Revista Nacional da Carne Ed. 452 - Outubro

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Nº 452 • Ano XXXVII Outubro/2014 www.btsinforma.com.br

MercoAgro

Feira aumenta volume de negócios e mostra um Brasil que dá certo Exclusivo

Série especial revela se País está pronto para ser protagonista no mercado mundial de carnes

Roberto Rodrigues

Ex-ministro aponta acertos e perspectivas do setor



Setembro 2012

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Sumário

26 Capa

MercoAgro registra visitação de qualidade e aumento de 20% no volume de negócios

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Exportação Série especial retrata se Brasil está pronto para atender demanda

8 Vis-à-Vis

Ex-ministro Roberto Rodrigues faz balanço otimista do setor

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Abate

Cepea registra queda no abate informal, mas Abrafrigo quer zerar índice

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E mais

6 Editorial 14 Empresas & Negócios 16 Mercado - BRF 22 Refrigeração 42 Conjuntura 52 Infográfico - Exportação 54 Vitrine 58 Peito de frango 65 Índice de Anunciantes www.nacionaldacarne.com.br



ISSN 1413-4837

Editorial

Ano XXXVI - no 452 - Outubro 2014

Um País que pode dar certo

A

realização da 10ª edição da MercoAgro - Feira Internacional de Negócios, Processamento e Industrialização da Carne e do Leite resultou em uma certeza ao mercado brasileiro de proteína animal: é possível crescer no País. Essa, aliás, foi uma das constatações do governador de Santa Catarina em exercício, o desembargador Nelson Juliano Schaefer Martins. Presente no Parque de Exposições Tancredo Neves, em Chapecó (SC), para o evento realizado entre 9 e 12 de setembro, Martins foi assertivo ao comentar sobre a importância da MercoAgro. “A feira tende a contribuir decisivamente para o desenvolvimento não apenas regional, mas de todo o estado de Santa Catarina, que se ampara muito no agronegócio”, salientou o governador. “Santa Catarina e seu governo se orgulham dessa realização: são 650 expositores, é o maior volume de negócios em um evento dessa natureza no Brasil e nas Américas. É aqui que nós vemos o Brasil que dá certo.” As expectativas foram todas alcançadas. A feira, unindo grandes expositores com visitantes de qualidade, revelou-se novamente um sucesso de público e apresentou expressivo crescimento de 20% nos negócios. Parafraseando o governador de Santa Catarina: a MercoAgro demonstra como o Brasil pode dar certo. Otimismo também é a tônica de uma entrevista imperdível com Roberto Rodrigues, ex-ministro e atual coordenador do Centro de Agro­ negócio da FGV, feita com exclusividade à Revista Nacional da Carne. Rodrigues, fugindo de uma espécie de senso-comum dos últimos anos, minimiza as críticas e aponta para caminhos bem-sucedidos do setor. Esmiúça, assim, uma agropecuária que pode dar certo. “A nossa tecnologia agrícola é a mais sustentável do mundo”, sentencia o ex-ministro. “Há um avanço significativo em relação à tecnologia, principalmente do ponto de vista do cruzamento industrial. Também crescemos na área de alimentação animal com novas forrageiras, com adubação de pastagens, estímulos de rotação de pastagens. A integração lavoura-pecuária tem dado um salto fantástico em volume de produção.” Uma série especial preparada pela revista, por fim, revela se o Brasil está pronto para ser protagonista no mercado mundial de carnes. A primeira reportagem investiga se a produção será suficiente para satisfazer mercados como China, Rússia e Estados Unidos. Esperamos, com a publicação das demais matérias, nas próximas duas edições, concluir se a indústria cárnea brasileira já deu certo. Sejam todos bem-vindos a esse cenário promissor. Tenham uma excelente leitura. José Danghesi 6

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Vis-à-Vis Thais Ito e Itamar Cardin

A agropecuária que inspira Em entrevista exclusiva, ex-ministro Roberto Rodrigues enaltece sustentabilidade, esforço tecnológico e potencial de crescimento da agropecuária brasileira

A

Para Roberto Rodrigues, Brasil tem potencial para crescer muito

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s credenciais de Roberto Rodrigues só não são maiores do que sua confiança na agropecuária brasileira. Com passagens marcantes por diversas instituições, universidades e órgãos públicos, como o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Rodrigues avalia com sensatez e otimismo o atual momento do setor. Para crescer com solidez, entretanto, segundo ele, é preciso estar atento a um importante fator: investir constantemente em tecnologia. Rodrigues faz análises com a astúcia e a sabedoria de quem já encarou o mercado sob diversos prismas. Durante o governo Lula, entre 2003 e 2006, foi ministro da Agricultura. Mais recentemente presidiu o Conselho Superior do Agronegócio da Fiesp. E, atualmente, é coordenador do Centro de Agronegócio da FGV, presidente da Academia Nacional de Agricultura e embaixador Especial da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) para o Cooperativismo. Em entrevista exclusiva à Revista Nacional da Carne, concedida por telefone no final de setembro, a poucas semanas do primeiro turno das eleições, Roberto Rodrigues fez uma profunda análise da agropecuária brasileira. E seu posicionamento firme parece apontar sempre a uma mesma direção: embora alguns ajustes precisem ser realizados, o País está definitivamente no caminho correto. “A nossa tecnologia agrícola é a mais sustentável do mundo”, sentencia Rodrigues, apontando os benefícios dessa estrutura à indústria da carne. “E, como consequência, a área de carnes melhorou muito. Nos últimos 20 anos, a produção de frango cresceu 421%, por exemplo.” O ex-ministro, bem-humorado e sempre equilibrado, detalha também o potencial de crescimento da exportação de carnes, exalta a integração lavoura-pecuária,

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elogia os esforços para aumentar a tecnologia agrícola e avalia os erros e acertos do governo Dilma Rousseff. Brinca, ainda, sobre a demora na abertura do mercado norte-americano e o contrassenso das previsões econômicas. “Sou favorável a uma frase de um economista: é muito difícil fazer previsões, principalmente sobre o futuro.” Confira a entrevista completa com Roberto Rodrigues.

Uma série de fatores recentes, como o embargo russo, a reabertura do mercado chinês e o fortalecimento dos Brics, parece agir em favor da exportação brasileira de carnes. O momento é tão favorável ao setor quanto aparece?

Sem dúvida nenhuma. Hoje também estamos muito perto da abertura do mercado norte-americano para a carne bovina brasileira e os países asiáticos já sinalizam esse espaço. A questão conjuntural do embargo russo a embarques americanos e europeus abre um espaço adicional para a carne brasileira. E os preços de commodities, como soja e milho, estão caindo. Dessa maneira, dadas as demandas crescentes e os custos decrescentes, a conjuntura é favorável.

Há quase um ano aguarda-se essa liberação do mercado norte-americano à carne bovina brasileira. Essa abertura deve realmente ocorrer e quais seus possíveis impactos à indústria nacional?

Estamos aguardando há mais de dez anos, mas dessa vez há alguns fatores muito positivos. Um deles é a seca que acabou aumentando a demanda interna dos Estados Unidos. O outro é a qualidade da carne brasileira, que não sofre retaliação de nenhuma ordem. Mas, por outro lado, há pontos desfavoráveis, como a questão do embargo russo, que acaba fazendo com que sobre carne no mercado interno americano.

O momento, então, é favorável?

Precisamos estar atentos a esse balanço: o que eles têm de demanda e o que perdem de exportação. Parece que o saldo é positivo e que há espaço para o Brasil. Quer dizer, já houve consulta pública, tudo está bem encaminhado para a reabertura, mas qualquer previsão em termos de timing é perigoso. Mas também não podemos apenas aguardar, é preciso pressionar o tempo inteiro. Nisso o papel do Itamaraty e do Mapa é fundamental, não pode deixar esfriar.

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Vis-à-Vis

Qual o tamanho de nosso atraso tecnológico no campo e como ele impacta a produção nacional?

Pelo contrário, temos avançado muito em tecnologia. Na área de grãos tivemos saltos notáveis: a área plantada cresceu e a safra aumentou 223%. Isso significa que incorporamos tecnologia e aplicamos na área rural com salto fantástico na produtividade. A nossa tecnologia agrícola é a mais sustentável do mundo. E, como consequência, a área de carnes melhorou muito. Nos últimos 20 anos, a produção de frango cresceu 421%, por exemplo.

Que medidas de fácil execução, nesse sentido, poderiam dinamizar ainda mais o setor agropecuário brasileiro?

A integração lavoura-pecuária tem dado um salto fantástico em volume de produção

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Precisamos investir em tecnologia. Hoje os esforços nacionais nessa área são extraordinários. A Embrapa tem feito projetos muito grandes, as universidades, entre outros. Há um avanço significativo em relação à tecnologia, principalmente do ponto de vista do cruzamento industrial. Também crescemos na área de alimentação

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animal com novas forrageiras, com adubação de pastagens, estímulos de rotação de pastagens. A integração lavoura-pecuária tem dado um salto fantástico em volume de produção.

Os problemas sanitários também seguem essa linha?

Em relação ao cuidado sanitário é necessário resolver o problema da febre aftosa. Outra questão diz respeito à alimentação animal: eliminar hormônios. Eliminar, enfim, resíduos, como medicamentos, não aceitos pelos consumidores. Avançando em tecnologia dessa maneira estaremos cada vez mais competitivos e eficientes. O tripé para o sucesso consiste em tecnologia, gestão e certificação.

A elevação recorde do preço do boi e a possibilidade da falta de bezerros, por conta da estiagem, são fatores que devem preocupar o setor para 2015?

Sou favorável a uma frase de um economista: é muito

O tripé para o sucesso consiste em tecnologia, gestão e certificação


Vis-à-Vis

difícil fazer previsões, principalmente sobre o futuro. O que vivemos hoje é um momento interessante: abate elevado de fêmeas no passado e a seca que atingiu principalmente o Sudeste. Isso tudo leva a uma redução da oferta de bezerros. Há um desequilíbrio entre o preço do bezerro, alto, e o preço do boi gordo, que está aumentando. Está se pagando um valor alto pelo bezerro e isso se reflete no preço da carne. Vai precisar haver um ajuste para que se equilibrem. Mas o fato é que o Brasil tem potencial de crescer muito, e o mundo mantém um expressivo aumento de demanda.

A cadeia é como uma corrente: se um elo fraco arrebenta no final, sofre-se na ponta Como pode haver esse equilíbrio?

Temos que olhar o que importa no produto final da cadeia: a qualidade e o preço competitivo, seja no mercado externo ou no interno. Para que isso ocorra, todos os envolvidos da cadeia têm de se entender. A cadeia é como uma corrente: se um elo fraco arrebenta no final, sofre-se na ponta da cadeia, na oferta do produto.

Como o senhor avalia a condução agropecuária nos quatro anos de Dilma Rousseff? O que o governo fez de correto e o que deixou de fazer? O mais importante, de correto, foi a oferta de cré-

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dito. Outro ponto positivo foi a atuação do (ministro) Neri Geller – ele é muito competente, é produtor rural e conhece bem o tema. Também houve uma importante contribuição do ponto de vista da logística, que é o maior gargalo do agronegócio brasileiro. As concessões e as promessas foram muito positivas. São esses fatores que considero positivos no governo dela: oferta de crédito e investimento em logística e armazenagem. Por outro lado, o ponto negativo mais evidente foi o abandono da agroenergia.

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Empresas & Negócios

Rabobank faz projeções positivas à avicultura brasileira

A

queda nos preços dos grãos esperada para 2015 deve influenciar uma melhora nas margens de lucro da indústria avícola em quase todos os países produtores, segundo relatório do banco holandês Rabobank. Outro fator positivo é o crescente preço das carnes bovina e suína frente à oferta ajustada de frango em escala mundial. “O prognóstico global para a indústria de aves é otimista para o resto de 2014”, afirma o analista do Rabobank, Nan-Dirk Mulder. “Acreditamos que o preço do frango deve se manter alto, enquanto o de outras carnes deve sofrer alguma pressão.” Ainda segundo o comunicado do banco, outra questão que merece atenção no segundo semestre são as restrições comerciais adotadas pela África do Sul. “O Brasil será um dos grandes beneficiados, junto a indústrias locais da Rússia e África do Sul, onde as margens de lucro crescerão consideravelmente”, avalia a nota.

Para maiores informações, acesse o site www.nacionaldacarne.com.br.

Bayer e Basf participam de Painel Isolamento Térmico

O

Painel Isolamento Térmico, que será realizado em 11 de novembro, no Expo Center Norte, em São Paulo, receberá as empresas Bayer, BASF, Solvay, MCassab, DuPont e a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). Elas farão apresentações sobre matérias-primas e tecnologias para o setor de isolamento térmico com poliuretano. Em sua oitava edição, o evento é voltado a profissionais que fabricam painéis em poliuretano, aplicadores de spray de PU, especificadores de equipamentos para isolamento térmico, projetistas e montadores de câmaras frigoríficas, entre outros. O Painel Isolamento Térmico acontecerá paralelamen-

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te à Feiplar Composites & Feipur 2014 – Feira e Congresso Internacionais de Composites, Poliuretano e Plásticos de Engenharia.

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Feira na Rússia deve render US$ 106 mi ao Brasil

A

s empresas brasileiras que participaram da 23ª edição da World Food Moscow, a maior feira russa de alimentos e bebidas, estimaram que o resultado dos contratos realizados alcançará US$ 106 milhões nos próximos 12 meses. Marcelo Junqueira, secretário de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), enalteceu a participação brasileira na feira. “Acreditamos que os negócios com o mercado russo devam ser incrementados, e já se observa um aumento significativo das exportações de carne de aves”, comentou. A ação de degustação de carne de frango e suína, promovida pelo Mapa e pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), chamou a atenção dos visitantes. “Até mesmo empresas ainda não habilitadas para exportar à Rússia aproveitaram a ação para realizar contatos com importadores, para iniciar os trabalhos naquele mercado”, revelou Ricardo Santin, vice-presidente de aves da ABPA. Santin destacou ainda que “o Brasil está em alta na Rússia e o interesse pelos nossos produtos é grande”. Clientes e a imprensa local buscaram informações e se aprofundaram, segundo ele, para entender como o Brasil pode auxiliá-los no abastecimento do leste europeu.

Setembro 2014

Em agosto, após sofrer sanções por conta da crise com a Ucrânia, a Rússia revidou ao embargar alguns produtos de Estados Unidos e União Europeia. Um dia antes, contudo, o serviço sanitário russo autorizara 87 estabelecimentos brasileiros a exportar carnes, miúdos de carnes, aves, miúdos de aves, suínos e miúdos de suínos. A World Food ocorreu em Moscou, entre 15 e 18 de setembro. Com aproximadamente 1.700 expositores de cerca de 70 países, o evento recebeu um público estimado de 30 mil visitantes. Nos dois pavilhões brasileiros, reunindo diversas empresas do setor agropecuário, estiveram presentes 36 empresas. Para maiores informações, acesse o site www.nacionaldacarne.com.br.

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Mercado Thais Ito e Itamar Cardin

Temporada de ajustes Em curto espaço de tempo, BRF recebe condenação judicial, negocia ativos de lácteos e adquire parte de distribuidora do Kuwait

O

s últimos meses foram movimentados à BRF. Em curto espaço de tempo duas importantes notícias envolveram a empresa e causaram alvoroço no mercado. A primeira referia-se à condenação judicial por condições degradantes de trabalho. E a segunda, anunciada poucas semanas depois, foi a confirmação de que a companhia assinou memorando estabelecendo a venda de seus ativos de lácteos. A negociação foi realizada com a Lactalis, detentora das marcas Président e Parmalat. Segundo informe enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o valor da transação é de R$ 1,8 bilhão, “sujeito a determinados ajustes e à verificação de condições precedentes e aprovações regulatórias aplicáveis a transações dessa natureza.”

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As plantas negociadas estão localizadas em Bom Conselho (PE), Carambeí (PR), Ravena (MG), Concórdia (SC), Teutônia (RS), Itumbiara (MG), Terenos (MS), Ijuí (RS), 3 de Maio I (RS), 3 de Maio II (RS) e Santa Rosa (RS), “incluindo os correspondentes ativos e marcas dedicados a tal segmento”, segundo o comunicado. Embora a divisão de lácteos tenha apresentado queda de 13,5% de vendas no segundo trimestre, na comparação com o mesmo período do ano passado, a BRF registrou bons números no mercado interno: as receitas chegaram a R$ 3,3 bilhões (+7% no mesmo comparativo) e o resultado operacional atingiu R$ 384,2 milhões (+70,4%), com margem de 11,6% ante 7,3% de 2013. Mas, se optou por negociar a divisão de lácteos, a BRF reforçou sua aposta no mercado externo. Em agosto, ela assinou oferta vinculante com a Alyasra Food Company W.L.L., sua distribuidora no Estado do Kuwait, e adquiriu 75% do negócio de distribuição de alimentos congelados no varejo.

Condenação judicial

Poucas semanas antes de confirmar a venda da divisão de lácteos, a BRF foi condenada a pagar indenização de R$ 1 milhão por condições degradantes de trabalho, segundo informou o Ministério Público do Trabalho no Paraná (MPT-PR). A condenação é resultado de uma ação em Umuarama (PR), de 2012, após uma investigação constatar trabalhadores vivendo em condições análogas à escravidão. As irregularidades se deram em atividades de reflorestamento promovidas na Fazenda Jaraguá, local arrendado pela BRF em Iporã (PR). Os problemas incluíam jornada excessiva, condições precárias nos alojamentos e contaminação da água fornecida aos trabalhadores. “A situação encontrada configura trabalho degradante, já que foram desrespeitados os diretos mais básicos da legislação trabalhista, causando repulsa e indignação, o que fere o senso ético da sociedade”, afirmou o procurador do trabalho responsável pelo caso, Diego Jimenez Gomes. A empresa, além de pagar a indenização, deverá cumprir obrigações quanto à higiene, saúde, segurança e medicina em relação a todos os trabalhadores que, de forma direta ou indireta, prestem-lhe serviços na atividade de reflorestamento. Em nota, a BRF negou veementemente ter tomado conhecimento das práticas irregulares apontadas pelo TRT da 9ª Região (PR), durante a prestação de serviços da empresa contratada, a SLS Reflorestadora. “As acusações foram contra tal prestadora de serviços e nunca contra a BRF”, divulgou a companhia. A empresa, detentora das marcas Sadia e Perdigão, informou ainda que “não tolera qualquer tipo de tratamento inadequado, antiético ou que contrarie as leis vigentes para relações trabalhistas”, além de destacar que “a pretensão do Ministério Público do Trabalho deveria ter sido dirigida à prestadora de serviços e não contra a BRF, pois a companhia não praticou ou participou de qualquer ato irregular”.

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Cepea

Surpresa positiva

Estudo do Cepea mostra que abate não fiscalizado no Brasil é inferior a 10%. Abrafrigo aprova, mas defende esforço para zerar índice

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divulgação/Cepea

U

m amplo e complexo estudo divulgado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), em setembro, surpreendeu o o mercado brasileiro: o número de bovinos abatidos sem nenhum registro de fiscalização sanitária – municipal, estadual ou federal – é inferior a 10%. “O volume de animais que fogem ao controle de abate é menor do que o esperado - foi uma surpresa positiva”, enfatiza Sergio de Zen, pesquisador responsável pela área de pecuária do Cepea e professor da Esalq/USP. O estudo utilizou como base de cálculo a estrutura de propriedades típicas em dezenas de regiões nacionais e informações secundárias, como Guias de Trânsito Animal (GTA) e número de animais abatidos pelos Sistemas de Inspeção Federal (SIF), Estadual (SIE) e Municipal (SIM). “No Mato Grosso do Sul e em Goiás, onde o sistema de fiscalização é mais eficiente, a taxa é mais baixa; já em outros estados, como Pará e Bahia, ainda há trabalho a fazer pois apresentam taxa mais elevada”, complementa. O pesquisador, entretanto, admite que seria muito difícil reduzir esse índice. “Na realidade, ele já é pequeno”, atesta. Segundo os autores do estudo, que inclui Zen, os resultados são reflexo de mudanças positivas que vêm sendo implementadas na pecuária nacional. Como exemplo, eles destacam o fortalecimento do aparato legal sanitário,

Sérgio de Zen, pesquisador do Cepea e um dos autores do estudo que revelou uma nova visão sobre o abate informal no Brasil

focado na qualidade dos processos, o avanço tecnológico e gerencial das indústrias e a internacionalização do setor cárneo brasileiro. A pesquisa foi realizada com base na produção de 2012 através de duas perspectivas: a da oferta (de animais para abate) e da demanda (por carne). O objetivo era confrontar os dados obtidos por vias diferentes. Os resultados, no final, foram muito semelhantes. Em relação à oferta, a pesquisa verificou que o volume não inspecionado correspondia de 7,4% a 8,9% do total abatido nos estados avaliados, que representam 85% do País. Já na demanda o índice estimado foi de 7,6%. www.nacionaldacarne.com.br


Thais Ito

Abate sem Fiscalização Sanitária (% da oferta) São Paulo

5,40%

Rio de Janeiro

5,20%

Minas Gerais

15,20%

Espírito Santo

4,10%

Sudeste

9,50%

Mato Grosso

5,60%

Mato Grosso do Sul

4,80%

Goiás

5,30%

Distrito Federal

6,80%

Centro-Oeste

5,70%

Paraná

5,50%

Santa Catarina

4,80%

Rio Grande do Sul

5,10%

Sul

5,20%

Bahia

10,40%

Nordeste

10,40%

Pará

12,20%

Tocantins

9,20%

Norte

11,20%

Fonte: Cepea/Esalq/USP; referente à produção de 2012

Ambos os volumes, no fim, foram comparados às estatísticas de abate oficial (com fiscalização sanitária) do País inteiro. A diferença gerou o índice “não fiscalizado”, expressão adotada pelos autores em detrimento de “abate clandestino”, que pode provocar interpretações não consideradas pela pesquisa – como a fiscalização tributária/fiscal dos abates. Outro marco importante do estudo foi a construção da metodologia para analisar autoconsumo de carne bovina, até então um índice vago na literatura técnica e acadêmica. O resultado geral, referente ao País, revela que o autoconsumo na zona rural absorveu cerca de quatro milhões de cabeças em 2012. Esse volume, que representa o consumo diretamente relacionado à propriedade pecuária, não foi incluído nas estatísticas de abate “não fiscalizado”, uma vez que não tiveram finalidade comercial. www.nacionaldacarne.com.br

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Cepea

divulgação/ABRAFRIGO

Índice Zero

Péricles Salazar, da Abrafrigo: Não fazer inspeção traz problemas para os frigoríficos, para o erário público, para a saúde da população

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Péricles Pessoa Salazar, presidente executivo da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), destaca que a pesquisa ajuda a desmistificar a ideia de que o abate clandestino no Brasil existia em escala muito elevada. “Antes o abate não era contabilizado por conta dos impostos - como ICMS, PIS, COFINS”, declara. Os bons números apresentados pelo estudo do Cepea, entretanto, ainda não satisfazem plenamente a Abrafrigo. Para melhorar as condições de toda a cadeia produtiva, Salazar defende um esforço maior para reduzir o índice de abate informal a zero. “Porque se não é oficial, não sofre nenhuma inspeção e isso traz muitos problemas para os frigoríficos legalmente estabelecidos, para o erário público, para a saúde da população e toda a cadeia produtiva”, argumenta. “É preciso trabalhar ainda mais com todos os órgãos, do público ao privado. Quanto menor a taxa de abate informal, melhor para o País.”

Outubro 2014


Outubro 2014

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Refrigeração

Roberto Hira, executivo de contas da Thermo King do Brasil

Cadeia do frio: um mercado carente de incentivos, legislações e informações

O

termo “cadeia do frio” é comum entre profissionais do setor de refrigeração e mercados adjacentes. Porém, esse segmento ainda sofre com falta de informação, incentivos e legislações. Para esclarecer, cadeia do frio é o controle de temperatura em toda a etapa produtiva, desde o momento em que o alimento é colhido, o boi abatido ou o sorvete processado, até o momento em que é consumido. Também se aplica em outras indústrias, como medicamentos e insumos que necessitam do controle de temperatura. Apesar da importância para a vida humana, o tema merece maior destaque entre governantes e muitos elos da cadeia, além de ser um enigma para os consumidores. De acordo com registros da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir), coletados em 2013, em torno de 3% de caminhões pesados e 5% de caminhões leves e médios contam com equipamento de refrigeração. Em países cujo incentivo é maior, como a Espanha, esse número pode chegar a 30%.

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O assunto, que deveria ser claro à população, gera dúvidas até para o setor. Um exemplo típico: muitos entendem que o caminhão frigorífico serve para baixar a temperatura do produto, quando na verdade ele é projetado somente para mantê-la, seja ela fria ou quente. O problema da carga não chegar ao destino com a temperatura correta pode ter se iniciado justamente devido à temperatura do produto no início do carregamento. E não há nenhum regulamento para o setor, mas apenas normas. A ABNT NBR 14.701 explica as responsabilidades de cada parte envolvida na operação. Porém, existe há mais de dez anos e precisa de uma atualização, visto que se trata de um segmento em constante evolução. Empresas de toda a cadeia sentem necessidade da legislação e de um órgão com autonomia para auditar e autuar, havendo assim maior padronização, o que ajudaria a diferenciar os estabelecimentos mais preocupados com a cadeia do frio. www.nacionaldacarne.com.br


“Empresas de toda a cadeia sentem necessidade da legislação e de um órgão com autonomia para auditar e autuar, havendo assim maior padronização, o que ajudaria a diferenciar os estabelecimentos mais preocupados com a cadeia do frio” Para que todo o processo seja feito da forma correta, alguns itens se tornam necessários: o caminhão deve ser dimensionado para acondicionar a carga na temperatura requerida e o transportador deve seguir as boas práticas, como a utilização de cortinas plásticas e o check list de viagem antes do carregamento. A infraestrutura também precisa ser pensada. Nossos caminhoneiros sofrem diariamente com a falta de locais para descanso, pois as estradas não têm pontos dedicados ao pernoite. Também não há pontos para deixar as unidades de refrigeração ligadas durante a noite sem perturbar o sono dos motoristas. O cenário ideal seria uma área reservada aos veículos com equipamentos de refrigeração, como acontece em algumas paradas nos Estados Unidos, além de melhorias em estradas, no tempo de espera em fronteiras e em outros itens que diminuam o custo, estimulando o investimento dos transportadores e melhorando a qualidade do sono dos motoristas.

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Infelizmente o mercado, que se move a passos lentos, só vai mudar quando toda a indústria, os governantes e os órgãos públicos direcionarem a atenção devida ao transporte refrigerado. É de suma importância levantarmos a bandeira da refrigeração, buscando melhorias operacionais para resultar em alimentos mais saudáveis – e de melhor qualidade em casa – e em menor desperdício de carga na indústria (de acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, 1,3 bilhão de toneladas de alimentos vai ao lixo por ano). Está mais do que na hora das indústrias alimentícia, farmacêutica, floriculturista, hortifrúti e muitas outras se articularem para buscar a excelência no transporte e a conscientização de nossos consumidores, para que eles saibam exigir as melhores práticas das empresas e, assim, haja um reflexo na qualidade da vida de todos. 23




Espaço MercoAgro

A feira da qualidade Thais Ito e Itamar Cardin

Em sua 10ª edição, MercoAgro registra aumento de 20% nos negócios e confirma expectativas de sucesso 26

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U

m importante consenso pareceu formar-se em torno da 10ª edição da MercoAgro - Feira Internacional de Negócios, Processamento e Industrialização da Carne e do Leite: o evento só recebeu visitantes de qualidade e propiciou não apenas contatos, conhecimento técnico e decisivas prospecções, como também a realização imediata de grandes negócios. O público, composto por uma variedade de setores da cadeia, interligando do pequeno produtor aos grandes frigoríficos, sobretudo, também foi bem atendido pela diversidade de produtos, equipamentos e serviços oferewww.nacionaldacarne.com.br

cidos. Não havia como resultar em um cenário diferente. A oferta, assim, casou-se perfeitamente com a procura.

Entre os dias 9 e 12 de setembro, no Parque de Expo-

sições Tancredo Neves, em Chapecó (SC), mais de 29 mil pessoas visitaram as cerca de 650 marcas expositoras

diretas e indiretas. E não se tratavam de meras visitas.

Corroborando sua importância ao mercado brasileiro de proteína animal, ainda mais com a inclusão do setor

lácteo na programação, a MercoAgro 2014 registrou aumento de 20% no volume de negócios.

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Espaço MercoAgro “A feira está ótima, excelente. Só cliente de qualidade, aqui não tem caroço”, brincou Ednir Rosa, da Alutent, resumindo a percepção de dezenas de expositores. “A feira está muito boa. Quem chega aqui é para fazer ou iniciar negócio, ninguém vem apenas para visitar”, completou Geovani Cativelli, consultor técnico da RGO. Os elogios também foram uma constante entre as autoridades presentes. O governador de Santa Catarina em exercício, o desembargador Nelson Juliano Schaefer Martins, exaltou a importância da MercoAgro ao cenário econômico brasileiro.

“A feira tende a contribuir decisivamente para o desenvolvimento não apenas regional, mas de todo o estado de Santa Catarina, que se ampara muito no agronegócio”, salientou o governador. “Santa Catarina e seu governo se orgulham dessa realização: são 650 expositores, é o maior volume de negócios em um evento dessa natureza no Brasil e nas Américas. É aqui que nós vemos o Brasil que dá certo.” Já o prefeito de Chapecó, José Cláudio Caramori, destacou as oportunidades criadas pela feira. “Somos a capital nacional da agroindústria, então essa possibilida-

Os expositores e a MercoAgro Tatiane Seibel, diretora comercial da Akso: O movimento está muito bom, veio bastante gente nova, clientes menores, mas que são do ramo Paulo Cezar Faller, diretor da Allenge: Essa já foi uma região muito importante ao setor, e a MercoAgro ajudou a expandi-la

Jessica Catelano, gerente de marketing da Foss: Essa sempre foi uma das melhores feiras do setor. E ficou ainda melhor agora, com a inclusão da proteína do leite Wellington Santos, supervisor de marketing da Frigostrella: A feira é muito importante. Aqui visitamos nossos clientes antigos e podemos prospectar os novos

Ednir Rosa, da Alutent: A feira está ótima, excelente. Só cliente de qualidade, aqui não tem caroço

Aliziany Marinho, proprietária da Frisul: Até fizemos algumas vendas, o que não esperávamos, porque a ideia inicial era só prospectar

Joaquim Ferreira, da Branco Máquinas: Achamos a feira muito interessante e necessária para mostrar, ao setor, as novidades em máquinas e equipamentos cada vez mais modernos e produtivos

Charles Garz, proprietário da Gimak: Como é nossa primeira feira, o objetivo foi divulgar a marca, estabelecer novos contatos e encontrar antigos. Estamos bem satisfeitos: fizemos os contatos e esperamos concretizar negócios

Jardel Souza, técnico da Casa das Correntes: Esse é um mercado novo para a empresa, estamos começando a explorá-lo e a MercoAgro nos abre essa porta Thiago Gotardo, gerente comercial da Cobra: Estamos presentes na feira para apresentar nossos 28 anos de experiência ao mercado frigorífico. E o resultado está satisfazendo o expositor Rodrigo Freitas, diretor comercial da Coldbras: É uma feira bem importante. Grande parte de nossos clientes é da Região Sul e vem até a feira, então sempre estamos aqui para prestigiá-los Maurício Diniz, analista de marketing da Dânica: É importante estar no meio e saber dos negócios. Essa é uma feira que gera negócios a médio e longo prazo Thiago Casagrande, gerente nacional de vendas e marketing da Forbo: Está sendo excelente, a qualidade das visitas é muito boa 28

Leonardo de Souza, do departamento comercial da Haarslev: É obrigação estar presente na MercoAgro, precisamos demonstrar nossos equipamentos Marcus Vinícius Gonçalves, do departamento de vendas da Inoxserv: É nossa primeira vez na feira. Ela demonstrou ter grande potencial, já temos alguns clientes aqui e queremos conquistar outros José Estevam Lopes, gerente comercial da Jonhis: É nossa primeira participação. Já tínhamos ouvido falar muito e agora estamos aqui para conferir Diogo Kolberg, gerente da Kolberg: A feira está boa, o movimento foi legal e os clientes que vieram possivelmente fecharão negócios Andri Laxdal, diretor da Lenke: É uma feira onde se consegue conversar com muitos clientes em pouco espaço de tempo Francisco Leandro, gerente-geral da Marel: É uma característica da MercoAgro, até pela localização, trazer sempre essa presença em massa

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Oportunidades

de de transferência de tecnologia, conhecimento, novos produtos e equipamentos e essa interação através de workshops e de contato direto com outras empresas de nível mundial representam uma grande oportunidade para as empresas locais.” Para Marco Basso, diretor-geral da América Latina do Informa Group, empresa que organiza a feira, “sucesso” é a palavra que melhor a define. “Ela começou como um grande sonho de representar um setor e hoje conseguiu isso”, sintetizou.

Uma série de fatores propiciou o interesse e consagrou a participação dos expositores no 20º ano da MercoAgro. A TÜV SÜD do Brasil/SFDK, por exemplo, conheceu melhor a região onde pretende investir em 2015. “Foi interessante para conhecer o segmento. Queremos abrir um laboratório aqui, então foi importante para conhecer a região”, declarou Mariana Guimarães, coordenadora de marketing da TÜV SÜD do Brasil/SFDK. Já a Starrett aproveitou a feira para conhecer melhor

Rodrigo Neves, analista de marketing da Mucambo: Tivemos muitos contatos. Há procura por produtos diferentes e um público de qualidade

Felipe Teixeira, gerente operacional de produto da Starrett: Marcamos muito testes, visitas para fazer. Recebemos aqui só visitas de qualidade

Paulo Dalarmelino, coordenador de vendas industrial da NS Brasil: Optamos por fazer a feira após verificar que nossa participação é forte em bebidas, mas ainda pequena no mercado frigorífico. Montamos uma estrutura própria para isto, e o complemento era participar da MercoAgro

Rogério Silveira, gerente da Stemac: Para nós, é uma feira que é importante pela questão institucional, e não propriamente pela comercial. Nosso interesse é estar presente para atender desde pequenos produtores até o supermercado

João Paz, proprietário da Paz Pazini: Fazemos todos os segmentos de feira, e nosso objetivo aqui é estabelecer o contato direto com o consumidor José Carlos Piccin, gerente de vendas da Pisani: É importante nossa presença na feira porque temos clientes na região. Nosso objetivo é criar o contato para, depois, os representantes irem até o cliente e entenderem sua necessidade Geovani Cativelli, consultor técnico da RGO: Quem chega aqui é para fazer ou iniciar negócio, ninguém vem apenas para visitar Willy Borst, diretor comercial da Selovac: É um período difícil, com eleição e Copa do Mundo, mas mesmo assim nossas expectativas foram cumpridas Wagner Costa, supervisor de vendas da SEW: A MercoAgro está em uma região onde se concentram frigoríficos. Por isso ela é focada para esse pessoal, o que é muito importante Alyson Santos, do departamento de vendas da SHD: Estamos tendo produtividade e bom volume de negócios. A importância da feira é essa: propiciar um primeiro contato que irá se transformar em negócio www.nacionaldacarne.com.br

Carlos Alberto Polonio, coordenador de marketing da Toledo do Brasil: Estamos com algumas novidades e o pessoal tem se interessado. Nós temos o público que queríamos para mostrar esses lançamentos Jéssica da Cruz, coordenadora de vendas da Tramontina: Não é tanto uma feira de negócios para nós, e sim para expor marcas. Nossos clientes sempre estão aqui Álvaro João Pressanto, assessor de mercado da Trombini: O movimento está muito bom, há muitas visitas e elas são de relacionamento. É importante fazer esses contatos Mariana Guimarães, coordenadora de marketing da TÜV SÜD do Brasil/SFDK: Queremos abrir um laboratório aqui, então foi importante para conhecer a região Reinaldo Ferreira, diretor da Unirons: É uma feira bastante importante porque reúne e concentra os grandes frigoríficos Valdemar Fracaro, sócio-gerente da VS Máquinas: É uma feira fundamental para o segmento. Vem bastante gente, bastante indústria e conseguimos sempre realizar uma aproximação com os clientes 29


Espaço MercoAgro

seus clientes e parceiros. “É nosso segundo ano e, como não temos contato direto com o frigorífico, aqui temos oportunidade de nos aproximar, de conhecê-lo melhor, de trocar cartão”, enalteceu Felipe Teixeira, gerente operacional de produto da companhia. “Marcamos muito testes, visitas para fazer. Recebemos só visitas de qualidade”. Conquistar novos clientes, por sua vez, foi a grande vantagem destacada pela Akso. “O movimento está muito bom, veio bastante gente nova, clientes menores, mas que são do ramo. Além dos nossos clientes tradicionais, que sempre vêm nos visitar”, comentou Tatiane Seibel, diretora comercial da empresa. A prospecção de negócios, aliás, foi um dos fatores determinantes para o sucesso da feira. As oportunidades futuras 30

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Coquetel realizado para celebrar os 20 anos da MercoAgro

se abriam em cada pavilhão. A visitação de qualidade, assim, contribuiu para dinamizar os contatos e reforçar um possível acréscimo de faturamento nos meses seguintes à feira. “Estamos tendo produtividade, bom volume de negócios. E a importância da feira é essa: propiciar um primeiro contato que irá se transformar em negócio”, declarou Alyson Santos, do departamento de vendas da SHD. “Está sendo excelente, a qualidade das visitas é muito boa. Temos um bom volume de prospecção”, acrescentou Thiago Casagrande, gerente nacional de vendas e marketing da Forbo. O ritmo de negócios foi tamanho que até mesmo os expositores inicialmente interessados apenas em prospectar, como a Frisul, acabaram concretizando vendas. “Estamos gostando bastante, é um público nacional muito bom. Até fizemos algumas vendas, o que não esperávamos, porque a ideia inicial era só prospectar”, revelou Aliziany Marinho, proprietária da empresa. A qualidade e o bom volume de negócios, assim, resumiram o legado da feira e apontaram interessantes caminhos à economia nacional. “É um período difícil, com eleição e Copa do Mundo, mas mesmo assim nossas expectativas foram cumpridas. Há visitação contínua e de qualidade”, finalizou Willy Borst, diretor comercial da Selovac. Em um ano turbulento, marcado pela possível recessão do PIB, a MercoAgro demonstra como é possível crescer no Brasil. www.nacionaldacarne.com.br

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Espaço MercoAgro

Novidades da MercoAgro Evaporador à prova d’água

A Refrio apresentou uma nova versão do seu evaporador cúbico, desta vez “à prova d’água”, aplicável para a indústria frigorífica. Segundo Paulo Afonso Guimarães, porta-voz da empresa, o equipamento suporta jatos de água de limpeza, conta com tubo de inox com aletas de alumínio, carenagem de alumínio e motor de alta performance. “O resultado é eficiência energética, leveza – até cinco vezes mais leve que versões antigas com tubos de aço galvanizados – e economia”, garante.

divulgação

À direita, Paulo Afonso Guimarães, porta-voz da Refrio

Resfriador e túneis

A Mebrafe, empresa de soluções em refrigeração industrial, apresentou ao grande público seu recém-lançado RETMAC, um resfriador tubular de água para chiller, que visa eliminar a utilização de gelo em chillers e pré-chillers de aves. “O RETMAC reduz de 20 a 30% a potência instalada no resfriamento de carcaças de aves”, afirma Tiago Machado, do departamento de vendas. Outras novidades foram os túneis helicoidal e contínuo, ambos para resfriamento ou congelamento de carnes (frango, suíno ou bovino).

Túnel contínuo, Túnel helicoidal, Retmac, respectivamente

Pesagem e etiquetagem mais rápidas

Jairo Luiz Faccio, responsável por soluções, e Carlos Alberto Polonio, coordenador de marketing

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A Toledo desenvolveu, em parceria com a Tecmaes, um novo sistema de pesagem dinâmica com etiquetagem automática. A nova tecnologia permite que o produto seja pesado sem pausar a esteira na linha de produção. Ela ainda realiza a triagem do item, rejeitando-o caso não esteja de acordo com o peso padrão ou conduzindo-o para a etapa de etiquetagem, também automatizada. “Uma das vantagens é uma maior fidelidade dos dados, além da agilização do processo”, aponta Jairo Luiz Faccio, responsável por soluções da empresa.

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Alternativas para o NR-36

A Marel apresentou seu portfólio de soluções de automação como alternativa para se adequar à NR-36 (nova regulamentação de “Segurança e saúde no trabalho em empresas de abate e processamento de carnes e derivados”). Entre elas está a automação de coleta de miúdos de frango e o sistema de desossa de paleta suína. “O cenário mudou”, diz Lambert Rutten, gerente da negócios da Marel. “Antes, se automatizava pensando apenas em obter mais velocidade, rendimento e reduzir mão de obra.”

Mundial de olho no mercado frigorífico

Os ganchos para manipulação de carne foi apenas um dos lançamentos apresentados pela Mundial, empresa que reforçou seu portfólio para a indústria frigorífica. “Algumas de suas vantagens são a ergonomia e a proteção antimicrobiana”, explica Wagner Huber, gerente comercial. A empresa também apresentou seu sistema de afiação Mundial, composto por dois equipamentos: a máquina afiadora e a máquina para chanfrar. Outras novidades são a chaira em formato “Y”, que oferece maior praticidade e ajuda a padronizar o sistema de afiação; as navalhas “skinner”, que devem estar disponíveis no mercado até o fim do ano; e as lâminas de serra fita. “São lâminas que se diferenciam pela durabilidade do fio e por reduzir a perda de carne no processo de abertura da carcaça de bovinos e suínos”, explica o porta-voz da Mundial.

Wagner Huber, gerente comercial, e o sistema de afiação Mundial

À esq.: Lambert Rutten, gerente da negócios da Marel

Novos eletrônicos de medição

Uma das novidades mais recentes da Akso é o Datalogger de Temperatura e Sonda Externa (AK176), que mede a temperatura interna do produto nos túneis de congelamento de carcaças bovinas e suínas. A empresa também apresentou o Detector de Amônia (SP2nd NH3), para uso em aviários e câmaras frigoríficas, e o Detector de 4 Gases (SP12C7), voltado para estação de tratamento de efluentes e câmaras frigoríficas.

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Ganchos para manipulação de carne com ergonomia adequada e proteção antimicrobiana Chaira em “Y”

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Espaço MercoAgro Sistema de encaixotamento com robô

A Plasmetal e a Festo desenvolveram um sistema de encaixotamento com um robô tripod (com três hastes), que conduz os produtos da esteira da linha de produção para a caixa de maneira ordenada. “A tecnologia garante que a caixa contenha os produtos corretos e na quantidade correta”, certifica Helder Barbosa da Silva, da Festo. “Outra vantagem é o aumento da produtividade, pois o robô consegue realizar um ciclo de uma peça por segundo, em média, podendo ser até mais veloz.” Segundo ele, o robô suporta produtos de até aproximadamente 4,5 kg.

Termógrafo com duração de 150 dias

O novo termógrafo de 150 dias de autonomia da Jonhis é o único de fabricação nacional a atingir esse período de funcionamento, segundo a empresa. O produto, que é descartável, monitora a temperatura de baús refrigerados e contêineres que carregam produtos cárneos.

Um compressor mais seguro

Robô tripod encaixa produto

Mais presença no “churrasco”

Além de produtos para frigoríficos, a Tramontina divulgou seu Kit para Churrasco 6 peças, voltado para o consumidor final. Ele inclui tábua de corte, faca, garfo trinchante, pegador de carne, espátula e uma maleta de madeira. “Devido ao tratamento térmico, a faca possui lâmina com maior durabilidade do fio. Já os demais produtos ganham maior resistência em função da espessura do aço e da estampagem das lâminas”, informa a Tramontina por meio de sua assessoria.

Kit para Churrasco da Tramontina

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Chegam ao mercado nacional, através da representante TecnoFrio, compressores de amônia tipo pistão e parafuso da marca chinesa Bingshan. Segundo a empresa brasileira, os equipamentos contam com sistema diferenciado de controle e automação, além Compressor de amônia de sensores de controle tipo pistão de temperatura, pressão e nível de óleo que podem ser verificados no sistema supervisório, gerando maior segurança e fidelidade dos dados.

Isolante térmico em forma de tinta

A NS Brazil apresentou sua tinta térmica NS Termo Solar para telhados de construções industriais. “Funciona por um sistema de reflexão e por uma formação de uma camada com microesferas cerâmi- Demonstração no estande da NS cas ocas que criam uma Brazil: maquetes com e sem a tinta barreira para a passagem do calor, reduzindo em 30% a temperatura interna da edificação”, explica Paulo Dalarmelino, coordenador de vendas. Consequentemente, o produto reduz o consumo de energia em locais refrigerados por ar-condicionado.

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INFORME INFORME PUBLICITÁRIO


INFORME INFORME Bitzer Compressores Ltda.

INFORME A BITZER, empresa especializada em compressores para refrigeração, apresenta a sua nova Unidade de Compressores para Amônia para aplicação industrial na MercoAgro As unidades compressoras para amônia BITZER – ACP estão disponíveis com capacidade que vão de 500 a 3.600 kW. Esta unidade inovadora celebrará seu lançamento na feira MercoAgro, em Chapecó, Brasil. As unidades compressoras modulares constituem em até três compressores que podem ser instaladas em paralelo, cada uma com possibilidade de ser conectada simultaneamente a um único controlador, elevando a capacidade total para até 3.600 kW. O sistema também oferece duas novidades: o separador de óleo como o controlador micro processado foi desenvolvido especificamente para as unidades além do sistema em paralelo que elevam a segurança operacional em comparação a compressores industriais na mesma classe de desempenho. Tanto o controlador, como os sensores mais importantes, são duplicados para elevar a segurança do sistema. O sistema também apresenta um comportamento excepcional na partida proporcionando menores picos de corrente.

Tel.: +55 (11) 4617-9100

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Capa

Dal Pino

A Indústria de Serras Dal Pino Ltda. exibiu na Feira Mercoagro em Chapecó com extraordinário exito produtos que estão sendo lançados no mercado nacional, os quais despertaram grande interesse no mercado da carne. A linha de cutelaria ICEL mostrou grande variedade de facas especialmente projetadas para as operações de frigoríficos de bovinos e suínos, com qualidade superior, maior durabilidade, afiação perfeita. As afiadoras de facas SUPREME RAZOR mostraram grande versatilidade, baixo custo de aquisição e de manutenção, manuseio extremamente simples e grande eficiência. A linha de pistolas de embolo cativo acionadas por cartuchos de festim, fabricadas pela Accles & Shelvoke da Inglaterra e distribuídas no Brasil com exclusividade pela Dal Pino, demonstram grande qualidade, robustez e confiabilidade. De fácil manutenção e portabilidade, permitem o uso em qualquer situação, seja em salas de abate, no transporte ou no pasto. Em linha com o conceito moderno de abate humanitário seu uso é recomendado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

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informe Food Design Consultoria e Treinamentos

A Food Design, 21 anos de Brasil, é especializada em sistemas de gestão da qualidade e da segurança de alimentos e SGI - Sistemas de Gestão Integrados, para áreas feed, food, foodservice e food packaging. Serviços: treinamentos abertos ou in company; consultorias; auditorias; qualificação de fornecedores e formação de multiplicadores de alta performance para 5S, BPF/GMP e APPCC/HACCP, e criação de Cultura de Segurança de Alimentos. Equipe multidisciplinar composta por engenheiros de alimentos, veterinários, químicos, bioquímicos, biólogos, cientistas de alimentos e psicólogos especializados em gestão do comportamento. Diferenciais: satisfação de 100% entre excelente e bom para auditorias e consultorias, e de 98,8% para treinamentos abertos e in company em 2013; padrão internacional de serviços, certificada pela International HACCP Alliance; atualização técnico-científica constante; busca contínua da excelência, e muita paixão da equipe pelo que faz. Normas: ISO 9000, ISO 22000, IFS, BRC, FSSC 22000, ISO 14000, OHSAS 18000, GlobalGAP, FAMI QS e GMP+, IFS PacSecure e BRC IoP.

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Forbo Siegling

Nossa atuação no Segmento Frigorífico: A Forbo atua no segmento frigorífico de aves, bovinos e suínos fornecendo correias para transportes e processamentos de produtos desde a desossa até o empacotamento dos alimentos. Compõem nossa linha de produtos as Correias Homogêneas de Poliéster (PE), Correias Homogêneas de Poliuretano (PU), Correias de PVC e Poliuretano e Correias Modulares Plásticas (Prolink) Séries 3, 4.1, 5, 6.1, 8 e 10. Temos também correias especiais para equipamentos Baader 603, 605 e 607, Correias Sincronizadoras e Raspadores para limpeza de correias transportadoras. Todos os produtos possuem Certificados FDA e/ou HACCP. Possuímos Centros de Serviços que realizam colagens gratuitamente das Correias Forbo em um raio de até 300 km de sua localidade. Após esta distância, cobramos apenas custos de deslocamento e despesas, não importando a quantidade de Correias Forbo a serem coladas. Nossos Centros de Serviços estão localizados nas cidades de Chapecó - SC, Fortaleza - CE, Salvador – BA e Itapevi – SP. Até o final de 2014, estaremos inaugurando Centros de Serviços de Colagens em Belo Horizonte – MG, Cuiabá – MT e Marília – SP. Em 2015, mais um Centro de Serviço de Colagens em Goiânia – GO.

Tel.: 0800 771 7707

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INFORME INFORME Fluxo Eletrônica Industrial

INFORME A Fluxo Eletrônica Industrial inova mais uma vez no mercado de insensibilização, lançando um novo produto totalmente desenvolvido por sua equipe. O novo modelo UFX 7 é um insensibilizador de aves para linhas de abate industrial de alta performance que permite aplicar os parâmetros de insensibilização do Regulamento CE 1099/2009, garantindo bem estar animal e conseguindo ao mesmo tempo excelentes resultados na qualidade da carne. Isto tudo devido aplicação de sofisticados algoritmos de controle das formas de onda e freqüência que conseguem gerar correntes elétricas que agem eficazmente no sistema nervoso central do animal, minimizando os efeitos indesejados na musculatura e estrutura óssea dos mesmos. Estes resultados foram obtidos após pesquisas desenvolvidas nos seus laboratórios e posteriores aplicações no campo com milhares de aves analisadas e acompanhamento por profissionais qualificados e experientes. A Fluxo possui pessoal técnico próprio que garante o constante aprimoramento de seus produtos. Também possui uma equipe de pósvenda diferenciado, sempre visitando seus clientes, acompanhando seus resultados e sugerindo melhorias nas instalações.

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Visor de Fluxo Duplex em Inox

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KOLBERG

A KOLBERG tem como missão fornecer soluções em refrigeração industrial com AGILIDADE, COMPROMISSO E SEGURANÇA. Confiança, respeito, credibilidade e honestidade são valores que balizam nossos relacionamentos e orientam nossas ações dentro e fora da empresa. Através da certeza da melhor solução às necessidades dos nossos clientes, atuamos com seriedade, pontualidade, qualidade e foco nos resultados. Garantimos isso porque temos uma equipe qualificada e comprometida em prestar um ATENDIMENTO DIFERENCIADO E EFICIENTE. A KOLBERG possui toda a linha de peças para compressores alternativos e parafusos. Fazemos remanufatura, reforma, venda e assistência técnica para compressores Madef, Sabroe, Mycom , Howden e Bingshan. Condensadores, evaporadores, separadores, recipientes de líquido, extratores de ar, bombas de NH3, estação de válvulas estão entre os itens que fazem parte do nosso catálogo. Todos que visitaram nosso stand na Mercoagro de 2014 puderam conferir de perto o quanto prezamos pela qualidade dos nossos produtos e serviços. AGORA SÓ FALTA VOCÊ!

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REFRIOCapa Coils & Coolers

EXPERIÊNCIA EM INOVAR Com mais de 45 anos de experiência, a Refrio acumula conhecimento nas mais diversas aplicações de sistemas de refrigeração, o que permite o desenvolvimento de produtos inovadores e soluções otimizadas para cada desafio. O controle de temperatura é fundamental para muitos produtos e processos industriais, para garantir a qualidade, melhorar a capacidade produtiva, a confiabilidade operacional e aumentar os prazos de estocagem. Outros fatores, como a agressividade corrosiva de ambientes, níveis de ruído e atendimento às normas de higiene alimentar, são igualmente importantes nas definições de um projeto de refrigeração industrial. Nossa linha de evaporadores RCI na versão IP65, foi apresentada pela primeira vez na 10ª MercoAgro. O diferencial do novo evaporador é sua capacidade de suportar jatos de água de limpeza, uma necessidade do mercado. Além disso, o equipamento conta tubos de INOX ou Cobre, aletas contínuas e carenagem em alumínio e moto-ventilador de alta performance. O resultado é a alta eficiência energética, leveza e durabilidade.

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A Tecnofrio Equipamentos Frigoríficos Ltda. iniciou suas atividades no ano de 1989 na cidade de Caxias do Sul- RS com principal atuação no segmento de eletro-eletrônica, fabricando dispositivos elétricos especiais utilizados em painéis de comando para as indústrias em geral. Em 1993, valendo-se da experiência no ramo da refrigeração industrial, a empresa tomou novos rumos. Com uma visão diferenciada de mercado e buscando suprir as necessidades de seus clientes, voltou-se para o ramo da refrigeração industrial e comercial, com fabricação e instalação de equipamentos frigoríficos para resfriamento, congelamento e acondicionamento de produtos perecíveis nos mais diversos mercados, tais como: frigoríficos de carne, laticínios, frutas, legumes e hortaliças, sementes, logísticas e demais indústrias de alimentos. Desde então o crescimento foi acelerado. Orgulhosa pelo trabalho reconhecido e ciente da importância da refrigeração industrial na conservação de alimentos, a TECNOFRIO traz a todos sua mensagem de confiança no futuro em busca de melhorias na qualidade de vida.

Tel.: (54) 3227-3028

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A Revista Nacional da Carne apresenta o panorama completo da produção e industrialização de bovinos, aves, suínos, entre outras carnes. Ao longo de 38 anos de circulação, a publicação tornou-se referência para os profissionais da área. Editada mensalmente, publica o maior anuário do setor. A Revista fornece reportagens direcionadas à indústria frigorífica, entrevistas com personalidades do mundo empresarial e político além de artigos técnicos relacionados às áreas de engenharia de alimentos, nutrição e outras.

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Conjuntura Thais Ito e Itamar Cardin

Crescimento desperdiçado Agropecuária cresce no ano, mas perde oportunidades. Investimento em irrigação, segundo CNA, poderia quadruplicar Valor Bruto de Produção

A

agropecuária contribuiu decisivamente para que a economia brasileira não tivesse desempenho ainda pior em 2014. No segundo trimestre, quando o PIB nacional encolheu 0,6% em relação aos três meses anteriores, ela foi o único setor a apresentar crescimento positivo: 0,2%, perante queda de 1,5% da indústria e de 0,5% dos serviços. Essa tendência, aliás, deve ganhar força no segundo semestre, impulsionada pelo crescimento da indústria da carne, segundo avalia a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Para a entidade, no caso da pecuária de corte, os frigoríficos têm pago mais pelos animais devido à limitada oferta de bovinos. Os bons preços e o aumento da demanda externa, assim, devem colocar o segmento em evidência. 42

“O mercado externo também está aquecido. As vendas de carne bovina aumentaram 16,7% no período de janeiro a julho de 2014 (US$ 3,3 bilhões), na comparação com 2013. E a expectativa é de manutenção do ritmo de venda, especialmente em função da decisão da China de retirar o embargo imposto à carne bovina do Brasil”, disse a entidade. O bom momento do setor agropecuário foi referendado pela projeção do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para o Valor Bruto da Produção (VBP) deste ano. Embora a previsão de crescimento tenha sido reduzida de 2,1% para 2%, ela permanece bem acima das perspectivas do PIB brasileiro. Na projeção do Ministério, o VBP deve encerrar o ano em R$ 441,8 bilhões – R$ 288 bilhões correspondem www.nacionaldacarne.com.br


à agricultura, enquanto R$ 153,8 bilhões se referem à pecuária, cujos destaques devem ser a carne bovina (18,5%) e a suína (8,9%). Já nas lavouras sobressaem-se o algodão (58,6%), a laranja (26,2%), o cacau (25,9%), a pimenta do reino (21,0%), a batata inglesa (17,9%), o trigo (17,9%), a banana (16,8%) e o café (14,4%). Em relação às regiões, o Centro-Oeste lidera a estatística, seguido na ordem por Sudeste, Sul, Nordeste e Norte.

“Se todas as áreas da agropecuária fossem irrigadas, segundo assessor da CNA, Brasil encerraria ano com VBP de R$ 1,882 trilhão” O Valor Bruto da Produção, baseado nas estimativas de safras, da produção agropecuária e dos preços recebidos pelos agricultores em regiões com peso relevante, representa na prática o faturamento do setor agropecuário. www.nacionaldacarne.com.br

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Conjuntura

Potencial desperdiçado

A capacidade de produção do setor agropecuário nacional, contudo, ainda é represada pela falta de tecnologia e de melhor utilização dos recursos naturais. O VBP, por exemplo, poderia crescer 426% se todas as áreas destinadas à agricultura e à pecuária fossem irrigadas no Brasil, segundo cálculo apresentado pelo assessor da Comissão Nacional de Meio Ambiente da CNA, Nelson Ananias Filho. O valor bruto da produção nacional, assim, segundo a projeção de Ananias, poderia encerrar o ano em R$ 1,882 trilhão. E somente a pecuária, com esse acréscimo de 426%, corresponderia a R$ 655,1 bilhões. O assessor de meio ambiente da CNA levantou ainda outros fatores interessantes, como a importância de aumentar a produtividade para atender a demanda crescente por alimentos. “O uso da irrigação é um diferencial para aumentar a produtividade sem avançar sobre novas áreas de vegetação nativa”, salientou. Conceitos para uso e reuso direto e indireto da água, segundo a CNA, também poderiam dinamizar o trabalho do produtor brasileiro. “Eles podem captar água de qua-

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lidade inferior, usá-la na irrigação e transformá-la em água de melhor qualidade”, avaliou Ananias. Para ele, a prática deveria ser reconhecida como “serviço ambiental”. Outra proposta da CNA é desenvolver um estudo para dimensionar a demanda por água de diversos segmentos agropecuários. Hoje, este cálculo leva em conta dados internacionais que não refletem a realidade dos sistemas produtivos brasileiros.

Outubro 2014



Especial

Thais Ito

Brasil, um porto seguro?

Aproximação de mercados externos abre oportunidades, mas País está pronto para dar esse salto? Em série especial, investigamos os grandes desafios da indústria da carne

D

e entraves políticos envolvendo o mercado russo a problemas de sanidade animal nos Estados Unidos e no México - são diversas as mazelas que têm desabrochado (infelizmente) no cenário cárneo mundial, convergindo (felizmente) a atenção para uma mesma fonte de abastecimento: o Brasil.

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Ao mesmo tempo, a China, o Irã e o Egito retomam a confiança e reabrem suas portas para a carne brasileira, enquanto os Estados Unidos seguem em processo iminente de reabertura, alimentando ainda mais as altas expectativas dos exportadores nacionais. “O cenário mundial tem se tornado favorável à cadeia produtiva da pecuária de corte brasileira”, resume Gui-


divulgação/Abiec

lherme Cunha Malafaia, pesquisador do setor de Gado de Corte da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). “O aumento da demanda chinesa por proteína animal e a retomada das compras, após o período de embargo, bem como o aumento do credenciamento de 80 frigoríficos brasileiros para atender a Rússia, criam boas oportunidades para o setor.” Um impacto importante ao longo da cadeia de valor, segundo Malafaia, deve ocorrer ainda em 2014. No que diz respeito aos concorrentes, o cenário também é otimista, pois um grande rival, os EUA, vem diminuído seu rebanho - o número de cabeças atualmente gira em torno de 85 milhões, segundo sua estimativa.

O cenário mundial tem se tornado favorável à cadeia produtiva da pecuária de corte brasileira

Fernando Sampaio, diretor executivo da Abiec

O pesquisador ressalta, por fim, o aumento de 18% no consumo de carne esperado para a próxima década. “O continente asiático será responsável pelo share de 45%, a América Latina por 30%, o continente africano por 22%, o restante vindo da Europa (1%), América do Norte (1%) e Oceania (1%)”, explana. “Segundo estimativa da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) para 2022, 80% da produção de carne bovina virá de países em desenvolvimento, especialmente do Brasil. Essa projeção reforça nossa posição de grande player mundial de carne bovina”, completa Malafaia. São inúmeras as oportunidades abertas ao mercado da carne brasileiro. Mas, antes de sonhar alto, a Revista Nacional da Carne consultou especialistas para avaliar a situação do País em relação à produção e à capacidade para atender a essas demandas. Afinal, o Brasil é um porto realmente seguro? Confira as perspectivas brasileiras em uma série especial de reportagens, que será publicada nesta e nas próximas duas edições da Revista Nacional da Carne.

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Especial

“Yes, we can”?

Estamos na marca do pênalti com um gol gigante sem goleiro na frente

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“O País tem o maior rebanho comercial do mundo, e tem uma vocação natural para a pecuária. Temos espaço, água e luz solar que, somados, representam um potencial único no mundo para produção de biomassa”, sublinha Fernando Sampaio, diretor-executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec). “E podemos transformar essa biomassa em carne, um produto de alto valor agregado com demanda crescente no mundo. Estamos na marca do pênalti com um gol gigante sem goleiro na frente, e não podemos chutar para fora.” O pesquisador Jonas Irineu dos Santos Filho, da área de Economia da Embrapa, engrossa o coro. “O Brasil é capaz de atender uma possível demanda internacional maior por carne, especialmente nos setores de suínos e aves”, diz. “Temos quantidade e qualidade no campo e na indústria.” Já Francisco Turra, presidente-executivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), faz uma avaliação cautelosa. “Não acreditamos em uma explosão de ven-

Junho 2013


das de carnes de frango e suína do Brasil”, pondera. Ele admite, contudo, que o mundo continuará demandante das importações de carne de frango e suína do Brasil a longo prazo. Turra se baseia em estimativas diversas, como a do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA). “Segundo o USDA, até 2023, o País deverá manter a sua posição de maior exportador de frango, em função de seus custos competitivos, e deverá responder por 46% do aumento nas vendas mundiais dessa proteína”, acrescenta. “As exportações de carne suína devem se manter competitivas, também, em mercados guiados por preço, como Rússia, China e Hong Kong.” Na contramão do otimismo, há quem alerte sobre a possibilidade de não haver carne brasileira suficiente. “Teremos problemas de abastecimento se a exportação brasileira aumentar muito”, avalia Péricles Pessoa Salazar, presidente-executivo da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo). Ele cita a reabertura do mercado chinês à carne bovina como uma “conquista”, mas também como um exemplo

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de preocupação. “Precisamos saber qual será a demanda, pois, suponhamos que tenhamos que atingir 5% dos consumidores, que é um percentual baixo. Mas, se levar em consideração que a população chinesa é superior a 1,3 bilhões, vamos ter dificuldades.”

Teremos problemas de abastecimento se a exportação brasileira aumentar muito Salazar salienta que o rebanho atual de bovinos no Brasil teria que aumentar em 50%. “O rebanho atual conta com cerca de 200 milhões de cabeças, mas dado o potencial que temos de exportação e a possibilidade de consumo dos países que estão nos procurando como fornecedores, acredito que esse rebanho deveria estar na faixa de 300 milhões de cabeças para atender as demandas”, atesta. “É importante ressaltar que além do aumento numérico, é preciso haver paralelamente um acréscimo de produtividade.”

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Especial

Para se pensar A influência dos grãos “O boi brasileiro come muito pouco milho. Logicamente este consumo aumentará um pouco em 2015 devido às tendências de baixa da soja e milho. Ao contrário disto, o frango se beneficia diretamente dos baixos preços dos grãos aumentando as margens de lucro para seus produtores. O impacto dos grãos na pecuária também se dá sob outra frente: a do avanço das lavouras sobre os pastos. Isto em médio prazo levará a um benefício da cadeia com o aumento da eficiência dos produtores e da integração lavoura-pecuária.” André Ribeiro Bartocci, Pecuarista e Diretor da Associação dos Criadores de Nelore (ACNB) Alta dos preços “Acredito que estamos em um ciclo de preços altos que vai perdurar por um bom tempo por causa da demanda que temos tanto internamente quanto da exportação.” Péricles Pessoa Salazar, presidente-executivo da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) Projeção “Dá para se afirmar com boa dose de certeza que o Brasil continuará ampliando as exportações de carne a curto e médio prazo. E a longo prazo há a grande possibilidade da Índia tornar-se um grande comprador de carne de frango no mercado internacional, o que favorecerá bastante o Brasil.” Jonas Irineu dos Santos Filho, pesquisador da área de Economia da Embrapa

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Custos industriais “É importante destacar que o principal gargalo da competitividade do setor de proteína animal está nos altos custos industriais, sobretudo os relacionados à mão de obra, embalagem e investimento. Para seguir a tendência mundial, as cadeias avícola e suinícola têm acelerado projetos de automação industrial em suas unidades, principalmente para aumentar a produtividade do trabalho. Para essa finalidade, o custo dos investimentos precisa ser reduzido por meio de facilitação de acesso ao crédito para investimento, incluindo importações, juros mais baixos e desoneração na compra de insumos.” Francisco Turra, presidente-executivoda ABPA

Acordos comerciais “Precisamos de acordos comerciais que garantam quotas e tarifas preferenciais à nossa carne. Aqui estamos amarrados ao Mercosul, que tem se demonstrado bastante ineficiente na conclusão de acordos relevantes para o Brasil. [também] Precisamos trabalhar a imagem do nosso produto, atrelando a marca Brasil a um mindset de carne de qualidade.” Fernando Sampaio, diretor-executivo da Abiec

Junho 2013


Junho 2013

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Infográfico Mariana Diello

A burocracia da exportação

Em meio ao momento promissor da indústria cárnea brasileira, detalhamos os passos para que uma empresa consiga exportar

1. Regulamentação do exportador

O primeiro passo para todas as empresas que desejam exportar é conseguir habilitação (ou senha) no Radar para utilizar o Siscomex. Depois é preciso comparecer a uma unidade da Receita Federal para obter a habilitação. Para exportar produto de origem animal, todos os estabelecimentos devem solicitar ao SIF os requisitos sanitários exigidos pelo mercado pretendido. Após parecer favorável, todos os documentos deverão ser encaminhados para a Superintendência Federal de Agricultura (SFA) do Estado onde se encontra o estabelecimento.

As etapas são: • Obter senha no Radar; • Conseguir habilitação na Receita Federal; • Descobrir requisitos sanitários e conquistar parecer do SIF; • Encaminhar documentos à SFA estadual.

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2. Negociando

Para vender produtos ao exterior, participe de feiras, associe-se a empresas do mesmo segmento, tenha um site em inglês e espanhol. O exportador deve ter uma tabela de preços para os produtos. No momento da negociação se define quem paga frete e seguro, entre outros, tópicos que podem fazer o preço variar.

Os pontos de negociação são: • Porto ou aeroporto de destino; • Incoterm, que define as responsabilidades (frete, seguro, etc) de cada uma das partes. Ajustar o preço, se necessário; • Condição de pagamento. É importante negociar a forma, através de carta de crédito ou pagamento antecipado, especialmente nos primeiros embarques, quando o relacionamento ainda é recente; • Uma fatura proforma, contendo todas essas informações, deve ser enviada ao comprador. Uma Purchase Order (PO) também deve ser recebida como confirmação de pedido.

3. Documentação para embarque

Para o embarque dos produtos, a documentação pode variar de acordo com o item exportado. A fatura proforma deve ser enviada eletronicamente ao importador, com cópia do conhecimento ou manifesto de carga, para que ele rastreie o embarque e providencie o desembaraço aduaneiro em seu país.

Arte: Adriano Cantero

Os documentos necessários são: • Requerimento para Fiscalização de Produtos Agropecuários (Formulário V); • Certificado Sanitário Nacional (original emitido pelo SIF), para respaldar a emissão do Certificado Sanitário Internacional pelo SVA/UVAGRO; • Registro de Exportação (Extrato do RE); • Nota Fiscal; • Cópia do Conhecimento ou Manifesto de carga (após o embarque); • Autorização do Ibama, quando se tratar de produto de espécie controlada.

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Vitrine

Comida comportamental

Conceito lançado pela Food Design promete agitar mercado ao unir base comportamental e segurança alimentar gestão da segurança alimentar na indústria da carne, detalha o desenvolvimento desse mercado e comenta, com bom-humor, sobre os passos que levaram ao surgimento da empresa. “Desde que me formei (me permito não revelar quantos anos), a ciência evoluiu e os microrganismos também. Os desafios são crescentes: a vaca “ficou louca”, e mais louca fiquei eu ao aprender que isso era provocado por uma proteína - um príon.”

Ellen Lopes e Frank Yiannas, autor do livro Cultura de Segurança de Alimentos, lançado no Brasil pela Food Design

U

m novo e revolucionário conceito promete movimentar o mercado alimentício brasileiro nos próximos meses. Trata-se da Cultura da Segurança de Alimentos, um programa lançado pela Food Design durante a MercoAgro, em setembro, em Chapecó. A metodologia utiliza forte base comportamental e pode atingir resultados de perenização que a tradicional abordagem tecnicista geralmente não consegue, segundo detalha Ellen Lopes, diretora-executiva da empresa. “Para desenvolver a metodologia, inédita no Brasil, estabelecemos a Food Design & AFAM Alliance com a empresa parceira AFAM. Esta metodologia já é uma realidade e está sendo aplicada em grandes empresas, que querem ir além das usuais certificações”, assegura Lopes. Em entrevista exclusiva à Revista Nacional da Carne, a diretora da Food Design faz ainda um balanço sobre a 54

O que a empresa oferece para a indústria da carne? A Food Design, com 21 anos de Brasil, fornece para a indústria da carne todo o apoio necessário para sistemas de gestão da qualidade e da segurança de alimentos e para SGI - Sistemas de Gestão Integrados, como já vem fazendo para toda a cadeia de alimentos. Este apoio pode ser através de treinamentos, abertos ou customizados in company, de consultorias, auditorias, qualificação de fornecedores e formação de multiplicadores de BPF/ GMP e APPCC/HACCP, o que inclui coaching e noções de andragogia. Nossa equipe é multidisciplinar e conta com veterinários, engenheiros de alimentos, químicos, bioquímicos, biólogos, cientistas de alimentos, psicólogos especializados em gestão do comportamento, dentre outros profissionais. Na área de gestão da segurança de alimentos, além dos tradicionais serviços especializados com base nas normas reconhecidas pelo GFSI, como IFS, BRC e FSSC 22000, oferecemos apoio para a criação de uma Cultura de Segurança de Alimentos. Na área de SGI podemos abranger: ISO 9000, ISO 14000, OHSAS 18000, normas para produção primária como GlobalGAP, normas para feed, como FAMI QS e GMP +, e normas para embalagens de alimentos, como IFS PacSecure, BRC IoP e FSSC 22000. Quais os diferenciais dos produtos e serviços da empresa? A Food Design se diferencia principalmente pelos 21 anos de existência no Brasil, pelo alto grau de satisfação geral manifestada por nossos clientes e por estar sempre à frente das tendências de mercado. Em 2013 atendemos www.nacionaldacarne.com.br


68 clientes corporativos, com resultado em pesquisa de satisfação de 100% entre excelente e bom para auditorias e consultorias e de 98,8% para treinamentos abertos e in company. Outros diferenciais são: padrão internacional de serviços, treinamentos HACCP certificados pela International HACCP Alliance, treinamentos oficiais para normas IFS, auditorias GMA-SAFE em parceria com a SAI-Global, elevada especialização na cadeia de alimentos, trabalho altamente customizado, atualização técnico-científica constante, participação nos mais importantes fóruns especializados – tanto nacionais como internacionais –, busca contínua da excelência e muita paixão da equipe pelo que faz.

“Vejo uma clara evolução da indústria da carne para uma melhor gestão da segurança de alimentos” A empresa apresentará novidades nos próximos meses? A maior novidade dos próximos meses é a consolidação do conceito de Cultura da Segurança de Alimentos, lançado durante a MercoAgro. É um programa de forte base comportamental, capaz de atingir resultados de perenização dos comportamentos de segurança de alimentos necessários, o que a tradicional abordagem tecnicista via de regra não consegue. Para desenvolver a metodologia, inédita no Brasil, estabelecemos a Food Design & AFAM Alliance com a empresa parceira AFAM. Esta metodologia já é uma realidade e está sendo aplicada em grandes empresas, que querem ir além das usuais certificações. No futuro próximo, em 13 de novembro, realizaremos em São Paulo o nosso tradicional Seminário e entregaremos o Prêmio Food Design, já na sua 13ª edição – o internacional existe desde 2011. O regulamento está disponível no nosso site: www.fooddesign.com.br. O tema do seminário será a Proteção de Alimentos: Cultura da Segurança de Alimentos, Prevenção de Fraudes e Food Defense. Traremos dos Estados Unidos o grande especialista Bruce Becker para um curso sobre Fraude em Alimentos. Bruce aproveitará para lançar aqui o seu livro Food Fraud, a ser comercializado em breve pela Food Design. Para o futuro, a Food Design pretende consolidar as parcerias de rastreabilidade com a Safe Trace, com a IFS, como Centro de Treinamento IFS no Brasil, para treinawww.nacionaldacarne.com.br

Equipe da Food Design durante o 12º Seminário Internacional HACCP Food Design

mentos on line, e com a Target, além de alinhavar uma parceria para um curso de especialização em qualidade e segurança de embalagens. Outra iniciativa, alinhada com a filosofia da empresa, é o apoio que daremos à fundação de uma ONG para Responsabilidade Social na cadeia de alimentos.

“Apesar da melhora, percebe-se que muitos líderes de empresas brincam com a sorte” Qual a sua opinião sobre o mercado e a indústria cárnea atuais? Desde que me formei (me permito não revelar quantos anos), a ciência evoluiu e os microrganismos também. Os desafios são crescentes: a vaca “ficou louca”, e mais louca fiquei eu ao aprender que isso era provocado por uma proteína - um príon. Não havia E. coli O157H7 e Listeria era apenas emergente – de lá para cá sabemos que Listeria é ubiquitária. Uma série de surtos de DVAs varreu o mundo. Empresas faliram. Muita gente pereceu - e ainda perece ou adoece por falta de segurança de alimentos. Desde a fundação da Food Design, em 1993, vejo uma clara evolução da indústria da carne para uma melhor gestão da segurança de alimentos, além da preocupação crescente com a qualidade e o bem-estar animal. O primeiro frigorífico que auditei, há cerca de 23 anos, nem sequer sabia o que era APPCC/HACCP, e insensibilizava os bois com marreta. Com isso tudo, o mercado tem se tornado mais exigente. Mas, apesar da melhora, 55


Vitrine

percebe-se que muitos líderes de empresas brincam com a sorte e encaram gestão da segurança de alimentos como gasto, e não como investimento. Investem pouco em treinamentos, na formação comportamental dos gestores e não valorizam sua equipes multidisciplinares de segurança de alimentos. O que ainda falta é perceber que segurança de alimentos, mais do que respeito ao consumidor, é a única dimensão da qualidade que pode levar a empresa à falência, bem como levar seus responsáveis e corresponsáveis a responderem criminalmente se houver contaminação e a severidade for alta, o que pode até causar a morte do consumidor. Quando e como a empresa foi criada e por quem? Como ela evoluiu para o que é hoje? Eu trabalhara por 10 anos na Nestlé, quando muito de meu tempo era dedicado para auxiliar fornecedores a atingirem padrões de qualidade e segurança de alimentos. Aí nasceu a paixão que me levou a fundar a Food Design, que no início se dedicava à qualidade e ao desenvolvimento de produtos alimentícios. Devido à demanda, hoje nos dedicamos somente a sistemas da

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qualidade e, mais recentemente, à publicação de livros de assuntos com este enfoque. Com o enxugamento crescente das equipes da área de qualidade, cada vez mais as empresas clientes passaram a delegar ao próprio fornecedor o trabalho de desenvolver seus sistemas de garantia da qualidade e da segurança de alimentos. Paralelamente os sistemas de certificações acreditadas ganhou força, levando nossa equipe a crescer e a se especializar cada vez mais. Pouco a pouco foi havendo a necessidade de termos visão mais holística sobre a qualidade e de abranger outros elos da cadeia de alimentos, o que nos fez ampliar nossos serviços para as áreas feed, foodservice e embalagens de alimentos. Para nos diferenciarmos, fomos nos especializando cada vez mais e criando um robusto sistema de gestão da qualidade de nossos serviços, o que faz com que tenhamos elevados resultados de satisfação por parte de nossos clientes, bem como sejamos frequentemente solicitados a colaborar com universidades, cursos de pós-graduação, instituições de pesquisas e organizações proprietárias de normas de gestão da segurança de alimentos.



Artigo Sassami

Avaliação microbiológica de sassami congelado comercializado em Franca

Conrado Zeme Gonçalves Nogueira1; Thailon Noleto Rabelo2; Juliana de Andrade Cintra3; Raimundo Nonato Rabelo4 1 Graduando do curso de Medicina Veterinária da Universidade de Franca-UNIFRAN. 2 Graduando do curso de Biologia Bacharelado da Universidade de Franca-UNIFRAN. 3 Biomédica-Profª. MSc. da Universidade de Franca-UNIFRAN 4 Médico Veterinário-Prof. Dr. da Universidade de Franca-UNIFRAN e Pós-Doutorando em Promoção de Saúde da Universidade de Franca-UNIFRAN

O

Introdução

s seres humanos, desde o prelúdio, aprenderam a acrescentar carne em suas refeições. Estudos indicam que o desenvolvimento muscular e intelectual do homem se desenvolveu através do consumo de produtos de origem animal (1). No curso dos milênios o homem aprendeu, como caçador e coletor, a diferenciar na natureza os recursos que poderiam ser destinados à alimentação. Como agricultor e fabricante, aprendeu também sobre a possibilidade da conservação dos alimentos, garantindo o abastecimento em todas as estações do ano. Os humanos aprenderam ainda sobre as consequências das Enfermidades Transmitidas por Alimentos (ETAs) e desenvolveram formas de controle e prevenção da contaminação alimentar por micro-organismo (1). O consumo de frango, por ser carne branca, vem aumentando cada vez mais. Ela fornece nutrientes necessários em dietas equilibradas, como proteínas, lipídios, vitaminas e minerais que variam de acordo com a 58

Resumo: O estudo microbiológico foi desenvolvido com 30 amostras de sassami congelado provenientes de dez supermercados da cidade de Franca, São Paulo, sendo três de cada local. Elas foram examinadas para detecção de coliformes totais, coliformes termotolerantes e micro-organismos aeróbios mesófilos. A variação dos resultados obtidos foi de <3,0 a 23 g/mL para coliformes totais e termotolerantes e de ausente a 5,0x102 UFC/g para micro-organismos aeróbios mesófilos. Denota-se uma pequena variação de valores, empregada com o alimento estudado desde a comercialização do produto congelado até o consumo. Os resultados mostraram que a exposição de sassami congelado está em condições sanitárias satisfatórias, já que a maioria das amostras não apresentaram variações elevadas, tendo índices baixos de micro-organismos contaminantes.

linhagem, a idade e as condições higiênicas do animal (2). A carne se constitui um excelente meio para o desenvolvimento microbiológico, sendo considerada como a mais perecível entre os diversos grupos alimentares. A principal propriedade que explica a rápida multiplicação dos micro-organismos é a sua composição: elevado teor de água, assim como de diferentes metabólitos como aminoácidos, peptídeos, nucleotídeos e açucares (3). Tendo em vista a propensão de produtos de origem animal ser meio de transmissão de doenças alimentares, a preocupação dos consumidores vem aumentando cada vez mais (4). Os coliformes, em geral, são considerados micro-organismos indicadores. Quando presentes em um alimento, fornecem informações sobre a ocorrência de contaminação de origem fecal, a provável presença de patógenos e a deterioração do alimento. Podem indicar, ainda, condições sanitárias inadequadas durante o processamento, a produção ou o armazenamento (5). A definição de coliformes fecais é a mesma de coliforwww.nacionaldacarne.com.br


mes totais, restringindo-se aos micro-organismos com capacidade de fermentar a lactose, com produção de gás, em 24h a 44,5-45,5ºC. Essa definição objetivou, inicialmente, na seleção dos coliformes originários do trato gastrintestinal. Atualmente sabe-se, entretanto, que o grupo dos coliformes fecais inclui pelo menos três gêneros, Escherichia, Enterobacter e Klebsiella, além de cepas de origem não fecal. Por esse motivo sua presença em alimentos é menos representativa, como indicação de contaminação fecal, do que a enumeração direta de Escherichia coli. É, porém, muito mais significativa do que a presença de coliformes totais, dada a alta incidência de Escherichia coli dentro do grupo fecal(6).

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Artigo Sassami

O objetivo do trabalho, portanto, foi avaliar microbiologicamente a qualidade do sassami congelado comercializado em supermercados da cidade de Franca.

Material e Método 2.1 Colheita das amostras

As amostras da carne de frango foram coletadas em dez supermercados de Franca, durante dois meses, entre abril e maio, com a obtenção de 500g de sassami congelado. Elas foram conservadas em caixa isotérmica, contendo gelo, e transportadas para as análises no Laboratório de Alimentos da Universidade de Franca.

2.2 Metodologia

2.2.1 Método do Ágar Padrão para Contagem (PCA)

O método clássico de contagem total de aeróbios mesófilos em alimentos é a contagem padrão em placas (plaqueamento em profundidade, superfície ou filtração em membrana). O meio de cultivo usualmente recomendável é o Ágar Padrão para Contagem (PCA), incubado a 35+/-1°C/ 48+/-2h.

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Foram realizadas três diluições sucessivas e inoculado um ml de cada uma em placas de Petri estéreis. Verteu-se de 15 a 20 ml de Ágar Padrão para Contagem (PCA), previamente fundido e resfriado a 44-46°C. Após a solidificação, inverteu-se e incubou-se em temperatura de 35+/-1°C/ 48+/-2h. Foram, então, selecionadas placas com 25 a 250 colônias, calculadas com auxílio de uma lupa e um contador. Computou-se, por fim, o número de unidades formadoras de colônias (UFC) por grama de amostra, multiplicando o número de colônias pelo inverso da diluição inoculada.

2.2 Método do Número Mais Provável (NMP)

O método clássico de contagem de coliformes totais, termotolerantes e E. coli em água e alimentos é o do Número Mais Provável (NMP), que inclui as seguintes etapas: 1º) Teste Presuntivo: três alíquotas de três diluições da amostra são inoculadas em três tubos de Caldo Lauril Sulfato Triptose (LST) por diluição. No LST observa-se a multiplicação dos micro-organismos com produção de gás a partir da lactose. Após 24-48h de incubação a

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35°C, é considerada suspeita (presuntiva) a presença de coliformes. 2°) Para confirmar os coliformes totais e termotolerantes, uma alçada de platina dos tubos suspeitos foi transferida para tubos de Caldo Verde Brilhante Bile Lactosado a 2% (VB) e Caldo E. coli (EC), meios seletivos com lactose. A multiplicação dos micro-organismos com produção de gás nos tubos de VB, após 24-48h de incubação a 35°C, foi considerada confirmativa da presença de coliformes totais. E a multiplicação bacteriana com produção de gás nos tubos de EC, após 24h de incubação a 45,5°C, foi considerada confirmativa da presença de coliformes termotolerantes.

Resultados e discussão

A Tabela 1, a seguir, mostra os resultados da primeira semana, a Tabela 2 da segunda e a Tabela 3 da terceira. Na Tabela 1 verificou-se, para a contagem de micro-organismos aeróbios mesófilos, a ausência nas amostras A, C, F, H, I, J, com variações de 2x10² UFC/g na amostra G, de 4,0x10² UFC/g nas amostras D e E e de 5,0x10² UFC/g

Tabela 1. Resultados das análises microbiológicas de sassami congelado comercializado em supermercados de Franca, correspondente à primeira semana de colheita AMOSTRAS

PCA - UFC/g

VB - NMP/25g

EC - NMP/25g

A

Ausentes

<3,0

<3,0

B

5,0x102

<3,0

<3,0

C

Ausentes

<3,0

<3,0

D

4,0x102

<3,0

<3,0

E

4,0x10

3,6

<3,0

F

Ausentes

<3,0

<3,0

G

2,0x10

3,6

<3,0

H

Ausentes

<3,0

<3,0

I

Ausentes

<3,0

<3,0

J

Ausentes

<3,0

<3,0

2

2

PCA-Ágar Padrão para Contagem - VB-Caldo Verde Brilhante - EC-Caldo Escherichia coli


Artigo Sassami

na amostra B. Para a contagem de coliformes totais, os resultados foram <0,3 para as amostras A, B, C, D, F, H, I, J e de 3,6 para as amostras E, G. Para a contagem de coliformes termotolerantes os resultados foram <3,0 para todas as amostras.

Tabela 2. Resultados das análises microbiológicas de sassami congelado comercializado em supermercados de Franca, correspondente à segunda semana de colheita

amostras A, B, D, E, F, G, H, I, 3,6 para a amostra C e 23 para a amostra J. Para a contagem de coliformes termotolerantes, os resultados foram ausente para as amostras A, B, D, E, F, G, H, I, 3,6 para a amostra C e 23 para a amostra J. E na Tabela 3 observou-se, por fim, para a contagem de micro-organismos aeróbios mesófilos, ausência nas amostras A, B, D, E, F, G, H, I, com variações de 2,5x10² UFC/g na amostra J e 4,0x10² UFC/g na amostra C. Para a contagem de coliformes totais, os resultados foram <0,3 para as amostras A, B, D, E, F, G, H, I, 3,6 para a amostra C e de 23 para a amostra J. Para a contagem de coliformes termotolerantes, os resultados foram ausente para as amostras A, B, D, E, F, G, H, I, 3,6 para a amostra C e 23 para a amostra J.

AMOSTRAS

PCA - UFC/g

VB - NMP/25g

EC - NMP/25g

A

Ausentes

<3,0

<3,0

B

Ausentes

<3,0

<3,0

C

4,0x10²

3,6

3,6

D

Ausentes

<3,0

<3,0

E

Ausentes

<3,0

<3,0

AMOSTRAS

PCA - UFC/g

VB - NMP/25g

EC - NMP/25g

F

Ausentes

<3,0

<3,0

A

Ausentes

<3,0

<3,0

G

Ausentes

<3.0

<3,0

B

Ausentes

<3,0

<3,0

H

Ausentes

<3,0

<3,0

C

4,0x10²

3,6

3,6

D

Ausentes

<3,0

<3,0

I

Ausentes

<3,0

<3,0

E

Ausentes

<3,0

<3,0

J

2,5x102

23

23

F

Ausentes

<3,0

<3,0

G

Ausentes

<3.0

<3,0

H

Ausentes

<3,0

<3,0

I

Ausentes

<3,0

<3,0

J

2,5x102

23

23

PCA-Ágar Padrão para Contagem - VB-Caldo Verde Brilhante - EC-Caldo Escherichia coli

Na Tabela 2 observou-se, para a contagem de micro-organismos aeróbios mesófilos, ausência nas amostras A, B, D, E, F, G, H, I, com variações de 2,5x10² UFC/g na amostra J e 4,0x10² UFC/g na amostra C. Para a contagem de coliformes totais, os resultados foram <0,3 para as

62

Tabela 3. Resultados das análises microbiológicas de sassami congelado comercializado em supermercados de Franca, correspondente à terceira semana de colheita

PCA-Ágar Padrão para Contagem - VB-Caldo Verde Brilhante - EC-Caldo Escherichia coli

Setembro 2014


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Artigo Sassami

Silveira et al. (10) observou em cinco coletas que a adição do complexo enzimático melhorou, na contagem de coliformes fecais, a qualidade da carne mecanicamente separada. O resultado foi de 8,8 UFC/g, maior que o obtido no presente trabalho, com valor de 5,0 UFC/g. Maroso (12) analisou em dois grupos as contagens mínimas, médias e máximas de coliformes termotolerantes em carcaças de frango, durante o declínio da temperatura até 4ºC, e obteve como resultados máximos 3,8 (log 10 UFC/g) para o grupo 1 e 3,54 (log 10 UFC/g) para o grupo 2. O parâmetro está dentro dos padrões aceitáveis, discordando dos resultados obtidos no presente trabalho, com valores máximos de 20 UFC/g. As amostras de sassami congelado analisadas indicam a necessidade de melhorar a qualidade higiênica na indústria de alimentos, seja no manuseio ou no armazenamento, e mesmo nos testes microbiológicos, mostrando resultados dentro dos padrões higiênicos satisfatórios para o consumo humano. Referências Carrera LV. Avaliação microbiológica de linguiça frescal comercializada na cidade de Franca – SP. Franca: Universidade de Franca – UNIFRAN; 2010. 15p. (1)

Os resultados gerais do trabalho foram distribuídos para a contagem de micro-organismos aeróbios mesófilos como ausente nas amostras A1, A2, A3, B2, B3, C1, D2, D3, E2, E3, F1, F2, F3, G2, G3, H1, H2, H3, I1, I2, I3, com variações de 2x10² UFC/g na amostra G1, 2,5x10²UFC/g nas amostras J2e J3, 4x10² UFC/g nas amostras D1, E1, C2, C3 e 5x10² UFC/g na amostra B1. Para coliformes totais foram distribuídos como <3 NNP/25g para as amostras A1, A2, A3, B1, B2, B3, C1, D1, D2, D3, E2, E3, F1, F2, F3, G2, G3, H1, H2, H3, I1, I2, I3, J1, com variações de 3,6 NNP/25g para as amostras C2, C3, E1, G1 e 23 NNP/25g para as amostras J2 e J3. Para coliformes termotolerantes foram distribuídos como <3 NNP/25g para as amostras A1, A2, A3, B1, B2, B3, C1, D1, D2, D3, E1, E2, E3, F1, F2, F3, G1, G2, G3, H1, H2, H3, I1, I2, I3, com variações de 3,6 NNP/25g para as amostras C2 e C3 e 23 NNP/25g para as amostras J2 e J3. Ritter e Bergmann (11) observaram em três coletas os seguintes resultados como média: 6,49x106 UFC/g, 6,73x106 UFC/g e 7,07x106 UFC/g para o primeiro, o segundo e o terceiro período respectivamente, divergindo do encontrado no presente trabalho, que teve como maior valor 5x10² UFC/g na amostra B1, possivelmente pelo produto pesquisado ser congelado.

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(2) Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal- RIISPOA. Brasilia-DF, 2008. [home page na internet]. Animal [acesso em 14 de fev 2012]. Disponível em: http://www.gipescado.com.br/arquivos/rispoa.pdf

Campagnol PCB, Padilha ADG, Santos BA, Fries LLM, Terra NN. Qualidade Higiênico-sanitária da carne bovina moída comercializada na cidade de Santa Maria, RS. Higiene Alimentar. Mar/abr 2009; 23 (170– 171): 170-171

(3)

(4) Nascimento VP, Silva AB, Salle CTP, Ribeiro AR, Schuch DMT, Santos LR, et al. Qualidade microbiológica dos produtos avícolas. Simpósio Goiânia de avicultura, 1996, Goiânia. Anais... Goiânia. 1996; 2 (1): 13-17 (5) Franco RM, Almeida LEF. Avaliação microbiológica de queijo ralado, tipo parmesão, comercializado em Niterói-RJ. Revista Higiene alimentar. São Paulo. 1992; 6 (21): 33-6.

Drubi AJ. Estudo microbiológico de matérias-primas processadas de origem animal utilizadas na fabricação de alimentos na região de Ribeirão Preto-SP. Jaboticabal: Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho”: Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias; 2005. 33p.

(6)

(7) Venturine KS, Sarcinelli MF, Silva LC. Características da Carne de Frango. Universidade Federal do Espírito Santo – UFES. 2007. Disponível em <http://www. agais.com/telomc/b01307_caracteristicas_carnefrango.pdf> Acesso em: 06 de junho. (8) Silva, N. Junqueira VCA. Silveira NFA. Taniwaki MH. Santos RFS. Gomes RAR Manual de Métodos de Análise Microbiológica de Alimentos e Água. 3ª ed. São Paulo: Ed. Varela; 2007. (9) Jay MJ. Microbiologia de alimentos. 6ª ed. Rio Grande do Sul: ed. Artmed; 2009.

Silveira SM da, Milani IS, Menezes CR, Terra NN, Fries LLM. Métodos biológicos para a conservação da carne mecanicamente separada de frango. São Paulo: Intituto de tecnologia de alimentos. 2003. 30p.

(10)

(11) Ritter R, Bergmann GP. Período de vida de prateleira de frangos resfriados e refrigerados. Higiene alimentar; 17(107):95-102, abr. 2003. (12) Maroso MTD. Efeito da redução de temperatura de carcaças de frango na multiplicação de microrganismos. Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS. Porto Alegre. 2008. 69p.

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Sealed Air/ Cryovac.................................................................. 4a capa

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Food Design ......................................................................................... 37

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Forbo Siegling...................................................................................... 37

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Fluxo Industrial...................................................................................38

Sinox...................................................................................................... 40

Frigostrella............................................................................................ 61

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Tecnofrio................................................................................................41

Grote...................................................................................................... 49

Tecnocarne........................................................................66 e 3a capa

Grupo Feital......................................................................................... 19

Tinta Mágica ...................................................................................... 60

Handtmann..........................................................................................45

Ulma........................................................................................................21

Incomaf.................................................................................................... 3

Vemag.....................................................................................................51

Incomaf..................................................................................................63

Volta........................................................................................................56

Inoxserv.................................................................................................38

Zeus..........................................................................................................17

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