A VIDA SOBRE RODAS
1
EM TRÂNSITO:
2
3
Universidade Federal de Pelotas Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Trabalho Final de Graduação I Acadêmica: Bruna da Rosa Mendes Orientadora: Dra. Celina Brito Correa Pelotas, novembro de 2018
4
[01]
Abrigo é apenas um dos significados de habitar, na verdade o habitar seria um suporte existencial, o objetivo da arquitetura, construído a partir da conexão entre o meio, a percepção e o simbolismo.
5
(Noberg-Schulz)
SUMÁRIO:
01
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
APRESENTAÇÃO OBJETIVO JUSTIFICATIVA
03 O USUÁRIO PESQUISA
11 12 13
02 CONTEXTO
CONTEMPORANEIDADE HISTÓRICO A MOVÊNCIA arquitetura móvel SOBRE RODAS A ESPETACULARIZAÇÃO
17 18 20 23 28 34
39
6
04FABRICAÇÃO VISITA À FABRICA
49
05
ANÁLISE REFERENCIAL
PROJETOS REFERENCIAIS
55
06ANTROPOMETRIA ANTROPOMETRIA
07 PROPOSTA
DADOS TÉCNICOS PROG. DE NECESSIDADES FLUXOGRAMA ORGANIZAÇÃO ESPACIAL CONCEITO ESTUDOS ENCAMINHAMENTOS
83
89 94 96 97 98 99 108
08 REFERÊNCIAS
09ANEXOS
Questionário Automóvel obj arq
117 118
111 112
7
REFERENCIAL TEÓRICO LISTA DE IMAGENS
8
9
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
10
APRESENTAÇÃO: Projetar uma moradia itinerante foi uma ideia que surgiu a partir de uma palestra sobre a Casa-movente [A1∞[, dissertação de mestrado da professora Helene Sacco. Conhecendo melhor o trabalho da casa-movente fiquei mais interessada nas questões relativas ao estatuto da construção do lugar no mundo contemporâneo e percebi que os questionamentos trazidos por ela enquanto artista eram também inquietações minhas. Assim, vi no trabalho final de graduação a oportunidade de pesquisar sobre o tema e também por em pauta a importância da valorização de outros tipos de arquitetura, incentivando que cada vez mais se façam trabalhos finais de graduação com propostas de arquiteturas não-tradicionais.
11
Também por entender essa etapa da nossa formação como uma fase de descoberta de identidade busquei um tema que estivesse alinhado com minhas buscas pessoais e proporcionasse uma experiência desafiadora como último exercício de projeto acadêmico. Por isso, e por infinitos motivos que não me ocorrem agora, proponho a criação de uma motor-casa, uma residência autônoma e sobre rodas.
OBJETIVO: Como objetivo dessa etapa do trabalho busca-se entender alguns aspectos da contemporaneidade e do morar na estrada a fim de criar um projeto de uma motor-casa. Utilizando-se dos conceitos de criação de lugar, ergonomia, arquitetura portátil e dos relatos de pessoas que vivem na estrada busca-se fundamentar a pesquisa e o projeto apresentado a seguir, também propondo a reflexão sobre as dualidades que surgem com esse outro modo não apenas de moradia, mas também de vida. Quanto ao projeto arquitetônico, busca-se pautar no design industrial e também na arquitetura efêmera, visando fazer dessa uma estrutura de material leve, forma que facilited o deslocamento e com possibilidades de extensão do espaço interno. Pensar em como aliar autonomia, baixo peso, forma e conforto em um espaço mínimo são alguns dos desafios a serem resolvidos ao longo desse ano de trabalho, entendendo esse como um exercício e uma oportunidade única de elaboração desse tipo
12
de projeto.
JUSTIFICATIVA: Largar tudo e ir viajar é uma ideia que permeia os sonhos utópicos de algumas pessoas, porém existe uma parcela da população que leva a sério os impulsos de se desprender de um lugar e de fato alia moradia com a movência. Para entender os diversos modos de vida e novas necessidades no morar dentro do universo de pessoas que vivem além dos limites de um sítio fixo foi necessário muita leitura sobre o tema antes da decisão de abordar essa questão sob a ótica da arquitetura. Muitas pessoas praticam no seu veículo a autoconstrução a partir de relatos e das próprias experiências constroem e adaptam suas casas em veículos já conhecidos, especialmente a kombi. Com isso percebe-se que apesar de funcionais muitas das soluções não são seguras ou simplesmente não tem as questões ergonométricas ou estéticas levadas em consideração, mesmo quando projetadas em empresas especializadas dificilmente tem a presença de um profissional de arquitetura e urbanismo no acessoramento.
13
Por isso um projeto pensado a partir da ótica da arquitetura e do urbanismo pode ser muito útil enquanto uma ideia para as pessoas que pretendem modificar algum veículo e transformá-lo em moradia.
14
[02]
15
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
16
VIDA E SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA para o consumo, não só de bens, mas tamém de religiões, trabalho e relações interpessoais superficiais. Conforme Canevacci (2005) atualmente não existe mais o indivíduo, mas sim o multivíduo, não mais indi de indivisível, mas sim multi e complexo, essas novas identidades são mais fluídas e transitórias. As pessoas passam a se culpar pela sensação de infelicidade invés de apenas senti-lá. A busca pela felicidade apresenta-se de maneira sofrida e como uma obrigação, mesmo que essa sensação seja por instantes, o essencial é a intensidade daquele único momento, como afirma Baurman. Dessa forma podemos perceber que as necessidades quanto ao habitar, trabalhar e viver também sofreram alterações e a proposta desse trabalho é justamente estudar e entender esse movimento.
17
Zygmunt Bauman nos traz reflexões a cerca da sociedade contemporânea e suas transformações através da relação ao tempo, espaço e indivíduo. Em suas obras, Bauman trata a evolução da sociedade de produtores que era pautada em segurança e estabilidade para um modelo de sociedade mais instável, com multiplas identidades, consumista e líquida. Vive-se a era do fim dos padrões e das certezas, que busca se distanciar dos tipos tradicionais de ordem social. Outro contraponto é que se antes os bens duráveis traziam segurança para a sociedade dos produtores que tardavam a desfrutar o prazer, hoje a sociedade dos consumidores tem necessidade de imediatismo e isso percebe-se através da transformação da relação dos consumidores e dos objetos de consumo. Longe das certezas e da estabilidade a busca é por si mesmo. A completude momentânea impulsiona
[03]
0 HISTÓRICO
18
Devido a uma necessidade de novas oportunidades relativas ao cultivo de terra e criação de animais, possivelmente no fim da era glacial, ocorreu a divisão de nômades e sedentários, segundo Careri (2005). A partir disso podemos assumir uma generalização quanto aos sedentários serem os habitantes das cidades e grandes construtores do mundo e os nômades como habitantes de espaços vazios e formadores de uma anarquitetura. [04]
Conforme Careri (2005) a existência da lenda de Caim e Abel demonstra essa divisão entre o Homo Faber, que seria o materializador de um universo artificial e o Homo Ludens que atua e muda o seu entorno. Na lenda, quando
Caim, detentor da terra, trabalhor e constutor, é condenado à condição de errante como consequência de matar o irmão Abel que era detentor dos seres vivos e queria o direito de utilizar dessa terra, coloca-se a condição de errância como algo negativo, sempre atrás de alimento pois está em terras inférteis. Assim, percebe-se que desde esse tempo já havia um preconceito com esse viver nômade. Segundo Sacco (2009), esse nômade, Homo Ludens, remete ao modo de viver trazido pelos Situacionistas como alguém que constrói algo efêmero que relaciona a natureza e a vida. Quando o nômade chega na cidade ele encontra com o sedentário e nesse encontro se dá a troca e a novidade, como as feiras, as tribos nomades e o circo. A partir do séc. XVIII, ao se expandir a indústria e o comércio, surgem os aventureiros, cavaleiros andantes que seguem sem rumo definido, assim como os piratas. Nesse período poucas mulheres participavam dessas viagens. Conforme Walter Benjamin (1994) o habitar é inicialmente uma espécie de casulo, de proteção, e essa sensação de proteção variou conforme o passar do tempo, especialmente do século XIX quando criaram muitos utensílios domésticos,
[05]
bitar, de maneira acelerada e de fácil substituição, baseada mais na moda vigente do que no bem estar. A partir dos anos 90, já na pós-modernidade percebemos uma tendência à mescla do espaço doméstico e de trabalho, promovida, também, pelo aumento da tecnologia e da insegurança que favorece que muitas atividades sejam feitas através da internet, dimensão que une todos instantaneamente em qualquer lugar geográfico do planeta.
19
para o século XX que propôs uma vida menos dentro de casa com seus apetrechos e mais fora aproveitando a luz do dia ao ar livre. O autor ainda brinca que com isso as dimensões do habitar se reduziram, para os vivos com os quartos de hotel e para os mortos com crematórios. Percebemos então que com a modernidade temos uma reordenação nas formas de viver baseadas numa família-tipo, onde já aparecia também à forma individual de viver: o individuo que vive só, conforme Sacco (2009), assim as cidades modernas são organizadas por zonas de trabalho, zonas residenciais e zonas industriais. Condomínios fechados visando a segurança e assim novos mobiliários e carros para que o individuo circule superficialmente por entre os espaços. Então, objetos que antes eram fundamentais passaram a ser substituidos por outros, esses objetos são transformados pela mesma lógica que nos traz a forma de ha-
[06]
A MOVÊNCIA Conforme Sacco (2009), uma casa-movente propõe estacionar e criar raízes provisórias nos lugares, uma movência mais intensiva ao se colocar como um lugar-outro, um lugar para pensar o lugar, um lugar crítico. Abre espaço para uma reterritorialização, cria um ‘’em casa’’ nessa experiência mais intima com o local. Demonstra uma visão da vida como experiência estética e poética.
20
(helene Sacco) A movência e a transitoriedade, reflexos de um pensamento nômade sobre o habitar, o espaço e o lugar, caminhando mais no sentido de uma sensação de re-singularização de subjetividades individuais e coletivas, um dos caminhos da construção, conforme Guatarri (1997) que fala que os espaços
construídos ganham dimensões além das estruturas visíveis e funcionais, tendo também um sentido mais abstrato. Pensar em uma casa itinerante é refletir as relações estabelecidas entre objeto, ser humano e casa e, segundo Sacco (2006) uma ‘’consequências de uma fragmentação da experiência no meio urbano, FORMAÇÃO DE UM LUGAR ‘’. O espaço e o lugar não devem ser confundidos. O espaço é indiferenciado e ao se transformar e ganhar um definição e um significado passa a possuir valor e então a ser um lugar. E os lugares, segundo TUAN (1983) são ‘’centros aos quais atribuímos valor onde são satisfeitas as necessidades biológicas de comida, água, descanso e procriação”. Porém o espaço também está vinculado com a dimensão temporal, além das três dimensões da perspectiva e nesse caso da arquitetura, temos também o deslocamento sucessivo do ângulo visual que seria o tempo, tornando-o assim uma quarta dimensão. Para TUAN (1983) o tempo e o lugar tem relação inicialmente da nossa relação com o mesmo, pois o vínculo e consequentemente a relação aumentam quanto maior o tempo em que vivemos nele. Porém o lugar também seria uma parada para descanso dentre essas
lar, os ventos, a temperatura do ar, a umidade do ar, as precipitações, os odores naturais, os sons naturais e etc. A pessoa à medida que se move, seu corpo explora o ambiente espacial, e usufrui para as suas atividades e estabelece uma comunicação perceptiva. Concede valores e significados, apropria-se do espaço e o guarda em sua memória. Vivendo em uma residência itinerante os atributos ambientais estão sujeitos a variação e então temos mais de um lugar com os mesmos elementos residência + usuários. ao longo do dia o ambiente visual de um espaço se modifica em razão da variação da luz; o movimento do corpo e a percepção cinestésica são regidos também em função do espaço disponível e percorrido (física, visual, acusticamente, e etc) e do tempo necessário para a execução destas tarefas; Quanto à essência no sentido originário do lugar os gregos entendiam que cada lugar possuía a sua identidade, o seu stabilitas loci, então percebemos que a unidade de residência possui uma essência, porém com a variação do entorno, temos uma instabilidade no que tange a identidade dessa unidade. O objeto também tem uma essência e qualidades que lhes são atribuídas, porém a essência não é a coisa em si ou a qualidade, mas sim o ser da coisa ou da qualidade, é o que permite distingui-la de todas as outras. Por isso se faz
21
necessidades que ele busca satisfazer e também o lugar relacionado à lembrança, as memórias. Assim, como um lugar pode ser definido através dessa identificação e história, um espaço que não tem relação ou identidade passa a ser um não-lugar que seria uma qualidade negativa, a ausência do lugar em si mesmo e conforme o antropólogo Augé a supermodernidade é produtora desses espaços. Com isso temos de um lado o lar/ residência enquanto espaço personalizado e de outro os espaços públicos de rápida circulação como rodoviárias, supermercados, grandes redes de hotéis ou pelos meios de transporte. No universo dos lugares existem alguns tipos deles, a casa seria como o nosso espaço no mundo, o lugar de referência e dentro dela podemos ter um ou outro canto especial. Sem os atributos humanos esse lugar é apenas um espaço onde os atributos espaciais e ambientais agem. Esses atributos espaciais são referentes ao espaço tridimensional, vistos por uma ótima mais morfológica. A forma, o volume, as áreas além das características físicas dos planos e elementos quanto à cor e à textura. Já os ambientais são referentes às características climáticas do espaço. latitude, longitude e a altitude onde está a região, a quantidade e a qualidade da luz natural, a caracterização do céu, a orientação so-
22
importante à criação de identidade nos projetos. Temos assim, depois de uma experiência pessoal esse foco no corpo passa para outra escala, rumo ao abrigo no mundo, além dessa casca de proteção. Repensa as formas de habitar e a maneira de explorar
o meio urbano, não utilizando-se de uma arquitetura experimental, mas sim uma proposta construtiva, mas uma estrutura transformável conforme as atividades experimentais dos usuários, de acordo com Sacco (2006).
ARQUITETURA MÓVEL tar foi usada diversas vezes em favor de movimentos contraculturais, e como maior exemplo do século XX temos o coletivo Archigram que faz oposição ao formalismo superficial da Grã-Bretanha e então projevam alternativas móveis para residências, cidades e outros equi-
pamentos utópicos.Também [08] surgem outros grupos como o Archizoom e o Superstudio que era um movimento em favor da responsabilidade social dentro dentro do design, anti-consumista. Nos anos 60, Michael Webb e David Greene desenvolveram o Drive-in housing para refletir a relação da casa com os meios de transporte.
23
Segundo Mervis (2016) a arquitetura pop-up seria uma experiência onde arte enquanto instalação e o design não tem barreiras, extrapola os limites propostos pela arquitetura tradicional com seus planos muito bem elaborados de uso. A arquitetura nômade é pioneira da arquitetura móvel, mas difere-se dessa pois está mais relacionada ao habita e o abrigo mesmo que seja uma derivação da mesma, conforme CALAPEZ (2013). A arquitetura pop-up aumenta o engajamento do local onde está inserido e apesar de temporário pode ser instrumento de mudanças. Os primeiros exemplos aparecem em 58 a.C. em Roma como forma de protesto para poderem encenar e fazer festivais, pois apesar da sua impermanência as estruturas podem ser grandes e ornamentais. Já na renascença a arquitetura temporária é retomada e então ocorre a elaboração de projetos de arcos e outras estruturas feitas para ocasiões especiais. [07] Por consequência da sua efemeridade tem um tom experimental e suas formas tendem a ser pouco convencionais ou extravagantes, como a Torre Eiffel. A facilidade de montar e desmon-
[09]
Outro projeto relevante foi o Free Time Node, de 1967, uma proposta para uma expansão ou contratação de serviço caravanas, como estrutura projetada para uma sociedade que se fixa poucos dias para trabalhar e depois se desloca novamente para outro lugar. Assim podiam transmitir a ideia de movimento, mobilidade e constante mudança.
guerra mundial. Inicialmente esses ‘‘estacionamentos’’ proporciona-
[11]
24
[10]
Esses arquitetos se consideravam ‘’arquitetos de papel’’ e utilizavam o design pop-up e móvel para expressar ideias contraculturais, ao mesmo tempo essas ideias também foram utilizadas por grandes empresas que visavam divulgar seus produtos para as massas. Nessa área também destaca-se a atuação de Krzysztof Wodiczko, que projetou abrigos feitos com materiais recicláveis, de baixa tecnologia e baixo custo, materiais esses que podem ser encontrados nas ruas ficando esses abrigos ao alcance dos mais necessitados. Os trailer parques americanos foram criados para a classe operária que procurava trabalho junto das fabricas durante e após a segunda
vam o lugar para as casas-móveis que eram uma opção para a populaçãopor ser uma construção de baixo custo. Nestes parques, a célula habitável encontra o seu lugar numa porção de terreno onde pode encontrar um conjunto de infra-estruturas de [12] apoio.
Conforme PAZ (2008) na arquitetura é comum a construção fundir-se
(Daniel Paz) ele é destruído pelo homem, quando ele se destrói por processos naturais ou quando ele é retirado do local. Então, para a configuração ser transitória, ou o objeto é provisório em sua própria constituição ou ele é nômade. Segundo PAZ (2008), quando existe a constância do elemento construído, como o caso do presente trabalho, não podemos classificar tal elemento como arquitetura efêmera, mas sim arquitetura móvel. Para esse modelo de arquitetura identificamos três táticas no que diz respeito ao transporte: partição, compactação e rigidez.
Partição – objeto dividido em peças menores Compactação – supressão dos espaços vazios para o transporte Rigidez – o objeto se solidifica como uma peça inteira É usual que algumas estratégias sejam utilizadas em conjunto para facilitar o transporte.
(Adolfo Natalini) Os ambientes efêmeros são constituídos por objetos e por elementos que não são necessariamente arquitetônicos pois não abrigam dentro de si atividades humanas. O grupo Archigram com o projeto Living 1990 (1967) já fazia especulações a cerca do futuro do domicílio, apontavam para a crescente importância dos aparelhos eletrôni-
25
com o lugar porém o que faz uma arquitetura efêmera é a sua associação com algo temporário, de uso transitório, não está nos seus materiais ou na durabilidade potencial desse objeto, mas sim da sua durabilidade real. Um objeto arquitetônico está temporariamente em um lugar quando
26
cos, não somente como utensílios eletrodomésticos, mas no próprio condicionamento do ambiente. O mesmo vale para ambientes provisórios e abertos. Em ambientes transitórios tem-se as unidades de infra-estrutura portátil. Elas somam ou transformam a energia e matéria: geradores elétricos, caixas d’água, umectadores, refrigeradores, entre outros. Gerando uma espécie de autosuficiência temporária e ao mesmo tempo duradoura o suficiente para a demanda do evento ou quando adaptada a rede preexistente. Segundo PAZ (2008) a construção de um ambiente efêmero se concentra em objeto arquitetônico, sistemas construtivos e infra-estrutura portátil e rompe com um fazer arquitetônico tradicional onde temos a obra como uma unidade. Inicialmente temos uma concepção do objeto arquitetônico que pode ser desmontável, compactado ou inteiriço ou até um arranjo de um sistema construtivo de fácil montagem. Além disso temos elementos esparsos que são os pisos, a parede, cobertura, todas podendo variar em materialidade sendo por exemplo, um chão de tapete, uma parede de corda e um teto de lona ou até mesmo guarda-sóis. Podemos então entender esses ambientes efêmeros como composições de cobertura, semi-fechamentos, pisos e recintos fechados. Ainda conforme PAZ (2008) não devemos entender a arquitetu-
ra efêmera como exótica ou que transcende o convencional, pois temos exemplos cotidianos como as cabines de banheiro público ou a feira de rua. Devemos ver a ar-
[13]
quitetura efêmera como uma arquitetura que requer adaptações dentro do pensamento lógico de fazer o espaço construído, pois na verdade a diferença é que em uma arquitetura sedentária temos a antecipação na resolução dos problemas e ainda assim esse modelo tradicional corre mais o risco de ser uma não-arquitetura e ter apenas a função de vedação por produzir um esvaziamento do seu papel e perda do poder de síntese. Conforme KRONENBURG (2002) a arquitetura móvel pode se subdividir em três tipos: móvel, pré fabricada e modular. A móvel é uma peça única e pode o ou não ser incorporada a sua estrutura base, já na pré fabricação os elementos são transportados separadamente e facilitam sua montagem no local de implantação, já na terceira é quando a estrurua é facilmente transpor-
[14][15][16]
27
tada mas exisge um processo mais complexo do que na pré fabricação. Além das três categorias apresentadas por Kronenberg conforme CALAPEZ (2013) também devemos ocnsiderar as categorias extensiva e pneumática. A construção modular também tem interferência do modelo pré-fabricado, sua mobilidade é garantida pelo transporte que pode ser terrestre, maritmo ou aéreo. Esses módulos desde a chegada no local já estão adequados para o seu uso mesmo que venha com a anexação de outros elementos. Dentro dessa modalidade podemos ter o grupo de módulos completamente equipados e que funcionam de modo independente ou unidades que ao se juntarem com outras formam um edifício final. Quanto aos materiais os mais utilizados são madeira, aço, painéis metálicos de plástico ou de outros polímeros.
ABRIGO SOBRE RODAS: invenção da roda há 6.000 [17]
[18]
[19]
28
[20]
[21]
[22]
[23]
[24]
29
[25]
[26]
30
[28]
[27]
FORMAS ARREDONDADAS E AERODINÂMICAS PARA TRAZER O MOVIMENTO [29]
[30][31]
[33]
[34]
31
[32]
[35] [36]
32
[37]
CONTEXTO LOCAL BOLANTA:
[38]
33
Casa volante construída de madeira que pode ser transportada por tratores ou caminhão. Muito utilizada para acomodar trabalhadores da lavoura na região sul do país. Geralmente, é apenas uma peça sem nenhuma infraestrutura, como por exemplo, sanitário.
A ESPETACULARIZAÇÃO
34
O texto à baixo é baseado no texto: Breve histórico da Internacional Situacionista escrito por Paola Berenstein Jacques A questão da espetacularização das cidades contemporâneas trás a tona um movimento de micro-resistência que seria a experiência urbana no sentido corporal de ser. Essa experiência é estimulada pelas errâncias urbanas e produz diferentes corpografias. Essas corpografias seriam o resultado de uma cartografia realizada pelo corpo e também no corpo, a memória e o registro da experiência na cidade que permanece e também configura o corpo do usuário. A questão da espetacularização pode estar relacionada com a redução da participação das pessoas na experiência corporal das cidades, ao mesmo tempo que essa redução de experiência urbana causa a perda de corporeidade e esses espaços urbanos acabam sendo apenas cenários, não sendo lugares. Pensar na reapropriação desses espaços públicos a partir de uma outra ótica seria então uma tentativa de reativar essa conexão cidade-corpo visto que a cidade deixa de ser apenas um cenário e começa a ser praticada por esse morador-nãomorador que temporariamente tanto traz suas história quanto se abre para a cultura e a vida local. O veículo-casa nesse contexto parado na cidade passa a ser um ele-
mento a mais nessas interações cotidianas. A cidade é lida pelo corpo como conjunto de condições interativas e o corpo expressa a síntese dessa interação descrevendo em sua corporalidade, o que passamos a chamar de corpografia urbana. A corpografia é uma cartografia corporal (ou corpo-cartografia, daí corpografia. Esse projeto visa colaborar para diversas corpografias, não apenas dos usuários da motor-casa como também os residentes das cidades onde a casa está pois a sua presença causa também uma experiência urbana. Recorrente a casa-carro chama atenção de quem passa, atraindo
[39]
olhares e fotografias de quem foi surpreendido pelo inusitado. Também chama atenção, no tema de corpografias, que apartir desse estudo de movimentos e gestos do corpo decifra-se essa corpografia
a essa espetacularização urbana. A corpografia seria uma forma de psicogeografia. Pensar a errância como oposição a um método que seria o modelo tradicional proporciona uma vivencia mais relacionada com as práticas, ações ou percursos, que tem bastante relação com quem opta por viver a vida itinerante, sem raízes e aberto para as experiências e desvios do caminho. Consideremos então o usuário da casa itinerante como um ser errante, que não apenas vê as cidades de fora, como também faz delas seu percurso e seu fim e experimenta-as de dentro. São, conforme nos diz Certeau em A Invenção do Cotidiano, os que vivenciam a cidade de dentro, os praticantes ordinários da cidade ou que veem a cidade ‘’em baixo’’ da vista aérea dos urbanistas. Dessas pessoas vem o conhecimento espacial de quem vivencia, possuem um saber subjetivo. Dentre as individualidades da[40]
35
e hoje, com a tecnologia que também afasta o usuário da vida na cidade e causa essa diminuição de relação cidade/ser, temos nos dispositivos móveis os registros de todos os percursos seja do dia-a-dia ou de uma viagem, e isso também pode ser aproveitado para reflexões sobre o urbanismo, quais os lugares e quem os frequenta. Conforme Jacques (2008) os estudos corpográficos auxiliam na compreensão das questões corporais resultantes da experiência no espaço, bem como auxiliam a assimilar pré-existências espaciais que ficam no corpo através das experiências urbanas, prática estimulada pelas errâncias. Apesar dos usos previstos pelos profissionais que fazem o urbanismo são os usuários que se apropriam e legitimam os espaços. Chegamos então em um ponto interessante, existem nas cidades os locais menos espetacularizados e nesses espaços é onde surge uma corpografia de resistência ao experimentar um desses locais, muitas vezes involuntariamente, consequência da errância. Além disso, pode-se (além de levar no corpo) ilustrar, mapear e registrar essas experiências, outro ponto recorrente dentre os residentes dessas casas moventes. Análogo ao que os situacionistas propuseram como uma oposição ao espetáculo, através da psicogeografia, a deriva, as ideias de errância também são uma resposta
36
experiência urbana cotidiana podemos identificar algumas características que são recorrentes, sendo elas o perder-se, a lentidão e a corporeidade. Essa busca não-busca é, em oposição ao urbanismo com seus planos e mapas, uma desorientação em relação a educação do urbanismo e sua orientação. Sobre a lentidão percebemos mais um afrontamento, a negação do ritmo veloz da sociedade contemporânea. No processo de perder-se também existem relações de temporalidade que marcam a orientação, desorientação e reorientação, bastante relacionado a territorialização, desterritorialização e reterritorialização, o desterritorializar enquanto momento de passagem entre um e outro, seria a itinerância. A própria questão de ser um corpo errante já causa uma lentidão pois quando perdidos estamos atentos. Para Deleuze e Guattari, a lentidão não seria, um grau de aceleração ou desaceleração do movimento, mas sim um outro tipo de movimento: “Lento e rápido não são graus quantitativos do movimento, mas dois tipos de movimento qualificados, seja qual for a velocidade do primeiro, e o atraso do segundo”. Quando Milton Santos fala sobre esses homens lentos ele trás uma questão bastante pertinente, que o errante urbano faria essa lentidão voluntária, porém, em geral, as pessoas mais pobres são as que mais experimentam e vivenciam as ci-
dades pois possuem maior hábito de prática urbana cotidiana tendo uma relação mais próxima com o espaço urbano. Tendo como máximo exemplar de homem lento os moradores de rua que habitam o
[41]
espaço público urbano. Conforme Jacques (2008) a espetacularização está diretamente relacionado ao empobrecimento da experiência na contemporaneidade. Atualemnte, especialmente no urbanismo, a distância, ou descolamento, entre prática profissional e a própria experiência da cidade, demonstra falhas ao separar o espaço urbano da sua questão corporal e sensorial. Assim, as corpografias urbanas voluntárias conseguem questionar criticamente os projetos urbanos comtemporâneos, em geral genéricos, homogeneizadores e espetaculares. Quando provocamos e valorizamos a experiência corporal das errâncias e das cidades estamos aprendendo como apreender corporalmente a cidade e criar corpografias próprias e assim integrar de fato com o urbanismo, acreditando assim estar de fato sendo um antídoto a espetacularização.
37
ENTENDENDO O PÚBLICO ALVO
38
NÔMADES CONTEMPORÂNEOS
O termo ‘’nomadismo digital’’ foi inicialmente utilizado no final do séc XX e defendeu a utilização de tecnologias aliadas ao impulso de viajar e que possibilitaria o viver, o trabalhar e o existir em movimento. Os trabalhos exercidos por pessoas que vivenciam esse estilo de vida estão associados a um movimento de incentivo a redução de
trabalho burocrático e ao aumento do trabalho criativo, principalmente relacionado a prestação de serviços, setor que aumentou a participação na economia nacional e mundial. Muitos são os motivos que provocam esses impulsos nas pessoas, no modelo atual econômico a efemeridade das relações de trabalho, a perda de confiança e dos laços entre trabalhador e empregador que causa esvaziamento moral, social e cultural no individuo. A cultura de home office tem aumentado e é uma das oportunidades de viver na estrada, especialmente depois da regulamentação do trabalho a distância através da Lei 12/551/2011 de 2011 que garantiu os mesmos direitos. No Brasil, a população de nômades digitais tem a necessidade de retornar para a rede de segurança com mais frequência, nem sempre rompendo com as barreiras físicas do espaço. Possivelmente também uma questão com relação à precarização do trabalho, que mesmo de maneira mais autônoma e com a lei não tem seus direitos garantidos.
39
Dentre as maneiras de viver em movência percebemos o movimento chamado Vanlife, um estilo de vida associado a quem vive a bordo de algum veículo, principalmente vans e kombis. Essas pessoas muitas vezes podem vivenciar esse estilo de vida pois estão dissociados de um local físico de trabalho, tendo um grande número relação com o nomadismo digital (é um indivíduo que trabalha de maneira remota e ao não depender de uma base fixa para trabalhar, conduz seu estilo de vida de uma maneira nômade). Desde os anos 70 com aumento das TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação) é possível a execução de atividades remotamente, ultrapassando barreiras geográficas e aumentando a flexibilidade nas possibilidades tanto de comunicação como de trabalho.
PESQUISA Pensando na identificação dessa população que tem como residência uma moradia-itinerante foi elaborado um questionário pautado em questões quanto à identificação do usuário, motivação para a prática desse estilo de vida, o entorno enquanto local de parada e a unidade. O questionário (em anexo) foi divul-
gado em grupos de redes sociais e difundido pelos próprios usuários. Ao total foi respondido por 47 pessoas, das quais 35 residem em algum veículo e 12 eventualmente utilizam ou estão em processo de construção. A análise das respostas dos residentes foi considerada e os resultados apresentados foram:
USUÁRIOS ENTREVISTADOS 60% HOMENS 40% MULHERES
46% TEM 30-39 ANOS 20% TEM 20-29 ANOS 17% TEM 40-49 ANOS 11% TEM >60 ANOS 6% TEM 50-59 ANOS
40
A MAIORIA VIVE COM COMPANHEIRO/A
A MAIORIA VIVE NA ESTRADA HÁ MENOS DE 3 ANOS
REGIÃO SUL APRESENTA MAIOR NÚMERO DE USUÁRIOS
41
LIBERDADE E A BUSCA POR EXPERIÊNCIAS DIFERENTES APARECEM COMO FATORES PRINCIPAIS PARA A MUDANÇA NO ESTILO DE VIDA
LOCAL DE PARADA O local de parada é uma escolha muito importante visto que é o momento onde se pode viver o mundo fora de casa. Pensando nisso, um dos tópicos da pesquisa foi entender melhor os critérios de escolha destes locais e ver as prioridades pensando que elas teriam que ser levadas em consideração na hora de pensar a autossuficiência da residência.
A MAIORIA TEM O CAMPING COMO PRINCIPAL LOCAL DE PREFERÊNCIA PARA PARAR Os campings se organizam em três categorias: Camping estruturado, camping livre e wild camping, sendo o primeiro o mais bem servido de infraestrutura e o último sem nenhuma infraestrutura. Mais informações no anexo II.
42
PROXIMIDADE COM SERVIÇOS APARECE COMO PRINCIPAL FATOR DE ESCOLHA DO LOCAL DE PARADA
COMO PRINCIPAIS SERVIÇOS NECESSÁRIOS NO LOCAL DE PARADA APARECEM CHUVEIRO, REDE ELÉTRICA, WI-FI E ÁREA VERDE. * O chuveiro aparece em primeiro lugar possivelmente porque a maioria dos entrevistados não possui chuveiro no veículo
DENTRE OS USUÁRIOS QUE SENTEM FALTA DE EQUIPAMENTOS NO LOCAL DE PARADA APARECE A ÁGUA, DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA, BANHEIROS E LOCALPARA DESCARTE DE ÁGUA COMO PRINCIPAIS
A UNIDADE HABITACIONAL
43
Como última parte do questionário as perguntar foram no sentido de entender em quais veículos as pessoas residiam e porque a escolha dos mesmos tentando ter um norte para a escolha da base do projeto.
NORMALMENTE O VEÍCULO É PRÓPRIO KOMBI É O VEÍCULO QUE MAIS APARECE COMO UTILIZADO PELOS USUÁRIOS, SEGUIDO DE MOTORHOME E DOBLO. *Iveco e Sprinter também são muito utilizados como chassi de motorhome
44
ESPAÇO INTERNO, TAMANHO E SEGURANÇA APARECEM COMO OS PRINCIPAIS MOTIVOS PELA ESCOLHA DO VEÍCULO
SE PUDESSEM ESCOLHER OUTRO VEÍCULO O MODELO 4X4 É O MAIS COTADO, SEGUIDO DE MANTER A KOMBI E TER UM MOTORHOME
45
QUANTO AS ATIVIDADES PRINCIPAIS REALIZADAS DENTRO DA MOTOR-CASA DESCANSAR E SE ALIMENTAR APARECEM COMO PRINCIPAIS
ITENS BÁSICOS
46
Como pergunta final do questionário perguntei o que os usuários viam como essencial para ter dentro da motor-casa, então a partir dessa lista nasce o programa de necessidades, juntamente com os itens citados pelos fabricantes e o levantamento de objetos relatado por viajantes.
47
VISITA À FÁBRICA
48
ENTENDENDO O PROCESSO DE FABRICAÇÃO
[42)
pensado naval e fórmica, o piso em adesivo autocolante vinílico, e fácil de limpar possível, sendo as tradicionais louças substituídas as pastilhas de revestimento também em vinílico autocolante. A autonomia se dá através de painéis solares e dos tanques de água, onde 20l podem garantir em média 10 banhos, além da utilização da água na cozinha e banheiro. Nessa visita, por ser um contato inicial, entendi que os veículos possuem 3 tipos de tanques de água: potável, servida e água negra, depois descobri também que existe a opção de ter água mineral em uma torneira especial. Também é importante prestar a atenção na estabilidade, pensando na distribuição de peso ao longo do veículo e também de colocar na parte de baixo o que for mais pesado e na parte de cima o que for mais leve. O peso geral do veículo é importante também porque deve respeitar as especificações do fabricante, bem como ter menos que 6.500kg quando ocupado para poder ser conduzido por pessoas que
49
Visando entender mais a estrutura das unidades de motorcasas visitei uma fábrica que transformava furgões, a Eurohome e outra que montava Sprinters a Itapõa, no estado temos a XXXX que é a maior montadora de motorcasas, localizada em Gramado, eles montam 4 unidades ao mês. EUROHOME É uma fábrica de Novo Hamburgo que trabalha há 8 anos construindo Furgões, tendo como público alvo casais aposentados. Trabalham apenas com modelos são mais compactos, tendo tamanhos de 6,40m quando Renout Master ou 6,95m quando Mercedes Sprinter. O design e o material é inspirado nos motorhomes europeus, porém tem que levar em consideração a condição das estradas do Brasil, o que interfere na montagem. A prioridade deve ser a segurança, então todos os compartimentos e móveis devem ser fixados de maneira que em um acidente não possam ferir as pessoas. O mobiliário deve ser feito do material mais leve por plástico, o mobiliário feito em com-
50
possuem habilitação da categoria B, a usual para carro. ITAPOÃ A fábrica, também localizada em Novo Hamburgo, é especialista na fabricação de sprinter, produz 2 veículos/mês. Importante falar que esse tipo de veículo não é visto como uma alternativa para moradia, mas sim como algo recreativo, por isso tem uma taxação de 35%, ou seja é realmente um veículo de difícil acesso. E desde 2017 com uma lei que proíbe a autoconstrução desse tipo de veículo, ficou ainda mais difícil aderir a esse estilo de vida quando não se tem tantos recursos econômicos. Acompanhei alguns processos de montagem e inicialmente é a etapa METALMECÂNICA onde mantem apenas a cabine original e fazem a estrutura de base que é feita de acordo com o projeto para que as tubulações passem por ali, seria o equivalente as fundações em um projeto de uma residência tradicional. Essa etapa leva cerca de 7-10 dias para sua conclusão No momento de instalar essa estrutura de alumínio + ferrro, antes da chapa de alumínio que vai por cima, temos que deixar o espaço para os tanques de água que vão na parte inferior do veículo e sobem através de bombas. Depois coloca-se o assoalho de 15mm sobre a estrutura e inicia a fabricação das paredes, do teto e do fundo, sendo ela feita
também já de acordo com o[43] projeto e de maneira manual. Cola-se a fibra de vidro no material isolante e logo a camada interna, ficando no final com 5cm. A estruturação pode ser feita tanto em madeira quanto em metal, porem para a parte superior apenas em madeira visto que a cobertura tem uma pequena variação de inclinação nos lados para que a água escoe. A estrutura com as futuras aberturas marcadas e divisões, pois aonde vão parafusos tem esses ‘’pilares’’ e vigas. Depois as grandes partes são presas com parafusos e cola e inicia o
processo de preparação e pintura, é também a etapa onde as placas de fibra de vidro que são produzidas nas formas vão ser fixadas nessa ‘’caixa’’ base.
[44] Essa etapa leva em média 15 dias. Nessa etapa deixamos apenas a estrutura com as futuras aberturas marcadas e divisões, pois aonde vão parafusos tem esses ‘’pilares’’ e vigas. Depois as grandes partes são presas com parafusos e cola e inicia o processo de preparação e pintura, é também a etapa onde as placas de fibra de vidro que são produzidas nas formas vão ser fixadas nessa ‘’caixa’’ base. Essa etapa leva em média 15 dias. Então, após a pintura, inicia-se a montagem dos acabamentos, abertura dos vãos das janelas e porta, a parte de marcenaria em geral. É também a etapa que leva mais tempo, ficando de 15 à 20 dias nessa etapa.
51
[45]
Depois fazem a instalação do ar, das claraboias e da antena e a limpeza. Por dentro podemos perceber que aproveitar ao máximo do espaço é fundamental, nesse exemplo temos a parte que se estende 60cm. Essa motorcasa comporta 6 pessoas e tem além de um quarto fixo, dois locais que se transformam em camas de casal. Possui tomadas 220V e 110V, tendo também corrente para 12V, necessitando assim de um inversos e um conversor de energia. A gaveta longa possui trava que transforma em um compartimento mais reservado para guardar itens de valor. A pia possui dupla função, quando fechada é uma bancada inteira, junta-
mente com o fogão. O ar condicionado se faz fundamental e por isso ele pode ser ou um ar próprio para veículos ou também se pode instalar um sprinter. Também possui cozinha externa, bem como TV em um compartimento ao lado. Também na rua podemos ver o bojitãode gás e o galão de água
52
PLANTA MODELO ACONCEGUÁ
[46]
[47]
53
ANÁLISE REFERENCIAL
54
METODOLOGIA DE ANÁLISE Como forma de organizar o estudo referencial utilizou-se de um roteiro dividido em pontos a serem analisados, sendo eles:
Identificação
Informações gerais do projeto
Autoria
Identificação dos autores do projeto
Veículo base
Identificação do chassi utilizado na construção da motor-casa
Forma
Análise do aspecto formal exterior do projeto
Programa
Análise do zoneamento e da organização do projeto
Materialidade
Materiais utilizados na construção do projeto
Estratégias
55
Reconhecimento de estratégias passiveis de serem adaptadas ao projeto de TFG
TOYOTA CUSTOM CAMPER
1986
ON ART ISTA JAY NELS
56
[48] O artista Jay Nelson faz estruturas tridimensionais a partir de madeira recuparada, equilibrando imaginação e funcionalidade. Com suas obras busca direcionar as experiências do usuário com a obra, com o outro e com a paisagem, sempre atento aos detalhes e as visuais que se pode ter a partir da obra. Essas estruturas são veículos customizados, embarcações aquáticas, casas na árvore e várias residências, até espaços para exposições de arte.
[49]
57
PROCESSO CRIAT IVO
58
Nesse projeto de aproximadamente 10m³ a estrutura está sobre o chassi de uma Toyota Pick Up. Os montantes de madeira são cobertos com chapas de madeira e revestidos por material isolante. A utilização de materiais que remetem ao aconchego, a evidente referência do caramujo enquanto ser que carrega a casa consigo, além da utilização da verticalidade interior que proporciona aproveitamento melhor do espaço que tem largura mais restritiva são pontos
positivos do projeto. Nas laterias e no fundo possui abertura para luz, porém não para ventilação que se dá quando as portas estão abertas. Apesar de formalmente interessante o projeto não é autônomo quanto a várias questões como energia elétrica e banheiro. Possui amplo espaço interno mas pouco projeto de mobiliário para acomodar os objetos do usuário, fator que também gera insegurança em caso de acidentes de trânsito.
[50][51][52][53]
ORGANIZAÇÃO ESPACIAL
DESCANSO PREPARO DO ALIMENTO ARMAZENAMENTO HIGIENE BÁSICA CIRCULAÇÃO ACESSO
simples e retangulares onde localiza-se o espaço para cocção, higienização e preparo dos alimentos. Também esse mobiliário de apoio tem bancada e armário.
[54][55]
59
As superfícies de fechamento internamente também mantem o aspecto formal exterior de irregularidade dos planos, porém o mobiliário de apoio conta com formas
FORMA INTERESSANTE!
ATIVIDADES QUE PODEM SER FEITAS: DESCANSO COMER RECEBER AMIGOS HIGIENE BÁSICA
60
MATERIAIS: MADEIRA + VIDRO Como principal estratégia que pode ser adaptada ao projeto final é o processo de criação, pensando nessa estrutura que se integra com o veículo/chassi base e apresenta uma forma inusitada e uma materialidade interessante que se utiliza de ângulos para gerar a forma exte-
[56][57][58] rior e também mantem os mesmos do lado interior, assim como cria espaços de entrada de luz que dão continuidade nessa leitura do todo. Também o aproveitamento da parte superior da cabine para apoiar a cama é um ponto forte que pretendo levar para o projeto.
THE OPERA CAMPER
AXEL ENTHOVEN +
2008
ROB VOS
A proposta trazida pelos designers do Enthoven Associates propõe uma suíte de luxo móvel para quem quer tirar férias em meio a natureza sem perder o conforto. Inspirada na Ópera de Sydney quando instalada possui 21m² chegando a ter 3,5m de pé direito e tudo isso podendo ser transportado acoplado ao veículo do usuário.
61
[60]
62
OM ESPAÇO CRIADO C TENSOEST RUT URA
bastante semelhante ao sistema utilizado em barracas tanto pela materialidade quanto pelo modelo de fechamento.
[61]
[62]
[63][64]
63
O modelo também conta com um alpendre elevado, que estende a área interna e amplia o contato com a área externa. Possui aquecimento a ar quente e iluminação LED de baixa energia. Quando aberta tem uma pista extra-larga, e centro de gravidade muito baixo, para maior estabilidade. A largura e a altura da unidade oferecem uma visão desobstruída na parte traseira, sem necessidade de espelhos externos adicionais.
64
A cama ajustável eletricamente também pode ser transformada em duas camas individuais. A água quente é fornecida pela caldeira diretamente para a cozinha compacta equipada com uma pia de aço inoxidável, torneira misturadora e um refrigerador com volume de 36 litros.
[65]
O banheiro separado por uma espécie de cortina impermeável está localizado após o dormitório, possui uma bacia sanitária cerâmica e torneira que pode ser utilizada também como chuveiro externo. Os fogões são integrados ao suprimento de gás a bordo do veículo, eliminando a necessidade de levar garrafas de gás extras e pesadas. A cozinha modular pode ser usada ao ar livre pois se abre com dois elemento: um fogão piezoelétrico de duas fendas, churrasqueira a gás piezoelétrica, churrasqueira a carvão e uma tábua de corte de madeira, todos dobrados no armário da cozinha. A parte inferior das camas possui espaço para armazenamento. E a claraboia que permite a entrada de luz também pode ser facilmente fechada, [66][67]
DESCANSO PREPARO DO ALIMENTO
ARMAZENAMENTO HIGIENE
CIRCULAÇÃO ACESSO
65
ORGANIZAÇÃO ESPACIAL
MEHRZELLER CONCEPT TRAILER
2010
NONSTANDARD
66
[68] O projeto do Mehrzeller foi elaborado por Theresa Kalteis e Christian Freissling da Universidade Tecnológica da Áustria e apresentado em 2008 no Caravan Salon em Düsseldorf, o maior evento para veículos de recreação do mundo. O projeto visava apresentar um projeto que fosse a solução para uma vida móvel.
[69][70][71]
67
O projeto Ê formado por poligonos irregulares que formam os planos exteriores e interiores, cada cliente pode escolher o seu com variaçþes no jogo de planos e ter um trailer personalizado.
68
[72]
[73] Internamente o aspecto exterior de irregularidade se mantém, utilizando-se do encontro das placas como suporte para iluminação interna. Possui bastante espaço de armazenamento e os eletrodomésticos básicos, também dispões de área de convivência e de descanso, além de uma cama. o veículo não
apresenta proposta de banheiro. Os materiais utilizados são metal e madeira, em tons de marrom e revestida com acabamento em branco. Possui iluminação natural que entra através das marcas da própria forma que estão dispostas ao longo do trailer.
ORGANIZAÇÃO ESPACIAL
ARMAZENAMENTO HIGIENE
CIRCULAÇÃO ACESSO
69
DESCANSO ALIMENTAÇÃO ESTAR
AIRSTREAM
anos 40
WALLY BIAN
70
[74] A Airstream é uma empresa clássica que fabrica trailers desde 1920, o modelo atual surgiu em 1969 e segue tendo alterações e sendo lançada com novas tecnologias anualmente. Foi o primeiro modelo a ter água quente, em 1958 Airstream International foi desenvolvido como o primeiro trailer de viagem “autossuficiente” - um com total liberdade de conexões de reboque externas, como fontes externas de energia.
A empresa possui vários modelos, porém vão ser analisados os modelos Airstream Classic e o Internacional Signature.
AIRSTREAM CLASSIC
INTERNATIONAL SIGNATURE [75]
71
Por ser uma marca em constante evolução os modelos mais modernos já vem com tecnologia de ponta que garante mais segurança e controle do trailer. Também podemos identificar o sistema de circulação de ar que é feito através de entradas na cobertura, bastante semelhante ao sistema utilizado em ônibus urbano.
[76]
AIRSTREAM CLASSIC
72
[77] Esse modelo de trailer é bem completo e se assemelha bastante ao programa de necessidades da motor-casa pois busca autonomia e tem preocupação com questões de conforto. A criação de um espaço de estar bem definido e o banheiro mais amplo inclusive com a alternativa de estar disposto inteiramente no extremo do veículo é uma solução até incomum se comparar com o layout mais padrão dos motorhomes. É importante lembrar que as dimensões desse modelo são bastante grandes tendo 8,5m de comprimento e 2,45 de largura, resultando em 20,5m ² de área interna com altura de 2,01m. Outros pontos fortes do projeto são as aberturas para iluminação e os armários distribuídos por toda a parte superior do trailer. A criação de espaço externo com a utilização de lonas se dá por conta dos próprios moradores porque o veículo não vem com toldo.
SUPER COMPLETO! [78]
DESCANSO ALIMENTAÇÃO ESTAR
ARMAZENAMENTO HIGIENE
CIRCULAÇÃO ACESSO
73
ORGANIZAÇÃO ESPACIAL
INTERNATIONAL SIGNATURE Esse modelo já tem um tamanho mais semelhante aos motorhomes tradicionais possuindo 7m de comprimento, 2,34 de largura e 2,07 de altura. O layout e o mobiliario são bem parecidos com o modelo clássico. Nesse modelo a cama fica bem próxima ao banheiro e torna o espaço interno algo bem integrado e até sem privacidade para os ocupantes.
74
ORGANIZAÇÃO ESPACIAL
DESCANSO ALIMENTAÇÃO ESTAR
[79]
ARMAZENAMENTO HIGIENE
CIRCULAÇÃO ACESSO
CARAVANA BÜRSTNER
2009
BÜRSTNER
A empresa de marcenaria que virou fabricante de motor-casas em 2009 já havia se estabelecido no mercado de veículos de recreação e então lança um novo projeto de caravana, que propõe a integração de uma cama dobrável e apostando em design de interiores. Como é recorrente nesse estilo de trailer, existem diversas opções de layout que variam conforme as necessidades do cliente.
75
[80]
76
[81]
FIBRA DE VIDRROO + JANEL A VID DUPLO
ORGANIZAÇÃO ESPACIAL
ARMAZENAMENTO HIGIENE
CIRCULAÇÃO ACESSO
77
DESCANSO ALIMENTAÇÃO
[82]
OUTRAS REFERÊNCIAS: Modelo de cozinha em L com mesa desmontável
[83] Modelo sem compartimentação e de forma interessante
[84]
78
Modelo com banheiro na parte traseira e com compartimento prolongável
[85]
MOBILE OFFICE E AS LOJAS POP-UP: A loja pop-up é um espaço comercial temporário que surgiu em 2004 através de uma marca de roupas japonesa, seu tempo de duração varia de um dia a três meses, podendo ir até um ano, sua localização é normalmente em locais de tráfego a pé como centros das cidades e eventos. Pode ter diversas formas e procura transpor a identidade da marca, visando ser uma experiência para os usuários.
Loja de óculos itinerante
[86]
[87]
[88]
79
Um ponto forte é que o fato de surgir inesperadamente acaba gerando curiosidade e interesse pelas pessoas da cidade, porém é uma estratégia utilizada em conjunto com comércios e serviços virtuais que não tem um meio físico e assim pode interagir com as pessoas.
80
[89][90][91][92]
81
ANTROPOMETRIA
82
ANTROPOMETRIA APLICADA A acomodação do corpo no ambiente é um fator que PANERO e ZELNIK trazem com aprofundamenteo, ressaltando importância de se basear em medidas que sejam agradáveis a maioria da população. Através dos percentis de 5% e 95% propõe-se a criação de um quadro de dimensões para serem utilizadas em projeto, pensando que se um usuário com o menor grau de alcance conseguir alcançar, então o usuário com maior grau de alcance também poderá fazê-lo. Já em projetos onde o principal seja é o espaço livre, então utlizamos o maior percentil, pensando que se o projeto tem um espaço livre suficiente para usuários com maior dimensão, então ele também vai se adequar para usuários de menores dimensões.
Em casos que precise de regulagem e ajuste se faz de acordo com o usuário ou a natureza da tareda e limitações mecânicas envolvidas mas que acomode pelo menos 90% dos usuários.
83
[93]
ÁREA DE ESTAR ESTANTE
MESA
84
[94[95]
DORMITÓRIO
CAMA
[96[97][98]
ESCRIVANINHA
85
ARMAZENAMENTO
86
BANHEIRO
[99[100]
87
PROPOSTA
88
QUESTÕES TÉCNICAS O projeto da motor-casa faz parte de uma categoria de veículos chamados de veículos de recreação que são utilizados predominantemente em acampamentos, viagens ou moradia temporária. Conforme o Código de Trânsito vigente motor-casa (motor-home) é um veículo automotor cuja carroçaria seja fechada e destinada a alojamento, escritório, comércio ou finalidades análogas. Segundo Palhares (2002) as categorias nas quais se subdividem são trailers e motorhomes, sendo os trailers modelos rebocados por um automóvel e o motorhome a estrutura completa. Inicialmente pensou-se em utilizar algum veículo como a kombi ou a van e adaptá-lo, porém seriam fatores limitantes no que diz respeito a forma do projeto, então alguns critérios foram utilizados para iniciar o projeto:
1.º Tamanho adequado ao programa de necessidades 2.º Liberdade formal 3.º Categoria de habilitação B Segundo a legislação brasileira de trânsito aimensões máximas dos veículos para efeitos de circulação são: a) Qualquer veículo - 2,55 m; máx 4m de altura Decreto-Lei nº 133/2010 de 22-12-2010 Art. 143. Os candidatos poderão habilitar-se nas categorias de A a E, obedecida a seguinte gradação:
§ 2o São os condutores da categoria B autorizados a conduzir veículo automotor da espécie motor-casa, definida nos termos do Anexo I deste Código, cujo peso não exceda a 6.000 kg (seis mil quilogramas), ou cuja lotação não exceda a 8 (oito) lugares, excluído o do motorista. (Incluído pela Lei nº 12.452, de 2011)
89
II - Categoria B - condutor de veículo motorizado, não abrangido pela categoria A, cujo peso bruto total não exceda a três mil e quinhentos quilogramas e cuja lotação não exceda a oito lugares, excluído o do motorista;
REGISTRO
Para os projetos de motor-casa é necessário que o veículo tenha uma autorização para circular, o CAT que vista comprovar a segurança veicular, documento emitido pelo Denatran após o veículo passar e ser aprovado em alguns testes. Porém existe uma diferenciação nas categorias entre veículos modificados e veículos transformados, sendo os modificados modelos com menos alterações, categoria onde as motor-casa entravam antes de 2008.. Por isso atualmente existem algumas empresas que tem autorização de executar as modificações, também por isso a auto-construção de veículos acaba sendo prejudicada porque as a burocracia e os autos preços inibem a pessoa quen ão tem condções de adquierir um motorhome que custanovo de 250 mil à 1 milhão de reais.
ESCOLHENDO O CHASSI Foram analisados a partir de uma matéria no jornal O Globo os caminhões que poderiam ser dirigidos com habilitação de categoria B, a partir disso ficaram devido as dimensões as possibilidades de 3 marcas: Mercedes-Benz, Iveco e Renault. Os tamanhos normalmente ficam entre 5m e 7m de comprimento. [101]
90
IVECO
RENAULT
91
[102][1O3]
MERCEDES-BENZ
SPRINTER FURGÃO STREE 515 CDI
[104]
92
A Sprinter pertence a divisão de vans da Mercedes-Benz, bastante comum na fabricação de motorhomes. Na hora de escolher o chassi entrei em contato com alguns fabricantes que me esclareceram que seria interessante optar pelo modelo 415 ou 515, pois eram os melhores em relação ao custo benefício. O comprimento varia e optei por escolher o odelo de 17+1 por uma questão de ser um veículo mais compacto que o 20+1. Então o modelo tem 6,943m de comprimento, 1,993m de largura e 2,66m de altura.
[105]
[108] [109] [110]
93
[106][107]
PROGRAMA DE NECESSIDADES: DESCANSO:
TRABALHO:
CAMA ARMAZENAMENTO ESPAÇO PARA LER
MESA ARMAZENAMENTO
ALIMENTAÇÃO:
LAZER:
FOGÃO FORNO PIA GELADEIRA MESA
TV SOFÁ VENTILADOR
CADEIRAS MICROONDAS JARRA ELÉTRICA
HIGIENE:
EXTERNO:
CHUVEIRO PIA BANHEIRO LAVADORA DE ROUPA
ILUMINAÇÃO TOLDO GARAGEM BIKE COZINHA
TÉCNICO: PLACA SOLAR CLIMATIZADOR FERRAMENTAS BATERIA INVERSOR RESERVATÓRIO DE ÁGUA
ALARMES BOMBA DE ÁGUA AQUECIMENTO A GAS PEÇAS EXTRAS EXAUSTOR CONVERSOR
FACA/CORDA RASTREADOR
94
LEVANTAMENTO DE OBJETOS: Nessa escala de projeto os objetos ganham uma outra importância fundamental, visto que uma das premissas é o minimalismo e o espaço
UTENSÍLIO PRODUTOS DE LIMPEZA HIGIENE PARA O CARRO PANOS PANELAS FRIGIDEIRA TALHERES PRATOS COPOS TEMPEROS RALADOR,ABRIDOR... ACENDEDOR KIT REMÉDIOS PRODUTOS HIGIENE PAPEL HIGIÊNICO CÂMERA FOTOGRÁFICA NOTEBOOK MOCHILA KIT FERRAMENTAS LIVROS ROUPAS DE FRIO ROUPAS PARA CALOR ROUPAS INTIMAS TOALHAS ROUPA DE CAMA
COBERTOR
QUANT. LARGURA (cm) 20x50 30x30 6 20x60 2 50x25 1 25x30 4 30x30 4 30x10 30x10 1 1 1 25X20 30X15 12 15X15 1 10X15 2 45X30 2 60X40 50X20 15X60X60 60X60 30X30 4 30X30 2 30X30 2 30X50
ALTURA (cm) 30 30 30 30 5 15 15 30 20 20 25 15 5 10 35 25 90 60 10 20 40 80
95
é realmente limitado, tudo é pensado nos mínimos. Por isso, e como conclusão de que o público alvo se trata de um casal, as peças foram levantadas conforme relatos de usuários. Segue o levantamento e área ocupada aproximada para a criação de compartimentos de armazenamento dos mesmos.
FLUXOGRAMA
DORMIR CABINE MOTORISTA
ESTAR/ TRABALHO
ACESSO COMER LAZER EXTERNO HIGIENE HIGIENE ROUPAS CABINE MOTORISTA
LAZER EXTERNO ACESSO
HIGIENE ROUPAS
DORMIR
96
COMER ESTAR
TRABALHO HIGIENE
ZONEAMENTO
Sofá Banheiro
2,30
Armazen.
Refrigerador
Modo cama
Mesa
Cama sobre a cabina
PROPOSTA COM ESPAÇO DE TRABALHO BOX
Acesso
4,58 Sofá Banheiro
2,30
Armazen.
Refrigerador
Modo cama
Mesa
Cama sobre a cabina
Sofá Banheiro Armazen.
BOX
Refrigerador
2,30
Acesso Espaço de trabalho ou cama
Mesa
BOX
4,58 Acesso
4,58 SOCIAL AMPLO PROPOSTA COM ESPAÇO Sofá Banheiro
2,30
Armazen.
Espaço de trabalho ou cama
Banheiro
Refrigerador
Sofá + espaço armazenamento
Mesa
Refrig.
BOX
2,30
Mesa
Acesso
Cama sobre a cabina
4,58
BOX
Armazenamento
4,58 Sofá + espaço armazenamento
Banheiro
Refrig.
Sofá + espaço armazenamento
DESCANSO ALIMENTAÇÃO ESTAR 2,30
BOX
BOX
Banheiro
Refrig.
ARMAZENAMENTO HIGIENE TRABALHO 4,58 Mesa
Armazenamento
Armazenamento
4,58
Cama sobre a cabina
CIRCULAÇÃO ACESSO
97
2,30
Mesa
CONCEITO
[111] De acordo com COSTA e SOARES (2015) A simbologia da borboleta pode variar de lugar conforme a cultura, porém, em geral, sua representação está associada a formas de vida. A metamorfose das borboletas é simbolicamente relacionada com às transformações radicais que os seres humanos passam. O ciclo de vida se inicia após a postura do ovo pela borboleta então o primeiro período é marcado por constante alimentação enquanto lagarta, depois, virada de cabeça
TRANSIÇÃO TRANSFORMAÇÃO PROCESSO = CASULO para baixo inicia a fase de pupa quando está envolta pelo envoltório de seda conhecido como casulo casulo e começa o processo de autofagia, utilizando enzimas para dissolver seus tecidos, sobrevivendo apenas os discos imaginais que dão origem as partes da borboleta, esse processo fica então acelerado pois se utiliza das proteinas resultantes da desintegração da lagarta. Por fim sai a borboleta do casulo muito ligeira, insconstante e efêmera.
[112]
98
[113]
ESTUDOS DA FORMA
Entendendo o estudo da forma como fundamental nessa etapa de projeto buscou-se extrair linhas principais de diversos formatos de casulos e planificá-los já adequando ao formato retangular da base. Com o auxílio de papel foram testadas algumas técnicas de dobradura e tambémde recorte para xuliar na criação de estruturas que pudessem ser o envoltório do projeto. Inicialmente buscou-se uma forma mais oval, feita com tiras de papel coladas ao longo de um eixo, porém o efeito visual não agradou e resolvi buscar alternativas m que gerassem uma forma mais orgânica, então chegou-se a um terceiro modelo com formas mais amplas e triangulares que geravam uma estrutura mais semelhante a o esperado.
99
VISTA LATERAL
VISTA SUPERIOR
100
PERSPECTIVA INTERIOR
PERSPECTIVA EXTERIOR
101
IDEIA FORMAL:
102
PLANTA BAIXA ESQUEMÁTICA MODOS DE ORGANIZAÇAO Armazen.
2,30
PLANTA BAIXA 1 MODO NOITE E DIA
Sofá Banheiro
Refrigerador
Modo cama
Mesa
Cama sobre a cabina
BOX
Acesso
4,58
Sofá Banheiro
2,30
Armazen.
Refrigerador
Espaço de trabalho ou cama
Mesa
BOX
Acesso
4,58
Refrig.
Mesa
2,30
PLANTA BAIXA 2
Sofá + espaço armazenamento
Banheiro
Cama sobre a cabina
BOX Armazenamento
4,58
Sofá + espaço armazenamento
1,28
Banheiro
Refrig.
2,30
Mesa
BOX
4,58
2,36
CORTE ESQUEMÁTICO
103
,98
1,89
Armazenamento
ESQUEMA CONSTRUTIVO ESTRUTURA COM PERFIS METÁLICOS + MATERIAL ISOLANTE LEVE A carroceria pode ser feita com estrutu-[114] ra em madeira ou alumínio e entre os perfiis pode-se utilizar chapa prensada feita de materiais com bom isolamento termoacústico e que tenham leveza. Para finalizar o aspecto formal proponho a utilização de fibra de vidro devido a sua resistência. No interior o revestimento com chapas de madeira leve são a solução ideal para o acabamento.
104
[115] [116]
105
COllAGES
106
107
ENCAMINHAMENTOS E DESAFIOS:
108
DESENVOLVER A FORMA EM SOFTWARE PARAMÉTRICO
DEFINIR OS MATERIAIS
SISTEMA DE ISOLAMENTO TÉRMOACÚSTICO
DESENVOLVER O MOBILIÁRIO
PROJETO ELÉTRICO E PLACAS SOLARES
POSSIBILIDADES DE AMP. DO ESPAÇO (flexibilidade e progressão)
PROJETO HIDROSSANITÁRIO
ESCOLHA DOS EQUIPAMENTOS
* PENSAR VIABILIDADE DE UM MODELO DE MENOR TAMANHO
109
REFERÊNCIAS
110
BIBLIOGRAFIA: BENJAMIN, Walter. A Imagem de Proust. In: Obras escolhidas I. Trad. Sérgio Paulo Rouanet. 7 ed.,1994. CALAPEZ, André de Castro. Arquitectura sobre rodas: O arquitecto e a habitação móvel. Porto, 2013. Disponível em: https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/80298/2/23494.pdf CANEVACCI, M. Culturas eXtremas. Mutações juvenis entre corpos e metrópole. Rio de Janeiro: DP&A, 2005. CARERI, Francisco. Walkscapes: el andar como práctica estética. Barcelona: Gustavo Gilli, 2005. CERTEAU, Michel. A invenção do cotidiano. 1. Artes od Fazer. Rio de Janeiro: Ed. Vozes, 1994. COSTA, Mariana Fernandes and SOARES, Jorge Coelho. Livre como uma borboleta: simbologia e cuidado paliativo. Rev. bras. geriatr. gerontol. [online]. 2015, vol.18, n.3 [cited 201811-29], pp.631-641. Available from: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-98232015000300631&lng=en&nrm=iso>. ISSN 1809-9823. http://dx.doi. org/10.1590/1809-9823.2015.14236. DELEUZE, Gilles, GUATARRI, Félix. Mil Platôs, vol 4: capitalismo e esquizofrenia. São Pualo: Editora 34, 2007. GUATARRI, Félix. Caosmose: um novo paradigma estético. Rio de Janeiro: Ed. 34, a992. JACQUES, Paola Berenstein. Breve histórico da Internacional Situacionista – IS (1), 2003.Disponível em: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/03.035/696 KRONENBURG, Robert; Houses in Motion – the genesis, history and development of the portable building; 2ª edição, Cornwall, Wiley-Academy; 2002 PAZ, Daniel. Arquitetura efêmera ou transitória. 2008. Disponível em: http://www.vitruvius.com.br/ revistas/read/arquitextos/09.102/97 SACCO, Helene Gomes Carbone. Casa – movente (A1 [ infinito]) : diário de construção; 2009. Disponível em: https://lume.ufrgs.br/handle/10183/16799 SANTOS, Thayara Borzani Sanches; ALMEIDA, Marcelo Vilela de. O mercado de veículos de recreação no Brasil. Turismo: Estudos & Práticas (RTEP/UERN), Mossoró/RN, vol. 6, n. 2, p.121-149, jul./dez. 2017. TUAN, Yi-Fu. Espaço e lugar: a perspectiva da experiência. São Paulo: DIFEL, 1983. ZELNIK, Martin; PANERO, Julius. Dimensionamento humano para espaços interiores. 2013.
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/08.087/225 http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/08.093/165 http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/09.102/97 https://www.archdaily.com/784007/from-ancient-rome-to-the-coachella-festival-a-brief-history-of-pop-up-architecture http://florestaspampeanas.blogspot.com/p/tapera-cobijos.html https://www.parkedinparadise.com/how-to-live-in-van/?utm_source=pinterest&utm_medium=social&utm_campaign=SocialWarfare http://bdjur.almedina.net/item.php?field=item_id&value=1565645 http://www.yoochai.com/blog/pt/sabe-o-que-e-uma-loja-pop-up-e-como-e-que-ela-pode-ajudar-o-seu-negocio/ https://www.mercedes-benz.com.br/resources/files/documentos/sprinter/van/dados-tecnicos/ linha-antiga-sprinter-van.pdf http://blog.modernmechanix.com/novel-camping-trailer-opens-into-comfortable-quarters/ https://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/handle/10438/17554/No%CC%82mades%20Digitais%20-%20versa%CC%83o%20final%20-%20Renata%20Frota.pdf
111
Outras referências:
112
LISTA DE FIGURAS: [1] Collage autoral [2] http://megaestructuras.tumblr.com/tagged/1966/page/2 [3] https://brasil.elpais.com/brasil/2015/12/30/cultura/1451504427_675885.html [4] http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/03.035/696 [5] https://diariodocirco.blogspot.com/2016/12/fecham-se-as-cortinas-do-circo-garcia_21.html [6] https://www.propagandashistoricas.com.br/2013/12/epel-vida-melhor-para-mulheres-1947.html [7] https://www.souvenirparis.com/br/%C3%ADm%C3%A3s/520-ima-torre-eiffel-bronze-3d.htmlCushiole [8] http://archigram.westminster.ac.uk/project.php?id=91Free time node [9] http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31062008000100020 [10] Pedro Alves; Arquitectura “Post-it”; Op cit; pág. 46 [11] http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/09.102/97 [12] http://socks-studio.com/2011/10/31/francois-dallegret-and-reyner-banham-a-home-is-not-a-house-1965/ [13] http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/03.035/696 [14] Robert Kronenburg; Portable Architecture; Op cit; [15] Robert Kronenburg; Portable Architecture; Op cit; [16] Robert Kronenburg; Portable Architecture; Op cit; [17] http://personagenssublimes.blogspot.com/p/invent.html [18] http://www.jangadabrasil.org/temas/2011/11/10/ciganos-no-brasil-1/ [19] Douglas Keister; Mobile Mansions (Intl): Taking home sweet home on the road; Gibbs Smith; 2006 [20] http://www.caravanacigana.com/search/label/ORIGENS [21] http://www.caravanacigana.com/search/label/ORIGENS [22] http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_do_autom%C3%B3vel [23] https://pt.wikipedia.org/wiki/Ford_Model_T [24] Ray I. Scroggins; Home Is Where You Park It; Op cit; pág 32 [25] http://home.comcast.net/~robmorg/oldmh/oldmh.htm [26] Cátia de Matos Bernardo; Pela mobilidade: habitar em movimento; Op cit; pág. 41 [27] Ray I. Scroggins; Home Is Where You Park It; Op cit; pág 33 [28] R ay I. Scroggins; Home Is Where You Park It; Op cit; pág 33 [29] C Pianta Cabral; Segunda Parte. Zoom: Por uma arquitectura móvel; 2002; pág. 230 [30] Ray I. Scroggins; Home Is Where You Park It; Op cit; Pág.36 [31] Ray I. Scroggins; Home Is Where You Park It; Op cit; Pág.36 [32] http://cargocollective.com/jaynelson/Patagonia-Worn-Wea [33] https://www.sportrailers.com.br/motorhome-itapoa-voi--144555520xJM [34] https://www.youtube.com/watch?v=zUWb0Qw4uOU [35] Ray I. Scroggins; Home Is Where You Park It; Op cit; Pág.36 [36] Ray I. Scroggins; Home Is Where You Park It; Op cit; Pág.36 [37] https://www.countryliving.com/home-design/g1887/tiny-house/ [38] http://florestaspampeanas.blogspot.com/p/tapera-cobijos.html [39] http://florestaspampeanas.blogspot.com/p/tapera-cobijos.html [40] https://www.correiodopovo.com.br/CopadoMundo/2018/6/654218/Fusca-gaucho-e-uma-das-atracoes-da-Copa-do-Mundo-na-Russia [1] https://outraspalavras.net/http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/03.035/696 [2] https://carnedura.wordpress.com/2015/12/20/espetacularizacao-ou-patologizacao/ [3] https://euromotorhome.com.br/ [4] Arquivo pessoal da autora [5] Arquivo pessoal da autora [6] Arquivo pessoal da autora [7] https://www.itapoamotorhomes.com.br/ [8] http://www.jaynelsonart.com/ [9] http://www.jaynelsonart.com/ [10] http://cargocollective.com/jaynelson/Patagonia-Worn-Wear-Truck [11] http://cargocollective.com/jaynelson/Patagonia-Worn-Wear-Truck [12] http://cargocollective.com/jaynelson/Patagonia-Worn-Wear-Truck [13] http://cargocollective.com/jaynelson/Patagonia-Worn-Wear-Truck [14] http://www.jaynelsonart.com/ [15] http://www.jaynelsonart.com/ [16] http://cargocollective.com/jaynelson/Patagonia-Worn-Wear-Truck
113
[17] http://cargocollective.com/jaynelson/Patagonia-Worn-Wear-Truck [18] http://cargocollective.com/jaynelson/Patagonia-Worn-Wear-Truck [19] https://pursuitist.com/the-opera-camper-a-luxurious-private-suite-on-wheels/ [20] https://pursuitist.com/the-opera-camper-a-luxurious-private-suite-on-wheels/ [21] https://pursuitist.com/the-opera-camper-a-luxurious-private-suite-on-wheels/ [22] https://www.designboom.com/technology/rob-vos-design-opera-camper-05-20-2017/ [23] https://pursuitist.com/the-opera-camper-a-luxurious-private-suite-on-wheels/ [24] https://pursuitist.com/the-opera-camper-a-luxurious-private-suite-on-wheels/ [25] https://pursuitist.com/the-opera-camper-a-luxurious-private-suite-on-wheels/ [26] https://pursuitist.com/the-opera-camper-a-luxurious-private-suite-on-wheels/ [27] https://pursuitist.com/the-opera-camper-a-luxurious-private-suite-on-wheels/ [28] https://inhabitat.com/mehrzeller-is-a-customizable-multicellular-mobile-home-in-austria/ [29] https://inhabitat.com/mehrzeller-is-a-customizable-multicellular-mobile-home-in-austria/ [30] https://inhabitat.com/mehrzeller-is-a-customizable-multicellular-mobile-home-in-austria/ [31] https://inhabitat.com/mehrzeller-is-a-customizable-multicellular-mobile-home-in-austria/ [32] https://inhabitat.com/mehrzeller-is-a-customizable-multicellular-mobile-home-in-austria/ [33] https://inhabitat.com/mehrzeller-is-a-customizable-multicellular-mobile-home-in-austria/ [34] https://www.airstream.com/ [35] https://www.airstream.com/ [36] https://www.airstream.com/ [37] https://www.airstream.com/ [38] https://www.airstream.com/ [39] https://www.airstream.com/ [40] https://www.buerstner.com/es/caravanas/ [41] https://www.buerstner.com/es/caravanas/ [42] https://www.buerstner.com/es/caravanas/ [43] https://www.adria.co.uk/motorhomes/ [44] http://www.cumminsdesign.com/category_gallery/7-rv_renderings_gallery/ [45] http://www.cumminsdesign.com/category_gallery/7-rv_renderings_gallery/ [46] http://www.yoochai.com/blog/pt/sabe-o-que-e-uma-loja-pop-up-e-como-e-que-ela-pode-ajudar-o-seu-negocio/ [47] https://www.ecoxunidademovel.com.br/escritorio-movel-alexandria/ [48] https://noticias.bol.uol.com.br/fotos/entretenimento/2016/10/29/nissan-e-nv200-workspace-escritorio-eletrico. htm [49] https://projetodraft.com/meu-escritorio-e-um-trailler-assim-a-upik-pretende-tornar-a-arquitetura-mais-acessivel/ [50] http://www.yoochai.com/blog/pt/sabe-o-que-e-uma-loja-pop-up-e-como-e-que-ela-pode-ajudar-o-seu-negocio/ [51] https://projetodraft.com/meu-escritorio-e-um-trailler-assim-a-upik-pretende-tornar-a-arquitetura-mais-acessivel/ [52] https://projetodraft.com/meu-escritorio-e-um-trailler-assim-a-upik-pretende-tornar-a-arquitetura-mais-acessivel/ [53] Livro Dimensionamento Humano para Espaços Interiores pg. 38 [54] Livro Dimensionamento Humano para Espaços Interiores pg. 104 [55] Livro Dimensionamento Humano para Espaços Interiores pg. 136 [56] Livro Dimensionamento Humano para Espaços Interiores pg. 141 [57] Livro Dimensionamento Humano para Espaços Interiores pg.142 [58] Livro Dimensionamento Humano para Espaços Interiores pg.150 [59] Livro Dimensionamento Humano para Espaços Interiores pg.153 [60] Livro Dimensionamento Humano para Espaços Interiores pg. 158 [61] https://www.iveco.com/brasil/collections/technical_sheets/Documents/Produtos/Daily_Chassi_Cabine.pdf [62] https://www.renault.com.br/veiculos/conheca-nossa-gama/master-chassi.html [63] https://www.renault.com.br/veiculos/conheca-nossa-gama/master-chassi.html [64] encurtador.com.br/kpuy1 [65] encurtador.com.br/kpuy1 [66] encurtador.com.br/kpuy1 [67] encurtador.com.br/kpuy1 [68] encurtador.com.br/kpuy1 [69] encurtador.com.br/kpuy1 [70] encurtador.com.br/kpuy1 [71] https://www.magnusmundi.com/o-casulo-perfeito/ [72] http://www.borboletas.info/
114
[73] https://www2.uol.com.br/sciam/noticias/a_transformacao_da_lagarta_em_borboleta_implica_autofagia.html [74] http://dicasdaarquiteta.ig.com.br/index.php/2009/08/06/saiba-mais-sobre-acustica/ [75] https://embuscadointerior.wordpress.com/2011/04/07/geodesica/ [76] https://www.airstream.com/ [77] https://www.airstream.com/ [78] https://www.airstream.com/ [79] https://www.airstream.com/ [80] https://www.buerstner.com/es/caravanas/ [81] https://www.buerstner.com/es/caravanas/ [82] https://www.buerstner.com/es/caravanas/ [83] https://www.adria.co.uk/motorhomes/ [84] http://www.cumminsdesign.com/category_gallery/7-rv_renderings_gallery/ [85] http://www.cumminsdesign.com/category_gallery/7-rv_renderings_gallery/ [86] http://www.yoochai.com/blog/pt/sabe-o-que-e-uma-loja-pop-up-e-como-e-que-ela-pode-ajudar-o-seu-negocio/ [87] https://www.ecoxunidademovel.com.br/escritorio-movel-alexandria/ [88] https://noticias.bol.uol.com.br/fotos/entretenimento/2016/10/29/nissan-e-nv200-workspace-escritorio-eletrico. htm [89] https://projetodraft.com/meu-escritorio-e-um-trailler-assim-a-upik-pretende-tornar-a-arquitetura-mais-acessivel/ [90] http://www.yoochai.com/blog/pt/sabe-o-que-e-uma-loja-pop-up-e-como-e-que-ela-pode-ajudar-o-seu-negocio/ [91] https://projetodraft.com/meu-escritorio-e-um-trailler-assim-a-upik-pretende-tornar-a-arquitetura-mais-acessivel/ [92] https://projetodraft.com/meu-escritorio-e-um-trailler-assim-a-upik-pretende-tornar-a-arquitetura-mais-acessivel/ [93] Livro Dimensionamento Humano para Espaços Interiores pg. 38 [94] Livro Dimensionamento Humano para Espaços Interiores pg. 104 [95] Livro Dimensionamento Humano para Espaços Interiores pg. 136 [96] Livro Dimensionamento Humano para Espaços Interiores pg. 141 [97] Livro Dimensionamento Humano para Espaços Interiores pg.142 [98] Livro Dimensionamento Humano para Espaços Interiores pg.150 [99] Livro Dimensionamento Humano para Espaços Interiores pg.153 [100] Livro Dimensionamento Humano para Espaços Interiores pg. 158 [101] https://www.iveco.com/brasil/collections/technical_sheets/Documents/Produtos/Daily_Chassi_Cabine.pdf [102] https://www.renault.com.br/veiculos/conheca-nossa-gama/master-chassi.html [103] https://www.renault.com.br/veiculos/conheca-nossa-gama/master-chassi.html [104] encurtador.com.br/kpuy1 [105] encurtador.com.br/kpuy1 [106] encurtador.com.br/kpuy1 [107] encurtador.com.br/kpuy1 [108] encurtador.com.br/kpuy1 [109] encurtador.com.br/kpuy1 [110] encurtador.com.br/kpuy1 [111] https://www.magnusmundi.com/o-casulo-perfeito/ [112] http://www.borboletas.info/ [113] https://www2.uol.com.br/sciam/noticias/a_transformacao_da_lagarta_em_borboleta_implica_autofagia.html [114] http://dicasdaarquiteta.ig.com.br/index.php/2009/08/06/saiba-mais-sobre-acustica/ [115] https://embuscadointerior.wordpress.com/2011/04/07/geodesica/ [116] https://embuscadointerior.wordpress.com/2011/04/07/geodesica/
115
ANEXOS
116
ANEXO 1: QUESTIONÁRIO
117
1) Você vive em uma moradia itinerante? (ex: motohome, van, kombi, furgão,...) 2) Qual a sua idade? 3) Gênero 4) Com quem você vive? 5) Desde quando vive ‘’em trânsito’’? 6) De onde você é? 7) Qual a sua motivação para viver esse estilo de vida? 8) Onde você permanece com mais frequência? 9) Como escolhe o lugar de parada? 10) O que você vê como essencial em um local de parada? 11) Você sente falta de alguma facilidade no local de parada? 12) O local onde você mora é próprio? 13) Qual o veículo que você reside? 14) Você escolheu esse veículo por quê? 15) Se tivesse disponibilidade de escolher outro modelo, qual seria e por quê? 16) Quais atividades são desenvolvidas dentro do veículo? 17) Quais equipamentos considera fundamentais para o veículo?
ANEXO 2: AUTOMÓVEl COMO OBJETO ARQUITETÔNICO: Desde o surgimento do automóvel muitos arquitetos fizeram rabiscos e até concretizaram projetos de automóveis, segundo CALAPEZ (2013) o primeiro automóvel a ter um olhar arquitetônico foi em 1907, o modelo Opel de Joseph Maria Olbrich, é perceptível que esses automóveis dificilmente tinham detalhamento do seu funcionamento e mecânica, comprovando assim a participação do arquiteto mais como um coator do carro, voltado mais pra as questões estéticas do que para o funcionamento do mesmo. Em 1920 surge a proposta do Automobile with Cantilevered Top de Frank Lloyd Wright, em 1928 o Voiture Minimum de Le Corbusier e em 1930 Os três Alder Standards de Walter Groupius que não ficou apenas no campo das ideias mas também foi de fato fabricado como podemos ver na imagem:
http://138.232.99.50/bilder/piclist2php?-skip=15360&-max=1266
Walter Groupius citado por John Pashdang; SIA Flashback: Autos by architects: Op cit; pág. 28
118
Em 1940 lançam o Lincoln Continental projetado por Frank Lloyd Wright:
Daniel Bruechert; Frank Lloyd Wright and the automobile: designs for automobility; Op cit; pág. 11
Já em 1978 Renzo Piano e Peter Rice são convidado a projetar o VSS Fiat que seria lançado na década de 90, na mesma década o Museu de Arte Contemporânea de Sidney convida alguns arquitetos para projetarem alguns modelos de autocaravanas para uma exposição e assim Jan Kaplický e Amanda Levete projetam:
studio2.bilder
Em 2007 lançam o modelo Z car assinado por Zahad Hadid, projetado (bem como é do seu estilo) de uma maneira bastante plásstica e com auxílio de softwares computacionais
https://www.dezeen.com/2007/07/30/zcar-by-zaha-hadid/
http://www.theguardian.com/artanddesign/2010/oct/05/ norman-foster-dymaxion-buckminster-fuller
http://www.dezeen.com/2011/12/21/a-new-bus-for-london-by-heatherwick-studios/
119
Em 2010 Norman Foster faz um nova versão do Dymaxion car deixando o design bastante semelhante e recriando algumas peças novas. Em 2012 Foster se junta ao Aston Martin e projetam o Routemaster com o objetivo de popularizar em Londres
120