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Trajetória até o tema
O meu interesse pelo planejamento urbano veio desde cedo, e se intensificou na graduação. A possibilidade de melhorar a qualidade da vida urbana a partir de uma escala maior, como a do planejamento urbano, sempre chamou a minha atenção. Em seguida veio o interesse pela mobilidade urbana, a relação de direito à cidade ligada com a mobilidade. Uma parte do planejamento que, infelizmente, muitas vezes é pensada de maneira rasa, sem conexão com as outras. A mobilidade urbana, principalmente se construída com uma visão generalista e integrada com o restante do planejamento urbano, tem a oportunidade de impactar positivamente uma cidade. Ela permite o direito e o acesso à cidade, e uma qualidade de vida aos habitantes da cidade. Durante a graduação, nas discussões sobre planejamento urbano foram apresentadas as questões das cidades pequenas. Estas que são maioria, tanto no país como na região do Oeste Paulista, eram destacadas nas discussões. Infelizmente nem sempre um planejamento de qualidade chega até essas cidades e elas acabam perdendo a sua importância aos olhos de muitos, principalmente da academia. Apenas recentemente que a área do planejamento urbano voltou seus olhos das metrópoles e grandes centros para as pequenas cidades, que merecem a mesma atenção que os outros na hora de serem planejadas. Cada uma possui sua importância, e seu funcionamento específico, e devem ser analisadas, diagnosticadas e planejadas com o mesmo afinco que as cidades grandes. Todos esses interesses se reuniram neste trabalho e se conectaram com o recorte escolhido, a cidade de Presidente Epitácio. Esta cidade esteve presente na minha vida desde sempre, e neste momento ela se mostrou o recorte perfeito para o tema. Uma cidade de porte pequeno, e com características interessantes para trabalhar as problemáticas necessárias quanto ao planejamento urbano em cidades pequenas e a mobilidade urbana. A partir dessas problemáticas mais uma questão foi levantada: Como pensar a cidade de uma forma diferente do planejamento urbano tradicional? Este tipo de pensamento também é resultado das diferentes discussões e formas de projetar, tanto a escala da arquitetura quanto a do planejamento, que a academia me proporcionou. O curso trouxe uma bagagem ligada a escala do usuário, que junto com alguns autores como Gehl e Speck, e a apresentação de uma metodologia apresentada pela equipe do Projeto Temático (modalidade da FAPESP) sobre fragmentação socioespacial - FragUrb, resultaram em um trabalho voltado às pessoas. A partir daí toda construção do trabalho se voltou a ter as pessoas como foco, como um ponto chave para construção do planejamento urbano e da mobilidade.
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