Ano XX - nº 239 Abril 2015 R$ 12,50 www.btsinforma.com.br
Sinalização | Impressão Digital
Comunicação Visual
O DIAGNÓSTICO PERFEITO
Será que o resultado do seu exame indica a necessidade da tecnologia UV? Descubra como identificar os sintomas e sacar o momento certo para comprar uma!
Especial Qual é o futuro das plotters de recorte na comunicação visual?
Entrevista Eduardo Oliveira, da Tergoprint, fala sobre decoração de ambientes
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umário
08 Mercado:
Veja as principais
notícias do setor! Ano XX - nº 239 Abril 2015 R$ 12,50 www.btsinforma.com.br
Sinalização | Impressão Digital
Comunicação Visual
O DIAGNÓSTICO PERFEITO
10 Site SignSilk: Conteúdo
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exclusivo do portal da Revista Sign dá toques para driblar a crise econômica! #acertenagestao
12 Entrevista: Em bate-papo
franco, Eduardo Oliveira fala sobre sua empresa Tergoprint e os segredos do mercado de decoração de ambientes Será que o resultado do seu exame indica a necessidade da tecnologia UV? Descubra como identificar os sintomas e sacar o momento certo para comprar uma!
Especial Qual é o futuro das plotters de recorte na comunicação visual?
Entrevista Eduardo Oliveira, da Tergoprint, fala sobre decoração de ambientes
Design de Capa: Emerson Freire
Colaboradores
18 Capa: Saiba identificar qual
é o momento certo para adquirir uma impressora com tecnologia UV!
30 Especial:
Descubra o que o amanhã reserva para as plotter de recorte no mercado de comunicação visual
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Eduardo Yamashita Consultor técnico para o mercado de comunicação visual
Fabio Kenji Tanaka Consultor técnico da empresa Cor Amarelo Gerenciamento de Cor Digital
João Orlando Vian Consultor Executivo do Instituto Nacional para o Desenvolvimento do Acrílico
Veja + Tiago Capatto
06......................................................................................................... Editorial
CEO Fundador da
40................................................................................................Impressão 3D
Impressão 3D Printer
44................................................................................................................Vinil 46...................................................................................... Publicidade Exterior 50................................................................................... Índice de anunciantes
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Ano XX - nº 239
ditorial
Abril 2015
President Informa Group Latin America Marco A. Basso
Tic-tac: o tempo não para
O
tempo é um objeto de discussão muito forte. Podemos encontrá-lo como centro das atenções em diversos elementos da cultura pop como filmes, músicas e livros. Em todos eles, o tempo pode ser abordado como ambição de manipulação, objeto de estudo ou como solução de diversos problemas - afinal o “tempo é o senhor da razão”. Pois bem, independente da visão que você tenha sobre o tempo e seus efeitos, a verdade é que esse ele causa grande fascínio por parte de nós, seres humanos. Quem nunca teve vontade de voltar no tempo para corrigir algo? Ou entender o porquê ele passa rápido quando não queremos? E mais: como podemos aproveitá-lo melhor para que façamos valer a pena o ato de viver? Questões filosóficas a parte, o tempo, além de ser um componente que rege nossa vida, também é a temática principal desta Revista Sign. A matéria de Capa da edição #239 traz uma grande questão: qual é a hora certa para comprar uma impressora UV? O texto traz diversos sinais para que você os perceba e entenda o momento certo para adquiri-la. Já o Especial aborda o tempo de um jeito meio “vidente”. Depois de terem contribuído para a evolução do mercado de comunicação visual, afinal, qual é o futuro desse equipamento? Na reportagem, diversos especialistas fazem “previsões” do que o amanhã reserva para esse produto. E pegando carona em temáticas futuras, na Entrevista desse mês, o arquiteto e fundador da empresa Tergoprint, Eduardo Oliveira, fala sobre a decoração de ambientes, segmento colocado como tendência na impressão digital. E como o presente é um dos fatores que englobam o tempo, nesta edição, você poderá conferir a prévia do “Acerte na Gestão”, conteúdo especial exclusivo, produzido pelo site SignSilk, que aborda maneiras de enfrentar a crise e revertê-la para um cenário promissor para sua empresa! O dicionário oferece uma infinidade de definições para a palavra tempo, desde uma série ininterrupta de instantes, até um lapso de tempo futuro ou passado. Porém, a discussão sobre seu significado está no campo filosófico. Tenzin Gyatso, atual Dalai Lama, usou a seguinte definição: “Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver”. De nada adianta ficarmos presos ao passado ou com a cabeça 100% no futuro. O segredo de sermos os “Senhores do Nosso Tempo” está em fazer a diferença no hoje. Essa é a única forma de mudarmos o nosso destino e termos um amanhã próspero. Bom, seja qual for o significado que você queira usar, assim como diz Cazuza, uma coisa é certa: o tempo não para. Não para nunca! Aproveite o seu tempo e faça tudo valer a pena!
Vice President Informa Group Latin America Araceli Silveira Group Director José Danghesi Show Manager Cíntia Miguel cintia.miguel@informa.com Departamento Comercial Simoni Viana simonifilla@hotmail.com Gestão editorial - Venga Conteúdo Coordenador de Publicações Marcelo Tárraga marcelo@vengaconteudo.com.br Editor Léo Martins leonardo@vengaconteudo.com.br Redação Marcela Gava marcela@vengaconteudo.com.br Arte Emerson Freire emerson@vengaconteudo.com.br Atendimento ao Cliente Marcus Alves marcus@vengaconteudo.com.br Periodicidade Mensal Impressão Gráfica Elyon
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Excelente leitura! Léo Martins
IMPRESSÃO A BTS INFORMA, consciente das questões ambientais e sociais, utiliza papéis com certificação FSC® (Forest Stewardship Council) na impressão deste material. A certificação FSC® garante que uma matéria-prima florestal provém de um manejo considerado social, ambiental e economicamente adequado. Impresso na Gráfica Elyon certificada na cadeia de custódia - FSC®. A revista não se responsabiliza por informações ou conceitos contidos em artigos assinados por terceiros.
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ercado
Para ver essas e outras notícias do setor, acesse
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Michael Tutton/Flickr
A Philips iniciou a produção de telas voltadas para o mercado de Digital Signage. No Brasil, a unidade de Jundiaí, em São Paulo, está produzindo quatro linhas com 12 produtos, produzindo aparelhos de até 700 candelas. A ideia é produzir cerca de 120 mil telas ao ano.
Serigrafia SIGN FutureTEXTIL 2015 libera credenciamento! A 25ª edição da feira Serigrafia SIGN FutureTEXTIL, que será realizada de 21 a 24 de julho, no Pavilhão do Anhembi, em São Paulo, liberou credenciamento on-line para visitantes e estará disponível no site da feira até o dia 3 de junho. Neste ano, o evento, que é conhecido no mercado como o maior e mais completo palco dos lançamentos e novidades do setor de serigrafia, comunicação visual, sinalização, sublimação, impressão digital, impressão têxtil, materiais promocionais, brindes e personalização, será ainda mais imperdível, com atrativos como a “Ilha do Conhecimento”, espaço destinado para conteúdo que contará com o 2º Simpósio de Impressão em Grandes Formatos e a South America Digital Textile Conference 2015. Por isso, não perca tempo e faça já seu credenciamento para a Serigrafia SIGN FutureTEXTIL 2015 através do site: www.serigrafiasign.com.br.
Silmaq fecha contrato com a Bullmer
Durst lança novo equipamento para segmento cerâmico A Durst lançou no Brasil um novo modelo que agrega a sua família de impressoras digitais inkjet para o segmento cerâmico: a linha Gamma XD. A nova série está disponível nos modelos Gamma 98 XD, que possui largura de 956 mm, e a Gamma 148 XD, com largura de 1403 mm. Segundo a empresa, além de poder ser configurada com até oito cores, a nova linha também possui a Adaptive Dot Placement Technology, novo sistema de gestão de tintas que possibilita o usuário otimizar a aplicação dos pontos e que elimina os steps, problema que afeta a qualidade visual do que é impresso. Outro destaque fica por conta do design, que priorizou a ergonomia e um jeito mais fácil para a troca das cabeças de impressão - elas também contam com um sistema contínuo e automático de limpeza.
Bruna cs/Flickr
Durst/Divulgação
A Silmaq fechou um contrato de exclusividade para venda e manutenção dos produtos da alemã Bullmer. Com isso, a Kehl, que era responsável pela parte da operação alemã da Bullmer, virou parceira da Silmaq como revenda para a região do Rio Grande do Sul.
Arquivo RSG
Philips investe em Digital Signage
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A APG | SGA, Clear Channel, Exterion Media e JCDecaux se uniram para desenvolver um padrão de métricas de audiência para mídia out-of-home digital. A ideia é que a ação ajude a alavancar o potencial do segmento e dados valiosos para os anunciantes. O projeto será concluído ainda em 2015. tec_estromberg/Flickr
Imprimax/Divulgação
A Imprimax foi confirmada como a mais nova parceira Ilha do Conhecimento, evento paralelo a Serigrafia SIGN FutureTEXTIL. A empresa fornecerá sua expertise e suporte técnico para apoiar os participantes do evento em sua busca pelo aprimoramento e renovação de suas habilidades. Além disso, materiais como mobiliários e adesivos, serão fornecidos pela empresa para que o participante coloque em prática a teoria das palestras. Anderson Bifulco, gerente de marketing da Imprimax, comenta que essa é uma ação da empresa para ajudar a disseminar informação e transformar conteúdo em conhecimento. “Nos sentimos honrados em apoiar o projeto ‘Ilha do Conhecimento’, que tem como objetivo, na nossa visão, agregar conhecimento e difundir tecnologias e soluções disponíveis”, declarou. Confira a entrevista do gerente na íntegra através do www.signsilk.com.br!
Mercado OOH se une para revolucionar audiência
Impressão digital invade obras artísticas Nova impressora têxtil no pedaço
Outdoor alerta população de grave problema social de modo inovador
Para entrar no Guiness Book
A organização Women’s Aid, em conjunto com a agência London WCRS e a Ocean Outdoor criaram um outdoor que, além de ser inusitado, utiliza uma tecnologia diferenciada para passar uma mensagem forte contra um assunto grave: a violência doméstica. A peça, que foi instalada em Londres e mostra uma mulher toda machucada, vítima da violência doméstica, utiliza o reconhecimento facial, essencial para a campanha. A ideia do outdoor é simples: a tecnologia de reconhecimento facial identifica o tanto de pessoas que estão olhando a imagem da mulher espancada. Dessa forma, as feridas da vítima no anúncio começam a cicatrizar de acordo com o número de pessoas que olham para ela. Para conferir o vídeo da ação, acesse site SignSilk pelo endereço www.signsilk.com.br.
London WCRS/Divulgação
A Pigment.inc, marca da Impression Technology, lançou a RoTx, impressora digital para tecido. Ela será oferecida em larguras de 1.900 mm e 2.600 mm, terá o sistema de alimentação “Roto-Trac” - que consegue lidar com 95% de todo o tecido impresso - e oito cabeças de impressão. Pigment.inc/Divulgação
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A HP e a Panamericana Escola de Arte lançaram no fim de fevereiro, na cidade de São Paulo, a mostra The Wall, um projeto que reveste dois lados de uma parede de 72 m² com 100 telas estampadas em impressão digital. As imagens aparecem em diversas linguagens visuais, como aquarela, vídeo, arte digital, acrílico, foto e colagem. Produzida por um grupo de alunos de Artes Plásticas da escola, todo material foi impresso com a tecnologia Látex 3000 da HP. A iniciativa visou mostrar aos estudantes como funciona o processo de produção, desde o início da ideia até a execução final com o processo de impressão para que a pessoa tenha uma visão mais clara em relação ao resultado final. A exposição pode ser visitada até o dia 30 de abril na unidade Groenlândia da instituição de ensino.
O dia 17 de março entrou para a história da Imprimax. Em evento, a empresa realizou o pré-lançamento de mais de 150 produtos, que incluem novas cores, efeitos e texturas. A ação é o maior lançamento de produtos da companhia que, desde 1993, atua no ramo de autoadesivos.
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Imprimax atraca seu barco na Ilha do Conhecimento!
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Para espantar a crise,
Acerte na Gestão! Site SignSilk preparou um conteúdo exclusivo para você superar a crise econômica e vencer no mercado! #acertenagestao
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alta do dólar atinge diretamente setores que dependem da moeda, como a área de comunicação visual. Mas não é só isso, a crise na economia provoca corte de gastos em empresas de diversos segmentos, que deixam de investir em publicidade
e, com isso, diminuem a procura por serviços de gráficas e birôs. Por isso, você deve estar matutando: estou em um túnel sem saída, um buraco sem fundo? A resposta é não, caro leitor. Outras crises já passaram e empresas já foram impactadas, mas não chegaram a dar o suspiro final. Por isso, existem saídas para quem estiver disposto a procurar por elas.
Planejamento, estratégia e criatividade são habilidades essenciais em tempos tenebrosos. No entanto, elas não servirão para muita coisa se você não parar por alguns instantes e analisar o seu próprio negócio, abrindo espaço para reformulações. São elas que colaboram para que a inovação se torne uma realidade. Nessas horas, é declarado vencedor o profissional que vai além do quadrado e encara esse período como uma brecha para implantar novas ações. Pensar em pequenas soluções pode fazer uma baita diferença em seu negócio. Isso significa encontrar saídas que estejam ao seu alcance. Atualizar seu site, ou então elaborar e distribuir brindes são exemplos de estratégias que ajudam a captar e fidelizar clientes. E o melhor de tudo é que podem ser executadas com bastante qualida-
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e curta!
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Como acessar o Especial “Acerte na Gestão” O material está disponível no endereço www.signsilk.com.br. Para acessar, basta seguir os passos abaixo!
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Ao acessar a página inicial, no menu superior, busque a aba “Especial: Acerte na Gestão”.
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O Especial é dividido em seis partes, cada uma tratando de um tema específico. É só clicar e aproveitar as dicas!
Ou leia esse QR Code para acessar direto o Especial “Acerte na Gestão”
de independente do tamanho de seu negócio. Em outro caminho, analisar ações mais complexas, como a exportação é uma boa pedida. E o melhor: essa não é uma realidade restrita apenas a grandes empresas. Pequenas e médias empresas (PMEs) também têm capacidade para enviar seus produtos para a “gringa”, e assim destacando-se até em território nacional. Para auxiliá-lo a melhorar a gestão do seu negócio a SignSilk, plataforma on-line da Revista Sign, montou um Especial repleto de dicas de especialistas para você olhar o mercado e seu negócio com outras perspectivas. Batizado de “Acerte na Gestão”, o conteúdo dispõe de dicas essenciais para você driblar as dificuldades e vencer a crise! Por isso, fique ligado! #acertenagestao!
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Do branco ao estilo
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Com quase 20 anos no segmento de impressão digital, a Tergoprint especializou-se no mercado de decoração quando os holofotes ainda nem miravam a área
O Marcela Gava
arquiteto Eduardo Oliveira é como um peixe fora d’água no segmento de impressão digital. Quando direcionou sua empresa, a Tergoprint, para o mercado de arquitetura e decoração por volta de 1998, a concorrência focava apenas no mercado de comunicação visual e sign. O conhecimento de Oliveira na área de arquitetura se uniu à sua experiência no ramo de impressão digital, o que permitiu com que a Tergoprint se consolidasse como prestadora de serviços em decorativos. A companhia não oferece apenas um adesivo para parede, mas toda uma solução baseada nas necessidades do cliente e do ambiente para qual o projeto se direciona. Hoje sua equipe conta com 15 funcionários, dividindo-se entre arquitetos, designers gráficos, impressores e equipe técnica para lidar com desenhos e plantas. A gama de serviços da empresa é bastante variada. Com equipamentos de tecnologia solvente, a base d’água e sublimação, a empresa oferece serviços de customização em cortinas, tecidos para sofá, cadeiras, vidros e principalmente em revestimentos de parede, que é a maior fatia de mercado. O lema é que todo o ambiente pode ser personalizado. Segundo Oliveira, para ser bem-sucedido no mercado, é necessário que o empresário entenda sua especificidade e se eduque como empresa. Ele conversou com a equipe da Revista Sign sobre sua dinâmica para investir em novos equipamentos, as características do mercado de deco-
ração e como a área evoluiu durante esses anos. Como foi a criação da Tergoprint e por que vocês decidiram investir no mercado de decoração? A empresa foi criada em 1996, bem no começo da impressão digital. Em uma feira, conheci um equipamento eletrostático da Xerox e, a partir desse momento, vi uma oportunidade de negócio. Fui me inteirando aos poucos. O mercado era inicialmente de PDV, mais focado em sign. Por volta de 1998, redirecionei o negócio para arquitetura, já conhecendo o mecanismo de produção, o que era possível fazer e o que poderia ser levado para a arquitetura. Quais eram os equipamentos disponíveis nessa época? Os primeiros foram os eletrostáticos. Posteriormente chegaram os equipamentos solventes, que foram evoluindo em escala de velocidade, qualidade de impressão, variação de mídia, tipo de tinta e amplitude. Também existiam máquinas à base d’água. Em sua avaliação, de lá pra cá, o que mudou no seu investimento de maquinário? Quais são as principais diferenças? Desde o primeiro que aluguei, pois na época a Xerox ainda não vendia, aprendi que não se compra nenhum equipamento quando se lança, porque tem muitos acertos a serem feitos. Na minha opinião, é bom que se chegue a uma realidade maior, ou seja, consiga
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Se o cliente precisa de um projeto para uma área externa, que vai tomar chuva, você precisa buscar qual material e processo de impressão podem ser usados para essa situação
bons resultados e preços de equipamento e tintas mais equilibradas para poder valer a pena. Todos os equipamentos que acabei adquirindo passaram por uma, duas, três ou quatro versões de aprimoramento para só então, eu ir em frente e comprá-los! Atualmente, como é o mercado de impressão digital para decoração? Qual é a sua avaliação desse segmento? Em questão de tecnologia para mercados específicos, o pensamento é conservador por um lado e atrasado por outro. Trabalho com decoração há 20 anos, e sempre foi o foco de negócio. Somos uma exceção dentro de um mercado maior e, para mim, nunca foi uma tendência ou uma moda. Normalmente, a leitura de mercado se dá depois que se saturam as coisas. Por que a decoração virou uma área boa da noite para o dia? Porque se saturou tanto o mercado de comunicação visual, se fez políticas tão depredatórias no próprio mercado, como vendas excessivas de equipamentos, e não houve uma formação de cultura para se trabalhar a área de impressão digital. Vai se fazendo coisas que se esgotam e, depois quando o preço por impressão está baixo, parte para o mercado que paga mais. Você pode ter outros preços, mas não é só ele o componente de um bom negócio. É um conjunto de coisas. Esse aspecto de tendência ou novidade do mercado é uma necessidade de evolução do setor para que ele possa se colocar melhor.
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Qual é a filosofia da Tergoprint para atuar nesse mercado de decoração? O que vocês procuram seguir? Existem produtos e serviços. Você pode trabalhar com produto e serviço, ou foca em um ou no outro. Nossa cultura foi montada dentro do serviço, em
Solução em acrilium feita pela Tergoprint em ambiente interno
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que cada projeto é um, cada solução é uma. A impressão digital como base de pensamento focou sempre em comunicação visual, que é a repetição de “x” peças de banner, entrando quase em uma linha de produção. Isso é um conceito mais de produto, em que a preocupação é fazer mil ou mais peças. E quanto as parcerias? Você possui esse tipo de acordo com algum fornecedor? Desenvolvi produtos junto às indústrias, com parceiros, que tinham objetivo de ter características apropriadas para arquitetura. O que se fala hoje em impressão em rígidos, faço desde 2000, sem nem mesmo ter a máquina. Desenvolvi um processo adequado, que tem características bem diferentes do que se tem hoje para imprimir sobre uma madeira, por exemplo. Não adianta empurrar o quadrado no redondo. É preciso pensar adequadamente e, cada empresário ou gestor, entender aquilo que tem mais qualidade e desenvolver com um detalhamento maior. Muitas vezes, decoração é um departamento de uma empresa de comunicação visual. Só que decoração é um mundo inteiro: você pode ter um departamento que faz um pouco, mas muitas outras coisas podem ser feitas. Como escolher o melhor material para cada aplicação? Existe algum esquema? A aplicação final é o que determina. Se o cliente precisa de um projeto para uma área externa, que vai tomar chuva, você precisa buscar qual material e processo de impressão podem ser usados para essa situação. Muitas vezes, por justificativas econômicas ou técnicas, intervirmos e damos soluções adequadas porque temos argumento para isso. O que influência na escolha de um material para decoração? A luz, na nossa área, é a base de tudo. Como a água é para nossa vida, a luz é para cor. Tem de ter cuidado
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Em quais situações que a textura e imagem devem ser combinadas? Diria que esse negócio de textura é um problema muito sério. Recebo muitos fornecedores de matéria-prima que são desenvolvidas em mercados asiáticos, europeus ou americanos e, às vezes, com materiais que tem a ver com uma determinada região. Por exemplo, no nosso mercado, a saída de papel de parede brilhante é muito baixa. Já na Ásia, é bastante comum. Deixa com uma impressão gelada que, para eles, é bom. Então, a percepção de valor estético é completamente diferente. No Brasil, temos uma dimensão continental e uma divisão regional que também tem essa característica. No Sul e Sudeste, as cores predominantes são a cinza ou bege. Isso tem a ver com a cultura local e com o cidadão daquela região. Você vê que todos que moram na faixa tropical do planeta têm a referência colorida. Como funciona a questão de tendências em decoração de interiores? O mercado da arquitetura de interiores funciona baseado em premissas estéticas que são definidas na Europa. Este mercado tem historicamente uma tradição e uma cadeia produtiva de olhar para frente e propor uma tendên-
Qual o primeiro passo para quem deseja entrar nesse mercado? Educar-se como empresa é o primeiro passo, porque não dá para fazer algo em cima de idealizações. Quando falo “educação” é no sentido de saber o que você tem de habilidade para fazer, porque muita gente olha só a questão do negócio e se esquece do aspecto técnico. Exemplo: a pessoa estava em um que ramo que pagava R$ 100 e que agora paga R$ 10, então muda para aquele que paga mais. Aí quando chega nesse novo segmento, é outra realidade, já que não dá para tratar do jeito que tratava. Se for um colocador de comunicação visual na casa do cliente [de decoração], vai fazer bobagem. Até o jeito de falar no
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cia. Isso é determinado por questões comerciais. A moda funciona dessa forma, assim como as cores de carros e as estéticas dos móveis. Por exemplo, há alguns anos o pied de poule, aquela textura francesa, estava na moda, aparecendo em móveis, cortinas e roupas. A tecnologia gera novas possibilidades e novos caminhos, mas sempre com direcionamento. No Brasil, especificamente, a maioria compra o que se faz fora, embora ainda existam profissionais que têm trabalho próprio e possuem uma visão de entender o que seria bacana de trabalhar, desenvolvendo coisas independentes.
Projetos customizados agregam valor ao ambiente por meio dos recursos da impressão digital
telefone é diferente. Temos um sistema de gestão de procedimento que desenvolvemos durante quatro anos. Escrevemos todos os procedimentos. Para cada item que entra, abre outros três. Todo nosso know how virou um sistema de gestão que ajuda muito. Para entrar nesse mercado, é necessário entender que o trabalho é complexo, que irá lidar com profissionais complexos e com sistema de obra, que também é complicado. Não é só entregar a solução e ir embora.
A Tergoprint oferece soluções customizadas em diversos suportes, como nesta fachada de vidro
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com esse tipo de uso e aplicação. Se você faz um painel e olha a cor em um lugar, depois vai para outro ambiente com uma lâmpada diferente, a cor do painel muda. Nesse caso, entra a questão do conhecimento específico da área de arquitetura. Muitas vezes, as pessoas não sabem o que cairia bem em uma sala. Nesse aspecto, você tem uma responsabilidade e uma condição de prestar essa consultoria. Uma coisa é o cliente me dar um arquivo e falar: “Quero uma foto minha 3x4 na parede”, e outra coisa é pedir: “Queria fazer algo que tivesse a ver comigo, não sei bem aonde, o quê e qual material usar”. Então, a orientação faz parte do que chamamos de serviço, por isso o custo pode ser maior, já que não é só a impressão.
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O que é que ela tem?
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Sim, a tecnologia UV é conhecida pela diversidade de mídias em que imprime, versatilidade e caráter ecológico. Agora, saiba identificar qual é o momento certo de investir nela!
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orival Caymmi que perdoe a apropriação dos seus versos, mas muitas das características que você pensar, a impressora UV tem. Tem alta qualidade de impressão? Tem! Tem aderência em diversas mídias? Tem! Secagem rápida? Tem! Tem características ecológicas? Tem! Se fosse elaborado um currículo para a impressora UV, com certeza não faltariam elementos para serem descritos em “experiência profissional”, reforçando a ideia de que, em vez de especialista, esse “candidato” se destaca pelas suas inúmeras habilidades. A tecnologia UV é mais uma opção em meio a gama de impressoras digitais disponíveis no mercado, porém, com algumas particularidades bem definidas que fazem com que a ela seja a única no setor com suas atribuições. Antes de resolver investir, busque entender qual é o momento certo de ter esse equipamento.
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A tecnologia de cura da impressão UV, feita com lâmpadas especiais, minimiza a emissão de gases tóxicos ao meio ambiente
Criando
“A UV, consolidada nos últimos anos, foi a grande revolução tecnológica do segmento” — Eduardo Sousa
intimidade
De início, para ficar íntimo da UV, basta desvendar a sigla que é a essência do seu nome. Não há grandes dificuldades na charada, já que o termo se refere ao processo de secagem do equipamento, que é realizado a partir da transformação da tinta em estado líquido para sólido por meio de sua exposição a raios ultravioletas gerados por lâmpadas projetadas para esta função. A cura do material impresso ocorre instantaneamente, permitindo que as operações de acabamento aconteçam logo que a peça é impressa. Esse procedimento de secagem é considerado ecológico. No caso
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de outras tecnologias, que usam solventes, a secagem da tinta acontece através da evaporação de compostos orgânicos voláteis (VOC), fazendo com que seja uma opção nociva tanto à saúde quanto ao meio ambiente. Nesses processos, a secagem costuma ser mais lenta, porque depende da oxidação e penetração da tinta no material. É possível citar diversos diferenciais do equipamento, porém, mais do que o teor sustentável, um grande destaque é a capacidade do equipamento em imprimir sobre materiais flexíveis, como lonas e adesivos, e em estruturas rígidas, como PVC, vidro, alumínio, acrílico e aço. Se a impres-
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“A UV, consolidada nos últimos anos, foi a grande revolução tecnológica do segmento” — Eduardo Sousa
são UV oferece toda essa série de possibilidades, consequentemente permite que o birô que possui esse recurso, possa ampliar sua cartela de serviços estendendo o atendimento a outros segmentos do mercado.
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gerente de marketing da Agfa. Ele explica que o equipamento permitiu abrir um extenso leque de possibilidades de impressão direta e de produtos impressos finais, minimizando a difícil e concorrida aplicações com tecnologia solvente.
para toda obra
Cada equipamento de impressão possui suas qualidades. Apesar disso, alguns profissionais que atuam no segmento de comunicação visual são categóricos ao afirmar que a solução ultravioleta proporcionou um abalo sísmico no mercado. “Sem dúvida a UV, consolidada nos últimos anos, foi a grande revolução tecnológica do segmento”, acredita Eduardo Sousa,
O advento da impressora UV consolidou o equipamento como uma espécie de neutralizador, evitando a briga pelo preço do metro quadrado de impressão que é proporcionada pela solvente. Esta situação é um enorme incômodo para o mercado e as empresas do ramo de comunicação visual. Segundo Sérgio Royer, diretor de desenvolvimento do BrGroup,
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Desde segmento de arquitetura a rótulos de embalagem, a versatilidade da UV permite que ela esteja presente em várias áreas
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do uso do equipamento UV é a variedade de materiais em que a impressão pode ser usada, como metais, plásticos, madeiras, poliéster e BOPP”, indica Cláudio Soares, gerente geral da TS2 soluções gráficas. “Já na impressão à base de solvente só podemos trabalhar com materiais a base de PVC”, acrescenta.
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Mais um grande diferencial da máquina UV é sua tinta, que é insolúvel e, dessa maneira, permite impressão em múltiplas camadas, o que gera textura e volume, também efeitos especiais em 3D. “A impressão em relevo, que simula pintura de tinta a óleo, só é possível realizar com uma impressora UV, pois o efeito é formado a partir de diversas camadas de verniz que, até hoje no mercado, só ela é capaz de fazer”, explica Hugo Brito, sócio da HB Serigrafia e Sinalização. A impressora permite o uso de tinta branca e verniz, que pode viabilizar trabalhos em materiais transparentes e coloridos. Esses fatores deixam evidente que o equipamento UV abre uma grande cartela de opções de atuação no mercado.
Os grandes diferenciais do uso do equipamento UV é a variedade de materiais em que a impressão pode ser usada, como metais, plásticos, madeiras, poliéster e BOPP
Toque
de UV: confira os setores que a impressora dá as caras
• Empresas de comunicação visual possuir uma UV não só aumenta o cast de produtos oferecidos pelo birô, como também promove a recuperação de parte do preço de venda por causa dos baixos preços praticados no mercado de solventes, oferecendo um produto diferenciado, mais durável e ecologicamente correto. A versatilidade das UV fica evidente quando se leva em conta os diferentes mercados que a máquina pode atuar. “Ela abre novas possibilidade de trabalhos em arquitetura e construção, além de atender diversos tipos de fábricas para fazer séries de
produtos personalizados e fotográficos, atendendo também o mercado de brindes e eventos”, enfatiza Marco Cesario, sócio da Miracle Plotters. Além dessas aplicações, a tecnologia também atende a segmentos totalmente distintos do usual, como indústrias moveleiras, calçadistas, rótulos e etiquetas, decoração e de brinquedos. Adentrar nesses diversos segmentos é possível porque o equipamento imprime em várias mídias, de flexíveis a rígidas, inclusive as mais espessas. “Os grandes diferenciais
• Gráficas rápidas • Decoração (displays de PDV, por exemplo) • Mercado de embalagens • Indústria moveleira • Arquitetura e construção • Decoração com canvas para fotografia • Indústria calçadista • Empresas de artigos personalizados, como brindes
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Investir ou n達o investir? www.signsilk.com.br
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Entender as necessidades apresentadas pelo seu birô é fundamental para identificar o melhor momento para adquirir uma UV. Saiba os sintomas e tome a melhor decisão!
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Eis a questão!
e os seus clientes procuram produtos que o seu maquinário não é capaz de realizar, ou se você perde demanda de trabalho para o seu concorrente, está na hora de começar a considerar a aquisição de uma impressora UV para o seu negócio. “Em tempos de desaceleração de economia, um investimento em um equipamento UV pode abrir novos mercados, melhorar a produtividade e suprir a falta de demanda do mercado tradicional”, comenta Eduardo Vaz, gerente de vendas divisão gráfica da Fujifilm do Brasil. Segundo ele, também é bom ouvir quem está na linha de frente: “Se os vendedores disserem que possuem clientes para estes produtos, é um bom momento para avaliar [o investimento]”.
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O processo de cura da UV é o grande diferencial: ela ocorre instantaneamente, permitindo que as operações de acabamento aconteçam logo que a peça é impressa
Investir em uma impressora UV para fazer o trabalho de uma solvente não é uma boa ação para o negócio. O ideal é buscar novas oportunidades em outras áreas Antes de abrir a carteira e assinar o cheque, vale a pena analisar seu birô. Caso fique evidente que sua oferta de serviços caiu na mesmice, já que continua vendendo as velhas fachadas de lona, considere o investimento de um novo aparato tecnológico. Afinal, a freguesia está sedenta por novidades. “A principal vantagem será se diferenciar da concorrência, oferecendo novos produtos e serviços, com uma excelente qualidade”, defende Hugo Brito.
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De acordo com ele, a partir de uma impressora UV, será possível alçar novos voos e conquistar outros horizontes e, com isso, atrair um público mais exigente e agregar valor. O resultado é o aumento dos lucros. Segundo Marco Cesario, quando o cliente já tem uma estrutura definida e não existe a necessidade de comprar uma 2ª ou 3ª máquina solvente, também se deve considerar a aquisição de uma UV. Ele reforça que algumas empresas estão preocupadas com o meio ambiente e exigem impressão UV de seus materiais de comunicação visual: “Trata-se de uma tecnologia mais limpa e menos poluente, tanto ao operador quanto ao meio ambiente”. Vale lembrar também que o equipamento tem menor desperdício de tinta. “Limpa-se menos as cabeças de impressão em relação às máquinas solvente”, justifica Cesario.
Apesar de fatores comuns de influência, o momento certo de investimento de uma impressora UV depende de cada birô. Para Eduardo Sousa, o setor de atuação do birô, tipos de clientes que atende e quais as aplicações e produtos finais que fornece influenciam para a tomada de decisão. “O birô pode iniciar já com uma máquina se ele tiver clientes com perfil apropriado para essa tecnologia de impressão”, fala. Por exemplo, um birô que atenda um cliente varejista que consuma muitos materiais indoors de PDV, como gôndolas ou displays, é um bom exemplo de indicação para esse upgrade tecnológico, graças aos benefícios ecológicos, flexibilidade de mídias e impressão direta. Por outro lado, de acordo com Sousa, um cliente que seja referência em atender impressão de outdoors ou até envelopamento de frotas, a
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solvente continua sendo uma opção muito competitiva, e a questão ecológica e de impressão em diferentes substratos não é assim tão determinante. Ou seja, investir em uma impressora UV para fazer o trabalho de uma solvente não é uma boa ação para seu negócio. O ideal é buscar novas oportunidades em outras áreas, e isso demanda pesquisa, criatividade e pensamento estratégico. de um lado, estratégia de outro
A maior dificuldade de aquisição dessa máquina recai no custo inicial, ainda mais em temporada de alta do dólar e restrição de financiamento e crédito. “Os equipamentos de impressão UV ainda são mais caros do que os equipamentos solventes, por exemplo”, justifica Claudio Soares. “Entretanto esse investimento maior inicial é compensado pelo ganho na produtividade e na mão de obra, que é dispensada para aplicação de alguns materiais.” Na modalidade UV, existe economia de processos porque na impressão direta em substratos rígidos não é necessária a aplicação de mídia adesiva, o que reduz aplicações em comparação com o vinil adesivo. “A impressão em materiais rígidos direta, que não seja à base de PVC, somente é possível realizar nas impressoras UV”, fala Soares. De acordo com ele, para cada cliente, é necessário fazer uma análise do mercado em que ele atua ou vai atuar. “É importante que ele trate com empresas que ofereçam soluções em diversos tipos de tecnologia de impressão, para que ela possa lhe oferecer a melhor solução de acordo com o seu perfil e necessidade.” Sérgio Royer lembra que até pouco tempo, o principal empecilho da UV eram os elevados preços dos equipamentos. “Com o advento da solução UV LED, as impressoras se tornaram mais compactas e econômicas em seu funcionamento”, afirma. De acordo com ele, hoje os preços já estão muito próximos às impressoras solventes.
Arquivo RSG
Cautela
As cabeças de impressão dos equipamentos UV demandam menos manutenção com limpeza em relação às máquinas solvente
Quando a opção é se diferenciar da concorrência e focar em um público mais exigente, a empresa deve buscar clientes que precisem de aplicações com maior valor agregado e que podem se interessar por produtos nos quais o equipamento UV se destaca. “Muitas vezes, isso vai passar por uma reformulação total do setor comercial, até mesmo pelo site, contatos, recepção e atendimento”, explica Eduardo Vaz. “Já vi várias empresas que compraram impressoras UV para atender os mesmos clientes e tiveram problemas porque não conseguiram cobrar o preço necessário.” Por isso ele alerta: “É preciso entender quais clientes o birô quer atingir e qual a forma de chegar até eles”. Mesmo que esteja definido que a tecnologia UV seja sua próxima empreitada, o investimento precisa ser muito bem planejado. “O cliente precisa ter clareza sobre quais os produtos pretende fazer com o equipamento, quais materiais, qual a necessidade de qualidade e qual a produtividade esperada”, argumenta Vaz. Tudo isso tem que ser pensado no momento inicial e também ao longo da vida útil da má-
quina, porque pode ser que leve algum tempo para recuperar o investimento. “Caso seja feita a compra de um equipamento errado, pode ser inviável adquirir outro no futuro.” Para aquisição de equipamentos, não deixe de verificar os fornecedores, como Eduardo Sousa propõe, analisando “tempo de mercado, estrutura, pós-vendas, portfólio e base instalada”. Os benefícios da solução UV são incontáveis, assim como sua maior capacidade, que é a versatilidade na impressão de diversos materiais. Para Hugo Brito, o custo-benefício do equipamento é excelente. “Infelizmente, muitos birôs ainda não conhecem a capacidade produtiva da impressora UV”, acredita ele. Para isso, é só uma questão de tempo até que os profissionais de mercado caiam nas graças da impressora UV.
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seguir:
Confira nas próximas páginas um infográfico especial com uma série de ítens que podem ajudá-lo a se decidir pela tecnologia UV
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Tiro ao alvo! Acerte os patinhos nos quais você se identifica e descubra se agora é a hora ou não de adquirir a tecnologia UV!
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1 Novos ares: você não aguenta mais clientes recorrerem ao seu birô em busca de banners e fachadas de lona? Pois bem, este é o momento de investir em novidades e a tecnologia UV é uma boa solução por imprimir em diversos outros materiais, como vidro, PVC, MDF e adesivo, e por permitir a criação de efeitos diferenciados.
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Xô crise:
Quero tudo:
investir em novas máquinas não parece ser uma atitude tão prudente em épocas de vacas magras como as que estamos vivendo. Porém, se for feito com cautela e estratégia, seu birô só tem a ganhar! Nesse cenário, recorrer a uma UV pode ajudar a abrir novos mercados.
se seus clientes passam a procurar produtos que você não consegue fazer com seus equipamentos disponíveis, perdendo assim trabalho para a concorrência, que já oferece a soluções UV, está na hora de pensar em ter sua própria impressora UV.
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5 6 Olhar verde:
Chega de m²:
Sair da mesmice:
você quer “pedir penico” quando o tema é a disputa por preço do m² de impressão? Tem uma maneira de contornar a situação: investir na tecnologia UV. Dessa forma, sua empresa passa a oferecer novos produtos e serviços, diferenciando-se da concorrência.
se a estrutura do birô já está definida e não existe mais necessidade de investir em outra máquina solvente, para sair da zona de conforto e aumentar os rendimentos, é válido considerar a impressora UV, que te dá novas possibilidades de trabalho e melhora a produção da empresa.
a preservação ambiental e a preocupação com sustentabilidade também chegou à comunicação visual. Se o seu cliente preza pelo meio ambiente, isso pode refletir nos pedidos encomendados por ele. Assim, só atenderá esse cliente quem tiver uma tecnologia limpa e menos poluente. Nesse caso, a UV é uma boa pedida!
Fonte: entrevistados durante a matéria
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Depois de terem ajudado a evoluir todo o mercado de comunicação visual e o conquistado com sua versatilidade, uma pergunta paira: o que o futuro reserva para as plotters de recorte?
O Léo Martins
dito popular fala que “o futuro a Deus pertence”. Esse termo é usado em situações em que somos perguntados sobre situações futuras, tais como “Seu time vai ser campeão esse ano? O futuro a Deus pertence”, “Até quando você vai ficar nessa profissão? O futuro a Deus pertence” ou “Você vai casar com essa pessoa? Não sei... O futuro a Deus pertence” podem ser apontados como exemplos hipotéticos de como esse termo é aplicado atualmente. Se o futuro é uma incógnita para nós em diversas situações, a mesma coisa não pode ser dita do ramo tecnológico que, dia após dia, nos surpreende com suas inovações. Nesse quesito, um dos equipamentos que mais surpreendem é a plotter de recorte, máquina que no passado, foi uma verdadeira revolucionária no mercado de comunicação visual. Bom o passado já está escrito e o presente, pelo que vemos, está em processo de registro. Mas e o futuro? É justamente esse o tema que abordaremos nas próximas linhas. Afinal, o que o amanhã reserva para essa tecnologia? Para não ficar em dúvida, entre de cabeça nessa reportagem e tenha uma visão do porvir!
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Roland DG/Divulgação
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Uma das principais áreas de atuações da plotter de recorte fica por conta da adesivação em vitrines
Como
Atributos como aumento da pressão de corte, velocidade e a função de “meio corte” são algumas das principais evoluções dos equipamentos nos últimos anos
eu estou agora?
De maneira macro e resumida, podemos definir a plotter de recorte como uma cortadora de materiais flexíveis em rolo que funciona com um motor de tração em eixos X e Y. Ficar bem claro qual é a função dela é essencial para que possamos entender qual é a sua posição no atual mercado sign. Na opinião de Tiago Barbosa, coordenador de produtos da Roland DG, esse equipamento, atualmente, abrange um espaço importante no segmento. “Isso fica claro, pois existem aplicações que ela é indispensável, como nos segmentos de sinalização, decoração de ambientes, vestuário, adesivação, letreiros, etc.”, enumera. Também partidário dessa ideia, Bruno Vinícius Santos, supervisor comercial da Mimaki, reforça que sim, a plotter é uma ferramenta que não pode
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faltar em um birô de impressão, sendo ele grande ou pequeno. Afinal, boa parte das aplicações, principalmente em adesivos, passa por este maquinário. “Ele pode ser usado tanto em parte de um processo de produção, como ser a única máquina utilizada nesse sistema”, informa. Outro ponto que torna essa tecnologia forte no setor é o fato dela ser versátil e considerada uma excelente forma de começar no ramo de comunicação visual. “O valor de investimento, se comparado a outros maquinários de impressão, é bem menor. Isso conta demais!”, acrescenta Santos.
Olhando
para o passado
Bom, que todo aparato tecnológico vem para facilitar de um jeito ou de outro a vida do homem, isso é um
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Mimaki/Divulgação
Sem o surgimento das plotters de recorte, todo o trabalho feito era manual, o que exigia uma habilidade quase artística do signmaker
A plotter de recorte é uma cortadora de materiais flexíveis em rolo que funciona com um motor de tração em eixos X e Y
fato. Porém, com o advento dessas novas soluções, por vezes, nos esquecemos de como era a vida antes do surgimento delas. Jefferson de Andrade, consultor de vendas de pequenos formatos da F1 Suprimentos, lembra que antes do surgimento das plotters de recorte, o mercado se virava do jeito mais manual possível. “Antes do desenvolvimento dessas máquinas, todos os trabalhos eram realizados manualmente com utensílios convencionais como tesoura, estilete e refiladoras”, conta. “O que
me lembro bem é que antigamente, o processo era quase que artesanal. O problema era que todo o trabalho era muito demorado, levando muitas horas, minutos e até dias”, acrescenta Tiago Barbosa. No entanto, Bruno Santos destaca outra habilidade incomum que o signmaker precisava ter: “Os trabalhos feitos exigiam uma habilidade danada de quem fosse fazê-lo. Por isso, esse profissional precisava ser quase um artista, fator esse que dificultava muito a oferta de mão de obra”, comenta.
Akad/Divulgação
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A necessidade é uma das responsáveis pelo avanço da tecnologia que, por esse motivo, ganhou inovações como sensores de marcas de registro
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Nessa época, segundo relato de José Roberto, gerente de produto da Akad, dependendo da aplicação, alguns desses profissionais artesãos eram chamados de “letristas”. “Eles pintavam as letras direto na superfície do material e elaboravam faixas, banners e outros trabalhos produzidos artesanalmente.” Mesmo nesse período, alguns profissionais já utilizavam vinil adesivo, porém, com todo o processo ainda feito manualmente. “Esses trabalhadores da época desenhavam os layouts no verso do liner e depois, com o auxílio de estiletes, cortavam os adesivos a serem aplicados”, completa. Tanto perrengue foi compensado com a criação das plotters de recorte e, de lá para cá, muita coisa mudou. “Tivemos algumas evoluções ao longo dos últimos anos, como o aumento de velocidade, que permitiu as empresas entregar seus trabalhos em tempos menores, tornando-as mais competitivas”, indica Santos. A força de pressão de corte também aumentou o que, consequentemente, abriu um leque maior de aplicações. “Isso acontece porque é possível cortar um número maior de mídias, como folhas de borracha e placas de PVC de até 0,6 mm.” Outra evolução muito notada é que atualmente, algumas máquinas possuem a função de “meio corte”, ferramenta que corta a mídia em movimento “vai e vem” e faz picotes no material.
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F1 Suprimentos/Divulgação
ocorrerá conforme a necessidade das empresas, de seus usuários, e de todo mercado”, indica Roberto. E nesse aspecto, Tiago Barbosa relembra algumas das principais evoluções. “Hoje, esse equipamento tem maior velocidade de corte e um aumento do comprimento do corte. Além disso, tivemos muitos avanços no registro, como leitura para recorte de material impresso, precisão, aumento da pressão do corte, entre outros.”
Ao longo dos anos, os equipamentos tiveram evolução de velocidade, o que aumentou ainda mais o desempenho da tecnologia
Amanhã
será um lindo dia
Se o mercado de comunicação visual deve tanto as plotters de recorte e, atualmente, elas são indispensáveis para diversos trabalhos em nosso ramo, qual a perspectiva que temos para o futuro dessa tecnologia? Será que o espaço que ela ocupa hoje será o mesmo daqui a 20 ou 30 anos? Na visão de Jefferson de Andrade, justamente por sua versatilidade e necessidade nos trabalhos de comunicação visual, esse maquinário ainda terá espaço e foco dentro do mercado. “Porém, acredito que ao longo dos anos, essa máquina terá uma operação cada vez mais fácil e simples. Dessa forma, abre-se espaço para que as pessoas a tenham em suas próprias casas”, opina. Dentro dessa perspectiva, as inovações apresentadas por essa tecno-
logia para atender novas necessidades estão diretamente ligadas a sua “sobrevivência”. Para tentar entender esse cenário, José Roberto exemplifica. “Por exemplo, a partir da necessidade de recortar materiais já impressos, os fabricantes desenvolveram e adaptaram nas plotters sensores para o reconhecimento de marcas de registro para o corte de contorno de imagens impressas”, comenta. Sendo assim, podemos concluir que as inovações dos produtos ocorrem a partir de uma ideia para suprir alguma necessidade latente e, com as plotters de recorte, não será diferente. “A evolução delas
Roland DG/Divulgação
José Roberto explica que nesse sistema, o material a ser cortado necessita de uma base de sustentação. “Por exemplo, o vinil adesivo convencional possui um liner, com base plástica ou de papel, que serve como suporte durante o processo de corte”, esclarece. Dessa forma, o equipamento corta a manta vinílica sem danificar o liner baseado em layouts pré-definidos em programas de criação ou específicos para o equipamento.
Sendo assim, em que pontos essa tecnologia ainda pode e precisa evoluir? Na análise de Barbosa, esse maquinário chegou a um ponto em que se tornaram muito boas para as finalidades que foram criadas. “Porém, é necessário ficar atento ao mercado para sempre atualizar os equipamentos.” E na visão de Bruno Santos, uma das oportunidades de evolução fica por conta de trabalhos com arquivos longos. Ele explica. “Para manter um corte de 1.000 adesivos, etiquetas ou rótulos pequenos que dão 10 metros lineares de forma bem precisa do começo ao fim, você tem que fracionar o arquivo em tamanhos menores para atender aqueles clientes mais exigentes”, comenta Santos. Segundo ele, essa evolução, que passa também por melhorias no sistema de tração, deixariam essa tecnologia ainda mais produtiva.
O avanço dos substratos também é um dos fatores que implicam no desenvolvimento dos equipamentos
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Roland DG/Divulgação
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As plotters possibilitam com que o signmaker tenha agilidade e qualidade na entrega de trabalhos de comunicação visual
Uma das evoluções demandadas para a tecnologia fica por conta dos trabalhos com arquivos longos
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Outro ponto de discussão de avanço fica por conta dos substratos na qual o maquinário trabalha. Para Roberto, a evolução dele está diretamente ligado ao avanço dos materiais que poderão ser desenvolvidos ou adaptados para esta tecnologia. “Assim, teremos um cenário mais abrangente das possibilidades de utilização destes equipamentos para atender novos mercados”, afirma. “Essas máquinas sendo capaz de cortar espessuras de substratos cada vez maiores, terão um crescimento ainda mais acentuado. Acho que é isso que falta, pois temos muitos mercados para adentrar”, complementa Andrade. E já dizia Lulu Santos, na música “Tempos Modernos”: “Hoje o tempo voa amor, escorre pelas mãos”. E o tempo passa, voa e vai embora, não é mesmo, leitor? Parece papo de velho, mas quantas e quantas vezes não nos pegamos naquela situação em que conhecemos alguém quando era uma
criancinha e, anos mais tarde, quando a reencontramos, falamos a icônica frase: “Nossa, como você cresceu”. É nesse momento que percebemos o quanto o tempo passa, passa e passa. Não sabemos o que o futuro nos reserva, mas nesse caso, as plotters de recorte dão um belo exemplo de como podemos “prever” o que nos aguarda lá na frente. Para isso, basta olharmos para trás, analisar a nossa evolução e assim, imaginarmos como será o amanhã. Por isso, assim como as plotters, é importante fazermos nossa parte no presente. Afinal, se o futuro pertence a Deus, pode crer que o hoje foi, é e sempre será nosso.
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Confira nas próximas páginas um infográfico especial com 10 razões que garantem o futuro da plotter de recorte no mercado de comunicação visual
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O mapa astral da plotter de recorte
Veja dez razões que garantem o futuro desta tecnologia no mercado de comunicação visual e descubra por que você deve adquiri-la!
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Bufunfa baixa: esses equipamentos se destacam pelo baixo custo de investimento. Com um capital em torno de R$ 6 mil, você consegue comprar uma plotter com tecnologia de ponta e, assim, entrar no mercado de comunicação visual.
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Papa tudo: a função do corte é utilizada em pelo menos metade dos trabalhos de comunicação. Ela é essencial, por exemplo, nas aplicações de adesivos que são vendidas em peças e com formatos nem sempre geométricos.
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Toma lá dá cá: por causa de seu ramo de atuação bem vasto, é possível realizar vários trabalhos com muita fluidez e assim, pagar todos os investimentos feitos com a máquina em um menor tempo.
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Vapt-Vupt: com essas máquinas, os trabalhos que eram feitos em horas e dias, ganharam outros ares. A plotter possibilita rapidez na produção e um tempo de entrega excelente.
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Precisão de um cirurgião: boa parte dos recortes de hoje em dia são feitos em arquivos impressos. Se o birô quiser oferecer um trabalho melhor acabado e de corte preciso, ele necessitará da plotter que faz leitura do registro da imagem.
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Mil e uma utilidades: se você tiver esse equipamento, pode se preparar. Com ele, é possível atuar não só no ramo de comunicação visual e sinalização, mas também nos segmentos de decoração e até vestuário.
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O par perfeito: a plotter de recorte é perfeita para o corte com layouts em vinil adesivo que podem ser aplicados em diferentes superfícies e locais como; faixas, placas e veículos.
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Acabamento é aqui: pode-se utilizar esse equipamento como uma ferramenta de acabamento gráfico, por exemplo, para o corte de contorno de etiquetas, rótulos e adesivos.
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Sem dor de cabeça: essa tecnologia demanda um baixíssimo custo de manutenção. Além disso, ela tem fácil operação e possui uma variedade de mercados para atender.
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Vitalidade de Highlander: até o momento, essa tecnologia não corre o risco de acabar ou perder a validade no mercado. Por ser considerada ainda a maneira mais produtiva e precisa que existe, a plotter de recorte é uma tecnologia que a cada ano ganha novos lançamentos. A tendência é que cada vez mais profissionais adquiram essa máquina como parte do processo.
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Fonte: entrevistados durante a matéria
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3D
Segredo desvendado: afinal, como funciona
a impressão 3D? Entenda quais são todos os passos que cercam a produção de uma peça em uma impressora 3D
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Tiago Capatto*
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esta edição, vou dar sequência na mesma linha que tivemos no inicio do primeiro texto. Na edição da Revista Sign #237, além de dar uma breve introdução da tecnologia, expliquei um pouco de como era revolucionário a im-
pressão 3D. A ideia também foi tentar mostrar ao máximo como sua mente pode se abrir ao explorar o universo e todas as utilidades de um equipamento 3D. Desta vez, vou explicar um pouco como essa “mágica” funciona para que assim, em nosso próximo encontro,
mostrar como poder utilizar essa tecnologia para o seu negócio, seja em brindes e personalização de produtos, até aqueles que querem trabalhar com a produção de baixa escala. Por isso, confira a seguir todos os passos da produção de uma peça em 3D!
A informação é a alma do 3D
Tiago Capatto/Divulgação
2 Tiago Capatto/Divulgação
Como as coisas são criadas e como dou “vida” ao meu projeto? Para conseguirmos imprimir em 3D, sempre precisaremos de um arquivo 3D, ou seja, ter ele em um formato digital, pronto e modelado. O arquivo deve ser fechado, sem buracos ou com superfícies invertidas. Para compreender melhor, podemos fazer uma assimilação com um arquivo em PDF. Muitas pessoas que trabalham com a impressão digital tradicional fecham seus arquivos em PDF para evitar problemas de distorção, fontes ou de cores, certo? Pois bem, o arquivo que nós devemos ter para a impressão 3D segue os mesmos caminhos. O arquivo .STL (nome dos arquivos 3D) é uma extensão que nasceu para representar a Estereolitografia, um dos primeiros processos de impressão 3D.
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O arquivo para ser fatiado e dividido
O arquivo deve estar fechado e sem nenhum tipo de “brecha”
3 Tiago Capatto/Divulgação
Como ela funciona? Em resumo, a impressora 3D vai pegar o seu arquivo modelado em 3D, e dividi-lo em camadas. Dessa forma, uma por uma, ele vai construindo a sua peça em um processo preciso e delicado, desde a base até o topo.
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Após ter meu arquivo modelado em 3D e pronto, o que faço? Após estar com seu arquivo pronto, é necessário manda-lo para um software que pode variar de acordo com a máquina e o fabricante. Por sua vez, esse software vai “fatiar” o arquivo (cortar o seu arquivo) em diversas camadas, centenas ou milhares de acordo com o tamanho da resolução. Exemplo: se tivermos uma peça de 0.2 mm (imaginando que ela tenha de 10 cm), ele irá fatiar a peça a cada 0.2 mm dando um total de 500 camadas para fazer a impressão. Depois que este arquivo é fatiado, então é gerado uma outra extensão (a mais comum é a “G-code”, mas pode variar dependendo do fabricante). O G-code, que é o arquivo enviado para a máquina de impressão, contém todo o caminho que a ferramenta, a extrusora e os eixos vão fazer.
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Antes de produzir sua peça, é muito importante que três questões estejam bem claras em sua cabeça. São elas:
O software, literalmente, fatia o arquivo em diversas camadas
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Executando a impressão 3D Vamos nessa: estando tudo certo, a impressora começará a executar a impressão. O equipamento 3D, diferente do 2D, se movimenta em 3 eixos: X que é a largura, Y que é a profundidade e Z que é a altura.
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fria e pronta para ser removida segurança, evitando assim qualquer tipo de risco.
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Habemus uma peça: pronto! Sua peça esta pronta e já pode ser usada para o que você deseja!
A relação entre plástico e extrusora: a injeção do plástico, nos modelos de FDM, é feita por uma extrusora. É ela quem derrete o plástico que vai ser usado para modelar o arquivo virtual passando-o para físico. O material que ela imprime são os termoplásticos, materiais plásticos que são aquecidos, ficam em um estado visco-elástico e assim, são despejados. Apesar de serem de vários tipos, os mais comuns são os ABS e o PLA.
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Quente, muito quente: o filamento entra na cabeça de impressão e lá é aquecido a aproximadamente 220 °C. Ao atingir 240 °C, a impressora começa a movimentar os eixos e vai desenhando a primeira camada. Dessa forma, ela dá sequência ao processo até imprimir toda a peça.
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Fique frio, muito frio: ao terminar todo o processo, que pode levar horas ou até mesmo dias, a peça ainda pode estar quente na máquina, No entanto, basta esperar um pouco para que assim, a peça esteja
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Como a impressora 3D atua? X
Depois de impressa e ter esfriado, peça está pronta para a utilização!
O bico (A) se desloca para as laterais (X e Y) despejando o filamento e o empilhando (B). Depois, o bico ou a mesa sobe para que a camada superior seja impressa
Leitor, fique atento ao que vou falar em nossos próximos encontros! Tenho certeza que você vai gostar muito mais das possibilidades e de como é possível usar a impressora 3D para você, sua casa, seu negócio.
A B
Até lá! *Tiago Capatto é
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CEO Fundador da Impressão 3D Printer tiago@impressao3dprinter. com.br
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Aplicação de vinil autoadesivo: método a seco
“Ferramentas” Eduardo Yamashita*
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esta edição, vamos falar de mais uma importantíssima ferramenta para realizar a aplicação do vinil autoadesivo através da metodologia a seco. Desta vez, o protagonista é o soprador térmico. Conhecido por pistola de calor ou soprador térmico, esse equipamento é capaz de gerar ar quente. Esta ferramenta tem uma importância gigantesca na aplicação de películas autoade-
sivas (discutiremos esse assunto em outras edições). Como no mercado de comunicação visual é possível encontrar vários tipos de sopradores térmicos, é preciso ficar muito atento qual deles vai suprir as suas necessidades. Por isso, é importante ficar atento nas seguintes informações para a escolha do seu equipamento:
Soprador térmico, essencial na aplicação de películas
Peso leve: o processo de envelopamento de um veículo, por exemplo, leva tempo e envolve a aplicação de calor a uma variedade de ângulos. Escolha uma pistola de ar quente para evitar a fadiga muscular e que, de quebra, seja fácil de manusear.
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Baixas vibrações: equipamentos que tenham vibrações em demasiado também podem te cansar na tentativa de manter o soprador firme. Por isso, escolha uma fonte de calor que é construído para limitar as vibrações.
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Visor digital: um display digital vai lhe dar um controle mais visível sobre a temperatura de ar quente e, de quebra, ajudá-lo a manter uma saída de calor consistente para obter melhores resultados.
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Design compacto: por vezes, você pode precisar utilizar o equipamento de calor em espaços confinados. Por esse motivo, quanto mais compacto for o equipamento, mais fácil será para aplicar calor nessas áreas de difícil acesso.
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5 Saídas de calor suficientes:
diferentes tipos de materiais plásticos se tornam maleáveis quando
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Temperatura: dependendo da região que estiver aplicando o vinil, você precisará de doses diferentes de calor. Um recurso do soprador que poderá te ajudar é o controle das velocidades do fluxo de ar. No caso dos sopradores com temperaturas definidas, prefira aqueles que têm, no mínimo, dois estágios de velocidades do fluxo.
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7 Potência
e voltagem do equipamento: é importante que o soprador tenha capacidade de potência adequada para a quantidade
de trabalho (horas) que você irá executar no dia, semana ou mês. Certifique-se de que a ferramenta tenha um consumo de potência (KW/h) aceitável aos gastos de energia que você pretende ter com o soprador. Não se esqueça também de checar a tensão (voltagem). Em geral, há equipamentos de 127V, 220V ou bivolt. Prefira a última opção, pois você não sabe o que irá encontrar quando for instalar uma imagem num cliente. Lembre-se sempre de checar a voltagem da tomada que você ligará o seu equipamento. Em nosso próximo encontro, trarei aqui em nosso espaço outros tipos de equipamentos térmicos e explicar, com todos os detalhes, os motivos que o tornam fundamental e, de quebra esclarecer a importância do calor nas aplicações de imagens com vinil autoadesivo. Por isso, fique esperto e atento ao nosso próximo encontro. Te vejo lá!
Você sabia? Outros tipos de fontes de calor podem ser obtidos através dos maçaricos manuais. Depositphotos
submetidos a temperaturas diferentes. Certifique-se que a pistola de ar quente que você escolher pode gerar calor suficiente para todos os materiais com os quais você trabalha. Esta informação pode ser encontrada na embalagem do material, ou com o fabricante de sopradores térmicos.
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Exterior
Alô, Rio de Janeiro!
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Sepex-RJ apresenta projeto à prefeitura
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Sindicato das Empresas de Publicidade Exterior do Estado Rio de Janeiro (Sepex-RJ) apresentou à prefeitura da cidade do Rio o seu projeto urbanístico para o segmento, visando resgatar a atividade, dentro de novos parâmetros e significados. A ideia é que com esse ma-
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terial, se chegue a um acordo com o Poder Público para que a atividade tenha sua importância econômica reconhecida, com a totalidade dos benefícios sociais gerados pela mesma e as variadas possibilidades de inserção de peças, de forma harmônica, na paisagem privilegiada da Cidade Maravilhosa.
Em nome da categoria, a entrega do estudo técnico foi realizada pela presidente da entidade, Teresinha Moraes Abreu. O plano contemplou uma metodologia e procedimentos próprios, realizados durante quase dois anos de trabalhos intensos desenvolvidos por uma equipe multidisciplinar independente de espe-
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Entidade desenvolve proposta para Projeto Urbanístico de publicidade exterior para a cidade
da cidade – Subprefeituras e distritos; os 1.291 pontos de interesse do Patrimônio Histórico da cidade, as áreas de Proteção Ambiental e outras variáveis do variáveis do IBGE (iluminação pública; calçamento; acessibilidade etc). Todas essas informações compõem um robusto conjunto de dados e informações técnicas que facilita a análise do local, onde cada peça de publicidade exterior poderá ser instalada devidamente regulamentada e respeitando as diretrizes do Poder Público em toda a sua extensão. A presidente do sindicato, Teresinha de Abreu, resume a importância desse extenso levantamento. “Essa é uma colaboração do Sindicato ao Poder Público e a toda a sociedade. O projeto será analisado pela prefeitura para possíveis ajustes, mas de antemão foi muito elogiado pelos técnicos do governo pelos aspectos técnicos, urbanísticos e econômicos que abrangeu.”
Outras inspirações Um ponto forte do projeto apresentado é que ele levou em conta, também como referência técnica e urbanística, a legislação de cidades em que a atividade turística é de alta relevância, como no caso do Rio de Janeiro. Para o estabelecimento desses parâmetros, foram estudadas cidades como Barcelona, Nova Iorque e Paris.
cialistas. A eles, coube avaliar a paisagem carioca, suas características, seus ícones paisagísticos e as possibilidades de inserção de peças de publicidade exterior. O extenso estudo levou em conta uma ampla série de informações de diversos tipos, tais como os tipos
de engenhos de publicidade exterior presentes na cidade, no Brasil e no mundo; dados socioeconômicos da região; os eventuais projetos urbanísticos que vem sendo implementados na cidade, os eixos viários atuais e em projeto (BRT; anéis viários; Metrô e trem); a Lei de Zoneamento em vigor e a divisão Administrativa
Sérgio Rizo, um dos responsáveis pela coordenação dos trabalhos ressalta o estudo apresenta, como resultado, uma proposta de regionalização do uso do espaço para a inserção de engenhos de publicidade exterior, expressa em uma cartografia singular, própria da cidade do Rio. “Por ele definimos quatro macrozonas com conceitos distintos. Em tais regiões, os tipos de engenho permitidos e a restrições deverão ser compatíveis”, esclarece Rizo. As macrozonas são:
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Todo engenho utilizado na paisagem carioca seguirá a filosofia da sustentabilidade e modernidade
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Área de proibição: toda a orla;
2 Ações
de recuperação: ações e projetos que visem ao restauro de bens tombados, melhoria de pisos de calçadas, recuperação de jardins e espaços públicos;
3 Ações
de manutenção: ações e projetos que consistem em ações de zeladoria urbana, como a manutenção de fachadas, paisagismo e jardinagem, limpeza de mobiliário e obras de arte localizadas no espaço público, como estátuas, instalações, etc;
4 Ações de transformação:
ações e projetos de mudança nos paradigmas paisagísticos, como criação de áreas de lazer e convivência, estímulo ao uso dos espaços públicos, recuperação de calçadas, etc.
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Com relação aos tipos de engenho, o estudo propõe soluções modernas e sustentáveis, tais como a adoção de tecnologias limpas e recicláveis; manutenção preventiva; a utilização de estruturas metálicas delgadas - de modo a interferir o mínimo possível na paisagem; iluminação obrigatória etc. Para o outdoor, nas macrozonas em que for permitido, o mesmo deverá ser instalado somente na área livre de imóvel edificado, ou em imóvel não edificado, sendo proibida sua projeção sobre a edificação e sobre o espaço público. Rizo ainda se diz feliz pelo resultado que terminou por apresentar uma proposta de metodologia para valoração do espaço da publicidade considerando a realidade municipal. “Esta metodologia não é discricionária, não é ideológica ou corporativista, pois se baseia no custo de oportunidade e é passível
de atualização por meio de indicadores oficiais. Partimos do princípio de que a paisagem pertence à coletividade e o uso da mesma para a publicidade consiste em uma forma alternativa de geração de contrapartida para a sociedade como um todo”, finaliza o estudioso.
Futuro Ainda segundo a Presidente do sindicato, a partir da incorporação de eventuais ajustes, o projeto seguirá os trâmites normais e legais até a possibilidade de ser implementado em uma das capitais mais importantes do País. Para Teresinha Abreu, a despeito da incredulidade e pessimismo em tantas cidades do Brasil, o Rio de janeiro, sempre na vanguarda, faz um trabalho comparado às mais famosas cidades do mundo. “Com esta ação, esperamos que a publicidade
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Para o presidente da Federação Nacional da Publicidade Exterior (Fenapex), Luiz Fernando Rodovalho, esse é mais um exemplo do trabalho técnico e profissional que os Sindicatos, com o apoio da Federação, podem desenvolver junto a técnicos e autoridades do setor Público. “Dessa forma, é possível estabelecer uma convivência harmoniosa entre a cidade, suas necessidades e peculiaridades, e o setor de publicidade exterior, promovendo a atividade econômica do município, gerando receitas e benefícios para a prefeitura.”
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exterior possa, em um prazo médio, equacionar todas as adversidades que enfrenta”, finaliza. A Presidente ainda agradeceu o apoio e colaboração do Poder Público e dos associados do Sindicato Regional, além dos técnicos e profissionais de diversas áreas envolvidos no projeto.
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