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BIBLIOTECA VIVA
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G643b
Gonzalez Isami, Brenda Dayana.
Biblioteca Viva: um jeito criativo de administrar uma Biblioteca/ Brenda Dayana Gonzalez Isami; Silvio Serafim da Luz Filho; Fernando Clemente Cunha Bastos – Florianópolis, SC:GAPLA Edições, 2017. 80f. : Il.color. Modo de Acesso: <http://www.bm.edu.br/biblioteca-2/> ISBN: 978-85-93359-06-4 1.
Mídias. 2. Biblioteca.3. Criatividade. 4. Design Thinking. 5. Gamificação. CDD: 025
Ficha catalográfica elaborada pela Bibliotecária Brenda Dayana Gonzalez Isami CRB – 14/1457
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BRENDA DAYANA GONZALEZ ISAMI SILVIO SERAFIM DA LUZ FILHO FERNANDO CLEMENTE CUNHA BASTOS
BIBLIOTECA VIVA: um jeito criativo de administrar uma Biblioteca.
1ª. edição
GAPLA 2017
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AUTORES Brenda Dayana Gonzalez Isami Formada em Biblioteconomia pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, em 2011. Intercambio na Universidad de Buenos Aires - UBA em Arquivo Público e Privado. Bibliotecária das Faculdades Borges de Mendonça. Silvio Serafim da Luz Filho Doutor em Educação / USP. Mestre em Administração / UFRGS. Graduação em Psicologia / PUC-PR, Especialista em Orientação Educacional – UDESC-SC e, em Psicologia Escolar PUC/RS. Professor do Programa de PósGraduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento/UFSC. Líder do Grupo de Pesquisa: PSIC Psicologia, Subjetividade, Inovação e Conhecimento /PPEGC/UFSC. Fernando Clemente Cunha Bastos Mestre em Administração pela Universidade do Vale do Itajaí. Especialista em Gestão Estratégica de Pessoas pela Unisul. Graduado em Administração de Empresas com Habilitação em Comércio Exterior.
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AGRADECIMENTO Os autores desta obra, estão imensamente agradecidos a Deus e a todos que contribuíram de forma direta ou indiretamente, dando seu apoio à criação deste livro, para que se tornasse realidade. Muito obrigado a Faculdade Borges de Mendonça a qual permitiu que fosse realizado na Biblioteca este trabalho, com a colaboração de toda equipe administrativa da instituição.
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SUMÁRIO
Prefácio ................................................................................. 13 Leitura no Brasil ..................................................................
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História da Biblioteca Viva ..................................................
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Criatividade na Biblioteca .................................................... 33 A Biblioteca como Mídia na divulgação dos serviços .......... 42 Métodos criativos utilizados na administração da Biblioteca Viva .....................................................................
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E a Biblioteca Viva viveu feliz para....................................... 71 Registros fotográficos da Biblioteca Viva ............................
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Referências ........................................................................... 81
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PREFÁCIO Dizem que as ideias movem o mundo. As ideias desordenadas podem produzir ações indecisas, enquanto as claras e precisas tem um grande poder para sustentar a firmeza das ações. É neste sentido que elas vão surgindo na biblioteca, fazendo com que elas amadureçam para que as ações firmes alcancem os resultados almejados. É imprescindível que a gestão da biblioteca sirva de apoio para a concretização destas ideias. Com o decorrer do tempo, a biblioteca passou a ser um local de geração de ideias, um verdadeiro laboratório de invenções. E foi a partir de uma destas ideias que se concretizou o presente livro. O objetivo principal aqui é inspirar os colegas profissionais bibliotecários, dividindo com eles um pouco da experiência de criatividade na Biblioteca Viva. Existe, ainda, um desejo sincero de que a partir deste livro, os atuais e as novas gerações de bibliotecários administrem de modo diferenciado, tornando o espaço ainda mais agradável de se estar. Este livro foi escrito de forma clara e objetiva, proporcionando a reflexão sobre o paradigma atual do conhecimento e sua relação com que considera o conceito tradicional de biblioteca. Ao longo da obra, serão apresentados os trabalhos realizados na Biblioteca Marta Beatriz da Fonseca da Faculdade Borges de Mendonça. Buscou-se trabalhar o espaço não somente como um estado estático do
~ 14 ~ conhecimento, de total silêncio, mas como forma dinâmica, de estímulo a cultura de um modo mais amplo, de entretenimento e de interação. Observou-se, ao longo do tempo que os frequentadores veem neste lugar como um espaço de lazer e ao mesmo tempo de construção do conhecimento. Então, sejam bem-vindos à Biblioteca Viva!
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LEITURA NO BRASIL “Um país se fez com homens e livros” Monteiro Lobato
Quando perguntamos, “Você se considera um leitor?”, as repostas, normalmente, são: “Sim...Não...Talvez.. . Não sei, etc.”. Mas, leitor não são aquelas pessoas que leem 500 livros por ano? Que passam o dia inteiro com livro nas mãos? De acordo com o dicionário, leitor é a pessoa que tem o hábito de ler. Mas aí você diz, eu leio vários livros, mas não termino, sou considerado leitor? Eu leio muito, mas não compreendo, posso ser considerado leitor. Ah! Eu só tenho o costume de ler jornal ou revista, sou considerado leitor. Eu só leio notícias na internet, sou considerado leitor? Eu não leio nada, mas sei ler, o que eu sou?
~ 16 ~ Muitas são as dúvidas, mas as respostas que as pessoas dão, é dizer que não se consideram leitores. No entanto, o Instituto Pró-Livro verificou dados do Ibope Inteligência, que o número de leitores apresentou um decréscimo de 2007 a 2011. O que teria ocasionado este desestímulo? Observa-se ainda, que de 2011 a 2015 houve um crescimento de 6 pontos percentuais no número de leitores. E agora? O que terá ocasionado esta alta? Será que aumentou o número de feiras de livros durante o ano no país? Ou será que houve uma campanha intensiva de divulgação de livros? Os autores passaram a escrever de forma diferenciada? As bibliotecas passaram a ficar com as portas abertas por mais tempo? Será que foram construídas mais bibliotecas no país? Ou será que foi a situação política ou uma adaptação sociocultural? A população passou a assumir na pesquisa que realmente são leitoras? O avanço da tecnologia facilitou o acesso a leitura? Mais pessoas tiveram acesso aos meios de informação (livros, revistas, jornais, etc.)? Os motivos podem ser diversos e o que realmente de fato aconteceu, não saberemos ao certo. Certo é que, as pessoas nos últimos anos, passaram a se interessar mais pela leitura. Perceber a leitura como forma de acesso ao conhecimento e melhoria social ou como atividade prazerosa é fundamental para ampliar o interesse pelos livros (FAILLA, 2016). Em “A arte de ler”, apresenta que os prazeres da leitura são multiplos, pois lemos para saber, para compreender, para refletir, para nossa emoção,
~ 17 ~ perturbação, para sonhar, para aprender a sonhar e para compartilhar, algo que fazemos muito hoje. Pesquisa realizada pelo Instituto Pró-livro (2016) apontou a forma de acesso ao livro no Brasil por região, a qual percebeu-se que o acesso aos livros em 51% se dá tanto na forma de compra quanto por empréstimo particulares, conforme mostra o quadro 1. Quadro 1: Principais formas de acesso aos livros no Brasil (Por região geográfica) Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
C. Oeste
Comprados
39%
39%
47%
50%
51%
Fotocopiados / Xerocados
7%
8%
5%
6%
10%
Presenteados
27%
23%
24%
17%
35%
Emprestados por Bibliotecas e escolas
37%
29%
33%
45%
31%
Emprestados por particulares
51%
50%
42%
41%
50%
Distribuídos pelo governo e ou escolas
34%
37%
11%
12%
13%
Da internet
5%
6%
8%
7%
11%
9%
1%
1%
Não costuma ler livros 0% 1% Fonte: Retratos da leitura no Brasil (2008).
Se pararmos para pensar no acesso que possuímos aos livros hoje em dia, temos que agradecer, pois na Idade Média, apenas a igreja tinha o poder de guarda dos livros e o acesso a eles era extremamente restrito. Somente
~ 18 ~ pessoas com grande poder aquisitivo tinham permissão para consultá-los. No entanto hoje em dia, mesmo sendo de fácil aquisição e acesso, e os indicadores apresentarem uma melhora nos últimos anos, nota-se que a população apresenta um certo desinteresse pela leitura. Mas o que leva o brasileiro a não gostar de ler? Uns dizem que faz parte da cultura, outros que o hábito vem desde criança ou de casa, que não gostam por ser chato ou, ainda, que os assuntos não são interessantes. O ser humano detesta ser obrigado a fazer o que não quer. E quando criança a leitura nos é imposta como uma obrigação e não como uma atividade prazerosa. De acordo com o gráfico 1 abaixo, apresenta que, ler por prazer é o que nos motiva. Gráfico 1: Leitura com prazer ou por obrigação.
3%
Sentem prazer ao ler um livro (71,7 milhões)
22%
Leem por obrigação (21,4 milhões)
75%
Não opinaram
Fonte: Pesquisa Retratos da leitura no Brasil (2008).
~ 19 ~ Pare e reflita por um momento como você se sentiria se não soubesse ler? Se não tem ideia qual é a sensação, imagine em meio a uma conversa que você não tem noção do que se trata, ou ouvir um outro idioma, ou melhor, já ouviram falar sobre inscrições rupestres ou hieróglifos? São escrituras antigas desenhadas em cavernas ou e escrituras sagradas egípcias, ou melhor, para aqueles que não entendem a escrita chinesa ou japonesa. Imagine se as placas das ruas fossem escrita desta forma, como você sentiria não sabendo o que está escrito? Fato como este, faz parte do cotidiano de um percentual da população brasileira de analfabetos. Por exemplo, ao tentar tomar o ônibus ou procurar uma rua, a dificuldade seria grande. Somos detentores de um poder incrível de explorar e conhecer o mundo que nos cerca. Contudo, muitas pessoas não têm interesse ou não veem a importância em exercer este poder. Vivemos em um país em que o acesso ao livro é possível. Podemos escolher o que queremos ler, sem censura. Mas, este país só será realmente livre na medida em que as pessoas tiverem consciência do quão importante é o conhecimento e passarem a ver na leitura um caminho para o conhecer (BAKUNIN, 2000) O livro é um objeto que se apresenta às pessoas como um objeto capaz de abrir portas e iluminar caminhos. Pois, o livro contém em si, um universo diferenciado, onde o indivíduo passa a libertar seus pensamentos. Se constitui, então, uma luz àquele que busca ser livre. O gosto pela leitura, entretanto, vem com o tempo, com o exercício da leitura. Basta que, de início se busque ler algo de seu proprio interesse.
~ 20 ~ Deste modo o bibliotecário tem um desafio e uma grande responsabilidade social, no sentido de atrair e estimular pessoas a buscarem informação e conhecimento, pois têm um papel fundamental no incentivo à leitura. Visto que, são estes profissionais que têm como função, não apenas realizar os serviços de processamento técnico (catalogação, classificação, indexação, entre outros), guardar, emprestar e organizar os livros, mas, também e principalmente, a função de incentivar a leitura junto a comunidade em geral. Pois, foi se o tempo em que se chegava na biblioteca e via uma senhora de óculos que falava baixo e pedia sempre silêncio. Hoje em dia percebe-se que este costume está desaparecendo, e as bibliotecas estão mais coloridas e os profissionais cada vez mais se aproximando dos usuários e incentivando o gosto pela leitura. Assim, no capítulo a seguir será apresentado o que tem sido feito para atrair frequentadores, a este ambiente que possui tanta informação e pouco usuário. Mostrando que a biblioteca pode ser sim um local de lazer, divertido e prazeroso de se estar.
~ 21 ~
HISTÓRIA DA BIBLIOTECA VIVA “A única história que vale alguma coisa é a história que fazemos hoje”. Henry Ford Biblioteca Viva! Por que este nome? Como tudo começou? Mas antes de responder a estas perguntas, é preciso saber a origem da biblioteca. Era uma vez... Uma biblioteca localizada em uma ilha conhecida como Florianópolis, para ser mais preciso, situada numa faculdade chamada hoje em dia de Borges de Mendonça. Esta biblioteca foi inaugurada no dia 31 de julho de 1999. Todavia, a biblioteca não tinha nome quando foi fundada, pensou-se em vários nomes, mas nenhum agradava a todos. Até que, em uma reunião
~ 22 ~ institucional cogitou-se a hipótese da biblioteca levar o nome da avó do mantenedor da Instituição, uma forma também de homenageá-la. No entanto, por que o nome Marta Beatriz da Fonseca? Marta Beatriz da Fonseca foi uma educadora que morava no interior de Goiás (o nome da cidade não se sabe ao certo), de modo a ajudar a população daquela região, decidiu-se então lecionar para as pessoas daquela cidade. O tempo foi passando, e a biblioteca continuou funcionando de forma gradativa, prestando serviços para a comunidade acadêmica e comunidade externa. Pode-se perceber que, nas últimas décadas, com o avanço das tecnologias, as pessoas frequentaram menos a biblioteca, passaram a realizar as suas pesquisas por meio de seus aparelhos eletrônicos, conseguindo deste modo, informações na internet. As tecnologias digitais estão cada vez mais integradas nas práticas da humanidade. Pesquisa realizada em 2012 pelo site do G1 revelou uma queda no número de leitores no país: de 95,6 milhões, registrada em 2007, para 88,2 milhões, com dados de 2011. O índice representa uma queda de 9,1% no universo de leitores ao mesmo tempo em que a população cresceu 2,9% neste período. A queda na leitura ocorreu devido ao habito de assistir TV, passar mais tempo com os amigos e nas diversões on-line, o que acarretou na estimativa de que 24% leem e 85% costumam ver TV. A ministra da Cultura, Ana Holanda diz que é preciso incentivar a leitura nos jovens e mostrar que o livro não é uma obrigação escolar, mas sim uma forma deles conhecerem as dimensões que estão além deles. Por este motivo, em 2012 a Instituição criou um projeto chamado Biblioteca Viva, com o propósito de criar
~ 23 ~ uma biblioteca diferente das convencionais, um local atrativo, um espaço de lazer, em que as pessoas se sentissem à vontade, tanto para estudar como para passar o tempo. O primeiro evento realizado foi o varal literário, com a presença do corpo docente e discente, que foram até a biblioteca ver as poesias e os versos expostos. O segundo evento realizado foi uma ação social, campanha de incentivo a doação de sangue, em que a comunidade academica e o corpo tecnico administrativo se uniram e foram até ao Hemosc fazer a doação.
~ 24 ~ Desde então a biblioteca no decorrer dos anos foi tomando forma e se tornando a tão projetada e imaginada Biblioteca Viva. No dia 15 de outubro foi realizada uma homenagem ao dia do professor. Para os professores que frequentavam a biblioteca assiduamente, no dia do evento ganharam uma maçã, dizem que é símbolo do saber, que simboliza o conhecimento. A lembrança, foi uma forma de agradecer aqueles que estiveram ao nosso lado desde a infância, que nos deu o melhor presente que podemos levar para toda a vida, o conhecimento. Num simples gesto, um muito obrigado. Augusto Cury diz que “Professores brilhantes ensinam para uma profissão. Professores fascinantes ensinam para a vida”.
~ 25 ~ O interessante desta homenagem foi a expressão de surpresa que os professores fizeram por não esperar tal consideração. Antes da homenagem, pensou-se em diversas formas de como poderia ser feito este agradecimento, então a ideia surgiu ao ver um filme em que alunos agradavam os professores entregando-lhes uma maçã, uma maneira de dizer que gostavam dele ou de dizer indiretamente, “não me reprove pois lhe dei uma maçã”. Aí percebeu-se que existem vários filmes e programas em que esta cena acontece, mas que as vezes passa desapercebido. Por que fazer este tipo de agradecimento? O ser vivo é movido pelo bom trato, se os tratamos bem, eles retornam. Após tais eventos na biblioteca, alunos e professores passaram a ir com mais frequência. O interesse na biblioteca aumentou e a curiosidade em saber quais seriam os próximos eventos passaram a ser perguntas constantes. Ainda no mesmo mês, qual seria a proxima data comemorativa? Data esta que chamaria a atenção dos alunos para dentro da biblioteca. Pensou-se então em doces ou travessuras, uma comemoração ao dia das bruxas. No Brasil não temos o costume de comemorar esta data, mas tudo é válido para fazer com que os alunos passem a conhecer e a frequentar a biblioteca.
~ 26 ~ Os alunos que foram até a biblioteca durante a semana do evento de dia das bruxas, tinham que responder se queriam doces ou travessuras. Os que escolhiam doces ganhavam pirulito, bala e chiclete, já os que optavam pela travessura, tinham que ficar de castigo em uma mesa apagando todos os rabiscos que estavam a lápis em um livro. O evento durou uma semana. Nestes dias, aproveitou-se para mostrar a biblioteca e apresentar os serviços que ela ofertava, pois os alunos não sabiam que tinham.
A equipe da biblioteca em conjunto com os alunos, que começaram frequentar constantemente a biblioteca, passaram a ajudar nas decorações de todos eventos que foram organizados. Os artigos de decoração foram todos feitos a mão, utilizando papeis recicláveis e materiais reutilizáveis como latas, potes plásticos, caixas de papelão, revistas e jornais. Os eventos realizados foram tomando uma proporção que os alunos viam de fora a decoração, chegando a ficar surpresos, pois era algo que eles não
~ 27 ~ haviam visto numa biblioteca, pelo menos numa biblioteca de faculdade. O próximo evento que se seguiu foi o natal. A biblioteca foi toda decorada, com estrelas de papel e CDs no teto e árvore de natal de fita cassete. Com a reutilização dos papeis recicláveis fez-se as estrelas de origami, decorada com CDs em pedaços, as latas se tornaram porta lápis, folhas de ofício utilizada somente de um lado se tornaram bloco de notas, do jornal foram separado os jogos e as tirinhas para fazer marca páginas e decorar parede e as palavras cruzadas se tornaram passa tempo dos alunos. Além do objetivo principal
~ 28 ~ dos eventos da biblioteca ser atrair os usuários, também é de consientização de um ambiente sustentável. Por que comprar uma árvore se poderíamos construir uma. Como pode ser observado nas imagens a seguir, é de uma árvore de natal feita de forma diferente, composta de fita VHS, sendo esta a primeira (lembrando que, as fitas não eram mais utilizadas, pois o tempo de vida delas são equivalentes a 30 anos, sem limpeza e os devidos cuidados. As fitas já estavam com bolor e algumas rompidas). Importnte ressaltar que, por mais que as fitas não estejam mais funcionando o descarte delas é especial, pois é preciso que sejam enviados a lugares que fazem este tipo de coleta, deve ser pesquisado em suas cidades os locais específicos de recolhimento. Um bom exemplo é o CEDIR (Centro de Descarte e Reuso de Resíduos de Informática) lá é feito todo processo de triagem de todo equipamento enviado. Já a segunda árvore passou a ser de livros e no topo de fita VHS (os livros também não eram mais utilizados, todos eles ficam guardados em uma sala separada dos demais de uso continuo). A decoração de natal é o ultimo evento realizado na biblioteca. Posteriormente a estes eventos, no período das
~ 29 ~ férias (dezembro e janeiro), a equipe da biblioteca, realizou e realiza uma transformação sendo elas radical ou não, como a mudança do layout e das cores. Alterações são sempre bem-vindas, assustam um pouco, mas a ideia é que não devemos parar. A reorganização do acervo gerou boa iluminação entre as estantes, contribuiu para a facilidade na localização dos livros, com placas de sinalização, e um espaço para as obras de literatura, jogos e Puffs. A biblioteca antes da mudança possuía seus mobiliários de modo que não era possível ver os usuários. As cores eram neutras e as estantes muito juntas, tornando os corredores escuros, impossibilitado uma boa visualização do acervo.
Nas imagens pode-se perceber que não havia muito espaço nos corredores entre as estantes, o que ocasionava certo desconforto na busca dos livros, quando haviam
~ 30 ~ vários alunos procurando ao mesmo tempo, sempre tinha aquele esbarra, esbarra, deixando algumas pessoas irritadas. E além do fato de haver pouca iluminação. A mudança foi preciso, não só nas estantes de livros, mas também no balcão de empréstimo, pois o fato de estar de frente agora para eles, dá a sensação de que é dada mais atenção, mais importância. O objetivo é tentar mudar a cara da biblioteca, fazendo com que ela não tenha uma aparência tão seria, mesmo sendo um local para estudo, a intenção é de deixá-la com aspecto de ser um local mais descontraído. Com a nova mudança, a biblioteca passou a ser mais iluminada, a ter mais espaço para circular entre as estantes e a ser mais interativa. As modificações ocorreram de forma tranquila, de modo que os alunos não percebiam as transformações que iam ocorrendo. O ser humano tem certo receio a mudanças, Morris (2004) diz que a transformação intimida mais quando as pessoas não possuem uma base sólida onde possam se apoiar. Para algumas pessoas a mudança abrupta pode ocasionar certo desconforto, levando para o lado negativo o que poderia ser bom para ele. As alterações podem ser perturbadoras e até um
~ 31 ~ prenúncio, ou simplesmente aterrorizante (MORRIS, 2004), no entanto, para outras pessoas uma mudança brusca pode levar ao incentivo, a algo positivo. Sair da zona de conforto é uma condição primordial para o crescimento criativo. Ao ver a foto abaixo, nota-se que a aparência da biblioteca aparenta ser maior e mais chamativa. A ideia era de se ter um local onde as pessoas gostassem de estar, de se sentir bem, de ficar mais à vontade.
Deste modo, as novas transformações deixaram a biblioteca mais atrativa, saindo do convencional. O espaço passa agora a perder um pouco a cara de uma biblioteca antiga. Passando a ser uma biblioteca criativa. A reeorganização do espaço mostra que estamos aberto a mudanças e a novas ideias. Os anos vão passando e assim devemos sempre está atento as novas tendências, podemos perceber que desde a primeira biblioteca criada
~ 32 ~ por volta do século 7 a.C em que eram armazenadas tabuletas cuneiformes, com o passar do tempo houve transformações que passaram a acompanhar as novas tecnologias.
As bibliotecas passam por mudanças, mas é perceptível que estas mudanças ocorrem de forma lenta. Pois muitos acreditam que este ambiente não necessita de transformação, sendo a única coisa a mudar nesse tempo foram os suportes de informação. A seguir veremos como a criatividade pode fazer parte deste ambiente, levando a transformação e atraindo novos frequentadores.
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CRIATIVIDADE NA BIBLIOTECA “Critividade é inventar, experimentar, crescer, correr riscos, quebrar regras, cometer erros, e se divertir”. Mary Lou Cook Criatividade na biblioteca é possível? Como que um espaço de estudo, em que o silêncio e a concentração são uma das primeiras regras fundamentais para se estar neste ambiente, pode haver criatividade? Mas a função do profissional bibliotecário não é apenas guardar, organizar e emprestar livros? Na escola aprendemos que o ciclo de vida do ser humano é: nascer, crescer, reproduzir e morrer. Por que no meio deste ciclo não tem criar e inovar? Talvez esteja oculto dentro do crescer? Quem sabe! Mas uma coisa é certa, ser criativo é crescer. Respondendo a pergunta de início, sim, é possível haver criatividade numa biblioteca. Como? Primeiro precisamos saber o que é criatividade. A criatividade é a capacidade de criar, produzir ou inventar coisas novas, bem como a capacidade de transformar situações e inovar no modo de agir. Pessoas consideradas criativas geralmente são curiosas por natureza e sempre buscam olhar as coisas de forma diferente procurando sempre oportunidades (FERREIRA, 2010).
~ 34 ~ A abordagem teórica explica que a criatividade como produto prioriza a originalidade deste, para o indivíduo ou a sua relevância para o meio social. O produto criativo pode ser avaliado sob diversas formas, principalmente pelo impacto que causa em áreas especificas do conhecimento, ou pelo preenchimento de necessidade social existente (WECHSLER, 1993). No nível mais simples, criação significa fazer existir algo que não existia anteriormente. Em certo sentido, criar uma confusão é um exemplo de criatividade. A confusão não existia e foi provocada. A seguir, atribuímos algum
valor ao resultado; portanto, a coisa “nova” precisa ter um valor. Nesse ponto podemos começar a ter criatividade
~ 35 ~ artística, porque aquilo que o artista produz é novo e tem valor (DE BONO, 1994). A definição do termo criatividade é vaga e tende a variar, a maioria dos pesquisadores concordam que englobar um produto final é um processo cognitivo que leva ao produto final. O termo criatividade é usado de forma tão livre por tantas pessoas que precisa ser definido, que a criatividade é a capacidade de integrar elementos distintos de conhecimento de forma inovadora para criar combinações até então desconhecidas (KARLOF, 1999). Ser criativo é provocar impacto, é ser ousado, é sair do convencional, é gerar confusão, é fazer uma reviravolta no local onde não considera ser possível. Mas como podemos ousar numa biblioteca? O profissional bibliotecário tem que está cravejado de ousadia, não ter receio em experimentar algo novo e de tentar pôr em prática suas ideias. Você se considera um profissional criativo, ou uma pessoa ousada? Alguns responderão que sim, outros que não e há aqueles que após ler estas definições estarão se perguntando, será que sou capas de ser uma pessoa criativa, de ser ousado? Todos somos criativos, lembram das mentiras contadas na infância, das brincadeiras realizadas com os amigos, das ideias mirabolantes para fazer algo que não era permitido, dos desenhos diferentes feitos na escola, entre outras coisas. Nós nascemos criativos, e com o passar dos anos essa criatividade foi se perdendo. O que pode ter ocasionado essa diminuição ou perda? Palavras negativas de não faça isso, não é assim que se faz, você está errado, ou o medo de não está dentro dos padrões, todas estas frases contribuem para a perda da criatividade.
~ 36 ~ No entanto, vemos a nossa criatividade ressurgir em momentos difíceis ao fazer piadas, em que o certo seria lamentar, porém se pensarmos bem podemos utilizar isso a nosso favor. Com toda essa criatividade, por que não utilizar no ambiente de trabalho? Após este comentário terão aqueles que vão dizer, mas para ser criativo é preciso dinheiro para comprar os mateiais, para contratar uma boa equipe que te ajude, e o principal, é preciso ter o apoio do líder. Nesse momento bate aquele desanimo, onde muitos desistem. Mas antes de criar mil obstáculos para não realizar uma tarefa ou pôr em prática as ideias, vamos pensar e ver antes de tudo o que precisa ser feito e como podemos fazer para aplicar. Alguns profissionais funcionam sobre pressão, outros não, e tem aqueles que, do problema conseguem ver a possível solução. Nós seres humanos precisamos passar a nos conhecer melhor e acreditar que somos capazes de
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criar, de enxergar uma luz no fim do túnel. Quando estamos dispostos a mudar e a transformar o ambiente de trabalho, precisamos prestar atenção, e nos perguntar: o que está acontecendo, qual motivo, as pessoas precisam disso, vai mudar algo na minha vida ou na vida dela? Todos estes questionamentos são importantes para se criar algo. Assim, para solucionar a falta de interesse dos alunos em frequentar a biblioteca, pensou em algo para ser a solução deste problema, a CRIATIVIDADE. Após pesquisa realizada sobre artigos de decoração diferentes, me deparo com este objeto feito com produtos reciclados, que me chamou a atenção, pois aqui na Instituição tínhamos alguns materiais para descarte. Foi realizado uma busca destes materiais por toda faculdade e
~ 38 ~ em locais de recolhimento de produtos reciclados. As quais foram recolhidos: teclados, disquetes, CDs, jornais e revistas. Foram reaproveitados os teclados transformando-o em porta caneta, capa de caderno e porta retrato. Com o disquete foi feito capa de bloco de notas e porta caneta. Do jornal foram retiradas as histĂłrias em quadrinhos para decorar uma parede da biblioteca e fazer marca pĂĄgina. Os jogos (palavra cruzada e sudoku) foram feitos bloquinhos e deixados junto a estante do acervo de literatura, para os interessados passarem o tempo.
O reaproveitamento dos materiais trouxe benefĂcios para a biblioteca, pois os alunos se interessaram pelos objetos decorados e compraram para darem de presente, o
~ 39 ~ que ocasionou uma demanda de pedidos, ocorrendo deste modo à criação de uma oficina, nas quais os alunos eram instruídos pela bibliotecária em como fazer os objetos. A oficina além de ensinar a fazer os trabalhos manuais, proporcionava também horas complementares, que os ajudavam no final do semestre. A oficina passou a ocorrer durante as quarta-feira no período da tarde, os alunos ajudaram a confeccionar os produtos e auxiliar nas decorações dos eventos, e a fazer perguntas para o Quiz. Após as definições de criatividade e os exemplos mostrados por meio dos trabalhos realizados na Biblioteca Viva, será que ainda resta alguma dúvida sobre criatividade, ou se pode haver criatividade na Biblioteca? Se houver aquela pessoa que ainda diz não ser criativa, pense bem, pois quando você estiver em alguma situação em que algo te incomode a sua criatividade vai começar a brotar.
~ 40 ~ Todos nós somos diferentes, podendo ter algumas coisas em comum, mas é na hora do despero, em meio ao problema que descobrimos que somos todos parecidos. Por que? Porque buscamos forma, metodos, usamos a criatividade para tentar solucionar o problema. Mas como? Ouvimos as pessoas dizerem que as ideias surgem quando estão indo dormir, ou no banho, ou ouvindo música ou até mesmo na viajem. Mas o principal de tudo é gostar do que fazemos assim a criatividade surge. O bloqueio pode aparecer algumas vezes, ou alguns vão dizer sempre, no entanto pode-se dizer que, quando não pensamos mais, passamos a deixar de lado, é nesse momento que as ideias surgem de repente, quando menos se espera, o cérebro é algo fascinante, pois uns funcionam sobre pressão, outros não, precisando então está relaxado. Portanto, para que consigamos criar é muito importante ler livros e revistas, realizar pesquisas na internet sobre diversos assuntos, sair para ver o que tem de novo nas vitrines, saber o que a novidade nas ruas tem
~ 41 ~ a nos oferecer. Não digo que devemos fazer igual, mas sim aperfeiçoar, a criatividade nada mais é do que ideias roubadas e melhoradas. Realizar uma pesquisa sobre as tendências, para quem sabe usar algo do que pesquisamos em nosso trabalho. A pesquisa precisa sempre ser feita, para assim saber do que o nosso usuário quer, do que ele precisa. Você sabia que a biblioteca pode ser uma midia de divulgação de seus serviços? Para saber mais se isso é possível confira no próximo capítulo que será apresentado.
~ 42 ~
A BIBLIOTECA COMO MÍDIA NA DIVULGAÇÃO DOS SERVIÇOS “O segredo da criatividade está em dormir bem e abrir a mente para as possibilidades infinitas. O que é um homem sem sonhos?” É possível que uma biblioteca seja uma mídia? Buscou conceitos de mídias e viu que biblioteca não está na definição, segundo Kotler (2003, p. 147) os tipos de mídias são “[...] televisão, rádio, jornais, revistas, catálogos, telefones e canais on-line. Tendo suas vantagens e desvantagem”. Já, Pinho (2001, p. 183) conceitua que “Mídia é a grafia aportuguesada do inglês media. Tem origem no latim media e no plural médium, que significa meio”. Emprega-se a palavra mídia nos estudos que confere os campos da Comunicação, ao mesmo tempo, temas multidisciplinares, associados por outros panoramas do conhecimento (GUAZINA, 2007). As mídias sociais são canais de comunicação importante e a possibilidade para bibliotecas, centros de documentação e museus de “conversar” com seus usuários. Assim para Calil Junior (2013) a noção da web como plataforma e a adoção das mídias sociais têm surgido, nos últimos anos, como a grande novidade para bibliotecas e bibliotecários que, aos poucos, se aproximam e se apropriam destas ferramentas. Sendo assim, pode se dizer que o profissional da unidade de informação precisa estar atualizado as novas tendências de seus usuários.
~ 43 ~ Quando é realizado evento na biblioteca é percepitivel o interesse dos alunos ao perguntar qual o próximo evento. Observa-se que os eventos chamam a atenção, não só dos proprios usuários da instituição como os da comunidade externa, que ao ter conhecimento dos eventos realizados na instituição, ficaram curiosos para saber do que se tratava e como eram os eventos, após visitarem a biblioteca passaram a conhecer os serviços que a mesma tem a oferecer. Para chamar a atenção dos alunos, a Biblioteca criou um calendário de eventos em datas comemorativas, o que ocasionou certo costume nos alunos. Sempre que vão à biblioteca, perguntam qual será o próximo evento, e o que vão ganhar de brinde. Pode-se perceber que a biblioteca além oferecer os serviços de empréstimos de livros e periódicos, a mesma disponibiliza entretenimento para os usuários, com a realização de festas, cinema, jogos e Quiz. Deste modo a
~ 44 ~ biblioteca passa a se tornar uma mídia, como divulgadora de suas proprias ações, de seus serviços ofertados. E estes foram alguns dos eventos ocorridos na Biblioteca Viva, como pode ser visto nas imagens. A cada início do ano letivo, a biblioteca recebe os alunos com uma decoração de boas-vindas, como se pode ver na foto a seguir.
Os alunos foram recepcionados com balões e uma lembrança (um livro de romance) foto tirada no início semestre. Os mesmos ficaram admirados em ver suas fotos nos murais da biblioteca, em momentos de descontração, em uma linha do tempo.
~ 45 ~ Em seguida o próximo evento realizado, foi a homenagem ao Dia Nacional da Mulher 30 de abril. Houve sessão de fotos, venda de roupas, curso de maquiagem e música. Foi feita flores de origami (flor de lotus) com um chocolate dentro e distribuído para as alunas e professoras. O evento seguinte foi a Páscoa, a biblioteca estava decorada com patinhas de coelho, algumas estavam escondidas entre os livros, e em cada patinha havia um brinde, como por exemplo: ficar mais tempo com o livro, ter direito de pegar mais livros, credito (caso o aluno tivesse com multa) e um doce. Como a páscoa ocorreu na mesma semana do aniversário de Florianópolis, os alunos podiam optar em escolher um número e responder uma
~ 46 ~ pergunta sobre a cidade de Florianópolis, se acertasse, ganhava uma cenourinha. A cenourinha estava recheada com doces.
No mês de maio não ocorre evento na biblioteca, pois durante todo o mês são realizados preparativos para a decoração do evento seguinte e último evento do semestre. A festa junina é o último evento do primeiro semestre, ela comemora o encerramento das aulas. A festa junina dura o mês inteiro, a biblioteca fica toda decorada com bandeirinhas e balões sendo a pescaria a principal atração, os alunos pescam um peixe e nele contém o nome
~ 47 ~ do brinde que ele ganhou, podendo ser doces, credito ou livros. O mais importante deste evento, é que os alunos que nunca frequentaram a biblioteca passaram a conhecer através de outros alunos que comentaram em sala de aula, que na biblioteca esta ocorrendo uma festa.
A biblioteca presa pela sustentabilidade, assim toda a decoração junina, foi feita com produtos recicláveis. Os peixes de origami com papeis reciclados, assim como a água do aquário é feita de papeis picados, a fogueira foi feita de jornal, assim como as lanternas feitas de revistas. No final de junho e início de julho, período de férias de boa parte dos alunos, a biblioteca se prepara para
~ 48 ~ organizar o espaço e realizar a recepção do próximo semestre. Então no mês de julho inicia o segundo semestre, os alunos novos e antigos são recepcionados com boas vindas e uma decoração do aniversário da biblioteca. Neste evento são colocadas as fotos contando a história e os bons momentos dos alunos na Biblioteca Viva.
A exposição das fotos dos alunos trouxe uma boa repercussão, pois a biblioteca passou a ser mais frequentada para realização de trabalhos acadêmicos, fato que não ocorria com tanta regularidade. A percepção de tais fatos pode se perceber por meio das redes sociais dos alunos, que passaram a postar fotos na biblioteca.
~ 49 ~ No aniversário da biblioteca houve uma exposição de fotos com os melhores momentos. A cada evento que passou a ser realizado na biblioteca, foram registrados e guardados num banco de imagem da própria biblioteca. Com relação aos direitos autorais, todos os alunos ao se matricular na Instituição assinam um termo autorizando o uso de imagem. No mês de agosto ocorreu as Olimpíadas Rio 2016, então, para não ficar por fora dos jogos, foi colocado um pódio para aqueles alunos que acertasse quais países eram as bandeiras expostas e o nome das modalidades olímpicas. Assim o aluno vencedor teria o direito de subir no pódio com a tocha olímpica, coroa de louros e a medalha de ouro.
~ 50 ~ Os jogos na biblioteca duraram todo o mês de agosto, a empolgação em tentar descobrir quais países e modalidades deixaram os alunos entusiasmados. O impressionante é que os jogos atraem muito as pessoas e como elas gostam de testar seu conhecimento. Depois desse evento, passou-se a realizar mais atividades de jogos, além do mais, os livros de jogos passaram a fazer parte, criando assim interesse dos próprios alunos em conhece-los. O mês de setembro foi marcado por uma grande competição entre os alunos da Administração e os da Ciência Contábeis. A biblioteca foi decorada com as cores dos dois cursos e nele foram colocados dois placares que
~ 51 ~ contavam os pontos dos alunos que respondiam as perguntas certas sobre seus cursos. Foi criado um dado de origami e que ao jogar possuía duas alternativas, pergunta e desafio, então, se caísse desafio teria que pescar uma flor de lótus com os olhos vendados. E se caísse pergunta, tinha que responder uma pergunta, valendo ponto para o seu curso. A competição durou o mês inteiro e no final era divulgado o curso vencedor. No mês seguinte foi comemorado o dia das crianças. Comemorar o dia das crianças? Mas são todos adultos. Para nossos pais somos eternas crianças. Estamos na fase adulta e mesmo assim ficamos empolgados com o dia das crianças, mas a única coisa que ouvimos é que já deixamos de ser crianças.
~ 52 ~ Então por este motivo, no dia 12 de outubro, a biblioteca foi decorada com balões de personagens infantis e um balão grande com doce, igual das festas de aniversário infantis. Neste momento percebemos que não perdemos aquela euforia de quando pequenos. No final de outubro, depois da decoração do dia das crianças, a biblioteca começou a preparar os artigos que iam decorar o evento de dia das bruxas, com morcegos, aranhas, abóboras e o principal, perguntas para os alunos valendo doces ou travessuras.
~ 53 ~ E para finalizar mais um ano letivo, no meado de novembro, iniciaram-se os preparativos para decoração de Natal, com homenagem aos alunos que mais pegaram livros, que mais doaram livros e despedidas aos alunos que entregaram o TCC concluindo o curso.
A biblioteca foi toda decorada, com estrelas de origami no teto, uma árvore de natal feita de livros e um boneco de neve feito com copos de café descartáveis. Criou-se plaquinhas com frases engraçadas para os alunos tirarem fotos. Foram entregues certificados aos alunos que mais retiraram livros durante o semestre e para aqueles que fizeram grandes doações a biblioteca. Depois de todos os eventos, resolveu-se realizar uma pesquisa quantitativa para saber quais dos eventos
~ 54 ~ ocorridos, foram considerados para os frequentadores, os mais interessantes. A pesquisa foi realizada durante uma semana na biblioteca, pois nem todos os dias os alunos tem aula. Foi deixado uma folha na mesa para que os alunos fossem pegando e depois de respondidos, colocados numa urna para que não soubesse o que foi respondido. Perguntou-se aos alunos e aos professores quais eventos eles mais gostaram. Não foi feita a pergunta se eles conheciam algum evento ou se já haviam participado de algum, pois a pesquisa era somente para aqueles que frequentavam a biblioteca. Deste modo, perguntou-se quais dos eventos eles mais gostaram, em ordem cronológica estes foram os que mais ganharam destaques: 1 – ABERTURA DE BEM-VINDOS 2 – DIA DA MULHER 3 – PÁSCOA 4 – FESTA JUNINA 5 – ANIVERSÁRIO DA BIBLIOTECA 6 – OLIMPÍADAS 7 – MÊS DO ADMINISTRADOR E DO CONTABILISTA 8 – DIA DAS CRIANÇAS 9 – DIA DAS BRUXAS 10 – NATAL Pode-se, a partir da verificação dos melhores eventos, foi possível estabelecer um calendário fixo.
~ 55 ~ QUAIS FORAM OS MELHORES EVENTOS REALIZADO NA BIBLIOTECA? Natal
6
Dia das Bruxas
13
Dia das Crianças
8
Mês do Administrador e Contabilista
19
Olimpiadas Aniversário da Biblioteca
24 4
Festa Junina Páscoa
42 9
Dia da Mulher Abertura de bem-vindos
14 8
A biblioteca se tornou uma mídia de divulgação de seus serviços, para poder atrair aos usuários, fazendo com que eles criassem interesse de conhecer esse ambiente. Os eventos acarretaram um aumento de frequentadores. Além de usar as mídias sociais Facebook e Instagram para divulgar mais a Biblioteca Viva, a mesma utilizou no final do ano de 2016 a televisão, para mostrar um dos eventos que ocorrem normalmente nesta unidade de informação. Para ser mais preciso, a Biblioteca Viva no dia 31 de outubro de 2016, apareceu no programa de televisão mostrando a decoração de dia das bruxas. O local estava
~ 56 ~ todo decorado com morcegos, fantasmas e aranhas, no entanto a atração principal foi uma poltrona feita de livros, o que gerou comentários e interesse de muitos querendo tirar fotos na poltrona. No mesmo dia houve uma sessão de fotos, em que os alunos vieram caracterizados, sentaram na poltrona com amigos fazendo várias poses. A biblioteca estava aberta a alunos, funcionários e a comunidade em geral, que foram até o local para verem de perto a poltrona de livros ou como ficou conhecida “The book of thrones”. A repercussão foi grande, pois o programa é exibido em todo o Brasil. Ao lado o QR Code da participação no programa. A adoção de tecnologias de acesso como o QR Code foi bem aceita pelos alunos, tornando-se referência para os acessos ao conteúdo da Biblioteca Viva. Ao contrário do que se pode pensar, no entanto, estas tecnologias aumentaram ainda mais a frequência e permanência do público na biblioteca, que passaram ter acesso a informações mais rápido. A seguir vejam as imagens de como ficou a decoração de dia das bruxas e a poltrona de livros “The book of thrones”
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~ 58 ~ E não parou por aí, depois do sucesso da poltrona de livros, no mês seguinte foi dado início a decoração de natal, montou-se uma árvore de livros e uma chaminé feita de organizador de revista. Então a árvore de natal apareceu na vinheta de natal de um outro programa de TV, em horário nobre e em rede nacional.
A temática da decoração da árvore chamou a atenção por estar num estilo diferente dos padrões, foi toda no estilo praia, com peixes, pranchas de surf, chinelos e frases da cultura manezinha.
~ 59 ~ O programa de TV soube e achou interessante, entrando em contato com a bibliotecária solicitando que fosse feito um vídeo decorando a arvore.
Após divulgação da biblioteca pelas mídias sociais e televisivas, alunos que não tinham o costume de frequentar a biblioteca, passaram a ir com mais frequência. Alguns deles não sabiam dos serviços oferecidos, muitos deles ficaram admirados pelo espaço da literatura com puffs. Pode se dizer que, a biblioteca se tornou uma área de lazer um espaço de entretenimento.
~ 60 ~ A foto a baixo mostra a vinda de alunos que passaram a frequentar a unidade de informação e a fazer os trabalhos. Tanto que as orientações de trabalhos de conclusão do curso passaram a ser na biblioteca.
~ 61 ~
MÉTODOS CRIATIVOS UTILIZADOS NA ADMINISTRAÇÃO DA BIBLIOTECA VIVA “A chave para a criatividade é fazer conexões inusitadas” John Caples Quando nos tornamos bibliotecário e assumimos a primeira unidade de informação, idealizamos que a função será apenas atendimento ao usuário, empréstimo de livros, organização do acervo, realização do processamento
~ 62 ~ técnico e em alguns casos contação de histórias (dependendo do tipo de biblioteca). Para alguns o trabalho a ser realizado seria somente estes. Mesmo parecendo uma frase piegas, mas que deveria ser exercida por todos profissionais é: devemos amar o que desempenhamos e fazer com que o trabalho passe a ser um prazer e não uma obrigação. Os profissionais da informação, estão percebendo que a biblioteca na atualidade, necessita sair do simples conceito de acervo de livros para acesso a informação. Diante desta afirmativa, o profissional da informação sentiu o dever de se atualizar de acordo com as realidades de seu papel social na sociedade da informação, através da busca de conhecimento (CORDEIRO; DIMÁRIO, 2008). Indiferente do exercício de sua função, o profissional tem que está atualizado as novas tendências que ocorre a volta de seus clientes, acompanhar as mudanças. Formada em Biblioteconomia pensei em me atualizar, pois sendo que já havia terminado a graduação já tinha alguns anos. Deste modo, para tal atualização, busquei cursos que pudessem contribuir para a minha capacitação profissional, e que ajudasse a melhorar o
~ 63 ~ meu desempenho nos serviços que eu ofertava na biblioteca. Para melhor desempenho na Biblioteca realizei alguns cursos como: Inteligência para inovação, Design Thinking e Mídias, Psicologia e Subjetividades no Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento– PPEGC, da Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC. A realização destes cursos, fez com que os serviços oferecidos na Biblioteca mudassem para melhor. O curso de Inteligência para inovação, possuía alunos de diversas áreas do conhecimento e com uma vasta experiência profissional. Durante as aulas, tive que realizar uma apresentação sobre Geração de ideias. Para tal apresentação envolvi a biblioteca das faculdades Borges de Mendonça, relatando sobre as novas ideias criadas neste ambiente informacional, mostrando as tarefas desenvolvidas e o que pretendia fazer futuramente. Durante a apresentação foram surgindo muitas ideias e sugestões que me ajudou a proporcionar uma grande
~ 64 ~ mudança na biblioteca e na minha carreira como profissional. Comentários, perguntas e sugestões que foram postas em discussão, me fizeram pensar nos serviços ofertados pela biblioteca e a rever os trabalhos que realizava, para que pudesse executá-los da melhor forma. Como por exemplo, na criação de um manual dos trabalhos que são feitos na biblioteca, um passo a passo. Assim para aquele que seguir na biblioteca, ter uma ideia de como são feitos os trabalhos. No curso de Design Thinking, aprendi sobre as grandes empresas e o que elas têm de tão especial e inovador. O interessante destas organizações são que elas criam produtos pensando no que as pessoas precisam. Exemplo disso é a multinacional 3M, que seu maior foco é a inovação. Coisas simples que foram inventadas por estas empresas e nem nos damos conta. Quem não tem uma lixa, esponja, durex ou até mesmo um post-it? Todos estes produtos estão ao nosso redor e não percebemos que são produtos inovadores uma invenção, vinda
~ 65 ~ de uma necessidade. Então o Design Thinking cria produtos tentando resolver problemas de modo diferenciado. Para Brown (2010) “Quando um produto ou serviço é inovador ele causa impacto na vida das pessoas e transforma para sempre a forma de essas pessoas viverem e trabalharem”. O mesmo ocorre na Biblioteca Viva, pensando em diversas formas de como e o que poderia ser feito para atrair os alunos a passarem a frequentar mais este ambiente informacional. Assim surgiu a ideia de criar o BiblioCine, envolver a temática das aulas com filmes e livros. Foi criada uma lista de filmes relacionado as disciplinas e posta no mural da biblioteca e ao lado o calendário com os filmes e os horários que iam ser passado. O BiblioCine funcionava antes da aula começar. Pois notou-se que, os alunos chegavam cedo, saiam do trabalho e iam direto para a faculdade. Então os filmes eram passado das 17h as 18:45 mais ou menos. Para o lançamento do BiblioCine foram distribuídos marca
~ 66 ~ páginas no formato de óculos 3D. Devido ao interesse dos alunos nos filmes, surgiu a ideia de fazer no inicio do ano o BiblioOscar, em que os alunos seriam os jurados dos filmes que foram indicados ao óscar, mas quem ganhava o prêmio na biblioteca era a pessoa que conseguisse acertar quem levaria o óscar. Este foi o prêmio no início do ano, para aquele aluno ou funcionário que conseguiu adivinhar quem seria os ganhadores do Óscar de 2016. No jogo havia que predizer: o filme, o ator e a atriz principal, ator e a atriz coadjuvante e o diretor. O ganhador levaria essa cesta. Ganhou o usuário que obteve o máximo de acertos. No dia seguinte era contado os pontos e revelado que foi o ganhador. A cesta é uma criação da biblioteca, feita de fita VHS e cheia de guloseimas e artigos produzidos pela biblioteca, como porta caneta e marca páginas.
~ 67 ~ A todo instante, uma atividade era feita na biblioteca, para ver qual dos eventos atraiam mais a atenção dos alunos. Observou que a inclusão de jogos passou a atrair os alunos. Após a realização destes busquei informação sobre tal assunto, e assim, encontrei a Gamificação, sendo um processo que usa elementos, mecânicas e dinâmicas de jogos para engajar e direcionar os comportamentos de jogadores dentro de um contexto de não jogo, a qual apanha os traços que são mais apreciados nos jogos e as inclui em nosso dia a dia para que os serviços, dos mais complexos, possam ser realizados de forma pitoresca e empolgante buscando assim, transformar qualquer atividade em algo mais divertido em qualquer contexto! (SANTOS JUNIOR, 2014). Pode-se dizer que a Gamificação é um acontecimento resultante, a qual provém diretamente da popularização e popularidade dos games, e de suas competências intrínsecas de motivar a ação, resolver problemas e desenvolver aprendizagens nas mais diversas
~ 68 ~ áreas do conhecimento e da vida dos indivíduos. Esse potencial que os games apresentam já havia sido percebido há mais de três décadas (PAPERT, 2008). Os jogos na biblioteca passaram a ocorrer de forma contínua, fazendo com que a biblioteca fosse uma extensão da sala de aula. O que uma pessoa não faz por um doce. Todos os jogos tinham uma recompensa. Estudar passou a ser divertido. Na imagem a cima observa-se um caminho com números, a ideia foi que a cada número houvesse uma pergunta sobre o curso, e assim que eles conseguissem acertar as perguntas passavam para a próxima etapa, até chegar no final e pegar seu prêmio. Deste modo, os métodos utilizados na biblioteca para atrair as pessoas para este ambiente se deu por meio de uma atualização, de uma busca por novos conhecimentos. Administrar uma unidade de informação
~ 69 ~ gera necessita que o profissional sempre esteja buscando cursos e formar de se atualizar. Sendo assim a realização de cursos e pesquisas, como método para administrar e desempenhar um bom serviço na biblioteca, fez com que gerasse uma oportunidade de dar uma palestra aos alunos de Administração da Faculdade Borges de Mendonça sobre Mudanças e Design Thinking na própria biblioteca.
Na palestra foi contado sobre as experiencias de mudanças realizada na biblioteca e que se foi possível mudar esta unidade de informação, também é possível
~ 70 ~ mudar o seu ambiente de trabalho. Mas que toda mudança pode gerar certo desconforto em algumas pessoas, e que nem todas as transformações são bem aceitas de início. A disciplina Mídias, Psicologia e Subjetividade, fez com que eu parasse para analisar e prestar mais atenção no comportamento dos usuários da biblioteca e dos não frequentadores. Como prestar atenção dos não frequentadores? Visitando as salas de aula, andando pelos corredores e falando com 0s alunos e um outro fator interessante é que a lanchonete fica ao lado da biblioteca, assim poderia conversar com eles. O impressionante é que as respostas dos alunos e até mesmo dos professores são de não ter tempo para ir à biblioteca. Pois a ideia é saber como eles são e o que precisam. Além do mais, entender que todos são diferentes, e que independente dos eventos realizados na Biblioteca Viva, alguns iriam se agradar outros não. Em algumas das conversas, uns me relataram que já foram até a biblioteca, mas pararam de frequentar devido ao barulho, pois queria que voltasse como era antes, silenciosa e com poucas pessoas, pois para ele era mais fácil se concentrar nos estudos. Quando são realizadas mudanças no ambiente organizacional, o profissional precisa está preparado para ouvir não só os elogios como também as críticas, e daí buscar formas de tentar solucionar o problema.
~ 71 ~
E A BIBLIOTECA VIVA VIVEU FELIZ PARA... ... continuar criando e inovando, atraindo cada vez mais as pessoas a frequentarem a biblioteca, mostrando que não é apenas um local de estudo, mas que pode ser um espaço de lazer. Portanto, a partir do que foi mostrado neste livro, respondemos à pergunta feita no início do livro, a biblioteca pode sim ser criativa, pode ser uma ferramenta de divulgação de seus serviços. Muito há de ser feito nas bibliotecas, por isso os profissionais bibliotecários precisam buscar métodos para tentar atrair a população a passarem a conhecer este espaço tão
~ 72 ~ interessante. Pois com o passar do tempo, as pessoas estão se tornando cada vez mais exigentes, fazendo com que o trabalho dos bibliotecários passe a ser mais elaborado. E estas são as dicas que deixo para atuais e futuros profissionais bibliotecários, esperando que este livro possa a alcançar a muitos interessados a se aperfeiçoar e até sugerir novas ideias. A seguir registros de algumas imagens de pequenos eventos que ocorreram na Biblioteca Viva, em datas comemorativas e eventos casuais.
~ 73 ~
REGISTROS FOTOGRÁFICOS DA BIBLIOTECA VIVA Imagem 1: Visita do Projeto TAMAR
Fonte: banco de imagens da Biblioteca Marta Beatriz da Fonseca.
Imagem 2: Exposição de objetos antigos
Fonte: banco de imagens da Biblioteca Marta Beatriz da Fonseca.
~ 74 ~ Imagem 3: Informativo de como tratar os livros
Fonte: banco de imagens da Biblioteca Marta Beatriz da Fonseca.
Imagem 4: Recepção de boas vindas
Fonte: banco de imagens da Biblioteca Marta Beatriz da Fonseca.
~ 75 ~ Imagem 5: Homenagem ao Dia da Mulher
Fonte: banco de imagens da Biblioteca Marta Beatriz da Fonseca.
Imagem 6: Quiz de Pรกscoa
Fonte: banco de imagens da Biblioteca Marta Beatriz da Fonseca.
~ 76 ~ Imagem 7: Quem vocĂŞ acha que merece um beijo
Fonte: banco de imagens da Biblioteca Marta Beatriz da Fonseca.
Imagem 8: Dia Nacional da Mulher
Fonte: banco de imagens da Biblioteca Marta Beatriz da Fonseca.
~ 77 ~ Imagem 55: História da evolução do dia do livro
Fonte: banco de imagens da Biblioteca Marta Beatriz da Fonseca.
Imagem 56: Biblioteca vista de outro ângulo
Fonte: banco de imagens da Biblioteca Marta Beatriz da Fonseca.
~ 78 ~ Imagem 57: Momento de descontração na Biblioteca
Fonte: banco de imagens da Biblioteca Marta Beatriz da Fonseca.
Imagem 58: Análise dos resultados da CPA
Fonte: banco de imagens da Biblioteca Marta Beatriz da Fonseca.
~ 79 ~ Imagem 59: Decoração da Biblioteca
Fonte: banco de imagens da Biblioteca Marta Beatriz da Fonseca.
Imagem 60: Preparativos para Festa Junina
Fonte: banco de imagens da Biblioteca Marta Beatriz da Fonseca.
~ 80 ~ Imagem 61:MandalaExpoBiblio 2017
Fonte: banco de imagens da Biblioteca Marta Beatriz da Fonseca.
Imagem 62: ExpoBiblio 2017
Fonte: banco de imagens da Biblioteca Marta Beatriz da Fonseca.
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