8 minute read

SC: Marco Legal das

SC: Marco Legal das Ferrovias pode ampliar investimentos no setor, afirma Dário Berger

Dados da ANTT apontam que, no Brasil, o setor da indústria responde por mais de 17 milhões de Toneladas por Quilômetro Útil (TKU) em circulação nas ferrovias nacionais

Advertisement

Com 1.365 km de extensão ferroviária, Santa Catarina será um dos estados beneficiados com a aprovação do Marco Legal das Ferrovias (PLS 261/2018), em tramitação no Congresso Nacional. Segundo o senador Dário Berger, do MDB catarinense, a proposta vai estimular o investimento no modal e, consequentemente, acabar com a dependência que o Brasil tem do setor rodoviário para transporte de cargas. “Santa Catarina, por exemplo, possui apenas duas ferrovias de transportes de cargas. Com a aprovação desse projeto, que diminui a burocracia e facilita a entrada do capital privado, tenho certeza absoluta de que a ferrovia Oeste-Leste, que liga o setor da agroindústria, no Oeste catarinense, ao porto de Itajaí, finalmente sairá do papel”, destaca. Atualmente, a Unidade da Federação é cortada pela Ferrovia Tereza Cristina S.A, que obteve a concessão da Malha Tereza Cristina, pertencente à Rede Ferroviária Federal S.A., no leilão realizado em 22 de novembro de 1996. Santa Catarina também conta com um trecho da Ferrovia Sul Atlântico, que obteve a concessão da Malha Sul. O novo substitutivo, apresentado no dia 18 de novembro, retira a possibilidade de migração do regime de concessão para o de autorização. A medida era considerada insegurança aos usuários e operadores, sobretudo por não dar garantias concretas de que os novos autorizatários iriam compartilhar a capacidade de movimentação com outros operadores. De acordo com dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), no Brasil, o setor da indústria responde por mais de 17 milhões de Toneladas por Quilômetro Útil (TKU) em circulação nas ferrovias nacionais. Em todo o País, da produção total, que abrange mercados como minério, combustíveis e indústrias, 365.101 milhões TKU foram transportados pelo modal ferroviário em 2020. Dados apresentados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), apontam que mais de 30% da extensão de trilhos ferroviários do Brasil estão inutilizados e 23% não possuem condições operacionais. Para o especialista em infraestrutura da CNI, Matheus de Castro, o setor ferroviário precisa de mais apoio e de maiores investimentos. Segundo ele, a ampliação da malha será relevante para logísticas mais econômicas e para geração de emprego e renda. “A gente imagina que, com o regime de autorização poderá se viabilizar investimento, por exemplo, em grandes trechos ferroviários, como seria a Ferrogrão, uma ferrovia que parte, praticamente, de uma zona produtora de grãos, até um porto de exportação. Ela tem seu início e seu fim em postos específicos que não dependem do restante do sistema, pontua.

Tentativa de acordo

O PLS 261/2018 está previsto para ser apreciado pelo Senado Federal e o texto deve voltar à mesa de negociações na Casa. Isso porque o governo federal fez uma série de sugestões ao relator da matéria, senador Jean Paul Prates (PT-RN). No total, são nove pontos de alteração no texto, que devem acarretar discussões sobre a possibilidade de migração entre os regimes de concessão e autorização. A intenção do governo era que o PLS fosse aprovado ainda no mês de março. Entre as possíveis modificações também está a inclusão de um dispositivo que trate de garantir investimentos no corredor Centro-Leste. O trecho abrange parte dos estados de Goiás, Minas Gerais e chega no porto de Vitória (ES). A ideia compõe a renovação da concessão da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA). O relator concordou com essa mudança para resolver um conflito entre o governo e as bancadas dos três estados. Presidente da comissão de infraestrutura do Senado, Marcos Rogério (DEM-RO) garante que todos os setores já participaram dos diálogos. Segundo o parlamentar, a proposta está benquista, inclusive com um alinhamento das ideias juntamente com o governo federal. "Não pode votar de forma aleatória, tem que apreciar num entendimento entre os atores do Parlamento e o governo", disse.  Com a aprovação desse projeto tenho certeza absoluta de que a ferrovia Oeste-Leste, que liga o setor da agroindústria, no Oeste catarinense, ao porto de Itajaí, finalmente sairá do papel 

Pandemia impacta no setor de cruzeiros de luxo

Um ano marcado por paralisações, retomadas surpreendentes e aumento na antecedência das compras. 2020 foi um ano desafiador para todo o mundo, para o Turismo e, inclusive para os cruzeiros de luxo. É o que mostra o Brazil´s Luxury Cruise Market Report, relatório produzido pela Pier 1 Cruise Experts, especialista em cruzeiros de luxo, que traz dados da operadora referentes a 2020. As expectativas para o setor de cruzeiros de luxo no início de 2020 eram as melhores, com a economia brasileira aquecida, previsão de crescimento do PIB de 2%, além da expectativa de lançamento de diversos novos navios – sendo cinco embarcações de luxo, que somam aproximadamente 3 mil leitos, que foram lançadas e aguardam inauguração oficial. Mesmo com a iminência do decreto de uma pandemia, janeiro de 2020 se configurou como um mês positivo, com crescimento de vendas 29,1% superior ao mesmo período de 2019. Mas os planos e expectativas para 2020 começaram a mudar com a chegada da pandemia. Em março, todas as companhias associadas à CLIA, decidiram, voluntariamente, paralisar todas as operações, começando um grande trabalho conjunto de repatriação de todos os hóspedes e tripulantes em condições desafiadoras com muitos portos e fronteiras fechadas, além de poucos voos disponíveis em operação. O ápice da crise chegou em maio, com uma queda de 82,5% nas vendas e faturamento da operadora. O pior mês do ano também foi um ponto de inflexão, pois, os meses seguintes foram marcados por uma gradativa recuperação do volume de vendas, motivada, na época, pelas notícias sobre o desenvolvimento de potenciais vacinas e de alguns países que começavam a flexibilizar seus acessos. O auge da recuperação aconteceu em outubro, quando, pela primeira vez desde o início da pandemia, a Pier 1 apresentou uma performance 24,1% superior ao ano anterior. Porém, com as novas ondas de COVID-19 ao redor do globo e, como consequência, o fechamento das fronteiras, os dois últimos meses do ano voltaram a apresentar resultados negativos.

Destinos destacados A pandemia também trouxe mudanças entre os destinos mais procurados, muito por conta da oscilação de possibilidade de navegação em diversos pontos. A Europa Fluvial, com share de 20,1%, passou a ocupar a segunda posição, no lugar do Mar Báltico & Norte da Europa. Já a Ásia & Oriente Médio, que apresentava um share de 12,6% em 2019, teve o percentual reduzido para 3,8%.

Antecipação Outro dado que sofreu grande variação em relação ao ano anterior foi o de antecipação da data da compra do Cruzeiro. Já no final do 1° semestre de 2020, foi observado que esse quesito havia ultrapassado, também pela primeira vez, a marca de 200 dias antes da data de embarque. À medida que os cruzeiros ao longo do 2° semestre eram cancelados, as remarcações começaram a ser feitas para datas cada vez mais distantes, chegando à marca dos 265 dias, um aumento de 33,8% em relação a 2019.

Ticket Médio Um dos dados mais interessantes de 2020, foi o valor do ticket médio por hóspede, que ultrapassou o patamar de US$7 mil, apesar de todas as adversidades e da desvalorização do Real. Esse fato pode ser uma consequência dos bônus em créditos futuros oferecidos pelas companhias aos hóspedes que tiveram seus cruzeiros suspensos. Em alguns casos, chegaram a ser 25% além do valor originalmente pago. Entretanto, ainda será necessário aguardar a retomada das operações e normalização das condições comerciais das vendas dos cruzeiros para confirmar a consolidação desse novo patamar.

Perspectivas, medidas e ampliação do portifólio Apesar de todas as adversidades do ano, vale ressaltar aspectos positivos como o lançamento de 16 novos navios, cinco deles das Companhias de luxo. Para 2021, o planejamento é para o lançamento de

outras nove embarcações. Quando as companhias retomarem suas operações, o mercado e os cruzeiristas terão à sua disposição uma das mais modernas frotas de cruzeiros de todos os tempos. Além disso, merecem destaque as políticas adotadas por grande parte das companhias de cruzeiros para protegerem os agentes de viagem durante essa crise sem precedentes, como honrar o pagamento das comissões das viagens canceladas e das remarcadas, e o oferecimento de bônus em créditos futuros para os clientes escolherem a viagem ideal. “É inegável que o ano de 2020 foi o mais desafiador para todo o setor turismo, em especial, para a indústria de cruzeiros, mas também foi um período de aprendizado e de fortalecimento da parceria entre companhias, operadoras e agentes de viagens. Trabalhamos para oferecer a melhor matéria-prima para a retomada dos agentes, nosso principal canal de vendas: novos roteiros, navios e destinos, além de ações promocionais e ferramentas facilitadoras”, disse Thiago Vasconcelos, Diretor Executivo da Pier 1. “Acreditamos que a vacinação em massa da população e a exigência das companhias de cruzeiros de embarcar apenas hóspedes vacinados sejam importantes passos para alcançarmos patamares atingidos antes da pandemia”, completa.

Sobre a Pier 1 A Pier 1 Cruise Experts é uma operadora de turismo, especiaThiago Vasconcelos, Diretor Executivo da Pier 1 bx

lizada em viagens de cruzeiros marítimos, fluviais, de expedição e iates de luxo. Fundada em 1986, é referência nacional e líder de mercado nesse segmento, e distribuidora oficial das mais renomadas companhias do mundo. Virtuoso Cruise Preferred Partner na América Latina, dispõe de uma estrutura sofisticada para atender às principais necessidades do público com seu atendimento Cruise Concierge. www.pier1.com.br.

This article is from: