Revista leite & derivados ed 145

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ISSN 1807-9733

www.btsinforma.com.br Nº 145 • Ano XXIII Janeiro/Fevereiro 2014

Especial

Segurança e Higiene

Perfil

Vicente Nogueira Netto

ANÁLISE LABORATORIAL E QUALIDADE




Sumário JANEIRO/FEVEREIRO

Capa 32

Apesar do aumento da qualidade, leite brasileiro ainda apresenta diferenças profundas entre os territórios

8 Perfil

Entrevista com Vicente Nogueira Netto, coordenador da Câmara de Leite da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB)

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Editorial

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Vitrine

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Empresas & Negócios

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IDEXX anuncia entrada no mercado brasileiro

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Investimentos em higiene e segurança nos laticínios

41 Caderno Técnico 42

Artigo Técnico

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Índice de Anunciantes



ISSN 1807-9733

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EDITORIAL

ANO XXIII • No 145 Janeiro/Fevereiro 2014

DIRETOR GERAL DA AMÉRICA LATINA DO INFORMA GROUP Marco A. Basso

Um início otimista

O

ano de 2014 se inicia com o otimismo nas primeiras páginas de Leite & Derivados. Se 2013 terminou bem para o mercado lácteo, para Vicente Nogueira Netto, coordenador da Câmara de Leite da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), o ano que se inicia tem tudo para ser ainda melhor. Além dos bons motivos do mercado interno, Nogueira observa em uma lei de incentivo do Governo Federal a chave para o início de uma melhora significativa nas exportações de leite e derivados. Segundo ele, o incentivo já começou a dar resultado no final de 2013 e deve melhorar cada vez mais. O otimismo de Nogueira, um dos maiores especialistas no setor do País, é a maneira mais positiva de nossa publicação iniciar o ano. Um dos fatores para toda essa empolgação tem relação com nossa matéria de capa. A qualidade do leite brasileiro melhora a olhos vistos na última década. Em nossa reportagem mostramos como a análise laboratorial teve papel fundamental neste cenário, mas apontamos para os perigos da desigualdade entre diferentes Estados do País. A qualidade do leite nacional depende muito da área territorial onde ele é produzido, discrepâncias essas que precisam ser corrigidas. Para um crescimento da exportação, como prevê Nogueira, investimentos em higiene e segurança nas plantas industriais são fundamentais. E este é outro ponto que não tem deixado dúvidas: os laticínios brasileiros não economizam mais em criar métodos e equipar suas plantas com o que existe de mais moderno em higiene e segurança. Claro que os pequenos laticínios ainda não conseguem acompanhar essa tendência, mas trata-se do problema central do Brasil: a desigualdade de tecnologia da indústria espelha a desigualdade social que ainda existe no País. Para fechar a primeira revista do ano, notícias de empresas, como a IDEXX, que entra forte no mercado nacional em 2014, informações do setor e artigos técnicos para aumentar o conhecimento do setor. O ano começa com empolgação e ainda com os preparativos para o Anuário Leite & Derivados, que mais uma vez será a grande referência do setor lácteo em um ano de Copa do Mundo e Eleições. Bom início de ano e ótima leitura. José Danghesi

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PERFIL Por Itamar Cardin

Um Ano Vigoroso

Vicente Nogueira Netto

Reaquecimento do mercado lácteo em 2013 pode ser um divisor histórico, assegura Vicente Nogueira Netto, em entrevista à Leite & Derivados. Retomada das exportações também pode ser um marco para o setor

U

m divisor de águas. É com essa expressão marcante que Vicente Nogueira Netto, coordenador da Câmara de Leite da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), define o ano anterior para o mercado lácteo brasileiro. Inúmeros e distintos fatores ajudam a explicar a leitura de Vicente. Todos, entretanto, apontam à mesma direção: o setor superou os anos conturbados e está pronto para retomar o vigor. “O mercado estava muito desestimulado nos últimos anos, e 2013 veio para dar vigor à capacidade produtiva e à retomada dos investimentos”, assegura o coordenador da Câmara de Leite de OCB. Não se trata, entretanto, de um otimismo voltado a nichos específicos e determinados da cadeia. Todos os elos do mercado, na avaliação de Vicente, foram beneficiados em 2013. “Foi um ano muito bom para todos na cadeia:


Janeiro/Fevereiro 2014

para o produtor, para a indústria e até mesmo para o consumidor”. Ex-presidente da Federação Panamericana de Leite (FEPALE), Vicente explica que parte dessa retomada se deve à melhoria do preço do leite. Também projeta que a perspectiva deve seguir similar neste ano e assegura que o produtor está cada vez mais profissionalizado – especialmente na maneira como lida com os custos de produção. E faz um breve ataque contra os alarmistas do mercado: “há muita desinformação no setor. O Brasil tem mostrado que é competitivo, embora alguns analistas digam o contrário”, avalia. O reaquecimento do setor, entretanto, explica apenas parte do entusiasmo de Vicente. Depois do governo lançar uma campanha para incentivar a exportação de produtos lácteos brasileiro, envolvendo o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a própria OCB, entre outros grupos e entidades, as vendas externas se reaqueceram e os resultados já se mostraram favoráveis em dezembro do ano passado. “Há todo um trabalho estruturado de marca, de logística, de inteligência de mercado. É um trabalho de gente grande, estruturando o país para exportar”, afirma. Entusiasmado e otimista, Vicente aponta que os números devem seguir favoráveis nos primeiros meses de 2014. E faz uma decisiva projeção: “se não houver mudanças significativas no cenário atual, o Brasil se apresenta em 2014 como alternativa para o mercado mundial”. Confira abaixo a entrevista completa com Vicente Nogueira Netto.

Leite & Derivados

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Como o senhor encara o ano de 2013 para o setor lácteo brasileiro? O ano de 2013 foi muito positivo, um ano que ficará na lembrança de todos como um divisor de águas. Foi um ano muito bom para todos na cadeia: para o produtor, para a indústria e até mesmo para o consumidor. Embora os preços tenham aumentado para o produtor e para o atacado, os preços para o consumidor subiram muito menos do que no mercado internacional. Aqui o acréscimo foi de cerca de 30%, enquanto no mercado internacional chegou a 70%. Até o consumidor foi muito beneficiado.

De que maneira o ano anterior pode ser encarado como um divisor de águas? Do ponto de vista do estímulo. O mercado estava muito desestimulado nos últimos anos, e 2013 veio para dar vigor à capacidade produtiva e à retomada dos investimentos. É um ano, também, que vai marcar a retomada pra exportações, o recomeço, especialmente no final de 2013. Foi um ano marcante e estimulante para toda a cadeia produtiva.

A melhoria no preço do leite foi um fator determinante em 2013? Seguramente. Foi a variável mais relevante para a economia leiteira nacional. O preço melhorou para toda cadeia, beneficiou o valor pago ao produtor. Houve um incremento no atacado, e isso estimulou o produtor e a indústria. E, apesar do reajuste, não teve queda de consumo das commodities, de longa vida e de queijo, por


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PERFIL

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Leite & Derivados

preços médios de 2013 foram satisfatórios, mas os de agora já não são mais. O longa vida no atacado já caiu 20%, a mussarela 10%, e essa redução no atacado já foi repassada ao produtor. É um momento de transição. Mas, a partir de fevereiro, acredito, deve estabilizar nos patamares do ano passado. Se tudo mantiver-se como está, teremos um ano parecido.

Qual mercado do setor lácteo mais se destacou no ano passado?

exemplo. O consumidor demonstrou que é capaz de pagar aquele preço. Certamente, o melhor preço foi a variável mais relevante, sempre lembrando que foi uma elevação muito menor do que no mercado internacional.

Por que o consumidor foi menos atingido aqui? Pelo vigor da produção nacional. O preço lá fora foi afetado por uma série de fatores, e países dependentes da importação tiveram que repassar mais os custos. A própria China, ou a Venezuela, tiveram de incorporar esse reajuste maior. Nós, aqui, cumprimos o nosso papel.

O que levou a esse cenário de preços favoráveis no mercado lácteo brasileiro? Houve três aspectos principais. Primeiro, uma grande pressão no custo de grãos no mercado mundial, como milho e soja, o que afetou a ração dos animais. Esse aumento de custos foi muito relevante. A seca que ocorreu na Oceania entre 2012 e 2013 afetou o mercado, e a produção mundial não alcançou o volume esperado. Os estoques mundiais, assim, caíram significati-

vamente. Também houve elevação nos custos de produção e menor oferta. Trazendo essa realidade para o Brasil, as três questões fundamentais foram o aumento do custo de produção, a elevação dos preços das commodities internacionais e o aquecimento do consumo doméstico, com crescimento superior a 2%, o que ao menos implicou na manutenção do consumo. Esses três fatores, sobretudo, permitiram esse preço. Com relação ao preço no mercado internacional, precisamos fazer a conjugação com o câmbio. E aí tivemos uma desvalorização do real em 2013, o que tornou o mercado ainda mais competitivo.

Esses preços atingiram agora um patamar adequado? Ou ainda podem melhorar? Os patamares médios de preço em 2013 foram bastante satisfatórios, foram remuneradores pra toda cadeia. Esses preços satisfatórios também estimularam a produção, que foi mais vigorosa a partir de outubro, o que levou agora a uma descendência dos preços. Então, os

Os produtos que mais se destacaram foram as commodities. Como os preços subiram significativamente, o longa vida, o leite em pó e queijo puxaram o mercado pra cima. Isso, entretanto, não quer dizer que os outros produtos perderam brilho. Eles também tiveram reajustes, mas inferior às commodities. Foi o ano das commodities.

Como o senhor encara o consumo brasileiro de produtos lácteos? Está em um bom patamar? Eu julgo que o crescimento do consumo brasileiro nos últimos 20 anos é um case mundial. Em 1993 o consumo era de 107 litros de leite, se levarmos em conta todas suas possíveis utilizações, e hoje estamos em mais de 172 litros. Naturalmente, esse crescimento não tem paralelo. Não existe nada parecido no resto do mundo, é muito relevante. Mas, apesar de tudo, ainda não estamos em um bom patamar. Há espaço para crescer ainda mais, pois ainda estamos consumindo menos do que a média recomendada pela Organização Mundial da Saúde. Podemos aumentar muito o consumo de queijo.

O que pode ser feito para elevar esse consumo? Antes de pensar em como podemos elevá-lo, precisamos entender o



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PERFIL

que aconteceu nos últimos 20 anos. O primeiro fator para o aumento é que o setor se modernizou muito, e a qualidade do produto consequentemente melhorou muito. Há 20 anos podíamos comprar leite, queijo e manteiga no mercadinho, e hoje qualquer indústria tem portfolio com mais de 100 produtos. O consumidor encontra uma gama no supermercado similar ao de qualquer país desenvolvido. Diversidade, melhoria da qualidade e da produção foram fatores determinantes. O crescimento da economia, por outro lado, o maior vigor nos empregos, a distribuição da renda, também ajudou. O Nordeste, por exemplo, hoje apresenta crescimento vigoroso. São consumidores que antes estavam fora do mercado, e hoje estão empregados, têm renda e, assim, têm acesso aos produtos. Mas esse crescimento vigoroso do setor não é fruto de nenhum movimento organizado do governo. Não ocorreu, por exemplo, como nos Estados Unidos – uma campanha focada no consumo dos produtos

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lácteos. Esse consumo brasileiro precisa aumentar, e chegou o momento da cadeia produtiva fazer campanhas pensadas, de organizar-se em torno desse tema, para atingir essa direção.

Quais outros desafios o setor ainda precisa solucionar? O desafio maior é o da continuidade, de seguir melhorando a qualidade da produção. Cada vez mais precisamos conjugar o binômio da competitividade – preço e qualidade. É o grande desafio para 2014: redução de custos e exportação. Competitividade na produção e exportação com maior vigor.

Como os custos de produção podem ser minimizados e quanto eles ainda atrapalham a cadeia? Custos de produção são decisivos em qualquer atividade, e não poderia ser diferente aqui. Estou convicto de que os produtores brasileiros têm um traço em comum: administram bem o custo, permitindo que não se comprometa a taxa de retorno. Eles estão atentos com o custo. Um amigo produtor costuma dizer que custos são igual unha e cabelo: pre-

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cisa cortar sempre. E eles podem ser minimizados com a melhor gestão da propriedade. O produtor precisa estar sempre preocupado com cada item do custo. Creio que, no nosso setor, só vai permanecer o profissional que estiver preocupado com isso. Eu considero que precisa ser volumoso na produtividade, com baixo custo, e utilizar a melhor alternativa de concentrado, de ração. Essa é a solução.

De maneira geral, o setor já caminha nessa direção? É um caminho sem retorno. O produtor que está no mercado é o que está se profissionalizando. E se profissionalizando no sentido de ter resultado, de ter lucro. É nítido isso. Não há outro caminho.

A qualidade do leite produzido no Brasil tem avançado? A melhora da qualidade do leite, nos últimos 20 anos, é extraordinária. Antes desse período ele sequer era coletado em tanques de resfriamento. O próprio aumento do consumo nacional mostra a melhoria contínua da qualidade. E ela é natural. Não adianta só o desejo do governo, da



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PERFIL

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tras entidades. Há todo um trabalho estruturado de marca, de logística, de inteligência de mercado. É um trabalho de gente grande, estruturando o país para exportar.

A tendência, então, é elevar consideravelmente as exportações?

leite comparáveis aos Estados Unidos e à Europa. Não é uma coisa que está começando agora, já é um traço marcante, um traço geral. As grandes indústrias já pagam por qualidade, tem apenas um caso isolado que foge à regra, aqui ou ali. legislação, de impor um leite melhor. Precisa vir da própria cadeia – e na prática isso já ocorre. A exigência da indústria, hoje, já é maior do que a exigência mínima das novas legislações.

O que falta para o leite brasileiro atingir um padrão de excelência? Estamos no caminho certo, já produzimos leites extraordinários em determinados locais. Algumas indústrias têm canais de captação de

Não tenho dúvidas. Já cresceu no final do ano, e esse cenário deve se repetir em janeiro e em fevereiro. Mas há muita desinformação no setor. O Brasil tem mostrado que é competitivo, embora alguns analistas digam o contrário. O setor lácteo brasileiro avançou muito nos últimos 20 anos, e o crescimento sustentável de qualquer setor mede sua própria força. Crescemos, e crescemos competindo diretamente com Argentina e Uruguai. O setor leiteiro brasileiro é competitivo, tem se mostrado competitivo. De qualquer maneira, o que tem muito definido são as variáveis do câmbio e do preço internacional. Da noite para o dia, isso pode mudar e frear a exportação. Mas, se não houver mudanças significativas no cenário atual, o Brasil se apresenta em 2014 como alternativa para o mercado mundial.

Esse pode ser o grande assunto do setor em 2014?

O governo lançou, no início de 2013, uma campanha para incentivar a exportação de produtos lácteos. A iniciativa, afinal, foi bem-sucedida?

Mesmo com o possível crescimento, eu diria que o mercado doméstico ainda absorve 98% da produção. Então, o destaque deve ser mesmo o mercado interno.

A retomada das exportações é um assunto muito importante que ocorreu em 2013. O programa é um trabalho coordenado pelas cooperativas, mas envolve toda a cadeia produtiva, com o apoio do Ministério de Desenvolvimento Agrário e de ou-

E quais as perspectivas do mercado interno para 2014? É preciso novamente fazer a ressalva de que esse cenário precisa ser mantido. E, se ele assim continuar, vejo um ano bastante positivo para o setor.



MERCADO

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Divulgação

Tecnologia 100% verde e amarela

Multinacional IDEXX anuncia entrada no mercado nacional para ampliar produtos e serviços para os laticínios e produtores de leite

No ano da Copa do Mundo no Brasil, a IDEXX entra no mercado nacional

O

ano de 2014 começa com uma notícia de importância para os diversos segmentos da cadeia produtiva do leite. A multinacional IDEXX Laboratories anunciou no último semestre a aquisição de sua distribuidora no Brasil, a Madasa Biotecnologia, com o objetivo de atuar no País com unidade própria. “Ao longo de quase duas décadas, a Madasa e a IDEXX forma-

ram uma parceria bem estruturada, ceitas atingiram US$1,3 bilhões. A IDEXX fornece tecnologia veterinária com foco nas áreas de Gerenciapara o mercado de animais doméstimento da Qualidade do Leite. Este cos, testes diagnósticos para o mercanovo passo representa o mais recente do de leite, gado, aves, suínos, equicompromisso da IDEXX para expandir nos e para a avaliação da qualidade e melhorar a oferta de serviços e da água. “Esta é a concretização de produtos ao mercado brasileiro”, couma ambição de longo prazo da IDEmenta Eduardo Abecia, Diretor Geral XX. Em virtude das oportunidades, da IDEXX no Brasil. A IDEXX Laboratories é uma empresa global com sede no Maine/EUA e presença direta em 19 países (agora incluindo o Brasil). Conta com unidade produtivas e P&D nos EUA, Suíça, França, Reino Unido e China. Sede da IDEXX nos Estados Unidos Em 2012, suas re-


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das pessoas e do potencial de crescimento, o Brasil é considerado um mercado prioritário para o desenvolvimento de nossos produtos e serviços”, afirma a dr. Silvia Zimmerman, gerente da IDEXX na América Latina.

Gerenciamento da qualidade do leite

Fabricante da tecnologia SNAP, método amplamente utilizado pelos laticínios brasileiros para detectar a presença de antibióticos no leite, a IDEXX traz novidades com a nacionalização. A empresa compilou um conjunto de soluções para o gerenciamento da qualidade do leite em um kit de testes chamado “SELEÇÃO IDEXX BRASIL”. “Este kit é para ser usado no campo e na indústria, pois reúne ferramentas que atendem as principais necessidades dos produtores e laticínios brasileiros”, explica André Oliveira, Gerente Técnico-Comercial da IDEXX no Brasil. Os testes do kit “SELEÇÃO IDEXX BRASIL” tem como princwipal item o SNAP ST, o único método que detec-

ta antibióticos no leite sem precisar de aquecimento ou incubação. “É um teste muito simples. Qualquer pessoa pode fazer e em qualquer lugar”, afirma o gerente. O kit conta também com um simples e poderoso instrumento para a Contagem de Células Somáticas (CCS). O teste Somaticell é aplicado para ganhos de produtividade e no controle da mastite. “O Somaticell é validado pelo mesmo equipamento usado pela Clinica do Leite e tem 93% de aprovação. A diferença é que ele (Somaticell) tem ação imediata”, explicou a Gerente de Vendas da IDEXX, Thais Brito. A IDEXX ainda oferece outros produtos para o controle da qualidade do leite, como o Compact Dry (usado na contagem de microrganismos) e Swabs para monitoramento de procedimentos e higienização nos laboratórios.

Diagnósticos veterinários

A chegada da IDEXX no Brasil traz também ferramentas práticas para o

Leite & Derivados

diagnóstico da sanidade do animal (LPD), como o teste BVDV AG Point-of-care, usado no controle de diarreia viral bovina. O BVDV também pode ser feito diretamente no campo e permite a detecção do problema através de simples amostras de sangue. “O vírus da diarreia pode causar muitos problemas, como aborto, redução no percentual de proteína e gordura no leite e aumento da contagem de células somáticas”, informa Andréa Carneiro, gerente técnica da IDEXX responsável pelo segmento. Outra importante tecnologia da linha LPD é o teste de prenhez, que permite um melhor gerenciamento do rebanho e gera maior produtividade, pois permite a diminuição do intervalo entre os partos e, consequentemente, aumento da produção de leite. Com os produtos do kit “SELEÇÃO IDEXX BRASIL” ainda é possível prevenir e controlar a brucelose e a tuberculose. “Neste caso, a prevenção é o melhor remédio e, para isso, o produtor pode contar com os testes em soro que permitem o diagnóstico de várias enfermidades”, explica Andréa.

Foco na necessidade do cliente

Uma das preocupações da IDEXX com a nacionalização é garantir o pleno atendimento dos clientes nas demais linhas de produtos fornecidos pela Madasa. “Garantimos a todo o mercado o fornecimento contínuo de todas as linhas de produtos que eram trabalhadas pela Madasa. Todos irão ganhar, pois as mudanças que estão

sendo implantadas tem o foco na satisfação dos nossos clientes, visando oferecer tecnologias e atendimento, com o padrão de excelência global da IDEXX”, finaliza o Diretor Geral, Eduardo Abecia.

Serviço:

IDEXX Brasil Fone (11) 3095-5632 e-mail: idexxbrasil@idexx.com

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VITRINE por Mariana Naviskas

Para conservar com segurança Conserva Super investe na fabricação de baús e conservadores isotérmicos para transporte e armazenagem de perecíveis

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a indústria para o distribuidor, do distribuidor para os supermercados. Seja qual for a rota, transportar laticínios de forma correta e segura pode ser um problema. Com essa ideia em mente, os empresários potiguares Rodrigo Elpídio e Marcone Farias resolveram criar a Conserva Super, que fabrica baús e conservadores isotérmicos para transporte e armazenamento de diferentes gêneros alimentícios. Confira a entrevista exclusiva com Rodrigo Elpídio, diretor comercial da empresa, e conheça mais sobre os produtos.

Em que ano a Conserva Super foi criada? De onde surgiu a ideia para criar a empresa? Nosso pensamento de fabricar baús para pick-ups existe desde 2008, mas foi apenas em 2012 que resolvemos profissionalizar a ideia. Genuinamente potiguar, a Conserva Super é a primeira indústria a fabricar, exclusivamente no Brasil, baús para todos os tipos de pick-ups. Essa ideia surgiu por meio de uma necessidade em se transportar gelo sem precisar empilhar varias caixas de isopor em carros abertos, algo que era perigoso e antiprofissional. Fizemos um protótipo, ele foi aceito e fomos aperfeiçoando os baús e criando novos produtos. Assim surgiu a Conserva Super.

Divulgação - Conserva Super

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Conserva Super oferece soluções para transporte correto de alimentos

Como a Conserva Super evoluiu para o que é hoje? Conte um pouco sobre a história da empresa. Praticando a fundo a gestão de aperfeiçoamento dos produtos e atendendo fortes tendências de mercado, alavancadas por leis sanitárias que proíbem o transporte de gêneros alimentícios em isopor e carro aberto, além de outras leis que proíbem o acesso de caminhões aos grandes centros. Além disso, profissionalizando a baixo custo o mercado informal, que por falta de recursos eram obrigados a trabalhar de forma irregular. Outro ponto forte é o alto índice de venda de pick-ups no mercado nacional.

O que a Conserva Super oferece para o mercado de laticínios? A Conserva Super oferece os únicos baús para pick-ups e conservadores isotérmicos para transporte e armazenagem de gêneros alimentícios do Brasil. Além de baús com sistema frigorifico resfriado, que variam entre as temperaturas de 10° C a -10° C

Quais os diferenciais dos produtos da ConservaSuper? Além de serem produtos de fabricação exclusiva - todos patenteados -, temos um diferencial que é o sistema frigorífico não acoplado, ou seja, não é necessário a retirada de nenhum componente opcional do seu veiculo para a utilização do nosso


Baú para pick-ups

Quais as perspectivas para o mercado em 2014? Neste ano, abriremos a possibilidade de distribuição dos nossos equipamentos. Esperamos, assim, vislumbrar uma fatia maior do mercado. E como é o ano da Copa do

parcerias com as maiores montadoras e locadoras de pick-ups do Brasil e do mundo, para que eles possam agregar valor aos seus veículos com a ajuda dos nossos produtos.

Quais os planos para o futuro da empresa? Queremos nos tornar referência logística no Brasil, proporcionando agilidade, rapidez e baixo custo nos transportes de mercadoria em grandes centros. E, além disso, provar que é mais interessante distribuir uma grande carga (caminhão) em varias cargas menores (pick-up) e firmar

Além do transporte, o armazenamento de alimentos perecíveis também deve ser feito corretamente Su pe r

O mercado atual vem sofrendo com as questões de transporte, devido a perecividade dos produtos. Em virtude disso surgiu a Conserva Super. Para melhorar e dar acesso aos produtos, para os grandes supermercados e também para os pequenos mercadinhos do bairro. Outro problema enfrentado no mercado de laticínios era a falta de opções para o transporte de mercadorias de pequenos produtores, que eram obrigados a transportar em carro aberto e isopor, com grande risco de avaria no produto e possibilidade de prejuízo. Com os produtos Conserva Super, essa realidade muda. Nós oferecemos facilidade e preços acessíveis. E, além disso, com uma pick-up o acesso nas cidades e grandes centros é mais rápido e econômico.

Mundo no Brasil, é bem provável que a fiscalização aumente, fazendo valer as leis que proíbem o transporte de alimentos em caixas de isopor e o transporte de caminhões nos grandes centros.

ão - Co ns er va

Qual a sua opinião sobre o mercado do leite atual? O que precisa melhorar?

Di vu lg aç

equipamento de refrigeração. Outro diferencial é a possibilidade de funcionamento na tensões 12v /110v / 220v.

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Divulgação - Conserva Super

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ESPECIAL

Um novo diferencial


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Por Itamar Cardin

Investimentos em higiene, segurança e tratamento de efluentes ganham espaço e auxiliam na maior projeção da empresa

divulgação

O

ano anterior marcou um importante período aos serviços de higiene e segurança do setor lácteo. Em meio a um processo de gradativa implantação dos programas de qualidade, como BPF (Boas Práticas de Fabricação), BPL (Boas Práticas de Laboratório) e APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle), entre outros, as empresas fornecedoras redobraram esforços para produzir soluções que satisfizessem às exigências. Esse novo panorama, entretanto, ainda não foi devidamente incorporado pelo mercado. Embora esteja preparada para lidar com as normas recentes, segundo a avaliação de Wellington Williams da Silva, assessor técnico em Higienização Industrial da Mustang Pluron, a cadeia ainda não está totalmente conscientizada sobre a importância das exigências de higiene e segurança. “Falta um pouco de cultura por parte do setor. A preocupação na higienização tem que prevalecer ou andar junto com a preocupação produtiva”, assegura Wellington. “Os produtores rurais e as usinas têm que se adequar às exigências dos órgãos governamentais e impor regras e conceitos de maneira que não onere muito os custos finais do produto, mas preserve os conceitos básicos de higiene”. Paulo de Freitas, diretor comercial da Kalykim, também desenvolve raciocínio similar. Embora reconheça que o setor lácteo está mais preocupado com higiene e segurança, ele explica que há ainda um longo espaço para desenvolvimento. “Em 2013 pudemos observar maior preocupação e

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ESPECIAL

Francisco Calasans

direcionamento de algumas entidades e produtores para produzir leite de melhor qualidade”, pondera. “No entanto, no contexto geral, existem ainda muitos problemas culturais e desinformação quanto à boa ou má higienização e suas consequências. Isso

ainda ocorre não só no setor primário, mas também em algumas plantas de lácteos que ainda não encontraram o caminho para repetibilidade de resultados positivos”. A falta de uma conscientização intrínseca torna o assunto ainda mais preponderante às empresas. Responsável pela assistência técnica da ABC, Francisco Calasans garante: quem está adequado às normas de higiene e segurança, tem mais espaço no mercado. “Um comprometimento de todos de forma continuada através de fiscalizações internas das Boas Práticas de Fabricação, Boas Práticas de Laboratório, produtos corretos, processos de higienização atualizados, implantação de equipamentos dosadores, diluidores e aplicadores ajustados as diferentes necessidades, é um grande diferencial para as indústrias de laticínios que querem crescer e se destacar no mercado”, avalia.

Um dos problemas mais recorrentes são os acidentes com produtos químicos durante a operação de higienização. A própria ABC, entretanto, em um serviço de ampla integração com o cliente, tem auxiliado na diminuição desses casos. A empresa oferece um programa de palestras, treinamentos e novos sistemas de dosagens de produtos. E, segundo Francisco, o resultado é visível: os relatos de acidentes diminuem anualmente. Esse programa oferecido pela ABC, além de conscientizar o operador, auxilia na implantação de normas e programas como 5S, BPF e APPCC. Também orienta sobre Higienização Industrial, Segurança Básica no Manuseio de Produtos Químicos, Gestão de Indicadores de Qualidade de Higiene e Microbiologia Rápida, entre outros, conforme a demanda do cliente. A empresa oferece ainda uma linha de detergentes


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e sanitizantes completa, satisfazendo desde a ordenha até a indústria. “A ABC investe continuamente em novos produtos de higiene e processos de segurança na aplicação dos mesmos, assim estamos sempre nos antecipando às demandas e necessidades do mercado”, acrescenta Francisco, revelando os novos planos da empresa. “Para o ano de 2014 acreditamos em um desenvolvimento e investimentos voltados a processos de higienização mais inovadores como um Programa de Qualidade da Higienização administrado pela própria ABC em seus clientes”. Assessor técnico da Mustang Pluron, Wellington Williams da Silva também aposta no crescimento do segmento de segurança e higiene para 2014. “É a tendência do mercado. É a sobrevivência das empresas, higiene é sinônimo de qualidade, e não existe uma prerrogativa mais convocada hoje

nas indústrias de alimentos do que a preocupação com o bem estar de seus consumidores/clientes”. Wellington, entretanto, faz uma ponderação: as empresas precisam ser cuidadosas ao escolher o fornecedor. “O mais importante hoje não seria apenas um bom produto, ou um produto de menor preço, mas, sim, qualidade na prestação de serviço”. Oferecer treinamentos de BPF e APPCC, auxiliar na implantação do PPHO, ter produtos de bom custo benefício, e não apenas baratos, por exemplo, são alguns dos fatores importantes a serem avaliados, acrescenta o assessor técnico da Mustang Pluron. “Nossa empresa possui a Certificação ISO 9001, e tem todos os produtos registrados ou homologados pela ANVISA. Dispomos de expertise que auxiliam o produtor de leite e o usineiro a indicar os produtos e serviços mais adequados para a higienização

Leite & Derivados

da planta, sempre preocupados com o custo benefício de seus clientes”, conclui Wellington. Outra empresa que busca atender as necessidades dos diversos segmentos de higiene profissional é a Kalykim. Há mais de 15 anos no mercado, a empresa desenvolveu uma gama de produtos para diferentes finalidades. “Seja limpeza geral, higiene pessoal, limpeza de tanques e circuitos, lubrificação de esteiras, tratamento águas ou membranas, desinfecção de utensílios e sistemas, temos um portfólio de soluções onde os produtos são aplicados sobre recomendação dos melhores procedimentos”, assegura Paulo de Freitas, diretor comercial da empresa. O foco da Kalykim é utilizar o mínimo necessário de produtos e economizar em químicos, água, vapor e energia. O Kalyclean C274, por exemplo, para limpeza de caminhões em fase-única, é aplicado em apenas

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ESPECIAL

Tratamento de Efluentes

divulgação

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José Luis Papa

três etapas e tem baixo consumo e fácil enxaguabilidade. “Com um processo de lavagem mais curto, diminuímos o tempo de espera na fila para descarga”, explica Paulo. “Este é um dos exemplos que traduz uma série de benefícios, quando comparados aos tradicionais métodos de limpeza feitos com soda e ácido”.

Higiene e segurança, entretanto, formam apenas uma vertente desse importante segmento do setor lácteo. Outra preocupação crescente e fundamental são os efluentes. E não se trata apenas de cumprir exigências ou normas. Um sistema de tratamento eficiente, com alta tecnologia, pode trazer infindáveis benefícios à planta industrial, como redução do consumo de energia e do consumo de produtos químicos, redução ou eliminação da geração de lodo e da geração de odores, possibilidade de processamento de resíduos na própria ETE, com consequente geração de biogás, reduzindo assim o consumo energético e a utilização de combustíveis fósseis. Para o diretor geral da ADI Acqua Engenharia, José Luiz Papa, o setor tem investido positivamente

no tratamento de efluentes e já reduziu, inclusive, de maneira significativa, o volume de água utilizada por litro de leite processado. Algumas oportunidades, entretanto, ainda precisam ser melhor exploradas. “A destinação e disposição final de soro e resíduos de produtos, por exemplo, são de alta complexidade e custo elevado, e potencialmente podem gerar energia”, explica. Focando especificamente essa utilização energética do biogás, a empresa oferece soluções completas e integradas, buscando equacionar cada etapa do tratamento. “A ADI domina as tecnologias e processos necessários ao pleno atendimento das necessidades da indústria láctea, tanto com a remoção da matéria orgânica, quanto de nutrientes e a digestão anaeróbica dos efluentes e resíduos”, assegura José Luiz.


divulgação

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Reator Anaerobico BVF e Reator Aerobico SBR

Em meio ao crescente processo de conscientização, o diretor da ADI projeta um ano movimentado e repleto de novidades nos laticínios. Revela ainda que a empresa implementará um novo projeto, para ampliar a planta de um grande grupo brasileiro, que tornar-se-á um marco no setor. “Esta ampliação

utiliza nossa tecnologia de biodigestão anaeróbica, eliminando a necessidade de tratamento primário e desidratação de lodo, permitindo também a digestão de soro e subprodutos, com geração de biogás que será utilizado em caldeiras”. A conclusão do plano e o início da operação será em agosto.

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Gerar energia, diminuir o consumo de água, reduzir o gasto com produtos químicos, no entanto, são apenas alguns dos benefícios concretos do tratamento. Enquanto o apelo socioambiental seguir como tendência positiva e indissociável dos pilares econômicos, questões como higiene, segurança e efluentes servem cada vez mais como um preponderante diferencial mercadológico. “Um laticínio que mantém uma política ambiental e seu tratamento de efluentes como uma de suas prioridades reduz sua vulnerabilidade com relação à exposição negativa”, lembra o diretor da ADI. “Da mesma forma, criar a percepção junto à comunidade e aos consumidores de que é uma empresa ambientalmente correta é hoje um diferencial significativo”. Investir em sustentabilidade, afinal, é investir na própria valorização da marca.

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EMPRESAS & NEGÓCIOS

As vantagens do PVC flexível

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VICK traz o PVC Flexível, que possui diversos benefícios, dentre eles a redução do consumo de energia elétrica, a excelente estética e decoração moderna, permite barreira visual parcial, indica rotas de entrada, reduz o ruído no ambiente, além de uma rápida instalação e fácil manutenção. É um dos plásticos mais antigos e mais comumente utilizados. Por possuir tantas qualidades, possibilidades, flexibilidade, além da geração de economia

em muitas aplicações, torna-se um grande aliado para as indústrias na confecção de portas automáticas, janelas transparentes, visores e cortinas para supermercados, instalações hoteleiras, frigoríficos, abatedouros, áreas de solda, depósitos, armazéns e onde se deseja separar ambientes com segurança, mantendo a higiene. O PVC Flexível Standard é ideal para separação de ambientes, evitando a entrada de sujeira, fumaça, gases e partículas

em suspensão. Possui também a vantagem de ser anti-bactéria, o que permite total higienização do local, atendendo às normas de vigilância sanitária. O PVC Flexível Amarelo Anti-Inseto possui as mesmas características do material Standard com a adição da pigmentação especial amarela, que repele a aproximação de insetos voadores. Já o PVC Flexível Polar atende as normas da vigilância sanitária, além de resistir a temperaturas contínuas de até - 45°C e picos de até - 60°C. Adequa-se perfeitamente em câmaras frigoríficas, instalações de processamento de carnes, cozinhas industriais e locais onde se deseja separar ambiente com segurança, mantendo a higiene e a temperatura do ambiente, reduzindo assim, o consumo de energia elétrica e garantindo a temperatura interna sem altas variações. “O PVC Flexível é durável, fácil de limpar, atóxico, possui eficiência energética, é isolante térmico e acústico e resistente a chamas. Enfim, reúne uma gama de características que possibilitam infinitas aplicações”, afirma Sílvia Orrù, gerente de Marketing da empresa. Mais informações: www.vick.com.br

Evonik e Vogler anunciam parceria

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partir do primeiro dia de 2014, a Vogler Ingredients passa a distribuir a linha de produtos da Evonik destinados ao mercado de alimentos, com abrangência em todo o território brasileiro.

Com a parceria, os clientes da área alimentícia passam a receber soluções completas, incluindo prestação de serviços, logística e condições comerciais competitivas para as seguintes linhas de produtos Evonik:

Sílicas Pirogênicas - AEROSIL® 200 F, AEROSIL® 380 F – e Sílicas Precipitadas - SIPERNAT® 22, SIPERNAT® 22 S, SIPERNAT® 50, SIPERNAT® 50 S, SIPERNAT® 350, que são utilizadas para aumentar a produtividade e


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qualidade na Indústria de Alimentos. Entre os benefícios gerados por estes ingredientes, estão: redução da tendência de aglomeração de alimentos em pó; melhora significativa na fluidez de pós; maior produtividade; precisão na dosagem; conversão de sistemas líquidos em pós; estabilidade na armazenagem e constância na qualidade. Extratos de Aromas CO2, que são produzidos pelo processo de extração supercrítica, gerando produtos 100% livres de solventes (Clean Label) e de longa estabilidade (3 anos) para a utilização em alimentos contendo castanha, chá, café, fruta e temperos, além de casas de aromas. Os extratos de aromas CO2, que passam agora a ser distribuídos pela Vogler, são 100% naturais e com extração através de CO2 supercrítico. Além disso, são ultra-concentrados e possuem baixa dosagem 5-15 ppm. Este tipo de extração vem sendo considerada uma técnica atrativa, principalmente no que diz respeito ao meio ambiente e qualidade dos produtos, por ser um processo livre de resíduos e não provocar degradação do extrato. São soluções que combinam vasto know-how com tecnologia avançada, traduzindo-se em insumos e serviços que propiciam uma série de melhorias aos produtos finais da indústria alimentícia.

Informações sobre a Vogler Ingredients

Fundada em janeiro de 1990, a Vogler Ingredients nasceu para atender a demanda da indústria de alimentos por uma fornecedora disposta a identificar diversos produtos para suprir a necessidade de um mercado em franca expansão e profissionalização. Por meio de três divisões de negócios: Ingredients, Systems e Flavors, focou seus esforços em antecipar as tendências do mercado alimentício, atuando com qualidade, inovação, regularidade e agilidade para fornecer soluções inteligentes aos seus clientes.

Atualmente importa mais de 300 produtos de 30 parceiros espalhados pelos cinco continentes. Em seu portfólio há uma variedade de ingredientes para aplicações em toda cadeia alimentícia, de bebidas, farmacêutica, láctea, balas e doces, pet-food, entre outras. Além de ser referência no setor, pela terceira vez, foi considerada umas das empresas que mais crescem no Brasil, segundo a Revista Exame PME e Deloitte. Sempre em busca da saudabilidade e funcionalidade de seus ingredientes, a Vogler trabalha com o compromisso de disponibilizar soluções que superem as expectativas de seus clientes. Vogler. Vocação para Desafios.

Informações sobre a Evonik Evonik, o grupo industrial criativo da Alemanha, é um dos principais líderes mundiais em especialidades químicas. Suas atividades se concentram nas principais megatendências saúde, nutrição, eficiência de recur-

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sos e globalização. A essência da estratégia corporativa da Evonik é o crescimento rentável e o aumento sustentado do valor da empresa. A Evonik se beneficia especificamente de seu talento inovador e de suas plataformas de tecnologia integrada. A Evonik atua em mais de 100 países no mundo inteiro. No ano fiscal de 2012, mais de 33.000 colaboradores geraram vendas em torno de 13,4 bilhões de Euros e um lucro operacional (EBITDA ajustado) de cerca de 2,4 bilhões de Euros. No Brasil, a história da Evonik Industries, começou em 1953. A empresa conta hoje com cerca de 500 colaboradores no País e seus produtos são utilizados como matéria-prima em importantes setores industriais, como: automotivo, agroquímico, biodiesel, borracha, construção civil, cosmético, farmacêutico, nutrição animal, papel e celulose, plástico, química e tintas.

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EMPRESAS & NEGÓCIOS

Heatcraft abre inscrições para Treinamento Técnico Avançado

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urso passou por uma atualização para oferecer o que há de mais moderno em conhecimento e boas práticas de refrigeração para Mecânicos, técnicos e profissionais do setor. Estão abertas as inscrições para o primeiro Treinamento Técnico Avançado de 2014. O curso acontece de 17 a 21 de fevereiro, na planta da Heatcraft, em São José dos Campos, interior de SP. Destinado a mecânicos, técnicos e profissionais de refrigeração, o TTA visa contribuir para a formação de mão de obra especializada no setor de refrigeração comercial e industrial. Para este ano, o conteúdo foi totalmente revisado, bem com o material didático entregue aos participantes. “Deixamos tudo

mais dinâmico e reforçamos mais os conteúdos que mais despertam interesse nos participantes”, explica o coordenador de marketing e R&D da Heatcraft, Alexandre Donegatti. O treinamento, que já é oferecido pela empresa há mais de 10 anos, é ministrado pelo André Lago, especialista em refrigeração do Senai Oscar Rodrigues Alves, com mais de 20 anos de experiência no mercado. Durante quatro dias, os participantes aprimorarão os conhecimentos na sede da Heatcraft, em São José dos Campos. No último encontro eles seguirão com aulas práticas e a avaliação final no laboratório do SENAI, em Pindamonhangaba. No conteúdo programático estão termodinâmica, noções em

carga térmica e transmissão de calor de cargas, seleção de produtos, componentes mecânicos da refrigeração, dimensionamento de tubulação, carga de óleo e fluidos e procedimentos start-up. O investimento para participar é de R$ 1.200,00 e a inscrição pode ser confirmada por transferência bancária ou via PagSeguro em até 12x no cartão de crédito. As inscrições feitas até 07 de fevereiro terão desconto e sairão por R4 950,00. No valor está incluso material didático, traslados do hotel para a fábrica e para o SENAI Pindamonhangaba, almoço e uma noite de happy hour. Para obter mais informações e realizar a inscrição, entre em contato pelo email marketing@heatcraftbrasil.com.br.


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Treinamentos de drives da Danfoss

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ma das líderes mundiais em desenvolvimento e fabricação de controles eletromecânicos e eletrônicos, soluções de sistemas para indústrias de refrigeração, aquecimento e acionamento de motores elétricos, a Danfoss divulga as datas dos treinamentos de drives em fevereiro e março, entre os dias 10 e 14 de cada mês. “Pensando no desenvolvimento e capacitação de nossos clientes e parceiros, desenvolvemos uma série de treinamentos para os produtos da linha VLT® Drives”, comenta Marcos Mori, gerente regional de Marketing. Os treinamentos têm como objetivo promover conhecimento teórico e prático sobre os Conversores de

Frequência e Soft Starters da linha VLT®. A linha proporciona economia de energia, diminuição no tempo de

parada da produção, otimização da aplicação, facilidade na solução de problemas, entre outros.

Programação Fevereiro:

Dias 10 e 11: VLT® Automation Drive Dia 12: VLT® Soft Starters Dias 13 e 14: VLT® AQUA Drive

Março:

Dias 10 e 11: VLT® HVAC Drive Dia 12: VLT® Soft Starters Dias 13 e 14: VLT® Automation Drive Para garantir a qualidade Danfoss, os treinamentos têm a quantidade de participantes limitada a 14 pessoas por turma. A pré-inscrição deve ser feita no site www.danfoss.com.br (VLT® Drives > Treinamento Drives). No link há também escopos dos treinamentos e demais informações relevantes para os interessados.

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A democratização da qualidade

Por Itamar Cardin


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Aumento de análises laboratoriais mapeou a qualidade do leite brasileiro. Discrepâncias territoriais, entretanto, ainda impedem o alcance da excelência

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s mudanças realizadas na legislação brasileira na última década, como a implementação da instrução normativa 51 e posteriormente da IN62, trouxeram algumas novidades ao mercado lácteo do país. Em busca da maior qualidade, como pretendia estimular as novas normas, parte das empresas readequou alguns de seus investimentos. E um importante segmento ganhou força: o das análises laboratoriais. O cenário, entretanto, mesmo com o amplo esforço de determinados setores, não evoluiu conforme o esperado. Se, por um lado, esses diagnósticos permitiram mapear o leite brasileiro, eles não vieram totalmente acompanhados dos avanços necessários. “A instrução normativa Nº 51 entrou em vigor em 2005 e representa um marco regulatório estabelecendo os parâmetros de identidade e qualidade do leite A, B e C. Ela contribuiu muito para o aumento do mercado de análises e tem auxiliado na melhoria da qualidade do leite produzido no Brasil”, afirma Janete Walter Moura, diretora da Tecam Laboratórios.

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O aumento isolado das análises laboratoriais, entretanto, foi apenas o primeiro passo de uma longa jornada. Embora tenha permitido diagnosticar a composição do leite brasileiro, ele não foi suficiente para assegurar o desenvolvimento da qualidade. “A análise laboratorial é importantíssima para mostrar o retrato da qualidade, em um momento pontual e ao longo do tempo. Quando a gente olha ao longo, está fazendo um monitoramento. Essas análises são importantes pra mostrar aonde está, aonde se quer chegar e o que está ocorrendo”, explica Guilherme Nunes, pesquisador da Embrapa Gado de Leite, antes de fazer uma importante ponderação. “A gente vê muito falar que fazer análise melhora a qualidade do leite. Não. Ela monitora, mas não melhora. Precisamos ainda de manutenção constante”. Pensamento similar ao defendido por André Oliveira, gerente comercial da Madasa do Brasil. “A análise de laboratório deve ser entendida como ela é: o caixa do laticínio. Como uma empresa pode tomar boas decisões se não controla o dinheiro que entra pela porta da empresa?”, questiona. Investir na análise, segundo ele, pode trazer grandes resultados ao leite brasileiro. Mas é preciso, também,

um comprometimento maior com os próprios laboratórios. De nada adianta mapear, argumenta, se ninguém está disposto a interpretar os dados do gráfico. “No leite as moedas básicas são os componentes: proteína e gordura.

Pagamos o leite pela composição e qualidade, mas estamos controlando o rendimento deste leite? Sabemos tirar proveito dos resultados das análises? Estes indicadores fazem parte do ‘balanced scorecard’ gerencial da empresa? Nossa maior evolução será


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na gestão de indicadores, se soubermos tirar vantagem dos mesmos”, acrescenta André, em parte receoso com o atual cenário. Um dos principais entraves para melhorar a qualidade, segundo ele, é o olhar descuidado à própria defi-

nição do conceito de leite. Segundo o Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (RIISPOA), entende-se por leite, sem outra especificação, o produto oriundo da ordenha completa, ininterrupta, em condições de

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higiene, de vacas sadias, bem alimentadas e descansadas. “Ou seja, se ordenhamos vacas com problemas de sanidade, não temos leite. Se as vacas recebem medicamentos é porque elas têm problemas de saúde, e não temos leite”, provoca o gerente da Madasa. Encarar a definição do RIISPOA ao pé da letra, na avaliação de André, é o princípio fundamental para melhorar o leite brasileiro. “O entendimento correto de que apenas vacas sadias produzem leite talvez fosse o grande avanço que teríamos em termos conceituais e de conscientização dos nossos produtores. Vacas doentes são a origem dos maiores problemas de qualidade e não temos um programa sistêmico de qualidade”, pontua. Professor de medicina veterinária da USP, Marcos Veiga Santos aponta outros dois problemas centrais do leite brasileiro: higiene e composição. “Falta higiene, refrigeração adequada, e isso poderia ser melhorado com o sistema de resfriamento do leite mais eficiente, de forma acelerada, em conjunto com medidas de melhoria da higiene de ordenha”. O excesso do teor de sólido, de proteínas, também interfere negativamente e poderia ser minimizado com a

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melhoria da condição alimentar dos animais. “Mas, de maneira geral, temos um universo de qualidade bastante heterogêneo. Desde leite comparável aos melhores países do mundo, quanto muito ruim por essas condições”, acrescenta. A resolução do problema, entretanto, é complicada e demanda até mesmo uma série de complexas questões socioculturais brasileiras. A implementação da IN51 em 2005, como lembra Guilherme Nunes, pesquisador da Embrapa Gado de Leite, trouxe concretamente algumas importantes mudanças. As indústrias, receosas com as normas recentes, investiram em análise. Aos poucos, assim, desenhou-se o mapa do leite brasileiro. E constatou-se que ele

tinha um percentual muito grande, acima do limite, para contagem total de bactérias (CTB) e de células somáticas (CCS). Algumas grandes captadoras, então, como a Itambé, incentivadas pela nova legislação, estabeleceram o programa de pagamento por qualidade. Mas os resultados não saíram exatamente conforme o esperado. O próprio programa da Itambé, segundo Guilherme, até conseguiu reduzir a CTB de 1,3 milhão pra 1 milhão. O problema, entretanto, sempre esteve no percentual de CCS. “Reduzir CTB é muito mais fácil, precisa apenas de higiene e refrigeração imediata. CCS é o problema. Quando falamos dela, estamos falando de mastite subclínica”, pondera. “Eu

fiz doutorado em mastite, e não sei nada de mastite. Trabalhei na prática com leptospirose, tuberculose e mastite. E posso dizer: não tem doença mais difícil de controlar do que a mastite. Ela é controlada por vários microrganismos, tem hora que é comum, tem hora que é diferente. É um doença endêmica. Ocorre até no melhor rebanho do mundo”. Mesmo com o apoio crescente das análises laboratoriais para mapear as células somáticas, e consequentemente facilitar o controle da mastite, o setor lácteo precisa enfrentar outro sério problema complementar: as discrepâncias do território brasileiro. Guilherme pondera que, embora boa parte do Sul e do Sudeste tenha infraestrutura adequada, com es-


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“VOCÊ CHEGA EM MINAS E ENCONTRA FAZENDAS DE ALTÍSSIMOS NÍVEIS. MAS É PONTUAL. 80%, 90% DO PRODUTOR É MAIS SIMPLES, NÃO TEM CONHECIMENTO. TEM EXTREMOS”, APONTA O PESQUISADOR DA EMBRAPA trada, energia elétrica e suporte de empresas satisfatórios, outras regiões ainda lutam contra a falta de informação básica. “Você chega em Minas e encontra fazendas de altíssimos níveis. Mas é pontual. 80%, 90% do produtor é mais simples, não tem conhecimento. Tem extremos”, aponta o pesquisador da Embrapa, acrescentando que presenciou pessoalmente essas discrepâncias. “Temos aqui (na Embrapa Gado de Leite) um kit de ordenha manual, e fui levar no interior de Goiás, em alguns estados do Nordeste, entre outros. Mas as pessoas não têm informação, não

têm assistência técnica. Elas sequer sabem o que é CCS”. Aproximar o pequeno produtor das análises, fazer um acompanhamento detalhado, ensiná-lo a controlar os números, entre outros suportes necessários, são algumas medidas que podem minimizar a discrepância. “O produtor familiar, por exemplo, deve continuar trabalhando da mesma maneira, em casa, de maneira subsistente, mas precisa de um colega para mostrar os números, ajudar no controle. A gente precisa de assistência técnica. Há vários gargalos”, garante Guilherme.

Angelo Ghiringhelli Junior, gerente de produto da Labcontrol, acrescenta outro componente a esse panorama: o produtor, de maneira geral, não tem acesso a equipamento de ponta. “Em visitas a clientes em potencial aqui no Brasil, nós da Labcontrol reparamos que a grande maioria ainda utiliza análises manuais(físico-química), devido ao custo dos equipamentos importados para fazerem análises da composição do leite, como análise de gordura, proteína, sólidos e lactose, além da contagem de células somáticas, ureia, caseína”, assegura.

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Legislação e soluções

Embora tenha trazido algumas evoluções, nem mesmo as novas normas foram capazes de mudar drasticamente o cenário. Implementada em 2012 para substituir a IN51, que trouxe poucas mudanças concretas, a IN62 trouxe novas metas ao setor – como estabelecer o limite máximo de CBT e CCS em 600 mil/ml, com redução gradual para 100 mil/ml e 400 mil/ml, respectivamente, até 2016. As propostas até são encaradas com otimismo por Marcos Veiga, da USP. Mas ele não acredita que as normas tenham força para mudar as perspectivas. “Eu entendo que a legislação é um ponto importante para qualidade. Só que ela trabalha com um padrão mínimo, a partir do limite legal que todos deveriam atender. Tanto a 51 quanto a 62 são importantes, mas não é a legislação que faz melhorar. É no trabalho dentro da fazenda, nas empresas, na relação entre produtor e empresa captadora de leite”, salienta. Enquanto o setor lácteo enfrentava uma série de entraves, o país gradativamente perdeu terreno no mercado externo. Para Marcos, dois

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problemas principais afetaram as exportações do leite brasileiro. Um deles é o câmbio. “Nós vivemos uma situação difícil para competir com outros mercados. Em termos de preço, se levarmos em conta o câmbio, aqui temos um dos leites mais caros do mundo”. O outro, ainda mais complicado, é a demanda interna. “Basicamente, não temos um excedente grande pra exportar. A produção hoje, em grande parte, é consumida aqui”, aponta o professor da USP. Na mesma linha segue André Oliveira, gerente da Madasa do Brasil. “Exportar é uma atividade que você faz por vocação e de uma forma constante, você precisa ter padrão de qualidade, volume constante para atender sempre a um determinado mercado”, explica. “No Brasil, nós ainda não conseguimos atender à demanda interna, então não temos uma vocação para exportar”. A grande questão, para o gerente Madasa do Brasil, é estabelecer uma séria diretriz dentro do próprio setor: que pontos precisam ser atacados e, sobretudo, aonde se pretende chegar? “O leite no Brasil tem evoluído muito nos últimos anos, sem dúvidas.

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Temos excelentes padrões de controle em muitos parâmetros de controle”, assegura ele, antes de questionar. “A pergunta é: temos condições de produzir produtos lácteos com a mesma qualidade e rendimento de outros países? Esta é a pergunta que deveria ser feita pela cadeia de leite”. Embora não negue os diversos problemas ainda irresolutos do leite brasileiro, André está confiante no potencial do setor. E aposta na própria análise como uma das alternativas viáveis de desenvolvimento. A própria CCS, ele acredita, pode ser minimizada com o apoio dos laboratórios. “O maior indicador de qualidade e de sanidade é a contagem de células somáticas, que é um indicador gerencial para orientar o produtor de leite para conseguir uma gestão diária de sua produção. A pergunta a ser feita é: isto é uma rotina no Brasil? Se a resposta for não, e o é na maioria dos casos, então temos uma grande oportunidade de melhoria da qualidade do leite”, garante. Adquirida pela Idexx Laboratories em agosto do ano passado, a própria Madasa do Brasil desenvolveu produtos que facilitam a democratização



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dos testes laboratoriais. O Somaticell, por exemplo, não só indica rapidamente a quantidade de células somáticas no leite, como pode ser feito de qualquer lugar. O mesmo ocorre com a linha Snap ST, para beta lactâmicos, e o Duo, de análise simultânea de beta-lactâmicos mais tetraciclinas. Mas a realização desses testes é apenas uma etapa do processo. O mais importante, ressalta André, são os programas de treinamento e capacitação justamente para explicar os benefícios do controle. “Ninguém pode ser contra melhorar a qualidade, ter mais produção, mais lucros e ganhar mais. O ponto de mudança é que muitos produtores ainda pensam que a melhoria da qualidade é um benefício para as empresas, ao invés de entender que o maior beneficiado com esta melhoria será ele mesmo”, aponta. Ao conhecer o mapa da produção e os números que podem ser melhorados, segundo o gerente da Madasa, o produtor está pronto para melhorar o seu próprio negócio. “Depois deste entendimento, a questão do que fazer, do como fazer, fica muito facilitada”, assegura. É apostando no embasamento das análises que André faz uma projeção

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“A DEMANDA POR ANÁLISES TENDE A CRESCER, ACOMPANHANDO A EVOLUÇÃO DO SETOR, GARANTE A DIRETORA DA TECAM, LABORATÓRIO RESPONSÁVEL PELAS AVERIGUAÇÕES FISCAIS DE MONITORAMENTO DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO.” otimista. “As perspectivas para o Brasil são animadoras. Temos uma produtividade ainda muito baixa e isto nos mostra que apenas com um pequeno acréscimo na melhoria dos nossos indicadores seremos muito competitivos”. Confiança também é o mote Janete Walter Moura, diretora da Tecam Laboratórios, ao lembrar que o setor lácteo finalmente se recuperou no ano passado, sobretudo em relação aos preços. E a consequência

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direta em 2014, ela projeta, deve ser o incremento da qualidade. “Até 2012 o aumento do custo de produção e a dificuldade de repassar esse aumento ao varejo, com a diminuição das margens, levou à queda na produção. Em 2013 o setor recuperou as margens e deve investir mais recursos no controle de qualidade, e com isso um produto final com melhor qualidade deve ser ofertado ao mercado”, aposta. Outro ponto levantado por Janete é o amplo espaço para crescimento do setor lácteo: enquanto a média per capita de leite recomendada pelo Ministério da Saúde é de 210 litros anuais, o brasileiro só consome 168. E essa perspectiva de desenvolvimento, segundo ela, pode também resultar no aumento de análises laboratoriais. “A demanda por análises tende a crescer, acompanhando a evolução do setor”, garante a diretora da Tecam, laboratório responsável pelas averiguações fiscais de monitoramento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Guilherme Nunes também revela otimismo com a possível ampliação da qualidade. Embora pondere que as discrepâncias regionais ainda são um grave obstáculo, e que o país não encontrou a melhor maneira de reduzir a CCS, ele menciona uma série de instituições e indústrias sérias, vanguardistas, capazes de servirem de exemplo e liderarem o setor rumo ao padrão de excelência. “Tenho um otimismo muito grande com relação à qualidade, porque conversamos com o pessoal, participamos de congressos, e vemos que o Brasil tem algumas ilhas de excelência. Algumas indústrias, por exemplo, trabalham focadas em qualidade. Tem lugares com nível europeu”, salienta o pesquisador da Embrapa Gado de Leite. A excelência em qualidade do leite brasileiro, assim, já desponta como realidade em determinados centros. Falta agora democratizá-la.


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ARTIGO TÉCNICO por Gustavo Bortolucci Muniz1 e Raimundo Nonato Rabelo2 1 Graduado do curso de Medicina Veterinária da Universidade Camilo Castelo BrancoUNICASTELO-Câmpus de Fernandópolis. 2 Médico Veterinário – Prof. Dr. da Universidade Camilo Castelo Branco-UNICASTELOCâmpus de Fernandópolis e Pós-Doutorando em Promoção de Saúde da Universidade de Franca-UNIFRAN.

1. Introdução

O Feedback Inhibitor of Lactation (FIL) Conheça a pequena proteína do soro do leite responsável pelo processo de diminuição ou redução da síntese do leite Resumo

O processo de diminuição ou redução da síntese do leite é feito por uma pequena proteína do soro do leite denominada Feedback Inhibition Lactation–FIL, e esse mecanismo é regulado através da quantidade desta proteína em momentos que a glândula mamária esta cheia e vazia e a concentração esta alta e baixa respectivamente. Acredita-se que seja um mecanismo autócrino no processo de inibição da secreção por feedback pelas células secretoras, mesmo sabendo que a regulação autócrina não seja um processo típico das glândulas exócrinas. Diversos fatores com origem no sangue e glândula mamária, interligados, são responsáveis

por manter um equilíbrio entre os processos fisiológicos, químicos, mecânicos e sistêmicos. A parte endócrina é fortemente envolvida na síntese do leite incluindo hormônios galactopoiéticos como hormônio do crescimento e a secreção de prolactina. Mecanismos sensitivos estimulantes tem grande importância na eliminação física do leite e na regulação endócrina. Todos estes processos englobam o ciclo de produção das vacas ou cabras neste caso, e mostram intima relação entre a produção e frequência de ordenha, efeitos hormonais, estase na síntese induzida de leite, involução e função da glândula mamária. Palavras - chave: FIL, glândula mamária, lactação.

Brasil possui o segundo maior rebanho leiteiro do mundo e sua produção ocupa o sexto lugar. Nos rebanhos da Europa e dos EUA, a raça ou genética predominante é a holandesa, as raças zebuínas como Gir e Guzerá são utilizados em cruzamentos no Brasil. O rebanho brasileiro é composto de vacas mestiças e a explicação é a dupla finalidade para corte e leite, rusticidade e melhor adaptabilidade a um ambiente tropical quando comparado às vacas holandesas puras. O ímpeto em aumentar a produtividade leiteira, mundial, chamou a atenção de pesquisadores que investiram em conhecimentos com objetivo de melhorar o manejo, higiene e principalmente a lucratividade. Buscando descobrir novos conceitos, investiram em obter mais informações sobre os efeitos mecânicos e fisiológicos da glândula mamária. A primeira afirmação óbvia é a importância de enaltecer os sistemas responsáveis por controlar a síntese do leite; bem como suas composições químicas; pelas células secretoras, uma vez que, estas precisam iniciar um trabalho de produção contínuo logo após o parto, porém necessitam que haja uma frenagem nessa produção. A glândula mamária sofre ação de uma grande variedade de hormônios. O desenvolvimento mamário ocorre devido as combinações mamogênicas de esteróides e polipéptideos, dentre estes, o principal estrogênio, a progesterona e lactogênio placentário, a lactação é fortemente influenciada pela prolactina e o hormônio do crescimento.


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Assim, sabia-se que inúmeras eram as funções ativadas para a sintese, e alguns pesquisadores iniciaram trabalhos para descobrir “o que” determinava a parada da produção. O FIL (Feedback Inhibition Lactation) em específico, é caracterizado como uma proteína que quando em concentrações elevadas, determinam a diminuição ou frenagem da produção pelas células secretoras do leite.

2. Objetivo

O objetivo do presente trabalho foi realizar uma revisão de literaruta sobre as principais caracteristicas da Feedback Inhibition Lactation – FIL.

3. Material e Métodos

O presente trabalho foi realizado através de revisão de literatura, desenvolvida com base em material já elaborado e com utilização de documento como livros, artigos científicos, dissertações, teses, periódicos e sites científicos, pesquisados na base de dados da biblioteca da UNICASTELO e de outras instituições, e também disponibilizadas na WEB e SCIELO, no período de 1975 a 2012, que se relacionaram com o tema abordado. Foram utilizados os descritores: Feedback Inhibition Lactation-FIL, Glândula Mamária, Lactação. Tal levantamento teve o seguinte critério de inclusão: Anatomia da Glândula Mamária, Fisiologia da lactação e Fator inibidor da lactação que propiciassem a adequada discussão e avaliação do tema para melhor entendimento.

4. Revisão de literatura A) Anatomia da Glândula Mamária O úbere é composto por quatro glândulas ou mamas, é achatado na transversal com forma elipsoidal, ainda com o formato côncavo na base de cada glândula inclinando-se obliqua, ventral e cranialmente; inserido no abdome por meio do aparelho suspensório e ligado na sínfise pélvica por uma placa de tecido tendinoso. Possui ainda quatro

lâminas de tecido tendinoso, com duas bem desenvolvidas na posição mediana, constituídas de tecido elástico amarelo, chamado de ligamento suspensório do úbere, separando as glândulas por este septo duplo que se insere na superfície plana medial de cada glândula. As lâminas laterais são dotadas de menos tecido elástico com origem no tendão sinfisial, caudal ao úbere e na região do assoalho abdominal se separando lateralmente, passando pelo ânulo inguinal superficial e estendendo-se ventralmente, que divididos em duas camadas denominadas superficial e profunda. A camada superficial se insere na pele que se reflete sobre o úbere e face medial da coxa e a camada profunda tem maior espessura com inserção na superfície lateral convexa do úbere através de varias lâminas com inserções no interior da glândula. Existe grande relação caudal com os nódulos linfáticos mamários e tecido adiposo (SISSON; GROSSMAN, 1975). Bovinos possuem quatro tetas com tamanho aproximadamente de 7 a 8 cm de comprimento, cada uma, com um único ducto lactífero que se alarga dorsalmente formando o seio lactífero (cisterna) e cada ducto tem sua saída estreita com o esfíncter regulado por musculatura lisa e tecido elástico, é forrado em todo o seu orifício por epitélio estratificado pavimentoso, que se diferencia repentinamente em epitélio do tipo cubóide constituído de duas camadas que se estende no seio lactífero. A teta de fora para dentro é constituída de pele, camada fibrosa externa, camada intermediária, camada fibrosa interna e mucosa, sendo que estas são cinco camadas distintas. Existe uma denominação de que o úbere é constituído de quatro quartos, porém não há nenhum septo ou divisão visível entre os quartos do mesmo lado, mas injeções de fluidos em cores diferentes mostraram que cada teta possui um sistema de drenagem individual e sem relação com o quarto

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vizinho (SISSON; GROSSMAN, 1975). A irrigação do úbere é feita por vasos que tem sua origem nas artérias pudenda externa e perineal; a veia pudenda externa e perineal são responsáveis pela drenagem. Uma grande quantidade de vasos e nodos linfáticos mamários estão ligados entre si e os nervos tem sua origem nos nervos inguinais e plexo simpático mesentérico caudal (SISSON; GROSSMAN, 1975). Vários estudos citam o volume do sangue circulante na glândula mamária relacionado ao volume de leite produzido, em média, vacas com nível moderado de produção a relação é de 670:1; considerando vacas de baixa e média produção, onde as de alta produção esta relação pode quase dobrar (SWENSSON; REECE, 1993). Há semelhança com as glândulas sebáceas e sudoríparas, pois é uma glândula cutânea. Em mamíferos mais desenvolvidos é classificada do tipo túbulo-alveolar histológicamente e que se origina do ectoderma. É semelhante entre os mamíferos, porém ocorrem variações entre as espécies no aspecto glândula e componentes secretados em maior ou menor quantidade. A glândula mamária dos bovinos se localiza na região inguinal, composto por duas metades com duas tetas cada e cada teta drena uma glândula (quarto), então quatro tetas e glândulas funcionais com um canal estreito que faz drenagem individual. Os quartos estão separados por tecido conjuntivo com sistema coletor de leite individual. O peso da glândula mamária varia entre 14 a 32 kg vazia, sendo que a capacidade não tem relação com o peso, e que o parênquima (tecido secretório) e estroma (tecido conjuntivo) variam amplamente (SWENSSON; REECE, 1993). As metades são separadas pelo ligamento suspensório médio, formado por lâminas de tecido conjuntivo elástico, com origem na túnica abdominal com suas extremidades

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posteriores ligadas ao tendão pré-púbico. Possuem também ligamentos suspensórios laterais compostos de tiras fibrosas não elásticas originando lâminas que adentram a glândula se tornando contínuas com o tecido intersticial do úbere, estão unidos aos tendões pré-púbico e subpúbico que estão unidos à sínfise pélvica. A teta possui uma pequena cisterna no final da sua extremidade distal que comunica com o exterior, o esfíncter muscular é responsável pela retenção do leite. Grandes ductos se esvaziam nas cisternas da glândula e se localizam acima de cada teta. Os ductos se ramificam profusamente, terminando em unidades secretórias denominados de alvéolos ou ácinos (SWENSSON; REECE, 1993). Alvéolos são unidades básicas funcionais da glândula em lactação, são revestidos por células contráteis mioepiteliais que estão relacionadas ao reflexo de ejeção do leite, agrupados em unidades conhecidas como lóbulos que quando agrupados são denominados lobos, e seu tamanho é afetado por diversos fatores sendo de grande importância a quantidade de leite no lúmen (SWENSSON; REECE, 1993).

B) Fisiologia da lactação A secreção do leite está relacionada tanto com a síntese intracelular bem como a subsequente passagem do leite do citoplasma das células epiteliais para o lúmen alveolar, com a descida do leite incluindo a saída passiva das cisternas e ejeção ativa da luz alveolar. Denomina-se Lactação a secreção e saída do leite; Mamogênese é o desenvolvimento da glândula mamária; Lactogênese o início da secreção do leite; Galactopoiese a manutenção da secreção ou intensificação da lactação estabelecida (SWENSSON; REECE, 1993). São hormônios os responsáveis pelo crescimento, desenvolvimento, diferenciação e lactação subsequente da glândula mamária e estes estão diretamente ligados quanto à pro-

dução e quantidade secretada pela glândula endócrina pituitária, hipotálamo, ovários e a placenta, porem outras glândulas podem influenciar indiretamente na lactação (SWENSSON; REECE, 1993). A glândula mamaria é órgão alvo de grande variedade de hormônios. O seu desenvolvimento é devido a combinações de esteroides e polipeptídeos mamários, principalmente estrógeno, progesterona e lactogênicos placentários, a lactação é diretamente influenciada pela prolactina e hormônio do crescimento (FLINT; KNIGTH, 1997 citado por LIMA, 2011). A involução mamária está diretamente relacionada a cessação da sucção que caracteriza uma diminuição do número de células epiteliais mamarias e atividade por célula. Ocorre então a lise de muitas células por enzimas lisossômicas, porém as células mioepiteliais permanecem e mantém a estrutura das células epiteliais restantes. Os espaços antes preenchidos por alvéolos são substituídos por células adiposas. A extensão da degeneração alveolar é governada pelos hormônios do ciclo estral em manter as estruturas lóbulo-alveolares. Para melhor preservação das células epiteliais é importante que a vaca entre no período seco e em estágios avançados da lactação, assim é possível que se preserve até 50 % destas células epiteliais mamárias para a próxima lactação. Períodos secos curtos (menos de 6 semanas) reduzem o aumento do número de células epiteliais mamárias na lactação subsequente (SWENSSON; REECE, 1993). A Lactogênese é um processo de diferenciação das células alveolares adquirindo a capacidade de secretar leite, onde primeiro ocorre uma diferenciação enzimática e citológica parcial coincidindo com secreção limitada antes do parto. Duas teorias explicam este fenômeno: (1) Ocorre um estímulo positivo aumentado gerado por hormônios lactogênicos (prolactina e glicocorticoides),

(2) a secreção é liberada pela inibição feita pela progesterona. A inibição da prolactina na ocorrência do parto retarda, mas não evita totalmente o estágio 2 que prossegue com a ordenha. Quando ocorre o desaparecimento da progesterona ou sua presença em níveis baixos e presença da prolactina e glicocorticoides a lactogênese é aumentada (SWENSSON; REECE, 1993). A Galactopoiese é a manutenção da lactação e que necessita de um numero de células alveolares preservadas ou sintetizadas responsáveis pela ejeção do leite. Engloba curva de lactação com pico em 2 a 8 semanas com posterior declínio gradual, este processo é devido o número de perda de células mamárias serem maior que o número de divisões celulares. Hormônios controlam a lactação, porém se não removido com frequência a síntese do leite não persiste. A ocitocina é necessária para a ejeção do leite e os hormônios necessários para manutenção da síntese são: GH (hormônio do crescimento), o ACTH (glicocorticoides), o TSH, a insulina e o PTH (paratormônio) (SWENSSON; REECE, 1993). Em suas estruturas as células epiteliais mamárias são bem distinguíveis das células não lactantes. As membranas lateral e basal são responsáveis por captar os precursores do sangue para que o leite seja liberado através da membrana apical, atingindo o lúmen. O retículo endoplasmático (RE) e o aparelho de Golgi são bem desenvolvidos. O Retículo Endoplasmático Rugoso (RER) sintetizam as proteínas de exportação, que são modificadas no aparelho de Golgi, onde a maioria dos constituintes não gordurosos do leite são adicionados. As vesículas secretórias tem origem no aparelho de Golgi e carreiam componentes do leite para a superfície da célula. A glicólise, a síntese de ácidos graxos e a ativação de aminoácidos ocorrem no citosol. Ocorre na mitocôndria a transferência da energia de substratos oxidáveis


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ao trifosfato de adenosina (ATP) e a síntese de citratos e composto que são utilizados na síntese de aminoácidos não essenciais. O processo de destruição celular que ocorre no final da lactação é papel dos lisossomos com suas enzimas hidrolíticas (SWENSSON; REECE, 1993). De acordo com Reinemann; Costa (2012), o reflexo de ejeção do leite é instintivo e não é de controle consciente do animal. Tem-se que os estímulos causados pela ordenha sendo ela manual ou mecânica ou até mesmo a amamentação, são suficientes para induzir a resposta da ocitocina, há relatos na literatura mostrando uma controvérsia das diferenças na intensidade entre amamentação e ordenha mecânica. Por exemplo, demonstrou-se que a amamentação possui um efeito mais forte, mais fraco ou semelhante na estimulação da descida do leite em comparação com vacas ordenhadas mecanicamente sem a presença do bezerro. Contudo, a maioria dos autores concordam que há uma liberação mais alta de ocitocina em resposta à amamentação em comparação à ordenha na presença do bezerro. Em comparação com a ordenha manual, a ordenha mecânica resultou em liberação mais baixa de ocitocina (GOREWIT et al., 1992; Tancin et al. 2001 citado por REINEMANN; COSTA, 2012). Em um estudo, a amamentação e a ordenha durante o mesmo período resultaram em baixa ejeção do leite (KROHN, 2001 citado por REINEMANN; COSTA, 2012). Portanto, dependendo do tipo de estimulação táctil da glândula mamária, ocorrerão diferentes respostas na liberação da ocitocina (BRUCKMAIER e BLUM, 1998 citado por REINEMANN; COSTA, 2012). Há algumas indicações de que os estímulos exteroceptivos, geralmente, se transformam em reflexos “condicionados” de ejeção do leite, principalmente quando se adota uma rotina regular de ordenha (HAMANN; DODD, 1992 citado por REINEMANN; COSTA, 2012).

C) Fator inibidor da lactação Passados os anos de 1970, Linzell; Peaker (1971) citado por Stelwagen (2001) menciona a possibilidade de produção de leite ser regulado por um componente químico presente no leite e que atua como um inibidor de realimentação da lactação (FIL). Desde então, várias experiências foram realizadas com leite cru, contendo fração FIL, que reduziu a síntese de caseína e lactose em cultura mamária e diminui a produção de leite in vivo quando administrada através dos tetos ). Até à data, inúmeros artigos de revisão foram escritos sobre FIL e o seu modo de ação proposto (WILDE et al., 1997, citado por LIMA, 2011). Um tal modo de ação é que ela se acumula no leite até que atinja uma certa concentração crítica, momento em que atua como um feedback inibidor negativo. Outro modo potencial de ação é que FIL sempre está presente no leite, mas é protegido contra a seu receptor até que o leite acumulado distenda a superfície do alvéolo e expõe os receptores potenciais para FIL. No entanto, em um experimento com vacas que passaram por uma ordenha, com infusão intramamária de solução de sacarose e lactose com “cinco horas de efeito” no leite, a secreção de leite foi inibida em

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maior extensão do que em vacas controladamente ordenhadas uma vez (STELWAGEN et al., 1998 citado por LIMA, 2011). Neste caso a concentração de FIL teria sido diluída e também o volume intramamário teria sido suficiente para distender o alvéolo à ponto de expor receptores da FIL. Em vez disso, as junções mamárias vieram a agir muito antes do que após as 18h habituais observadas com uma ordenha. Para elucidar o modo exato de ação da FIL, seria muito facilitado se o gene para a FIL pudesse ser isolado, e quando isso for possível para medir as concentrações de FIL no leite, poder-se-á estabelecer, sua cinética em relação à freqüência de ordenha (STELWAGEN, 2001 citado por LIMA, 2011). Uma das formas de ação proposta para o FIL é de que ao se acumular no leite presente no lúmen alveolar ele atinja uma concentração crítica, onde passará a agir como feedback negativo, inibindo assim a produção de leite. Outro potencial modo de ação dessa proteína seria a sua produção na forma inativa e subsequente ativação dentro do lúmen alveolar. Após a ligação do FIL aos seus receptores presentes na superfície das células alveolares ocorreria a redução da taxa de secreção de proteínas pela inibição do tráfego de

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vesículas por meio do aparelho de Golgi (RENNISON et al., 1993 citado por LIMA, 2011). Sua presença no leite não é em si prova de que sua origem é mamária, a confirmação foi procurada utilizando o sistema in vitro da cultura mammosphere. Células mamárias cultivadas numa membrana basal reconstituida com estrutura em forma esférica muito reminiscente de alvéolos intactos e secretam vetorialmente no lúmen central (WILDE et al., 1998). O conteúdo do lúmen pode ser obtido para análise, abrindo temporáriamente a celula; junções celulares são unidas com um agente quelante. Quando isso foi feito, foi detectado FIL imunologicamente no conteúdo luminal com concentração consideravelmente maior do que no meio de cultura, mostrando ser um produto secretado das células epiteliais. Desde o leite presente no lúmen alveolar que está em contato apenas com células secretoras, é aparente que FIL deve exercer a sua ação nas mesmas células que produzem, indicando que o mecanismo é verdadeiramente autócrino (WILDE et al., 1998). Acreditava-se que o controle local estava relacionado com a pressão do

leite não extraído, que comprimia os vasos sanguíneos dificultando, assim, passagem dos hormônios e dos nutrientes necessários para a produção de leite. Hoje, o FIL é conhecido como o fator local responsável pelo controle autócrino da glândula mamária. O FIL é um peptídeo identificado no leite humano e no de outros mamíferos. A sucção faz a extração do inibidor desencadeando a produção de mais leite. Se, pelo contrário, não mamar ou mamar pouco, o inibidor permanece na mama e frena a produção. Através de medições seriadas do volume mamário foi possível demonstrar que o leite é produzido de forma contínua e que a velocidade da produção de leite é diretamente proporcional à quantidade de leite extraído na mamada anterior. É desta forma que a produção de leite se adapta às necessidades do lactente, de uma mamada para a seguinte e separadamente para cada uma das mamas. Depois dos seis meses de amamentação, a eficiência do tecido mamário para segregar leite aumenta, permitindo a manutenção da produção, ainda que as mamas aparentemente diminuam de volume (ÓRFÃO et. al., 2009). Devido ao número de complicações, a concentração dependente da ação do FIL foi bem estabelecida in vitro, mas ainda não foi completamente caracterizada in vivo. A lactação normal não remove totalmente o leite da glândula. Em estabelecimentos leiteiros cerca de 10% do leite residual pode ser removido através da simulação do reflexo de ejeção do leite com ocitocina exógena, e em algumas espécies, o volume com que o leite é removido de glândulas individuais pode variar muito. Em outras palavras, o FIL permanece na glândula mesmo após aleitamento ou desmame. O FIL bovino é mais

concentrado no leite. Alguma forma de processamento deve ocorrer para explicar como a concentração do FIL diminui no leite residual logo após a lactação. Mesmo que o FIL seja secretado em uma forma inativa e seja ativado dentro do lúmen alveolar ou então seja pré-formado, o FIL ativo é secretado e depois metabolizado em formas inativas. Existem evidências recentes de que o controle local do começo e manutenção da secreção do leite por uma pequena molécula de glicoproteína (FIL), que tem efeitos imediatos e efeitos diretos na secreção de proteínas e lactose e a longos prazos, provavelmente, efeitos diretos no desenvolvimento e involução mamária. Este controle local ocorre com muito sucesso através do sistema endócrino e do controle metabólico (KNIGHT et al., 1982). A distensão física não provoca a inibição da secreção de leite. Em vez disso, é a presença de leite em si, que, em ordenha duas vezes ao dia, reduz a taxa de secreção de leite neste momento. É evidente que a remoção de leite após 8h de acumulação possue uma ativa influência local inibidora sobre a secreção de leite. Parece ocorrer um alívio proveniente do feedback de inibição negativo após a remoção dos componentes químicos do leite. Alívio este proveniente da inibição química que pode também contribuir para os resultados de Linzell; Peaker (1971) citado por Lima (2011), que mostraram que a ordenha muito frequente, com o auxílio de doses fisiológicas de ocitocina, aumenta a secreção de leite. Não se sabe se o inibidor é secretado continuamente ou se a sua secreção acelera com a acumulação de leite. A evidência de que a cada hora ordenhada, com o auxílio de ocitocina pode aumentar a secreção de leite (HENDERSON et al., 1985 citado por LIMA, 2011) sugerem que a secreção contínua do inibidor, desde a ordenha horária é pensado para agir por ordenha um inibidor químico. Certamente o inibidor já está presente no leite por 8h após a última


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ordenha, de modo que não é apenas secretada para o fim de um intervalo de ordenha longo. Se o inibidor é secretado continuamente, então, como seus efeitos são controlados? É possível que com leite acumulado dentro da glândula a sensibilidade das células secretoras para o inibidor aumente. Este apresenta uma forma possível em que os efeitos tanto químicos e físicos poderiam contribuir para a inibição da secreção, enquanto o presente estudo mostra a necessidade de o fator de química para a inibição tem seu lugar, não se opõe um papel subsidiário para efeitos físicos na modulação da resposta das células secretoras para o inibidor químico. Alternativamente, o inibidor pode não ser segregado em uma taxa constante, mas a sua taxa de secreção pode aumentar à medida que o acúmulo de leite ocupa lugar. A identidade do inibidor químico é desconhecida, mas Maule Walker e

Peaker (1980) descobriram que F2-alfa prostaglandina desempenha um papel local de inibição na glândula mamária durante o final da gestação em cabras, e sugeriram que a prostaglandina F2-alfa pode desempenhar um papel na taxa de secreção de FIL naquele momento. Prosseguem os trabalhos necessários para determinar se F2-alfa prostaglandina. Também pode reduzir a taxa de secreção durante lactação. O presente estudo deixa claro que a produção de leite aumenta quando as cabras são ordenhadas 3 vezez ao dia e pode ser explicada pela presença de um inibidor químico local. Sugere-se que este mecanismo pode também explicar a produção de leite aumentada em três ou quatro vezes de ordenha em vacas. Na verdade este controle da secreção de leite por um componente químico pode ser um mecanismo geral para corresponder a demanda da taxa se-

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creção de jovens em muitas espécies (HENDERSON et al., 1985 citado por LIMA, 2011). Existe resultados que indicam que FIL inibe a síntese proteica e secreção, produzindo uma inibição acentuada da saída da proteína através da via secretora. A constatação de que FIL reduz a porcentagem da síntese da proteína secretada sugere que FIL tem efeitos sobre a via secretora junto a qualquer efeito sobre a síntese proteica. O grau de inibição de síntese e percentagem de secreção mostrou dose-dependencia semelhante, sendo meia-maxima inibição em torno de 2-4mg/mL de FIL. Mesmo com doses elevadas de FIL apenas uma inibição parcial foi observada. A resposta à dose FIL tinha essencialmente mínima de 5mg/mL e em experiências adicionais em concentrações mais elevadas FIL (até 27mg/mL) a grau de inibição não foi alterada. FIL não têm um

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efeito inibitório geral sobre biossítese e secreção. Células mamárias sintetizam e secretam grandes quantidades de lípidios. Se determinou que se purificada, FIL tem qualquer efeito sobre constituição ou regulação da liberação exocitótica das proteínas do leite. Segundo Renisson et. al., (1993) os dados de que a FIL inibe a síntese proteica e também diretamente inibe a secreção constitutiva (RENNISON et. al, 1993). A regulagem da taxa de secreção do leite é feita pela própria retirada do leite por um mecanismo químico, local e inibitório. Em estudo realizado comprovou-se que a triagem de proteínas de leite de cabra em cultura mamária de coelho identificou uma proteína de soro única de Mr 7600 capaz de inibir a síntese de componentes do leite. É conhecida como FIL ou proteína ativa do soro (peptídeos supressores da lactação), responsável pela queda da secreção de leite temporária quando introduzido na glândula mamária em lactação. A realização de culturas primárias de células epiteliais da glandula mamárias da cabra que proporcionou a síntese da FIL, e a secreção feita de forma vetorial junto com outras proteínas do leite. Acredita-se que a inibição do feedback autócrino é dada através desta proteína de leite e que ocorra a regulação local da secreção por sua retirada (WILDE et. al., 1995). A taxa de secreção é aumentada quando o leite é removido em uma ordenha diária extra, mesmo quando o leite é substituído imediatamente por uma solução inerte para manter a distensão da glândula. Por outro lado, diluição de leite armazenado com uma solução isotónica inerte aumenta a taxa de secreção de leite, um efeito compatível com a diluição de um inibidor químico. Culturas mamárias têm sido utilizados para confirmar a presença de um inibidor putativo na realimentação do leite. Frações de leite foram testadas para a inibição da síntese de leite pela utilização de culturas em meados da prenhez de

coelhos, que sintetizam os constituintes do leite quando cultivadas na presença de hormônios lactogênicos (WILDE et. al., 1995).

D) Modo de ação de peptídeos supressores da lactação A drenagem frequente do leite da cisterna do úbere com evasão do reflexo de ejeção do leite não leva o aumento da produção de leite (Henderson e Peaker, 1987). Isso confirma que o local de ação da FIL é no tecido alveolar. Desde as “tigth junctions” que evitam fluxo paracelular de pequenas moléculas e íons durante a lactação estabelecida, o local exato deve ser a superfície apical da célula secretora. Cultura de mamosfera mostra que, para ser eficaz, FIL deve ser colocado dentro do lúmen da mamosfera, em vez de no meio de cultura. A natureza do receptor FIL permanece a ser determinado, mas os dados preliminares mostram a noção de locais de ligação específicos na membrana apical. Dentro da célula, a ação da FIL ocorre numa fase precoce em via secretora constitutiva de proteínas (RENNISON et al., 1993). Experimentos de perseguição de pulso têm demonstrado, que FIL inibe o tráfico de proteína radioativamente marcadas pelo aparelho de Golgi, considerando que as fases posteriores do processo de secreção são inalteradas (WILDE et al., 1989). A recuperação foi igual e rápida. A secreção de ultraestrutura celular e proteína voltaram ao normal dentro de 1h de remoção de FIL. Neste caso, inibição da secreção resultou em uma redução subsequente de síntese e parece altamente provável que o mesmo ocorre com a FIL. Além disso, a o acúmulo da proteína dentro da célula pode resultar na degradação da caseína intracelular, que ocorre como aumento da FIL (WILDE et al., 1989).

5. Considerações finais e conclusão

Para COSTA et. al., (2003), descreveram que FIL seria uma proteína contida no leite e sintetizada pelas células

excretoras e que possui uma ação inibidora sobre as mesmas, sendo responsável pela diminuição na taxa de secreção posterior do leite. Já ORFÃO (2009) relata que FIL é um peptídeo identificado no leite humano e de outros mamíferos com um fator local responsável pelo controle autócrino da glândula mamária. STELWAGEN (2001) cita que FIL é fator redutor para a síntese de lactose e caseína em culturas mamárias e que diminui a produção de leite in vivo quando por infusão intramamária. Para KNIGHT et. al., (1998) citaram que há evidências de que o controle local do início e manutenção da secreção de leite é feito por uma pequena molécula de glicoproteína denominada FIL, com efeitos imediatos e diretos sobre a secreção de proteínas e lactose a longo prazo e que tem efeitos diretos no desenvolvimento e na involução mamária. Enquanto que para ORFÃO (2009) relatou que o filhote extrai o FIL na mamada desencadeando assim a produção de mais leite; em contradição a KNIGHT et. al., (1998) que afirmaram que a lactação normal não remove todo o leite da glândula mamária, assim permitindo que 10% seja leite residual, sendo que o leite pode ser removido com ocitocina exógena e então o FIL permanece na glândula mesmo após o aleitamento ou desmame. Sendo assim, pode-se concluir que FIL é uma proteína de baixo peso molecular e que está presente no leite acumulado no alvéolo da glândula mamária. Quando em níveis elevados inicia, tem seu papel de feedback negativo para a produção e secreção do leite. Portanto, é de grande importância, econômica, que todo o leite seja removido das glândulas mamárias, e realizado em todas as propriedades leiteiras.

Referências Bibliográficas redacaoleite@informa.com


ÍNDICE DE ANUNCIANTES

Actions ������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������9 Acqua Engenharia ����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 26 Alimentaria ������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������ 47 Anuário Leite & Derivados ���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 15 Atak Sistemas ������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 37 Casa Forte ��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 11 Cryovac.......................................................................................................................................................................4ª Capa Fispal Tecnologia ���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 18 e19 Horizonte Amidos ���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 34 Idexx........................................................................................................................................................................................ 24 Inox Tecnologia �������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������5 Jet Frio ����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 27 MercoAgro....................................................................................................................................................... 3 e 2ª Capa Milainox ������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 31 Multifrio ������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 25 Plurinox �������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 12 Poly Clip ������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 13 Revista Leite & Derivados ��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 50 e 3ª Capa Ricefer ����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 35 Sial............................................................................................................................................................................................ 39

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