PORTOS E TERMINAIS
Portonave recebe primeiro navio do novo serviço Brasex 2
Operou na madrugada do dia 24 de outubro, no Porto de Navegantes, o navio Mandalay, que inaugurou o novo serviço BRASEX 2. Com escala única no Sul do país, a Portonave receberá semanalmente um dos cinco navios dessa nova linha. Do armador CMA CGM, a rota tem destino à América Central e Caribe e compreende os portos de Kingston (Jamaica), Port of Spain (Trinidade e Tobago), Vitória, Santos, Navegantes, Vila do Conde, Caucedo (República Dominicana) e San Juan (Porto Rico). Vale destacar que Kingston tem função de hub port com conexões para Ásia, Europa e América do Norte O novo serviço deve movimentar, na exportação, cargas de madeira, alimentos e cerâmica. Para importação, as principais cargas são plásticos e seus derivados, produtos químicos e alumínio e derivados. Com este serviço, o Terminal de Navegantes soma nove linhas para cinco continentes.
Mais da metade das indústrias de SC enfrentam escassez de matérias-primas Segundo pesquisa divulgada pela Federação das Indústrias de SC (Fiesc) e pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quarta-feira (28), 50,5% das indústrias catarinenses não conseguem aumentar sua produção por conta da escassez de matérias-primas. Com a retomada econômica, a demanda industrial aumentou nos últimos meses. O levantamento mostrou que 64,5% das empresas consultadas estão com dificuldades para atender a demanda e 36,9% delas relataram que a procura é maior do que a
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capacidade de produção. Atualmente, a utilização da capacidade da indústria em SC está em crescimento e chegou a 82% em setembro, o que mostra que a ociosidade da produção caiu. Para o consultor da Fiesc, Pablo Bittencourt, a mudança do padrão de consumo e taxa de câmbio também têm influenciado na dificuldade das indústrias em atender a demanda. "Essa forte retomada nacional ajuda a explicar o descompasso entre oferta e demanda dos insumos. De 40% a 70% das empresas brasileiras, segundo dados do IBGE, registraram problemas com fornecedores na primeira quinzena de setembro. Isso é fruto dessas grandes dificuldades internacionais", afirmou. Além das dificuldades pontuais causadas pela pandemia e pelo dólar alto, o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, destacou que a falta de atenção com algumas demandas antigas também tem influência neste momento. "Associado a isso há desafios na infraestrutura de transportes e no fornecimento de energia. Tem empresas que não estão conseguindo expandir as atividades por conta de limitações como essas", destacou. O prazo para normalização do fornecimento de matérias-primas é incerto. Para 46% dos empresários, isso deve acontecer em até três meses, enquanto 43% acredita que a normalização deve demorar entre três e seis meses. Já 11% dos industriais está mais pessimista, e acredita que a situação permaneça por mais de seis meses.