Fibra, 6

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Director: Jorge Fiel

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Mensal

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Ano I

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N.º 6

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Junho de 2011

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8 euros

O novo agregador das comunicações

António Gonçalves director-geral da Seed Studios

Crise é boa para os videojogos Pág. 29

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Ricardo Parreira, presidente PHC Software

Estar à frente do tempo

“Somos uma empresa que dá prioridade à inovação. Muitas vezes, lançamos produtos muito antes do seu tempo”, afirma com orgulho Ricardo Parreira, 44 anos, presidente da PHC, empresa que fez com colegas da faculdade e hoje tem software a correr em mais de 25 mil empresas

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Seduzidos pelo cabo

Não há volta a dar. Os portugueses estão a ser seduzidos pelo cabo. Operadores e canais sabem disso e estão preparados para responder. As opiniões de Vera Pinto Pereira (Meo), António José Teixeira (SIC Notícias), Fernando Lopes (Cabovisão), Miguel Raposo Magalhães (ZON) e Juan María Romeu (AXN)

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Uma nova revolução

Não há dúvidas. A cloud é uma opção bastante válida e que deveria ser sempre considerada em qualquer estratégia de TIC. É uma nova revolução só comparável com a dos computadores pessoais nos anos 80 ou a da internet na década de 90. Os pontos de vista de Vítor Baptista (EMC) e João Fernandes (NEC)


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Destaques

EDITORIaL

Romper o cerco O novo agregador das comunicações

Director-geral João David Nunes jdn@briefing.pt Director Jorge Fiel jf@briefing.pt Directora de Arte Patrícia Silva Gomes psg@briefing.pt Editora Executiva Fátima de Sousa fs@briefing.pt Editor Online António Barradinhas ab@briefing.pt Redacção Av. Infante D. Henrique, 333H, 44 1800-282 Lisboa Directora de Marketing Maria Luís T. 925 606 107 ml@briefing.pt Distribuição por assinatura Preço: 85€ (12 edições) assinaturas@briefing.pt Tiragem média mensal: 2.500 ex. Depósito legal: 321206/10 N.º registo ERC: 125953 Editora Enzima Amarela - Edições, Lda Av. Infante D. Henrique, 333H, 44 1800-282 Lisboa T. 218 504 060 • F. 210 435 935 fibra@briefing.pt • www.fibra.pt Propriedade Boston Media – Comunicação e Imagem, SA Impressão: Sogapal, Rua Mário Castelhano, Queluz de Baixo 2730-120 Barcarena

Comunicação, Design e Multimédia Av. Marquês de Tomar, 44-7 1050-156 Lisboa Tel: 217 957 030 geral@motioncreator.net

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RAMONDEMELO PHOTOGRAPHY

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Rua Luz Soriano, 67-1º E Bairro Alto 1200-246 Lisboa - PORTUGAL www.who.pt// contacto@who.pt O novo agregador das comunicações

Durante mais de dois anos, uma equipa de 20 pessoas trabalhou na produção de Under Siege, o primeiro videojogo português para PS3. Num andar da Ribeira (Porto), sentados em frente ao ecrã, com phones nos ouvidos, num ambiente estranhamente silencioso e algo sombrio, criaram um jogo de estratégia desenvolvido num cenário de fantasia medieval. “Não podíamos falhar”, explica António Gonçalves, 41 anos, director-geral da Seed Studios, que investiu 1,4 milhões de euros no mais caro videojogo jamais feito em Portugal. A experiência da Seed – que produzira já três jogos para a Nintendo - era escassa face às exigências da empreitada. “Muita coisa foi ultrapassada com base no método experimentalista da tentativa/erro. E tivemos todos os problemas que possam imaginar. Desde os bugs no software fornecido pela Sony até ao ataque de hackers à PS3 no dia do lançamento do Under Siege, passando pelo elevado grau de exigência da Quality Assurance da marca. Mas, agora, fazer um videojogo não tem segredos para nós”, afirma Gonçalves, um ex-futebolista do Leixões que se declara disponível para partilhar esta competência de modo a que seja criada uma indústria de videojogos no nosso país. Uma ideia feliz, que pode ajudar a romper o cerco a que nossa economia está submetida, pois a nível mundial a indústria de videojogos já factura mais do que música e cinema juntos.

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BarómEtro TwittEr

RTP lidera top 10

Durante uma semana, a E.life perscrutou o Twitter em busca das marcas tecnológicas mais faladas. No top 10 pontuam os lançamentos de produtos e serviços. À mistura com as televisões nacionais, onde foi a política que fez mais buzz

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COmO É TRaBaLHaR Em...

“Somos uns tipos baris”

Na Maksen, a quinta melhor empresa para trabalhar em Portugal, são “uns tipos baris”. Mas também têm de ser dinâmicos, criativos, positivos, irreverentes e perfeccionistas. Tratam-se por tu e a política é de porta aberta. Make it happen é o lema desta empresa que vende neurónios

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PaSSEIO PÚBLICO

Mudar o rumo da vida no Erasmus, em Paris

Integrated Marketing Communication & PR Manager Iberia (a vida tem destas coisas J) da HP, Rita Carvalho, 40 anos, começou por sonhar ser missionária antes de se render aos encantos da Gestão. Mas, antes de concluir a licenciatura no ISEG, passou um ano em Paris, ao abrigo do Erasmus. Foi o ano que mudou por completo a vida desta miúda da Linha, que cresceu em Carcavelos, vive em S. Pedro do Estoril e passou pela banca (Chemical e Générale), antes de fazer uma carreira em ziguezague na HP

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RESTaURanTE

Regalar-se com sushi na Barata Salgueiro

O coração da movida gastronómica de Lisboa palpita na Barata Salgueiro. A perpendicular à Avenida da Liberdade está a ficar uma das ruas mais animadas de Lisboa em termos de restauração. Até aqui era conhecida por ser a rua da Cinemateca Portuguesa e da Sociedade Nacional de Belas Artes e sede de alguns bancos. Agora está também uma cosmopolita artéria de novos e animados restaurantes onde o conceito de comida se alia também à diversão. Manuel Falcão foi ao Sushi Café Avenida e ficou encantado com o que viu e comeu

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O mUnDO à mInHa PROCURa

O melhor amigo de Wanda é o microfone

Wanda Stuart, 43 anos e muita energia, está ainda a aventurar-se no Samsung Galaxy Tab da Optimus, mas o iPhone já não tem segredos para ela. Nos espectáculos não dispensa o microfone Shure e a HandyCam HD da Sony, com que partilha imagens no Facebook e no YouTube. E porque a aparência não é só o cabelo azul que a distingue, anda sempre com uma Silk Epil da Braun Junho de 2011

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debate

No Fibra 1, Eduardo Cintra Torres levantou 10 questões sobre a RTP e o serviço público de televisão. Até ao fim do ano vamos procurar respostas a essas perguntas

2011 Deve a RTP criar ainda mais canais, como está previsto em documentação oficial e da própria empresa

?

Anabela Sousa Lopes directora da licenciatura em Jornalismo da ESCS

Manuel Pinto docente na Universidade do Minho

José Gabriel Quaresma jornalista da TVI

Paquete de Oliveira ex-provedor da RTP

Não sendo possível ignorar a actual conjuntura económica, a resposta imediata a essa pergunta seria negativa. Mas não se querendo abordar a questão por esse ângulo, as vantagens de alargar o espectro de intervenção da RTP, enquanto empresa pública, através da criação de mais canais, não parecem evidentes. Importa perguntar qual a estratégia que se liga a essa ideia. Se a existência de mais canais é uma aposta concorrencial, no sentido de aumentar o número de programas idênticos aos já produzidos pelas estações privadas, não teremos um aumento da diversidade de produtos. Alargar o leque de escolhas, pensar nas minorias, produzir programas e informação que rompam com as fórmulas já testadas e, muitas delas, gastas pelo continuado mimetismo, faz parte da missão de uma empresa de serviço público. Se a RTP tiver condições para reforçar essa identidade – com mais canais ou mantendo os existentes –, cumprirá o seu papel. O posicionamento da RTP deverá ser claro. Um certo hibridismo de modelos tem estado presente após a abertura dos canais privados de televisão e, concretamente, a RTP1 tem conhecido um percurso atribulado, ora tentando fazer concorrência às outras estações, ora tentando marcar a sua singularidade através de uma programação distinta. Assim, acima de tudo, importa não perder o rumo que a liga ao exercício do serviço público e não à submissão do alegado interesse do público.

O Contrato de Concessão do Serviço Público de TV, assinado em 2008, prevê que a RTP até 2011 desenvolva “os estudos necessários ao lançamento de um serviço de programas” voltado para “as necessidades educativas e formativas do público infantil e juvenil; e/ou um serviço de programas destinado a promover o acesso às diferentes áreas do conhecimento”. O lançamento dependeria da situação económico-financeira da entidade concessionária. Perante esta orientação, e com os dados hoje disponíveis, nomeadamente os relacionados com a grave situação do país e internacional, é legítimo e necessário responder a algumas perguntas: - É desejável e imprescindível criar novos serviços com as características apontadas? - Tem a RTP condições para assumir essa incumbência? - Há outras formas de obviar às necessidades inerentes à ideia do projecto? A formação cultural e cívica, o espírito empreendedor, a cultura portuguesa, o fomento do pensamento crítico e da criatividade são objectivos inquestionáveis, cuja concretização não deve ser vista como gasto, mas como investimento. O que me parece decisivo debater não é “se”, mas “como” assegurar esse serviço, tendo em conta a transformação do campo mediático e, em especial, do sector televisivo.

A RTP gere dois canais em sinal aberto (RTP 1 e 2), dois canais regionais (RTP Madeira e Açores), quatro canais por cabo (RTP Internacional, RTP- Notícias, RTP África e RTP Memória), e a RTP Mobile e a RTP Multimédia. Possui 15 centros de emissão em Portugal e tem 12 delegações internacionais. Não entra neste desenho da empresa, feito neste texto, as rádios. São milhares de trabalhadores, um passivo considerável e um financiamento, sempre envolto em polémica. A oferta, em termos de quantidade, é satisfatória. Qualquer intenção, por parte da RTP, em criar novos canais parece-me desajustada da realidade actual. Seja porque, como acabo de escrever, a máquina RTP é gigantesca, com todas as dificuldades que daí nascem e os seus serviços são já abrangentes, seja porque a oferta extra RTP é cada vez mais diversificada. Enquanto jornalista, profissional de informação e de televisão, claramente digo que os canais que existem satisfazem as necessidades. Mais do que criar novos canais, para acompanhar novas exigências do público, na RTP a solução passa por fazer uma “actualização” do que já existe.

Fosse a RTP uma empresa comercial, como qualquer outra, e esta questão não se colocava. No actual “sistema dos media” a desmultiplicação máxima de canais no aproveitamento dos milhentos conteúdos produzidos é o “modelo de negócio” mais adoptado. Seja por empresas de estatuto público, casos da BBC, ou comerciais como a SIC. A questão coloca-se pelo facto de a RTP ser um operador pertencente ao Estado. Em tudo o que a RTP faz recai-lhe a acusação de ser gastadora de dinheiros públicos e, nessa condição, fazer “concorrência desleal” aos outros “grupos de media”. A RTP não é apenas financiada por dinheiros públicos, provenientes dos nossos impostos. Beneficia de um sistema dual, pois com excepção do canal da RTP2, difunde publicidade. Mesmo em relação a esta fonte financeira há condicionamentos: em cada hora, só pode emitir a metade dos operadores comerciais (50 por cento) e todo o resultado desta componente é obrigatoriamente utilizado para abatimento da grande dívida acumulada através de disturbados tempos. Os outros canais, que julgo saber anunciados, seriam um com conteúdos infanto-juvenis e outro de conhecimento/cultura. Importa que estes canais incorporem o puro conceito de “serviço público” e não ofereçam “concorrência desleal”. Mas isto não esgota a discussão, antes abre, sobre a questão do dito “serviço público”.

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O novo agregador das comunicações


Uma visão portuguesa do Mundo global Somos uma Consultora de Comunicação exclusivamente portuguesa e independente. Percebemos Portugal e os portugueses, as companhias e instituições, como ninguém. É exatamente por isso que os nossos Clientes contam connosco para se afirmarem internacionalmente. Gerimos diariamente programas de Comunicação em 13 outros países.

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ENTREVISTa

Filipe Santa Bárbara jornalista

“Nós gostamos de estar sempre à frente, de ser os primeiros a encontrar as soluções. Somos uma empresa que dá prioridade total à inovação” afirma Ricardo Parreira, 44 anos, presidente do conselho de administração da PHC Software, a empresa que fundou há 20 anos, em parceria com colegas de faculdade, e que tem os seus produtos em mais de 25 mil empresas

Ricardo Parreira, presidente da PHC Software

Ramon de Melo

“Gostamos de estar à frente”

Fibra | A PHC é um projecto de colegas de faculdade. Porque é que se focaram no software de gestão? Ricardo Parreira | Na altura gostávamos de computadores e sentimos que podíamos fazer uma grande diferença no software. Era 6

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um negócio, mas podíamos criar. Começámos por fazer software à medida do que nos pediam e era um prazer incrível porque, na altura, éramos todos estudantes diurnos e trabalhávamos durante a noite. Correu muito bem! Claro que depois sentimos que ven-

der software “um para um” não era rentável, o melhor era ter um software que desse para vender a vários. Começámos então a fazer módulos standard e módulos genéricos que se adaptassem às empresas todas. Foi assim que começou a PHC. O novo agregador das comunicações


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Fibra | Como foi a entrada no mercado? RP | Foi difícil, éramos muito miúdos na altura. Éramos entusiastas e isso ajudou-nos bastante. A partir do momento em que começámos a dar provas, passámos a ter uma série de clientes satisfeitos e esse é o melhor cartão-de-visita que existe. Conseguimos que os nossos primeiros clientes ficassem satisfeitos ao ponto de já termos referências quando começámos a fazer software standard.

“Estamos num mercado altamente competitivo. Temos de tratar os clientes como se fossem o único e ter um produto altamente inovador que lhes resolva os problemas”

Fibra | Como descreve a actuação da PHC no mercado? RP | É uma pergunta complicada. Nós gostamos de estar sempre à frente, de ser os primeiros a lançar os produtos e os primeiros a encontrar as soluções para os problemas dos clientes. Acima de tudo, promovemos imenso a inovação. Eu vejo a PHC como uma empresa que dá prioridade total à inovação. Muitas vezes, lançamos produtos muito antes do seu tempo. Em 2000, já tínhamos o software todo para a web. Em 1994, já tínhamos o software todo para Windows. Basicamente, o que tentamos fazer constantemente é: esta tecnologia resolve algum problema do cliente? Se resolver, adoptamos antes de todos! Até mesmo a nível internacional. Já recebemos prémios da Microsoft.

Fibra | Em que áreas actua a PHC? RP | Somos especialistas na gestão das empresas. Na gestão, seja de que empresa for, e dentro da empresa, seja em que área for. Sejam produtos a que chamamos mais genéricos — como de facturação, contabilidade, gestão de vencimentos e de pessoas –, sejam produtos mais específicos para mercados verticais. Temos também um software para nano e microempresas, que, em vez de ser vendido, é alojado e vendido na cloud. Começámos a desenvolver esse software há quatro anos, quando ainda não havia cloud! Mas já sabíamos que, mais cedo ou mais tarde, a cloud ia ser vital, portanto, fizemos este produto para as microempresas. Temos produtos mais simples mas com funcionalidades muito avançadas para as microempresas e, depois, temos produtos completos e sofisticadíssimos para as empresas maiores. Fibra | Tendo em conta essa gama de produtos, qual é a área mais frutífera? RP | Nós acreditamos que o cliente quer, cada vez mais, um “fato à medida” mas pagando o preço de “um fato standard”. O cliente quer um software que tenha sido feito para a sua área, mas não quer pagar por alguém que o faça porque isso é caríssimo. Nós temos estes produtos a que chamamos verticais: por exemplo, um produto para gestão de cadeias de lojas — quando uma pessoa compra esse produto também precisa da O novo agregador das comunicações

contabilidade, da facturação, entre outros. O que acaba por vender mais são estes produtos genéricos. Mas temos uma coisa que faz a diferença: construímos frameworks que permitem aos nossos parceiros adaptarem os produtos ao que o cliente precisa. Ou seja, o nosso parceiro, que é quem vende, pode alterar o software todo de modo a adaptá-lo, ainda mais ao detalhe, ao que o cliente precisa.

“Sempre fomos muito orgulhosos do país e, nestas nossas saídas internacionais, chegámos à conclusão de que temos muita tecnologia muito à frente do que se faz lá fora. Só às vezes, quando temos estes choques, é que vemos isto”

“Temos também um software para nano e microempresas que, em vez de ser vendido, é alojado e vendido na cloud. Começámos a desenvolvê-lo há quatro anos, quando ainda não havia cloud”

Fibra | A concorrência é forte? RP | É muito forte. Como estamos em vários mercados, temos vários concorrentes. A concorrência mais forte é a estrangeira como a SAP e a Microsoft. A Microsoft, além de nossa parceira, é também nossa concorrente. E a SAP é a líder em software de gestão, portanto é muito forte. Depois, temos em Portugal, conforme as regiões e os produtos, centenas de concorrentes. É um mercado altamente competitivo, onde a única solução é tratar os clientes como se fossem o único e ter um produto altamente inovador que lhes resolva os problemas. Fibra | Onde é que estão a focar as energias? RP | No desenvolvimento de software. Entenda-se desenvolvimento

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ENTREVISTa

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“Tantos advogados, não são precisos! Tantos formados em Sociologia, não são precisos! Tantos formados em Psicologia, não são precisos! Mas, formados em Informática de Gestão, formados em Tecnologia são precisos”

como inventá-lo e depois criar condições para que seja bem usado. Nos últimos anos temos tido um crescendo de investimento na capacidade dos parceiros. Hoje em dia, grande parte da PHC produz conteúdos para os parceiros para que eles estejam sempre em cima do acontecimento. Para terem formação e-learning, presencial, via web… Temos uma fortíssima preocupação com a capacidade dos parceiros, porque, para a satisfação do cliente, faz toda a diferença quem lá está com eles. Esse tem sido o grande investimento. Criámos recentemente uma equipa de consultores para, in loco, ajudar os parceiros quando eles precisam. Temos feito este duplo investimento: em software nestas frentes todas e na capacidade dos nossos parceiros. É o que é crítico!

“As crises acabam. Quando esta acabar, as empresas vão estar em duas posições: ou investiram e estão na crista da onda para aproveitar o crescimento, ou não investiram e vão ter de recuperar”

Fibra | Quais são os pilares da vossa estratégia de internacionalização? RP | Há 11 anos que iniciámos a internacionalização, com um escritório em Moçambique, que já está totalmente consolidado, e alguns anos depois abrimos outro em Angola. Neste momento, estamos a entrar em Espanha e optámos por entrar, não pelo país inteiro, mas por regiões. Começámos pela Galiza que é a região mais próxima de Portugal, até em termos de língua

e tudo. No ano passado, fizemos a nossa entrada na Andaluzia. Este ano estamos a consolidar estas áreas e vamos para outras regiões que ainda estamos a estudar. Fibra | Tem sido difícil? RP | Nada é fácil neste mercado, mas tem sido um prazer porque, de facto, os portugueses deitam muito abaixo o país e nós não! Sempre fomos muito orgulhosos do país e, nestas nossas saídas internacionais, chegámos à conclusão de que temos muita tecnologia muito à frente do que se faz lá fora. Só às vezes, quando temos estes choques, é que vemos isto. Vemos que a modernização do Estado em Portugal está muito à frente do espanhol… Em determinadas áreas, as próprias empresas, e a sua forma de gestão em Portugal, estão à frente de Espanha. Tem sido com prazer que, tecnologicamente, sentimos que estamos completamente à vontade. Claro que a Espanha está a passar uma crise tão grave como a nossa e, em épocas de crise, o investimento é mais conservador. É mais difícil, por causa disso, do que pelo produto em si. Fibra | Que investimentos estão a fazer? RP | No ano passado tivemos um grande crescimento de estrutura.

PERFIL

Adepto da blogosfera… mas não escreve! Com 44 anos e natural da freguesia lisboeta de S. Domingos de Benfica, Ricardo Parreira fez o seu percurso académico na Universidade Católica: primeiro a licenciatura em Gestão, depois um MBA em Marketing. Envolvido na PHC desde o início, ainda tem tempo para três hobbies. O que lhe consome mais tempo são os filhos – quatro. Ler e jogar golfe são os outros. Nas leituras, elege três grandes temas: tecnologia, marketing e desenvolvimento pessoal e, por isso, confessa que lê “alguns 80 ou 90 blogues”. Mas não escreve: “Já senti essa tentação, mas não. Escrevo muito,

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mas são conteúdos PHC”. Não resiste a gadgets e tem “quase tudo o que há!”. Sem ser o telemóvel Android que tem lá dentro o software PHC, o que mais utiliza é o iPad porque descobriu que “é uma ferramenta fantástica para ler e seguir os blogues”. Tem também um iPhone no qual os filhos jogam até porque “já sentem brutalmente o bicho da tecnologia”. Um dos filhos, com cinco anos, joga no iPad e nem sequer sabe ler: “Ele consegue lá chegar, anda para trás e para a frente. Eu nem faço muita força para eles ficarem viciados na tecnologia, mas é natural. Aquilo nasce com eles!”

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Contratámos muita gente, apesar da crise, aumentámos em 20 o número de colaboradores. O nosso maior investimento está em duas frentes. Está acima de tudo na internacionalização, a par do investimento em software. Temos contratado imensas pessoas para o controlo de qualidade e para o desenvolvimento para conseguirmos pôr em prática todas as ideias que temos.

“A nossa missão passa muito por aumentar a rentabilidade do cliente. Se conseguirmos que o software faça mais coisas que eram as pessoas a fazer, já estamos a aumentar a rentabilidade”

Fibra | O futuro da PHC passa por… RP |…Continuar na linha da inovação. Todos os anos ter software novo que resolva problemas novos, ter software que, de uma forma melhor, resolva problemas que já existem. A nossa missão passa muito por aumentar a rentabilidade do cliente. Se conseguirmos que o software faça mais coisas que O novo agregador das comunicações

Fibra | Quantas empresas usam o vosso software? RP | O número do ano passado é cerca de 25 mil empresas. São cento e poucos mil utilizadores diários. Fibra | Quantos colaboradores têm? RP | Actualmente, a PHC tem 131 colaboradores, a crescer. Com o investimento na área internacional e, com estes produtos novos com outras tecnologias, precisamos de mais pessoas e queremos contratá-las cá, e não fora de Portugal.

Fibra | Faz sentido essa expansão na actual conjuntura económica? RP | É a altura em que faz mais sentido, porque as crises acabam e, quando esta acabar, as empresas vão estar em duas posições: ou investiram e estão na crista da onda para aproveitar o crescimento, ou não investiram e vão ter de recuperar. Nós investimos e estamos convencidos de que, quando a crise acabar, estaremos na melhor posição para aproveitar o crescimento. Fibra | Qual é o possível impacto que esta crise tem no sector do software? RP | O sector do software depende muito da propensão ao investimento. Ou seja, se as empresas estão confiantes no futuro investem para crescer e crescem. Quando não estão confiantes no futuro, não investem. Excepto as que têm uma visão como a nossa. Felizmente há empresas com visão em quantidade suficiente para fazer com que o mercado do software se mantenha à tona de água. Achamos que vai ser difícil porque, mesmo assim, há muito investimento em stand by, mas também acreditamos que há muitas empresas que têm visão e nós estamos cá para as servir.

eram as pessoas a fazer, já estamos a aumentar a rentabilidade. Se conseguirmos que o software dê melhor informação para que elas consigam decidir mais depressa, já estamos a melhorar a rentabilidade.

Fibra | E conseguem? RP | É difícil, chegámos a ter anúncios durante seis meses sem conseguir recrutar pessoas. É muito difícil encontrar um programador, é muito difícil encontrar um técnico de controlo de qualidade. Há claramente um problema de desemprego em Portugal mas, em determinadas funções, é muito difícil encontrar pessoas.

“Chegamos a ter anúncios durante seis meses sem conseguir recrutar pessoas. É muito difícil encontrar um programador, é muito difícil encontrar um técnico de controlo de qualidade. Há claramente um problema de desemprego em Portugal mas, em determinadas funções, é muito difícil encontrar pessoas”

“Felizmente há empresas com visão em quantidade suficiente para fazer com que o mercado do software se mantenha à tona de água”

Fibra | O que está a falhar? RP | Está a falhar, de certeza, a orientação que dão aos miúdos para escolherem o curso, porque, se eu puser um anúncio para administrativo ou comercial, recebo centenas de respostas com pessoas de cursos que não arranjaram emprego. Mas se puser um anúncio para controlo de qualidade, como temos agora dois, há dois meses, vamos recebendo currículos, mas muito poucos. Há um problema de comunicação e de preparação de juventude para escolher um curso que vá ter emprego. Tantos advogados, não são precisos! Tantos formados em Sociologia, não são precisos! Tantos formados em Psicologia, não são precisos! Mas, formados em Informática de Gestão, formados em Tecnologia são precisos. Fibra | A aposta devia ser onde? RP | No choque tecnológico que começou mas não acabou. Junho de 2011

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BarómEtro TWITTER

Joana Carravilla E.Life country manager

Iniciamos hoje a publicação de um barómetro E.life Portugal/Fibra, em que são analisadas as dez marcas tecnológicas mais faladas no Twitter ao longo de uma semana

Marcas tecnológicas e… política Top 10

O E.Life propõe-se fazer para o Fibra uma análise individual sobre as 10 marcas mais faladas no Twitter durante uma semana. Para este projecto, contou com o software Tweetmeter, desenvolvido internamente e que há já quatro anos tem evoluído continuamente na análise do que é dito na maior plataforma de microblogging do mundo. O objectivo deste estudo é analisar as marcas no segmento de media e tecnologia mais comentadas no Twitter e quais os temas predominantes, durante uma semana. O volume das marcas analisadas durante a semana de 20 a 26 de Maio estava bastante disperso e para conseguirmos uma análise cuidada do buzz optámos por nos focarmos nas 10 que tiveram mais buzz e das quais conseguimos re-

tirar insights de mercado mais interessantes. As outras variáveis também consideradas são os horários de picos de volume, os utilizadores mais influentes (com mais seguidores), as localidades de onde são provenientes os tweets e os mais “retweetados”. Através deste levantamento de dados e de análise dos mesmos, as marcas podem analisar de que forma as pessoas estão a avaliar as suas acções, quais as suas experiências pessoais com serviços/ produtos, o seu feedback às campanhas, reclamações e elogios a produtos e serviços. Como conclusão geral deste estudo destacamos o facto de os lançamentos de produtos tecnológicos terem bastante impacto pelo

Twitter, pelo que as marcas dessa área deverão contar com esta plataforma para divulgação de novos produtos/serviços. Além dos produtos e serviços tecnológicos, a política foi o tema que, nesta semana, mais volume de tweets gerou. É ainda importante referir que as pessoas mais influentes desta amostra têm entre 2000 até 43.000 seguidores, sendo que Lisboa lidera em número de tweets em todas as marcas com excepção da Apple, onde o Porto liderou. Um dado relevante para este estudo é o facto de uma parte considerável do buzz acontecer no final da tarde, o que para as empresas que querem entrar em contacto com utilizadores do Twitter pode revelar-se importante.

01 O destaque do buzz da RTP vai para o debate Sócrates – Passos Coelho, sobre o qual as pessoas comentam não só a actuação dos participantes e as respectivas opiniões, assim como a performance dos apresentadores e as legendas em rodapé que acompanham o debate. E ainda o tempo de duração do mesmo

Top 10

TOP 10: As marcas mais citadas

06 Os resultados e e os responsáveis pelas sondagens das próximas eleições geram muito comentários na rede. Sondagem realizada pela TVI mostra que o PSD dispara na liderança, deixando o PS cada vez mais para trás

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Este estudo será publicado mensalmente no jornal Fibra. Caso tenha alguma questão, não hesite em contactar-nos para joana@elifemonitor.com Para conhecer melhor o Tweetmeter aceda ao vídeo em http://www.youtube.com/watch?v=guyzU4HmucY Para mais informações sobre esta plataforma entre no nosso site: www.elifeportugal.com

AS MARCAS ANALISADAS Accenture, Acer, Adobe Systems, AEG, Alcatel, Altitude Software, ANACOM, Anubis Networks, APDC, Apple, APRITEL, Arsoft, AR Telecom, Asus, AT&T, Biodroid, BitDefender, Bizdirect, Cabovisão, Cannon, Capgemini, Cardmobili, CeBIT, Cisco, Compta, Compuware, Construlink, Critical Software, CSC, Dell, Devolo, Ericsson, Everis, Facebook, Flesk Telecom, Fundação para a Ciência e Tecnologia, Fundação para a Computação Científica Nacional, Fujitsu, Glintt, Google, HP, HTC, Huawei, IBM, IDC, Information Builders, InnovAgency, Intel, Invisible, JP Sá Couto, Lenovo, LG, Link, Loewe, Logica, Mainroad, Maksen, McAfee, MarketWare, Medtronic, MeiosTec, MEO, Microsoft, Motorola, NDrive, NEC, NET, Nintendo, Novabase, Nokia, Oi, Oki, Oni, Opensoft, Optimus, Oracle, Orange, Outsystems, Packard Bell, Panasonic, Panda Secutiry, PHC, Philips, Playstation, Primavera Business Software, PT, Quidgest, Reditus, RIM – Research in Motion, ROFF, RTP, Sage, Samsung, SAP, Sapo, Seara.com, SIC, Siemens, Skype, Soft, Softlimits, Sonaecom, Sony, Syncrea, Tech Data, Telefónica, TMN, Toshiba, TVI, Unisys, Viatecla, Vilt – sistemas de informação, Vodafone, WeDo Tecnhologies, X Box, Xerox, Yahoo, YDreams, YouTube, ZON

Top 10

02 No Facebook, destacamos o relato das pessoas que publicaram fotos, eventos e comentários no Facebook. Falou-se da página do Facebook de Passos Coelho, na qual o candidato responde às dúvidas dos internautas; as pessoas comentam e disseminam as respostas no Twitter

Top 10

07 Entre os diversos destaques da Apple encontra-se uma notícia muito partilhada na rede que fala sobre a actualização para combater um falso antivírus que ataca o software da marca norte-americana. Foi divulgada uma nova aplicação da marca que resolve equações: o Brisk 1.0.1

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Top 10

03 No buzz da Optimus destacam-se as notícias relacionadas com o Optimus Alive, como a confirmação da banda portuguesa “Os Golpes” e a notícia de que os bilhetes para o dia 6 de Julho estão esgotados na rede Ticketline, estando apenas 80 disponíveis nas lojas Optimus

Top 10

08 No buzz da Microsoft destaca-se o anúncio de lançamento do Windows 8 para 2012; e também a apresentação do Windows Phone Mango

Top 10

Top 10

04 O Google aparece muitas vezes referido como uma ferramenta usada para as pesquisas, sendo este o principal motivo do buzz da marca. Além disso, encontrámos comentários positivos e negativos ao Chrome e um destaque em torno da notícia de que Lady Gaga é a cara do Google Chrome

05 Além das notícias diárias da SIC, destacam-se as sondagens diárias, que são bastante comentadas. Na última sondagem da SIC, PSD e PS aparecem empatados, e muitos internautas, especialmente jornalistas e políticos, comentam as sondagens

Top 10

Top 10

09 O destaque do Skype foi o apagão global do serviço. O serviço parou de funcionar, gerando bastante repercussão no Twitter, principalmente comentários que culpam a Microsoft. Há ainda comentários que fomentam uma conspiração da Microsoft de que a queda foi propositada para que as pessoas utilizem o MSN

10 No buzz da TMN, destacam-se os testes de 4G que a marca levou a cabo em Braga, após realização dos mesmos testes em Cascais

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IntErnEt TV

Convergência total nos três ecrãs A aposta na convergência total do serviço de televisão com o PC e telemóvel (normalmente designado por “três ecrãs”) continua a ser um dos pilares da estratégia da Vodafone que tem vindo a revolucionar a forma de ver e aceder a conteúdos de televisão e vídeo Com a forte evolução das tecnologias de televisão a que temos assistido, tanto a nível de rede de comunicações (RNG) como de plataformas (IPTV – Television over IP) e, mais recentemente, a evolução dos televisores com o aparecimento de televisões com conectividade de internet (Connected TV), o serviço de televisão esta a tornar-se cada vez mais um serviço de internet. É cada vez mais personalizado e on demand, em que o próprio utilizador escolhe o que quer ver e quando o quer ver. E é cada vez mais “IP” e interactivo, com funcionalidades típicas de serviços de internet como o acesso a portais de conteúdos ou acesso a aplicações (apps/widgets) interactivas. Por outro lado, com a revolução da internet e a massificação de conteúdos de vídeo, assistimos a uma nova realidade de consumo de conteúdos de televisão, onde grandes players do mundo da internet já se posicionam de forma privilegiada com o lançamento de ofertas de televisão via internet. Desta forma, e cada vez mais, também a internet está a tornar-se um serviço de televisão que ameaça as plataformas e players tradicionais de televisão. Hoje a procura de informação e entretenimento é cada vez mais elevada e globalizada. Com os consumidores a exigirem o acesso em qualquer altura e em qualquer lugar, de forma imediata, com um simples clique! Potenciado com a evolução da capacidade das redes móveis para disponibilização de conteúdos de vídeo, a proliferação e evolução de laptops e o surgimento de novos equipamentos, como tablets e smartphones, todos os conteúdos 12

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“Assistimos a uma nova realidade de consumo de conteúdos de televisão, onde grandes players do mundo da internet já se posicionam de forma privilegiada com o lançamento de ofertas de televisão via internet”

“A internet está a tornar-se um serviço de televisão que ameaça as plataformas e players tradicionais de televisão”

de vídeo passam a estar disponíveis de uma forma ainda mais simples e imediata a um número crescente de utilizadores. Por tudo isto, cada vez mais se fala na simbiose entre o serviço de televisão e internet (“Internet TV”) e o serviço de televisão é visto cada vez mais como multiplataforma e multidevice. Responder a este desafio e às oportunidades decorrentes desta nova realidade é um dos grandes objectivos da Vodafone. A Vodafone sempre apostou e foi pioneira na convergência de serviços de televisão em várias plataformas: desde o lançamento do Mobile TV em 2004 à disponibilização de novas aplicações interactivas no Vodafone Casa TV em Abril de 2011, passando, por exemplo, pelo lançamento pioneiro do videoclube multiplataforma que permite alugar e ver filmes on-demand tanto na televisão como no PC ou smartphones (permitindo, por exemplo, alugar e visualizar um filme no computador e poder continuar a ver o mesmo na televisão ou no smartphone). A aposta na convergência total do serviço de televisão com o PC e telemóvel (normalmente designado por “três ecrãs”) continua a ser um dos pilares da estratégia da Vodafone que tem vindo a revolucionar a forma de ver e aceder aos conteúdos de televisão e vídeo. Com a rede de fibra óptica da Vodafone, que vai até à casa dos clientes, é possível ter hoje velocidades de transmissão superiores a qualquer outra tecnologia, fazendo com que o acesso à internet seja ainda mais rápido (360 Mbps) e o serviço de televisão tenha ainda maior qualidade. Mas a ambição continua eleva-

António Margato responsável de Comunicações para Casa, Vodafone Portugal

da. Diversificar e disponibilizar um serviço completo de televisão convergente em todas as plataformas com uma experiência de utilização comum, desde a televisão de casa ao computador e aos tablets e smartphones. Uma solução que permita aos nossos clientes o acesso ao mais avançado serviço de televisão com uma utilização simples, intuitiva e adaptada a todos os equipamentos e plataformas. A Vodafone reúne todas as condições e está numa posição de excelência para este desafio. Com o serviço de televisão IPTV em rede própria de fibra óptica (Vodafone Casa com Fibra) e a liderança continuada na inovação e nas redes de dados móveis, bem como na disponibilização dos equipamentos mais inovadores, e possuindo competências em todas as vertentes do serviço (móvel, fixo, internet e televisão), a Vodafone é o operador mais bem posicionado para proporcionar uma experiência única e integrada de televisão em todos os devices à disposição dos utilizadores. O novo agregador das comunicações



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Como é trabalhar em...

Nasceu como GMS em 2003 e começou com cerca de 40 pessoas. Hoje, já com outro nome, tem planos para chegar às 200, já em Setembro. Procura gente com a “atitude certa, dinâmica e criativa” e foi considerada a quinta melhor empresa para trabalhar em Portugal em 2011. Com o lema “make it happen”, sejam bem-vindos à Maksen

“Somos uns tipos baris”, é assim que Sara Rodrigues, corporate senior manager da Maksen, começa por descrever as pessoas que fazem parte desta empresa de consultoria sediada em pleno centro de Lisboa.Com escritório em Luanda e com perspectivas de instalar outros dois no Brasil e em Espanha, conta com cerca de 150 colaboradores. E com a média de idades a rondar os 27 anos. Apesar do dress code formal, o tratamento é por tu e a política é “de porta aberta”: todas as pessoas, “desde o mais júnior ao mais sénior, podem fazer críticas, observações e elogios”. O tipo de pessoas que a Maksen procura tem de fazer fit com a empresa: precisam da atitude certa, de ser dinâmicas e criativas. Precisam sobretudo de incorporar os valores da entreajuda, irreverência, atitude positiva, franqueza e perfeccionismo. “Tudo o que fazemos tem de ser o melhor, existe muito esforço pelo rigor. Além disso, temos de pensar fora da caixa e procurar a oportunidade na adversidade”. São valores que “não estão apenas escritos numa folha de papel”: “Nós vivemo-los!”, comenta Sara Rodrigues. Na Maksen, existe “muito amor à camisola” e faz-se um esforço para que as pessoas se incluam. “Aqui não interessam os Ronaldos, interessa a equipa”. Logo no processo de recrutamento os candidatos ficam a saber muito bem o que têm de fazer para chegarem a partners – “sobe-se por mérito” - e as linhas são bastante claras. O pacote salarial é atractivo, visto que “a Maksen é bastante competitiva no mercado”. Além disso, há uma série de outras regalias que vão desde o seguro de vida, o seguro de saúde para si e para o agregado familiar, um plano de comunicações, entre outras. A formação é também um das preocupaçõeschave da empresa, que procura dotar as pessoas de competências variadas. Afinal – diz Sara Rodrigues - “o que vendemos são neurónios”. Ao longo do ano são muitos os eventos, como o Global Event ou a Festa de Natal, mas há um que se destaca: é promovido por actuais e ex-colaboradores de modo a manterem o contacto entre si e a proporcionarem um momento de partilha e entretenimento fora das paredes da empresa. É um “long time no see...”. É por tudo isto que trabalhar na Maksen é “desafiante, ambicioso e positivo”. 14

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Ramon de Melo

Não interessam os Ronaldos...

A marca

Alexandre, Daniel, Ivo e Luís, consultores

Hervé Silva, Angola Country Manager

Maksen, distinguida pelo GPTW Institute

Rui Pedro Vaz e António Veríssimo, associate partners, em reunião de porta aberta O novo agregador das comunicações


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O lema da empresa

Zona de staff dos consultores

O novo agregador das comunicações

Placas personalizadas nas “ilhas” dos managers

Caio e Ivo, consultores, fazem uma pausa para beber café

O escritório de Lisboa fica localizado no centro da cidade

António Lagartixo, managing partner Junho de 2011

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IntErnEt TV

O Office Box é bué de simplex O “Office Box” integra num só pacote tudo o que uma PME precisa para comunicar. Dispensa avultados investimentos em infra-estruturas e equipamentos. Oferece entrega, instalação e formação. Garante atendimento personalizado e a simplicidade da factura única mensal por posto de trabalho A maturidade atingida pelas economias desenvolvidas tem conduzido a frequentes renovações dos ciclos de inovação, motivadas pelo ambiente altamente competitivo e pela crescente fragmentação das cadeias de valor das mais variadas indústrias. No sector das telecomunicações, tecnologias e sistemas de informação, este efeito é ainda mais evidente. A importância que o segmento de pequenas e médias empresas representa no contexto português, devido ao seu elevado peso e influência no desempenho económico do país, tem sido reconhecida e valorizada no desenho estratégico de médio/longo prazo. Neste contexto de baixo crescimento e forte estagnação, tomou lugar a tendência de diversificação do portefólio de produtos e serviços, levando à definição de novas fontes de receitas através da entrada em negócios complementares. O “Office Box” é uma marca da PT Negócios que representa um forte investimento no segmento das Pequenas e Médias Empresas (PME), cujo conceito é sobre tudo o que uma empresa precisa para comunicar, integrando uma combinação de serviços num só pacote, oferecendo o conforto de entrega, instalação e formação incluídas, a conveniência de ter atendimento personalizado, a simplicidade de receber uma única factura com um preço mensal por posto de trabalho, sem ser necessário investimentos avultados em infra-estruturas ou equipamentos. O sucesso obtido com este conceito base dedicado à PME permitiu desenvolver novas soluções em pacote que satisfazem as necessidades específicas de diversas 16

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175 mil

empresas integram o sector do retalho tradicional, que vê as suas receitas cada vez mais ameaçadas devido ao crescimento de grandes grupos, tornando a modernização do ponto de venda um factor de higiene para estar no mercado

“O sucesso do conceito permitiu desenvolver novas soluções em pacote que satisfazem as necessidades específicas de diversas actividades económicas, tais como ‘Office Box Profissionais de Direito’, ‘Office Box Médicos e Clínicas’ e ‘Office Box Restaurantes e Cafés’”

actividades económicas, tais como o “Office Box Profissionais de Direito”, “Office Box Médicos e Clínicas” e “Office Box Restaurantes e Cafés”. Segundo o INE, em 2007, cerca de 175 mil empresas totalizam o sector do retalho tradicional, conhecido pela sua grande diversidade e heterogeneidade e que vê as suas receitas cada vez mais ameaçadas devido ao crescimento de grandes grupos empresariais, tornando a modernização do ponto de venda um factor de higiene para estar no mercado. A dimensão, as características e as tendências do sector do retalho tradicional demonstram haver uma oportunidade por explorar. Para dar resposta aos desafios que este sector enfrenta, a PT Negócios lança, em parceria com o Grupo PIE e BES, uma solução integrada e inovadora que vai ao encontro de todas as necessidades de uma PME do sector do retalho. O “Office Box Soluções para Retalho” reúne num só pacote, exclusivo e imbatível, uma solução completa para gestão de ponto de venda, que inclui os melhores serviços de telecomunicações e entretenimento, equipamentos profissionais (ecrã táctil, impressora de talões, leitor de código de barras e gaveta de numerário), software inovador fiável e seguro, único no facto de estar especificamente orientado para cada negócio, e ainda um pacote completo de serviços de assistência técnica permanente, reposição de equipamentos avariados, actualizações de software, certificação legal e fiscal. Adicionalmente é dada a possibilidade de aderir a um terminal de pagamento automático do BES com condições exclusivas que

Jorge Frazão responsável pelas Ofertas Sectoriais e Especializadas para PME da PT

ajudam o cliente a comparticipar mensalmente o custo da solução. Esta solução completa e chave-na-mão é, assim, a mais recente aposta da PT Negócios e materializa, mais uma vez, a importância de estar permanentemente alinhada com os desafios e necessidades que cada negócio enfrenta nos dias que correm. O novo agregador das comunicações



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Redes móveis

Em nome da concorrência A descida de preços de terminação nas redes móveis, no limite para zero, terá o benefício de ajudar a corrigir as distorções e, por essa via, constitui um instrumento muito relevante para se atingirem níveis de concorrência mais equilibrados Nas últimas semanas, o debate no sector das comunicações tem sido dominado pelo documento produzido pela troika de instituições internacionais no qual se refere a falta de concorrência em alguns sectores regulados. Concretamente pronunciou-se sobre a necessidade de imposição de tarifas grossistas de terminação mais baixas, as quais correspondem ao valor pago entre operadores para permitir a realização de chamadas entre clientes de rede diferentes. O impacto destas tarifas grossistas na concorrência tem sido alvo de um amplo debate quer a nível académico, quer a nível das entidades reguladoras nacionais e europeias. E é unânime que tarifas de terminação elevadas e afastadas de níveis compatíveis com os respectivos custos causam desequilíbrios concorrenciais no mercado retalhista em benefício dos operadores móveis de maior dimensão. Aliás, vários estudos académicos e inúmeros reguladores vão mais longe e sustentam que, a par da sua redução, deverá permitir-se aos operadores de menor dimensão cobrarem tarifas de terminação mais elevadas. E porquê? Porque a capacidade competitiva de cada operador não é alheia à sua dimensão e consequente capacidade de aproveitar as economias de escala e de gama, ao efeito de rede característico do sector e ao perfil dos próprios consumidores. Porque os operadores móveis de maior dimensão tendem a adoptar estratégias de diferenciação das tarifas de retalho entre preços on-net e off-net, fixando tarifas on-net 18

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“A capacidade competitiva de cada operador não é alheia à sua dimensão e consequente capacidade de aproveitar as economias de escala e de gama, ao efeito de rede característico do sector e ao perfil dos próprios consumidores”

“Os operadores móveis de maior dimensão têm beneficiado, ao longo dos anos, de avultadas (mais de 150 milhões de euros) transferências líquidas do concorrente com menor dimensão”

muito baixas, ou mesmo nulas, e tarifas off-net elevadas, o que torna mais atractiva a adesão/manutenção na sua rede e diminui a atractividade da adesão/mudança para outra rede. O impacto desta estratégia é crescente: quanto maior a base de clientes maior a capacidade de atracção de novos clientes. Porque os operadores de menor dimensão, para se manterem competitivos e crescerem, têm de mimetizar as tarifas de retalho on-net praticadas pelos maiores operadores para as suas chamadas off-net, garantindo assim aos consumidores a atractividade necessária para os fazer mudar de operador. Ora, o preço das chamadas off-net praticado pelo operador com menor dimensão não é indiferente à componente de custos de terminação móvel, pelo que se torna óbvio que qualquer revisão desta parcela dos custos dos operadores tem um impacto relevantíssimo na capacidade competitiva desse operador para combater a exploração do efeito de rede pelos operadores de maior dimensão. Em Portugal, os operadores móveis de maior dimensão têm beneficiado, ao longo dos anos, de avultadas (mais de 150 milhões de euros) transferências líquidas do concorrente com menor dimensão. Já este último só beneficiou da possibilidade de cobrar um valor superior pelas tarifas de terminação na sua rede aos seus concorrentes durante o período de um ano. A descida de preços de terminação nas redes móveis, no limite para zero, terá o benefício de ajudar a corrigir as distorções a que temos vindo a assistir e, por essa via, constitui, sem dúvida, um ins-

Filipa Santos Carvalho directora jurídica e de Regulação da Optimus

trumento muito relevante para se atingirem níveis de concorrência mais equilibrados e desejáveis no mercado móvel. E a garantia de concorrência no sector móvel é, com certeza, o motor da análise preconizada actualmente pelo regulador nacional, bem como o desiderato da imposição de uma meta tão concreta como aquela que decorre do Programa de Ajustamento da troika: descida das tarifas de terminação móvel até Setembro de 2011. O novo agregador das comunicações



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PmE

Com David e contra os Golias Graças ao aparecimento de sistemas tecnológicos seguros, escaláveis e eficazes alojados na cloud e operados através de redes fiáveis para empresas, as PME dispõem do poder da escalabilidade e da flexibilidade necessárias para competirem com as empresas de grande dimensão Entre 2002 e 2008 as Pequenas e Médias Empresas (PME) europeias foram o motor da geração de emprego mais potente da economia do velho continente. Dos 9,4 milhões de empregos criados neste período, a maior parte correspondeu a empregos em PME. A crise de 2008 gerou uma quebra no crescimento das PME. Hoje, começam a surgir indícios que convidam a um optimismo moderado entre as PME. A verdade é que nunca terá havido uma situação tão favorável para que as empresas mais pequenas, e mais ágeis reforcem a sua aposta e passem a competir e a operar a um outro nível, junto de organizações mais consolidadas e de maiores dimensões. Apesar de as PME, que superaram a crise económica, terem motivos para encararem o futuro com optimismo, devem fazê-lo com cautela. De acordo com a Comissão Europeia, 150 mil empresas continuam a desaparecer todos os anos. Um dos principais motivos que leva as PME a encerrarem é crescerem demasiado rápido: ao não disporem dos recursos necessários para se ajustarem à procura, a sua qualidade e reputação acabam por sair prejudicadas. As empresas pequenas devem assegurar-se de que estão preparadas e dispõem dos recursos necessários para materializarem as possíveis oportunidades de crescimento. Ser pequeno é a nova forma de fazer-se grande. Hoje, o mercado oferece mais possibilidades do que nunca às PME. A época dos contratos leoninos de Tecnologias de Informação (TI) é coisa do passado. Durante anos, as PME viram-se obrigadas a concorrer com as grandes 20

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“As PME dispõem de uma situação excepcional para poderem enfrentar os concorrentes maiores, mas apenas se crescerem de forma controlada”

“Um dos principais motivos que levam as PME a encerrarem é crescerem demasiado rápido: ao não disporem dos recursos necessários para se ajustarem à procura, a sua qualidade e reputação acabam por sair prejudicadas”

empresas em condições de inferioridade. As grandes empresas podiam disponibilizar soluções tecnológicas impressionantes que deixavam à margem as pequenas empresas. Actualmente, graças ao aparecimento de sistemas tecnológicos seguros, escaláveis e eficazes alojados na cloud e operados através de redes fiáveis para empresas, as PME dispõem do poder da escalabilidade e da flexibilidade necessárias para competirem com as empresas de grande dimensão. Não obstante, todos os esforços direccionados para o crescimento devem ser acompanhados de outros destinados a garantir que a empresa pode responder à, cada vez maior, procura. Uma quebra repentina da procura pode representar o fim de uma empresa. Por isso, a planificação do crescimento torna-se tão importante para o êxito da empresa como fazê-lo através de novas oportunidades de negócio e através dos recursos tecnológicos adequados. E como podem as PME responder a este desafio? 1. Serviços para empresas. Ao dotarem-se de sistemas de TI para empresas, as PME dispõem da potência informática a que anteriormente só podiam aceder as grandes empresas; 2. Garantias do nível de serviço. Ao acordar garantias rigorosas do nível de serviço com os fornecedores de serviços de TI, as PME dispõem da tranquilidade de saber que utilizam serviços de TI de confiança absoluta que não falharão no momento em que fazem mais falta; 3. Soluções de TI escaláveis. Aqui, as empresas só pagam em função das suas necessidades e

Sandra Lopes ccs Sales manager, Colt

não têm de se preocupar com a capacidade porque sabem que, quando precisarem, poderão obtê-la de forma simples; 4. Soluções de TI flexíveis. O enfoque baseado em utilizar um único tipo de soluções de TI carece actualmente de sentido nas PME. Um sistema flexível e modular permite criar e personalizar uma solução que se ajuste às necessidades de cada empresa com serviços que podem ir desde a internet, correio electrónico e segurança até backups de segurança de PC e serviços de voz; 5. Gestão suave das TI. Ao trabalhar com um fornecedor de serviços de TI que se encarrega das tarefas diárias de assistência técnica e pela gestão do funcionamento da rede das equipas, as PME podem concentrar-se exclusivamente em fazerem crescer o seu negócio. Graças às novas tecnologias, as empresas mais pequenas e mais ágeis podem proporcionar serviços a grandes empresas. Dispor de sistemas de TI escaláveis e fiáveis é uma das chaves para as PME que desejam crescer rapidamente e fazer face a um incremento da procura. O Colt Smart Office é o novo e flexível conjunto de serviços totalmente escaláveis prestados através de redes empresariais. Trata-se da solução perfeita para as PME que pretendem crescer e preparar-se adequadamente para o futuro. O novo agregador das comunicações


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TV por subscrição

Parece não haver volta a dar: os espectadores portugueses estão a ser seduzidos pelo cabo. E tanto os operadores como os canais sabem disso e garantem estar preparados para responder a este fenómeno: não prometem apenas (bons) programas, prometem experiências

António Sampaio/WHO

Viver experiências por cabo?

A leitura das audiências televisivas dos últimos meses conduz a uma conclusão inevitável: os canais por cabo estão determinados na conquista das preferências dos espectadores, disputando-as seriamente com os ditos generalistas de tal forma que, agregados, chegam a ser o terceiro canal mais visto. Tendência ou mera circunstância? Mérito da oferta ou demérito da “concorrência”? O director de puO novo agregador das comunicações

blicidade da ZON Multimédia, Miguel Raposo Magalhães, não tem dúvida de que se trata de “um fenómeno natural que reflecte a tendência de consumo da televisão”. O crescimento dos últimos 10 anos tira a prova dos nove: as audiências do cabo dispararam de uns escassos 6,7 pontos em 2001, para os actuais 22 pontos, o que traduz um crescimento de 220 por cento. Os canais cabo são, em sua opi-

220%

foi o crescimento registado ao longo dos últimos 10 anos nas audiência do cabo

nião, uma “escolha inevitável” para os espectadores, sendo que a grande maioria deles acede através da ZON, o operador com maior quota de mercado – 62,5 por cento no primeiro trimestre de 2011, segundo a ANACOM. Muito longe destes números, mas muito próxima na opinião, anda a Cabovisão. O seu director executivo de Vendas e Marketing, Fernando Lopes, atribui a transferência de Junho de 2011

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TV por subscrição

“O aumento das audiências dos canais por cabo é um fenómeno natural que reflecte a tendência de consumo da televisão”

“O conceito de experiência está subjacente à nossa oferta. Os nossos trunfos são a qualidade do serviço e uma experiência de utilização fácil, intuitiva, fluida e totalmente integrada”

“Quando contrata um serviço de um operador de TV, o consumidor não está a comprar apenas o acesso a algumas dezenas de canais, está sobretudo a contratar uma experiência de entretenimento”

“Dada a diversificação da oferta era previsível o fenómeno da fragmentação das audiências. Hoje, o consumo de televisão já não obedece a uma matriz única”

Miguel Raposo Magalhães director de publicidade da ZON Multimédia

Vera Pinto Pereira directora de produto televisivo da PT

Fernando Lopes director executivo de Vendas e Marketing da Cabovisão

António José Teixeira director da SIC Notícias

audiências ao facto de o consumidor ter vindo a evoluir na forma como consome conteúdos televisivos. O consumidor “já não está interessado em conteúdos generalistas, orientados para o mainstream”: “Cada um de nós tem dentro de si uma imensidão de papéis diferentes – ser pai, praticante de surf, apaixonado por culinária, por filmes e séries ou por hip hop. A oferta de cabo permite que, em cada momento, a experiência de consumo de televisão esteja direccionada para cada um desses papéis”. E, assim sendo, é normal o crescimento de importância de canais mais direccionados para segmentos ou contextos particulares. O primeiro entre esses canais é, na oferta de cabo que chega aos lares portugueses, a SIC Notícias. O seu director, António José Teixeira, considera “previsível” o fenómeno da fragmentação das audiências, dada a multiplicação da oferta. É que hoje “o consumo de televisão já não obedece a uma matriz única”. O que parece ser indesmentível é que os portugueses não abdicam de aceder à informação através da televisão num formato menos es-

partilhado do que o dos telejornais: esta é uma das explicações para o sucesso da SIC Notícias desde que foi criada, há 10 anos. Foi “um modelo de informação que introduziu em Portugal as melhores práticas internacionais, incluindo algumas inovações”. O “profissionalismo da equipa” e “a capacidade de resposta à actualidade” também pesam nesta equação resolvida pelo jornalista que, em finais de 2007, assumiu a direcção do canal. “A notícia não espera por hora marcada”, remata, para justificar que a SIC Notícias mudou os hábitos de consumo de informação. Não foram os únicos hábitos a mudar: o próprio consumo de conteúdos televisivos mudou. Os consumidores valorizam o facto de poderem escolher, habituaram-se à possibilidade de escolhas múltiplas e incorporam este pressuposto na sua relação com as organizações e o mercado: ora, salienta Fernando Lopes, da Cabovisão, “a oferta dos operadores de cabo responde, precisamente, a estes anseios, fornecendo resposta a necessidades de consumo diversificadas”. Vão longe os tempos do “tantos canais e nada para ver”… Hoje, os espectadores já se queixam me-

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Os portugueses não abdicam de aceder à informação através da televisão num formato menos espartilhado do que o dos telejornais: esta é uma das explicações para o sucesso da SIC Notícias

nos de que fazem zapping e nada interessante lhes capta a atenção: com a oferta de caixas com capacidade de gravação e de conteúdos on demand, têm facilmente acesso aos conteúdos que pretendem ver e no momento em que os podem ver. Actualmente – frisa o responsável pelas Vendas e Marketing da Cabovisão – “um consumidor quando contrata um serviço de um operador de TV não está a comprar apenas o acesso a algumas dezenas de canais, está sobretudo a contratar uma experiência de entretenimento”. O conceito de experiência é, exactamente, o que está subjacente ao serviço de TV por subscrição da Portugal Telecom, o MEO. A directora de produto televisivo da PT, Vera Pinto Pereira, salienta isso mesmo, que o canal se destaca pela inovação da experiência em televisão, a nível os conteúdos, do tipo de funcionalidades que disponibiliza, bem como da lógica multiplataforma que a integração no universo PT permite. A crescer na quota de mercado – quase 25 por cento no primeiro trimestre do ano, mais 1,9 pontos do que no anterior – o MEO O novo agregador das comunicações


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“Em Portugal, produzse um fenómeno único a nível mundial, que é um canal de informação ser líder absoluto e indiscutível no cabo”

Juan María Romeu director-geral da SPTI Networks Iberia (AXN)

exibe como trunfos a “qualidade do serviço e uma experiência de utilização fácil, intuitiva, fluida e totalmente integrada”. Vera Pinto Pereira reivindica a oferta de canais e conteúdos exclusivos, que proporcionam aos espectadores o acesso a uma programação “única”. E dá como exemplos dessa diferenciação positiva os projectos de interactividade sobre canais generalistas – o mundial de futebol na RTP, o Ídolos na SIC e o Secret Story na TVI. São estes trunfos que fazem com que já esteja em 830 mil lares, reforçando a penetração do cabo no mercado português. A responsável da PT não estranha que assim seja. Identifica, aliás, razões muito concretas para que os canais de cabo garantam um lugar entre os mais vistos: o crescimento nos lares com serviço payTV, o aumento do número de canais incluído nos pacotes dos operadores e a evolução da qualidade destes canais. Nota, a propósito, que só nos últimos três anos surgiram cinco novos canais temáticos nacionais (TVI24, SIC K, Económico TV, Canal Q e Benfica TV). E que mesmo canais internacionais como o Panda, o Fuel TV, o MTV e o Biography Channel inO novo agregador das comunicações

cluem cada vez mais programação nacional. O que isto significa é que os canais payTV abrem espaço para conteúdos com procura, mas pouco espaço nas grelhas dos generalistas. E, por isso, “têm valor”. Além de que as próprias plataformas de serviços por cabo acrescem valor a todos os canais, em virtude de um conjunto de funcionalidades que proporcionam mais flexibilidade, mais conveniência, melhor acesso e mais conteúdos. E o que tem cada vez mais procura são as séries. A prova disso é o sucesso do AXN, terceiro entre os canais do cabo, mas primeiro entre os de entretenimento. O vice-presidente sénior e director-geral da SPTI Networks Ibéria, Juan María Romeu, assume que o mérito é da qualidade dos conteúdos de um canal pensado e programado para o mercado português. “É certo que nos últimos anos surgiram novos canais com grande atractivo e qualidade, mas a competência motiva-nos e obriga-nos a trabalhar ainda mais para sermos melhores a cada dia”. É isso que faz do AXN um “canal de referência”. O AXN disputa a liderança com um canal vocacionado para o desporto – a SportTV, que tem a particularidade de, na oferta do cabo, implicar uma subscrição específica, não fazendo parte dos chamados “pacotes” – e com um canal informativo – a SIC Notícias. O que leva Juan María Romeu a comentar que “em Portugal se produz um fenómeno único a nível mundial, que é um canal de informação ser líder absoluto e indiscutível no cabo”. É “mérito deles e indicador da grande qualidade do canal e da fidelidade que conquistou entre os espectadores portugueses”. Fidelizar espectadores é, afinal, a meta de qualquer canal. O AXN propõe-se fazê-lo com um trio de “qualidade, inovação e compromisso”. E a SIC Notícias como “sempre”: com “uma resposta rápida e profissional; enquadramento, análise e comentário dos principais temas; debate público permanente em estreita ligação com as redes sociais; outros olha-

Os consumidores habituaram-se à possibilidade de escolhas múltiplas. A oferta dos operadores de cabo responde a estes anseios, fornecendo resposta a necessidades diversificadas de consumo

Os canais payTV abrem espaço para conteúdos com procura mas pouco espaço nas grelhas dos generalistas. E, por isso, “têm valor”

res sobre o quotidiano nacional e internacional”. A premissa de António José Teixeira é uma: “Todos os dias temos de provar que, sem a SIC Notícias, não estamos bem informados”. A guerra de audiências trava-se cada vez mais no cabo. Entre canais que concorrem entre si e com os generalistas. Enquanto os operadores lutam pelo mercado dos assinantes. Com que armas? A ZON, que tem vindo a perder alguma quota mas está longe de ver a liderança ameaçada, aposta no serviço ZON Iris, que “vende” como uma experiência personalizada, com uma navegação simples e visualmente atractiva, um motor de pesquisa inteligente e a única no mercado que grava séries completas. E com uma oferta triple play diferenciadora, graças aos seus pacotes personalizáveis, que oferecem nomeadamente a internet “mais rápida do mercado”. O MEO parte à conquista dos lares portugueses com a sua lógica multiplataforma: mais de 120 canais, mais de 2 500 títulos no video-clube, funcionalidades avançadas como guia TV, pausa TV, compra de canais, conteúdos em alta definição e 3D, karaoke, jogos e música, serviços interactivos como o Facebook no Meo. E a Cabovisão não se fica pelos serviços competitivos em termos de conteúdos e funcionalidades. Como operador de menor dimensão e menores recursos do que os dois principais rivais, assume que a sua capacidade concorrencial é limitada. Por isso, a sua estratégia é outra: a proximidade com o cliente. “O mais importante é respeitarmos quem nos oferece a sua confiança”, resume o director executivo de Vendas e Marketing. Quotas à parte, numa coisa os operadores estão de acordo: a transferência de audiências para o cabo veio para ficar. Ao ponto de o director-geral do AXN admitir que de Espanha se olha com “inveja e admiração” para a evolução da televisão por subscrição em Portugal. É que do lado de lá da fronteira está presente em apenas 22 por cento dos lares… Junho de 2011

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passeio público

Jorge Fiel jornalista jf@briefing.pt

Gosta de viver perto do mar Rita Carvalho, 40 anos, responsável pela comunicação ibérica da HP, na área de imagem e impressão digital, gosta do mar, de aprender, de fazer coisas diferentes e de andar a pé. Um ano de Erasmus, feito em Paris, mudou-lhe a vida por completo

O ano que mudou por completo a vida de Rita Carvalho coincidiu com o 4.º ano da faculdade, mas não se passou no ISEG, onde ela se licenciou, mas sim em Paris. O Erasmus, que dava os primeiros passos, foi o “Abre-te Sésamo” de um novo mundo para Rita, que se transferiu da casa paterna, em Carcavelos, para uma residência universitária no campus da Universidade de Cergy-Pontoise, a 30 km do centro de Paris, que ela vencia a bordo do RER. “Conheci pessoas de todos os quadrantes da Europa, franceses mas também islandeses, holandeses. Foi 24

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divertidíssimo e exponenciou a minha paixão pelo mundo”, recorda a Integrated Marketing, Communication & PR manager Iberia da HP (responsável pela comunicação ibérica da HP, na área de imagem e impressão digital). Não depreenda, por favor, destas palavras entusiasmadas que foi só borga. Os pais pagaram-lhe as viagens, mas a bolsa (57.500 escudos mensais, ou seja, menos de 290 euros) era curta e ia quase toda para o alojamento (37.500 escudos). Para tudo o resto, transportes, comida, alfinetes, sobravam-lhe uns 100 euros/mês. Apesar disso aprovei-

tou o ano para viajar, e não só pela França – também visitou a Escócia, Holanda, etc. Claro que Rita é boa a gerir dinheiro mas não ao ponto de esticar assim os cem euros. No seu ano francês, além de ir às aulas, viajar e divertir-se, também trabalhou, em regime da part time, na sede da Cepsa, como ajudante do director comercial. Na Cepsa, além de ganhar uns francos que lhe arredondavam os finais de mês, viveu uma experiência muito gratificante, de que desfiou alguns episódios: “Estive nas cobranças duvidosas, percebi como se

formava o preço da gasolina, fui em trabalho a La Rochelle, onde comi pela primeira vez ostras…”. No final do Erasmus, o retorno não foi fácil. “Custou-me muito voltar. Na altura, eu queria era sair daqui, viajar, ir trabalhar para uma multinacional”, conta. Voltou, porque falou mais alto o sentido da responsabilidade. Tinha o 5.º ano para fazer. Para acabar o curso foi preciso ser muito disciplinada. Filha do casamento entre uma funcionária do Banco de Portugal e um trabalhador do Diário de Notícias, Rita nasceu em 1970 em Lisboa, mas cresceu e fez-se mulher na LiO novo agregador das comunicações


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nha, já que tinha apenas 10 meses quando os pais decidiram comprar uma casa em Carcavelos, bem perto do mar. Habituou-se a cumprimentar o mar todos os dias, pela manhã. Nadava, fazia caiaque e aprendeu a tirar partido do vento empoleirada numa prancha de windsurf. Ultimamente anda entusiasmada com o paddle, que consiste em navegar em cima de uma prancha com o auxílio de um remo. “A ideia de viver afastada do mar perturba-me um pouco”, confessa Rita, que vive em S. Pedro do Estoril. Foi menina dos Maristas (o colégio ficava a escassas centenas de metros de casa) e começou por sonhar ser missionária. Alguns anos mais tarde, na antecâmara da adolescência, quis ser como a mãe, que, apesar de mulher e não licenciada, se desembrulhava com competência no departamento de organização informática do Banco de Portugal. Hesitou bastante quando chegou a altura de escolher o curso. “Tive muitas dúvidas. Gostava de Artes, Letras, Ciências. Sabia melhor o que não queria - Medicina e Engenharia, por exemplo – do que o que queria”. A orientação escolar apontou-a para áreas como a Economia, Gestão e a Informática. Ela aconselhou-se com adultos e decidiu-se pela Gestão, um curso que lhe agradava por tocar em diversas áreas. Apesar de não ser uma “betinha” dos estudos, as coisas correram-lhe bem no ISEG. Aproveitava o tempo das viagens de comboio entre Carcavelos e Lisboa para ler e ver o mar. “Achei o curso muito interessante. Gosto de aprender”. Nos tempos livres e férias, fazia inquéritos para a Marktest. “Os meus pais incentivam-me a trabalhar para dar valor ao dinheiro. E eu sempre tive orgulho em ganhar o dinheiro para os meus pequenos luxos”. Mal acabou o curso, ainda tinha bem activo o vírus que compulsivamente a empurrava para ir viver e trabalhar para o estrangeiro, contraído no ano do Erasmus. Por isso candidatou-se a diversos lugares internacionais, ficando na short list para um posto em New Jersey, numa multinacional farmacêutica, e a um pequeno pasO novo agregador das comunicações

so de ser admitida para uma missão da Unesco num Palop. Acabou por se internacionalizar cá dentro, trabalhando na banca. Primeiro, no Chemical, com Carlos Tavares, que lhe possibilitou exercitar o seu inglês técnico na análise de crédito. Depois no belga Générale de Banque, onde se demorou seis meses, durante os quais se fartou de viajar (Bruxelas, mas também Paris e Madrid eram destinos frequentes) e, além da análise de crédito, também na área comercial, como corporate account (lidando com clientes como a Sonae, Transinsular, Petrogal, etc.). Estava posta em sossego no Générale, com o cargo de European desk manager, e com a formação académica reforçada com uma pós-graduação em Análise Financeira (ISEG), quando, num daqueles acasos em que a vida é fértil, estava com um amigo que ao desfolhar o Expresso Emprego tropeçou num anúncio, que, logo lhe disse, “era a cara dela”. Sem grande convicção candidatou-se ao lugar e foi à primeira entrevista, onde soube que a HP era a multinacional que procurava alguém com o perfil dela. Apenas se entusiasmou na segunda entrevista. Doze anos volvidos ainda lá está porque a ferrugem da rotina nunca esteve sequer perto de contaminar uma carreira interna feita em ziguezague: debutou como comercial entreprise business, passou para marketing manager da área do grande consumo e, mais recentemente, assumiu a responsabilidade por toda comunicação interna e externa, a nível ibérico. O novo cargo obriga Rita a trabalhar entre Lisboa, Madrid e Barcelona, mas ela gosta desta vida agitada – da mesma maneira que gosta de desafios académicos e por isso, enquanto trabalhava na HP, fez um mestrado em Finanças e Business Administration. “Foi um decisão acertada ter aceite o desafio de mudar para uma multinacional norte-americana, a cultura empresarial é completamente diferente. E eu gosto de fazer e experimentar coisas diferentes”, conclui Rita, 40 anos, uma mulher que gosta de viver perto do mar.

O Erasmus foi o “Abre-te Sésamo” de um novo mundo para Rita, que se transferiu da casa paterna, em Carcavelos, para uma residência universitária nos arredores de Paris

Habituou-se a cumprimentar o mar todos os dias, pela manhã. Nadava, fazia caiaque e windsurf. Ultimamente anda entusiasmada com o paddle, que consiste em navegar em cima de uma prancha com o auxílio de um remo

PERFIL

Apaixonada por trekking Da primeira vez ainda era universitária. Deu uma volta a pé, com a mochila às costas, ao Luxemburgo, numa expedição organizada pelos empregados do Banco de Portugal (onde a mãe trabalhava). Apaixonou-se pelo trekking à primeira vista. “Sinto um enorme prazer em andar a pé, enquanto reflicto ou converso”, confessa Rita, que já fez trekking nos sítios mais improváveis do mundo, como o Butão ou o deserto de Marrocos. A Guatelama é o próximo destino.

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CibErcrimE

O melhor é ser desconfiado É importante estar sempre alerta quando se navega na internet e nunca deixar-se levar por situações em que o instinto do utilizador lhe diga que é tudo “demasiado bom para ser verdade”: como ver imagens exclusivas da morte de Bin Laden A generalização da utilização da internet como fonte primordial de acesso e consulta de notícias tornou-se, nos tempos que correm, um claro atractivo para os ciber-delinquentes fazerem difundir as suas mais recentes ameaças. Aproveitando-se da ingenuidade e curiosidade inerentes dos utilizadores da internet, sejam os mais assíduos, sejam os ocasionais, os ciber-delinquentes souberam, ao longo dos últimos meses, fazer uso de notícias da mais variada índole, como a revolta na Líbia, o desastre no Japão ou até mesmo a morte de Osama Bin Laden, para fazerem disseminar os seus novos espécimes de trojans e afins. De um modo geral, a forma de actuação é sempre a mesma: utilizando como isco o sensacionalismo da notícia, os ciber-delinquentes procuram determinar se o utilizador provém de um motor de busca, ou não, e redireccioná-lo para falsas páginas de meios de comunicação online onde, posteriormente, os informa que o seu equipamento está infectado e que necessita de uma aplicação de segurança urgente. Neste momento, o utilizador é convidado a comprar e instalar um novo antivírus que mais não é que uma falsa aplicação e, por vezes, uma forma de entrada no computador do incauto utilizador. Conhecida como Black Hat SEO, esta técnica é apenas uma das muitas que são exploradas com afinco pelos ciber-delinquentes. A par vêm também fraudes do mesmo género baseadas em redes sociais, como o Twitter ou o Facebook, e correios electrónicos, onde as hiperligações falsas estão escondidas em simplificadores de URL ou são parte integrante de documentos em formato pdf, com supostas notícias de última hora. 26

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“Os ciber-delinquentes souberam fazer uso de notícias da mais variada índole, como a revolta na Líbia, o desastre no Japão ou até mesmo a morte de Osama Bin Laden, para fazerem disseminar os seus novos espécimes de trojans e afins”

“A sofisticação destas ameaças é um dos seus maiores perigos, pois não permite uma protecção imediata para a maioria dos utilizadores que, imprudentes, não conseguem reconhecêlas como ameaças ou fraudes no momento em que com elas se deparam”

A sofisticação destas ameaças é um dos seus maiores perigos, pois não permite uma protecção imediata para a maioria dos utilizadores que, imprudentes, não conseguem reconhecê-las como ameaças ou fraudes no momento em que com elas se deparam – uma situação mais complexa se o utilizador não tiver uma boa aplicação de segurança no seu equipamento. Alavancadas pela rapidez de difusão da informação e baseadas na já referida curiosidade dos utilizadores, estas ameaças são por isso um dos alvos preferidos dos ciber-delinquentes e uma das maiores preocupações para a BitDefender. Neste sentido, e de maneira a incentivar os nossos utilizadores a serem mais pró-activos na sua protecção online, aconselhamos, em primeiro lugar, a estar em alerta constante não só quando procuram este tipo de notícias, mas também em todas as actividades que desenvolvam online. Num segundo momento, aconselhamos a instalação de uma aplicação de segurança nos seus equipamentos, sejam móveis ou não – e neste sentido disponibilizamos ferramentas globais como o BitDefender Internet Security 2011, e ferramentas específicas para os diferentes problemas: BitDefender Safego (para protecção na rede social Facebook), ou BitDefender 4blogs (uma ferramenta gratuita para remoção de spam em blogues do servidor WordPress), entre outras, que podem encontrar no Repositório de Ferramentas de Remoção no blogue MalwareCity. Por fim, consideramos importante que todos os utilizadores sejam muito prudentes e confirmem sempre que conhecem todas as páginas que consultam, isto é, que recorram a páginas online de meios que co-

Jocelyn Otero Ovalle directora de Marketing da BitDefender para Espanha e Portugal

nheçam, assim como aceitem contactos apenas de outros utilizadores que conheçam. Estes fenómenos são cada vez mais comuns e têm um pico de actuação imediatamente a seguir à divulgação das notícias, pelo que é necessário ter sempre em conta que os ciber-delinquentes nunca perdem uma oportunidade para atacar os utilizadores, sendo importante estar sempre alerta quando se navega na internet e nunca deixar-se levar por situações em que o instinto do utilizador lhe diga que é tudo “demasiado bom para ser verdade” – como ver imagens da morte de Bin Laden, informações exclusivas do desastre nuclear do Japão ou outras. O novo agregador das comunicações



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ambiente

IT for green A indústria de software entra aqui como uma solução para as empresas conseguirem avaliar a sua pegada de carbono, através de uma contabilidade expressa em CO2, paralelamente à contabilidade financeira Suscitando um interesse crescente, um desenvolvimento duradouro impõe-se como uma demanda essencial para as empresas em torno de grandes desafios ambientais, económicos e sociais. Mudanças climáticas, despesas energéticas crescentes… Desde há mais de uma década, a tomada de consciência ambiental tomou uma amplitude à escala planetária, confirmando compromissos quantificados e criando novos constrangimentos regulamentares. Todos os sectores de actividade são afectados, a informática e as telecomunicações não fogem à regra. De acordo com vários relatórios oficiais, as Tecnologias da Informação e Comunicações (TIC) representam em média 13,5 por cento do consumo de electricidade, com uma tendência para um aumento acentuado até 2020. A diligência do Green IT consistiu em infra-estruturas informáticas menos consumidoras de energia e com menores emissões de gases com efeito de estufa, melhorando a taxa de utilização dos servidores através de dispositivos como a virtualização. Esta primeira etapa AF rodapé M&P_final 209x51.pdf

“De acordo com vários relatórios oficiais, as Tecnologias da Informação e Comunicações (TIC) representam em média 13,5% do consumo de electricidade, com uma tendência para um aumento acentuado até 2020”

“A gestão ambiental oferece uma oportunidade para as empresas poderem capitalizar sobre este compromisso em múltiplos níveis” 1

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foi principalmente centrada na tecnologia. Recentemente, as empresas lançaram-se numa segunda etapa alargando as suas preocupações ambientais, passando do green IT para o IT for Green para reduzir o seu impacto sobre o ambiente. As aplicações são múltiplas: desmaterialização das transacções com os seus parceiros de negócio, utilizando preferencialmente a web e videoconferências… Mas, o conhecimento das consequências de uma determinada actividade sobre o ambiente constitui um desafio preliminar para se conseguir determinar as acções que reduzirão as emissões de gases com efeito de estufa, e que poderão conduzir a uma redução dos consumos e das despesas energéticas. A indústria de software entra aqui como uma solução para as empresas conseguirem avaliar a sua pegada de carbono, através de uma contabilidade expressa em CO 2, paralelamente à contabilidade financeira. Este sistema de contabilidade permite a conversão dos dados da actividade das empresas (por exemplo: compras, deslocações, transportes, armazenamento) em emissão de gases com efeito

Rui Nogueira BU manager - MidMarket da Sage Portugal

de estufa e identificar as acções que mais contribuem para a criação de CO2. A gestão ambiental oferece uma oportunidade para as empresas poderem capitalizar sobre este compromisso em múltiplos níveis: valorização da sua imagem de responsabilidade; vantagem concorrencial relacionada com as exigências ambientais dos seus clientes e parceiros; melhoria da rentabilidade pela redução das despesas energéticas; reforço da eficácia pela industrialização dos processos de contabilidade de carbono (automatização, redução dos prazos, rastreabilidade, reporting); conformidade e antecipação das evoluções regulamentares.

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Fátima de Sousa jornalista fs@briefing.pt

António Gonçalves, 41 anos, usou os números para convencer a banca a financiar o projecto Under Siege, o primeiro jogo português para PS3. O facto de a indústria de videojogos já facturar mais do que a música e o cinema juntos ajudou-o a vencer o conservadorismo dos interlocutores, pondo-os a fazer contas de somar e multiplicar…

António Gonçalves, director-geral da Seed Studios

Ramon de Melo

Pus a banca a fazer contas

Fibra | Esta entrevista acontece no dia previsto para o lançamento do Under Siege na Playstation Network. Depois do adiamento, em consequência do ataque de hackers à rede, qual é a expectativa? António Gonçalves | Já fiz todo o tipo de cenários. Tive mesmo um período em que disse que não fazia a barba enquanto o jogo não saísse. E a verdade é que estive três meses e tal com a barba a

“Nunca estivemos parados. Reinventámos o Under Siege com mais algumas features que o tornaram mais completo, mais rico. Sempre que acontecia um entrave soubemos transformámo-lo numa vantagem”

crescer… Até que passamos o quality assurance e nos dizem que o jogo está aprovado. Então fiz a barba, porque pensava que o jogo sairia na semana seguinte, mas a Playstation Network foi atacada e o lançamento adiado. Foi mesmo na mouche… Mas não havia hipótese: antes do ataque eram apenas 20 pessoas a sofrer pelo jogo (as 20 que integram a Seed Studios), depois eram 77 milhões. Com o lançamento a concretizar-se, >>>

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é o fim de um ciclo mas o início de outro. Trata-se de vender, obter rentabilidade e fazer investimentos em novos projectos.

“A indústria de videojogos é lucrativa e está em crescimento. Não sofreu com a crise. A crise até foi boa para ela”

Fibra | Como foi para uma pequena empresa como a Seed Studios produzir um jogo para a Sony? AG | Foi essencialmente um processo de tentativa e erro em que houve muitas situações em que estivemos sozinhos, sem ninguém para nos ajudar. É certo que tivemos o apoio da Sony, mas do ponto de vista das metodologias fomos muito autodidactas. Dimensionámos o projecto para a dimensão da empresa, mas deveríamos ter ido um pouco mais além porque houve muitos percalços. Uma das dificuldades foi corresponder ao grau de exigência da Sony, que não autorizava o jogo se tivesse bugs. Não há um único jogo sem erros – basta pesquisar na net para perceber, mas a Sony foi muito rigorosa connosco. Talvez por sermos os primeiros, talvez por ser o primeiro jogo português para a Playstation. Não deixaram passar nada. Mas antes disso tivemos problemas com o controlo do software: demoraram quatro meses e meio a resolvê-los, mas não estivemos parados, reinventámos o Under Siege com mais algumas features que o tornaram mais completo, mais rico. A verdade é que sempre que houve um entrave o transformámos numa vantagem. Fibra | Atribui esse grau de exigência da Sony ao facto de serem portugueses? AG | Não foi exigência, penso que também houve algum estigma. Somos uma empresa portuguesa, a primeira a produzir um jogo para a Sony. Para quem está habituado a receber as maiores produtoras mundiais imagine o que é… A dimensão da empresa também deve ter influenciado: o Under Siege foi feito com 20 pessoas mas jogos como o Uncharted são feitos com 150 pessoas ou mais. De qualquer forma, estamos no mesmo campeonato, o da playstation store.

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“Somos a primeira empresa portuguesa a produzir um jogo para a Sony. O Under Siege foi feito com 20 pessoas. Jogos como o Uncharted são feitos com 150 pessoas ou mais. Agora estamos no mesmo campeonato, o da Playstation store”

“Fizemos um investimento notável em Publicidade e Marketing. Produzimos um vídeo promocional que foi considerado um dos melhores traillers a nível mundial, teve pontuação máxima durante muito tempo e ganhou mesmo um prémio”

Fibra | E nesse campeonato com que armas procuram ter vantagem? AG | Fizemos um investimento notável em publicidade e mar-keting. Desenvolvemos peças como as que são normalmente desenvolvidas para os jogos de caixa. Produzimos um vídeo promocional que foi considerado um dos melhores traillers a nível mundial, teve pontuação máxima durante muito tempo e ganhou mesmo um prémio. Também criámos uma banda desenhada para ser distribuída online, além de todo um trabalho de cartazes e flyers. Fizemos um trabalho viral que habitualmente não é feito para estes jogos. Arriscámos bastante na promoção. Foi uma percentagem importante do investimento total. Fibra | Qual foi o alvo dessa estratégia promocional? AG | Internacional e transversal. Internacional na medida em que este é um projecto para o mundo, para um universo de 77 milhões de subscritores da network. E transversal porque o jogo está classificado para 12 anos mas também agrada a pessoas mais velhas. Não é um jogo de sangue e tiros que só agrada a uma faixa de adolescentes, que os mais novos não possam jogar e a que os mais velhos já não achem piada. Temos efeitos realistas mas não exagerámos. Achámos que não era por aí que ganhava interesse, mas pela jogabilidade, pelos gráficos, pela história, pelas features, pelo facto de ser full HD, de usar o move. Ser um jogo transversal permitiu-nos atacar de uma forma mais livre todos os mercados. É certo que é um jogo de estratégia e que, como tal, há um conjunto de seguidores, mas quisemos desmistificar isto porque a ideia é que as pessoas que não estão habituadas a jogos de estratégia os comecem finalmente a jogar. O Under Siege simplificou a estratégia. Daí a nossa ideia de usarmos o comando. Duas teclas e o movimento bastam. Depois, cada jogador pode torná-lo mais O novo agregador das comunicações


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complexo à sua medida. Pode até fazer níveis melhores do que os que nós criámos. A ferramenta é a mesma, é apenas uma questão de criatividade. Fibra | O vosso mercado potencial é o universo de 77 milhões de contas da network. Que fatia precisam para obter retorno do investimento? AG | Temos uma expectativa conservadora de atingir, no mínimo, três milhões de euros em vendas: esse é o nosso break-even point. A nossa estimativa original era que atingiríamos esse ponto um pouco acima dos 0,2 por cento desse mercado, com uma facturação na ordem dos dois milhões. Mas o jogo vai estar na playstation plus (uma espécie de clube VIP da store) com desconto, porque não podemos ser penalizados pelos ataques à network. A Sony decidiu oferecer uma mensalidade aos subscritores e o jogo vai estar em destaque, pelo que é uma oportunidade de termos visibilidade. Além de que fizemos um desconto brutal – 50 por cento nas Américas e 40 por cento na Região Europa. As vendas têm, por isso, de ser maiores para atingirmos o objectivo. Daí os 0,3. Fibra | E o mercado nacional, é suficientemente atractivo? AG | Portugal não é o nosso target. Não tenho números oficiais de contas, mas há pouco mais de 300 mil consolas. Não somos um grande mercado, só para ter uma ideia, Londres vende mais jogos do que Portugal inteiro. Não é por Portugal que vamos pagar o investimento, era bom que fosse… Mas há muita expectativa colocada no jogo, temos sentido que a comunidade portuguesa de jogadores tem puxado muito por nós nos últimos tempos. No início, fomos um bocado marginalizados, havia algum descrédito, mas começaram a sair notícias, opiniões das revistas que experimentaram o jogo, opiniões internacionais. Já cimentámos uma comunidade que está com muita vontade que o jogo saia, não só pelo lado patriótico, mas também pelo jogo em si.

“O Under Siege tem como mercado um universo de 77 milhões de subscritores da network. É um videojogo transversal porque está classificado para 12 anos mas também agrada a pessoas mais velhas. Não é um jogo de sangue e tiros”

Fibra| O jogo implicou um investimento de 1,4 milhões de euros. Onde foram buscar esta verba? AG| A Seed Studios já tem um histórico de jogos, já produzimos três para a Nintendo DS (Toy Shop, Sudoku for Kids e Aquatic Tales) com os quais ganhámos algum dinheiro, mas não era suficiente. Contámos também com um investimento de duas empresas participadas, a LT Studios e a Norhold. E os sócios também investiram a título pessoal. Além disso, conseguimos fundos do QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional). E recorremos à banca. Fibra | Como é que conseguiram conquistar a banca para um projecto que foge muito aos investimentos tradicionais? AG | Tivemos de subverter a apresentação. Não podíamos ir à banca e simplesmente apresentar o Under Siege. Tivemos de fazer um trabalho prévio de marketing, de divulgação do projecto para que ele fosse reconhecido quando voltássemos para pedir o financiamento. E quando fizemos a apresentação mostrámos os números internacionais da indústria de videojogos. São números fiáveis que demonstram que é uma indústria lucrativa e em crescimento, que não sofreu com a crise. A crise até foi boa. Conheço uma pessoa que foi despedida e a primeira coisa que fez com o subsídio de desemprego foi comprar um plasma, uma playstation e jogos. Passou uns meses valentes a jogar, até que voltou a arranjar emprego. Afinal, é uma indústria de entretenimento…

“Portugal não é o nosso target. Há pouco mais de 300 mil consolas. Só para ter uma ideia, Londres vende mais jogos do que Portugal inteiro. No mercado interno nunca conseguiríamos o retorno do investimento”

“Temos efeitos realistas mas não exagerámos. Achámos que não era por aí que ganhava interesse, mas pela jogabilidade, pelos gráficos, pela história, pelas features, pelo facto de ser full HD, de usar o move”

Fibra | Mas concorre com o cinema e a música… AG | Já não. O cinema e a música foram ultrapassados em 2009. A música levou uma cacetada muito grande por causa da pirataria, dos downloads ilegais. E no cinema houve um desinvestimento muito grande, também por causa da net e do home cinema. Mas na indústria de videojogos é ao contrário. Faça as contas: quem tem filhos tem de comprar um >>>

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jogo quando eles passam de ano, no aniversário, no Natal… é o mínimo obrigatório. Sem falar na consola, que de quatro em quatro anos é substituída, no televisor HD… Veja lá se não gasta mais do que em cinema ou música. Agora multiplique por 77 milhões…

“Conheço uma pessoa que foi despedida e a primeira coisa que fez com o subsídio de desemprego foi comprar um plasma, uma playstation e jogos. Passou uns meses valentes a jogar, até que voltou a arranjar emprego”

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Fibra | E foi assim que conseguiram que a banca investisse? AG | Quando fiz a apresentação à banca coloquei estas questões e de repente começaram todos a fazer contas… Senti que do outro lado também havia jogadores, pessoas que percebem que é uma indústria apetecível. Sabemos que tudo o que é novo é colocado em causa, mas eles perceberam o negócio porque se puseram na pele do jogador. Foi decisivo para que acreditassem em nós. Fibra | A Seed Studios pode ser a semente de uma indústria de videojogos em Portugal? AG | Estamos a lançar os alicerces para que a indústria se possa desenvolver. Primeiro, temos de provar que os portugueses são capazes de tudo desde que se dediquem de corpo e alma, sabem ultrapassar todas as dificuldades que se colocam pelo facto de serem portugueses. Nós sentimos isso. Mas, a partir do momento em que provámos que estamos ao nível de qualquer produtora, deixou de haver essa dificuldade. Passou a ser tudo muito transparente, sem tratamento hierárquico. Uma indústria não começa com um jogo, mas o jogo serve de mote para incentivar o desenvolvimento de novos projectos. Mas é preciso que haja investimento, que as empresas percebam que os negócios tradicionais já não são suficientes e que podem ser inovadoras se investirem em tecnologia. Além disso, existe grande vontade das universidades em investirem nesta área. E pessoas com vontade de entrar nesta indústria. Espero que as coisas corram bem com o Under Siege para que esta ima-

“No cinema houve um desinvestimento muito grande, também por causa da net e do home cinema. Mas na indústria de videojogos é ao contrário. Faça as contas: quem tem filhos tem de comprar um jogo quando eles passam de ano, no aniversário, no Natal…”

Nelson Zagalo Sociedade Portuguesa de Ciências de Videojogos

gem de sucesso se mantenha. Se as vendas correrem mal, receio que esta história da indústria caia como um baralho de cartas. Fibra | Mas há verdadeiramente um potencial? AG | Estou convicto de que Portugal tem todas as possibilidades. Já aconteceu o mesmo noutros países, como a Finlândia, onde uma produtora com cinco ou seis anos já está a dar cartas internacionalmente. Também a Polónia e outros países de Leste estão a crescer. E a Espanha é outro bom exemplo. Começou há uns 10 anos e neste momento é uma potência mundial em produção de videojogos e mais baratos do que os que se fazem em Inglaterra ou nos Estados Unidos. A diferença é que, ao contrário de outra forma de criatividade, como fazer banda desenhada, pintar um quadro ou compor uma música, é que esta implica dinheiro. Se nós, na Seed Studios, tivéssemos uma injecção de capital, de uma multinacional por exemplo, poderíamos ter 150 pessoas em vez de 20, e cinco projectos a sair para a rua. Mesmo que uns não corressem bem, os outros compensariam. O mercado é tão vasto que multiplica o investimento feito. Nelson Zagalo | Chegados aqui, e depois de terem criado o jogo mais caro alguma vez produzido em Portugal, o que podemos esperar da visão da Seed Studios para os próximos anos? AG | Primeiro que tudo, gostaríamos de ser conhecidos, não por ter produzido o jogo mais caro feito em Portugal, mas sim por tê-lo publicado numa consola que estava vedada à humildade portuguesa. O feito de publicar um jogo a nível internacional em mais de 50 países e sem recorrer a uma editora é bastante mais importante do que o preço que custou. A visão da Seed Studios para os próximos anos é continuar a editar no meio digital. O novo agregador das comunicações


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Queremos crescer por nossa conta e risco e, tal como fizemos com o Under Siege, continuaremos a fazê-lo com certeza sempre que as circunstâncias o permitam. Fibra | O que podemos esperar depois do Under Siege? AG | Já começámos a desenvolver outro jogo, que tem a vantagem de termos passado pelo exigente processo de certificação da Sony. Só posso dizer que está a ficar muito engraçado… Mas vamos também dar continuidade ao Under Siege, com expansões, mais temas, mais pacotes, talvez para a consola

“Uma indústria não começa com um jogo. É preciso que haja investimento, que as empresas percebam que os negócios tradicionais já não são suficientes e que podem ser inovadoras se investirem em tecnologia”

portátil (PSP). Não vamos abandonar esta comunidade. Fibra | A ligação à Sony é para continuar? AG | Somos produtores oficiais da Sony, mas também da Nintendo e da Microsoft. Podemos trabalhar para qualquer uma desde que aceitem os nossos projectos. Imagine que eu achava imensa piada fazer um jogo sobre a troika em Portugal, em que podíamos matar políticos ou eles nos podiam matar a nós… Do ponto de vista da Sony não teria interesse nenhum. Tal como não se pode fazer um jogo sobre uma guerra >>>

PERFIL

Finalmente, vai chegar o “jogo do pai” Engenharia da Universidade do António Gonçalves estava em pulPorto por pressão de casa – o pai, gas para saber se o Under Siege trabalhador no porto de Leixões, tinha finalmente sido colocado na e a mãe, doméstica, faziam gosPlaystation Network. Depois do to em que o filho António fosse adiamento forçado pelo ataque engenheiro. Fez-lhes a vontade dos hackers, chegara o dia: 24 de mas contrariado. Ia fazendo uma Maio. O mesmo da entrevista. E cadeira ou outra, frustrado por António contava as horas, à espera não ter entrado em Arquitectura; que o fuso horário fizesse chegar o que queria era mesmo ser aras (boas) notícias. quitecto mas as médias e as vaÉ que, mal saísse, poderia proporgas tramaram-no: candidatou-se cionar ao filho de cinco anos o e ficou de fora por 0,03, voltou a prazer de comprar – e jogar - “o candidatar-se no ano seguinte e jogo do pai”. Um prazer adiado foi o sétimo para seis vagas. por via das restrições que a Sony Os “pais” do Under Siege: Filipe Pina, produtor, António Gonçalves, Nesses dois anos, não baixou os coloca à saída da consola de director-geral, Jeffrey Ferreira, director artístico, e Bruno Ribeiro, director braços. Conquistou a independesenvolvimento das instalações de programação dência que almejava entre cursos da Seed Studios. António levou-as – de Design, de Animação 3D… a sério: afinal, contrato é contrato! e empregos, primeiro na Cinerama, depois na Miragem. Pelo Não seria ainda nesse dia, porém: a expectativa transferiu-se meio, teve a sua experiência como dono de uma produtora de para dia 31. vídeo – a Urbimagem, mas não correu bem. O negócio sim, mas António Gonçalves não é propriamente um novato no mundo a sociedade não: “Era muito novo e demasiado idealista”. dos jogos: começou nas casas de máquinas quando a estatura Antes da faculdade, fez uma incursão pelo futebol. Andou nem lhe permitia chegar aos comandos; isso não o impediu, pona escola do Leixões e esteve à beira do Boavista, mas pôs rém – esticava os braços e jogava. “Era viciadíssimo”, recorda. as chuteiras de lado para tentar Arquitectura. Não foi arquiAos 41 anos, já não é tão viciado – tempos houve em que ficava tecto, nem engenheiro, é director-geral da primeira emprequatro horas seguidas às voltas com o Warcraft – mas continua sa portuguesa a colocar um jogo na Playstation Network. O a jogar. “Jogo bem”. O filho também já domina os comandos, o que diria o pai, entretanto falecido? “Teria orgulho, sobreque tem valido ao pai algumas críticas familiares… tudo se percebesse que consigo dar uma boa vida ao meu Está na indústria de videojogos e com muito orgulho mas estefilho, à minha família”. ve quase para ser engenheiro civil. Frequentou a Faculdade de

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querem mesmo trabalhar nesta área? AG | Podemos dizer aos jovens que pretendem entrar nesta área que terão de trabalhar muito se quiserem vingar cá dentro ou lá fora. Seja qual for o cargo que escolham terão de se aplicar para serem os melhores. Os cursos que existem hoje em dia são uma boa forma de começar a aprender, mas, tal como todas as pessoas que trabalham na Seed, é necessário que se tornem auto-didactas para vencerem.

actual, por exemplo entre Israel e a Palestina. Não é politicamente correcto. Quando desenvolvemos um jogo temos de pensar que o mercado é internacional. Um jogo não pode ser uma espécie de private joke.

“Se nós, na Seed Studios, tivéssemos uma injecção de capital poderíamos ter 150 pessoas e cinco projectos a sair para a rua. Mesmo que uns não corressem bem, os outros compensariam. O mercado é tão vasto que multiplica o investimento feito”

Bruno Mendonça | De que forma a Seed Studios acompanhou e lidou com os problemas recentes que ocorreram com a PSN e quais as consequências reais dessa situação para o estúdio e para o jogo em especial? AG | A Seed Studios teve um acompanhamento da Sony em toda a situação e esteve sempre ao corrente dos acontecimentos. Infelizmente, e dada a gravidade do problema, não tem sido conveniente discutir externamente o que se está a passar nos bastidores. As consequências são as que todos nós já sabemos, existirá uma quebra de confiança no consumidor sobre o sistema da PSN, mas também sabemos que os jogadores são pessoas inteligentes e informadas e essa confiança será restabelecida rapidamente. Penso que o que aconteceu não foi bom para ninguém, todos ficámos a perder, mas estamos confiantes que o Under Siege poderá tirar partido desta circunstancia e irá vingar.

Bruno Mendonça director da BGamer

Fibra | Ao lançarem-se neste projecto, diria que foram ambiciosos ou empreendedores? AG | As duas coisas. Não basta ser empreendedor, tem de se ser ambicioso. Podíamos ter sido gananciosos, mas não fomos. Estamos a apresentar um cenário (de retorno) que é mínimo, porque tentamos ser o mais realistas possível. Faremos a festa depois… João Tovar | A Seed nasce da aventura corajosa e empreendedora de alguns jovens. O que pode dizer com realismo mas também com esperança aos jovens que têm paixão e 34

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Fibra | Para si, este é um sonho tornado realidade? AG | Sempre gostei muito de jogar e sempre quis ter uma produtora de videojogos, de nível internacional e de que tivesse orgulho. E consegui. Conseguimos, aliás, porque é um trabalho de equipa. A Seed Studios é uma spin off de duas outras empresas, a LT Studios, que fundei e de onde veio um dos sócios, o Filipe Roquete, e a Norhold, onde fui buscar o Artur Mendes. De alguma forma seduzi-os para este projecto. Isto em Novembro de 2002. Mas, para chegarmos aqui, passámos por muito. Não é fácil gerir uma empresa em que, durante anos, não há uma única factura. Investimos na inovação e resultou. O jogo pode não vender o que esperamos, mas só o sucesso de estarmos em 56 países é motivo de orgulho.

João Tovar director da Restart O novo agregador das comunicações


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Cloud Computing

A questão não é se, mas quando A cloud computing é uma nova revolução só comparável com a dos computadores pessoais nos anos 80 ou a da internet na década de 90. Quando falamos em computação em nuvem, a questão não é pois se nos vamos ligar a ela, mas sim quando nos vamos ligar a ela Muito se tem falado nos últimos tempos do novo conceito de cloud computing. Estou convicto de que isso nada é comparado com aquilo que ainda ouviremos falar no futuro acerca da “computação em nuvem”. A era da computação em nuvem é já hoje uma realidade para muitas pessoas e algumas empresas. Dentro de poucos anos, acredito que o venha a ser para quase todas as pessoas e quase todas as empresas. E acredito nisso porque, tal como outros conceitos revolucionários antes de si, tais como o computador pessoal, o telemóvel ou a internet, a computação em nuvem acrescenta um enorme valor ao trabalho diário de cada um de nós, permitindo que esse trabalho seja efectuado de forma mais fácil, rápida e económica. A computação em nuvem, na sua essência, é um conceito muito simples que se baseia em três pilares fundamentais: 1. Transforma a utilização de recursos de Tecnologias de Informação (TI) de uma aquisição de equipamentos no aluguer de um serviço, permitindo um mais correcto ajustamento entre aquilo que utilizamos e aquilo que pagamos; 2. Vive da partilha dos recursos de TI (a tal nuvem onde esses recursos residem e aonde todos acedemos) e, portanto, das Economias de Escala, permitindo ciclos virtuosos de redução no custo dos serviços cloud com o incremento da sua utilização; 3. Só é possível com o advento da internet de banda larga, que democratizou e universalizou o acesso rápido a esses recursos centralizados de TI. A “nuvem” não é pois mais do que o resultado da adição de Mega Centros de Dados, capazes de O novo agregador das comunicações

“A era da computação em nuvem é já hoje uma realidade para muitas pessoas e algumas empresas. Dentro de poucos anos, acredito que o venha a ser para quase todas as pessoas e quase todas as empresas”

“A cloud computing acrescenta um enorme valor ao trabalho diário de cada um de nós, permitindo que esse trabalho seja efectuado de forma mais fácil, rápida e económica”

suportar um grande número de utilizadores e empresas em simultâneo, com a internet de banda larga, que permite que esses utilizadores e empresas façam o acesso às aplicações e recursos disponibilizados nesses Mega Centros de Dados, com rapidez, a qualquer hora e em qualquer lugar.

director-geral Nec Portugal

Sendo três os pilares fundamentais deste novo conceito, são também três as suas vantagens essenciais: a. Permite-nos pagar somente aquilo que utilizamos, numa base mensal, em lugar de investir à cabeça em recursos que compramos para estarem desligados em nossa casa ou nas nossas empresas durante as muitas horas em que não os utilizamos; b. Liberta-nos da preocupação de gestão pessoal dos recursos de TI (actualização de sistemas operativos, versões das aplicações, controlo e limpeza de vírus, etc.) a qual passa a ser feita por pessoal técnico especializado residente nos Mega Centros de Dados centrais; c. Permite-nos, a partir da internet, efectuar o acesso universal a esses recursos a qualquer hora e em qualquer lugar. Dadas estas importantes vantagens, não admira que o ritmo de adopção do cloud computing seja cada vez mais acelerado. Um estudo de Junho de 2010 da IDC indica que a receita mundial de serviços públicos de TI em nuvem, em 2009, ultrapassou os 16 mil milhões de dólares, sendo que a previsão para 2014 é que chegue aos 55,5 mil milhões de dólares, representando uma taxa de crescimento anual composta de 27,4 por cento. Este incremento acentuado é cinco ve-

zes maior do que as projecções de crescimento para os designados produtos “tradicionais” de TI. Acredito pois que a cloud computing marca uma nova revolução na área das TI só comparável com a revolução dos computadores pessoais nos anos 80 ou com a revolução da internet na década de 90. A questão, quando falamos de computação em nuvem, não é pois se nos vamos ligar a ela, mas sim quando nos vamos ligar a ela. Na NEC estamos já desde há vários anos a desenvolver as soluções base da computação em nuvem que permitem a fácil escalabilidade de sistemas partilhados em simultâneo por um grande número de utilizadores e empresas, com uma elevada fiabilidade no processamento de grandes volumes de dados, essenciais à exploração dos Mega Centros de Dados que são o coração deste novo conceito. Pelo nosso lado, estamos pois a ajudar a construir a nuvem e estamos já diariamente a trabalhar ligados por ela. E no seu caso, já pensou quando vai começar a trabalhar na nuvem?

João Fernandes

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Cloud Computing

É preciso escolher bem a nuvem Sem dúvida que a cloud é uma opção bastante válida e que deveria ser sempre considerada como parte de qualquer estratégia de TIC. No entanto é fundamental entender que tipo de cloud tem potencial para ser aplicada em cada organização e em que áreas Durante os últimos anos tenho tido a oportunidade de apresentar e discutir com clientes, parceiros e colegas na EMEA (Europe, Middle East and Africa), o modelo e tecnologias cloud. Em vários países, diferentes pessoas, realidades distintas, mas algo em comum: alguma confusão e muita incerteza. Normalmente início a discussão referindo que a cloud representa uma mudança em relação a abordagens tradicionais, sobretudo considerando três aspectos. Arquitectura As clouds são desenhadas de forma distinta, quando comparadas com arquitecturas de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) tradicionais. Todos os recursos (servidores, redes e armazenamento) são idealmente agrupados numa pool e acedidos de forma dinâmica. Um conjunto de aplicações pode ser agregado e retirar da pool os recursos necessários, utilizando e libertando esses recursos de forma dinâmica. Num modelo tradicional, cada aplicação obtém recursos dedicados e, mesmo se necessitar de mais ou menos recursos, estes estão permanentemente alocados. Com a cloud o objectivo não é apenas melhorar a eficiência, através da partilha, mas sobretudo assegurar o ajustamento dinâmico na utilização de recursos. Mais ou menos recursos podem ser atribuídos a cada aplicação, sem necessidade de pré-alocação. Modelo de Operação As cloud são normalmente geridas de forma distinta das arquitecturas de TIC tradicionais. 36

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“O primeiro factor de diferenciação é que são necessárias menos pessoas para gerir um determinado ambiente. A tecnologia que suporta a cloud é relativamente uniforme e homogénea”

“Nos ambientes tradicionais, os recursos são alocados considerando os limites máximos de utilização, o que quase sempre resulta em desperdício de recursos, já que esses limites raramente são atingidos. Na cloud a alocação é realizada considerando a utilização média”

O primeiro factor de diferenciação é que são necessárias menos pessoas para gerir um determinado ambiente. A tecnologia que suporta a cloud é relativamente uniforme e homogénea. Em contraste com os ambientes tradicionais que incluem diferentes tipos de servidores, sistemas operativos, armazenamento e redes. Esta estandardização, a nível das plataformas, permite a consolidação e optimização de processos. Menos processos, e mais simplificados, permitem a aplicação de automação de uma forma simplificada e redução da interacção entre pessoas e sistemas. Modelo de Consumo Tudo na vida tem que ser pago de uma maneira ou de outra, os recursos de TIC não são excepção. O tema dominante, em qualquer discussão sobre a cloud é: “pague o que utilizar”. Creio que esta afirmação pode ser enganadora. Pagar pelo que se utiliza não é novo, a utilização de recursos de TIC, internos ou externos, sempre foram pagos de acordo com a sua utilização, seja esta mais ou menos eficiente. O que realmente muda é a possibilidade de optimizar a alocação de recursos, mesmo a sua alocação excessiva. Nos ambientes tradicionais, os recursos são alocados considerando os limites máximos de utilização, o que quase sempre resulta em desperdício de recursos, já que esses limites raramente são atingidos. Na cloud a alocação é realizada considerando a utilização média. Quando repentinamente mais recursos são necessários assume-se que esses recursos podem ser obtidos a partir de uma pool partilhada. Este modelo de alocação funciona bem, desde

Vitor Baptista EMEA cloud ambassador, EMC

que os pedidos por mais recursos não estejam correlacionados num período temporal. Sem dúvida que a cloud é uma opção bastante válida e que deveria ser sempre considerada como parte de qualquer estratégia de TIC. No entanto é fundamental entender que tipo de cloud tem potencial para ser aplicada em cada organização e em que áreas. A minha experiência, resultado de inúmeros contactos com clientes e parceiros na EMEA, leva-me a concluir que quando é realizada uma abordagem faseada, que deve sempre começar com consolidação e virtualização dos ambientes, é mais simples atingir um nível de maturidade que permita às organizações optarem para um modelo de cloud (interno, externo ou misto). O novo agregador das comunicações



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Sonaecom com lucro de 13,7 ME A Sonaecom atingiu, no primeiro trimestre de 2011, um resultado líquido de 13,7 milhões de euros, o que significa um crescimento de 67,4 por cento em relação ao período homólogo de 2010. O valor foi influenciado pela melhoria do EBITDA, que cresceu 4,3 por cento, para os 50 milhões de euros nos três meses em causa. O volume de negócios registou

um ligeiro recuo de 3,1 por cento em relação ao mesmo período de 2010. O aumento das receitas de clientes móveis e das receitas da SSI não foi suficiente para anular as quebras motivadas pela redução das tarifas de terminação e pela quebra na venda de equipamentos explicada pelo final do programa e-iniciativas.

ANACOM toma Fundação medidas cautelares Vodafone apoiou para a TDT 60 projectos Para que os operadores que prestam serviços de televisão paga não se aproveitem da transição da televisão digital terrestre (TDT) para fazerem negócio, a Autoridade Nacional das Comunicações (ANACOM) tomou medidas cautelares. Deste modo, a entidade proíbe estes operadores de práticas comerciais que induzam os consumidores a pensar que precisam de um serviço não necessário para aceder à TDT. Como refere a ANACOM, a medida cautelar pretende “impedir a ocorrência destes comportamentos, prevenindo assim as situações em que as pessoas são ludibriadas e induzidas a subscrever serviços de que não necessitam”. As empresas que entrarem em incumprimento incorrem em multas que vão dos 500 aos 3 740 euros e dos 5 mil aos 5 milhões de euros.

Em 10 anos de actividade, a Fundação Vodafone Portugal investiu 14 milhões de euros em 60 projectos de responsabilidade social, propondo-se manter no futuro o fluxo de investimento anual de dois milhões de euros, apesar da crise. Segundo salientou António Carrapatoso, ceo da Vodafone Portugal, os projectos em que a fundação esteve envolvida na última década “acrescentaram valor à sociedade”, nomeadamente nas áreas da segurança, ambiente, saúde e educação. Por entender que há ainda “muito a fazer”, é objectivo da fundação manter-se focada nestas áreas, embora admita “equacionar” outros projectos.

Smartphones dinamizam mercado móvel

Samsung líder na Europa em telemóveis

Segundo a Gartner, os smartphones representaram 23,6 por cento das vendas de telemóveis no primeiro trimestre de 2011. Este valor representa um crescimento de 85 por cento face ao período homólogo, sendo que, no total, o mercado móvel registou um crescimento de 19 por cento, somando 427,8 milhões de unidades vendidas. Roberta Cozza, da Gartner, citada pelo The Wall Street Journal, afirma que “a quota dos smartphones podia ter sido maior”: “Com o anúncio, por parte de vários fabricantes, da chegada de novos modelos no segundo trimestre, acreditamos que alguns consumidores optaram por adiar as suas compras”.

A IDC divulgou que a Samsung passou a ocupar o primeiro lugar no mercado de telemóveis da Europa Ocidental no primeiro trimestre. Com estes resultados a empresa supera a Nokia, líder de longa data no segmento doméstico. A perda da primeira posição no mercado doméstico marca outro contratempo para a Nokia, que ainda produz mais aparelhos que as concorrentes devido ao seu forte posicionamento em mercados emergentes. No que diz respeito a vendas, a Samsung avançou cinco por cento na comparação anual da região, com a participação de mercado da empresa a subir para 29 por cento, enquanto as vendas da Nokia caíram 10 por cento e a sua fatia de mercado recuou para 28 por cento.

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pessoas Jorma Ollila, actual presidente do conselho da finlandesa Nokia, anunciou que vai deixar o cargo no próximo ano. E justificou: “Foi um ano difícil e prevejo que o próximo também seja duro”. Foi Ollila que conduziu a transformação da Nokia de um conglomerado produtor de botas de borracha e televisões para um gigante fabricante de telemóveis na década de 1990. Ainda assim, a Nokia tem vindo a perder a sua popularidade no segmento dos smartphones, principalmente para empresas como a Apple e a Google. Fernando costa é o novo manager da área de negócio bProjects da Bizdirect. A seu cargo tem o lançamento de um conjunto de projectos no mercado nacional e internacional, maximizando o potencial das parcerias estratégicas e do portefólio de produtos. Lady Gaga é a pessoa que, em todo o mundo, tem mais seguidores no Twitter. O número de followers supera os 10 milhões de utilizadores. Por sua vez, no Facebook, a cantora já conta com mais de 35 milhões de fãs. Margarida Oliveira de Almeida é a nova BU Manager da Mainroad, pelo que a seu cargo tem a gestão de clientes da empresa. Licenciada em Engenharia de Minas pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e contando com diversas formações nas áreas de TI, gestão e Marketing, a executiva iniciou a carreira na TLP (Telefones de Lisboa e Porto) como analista. Posteriormente, exerceu cargos de direcção e gestão de projectos na Portugal Telecom (1994-1999) e na PT Sistemas de Informação. O novo agregador das comunicações


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Nokia e CNN em parceria internacional A Nokia vai fornecer a sua tecnologia de mapeamento à cadeia de televisão internacional CNN, ao abrigo de um acordo firmado entre as duas empresas agora tornado público. Esta parceria aproveita os pontos fortes de ambas as empresas no que respeita à recolha global de conteúdos noticiosos e de conteúdos gerados pelos utilizadores, tecnologias de mapeamento e serviços baseados em localização. A estreia desta colaboração aconteceu com o casamento real britânico, em Abril último, em cuja cobertura a CNN utilizou os mapas 3D da Nokia.

Apple, a marca mais valiosa A lista BrandZ Top 100 indica a Apple como a marca mais valiosa do mundo, ultrapassando a Google. Este top é da autoria da Millward Brown Optimor, do The Financial Times, da Bloomberg e da Datamonitor. De acordo com os dados publicados, a empresa de Steve Jobs quase duplicou o seu valor desde o último ano, chegando agora aos 153 mil milhões de dólares (106 mil milhões de euros). Por sua vez, a Google vale agora 111 mil milhões de dólares (77 mil milhões de euros), tendo perdido 2 por cento do seu valor. O top 5 é completado pela IBM no terceiro lugar, seguido da McDonald’s em quarto e da Microsoft em quinto. O novo agregador das comunicações

Farto de informação negativa que só lhe provoca mal-estar, ansiedade e stress? A melhor terapia é assinar o Fibra. Porque, neste caso, a informação dá-lhe prazer. A assinatura do Fibra inclui um programa gratuito de relaxamento e diversão na Odisseias. É uma oportunidade única para, gratuitamente, melhorar a saúde física e mental.

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Para receber, na volta do correio, o voucher do programa escolhido basta assinar o Fibra – o novo agregador das Comunicações. Com o Fibra fica informado e… fica descansado. Não é todos os dias que tem uma oferta destas.

Toda a informação por 85 € Envie para: Fibra • Av. Infante D. Henrique, nº 333 H, 44 • 1800-282 Lisboa

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CloudMetrics analisa marcas nas redes sociais No mês passado, foi apresentada oficialmente a CloudMetrics, uma nova empresa – fruto de uma parceria entre a NextPower e a QMetrics – dedicada à monitorização e análise da presença das marcas nas redes sociais e new media. A reforçar as vantagens do serviço, Vitor Domingos, director-geral da empresa, aponta: “Primeiro, nós conseguimos catalogar aquilo que está a ser dito sobre determinada marca em todos os meios online, apontamos se essa informação está a ser positiva, ou não, e damos isto de forma inteligente, ou seja, conseguimos dizer de que forma é que a informação passou para o público, como é que passou, que pessoas estão a falar dela, qual é a tendência [positiva ou negativa] e calculamos ainda se o tema se vai ampliar ou não, consoante a rede e a influência que cada uma dessas pessoas tem”. A ferramenta de monitorização providenciada pela CloudMetrics surge acima de tudo devido à necessidade actual de “antever tendências” potenciadas pelas redes sociais, em concreto o Facebook.

Google apresenta Chromebooks Chegou mais uma novidade da Google: a empresa mostrou os primeiros dispositivos que vão chegar ao mercado com o sistema operativo Chrome. Baseada na web, a plataforma quer ser mais rápida e versátil, visto que é na web que estão alojadas a maioria das ferramentas. Os primeiros exemplares chegam a 15 de Junho, Portugal não incluído. Chamados Chromebooks, os computadores estão já a ser fabricados pela Samsung e pela Acer.

IST e Biodroid criam jogo para Facebook Está já em fase final de desenvolvimento e deverá ser lançado este mês um jogo para o Facebook, criado em conjunto pelo Instituto Superior Técnico (IST) e pela Biodroid, em parceria com a Curiosidade Digital. O Rural Value tem por objectivo a gestão e exploração agrícola de uma quinta. O objectivo é que os jogadores, tipicamente jovens e urbanos, compreendam que a agricultura é uma actividade moderna e tecnológica, produtora não só de alimentos como de serviços ambientais, além de despertar nos jogadores a motivação de, no futuro, se tornarem agricultores.

Gartner distingue spin-off da UC A Gartner, maior analista de mercado do mundo em tecnologia da informação, distinguiu a empresa tecnológica FeedZai como “Cool Vendor in Analytics and Business Intelligence 2011”. Especialista em desenvolvimento de soluções para processamento de grandes volumes de dados em tempo real, a FeedZai encontra-se em fase de expansão e de internacionalização. Criada no final de 2008, na Universidade de Coimbra, é também a primeira spin-off da Universidade de Coimbra resultante do programa Carnegie Mellon University - Portugal, no qual a Novabase participa como afiliado industrial de referência. Entre os seus principais clientes destacam-se a Ericsson, BES e EDP. 40

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Novo projecto literário para redes sociais Fbooks é o primeiro projecto literário que disponibiliza livros numa versão exclusiva para as redes sociais. Um conceito da editora Leya, desenvolvido pela agência Leo Burnett, que vem revolucionar a forma como o mundo literário é apresentado na Internet. O livro escolhido para inaugurar esta acção é “O Bom Inverno”, de João Tordo, sendo que “o Fbooks nasce da necessidade de responder a uma crescente presença de amantes da literatura nas redes sociais e de estas serem um ponto de encontro fundamental para novos leitores”. “Tem como objectivo não apenas promover os autores, mas também mostrar ao público o prazer da leitura - principalmente ao público jovem, que domina estas novas tecnologias”, explica a agência.

ebooks vendem mais que livros em papel A Amazon afirmou que já são vendidos mais livros em formato digital do que de papel e que a versão mais barata do Kindle, lançada recentemente, vende mais do que qualquer outro modelo do aparelho. Sem divulgar dados exactos da venda do Kindle e dos livros digitais, a empresa afirma que, para cada 100 livros impressos vendidos desde 1 de Abril, 105 livros digitais foram comercializados. Estes números incluem publicações de capa mole e de capa dura e excluem downloads gratuitos.

Apps rendem 2,55 mil milhões em 2011 O mercado das aplicações móveis está em constante crescimento e estima-se que este ano cresça 77,7 por cento. O valor global das receitas das lojas da Apple, Google, Nokia e RIM chega a atingir os 2,55 mil milhões de euros. O crescimento mais impressionante é o estimado para o Android Market – 295,4 por cento. As previsões são feitas pela IHS iSuppli, que estima, igualmente, que até 2014 o valor global do mercado poderá ascender aos 5,6 mil milhões de euros, firmando a tendência de crescimento que se vem a verificar no segmento. O novo agregador das comunicações


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SÉRIES

T3: © 2010-2011 Twentieth Century Fox Film Corporation. All rights reserved.

Sofia Guimarães é fã de Lie to me

A minha série preferida é Lie to me. Sigo-a desde que iniciou as suas transmissões em Portugal. Esta série explora os limites da capacidade de avaliação das expressões faciais, corporais e vocais para concluir se um indivíduo está ou não a dizer a verdade. Através de um personagem (Dr. Cal Lightman) de comportamento bastante excêntrico e incomum, os casos apresentados vão sendo desvendados, devido à sua excepcional capacidade de avaliar os indivíduos envolvidos na trama. Nos dias de hoje quem é que não cedeu já ao impulso de aprofundar os conceitos da Programação Neurolinguística para desenvolver a acuidade perceptiva na observação dos comportamentos dos interlocutores para conduzir com mais eficácia o processo de comunicação e influência? Esta é uma série bastante dinâmica com uma inter-relação interessante entre todos os personagens e com bastantes toques de humor, nomeadamente utilizando exemplos do dia-a-dia para retratar a identificação de culpa, inveja, mentira e outros sentimentos que muitas vezes tentamos ocultar. A personagem com que mais me identifico é a Dra. Gillian Foster, parceira do Dr. Lightman, e que tem um papel de equilíbrio na série, não tendo atitudes tão extremadas como ele e lembrando a parte prática do dia-a-dia, nomeadamente que, independentemente da ciência, eles têm um negócio para gerir.

Sofia Guimarães Licenciada em Engenharia Informática pela Universidade Nova de Lisboa e com um Master em Função Directiva pela Universidade Autónoma de Barcelona, exerce actualmente o cargo de directora de Produção na T-Systems (empresa de ICT do grupo Deutsche Telekom). Sendo a área de Produção, a par com o Serviço e Sales, uma das unidades base da empresa, o seu foco é oferecer ao cliente a melhor, qualidade ao menor preço.

Quarta-feira 22h30 O novo agregador das comunicações

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hoBBy

Carlos Correia

Tudo começou com um desafio de uns amigos e com a frequência de uma clínica de golfe. “Fiquei viciado!”, confessa Carlos Correia, director de negócios grossistas da Vodafone Portugal. Joga em média duas vezes por mês, mas diz que não são tantas quanto gostaria. O executivo comenta que, dos desportos que conhece e teve oportunidade de praticar, “o golfe é sem margem para dúvidas o mais completo. Alia de forma exemplar as componentes física e mental/estratégica, possibilita excelentes momentos de convívio com os amigos, e tudo isto ao ar livre, normalmente em locais de rara beleza”. E é precisamente por ser um desporto completo que Carlos Correia faz um paralelismo com a vida empresarial: “uma boa leitura do terreno e das condições de jogo, um bom planeamento, excelência na execução e foco no objectivo são dimensões cruciais para se ter sucesso tanto no golfe como na vida em geral”. Considerando que esta modalidade é “um excelente exercício de humildade”, conta um episódio caricato num dos seus primeiros torneios oficiais, realizado no Aroeira I. Ainda inexperiente na modalidade, estava tão preocupado em “assegurar que não fazia má figura no shot de saída” que a sua jogada terminou com a bola a bater “com estrondo no tronco de um pinheiro à esquerda do fairway, ressaltando directamente para o meio do lago!” Além do golfe, os seus passatempos mais frequentes e gratificantes são as actividades em família com as filhas. E, sempre que tem oportunidade, não dispensa uns passeios de mota. 42

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Carlos Correia Director de negócios grossistas da Vodafone Portugal desde Setembro 2010, está na empresa desde 1997. Desempenhou diversas funções como senior manager para a Região Sul Europa Médio Oriente e África do Grupo Vodafone e director de Equipamento Terminal, entre outras. Licenciado em Engenharia Electrotécnica e Computadores pelo Instituto Superior Técnico, fez também um MBA na Universidade Nova de Lisboa. É vice-presidente da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações.

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Restaurante

Manuel Falcão director-geral da Nova Expressão

Avenida Oriental Sushi Café Avenida Rua Barata Salgueiro 28 Telefone 211 928 158 www.sushicafe.pt

Decididamente, a Barata Salgueiro, perpendicular à Avenida da Liberdade, está a ficar uma das ruas mais animadas de Lisboa em termos de restauração. Até aqui a Barata Salgueiro era conhecida por ser a rua da Cinemateca Portuguesa e da Sociedade Nacional de Belas Artes e sede de alguns bancos. Agora está também uma cosmopolita artéria de novos e animados restaurantes onde o conceito de comida se alia também à diversão. Mas passemos ao que interessa – depois do D’Oliva (que agora está numa fase de pior serviço), eis que mesmo em frente, onde era a antiga loja de roupa de homem Charlot, abriu o primeiro restaurante japonês de rua da cadeia Sushi Café, que já tinha dado boa prova de si num corner do Colombo e, sobretudo, nas Amoreiras. Antes de entrar no assunto vem a talhe de foice dizer que o triângulo da Barata Salgueiro se completa com a nova aventura de Olivier, o “Guilty”, que fica mesmo ao lado do Sushi Café . Uma boa animação, portanto.

dido em gastronomia japonesa, mas sou há bastante tempo cliente do Sushi Café das Amoreiras e sempre prezei a qualidade e frescura do peixe e a forma como ali são preparados sushis e sashimis, sem desvarios de fusão. Já nas Amoreiras existia a preocupação de mostrar outras iguarias japonesas, com carne, massas, legumes e nunca me arrependi das experiências. Aqui no novo Sushi Avenida a coisa vai ainda mais longe e, para além dos tradicionais, há pratos inesperados como um bacalhau de pele negra em molho de sésamo (Guindara Goma), uma barriga de porco cozinhada a baixa temperatura com azeitona trufada e marmelada (Buta Shoga) ou um magnífico robalo com berbigão sobre feijoada de azuki e ikura (Sakana Trees).

Sobre a experiência Mas comecemos pela visita a meio

do dia. Sala cheia (é sempre melhor reservar), muita luz, bom acolhimento, menus de almoço entre 16 a 20 euros, amplamente suficientes e a dar a provar especialidades da casa, de entradas a doces. Claro que pode também optar pelo serviço normal à carta ou sentar-se no sushi bar e ver preparar o peixe à sua frente. À hora de almoço o restaurante tem uma clientela predominantemente feminina, tudo ainda em fato de trabalho – muitas executivas naquela zona da avenida… No meu caso optei pela cerveja japonesa ao almoço, uma Kirin Ichiban, e não me arrependi – leve e saborosa foi um bom acompanhamento. Mais para o fim pedi um sake frio, que estava muito bem para acompanhar as últimas partes da refeição. Duas pessoas na tipologia menu almoço fizeram a festa perto dos 50 euros. À noite a clientela muda, vêem-se mais casais e grupos pequenos e

é nessa altura que se nota o cuidado colocado pelos projectistas na iluminação. Ao jantar fui pela lista e provei os acima referidos bacalhau e robalo, que estavam de facto deliciosos e surpreendentes nas texturas de sabor. Nas entradas, na ausência dos Dim Sum que bem me apeteciam, optei por umas gyosas com uma massa irrepreensível. E na sobremesa a escolha foi para um chocolato e para uma selecção de gelados de inspiração nipónica, de gengibre, sésamo e chá verde. A acompanhar veio um vinho branco Ameal, que estava muito bem. E o custo total deste jantar para duas pessoas foi cerca de 80 euros. O serviço é bom, talvez a precisar de alguma afinação ao jantar – mas a sala é tão confortável e a qualidade da comida é tão boa – e os paladares tão surpreendentes – que pequenos deslizes são facilmente esquecidos.

Sobre o local O novo Sushi Café Avenida tem uma entrada larga, directa para a rua, e a sua decoração é verdadeiramente surpreendente. O projecto do gabinete de arquitectura Saraiva & Associados utiliza formas envolventes e trabalha a luz no interior das paredes de uma forma que proporciona uma grande sensação de conforto. Há várias áreas, desde o Sushi Bar até às salas interiores, uma de tendência oriental. No caminho há um corredor onde existe uma cabina de disc-jockey e nalgumas noites da semana faz-se a transição do restaurante para o bar de forma suave. O restaurante é para fumadores e a extracção de fumo é impecável. Não tenho pretensões a ser entenO novo agregador das comunicações

BANDA SONORA

Fora de modas, mas vai durar no tempo Paul Simon completa 70 anos no próximo mês de Outubro e desde 1964, há 47 anos, que estabelece padrões de qualidade na música popular. Primeiro ao lado de Art Garfunkel e, depois, a solo, foi construindo uma carreira erguida sobre canções de uma intensidade e criatividade pouco usuais, na quantidade e qualidade que conhecemos. Já passou muito tempo desde que ele gravou The Sound Of Silence, mas quando se ouve pela primeira vez o seu novo disco So Beautiful Or So What, tem-se a mesma sensação inicial de frescura e originalidade que é a sua imagem de marca desde o princípio da carreira. Nos dez novos temas aqui incluídos, Paul Simon continua a descrever a vida à sua volta, des-

de a guerra no Iraque até às suas dúvidas pessoais mais profundas, sobre a fé ou a vida, o permanente encontro com o amor ou a redescoberta da escrita. A produção do disco esteve a cargo do próprio Paul Simon e de Phil Ramone (que faz um soberbo trabalho). Dois destaques – para a forma como as percussões são utilizadas e para o arranjo de Gil Goldstein numa das faixas mais simbólicas do disco, Love And Hard Times. E um elogio para a guitarra de Paul Simon e para a forma como ele continua a cantar. Este é um clássico – quer dizer, fora de modas mas que vai durar no tempo. Junho de 2011

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Viajantes

México

Artesanato local

Chitzen Itza

Cancun – mercado

O objectivo era ir para um local afastado da azáfama do dia-a-dia, calmo e, sobretudo, completamente diferente. Desta forma, Nelson Pinheiro, iberian retail manager da SMC Networks Portugal, escolheu o México como destino de férias no Verão de 2010. O executivo conta que ficou em Tulum e que a partir daí fez várias visitas aos pontos turísticos, dos quais destaca o Chitzen Itza, “que é, de facto, uma maravilha do mundo”, e Coba, “também muito interessante”. Como sugestão deixa ainda o parque Xcaret, que “é uma loucura. Uma coisa que não pode faltar são os mergulhos nas praias paradisíacas”, acrescenta o retail manager recordando também um dia em que choveu e estavam cerca de 30 graus. A nível de gastronomia, afirma que a comida típica mexicana é óptima e confessa que no México “fomentam muito a gorjeta, no entanto, não é obrigatória”. A quem lá for, aconselha algum cuidado em guardar dinheiro, “porque para sair do país é preciso pagar uma taxa e tem de ser em dinheiro”. “Ia ficando em terra…”, relembra.

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Verão 2010

Fast-food mexicana!

O estado natural da zona

Nelson Pinheiro Licenciado em Publicidade e Marketing pela Escola Superior de Comunicação Social, entrou na Solbi como account, ainda antes de terminar o curso. Passado um ano, começou a desempenhar as funções de gestor de produto de networking. Depois de uns anos, em que embarcou num projecto pessoal, voltou à indústria em 2006 como gestor de produto na DLI, de onde passou para a SMC como account retail até chegar ao cargo actual: iberian retail manager. O novo agregador das comunicações


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montra

Um cheiro maduro Logo depois de lançar o Strictly Private, no ano de 2009, a marca Baldessarini começou a preparar-se para o lançamento de uma nova fragrância masculina – o Private Affairs. Este novo perfume foi criado a pensar em homens maduros e bem-sucedidos, resultando num aroma exótico, do qual fazem parte o couro, a tangerina, cedro de atlas e sândalo.

Paixão pela Primavera

Envolta no romantismo da estação, a Partie de Campagne lançou o novo mood Zilian in love pela Primavera, pensado para mulheres apaixonadas e que sonham acordadas. Desta colecção fazem parte peças com bases exageradas em madeira, cortiça trabalhada em silhuetas irreverentes e peles naturais que tornam cada modelo único.

Mil e uma noites A S.T. Dupont lançou uma nova colecção com edição limitada, em homenagem ao conto “Mil e uma noites: Aladino e a Lâmpada Mágica”. A colecção Magic Wishes contempla três canetas Olympio e um isqueiro modelo Ligne 2, peças com um design que nos remete ao fumo da lâmpada mágica, de onde surge o génio para realizar os desejos de Aladino.

Dias de praia criativos

A Undercolors of Benetton apresenta a colecção de sacos de praia Primavera/ Verão. Repletos de cor e com um design muito feminino, estes sacos da colecção Lovely vêm encher os dias de praia de criatividade e estilo.

Novo smartphone da Vodafone A Vodafone Portugal acabou de lançar um novo smartphone com sistema operativo Android — o Vodafone 858 — que sucede ao Vodafone 845 e o 945. Este smartphone com ecrã táctil de 2,8 polegadas vem equipado com a versão 2.2. (Froyo), permite o acesso às redes sociais e ao e-mail através de uma ligação 3G/HSDPA ou WiFi, possui ainda um sensor de proximidade, A-GPS, um câmara de 2 megapixeis e rádio FM. O novo agregador das comunicações

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O mundo à minha procura

Wanda Stuart

Chave de casa Não é bem um gadget mas é algo que tenta sempre trazer consigo. “É o passaporte para o meu mundo privado! Passo a vida a largar energia e depois tenho de voltar ao meu mundo, onde fico na minha!”

É cantora e actriz, o cabelo azul é a sua imagem de marca. Aos 43 anos, confessa que, apesar do “ar moderno”, a tecnologia às vezes ainda custa a entrar. No entanto, existem muitos gadgets sem os quais não se consegue passar. Faz parte da “primeira leva” de embaixadores da Optimus e, ultimamente, além dos espectáculos dentro e fora de Portugal, está a preparar o seu novo projecto: um álbum que promete ser “bastante surpreendente e com muita energia positiva”.

Tablet É o seu novo gadget, um Samsung Galaxy Tab ao qual ainda se está a acostumar. Afinal, “é preciso evoluir!” A internet chega-lhe através do Kanguru Inside, da Optimus

iPhone Depois de conhecê-lo, já não vive sem ele. O iPhone é aquilo que a liga ao mundo e que faz com que o mundo se ligue a ela. A cantora revela que este tipo de gadgets se mostra muito útil, não só a nível pessoal, mas também a título profissional

Depiladora Como passa a vida a viajar de um lado para o outro e precisa ter muito cuidado com a aparência, Wanda Stuart faz-se acompanhar de uma Silk Epil, da Braun, que até pode ser utilizada no banho. “Ainda bem que inventam estas coisas!”, comenta

Toshiba Seja para trabalhar ou para estar ligada ao mundo, Wanda não passa sem o seu computador portátil da marca Toshiba. A banda larga móvel Kanguru também é indispensável para poder estar online onde quer que seja 46

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Samsung Confessa-se uma “televisivomaníaca”; quando está em casa, tem de ter a televisão ligada nem que seja para voz de companhia. Não prescinde das notícias e gosta de todo o tipo de programas. Quando a filha não o esconde, não passa sem o comando do seu plasma Samsung

Microfone Diz que é o seu melhor amigo porque quando vai para palco é aquilo que lhe dá voz, ou pelo menos, a amplifica. São os microfones que a ajudam a transmitir energia e sensações às pessoas. A Shure é “a melhor marca desde sempre”

Sony Apesar de o iPhone ter uma óptima qualidade de gravação, utiliza uma Sony HandyCam HD para captar imagens dos seus espectáculos com mais definição e poder partilhá-las no Facebook e no YouTube O novo agregador das comunicações




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