Revista Portuária - Novembro 2021.

Page 1

Economia Negócios REVISTAPORTUÁRIA

Edição NOVEMBRO/2021 / Ano XXIIII

R$ 80,00

Privatização: A corda está esticada, o prazo curto, edital de leilão do governo federal ainda não saiu. O que será do futuro do Porto de Itajaí?

Economia&Negócios • Edição NOVEMBRO/2021 • 1


2

• Edição NOVEMBRO 2021 • Economia&Negócios


EDITORIAL

ISSN - 1981 - 6170

Senado tenta sepultar reformas fundamentais para o país

ANO 24  EDIÇÃO NOVEMBRO/2021 Editora Bittencourt Rua Anita Garibaldi, 425 | Centro | Itajaí Santa Catarina | CEP 88303-020 Fone: 47 3344.8600 Direção: Carlos Bittencourt carlos@bteditora.com.br | 47 9 8405.8777 Presidente do Conselho Editorial: Antonio Ayres dos Santos Júnior Diagramação: Solange Maria Pereira Alves (0005254/SC) solange@bteditora.com.br Capa: Foto: Marcos Porto Contato Comercial: Sônia Anversa - 47 9 8405.9681 carlos@bteditora.com.br Para assinar: Valor anual: R$ 960,00 A Revista Portuária não se responsabiliza por conceitos emitidos nos artigos assinados, que são de inteira responsabilidade de seus autores. www.revistaportuaria.com.br twitter: @rportuaria

Comercial para todo o Brasil

VIRTUAL BRAZIL Ltda +55 48 3233-2030 | +55 48 9961-5473 MAIL: paulo@virtualbrazil.com.br SKYPE: contatos@virtualbrazil.com.br

O

presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que as reformas tributárias e administrativas devem ser discutidas somente em 2022, mas que mesmo assim, as matérias enfrentam resistência na casa revisora do parlamento. A justificativa não poderia ser diferente: os parlamentares se sentem cada vez menos confortáveis em tratar de matérias sensíveis a medida em que as eleições de 2022 se aproximam. Atualmente, existem quatro propostas de reforma tributária tramitando no legislativo brasileiro: 1) a reforma do Imposto de Renda (PL 2.337/2021); 2) a proposta de unificação do PIS/Cofins (PL 3.887/2020); 3) a PEC 110/2019 - apresentada pelo Senado; e a 4) PEC 45/2019, de iniciativa da Câmara dos Deputados. Não é preciso dizer que o Senado possui pouca ou nenhuma disposição em votar a reforma do imposto de renda apresentada pelo governo, pois muitos estados mostraram resistência com a proposta, que pode representar uma diminuição na arrecadação de até 26 bilhões de reais para os cofres estaduais. Nessa altura do campeonato e com a aproximação das eleições, manter governadores de seus estados e sua base eleitoral satisfeitos é a prioridade dos parlamentares. É verdade que a PEC 110 e a PEC 45, ambas nascidas no Legislativo, trazem alterações substanciais no sistema tributário atual. No entanto, as mudanças visam apenas simplificar o sistema tributário brasileiro e torná-lo mais eficiente. Nas propostas apresentadas não há preocupação com a diminuição da arrecadação de tributos, mas tão somente a ânsia de tirar do pântano a velha benemerência do poder público, que se preocupa apenas em garantir formas menos complicadas de confiscar a riqueza produzida pela sociedade. Em outras palavras: não há refresco para o contribuinte. Embora tenha se posicionado a favor da Reforma Administrativa ( PEC 32/20 ), o Presidente do Senado seguiu na mesma linha de seu colega Arthur Lira (PP-AL), ao afirmar que existe pouca disposição para sua votação no Senado. O Senador disse que a resistência dos servidores públicos se dá pela percepção de se tratar de uma redução de direitos, muito embora seja amplamente conhecido que as mudanças só afetarão o futuro e que não atingiriam direitos adquiridos. Apesar do espanto que essa declaração pode causar no cidadão brasileiro médio, não há nada de novo nessa resistência enfadonha do setor público. Em última análise, adiar as discussões e votações da reforma tributária e administrativa para 2022, significa sepultá-las até as eleições ou, na melhor das hipóteses, reduzir sua abrangência e capilaridade em função dos interesses eleitorais que já contaminaram essa discussão fundamental para sociedade brasileira.

Economia&Negócios • Edição NOVEMBRO/2021 • 3


Sumário

8. CAPA. Continua luta pela manutenção da Autoridade Portuária em Itajaí 6. ENTREVISTA: A Amazônia é a maior vantagem competitiva do Brasil, diz Thomé

22. Seu "Nino", da Femepe, conhecido como "Pescador de Sonhos", completa 90 anos de idade

10. Liberta Investimentos expande para Santa Catarina com nova unidade em Balneário Camboriú

24. Logistique 2022 terá abrangência ampliada e foco na inovação

12. BMW Group Brasil produzirá novos modelos em Araquari e irá ampliar papel da engenharia com aporte de R$ 500 milhões 14. 82% das pequenas indústrias já inovaram pelo menos uma vez 16. Advogada Claudia Prudêncio é a primeira mulher eleita presidente da OAB/SC em 88 anos 24

• Edição NOVEMBRO 2021 • Economia&Negócios

25. Empresário Vilton Santos é reeleito presidente da CDL de Balneário Camboriú 26. Pasqualotto&GT recebe o consagrado Prêmio Líderes SC 30. Complexo Portuário de Itajaí e Navegantes registra crescimento de 6% na tonelagem 34. Porto de Itapoá recebe maior prêmio ambiental de SC


Economia&Negócios • Edição NOVEMBRO/2021 • 5


Entrevista: MARCELO THOMÉ

A Amazônia é a maior vantagem competitiva do Brasil, diz Thomé Diretor do Instituto Amazônia+21, que foi apresentado a investidores árabes na missão ao EAU, Marcelo Thomé explica o objetivo da nova iniciativa e fala da importância de o Brasil centrar seus esforços no crescimento verde

S

ustentabilidade não é uma opção, mas uma exigência para qualquer atividade econômica. Com as emergências climática demandando mais ação de governantes, lideranças empresariais e sociedade, o desenvolvimento sustentável é uma premissa básica, inclusive para o mundo dos negócios. Com o objetivo de apoiar empresas e novos empreendimentos na região amazônica e conectá-los com fundos de investimentos e grandes empresas interessadas em financiar ou participar de negócios sustentáveis, foi criado o Instituto Amazônia+21 (IAMZ+21), por meio de uma parceria entre a Federação de Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO) e a Confederação Nacional da Indústria. Hoje, o diretor do instituto e presidente da FIERO, Marcelo Thomé, apresentou a nova iniciativa a investidores estrangeiros no fórum Invest in Brazil, organizado pela Apex-Brasil em Dubai. Confira a entrevista de Thomé, onde ele explica um pouco dos objetivos da entidade e também fala das oportunidades de o Brasil alavancar seu crescimento a partir dos ativos da sua biodiversidade. O que é o Instituto Amazônia+21? MARCELO THOMÉ: O Instituto Amazônia+21 é uma iniciativa empresarial nascida na Amazônia, para promover negócios sustentáveis na amazônia. Ele surge apoiado pelas oito federações de industria dos estados da Amazônia Legal. Isso é um diferencial incrível, pois significa empresários que conhecem a realidade amazônica propondo as bases e linhas de negócios sustentáveis para participação de grandes empresas do Brasil e do mundo, bem como de fundos de investimentos e instituições financeiras interessadas na conservação do nosso bioma a partir da sustentabilidade da atividade econômica na Amazônia. A iniciativa do Instituto Amazônia+21 foi mapeada no Fórum Mundial Amazônia+21, em 2020. O que esse evento mostrou?

MARCELO THOMÉ: O Fórum Mundial seria em Porto Velho, em 2020. mas a pandemia exigiu um evento 100% virtual. Tivemos 110 painelistas e 120 instituições de vários países, mais 25 mil pessoas participando em tempo real. Foi um sucesso. Os debates apontaram diversos caminhos para o desenvolvimento sustentável da Amazônia, mas todos passam pela proteção do bioma e pela melhoria da qualidade de vida de mais de 23 milhões de pessoas que vivem na Amazônia Legal. Ficou claro que a oportunidade de trazer dinheiro para movimentar a economia na nossa região está nos negócios sustentáveis. A Amazônia é um grande mercado consumidor, ávido por negócios sustentáveis. Como o Instituto vai atuar diante dessa necessidade? MARCELO THOMÉ: A Amazônia é a maior vantagem competitiva do Brasil em um mundo decidido pela economia verde. A Amazônia guarda as melhores possibilidades de crescimento do país, é o maior ativo nacional para o desenvolvimento sustentável. e o

TRANSPORTE DE CARGAS FRACIONADAS E LOTAÇÕES

BRUSQUE/SC (47) 3351-5111 6

• Edição NOVEMBRO 2021 • Economia&Negócios

ITAJAÍ/SC (47) 3348-3292

SÃO JOÃO BATISTA/SC (48) 3265-1311

FLORIANÓPOLIS/SC (48) 3258-5330

GUARULHOS/SP (11) 2085-4500

CURITIBA/PR (41) 3348-7000


Instituto Amazônia+21 surge com um diferencial significativo. É o empresariado amazônico pensando sua própria realidade. É um movimento de dentro para fora. vamos gerar e impulsionar projetos de impacto positivo, a partir do que é próprio daqui da região. Seremos o elo entre quem produz e conhece o local e aqueles que têm interesse e compromisso de investir de maneira sustentável, tornando-se aliados na conservação da Amazônia. O protecionismo pelo isolamento ou o desenvolvimento a qualquer custo são premissas superadas. Vamos virar essa chave. Na prática, como o instituto vai estimular processos de pesquisa, desenvolvimento e inovação na amazônia? MARCELO THOMÉ: Promovendo negócios sustentáveis. São os negócios que movimentam a economia e para isso demandam investimentos em pesquisas, inovação e tecnologia. Por exemplo, uma agroindústria precisa se reinventar para tornar-se sustentável, nesse processo, ela procura financiamento para buscar soluções nos seus processos de produção e na sua cadeia produtiva. E essas soluções exigem pesquisas previstas no projeto para obtenção do financiamento. É assim que o mercado funciona, que as pesquisas se tornam possíveis e trazem inovações. Tecnologia e inovação, bioeconomia, indústria verde e mercado de carbono são possibilidades estratégicas para o desenvolvimento socioeconômico da amazônia. Como fazer isso acontecer? MARCELO THOMÉ: A economia verde tem a cara da Amazônia. O bioma amazônico é a base mais valiosa para geração de riquezas

A Amazônia é a maior vantagem competitiva do Brasil em um mundo decidido pela economia verde. A Amazônia guarda as melhores possibilidades de crescimento do país, é o maior ativo nacional para o desenvolvimento sustentável.

a partir de negócios sustentáveis. O mercado de carbono é demanda de compesação dos países industrializados e aí nossas florestas têm os maiores ativos. Há um grande estoque de terras degradadas para a produção agrícola crescer sem avançar um palmo sobre a floresta. A Amazônia oferece possibilidades em todos os setores, agorpecuária, turismo, indústria, serviços. agora é preciso adotar princípios ESG, com cuidado ambiental, responsabilidade social e boa governança das empresas. A economia verde exige isso, consumidores de todo o mundo exigem isso. Como o Instituto Amazônia+21 vai funcionar? MARCELO THOMÉ: Estamos agora na fase inicial de implantação, lançando o instituto, envolvendo lideranças empresariais. Em breve, entraremos em fase operacional as federações de indústrias serão a nossa interface em cada estado da Amazônia, a base para o atendimento das empresas em cada estado da região. Teremos um escritório executivo em São Paulo para atuar mais perto das grandes empresas, instituições financeiras e investidores.

FONTE: REVISTA CNI

Economia&Negócios • Edição NOVEMBRO/2021 • 7


Com a corda esticada, Porto de Itajaí vive na incerteza!

O

futuro do Porto de Itajaí é incerto. Até agora o Ministério da Intraestrutura, através da Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários, não fez a publicação do Edital de Privatização para consulta pública, conforme estabelece a lei. Dentro do prazo estipulado, isso deveria acontecer até final de novembro. Já estamos entrando em dezembro e parece que não que até final do ano não sai. Esse edital público depois de publicado, informando como será feito a privatização do Porto de Itajaí, se totalmente ou mantendo autoridade pública municipal, terá um período para que as pessoas e empresas interessas possam dar sugestões de alteração em algum ponto. Se tudo der certo nesta Consulta Pública, que deve levar aproximadamente um mês, o Edital é enviado ao Tribunal de Contas da União para receber a aprovação final. Na estimativa, por volta de três meses. Já estamos chegando por volta do meio do ano de 2022. Numa suposição de que esteja tudo certo, edital aprovado pelo Tribunal de Contas, o Governo Federal pode então lançar o Edital de Privatização Internacional. Porém, como o ano que vem é de eleições presidenciais, para o senado, câmara federal, governadores e deputados estaduais, será que esse processo de Privatização teria um andamento, digamos, normal, quando todos estarão mais preocupados em manter-se na "cadeira" do que resolver os problemas que estão atingindo a todos? Luta de Itajaí é longa A Prefeitura de Itajaí, desde que o atual prefeito Volnei Morastoni assumiu a municipalidade, em 2017, já iniciou enviou ofícios à Secretaria Nacional dos Portos pedido de prorrogação do convênio de delegação e plano de revisões para a manutenção da Autoridade Portuária Pública Municipal. Em quatro anos, nenhuma resposta.  8

• Edição NOVEMBRO 2021 • Economia&Negócios


Economia&Negócios • Edição NOVEMBRO/2021 • 9


Quando a Secretaria Nacional dos Portos e Transporques Aquaviários, através do seu secretário Diogo Piloni, numa audiência na Câmara de Vereadores de Itajaí, finalmente mostrou o modelo proposto pelo Governo Federal, que era de privatização total, incluindo operação portuária dos quatro berços e autoridade portuária, houve uma mobilização ainda maior para que esse modelo não fosse adiante. Depois dessa Audiência na Câmara de Itajaí, já tiveram outras: na sede da Federação das Indústrias de Santa Catarina, na Comissão de Infraestrutura do Senado e na Assembleia Legislativa de Santa Catarina. Em todas as ocasiões a Secretaria Nacional dos Portos manteve o seu posicionamento de privatização total e o município de Itajaí, através do Fórum Permanente em Defesa da Autoridade Pública Municipal, manteve seu posicionamento de continuação da Autoridade Portuária na mão do município. Encontro com o Ministro de Infraestrutura O Município de Itajaí reforçou o pedido de manutenção da Autoridade Portuária Pública e Municipal e de renovação do convênio de delegação com o Porto de Itajaí ao Ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas. No encontro em Brasília, o prefeito Volnei Morastoni entregou estudos e documentos que demonstram a efetividade do modelo de gestão atual e solicitou análise do ministério. Também participaram da reunião senadores e deputados catarinenses que apóiam o pleito. “Esse encontro com o ministro foi para reforçar nosso pedido de renovação do convênio de delegação do Porto de Itajaí com

10 • Edição NOVEMBRO 2021 • Economia&Negócios

o Município por mais 25 anos, com gestão plena e manutenção da Autoridade Portuária Pública e Municipal, nos moldes do que já foi feito nos portos de Paranaguá e Rio Grande, que também tiveram o convênio renovado. Se teve um porto que mostrou competência e efetividade foi Itajaí e as particularidades do nosso porto devem ser levadas em conta”, destaca o prefeito Volnei Morastoni. Antes da reunião com o Ministro da Infraestrutura, a comitiva itajaiense, composta também pelo superintendente do Porto de Itajaí, Fábio da Veiga, pelo diretor geral de Engenharia do Porto, Jucelino Sora, e a Assessora do Superintendente do Porto, Silvia Wanderlinde, se reuniu com parlamentares catarinenses reitirando os pedidos de manutenção da Autoridade Portuária Municipal com os senadores Esperidião Amin, Dário Berger e Jorginho Mello e os deputados federais Ângela Amin, Carlos Chiodini e Caroline De Toni, que apóiam a causa de Itajaí. A comitiva do Município e os parlamentares, além do líder do governo na Câmara de Deputados, Ricardo Barros, participaram do encontro com o ministro Tarcísio Gomes de Freitas. Na reunião também esteve presente o secretário nacional de Portos, Diogo Piloni. O Ministro da Infraestrutura informou que irá analisar a solicitação. “Mostramos ao Ministro que o Porto de Itajaí arrecadou em 2020 R$ 16 bilhões em impostos e é o 12º do Brasil em arrecadação. A Autoridade Portuária Municipal também demonstrou sua efetividade com a conquista de diversos prêmios e recordes de movimentação. Nós queremos esse reconhecimento. O próximo passo será continuar essa interlocução com o Governo Federal e solicitar uma audiência com a Presidência da República”, complementa o prefeito Volnei.


Você é empresário? Cuidado! Sua empresa pode ser confundida com Organização Criminosa. Dr. Antônio Fernando do Amaral e Silva Advogado

A

recente história forense registra casos envolvendo empresas que licitamente ao negociarem com o serviço público acabaram confundidas com malfazejas organizações criminosas em consequência de disputas de concorrentes desleais; inimigos políticos; precipitados jornalistas; principalmente equivocadas interpretações da Lei 12.850/2013. Vieses que vem desaguando em lamentáveis inquéritos e processos com gravíssimas restrições aos direitos fundamentais da pessoa humana, provocando irreparáveis danos materiais e morais a honestos empresários e conceituadas empresas. Quase diariamente a imprensa registra espetaculosas invasões à privacidade de pessoas de bem, notadamente empresários e políticos através de buscas e apreensões em residências; captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos; interceptações telefônicas e telemáticas; quebra do sigilo de dados financeiros da empresa e dos sócios; infiltração por policiais; e, o que é pior, prisões temporárias; preventivas, além de outros severos constrangimentos que costumeiramente não ocorrem com investigações e processos instaurados com base na legislação comum. Sendo o suspeito empresário ou político, gravíssimas restrições aos direitos humanos que seriam excepcionais, passam a ser regra, geralmente de forma espetaculosa, o que é lamentável para o Estado Democrático de Direito. O empresário, personagem que movimenta a economia, produzindo bens e serviços, ao negociar com a administração pública vem sendo penalizado com o forte preconceito da participação em organização criminosa, como se esse tipo penal, excepcionalmente concebido para combate à alta criminalidade, fosse passível de imputação generalizada! O gravíssimo crime é assim tipificado (conceituado) na Lei 12.850 de 2013: Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional. (Grifamos) Interpretações extensivas do §1º do artigo 1º da Lei 12.850 de 2013, que tipifica (conceitua) o gravíssimo delito da participação em organização criminosa vêm provocando prejuízos irreparáveis a honestos empresários e bons políticos, amiúde precipitadamente confundidos com perigosos delinquentes, equiparados a participantes de temíveis quadrilhas, sujeitando-os a drásticas medidas reservadas à criminalidade estruturalmente organizada.

Sua empresa negocia com a administração pública; reúne quatro ou mais pessoas; é estruturalmente organizada; sócios, dirigentes e empregados atuam com divisão de tarefas; o objetivo: obter lucro? Cuidado! Pode ser confundida com organização criminosa! Habituais singelos contatos de empresários com funcionários públicos dizendo dos benefícios de produtos e serviços acabam sendo confundidos com fraude a licitações, culminando precipitados investigadores por tomar essa prática como participação em organização criminosa. Excessos ou maliciosas manobras para obter contrato com a Administração Pública são reprimidos pela Lei de Licitações e Contratos (Lei 8.666/93), que no art. 90 sanciona o crime de fraude a licitação com a pena de detenção de dois a quatro anos. Encontrando-se a pena máxima nos casos de fraudes a licitação aquém dos limites caracterizadores da participação em organização criminosa (quatro anos de detenção), esse gravíssimo delito jamais poderia ser atribuído a quem fosse acusado de fraudar licitações, de modo que o inquérito e o processo não legitimariam o emprego das severas restrições aos direitos fundamentais constantes da lei que reprime a criminalidade organizada. Em que pese essa circunstância, irreparáveis constrangimentos vêm sendo impostos a honrados empresários e bons políticos com lamentáveis prejuízos à intimidade, à moral e à liberdade dessas conceituadas pessoas. Corretos empresários injustamente vêm sendo expostos à execração popular como se fossem perigosos facínoras, equiparados aos integrantes de temíveis organizações criminosas, exemplo dos participantes do PCC e CV: Primeiro Comando da Capital e Comando Vermelho, estes, sim, passíveis da severa imputação. As gravíssimas restrições aos direitos fundamentais da pessoa humana necessárias à investigação e ao combate a perigosos delinquentes sistematizados restringe-se ao limitado espaço onde o Estado necessite recorrer à Lei do Combate ao Crime Organizado, que evidentemente não alcança honestos empresários e singelas licitações. Importante lembrar que severas restrições como interceptações telefônicas e telemáticas; quebra do sigilo de dados financeiros da empresa e dos sócios tem sido deferidas em processos apurando crimes sem gravidade. Diligências que nos crimes das organizações criminosas só poderiam ser impostas excepcionalmente com adequada justificativa. Enquanto as autoridades responsáveis pela investigação e processo não se conscientizarem da excepcionalidade da participação em organização criminosa, bem como das consequências nocivas desse tipo de precipitada acusação, prosseguirão ocorrendo sérios prejuízos à economia do país e a honestos empresários, irremediavelmente arruinados na honra e na dignidade.

Balneário Camboriú-SC | Itajaí-SC | Florianópolis-SC | Itapema-SC | Sinop-MT | Miami-FL

Economia&Negócios • Edição NOVEMBRO/2021 • 11


BMW Group Brasil produzirá novos modelos em Araquari e irá ampliar papel da engenharia com aporte de R$ 500 milhões

C

elebrando seu vigésimo sexto aniversário, o BMW Group Brasil, construiu uma história de sucesso nesse período em que está no país. São quase três décadas entregando veículos e desenvolvimento de tecnologias com os padrões de qualidade BMW Group, que proporcionam o Puro Prazer em Dirigir aos clientes brasileiros. E nada melhor do que comemorar anunciando um incentivo de R$ 500 milhões para reforçar o compromisso da empresa com o Brasil. "Celebrar 26 anos no Brasil vendendo mais que todos os concorrentes diretos somados é para celebrar e agradecer todos nossos clientes e colaboradores, assim como nossa Rede", afirma Aksel Krieger, CEO e Presidente do BMW Group Brasil. "E vamos reforçar nossos recursos de forma a reforçar nosso compromisso com os clientes em produzir novos modelos e desenvolver novas tecnologias para o país", completa. O aporte será feito ao longo dos próximos três anos em diversas áreas. Menos de seis meses após o início das vendas na Europa, a Planta de Araquari começará a produzir no Brasil todas as versões a combustão dos novos BMW X3 e X4 para o mercado nacional. Serão lançados, em breve, os novíssimos X3 M40i, X4 xDrive 30i M

Sport e o X4 M40i. Este último será o veículo mais potente e tecnológico feito no Brasil, com motor de 387 cavalos. A cereja do bolo, porém, vem mais para frente. A Planta de Araquari vai receber a produção de um modelo BMW inédito no futuro próximo, que será revelado em breve pela matriz, na Alemanha. "Confirmar a produção de novos modelos seis meses após vendas na Europa e ter a certeza que receberemos ainda um modelo novo e totalmente inédito reforça a qualidade do nosso time e processos para produzir com tecnologia, qualidade e paixão no Brasil", afirma Otávio Rodakoswiski, Diretor Geral da Planta do BMW Group em Araquari. A produção dos novos modelos virá acompanhada de outras melhorias importantes na operação. A equipe de Engenharia local será ainda mais ativa no desenvolvimento dos softwares de digitalização. Vale destacar que esse time já tem um papel muito relevante, no nível Global, na criação de diversos dispositivos, como o Intelligent Personal Assistant, o BMW e MINI My App e a Digital Key, que permite ao cliente abrir o veículo com o seu celular. Novos desenvolvimentos mundiais serão igualmente anunciados em breve. Adicionados aos mais de R$ 1,2 bi que já foram investidos em 

Da esquerda para a direita: Paulo Eli, Secretário de Fazenda de Santa Catarina, Otávio Rodacowski, Diretor Geral da Planta Araquari do BMW Group; Aksel Krieger, Presidente & CEO do BMW Group Brasil; (na linha da frente à direita) Alexander Wehr, Presidente e CEO do BMW Group para América Latina; Carlos da Costa, Secretário Especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia; Marcos Wollens, Diretor de Produção do BMW Group; (na linha de trás) Clenilton Pereira, Prefeito de Araquari; Igor Calvet, Presidente da ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial); e Gleide Souza, diretora de Relações Governamentais do BMW Group para a América Latina. 12 • Edição NOVEMBRO 2021 • Economia&Negócios


Araquari até o momento, a operação de manufatura brasileira irá totalizar quase R$ 1,8 bi, desde 2014, só na Planta de Araquari. "O Brasil é de longe o mercado com o maior potencial da América Latina, pois tem uma economia diversificada, uma população jovem e aberta às novas tecnologias. Por isso, confiamos muito no país e estamos promovendo essas inovações relevantes na Planta de Araquari", afirma Alexander Wehr, presidente e CEO do BMW Group para a América Latina. Sustentabilidade em alta Exemplo de sustentabilidade, a fábrica de Araquari é neutra em emissão de CO2. Isso é possível por meio da compensação das emissões na fazenda de vento de Morrinhos, na Bahia, que produz energia eólica. Todas as operações no Brasil, por sinal, são neutras em emissões de CO2, incluindo a Planta de Manaus e o escritório de São Paulo. Em um ano, a fábrica reduziu seu impacto ambiental e trabalhou na diminuição do consumo de energia em mais de três mil MWh (Mega Watts hora), no consumo de água em quase dois milhões de litros e na redução de geração de lixo em mais de seis toneladas. De 2019 até agosto de 2021, os números são ainda mais impressionantes: 21% de redução no consumo de energia, 29% na re-

dução do consumo de água e 72% de redução em descartes gerados. Os números também são positivos na instalação dos painéis fotovoltaicos no telhado da produção, que cresceram de 562 painéis para 1372 placas solares, gerando 788 MWh (Mega Watts hora) de energia e atingindo o objetivo de reduzir em vinte por cento a emissão de CO2. Além disso, dois projetos que estimulam a Economia Circular foram criados pelo time da fábrica e merecem destaque. O primeiro é o Upcycle Element, que doa resíduos dos elementos da produção, como as embalagens dos chicotes elétricos ou uniformes usados, para cooperativas de mulheres costureiras da comunidade local. Esse material doado é transformado em mochilas, sacolas e outros produtos, que são comercializados por essas cooperativas, gerando renda e transformando a economia circular em realidade. O segundo é o Seal the Deal, que transfere o resíduo dos selantes utilizado na produção para uma empresa parceira, que, por sua vez, utiliza esse material na fabricação de tapetes, forro das portas e outros componentes dos nossos veículos. Todas as atividades da Planta de Araquari estão em linha com os objetivos ambientais globais do BMW Group 2030 que são: reduzir a emissão de CO2 em 80% na produção, em 50% no uso do carro por quilômetro rodado e em 20% na cadeia de fornecimento.

Economia&Negócios • Edição NOVEMBRO/2021 • 13


82% das pequenas indústrias já inovaram pelo menos uma vez Pesquisa da CNI com 500 executivos revela, no entanto, que maior parte dessas empresas não dispõem de estrutura para inovar. 68% não têm área de inovação e 76% não têm profissionais específicos e orçamento

A

s pequenas empresas sabem da importância estratégica da inovação para que se mantenham no mercado e sejam competitivas, mas ainda esbarram em dificuldades para inovar. É o que revela pesquisa inédita da Confederação Nacional da Indústria (CNI), realizada pelo Instituto FSB Pesquisa junto a executivos de 500 indústrias de pequeno porte (de 10 a 49 empregados). De acordo com os dados, 82% dessas empresas inovaram pelo menos uma vez nos últimos três anos. No entanto, apesar de a grande maioria ter inovado, em geral as pequenas empresas ainda não têm estrutura para tornar a inovação uma atividade contínua. Segundo a pesquisa, 68% não possuem uma área de inovação e 76% não têm orçamento específico para inovação nem profissionais dedicados exclusivamente a esse fim. Mas para 57% dos executivos, a importância que a empresa dá para a inovação é alta ou muito alta. O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, alerta que a inovação será cada vez mais importante no pós-pandemia. “A destinação de recursos financeiros para ciência, tecnologia e inovação será fundamental para o país sair forte da crise, e para a indústria buscar alternativas diante das incertezas que ainda permeiam as relações entre países, para enfrentarmos problemas como a falta de insumos para a produção nos mais diferentes setores”, afirma.

14 • Edição NOVEMBRO 2021 • Economia&Negócios

Ganhos com inovação na pandemia Os números mostram ainda que, durante a pandemia, 68% das pequenas indústrias inovaram e tiveram ganhos de lucratividade, produtividade e competitividade. De acordo com a pesquisa, 45% das empresas apontaram que a dificuldade para inovar no período de Covid-19 aumentou, enquanto 19% consideram que a dificuldade para inovar no período diminuiu. Para 36%, ficou igual. Entre as principais dificuldades para inovar durante a pandemia destaca-se o acesso a recursos financeiros de fontes externas à empresa, o que foi declarado por 20%. Na sequência, aparecem a dificuldade para contratar profissionais (9%); para obter mão de obra qualificada (6%), de orçamento na empresa (6%); e de acesso à cadeia de fornecedores (5%). Do universo de 500 pequenas indústrias entrevistadas, 78% sentiram impacto da pandemia sobre seus negócios, sendo que 27% disseram ter sido muito prejudicadas; 14% prejudicadas; 17% mais ou menos prejudicadas; e 20% um pouco prejudicadas. Para 55% dos executivos, a cadeia de fornecedores foi o primeiro ou segundo aspecto mais impactado pela pandemia, seguido pelas vendas (50%) e pela relação com os trabalhadores (19%). 


Reflexos da inovação na pandemia A pesquisa revela também que 45% das pequenas empresas tiveram mais dificuldades em inovar por conta da pandemia. No entanto, para 19% que considerava difícil inovar, o processo melhorou na pandemia. Os executivos consideram as parcerias importantes para inovação em suas empresas. Para eles, os principais parceiros para inovar são: fornecedores (16%), bancos (15%) e outras empresas (11%). A inovação é considerada essencial por 68% das pequenas empresas que não fizeram inovação nesse período. Pensando num mundo pós pandemia, 80% afirmam que terão que investir em inovação para crescerem ou se manterem no mercado. As regiões Nordeste (93%) e Sul (81%) são as que mais acreditam na inovação para o futuro das empresas. Avanços das tecnologias Considerando os avanços da tecnologia nesse período da pandemia, 78% das empresas avançaram, em algum nível, na adoção de novas tecnologias digitais. Com isso, 49% das empresas ampliaram o volume de vendas durante a pandemia, 47% estão produzindo com mais eficiência e 46% ampliaram o volume de produção. Com isso, é possível perceber como a inovação e adoção de novas tecnologias impactaram positivamente no desempenho das pequenas empresas

durante a pandemia. Os executivos destacaram, ainda, que a relação com o cliente e o marketing são os itens prioritários para o pós-pandemia. Já para os próximos 3 anos, as prioridades serão a ampliação do volume de vendas, a produção com menos custos e mais eficiência, além do aumento do volume de produção. Trabalho remoto durante a pandemia O trabalho remoto mudou a realidade de muitas empresas durante a pandemia e nas pequenas indústrias o cenário não foi diferente. Nesse período, 43% das empresas adotam o trabalho remoto. As regiões Nordeste e Sudeste foram as que mais tiveram empregados em trabalho remoto, foram 52% e 45% das empresas, respectivamente. Um total de 35% das pequenas empresas que adotaram o home office vão manter esse modelo em definitivo no pós-pandemia, enquanto outras 65% dizem que não pretendem aderir a esse modelo de trabalho. Com as empresas adotando o modelo de trabalho remoto durante a pandemia, a adoção de novas ferramentas se fez necessária e elas dizem que vão manter. A pesquisa mostra que 45% das pequenas empresas tiveram que investir em ferramentas para condução de reuniões online, 43% investiram em serviços de armazenamento na nuvem e 42% em ferramentas de automação.

Economia&Negócios • Edição NOVEMBRO/2021 • 15


Advogada Claudia Prudêncio é a primeira mulher eleita presidente da OAB/SC em 88 anos Vencedora no pleito a chapa da advogada elegeu também o atual presidente da Seccional, Rafael Horn, que irá para a OAB Nacional

E

m 88 anos de história da OAB/SC, a advogada Claudia Prudêncio é a primeira mulher eleita presidente da instituição, para o triênio 2022/2024. Representante da “Chapa 4 – Mais Avanços! Mais Futuro!”, ela conquistou 47,51% dos votos válidos, recebendo 12.797 votos no pleito realizado no dia 25 de novembro, que elegeu também o atual presidente da Seccional, Rafael Horn, como conselheiro federal. Horn integrará agora a chapa que concorrerá nas eleições da OAB Nacional, integrando a diretoria da entidade, que há três décadas não tem um representante de Santa Catarina. Para presidir a Caixa de Assistência dos Advogados (CAASC), foi eleito o advogado Juliano Mandelli, atual tesoureiro da OAB/SC. Foram 28.500 votos na eleição, com comparecimento de 89,87% dos eleitores aptos a votar. Claudia tem 45 anos, é casada, mãe de duas filhas e há mais de 20 anos é sócia-fundadora de um escritório de advocacia em Florianópolis. É a atual presidente da CAASC, tendo sido a segunda mulher a alcançar este cargo em 73 anos. Ela

16 • Edição NOVEMBRO 2021 • Economia&Negócios

também tem mais de duas décadas de atuação no Sistema OAB, onde exerceu diversos cargos. Enquanto sua plataforma de gestão é focada na valorização da classe, com um leque de ações no Programa Mais Honorários no Bolso da Advocacia, a meta de Horn é levar para a OAB nacional as transformações realizadas na OAB catarinense, que a posicionaram como modelo para o País em gestão financeira, eficiência, inovação, tecnologia, suporte aos profissionais e oferta de serviços – hoje, por exemplo, a OAB/SC é superavitária e 100% digital. “Meu primeiro ato como presidente da OAB de Santa Catarina será aplicar o desconto de 50% da anuidade da jovem advocacia, sem escalonamento”, anunciou Claudia, com referência aos profissionais que têm até cinco anos de inscrição na Ordem. A ampliação de um programa embrionário iniciado na atual gestão também será responsável, na sua gestão, por uma OAB/SC sem cobrança de anuidade, por intermédio do retorno do consumo da classe em empresas conveniadas com a CAASC (sistema de cashback), que já são 


mais de seis mil estabelecimentos. Entre as suas principais propostas, estão ainda a instituição de um piso ético regional para a advocacia, a triplicação do valor da tabela de honorários da advocacia dativa, que conta com mais de 9 mil profissionais em atividade no Estado, a criação do SOS Morosidade Judicial, um serviço online à disposição da advocacia para monitorar e cobrar agilidade da tramitação dos processos judiciais em cada vara e comarca, a ampliação dos 33 Escritórios Compartilhados para uso da advocacia, criados na atual gestão, para as 51 Subseções da OAB/SC, e a implementação do Inova Lab OAB/SC, um laboratório de inovação para fomentar novos serviços e criar soluções para os desafios da profissão. OAB com mais protagonismo nacional Uma gestão colegiada, profissional e apartidária é o tripé que sustenta a proposta de Rafael Horn para a diretoria da OAB Nacional, cujas eleições ocorrerão em janeiro de 2022. “Precisamos de uma OAB com mais protagonismo nacional, e para isso levaremos ao Conselho Federal as transformações e a forma de gestão que realizamos em Santa Catarina”, destaca. Entre as principais propostas, estão a implementação de eleição direta para escolha do Conselho Federal da OAB, a uniformização do processo eletrônico em todo o País, com adoção do sistema melhor avaliado pela advocacia, a busca de mais espaços para a advocacia catarinense no plano nacional, e articulação para aprovar projeto de lei federal sugerido durante sua gestão na OAB/SC, que suspende os prazos processuais quando o advogado adoece.

Diretoria eleita para a OAB/SC (2022/2024): Presidente: Claudia Prudêncio (Florianópolis) Vice-presidente: Eduardo Mello (Florianópolis) Secretária-geral: Teresinha Erbs (Blumenau) Secretário-geral adjunto: Thiago Degasperin (Chapecó) Tesoureiro: Rafael Búrigo (Criciúma) Tesoureira-adjunta: Caroline Rasmussen (Florianópolis) Diretora-geral da ESA: Fernanda Sell (Itajaí) Coordenador-geral das comissões de trabalho: Pedro Cascaes (Blumenau) Diretoria eleita para a CAASC (2022/2024): Presidente: Juliano Mandelli (Balneário Camboriú) Vice-presidente: Herta de Souza (São José) Secretário-geral: Rodrigo Goetten (Lages) Secretária-geral adjunta: Elisangela Schaitel (Joaçaba) Tesoureiro: Erivelton Filetti (Tubarão) Conselheiros federais eleitos por SC: Rafael Horn (Florianópolis) Pedro Miranda (Florianópolis) Maria de Lourdes Bello Zimath - Tuty (Joinville) Gisele Kravchychyn (Florianópolis) Rejane Sanchez (Florianópolis) Gustavo Pacher (Jaraguá do Sul)

Economia&Negócios • Edição NOVEMBRO/2021 • 17


MERCADO IMOBILIÁRIO

Itajaí alcança o pódio brasileiro em valorização

I

tajaí subiu para o topo do mercado nacional em valorização imobiliária. Tanto no acumulado deste ano, quanto no balanço dos últimos 12 meses, a cidade lidera o pódio. A variação positiva foi de 21,20% de janeiro a outubro. A variação anual alcançou 22,82%. Ambos os índices colocam para trás os demais municípios pesquisados. Os números se referem aos valores aplicados na venda do metro quadrado residencial novo e foram divulgados esta semana pelo Índice FipeZap, que mensalmente analisa o mercado junto a 50 grandes cidades brasileiras. O preço médio do metro quadrado em Itajaí está em R$ 7.745,00, contra R$ 6.459,00 apurado pelo estudo em janeiro deste ano. Nos últimos dez meses, o município subiu da 12ª posição para a 8ª posição entre as cidades brasileiras em preço médio de venda do metro quadrado residencial. Para o setor da construção civil em Itajaí, o qua-

18 • Edição NOVEMBRO 2021 • Economia&Negócios

dro reflete o movimento do mercado. O presidente do Sinduscon da Foz do Rio Itajaí, Bruno Pereira, comenta que a procura por imóveis na cidade tem sido crescente. “Vários fatores colaboram com este cenário positivo, com destaque a alta qualidade dos empreendimentos aliada aos preços diferenciados; bem como à qualidade de vida que Itajaí oferece, tanto em oportunidade de negócios quanto em atrativos naturais. Além disso, temos um comércio rico e diversificado, porto e aeroporto que são referências nacionais, e estamos estrategicamente localizados em termos geográficos. Investir em imóvel aqui tem se tornado – cada vez mais – um excelente negócio”, avalia Pereira. Desenvolvido em parceria pela Fipe e pelo Grupo ZAP, o Índice FipeZap de Preços de Imóveis Anunciados acompanha o preço médio de apartamentos prontos em 50 cidades brasileiras com base em anúncios da Internet.


Hamburg Süd completou 150 anos Como parte do grupo A.P. Moller - Maersk, a empresa afirma estar preparada para o futuro No dia 4 de novembro, fez exatamente 150 anos que a Hamburg-Südamerikanische Dampfschifffahrts Gesellschaft foi fundada por uma dúzia de comerciantes hamburguenses e ingleses e por um banco como primeiros acionistas. O objetivo era estabelecer conexões marítimas confiáveis entre Hamburgo e o Brasil, assim como entre a região do Río de La Plata (Buenos Aires, Uruguai). Ainda hoje, essa área de percurso faz parte das principais rotas da Hamburg Süd. A empresa sediada em Hamburgo é uma das líderes do mercado de logística de contêineres e navegação marítima, tanto no Brasil, na Argentina e no Uruguai como também entre os portos da América do Norte e da América do Sul ou nas rotas oceânicas (Austrália, Nova Zelândia). Como especialista nessas rotas norte e sul e no carregamento refrigerado de frutas e carnes, transportado com muita frequência ao longo delas, a Hamburg Süd pertence hoje à líder mundial no mercado A.P. Moller - Maersk. “Nossos funcionários podem ficar orgulhosos por este jubileu, uma vez que eles fizeram da empresa aquilo que ela é hoje: uma líder do mercado dedicada à confiabilidade, à proximidade ao cliente e à qualidade dos serviços”, afirma Poul Hestbaek, CEO da Hamburg Süd. “Nós estamos muito bem posicionados com relação aos grandes temas do futuro – graças também por sermos parte da Maersk. Eles são, sobretudo, a digitalização, a descarbonização da navegação marítima e a diversificação de nossa oferta de produtos para nossos clientes ao longo de toda a cadeia logística”, prossegue Hestbaek. Como marca forte sob a guarda da Maersk, a Hamburg Süd oferece hoje, a seus clientes, acesso à maior frota de navios e contêineres do mundo assim como à maior rede de conexões no mundo. Graças aos serviços adicionais como despacho aduaneiro, armazenamento, cadeia logística refrigerada ou transportes nacionais, a Hamburg Süd tem hoje condições de oferecer soluções integradas a seus clientes ao longo de toda a cadeia logística. “Atualmente estamos trabalhando em inúmeras ofertas novas para nossos clientes, com as quais eles lucrarão muito”, afirma Poul Hestbaek. Em determinados países, isso hoje já até compreende ofertas de frete aéreo para carga muito urgente. “Além dessa diversificação da nossa oferta de produtos, as relações de longa data repletas de confiança com nossos clientes, bem como o nosso serviço de atendimento pessoal e local consagrado continuarão a ser características únicas da Hamburg Süd”, salienta. O Museu Marítimo Internacional de Hamburgo realiza uma exposição especial sobre a história da empresa por ocasião do jubileu, que surgiu em trabalho conjunto com a Hamburg Süd. Nela pode ser visto, entre ou-

tros, o documento de fundação da empresa do ano de 1871. Também por ocasião do 150.º aniversário, a Editora Koehler publica um livro com o título “Hamburg Süd –150 Jahre auf den Weltmeeren” (Hamburg Süd ― 150 anos nos oceanos, em português) com a história completa da empresa. A exposição especial será inaugurada no dia 4 de novembro e estará aberta ao público por dez meses. Depois, a exposição poderá ser vista na Argentina e no Brasil, em locais simbólicos da história da Hamburg Süd. A exposição é patrocinada pela Dr. August Oetker KG, longa e antiga proprietária da Hamburg Süd. A partir do início de novembro, também foi colocado um contêiner de 40 pés da Hamburg Süd à frente do museu (Dar-es-Salaam-Platz), pintado pela artista hamburguense Jeannine Platz. Já na primavera europeia de 2020, em meio à pandemia, esse mesmo contêiner partiu de viagem e esteve a bordo de diversos navios ao redor do mundo, às vésperas do jubileu, como símbolo da união global em tempos de fronteiras fechadas.

Sobre a A.P. Moller - Maersk

A.P. Moller - Maersk é uma empresa de logística de contêineres integrada que trabalha para conectar e simplificar as cadeias de abastecimento de seus clientes. Como líder global em serviços de transporte marítimo, a empresa opera em 130 países e emprega aproximadamente 80.000 pessoas.

Sobre a Hamburg Süd

Fundada em 1871, a Hamburg Süd é uma marca forte no setor internacional de serviços de logística. Como companhia de navegação de contêineres, possui 250 escritórios em mais de 100 países. Como um dos fornecedores líderes no transporte marítimo internacional, a empresa oferece soluções de logística de porta a porta de uma só fonte. Em 2021, a Hamburg Süd comemora o seu 150.º aniversário.

Economia&Negócios • Edição NOVEMBRO/2021 • 19


Prêmio Cambori reconhece a trajetória de 22 empresas de sucesso durante noite de homenagens Fotos: João Souza

Presidente Héderson Cassimiro

Promenac Camvel recebendo o prêmio por 60 anos de contribuição 20 • Edição NOVEMBRO 2021 • Economia&Negócios

R

econhecimento e muita emoção. Foi assim a noite do dia 26 de novembro, marcada pelo retorno do tradicional jantar festivo do Prêmio Cambori – Empreendedores de Sucesso, que nesta 11ª edição homenageou 22 empresas por suas trajetórias na região. A premiação foi organizada pela Associação Empresarial de Balneário Camboriú e Camboriú (Acibalc) e contou com a abertura de um monge budista para uma reflexão sobre felicidade e saúde mental no empreendedorismo. O evento realizou a compensação de todo o gás carbônico emitido durante a noite. O prêmio tem o objetivo de reconhecer publicamente empreendedores que fazem a diferença e dar visibilidade a empresas com aniversário de fundação múltiplos de cinco anos, a exemplo da grande homenageada da noite, a Promenac Camvel, primeira empresa da região a oferecer automóveis a pronta-entrega que neste ano comemora 60 anos de contribuição. “Gostaríamos de agradecer a Acibalc, os nossos colaboradores e aos munícipes que acreditaram na gente e no nosso trabalho voluntário na parte social, nos permitindo encabeçar nossos negócios. Considero muito importante esse carinho e amor, pois temos uma das regiões mais prósperas do país”, comentou o Diretor Claudio Werner. Representando o Presidente da Facisc, Sérgio Alves, a Diretora de Marketing da Facisc, Ciça Muller, discursou sobre os desafios do empreendedorismo. “Empreender é como escrever um diário de bordo, onde há turbulência, pânico, cliente satisfeito, estabilidade e pouso tranquilo. Assim é a vida do empreendedor e se não fosse tão boa, o primeiro semestre do ano não teria registrado novos 25 mil CNPJ. Por isso, parabenizo os que completam múltiplos de cinco e desejo que vocês sigam junto ao associativismo para que recebam muitos Cambori”, finalizou. O Presidente da Acibalc, Héderson Cassimiro, se emocionou durante a homenagem e ressaltou a importância do associativismo na hora de 


empreender. “É uma noite muito especial que vai marcar a minha memória. São 22 empresas homenageadas em um cenário onde só seis em cada dez empresas consegue completar os cinco anos. E isso graças ao associativismo que contribui para perdurar a existência. Nós queríamos fazer um evento de virada de ano, em um momento mais tranquilo mostrar a representatividade da Acibalc e renovar as energias para continuar mais fortes em 2022”, destacou. A noite ainda contou com o lançamento do maior evento empresarial da região da Amfri, o Conecta 2022, que acontecerá no dia 18 de agosto. As pré-inscrições já estão abertas. O 11º Prêmio Cambori foi uma realização da Acibalc, em parceria com a KNN Idiomas e Unisul, e contou com o apoio de Areia Ana, Conjel Contabilidade, Preze Serviços, Philozon, Hotel Sibara Flat &Convenções, Stage Produtora e UniAvan.

Presidente da Acibalc, Héderson Cassimiro e Diretora de Marketing da Facisc, Ciça Muller, com seus companheiros.

Economia&Negócios • Edição NOVEMBRO/2021 • 21


Seu "Nino", da Femepe, conhecido como "Pescador de Sonhos", completa 90 anos de idade

E

m mais de meio século, o Empresário Orlando Ferreira, popularmente conhecido como “Seu Nino”, ergueu em Navegantes o mais importante complexo pesqueiro da América Latina. A história deste empresário, agraciado, com vários méritos, homenagens e condecorações, começou em 1938, aos sete anos de idade, quando coletava peixe na praia de São Francisco do Sul para salgar e vender. Naquela época, o menino Orlando Ferreira não imaginava que durante mais de meio século depois seria um talentoso e vitorioso homem da indústria da pesca no Brasil. Comandou o mais importante complexo pesqueiro da América Latina e a segunda maior empresa do Brasil na produção de conservas. Em 1993 chegou a um faturamento de US$ 35 milhões, e ultrapassou a cifra de US$ 50 milhões anuais no decorrer de sua carreira empreendedora, gerando milhares de empregos na região. Orlando Ferreira nasceu em 21 de novembro de 1931 no município de Araquari. Em 1938, mudou-se com a família para a praia da Enseada, em São Francisco do Sul, onde os pais mantinham um pequeno armazém de secos e molhados. Quase todos os dias ia para beira mar a espera dos pescadores, dos quais ganhava peixes para limpar e depois comercializar. Aos 16 anos de idade começou a pescar com uma canoa a remo, iniciando a venda do peixe de bicicleta, indo da praia de Enseada a São Francisco do Sul e no retorno trazia pães para vender na Enseada. Posteriormente abriu um armazém “Em seguida comprei um caminhãozinho e passei a percorrer todo o Estado vendendo peixe fresco”, lembra o “Seu Nino”, que também nessa época passou a ser caminhoneiro, transportando peixe para outros estados e mais tarde passou a ter uma frota de caminhões. Até hoje, dono de uma excepcional memória, dispõe a ficar horas a fio contando as muitas histórias de sua vida e os desafios para se tornar um empreendedor de sucesso no Brasil. O grande salto do empresário aconteceu em 1962 quando decidiu construir seu primeiro barco, lançado ao mar em 1963, batizando-o como “Ferreira I”. Quatro anos depois entrava em operação o barco “Ferreira II”. No ano de 1966 foi fundada a Femepe Ind. e Com de Pescados S/A, a mais importante indústria de processamento de pescados do país. Inicialmente em Itajaí, na Av. República Argentina, atualmente Sede da Ipê Pescados, empresa do grupo. Já em 15/08/1975 arrematou em leilão uma empresa de Navegantes, (CIPI), transferindo as atividades da Femepe de Itajaí para Navegantes. Junto com as mudanças, entre os anos de 1976 a 1980, entrou na área de conservas de atum e sardinhas, nascendo a marca “Pescador”, uma emblemática e reconhecida marca de conservas de pescados do país. Em seguida lançou a marca Navegantes, atendendo a classe menos favorecida da região. As fronteiras se expandiram, tornando-se um complexo destinado ao desembarque, congelamento e processamento de pescados. Alguns anos depois, em 30/09/1986, implantou a empresa Ipê Pescados, localizada a Av. Prefeito Paulo Bauer em Itajaí, ainda hoje em atividade. Os negócios foram se ampliando. Por muitos anos a Femepe, do “Seu Nino”, foi a maior geradora de empregos e a maior empresa de Navegantes, atuando tam22 • Edição NOVEMBRO 2021 • Economia&Negócios

bém em Santos/SP quando adquiriu a empresa Alcyon, mais uma marca que foi agregada ao grupo Femepe. A empresa cresceu e junto com ela a frota pesqueira, chegando a 23 embarcações. Vários destes barcos foram construídos em estaleiro próprio. Apenas dois barcos não foram batizados com o nome “Ferreira”: o “Dona Benta” e o “Adolpho Jose”, este a época um dos mais modernos barcos atuneiros do país. Ambas as embarcações homenageiam os pais de Orlando Ferreira. Posteriormente, o complexo industrial foi ampliado para um parque de conservas, fábrica de farinha de peixes e ainda a Metalgrafica, indústria destinada a confecção de latas para a Femepe e para terceiros. Empreender sempre foi característica do fundador da Femepe, que foi uma das primeiras do Estado a vender peixe fresco e congelados, e também pioneira em apresentar no mercado brasileiro a lata abre fácil, (na época em que fabricava peixes enlatados), uma tecnologia importada dos Estados Unidos. Nos anos em que a empresa possuía sua sede em Navegantes, filial em Santos/SP, e Ipê Pescados em Itajaí, o número de funcionários chegou a mais de 1.800. Em 2010, Nino resolveu focar os negócios na pesca e na construção de barcos, vendendo parte da sua indústria para a Camil Alimentos S/A. Já em 2016, a Femepe passa novamente por uma reinvenção e inaugurou neste ano em Itajaí, uma nova indústria de filetados e congelados, com previsão de gerar centenas de novos postos de trabalho. O segredo para o sucesso do negócio? Ele resume dizendo que seriedade é fundamental para que uma empresa se mantenha ativa e sólida por tanto tempo. E ainda, perseverança, dedicação, foco nas tendências do mercado e em suas variáveis, são sinônimos do sucesso alcançado. Orlando Ferreira, o “Seu Nino, legou a nossa região e ao País, parte de sua grandeza, visualizando uma terra rica em oportunidades. Sendo homenageado algumas vezes, inclusive tem seu nome em uma praça na meia praia/Gravatá, sendo reinaugurada em 2016. Seu nome também está na Rua da Antiga Sede da Femepe Ind e atualmente Camil, em Navegantes. Hoje com seus 90 anos, recém completados, mantém-se ativo a frente dos seus negócios. Homem de espírito empreendedor, de uma invejável memória e de uma perseverante crença no país e neste lugar, mantém-se aquele mesmo menino a beira do mar – “o Pescador de Sonhos”


O PROCESSO DE ADOÇÃO X LICENÇA-MATERNIDADE X SALÁRIO-MATERNIDADE

A

Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), por meio de seu art. 392-A, caput, garante licença-maternidade não somente às gestantes, mas como também às empregadas que adotarem ou obtiverem guarda judicial para afins de ação. À vista disso, verifica-se que a empregada terá direito a licença-maternidade, tanto em caso de adoção de criança ou adolescente, ocasião na qual fará jus ao afastamento de 120 (cento e vinte) dias, sem prejuízo do emprego, do salário, direitos e vantagens já adquiridas. Porém, é importante ressaltar que nestes casos, a licença-maternidade somente será concedida, caso haja a apresentação do termo judicial de guarda pela adotante ou guardiã (art. 392-A, §4º da CLT). Na hipótese de adoção ou guarda conjunta, somente será assegurada a licença-maternidade, a um dos adotantes ou guardiões (empregado ou empregada). Em havendo falecimento da empregada, será garantido ao cônjuge ou companheiro, o gozo de todo o período ou o remanescente, nos termos do art. 392-A, §5º c/c 392-B ambos da CLT. Ademais, o art. 392-C da CLT trouxe outra inovação, que seria a concessão do benefício, ao empregado (homem) que adotar ou obtiver guarda judicial, assegurando-lhe o prazo de 120 dias e o também o disposto nos artigos 392-A e B da CLT. Quanto à estabilidade provisória das gestantes, prevista no art. 10, II, alínea “b” do ADCT da CRFB/88, tem-se que esta deverá ser estendida aos adotantes ou guardiões para fins de adoção, ainda que durante o aviso prévio trabalhado ou indenizado (art. 391-A e parágrafo único da CLT). Tal equiparação, funda-se no princípio da igualdade, consagrado no art. 5º, caput e inciso I da CRFB/88. Portanto, se a guarda provisória for concedida durante o prazo do aviso prévio (trabalhado ou indenizado), o empregado(a) adotante ou guardião, terá direito à estabilidade provisória até cinco meses após o recebimento da criança a ser adotada1. Neste contexto, também importante frisar que o segurado(a) que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança até 12 anos incompletos2, terá direito ainda ao salário-maternidade por 120 (cento e vinte dias), benefício este pago pela Previdência Social (Lei nº 8.213/91).

Destaca-se que a benesse supracitada, estará condicionada ao afastamento do segurado(a) do trabalho ou da atividade desempenhada, sob pena de suspensão do benefício. Outrossim, não poderá ser concedida a mais de um segurado, decorrente do mesmo processo de ação ou guarda, ainda que os cônjuges e companheiros estejam submetidos ao Regime Próprio da Previdência Social (art. 71-A, §2º da Lei 8.213/91). Semelhantemente à licença-maternidade, o salário-maternidade, no caso de falecimento de segurado(a) que adotar ou obtiver guarda, será pago, por todo o período ou pelo tempo restante a que teria direito, ao cônjuge ou companheiro sobrevivente, exceto no caso do falecimento do filho ou de seu abandono, consoante o preconizado pelo art. 71-B, caput e §3º da Lei 8.213/91. Quanto à valores, o art. 72, caput da Lei 8.213/91, estabeleceu que para a segurada empregada ou trabalhadora avulsa, o quantum consistirá numa renda mensal igual a sua remuneração integral. Para as demais seguradas, será garantido o valor de um salário mínimo, pago pela Previdência Social, de acordo com as diretrizes contidas no art. 73 da Lei 8.213/91. Quando houver adoção ou guarda judicial para adoção simultânea de mais uma criança, será devido apenas um único salário maternidade, sendo que em caso de emprego concomitantes, o segurado ou segurada, far jus ao salário-maternidade relativo a cada emprego. Ainda no que toca à solicitação do salário-materinidade, esta poderá ser feita através do “Meu INSS” ou telefone 135, ocasião na qual será exigido pelo INSS: certidão de nascimento da criança, termo de guarda para fins de adoção, nome do adotante ou guardião, dentre outros documentos que a autarquia entender como indispensáveis. Logo e com base no exposto, verifica-se que há importante diferenciação, no que diz respeito à licença-maternidade e salário-maternidade, ao passo que tais direitos deverão ser sempre garantidos, àqueles que preencherem os requisitos legais para a respectiva fruição. 1 2

Ana Paula Ramos Alvim OAB/SC 47.844

PROCESSO Nº TST-RR-200600-19.2008.5.02.0085. Art. 344, caput da IN nº 77/2015 do INSS.

Economia&Negócios • Edição NOVEMBRO/2021 • 23


Logistique 2022 terá abrangência ampliada e foco na inovação “Novas Conexões Logísticas” é o slogan da próxima edição da Logistique – Feira de Logística e Transporte Multimodal de Cargas, programada para os dias 30 e 31 de agosto e 1º de setembro, no Centro de Convenções da Expoville, em Joinville. O lançamento oficial da feira ocorreu no formato digital e reuniu clientes, representantes de entidades ligadas às áreas que compõem a cadeia logística do transporte de cargas e imprensa especializada. A temática da edição 2022 da Logistique é “inovação” e o evento deve reunir mais de 150 expositores em uma área de mais de 20 mil metros quadrados. Será realizada nos formatos presencial e digital e deve agregar os principais players das cadeias logística, de comércio exterior, transporte multimodal de cargas e intralogística. São operadores logísticos, portuários e aeroportuários, armadores, empresários, prestadores e tomadores de serviços que se reúnem em um momento de extrema necessidade de atualizações logísticas. O que garantirá ao evento um público visitante de alto nível e grande potencial de negócios. “Agora somos uma plataforma que une negócios e network através dos meios físicos e digitais, ficando ainda mais abrangente e completa. Na exposição atenderemos a logística de ponta a ponta. Para isso, incorporamos novos segmentos na exposição [cadeia do frio, infraestrutura imobiliária e logística e segurança cibernética] e a cadeia de suprimentos, além dos setores já existentes: logística, transporte multimodal de cargas e intralogística”, diz o CEO da Logistique, Leonardo Rinaldi. A diretora executiva Karine Marmit acrescenta que o ecossistema da cadeia de logística e de suprimentos passou sob

24 • Edição NOVEMBRO 2021 • Economia&Negócios

muita pressão e transformação, criando um cenário no qual as empresas precisam ser mais ágeis, visíveis e eficientes. “Precisamos Fornecer ajuda aos clientes para resolver essa ampla gama de desafios”, acrescenta. Os espaços comerciais já estão sendo comercializados e os patrocinadores máster e parceiros institucionais e de mídia em fase de definição. “A Logistique vem com muitas novidades. Somados à extensa programação de conteúdo, será o maior evento logístico já realizado na região sul do Brasil”, acrescenta Rinaldi.

Congresso técnico Há pouco menos de um ano da data de realização a equipe organizadora da Logistique – Feira de Logística e Transporte Multimodal de Cargas também está elaborando a programação do congresso técnico que será realizado em paralelo a feira. O objetivo é aglutinar em vários painéis, palestras e debate os principais assuntos ligados a logística e seus setores afins, que passam por constantes transformações. “Inclusive, existe grande probabilidade de contarmos com parceiros internacionais no congresso da edição do ano que vem”, acrescenta Rinaldi. A Logistique tem mais de dez anos de mercado e está consolidada como a maior feira de logística, comércio exterior e transporte multimodal de cargas do Sul do Brasil. Engloba praticamente todos os elos das cadeias logística e de comércio internacional dos estados Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Juntos, esses estados responderam por uma corrente de comércio de US$ 88,2 bilhões entre janeiro e outubro deste ano. Já o segmento da logística de cargas movimentou no Brasil mais de R$ 3 trilhões no primeiro semestre deste ano.


Empresário Vilton Santos é reeleito presidente da CDL de Balneário Camboriú

V

ilton João dos Santos foi reeleito para o cargo de presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Balneário Camboriú (CDL BC) para o biênio 2022/2023. Com Vilton na presidência e o empresário Álvaro Santos, na vice presidência, a Chapa 1 somou 70 votos. A posse da nova diretoria ocorrerá no inicio do próximo ano. A CDL é a entidade associativista empresarial mais antiga de Balneário Camboriú. Em 44 anos de história, esta foi a primeira vez que a entidade teve uma disputa eleitoral com duas chapas. O objetivo da nova diretoria é seguir incentivando o empreendedorismo local e ampliando oportunidades para geração de negócios ao setor do comércio, serviços e indústria de Balneário Camboriú. Uma das premissas da entidade é incentivar a capacitação profissional e a formação de líderes nas empresas. Além de cursos e workshops presenciais que voltou a promover neste segundo semestre, a entidade também lançou em julho deste ano a UNICDL – Academia de Negócios, uma

plataforma virtual de cursos e geração de conteúdo focados no Empreendedorismo e na capacitação para as áreas de Vendas, Marketing, E-commerce e Inteligência Emocional. Além de fomentarem o associativismo e a representatividade da economia local junto à sociedade civil organizada, empresas associados à CDL BC dispõem de uma série de vantagens. Entre elas estão as consultas ao Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), descontos especiais em cursos e workshops, serviços como a emissão de certificação digital, além de usufruir de convênios com clínicas médicas e odontológicas, plano de saúde, universidades, escolas de inglês, serviços de informática e lojas do comércio local. O empresário vinculado à entidade tem ainda participação gratuita nas Rodadas de Negócios da CDL e cafés da manhã com associados. Para montar a diretoria que comandará a entidade nos próximos 2 anos, Vilton Santos reuniu um time de peso, com a participação de empresários com vasta experiência frente

à entidades importante como Acibalc, Sinduscon e a própria CDL, e na gestão de seus próprios negócios. “Nossa missão é seguir buscando, cada vez mais, representatividade e voz ativa da CDL frente a assuntos importantes como funcionamento do centro de eventos, segurança, transporte público municipal e fortalecimento das pequenas e médias empresas da cidade”, conclui o presidente reeleito.

DIRETORIA CDL BC Gestão 2022/2023 Presidente: Vilton Santos Vice: Álvaro Santos Diretora Financeira: Nizete Evaristo Diretor SPC e serviços: Moises Rossi Diretor Secretário: Carlos Ricardo Luz Diretor de Relações Institucionais: Luis Aquino Vieira Diretor de RP e eventos: João Tomas Pereira Diretor de Câmaras Setoriais: Carlos Dalben Diretor de Assessoria Pública e Política: Carlos Haacke Diretor Comercial e de Marketing: Cláudio Machado Diretora CDL mulher: Tayana Nitz Conselho Fiscal: Efetivos: Fabio Colla Beto Cruz Thiago Karrer Suplentes: Miro Teixeira Marina Silva Nádia Rothemberg Luz

Economia&Negócios • Edição NOVEMBRO/2021 • 25


Pasqualotto&GT recebe o consagrado Prêmio Líderes SC

A

construtora Pasqualotto&GT, que assina a obra do YACHTHOUSE by Pininfarina, foi vencedora do Prêmio Líderes SC na categoria Mercado Imobiliário. O anúncio dos vencedores foi feito no dia 24 de novembro, durante cerimônia em Florianópolis. Promovida anualmente pelo LIDE Santa Catarina, a premiação tem o objetivo de reconhecer empresas, marcas e líderes inspiradores que se sobressaíram em diferentes setores da economia estadual. “O Prêmio Líderes tem como essência contemplar corporações e personalidades de destaque que representam a pluralidade econômica de ações de sucesso no Estado. O grande simbolismo da premiação foi o engajamento das principais lideranças de Santa Catarina para a retomada da economia em 2022”, disse Delton Batista, presidente do LIDE SC. A premiação é dividida em três categorias principais e 15 subcategorias. A Categoria Prêmio Líder Setorial premia empresas representantes do Agronegócio, Indústria, Mercado Imobiliário, Serviços, Tecnologia e Inovação, Turismo e Varejo. O presidente da Pasqualotto&GT, Alcino Pasqualotto Neto, considera importante que a construtora tenha sido indicada e premiada porque reflete o trabalho desenvolvido em favor da economia catarinense. “Nossas obras têm grande porte e preocupação com o bem-estar e sustentabilidade. Ao longo dos anos, desde o início do projeto, fomos muito bem vistos e admirados, recebemos premiações importantes e ter mais esta na nossa história é sinal de que todo o trabalho e dedicação foram recompensados”, considera. Os projetos da Pasqualotto&GT em Santa Catarina Atualmente a Pasqualotto&GT mantém três grandes projetos em andamento. O YACHTHOUSE by Pininfarina, que é o maior residencial da América Latina e se destaca com o Prêmio de Arquitetura Americana em 2020 concedido pelo The Chicago Athenaeum Museum of Architecture and Design. O empreendimento possui 281 metros e 81 pavimentos e está localizado na Barra Sul, em Balneário Camboriú (SC). Com design do renomado estúdio Pininfarina, o empreendimento possui conceito do universo náutico e é inspirado em iates de luxo. Outro empreendimento é o Vitra by Pininfarina, que segue em obras também em Balneário Camboriú. O empreendimento marca um avanço arquitetônico nacional e já possui reconhecimento internacional, sendo premiado duas vezes com prestígio na Europa pelo German Desing Award e destaque nas Américas com o American Architecture Award. E o terceiro empreendimento é o La Città by Pininfarina, localizado no coração da cidade em uma das melhores áreas de Balneário Camboriú, que virá com uma nova linguagem estrutural e conceitual. Todo projeto arquitetônico tem como foco oferecer o que há de mais atual entre as melhores construções de alto padrão mundiais.

26 • Edição NOVEMBRO 2021 • Economia&Negócios


PIB de Santa Catarina tem aumento de 3,8% em 2019 e alcança R$ 323,26 bilhões

S

Foto: Ricardo Wolffenbuttel / Secom

anta Catarina alcançou um Produto Interno Bruto (PIB) R$ 323,26 bilhões em 2019, o resultado é a soma de todos os bens e serviços produzidos no estado, sendo o sexto maior valor do país. A variação em volume foi de 3,8%, representando o terceiro maior crescimento entre todos os estados. Os dados são do Sistema de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta sexta-feira, 12. O crescimento e a variação em volume ficaram ligeiramente acima das estimativas realizadas pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDE), de 3,5% e R$ 318,2 bilhões. “Somos um estado que supera as expectativas. Esse resultado só demonstra o comprometimento de todos os setores econômicos e desta gestão, que sempre apoiou aqueles que desejam crescer junto com Santa Catarina”, ressaltou o governador Carlos Moisés. “Santa Catarina tem um crescimento três vezes acima da média nacional que foi de 1,2%. Um desenvolvimento puxado principalmente pela indústria e pelo comércio. Resultado de uma gestão focada no desenvolvimento sustentável e que incentiva o empreendedor que deseja gerar oportunidades no estado e de um setor produtivo que trabalha em conjunto”, destacou o secretário da SDE, Luciano Buligon. O PIB brasileiro em 2019 ficou em R$ 7,4 trilhões. Sendo que o PIB per capita nacional foi estimado em R$ 35.161,7. Santa Catarina manteve o quarto maior PIB per capita, atrás de Distrito Federal, São Paulo e Rio de Janeiro. Com isso, o estado ampliou sua participação na economia nacional de 4,3%, em 2018, para 4,4% e, manteve-se na sexta posição entre os maiores PIBs do país. De acordo com o economista da SDE, Paulo Zoldan, a participação catarinense era de 3,7% no início da série em 2002, explica. “As atividades de destaque da economia catarinense em 2019 foram de Indústria da Transformação, Comércio, Atividades Profissionais e Alojamento e Alimentação”, destaca Zoldan.

Crescimento dos Setores

Foto: Julio Cavalheiro / Secom

A Agropecuária representou 5,7% do valor adicionado bruto do Estado em 2019, (5,5% em 2018). A Indústria Catarinense representou 26,6% do valor adicionado em 2019, com variação de volume de 2%. Na Indústria de Transformação houve variação de volume de 1,84%, e a atividade manteve-se como aquela de maior participação em Santa Catarina, com 19,6%. Contribuíram para o avanço em volume da Indústrias de Transformação, os segmentos de fabricação de Produtos Alimentícios e Abate de Suínos (demanda externa de carne suína e aumento de preços). Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação também cresceram, com variação de 3%. Já a Construção Civil cresceu 2,2%. O setor de Serviços com 67,8% do valor adicionado, representou a maior atividade entre os setores, resultando em um volume positivo em sua variação igual a 4,3%. Em relação ao Comércio, Santa Catarina foi pelo terceiro ano consecutivo, um destaque no âmbito Nacional, em termos de expansão em volume, com o resultado do crescimento no comércio varejista 7,5%, nos segmentos de Material de Construção 12,6%, e Comércio de Veículos 5,1%. Já em Atividades imobiliárias, a variação em volume em 2019, que também foi um destaque no ano anterior, cresceu 1,6%. Em 2019, Santa Catarina foi o estado com a maior participação dos impostos no PIB, seguido por Espírito Santo, Amazonas e São Paulo. Em 2018, a ordem era Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo. Os dados do PIB 2019 e de cada setor da economia catarinense, bem como as séries históricas, poderão ser acessados página da SDE. Economia&Negócios • Edição NOVEMBRO/2021 • 27


Exportações de carne de frango catarinense crescem 57,5% em outubro

Foto: Cristiano Estrela/Secom

S

egundo maior produtor de carne de frango do Brasil, Santa Catarina encerra outubro com um aumento de 57,5% no faturamento com as exportações. No último mês, o estado embarcou 90,9 mil toneladas do produto, gerando receitas que passam de US$ 171,9 milhões. Os números são divulgados pelo Ministério da Economia e analisados pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa). “Santa Catarina tem-se mostrado cada vez mais pujante, e tem feito do agronegócio a força e o motor da economia catarinense. A carne de frango, assim como a de suínos, têm sido os principais produtos de exportação catarinenses. Isso reforça o nosso cuidado com a sanidade, com o programa de cereais de inverno e também desenvolver cada vez mais tecnologias que aumentem a produtividade”, destacou o secretário de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural de Santa Catarina, Altair Silva. Em comparação com outubro de 2020, a avicultura catarinense obteve resultados bastante expressivos no último

28 • Edição NOVEMBRO 2021 • Economia&Negócios

mês: alta de 57,5% no valor e de 23,7% na quantidade exportada. O que pode ser explicado pelo aumento nos embarques para os principais mercados compradores: Japão, China, Holanda e Emirados Árabes. O bom desempenho internacional deve influenciar também a valorização dos preços para o setor. “A forte demanda por carne de frango no mercado internacional e no mercado interno, principalmente em função dos preços elevados das demais carnes e da perda de renda de grande parte dos consumidores, tende a favorecer a manutenção dos patamares de preços atingidos por essa proteína ao longo dos próximos meses”, ressaltou o analista da Epagri/Cepa Alexandre Giehl.

Acumulado do ano De janeiro a outubro deste ano, Santa Catarina exportou mais de 855 mil toneladas de carne de frango - 5,8% a mais do que no mesmo período de 2020. O faturamento supera US$ 1,5 bilhão, uma alta de 20,3%. Os catarinenses respondem por 23% de toda arrecadação nacional com os embarques de carne de frango em 2021.


Carlos Moisés assume presidência do Codesul e defende atuação conjunta por infraestrutura

Foto: Itamar Aguiar/ Palácio Piratini

SEAN (MACC), Federação das Indústrias do Estado do Paraná e Sapiens Global PTE LTDA. Na ocasião, também foi assinado um termo de cooperação com o Programa de Pós-Graduação, Mestrado e Doutorado em Direito da PUC-PR.

O

governador catarinense Carlos Moisés é o novo presidente do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul). O gestor tomou posse no cargo em cerimônia realizada no Palácio Iguaçu, sede do Governo do Paraná, em Curitiba. Ele sucede o governador paranaense Carlos Massa Ratinho Júnior. Ao tomar posse como presidente do Codesul, Carlos Moisés elogiou o trabalho do antecessor e destacou o modal ferroviário como um assunto que deve unir os quatro estados na busca por soluções conjuntas e integradas. "É importante que haja esse diálogo e ações concretas para conectar as malhas ferroviárias. Temos muitos produtos para transportar sobre trilhos, e este é o momento certo para iniciar e colher resultados no médio e longo prazo. Codesul pode e deve liderar esse processo, em benefício dos quatro estados, com o desenvolvimento de todos os modais. Quanto maior a integração, maior o desenvolvimento", afirmou. O conselho foi criado em 1961, por Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná. Em 1992, o Mato Grosso do Sul também passou a fazer parte. O objetivo é fortalecer o desenvolvimento da região, colocando os quatro estados membros em um único patamar de desenvolvimento econômico e social. O governador de Santa Catarina também frisou que os estados podem compartilhar experiências bem-sucedidas. Ele citou como exemplo o Gente Catarina, programa do Governo do Estado focado na melhoria da qualidade de vida dos municípios com menores índices de desenvolvimento humano. O ato de posse fez parte da reunião plenária do Codesul, que teve a presença dos governadores dos quatro estados que compõem o Conselho: Carlos Moisés (Santa Catarina), Ratinho Júnior (Paraná), Eduardo Leite (Rio Grande do Sul) e Reinaldo Azevedo (Mato Grosso do Sul). Durante o encontro, os governadores destacaram o papel do sistema Codesul-BRDE como indutor de parcerias e cooperação e protagonista de diálogos nacionais e internacionais. Desde o ano passado, o Conselho e o Banco trabalham na construção de um planejamento estratégico para a região para os próximos 20 anos. Uma consultoria especializada está sendo contratada para este fim. Os governadores também assinaram resoluções ratificando convênios assinados pelo Codesul com cinco entidades: Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Japão, Fundação do Ministério Público (FMP), Câmara de Comércio Mercosul-A-

Balanço e projeções do BRDE A ex-diretora-presidente do BRDE, Leany Lemos, do Rio Grande do Sul, fez uma apresentação da gestão de 2020 a 2021. O Banco apresentou resultados financeiros e operacionais positivos no período, além de baixa inadimplência. Conforme Leany, houve avanços no volume de operações, na lucratividade, na transformação digital, adesão ao Programa Nacional de Prevenção à Corrupção (PNPC), criação de uma estratégia para diversidade, alinhamento aos Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, entre outros. O atual diretor-presidente do BRDE, Wilson Bley, do Paraná, expôs a situação do processo para o Planejamento Estratégico do Codesul e metas do BRDE para o período de 2021 e 2022. A nova diretoria também foi apresentada aos gestores do Codesul. Bley projeta uma participação maior dos municípios na carteira de contratos do BRDE e informou que o objetivo é se tornar o melhor banco de desenvolvimento do Brasil, trabalhar com parcerias público-privadas (PPPs), atuar com a emissão de títulos no mercado e investir em projetos de energia renovável. A nova diretoria do BRDE é composta pelos catarinenses Marcelo Haendchen Dutra (vice-presidente e diretor de Acompanhamento e Recuperação de Créditos) e Eduardo Pinho Moreira (diretor financeiro), além de Luiz Carlos Borges da Silveira (diretor administrativo), Leany Barreiro de Sousa Lemos (diretora de operações) e Otomar Oleques Vivian (diretor de planejamento). Santa Catarina tem um saldo positivo de 187.147 postos formais de trabalho em 2021 e chega a 200.882 no acumulado dos últimos 12 meses. Só em outubro, o estado abriu 17.713 vagas, resultado de 120.713 admissões e 103.000 demissões. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Previdência. Santa Catarina ficou em terceira posição de criação de vagas formais no acumulado do ano, se comparado a outros estados, ficando atrás de São Paulo e Minas Gerais.

Economia&Negócios • Edição NOVEMBRO/2021 • 29


PORTOS E TERMINAIS

Complexo Portuário de Itajaí e Navegantes registra crescimento de 6% na tonelagem

O

*Fotos: Luciano Sens – Secretário Geral de Comunicação Social SECOM/SPI.

Complexo Portuário de Itajaí e Navegantes registrou durante o mês de outubro, um crescimento equivalente a 6% na movimentação de toneladas, em comparativo ao mesmo período do ano anterior. Os números foram apresentados no Relatório Mensal de Estatísticas da Superintendência do Porto de Itajaí (Autoridade Portuária). No indicativo de tonelagem a movimentação foi positiva, em outubro de 2021 foram movimentadas 1.519.692 toneladas contra 1.431.200 toneladas do mesmo período do ano anterior, evidenciando um crescimento anual de 26%. Quanto ao número de escalas realizadas, o complexo constatou um crescimento de 4% em comparativo ao mesmo período do ano anterior. No segmento de cargas contêinerizadas, foram movimentados 135.157 TEU’s (unidade de medida de um container de 20 pés), sendo 5.826 TEU’s a mais do que outubro de 2020, quando o Complexo registrou movimentação de 129.331 TEU’s. O Superintendente do Porto de Itajaí, Fábio da Veiga, enfatiza a capacitação de todos os trabalhadores portuários, cuja eficiência e comprometimento refletem no constante aumento das movimentações, proporcionando ao complexo portuário novos índices positivos: No Terminal PORTONAVE (Porto de Navegantes), a movimentação registrada durante o mês de outubro somou 51 escalas, com 98.105 TEU’s e 1.061.293 toneladas, apontando um crescimento de 36% em comparação ao mesmo período do ano anterior, representando 73% da movimentação total de cargas contêinerizadas registradas no Complexo Portuário de Itajaí e Navegantes. Ao todo, o Complexo Portuário registrou 81 atracações no decorrer do mês de outubro, sendo 27 delas realizadas na área arrendada (APM Terminals), 01 atracação no TUP Braskarne, 02 na TEPORTI. Tendo em vista o terminal da Portonave, a movimentação registrada no mês de outubro foi de 51 escalas, elevando a movimentação acumulada do ano para 506, com um crescimento de

30 • Edição NOVEMBRO 2021 • Economia&Negócios

14% em relação ao mesmo período do ano anterior. A movimentação de cargas contêinerizadas nos recintos da APMT (berços 01 e 02) e Cais Comercial (berços 03 e 04), durante o mês de outubro totalizaram 37.052 TEU’s com 449.525 toneladas, elevando o acumulado do ano para 439.057 TEU’s com 5.063.371 toneladas. “O Porto de Itajaí, assim como todo o Complexo portuário, vem exercendo ao longo deste ano de forma exuberante, todos os esforços possíveis para manter os ótimos padrões nas movimentações. Isso certifica a necessidade de garantir a economia local, de Santa Catarina e de nosso país, tornando-se motivo de admiração e satisfação para o nosso município, no decorrer de todos esses anos de municipalização. O compromisso por parte dos trabalhadores portuários, é comprovado diariamente através dos índices de desempenho, oriundos da capacidade de concretizar todos os objetivos, e desta forma, continuamos nos destacando gradativamente no mercado portuário Brasileiro”, destacou o Prefeito de Itajaí, Volnei Morastoni. No segmento de contêineres cheios de importação durante o mês de outubro, no Porto de Itajaí, houve uma movimentação de 14.203 TEU’s, elevando a movimentação anual para 164.791 TEU’s, registrando um crescimento de 21% em relação ao mesmo período do ano anterior. As exportações no Complexo Portuário de Itajaí e Navegantes durante o mês de outubro representaram 56% no sentido das cargas, e as importações 44%, “A movimentação mensal foi muito boa, o segmento de cargas conteinereizadas no complexo portuário continua mantendo um ótimo padrão, estamos caminhando para alcançar a marca de 1.600.000 de TEU’s no próximo mês. Verificamos que no terminal da Portonave, o crescimento tem se mantido constante na movimentação, com crescimento de 36% em relação ao mesmo período do ano anterior”, destaca Heder Cassiano Moritz, Diretor Geral de Operações Logísticas da Superintendência do Porto de Itajaí.


PORTOS E TERMINAIS

Porto de Navegantes alcança a marca de 1 milhão de TEUs movimentados em 2021

A

Portonave superou um milhão de TEUs (medida que equivale a um contêiner de 20 pés) movimentados. A conquista foi durante a operação do navio Ever Laurel, do armador Evergreen, o mesmo navio que inaugurou a nova Bacia de Evolução em maio de 2020. Com capacidade para 8.452 TEUs, a embarcação tem 334,9 metros de comprimento e 45,8 metros de largura. Essa marca, faz a empresa impulsionar a economia do Estado de Santa Catarina, e entrar para o seleto grupo de terminais do Complexo Portuário de Santos que já movimentaram mais de 1 milhão de TEUs em um mesmo ano. A superação é resultado do desempenho mês a mês com significativos marcos no segmento portuário, principalmente, nos meses de fevereiro, março, maio, setembro e outubro, em que foram movimentados mais de 100mil TEUs/mês. Além disso, a liderança da Portonave continua na movimentação de contêineres no Sul em ambos os segmentos: importação e exportação. Em escala nacional, o primeiro Terminal privado do país, se mantém em segundo lugar no ranking dos portos de movimentação de contêineres. E se destaca por ter um dos maiores índices de crescimento entre os terminais do Brasil na movimentação de contêineres, com 37% de crescimento na

comparação dos números realizados com o mesmo período do ano passado. Para o diretor-superintendente operacional, Renê Duarte Júnior, “a marca de 1 milhão de TEUs é muito representativa e nos enche de orgulho. No Brasil, são poucos os terminais que têm capacidade e que conseguem ultrapassar essa marca. Pode-se dizer que o ‘clube do milhão’ agora tem a Portonave, e que em 14 anos de operação se tornou referência de eficiência, qualidade e segurança na movimentação de contêineres.” O diretor ainda enfatiza que “o principal destaque dessa conquista é o nosso capital humano. São as pessoas que fazem tudo acontecer e por isso merecem o nosso aplauso. Parabéns a todos os profissionais! Bravo”. Atualmente, a Portonave conta com mais de mil profissionais focados em prestar um serviço de excelência aos clientes, comprometidos em suas atividades com o elevado grau de dedicação e produtividade. O resultado se mostra na conquista desta marca por meio de atualização constante, busca de melhorias na otimização da estrutura portuária por meio dos equipamentos, e na alta performance integrada de todos os processos sejam administrativos, tecnológicos, operacionais e comerciais.

Economia&Negócios • Edição NOVEMBRO/2021 • 31


PORTOS E TERMINAIS

Complexo Portuário de Itajaí e Navegantes completa 700 giros na área da nova Bacia de Evolução Manobras impulsionaram a permanência do índice de 2º maior movimentador de cargas do país

O

Complexo Portuário de Itajaí e Navegantes alcançou no final de novembro a marca de 700 giros na área da Nova Bacia de Evolução. A manobra de número 700 (setingentésimo) foi realizada com o Navio Tubul, de 299,96 metros de comprimento por 45,60 de largura. “Consolidou-se essa nova Bacia de Evolução, provando a sua importância não somente para atender os navios maiores, que não chegavam aqui antes do início da operação da bacia 02, mas principalmente a notável melhora nas condições das manobras, no dia a dia. Nós tivemos uma melhoria na condição de atendimento, e isso proporcionou que ganhássemos tempo, ou seja, a bacia 01 tinha restrições, e agora com a bacia 01 e 02 nós conseguimos ter uma produtividade maior, nas manobras de acesso, na chegada e saída dos navios. Essa realidade atual, é oriunda de uma obra que trouxe resultados extremamente significativos para o Complexo”, destaca Heder Cassiano Moritz, Diretor Geral de Operações Logísticas da Superintendência do Porto de Itajaí. Fábio da Veiga, Superintendente do Porto de Itajaí, relembra o Ato de Assinatura do Aditivo Contratual, ocorrido em 05 de junho de 2019, entre o Porto de Itajaí (Autoridade Portuária), e Van Oord, empresa de dragagem contratada para a conclusão da primeira etapa das Obras de Reestruturação do Novo Acesso Aquaviário do Complexo Portuário de Itajaí: “Quando eu tive a oportunidade de assinar o Aditivo Contratual (R$ 40,1 milhões), para a conclusão da primeira etapa das Obras da Nova Bacia de Evolução, estava confiante que seria o início de um grande avanço no Complexo Portuário de Itajaí e Navegantes, refletindo principalmente no aumento das movimentações, e elevando o padrão de eficiência nas operações. A modernização do Porto de Itajaí e complexo portuário, transcenderam os índices de movimentação, proporcionando uma nova dinâmica nas manobras dos navios maiores, permitindo melhores resultados, e nos mantendo competitivos no nosso segmento de atuação. Os números crescentes das movimentações de

32 • Edição NOVEMBRO 2021 • Economia&Negócios

carga indicam a importância desses navios em nosso complexo”, informa Fábio. A infraestrutura implantada para o mercado competitivo no cenário portuário brasileiro, permitiu ao Complexo Portuário de Itajaí e Navegantes, tornar-se o 2º maior em movimentação de cargas conteinerizadas, classificando ainda a cidade de Itajaí como a 12º cidade do país na arrecadação de impostos federais. O Prefeito de Itajaí, Volnei Morastoni, comenta sobre os investimentos aplicados na nova Bacia de Evolução, ao qual, representam o significativo avanço no Complexo Portuário, através da agilidade e aperfeiçoamento das operações: “Atingir a marca de 700 giros na área da nova Bacia de Evolução, é muito significativo para todos nós, visto que é um resultado de um grande planejamento necessário e eficaz. A conclusão da primeira etapa da Bacia, resultou em um expressivo avanço na movimentação de embarcações, estando apta para receber navios de até 366 metros de comprimento nesta primeira etapa. Esse impacto positivo para o Complexo Portuário, resultou em benefícios voltados para a economia local e do Estado, devido ao aumento constante nas movimentações, evidenciando a capacidade das operações. Os gráficos e relatórios de desempenho fornecidos ao longo deste período de municipalização, comprovam um crescimento superior a 1.500%. Estamos realizando a nossa parte, inclusive para os resultados comerciais do nosso porto, voltado para a modernização”, pontua Volnei. A segunda etapa das obras de ampliação do canal aquaviário, está projetada para receber navios de até 400 metros de comprimento por 60 metros de largura, o projeto possibilita o acompanhamento da contínua evolução do comércio marítimo internacional, devido a constante projeção de navios maiores. A segunda etapa visa adequar a capacidade portuária, para aumentar sua competitividade, garantindo a agilidade do progresso, ao Complexo Portuário de Itajaí e Navegantes.


PORTOS E TERMINAIS

Porto de São Francisco revitaliza estrutura ferroviária interna à espera da safra recorde de soja

A

próxima safra de soja no Brasil, que começa no início de 2022, promete ser a maior da história. Por isso, o Porto de São Francisco do Sul se antecipou e concluiu, esta semana, as obras de melhoramentos para a recepção do cereal pelo modal ferroviário. O setor que recebe os trens, no Terminal Graneleiro, passou por uma ampla revitalização que incluiu a reforma na balança ferroviária, nivelamento da plataforma e a manutenção da moega, que é a estrutura na qual são descarregados os vagões. Desde a moega, os grãos são direcionados para os armazéns ou navios, por uma esteira chamada correia transportadora. O elevador que transporta os cereais também recebeu melhorias: a ‘gaiola’ foi substituída e toda a estrutura de 27 metros de altura, modernizada. “O trabalho contou com mão de obra própria, do Porto, o que possibilitou gerar uma economia de 60% no custo da reforma”, explica o gerente de Armazenagem, Lindomar Dutra, que informa haver sido gasto cerca de R$ 300 mil durante os 30 dias de obras. Para o presidente do Porto, Cleverton Vieira, a revitalização do Terminal Graneleiro permite a otimização no descarregamento de grãos. “Estamos nos preparando para a safra recorde de soja, investindo prioritariamente na modernização da estrutura portuária, bem como na garantia das condições de atualidade do Terminal Graneleiro”, salienta. Vieira lembra que em 2021, o Porto recebeu, pela via ferroviária,

cerca de 3 milhões de toneladas de cereais, o que representa 50% da movimentação de granel agrícola exportada por São Francisco do Sul. Foram mais de 700 trens que chegaram carregados de soja e milho, que têm como destino principal a China. Origem A maioria dos grãos é proveniente de Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul e alcança o Porto por meio do corredor ferroviário que liga Mafra, no Planalto Norte de SC, ao Porto de São Francisco, num trajeto de 170 quilômetros. Em Corupá, a 80 quilômetros do complexo portuário, é feito o transbordo e distribuição dos vagões que seguem para São Francisco do Sul. Milhares de vagões Em média, cada trem é composto por 80 vagões, que transportam em torno de 50 toneladas cada um. Assim, todos os anos, aproximadamente 57 mil vagões são descarregados em três locais do complexo portuário: no Terminal Graneleiro, administrado pelo Porto, e em mais dois terminais privados, Terlogs e Bunge. Economia&Negócios • Edição NOVEMBRO/2021 • 33


PORTOS E TERMINAIS

Porto de Itapoá recebe maior prêmio ambiental de SC

O

Foto: Antonio Carlos Mafalda/Especial/IMA

Porto de Itapoá é destaque na preservação do meio ambiente. Ele venceu a categoria Tratamento de Efluentes do 22º Prêmio Fritz Müller, o maior reconhecimento ambiental do estado. O prêmio foi entregue na Fiesc, em Florianópolis. A premiação é concedida pelo Governo do Estado, por meio do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), com apoio da Fiesc e patrocínio da Engie, Klabin, Berneck e EDP Transmissão Aliança SC. O Porto foi reconhecido pelo seu trabalho de gestão de águas não potáveis, utilizando inovação e tecnologia no tratamento de efluentes. A empresa implantou um processo de ultrafiltração por membranas para a separação de sólidos do efluente tratado. É o primeiro porto a adotar este tipo de tecnologia no Brasil. Os efluentes tratados são destinados para receptor final, com concentrações mínimas de espécies poluidoras. O uso de reatores com elevado tempo de residência, quimicamente aditivados, em conjunto com separação por ultrafiltração, garante descartes de alta qualidade. A melhora é visível na cor do efluente. O nome do Prêmio é uma homenagem ao famoso naturalista alemão Johann Friedrich Theodor Müller, que viveu em Santa Catarina por 45 anos. Considerado um revolucionário, estudioso do meio ambiente e precursor da ecologia, Fritz Müller foi aclamado como príncipe dos observadores da natureza. O Prêmio Fritz Müller é destinado a projetos e iniciativas que vão além da legislação ambiental e que resultam em benefícios para o desenvolvimento sustentável. Podem participar empresas públicas e privadas, instituições, órgãos governamentais, cooperativas, ONGs, institutos e organizações que atuam em Santa Catarina, com projetos desenvolvidos no estado.

34 • Edição NOVEMBRO 2021 • Economia&Negócios


Economia&Negócios • Edição NOVEMBRO/2021 • 35


36 • Edição NOVEMBRO 2021 • Economia&Negócios


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.