O líder é determinante

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Motivação

“O líder é determinante. É ele que tem de construir a estrutura, dinamizar, organizar um scoreboard , ser o responsável”. Este é um dos princípios que assegura o sucesso das quatro disciplinas da execução que o norte-americano Chris McChesney, veio explicar a Lisboa, à Happy Conference.

O líder é determinante

Briefing | Esteve em Portugal para participar na Happy Conference. Qual é o seu conceito de felicidade? Chris McChesney | Penso que há diferentes formas de felicidade. Temos felicidade com a família e nas relações pessoais, por exemplo, mas considero que um dos ingredientes que tem de estar presente é a realização. Se falar com as pessoas e lhes perguntar quando é que elas ficam mais satisfeitas profissionalmente a resposta tem mais a ver com realizção do que com dinheiro ou benefits. Perguntamos regularmente às pessoas qual o momento que elas recordam com mais agrado na sua carreira pro36

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fissional e elas falam nos tempos em que alcançaram o sucesso ou uma vitória. Briefing | Quais são as quatro disciplinas da execução? CC | A ideia é ensinar disciplina a uma equipa para atingir os seus objectivos, não se distraindo com o que está à sua volta. Fazer com que os seus trabalhadores estejam focados no que fazem é um dos grandes desafios das empresas. Portanto, a primeira é como conseguir focar as pessoas numa organização. Quando a equipa sabe o que tem de alcançar, surge a segunda disciplina: vantagem. Tem a ver com tudo aquilo que podemos medir e influenciar. Mui-

tas vezes é aquilo que a equipa já sabe que tem de fazer mas não está disciplinada para o fazer. Por exemplo, as crianças sabem que têm de fazer os seus trabalhos de casa e de estudarem mas saber realmente fazê-los é uma coisa completamente diferente. A terceira é saber como se motiva as pessoas e tem a ver com a realização de scoreboards. Depois de se definir um um objetivo e a forma como se chega lá, com a terceira disciplina temos de saber como se capta a atenção das pessoas, como elas entram no jogo. A quarta tem a ver com se joga esse jogo – ou sejam evitar as distrações e transmitir objetivos bem precisos à equipa. É tão

simples mas cada um deles é difícil de atingir por diferentes razões. Briefing | Pode dar um exemplo? CC | Quando é preciso que as equipas se foquem, temos de dizer não a boas ideias e as pessoas não gostam nada de dizer não a boas ideias. Briefing | Como é que “descobriu” estas quatro disciplinas e como é que se interessou por estas temáticas? CC | Gostava de ter o mérito de as ter descoberto mas foi o resultado de um trabalho de grupo e ninguém pode reivindicar a sua autoria. As primeiras investigações começaram em 2001/2002. Avaliámos www.briefing.pt


500 mil pessoas e centenas de organizações em todo o mundo. Reunimos uma grande quantidade de informação e chegámos a várias conclusões, tendo depois alcançado as quatro disciplinas que, no início eram diferentes do que são hoje. Passaram por todo um lento processo de metamorfose até chegarem ao que são hoje. Briefing | Como é que as quatro disciplinas podem ajudar os gestores a melhorarem as competências dos membros das suas equipas e os compromissos para com a empresa? CC | Penso que disse a palavra-chave quando falou em compromisso. Quando pensam em executar uma estratégia muitas pessoas começam a “visualizar” a melhor forma de “empurrar” a organização para atingir esse objectivo. Mas as quatro disciplina são sobre “puxar” e não “empurrar”. Os gestores ajudam as pessoas a entrarem no jogo, a realizarem os seus compromissos. Na realidade, em vez de lhe chamarmos as quatro disciplinas da execução poderíamos chamar-lhes as quatro disciplinas do compromisso. Briefing | São aplicáveis a todos os modelos de negócio e sectores? CC | Sim, quer para o sector público quer para o privado. As quatro disciplinas têm mais a ver com o ser humano do que com os modelos de negócio. Se o negócio não tem pessoas, eu não posso ajudar…Chegar à conclusão de que era tudo sobre pessoas foi um importante marco para nós pois tínhamos começado por pensar que era uma questão de modelo de negócio. As pessoas são tudo e o que é preciso é estudar a forma como as atraímos, como as “puxamos” e não como as “empurramos”. Briefing | Qual é a sua principal mensagem para os gestores e CEO portugueses sobre estas quatro disciplinas? CC | Tenho pensado nisso não www.briefing.pt

apenas em relação a gestores e CEO mas também em relação aos líderes – esta é a primeira vez que estou em Portugal e estou encantado com o país. A principal mensagem é esta: se você é um líder a coisa mais importante que pode fazer é criar um jogo que possa ser ganho pela sua equipa. Escolhi estas palavras com cuidado pois o líder é determinante. É ele que tem de construir a estrutura, dinamizar, organizar um scoreboard, ser o responsável. Mas se as pessoas não sentirem que estão a fazer parte de um jogo que pode ser vencido não o podem executar. Isso também se aplica ao Governo pois as empresas também têm de sentir que estão perante um desafio que podem vencer. Se o Governo não criar um jogo que possa ser ganho, as empresas vão para outro sítio, para onde podem vencer. Briefing | Como é que desenvolveu o seu interesse por estas matérias? CC | O Dr. Steven Covey escreveu um livro há 23 anos, “The 7 habits of highly effective people”, e fiquei com uma vontade de trabalhar com ele e até trabalhei durante cinco meses de borla, até que, finalmente, me contrataram. É um tema muito interessante e a execução tornou-se particularmente interessante porque reparámos que algumas companhias eram muito boas a terem ideias e tinham boas estratégias mas desagregavam-se porque ninguém aderia a elas. Concluímos que se fosse encontrada um solução para ajudar as empresas a lidar com este assunto, isso seria um bom negócio. Briefing | Como é que se põe a equipa a sentir que pode ganhar o jogo? CC | Quando começámos o nosso trabalho nós ensinámos os consultores da Franklin Covey a treinar as equipas mas não resultou muito bem. Mudámos de estratégia e começámos a trabalhar apenas com o líder. É ele que fica com todas as ferramentas para ensinar a equipa.

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