Ano XIX - nº 228 Abril 2014 R$ 12,50 www.btsinforma.com.br
Sinalização | Impressão Digital
Especial Descubra o que é e como funciona a decoração itinerante
Comunicação Visual
Entrevista Marco Rossi apresenta o Garagem Fab Lab
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umรกrio
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umário
08 Cambea: Campeões das Ano XIX - nº 228 Abril 2014 R$ 12,50 www.btsinforma.com.br
Sinalização | Impressão Digital
Comunicação Visual
edições anteriores convidam você para o evento de 2014
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10 Entrevista:
Marco Rossi, um dos sócios idealizadores do Garagem Fab Lab
20 Especial:
Conheça a decoração itinerante e as alternativas oferecidas por ela
30 Capa: O papel da sinalização
ambiental dentro da comunicação visual e na sociedade contemporânea
48 Publicidade Exterior: Especial Descubra o que é e como funciona a decoração itinerante
Entrevista Marco Rossi apresenta o Garagem Fab Lab
Design de Capa: Emerson Freire
A reflexão proporcionada pela publicidade urbana na Argentina
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Colaboradores Eduardo Yamashita consultor técnico para o mercado de comunicação visual
Fabio Kenji Tanaka consultor técnico da empresa Cor Amarelo Gerenciamento de Cor Digital
João Orlando Vian Consultor Executivo do Instituto Nacional para
Veja +
o Desenvolvimento do Acrílico
04......................................................................................................... Editorial 06........................................................................................................Mercado 44............................................................................................................. Indac Sérgio Rizo Geógrafo, professor universitário e sócio da empresa RS Projetos
52.................................................................................................................Vinil 56....................................................... Colorimetria e Gerenciamento de Cores 58................................................................................... Índice de anunciantes
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ditorial
A busca por novos caminhos
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izem que um dos grandes mistérios da vida é a procura por aquilo que dá sentido a ela. Dentro dessa perspectiva, achar o nosso caminho é o primeiro passo para que possamos, finalmente, encontrar por aquilo que nos dá sentido, seja ele um bem material, sentimental ou ambos. Nesse caso, independente da área da nossa vida, tal teoria pode ser aplicada. Afinal, que sucesso você vislumbraria para sua empresa se não se sabe o porque ela foi criada, bem como o rumo que ela deve tomar? A fim de mostrar que sempre existem novos caminhos a serem escolhidos, nesta edição da Revista Sign, as reportagens mostram que para achar por aquilo que se procura, basta ficar atento aos sinais. A matéria de Capa deste mês, por exemplo, aborda a sinalização de ambientes externos e internos. Neste texto, destrinchamos as particularidades da sinalização ambiental, suas principais aplicações e dicas de como realizá-la de uma maneira qualitativa. Além disso, a reportagem demonstra qual é a real função da sinalização ao demonstrar sua importância no dia-a-dia das pessoas. Ela não só nos auxilia a achar nosso destino, mas também nos cede o privilégio de escolha a partir da carga de informações que a própria sinalização nos fornece. Ao tratar de novas alternativas para o seu negócio, o Especial desta edição continua a falar sobre a decoração. Neste mês, abordamos a decoração itinerante que, apesar do nome, é mais comum do que se imagina. O texto em questão explica detalhadamente sobre o que trata essa decoração e também cita diversos exemplos de aplicações a fim de demonstrar que existem novos caminhos a serem explorados utilizando a impressão digital. Por fim, a Entrevista traz o espaço Garagem Fab Lab, excelente exemplo de que é possível inovar dando oportunidade para que uma ideia seja concretizada. O entrevistado Marco Rossi, um dos sócios idealizadores do espaço, apresenta o que é o Garagem Fab Lab, explica como o laboratório funciona e de que forma a filosofia do “faça você mesmo” pode auxiliar o nosso mercado. Ainda nesta edição, temos a coluna do Cambea onde os campeões das últimas edições convidam o leitor a prestigiar o evento deste ano. A seção de Mercado e as tradicionais colunas de Colorimetria e Gerenciamento de Cores, Vinil, Indac e Publicidade Exterior completam a Sign de abril. Com diversas possibilidades de escolhas que temos no decorrer de nossas vidas, precisamos ficar muito atentos a todos os indícios para identificarmos qual é o melhor caminho a seguir. Assim como diz a música “Flying Without Wings”, do grupo irlandês Westlife, “todos procuram por aquilo, uma coisa que completa tudo. Você a acha nos lugares mais estranhos e nos lugares que você nunca pensou que estariam”. Portanto, na vida, busque sempre novos caminhos e fique atento aos sinais que levam a eles, pois exatamente lá, pode conter aquilo que você procura. Boa leitura! Equipe Revista Sign
Ano XIX - nº 228 Abril 2014
Diretor Geral para América Latina do Informa Group Marco A. Basso
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Redação Itamar Cardin itamar@agenciavenga.com.br Mariana Naviskas mariana.naviskas@agenciavenga.com.br Arte Emerson Freire emerson@agenciavenga.com.br
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Conselho Técnico Andrea Ponce Fabio Kisner Fabio Tanaka Periodicidade Mensal Impressão Gráfica Elyon
Assinatura anual – R$ 136,00 Saiba mais sobre assinaturas, edições anteriores, catálogos, anuários e especiais através de nossa Loja Virtual. Acesse: www.lojabtsinforma.com.br Para mais informações, entre em contato pelos telefones: Central de Atendimento ao Assinante SP (11) 3512-9455 / MG (31) 4062-7950 / PR (41) 4063-9467 Assinante tem atendimento on-line pelo Fale Conosco: www.lojabtsinforma.com.br/faleconosco
REDAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Bela Cintra, 967 - 11º andar - Cj. 111 Consolação - 01415-000 - São Paulo/SP - Brasil Tel.: (55 11) 3598-7800 - Fax: (55 11) 3598-7801 Conheça o nosso portfólio no site: www.btsinforma.com.br IMPRESSÃO A BTS INFORMA, consciente das questões ambientais e sociais, utiliza papéis com certificação FSC® (Forest Stewardship Council) na impressão deste material. A certificação FSC® garante que uma matéria-prima florestal provém de um manejo considerado social, ambiental e economicamente adequado. Impresso na Gráfica Elyon certificada na cadeia de custódia - FSC®. A revista não se responsabiliza por informações ou conceitos contidos em artigos assinados por terceiros.
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ercado
Crescimento do grande formato
Divulgação Banco do Brasil
O Banco do Brasil apostou em grandes painéis em lona frontlight. Foram 850m² de imagens para anunciar dois dos produtos do banco no Aeroporto Internacional de Brasília.
Filme de laminação texturizado A Apike desenvolveu um filme de laminação texturizado que permite sua sobreposição a qualquer substrato impresso, deixando o acabamento com efeitos de couro, canvas, bambu ou madeira. O produto tem durabilidade de quatro anos.
Compatibilidade, durabilidade de impressos e arquivos em nuvem são preocupações da Canon A filial europeia da Canon, fabricante de impressoras digitais, anunciou o lançamento da iPF6400SE (61 cm de largura de impressão) e da iPF8400SE (112 cm). Os modelos fazem parte da linha imagePROGRAF. Os equipamentos empregam as tintas Lucia-EX, compostas por pigmentos que aumentam a durabilidade dos impressos e têm compatibilidade com uma vasta gama de substratos. As máquinas incluem softwares como o PosterArtist Lite - para a criação de pôster em apenas quatro passos - e o Direct Print & Share - simplifica o processos de impressão e oferece compartilhamento de arquivos em nuvem. De acordo com a Canon, as novas impressoras posicionam-se entre os modelos de cinco cores - para CAD - e os equipamentos de 12 cores - para impressos de alta qualidade e reprodução fotográfica - da série imagePROGRAF.
Lançamentos conjunto
Divulgação Canon
Divulgação Konica Minolta
A EFI e a Konica Minolta anunciaram o lançamento de novos front-ends digitais: o EFI Fiery IC-308 e IOC-415. Ambos foram projetados para o controle das impressoras digitais bizhub PRESS da Konica Minolta.
Colorific amplia portfólio no exterior A Colorific, fornecedora de equipamentos para comunicação visual, anunciou o lançamento no mercado internacional da UV640PC, impressora digital com recorte integrado. A máquiPodna tem 1,6 m de largura, combina benefícios das tecnologias UV e solvente e trabalha com resoluções de até 1440 dpi (em modo de alta qualidade). Já os modos de produção permitem a impressora atingir velocidade máxima de 21 m²/h.
Divulgação Roland
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Avery lança 16 novas opções de vinis calandrados para aplicação indoor e outdoor A Avery Dennison, fabricante de películas adesivas, apresentou 16 novas opções de vinis coloridos da linha 700 High Performance Calendered, composta por filmes com acabamento fosco, semibrilhante, brilhante e muito brilhante. Os lançamentos fazem parte da nova campanha da empresa, a “Everywhere You Look”, que visa mostrar como os vinis calandrados da Avery podem ser aplicados em diversas instalações indoor e outdoor. De acordo com a empresa, os filmes da linha 700 High Performance Calendered apresentam liner StaFlat, tecnologia Easy (ajuda a manter o vinil plano para recorte) e durabilidade de seis anos.
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ambea
O chamado dos
campeões!
Com poucos dias para o campeonato, vencedores das últimas edições do Cambea falam sobre o campeonato e convidam você para o evento de 2014!
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já chegamos ao mês de Abril. Parece que foi semana passada que soubemos que o Brasil sediaria a Copa do Mundo, bem que a Serigrafia SIGN FutureTEXTIL mudaria de data e local. Pois bem, aqui estamos nós a um mês da mais importante feira do setor e que será o local do #4 Cambea. Para aproveitar a proximidade do evento, convocamos alguns dos últimos campeões das edições anteriores para darem seu parecer sobre o Cambea e fazer um interessante convite para que você se inflame com o espírito do campeonato. Atenda ao chamado dos campeões e escreva seu nome na história de mais um Cambea!
O campeão: Dimas Brasil Schott, proprietário da DBS Envelopamento Curriculum: 3º colocado no #3 Cambea “O evento é especial desde sua primeira edição, que foi em 2011. Nesse ano, teremos diversas categorias de envelopamento, onde todos poderão participar. Se você é um entusiasta ou simplesmente admira a arte de envelopar, venha prestigiar o evento! Pegue a bandeira do teu Estado e participe torcendo pela equipe da tua região. Você verá aplicadores suando a camisa, mordendo o estilete, gastando a espátula em prol do que amam. Isso é envelopamento. Isso é a minha vida. Confiram!”
O campeão: Eduardo Chardosim, proprietário da Divulg Comunicação Visual Curriculum: 1º colocado no #1 Cambea “O leitor que é um profissional da área, pode participar de todas as categorias como o Cambea Pro. Já o Cambea Fast é para todos. Ele é democrático, divertido e com toda a estrutura fornecida pela organização do evento. Por fim, o Cambea World Record, por se tratar de seu primeiro ano de realização, será surpreendente. Por isso, convido todos a participar do Cambea, pois este é definitivamente o maior e melhor evento do ramo!”
O Campeão: João Júnior, proprietário da empresa Talento ao Cubo Curriculum: 1º colocado no #2 Cambea “Devido a sua estrutura profissional e transparente, o Cambea é o maior e melhor campeonato de adesivação do Brasil. Neste ano, o evento traz um grande atrativo que é o Cambea World Record, onde as equipes precisam envelopar um veículo no menor tempo possível. Fui vencedor na segunda edição do evento e isso trouxe para mim atributos que o dinheiro não paga. O Cambea agrega valores inestimáveis aos participantes. Você ficará maravilhado!”
O campeão: Leurander Rodrigues de Oliveira, sócio proprietário da Play Art Curriculum: 1º colocado no #3 Cambea “O Cambea é muito importante, pois nos permite estar atualizados nas novidades do mercado e abrir portas para novos negócios. Além disso, com tantas categorias que teremos em 2014 como, o leitor terá a oportunidade de se conectar com todas. Então, caro leitor da Revista Sign, não perca o evento desse ano, pois iremos mostrar para o Brasil e o mundo inteiro a capacidade que temos na profissão que tanto amamos. O ato de adesivar é uma arte. Participe e prestigie o campeonato!”
Confira também no campeonato de 2014! • Sorteio de brindes exclusivos • Arena Cambea com DJ • Mais de R$ 30 mil em prêmios
• Presença de Justin Pate, o maior nome do envelopamento mundial • Novas modalidades • Cambea Store
O #4 Cambea acontecerá de 06 a 09 de maio, durante a feira Serigrafia SIGN FutureTEXTIL. Não perca! Informações: www.cambea.com.br ou cambea@cambea.com.br
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ntrevista
Mariana Naviskas
Fábrica de
qualquer coisa
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m um espaço de 400 m², no centro de São Paulo, está localizado o Garagem Fab Lab, que pode ser considerado um local para se criar todo tipo de coisa. Focado no conceito de “do it yourself” (faça você mesmo), o Garagem busca estimular a cultura maker, já muito difundida nos Estados Unidos, que, basicamen-
te, utiliza impressão 3D, robótica, eletrônica, CNC, madeira e outros para criar projetos de inovação e prototipagem. Para entender melhor o que acontece dentro do Garagem Fab Lab, a Revista Sign foi até o local e fez uma entrevista exclusiva com Marco Rossi, um dos sócios idealizadores da empresa. Conheça mais sobre essa ideia inovadora.
Arquivo - RSG
Conheça o Garagem Fab Lab, espaço focado em fabricação digital que permite dar vazão à criatividade e montar, praticamente, tudo o que se imagina!
Marco Rossi, um dos sócios criadores do Garagem Fab Lab
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Arquivo - RSG
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Por meio de scanneamento e impressão 3D, é possível construir um boneco com as suas características
O
que é um
Fab Lab?
O conceito de Fab Lab nasceu no Massachusetts Institute of Technology, o MIT. Ele foi criado por Neil Gershenfeld, professor e diretor do Center of Bits and Atoms, o CBA, que é um laboratório interdisciplinar do instituto que realiza pesquisas em tecnologia e outras coisas. O professor Neil recebeu um fundo [em torno de 10 milhões de dólares] para criar um laboratório e fazer o que quisesse. Então, ele montou o primeiro Fab Lab, que é maior do que o nosso e possuia mais máquinas. Quando começou, ele esperava receber umas dez pessoas, apenas. No entanto, o laboratório lotou: foram mais de 200 presentes. A proposta dele era democratizar o acesso à fabricação digital. Sendo assim, ele começou a expandir isso, desenvolveu uma metodologia e também criou um kit de máquinas que ele considerava importante de se ter. Porém, o legal era sempre deixar a pessoa livre para fazer qualquer coisa que ela quisesse. Você pode criar muitas coisas. Às vezes, durante alguma palestra, a gente mostra vídeos do pessoal que vai lá para criar coisas que são possíveis de se fazer com a fabricação digital. Por exemplo, uma menina criou uma es-
pécie de almofada, que é um negócio para poder gritar no meio da rua quando ela precisasse. O Fab nasceu com esse conceito de democratização, de “do it yourself”, que nos Estados Unidos já é muito difundido. Lá, muitos possuem esse lado meio inventor.
E o Garagem Fab Lab? De onde surgiu a ideia para criá-lo? Bom, ele foi criado em julho de 2013, por mim e pelo meu sócio, Eduardo Lopes. Eu me formei como designer e trabalhei bastante tempo na área, em revistas e jornais, mas eu sempre gostei de tecnologia e de programar. Além disso, sempre tive desejo de fazer meus próprios projetos, porque eu gostava muito da parte artística. Já o Eduardo é arquiteto, formado pela UNESP e faz pós-gra-
duação na FAU. Ele também foi mais para o lado de design e gostava muito de tecnologia. Então, nós decidimos comprar um equipamento de impressão 3D para desmonta-lo e fazer nosso próprio projeto de máquina. E foi dessa forma que as coisas foram se desenvolvendo. Possuímos um forte interesse por tecnologia. Nós ainda estamos descobrindo qual é a cara do Fab Lab aqui no Brasil. Sentíamos falta de ter algo mais aberto para o pessoal. Todos os Fab Labs dependem muito da comunidade de makers, que é o pessoal que participa e desenvolve os projetos. Por isso, estamos fazendo muitas parcerias. No entanto, ainda não definimos qual é a cara do Garagem Fab Lab e, atualmente, estamos nesse processo de formar uma comunidade.
A filosofia do Fab Lab é resumida da seguinte forma: um laboratório no qual você pode criar praticamente qualquer coisa
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ntrevista
Cursos e serviços FAB FOR FUN O Fab For Fun existe para desenvolver competências e habilidades que promovem a reflexão crítica, autonomia, criatividade e a aprendizagem colaborativa em crianças O objetivo é levar até as crianças princípios básicos de programação, eletrônica e fabricação digital para que elas mesmas possam explorar as infinitas possibilidades destas ferramentas e aprendam brincando.
Qual a filosofia Fab Lab?
de um
A filosofia do Fab Lab é resumida da seguinte forma: um laboratório no qual você pode criar praticamente qualquer coisa.
Quantos
funcionários trabalham aqui? Como é a estrutura de pessoas?
Divulgação - Garagem Fab Lab
Atualmente, são sete pessoas trabalhando no Garagem. Todo Fab Lab tem um Fab Manager, que é um gerente que organiza tudo: workshops, programação, conteúdo, etc. Existe também o guru, que no nosso caso são dois. Eles só marcam presença nos dias de workshop ou quando tem alguém agendado para utilizar os equipamentos. Os gurus são especialistas nos equipamentos que nós utilizamos aqui e até na consultoria de projeto. Isso é importante porque também procuramos tornar os projetos abertos, ou seja, da maneira open source na Internet. Gurus ficam encarregados disso: ajudar as pessoas que às vezes querem montar uma máquina e que a mesma, já possui o projeto em algum site.
OPEN DAYS Uma vez ao mês, o Garagem Fab Lab abre suas portas à comunidade, oferecendo cursos rápidos, palestras e mesas de discussão sobre o movimento maker, fabricação digital e todo o universo da rede.
MAKER INNOVATION O Maker Innovation é o projeto do Garagem que une empresas, empreendedores e a comunidade maker para compartilhar conhecimentos e inovar juntos. São palestras e workshops sobre temas como novos processos de produção, direitos autorais abertos, o futuro da grande indústria, entre outros. Para isso, foi criado o “Maker Innovation Kit”, que é levado até empresas e permite que todo mundo aprenda a trabalhar com impressoras 3D, eletrônica e prototipar rapidamente o que vier à cabeça.
FAB LAB PRO O Garagem também presta serviços de prototipagem rápida para empresas, empreendedores e pessoas físicas que precisem rapidamente de um protótipo através do Fab Lab PRO. É possível realizar serviços de impressão 3D, 3DP, FDM e STL.
DEGUSTAÇÃO É o ponto de partida para começar a entender o Fab Lab e um pré-requisito para quem quer alugar as máquinas e colocar a mão na massa. Nesse curso de três horas, você aprende o que é um Fab Lab, o que é fabricação digital, os princípios básicos de operação e segurança das máquinas - cortadora a laser, impressoras 3D, cortadora de vinil e fresadora CNC de pequeno formato - e como documentar e compartilhar projetos com a rede mundial Informações retiradas do site do Garagem Fab Lab
Existem muitos sites americanos com projetos de qualquer coisa. Por exemplo, nossa primeira atividade quando começamos, foi fazer uma bicicleta paramétrica. Dentro deste contexto, é importante lembrar que o uso da fabricação digital não é uma regra. Ela apenas vai te ajudar a chegar onde você quer. Tem coisas que não vale a pena fazer com o processo digital, como por exemplo, a correia da bicicleta ou pedal. A fabricação digital serve para facilitar algumas partes do processo. Além do Garagem, nós fundamos também a Associação Fab Lab Brasil. A Heloísa Neves, nossa gerente, também é presidente da associação. Todo mundo que deseja abrir um Fab Lab precisa passar por um curso, o Fab Academy, que é dado pelo próprio Neil. Nós três, eu, Eduardo e Heloísa, realizamos o curso. Também pretendemos dar esses cursos aqui no Garagem e já estamos formatando todos os equipamentos para podermos começar. Isso
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Arquivo - RSG
ntrevista
Em
sua opinião, os equipamentos de impressão 3D podem fazer diferença no segmento de comunicação visual?
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Equipamento de impressão 3D em funcionamento (alto) e modelo de equipamento 3D comercializado pelo Garagem Fab Lab
facilitaria muito quem mora em outros Estados e deseja abrir um Fab Lab.
Quais
equipamentos vocês utilizam aqui?
Nós utilizamos uma plotter de vinil, uma fresadora de precisão, impressoras 3D e cortadora laser. Esse é o que podemos chamar de kit básico. No que diz respeito a vendas, nós comercializamos apenas a impressora 3D menor. Além disso, também prestamos serviços de prototipagem, ou seja, se alguém quiser imprimir algo aqui nas
impressoras maiores, ela pode fazer. Temos ainda um curso disponível no qual a pessoa vem, monta a própria impressora e já sai com ela para casa.
Por
que vocês resolveram comercializar as impressoras?
A gente queria fabricar nossa própria impressora para vender aqui no Brasil. Isso ocorreu porque acreditávamos que os equipamentos nacionais são inferiores aos que estão sendo feitos fora do País.
Eu acho que não. Os equipamentos que nós utilizamos são mais para fazer protótipos e experimentos. Nós não temos a intenção de competir com uma indústria, por exemplo. Não vale a pena você vir aqui e querer fabricar uma placa ou algo assim. É legal para você prototipar, tirar a ideia do papel e ver se funciona.
Quem pode participar Garagem Fab Lab?
do
Qualquer pessoa pode participar. Seja alugando o espaço para utilizar as máquinas ou nos visitando nos Open Days, que são dias livres, com palestras e conversas com pessoas que participam desse movimento de makers. Tudo é gratuito.
Quais
são os outros cursos e workshops que vocês disponibilizam aqui?
Temos um que acontece de quarta-feira e é chamado “Degustação”.
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Temos também outros tipos de curso. Por exemplo, tem um curso voltado só pra crianças, que é o Fab Kids. Uma vez, em um desses cursos, utilizamos uma tinta condutiva de eletricidade. Foi muito legal, pois a gente gruda alguns LED’s e baterias no desenho de robô que a criança fez e assim, esse robô acende os olhos. A ideia é que a criança tenha um primeiro contato com a tecnologia.
As
pessoas relacionam muito o Garagem Fab L ab à impressão 3D, mas não é só isso, certo?
Não, vai além. Na parte do Fab Lab, por exemplo, envolvemos o conceito de criar a cultura, ter workshops e
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É para todo mundo conhecer as máquinas que nós temos e entender o processo de fabricação digital. Uma ou duas vezes por mês, nós fazemos o Open Day que, como eu expliquei, consiste no convite de um pessoal para estimular a nossa comunidade de makers. Nós estamos realmente muito focados nesse processo de formar uma comunidade. Todo Fab Lab depende muito disso e é muito legal, pois trazemos muitas pessoas de fora.
Caneta de impressão 3D, utilizada em cursos no Garagem Fab Lab
ceder o espaço. Já no quesito vender máquinas, a impressão 3D é a única protagonista. Mas essa [a venda] não é a característica de um Fab Lab. Nós que decidimos agregar esse comércio. Prestar serviço de prototipagem também não é uma característica de Fab Lab, mas resolvemos agrega-la. Nós somos um dos poucos Fab Labs que não é mantido por uma instituição de ensino e justamente por sermos independentes, precisamos ter esses outros braços para nos sustentarmos.
Quais
são os planos para o futuro do Garagem Fab Lab?
Nós estamos bem focados em criar essa comunidade de makers, expandi-la, fidelizar as pessoas, realizar muitos projetos e difundir essa cultura do “do it yourself” aqui no Brasil. Nós temos muito orgulho de falarmos que participamos ativamente do movimento maker. Muita gente chega aqui e não tem nem ideia da quantidade de coisas que se pode fazer com os equipamentos que nós temos. Além disso, nós estamos fechando a metodologia do Fab Kids, que tem como objetivo introduzir eletrônica para as crianças, gerar esse contato entre elas e a fabricação digital, porém, de um jeito menos pesado de programar. É legal para as crianças terem contato com lógica e circuitos eletrônicos. A gente gosta e acredita muito nessa área.
Copos fabricados dentro do Garagem Fab Lab
Arquivo - RSG
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Conheça o Garagem Fab Lab ou entre em contato para mais informações sobre cursos e palestras. Endereço: Praça General Craveiro Lopes, 19 - Sobreloja 1 (Edifício Viadutos) E-mail: info@garagemfablab.com Telefone: (11) 3107-2514
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Mariana Naviskas
Bem-vindos ao
futuro
Decoração para mudar de lugar
Entenda sobre os conceitos de
arquitetura efêmera e decoração
itinerante, que podem apresentar
Cada vez mais presentes
em nosso cotidiano, painéis de LED nos deixam mais próximo daquilo que
©Depositphotos
conhecemos como futuro
boas opções de trabalhos para os birôs antenados
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xposições, casamentos, shows e estandes em feiras. Todos eles têm algo em comum no quesito comunicação visual: a arquitetura efêmera. Esse termo, apesar de pouco utilizado, é bastante antigo. “A arquitetura efêmera surgiu na revolução industrial com o objetivo de mostrar ao mundo as novas possibilidades do aço e servir como marco para grandes eventos da época”, explica Glaucia Sartorello, arquiteta da Foco 4 Cenografia e Eventos e pós graduada em comunicação empresarial. Segundo ela, um grande exemplo de arquitetura efêmera é a Torre Eiffel, que foi construída para comemoração do centenário da Revolução Francesa e seria uma estrutura temporária. “Em 1909, ela quase foi desmontada, mas foi reaproveitada como antena de transmissão e hoje, é um dos maiores pontos turísticos do mundo.” Em menor proporção e no mercado atual, esse tipo de arquitetura é composto por estruturas modulares desmontáveis, que são construídas para durar curto período de tempo e podem ou não ser remontadas em outros lugares. “No mercado de eventos, ela é muito comum, pois abriga determinadas ações e em seguida é desmontada. Como a maioria dos espaços são locados, não é possível deixar uma estrutura permanente. Por esse motivo, a utilização da arquitetura efêmera é indispensável”, afirma Glaucia.
Muitas marcas e empresas focam na
Divulgação - Foco 4
arquitetura efêmera para se promover
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special
Arquivo RSG
possíveis, as empresas querem levar suas ações para muitos lugares diferentes no Brasil e afora. “A decoração itinerante consiste na construção de uma estrutura principal com características projetadas especialmente para facilitar os encaixes, armazenamento e transporte”, explica. “Com a estrutura principal construída, as ações geram apenas custos operacionais de logística e mão de obra, o que resulta em uma grande economia, uma vez que não é mais necessário construir uma nova proposta para cada evento”, acrescenta.
Cenografia utilizada no show da banda Angra, em 2013, é um exemplo de decoração itinerante
Para profissionais de eventos, existe ainda o conceito da tematização, como explica a professora Libia Lender, coordenadora da pós-graduação em Gestão Estratégica em Eventos da Universidade Anhembi Morumbi. “Nós não utilizamos o termo cenografia, mas sim linguagem. Isso é para dar a ideia de que evento quer contar algo para os visitantes. Então, a gente leva em consideração a decoração, o uniforme das pessoas, o brinde e todo o resto. Toda a linguagem do evento acompanha o mesmo tema.”
elementos que ajudam a formar o resultado que você espera do evento.”
Decoração
A arquiteta explica que com a velocidade da informação e a necessidade de atingir o maior número de pessoas
com arquitetura efêmera
Divulgação - Foco 4
De acordo com ela, a tematização é muito utilizada para eventos corporativos, como convenções - que necessitam de decoração de palcos, camisetas para funcionários -, feiras, festas, entre outros. “A tematização agrega valor ao evento, uma vez que você consegue marcar as pessoas que estão lá. É algo que faz a pessoa lembrar o porquê ela está ali, seja em uma comemoração, um lançamento ou uma nova etapa da empresa. São
Exemplo de ação promocional
itinerante
Dentro do vasto conceito de arquitetura efêmera, há ainda a decoração itinerante. “São estruturas construídas com o objetivo de serem remontadas em diversos lugares”, conta Glaucia.
A vantagem desse processo, além da economia, é a oportunidade de criar um padrão de identidade visual da empresa. “Todos os lugares terão a oportunidade de prestigiar, na mesma proporção, o que foi apresentado inicialmente”, destaca Glaucia. Já como desvantagem principal, Glaucia cita o cuidado especial que esse tipo de estrutura requer. “A manutenção deve ser constante para que ele chegue ao final da ação com o mínimo de desgaste possível. Outra desvantagem é a dificuldade de adaptação, pois nem sempre as praças possuem o tamanho adequado para receber a estrutura.”
Empresas Trabalhos de decoração itinerante e arquitetura efêmera são realizados por diferentes empresas, como produtoras de shows e eventos, montado-
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Divulgação - Foco 4
estandes de feira, convenções, PDV’s, palcos para shows, festas temáticas, displays e expositores. As estruturas são criadas de acordo com a necessidade de cada cliente, construídas dentro da empresa e montadas no local do evento”, revela Glaucia.
Arquitetura efêmera para promover canal de televisão infantil Cartoon Network
ras, organizadoras de casamentos e festas corporativas, entre outras. Uma empresa de cenografia, por exemplo, trabalha com grandes estruturas e materiais pesados, enquanto as peças para PDV’s são mais delicadas, menores e em quantidades que geram uma linha de produção. “Em alguns casos, é possível aliar a cenografia com PDV’s, quando as peças possuem um perfil construtivo adaptável para a empresa de cenografia como, por exemplo, balcões expositores construídos em madeira e quiosques de shopping”, expõe Glaucia Sartorello.
sua maioria, com eventos corporativos, que consistem em ações realizados por corporações para divulgação de marca, lançamento de produto, incentivo de funcionários, relacionamento com clientes, debater assuntos de importância em comum e muito mais. “Podemos chamar de eventos corporativos as ações promocionais,
“Um exemplo que ocorreu na Foco 4 foi a ação do canal de TV Cartoon Network, que promove sua marca com ações infantis em shoppings centers por todo o Brasil”, detalha. De acordo com Glaucia, isso consistiu em uma única estrutura de 100 m², desmontável, que viajou por várias capitais e realizava suas atividades por 10 dias, em média. “Outro exemplo é do Azeite Gallo, que possui balcões para degustação dos produtos Premium. Eles são montados semanalmente em redes de supermercados e restaurantes de cinco capitais brasileiras.” Para se destacar no mercado, Glaucia destaca o relacionamento com o cliente como principal elemento de sucesso. “Entender e interpretar as necessidades do cliente de maneira clara e transmitir todo o conceito na arquitetura é o maior desafio”, opina. Além disso, lembra a arquiteta, as montadoras precisam estar sempre antenadas
Ação promocional da marca de azeite Gallo
Os principais consumidores da arquitetura efêmera e decoração itinerante, segundo a arquiteta Glaucia, são empresas que promovem ações duradouras, sejam elas para lançamento de um produto, apresentações, shows e festas. A Foco 4 trabalha, em
Divulgação - Foco 4
Muitas vezes, as próprias empresas possuem equipamentos de impressão e corte para produzir as peças de comunicação, mas há ainda as que terceirizam os serviços. Nesse caso, um birô que atenda a produção de peças diferenciadas pode se sobressair.
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ao mercado e buscar por novas tecnologias que facilitem a produção e aumentem a sua qualidade. “O conceito aliado à boa qualidade da montagem é essencial para se destacar, ganhar prestígio e conquistar novos clientes.” que é importante?
Na opinião de Glaucia, a importância da arquitetura efêmera tem certa relação com a Lei Cidade Limpa, em vigor em algumas cidades como São Paulo, por exemplo. “O mercado de eventos, juntamente com o mercado publicitário, está em constante crescimento e vem se transformando ao longo do tempo em busca de novas ideias e novas formas de conquistar o publico”, detalha. “Com as novas tecnologias, a velocidade da informação e, especificamente na cidade de São Paulo, a Lei Cidade Limpa, os eventos ganharam um formato de grande importância.” Ela afirma que com a retirada da mídia das ruas, as marcas voltaram-se para os espaços internos e, muitas vezes, ao visar atingir o maior número de pessoas possíveis, fazem isso em vários lugares ao mesmo tempo. “Neste cenário, a arquitetura promocional beneficiou-se grandiosamente e é parte importante para a realização e sucesso de uma campanha. É ela que dá vida ao evento, leva a identidade vi-
Divulgação - Inova Expo
Por
Estande criado pela Inova Expo
sual da marca e tem a capacidade de aproximar o público do objetivo principal proposto.” A rapidez com que os eventos acontecem exige cada vez mais profissionais de criação que busquem uma arquitetura bem elaborada, capaz de gerar impacto e ser lembrada posteriormente. “Um bom projeto, com elementos bem posicionados, utilizando comunicação visual em destaque
Modelo de estande feito inteiramente com Xanita X-Board
e uma ambientação lúdica, agregam um grande valor ao evento por conseguir transmitir ao público o objetivo da marca ou empresa”, destaca Glaucia. Quanto mais o público for inserido dentro do cenário, maior será a experiência sensorial do espectador e a proximidade dele com aquele produto ou empresa. “A memória, nesse caso, é o maior valor que se pode agregar a um evento, pois é a partir dela que o consumo é estimulado. As estruturas não precisam ser grandiosas, precisam ser claras e objetivas.”
Divulgação - Antalis
Celso Marcondes é diretor da Inova Expo, empresa que trabalha com exposições comerciais, feiras de negócios, congressos científicos, quiosques e displays promocionais. “Nós procuramos, em qualquer situação, adequar da melhor maneira possível o custo x benefício ao cliente, dentro da verba disponível da empresa e com novos conceitos de design e arquitetura.” Ele afirma que quando o budget do cliente ou solicitação se adequa a um projeto construído - ou seja, projetos com construção 100% em madeira e outros materiais -, é possível soltar a criatividade em qualquer aspecto, integrando soluções de áudio visual e co-
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E
special
municação visual sempre que possível. Já quando o budget é menor, busca-se soluções criativas dentro de projetos chamados padrões ou mistos, nos quais a madeira é inexistente ou apenas coadjuvante perante o sistema de alumínio e vidro utilizado. “Como montadores oficiais de um evento, sempre encorajamos e tentamos viabilizar os expositores a fazer customizações em seus estandes, para agregarem valor ao seu produto, ao evento e, principalmente, se diferenciarem da concorrência.”
Exemplificando
uma
produção
A Foco 4 terceiriza as impressões de suas peças e Glaucia explica o motivo. “Cada cenário exige uma complexidade diferente e nem sempre uma única gráfica consegue atender a demanda dentro do prazo estipulado”, justifica. Geralmente, a empresa trabalha com impressão de lonas em grande formato, com saída de 3,20 m e, em casos especiais, com saída de 5 m. “Essas lonas são grampeadas em uma estrutura de madeira e compõe o cenário. Elas são indispensáveis em qualquer evento.” A empresa utiliza também a impressão em adesivos e tecidos, com
menores formatos e maior qualidade em resolução. A Foco 4 produz internamente o recorte de adesivos com uma máquina plotter de recorte e corte de MDF em Router CNC. “São equipamentos essenciais para a composição da cenografia e quanto maior a qualidade na produção, melhor será a qualidade do cenário entregue.”
Novas
ideias, novos materiais
A Antalis Brasil, que comercializa insumos para o mercado de comunicação visual, criou recentemente um projeto de estande feito inteiramente com Xanita X-Board, material esse que tem total relação com a ideia de decoração efêmera. “Resolvemos fazer isso por se tratar de um novo conceito e de sua facilidade de decoração e montagem. O material é leve, de fácil transporte e, ainda por cima, ambientalmente correto por se tratar de um produto fabricado a partir de papel reciclado”, conta Raquel Machado, gerente de marketing da Antalis. Para ela, a montagem do estande se mostrou uma ótima oportunidade de demonstrar as possibilidades do material. “A montagem do estande e os ‘móveis’ utilizados são só uma peque-
Telões são bastante utilizados em projetos de arquitetura efêmera
na parte das possibilidades de criação inteligente que esse material permite.” O conceito básico das chapas Xanita X-Board, segundo Raquel, é a facilidade e os projetos são concebidos para, em sua maioria, não utilizarem parafusos ou colagem - quase todas as junções e fixações são feitas por meio de encaixes e dobras. “Aliás, esse é o único material rígido que se permite dobrar ou curvar, variando simplesmente a forma de corte aplicada.” Os materiais Xanita X-Board, conforme Raquel, são usados em todo o mundo, em diversas aplicações. São estandes, displays de PDV’s, decoração de lojas e vitrines, móveis, entre outros. “Todos que desejam apresentar um produto, divulgar uma marca, fazer uma decoração prática e bonita, são usuários finais naturais dos materiais Xanita X-Board.”
Telões Um artigo muito comum em estruturas de arquitetura efêmera são os telões de LED. “O Painel de LED RGB é um meio muito eficiente de comunicação com o público alvo local, no qual o empreendedor do evento tem a chance de exibir sua mensagem por meio da transmissão de imagens e/ou vídeos com grande impacto visual”, declara Eduardo Savordelli, diretor da Spider.
CRÉDITOS: Divulgação - Foco 4
Na opinião de Savordelli, isso acontece porque painéis LED possuem brilho superior às mídias tradicionais de transmissão de imagens, como televisões, monitores ou vídeo walls. “Além disso, a beleza dos painéis de LED transmitem ao público, de forma indireta e subjetiva, uma sensação de maior profissionalismo, confiabilidade e robustez para os negócios do expositor ou apresentador.” Jonatha Cerentini, diretor da Bee Leds, concorda. “A importância de um painel de LED em um evento, além da beleza das imagens e vídeos passados, é o aumento na lucratividade. Um painel atinge um maior número de pessoas.”
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A procura de um destino
31 Léo Martins
Sinalização ambiental mostra os diversos caminhos para que encontremos por aquilo que procuramos
O
dicionário define o destino como uma sucessão inevitável de acontecimentos ou circunstâncias que estariam ligadas a uma ordem cósmica. Ou seja, o destino conduziria a nossa vida seguindo uma ordem natural, onde tudo já estaria traçado e nada com que fizéssemos mudaria o nosso destino. O mesmo dicionário oferece outra definição para destino, que seria a direção para algum caminho ou o sentido para o mesmo. Independente da definição escolhida é fato que a discussão sobre destino é longa e renderia horas e horas em rodas de debate. Dentro da comunicação visual, a definição de destino é um pouco mais simples, pois contamos com diversos representantes para nos guiar em direção de algo e nos permitindo, literalmente, escolher nosso destino. Trata-se da sinalização de ambientes, os guias do nosso dia-a-dia. Sejam internas ou externas, as sinalizações são as responsáveis por nos levarem ao nosso destino. Conheça um pouco do papel que elas desempenham em nossa rotina e descubra que sem elas, estaríamos fadados a procurar nossos caminhos durante toda a eternidade.
O ambiente deve incluir uma sinalização quando for percebida a falta de alguma informação para algum direcionamento
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Definições
e funções
Fabiano de Vargas Scherer, arquiteto, urbanista e mestre em Planejamento Urbano Regional pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) define o que é seria a sinalização de um ambiente. “Pode-se entender como sinalização o planejamento, projeto e especificação de elementos físicos e gráficos no ambiente construído ou natural, num processo de veiculação adequada de informações”, explica. De acordo com Scherer, a sinalização faz parte de algo maior dentro do campo do design gráfico ambiental, onde a mesma relaciona-se ao espaço. Eduardo Cardoso, também arquiteto, urbanista e mestre em Design pela UFRGS explica que embora o termo sinalização possa ser considerado muito amplo e genérico, ao ir se modificando ao longo dos anos, ele reflete a complexidade ao incorporar novos atributos no seu desempenho. “Nesse contexto, um projeto de sinalização pode ser caracterizado pelo resultado da combinação de seus vários
subsistemas - informações, gráfico, físico/formal, construtivo, ambiental, de acessibilidade e segurança e normativo”, informa. A sinalização trabalha diretamente com a interação das pessoas com os espaços. Segundo Cardoso, a maneira como nos familiarizamos com o ambiente é muito individual, pois cada um de nós lê o ambiente de forma diferente e cria o próprio mapa mental. “A sinalização organiza o espaço e orienta os usuários para que os mesmos possam sentir-se assistidos e encontrem o que necessitam da forma mais fácil, prática e objetiva tornando assim, sua experiência de uso mais agradável”, comenta. “Além disso, hoje em dia, grande parte da população vive em áreas metropolitanas e trabalha, estuda, consome e divertem-se em grandes espaços, complexos demais para tornarem-se completamente familiares”, complementa. Sobre as principais funções da sinalização, Scherer diz que elas podem ser classificadas em identificar, dire-
Sinalização
e comunicação visual
A sinalização, em qualquer ambiente, pode atender a um ou mais aspectos da comunicação visual, entre eles: Institucional: onde o objetivo é a apresentação da marca da empresa e sua identidade visual. Direcional: quando a função é orientar o fluxo de pessoas, possibilitando que as mesmas cheguem a seus pontos de destino sem o auxilio de terceiros. Promocional: o objetivo é atrair o interesse das pessoas, chamando sua atenção para um determinado produto ou serviço. Segurança: visa garantir a segurança dos frequentadores de qualquer tipo de ambiente em momentos de necessidade. Fonte: Aurélio Araújo, sócio diretor da Inova Sinalização
Divulgação CLA Programação Visual
Shoppings Centers são um dos locais que mais possuem sinalizações internas
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tipo de placa menos comum, porém de grande importância, são as placas direcionais. “Como o próprio nome já diz, elas irão apontar a direção que o usuário deverá tomar para chegar ao local desejado e encontrar o seu destino mais facilmente. Essas são placas cuja importância é um pouco negligenciada por alguns ambientes”, opina. No caso da sinalização em ambiente externo, conforme Lago, as principais aplicações seriam em totens, letreiros, sinalização viária e back e front lights. Apesar da sinalização - seja ela interna ou externa - ter a função de identificar os acessos de fluxo, estabelecer conexões, definir percursos, indicar e marcar os acessos principais, Cynthia Araújo ainda lembra que, de acordo com a ABNT NBR9050/04, a sinalização deve estar afixada em lugares visíveis para marcar entradas, saídas, áreas de estacionamento de veículos, áreas para embarque/desembarque, banheiros, saídas de emergência, áreas reservadas para idosos e cadeirantes.
Onde a sinalização pode ser encontrada? Flex Sinalização Modular
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• Espaços abertos • Praças e parques • Estacionamentos
Projetos de sinalização externas são amplamente usados em locais
• Espaços edificados
como estacionamentos de shoppings
• Shopping centers • Supermercados
cionar e advertir. “Além disso, a sinalização ainda trabalha com as questões de advertir, ambientar e particularizar a informação”, ressalta. Cynthia Araújo, diretora da CLA Programação Visual explica que a sinalização é essencialmente fundamental em locais onde há grande fluxo de pessoas, como, shopping centers, supermercados, terminais de transporte, hospitais, museus, estádios, feiras, eventos, escolas. “Sua função é complementar o projeto de arquitetura quando este não consegue indicar caminhos ou a finalidade de um determinado espaço, transmitindo a sensação de conforto e segurança”, define.
Principais
aplicações
Ferdinando Carvalho, diretor comercial da Ecoplacas, explica que a aplicação da sinalização é justificada quando se busca atender demandas de organização de fluxo de pessoas, tanto interna como externa. “Um bom exemplo são os supermercados que possuem várias seções. Uma boa sinalização, nesse caso, dá um maior conforto ao cliente”, cita. Já Igor Lago, diretor comercial da Flex Sinalização Modular, lembra que em ambientes internos, é muito comum a existência de placas de porta, bandeira e suspensas. No entanto, um
• Escolas e universidades • Terminais de transporte (aeroportos, rodoviárias, etc.) • Hospitais e clínicas • Museus e espaços culturais • Bancos, lojas, restaurantes • Regulamentações ou eventos de grande abrangência • Regulamentação de transito • Feiras • Olimpíadas e outros eventos esportivos (Copa do Mundo de Futebol) Fonte: Fabiano de Vargas Scherer e Eduardo Cardoso, da UFRGS
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Divulgação Flex Sinalização Modular
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A principal diferença entre a sinalização interna e externa é o material utilizado para as peças
Principais Características: interna e externa
Segundo Aurélio Araújo, sócio diretor da Inova Sinalização, alguns fatores determinam as diferenças entre a sinalização interna e externa. “Em vias gerais, a sinalização interna será visualizada em uma distância menor exigindo, portanto, uma melhor qualidade na impressão digital utilizada, caso ela faça parte da sinalização”, diz. Araújo ainda salienta que normalmente, as peças têm formatos menores do que as empregadas em uma sinalização externa. Além disso, as mesmas também podem se valer de materiais com boa relação custo beneficio, como o caso do MDF, que não é recomendado para sinalizações externas. Por outro lado, a sinalização externa, além da preocupação estética, possui uma grande responsabilidade quanto à segurança. “Isso ocorre porque muitas dessas peças são expostas a condições adversas como vento e chuva, sendo geralmente instaladas
em fachadas ou em topos de edifícios, requerendo, portanto, um dimensionamento bem calculado além de uma execução cuidadosa para evitar o risco de acidentes”, salienta Araújo. Além das diferenças citadas, Igor Lago destaca também o foco de cada sinalização. “Enquanto a sinalização interna tem um forte caráter de organização do ambiente, a sinalização externa possui uma característica mais comercial no sentido de atrair a atenção do público para determinado espaço”, expõe. Por fim, Cynthia Araújo informa que a principal diferença entre as sinalizações é justamente o material empregado. “Na área externa, a preocupação é a durabilidade, visto que os elementos ficarão expostos diretamente à ação do tempo”, detalha. “Em contrapartida, o padrão visual ‘indoor’ exige muito mais apuro estético, já que o público vai recorrer à sinalização com mais frequência”, conclui Cynthia.
tipos de sinalizações:
Interna • Placas de identificação • Diretórios • Totens • Sinalização de segurança • Logomarcas trabalhadas de diversas maneiras • Sinalização promocional (banners, adesivos, móbiles, materiais de PDV, adesivos para pisos, etc.) • Mídia eletrônica Externa • Painéis com ou sem iluminação • Letras caixa • Totens • Sinalização viária • Triedros Fonte: Aurélio Araújo, sócio diretor da Inova Sinalização e Renato Lopes, diretor da Vista System
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Materiais
mais
utilizados
Como foi visto anteriormente, um dos principais fatores que determinam as diferenças entre a sinalização interna e externa é justamente o material a ser utilizado. Frederico Viebig, engenheiro e diretor geral da Arco Sinalização, comenta alguns materiais utilizados para ambos os ambientes. “Atualmente, os alumínios e acrílicos são preponderantes, mas qualquer material pode ser utilizado, tais como, vidros, madeiras, plásticos, aços, etc.”, informa. Já Renato Lopes, diretor da Vista System, afirma que quando o assunto é materiais para as sinalizações, o céu é o limite. “Utiliza-se de tudo desde chapas metálicas, alumínio, latão, ACM, até materiais como acrílico, PS, PVC, policarbonato, madeira”, revela. Dentro desses materiais, Lopes destaca o uso dos perfis de alumínio extrudados. “Eles são amplamente utilizados devido a sua versatilidade, padronização no acabamento e durabilidade, características essas que têm conquistado os clientes”, ressalta. “Na sinalização interna, esse composto é muito uti-
lizado. Apesar do custo de aquisição um pouco mais elevado do que o acrílico, PVC ou MDF, esses sistemas têm um alto valor agregado, pois reduzem substancialmente os custos de manutenção de uma sinalização”, reforça Igor Lago, da Flex Sinalização Modular. Por outro lado, Eduardo Cardoso, da UFRGS, lembra que conhecer os objetivos e as expectativas do cliente/ usuário ajuda o designer a selecionar o material adequado para cada caso, evitando desperdícios desnecessários. “Todos os materiais utilizados em sinalização têm usos apropriados, de acordo com as especificações dos fabricantes. Em geral, a escolha de um, excluí benefícios oferecidos por outros”, diz. Conforme Scherer, várias informações influenciam na escolha do material utilizado, dentre elas: • Local da exposição: interno ou externo; • Expectativas de comportamento: se como volume ou lamina; se será tracionado, pendurado, esticado, colado, etc.; • O tipo de iluminação: se frontal direta, difusa, natural ou backlight.
O
que determina a durabilidade?
De acordo com Cynthia Araújo, da CLA Programação Visual, independente se a sinalização for interna ou externa, o que irá dete rminar sua vida útil, além do tipo de impressão utilizada, é o material empregado. “No caso do aço inox, a durabilidade é por tempo indeterminado, carecendo apenas de manutenção e limpeza”, afirma. “Já a chapa de aço carbono galvanizado possui uma durabilidade em torno de 10 anos”, complementa. No caso de ambientes internos, conforme Cynthia, dependendo do material utilizado como vidro temperado e aço inox - o tempo também é indeterminado. Entusiasta dos cuidados necessários para a sinalização, Aurélio Araújo ressalta que a maior ou menor durabilidade de uma sinalização esta ligada também as condições em que a mesma será utilizada. “Ambientes com grande fluxo de pessoas com acesso as peças de sinalização, exposição continua a intempéries, são fatores que colaboram para a diminuição da vida útil de uma sinalização.” Outro ponto que determina a vida útil das peças instaladas - prin-
Inova Sinalização
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Materiais utilizados para sinalização externa devem ser resistentes às condições climáticas e vandalismo
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Sinalização
sustentável
Segundo Fabiano Scherer, a sustentabilidade em sinalização diz respeito tanto no que se refere aos materiais escolhidos, quanto aos processos envolvidos. Os principais materiais que podem ser considerados sustentáveis são: • Renováveis ou com matéria-prima abundante • Com baixa energia incorporada
A durabilidade de uma sinalização interna
• Com alta porcentagem de reciclados
tem alto período de vida útil
• Com zero ou baixa emissões de poluentes em sua fabricação • Com certificação ambiental ou de procedência • Orgânicos Ferdinando Carvalho destaca o trabalho de sua empresa, a Ecoplacas, sobre a sustentabilidade Segundo Carvalho, a empresa utiliza o material PET reciclado nas artes gráficas e sinalização de trânsito, predial, segurança e prevenção de incêndios. “Acreditamos que a resina é muito durável e oferece custo abaixo de seus concorrentes, como PVC e OS, sem falar nos apelos ecológico e social”, conclui.
cipalmente em ambientes externos -, conforme Renato Lopes, da Vista System, é o clima. “Nesses locais, a sinalização sofre com a ação do sol e da chuva ou do vento do mar em cidades litorâneas”, indica. “Por isso, a escolha não só da forma de aplicação da mídia, mas do material do qual as placas serão construídas é muito importante”, enaltece. Ainda na parte externa, Lopes cita também o vandalismo como outro fator. “As peças estão sempre sujeitas a ação de vândalos ou de curiosos que sempre puxam
os adesivos recortados ou passam algum material sobre a placa, danificando assim a pintura”, aponta. Porém, quando o assunto é durabilidade, qual é o papel que o verniz desempenha em alguns tipos de sinalizações? “A aplicação de verniz ou laminação nos casos de sinalizações que envolvam impressão digital, tem a finalidade de criar uma película protetora sobre a impressão, garantindo uma maior durabilidade para as peças”, revela Araújo.
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Como
realizar uma boa sinalização?
• Análise de dados: levantar características e necessidades do empreendimento através do reconhecimento do local e o diagnóstico das características dos espaços a serem sinalizados. • Estudo preliminar: a partir dos levantamentos e análises será definido o conceito a ser adotado para o detalhamento.
Divulgação Vista System
• Projeto básico: é o desenvolvimento do conceito definido no estudo preliminar, quando será estabelecida uma identidade formal entre os vários elementos do sistema de sinalização.
A função da sinalização é complementar o projeto de arquitetura quando este não consegue indicar caminhos ou a finalidade de um determinado espaço
Qualidades
de um bom sistema de sinalização
• Máxima visibilidade • Facilidade de Interpretação • Padronização (de caracteres gráficos, cores, dimensões, localização e disposição) • Não ser dispersiva (não haja acúmulo de sinais, não deve haver misturas de avisos) • Não ser agressiva (levando em consideração a linguagem e seus diferentes públicos) Fonte: Fabiano de Vargas Scherer e Eduardo Cardoso, da UFRGS
Identificando
a necessidade da sinalização
Renato Lopes relata que é muito simples o comprador perceber a necessidade de uma sinalização em seu ambiente. “Todo estabelecimento comercial que recebe usuários precisa de algum sistema de sinalização, por mais simples que seja”, cita. “O ambiente deve incluir uma sinalização quando for sentida a falta de alguma informação para algum direcionamento. Então, deve-se atentar para qualquer sinal proporcionado pelo ambiente, seja ele visual, tátil ou sonoro”, acrescenta Frederico Viebig.
Já no caso contrário, de que forma a empresa de sinalização identifica qual é a melhor peça para o seu cliente? Viebig esclarece alguns pontos. “Basicamente, a sinalização obedece às regras de distância e ângulos de visada, contraste e ainda a estética local. Contanto que o fabricante siga essas regras, toda sinalização pode ser aplicada”, esclarece. Por fim, Igor Lago indica que o bom senso do fabricante, é o melhor elemento para a escolha de uma sinalização para o cliente. “Não adianta querer matar uma mosca com uma bala de canhão. O fabricante deve ter sensibilidade para oferecer produtos mais modernos, duráveis e de melhor acabamento para aqueles clientes com um poder aquisitivo correspondente”, finaliza. Dizem que um dos sentidos da vida é procurarmos por aquilo que nos completa, por aquilo que está faltando em nossas vidas. Dentro desse contexto, o destino pode ser um importante aliado. Afinal, nós nunca sabemos o que ele nos reserva, não é mesmo? Porém, os sinais nos ajudam a identificar se aquele determinado destino, guarda justamente aquilo que procura-
• Projeto executivo: implantação e detalhamento de todos os elementos previstos no sistema de sinalização e design ambiental. Nesta etapa é gerado um manual executivo com todas as indicações para a produção por fornecedores especializados. • Supervisão de produção: esta é uma etapa importantíssima e de grande responsabilidade do designer. É necessário criar protótipos de alguns elementos e acompanhar a instalação dos elementos do sistema pelo fornecedor contratado. Fonte: Cynthia Araújo, diretora da CLA Programação Visual
mos. E por esse motivo, os sinais - ou no nosso caso, a sinalização - são tão importantes para que encontremos aquilo que tanto buscamos, seja ele um local ou alguém. Independente do que encontraremos em nosso destino, a sinalização nos auxilia não nos dando a resposta definitiva, mas nos mostrando o caminho para que nós mesmos possamos decidir quando e de que forma encontraremos aquilo que procuramos.
Para
saber mais!
Frederico Viebig, da Arco Sinalização, recomenda a leitura do livro “Sinalização em Acessibilidade”, que pode ser conferido no www.polobooks.com.br.
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João Orlando Vian*
I
ndac
Beleza e segurança
andam juntas Shoppings centers optam pelo uso do acrílico em sua sinalização e em peças de decoração e segurança
O
mercado de shoppings centers no Brasil tem obtido um crescimento bastante considerável nos últimos anos. Segundo dados da Associação Brasileira de Logistas de Shopping (Alshop), o País fechou 2013 com 866 shoppings centers distribuídos em 152 cidades. Isso representa um aumento de 38 novos empreendimentos em relação a 2012. Assim, cidades que até pouco tempo eram consideradas de baixo potencial, hoje possuem shoppings com bons desempenhos de vendas, descentralizando dos centros das grandes cidades a presença de empreendimentos de médio e grande porte. O crescimento do setor foi de 8% de 2012 para 2013, atingindo faturamento de R$ 132,8 bilhões.
Beleza que atrai
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Com o crescimento do número de empreendimentos, consequentemente aumenta também a concorrência entre eles. Assim, em uma cidade como São Paulo, por exemplo, o que faz com que um consumidor prefira esse ou aquele shopping? Uma das estratégias utilizadas é, sem dúvida, o investimento em arquitetura e decoração, uma vez que uma das tendências do mercado é tornar o shopping não apenas um lugar onde se faz compras, mas sim um espaço atraente e aconchegante, onde as pessoas possam se encontrar para passear, comer ou simplesmente colocar o papo em dia.
Pensando nisso, muitas empresas têm optado pela utilização de materiais nobres como o acrílico, na sinalização, comunicação visual e em objetos de decoração e segurança de seus empreendimentos. A escolha deve-se não apenas à beleza do material, mas também leva fatores como segurança, transparência, leveza e facilidade de limpeza. Assim, utilizar acrílico em placas de sinalização interna é muito mais seguro já que se trata de um material muito difícil de quebrar e, ainda que quebre, não estilhaça como o vidro. A transparência do material também permite uma melhor visualização das informações, garantindo uma comunicação mais efetiva da mensagem. Além disso, objetos feitos em acrílico pesam metade de peças produzidas em vidro que, por sua vez, quanto mais espesso, mais opaco. Assim, dependendo da necessidade, é possível trabalhar com chapas acrílicas mais grossas - e consequentemente mais nobres - com segurança, evitando quebras, sem se preocupar com o peso final do produto e, garantindo ainda, a transparência do material que se mantém intacta independente da espessura.
Comunicação eficiente: o uso do acrílico na sinalização interna São inúmeros os projetos de sinalização interna de shoppings espalhados pelo Brasil que utilizam o acrílico como matéria prima. Um dos empre-
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Divulgação Indac
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endimentos que apostou nessa tendência foi o Salvador Shopping - moderno e inovador, com 298 mil m² de área construída.
O acrílico é destaque na sinalização dos mais diversos shoppings do País
Desenvolvido dentro do conceito ecologicamente responsável, desde a sua fundação até o revestimento, o empreendimento - além de reaproveitar água da chuva e não utilizar madeira em sua construção - apostou na utilização do acrílico em toda sua comunicação visual por se tratar de um material 100% reciclável. O empreendimento reúne em seu espaço modernidade e inovação – o Salvador Shopping é o local mais luxuoso para se fazer compras na Bahia e, sem dúvida alguma, o uso do acrílico colabora para transmitir toda essa nobreza aos visitantes. O Parque D. Pedro Shopping, em Campinas (SP), conta com placas de sinalização e ilhas com mapa de localização - tudo produzido em acrílico. Os arquitetos responsáveis notaram os diferenciais do material, como beleza,
praticidade, transparência, segurança e facilidades de acabamento. Outro empreendimento que também conta com sinalização interna em acrílico é o Shopping São José, em São José dos Pinhais (PR). O empreendimento possui sinalização aérea, direcional, indicativa, de sanitários, de garagem e porta-cartaz produzidas com o material. Na maior parte do projeto, optou-se pelo acrílico cristal, material que é bastante semelhante ao vidro, só que bem mais seguro. E para aumentar ainda mais a resistência, foi utilizada uma espessura grossa de 15 mm nas chapas. No projeto, o material foi usado para proteger imagens com estruturas de aço pintadas em prata. Além disso, foram feitas impressões diretas no aço com marca d’água e pictogramas em relevo no acrílico. Ainda em algumas placas, foram usados LED’s, o que abre uma excelente alternativa. A iluminação no acrílico é uma possibilidade bastante interessante que ainda não tem sido muito explorada no mercado. Ela faz com que as bordas se destaquem, facilitando ainda mais a visualização de placas, por exemplo. Em São Paulo, o acrílico é destaque na sinalização de um dos mais importantes empreendimentos da cidade: o shopping Eldorado. Em um terreno com 74 mil m², localizado em uma região nobre da cidade, o shopping foi inaugurado em setembro de 1981 com investimento na ordem de U$ 80 milhões. Pioneiro em muitos aspectos, entre eles na implantação da primeira praça de alimentação em shoppings centers do Brasil, o Eldorado conta com placas de sinalização em acrílico em toda sua comunicação visual.
*João Orlando Vian Consultor Executivo do Divulgação Indac
Instituto Nacional para o Desenvolvimento do Acrílico.
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ublicidade
Exterior
Sérgio Rizo*
Publicidade no
Sérgio Rizo
interior da Argentina
A publicidade argentina abre espaço para uma profunda reflexão daquilo que queremos ver nos centros urbanos
N
a coluna da edição anterior, apresentamos alguns dos principais tipos de publicidade exterior presentes na cidade de Buenos Aires. Só para relembrar, a premissa que move esta pesquisa não é a de estabelecer qualquer tipo de comparação ou crítica ao que encontramos catalogados nas cidades, mas sim a de tentar entender os processos e a relação cultural que pode existir por trás da escolha por uti-
lização de determinadas medidas de painéis, materiais ou tecnologias. Puxando pela cronologia, um dos paineizinhos mais simpáticos presentes em todos os lugares visitados, são as pantallas verdes, que são estruturas com design próprio do Séc. XIX com face para receber 01 folha de anúncio medindo 1,10 m x 1,48 m em papel colado. Na mesma toada, a cidade é repleta de painéis instalados no piso
térreo dos imóveis. Em suas laterais, a nomenclatura que os caracterizam é proporcional ao número de folhas de papel que o compõe: duplos, sêxtuplos, oito folhas e assim por diante. Descobri que a expansão deste padrão decorre da instituição da lei, de 1948, que permitiu a “propriedade horizontal” e que, por consequência, impulsionou o segmento da construção civil. Cada unidade de uma edificação não precisava ser apenas de um pro-
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Sérgio Rizo
Sérgio Rizo
pamentos checados, parti por terra da “terra do tango” para Rosário, Córdoba, Alta Gracia e Mendoza (posteriormente, também por terra para o Chile, atravessando a cordilheira dos Andes. Por isso, não perca a próxima edição da Revista Sign!).
Na foto maior, publicidade na rua da cidade de Mendoza. De cima para baixo, painéis instalados no piso térreo dos imóveis e publicidade aplicada com adesivo vinílico
prietário: aumentou-se o número de prédios e de possibilidades de negociar as faces dos mesmos com proprietários individuais . As medianeras, que são as empenas cegas, são favorecidas também no período posterior. Uma vez que começam a aparecer mais edificações de formato mais funcional (traços retilíneos), diminui-se um pouco a influencia europeia na arquitetura. Obviamente existem muitos outros tipos de publicidade. No entanto, o que
chama a atenção é que seus fatores “existenciais” relacionam-se invariavelmente com o crescimento da cidade, a disponibilidade tecnológica e, principalmente, a cultura. O espaço público será onde se percebe a síntese desses elementos e, dentro desse cenário, o geógrafo é um dos profissionais que justamente pesquisam esse espaço.
Pegando o “autobus” em direção ao miolo do país! Pois bem, após muito trabalho de campo em Buenos Aires, parti para o interior da Argentina. Mochilas e equi-
Rosário é uma cidade que fica à margem do Rio da Prata e possui praias de rio lindíssimas, como por exemplo, a Playa Florida. Lá, percebi a influencia (novamente) da Coca-Cola através de uma série de painéis diferenciados. Andando na cidade, minha primeira percepção foi a de que os padrões de Buenos Aires eram repetidos. Porém, essa característica é completamente normal. Afinal, cidades centralizadoras de poder econômico e político influenciam as demais. Um exemplo bem caseiro pode ser percebido a partir da história da mídia exterior em São Paulo: o fato dos empresários de São Paulo “exportarem” o outdoor (padronizado em 9,00 m x 3,00 m) nas décadas de 70 e 80 para todo o Brasil, bem como os painéis retro-iluminados na década de 80, não necessariamente significa que outras cidades importantes também não influenciaram e influenciam seus arredores. Pois bem, voltando a Rosário, encontrei uma interessante iniciativa que me deixaria muito feliz de ver no Brasil: empenas-cegas com pinturas artísticas. Quando existe publicidade, a mesma tampa a obra quando não vemos obras de arte. Muito simples e ao mesmo tempo, um baita insight! Outra coisa que percebi de interessante foi à aplicação de publicidade em adesivo vinílico. Por mais banal que pareça a utilização do vinil nas carteleras, tal aplicação deixou os painéis com um acabamento e brilho sensacional. Ficou extremamente diferenciado. Por isso, fica o desafio aos empresários de verificarem se a operação é viável no Brasil. Substituir lona por adesivo, no outdoor, painel rodoviário, front-light, etc. (é apenas um insight!)
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Exterior
Sérgio Rizo
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Sérgio Rizo
Publicidade na cidade de Córdoba
Empenas-cegas com pinturas artísticas na cidade de Rosário
Após cerca de 10 horas de viagem, em Córdoba, cidade que não fiquei muito tempo, percebi a existência de belos equipamentos de mobiliário urbano. Do terminal rodoviário de Córdoba, sai um ônibus para a cidade mais linda da Argentina. Trata-se de Alta Gracia, terra de pessoas muito importantes como Ernesto Che Guevara e nosso querido irmão, o jornalista Carlos Guzman Heredia. Alta Gracia é uma cidade fundada pelos jesuítas e, justamente por isso, guarda uma série de edificações características. Lembra até um pouco Campos do Jordão, cidade do Estado de São Paulo. Alta Gracia é pequena e não tem tanta publicidade exterior. Mesmo assim, encontrei algumas pantallas verdes por lá.
Por fim, em um ótimo ônibus leito, viajei 12 horas para chegar à belíssima Mendoza. Existe muita publicidade nas ruas, mas em geral, não me transmitiram uma sensação de desordem. A cidade é muito bonita, possui um Parque Central lindíssimo e, de vários lugares da cidade, se avista a imponente Cordilheira dos Andes. Novamente percebi a existência de painéis para veiculação publicitária com anúncios produzidos em vinil adesivo. Assim, começo a achar que a percepção de poluição visual ou desequilíbrio tem muito a ver com a harmonia das cidades em si. Quando digo harmonia, penso no sentido mais amplo e não apenas da publicidade. Hoje, São Paulo tem uma belíssima publicidade em mobiliário urbano, mas a cidade em si é desequilibrada em vários aspectos e, nesse sentido, os elementos que percebemos na paisagem parecem que “não se dialogam”. Tais elementos publicitários foram criados para o utilitarismo do carro. Não quero defender nenhum tipo de saudosismo, mas a mudança do uso do
espaço em São Paulo foi muito rápida e sagaz. Outro dia, meu querido sogro me mostrou a carteirinha que ele possuía de sócio do Clube Tietê. Nessa época, ainda era possível se nadar no rio. Se em cerca de 50 anos São Paulo perdeu tantas características relacionadas a áreas verdes, patrimônio histórico e os espaços para o convívio, o que podemos esperar para os próximos 50 anos? A discussão sobre publicidade ao ar livre em São Paulo escondeu outros debates mais profundos sobre o que queremos ver no espaço da cidade e a Argentina, nesse ponto, me ajudou muito. Na próxima edição da Sign, encerramos essa série falando do Chile. Não percam! Rizo, S.A. 2012 pg. 127, link disponível em: www.sergiorizo.com.br 1
Rizo, S.A. 2009, “A mídia exterior na cidade de São Paulo” Editora Necrópolis 120p. 2
* Sérgio Rizo é geógrafo, professor universitário no curso de Geografia da UNIESP desde 2012 e sócio da
Para saber mais:
empresa RS Projetos,
• Para conhecer os padrões de Publicidade ao ar livre na Argentina, visite o site da Asociación Argentina de Empresas de Publicidad Exterior: www.ape.org.ar. Já os padrões brasileiros estão no site da Federação Nacional da Publicidade Exterior: www.fenapex.org.br. • Para acessar minha pesquisa na integra, viste: www.sergiorizo.com.br
de criação publicitária, estudos técnicos para legalização de anúncios e projetos especiais de publicidade exterior.
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inil
Eduardo Yamashita*
Aplicação de vinil autoadesivo: método a seco
“Ferramentas” D
epois que abordarmos o estilete nas edições anteriores, é hora de falarmos um pouco da tesoura. Muitos dizem que se o instalador/aplicador de imagens em vinil autoadesivo tem um bom estilete, a tesoura se torna dispensável em seu kit de ferramentas. Isso, caro leitor, é um ledo engano! A tesoura também é extremamente importante para o processo de adesivação das imagens decorativas. Mas dentro do processo, para que serve a tesoura? Qual é o seu real papel? O estilete não possui um local para apoiar as imagens no momento do corte e refile e por esse motivo essa operação se torna difícil. Por isso, em situações onde se exige cortes dire-
cionados e precisos, a tesoura é a melhor ferramenta a ser utilizada. Cortes tradicionais com a tesoura são possíveis de serem realizados quando se tem o vinil autoadesivo como material a ser cortado. Ou seja, com o simples movimento de abrir e fechar da ferramenta, é possível cortar o material. Outra técnica que vale ser citada é a do corte do vinil com a tesoura semiaberta. Para isso, no início, faça um corte fechando a tesoura. Depois, empurre a tesoura (em posição semiaberta) com o vinil no meio das pontas da tesoura. O corte será parecido a de um estilete, porém, com um controle total. Nesse caso, todo o direcionamento desejado será possível.
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Que tipo de tesoura devemos utilizar? Tamanho da tesoura: as tesouras do tipo escolares são as mais indicadas justamente por não serem pontiagudas e isso, claramente, traz uma segurança maior ao operador. O tamanho da tesoura também interfere no manuseio. Prefira as de tamanho médio, pois as mesmas terão um manejo mais fácil. As pequenas não trarão rendimento satisfatório, pois o tamanho do corte é pequeno e as ferramentas grandes, podem trazer um desconforto devido ao seu peso.
Tipo de base: por quebrarem facilmente, outro tipo de tesoura não recomendável são as com partes plásticas e, devido a isso, as totalmente de metal são as mais adequadas. No entanto, as tesouras que possuem a estrutura interna de metal e com revestimento plástico externo, também são indicadas.
Melhor corte: já as tesouras de aço inoxidável possuem maior resistência à corrosão e maior durabilidade do fio. São um bom investimento a longo prazo.
Parafuso ou rebite: as tesouras com parafuso permitem compensar as eventuais folgas entre as lâminas que podem ocorrer no uso. Já as tesouras com rebites não permitem que sejam feitos reapertos.
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Manutenção e outros cuidados Ao cortar o vinil autoadesivo, vestígios de adesivo podem ficar nas lâminas da tesoura. Por esse motivo, manutenções e limpezas são necessárias, pois o adesivo pode atacar o metal diminuindo sua vida útil. Esse tipo de ataque ocorre por causa da oxidação acelerada do metal nas lâminas da tesoura e, traduzindo para o dia a dia, a lâmina perde facilmente seu corte. Sendo assim, desengraxante comercial ou álcool isopropílico são os solventes mais recomendados para remover os vestígios de adesivo que ficam nas lâminas da tesoura. É importante lembrar que por estarmos manuseando um objeto cortante, todo cuidado no seu manuseio é necessário. Os equipamentos de pro-
teção individual (EPI’s) que estaremos abordando nas próximas edições são fundamentais de serem usados junto com a tesoura. Na edição de maio da Revista Sign falaremos do Furador de Bolhas e mostrar que trata-se de uma importante ferramenta para o profissional de instalação de vinil autoadesivo no mercado de comunicação visual. Por isso, não perca a próxima edição! Até lá!
*Eduardo Yamashita é é consultor técnico para o mercado de comunicação visual yamashita@hotmail.com
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olorimetria e
Gerenciamento
de
Cores
Fábio Tanaka*
Qual o objetivo a alcançar no
controle das cores? Clareza nos objetivos do controle de cores acarreta na melhoria em todo fluxo de trabalho
Q
uem trabalha com impressão ou pré-impressão, certamente já ouviu algumas (ou todas) frases abaixo e irá se familiarizar com as seguintes situações: • “O trabalho da impressora 01 não está igual ao da impressora 02!” • “O trabalho que está sendo impresso, está diferente da aprovação do cliente!” • “Dá para subir um pouco de cyan, mas sem estragar o logo que está OK?” • “Vamos soltar este trabalho só na impressora 01, pois na impressora 02 as cores aprovadas não batem.” • “A prova ficou muito saturada! Dá para baixar no geral?” • “O que estou vendo na tela está muito diferente da impressão.” Pois é... A vida do impressor ou do pré-impressor não é fácil e as frases citadas acima podem fazer parte da rotina de muitos profissionais da comunicação visual, bem como da área têxtil. Ou seja, os exemplos acima podem estar ocorrendo bem na sua empresa. E para agravar a situação, todo o trabalho é para ontem. Perde-se tempo (tempo é dinheiro, lembram-se?) e assim, o prazo de entrega é comprometido. Por isso, os objetivos a serem alcançados com o controle das cores acarretam em uma grande melhoria em todo o fluxo de trabalho: • Espaço de cor dependente para independente: os valores numéri-
cos utilizados tanto em RGB como em CMYK são específicos para produzirem cores em um único dispositivo. Os mesmos valores de RGB em diferentes monitores ou os mesmos valores em CMYK em diferentes impressoras produzirão cores diferentes, pois as mesmas são produzidas dentro dos limites físicos, específicos e individuais de cada equipamento. Precisamos padronizar a linguagem para que possamos conseguir a compatibilidade dos equipamentos. • Compatibilidade das impressoras: conseguimos padronizar as cores, independente da tecnologia de impressão. Uma impressora solvente de uma marca pode imprimir as cores muito próximas de outro equipamento solvente de um fabricante distinto. Da mesma forma, uma impressora sublimática pode imprimir com as mesmas características de cores de uma impressora UV. • Eliminar variáveis: Substratos: os problemas são geralmente causados por falhas na fabricação de lonas e adesivos, bem como por um manuseio inadequado na rebobinação. Substratos de qualidade inferior são encontrados facilmente e, por muitas vezes, são importados da China. Por esse motivo, outros fabricantes diminuíram suas qualidades devido à concorrência. Padronizar os substratos utilizados em sua empresa
facilitará o trabalho dos profissionais envolvidos, agilizando o processo e evitando surpresas. Tintas: cada substrato tem sua característica particular e isto influi diretamente na ancoragem da tinta. Não adianta ter um equipamento com uma tinta de ótima qualidade e outra impressora, de um modelo distinto, com uma tinta de baixa qualidade. • Previsibilidade: maior facilidade no acerto das cores das provas, eliminando o modo tentativa e erro. Isso diminui o tempo ocioso das impressoras e aumenta a produtividade. • Conformidade: produzir mais em menos tempo. Podemos utilizar todos os equipamentos do parque gráfico para um mesmo trabalho e não ficar mais preocupado em imprimir apenas na impressora em que as cores foram aprovadas pelo cliente. Boas impressões e qualidade total!
Fabio Kenji Tanaka é consultor técnico da empresa Cor Amarelo Gerenciamento de Cor Digital fabio@coramarelo.com.br www.coramarelo.com.br
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