méritos profissionais junto à missão de velar e promover a melhoria da qualidade de vida das comunidades. MAIS NA REDE >>>
Reportagem produzida com a colaboração da Comissão Interpaíses Brasil-Portugal & Países de Língua Oficial Portuguesa/FRSP. BR
Para conhecer melhor este assunto, acesse: www.cplp.org www.frsp.org/CIP_PLOP
Serviços à Comunidade Sérgio Afonso
O pioneiro do Brasil Desde os anos 80, Banco de Cadeiras de Rodas do RC do Rio de Janeiro-Penha faz andar quem não pode caminhar Renata Coré* stá anotado nos livros do Banco de Cadeiras de Rodas dos Associados do Rotary Club do Rio de Janeiro-Penha: são mais de 7.700 empréstimos. Até maio, 3.570 cadeiras estavam registradas no acervo da instituição, fundada em 1983. A maior parte delas – algo em torno de 80% – é vista como sendo de uso definitivo e, todos os meses, cerca de 20 a 30 novas cadeiras são emprestadas diretamente a quem delas precisa. A filosofia do Banco, explica seu atual presidente, Carlos Alberto Kyrillos, é trabalhar para conseguir atender a todos os pedidos do distrito 4570, ao qual o clube pertence. O primeiro movimento em direção ao início do Banco remonta ao ano rotário de 1979-80, quando o Rotary Club do Rio de Janeiro-Penha adquiriu e doou mais de 100 cadeiras para a comunidade carente. Tempos depois, uma pesquisa do curso de serviço social do Centro Universitário Augusto Motta constatou que a maioria das unidades fora vendida. Com esse dado em mãos, o então presidente do clube, Aluízio Monttechiari, e sua mulher, Neide, tiveram a ideia de substituir a doação por empréstimo, iniciando assim o laboratório que, mais tarde, originaria o Banco. Durante anos, Neide foi uma das mais atuantes na empreitada, junto com o associado honorário José Rodrigues Pinho Filho, já fale-
E
G MENINA DOS olhos do Rotary Club do Rio cido. Os dois trabalha- de Janeiro-Penha, o Banco de Cadeiras de vam até mesmo na re- Rodas hoje funciona em sede própria forma das cadeiras deriano, disponibilizar uma pequena volvidas em mau estado. Por 15 anos, o Banco de Cadeiras documentação exigida e preencher de Rodas funcionou na residência de um contrato de empréstimos. A insseu fundador, o rotariano Aluizio tituição cobre toda a área do distriMonttechiari. Hoje, está instalado em to, sem restrição a nenhum clube, e a sede própria, um prédio de quatro idéia de Kyrillos é que de fato funcioandares no bairro carioca da Penha, nasse como um banco. “A sugestão é mesmo local das reuniões do clube. que os clubes que já possuem seus A construção do edifício contou com Bancos fossem agências do nosso. O as colaborações fundamentais de trabalho deles seria gerenciar o usucinco companheiros: Camilo da Cos- ário, centralizar o pedido. Nós nos ta Pinto, Bernardo Luis Rodrigues preocuparíamos em fazer o controle Ferreira, Manuel Valentim Inácio e das cadeiras, do patrimônio, e o cluDario Pereira da Silva – este último be colaboraria com o valor da aquijá falecido –, além do associado ho- sição, mas o administrativo da cadeinorário Albano Francisco de Paiva e ra, o controle, a manutenção, o Sá, rotariano do Rotary Club do Rio acompanhamento, isso seria feito pelo nosso Banco”, explica Kyrillos. de Janeiro-Mercado São Sebastião. Com a ajuda da rotariana Maria Tereza de Souza Silva, o Banco acaba ATUAR COMO UM de ter seu estatuto modernizado. Tal VERDADEIRO BANCO Segundo Monttechiari, a doação por atualização é importante para que a parte de rotarianos representa a prin- instituição obtenha os títulos de uticipal fonte de manutenção do Ban- lidade pública, principalmente nos co. Há ainda as ações promovidas âmbitos estadual e federal, o que pelo clube para obter recursos, como acarretará benefícios como, por sua tradicional Festa Portuguesa, e o exemplo, a possibilidade de oferecer bazar do pechincha, de responsabi- dedução fiscal no imposto de renda, lidade das senhoras. Um recente pro- em doações de pessoas jurídicas. São jeto de Subsídio Equivalente deverá iniciativas preciosas para que o Banrender ao Banco cerca de 300 a 350 co continue levando adiante seu novas cadeiras, segundo estimativa lema desde a fundação: “Fazer andar os que não podem caminhar”. BR do presidente Kyrillos. Para ser atendido pelo Banco, o interessado em uma cadeira de ro- *A autora é jornalista da Brasil das deve receber o aval de um rota- Rotário.
B RASIL R OTÁRIO 2 5
Novos caminhos
Diversidade: a chave para o futuro Clube holandês é um bom exemplo do que o Rotary International vem sugerindo Andro Bottse (em pé, ao centro) com os companheiros do RC de Amsterdam-Arena
G
N
um subúrbio de Amsterdã, 21 pessoas reúnem-se semanalmente no restaurante De Houten Vier. Além de holandeses, participam da reunião descendentes de marroquinos, surinameses e turcos. Entre os 14 homens e sete mulheres com idades entre 28 e 69 anos que compõem o grupo, há designers, gerentes de hotel e acadêmicos, além de advogados e contadores. Todas essas pessoas têm uma coisa em comum: o Rotary. O recém-fundado Rotary Club de Amsterdam-Arena é um bom exemplo de quadro associativo diversificado, bem no molde que as lideranças do Rotary entendem como necessário para mantermos a força de nossa organização nos próximos anos. Em novembro do ano passado, o Conselho Diretor atualizou a declaração do RI sobre a diversidade no Rotary, para acrescentar: “Um clube que reflete a comunidade a que pertence no que diz respeito à classificação profissional ou empresarial, ao gênero, à idade, à religião e à etnia é um clube que detém a chave para o futuro.” O clube de Amsterdam-Arena está localizado no bairro de Amsterdam Zuidoost, uma comunidade
2 6 JULHO DE 2009
com cerca de 80 mil habitantes, na parte sudeste da capital holandesa. Andro Bottse, presidente do clube, afirma que a área é “multicultural e multiétnica por definição”. Um grupo de ex-governadores distritais de
Formado por 14 homens e sete mulheres com idades entre 28 e 69 anos, o clube possui designers, gerentes de hotel, acadêmicos, advogados e contadores em seu quadro associativo Amsterdã constatou que havia poucos rotarianos entre os moradores do bairro. O clube foi fundado em novembro de 2008 com o apoio de Jan Koster, ex-governador do distrito 1580 e associado do Rotary Club de Amsterdam West. CAPILARIDADE Andro Bottse, de origem surinamesa, diz que essa diversidade ajuda o clube a atingir toda a área em que atua. “É útil que a nossa capilaridade se estenda a todos os níveis da comunidade a que servimos, aí incluídas as or-
ganizações populares, de negócios ou municipais”, ele explica. O clube tem como principal objetivo a ajuda às crianças, em especial as portadoras de deficiências físicas e mentais. “Queremos servir à nossa comunidade, tornando reais os sonhos das crianças de Amsterdam Zuidoost.” Com exceção do ex-governador Jan Koster, que é associado honorário do clube, todos os demais rotarianos do Amsterdam-Arena são novatos no Rotary. “Temos a mente aberta para mudanças, como novas formas de arrecadar recursos e a maneira de servir”, Bottse observa. “Para mim, a vida torna-se mais rica quando encontramos pessoas com diferentes origens e experiências.” Ele afirma que o Rotary Club de Amsterdam-Arena poderia assessorar outros clubes sobre a maneira de aumentar o quadro associativo. “Apesar de suas esforçadas tentativas, sei que muitos clubes de Amsterdã têm dificuldade em atrair novos associados”, ele diz. “Talvez pudéssemos ajudá-los nessa tarefa.” *Reportagem de Marcel Harlaar e Joseph Derr, adaptada da revista De Rotarian, da Holanda. Tradução de Eliseu Visconti Neto.
Faces do Rotary International
Novos diretores tomam posse Conselho Diretor do Rotary International é integrado por 19 membros: o presidente do RI, o presidente-eleito e 17 diretores indicados pelos clubes, eleitos na Convenção do RI. O conselho administra os negócios e fundos do Rotary International, de acordo com o estatuto e o regimento da nossa instituição. No primeiro dia deste mês, nove diretores e o presidenteeleito assumiram seus cargos.
O
Ray Klinginsmith Kirksville, Missouri, EUA Ray Klinginsmith, o presidente-eleito, é advogado. Ele atuou como consultor jurídico, professor de administração de empresas e reitor administrativo da Truman State University (anteriormente Northeast Missouri State University) por mais de 20 anos. Presidente da Associação de Chariton Valley para Cidadãos Incapacitados, desde sua criação, em 1982, Ray recebeu, em 1988, o Prêmio Parent/Caretaker (Pais e Guardiães) do Conselho de Planejamento de Missouri para as Deficiências Permanentes. Ray é ex-bolsista da Fundação Rotária, que o levou à África do Sul, em 1961. Ele foi diretor do RI, presidente do Comitê Executivo do Conselho Diretor do RI, curador e vice-presidente da Fundação, membro do Comitê de Visão Futura, presidente do Conselho de Legislação, e coordenador da Convenção de 2008, em Los Angeles. É Doador Extraordinário e detentor do Prêmio da Fundação Rotária por Serviço Distinguido. Ray e sua mulher, Judie, vivem em Kirksville.
Antonio Hallage Curitiba-Leste, Brasil Antonio Hallage é engenheiro de telecomunicações e presidente da SET Ltda, empresa de consultoria em telecomunicações. É diretor da Brasilsat Harald e professor de sistemas de telecomunicações na Universidade Federal do Paraná. Hallage é conselheiro da Brasil Rotário, revista regional oficial do Rotary no Brasil. Ele foi líder de treinamento, coordenador dos bolsistas da Fundação Rotária, coordenador regional da Fundação, membro e vice-presidente de comitê. Recebeu a Citação por Serviço Meritório da Fundação Rotária e o prêmio da Cidade de Curitiba por serviços relevantes à comunidade. Hallage e sua mulher, Rose, vivem em Curitiba.
§ B RASIL R OTÁRIO 2 7
Faces do Rotary International John T. Blount Sebastopol, Califórnia, EUA John T. Blount, dentista, é membro das associações nacional, estadual e local referentes à sua profissão. Foi diretor da câmara de comércio local e curador da Fundação Comunitária do Município de Sonoma. Atuou como vice-presidente do Instituto Internacional de 2008, em Los Angeles, e como membro de força-tarefa e comitê, incluindo dois comitês de indicação do presidente do RI. Foi coordenador zonal do RI para o desenvolvimento do quadro associativo e líder de grupo de discussão em Assembleia Internacional. É Doador Extraordinário. John mora em Sebastopol com sua mulher, Patti, também associada do Rotary Club daquela cidade.
Frederick W. Hahn Jr. Independence, Missouri, EUA Frederick W. Hahn Jr., médico, é ex-presidente da Associação Médica Estadual do Missouri e atua no conselho da Fundação Comunitária de Truman Heartland. Fred foi coordenador zonal do Grupo para a Família Rotária e da Força-Tarefa dos Parceiros Polio Plus, além de líder de treinamento do RI e membro de força-tarefa e comitê. Recebeu o Prêmio Dar de Si Antes de Pensar em Si do Rotary International e a Citação das Quatro Avenidas de Serviços, a Citação da Fundação Rotária por Serviço Meritório e o Prêmio de Serviços Internacionais por um Mundo Livre da Pólio. Fred e sua mulher, Marge, pertencem à Sociedade Arch C. Klumph e à Sociedade de Doadores Testamentários. Eles moram em Kansas City.
Masahiro Kuroda Hachinohe South, Japão Masahiro Kuroda é cirurgião e diretor da Clínica Kuroda de Gastroenterologia. Atuou como assessor da Sociedade Japonesa de Medicina Psicossomática. Foi líder de treinamento, coordenador regional do RI para o desenvolvimento do quadro associativo, coordenador regional de grupo de recursos, coordenador regional da Fundação Rotária, vice-presidente do Comitê do Fundo Permanente para o Japão, além de membro de comitê e de força-tarefa. É Doador Extraordinário. Masahiro e sua mulher, Michiko, moram em Hachinohe.
Kyu Hang Lee Anyang East, Coreia do Sul Keyo Lee, psiquiatra, é presidente do Hospital e Centro de Pesquisas da Associação Médica Keyo. Foi professor clínico na Escola Nacional de Medicina da Universidade de Seul, presidente da Associação Coreana de Neuropsiquiatria e do Colégio de Psiquiatria de Pacific Rim, e presidente da Associação dos Trabalhadores Sociais da Coreia. Keyo atuou no Comitê dos Centros Rotary, na Iniciativa de Doações Extraordinárias dos Centros Rotary, e no Comitê Coreano do Fundo Permanente. Também serviu como representante do presidente do RI. É Doador Extraordinário e detentor do Prêmio da Fundação Rotária por Serviço Distinguido. Keyo e sua mulher, Hee Sun Park, são membros da Sociedade Arch Klumph e moram em Seul.
2 8 JULHO DE 2009
Faces do Rotary International David C. J. Liddiatt Clifton, Bristol, Inglaterra David Liddiatt fundou a sua própria corretora de seguros depois de deixar o Serviço de Inteligência do Exército Britânico, onde se tornou um especialista na língua árabe. Ele é sócio do Instituto de Seguradores Diplomados e membro da sociedade benevolente local. David foi presidente e vice-presidente do Rotary International na Grã-Bretanha e Irlanda e vice-presidente do Comitê de Promoção da Convenção de 2009, em Birmingham. Foi membro dos comitês de Relações Públicas do RI e do RYLA, entre outros, bem como de diversas forças-tarefa e do Grupo de Recursos dos Ex-Bolsistas da Fundação Rotária. David é Benfeitor da Fundação Rotária e recebeu o Prêmio da Fundação por Serviços Distinguidos. Ele e sua mulher, Jill, moram em Stoke Bishop.
Ekkehart Pandel Bückeburg, Alemanha Ekkehart Pandel é pediatra desde 1976 e divide o consultório com sua mulher, Christa, também médica. Ele foi presidente da Associação de Médicos, juiz do Conselho Disciplinar de Médicos, e membro do conselho da Associação de Pediatras. Ekkehart é membro da Câmara de Médicos da Baixa Saxônia. Ele foi coordenador regional de desenvolvimento do quadro associativo do RI, coordenador zonal do Grupo de Recursos da Família Rotária, e presidente do Conselho de Governadores Alemães. Ekkehart é Doador Extraordinário da Fundação Rotária. Ele e sua mulher moram em Bückeburg.
K. R. Ravindran Colombo, Sri Lanka Ravi Ravindran é executivo-chefe de uma companhia aberta do ramo industrial de embalagem de chá e presidente fundador da Associação Anti-Narcóticos do Sri Lanka. Como presidente do comitê nacional Polio Plus, Ravi chefiou uma força-tarefa, composta de representantes do Rotary, Unicef e do governo daquele país, e trabalhou em estreita ligação com o Fundo das Nações Unidas para a Infância para negociar um cessar-fogo com os guerrilheiros do norte do Sri Lanka durante os Dias Nacionais de Imunização. Ele dirige o projeto Redespertar das Escolas, financiado por Rotary Clubs e distritos do Sri Lanka, que objetiva reconstruir 25 instituições de ensino devastadas pelo tsunami. Ravi é Doador Extraordinário e detentor da Citação por Serviço Meritório da Fundação Rotária. Ele foi curador da Fundação e membro de força-tarefa e comitê. Ravi e sua mulher, Vanathy, moram em Kelaniya.
Thomas M. Thorfinnson Eden Prairie Noon, Minnesota, EUA Tom Thorfinnson é assessor geral do Grupo Accra Care, organização sem fins lucrativos que fornece ajuda médica aos necessitados, e pertence ao conselho diretor do First Minnetonka City Bank. Já serviu ao Rotary como membro de força-tarefa e do Subcomitê dos Países Associados para o Serviço à África. Tom participou da Equipe de Liderança da Campanha de Arrecadação de Fundos da América do Norte para a Erradicação da Pólio. Recebeu o Prêmio Rotary Dar de Si Antes de Pensar em Si e a Citação por Serviço Meritório da Fundação Rotária. Liderou nove viagens de voluntários ao Haiti e à Nigéria e é patrocinador de projetos de recursos hídricos em países em desenvolvimento. Tom e sua mulher, Jamie, moram em Eden Prairie. BR Tradução de Eliseu Visconti Neto. B RASIL R OTÁRIO 2 9
Entrevista
Partidas que ficam na memória Gisela Steinbrecher, mãe da jogadora da seleção de vôlei Mari, mostra que apesar de vítima da pólio é uma atleta da vida Há 55 anos, uma terrível doença revolucionou a infância de uma menina muito ativa. Quais eram os sonhos dela até então? Ser esportista? Ser bailarina? Tudo isso. Ela tinha apenas cinco anos, a vida toda pela frente e inúmeras opções. De repente, certos sonhos de Gisela Steinbrecher sofreram um remate. Na vida real, ela entrou em uma partida árdua contra a paralisia. Décadas depois, nasceu sua filha: Marianne Steinbrecher. Esta logo absorveu o principal ensinamento de dona Gisela: perseverança. Então, quando teve o mesmo sonho de sua mãe, o vôlei, Marianne perseverou. Ela se tornou a Mari, medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008. Nas próximas páginas, Gisela e sua filha revelam por que a MARI, DA seleção poliomielite é um oponente que não deve ser subestimado, mas que brasileira de vôlei, e sua pode ser vencido pelo planeta sem necessidade de um tie-break. mãe, Gisela
A determinação e a garra venceram a deficiência Lia Della Libera*
G
isela Hubert Steinbrecher contraiu poliomielite, popularmente conhecida como paralisia infantil, em 1954, aos cinco anos. Hoje, aos 60, essa descendente de alemães, nascida em São Paulo, fala com naturalidade das sequelas deixadas pela doença e da luta para vencer os obstáculos. Filha única, casada com Armin Steinbrecher e mãe de David e Marianne – a jogadora Mari da seleção brasileira de vôlei –, dona Gi-
3 0 JULHO DE 2009
sela pode ser definida em uma única palavra: guerreira. Afinal, mesmo tendo perdido os movimentos das pernas, ela não se deixou abater e foi em busca de seus sonhos. Estudou, trabalhou como secretária em grandes empresas, aprendeu a dirigir, encontrou o amor e formou uma família. Incansável e muito ativa, não se contentou apenas em ser esposa e mãe e assumiu o desafio de trabalhar como voluntária em um grupo da Igreja Presbiteriana Independente, que desenvolve ações de apoio aos paraplégicos. Muito religiosa, demonstra uma fé inabalável
em Deus e credita a Ele todas as suas conquistas. Com um largo sorriso e um astral invejável, recebeu a reportagem da nossa revista em sua casa na cidade de Rolândia, no norte do Paraná. Brasil Rotário: Como a senhora contraiu poliomielite? Gisela: Morávamos em São Paulo junto com outros imigrantes alemães e os recursos eram bastante precários. Naquela época, meus pais nunca tinham ouvido falar em paralisia infantil. Eu brincava como qualquer crian-
Foto: José Machado Botelho
ça e costumava acompanhar minha mãe ao trabalho. Certo dia, vi uma jabuticabeira carregada e me deliciei com os frutos ainda verdes. Passei muito mal, tive febre, náuseas. Daí em diante, comecei a apresentar outros sintomas como dores musculares e dificuldade para andar. Era tratada pelo farmacêutico, mas não melhorava. Quando não consegui mais parar em pé, fui levada a um médico, o doutor Godoy, que diagnosticou a poliomielite. Ele perguntou se eu havia tido contato com algum animal nos últimos tempos. Lembrei-me que tinha sido mordida por um macaco e, com receio de levar uma bronca, não contei nada aos meus pais. Por isso, o machucado não foi limpo e a hipótese mais provável é que eu tenha contraído o vírus naquele dia, que só se manifestou quase um ano depois. Quais foram as sequelas da doença? No início, fiquei totalmente paralisada, sem movimentar os braços e as pernas. Parecia que apenas meu coração e meu pulmão estavam vivos. Minha mãe pedia a Deus pela minha vida e, por orientação do doutor Godoy, me fazia compressas de água quente e fria o dia todo, sem descanso. A sensação era terrível. Até hoje me lembro do sofrimento, mesmo tendo apenas cinco anos. Mas foi graças a esse procedimento que os meus músculos e nervos resistiram, e com sessões de alongamento comecei a recuperar os movimentos dos braços e das mãos. Também fui tratada com choques elétricos por uma junta médica do Hospital das Clínicas, em São Paulo. Foram oito meses de intensa dor, mas cada minuto valeu a pena. Hoje, embora paraplégica, sinto cada músculo e nervo do meu corpo. Não perdi a sensibilidade e isso faz muita diferença.
“Fui tratada com choques elétricos. Foram oito meses de intensa dor”
Fale como a deficiência física afetou a sua vida. Eu queria ser uma criança como qualquer outra e voltar a correr e a pular como antes. Então não me acomodei. Mesmo com aquele aparelho horroroso que se usava antigamente, não parava um minuto. Mas aquele metal todo me incomodava e passei a usar apenas muletas. Sempre fui líder e aglutinadora. A pólio não paralisou as minhas vontades, pelo contrário, me estimulou a seguir em frente para não ser vista como uma vítima, uma coitada. Foi com essa convicção que comecei a estudar. Os professores da rede estadual iam me dar aulas em casa. Cheguei até a começar o curso de tradução e intérprete, mas não concluí. Quebrei alguns tabus em São Paulo. Queria trabalhar, então fui de porta em porta pedindo emprego às empresas e desafiando os mais incrédulos a me testarem. Foi assim que consegui ser contratada e durante 12 anos atuei profissionalmente em algumas empresas. Aos 18 anos, tirei a carteira de motorista, uma con-
quista e tanto para a época. Queria ter o meu próprio carro e, finalmente, aos 27, consegui comprar um Maverick 74, V8, automático, que, tempos depois, adaptei para poder dirigilo. Foi uma vitória. Sempre procurei fazer com que a minha vida fosse normal. Como a senhora conheceu o seu marido? Eu liderava um grupo de jovens de uma igreja evangélica em São Paulo e sempre inventava atividades para realizarmos aos finais de semana. Na maioria das vezes, eram aventuras que envolviam esforços físicos. Uma vez, resolvi que iríamos acampar no alto de um morro e, para que eu pudesse chegar lá, meus colegas colocaram um sofá em uma carroça e me sentaram nele. Nessa época, o Armin – hoje meu marido – trabalhava em Santo André e também fazia parte da mesma igreja. Aí ficou fácil encontrá-lo. Quando vi aquele loiro, alto, logo me inteB RASIL R OTÁRIO 3 1
Entrevista ressei, mas ele começou a namorar uma colega e então nos tornamos apenas bons amigos. A amizade durou dois anos e seis meses, até que ele me ligou e disse que queria alguém especial, que gostasse realmente dele. Convidei-o para me visitar e fiz um bolo para recebê-lo. Acabamos viajando juntos para Torres [município no litoral do Rio Grande do Sul] e no caminho decidimos nos casar. Namoramos, noivamos e nos casamos em apenas três meses. A senhora encontrou dificuldades para engravidar e criar seus filhos? Para engravidar não, mas apenas na terceira gravidez eu fui bem-sucedida. Tive sangramentos intensos e passei a maior parte do tempo na cama, mas quando olhei para a Mari pela primeira vez esqueci todo o resto. Não demorou muito e fui abençoada com o David, meu segundo filho. Criei os dois praticamente sozinha, pois meu marido trabalhava e minha mãe havia se casado de novo. Eu os levava para todo lado e brincava com eles o máximo que podia. É verdade que na infância a senhora sonhava em ser atleta? Como eu era muito ativa e acompanhava meus amigos em todas as aventuras, não importando o grau de dificuldade, até poderia sonhar com algum esporte. Mas o meu grande desejo mesmo era ser bailarina. Gostava de dançar para os meus avós. Foi uma das poucas coisas que não consegui realizar. Como o vôlei entrou na vida de sua filha Mari? A Mari sempre foi muito ativa e sempre gostou de brincar de bola. Com 11 anos, ela começou a jogar vôlei nas aulas de educa-
3 2 JULHO DE 2009
“A falta de conhecimento gera o medo e, consequentemente, o preconceito” ção física e virou destaque entre as colegas de turma. Participou dos jogos estaduais e começou a treinar em Londrina. Um dia, o Bernardinho [então técnico da seleção feminina de vôlei] a viu jogar em Curitiba e a convidou para jogar em São Paulo. Aos 17 anos, ela saiu de Rolândia sozinha e foi em busca de seu sonho. Para nós foi muito difícil ficar distante dela, mas sabíamos que tínhamos feito o certo. E agora ela está aí, realizada e trazendo muitas alegrias para todos nós e para o Brasil. Como é a Mari fora das quadras? É uma pessoa simples que adora os animais. Ela não pode ver nenhum bichinho sofrendo na rua que já traz para casa. Já cheguei a cuidar de 29 gatos por causa dela. Hoje ainda restam cinco gatos e três cachorros, todos trazidos por ela. A Mari também toca violão e nos divertimos muito quando ela está aqui.
avanços na legislação. Muitas leis importantes foram promulgadas, como, por exemplo, a obrigatoriedade das empresas de reservarem parte de suas vagas de emprego para os deficientes ou a instalação de rampas especiais para os cadeirantes. Mas há falhas na execução dessas novas regras. Os deficientes físicos acabam sendo contratados apenas para executar tarefas simples, como arquivar, carimbar, empacotar. É como se eles não servissem para outras funções. Não avaliam sua capacidade. Ora, nós, cadeirantes, somos seres inteligentes e capazes, com um grande potencial que está sendo muito mal aproveitado. As vagas de estacionamento destinadas aos deficientes também não são respeitadas. Sinto que as pessoas têm dificuldade em lidar conosco. Muitas vezes querem ajudar a empurrar a cadeira, mas como não sabem como ela funciona, acabam nos machucando e até nos derrubando. Ainda há muita desinformação por parte da sociedade e a falta de conhecimento gera o medo e, consequentemente, o preconceito.
Como a senhora se sente sendo mãe de uma campeã olímpica, e como isso afetou a vida da sua família? Sinto-me muito orgulhosa de ter uma medalhista em casa. A Mari é muito alegre e divertida e dá ânimo ao time. É maravilhoso ser mãe dela. Ela nos traz grandes alegrias, mas tentamos lidar com a fama de uma forma natural, sem exageros.
Que mensagem a senhora daria para os deficientes físicos? Não fiquem sentados, parados. Não se acomodem. Abram-se para o mundo. Insiram-se na sociedade. Façam parte de grupos, trabalhem e sintam-se úteis. E, antes de tudo, amem-se e acreditem que há outros caminhos na vida, basta encontrá-los. Mostrem para si mesmos e para a sociedade que são capazes de realizar grandes coisas.
Em sua opinião, o Brasil está tratando com mais respeito os deficientes físicos? Acredito que houve grandes
Lia Della Libera é jornalista, consultora de marketing e especialista em administração de marketing e propaganda.
BR
A atleta das quadras fala de sua mãe Foto: Sérgio Afonso
Luiz Renato Dantas Coutinho*
E
ra uma vez uma menina que adorava esportes, como natação e futebol, e vivia brincando com a molecada. A menina, descendente de alemães e russos, cresceu saudável e se tornou uma atleta consagrada na seleção brasileira de vôlei. O nome dela: Marianne Steinbrecher. Mas, antes dessa trajetória de sucesso, Mari, como é nacionalmente conhecida, testemunhou uma outra: a trajetória de superação da sua mãe, vítima da poliomielite. Por conta disso, a atleta foi convidada pelo jornalista Fernando Quintella, EGD e então coordenador de Imagem Pública do Rotary para a América Latina, para participar do Dia Nacional de Vacinação em 20 de junho. Tímida, mas muito segura de si, a atleta de 25 anos e 1,87m cativa pela simpatia. Ela me concedeu esta entrevista no amplo Centro de Treinamento da Confereção Brasileira de Vôlei, em Saquarema, município do Estado do Rio de Janeiro famoso pelos campeonatos de surfe. Brasil Rotário: Como foi para você, no início, ser filha de uma pessoa com limitações provocadas pela pólio? Mari: Quando eu e meu irmão David éramos crianças, os colegas comentavam: “a sua mãe não anda”, “a sua mãe é uma aleijada”. Coisa de criança, criança não tem noção. Eu mesma ficava com vergonha quando tínhamos que empurrar a minha mãe na cadeira de rodas pelo shopping; parecia
MARI FALA à Brasil Rotário dias antes de viajar com a seleção para o Torneio de Montreux, na Suíça
que todos nos olhavam. Mas eu era também uma criança. E hoje? Hoje, se eu tiver que carregar minha mãe no colo, eu carrego. Quando ela vem à São Paulo, eu a levo aos restaurantes, eu a coloco no meu carro, eu mesma a carrego nos braços, coloco-a na cadeira de rodas novamente. Se por um acaso eu ou meu irmão tentamos carregá-la e a derrubamos, brincamos, tiramos um sarro da situação. Às vezes, por exemplo, damos um tapinha nela,
fazemos cócegas – que ela odeia – e falamos: “Você não vai me pegar mesmo...” Usamos o humor para relaxar com a situação. Como está sua mãe? Ela não tem movimento algum da cintura para baixo. Na infância, ela fez oito cirurgias. Até uns 10 anos atrás, ela ainda conseguia andar de muletas. Aí ela engordou um pouco e, como ela tem tendinite no ombro, no punho, já não consegue mais utilizar as muletas. B RASIL R OTÁRIO 3 3
§
Entrevista Mas isso não a impediu de se realizar profissionalmente e como mãe... Exato, ela dirige desde os 18 anos, teve dois filhos, nunca teve babá, sempre cuidou da casa, dava aulas de alemão, fez faculdade, trabalhou na Semp Toshiba como secretária. Ela sempre se virou na vida. Nunca se acomodou. Hoje ela faz artesanato, pinta quadros, faz musculação três vezes por semana – ela tem personal trainer. Ela é muito ativa. Canta no grupo de louvor da igreja. Não para um minuto. Alguma vez percebeu nela alguma revolta ou tristeza por ter contraído a pólio? Nos 25 anos que eu conheço a minha mãe, foram pouquíssimas vezes. Ela lutou muito, e ela mesma tem orgulho de tudo o que conseguiu realizar. Algumas poucas vezes eu a vi xingando a perna: “Essa perna não me obedece”. Eu acho que é muito pouco pelo que ela passa. Talvez na minha infância ela tenha ficado um pouco deprimida porque via os filhos crescendo e não podia fazer tudo o que nós fazíamos. Lembra-se de algum detalhe relativo a isso naquela fase da sua vida? Ela não podia sair domingo à tarde de bicicleta, como nós saíamos com o meu pai para as aventuras pelos matos das redondezas. Ela ficava em casa. Eu me lembro que minha mãe tinha uma caravan com um teto solar e ela a estacionava ao pé do morro, enquanto eu, meu pai e meu irmão escalávamos, sem cordas, o morro inteirinho, que era bem alto. Minha mãe ficava lá embaixo com o teto solar aberto e nós dávamos tchau para ela. Minha mãe queria estar ali escalando,
3 4 JULHO DE 2009
“Ela é muito bem resolvida com o problema dela, e por isso pode ajudar outros a lidarem bem com as próprias dificuldades” então ficava no carro torcendo para ninguém cair. E você, alguma vez se deprimiu diante das limitações dela? Não, nunca me deprimi por causa disso não. Às vezes eu ficava com dó, mas a minha mãe sempre fala que a única coisa que ela não quer que alguém tenha dela é dó. Ela diz: “Eu não tenho dó de mim, por que vão ter dó de mim?” Ela jamais permitiu isso. Você comentou que sua mãe não para um minuto. Ela faz muito mais coisa que muita gente. Eu me lembro uma vez em que nós fomos para Arraial do Cabo [cidade litorânea do estado do Rio] e havia conosco a mãe de uma amiga nossa. Ela é mais nova que a minha mãe, tem saúde perfeita. Na viagem até Arraial, minha mãe falou assim: “Quando a gente parar na prainha eu quero descer do barco”. Nós, filhos, chegamos a falar: “Mãe, não tem como a descermos. Como faremos para trazê-la para o barco novamente?” E ela: “Eu não quero saber, joguem-me lá embaixo, eu fico no mar.” Havia uns dois metros e meio do convés até a água e eu, meu irmão e o capitão a jogamos na água. O mar estava com uns dois graus, ela entrou, nadou, pegou jacaré. Enquanto isso, a mãe da minha amiga sequer desceu do barco; ficou sentada passando mal. A minha mãe aproveita mais a vida porque não tem medo de nada.
Poderia falar um pouco sobre o trabalho voluntário que ela realiza? Ela trabalha como voluntária em uma ONG, prestando ajuda a paraplégicos e dependentes químicos. Ela dá assistência a pessoas que estão deprimidas porque sofreram acidentes. Minha mãe conhece vários cadeirantes em Rolândia. Ela os ajuda, por exemplo, orientandoos quanto a melhor forma de se deslocarem. Ela é muito bem resolvida com o problema dela e por isso pode ajudar outros a lidarem bem com as próprias dificuldades. Agora me conte como foi sua entrada no vôlei. Eu fazia outros esportes, nadava, jogava bola, brincava com a molecada. Aí, como eu estava crescendo muito, comecei a ter problemas de postura. O médico indicou o voleibol; considerou-o melhor do que a natação porque exige a boa postura e desenvolve a musculatura das costas. Então minha mãe falou: “Vamos lá, eu conheço um professor da escolinha de vôlei da cidade.” Eu tive dois treinos e o professor disse: “Essa menina tem talento.” Comecei a treinar mais sério e acabei entrando na equipe de vôlei da cidade. Você imaginava algum dia chegar à seleção de vôlei? Em Rolândia, depois em Londrina, eu já via que tinha algo especial, um biótipo privilegiado. Eu percebi que deveria aproveitar isso de alguma forma e coloquei em mente que tinha que dedicar minha vida ao vôlei. * O autor é jornalista. BR
Agradecimento ao ex-governador do distrito 4710 Peter Joachim Moser.
XXXII Instituto Rotary do Brasil
Entre vales e hortênsias Conheça um pouco a história de Gramado, que este ano será sede do maior evento brasileiro da nossa organização
N
o meio do caminho em direção à Serra Gaúcha havia um grande campo, cercado por bosques de araucária. Tropeiros, muitos deles descendentes de açorianos, ali descansavam antes de seguir viagem. Toda a região era aprazível, de invernos moderadamente frios e verões amenos. Durante o inverno, as temperaturas podiam ficar negativas e a neve caía, mas em pequenas quantidades e durante poucos dias. Os tropeiros foram os primeiros moradores da região, que se acredita tenham se estabelecido em 1875. Mesmo assim, até 1913 aqueles vales e cascatas assistiram a um povoamento tímido, lento. Foi então que naquele ano começaram a chegar alemães e italianos. Em pouco tempo, a região foi tomada por uma atmosfera fortemente europeia que se conserva ainda hoje. Assim começou Gramado. O município surgiu oficialmente em 1954, resultado de um movimento de emancipação em relação a Taquara e São Sebastião do Caí. Seu nome, dizem, deriva do belo e verdejante campo daquela época dos tropeiros. Conhecida como a Suíça Brasileira, Gramado tem ruas e jardins floridos durante as quatro estações do ano. E o charme das culturas alemã e italiana se repro-
duz até na arquitetura de casas e prédios de no máximo quatro andares, com telhados pontudos e paredes decoradas com flores e bonecos. A cidade tem forte vocação turística, apresentando dezenas de bons hotéis e pousadas. Agora, é só anotar na agenda as datas do Instituto.
Fique de olho no calendário SEMINÁRIO DE TREINAMENTO DE GOVERNADORES ELEITOS (GETS) 1 e 2 de setembro de 2009 PRÉ-INSTITUTO 3 de setembro de 2009 INSTITUTO De 3 a 6 de setembro de 2009
Para se inscrever no Instituto acesse http://www.institutorotarygramado.com.br/ inscricoes.php B RASIL R OTÁRIO 3 5
Altimar Augusto Fernandes e Henrique VVasconcelos asconcelos Coordenadores Regionais da Fundação Rotária para as Zonas 22A e 23A, e para Zona 22B, respectivamente
Novas Equipes Zonais da Fundação Rotária Este mês marca a estreia na coluna do novo coordenador regional da Fundação Rotária para os distritos brasileiros englobados pela Zona 22B, o ex-governador do distrito 4490 Henrique Vasconcelos. Juntos, ele e o também ex-governador Altimar Augusto Fernandes, coordenador regional para as Zonas 22A e 23A, explicam as atribuições das Equipes Zonais e informam os nomes dos companheiros que irão ajudá-los a desempenhar essa tarefa nos 38 distritos brasileiros em 2009-10. ara que a Fundação Rotária possa auxiliar os distritos, foi criado um manual com as descrições de cargos dos membros das Equipes Zonais. De acordo com uma decisão de outubro de 2008 do Conselho de Curadores da Fundação Rotária, algumas de suas principais atribuições são:
P
COORDENADORES REGIONAIS DA FUNDAÇÃO ROTÁRIA Prestam assistência aos governadores de distrito e às comissões distritais no planejamento de seminários distritais ou multidistritais da Fundação.
Zonas 22A e 23A
Instruem líderes distritais em exercício a manter os associados dos clubes informados sobre os programas da Fundação Rotária e as atividades de captação de recursos. Promovem o trabalho da Fundação entre rotarianos e não-rotarianos. Auxiliam os governadores eleitos a definir as metas distritais de participação em programas e de apoio financeiro à Fundação, ajudando-os a se prepararem para seus mandatos. Conscientizam os governadores de distrito, os presidentes de comissão distrital da Fundação Rotária e os
Distritos 4310, 4420, 4430, 4440, 4470, 4480, 4510, 4540, 4590, 4600, 4610, 4620, 4630, 4640, 4650, 4651, 4660, 4670, 4680, 4700, 4710, 4730, 4740, 4770, 4780
Divisão dos distritos entre os Coordenadores Regionais Assistentes
Coordenador Regional da Fundação Rotária
Altimar Augusto Fernandes
Todos os distritos
Coordenador Regional Assistente da Fundação Rotária Coordenador Regional Assistente da Fundação Rotária Coordenadora Regional Assistente da Fundação Rotária Coordenador Regional Assistente da Fundação Rotária Coordenador Regional Assistente da Fundação Rotária Coordenador Regional Assistente da Fundação Rotária Coordenadora Zonal do Desafio de US$ 200 Milhões do Rotary Coordenador de Ex-Participantes de Programas da Fundação
Alceu Eberhardt Névio Urio Thébis Maria de Carvalho e Silva Cury Darci Luiz Leite Kirst José Carlos Carvalho Leonel Irio Silva do Nascimento Neli Lúcia Coradini Abascal Paulo Augusto Zanardi
4650, 4651, 4740, 4710 4470, 4630, 4640, 4440 4590, 4310, 4620, 4600 4420, 4430, 4610, 4730 4480, 4510, 4540, 4770 4670, 4660, 4680, 4700, 4780 Todos os distritos Todos os distritos
Zona 22B
Distritos 4390, 4410, 4490, 4500, 4520, 4530, 4550, 4560, 4570, 4580, 4720, 4750, 4760
Divisão dos distritos entre os Coordenadores Regionais Assistentes
Coordenador Regional da Fundação Rotária
Henrique Vasconcelos
Todos os distritos
Coordenador Regional Assistente da Fundação Rotária Coordenador Regional Assistente da Fundação Rotária Coordenador Regional Assistente da Fundação Rotária Coordenador Regional Assistente da Fundação Rotária Coordenador Zonal do Desafio de US$ 200 Milhões do Rotary Coordenador de Ex-Participantes de Programas da Fundação
George Teixeira Pinheiro Kleber Carvalho Toscano Luiz Gustavo Kuster Prado José Nelson Carrozzino Filho José Alves Fortes Flávio Mendlovitz
4720, 4490 4550, 4390, 4500 4530, 4760, 4520, 4560 4570, 4750, 4410, 4580 Todos os distritos Todos os distritos
3 6 JULHO DE 2009
presidentes de subcomissão distrital sobre a importância do gerenciamento responsável de fundos, da supervisão e da apresentação de relatórios referentes ao uso de verbas da Fundação Rotária. Apoiam os líderes distritais a alcançar suas metas e a organizar sessões informativas e de treinamento sobre os programas da Fundação, monitorando seu progresso durante todo o ano. Trabalham em conjunto com os coordenadores regionais assistentes da Fundação Rotária para o alcance das metas de contribuição ao Fundo Permanente. Assessoram, orientam e apoiam governadores, governadores eleitos, governadores assistentes e as comissões distritais da Fundação. Quando convidados, oferecem treinamento zonal aos governadores eleitos, em sessões realizadas em conjunto com os Institutos Rotary, abordando os tópicos recomendados pelos curadores da Fundação. COORDENADORES REGIONAIS ASSISTENTES DA FUNDAÇÃO ROTÁRIA Sob a orientação dos coordenadores regionais da Fundação Rotária: Têm sob sua alçada quatro distritos da região de responsabilidade dos coordenadores regionais. Monitoram os subsídios, promovem gerenciamento responsável nos distritos que lhes foram designados e provêm apoio aos líderes distritais. Monitoram o progresso mensal da captação de recursos nas regiões sob sua alçada e orientam clubes e distritos sobre como alcançar ou exceder as metas estabelecidas. COORDENADORES DE EX-PARTICIPANTES DE PROGRAMAS DA FUNDAÇÃO ROTÁRIA Sua principal atribuição é incentivar os Rotary Clubs e distritos a envolver ex-participantes de programas em atividades rotárias, recrutando-os para seus quadros associativos e estimulando-os a contribuir com a Fundação Rotária e promover seus programas. COORDENADORES ZONAIS DO DESAFIO DE US$ 200 MILHÕES DO ROTARY Reportando-se ao coordenador regional da Fundação Rotária, sua principal função é colaborar na captação de recursos para esse desafio, atuando como canal de comunicação entre os coordenadores regionais assistentes da Fundação Rotária, os líderes distritais (governadores, governadores eleitos, governadores assistentes, presidentes de comissões distritais da Fundação Rotária, presidentes de subcomissões distritais de doações anuais e presidentes de subcomissões distritais de doações extraordinárias) e os funcionários da Fundação. BR
Coluna do chair da Fundação Rotária
Um roteiro para o futuro da nossa Fundação
A
o iniciar este novo ano rotário, deparamo-nos com um panorama de desafios e possibilidades. Estamos no início de uma nova jornada conjunta – e, como acontece em cada viagem, é uma boa ideia começar com um roteiro. Por este motivo, estabelecemos as metas anuais para a nossa Fundação Rotária. Elas nos ajudarão a manter o foco no que estamos fazendo e a caminhar na mesma direção, na mesma estrada rotária. Não deve surpreender nenhum rotariano o fato de a erradicação da pólio ser nossa meta prioritária para 2009-10. Ela permanecerá como a primeira das prioridades, até ser atendida. O papel da Fundação Rotária para a consecução deste objetivo é ajudar na superação do Desafio de US$ 200 Milhões do Rotary e na conscientização de que a luta contra a pólio ainda não se encerrou. Nossa segunda meta é agir, através da nossa Fundação, para fazer deste um mundo melhor, atuando nas seis áreas estabelecidas no Plano de Visão Futura, a saber: G G G G G
Paz e prevenção/resolução de conflitos Prevenção e tratamento das doenças Saúde materna e infantil Educação básica e alfabetização Desenvolvimento econômico e comunitário
A terceira meta é implementar o Plano de Visão Futura, que ajudará a revitalizar e fortalecer a nossa Fundação para que ela possa apoiar, convenientemente, outro século de serviço rotário. Finalmente, a quarta meta é apoiar a iniciativa Todos os Rotarianos, Todos os Anos, e o Fundo Permanente, para garantir a continuidade dos bons serviços da nossa Fundação. É com muita alegria que me junto a vocês nesta nova jornada rotária. O Futuro do Rotary Está em Suas Mãos – e o futuro da nossa Fundação também. GLENN ESTESS SR. Presidente do Conselho de Curadores da Fundação Rotária B RASIL R OTÁRIO 3 7
ABTRF – Associação Brasileira da The Rotary Foundation Flávio Farah*
Desafios dos nossos distritos
D
urante os anos em que trabalhei pela nossa Fundação Rotária como coordenador distrital e coordenador regional, sempre levei a seguinte mensagem: não precisamos necessariamente de mãos que doem para a Fundação Rotária, mas de mãos que trabalhem por ela. A Associação Brasileira da The Rotary Foundation (ABTRF) é a alavanca de que precisávamos nesse desafio de ampliar os nossos recursos e transformá-los em novos projetos, sempre tão necessários às comunidades menos favorecidas. Uma atividade essencial em qualquer organização sem fins lucrativos é o levantamento sustentável de fundos, uma tarefa que deve ser realizada de modo pragmático em nossa organização, sendo que podemos afirmar que, nesse sentido, os distritos brasileiros apresentam uma curva com evolução crescente. No entanto, nossos distritos ainda realizam as doações de modo não homogêneo, sendo que muitos ainda não atingem a meta do programa Todos os Rotarianos, Todos os Anos. Depois de anos e anos de experiências e muito trabalho, viemos a desenvolver a consciência de aplicar técnicas criativas de arrecadação, destinadas à realização de diversos projetos voltados às comunidades mais carentes. Os rotarianos realizam suas contribuições – e, principalmente, seu trabalho – com prazer e
3 8 JULHO DE 2009
sensibilidade, pois sentimos um imenso orgulho da nossa Fundação Rotária. Em decorrência dessas crescentes necessidades, foi criada a ABTRF. Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, a ABTRF é, em sua essência, uma fórmula eficiente baseada no conceito de propiciar uma vantagem tributária junto às pessoas jurídicas que operam no regime de Lucro Real. Mas, na prática, a ideia da ABTRF vai muito além disso, transcendendo o conceito fiscal. Sua criação pode ser entendida como um marco histórico no processo de levantamento financeiro em relação ao meio empresarial, sendo um modelo inovador e que, sem dúvida, deverá ser efetivamente implantado nas empresas de pequeno e médio portes,
e sistematizada nas grandes corporações. NO CHÃO DOS CLUBES A aproximação com o meio empresarial é estratégica para nós, pois poderemos realizar um exercício de relacionamento com todo tipo de empresa, mostrando realmente as ações do Rotary, desenvolvendo parcerias, aprendendo a trabalhar em conjunto e ganhando mais amigos e associados em potencial, o que resulta também num grande esforço de imagem pública. De uns anos para cá, muito se tem falado sobre a ABTRF em fóruns específicos, nos Institutos Rotary do Brasil, nas Conferências Distritais e nos nossos seminários. Mas por que ainda encontra-
A aproximação com o meio empresarial é estratégica para nós, pois poderemos realizar um exercício de relacionamento com todo tipo de empresa, mostrando realmente as ações do Rotary mos resistência ou falta de conhecimento a nosso respeito por grande parte dessas empresas? Sabemos que a ação social não é o negócio das empresas, não é o seu core business. Neste sentido, as empresas estão se capacitando cada vez mais nos últimos anos, desenvolvendo competências e consolidando parcerias estratégicas para que a ação social privada venha a fazer parte inerente da cultura empresarial. Avaliando esta evolução, estamos cada vez mais convencidos de que nossa organização não pode estar fora desse movimento. Estou seguro de que daqui a alguns anos o acesso aos fundos corporativos será uma fonte habitual – e nossa capacidade de investimentos sociais crescerá de modo exponencial. Isso significa que é preciso levar o conceito da ABTRF para o chão dos nossos clubes, para os rotarianos que sustentam o dia a dia de nossos projetos e de nossas ações sociais, pois todos os recursos doados à ABTRF não saem do Brasil, sendo gastos em projetos locais, de acordo com as necessidades das comunidades brasileiras. Mas como podemos iniciar este novo processo? Todos os dias, temos a oportunidade de abordar diferentes tipos de empresários (rotarianos ou não), contadores, corretores e consultores que integram nossa esfera de influência. O jogo já começou quando a ABTRF criou um con-
vênio com a Porto Seguro Seguros, estabelecendo uma doação desta empresa para fundos anuais da Fundação Rotária. SUGESTÕES AOS GOVERNADORES Sendo assim, sugerimos aos novos governadores que estabeleçam em seus distritos uma pauta de prioridades relacionadas à ABTRF para que tenhamos sucesso nessa iniciativa. Dois pontos mereceriam atenção: G A organização de um seminário de capacitação para a arrecadação de recursos junto a pessoas jurídicas com o objetivo de conhecer os companheiros com maior influência no meio empresarial de sua região. Faça uma lista com os nomes das dez empresas que têm mais potencial para serem contatadas em cada área e, em seguida, defina uma estratégia de aproximação personalizada para cada uma delas, estabelecendo um plano de ação por área e por clube (com metas, prazos e seus responsáveis). G A implantação do Programa Seguro Solidário em todos os clubes de seu distrito. Este programa é baseado na gestão de nossos associados e familiares que possuem seguro com a Porto Seguro, mas que ainda não se cadastraram junto à seguradora para participar do convênio com a ABTRF. Este programa deve ser aplicado localmente, sendo fundamental a liderança dos presidentes de cada clube.
Para tal, convidamos nossos associados, presidentes de clubes, governadores assistentes, membros da equipe distrital e dos Colégios de Governadores a apoiar estas iniciativas. Devemos tornar este sonho uma realidade, contando com o total apoio dos novos governadores e dos coordenadores distritais da Fundação Rotária, sendo indicada também a criação em cada distrito do cargo de um responsável pela ABTRF. Como sugestão, consultem na internet uma experiência realizada pelo distrito 4420, que organizou o 1o Seminário de Capacitação para Arrecadação de Pessoas Jurídicas. O endereço é http://www.rotary4420.com.br/ 2008-09/distrito4420/abtrfd4420.asp Convido todos a participar deste novo desafio. Estamos vivendo um momento oportuno para a combinação de ousadia e novas práticas de arrecadação junto às pessoas jurídicas. Tudo isso, claro, somado à tradicional generosidade das doações feitas por nossos próprios associados, que são sempre muito bem-vindas. A ABTRF é uma realidade. Por isso já está na hora de desenvolvermos nosso potencial. BR
* O autor é ex-coordenador regional da Fundação Rotária, ex-governador do distrito 4420 e associado do RC de São PauloInterlagos, SP. B RASIL R OTÁRIO 3 9
Interact & Rotaract
O Interact Club de Ferraz de Vasconcelos, SP (D.4430), arrecadou materiais esportivos junto ao comércio local. Os jovens organizaram a campanha em benefício do Centro Social Vida, que atende a 250 crianças carentes por dia, fornecendo alimentação, reforço escolar e escolinhas de esportes.
Os integrantes do Interact Club de Itajobi, SP (D.4480) promoveram pedágio na cidade para distribuir panfletos sobre o combate à dengue. Em outra oportunidade, o clube visitou o Lar dos Velhinhos de São Vicente de Paulo.
Os 40 jovens do Interact Club de Santa Fé do Sul, SP (D.4480), elaboraram projeto para contribuir com o Polio Plus da Fundação Rotária (FR). Interessados em conscientizar a população local da necessidade de se erradicar globalmente a poliomielite, os integrantes providenciaram a confecção de adesivos para serem comercializados. Depois de visitar escolas e o comércio local, buscar o apoio da prefeitura municipal e ir à Conferência Distrital, os interactianos conseguiram reunir R$ 3.500,00 para destinar à FR.
Para conscientizar a população da importância de manter a cidade limpa, o Interact Club de Espera Feliz, MG (D.4580), promoveu uma passeata, apoiada pelo RC e pelo comércio locais. Os interactianos percorreram as principais ruas do centro do município, distribuindo panfletos com a frase “A cidade mais limpa não é aquela que mais se varre, e sim a que menos se suja”.
Com uma comemoração na Casa da Amizade local, os integrantes do Interact Club de Foz do Iguaçu-Itaipu, PR (D.4640), homenagearam suas respectivas mães (foto), que foram presenteadas com rosas. Em outra oportunidade, os interactianos auxiliaram o RC de Foz do Iguaçu-Três Fronteiras na Festa do Porco na Grade, realizada para patrocinar o projeto Pelotão Futuras Gerações. Pelos serviços prestados no dia do evento, os rotarianos repassaram ao Interact Club 5% da verba arrecadada.
Como incentivo à leitura, o Rotaract Club de Rio Branco-José ■ ■ ■ Altemir, AC (D.4720), promoveu o Sebo Cultural durante a Semana Mundial de Rotaract. Os jovens venderam livros usados a preços que variaram de R$ 1 a R$ 10. A iniciativa contou com a parceria dos RCs de Rio Branco e Rio Branco-Penápolis e da Casa da Amizade do distrito. Em outra ocasião, os rotaractianos também redigiram uma Carta Inspiradora destinada aos RCs que ainda não patrocinam Rotaract Clubs.
4 0 JULHO DE 2009
Os Geraldo Miquelotti completou 50 anos de vida rotária em abril. Ele é o associado mais antigo do RC de Nova Iguaçu, RJ (D.4570), do qual já foi presidente, e é Companheiro Paul Harris agraciado com uma safira.
Wilson Vieira Alves, ex-presidente do RC de Campinas-Sul, SP (D.4590), está há 52 anos no Rotary e tem 100% de frequência. O companheiro, de 86 anos, se tornou rotariano em 1957, quando ingressou no RC de Osvaldo Cruz, SP (D.4510), do qual também foi presidente.
50 Mais De seus 94 anos de vida, o companheiro Antonio Risaliti vem dedicando mais da metade ao Rotary. Atualmente no RC de Campinas-Sul, SP (D.4590), ele ingressou na vida rotária pelas portas do RC de Taubaté, SP (D.4600), em 1954. Completou, portanto, 55 anos de rotarismo e é associado com 100% de presença. Ex-presidente do RC de Quaraí, RS (D.4780), Luiz Pozzer comemora este mês meio século de Rotary. Ele é Companheiro Paul Harris.
S G
e você tem 50 anos de Rotary ou mais, envie sua foto sozinho para a Brasil Rotário: E-mail: redacao@brasil-rotario.com.br Endereço postal: Avenida Rio Branco, 125 – 18o andar – Centro – Rio de Janeiro – CEP: 20040-006
B RASIL R OTÁRIO 4 1
Cultura
Renata Coré
Para o coração do fã bater feliz senso comum que Alfredo da Rocha Vianna Filho, o famoso Pixinguinha, foi um músico multitalentoso: era flautista, saxofonista, compositor, cantor, arranjador e regente. Mas, 36 anos após sua morte, nem todas as facetas desse ícone da Música Popular Brasileira são igualmente conhecidas pelo público. Uma situação que o lançamento da “Série Pixinguinha” busca modificar. Garimpada no acervo particular do músico, a coleção tem o intuito de trazer à tona o lado menos lembrado do compositor, do instrumentista e, principalmente, do arranjador Pixinguinha, cujo perfil é desenhado a partir de 36 músicas. O primeiro CD, “Pixinguinha no Cinema”, resgata a trilha sonora do filme “Sol Sobre a Lama”, dirigido por Alex Viany. Entre as 16 canções do longa, cinco são parcerias com Vinícius de Moraes. O segundo disco da série, “Pixinguinha Sinfônico Popular”, foi gravado no Teatro de Santa Isabel, no Recife, em junho de 2008, com a Orquestra Sinfônica da cidade, sob a regência do maestro Osman Gioia e com participação de músicos convidados. Já o terceiro CD foi gravado no Rio de Janeiro, no final do ano passado. Sob a regência do maestro Silvio Barbato – falecido recentemente no acidente com o Airbus da Air France –, a Orquestra Petrobras Sinfônica interpreta material inédito em disco. O maestro Caio Cezar, a produtora Lu Araújo e o cantor e compositor Marcelo Vianna, neto de Pixinguinha, assinam a direção artística da coleção, lançada pelos selos Sesc Rio.Som e Crioula Records. Distribuídos pela Rob Digital, os discos são vendidos individualmente. Já a versão de luxo para colecionadores, com tiragem limitada, traz uma caixa com os discos, acompanhados de livreto com depoimentos e fotos.
É
Cartas de amor em tempos de internet N
uma época em que as mensagens instantâneas ditam o ritmo da comunicação interpessoal, dois livros recém-lançados apostam no poder das tradicionais cartas sobre o imaginário do leitor. O título “Para Sempre – 50 Cartas de Amor de Todos os Tempos”, organizado por Emerson Tin, traz missivas dos últimos três séculos do milênio passado, principalmente, algumas escritas originalmente em latim, francês e inglês, entre outros idiomas. São cartas assinadas por autores como Cícero, Voltaire, Beethoven, dom Pedro 1º, Victor Hugo, Chopin, Gonçalves Dias, Machado de Assis, Eça de Queirós, Rui Barbosa, Olavo Bilac, Franz Kafka e Fernando Pessoa. Já em “Carta para Você – Declarações de Amor em Tempos Modernos”, escritores da nova geração criaram cartas de amor a pedido de Joshua Knelman e Rosalind Porter, editores da coletânea. Aos autores, foi oferecida a possibilidade de imaginar a situação que mais lhes aprouvesse para retratar o sentimento em questão nos dias de hoje. Nomes como Margaret Atwood, Neil Gaiman
4 2 JULHO DE 2009
e Leonard Cohen participam da coletânea. Entre os brasileiros, há textos de Martha Medeiros, Adriana Lisboa, Michel Sanches Neto e Xico Sá.
Para sempre
50 cartas de amor de todos os tempos Emerson Tin (org.) Globo
Carta para você
Declarações de amor em tempos modernos Joshua Knelman e Rosalind Porter (org.) Alfaguara
Duas Duas trajetorias trajetorias revisitadas revisitadas “S
antiago”, dirigido por João Moreira Salles, é um documentário múltiplo. Mostra-nos uma parcela da figura idiossincrática do mordomo que, durante 30 anos, serviu à família do cineasta, na mansão onde viviam, no bairro carioca da Gávea. Nascido na Argentina, Santiago era um homem de gostos refinados: tocava piano, escrevia poemas, apreciava ópera, conhecia livros e filmes e tinha por hobby pesquisar a história de aristocratas de todo o mundo. Ao falar da vida do mordomo, o filme
volta-se também sobre si mesmo, põe em questão a arte de fazer documentários e reflete sobre a trajetória profissional de seu diretor. Como se Salles pensasse em voz alta, diante do público. Durante cinco dias, em 1992, o documentarista entrevistou seu exmordomo para o filme. Naquela época, no entanto, não conseguiu dar forma ao documentário. Mais de 13 anos depois, Salles decidiu retomar o material, sem o compromisso de montar um filme, mas interessado em descobrir o motivo do
insucesso. A conclusão do diretor é mostrada ao longo de “Santiago”, premiado em festivais de cinema na França, Itália, Peru, Inglaterra e EUA, e também pela Academia Brasileira de Cinema, além de ter sido incorporado ao acervo permanente do Museu de Arte Moderna de Nova York.
Projeto cultural relembra Euclides O
ano de 2009 marca o centenário da morte de Euclides da Cunha, autor do clássico “Os Sertões”. Para celebrar a memória do escritor, diversas instituições se uniram na criação do projeto 100 Anos Sem Euclides, cuja ideia é promover uma série de ações artísticas, culturais, acadêmicas e educativas. Para setembro, por exemplo, está programado um seminário internacional, no Rio de Janeiro. Esta e outras informações – como o lançamento de um novo livro sobre os autos do processo da morte de Euclides – podem sem acessadas no site do projeto: http:www.projetoeuclides.iltc.br. A página eletrônica também disponibiliza vídeos sobre a vida e a obra do escritor, além de músicas e entrevistas ligadas a ele.
BR
B RASIL R OTÁRIO 4 3
Autores rotarianos Entraves na navegação interior Fenavega Um extenso litoral de 7.500 km que interage com 12 bacias hidrográficas. Assim é o Brasil. O potencial hidrográfico do país é um dos maiores do mundo, mas sua operacionalidade vem pecando por falta de investimentos e de estratégias governamentais eficazes, explicam os autores deste livro. A finalidade aqui é trazer ideias para enfrentar os impasses ao desenvolvimento do setor de navegação fluvial e lacustre. Um dos principais colaboradores do trabalho é Meton Soares, companheiro do RC do Rio de Janeiro, RJ (D.4570) e vice-presidente da Confederação Nacional do Transporte.
Caminhos da vida Sebastião Caracas As reminiscências que levam a uma infância nos anos 30 e a uma juventude nos anos 40. As várias ondas de modernidade que gradativamente envolveram uma vida. Comentários sobre o poder das mulheres. As experiências quase inefáveis quando se pensa em um poder superior ou se medita sobre uma paisagem remota. O resgate de personagens e de sensações. Tudo isso surge em crônicas tanto em prosa quanto em verso sob a pena do rotariano Sebastião Caracas. Como explica o autor, que é associado do RC de São Luís, MA (D.4490): “Enquanto houver histórias para contar ou escrever, estaremos vivendo tranquilamente.”
Vivo e conto Associação Brasileira do Câncer Experiências reais de pacientes com câncer de pulmão e de médicos oncologistas dedicados a eles ins-
4 4 JULHO DE 2009
piram este livro de contos, patrocinado pela Associação Brasileira do Câncer. O oncologista e hematologista Ricardo Teixeira, que é associado do RC do Rio de Janeiro-Leblon, RJ (D.4570), participa com o texto “Luz no Fim do Túnel”. Para adquiri-lo, escreva para administrativo@abcancer.org.br
Escritório Contábil Nova Visão Ltda. CONTABILIDADE – DESPACHANTES LEGALIZAÇÃO DE FIRMAS
Imp. de renda p/Física e Jurídica Rua Álvaro Alvim, 31 - 16º andar - Centro Fone: (21) 2533-3232 G Fax: (21) 2532-0748 Cep: 20031-010 - Rio de Janeiro - RJ Direção: Dra. Teresa de Jesus
Prestigie os anunciantes desta revista. Você os conhece:
são companheiros rotarianos
Para anunciar, ligue: (21) 2506-5611 Ou escreva para: publicidade@brasil-rotario.com.br
B RASIL R OTÁRIO 4 5
Rotarianos do Brasil e dos EUA mais uma vez juntos Parceria entre distritos coloca em prática as quatro ênfases do Rotary RC de Cândido Mota, SP – O clube esteve à frente de projeto de Subsídios Equivalentes que beneficiou o Centro Vocacional da Criança e do Adolescente Frei Paulino, localizado em Cândido Mota. A ação compreendeu a pintura das salas de aula, do laboratório de informática, do anfiteatro e a ampliação da estufa para cultivo de plantas. Além disso, houve a aquisição de oito computadores, um televisor e uma tela para projeção. No total, a entidade foi beneficiada com R$ 40.250. O Centro Vocacional Frei Paulino atende 350 crianças e adolescentes carentes, oferecendo aulas de informática, língua portuguesa, administração, movelaria (produção e comércio de móveis), entre outras. Os alunos ainda recebem duas refeições por dia. “Esse projeto teve grande importância por atender a uma grande necessidade e, em segundo lugar, por ter envolvido quatro ênfases rotárias: educação, meio ambiente, serviços voluntários e compreensão mundial”, explicou Luiz Ricardo Begosso, então presidente do clube. Ao citar a compreensão mundial, Begosso se referia ao fato de que houve parceria com o RC de Centerville, Ohio, EUA (D.6670), e com os próprios distritos 4510 e 6670. O presidente também fez questão de destacar o papel do companheiro Ronan Ribeiro, do RC de Assis, SP, que estabeleceu o contato inicial entre os clubes. Aproximadamente 60 pessoas trabalharam na implementação do projeto. O clube de Centerville enviou rotarianos e interactianos, os quais atuaram com os integrantes do RC e do Rotaract locais. Como resumiu o governador 2008-09 do distrito 4510, Régis Jorge: “É um projeto que atendeu o verdadeiro sentido da internacionalização do Rotary e colocou os rotarianos interagindo diretamente com os interactianos.”
D . 4510
OUTROS DESTAQUES O clube de Cândido Mota promoveu duas outras iniciativas importantes. A primeira foi a Campanha de Doação de Sangue e de Cadastro de Medula Óssea.
4 6 JULHO DE 2009
GRAÇAS A um projeto de Subsídios Equivalentes, o Centro Vocacional foi revitalizado com uma doação de R$ 40.250,00
COMPANHEIROS DE todas as idades se mobilizaram na hora de pintar a sede da entidade Para tal, ocorreu a parceria com o Hemocentro de Marília e o apoio da Secretaria Municipal de Saúde desse município vizinho. Também ali, o RC estabeleceu uma integração, pois participaram da campanha membros do Rotaract, do Interact, da Casa da Amizade e do Rotakids. Na outra iniciativa, os companheiros se dedicaram à venda e à montagem de 1.100 pizzas em prol da Comunidade Pietá, em Cândido Mota, que atende pessoas com depressão.
RC de Saltinho, SP – É responsável pelo projeto Campanha de Coleta e Divulgação da Importância da Doação de Sangue. Por conta disso, o clube uniu-se ao Hemonúcleo de Piracicaba e ao Departamento de Saúde de Saltinho e realizou uma grande coleta de sangue. Resultado obtido: 83 bolsas de 450 ml de sangue.
D . 4310
RC de Nova Odessa, SP – Doou cheque de R$ 2.029 à Entidade de Combate ao Câncer de Nova Odessa (Ecano), apoiada continuamente pelos companheiros. Na foto, a presidente da Ecano, Dida Marmille Campos, e representantes do clube.
RC de AracajuSalgado Filho, SE – Doou leite em pó para a Instituição Beneficente Emmanuel, que atende mães e crianças do bairro Santa Maria, um dos mais carentes de Aracaju.
D . 4390
D . 4410
RC de Cariacica-Campo Grande, ES – Um dos projetos desenvolvidos pelo clube é o Beleza do Olhar, destinado à população pobre de Cariacica e de outros municípios do Espírito Santo. Nessa iniciativa, além da detecção e do tratamento de distúrbios oftalmológicos, há a doação de óculos. Na foto, o médico Walace Tironi, coordenador do projeto e associado do clube, sendo entrevistado pela Rede Brasil.
D . 4420 RC de Guarujá-Vicente de Carvalho, SP – Ampliou o seu Banco de Cadeiras de Rodas com a aquisição de dez novas peças. Outro destaque: a empresa Cargill tem doado ao clube 240 quilos de soja a cada dois meses. A doação destina-se a oito entidades beneficentes locais. RC de São PauloIndependência, SP – Distribuiu alimentos para diversas entidades, beneficiando crianças, adolescentes e idosos. Para a Creche Raio do Sol, no bairro Vila Carioca, o clube doou chocolates, toalhas de banho e copos.
B RASIL R OTÁRIO 4 7
D . 4430 RC de São Paulo-Água Rasa, SP – Entregou 60 brinquedos, 300 revistas, 20 filmes em DVD e um televisor ao Hospital Infantil Cândido Fontoura, localizado na Zona Leste da cidade de São Paulo. A ação teve a parceria do Grupo de Esposas de Rotarianas do Água Rasa. Na foto, representantes do clube e do hospital.
RC de São Paulo-Cantareira, SP – É responsável pelo projeto Descobrindo Novos Talentos, que tem como meta integrar, por meio do esporte, crianças carentes do Jardim Peri, em São Paulo. O projeto realiza campeonatos e entrega de prêmios, troféus e medalhas de participação.
D . 4440
RC de Campo Verde, MT – Entregou um cheque de R$ 1.800 para a Apae local. Uma iniciativa também importante foi a 11ª campanha de doação de sangue. Em outra ocasião, com direito a festa e passeio ciclístico (foto), os companheiros distribuíram prêmios e doces para as crianças carentes da região.
RC de Terra Nova do Norte, MT – Realizou a 1ª Festa do Carneiro, cuja renda foi revertida para a Fundação Rotária. O evento contou com a participação da comunidade local e de companheiros dos RCs de Colider, Nova Guarita, Peixoto de Azevedo, Matupá e Guarantã do Norte, todos de Mato Grosso.
D . 4470 RC de Nova Alvorada do Sul, MS – Doou 80 cestas de alimentos às famílias menos favorecidas do município (foto). A ação teve o apoio da Casa da Amizade local. Um evento rotário tradicional na cidade é o Baile do Chopp, que entrou em sua 12ª edição, e cuja renda foi destinada aos projetos do clube.
4 8 JULHO DE 2009
RC de Naviraí , MS – Doou cheque de R$ 3.150 ao projeto Maranathá, de assistência e prevenção infantil contra as drogas. Na foto, representantes do projeto e companheiros do clube, entre eles o então presidente, Marcos Aurélio de Oliveira.
D . 4480 RC de Votuporanga-Novo Milênio, SP – Doou uma geladeira duplex para a Associação Antialcoólica de Votuporanga, graças a um projeto de Subsídios Simplificados.
RC de Itajobi, SP – Arrecadou 1.100 kg em alimentos (foto), além de R$ 930, para doação ao Hospital São José e a várias entidades assistencias da cidade, entre elas o Albergue Noturno. Na iniciativa, o clube contou com a ajuda do Interact local. A distribuição de doces às crianças pelas ruas de Itajobi também contou com a participação de interactianos.
RC de São Luís-Praia Grande, MA – Promoveu a 11ª Caminhada pela Paz Mundial, que contou com a participação de companheiros de diversos RCs. Como explicou o presidente 200910 do clube, Pedro Ivo de Carvalho Viana, a manifestação foi uma oportunidade de divulgar as ações do Rotary e levar à população uma mensagem de otimismo, responsabilidade e ética.
D . 4490
D . 4500 RC de Cajazeiras, PB – Comemorou 60 anos de fundação promovendo serviços de aferição de pressão arterial à população (foto) e doação de mudas de árvores. Dentro da mesma iniciativa, ocorreu a divulgação dos programas do Rotary por meio de painéis instalados na praça da prefeitura. A ação foi coordenada pelo então presidente do clube, Jorge Brandão. RC do Recife-Casa Amarela, PE – Lançou a cartilha “Conheça e Defenda as Nossas Águas”, de autoria de Waldir Costa e Waldir Costa Filho, associados do clube. O lançamento foi prestigiado pela rotariana Oneide Queiroz, esposa do governador 2008-09 do distrito, Eduardo de Queiroz. A cartilha se destina a levar informações sobre a origem dos recursos hídricos e as formas de preservá-los, preocupação constante do Rotary.
de Bauru-Terra Branca, SP – D . 4510 RC Proporcionou a compra de equipamentos esportivos para o Consórcio Intermunicipal da Promoção Social, instituição que abriga mais de 2.000 meninos e meninas de sete a 18 anos, oriundos de Bauru e proximidades. O resultado foi a inauguração de uma academia, de salas de artes marciais e de dança, em evento que contou com a presença do então casal governador Regis Jorge e Lívia (foto). Toda a iniciativa foi possível graças a um projeto de Subsídios Equivalentes envolvendo o clube, a Fundação Rotária e o RC de Colville, EUA (D.5080).
B RASIL R OTÁRIO 4 9
D . 4530
D . 4520
RC de Belo Horizonte, MG – Instituiu a Comenda Ex-Diretor de Rotary International Archimedes Theodoro, considerada a maior distinção oferecida pelo clube. Na foto, a então presidente Maria Cândida de Oliveira Bello Corrêa entrega a honraria ao companheiro EGD José Edélcio Drumond Alves.
RC de Vespasiano, MG – Entregou donativos para desabrigados da chuva em Belo Horizonte. As roupas, alimentos não perecíveis e materiais de limpeza foram arrecadados em campanha realizada entre companheiros e moradores da cidade.
RC de GoiâniaAnhanguera, GO – Para difundir a Prova Quádrupla e incentivar a prática da ética, os companheiros produziram um cartão postal, divulgado durante uma caminhada pela paz e a segurança pública, promovida pelo clube no município. RC de BrasíliaLago Sul, DF – O banco mantido pelo clube doou mais 145 cadeiras de rodas e de banho, atingindo o número de 1.721 unidades disponibilizadas. Por meio de uma parceria com o RC de Alto Paraíso, GO, os companheiros cederam quatro cadeiras de rodas e duas de banho para o hospital municipal daquela cidade. O evento em que as peças foram entregues contou com a presença de dez rotarianos norte-americanos, que estiveram no clube para conhecer o projeto dos anfitriões. Os presentes ainda puderam degustar um lanche de cachorro-quente e refrigerante, além de doces e balas. Em outra oportunidade, durante a 54ª Conferência Distrital, o companheiro Jordivar Filgueira foi agraciado com o troféu Rotariano Destaque do Distrito 4530 em reconhecimento aos serviços prestados como coordenador do Banco de Cadeiras de Rodas e da Ação Social Rotary.
D . 4550
D . 4540
RC de Morro Agudo, SP – Os rotarykidianos plantaram duas mudas de cacau no pomar do Colégio Sal da Terra.
5 0 JULHO DE 2009
RC de Cachoeira-São Félix, BA – Os companheiros promoveram uma festa na sede do clube, com distribuição de presentes para centenas de crianças das comunidades carentes de Cachoeira e São Félix.
D . 4560
RC de Cristais, MG – Os integrantes do Rotary Kid’s homenagearam suas respectivas mães na sede do RC.
RC de Lavras, MG – Pela excelência dos serviços prestados à comunidade, o clube homenageou a educadora Efigênia das Graças Costa com o Certificado de Reconhecimento Rotário, entregue pelo EGD Oswaldo Louzada Serra. No mês da alfabetização, o RC ratificou suas parcerias com as escolas de Lavras e Ibituruna para a próxima gestão. Outra ação do clube foi participar da Rede Lavras Solidária, que arrecadou 20 toneladas de roupas e alimentos para os desabrigados pelas chuvas em Santa Catarina.
D . 4570 RC da Barra da Tijuca, RJ – Distribuiu 200 pares de tênis para crianças de diversas comunidades de Vargem Grande, na zona oeste do Rio de Janeiro. A ação é resultado do programa Andando pelo Mundo, desenvolvido pelo clube em parceria com os RCs de San Marino, San Marino (D. 2070), Rimini Riviera e RiccioneCattolica, Itália (D.2070), e Novafeltria-Alto Monterfeltro, Itália (D.2090). Em outra oportunidade, os companheiros promoveram o Rotary Barra Saúde 2009, com a ajuda de parceiros como o Hospital São Bernardo, Walter’s Coiffeur e a Defesa Civil municipal, entre outros. Foram realizados mais de 500 atendimentos.
RC do Rio de Janeiro-Avenida Ayrton Senna, RJ – O clube prestou homenagem à Brasil Rotário. Na oportunidade, o vicepresidente de operações da cooperativa que edita a revista, EGD Edson Avellar da Silva, proferiu uma palestra para os companheiros.
D . 4580 Os RCs de Além ParaíbaPortal de Minas e Além ParaíbaUnião das Margens, MG, se uniram para realizar um show beneficente de prêmios para um público formado por 300 participantes.
D . 4590 RC de Jundiaí-Serra do Japy, SP – Durante três dias, o clube promoveu um curso para capacitar 33 professores na metodologia utilizada pelo Projeto Lighthouse de alfabetização.
B RASIL R OTÁRIO 5 1
D . 4590 RC de Limeira-Morro Azul, SP – Promoveu a eleição da Miss 3ª Idade 2009 do Núcleo Esperança e Vida, instituição que apoia idosos.
D . 4610
D . 4600
RC de Itapevi, SP – Os companheiros criaram um grupo de capoeira na comunidade Betânia pela Vida. Cerca de 25 crianças e adolescentes participam da atividade. Em outra ocasião, os rotarianos recolheram baterias e pilhas em um mutirão de coleta de lixo eletrônico.
RC de PindamonhangabaPrincesa do Norte, SP – Com o Subsídio Equivalente da Fundação Rotária – e em parceria com o RC de Revelstoke, Canadá (D.5060), a prefeitura municipal, o Fundo Social de Solidariedade do município, e o Fundo Distrital de Utilização Controlada, o clube entregou o Telecentro, onde estão disponibilizados 20 computadores. A inauguração do espaço, que atenderá a 250 crianças, ocorreu durante a visita oficial do então casal governador Antonio Sérgio Ferri da Silva e Magda. Na mesma ocasião, o governador plantou uma árvore na Casa da Amizade local.
RC de Santana de Parnaíba-Aldeia da Serra, SP – Realizou em sua sede uma reunião da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo com a presença de moradores do entorno do clube. O objetivo foi divulgar os projetos da concessionária de melhoria na captação e distribuição de água e na implantação de estação de tratamento de esgotos.
RC de JacareíOeste, SP – Homenageou um dos companheiros de clube, dando à sala de reuniões do RC o nome de Salão Nobre EGD Edson de Oliveira Andrade. Na foto, o homenageado aparece nas presenças do então presidente Francisco Moreno Martinez, do vicepresidente 2008-09 João Pasqualin Neto e do então governador Antonio Sérgio Ferri da Silva.
RC de São Paulo-Perdizes, SP – Os companheiros recepcionaram a jovem Daniela Ades, que cumpriu o programa de intercâmbio na Austrália. De volta à cidade e em visita ao clube, a intercambiada falou sobre sua experiência no país para onde viajou.
5 2 JULHO DE 2009
D . 4630
de Avaré-Jurumirim, SP D . 4620 RC – Prestou homenagem às mães, que receberam lembrança do clube. Em outra ocasião, o RC ofereceu Certificado de Reconhecimento Profissional à enfermeira Sueli Manzini, da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante, pela participação no projeto Doe Órgãos, Salve Vidas. Outras ações recentes do clube foram: atuação no projeto Prefeitura nos Bairros, trabalhando na barraca do crepe suíço na Festa da Solidariedade, promovida pela Fundação Padre Emilio Immos; entrega de Certificado de Reconhecimento ao rotariano George Fredric Gibbons Prahl; e adesão à campanha do agasalho do Libertáguias Moto Clube.
RC de Sorocaba-Sul, SP – Em parceria com os Correios, os companheiros entregaram presentes para crianças da cidade.
RC de Mamborê, PR – Junto com o Interact e o Rotaract Club locais, ofereceu o 2º Jantar à Mineira, no Centro de Tradições Gaúchas Galpão da Amizade. A renda obtida foi destinada à Rede Feminina de Combate ao Câncer da cidade e à Fundação Rotária.
RC de Maringá-Colombo, PR – Entregou mais duas casas para o Núcleo Social Papa João XXIII, entidade beneficente que atende a famílias em situação de vulnerabilidade social. Desde 2000, os rotarianos já repassaram os recursos necessários para a construção de 17 casas de aproximadamente 60m2 que, gradativamente, estão substituindo moradias em madeira. Tais recursos são obtidos junto a contribuintes do Imposto de Renda que, em benefício do Fundo Municipal da Infância e Adolescência, deduzem até 6% do valor a ser pago.
D . 4640
RC de Dois Vizinhos-Amizade, PR – Entregou uma cadeira de rodas para Bianca Calgarotto. A cadeira, totalmente adaptada para a menina, foi feita pela Associação de Assistência à Criança Deficiente de São Paulo.
RC de Santa Terezinha, PR – Pelo seu Banco de Cadeiras de Rodas, entregou uma cadeira para que a menina Ruth Vitoria Paiva possa se locomover até a escola. B RASIL R OTÁRIO 5 3
D . 4640
D . 4651
RC de São Miguel do Iguaçu, PR – O então presidente do clube, Alirio Moreira da Cruz, entregou ao presidente da Sociedade Pestalozzi, Edvaldo Brighente, parte do lucro do 1o Festival da Polenta, organizado pelos rotarianos. O clube também tem colaborado com a diminuição dos índices de criminalidade na cidade participando do Conselho Comunitário de Segurança.
RC de Araranguá, SC – Para comemorar seu aniversário de 51 anos, os rotarianos realizaram um pedágio para arrecadar fundos que foram utilizados na organização de uma festa para os idosos do Lar São Vicente de Paulo, instituição fundada e mantida pelo clube há 25 anos. Os vovôs e vovós também ganharam uma bela festa de Páscoa (foto). Além disso, os rotarianos deram início a um projeto em que são doadas mudas de árvores nativas aos pais das crianças recém-nascidas na cidade e recepcionaram um grupo de IGE vindo de Bangladesh.
D . 4650 RC de Rio do Sul, SC – Com a parceria da Casa da Amizade, do Senac e da prefeitura, o clube vem realizando há cinco anos o Projeto Pró-cidadão, que consegue capacitar até 30 jovens para o primeiro emprego em um prazo de quatro meses.
RC de Blumenau-Verde Vale, SC – Com o apoio da All Filtration Technologies Tecidos Técnicos, uma empresa da região, o clube doou quatro caixas d’água ao Lar Betânia, entidade que presta assistência social a centenas de pessoas – e que teve as caixas d’água danificadas pelas enchentes de novembro do ano passado. Na Páscoa, o clube organizou uma festa para as crianças de uma escola pública da cidade.
5 4 JULHO DE 2009
Os Rotary Clubs de Tubarão, TubarãoSul, TubarãoLeste, TubarãoCidade Azul, TubarãoLuz e de Capivari de Baixo reuniram-se na Associação Casa dos Rotarianos de Tubarão para receber a visita de um grupo de IGE de Bangladesh. Falando sobre seu país e sua cultura, os visitantes trocaram experiências e presentes com os rotarianos.
D . 4660 RC de Cerro Largo, RS – Distribuiu cerca de 100 kits de material escolar a alunos carentes. Em outro projeto, desenvolvido em parceria com os Correios, o clube doou presentes aos meninos e meninas da cidade.
D . 4660
RC de São Luiz Gonzaga, RS – Numa visita ao Lar do Idoso de São Luiz Gonzaga, os rotarianos renovaram o apoio que dão à entidade, doando roupas e material de higiene.
RC de NãoMe-Toque, RS – Os alimentos arrecadados pelo clube gaúcho durante seu 13o Passeio Ciclístico foram doados ao Lar do Idoso São Vicente de Paula e à Apae. Os rotarianos também fizeram uma festa com distribuição de doces e presentes para as crianças de uma creche da Associação Beneficente de Amparo ao Menor.
D . 4680
RC de Canela, RS – O Cine 4D, localizado no Alpen Park (foto), foi um dos locais visitados em Canela pelo grupo de 12 rotarianos suecos do distrito 2400 que vieram ao Brasil através do programa Intercâmbio Rotário da Amizade. Eles foram recepcionados por companheiros do clube gaúcho.
D . 4670
RC de Porto AlegreLindoia Passo D’Areia, RS – Como vêm fazendo anualmente, as mulheres dos associados deste clube doaram enxovais completos para bebê (neste ano, foram mais de 30) às mães dos recémnascidos na maternidade de um hospital público da capital gaúcha. A maior parte dos enxovais foi confeccionada pelas próprias mulheres dos rotarianos. Além disso, o clube entregou certificados de conclusão a 20 alunos do curso de pintor do projeto Jovem Aprendiz, feito com a ajuda da empresa Tintas PPG Renner, e organizou um debate com a Secretaria de Segurança do Rio Grande do Sul.
RC de Porto Alegre-Bom Fim, RS – Organizou uma oficina para capacitar os membros da Associação de Moradores do Jardim Europa, no morro Santa Tereza, a ter uma renda extra na Páscoa com o preparo de delícias artesanais de chocolate. O clube também vem reconhecendo empreendedores da comunidade com o título de Profissional do Bairro e mantém o programa que há quase 30 anos concede bolsas de estudo a dois alunos do Colégio Militar de Porto Alegre. A foto mostra a 1a Oficina de Sucos, em que os rotarianos orientaram a população a preparar sucos naturais e saudáveis com folhas verdes e frutas. O projeto teve o apoio da nutricionista Maria Cecília Plentz, do Sesc, da Feira Ecológica do Bom Fim e da Creche Santa Teresinha. RC de Santa Cruz do SulOeste, RS – Seguiu uma tradição de muitos anos, entregando cestas de Páscoa a todos os alunos da Escola Guilherme Hildebrandt, apoiada por projetos do clube.
B RASIL R OTÁRIO 5 5
D . 4700 RC de Marau, RS – Realizou a entrega dos primeiros equipamentos que estão compondo o Banco Ortopédico de Marau, com sede no Corpo de Bombeiros Voluntários da cidade. Entre as doações, adquiridas pelo clube com a ajuda de pessoas físicas e empresas, estão sete cadeiras de rodas, cinco cadeiras de banho, seis pares de muleta e dois andadores.
O então governador Evaldo Hasselmann prestigiou o embarque da delegação do distrito 4730 em direção ao Chile, onde os brasileiros participaram de um Intercâmbio Rotário da Amizade com o distrito 4350. Antes disso, os rotarianos chilenos estiveram aqui no Brasil.
RC de Bento GonçalvesSão Francisco, RS – Doou 12 cadeiras escolares à Abraçai – associação que atende 65 crianças carentes da comunidade com reforço escolar, alimentação e acompanhamento psicológico –, além de oito galões de tinta, utilizados na pintura da quadra esportiva da entidade. No segundo sábado de cada mês, o clube participa de uma ação em benefício das famílias de um bairro pobre de Bento Gonçalves: a arrecadação de alimentos em uma loja do Supermercado Nacional. Até o começo de maio, os companheiros já haviam arrecadado mais de 1 tonelada de alimentos. Também em parceria com o Supermercado Nacional, foram doadas duas bicicletas ergométricas e uma câmera digital à Associação Gota D’Água (foto), que atende 18 crianças autistas.
RC de CuritibaPortão, PR – O companheiro José Eustachio de Souza comanda a aplicação do teste de acuidade visual em um aluno participante do projeto Jovem Atleta, mantido pelo Instituto Alfredo Kaefer, parceiro do clube. Ao longo do último ano rotário, o clube paranaense realizou aproximadamente 450 exames como esse e entregou cerca de 40 óculos para estudantes carentes da cidade de Curitiba.
D . 4710 RC de Astorga, PR – Homenageou as alunas do projeto de alfabetização de adultos desenvolvido pelo clube em conjunto com o RC de Astorga-Rainha da Amizade e a Associação das Senhoras de Rotarianos. As alunas receberam um certificado de honra ao mérito por seu esforço e dedicação em querer aprender mais, mesmo na terceira idade.
5 6 JULHO DE 2009
D . 4730
D . 4740
RC de Caçador-Sul Contestado, SC – Em parceria com o Museu do Contestado, realizou o Jantar Caboclo, evento com apresentações culturais e comida típica. Cerca de 500 pessoas prestigiaram o evento, que fez parte das comemorações do aniversário da cidade e foi realizado no Parque de Exposições de Caçador.
D . 4740
D . 4750
RC de Anita Garibaldi, SC – Com recursos obtidos através da venda de produtos doados pela Receita Federal, o clube entregou um notebook a Lucas André Teixeira Brandt, aluno da segunda série do ensino fundamental de uma escola pública da cidade. Lucas é portador de encefalopatia crônica, uma deficiência que afeta o controle motor. “O notebook está sendo fundamental na alfabetização dele”, disse uma das professoras do menino, que destacou sua inteligência, esforço, alegria e potencial comunicativo.
RC de Campos, RJ – Parcial da plateia que compareceu à festiva em comemoração aos 80 anos do clube, o oitavo a ser fundado no Brasil. Aproximadamente 130 rotarianos e convidados estiveram presentes, incluindo o então governador Marcio Pereira Ribeiro, o então governador do distrito 4410 Celso Gonçalves Alves, e diversos ex-governadores. A noite teve ainda um jantar dançante.
Diversos clubes da capital mineira, liderados pelo RC de Belo Horizonte-Barro Preto, organizaram uma grande cerimônia para homenagear pessoas e entidades que vêm colaborando com o Rotary e com a comunidade de Minas Gerais. Entre os escolhidos, estiveram o 12 o Batalhão de Infantaria do Exército, a Associação Brasileira da Indústria Gráfica (na foto, recebendo a homenagem), a Escola de Trânsito da Polícia Militar de Minas e o Mercado Central, tradicional ponto turístico de Belo Horizonte e local do evento, que foi animado por muita música ao vivo e a presença de mais de 500 convidados.
RC de Belo Horizonte-Padre Eustáquio, MG – Companheiros no momento do brinde em comemoração aos 25 anos de fundação do clube. Com a participação do Rotaract e da Casa da Amizade, a celebração aconteceu no salão nobre da Casa do Rotariano, em Belo Horizonte. Além das homenagens aos primeiros presidentes do clube, a noite ficou marcada pela posse de novos associados.
D . 4760
RC de Montes Claros-Norte, MG – O clube vem desenvolvendo na região norte de Minas um grande projeto voltado à construção de cisternas, como essa da foto, que captam a água das chuvas e ajudam a abastecer dezenas de famílias moradoras de zonas rurais. Feito com o patrocínio da Fundação Rotária, que destacou a iniciativa em recentes trabalhos internacionais de divulgação, o projeto conta também com o apoio dos Rotary Clubs de Wagasa Beach, do Canadá, e de Sessa Aurunca, do distrito italiano 2100, outro parceiro do clube brasileiro. Orçada em mais de R$ 80.000, a ação prevê a construção de 40 cisternas e faz parte de uma iniciativa ainda maior, que planeja elevar para 104 o número de unidades construídas no norte mineiro. As cisternas são feitas com a participação das famílias beneficiadas, que assim aprendem técnicas básicas de construção que poderão ser utilizadas em suas propriedades. O clube mineiro aproveitou a oportunidade para envolver a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater) no planejamento e no acompanhamento dos trabalhos.
Uma parceria entre os Rotary Clubs mineiros de Pirapora, Pirapora-Praia, Pirapora-Santos Dumont e Buritizeiro levou à realização de mais um Ação Rotária, maior evento comunitário do Rotary na região, organizado anualmente desde 1995 pelos rotarianos piraporenses. Neste ano, ao longo de todo o dia em que ocorreu a iniciativa, foram prestados mais de 15.000 serviços totalmente gratuitos à população, com atendimentos médicos e odontológicos, realização de exames laboratoriais, vacinação de crianças e adultos, e fornecimento de documentos como CPF e título de eleitor. Para que todo esse trabalho fosse realizado, os rotarianos lideraram um time de aproximadamente 250 voluntários e contaram com a ajuda do poder público e dos empresários da região. O custo total da 13a Ação Rotária foi estimado em mais de R$ 90.000.
B RASIL R OTÁRIO 5 7
D . 4770 RC de Aparecida de Goiânia, GO – Embora recentemente fundado, está à frente de diversos eventos. Em um deles, o Boi e Porco no Rolete, houve a apresentação de duplas sertanejas, danças, sorteio de brindes, tudo isso para a arrecadação de fundos para a construção de uma escola rotária que atenderá crianças carentes da cidade. Em outro evento, também voltado às comunidades carentes, houve lavagem, corte e escova de cabelos, pintura de unhas, distribuição de mudas de árvores, atendimento jurídico, aferição de pressão, teste glicêmico, shows e distribuição de doces para as crianças. Na foto, entrega de cesta básica a uma família. RC de UberlândiaCidade Industrial, MG – Mereceram destaque duas iniciativas que contaram com a participação da Casa da Amizade. Na primeira, uma máquina para a fabricação de fraldas e a matéria-prima para essa fabricação foram doadas à Associação das Mães e Amigos dos Deficientes Mentais Moderados e Severos de Uberlândia. Na segunda, uniformes e instrumentos de capoeira foram doados aos alunos do projeto Meninos da Capoeira (foto).
D . 4780 RC de Arroio Grande, RS – Uniu-se ao clube de Jaguarão, também rio-grandense, e ao clube uruguaio de Rio Branco (D.4980) e realizou a Corrida Ciclística da Integração. O projeto, que conta com o apoio das prefeituras, das polícias rodoviárias e de motociclistas, pretende motivar as pessoas a adquir hábitos saudáveis de vida. RCs de Cachoeira do SulPrincesa do Jacuí e de Paraíso do Sul, RS – Celebraram uma parceria. Harlei Gomes dos Santos e Milton Schneider, então presidentes dos respectivos clubes, assinaram contrato de comodato pelo qual um aparelho oftalmológico foi levado ao município de Paraíso do Sul para dar assistência às pessoas carentes da região.
5 8 JULHO DE 2009
Como enviar material para a Brasil Rotário
P
ara que os companheiros de todo o país conheçam os projetos que seu clube vem realizando, é importante que as notícias cheguem à redação contendo as seguintes informações: ● o nome completo e o distrito de seu clube ● a data e local em que foram realizadas as ações ● um breve relato sobre o projeto, explicando sua importância e o alcance dele junto à comunidade ● os nomes dos parceiros, no Brasil e no exterior ● e os nomes e sobrenomes de todos os que aparecerem nas fotos com até seis pessoas, relacionados a partir da esquerda. FOTOS: as imagens digitais precisam ter pelo menos 300 DPI de resolução e 9 cm de largura. Na dúvida, selecione a opção alta resolução de sua câmera. Se o envio for feito por e-mail, pedimos que o tamanho dos anexos não supere 1 MB. A publicação é gratuita. Basta apenas que o assunto se encaixe em nosso perfil editorial e que seu clube esteja em dia com a assinatura da revista. A Brasil Rotário não publica posses ou outros fatos que possam obter o merecido destaque nos boletins de seu clube. MUITO IMPORTANTE: informe também um telefone de contato (com o código de DDD) para que possamos falar com você no caso de qualquer dúvida. Anote os nossos endereços Avenida Rio Branco, 125 – 18o andar Rio de Janeiro, RJ CEP: 20040-006 e-mail: redacao@brasil-rotario.com.br O telefone da redação é (21) 2506-5600. Estamos esperando para ver seu clube na revista! de Guarulhos-Sul, SP – Está partiD . 4430 RC cipando ativamente da Campanha de Remédios, promovida pelo distrito. O companheiro Nelson Moribe entregou ao então presidente do clube, Edmar Rodrigues de Fátima, mais de 130 caixas de medicamentos. No total, foram 3.522 caixas doadas por esse RC à coordenação da campanha. de Cuiabá, MT – Por indicação do deD . 4440 RC putado estadual Sérgio Ricardo, associado honorário do clube, foi aprovada por unanimidade pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso a realização de uma sessão especial para homenagear os 104 anos do Rotary International. de Valinhos, SP – Homenageou o proD . 4590 RC fessor Zeno Ruedell no Dia da Alfabetização. Ruedell, secretário municipal de Educação, também foi homenageado pelo clube no ano anterior.
Senhoras em Ação
As senhoras da Casa da Amizade de Nova Alvorada do Sul, MS (D.4470), estão à frente de uma iniciativa de confecção de fraldas geriátricas. Elas doaram 40 pacotes de fraldas para a Rede Feminina de Combate ao Câncer.
Em Salto do Lontra, no Paraná (D.4640), as integrantes da Associação de Senhoras de Rotarianos promoveram festa à fantasia. O evento foi marcado pela presença exclusivamente feminina, a alegria e a descontração.
No município de Júlio de Castilhos, no Rio Grande do Sul, para cada bebê que nasce no Hospital Bernardina Salles de Barros é entregue um kit composto por camiseta, livro infantil, folheto sobre o desenvolvimento das crianças e uma muda de árvore nativa. A ação é uma iniciativa da Casa da Amizade de Júlio de Castilhos, RS (D.4660), responsável pelo projeto Leia Para Mim.
A Associação das Senhoras de Rotarianos de Presidente Prudente-Norte, SP (D.4510), realizou um dia de convívio com 40 crianças da creche Maria Edith Tenório Perrone oferecendo lanches, bolos e refrigerantes. Além disso, a creche recebeu 78 livros infantis e 40 brinquedos pedagógicos.
A Associação de Senhoras de Rotarianos de Campo Alegre, SC (D.4650), desenvolve atividades de conscientização ambiental com crianças e adolescentes da comunidade. Na foto, Nina Buschle, presidente da Associação.
A Associação das Senhoras de Rotarianos de Paranaguá, PR (D.4730), esteve presente à Feira de Artes de Matinhos, município vizinho. E todas as quintas-feiras, a Associação oferece, em sua sede, aulas de artesanato. Na foto, Maria Salete Canarin, então vicepresidente da Associação; Rosa Fernandes, diretora social; e Mônica Borges, primeira secretária. B RASIL R OTÁRIO 5 9
Novos Companheiros Paul Harris
O que significa essa distinção? Uma pessoa, rotariana ou não, que contribui com o valor de US$ 1.000 à Fundação Rotária, ou em cujo nome é feita tal contribuição, recebe um título de Companheiro Paul Harris (com certificado, medalha e distintivo). Outras doações que qualificam ao reconhecimento são as feitas ao Fundo Anual para Programas, à Associação Brasileira da The Rotary Foundation, aos programas Polio Plus e Parceiros Polio Plus e a um Subsídio Humanitário.
Safiras, rubis e cristais O Companheiro Paul Harris que faz contribuições adicionais de US$ 1.000 à Fundação Rotária, ou em cujo nome elas são feitas, recebe safiras, rubis e cristais, de acordo com o valor do aporte.
D . 4310
D . 4480
RC de Lençóis Paulista, SP
RC de Jahú-Norte, SP
Fábio Tadeu Guarido Ivens José Casali Marta Maria Aparecida Feres Ana Maria Campos Beltrame Hélio Martins Jr. Jairo Costa Jr., com quatro safiras José Gilmar Bindilatti José Luiz de Azevedo, com uma safira Vitório Schiavoli Filho
RC de Salto, SP
Dina Carla Bordini de Arruda
D . 4390 Carlos de Castro Lima, ex-presidente Margarida Macedo Lima
RC de Maceió-Farol, AL
Carlos Augusto C. Bulhões, EGD
D . 4420 RC de Diadema-Floreat, SP
Dario do Carmo, ex-presidente José Roberto Malheiro Márcia Eleane Deus, com uma safira Maria Zélia Soares Albuquerque
D . 4430 Dorival F. S. Calcina Vania Gavazzi
D . 4510 RC de Marília de Dirceu, SP
Mauro Barboza Paulo Jorge de Oliveira Alves
RC de Presidente Prudente-Leste, SP Wadir Olivetti, EGD, com o título de Major Donor
D . 4540 RC de Franca-Sul, SP
Luiza Helena Trajano Onofre Trajano Tony Graciano
RC de Ipuã, SP
Sérgio Alves Borges
RC de Ribeirão Preto-Jardim Paulista, SP
Maria de Lourdes Leão da Costa Paula Casac Fraguas
Amélio Floriano Barbosa Carlos Eduardo de Carvalho
RC de Boa Esperança, MG
RC de Jahú-Norte, SP Francisco Lucas da Silva, ex-presidente
6 0 JULHO DE 2009
Rosário de Fátima Menezes Coelho
D . 4560
D . 4480
RC de São Joaquim da Barra, SP
RC de São Paulo-Itaquera, SP
D . 4490
RC de Maceió, AL
Odivanes Leonel de Souza
RC de São Luís-Anil, MA
RC de Saltinho, SP
Amélia Serio Gazolla Anderson Felizale Barbosa
MILHÕES DE CRIANÇAS AGUARDAM SUA DOAÇÃO À FR
D . 4570
D . 4710
RC do Rio de Janeiro-Saúde, RJ
RC de Apucarana-Cidade Alta, PR
Franquelim Antunes Marques Hilton de Souza
D . 4580 RC de Barbacena, MG
Adele Cestari
D . 4590 RC de São José do Rio Pardo, SP
José Osvaldo Bárbara Cruvinel
D . 4600 RC de Pindamonhangaba, SP
Geraldo Gabriel Santos Júnior, ex-presidente Sérgio Antônio Monreal, ex-presidente
D . 4610 RC de Santana do Parnaíba-Aldeia da Serra, SP
Sérgio Baena
D . 4630
Antonio Celeste Marli Elza Wanderley Valdileia Maria de Paula Silva Wanderley
RC de Arapongas, PR
RC de Astorga-Rainha da Amizade, PR
Angelita Polato Danilo Baule Santoro Edson Volpato, presidente Lúcia Yoshico Yrie Yamada Yvaldyne Maria Neves de Couto Melo
RC de Maringá-Colombo, PR
Aparecido Silva Machado, com a segunda safira Ovídio Trevisan Júnior
D . 4660 RC de Cruz Alta-Érico Veríssimo, RS
Dilson Horn Flávio Ruben Lopes da Silva Néwiton Guterres
D . 4670 RC de Canoas-Industrial, RS
Cynthia da Silva Pessoa
RC de Cachoeirinha, RS
Gilberto Madeira de Oliveira
RC de Taquara, RS
Flávio Roberto Pereira de Oliveira
RC de Ibaiti, PR
Benedito de Souza Daniel Gregório Lindomar Torres Tânia Marques
D . 4720 RC de Belém-Sul, PA
Geraldo Rocha Cavaleiro de Macedo Pereira Filho, governador indicado
D . 4730 RC de Curitiba-Portão, PR
Newton Sérgio Finzetto, com uma safira Otoniel Santos Neto, com o título de Major Donor
D . 4760 RC de Belo Horizonte-Oeste, MG
Paulo Ramiz Lasmar
RC de Paracatu-Universitário, MG
Adélio Ferreira de Araújo, ex-presidente
D . 4770 RC de Araguari-Café do Cerrado, MG
Cléver de Oliveira Lima, com uma safira Lázaro Pereira Pinto Júnior Márcia Ribeiro Paulo Aníbal Braganti
Guido Utz
D . 4680 RC de Santa Cruz do Sul, RS
Aran Oyama Mattos Magali Regina Ferreira Boer
RC de Cornélio Procópio, PR
RC de Maringá-Novo Centro, PR
Maurílio Valério
Paulo Adalberto Tavares
RC de Uberlândia-31 de Agosto, MG
Adriana Simonassi Damasceno Marcelo Merola Cardoso BR
FAÇA SUA DOAÇÃO PARA A ERRADIC AÇÃO DA PÓLIO
B RASIL R OTÁRIO 6 1
Novos Companheiros Harris Novos clubes, novosPaul amigos
A
qui damos as boas-vindas aos Rotary Clubs recentemente fundados. É a oportunidade de saudarmos novos amigos, que certamente terão muito a contribuir.
RC de Caixas do Sul-Anita Garibaldi, RS (D.4700)
Admissão: 14/04/2009 E-mail: candelabro@brturbo.com.br Presidente: Elvira Marcanti dos Santos Clube padrinho: RC de Caxias do Sul-Cinquentenário, RS (D.4700)
RC de Dourados-Águia Dourada, MS (D.4470)
Admissão: 24/04/2009 E-mail: a.guisso@hotmail.com Presidente: Aidê da Silva Guisso Clube padrinho: RC de Dourados-Água Boa, MS (D.4470)
RC de São Miguel das Missões, RS (D.4660)
Admissão: 7/05/2009 E-mail: itajota@hotmail.com Presidente: Itamar José Alegranzzi Clube padrinho: RC de Santo Ângelo-Norte, RS (D.4660)
E-mail: rgenz@yahoo.com.br Presidente: Roberto Ribeiro Dantas
RC de Arambaré, RS (D.4680)
Admissão: 21/05/2009 E-mail: gabinete.arambare@terra.com.br Presidente: Alaor Pastoriza Ribeiro Clube padrinho: RC de Camaquã-Norte, RS (D.4680)
RC de Chuí-Portal do Brasil, RS (D.4680)
Admissão: 21/05/2009 E-mail: rudimar.mendes.pereira@hotmail.com Presidente: Rudimar Mendes Pereira Clube padrinho: RC de Santa Vitória do Palmar, RS (D.4680)
RC de Cristal, RS (D.4680)
Admissão: 21/05/2009 E-mail: b.miritz@gmail.com Presidente: João Batista Zaperete Perlim Clube padrinho: RC de Camaquã-Norte, RS (D.4680)
RC de General Câmara, RS (D.4680)
Admissão: 21/05/2009 E-mail: bonzanini@bonzaniniseguros.com.br Presidente: Paulo Mateus da Silveira Clube padrinho: RC de Porto Alegre-Beira Rio, RS (D.4680)
RC de Passo do Sobrado, RS (D.4680)
RC de Campinas-Andorinhas, SP (D.4590) Admissão: 18/05/2009 E-mail: jesusrubens@uol.com.br Presidente: Jesus Rubens Soares
Admissão: 21/05/2009 E-mail: dilceu.bittencourt@bol.com.br Presidente: Dilceu Antonio de Bittencourt Clubes padrinhos: RC de Rio Pardo-Tranqueira Invicta, RS, e RC de Venâncio Aires-Chimarrão, RS (D.4680)
RC de Cristino Castro, PI (D.4490)
RC de São José do Norte-Giuseppe Garibaldi, RS (D.4680)
Admissão: 18/05/2009 E-mail: joliverfilho@hotmail.com Presidente: Lourival de Abreu Vasconcelos Filho Clube padrinho: RC de Bom Jesus, PI (D.4490)
RC de Itapecuru Mirim, MA (D.4490)
Admissão: 18/05/2009 E-mail: heraldo-costa@hotmail.com Presidente: José Ribamar Lima Lisboa Clube padrinho: RC de São Luís-João Paulo, MA (D.4490)
RC de Maringá-Kakogawa, PR (D.4630)
Admissão: 18/05/2009 E-mail: arcozin@bol.com.br Presidente: Antonio Reginaldo Cozin Clube padrinho: RC de Maringá-Aeroporto, PR (D.4630)
RC de Palhoça-Cambirela, SC (D.4651)
Admissão: 18/05/2009 E-mail: jonas@sanpel.ind.br Presidente: Jonas Dorvalino dos Santos Clube padrinho: RC de Palhoça, SC (D.4651)
RC de Sumaré-Villa Flora, SP (D.4310)
Admissão: 18/05/2009 E-mail: eliana@pimentadocebemestar.com.br Presidente: Eliana de Siqueira Fonseca Clube padrinho: RC de Sumaré-Norte, SP (D.4310)
RC de Campina das Missões, RS (D.4660)
Admissão: 20/05/2009
6 2 JULHO DE 2009
Admissão: 21/05/2009 E-mail: mmaduelldealmeida@yahoo.com.br Presidente: Mario Augusto Maduell de Almeida Clube padrinho: RC de Porto Alegre-Beira Rio, RS (D.4680)
RC de Turuçu, RS (D.4680) Admissão: 21/05/2009 E-mail: flaviojeske@gmail.com Presidente: Ivan Eduardo Scherdien Clube padrinho: RC de Porto Alegre-Beira Rio, RS (D.4680)
RC de Floresta-Ilha da Bananeira, PR (D.4630) Admissão: 22/05/2009 E-mail: tvcomadevanil@hotmail.com Presidente: Adevanil Generoso Clube padrinho: RC de Maringá-Alvorada, PR (D.4630)
RC de Mauá da Serra, PR (D.4710) Admissão: 22/05/2009 E-mail: vini8880@hotmail.com Presidente: Otávio Augusto Raiol Vidigal Clube padrinho: RC de Califórnia, PR (D.4710)
RC de São Mateus-Ilha de Guriri, ES (D.4410) Admissão: 22/05/2009 E-mail: jairalobo@gmail.com Presidente: Jesus Lobo Clubes padrinhos: RC de Nova Venécia, ES, e RC de São Gabriel da Palha, ES (D.4410) BR
Aconteceu na Brasil Rotário...
...em julho de 1951
Luiz Renato D. Coutinho Getúlio tomou posse em 31 de janeiro de 1951. Em maio, o presidente assinou decretolei reajustando em 251% o salário mínimo, que passou de CR$ 380 para CR$ 1.200 nas capitais. O piso estava congelado havia 8 anos. No âmbito internacional, em 23 de junho começavam as negociações para dar fim à Guerra da Coreia (1950-1953). No carnaval, fez sucesso “Zum Zum”, cantada por Dalva de Oliveira. A marchinha homenageava o comandante da Panair Carlos Eduardo de Oliveira – um dos integrantes mais carismáticos do Clube dos Cafajestes – morto em desastre de avião em agosto do ano anterior: “Zum, zum, zum! Está faltando um!”. O Clube reunia jovens ricos e animados da Zona Sul Carioca, como Carlinhos Niemeyer, Mariozinho de Oliveira, Paulinho Soledade, Sérgio Porto, Mário Saladini, entre outros, e que sacudiram a moral e os bons costumes na década de 40 e início da de 50. I O editorial da Brasil Rotário comentava: “Há 23 anos passados, neste mês de julho, surgia no cenário da imprensa nacional o primeiro número de Rotary Brasileiro” [antecessora da nossa revista]. E lembrava a dedicação de Paulo Martins. Ex-governador do então distrito 118 e ex-presidente do RC do Rio de Janeiro, Martins fora diretor da Brasil Rotário durante seis anos.
Frequência “Quando um cidadão deixa de comparecer à casa de negócios de que é dono está prejudicando os seus interêsses. E quando um rotariano falta a uma reunião de seu clube está prejudicando os ideais de todos nós.”
A sabotagem das reuniões é uma das “Belas Artes” Neste divertido artigo, são decritas as várias formas de se estorvar a reunião em um clube do Rotary. Por exemplo: “Temos uma Sub-Comissão de Barulhos Extraordinários. Alguns clubes são verdadeiramente privilegiados nesse sentido, estando colocados em centros tão barulhentos que a nossa secção especializada nem precisa intervir. Mas, se um clube se reune em local particularmente sossegado, esta secção assume grande importância. Primeiramente, convidamos os empregados a lavar as louças em local vizinho. Pode estar certo de que o farão da maneira mais ruidosa possível. Às vêzes, damos-lhes ordens de tirar os pratos no momento exato em que o orador se levanta para falar.” I
O ex-diretor do RI, Lauro Borba, compareceu com um amplo estudo estatístico das conferências distritais. Borba esclarecia que diante da “ausência de rotarianos nas conferências, em número cada vez maior, à medida que aumenta a densidade dos distritos, teremos de concluir, inevitàvelmente, pelos males que estão sendo causados ao Rotary, com a supressão de uma conferência anual em cada distrito.”
I
O professor Raul David de Sanson, da Faculdade Nacional de Medicina da Universidade do Brasil, escreveu um artigo sobre o câncer de laringe. Ressaltando que as malignidades de pele, de colo de útero e laringe são as mais curáveis quando detectadas a tempo, denuncia o lamentável abuso do fumo, praticado também pelas mulheres.
A cidade que surge na cidade O pretexto aqui era contar a história do RC de Copacabana, fundado havia exatamente dois anos. O texto, no entanto, aproveita para deixar um retrato de um dos mais famosos bairros do Rio de Janeiro naquele ano de 1951: “Copacabana, no Distrito Federal, está se tornando, indiscutìvelmente, uma cidade com vida autônoma. Dispondo de hotéis de alta classe, de cinemas, teatros, clubes esportivos e recreativos, ela oferece aos seus moradores uma excepcional capacidade autosuficiente.” E descreve “os seus gigantes arranhacéus, em cujas lojas se encontram as mais belas e elegantes vitrinas” BR
B RASIL R OTÁRIO 6 3
Relax Rodrigo
O
Mulheres saradas
velho fazendeiro do interior de Minas está em sua sala, proseando com um amigo, quando um menino passa correndo por ali. Ele chama: – Diproma, vai falar para sua avó trazer um cafezinho aqui pra visita! E o amigo estranha: – Mas que nome engraçado tem esse menino! É seu parente? – É meu neto! Eu o chamo assim porque mandei minha filha estudar em Belzonte e ela voltou com ele. Colaboração de Paulo César Branquinho, associado do RC de Dourados, MS (D.4470).
E
m Israel, o turista vai visitar o Lago da Galiléia:
– Quanto é o passeio? – pergunta a um sujeito que alugava barcos. – Cinquenta dólares por meia hora. – Cinquenta dólares? Você está maluco? – Mas, meu senhor... esse é o lago por onde Jesus andou sobre as águas. – Também pudera! Com esse preço!!!
U
m casal já maduro vai à farmácia, antes do casamento. Ela pergunta: – Tem remédio para artrite? – Sim! – responde o atendente. – Tem remédio para o coração? – Claro! – Tem remédio para o intestino? – Temos. – É aqui que vamos deixar a lista de presentes para o casamento.
I
rritado com seus alunos, o professor lança um desafio. – Aquele que se julgar burro, faça o favor de ficar de pé. Todos continuavam sentados, no mais completo silêncio. Alguns minutos depois, o melhor aluno da classe levanta-se. – Quer dizer que se acha burro? – pergunta o professor indignado. – Bem, pra dizer a verdade, não! Mas fiquei com pena de ver o senhor aí em pé, sozinho. Colaborações do EGD Hertz Uderman (D.4570).
6 4 JULHO DE 2009
O
bêbado estava levando a maior dura do delegado: – Quer dizer que o senhor estava dirigindo bêbado? – Quem? Eu? De... hic... jeito nenhum, dotô delegado. – Então por que os policiais trouxeram o senhor pra cá? – Eles trouxeram... hic... não. Fui eu que quis vir... – Não entendi! – Tava dirigindo na maior... hic... aí encontrei a barreira policial... hic... e um policial gritou... hic... “É cana pra você!” Aí eu falei: “Tô dentro”.
N
o hipermercado, dois caras batem os respectivos carrinhos de compras. Ambos se desculpam e um deles fala ao outro: – Desculpe, me distraí porque estava procurando minha mulher. – Que coincidência! Também estou procurando a minha! – Como é sua mulher? – Ela é loira, alta, olhos azuis, pernas bem torneadas, lábios carnudos. E está de vestido vermelho. E a sua, como é? – Que se lixe a minha. Vamos procurar a sua! Colaborações de Eris Jerola, associado do RC de Ponta Grossa, PR (D.4730).