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Este Jornal é parte integrante da edição do Expresso n.º 2114, de 4 de maio de 2013. Venda interdita.
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Degenerescência macular da idade (DMI)
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Uma doença que leva
à cegueira A DMI surge depois dos 50 anos. Quanto mais velha for a pessoa maior a probabilidade de ter a doença. Além da idade, a história familiar, a carga genética e o tabaco são outros fatores de risco comprovados. Fumar faz mal aos olhos e, especificamente nesta doença, aumenta o risco de cegar. Pág. 5
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Quase 50% dos portugueses são hipertensos
Pág. 2
7 de maio: Dia Mundial da Asma
Falta de ar e cansaço são sintomas de doença
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partilhamos o gosto pela Vida www.tolife.pt MKT 20-02-13 | toLife – Produtos farmacêuticos, S.A. | Av. Forte, 3 | Edif. Suécia III | Piso 1 | 2794-093 Carnaxide | Portugal | T +351 214 342 700 | F +351 214 342 709 | tolife.geral@tolife.pt | NIPC 506 698 599 | C.R.C. Cascais, sob nº 16 316 | Capital Social 2.436.740,00 euros
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2 | Jornal de Saúde Pública | 4 de maio 2013
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Pressão arterial deve ser medida pelo menos uma vez por ano
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Dia Mundial da Hipertensão
Quase metade dos portugueses são hipertensos A pressão arterial ótima deve situar-se nos 120/80 mm Hg, mas 42,2% dos portugueses têm valores acima dos considerados normais (140/90 mm Hg), ou seja, são hipertensos. Em vésperas do Dia Mundial da Hipertensão, assinalado a 17 de maio, o Dr. Fernando Pinto, presidente da Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH), chama a atenção para a importância de medir a tensão arterial com regularidade.
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uase metade dos portugueses tem novos muito menor a adesão ao trata a tensão arterial demasiado alta. mento e, consequentemente, menor o De acordo com um estudo realiza grau de controlo”, aponta o presidente do pela SPH, em conjunto com a Univer da SPH. sidade Fernando Pessoa, 42,2% dos por Fernando Pinto adverte para a im tugueses têm hipertensão arterial, o que portância de reforçar a necessidade equivale a mais de três milhões de pes de avaliar a pressão arterial em todas soas. No entanto, na última as visitas ao médico, inde década, a percentagem de pendentemente do mo doentes tratados (medica tivo de consulta e da es dos) praticamente duplicou pecialidade, para que se e mais do que triplicou o nú possa despistar precoce mero dos que têm a doença mente a tensão arterial ele controlada (casos em que a vada. “Sabemos que uma medicação é eficaz). única medição não faz o “É na população mais diagnóstico, mas uma me jovem (menos de 35 anos) dição anormal despoleta que o desconhecimento da o processamento de várias hipertensão é maior, sen medições para confirmar o do também entre os mais Dr. Fernando Pinto diagnóstico”, indica.
SPH assinala Dia Mundial com diversas iniciativas
E A população deve medir a pressão arterial com regularidade
E acrescenta: “A pressão arterial deve ser medida pelo menos uma vez por ano em pessoas saudáveis e com a pres são previamente normal e com mais frequência nos portadores de doenças crónicas.” O estudo revela também que o Alen tejo e o Algarve são as regiões com mais hipertensos. Os motivos que justificam estas diferenças regionais serão ana lisados com mais detalhe num futuro próximo. Porém, o presidente da SPH avança que provavelmente estarão rela cionados com dois fatores: a idade e o consumo excessivo de sal.
ste ano, o Dia Mundial da Hipertensão assinala-se em todo o mundo sob o lema “Pressão arterial saudável, batimento cardíaco saudável”. Em Portugal, a SPH vai registar a efeméride com a realização de múltiplas iniciativas, que vão desde rastreios, ações de formação (incluindo palestras e demonstrações de cozinhar com pouco/nenhum sal e provas de pão com baixo teor de sal, mas com todo o sabor) e distribuição de panfletos informativos à população em geral. Em Santa Maria da Feira (capital das comemorações deste ano), os jovens serão o principal público-alvo das atividades. O responsável alerta ainda para a im portância da adoção de estilos de vida saudáveis, principalmente as pessoas com hipertensão, que devem incluir na sua rotina medidas como uma alimenta ção equilibrada, reduzir o consumo de sal, manter o peso ideal, exercício físico regular, evitar o álcool e o tabaco, além do tratamento farmacológico.
Sem dor, nem cicatrizes
Joanetes com solução cirúrgica mini-invasiva Dr. Manuel Azevedo Médico ortopedista, Hospital da Lapa www.hospitaldala pa.com
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requentemente, não prestamos atenção suficiente aos nossos pés. Eles são fundamentais no equilí brio e locomoção do ser humano. A saúde e o bem-estar dos pés pode afetar o nosso dia-a-dia. Cerca de 80% da população ociden tal sofre durante a sua vida algum pro blema nos pés, sendo 50% deles graves e devendo ser avaliados por ortopedis tas. Os joanetes são provavelmente a pa tologia mais conhecida e frequente ao nível do pé. Hallux valgus ou hálux valgo, popu larmente conhecido como joanete, é um desvio do primeiro dedo do pé. É mais frequente na mulher do que no homem (9 em cada dez casos) e afeta
cada vez mais jovens. Não é um proble ma da terceira idade. Um médico, geralmente, consegue diagnosticar o joanete só de olhar, mas um raio x do pé pode mostrar um con junto de dados relevantes a um melhor tratamento. Procure uma consulta com um orto pedista se o joanete: continuar a causar dor, mesmo após cuidados tomados, como o uso de sapatos folgados; impe dir a realização das suas atividades ro tineiras; tiver qualquer sinal de infeção (como vermelhidão ou inchaço), princi palmente se é diabético. Se as queixas com o joanete piora rem, a cirurgia para realinhar o dedo e removê-lo pode ser eficaz, havendo dife rentes técnicas cirúrgicas de tratamento. Atualmente, há uma abordagem menos agressiva, denominada cirurgia mini-invasiva ou percutânea do pé, com muitas vantagens para o doente. A cirurgia mini-invasiva ou percutâ nea do pé é possível, agora, pela utili zação de novas tecnologias e instru mentos especificamente concebidos e aprovados para o efeito. Esta técnica permitirá o tratamento de uma parte significativa das deformidades do pé, atuando apenas sobre a zona afe
tada, através de pequenas incisões. Este método reduz-se a um ou dois orifícios minúsculos, através dos quais se fazem as devidas correções, quer a nível ósseo, quer ao nível dos tendões. • Vantagens da cirurgia mini-invasiva ou percutânea: 1. Sem internamento: regresso ao do micílio no dia da operação. 2. Anestesia local (troncular). 3. O doente sai da sala de operações caminhando. 4. Pós-operatório confortável, pouco doloroso. 5. Alteração menor da atividade diária. 6. Incisões mínimas, reduzindo a ocorrência de complicações. 7. Tratamento simultâneo das defor midades. 8. Sem colocação de parafusos, fios metálicos ou outros materiais. 9. Cicatrizes mínimas ou invisíveis.
A cirurgia mini-invasiva ou percutânea do pé é possível, agora, pela utilização de novas tecnologias e instrumentos especificamente concebidos e aprovados para o efeito. potenciando o aparecimento de com plicações. O doente não anda de imediato e ne cessitará de auxiliares da marcha (mule tas/canadianas), que utilizará por algum tempo, mais ou menos longo.
Este artigo tem o apoio: Ao contrário da cirurgia mini-invasi va ou percutânea, a cirurgia tradicional é efetuada com anestesia geral ou ra qui-anestesia, exigindo internamento. As incisões são de maior tamanho, intervenção óssea mais agressiva, com um pós-operatório mais prolongado e
4 de maio 2013 | Jornal de Saúde Pública | 3
Alimentos podem ser verdadeiras “armas” para a saúde
7 de maio: Dia mundial da asma
300 mil portugueses Há alimentos que reduzem necessitam de melhor eficazmente o colesterol intervenção para em apenas 3 semanas controlar a doença
os países ocidentais, as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte. Níveis elevados de colesterol no sangue são um dos grandes responsáveis pelo desenvolvimento destas doenças. Os dados em Portugal não são animadores. Sabe-se que cerca de 70% da população portuguesa adulta tem o colesterol elevado, ou seja, duas em cada três pessoas têm o colesterol elevado. A boa notícia é que reduzir o colesterol total e o mau colesterol é mais fácil do que imagina. Atualmente, a alimentação tem um lugar de destaque no campo da prevenção deste tipo de doenças. Exemplo disso são os esteróis vegetais. Está cientificamente comprovado que os esteróis vegetais reduzem ativamente o colesterol total e o colesterol LDL. Os alimentos enriquecidos com esteróis vegetais são considerados alimentos funcionais.
ça dos esteróis vegetais na redução do colesterol. Os alimentos enriquecidos com esteróis vegetais são adequados para todos os que necessitem de reduzir o colesterol total e o colesterol LDL (mau colesterol) e ficou comprovado que os alimentos enriquecidos com esteróis vegetais reduzem ativamente o colesterol, de 7 a 10%, em 2 a 3 semanas. Estudos demonstram que esta redução pode ser bastante superior se estes alimentos forem consumidos no âmbito de uma alimentação variada e equilibrada e de um estilo de vida saudável. Os esteróis vegetais não têm qualquer interação com os medicamentos, mesmo com aqueles que são indicados para a redução do colesterol. De qualquer forma, neste caso, deverá aconselhar-se com o médico, de forma a ajustar as doses. O reconhecimento destes alimentos funcionais na redução do colesterol e do mau colesterol é unânime e são largamente recomendados pelos profissionais de saúde. Várias instituições, a nível mundial, como a Federação Mundial do Coração, e europeu, como a Sociedade Europeia de Cardiologia, recomendam o seu uso destes alimentos. A Organização Mundial de Saúde estima que 80% das doenças cardiovasculares podem ser prevenidas com a
Estes são idênticos aos seus congéneres tradicionais, têm a mesma função, contudo, têm efeitos benéficos comprovados cientificamente por um grupo de investigadores da E.F.S.A. (European Food Safety Agency) e posteriormente aprovados pelas entidades reguladores da União Europeia. Mais de 85 estudos clínicos avaliaram a eficácia e a seguran-
adoção de uma alimentação equilibrada e um estilo de vida saudável. Fazer a escolha correta dos alimentos, apostar na variedade e adotar estilos de vida mais saudáveis são temas que estão na ordem do dia e em especial no Mês de Maio, conhecido pelo Mês do Coração. Aproveite este Mês de Maio para dedicá-lo ao seu coração!
Helena Cid Nutricionista
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A falta de ar e o cansaço são dois sintomas característicos da asma. O sucesso do tratamento desta doença inflamatória das vias respiratórias, que afeta 300 milhões de pessoas em todo o mundo, depende da prevenção precoce ditada por um diagnóstico também precoce. Segundo o Inquérito Nacional de Prevalência e Controlo da Asma, em Portugal, atinge mais de um milhão.
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e acordo com uma pesquisa coorambiente exterior ou interior dos edidenada pelo Dr. Mário Morais de fícios. “Para o doente alérgico, existem Almeida, presidente outras razões para os sinda SPAIC (Sociedade Portomas se manifestarem, tuguesa de Alergologia e agravando a problemática Imunologia Clínica), as tadestas afeções, ou seja, xas por 100 mil habitantes existem sempre respostas têm descido cerca de 19%, específicas e outras razoem 10 anos. Tal não se veavelmente inespecíficas, rifica na população mais como é o caso do tabaco jovem onde, aliás, é notória ou da atividade física, deuma estabilização. Um dos sejável, mas por vezes difíúltimos estudos indica que cil, se a patologia não estia asma atinge 12% dos mever controlada”, acrescenta nores. o presidente da SPAIC. Dr. Mário Morais de Almeida O arsenal terapêutico, Por isso, Rodrigo Alves assim como as medidas não considera importante dar farmacológicas, “permitem o controao doente um plano onde constem melo em mais de 90% dos doentes, restididas gerais (evicção de irritantes como tuindo-lhes a qualidade de o tabaco ou agentes ocupavida e evitando os elevados cionais e de alergénicos), a custos sociais e económiterapêutica de agudização cos associados à asma mal e o tratamento de controlo. controlada”, afirma o imuE salienta que a Norma de noalergologista Dr. RodriOrientação Clínica da Dirego Alves. ção-Geral da Saúde (DGS) Mas o especialista indisobre “Abordagem e conca que estudos nacionais trolo da asma” foi recentedemonstram que menos mente revista, refletindo as de 60% dos doentes têm regras do seu tratamento. a doença controlada. Ou Segundo o documento da seja, nas suas palavras, Dr. Rodrigo Alves DGS, “no seguimento do “cerca de 300 mil portudoente asmático, em todos gueses com asma ativa carecem, ainda, os grupos etários, tem que ser feita uma de melhor intervenção para controlar a avaliação do controlo clínico corresponsua doença”. Este facto é consequência dente às últimas quatro semanas antes do subdiagnóstico e do subtratamenda consulta”. to, mais frequentes nos grupos etários pediátricos e geriátricos, nos asmáticos com excesso de peso, nas classes socioeconómicas mais desfavorecidas e com menor grau de escolaridade. Depois de efetuada a avaliação do doente alérgico, o correto programa de abordagem para controlar a doença deve ir além da prescrição de medicamentos. “É importante identificar e evitar a(s) causa(s) das queixas”, frisa Mário Morais de Almeida. Dá como exemplo os alergénios do
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www.encontrosdaprimavera.com
Novo portal sobre cancro para público e profissionais da saúde O novo portal www.encontrosdaprimavera.com congrega informação detalhada sobre cancro. Apresentado de forma simples, criterioso, prático e positivo, está acessível a todos os cibernautas interessados, ao nível pessoal ou profissional, na área oncológica.
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português, foi conceLançado durante os Enbido por portugueses, contros da Primavera 2013, mas está disponível em o portal resulta num espaqualquer parte do mundo, ço de partilha, interação, à distância de um clique. reunião de saberes e expeBasta aceder a www.enconriências, tendo sido apretrosdaprimavera.com para sentado de forma simples, obter um sem número de incriteriosa, prática e positiformações fidedignas sobre va. cancro, sendo estas dirigidas “Na Internet, existem muitanto a leigos como a ententos sítios e muita informação didos num assunto que é um sobre o tema, no entanto, tanto ou quando delicado. Dr. Sérgio Barroso muitas vezes, encontra-se É por isso que a distorção dispersa, pouco adaptada à ou omissão de alguns aspetos pode fanecessidade do cidadão comum e nem cilmente induzir em erro, logo a decisões sempre é rigorosa do ponto de vista cienprecipitadas. tífico. O tipo, qualidade, quantidade e
adaptação da informação disponível são críticas para a obtenção do efeito positivo que se quer atingir com a disponibilização da informação”, comenta Sérgio Barroso, presidente do evento que se realizou entre 18 a 21 de abril, em Évora. “Acreditamos que uma população mais informada será uma população melhor tratada e esta é uma contribuição nesse sentido”, afirma Sérgio Barroso, adiantando ser essencial, para que a dita contribuição seja bem conseguida, a colaboração de profissionais qualificados, ligados a diversas áreas de conhecimento e especializados na área da saúde e comunicação com o doente.
Congresso Encontros da Primavera Dirigindo-se aos participantes dos Encontros da Primavera, o presidente deste evento dedicado à Oncologia, Sérgio Barroso, sublinhou o alargamento dos horizontes. Disse tratar-se agora de um novo espaço que engloba o congresso e o portal, no qual são depositadas enormes expectativas. Este encontro foi marcado pela multidisciplinaridade, não tivesse o objetivo de contribuir para a excelência da prática oncológica em Portugal, fomentando a formação dos profissionais do ponto de vista científico, profissional, pessoal e ético. O programa abrangente, na vertente médica e de enfermagem, foi elaborado de modo a facilitar a interação de conhecimentos e a criação de ligações entre os intervenientes, fundamentais para a prática e o desenvolvimento da Oncologia. Integrou, assim, temas atuais, consensuais e inovadores com outros menos comuns e controversos. Alguns dos te-
mas abordados foram: imunologia do cancro, terapêutica da dor, cuidados de suporte e cuidados paliativos e diversos tipos de cancro (mama, pulmão, pele, cancro do ovário, rim, próstata, pâncreas e colorretal, entre outros).
Numa fase inicial, foi pensado para ajudar a dar respostas às questões do dia-a-dia de quem, de forma direta ou indireta, lida com a doença oncológica. Mas a ambição com este projeto, que é definido por Sérgio Barroso como “ambicioso e determinado”, vai mais além. Ou seja, o objetivo será tornar-se numa referência na área do cancro, sempre numa lógica de “informar para melhor cuidar”, assim como estimular o doente a ser mais ativo em prol da sua saúde. Para isso, o presidente dos Encontros da Primavera frisa a importância de todos, nomeadamente através de opiniões, ideias, críticas e dúvidas.
Áreas do portal Encontros da Primavera - O que é o cancro - Informação estatística - Como lidar com a doença - Qualidade de vida - Como lidar com a dor - Alimentação - Exercício físico - Aspetos psicológicos e emocionais - Sexualidade - Papel da família, dos cuidadores e da sociedade - Cuidados paliativos - Reabilitação e Vida após a doença - Direitos e deveres - Perguntas frequentes sobre cancro
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Degenerescência macular da idade
DMI é principal causa de cegueira depois dos 50 A DMI, degenerescência macular da idade, é, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, a principal causa de cegueira depois dos 50 anos, nos países desenvolvidos. Em Portugal, existem cerca de 300 mil pessoas com as formas precoces da doença e 70 mil com formas avançadas (com risco de cegar).
“E
m Portugal, todos os anos surgem cerca de 3000 novos casos de DMI exsudativa (a forma mais grave) que deveriam ser tratados”, alerta o Prof. Rufino Silva, chefe de serviço no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e professor convidado da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.
podermos, por exemplo, ler, ver televisão ou conduzir. Rufino Silva indica que os sinais da DMI são detetados pelo oftalmologista quando observa a retina. “Os sintomas podem estar ausentes nas formas precoces da doença (a maioria dos casos)”, afirma, acrescentando, contudo, que estas formas podem evoluir para outras
De acordo com o oftalmologista, a visão distorcida é um sinal muito importante e que deve alertar para esta doença (linhas retas que ficam onduladas e imagens deformadas). “Deve-se avaliar um olho de cada vez”, diz, advertindo que uma pessoa com mais de 50 anos que note a visão distorcida num dos olhos deve consultar o seu oftalmologista. Existem dois tipos de DMI (exsudativa ou húmida e atrófica ou seca) e cada um deles tem distintas formas de evolução. A idade (mais de 50 anos), a história familiar, a carga genética e o tabaco são os principais fatores de risco. “Fumar faz mal aos olhos e especificamente nesta doença aumenta o risco de cegar”, alerta, sublinhando que as formas mais
A DMI pode originar perda da visão central
Visão normal
Segundo explica o oftalmologista, a DMI é uma doença que afeta a mácula – um tecido fino e sensível à luz que se encontra na parte central da retina e que nos dá a visão de pormenor para
Visão desfocada
mais graves, muitas vezes de “maneira súbita”. “No espaço de dias ou semanas, o doente pode deixar de ler ou, por exemplo, ver televisão com o olho afetado.”
graves da DMI são, sem dúvida, mais frequentes em fumadores. Só as formas mais graves de DMI dão perda de visão. “Uma pessoa, nessas circunstâncias, pode perder, por completo, a visão central, ficando apenas com uma perspetiva periférica e desfocada do mundo”, menciona. Rufino Silva salienta que quando os dois olhos são afetados, situação que pode suceder em cerca de 50% dos casos mais graves, o doente pode ficar im-
Nova opção terapêutica para formas graves da doença Só o médico oftalmologista poderá efetuar o diagnóstico de DMI, sendo que poderão ser realizados vários exames para caracterizar a doença e selecionar o tratamento. Rufino Silva refere não existir ainda tratamento para a atrofia geográfica (uma das duas formas graves da doença). Para as formas exsudativas ou húmidas (as mais graves), o oftalmologista refere que as injeções intravítreas de antiangiogénicos continuam a ser o tratamento de “eleição”. O especialista salienta, porém, que o aparecimento do aflibercept, um novo medicamento antiangiogénico introduzido recentemente para o tratamento das formas graves exsudativas, “poderá permitir espaçar mais os tratamentos sem diminuir a sua eficácia, reduzindo o número de deslocações dos doentes e a sobrecarga dos serviços”. Por outro lado, poderá possibilitar, igualmente, “o tratamento de doentes com má resposta a outros antiangiogénicos”. pedido de realizar tarefas quotidianas como ler, escrever, conduzir, distinguir os rostos das outras pessoas, ver as horas ou os números de telefone. “Em Portugal, existem cerca de 300 mil pessoas com as formas precoces da doença (na maioria, sem sintomas) e com formas avançadas (visão muito reduzida ou cegueira de leitura) teremos cerca de 70.000”, adianta o oftalmologista, mencionando que estes números resultam da extrapolação de dados internacionais (Holanda, EUA e Austrália). Está a decorrer, atualmente, um estudo epidemiológico, “o primeiro a ser realizado em Portugal”, na zona Centro do país (concelhos de Mira e Lousa), que possibilitará a existência de dados portugueses de prevalência da DMI.
Como diminuir o risco de DMI? Deixar de fumar é, segundo Rufino Silva, a medida mais importante para diminuir o risco de DMI. A exposição aos raios UV, o consumo exagerado de alimentos ricos em gorduras saturadas e colesterol ou o desprezo por uma alimentação rica em frutas e legumes poderão, de acordo com o especialista, “ter também algum papel no aparecimento da doença”. Adicionalmente, acrescenta, “o oftalmologista poderá prescrever vitaminas e antioxidantes em doses que reduzam o risco de vir a ter a doença nas suas formas mais graves”. Uma dieta rica em vegetais, fruta e peixe é fundamental. São alimentos recomendados, por exemplo, a couve, bróculos, espinafre, alface, kiwi, citrinos, sumos de fruta, tomate, cavala e atum. O Prof. Rufino Silva frisa que o doente pode ficar impedido de realizar tarefas quotidianas
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Mitos e nutrição Patrícia Almeida Nunes Dietista. Coordenadora do Serviço de Dietética e Nutrição do Hospital de Santa Maria
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alimentação é um dos fatores que mais influenciam o bem-estar físico e psicológico. Nesta altura do ano, intensificam-se algumas práticas alimentares, com o objetivo de retificar os erros cometidos ao longo do ano. As ideias erradas sobre a alimentação são exploradas por vários meios, pelo que se torna necessária a sua desmistificação. É importante ter noção de que uma alimentação equilibrada e saudável é aquela em que devemos comer de tudo, sem excessos nem carências. As representações gráficas, quer da roda dos alimentos, quer da pirâmide, são alguns bons exemplos práticos. Principais mitos alimentares: Hidratos de carbono e perda de peso
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O arroz, a batata, a massa e as leguminosas são considerados hidratos de carbono ou glúcidos de absorção lenta, isto é, a sua digestão é realizada lentamente, o que produz uma sensação de saciedade por mais tempo. Estes são fundamentais num plano alimentar saudável e que vise a adequada perda de peso, contudo, devemos comê-los em quantidades moderadas, pelo que a sua eliminação do dia-a-dia não é recomendada.
fundamental para fazer a escolha mais acertada. Esteja atento à quantidade de açúcar, de gordura e de calorias. Esteja especialmente atento às bolachas e aos iogurtes. As primeiras, por terem maior quantidade de fibra (“integrais”) ou afirmarem não ter açúcar, têm quase sempre maior quantidade de gordura (saturada, que promove o aumento do nível do colesterol), e continuam a ser uma fonte de outros açúcares, nomeadamente de mel, frutose, maltose, galactose, xaropes, entre outros, que também fornecem as mesmas calorias que o açúcar tradicional – a sacarose. E os segundos que, apesar de serem 0% de gordura, puderam ser uma fonte de açúcar, pelo que não se espante de encontrar iogurtes com cerca de 4 pacotes de açúcar… O melão tem muito açúcar O consumo diário de fruta é muito importante, devemos optar pelas frutas frescas e da época. As frutas são, de facto, uma fonte de açúcar, vitaminas, minerais e fibra. Estas agrupam-se de acordo com o seu teor de açúcar, as mais açucaradas são as uvas, os dióspiros, as bananas e os figos, sendo que a meloa e o melão são frutas com um teor baixo em açúcar e logo também de calorias. A água e os refrigerantes/sumos A água não tem valor calórico e deve ser a nossa bebida de eleição. Esta deve ser ingerida diariamente, pois, é essencial à vida. Os refrigerantes com ou sem gás, ou os sumos são, na maioria das vezes, uma fonte de açúcares simples, aditivos e calorias. O azeite não engorda
Pão, bolachas e tostas só integrais A fibra é fundamental numa alimentação equilibrada -- esta ajuda a regularizar o trânsito intestinal e a dar saciedade. A maioria dos produtos ricos em fibra é tão ou mais calórica do que os considerados “normais”. O pão com adição de sementes e frutos secos é mais rico em fibra e gordura, sendo esta uma gordura saudável, contudo, pode elevar o valor calórico do mesmo. No caso das bolachas e tostas, a escolha das “ricas em fibra” pode significar mais gordura (e, na maioria das vezes, pouco saudável) e, seguramente, mais calorias.
O azeite é uma gordura saudável, contudo, engorda tanto como as outras gorduras, pelo que deve ser utilizada em quantidades moderadas. Uma colher de sopa de azeite fornece cerca de 90 calorias!
Este artigo tem o apoio:
Os produtos light emagrecem
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A maioria poderá ser um engano e, por outro lado, podemos ser levados a pensar: ”Como é light, posso comer à vontade…” Desengane-se e esteja atento aos rótulos, a comparação lado a lado de produtos normais e light é
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4 de maio 2013 | Jornal de Saúde Pública | 7
Prof. Jorge Spratley apela ao diagnóstico precoce
Muitos casos de surdez podem ser prevenidos ou mesmo tratados
Em média, dois em cada mil bebés nascem com surdez congénita
bemos que, tal como acontece com outras funções do nosso organismo, com o enveuitas das situações de surdez lhecimento, há uma perda progressiva de podem ser preaudição, denominada presvenidas ou tratabiacusia”. das com sucesso, evitando a Ora, segundo o Instituto progressão para sequelas tarNacional de Estatística, em dias”, adverte Jorge Spratley, 2001, já havia 16% de cidasublinhando que o rastreio dãos com idade superior a 65 auditivo é uma ferramenta anos, com tendência para dumuito importante na deteplicar até 2050 o que revela “a ção precoce do problema magnitude do problema”. e consequente intervenção Os profissionais que trabamédica. lham em ambientes ruidosos O especialista avança que, fazem parte dos grupos de no Hospital de São João, no Prof. Jorge Spratley risco, nos quais a prevenção Porto, em média, dois em da agressão acústica é pricada mil bebés nascem com surdez congémordial. Contudo, “a exposição recreativa nita. Nas crianças que nascem com outros a níveis sonoros elevados, como a audição problemas médicos graves, a incidência é de música com auscultadores ou a utiainda mais elevada (2 em cada 100). lização de armas de caça sem proteção, Na população em geral, não existem podem, do mesmo modo, ser altamente dados específicos sobre a incidência da traumáticos”. surdez em Portugal. Contudo, indica, “saExistem também situações de surdez
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hereditária em que, explica, “as pessoas nascem com uma audição normal, mas, fruto de um determinado gene que se vai manifestar ao longo do tempo, há uma degradação auditiva progressiva”. Há ainda casos de perda auditiva adquirida por processos inflamatórios do ouvido, as otites, que, sendo muito comuns na infância, podem originar sequelas imediatas no desenvolvimento da criança ou, mais tardiamente, no adulto.
O grau de surdez pode variar entre o ligeiro e o profundo. Quanto ao tipo, pode classificar-se como neurossensorial, em que o órgão interno da audição (cóclea) está afetado, podendo surgir no período neonatal, com o envelhecimento ou através da exposição a traumatismos acústicos, entre outras causas. Chama-se surdez de transmissão quando a mesma está relacionada com uma obstrução do canal auditivo externo ou com as doenças do ouvido médio, como é o caso já mencionado das otites. A surdez neurossensorial pode ser corrigida através de próteses auditivas. Em casos mais severos e selecionados, Jorge Spratley indica que “pode fazer-se uma escalada terapêutica e avançar para dispositivos auditivos implantados no ouvido médio, ou até os implantes cocleares, uma técnica muito sofisticada, em que as funções das células do ouvido interno passam a ser substituídas por um elétrodo que é colocado dentro da própria cóclea”. Já nas situações de surdez de transmissão resultantes de otite média o tratamento é médico-cirúrgico e habitualmente muito eficaz. PUB
A audição desempenha um papel fundamental na comunicação humana. Contudo, algumas pessoas nascem surdas ou, numa fase mais tardia da vida, desenvolvem surdez. O Prof. Jorge Spratley, regente de Otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, alerta para a importância do diagnóstico precoce da surdez.
Porto acolhe Congresso de ORL O Hotel Porto Palácio é o cenário escolhido para a realização do 60.º Congresso da SPORL e o 2.º Congresso da Academia Ibero-Americana de ORL (AIAORL), que se realiza de 15 a 18 de maio. O evento, onde são esperados entre 500 a 600 congressistas, será, segundo o presidente da Sociedade Portuguesa de Otorrinolaringologista e Cirurgia Cervicofacial (SPORL-CCF), Dr. António Sousa Vieira, que este ano termina o seu mandato, “um congresso extremamente abrangente”, onde se procurará focar todas as áreas da Otorrinolaringologista (ORL) atual, “sem privilegiar nenhuma em particular”.
Dr. António Sousa Vieira
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