Revista Sign - Edição 242

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Ano XX - nº 243 Agosto 2015 R$ 12,50 www.btsinforma.com.br

Sinalização | Impressão Digital

Comunicação Visual

Em um momento difícil, Serigrafia SIGN FutureTEXTIL 2015 mostra qual deve ser a postura do setor para enfrentar a crise e sair dela mais forte do que nunca!




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S

umário

10 Entrevista: José Ano XX - nº 243 Agosto 2015 R$ 12,50 www.btsinforma.com.br

Sinalização | Impressão Digital

Comunicação Visual

Danghesi, novo diretor da Serigrafia SIGN FutureTEXTIL fala sobre os desafios e o saldo de sua primeira feira

14 Capa: Saiba tudo o que

rolou durante a 25ª Serigrafia SIGN FutureTEXTIL!

20 Serigrafia SIGN x Crise: Um panorama completo

40 Espaço do Conhecimento: Confira um resumo completo de uma das principais atrações da Serigrafia SIGN deste ano!

66 DSE South America: Tudo o que rolou

na primeira edição do evento mais importante da história do Digital Signage brazuca

da crise econômica e seus efeitos para o mercado de comunicação visual Em um momento difícil, Serigrafia SIGN FutureTEXTIL 2015 mostra qual deve ser a postura do setor para enfrentar a crise e sair dela mais forte do que nunca!

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Design de Capa: Emerson Freire

Colaboradores Eduardo Yamashita Consultor técnico para o mercado de comunicação visual

Fabio Kenji Tanaka Consultor técnico da empresa Cor Amarelo

Veja +

Gerenciamento de

06......................................................................................................... Editorial

Cor Digital

08........................................................................................................Mercado 36............................................................ Mural de Fotos Serigrafia SIGN 2015 62........................................................................................................ Cambea 78....................................................................... Entrevista DSE South America

João Orlando Vian

82.................................................................................... Índice de anunciantes

Consultor Executivo do Instituto Nacional para

Errata

o Desenvolvimento do Acrílico

Tiago Capatto CEO Fundador da Impressão 3D Printer

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Na edição da Revista Sign #242 de julho, na página 22, a foto publicada do equipamento New Targa XT, da empresa Ampla, não é a correta - a foto veiculada foi a do modelo anterior. A imagem correta da impressora você confere a seguir:



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E

Ano XX - nº 243

ditorial

Um momento de reflexão

Q

uando sentimos a necessidade de fazer uma reflexão? Refletir é o ato pelo qual o pensamento se volta sobre si mesmo para examinar seus elementos. Sentimos a vontade de refletir quando precisamos fazer uma auto avaliação sobre nossos atos e trajetória. Nesse aspecto, nenhuma situação te coloca tão contra a parede do que uma crise, seja ela de relacionamento, moral, existencial etc. E atualmente, nós, brasileiros, estamos passando por um momento de crise político-econômica intensa. Como cidadãos, nos questionamos se estamos agindo de maneira correta, assim como os diversos mercados que estão sentindo na pele os efeitos dessa época. Mas crise, por incrível que pareça, simboliza a oportunidade de fazermos diferente. Ela oferece esperança e revolução na mesma palavra. E em 2015, o mercado de comunicação visual se reuniu em um lugar para dar sua resposta a ela: na 25ª Serigrafia SIGN FutureTEXTIL! Entre os dias 21 e 24 de julho, o setor mostrou que continua de pé e pronto para encarar qualquer tipo de dificuldade. E para retratar como foi a feira, e a forma que o mercado enxerga o atual cenário brasileiro, preparamos uma cobertura nunca antes feita na história da Revista Sign. Percorremos durante os quatro dias o evento para trazer a você todas as novidades que a Serigrafia SIGN 2015 apresentou. Contamos com detalhes como foram as palestras do Espaço do Conhecimento e, de quebra, a visão dos expositores sobre a crise econômica e política nacional. E pode acreditar: o cenário é uma oportunidade ímpar do segmento mostrar novidade, criatividade e muita evolução; elementos encontrados aos montes nos 40 mil m² da 25ª edição do evento. E nesse ano, a primeira edição da DSE South America não poderia ficar de fora! Relatamos quais foram as novidades levadas pelos fabricantes e as outras atrações desse, que foi um verdadeiro marco para o segmento de Digital Signage brasuca! Nossa própria trajetória na Terra tem um começo, meio e fim. Porém, entre aprendizados e vitórias, o que vale em nossa jornada são as evoluções que conquistamos. Dentro desse contexto, nossos problemas e crises nos fazem olhar para nós mesmos de maneira crítica e procurar aquilo que podemos melhorar, e subir de patamar em busca de novos objetivos, atrás de outros “problemas e crises”. Aí eu te pergunto: será que sem essas dificuldades que enfrentamos seríamos capazes de evoluir sozinhos? Independente da sua reposta, nesse aspecto, assim como a arte imita a vida, o mercado de comunicação visual também pega carona nessa filosofia. Afinal, ele é formado por pessoas que assim como você e eu, também possuem suas crises, que no fim das contas acabam sendo comuns e essenciais. Isso chamamos de vida. Boas reflexões e aproveite a leitura! Léo Martins

Agosto 2015

President Informa Group Latin America Marco A. Basso Vice President Informa Group Latin America Araceli Silveira Group Director José Danghesi Show Manager Cíntia Miguel cintia.miguel@informa.com Departamento Comercial Simoni Viana simonifilla@gmail.com Gestão editorial - Venga Conteúdo Coordenador de Publicações Marcelo Tárraga marcelo@vengaconteudo.com.br Editor Léo Martins leonardo@vengaconteudo.com.br Redação Marcela Gava marcela@vengaconteudo.com.br Arte Emerson Freire emerson@vengaconteudo.com.br Atendimento ao Cliente Rosi Pinheiro trafego@vengaconteudo.com.br Periodicidade Mensal Impressão Gráfica Elyon

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REDAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Bela Cintra, 967 - 11º andar - Cj. 111 Consolação - 01415-000 - São Paulo/SP - Brasil Tel.: (55 11) 3598-7800 - Fax: (55 11) 3598-7801 Conheça o nosso portfólio no site: www.btsinforma.com.br IMPRESSÃO A BTS INFORMA, consciente das questões ambientais e sociais, utiliza papéis com certificação FSC® (Forest Stewardship Council) na impressão deste material. A certificação FSC® garante que uma matéria-prima florestal provém de um manejo considerado social, ambiental e economicamente adequado. Impresso na Gráfica Elyon certificada na cadeia de custódia - FSC®. A revista não se responsabiliza por informações ou conceitos contidos em artigos assinados por terceiros.



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M

ercado

Para ver essas e outras notícias do setor, acesse

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Tax Credits/Flickr

A EFI acaba de comprar a Matan Digital Printers e a Reggiani Macchine, para as linhas de grandes formatos e impressão digital têxtil, respectivamente. A Matan é reconhecida por seu foco em máquinas rolo a rolo e a Reggiani, por seus equipamentos de jato de tinta para impressão em tecidos.

Serigrafia SIGN 2015 é palco para anúncio de parceria entre Esko e Serilon Durante a Serigrafia SIGN FutureTEXTIL 2015, Esko e a Serilon anunciaram um novo acordo de distribuição em terras brasileiras. O mais novo acordo prevê que a Serilon poderá distribuir e vender não só toda a linha completa de mesas de acabamento da Esko, mas também disponibilizar ao mercado os softwares para fluxos de impressão de grandes formatos, a i-cut Suite, que tem foco de atuação em empresas de sinalização e comunicação visual. Ernande Ramos, vice-presidente da Esko da América Latina, justifica que a escolha da Serilon se deu pelo fato da empresa ser muito conhecida como fornecedora de sinalização de comunicação visual no Brasil, juntamente pelo fato da companhia brasileira ter atendimento em basicamente todo território nacional.

Nova linha LED chega ao mercado

A impressão digital foi empregada em um importante trabalho realizado na capela de São Miguel, situada no Monastério de Santa Maria de Pedralbes, que foi fundado em 1327, na Espanha. Usando um equipamento látex da HP, foi possível imprimir painéis com imagens da arte do século 14, permitindo que o local pudesse abrir as portas ao público para visitação. Criadas pelo artista Ferrer Bassa, as pinturas permaneceram intactas até o fim do século 19 e, quando foi notado que as obras tinham valor incalculável, deram início às restaurações. A equipe do Monastério queria um processo que fosse sustentável, e foi assim que escolheu a látex. Para impressão, foi usado um substrato chamado PONGS. Para conferir o vídeo com os detalhes da aplicação, acesse www.signsilk.com.br.

Bright Green Technology/ Divulgação

Jaume CP BCN/Flickr

A Bright Green Technology lança uma linha de iluminação para aplicação em painéis publicitários, letreiros, sinalização e displays, evolução da Bright Green Beam. A fabricante explicou que apenas dois módulos do produto são equivalente a 10 módulos regulares de iluminação LED.

Impressão digital recria imagens artísticas do século 14

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Yoel Ben-Avraham/Flickr

EFI adquire duas novas companhias


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Soltem os fogos! Grupo JK adquire mais uma empresa; veja qual

Outdoor tritura violência

Reprodução

A J-Teck Brasil anunciou que o Grupo JK – junção que composta pelas empresas Kiian Digital e J-Teck -, adquiriu a empresa Sawgrass, companhia que tem o foco de operação voltado para o segmento de tintas para sublimação digital e pigmentada para a atuação no mercado têxtil. Segundo comunicado oficial, o objetivo é que esta nova aliança traga as três marcas que formam no grupo uma sinergia significante para elevar seus respectivos nomes nos mercados que representam. “Seguindo a combinação das marcas J-Teck e Kiian Digital, a adição da Sawgrass no grupo trouxe posição de liderança no setor da sublimação digital”, comentou Dennis Wilby, presidente do Grupo JK. No entanto, o grupo ressalta que apesar das três companhias fazerem parte do mesmo grupo, ainda assim, as mesmas atuam de maneiras separadas e independentes.

A Act Resposible criou uma campanha muito diferente. Com slogan “A publicidade tem o poder de parar a violência”, o conteúdo traz situações de violência, poluição do meio ambiente e agressão a animais, que são trituradas pelo suporte publicitário.

Global Química & Moda tem nova contratada Clyde Wraps/Reprodução

A Global Química & Moda contratou a executiva Iara Valentim, que possui 19 anos de experiência na área comercial, estruturação e liderança de canais de vendas direta e indireta. Segundo a empresa, Iara vem efetivar a ampliação do canal de distribuição da empresa em todo país.

“Descustomização” deixa furgão detonado

Juli/Flickr

A empresa escocesa Clyde Wraps atendeu uma demanda inusitada. Um cliente procurou o estabelecimento para transformar a sua nova Volkswagen T5 Transporter em uma van enferrujada. Para realizar a façanha, foi necessário tirar as medidas exatas do veículo. Depois a equipe escolheu um azul desbotado e trabalhou a ferrugem em todo estrutura, inclusive nas maçanetas, puxadores e espelhos. O projeto foi impresso em um vinil laminado fosco para enfatizar as cores usadas. “A van se destacou entre a multidão, e nosso cliente contou que demorou apenas três dias para que a polícia o parasse para perguntar aonde estava indo com toda aquela ferrugem”, disse a equipe da Clyde Wraps. Para ver mais fotos da van, acesse www.signsilk.com.br.

Outdoor se camufla na natureza

Pictures Of Money/Flickr

A OKI Data Corporation, empresa especializada no negócio de impressoras e que pertence ao Grupo OKI, assinou um acordo com a Seiko Instruments Inc. (SII). O mais recente acordo prevê que a OKI Data Corporation irá adquirir, de maneira global, o negócio de uma subsidiária da SII, a Seiko I Infotech Inc. (SIIT), que cuida da parte de impressoras de grandes formatos. Segundo o anúncio oficial, está previsto a aquisição total das ações detidas pela SIIT. Junto com o novo contrato, as subsidiárias da OKI Data Corporation dos EUA e da Europa também assinaram contratos de compra de ativos com empresas do grupo europeu e americano da SII. Dessa forma, também se garante o negócio de impressoras de grandes formatos e seus respectivos ativos que, atualmente, são detidos pela SII. A ideia é que toda a transferência de negócio seja feita até 01 de outubro desse ano.

Reprodução/Youtube

OKI compra empresa para se fortalecer em grandes formatos

O artista Brian Kane teve uma ideia diferente: para mostrar belezas que ficam despercebidas durante a rotina, ele usou imagens de paisagens ao redor e as inseriu em outdoor. À noite, as imagens da lua eram exibidas, enquanto de dia, floresta e árvores eram o foco da ação. Veja o vídeo em www.signsilk.com.br.


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ntrevista

Para continuar desfilando bonito!

Novo diretor da Serigrafia SIGN FutureTEXTIL revela suas impressões, os bastidores e todos os desafios que consagraram a feira como evento campeão do ano!

C Léo Martins

erta vez, Graciliano Ramos, conhecido escritor da obra “Vidas Secas”, disse a seguinte frase: “Se a única coisa que de o homem terá certeza é a morte, a única certeza do brasileiro é o carnaval no próximo ano”. Pois bem, para José Danghesi, novo diretor da Serigrafia SIGN FutureTEXTIL, a frase do escritor brasuca seria perfeita

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se ela contivesse o seguinte adendo: que no próximo ano, teremos mais uma feira melhor e maior que a edição do ano anterior! “Assim, iremos desfilar nessa passarela como verdadeiros campeões, da mesma forma como fizemos nesse ano”, comenta o diretor. E para falar dos desafios de continuar o “desfile” do mercado, Danghesi bateu um papo com a Revista Sign. Ele citou os obstáculos à frente de sua

primeira feira no ramo de sinalização, impressão digital e comunicação visual, assim como os planos para o futuro do evento. O diretor relata de maneira entusiasmada qual foi o balanço da 25ª edição da feira. E como sua experiência, com mais de 30 anos de trabalho em organização de feiras, poderá agregar à imagem da Serigrafia SIGN. Confira a entrevista a seguir!


Fábio Castro

Arquivo RSG

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José Danghesi, diretor da Serigrafia SIGN FutureTEXTIL

Essa a primeira feira que você dirige uma feira que envolve os mercados de Sign e Silk-Screen. Atualmente, qual é a sua análise para esses dois segmentos no cenário nacional? Já fui diretor de feiras da Abimaq e também fiz a Feira Internacional de Papel e Indústria Gráfica. Na incumbência dessas feiras, eu achei que soubesse algo sobre os ramos próximos à área gráfica ou de impressão como serigrafia e comunicação, mas ao final, vi que não sabia nada (risos). Ao assumir a 25ª Serigrafia SIGN FutureTEXTIL, comecei estudar para entender um pouco mais desses segmentos.

Compreendi que esses mercados estão convergindo, ou seja, coisas estão convergindo do setor de Sign para o Digital Signage, da sublimação para o Sign, da serigrafia para a sublimação, e assim por diante. Eu acredito que está ocorrendo uma mudança interessante, porém, de um modo mais dentro dos próprios setores.

Durante os quatro dias de evento, quais foram suas impressões? Qual foi o balanço final da Serigrafia SIGN FutureTEXTIL 2015? A feira me prova que ela é inteiramente líder de mercado. Afinal, na medida em que não se perde m², se

aumenta o número de expositores e de visitantes em um cenário econômico complicado que estamos vivendo, comprova-se toda a importância, qualidade e referência que a Serigrafia SIGN FutureTEXTIL tem para os mercados que representa. Para nós, isso é motivo de muita alegria! A minha impressão é que a 25ª Serigrafia SIGN, bem como a primeira edição da DSE South America, mostraram porque elas existem: os expositores ficaram altamente satisfeitos com a feira, todos buscando renovação. Para o ano que vem, acho que precisamos agregar novos setores. A DSE veio para ficar e para ser integra-


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E

ntrevista

Compreendi que esses mercados estão convergindo, ou seja, coisas estão convergindo do setor de Sign para o Digital Signage, da sublimação para o Sign e da serigrafia para a sublimação

choco tanto com uma ou outra intercorrência de mercado: faço o que é preciso e ajo tecnicamente naquilo que é necessário. Em minha opinião, essa frieza é necessária para que o sucesso seja possível. Nesses períodos pré-feira Serigrafia SIGN, procurei ficar muito calmo, sem ansiedade, mas ao mesmo tempo, vivendo a feira. A ideia é que dessa forma, nós pudéssemos analisá-la, discuti-la e ver as possibilidades do próximo ano.

Mediante a isso, qual foi o papel da equipe para que o evento fosse entregue? da e não separada à Serigrafia SIGN. Esse também é um dos nossos planos para o próximo ano.

Falando um pouco do que antecedeu a feira, qual era sua expectativa para dirigir sua primeira Serigrafia SIGN FutureTEXTIL? Eu me considero um “médico de eventos” de 60 anos de idade. Por isso, considero que já não tenho tanta aflição em relação ao meu “paciente” que, nesse caso, é a feira. Eu não me

Eu e minha equipe que, diga-se de passagem, é altamente competente, discutimos muito o evento. Por ser minha primeira Serigrafia SIGN, nessa edição, minha participação foi muito pequena. O mérito do sucesso da versão 2015 da feira é inteiramente da minha equipe, que é madura, consciente e sabe muito bem o que está fazendo. De fato, foi a minha equipe que entregou a feira. Considerando minha experiência de outros eventos, antes e durante a

realização da feira, consegui perceber junto que eu posso contribuir, e muito, para que o evento seja ainda melhor em 2016. Transpondo todo meu know-how por dirigir outras feiras como Agrishow e Bienal do Livro. Tenho certeza de que vamos por uma cara complementar ao evento que já é referência no mercado. Afinal, uma feira que teve esse sucesso está no caminho certo e não precisa de uma cara nova, somente algo que complemente sua identidade.

A crise econômica influenciou de alguma forma na organização da 25ª Serigrafia SIGN FutureTEXTIL? Ela pode ser considerada um desafio? Imensamente! A crise nos tirou da zona de conforto, fazendo com que todos trabalhassem muito mais. Por causa dela, tivemos que ser muito mais criativos, procurando promoções e atrativos para que os visitantes viessem em maior número e em uma qualidade superior. No entanto, a crise é benéfica do ponto de vista em que, tanto o visitante, assim como o expositor, busquem alternativas em

Fábio Castro

Comparado ao ano passado, feira de 2015 ganhou m², números de expositores e visitantes

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Fábio Castro

Fábio Castro

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Primeira edição da DSE South America

Espaço do Conhecimento foi um dos

conseguiu trazer Las Vegas para São Paulo

redução de custo, melhoria de produção, etc. Se formos comparar outros eventos existentes aqui em São Paulo e em todo o Brasil, muitos perderam quantidade de visitantes, de expositores e até m² por conta da crise econômica nacional. No nosso caso, isso não aconteceu, talvez pela feira ter em seu DNA essa abrangência para solucionar problemas de vários níveis de profissionais desses mercados. Aliado a isso, volto a ressaltar o trabalho da nossa equipe, que também foi a grande chave para a beleza e sucesso de mais uma Serigrafia SIGN FutureTEXTIL.

Em sua opinião, o que mais te marcou nessa edição da 25ª Serigrafia SIGN FutureTEXTIL? Quais foram os principais destaques? Uma impressão muito bacana que a feira me deixou é o fato dela abranger todo o tipo de público, desde daquele que quer começar até aquele profissional que já tem mais tempo no mercado. Essa abrangência de possibilidades de todos os níveis de negócios, mostrou o quão ela é democrática ao abraçar todo o tipo de profissional, desde o pequeno, médio e grande. É outra medalha no peito da feira que nos enche de orgulho. Outro destaque que nos proporcionou muito orgulho e alegria foi a

destaques da 25ª edição da feira

resposta do público com o “Espaço do Conhecimento”, área destinada para a disseminação de informação e conteúdo que, com toda certeza, será reforçado para o próximo ano. Conteúdo será tudo na edição 2016 da feira! Por fim, não poderia deixar de enaltecer a primeira edição da DSE South America. A performance de expositores e visitantes, assim como os eventos paralelos, nos deixou muito animados! Com toda a certeza, ano que vem, faremos tudo ainda melhor e maior.

Falando um pouco do futuro, quais são os planos para as próximas edições da feira? O que você pode adiantar para os nossos leitores? Eu gosto de comparar uma feira que se realiza anualmente com o Carnaval: nem terminamos uma e já estamos discutindo o enredo da próxima. Tivemos um movimento muito grande de visitantes e expositores em nosso espaço VIP, com todas as salas de reunião sempre ocupadas. Pelo que ouvimos dos expositores que renovaram seus contratos, assim como dos visitantes, mesclando a minha experiência e a competência da minha equipe, em 2016, vamos conseguir fazer um evento de retomada, que irá agregar muitos outros novos quesitos! Assim, iremos desfilar nessa passarela

como verdadeiros campeões, da mesma forma como fizemos nesse ano.

Deixe uma mensagem final aos leitores da Revista Sign Primeiro, em meu nome e de toda a equipe, gostaria de agradecer a todos os expositores que acreditaram que entregaríamos um produto como esse. Em segundo, um agradecimento àqueles que já formalizaram o seu crédito para o próximo ano, o que para nós, é muito significativo. Em terceiro, é importante dizer que nós, da BTS Informa, iremos honrar o compromisso com essas marcas que já confirmaram presença no evento de 2016 e faremos tudo àquilo que foi e será anunciado. Por fim, gostaria de falar diretamente com o visitante e leitor da Revista Sign, para que ele esteja conosco na próxima edição e se atualize nos segmentos Sign e Silk-Screen. No caso do público de Digital Signage, por intermédio da primeira edição da DSE South America, conseguimos proporcionar a esse novo visitante a possibilidade de conhecer todas as soluções de Las Vegas, local de realização do evento nos EUA, aqui em São Paulo. E faremos tudo novamente ano que vem, pois nossa preocupação com a qualidade da visitação com a Serigrafia SIGN e a DSE South America estará cada vez mais ampliada. Por isso, estejam com a gente e até 2016!


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apa parte 1 - Serigrafia SIGN FutureTEXTIL 2015

Fábio Castro

Mais forte do que nunca!

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Em quatro dias de evento, o sucesso da Serigrafia SIGN FutureTEXTIL 2015 mostra a resposta do mercado diante de uma crise econômica nacional

F Léo Martins

oram quatro dias, mais de 30 horas de evento, milhares de pessoas e muita, mas muita criatividade. Tanto por parte da feira, quanto dos expositores e visitantes que lá estiveram, a versão 2015 da Serigrafia SIGN FutureTEXTIL provou algo digno de seu legado: que a inovação e tecnologia são elementos que devem estar presentes na evolução e desenvolvimento dos mercados de comunicação visual, sinalização, sublimação, impressão digital e impressão têxtil. E em meio ao momento de instabilidade da economia brasileira, a 25ª edição da feira respondeu a altura esse cenário de desconfiança com duas palavras: inovação e conhecimento. Isso prova que mesmo com toda dificuldade, o segmento continua mais forte do que nunca, servindo ainda de resposta para a tal crise. Aqui, ela nada mais é do que a oportunidade perfeita para a reinvenção de um mercado em busca de dias de muito mais glória!


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apa parte 1 - Serigrafia SIGN FutureTEXTIL 2015

maneira entusiasmada Oscar Guiñzú, diretor da Danfex.

Fábio Castro

Já Evelin Wanke, gerente de vendas da Epson, acredita que o evento é a oportunidade perfeita para entender a situação do mercado, ainda mais em uma época de instabilidade econômica. “É nesse momento que temos de estar perto dos clientes para que assim, possamos orientá-los, entendendo como o mercado funciona e ajudar a mantê-lo firme. A feira é perfeita para isso.”

Visitantes e expositores superam temor da crise durante 25ª Serigrafia SIGN FutureTEXTIL

da expectativa à superação

Tudo teve início no dia 21 de julho, mais precisamente às 13h, no Pavilhão do Anhembi, em São Paulo. A expectativa era grande por parte dos expositores, assim como por parte dos visitantes que lá estariam. Afinal, qual seria o clima na edição 2015 da feira sendo que atualmente, a economia brasileira passa por um momento de recessão? Será que mesmo nesse cenário, os expositores investiriam em novas soluções? E os visitantes? Com tudo o que ouvimos na mídia, será que o público, grande termômetro do segmento, estaria presente no evento a fim de realizar negócio? Todas as perguntas foram respondidas, uma a uma, assim que a feira foi aberta, bem como em seus dias seguintes. No que diz respeito à resposta dos expositores, na 25ª Serigrafia SIGN FutureTEXTIL, tivemos dois fatores que confirmaram que, mesmo em todo esse cenário, os fabricantes confiaram na reputação da feira para espantar de vez qualquer tipo de desconfiança: em relação a edição 2014 da feira, a Serigrafia SIGN teve um aumento de 10% no número de ex-

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positores o que, por consequência, também aumentou em 4% o tamanho da feira em m². “Esse é o 19º ano consecutivo que participamos da feira e nesse tempo todo, ela nos mostra o quanto qualquer empresa do mercado precisa estar aqui, principalmente em momentos de crise, que é quando precisamos investir de verdade. O fluxo de pessoas e de negócio durante os dias nos deixou muito animados!”, opina de

Ale Anselmi

Recordar é viver:

Por outro lado, os visitantes também não decepcionaram, provando que o mercado anda “em chamas”. Em quatro dias de feira, tivemos cerca de 45 mil ávidos e curiosos frequentadores atrás de soluções que, de alguma forma, elevaram o nível de sua empresa. Para se ter uma ideia do tanto de gente que circulou nos corredores da Serigrafia SIGN, em seu último dia, as credenciais de visitantes tinham chegado ao fim tamanho foi a procura do público nesse ano. Esse fato mostra que para sobreviver a uma crise, nada melhor do que usá-la como oportunidade para investir. E nesse ponto, mais uma vez, a Serigrafia SIGN FutureTEXTIL confirma toda sua fama por ser o palco das principais novidades

Ao todo, mais de 45 mil visitantes passaram pela 25ª Serigrafia SIGN FutureTEXTIL



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Fábio Castro

apa parte 1 - Serigrafia SIGN FutureTEXTIL 2015

Fábio Castro

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Espaço do Conhecimento realizou cinco eventos

Em busca de talentos do envelopamento automotivo

durante todos os dias de Serigrafia SIGN 2015

nacional, Cambea#5 reuniu milhares de espectadores

e lançamentos das mais diversas áreas da comunicação visual, impressão digital e sinalização. “Foi uma gratíssima surpresa ver a feira cheia! Isso mostra o quanto existe mercado e gente interessada em fazer o novo. E nosso papel, enquanto expositores e fabricantes é mostrar essas novas possibilidades a essas pessoas para que assim, elas se mantenham sempre animadas”, comenta Edissa Furlan, gerente de marketing da HP do Brasil. E a animação de Edissa é compreensível. Afinal, os visitantes se mantiveram muito entusiasmados com tudo o que a feira apresentou de tendência neste ano. “A feira desse ano superou, e muito, a edição de 2014”, indica Amilton Gomes da Silva, da Cazão Artes. Vindo de Maringá, interior de São Paulo, ele ainda relata o sentimento para a edição 2016. “As pessoas que foram comigo estão aguardando, com muita ansiedade, a próxima feira! Como grande parte tinha ido pela primeira vez, a versão 2015 foi muito bem comentada”, declara. José Danghesi, novo diretor da Serigrafia SIGN, diz que todos esses fatores comprovam que a feira é inteiramente líder nos mercados em que atua. “Afinal, na medida em que não se perde m², se aumenta o número de expositores e de visitantes em um cenário econômico complicado que estamos vivendo, se comprova toda

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a importância, qualidade e referência que a ela tem para os segmentos que ela representa. Para nós, isso é motivo de muita alegria!”, enfatiza.

Novos e velhos conhecidos

Um dos grandes responsáveis pela alegria da direção da feira, do público e dos expositores durante Serigrafia SIGN, foram as novidades de 2015. E a primeira delas mirou justamente os expositores. Para aumentar ainda mais a visitação, pela primeira vez, em seus 25 anos de história, a feira quebrou uma tradição no que diz respeito ao horário de abertura. Nesse ano, mais precisamente nos dias 22 e 23 de julho, a Serigrafia SIGN FutureTEXTIL abriu às 10h. A ação serviu para que os expositores convidassem alguns clientes especiais para que assim, os mesmos visitassem seus respectivos stands com mais calma, antes da abertura do local, que estava agendada oficialmente para as 13h. A ideia era proporcionar um momento mais tranquilo para que expositores e visitantes fortalecessem relações e, por consequência, fechassem negócios. Porém, a maior e mais esperada novidade tinha endereço, lugar e até um nome que resumia tudo o que era encontrado nele: o Espaço do Conhecimento, ambiente inteiramente

dedicado a palestras e workshops para a capacitação técnica dos mais diversos profissionais. No espaço, que teve a Imprimax como apoiadora oficial, o panorama do mercado era discutido com a apresentação de novos caminhos para que as empresas pudessem arejar as ideias e, dessa forma, utilizar o conhecimento adquirido para lucrar nos próximos anos. Realizados durante os quatro dias de Serigrafia SIGN, o Espaço do Conhecimento reuniu, em suas dependências, cinco grandes realizações. Foram elas: Sign em Ação: ocorreu durante todos os dias de Serigrafia SIGN e se propôs a apresentar a transformação das principais matérias-primas usadas na comunicação visual; 2º Simpósio de Grandes Formatos: organizado pela ABTG, o evento ocorreu durante os quatro dias de feira e abordou diversos tópicos relacionados à impressão digital; Digital Textile Conference: aconteceu entre os dias 22 e 23 de julho e abordou o setor de impressão têxtil; 16º Fórum Acrílico - “O acrílico contra a crise”: programado para o dia 23 de julho, o evento organizado pelo Indac teve o acrílico como principal estrela;


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Com dois auditórios e uma área externa para a realização do Sign em Ação, o Espaço do Conhecimento chamava a atenção justamente pelo conteúdo que ele despejava no público. “Vim de Minas Gerais só para conferir, pela primeira vez, a feira, o que por si só já é fantástico. Mas poder assistir às palestras do ‘Espaço do Conhecimento’ foi fenomenal! Com o que eu aprendi aqui, com certeza mudarei o curso da minha empresa”, opina Renan Lima, da Zarco Interiores, que pôde assistir a palestra de “Capacitação Técnica na Sublimação e Sign - formas de aumentar sua lucratividade”, tema que compôs a programação do 2º Simpósio de Grandes Formatos. Simultaneamente a 25ª Serigrafia SIGN FutureTEXTIL e o Espaço do Conhecimento, o público que atua no segmento de envelopamento automotivo e, porque não, os que também são apaixonados por carros, puderam conferir de perto um velho conhecido: o Cambea! Em sua quinta edição - a quarta na Serigrafia SIGN -, o Campeonato Brasileiro de Envelopamento Automotivo reuniu dezenas de pessoas em volta de seu espaço. Dentro dele, diversos competidores procuravam mostrar suas habilidades na arte de envelopar um veículo. “O maior fruto da criação do evento foi promover a aproximação com os aplicadores”, expõe Marcelo Souss, diretor da Alltak e idealizador do Cambea.

Expositores mostram o futuro! Um dos maiores legados que a Serigrafia SIGN FutureTEXTIL deixou para o mercado foi seu tom democrático de abraçar a todos os tamanhos, níveis e segmentos do mercado. Por conta dessa filosofia, nem sempre, o visitante vai atrás necessariamente de um lançamento, mas também de soluções que sejam diferentes para

Arquivo RSG

Seminário Sign Cultural: ocorreu no último dia de feira e abordou tópicos acerca da publicidade brasileira e da mídia exterior.

Em sua 25ª edição, Serigrafia SIGN FutureTEXTIL apontou a decoração como uma das grandes tendências para o próximo ano

agregar ao portfólio de sua empresa. “Essa abrangência de possibilidade de todos os níveis de negócios, mostrando o quão ela é democrática ao abraçar todo o tipo de profissional, desde o pequeno, médio e grande, é outra medalha no peito da feira que nos enche de orgulho”, destaca José Danghesi. Seja nos substratos rígidos ou flexíveis, passando por todas as tecnologias de impressão, desde solvente à UV, o público pôde tirar suas dúvidas, se encher de ideias, conhecer novas soluções e, principalmente, aplicações que serão tendências nos próximos anos. Ao olhar novas tendências, a galera de impressão digital e comunicação visual notou o quanto o segmento de decoração está se mostrando uma possibilidade diferente de você utilizar sua impressora. “Ao analisar o mercado europeu, que também enfrentou graves crises, vemos que o mercado de decoração tem crescido muito por lá e que, inevitavelmente, também tem tudo para crescer por

aqui”, analisa Rose Santos, gerente de produtos da Antalis. Seguindo essa linha de raciocínio, Edissa Furlan reforça que, além da decoração ser uma opção, ela se torna interessante por não ficar restrita somente ao campo residencial, mas também abraçando o segmento empresarial e comercial, como PDVs, por exemplo. “Ela pode ser ampliada em diversos pontos de um ambiente, seja ele um abajur, assim como um grande papel de parede. É um mundo infinito em que os fabricantes e profissionais podem e devem explorar”, diz Edissa. No entanto, ao rodar por todo os 40 mil m² de Serigrafia SIGN FutureTEXTIL 2015, o termo “crise econômica” ainda ecoava pelos corredores. Qual o efeito que ele trouxe para o mercado de comunicação? Será que de fato enfrentamos uma crise? Para descobrir as respostas, fique com a gente, pois esse é justamente o tema das próximas páginas!

Para ficar antenado: conecte-se! Leia esse QR Code e confira a cobertura que fizemos em tempo real da feira Serigrafia SIGN 2015 para o site SignSilk!


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O outro lado da

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Será que devemos nos desesperar pelo atual cenário econômico brasileiro? Conversamos com diversas empresas do mercado durante a Serigrafia SIGN 2015 para que você entenda o tipo de momento que estamos vivendo. Conheça a crise de uma perspectiva que você ainda não conhece!

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crise D Léo Martins

epois de um dia muito puxado no trabalho, você chega em casa. A fim de relaxar, senta no sofá, liga a televisão para ver o jornal e se depara com os mesmos tipos de notícias: “Dólar opera em alta pelo quarto dia consecutivo e bate os R$ 3,48”, “Operação ‘Lava-Jato’ entra em sua 17ª fase e prende mais um envolvido no esquema bilionário de desvio e lavagem de dinheiro envolvendo Petrobras e empreiteiras”, “Banco Central aumenta projeção da inflação para 9%” e “Governo admite que País vive crise institucional gravíssima”. Ao ouvir essas e outras manchetes, é inevitável não pensarmos que, de fato, vivemos um momento complicado. Mas afinal, como ele nos afeta? Quais os efeitos dela em cima dos mercados, principalmente no de comunicação visual? E o principal: Como devemos encará-lo? Para responder essas e diversas outras perguntas é que preparamos uma matéria totalmente inédita na história da Revista Sign. Com base na visão de grandes nomes do mercado e expositores da Serigrafia SIGN FutureTEXTIL 2015, montamos um cenário político-econômico para que você possa entender de que forma essa crise afeta o setor, sua empresa e, por consequência, você. Será que devemos nos desesperar em meio ao que ouvimos nos noticiários? Mergulhe conosco na crise e entenda que ao final, toda situação ruim, por mais obscura que seja, ainda assim tem um lado bom.


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Aumento da inflação, corte de crédito e alta do dólar ajudam a explicar o atual momento econômico do país

Entendendo o tal período

Notícia vai, notícia vem, e onde quer que vemos, o assunto que ainda domina é um só: a tal crise econômica. Mas que raio de crise é essa? Os economistas explicam que, do ponto de vista econômico, o momento pode ser atribuído, basicamente a dois motivos: a inflação, que é a alta persistente e generalizada dos preços em uma determinada economia; e a alta do dólar, que implica diretamente na desvalorização da nossa moeda. Esses dois fatores influenciam em um aumento geral de produtos e serviços, pois para controlar a inflação a curto prazo, por exemplo, o governo estabelece medidas para que a taxa de juros aumentem, tornando o crédito mais caro para que assim, o consumidor pare de comprar. E mexer no poder de compra do consumidor, nesse aspecto, é sinônimo de um mercado que vende menos. E é nesse cenário que a crise começa a se estabelecer. Por já ter vivenciado diversos tipos de períodos similares, Sérgio Schmitz, diretor da J-Teck, comenta que quando uma crise estoura, é completamente normal qualquer mercado se retrair. “Essa experiência nos dá bagagem o suficiente pra entendermos que recessões, em cenários como o atual,

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são compreensíveis pelo susto. Não adianta desespero. Precisamos nos adaptar a ele”, relata. Dentro dessa perspectiva, Oscar Guiñazú, diretor da Danfex, comenta que sim, esse susto ocasionou um grande medo em diversos setores da economia nacional. Porém, a instabilidade econômica, em sua visão, só foi ocasionada porque estamos passando por uma crise política muito pior. “Toda vez temos um problema político novo, com superiores que não falam a mesma língua e um governo que não passa confiança. Só escutamos medo”, considera. “E com a confiança baixa, a economia, de maneira direta, também sente, o que acaba refletindo em todos os setores. Ninguém, nem brasileiro ou estrangeiro, pensa em investir no Brasil”, reforça Márcio Caillaux, gerente geral da Marabu do Brasil. “E é por isso que acredito que o maior desafio do governo é fazer com que o brasileiro retome essa confiança”, conclui Guiñazú. Dentro da análise do problema político, Rose Santos, gerente de produtos da Antalis, crê que toda crise teve origem no Rio de Janeiro por causa do escândalo da Petrobrás. “O mercado por lá está muito pior do que em outros Estados”, informa. “De lá, a coisa foi proliferando e acabou estourando, com bancos tirando a

linha de financiamento, com cartões BNDES sendo bloqueados, etc. Esses fatores são muito importantes para diversos segmentos, inclusive o de comunicação visual e impressão digital”, reforça Guiñazú. Para compreender como esse momento de crise afeta o segmento de comunicação visual, é importante entendermos como estava o mercado antes de 2015. Sérgio Freitas, gerente nacional de produtos da Belmetal, conta que em 2010, o segmento teve um crescimento astronômico, com grandes marcas investiam em nosso segmento para melhorar a aparência de seus comerciais. Isso desencadeou um crescimento de trabalho para diversos tipos de clientes nos mais variados mercados. Com esse “boom” de demanda, muitas empresas nasceram para suprir o grande número de serviços disponíveis. “Porém, com esse sentimento de ‘oba-oba’, essas mesmas companhias não se prepararam de maneira adequada para administrar seu negócio em tempos de crise”, acrescenta Freitas. E é aí que entra o perigo: quando a demanda cai, a empresa que surgiu em meio a essa afobação, começa a “vender o almoço para comprar a janta”. “Em outras palavras, esses profissionais que não se estruturaram de maneira devida



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acabam quebrando em períodos de dificuldade”, pontua Freitas. Dentro desse contexto, Felipe Sanchez, diretor da Global Química & Moda, informa que nesse cenário, o mercado irá sofrer um processo “Darwiniano”. Ele explica. “O segmento irá passar por um processo de ‘seleção natural’. As empresas que não foram corretas, que não agiram com consciência e que não tiveram planejamento, de fato, caíram ou irão cair”, expõe. “As menos preparadas, se ainda não fecharam, estão sofrendo muito”, reforça Evelin Wanke, gerente de vendas da Epson, que também afirma que aqueles que trabalham com projetos e que se planejaram, estão aproveitando esse período para crescerem. Por esse motivo, na visão de Sanchez, esse processo de “filtragem” favorecerá as companhias que sempre agiram de maneira correta. “E nesse aspecto, a desaceleração econômica,

além de peneirar o mercado, serve de oportunidade para os bons profissionais mostrarem seu trabalho”, aponta Sanchez. Essa seleção que o mercado passa, na visão de Eduardo Petroni, diretor administrativo da Canon-Océ, trouxe ao centro das atenções somente aqueles clientes que, de fato, estão no mercado para agregar em algo. “Quem ganha com isso somos todos nós, dos fabricantes ao cliente final”, reforça.

Um balanço da crise até agora

Antes do balanço, é importante dizer que sim, de maneira quase unânime, os efeitos da crise foram sentidos por diversos mercados e setores da economia, inclusive o da comunicação visual. “Vivemos um momento mais complicado, mesmo porque vínhamos em um crescimento. Isso influencia em um planejamento a longo prazo, que é projetado com base nos crescimentos

dos anos anteriores”, exemplifica Edissa Furlan, gerente de marketing da HP do Brasil. Quando essa recessão acontecesse, as empresas são obrigadas a rever números, mexer em margens e, principalmente no crédito. “Esse elemento, em especial, influencia muito para grande maioria das pessoas do setor”, acrescenta Edissa. “Esse foi o nosso caso. Tínhamos planos de trazer para Serigrafia SIGN 2015 uma série de outros lançamentos. Infelizmente, como o mercado caiu, tivemos que frear essa ideia”, relata Oscar Guiñazú, citando o exemplo da Danfex. Quando os números de uma empresa caem, em uma conjuntura econômica na qual o Brasil vive, é porque as vendas não estão saindo como o esperado. “É inegável que o mercado está em crise. É fato que muitos players, sejam clientes ou fabricantes, estão com venda abaixo do esperado”, opina Markus Runk, gerente de marketing e desenvolvimento de produtos da Sign Supply. “Quando os volumes de trabalho caem, principalmente no nível mais básico, como materiais promo-

O desespero nesse momento não ajuda em nada. O certo é encarar a crise de frente e procurar agir com sabedoria

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cionais e de sinalização, identificamos queda no setor”, acrescenta Eduardo Vaz, gerente de vendas da divisão gráfica da Fujifilm. E se o nível de vendas cai, a dificuldade financeira aparece, o que faz com que alguns empresários entrem em desespero. “Isso é perigoso. Na ânsia de quererem faturar, essas companhias acabam fazendo loucuras que depois, afetam no na saúde financeira de cada uma delas”, lembra Evelin Wanke, da Epson. E se o mercado foi diferente até junho, para Leonardo Schmidtke, CEO da Serilon, isso nos propiciou que todo setor fizesse uma análise da lição de casa que precisa ser feita. “O momento é de aproveitar para que os processos internos das empresas sejam otimizados em busca de eficiência e economia”, opina. E esse fator é de extrema importância para que companhias e setores específicos da comunicação visual, mesmo imersas nessa situação de instabilidade, consigam se manter estáveis ou até mesmo melhorarem seu desempenho. “O cenário ainda anda muito irregular. Algumas empresas estão ruins, outras não sentiram e algumas até estão se dando bem”, diz Runk. “Então, precisamos achar esse meio termo e atuar nos mercados que estão mais estáveis”, complementa. Nessa ótica, de acordo com Ernande Ramos, vice-presidente da Esko América Latina, esse é o caso de companhias que possuem atuação no ramo de PDVs. “Sim, a crise afetou esse ramo, mas por incrível que pareça, de maneira positiva”, expõe. Ele explica a situação da seguinte forma: quando se existe uma crise econômica, é comum ver marcas com a necessidade de anunciar cada vez mais e, nesse aspecto, o PDV tem grande rentabilidade por ser mais barato que TV e rádio, por exemplo. “Então, diversas empresas perceberam que melhorar a sua apresentação no PDV é uma das formas de se vender mais. E é aí que entram as mesas de corte e acabamento, que atuam diretamente nos displays”, detalha. Outro ponto que ajuda a explicar o ganho de algumas empresas nessa

HP do Brasil/Duvulgação

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Mercado de PDV, assim como o de decoração, obtiveram crescimento mesmo em todo cenário de instabilidade

conjuntura é a “limpa” que o mercado sofreu. “Muita produção que era feita locais menores, acabam migrando para as de médio e grande porte, que foram as que sobreviveram a esse período”, explica Ramos. “Por consequência, a demanda de trabalho e as companhias que estão se dando bem, precisam comprar novos equipamentos para atender a demanda de trabalhos.” Por todas essas brechas que o contexto atual favorece, na análise de Marcelo Godinho, membro do departamento comercial da Mimaki, as empresas precisam se mexer em busca de novas ideias e caminhos. “Ficamos sim preocupados com o panorama atual do mercado, mas ao mesmo tempo, estamos percebendo que a reação vem do próprio empresário, que quer investir novamente para fazer com que o setor ande”, indica. E esse tipo de mentalidade, no momento atual, é justamente a postura correta para poder enfrentá-lo. “Se adaptar a uma crise é a atitude mais sábia para encará-la”, opina Sérgio Schmitz. “O susto aconteceu. Agora, aqueles empreendimentos que buscaram novos produtos, ideias e inovações, conseguirão se manter estáveis e até com certa ascensão em meio a esse cenário. Crises vêm e vão e aqueles que sobrevivem a ela, ficam mais fortes”, orienta. E trabalhar em busca de resultados, na ótica de Luciana Ventura, gerente comercial da Imprimax, é

a grande postura que o mercado deve ter. “A resposta para crise é e sempre vai ser o trabalho. Todos precisam sempre correr atrás de resultados.” Antenado nesse movimento, Ricardo Augusto Lie, membro da área de comércio exterior da Ampla, diz que tem percebido um trabalho forte das companhias procurando se reestruturar em busca de ganho de eficiência. “Claro que percebemos que muitos clientes sentiram o efeito da crise, mas ao mesmo tempo, é preciso dizer que um país não pode ficar a mercê de decisões políticas e conduções econômicas equivocadas”, observa. “A prova de que a crise é um fenômeno ‘normal’ em uma política é que, por mais difícil que seja o momento, o Brasil e o mercado entendem que precisam continuar andando”, complementa José Eduardo Ciola, da Vitor Ciola. “A verdade é que o país não pode parar. Por mais que façam força lá em cima, nós temos que nos mexer para que o mercado continue andando”, indica. E as pessoas e empresas do ramo que entendem essa mentalidade, segundo Lie, acabam largando na frente. E quando esse período passar, essas mesmas companhias sairão ainda mais fortalecidas. “Esse é um momento muito especial para aqueles que conseguirem enxergar a oportunidade nesse cenário. Pode ser um divisor de águas”, indica Lie.


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Crise = oportunidade!

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Crises sempre vão existir e com elas, as oportunidades aparecem aos montes! Saiba como identificar essas chances em prol da reinvenção do seu negócio

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ocê sabia que em chinês, a palavra “crise” tem o mesmo símbolo da palavra “oportunidade”? Para o povo chinês, a crise é, literalmente, a oportunidade que alguém precisa de fazer algo diferente. “Apesar de parecer ser um jargão batido, sim, esse momento é sinônimo de oportunidade de buscar novos nichos de mercado, de pensar diferente e sair da zona de conforto”, concorda Márcio Caillaux, da Marabu do Brasil. Leonardo Schmidtke, da Serilon, diz que a própria história dos países explica esse fato. “Se formos analisa-las, veremos que as crises são cíclicas. Elas existem em todos os países e representam uma virada em cada um deles”, comenta. E nessa análise, fica claro que os inovadores, ousados e os que entendem a oportunidade que esses momentos oferecem, terão êxito. “Para isso, basta encara-la da maneira correta, fazendo bem a lição de casa, se arriscando e investindo. Quem fizer isso, sairá dela muito fortalecido!” No entanto, mesmo olhando esse período de um ângulo positivo, ainda assim ele causa algumas lesões. Por exemplo: em tempos difíceis, é normal que as companhias reduzam um pouco o seu lucro a fim de manter o cliente e, por consequência, garantir que o caixa da empresa esteja sempre rodando. “No entanto, o que acontece


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Mesmo em uma época difícil, não entre na briga do preço por m². Ao invés disse, busque renovar seus serviços sempre agregando valor

muito nessas épocas são profissionais que jogam o preço muito lá em baixo e ainda por cima não entregam no prazo prometido”, indica José Eduardo Ciola, da Vitor Ciola. “Outro trauma é o setor entender que nem sempre, o mais barato significa economia. Isso é um erro e algo que muitas companhias levam mesmo após o fim de uma época turbulenta”, complementa Felipe Sanchez, da Global Química & Moda. Insegurança do futuro também é uma sequela que a crise pode deixar.

Apesar de situações como a atual sugerirem que a retenção de gastos é uma ferramenta importante, no entanto, uma das vertentes para dar um chute na crise é justamente fazer o contrário: procurar investir

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“No ano de 2012 e 2013, por exemplo, era comprado somente equipamento para um contrato de fornecimento. Depois, esse equipamento gerava negócio por conta da economia”, cita Marcelo Godinho, da Mimaki. Ele continua. “Hoje, não é mais assim. Por não saber o dia de amanhã, é preferível prorrogar o prazo de entrega do que comprar outra máquina.” Outro ponto importantíssimo, conforme Evelin Wanke, da Epson, é o profissional do setor não entrar na bendita briga do m². “Não adianta entrar nessa guerra. Os birôs que tem se destacado mais nessas fases de turbulência estão indo atrás de grandes marcas e projetos, fugindo da briga do m² e buscando renovar seus serviços”, opina. Partidário dessa ideia, Markus Runk, da Sign Supply, crava: aqueles que insistirem em trabalhar somente o m², não vão sobreviver a esse cenário de recessão. “Esse profissional estará brigando por centavo e por um nicho que não vale a pena. Nesse contexto, ele não vai agregar valor algum, erro fatal na situação que vivemos”, aconselha. E é nessa ocasião que a crise peneira o mercado, mostrando claramente quem tem

ou não visão de negócio e os profissionais que agregam valor. “Aqueles que conseguem agregar valor, conseguem administrar melhor o momento de adversidade e ganhar um pedaço do mercado que eles nem possuíam”, conclui Leonardo Schmidtke.

Como sair dessa? Para sair de pé e vencedor de uma “luta”, diversas táticas podem (e devem) ser usadas. O que está proibido nesse cenário é ficar de braços cruzados, se lamentando a espera de dias melhores. “Nessas situações, não podemos confundir paciência com acomodação. É preciso agir sim, porém com calma e muita sabedoria”, aconselha José Eduardo Ciola, da Vitor Ciola. Apesar de situações como a atual sugerirem que a retenção de gastos é uma ferramenta importante, no entanto, uma das vertentes para dar um chute na crise é justamente fazer o contrário: procurar investir. “Não se pode deixar contaminar por todo esse clima de pessimismo. É necessário acreditar em seu negócio, em sua estratégia e naquilo que você tem planejado”, diz Márcio Caillaux, da Marabu


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do Brasil. “Essa foi a maneira que nós encontramos para afastar esse fantasma. Procuramos investir em novos produtos e mão de obra, usando sempre a criatividade em busca de novidades”, complementa Luciana Ventura, da Imprimax. Mais uma atitude válida é apelar para a boa e velha criatividade. Pensar fora da caixinha, apesar de ser um desafio, também pode representar sua sobrevida nesse cenário. “Sei que nesses momentos, é muito difícil colocar a cabeça para funcionar, mas a criatividade é a melhor amiga do profissional. Época de crise é tempo de criatividade. Ela, misturada com conhecimento e sabedoria, a vitória é certa!”, enfatiza Ciola. “Importante dizer que a mesma criatividade é necessária na hora de buscar novas formas de consultoria e até mesmo novas linhas de financiamento”, acrescenta Ernande Ramos, da Esko. E para ser criativo, entender seu cliente e o segmento é essencial para que nenhuma atitude seja tomada de maneira precipitada. “É preciso estudar muito bem seus clientes, mercados e empresas para que assim, você busque novos nichos que, sem a crise, acabam passando desapercebido”, lembra Eduardo Vaz, da Fujifilm. No entanto, na opinião de Sérgio Schmitz, é essencial que nessa bus-

ca, o profissional não tente “abraçar o mundo”. “Seja bom em algo! Se ainda não tem um produto novo, trabalhe para ser o melhor naquilo que você tem”, orienta. Na visão dele, o cara que é bom em uma coisa, em fases de dificuldade, sempre terá algo para compensar, preenchendo assim a “lacuna” que a crise deixou para novas ideias e outras soluções. “Assim, quando esses dias passarem, esse profissional terá um ‘velho’ e um ‘novo’ mercado à sua disposição.” Já Oscar Guiñazú, da Danfex, reforça que o relacionamento de uma empresa com seus parceiros, a fim de flexibilizar a operação, também se mostra uma boa ferramenta. “Em alguns casos, é possível conseguir outros produtos para agregar com aquilo que você vende, assim como algum tipo de desconto”, exemplifica. Na esfera relacionamento, estar perto do seu cliente, buscando motivá-lo e deixando-o tranquilo nessas épocas turbulentas, também se faz necessário. “Essa abordagem é essencial. Tentar mostrar que nessa época de crise, o fato de se sair fortalecido, precisa transparecer no discurso com o seu cliente”, destaca Ricardo Augusto Lie, da Ampla. E você, enquanto fornecedor, também precisa incentivar a criatividade do seu consumidor. Nesse aspecto, trazê-lo para dentro de

sua empresa, promovendo o encontro com outros profissionais e clientes, pode ajudar. “A ideia é sempre criar uma troca de experiências e mostrar que em um momento desses, é possível sair enriquecido com ideias diferenciadas”, observa Eduardo Petroni, da Canon-Océ. Outro diferencial é mostrar aos clientes a importância de fazer contas. “Se necessário, temos o dever de até mesmo participar desse processo com eles”, enfatiza Evelin Wanke, da Epson. Ou seja, mostrar a ele que optar pelo o mais barato, não significa que esteja havendo economia de custos. “Escolher o mais econômico, seja em insumos ou equipamentos, pode sair muito mais caro lá na frente. O barato pode e sempre vai sair mais caro.” A busca por eficiência também é uma forma de driblar a atual situação. “Quando o empresário tem essa virtude, em momentos de crise, ele consegue apertar um pouco aqui e ali para se adaptar. Aquele que não tem essa eficiência, vai se dar mal”, opina Vaz. E para se buscar esse elemento, é preciso se mexer hoje para colher os frutos amanhã. “Agindo dessa forma, esses profissionais conseguem sobreviver aos períodos turbulentos e, quando o mercado começar a crescer, elas estarão na ‘crista da onda’”, afirma Markus Runk.

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Mostre a seu cliente a importância de se fazer contas, mostrando que o mais barato, não necessariamente significa economia


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A luz no fim do túnel

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Momentos de crise também deixam importantes lições para o aprendizado de todo o mercado. Veja quais são elas e a forma como aplicalas para mudar o ruma da sua empresa!

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ndependente do mercado que seja colocado em pauta, a grande pergunta das pessoas que fazem parte deles é: até quando essa crise irá durar? Quanto tempo mais as empresas terão que trabalhar com esse momento adverso? “Infelizmente, essa é uma pergunta que nem mesmo nosso Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, consegue responder. Aqueles que cravarem alguma projeção estarão sendo subjetivos ou chutando”, opina Leonardo Schmidtke, da Serilon. Sérgio Freitas, da Belmetal, acredita que é muito difícil prever até quando viveremos esse momento, pois em sua opinião, o maior problema do Brasil é o político. “O brasileiro está desconfiado com o próprio País, assim como todo mercado internacional. Com certeza se tivéssemos uma governança mais ativa, com um plano para equacionar esse cenário, já teríamos saído dessa situação”, critica. Talvez por esse motivo, as opiniões de até quando durará esse cenário de instabilidade sejam tão diversas. “Creio que o segmento de comunicação, daqui para o fim do ano, terá muito movimento, principalmente por causa dos suprimentos”, expões Evelin Wanke, da Epson. Em sua visão, o segundo semestre sempre é um período de retomada por causa dos períodos de festividades, como o natal e até mesmo o carnaval.


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Dúvidas e desconfiança do brasileiro com próprio país é um dos desafios a serem superados e assim, possamos ter uma previsão de quando crise acabará

Já outras opiniões apostam que a retomada só ocorrerá ao longo de 2016. “Nós imaginamos que o mercado nesse ano, de uma forma geral, ainda será muito duro e que 2016 também não será um ano fácil”, comenta Rose Santos, da Antalis. A grande esperança no caso de Rose, é que as Olimpíadas de 2016 movimentem um

O Brasil conseguindo superar seus problemas políticos, consequentemente a economia retomará seu curso de crescimento e o brasileiro e investidores voltarão a acreditar no país

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pouco mais o setor. “Acredito que diferente da Copa, ela trará grandes lucros para todo o mercado.” Fazendo coro com Rose, Luciana Ventura, da Imprimax, também aposta que todo o setor será retomado no segundo semestre de 2016. “Até lá, acredito que o mercado estará mais forte e muito mais limpo, somente com aquelas empresas que de fato se prepararam e superaram esse momento difícil”, diz. Também partidário dessa previsão, Oscar Guiñazú, da Danfex, afirma que é importante que todos os profissionais se adaptem como se a crise fosse durar até esse período. “Porém, sempre temos que nos preparar para o pior esperando o melhor. Pode ser que esse cenário dure mais.” Por outro lado, outras companhias acreditam que tudo só irá melhorar em 2017. “Acredito nisso, pois pelo que temos observado de movimenta-

ção do mercado, não há sinais de que ele irá se recuperar no ano que vem”, indica Markus Runk, da Sign Supply. “Por esse motivo, o grande desafio é o profissional manter o foco e entender que épocas difíceis têm suas vantagens e desvantagens, buscando sempre aproveitar a parte boa dela para crescer”, reforça. Por todas essas incertezas, Guiñazú diz que é muito importante o setor estar ciente de que crises, por mais que sejam cíclicas, não passam do dia pra noite. “Com isso em mente, nenhum de nós pode se acomodar: precisamos sempre estar em busca de diferenciação e cavar novas oportunidades”, expõe. Seja qual for o período que a economia irá retomar, Leonardo Schmidtke diz que uma coisa é certa: todo o segmento irá sofrer até lá. “Mas antes mesmo que o mercado comece a reagir, nós, os profissionais que o com-


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Fabio Castro

Fabio Castro

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Serigrafia SIGN 2015 mostrou otimismo do setor em que dias melhores estão por vir

pomos, estaremos reagindo primeiro. Basta que essas indefinições políticas se resolvam”, pondera. Ele justifica sua resposta ao dizer que os trabalhadores são a principal ferramenta para que qualquer tipo de nicho tenha êxito. “Nossa vantagem é que quando a luz aparecer no fim do túnel, nós já estare-

Olimpíadas de 2016 e época de festividades podem ajudar na retomada do mercado para o ano que vem

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mos desfrutando dela”, exalta. “Aqueles que já tiverem tido a coragem de fazer o diferente, com certeza estarão puxando essa fila”, conclui.

ça positiva que está acontecendo e é um belo passo para que tenhamos esperança em um futuro econômico e político melhor”, acredita.

E para crescermos e finalmente sairmos dessa, na analise de Edissa Furlan, da HP do Brasil, precisaremos de um “click”, tanto no âmbito econômico quanto no político. “Dessa forma, acredito que essa ‘crise de confiança’ irá passar”, expõe. Mas ao mesmo tempo, Edissa comenta que diferente de crises que vimos no passado, coisas concretas estão acontecendo na área política, como as punições para aqueles que, de fato, merecem, como os réus da “Operação Lava-Jato”, por exemplo. “Isso pode ajudar, e muito, a retomada de confiança por parte do brasileiro. Essa é uma grande mudan-

O que aprendemos com tudo isso? A grande sacada de se enfrentar e vencer uma situação difícil são as lições que tiramos dela. Afinal, em tese, esse é o grande propósito de termos problemas em nossa vida. “Ao menos, torço que não só nosso mercado, mas também o governo que nos representa, aprenda que ter um planejamento detalhado e melhor é essencial para enfrentar qualquer dificuldade futura”, sugere Sérgio Freitas, da Belmetal. Já Eduardo Vaz, da Fujifilm, acredita que o que deve ser aprendido é


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bam disputando o mesmo espaço”, reforça. Ou seja, o mercado aprendendo essa lição, a longo prazo, todos ganharão. Afinal, o mercado será muito mais abrangente e com vários nichos diferentes. No âmbito da gestão, a expectativa de Ernande Ramos, da Esko, é que os profissionais do segmento aprendam a ter o total controle de seu processo, fazendo toda a análise de custo para que assim, eles estejam mais bem preparados para uma próxima crise financeira. “Toda essa época que vivemos irá, de fato, fazer uma limpeza em nosso nicho de negócios, eliminando aqueles que se planejaram mal”, comenta. “Sendo assim, o signmaker precisa entender que fazer contas e ter um controle da sua gestão, é primordial para que em uma próxima complicação, ele não caia junto com os ‘aventureiros’”, expõe.

a busca por eficiência. “E para chegar lá, é necessário ter bom controle das suas contas, equipe bem treinada, equipamentos que supram a tua necessidade, tecnologia atual, etc.”, indica. Dentro dessa perspectiva, Edissa Furlan, da HP do Brasil, afirma que a eficiência é a responsável por trazer uma inteligência em busca da capacidade do profissional em se reinventar. “Como disse Einstein, esse é um momento de oportunidade de fazer diferente, buscar o novo. Voltando para o nosso mercado, digo que é a chance de sair da briga do m² e buscar agregar valor de outras formas”, comenta. E para fugir dessa guerra de preços, Marcelo Godinho, da Mimaki, dá a fórmula: focar na prestação de serviços. “Quem sempre pensou dessa forma, com certeza está sofrendo bem menos que muitas outras empresas”, afirma. Oferecendo outra perspectiva, Leonardo Schmidtke, da Serilon, diz

que parar de imitar a concorrência, deveria ser o grande legado da crise para o mercado. “As empresas precisam aprender a fazer a gestão do seu negócio sem ficar olhando para o que a concorrência está fazendo, seja na parte de preço, tecnologia, gestão, etc.”, aponta. Nesse quesito, ter suas próprias ideias, criar um foco individual e desenvolver o seu plano de negócios dentro das suas possibilidades, é a chave para atingir esse ensinamento. “Quando se olha muito para o concorrente, inevitavelmente torna o setor todo muito parecido e dentro de um cenário complicado, todos aca-

Por fim, Markus Runk, da Sign Supply, entende que nesses tempos de crise, o que todos devem compreender é que a ordem, além de ter que sobreviver a ela, é procurar sempre fazer diferente. “As companhias têm de ser persistentes e trabalhar muito em prol daquilo que elas acreditam. A palavra é trabalhar hoje para colher amanhã”, orienta. E se crise é sinônimo de oportunidade, a ideia é sempre procurar ela no meio desse cenário. “Sendo assim, mesmo não sabendo até quando esse cenário vai durar, precisamos ser otimistas”, projeta Sérgio Schmitz, da J-Teck. “Se nos mantivermos firmes, acreditando em nossos trabalhos na esperança de um amanhã melhor, ele vai chegar e sairemos de desse período muito mais fortalecidos. O mercado agradecerá!”, finaliza de maneira otimista José Eduardo Ciola.

Para relembrar! Leia esse QR Code e confira todos os lançamento que os expositores levaram para a Serigrafia SIGN FutureTEXTIL 2015!


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erigrafia apa SIGN FutureTEXTIL 2015 - Mural de fotos

As caras da Serigrafia SIGN FutureTEXTIL 2015 No rosto de profissionais da área, os quatro dias de evento proporcionou momentos que ficaram eternizados na história da 25ª edição da feira!

Fotos: Arquivo RSG

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Fernando Schevz e André Kovesi, da Akad

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Oscar Guiñazú, diretor da Danfex

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Paulo Ceccato e Marcelo Souss, da Alko

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Daniel Pinheiro e Edil Paes, da Digigraf

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Equipe Alphaprint

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Evelin Wanke, gerente de vendas da Epson

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Solivan Carlos Szupka e Ricardo Augusto Lie, da Ampla

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Marcos Cardinale e Ernande Ramos, da Esko

Raquel Sousa e Rose Santos, da Antalis

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Equipe Fenapex

Equipe Belmetal

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Eduardo Vaz, gerente de vendas da Fujifilm

Equipe BG Soluções

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Equipe Global Química & Moda

Equipe BM do Brasil

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Equipe HP do Brasil

Eduardo Petroni, diretor administrativo da Canon

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Equipe Imprimax

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erigrafia apa SIGN FutureTEXTIL 2015 - Mural de fotos

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Orlando Vian, do Indac

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Equipe Mimaki

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Sérgio Schmitz e Italo Mariani, da J-Teck Global

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Equipe Serillon

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Dilan Chies e Felipe Zimermann, da Laser CNC

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Markus Runk, gerente de marketing da Sign Supply

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Márcio Caillaux, diretor da Marabu do Brasil

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José Vitório Ciola e José Eduardo Ciola, da Vitor Ciola

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Marco Stricker e Carolinne Odorizzi, da Metalnox

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Próximo destino:

conhecimento! www.signsilk.com.br


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Nova iniciativa da Serigrafia SIGN FutureTEXTIL, o Espaço do Conhecimento fortaleceu os segmentos em evidência ao reunir conceituadas palestras e workshops

A Marcela Gava

Serigrafia SIGN FutureTEXTIL, que aconteceu entre os 21 e 24 de julho, veio para a sua 25ª edição com a proposta de ser a melhor de todos os tempos. Com lançamentos importantes, tecnologia de ponta, expositores de renome e visitantes qualificados, a feira não só alcançou sua expectativa, como a superou. No entanto, seu sucesso não seria tão grande sem uma nova iniciativa, o Espaço do Conhecimento, para os profissionais trocarem informações sobre os mercados que a feira engloba. Com patrocínio da Imprimax, cada atração focou em uma determinada área do nosso setor. Por lá aconteceu entre os dias 22 e 23 de julho a primeira edição da Digital Textile Conference, trazendo importantes debates sobre a posição do Brasil no mercado de impressão digital têxtil, além de novidades para alcançar a inovação nesse segmento. Organizado pelo portal têxtil WTiN, palestrantes nacionais e internacionais comandaram as apresentações. O Espaço do Conhecimento recebeu também o 2º Simpósio de Impressão em Grandes Formatos, fruto de uma parceria com a Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica (ABTG), que reuniu especialistas pelos quatro dias de feira para apresentar palestras técnicas e capacitar os profissionais do setor gráfico. O Sign em Ação, também ao longo dos quatro dias, foi a atividade prática em destaque. As empresas Interlaser, Engraver, Sinteglas, VP Máquinas e ECNC colocaram equipamentos e produtos comandados por operadores para mostrar a transformação de matérias-primas utilizadas na comunicação visual. No segmento de acrílico, o espaço recebeu o 16º Fórum do Acrílico, realizado em parceria com o Indac. Com o auditório lotado no dia 23 de julho, profissionais do setor colocaram em pauta importantes temas do segmento. Para finalizar, o último dia de discussões apresentou o Seminário Sign Cultural, uma iniciativa da Fenapex e do Sepex-SP, trazendo tópicos relacionados a publicidade exterior e mídia out of home (OOH). Durante os quatro dias de Serigrafia SIGN FutureTEXTIL, o Espaço do Conhecimento comprovou que não adianta nosso segmento ter à disposição as mais modernas tecnologias: é necessário conhecimento para tirar proveito de todas elas! Quer saber o que rolou? Então confira o resumo das atrações nas próximas páginas!


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Mãos às obras!

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Na oficina ao vivo montada no Espaço do Conhecimento, o público teve uma experiência enriquecedora ao acompanhar a fabricação de luminária, troféu e displays. Saiba como foi o Sign em Ação

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“Mundo do Beakman” foi um seriado infanto-juvenil que marcou a década de 1990. Um cientista meio maluco era o protagonista que soluciona dúvidas e esclarecia causos científicos. A sacada do programa era mostrar, na prática, como os fatos funcionavam. Hoje em dia, não é raro se deparar com séries assim. Pela grade de programação do Discovery Channel já passaram um monte de programas semelhantes. Entender o que há por trás dos processos é uma curiosidade inerente ao ser humano. Na televisão, conhecer os bastidores é puro entretenimento. Mas, no Sign em Ação, uma oficina demonstrativa sediada no Espaço do Conhecimento durante os quatros dias da 25ª Serigrafia SIGN FutureTEXTIL, acompanhar cada passo da produção de objetos ganhou outro valor. Foi uma maneira de solucionar dúvidas técnicas e mudar a visão do participante em relação ao seu próprio negócio.

Eduardo Fiasco, diretor da Sinteglas, deu início às apresentações levantando um troféu em direção ao público. Não havia premiação, muito menos vencedores. Apenas uma reunião de profissionais interessados em saber como a matéria-prima, no caso o acrílico, passava pelas máquinas ali dispostas e se transformava em um belo produto. Nos preparativos do evento, os cinco organizadores - as empresas VP Máquinas, Engraver, Interlaser, ECNC e Sinteglas - lidaram com o desafio: encontrar objetos que pudessem ganhar vida passando por todos os processos. A primeira etapa logo foi superada porque conseguiram desenvolver, além do troféu, luminária, display de vitrine e de mesa unindo o material fornecido por cada marca. As apresentações começam às 16h e tinham duração de uma hora. Os participantes ficavam atentos às explicações de uso das ferramentas empregadas, com a possibilidade de resolver dúvidas durante e após as demonstrações. Toda dica propagada naquele espaço era bastante valiosa e

tinha poder transformador, senão pelo menos revelador. O espaço contava com uma máquina a laser da ECNC, uma fresadora router CNC fornecida pela Engraver, dobradeiras da VP Máquinas, colas da Sinteglas e placas de acrílico cedidas pela Interlaser. Embora o objetivo de uma empresa que banca um stand dentro de uma feira seja tornar seus produtos conhecidos e, principalmente, vendê-los, essas cinco marcas ampliaram a proposta ao enriquecer as habilidades dos profissionais que já trabalham na área ou vão dar início à utilização desses materiais e equipamentos em suas empresas. De acordo com Fiasco, é fundamental mostrar como se utiliza o material que está vendendo. “Não basta ter um stand fornecendo os produtos. Se demonstramos como o cliente vai usá-los, conseguimos solucionar seus problemas”, aborda. Foi unânime que, entre os organizadores, a visibilidade foi ainda maior com o espaço para a disseminação de dicas e amostra das ferramentas em

dicas de colagem com a Sinteglas

Arquivo RSG

Público se reúne para acompanhar

Ação, que mostrou como a matéria-prima se transforma em objeto

Fábio Castro

Durante quatro dias, o Espaço do Conhecimento foi sede do Sign em


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Ale Anselmi

“Apresentar para o cliente como faz todo o processo foi muito importante, despertou a curiosidade dele”, afirma Luana Taniguti, da ECNC. Ela comenta que existe muita gente, inclusive no próprio setor, que não conhece a funcionalidade dos equipamentos, por isso mostrá-los operando foi uma baita iniciativa. Já Márcia Vieira acrescenta que a pessoa sabe apenas como um equipamento funciona, e não o conjunto. “Às vezes a pessoa vê só o corte da router, por isso foi importante mostrar o funcionamento de todos eles juntos”, comenta.

operação. A primeira parada do visitante era o Sign em Ação, depois ele ia no próprio stand da empresa e retornava com novas dúvidas para serem esclarecidas na prática. “Pudemos mostrar nossa tecnologia no corte da router durante o Sign em Ação e quem queria complementar informações vinha para o stand”, explica Márcia Vieira, gerente comercial da Engraver.

Edson Gongora, da Versus Tecnologia, foi um dos visitantes que clareou a cabeça com as demonstrações práticas colocadas em destaque pelo Sign em Ação. Na sua empresa, até então, ele tinha problemas ao colar uma placa de acrílico na outra - elas ficavam sempre manchadas, impedindo a fase de polimento. “O Eduardo [Fiasco] mostrou uma cola que não mancha, permitindo que se cole duas peças e faça a usinagem em seguida”, explica.

na área. Para quem indiretamente está envolvido, como designers, criadores, desenhistas, conhecer as tecnologias e os materiais disponíveis só tende a valorizar o trabalho. “O evento é interessante porque permite que o profissional expanda sua capacidade de criação conforme a existência das ferramentas no mercado”, defende Fernando Sato, da VP Máquinas. Para ele, existem profissionais que não sabem nada do processo e aí concebem uma coisa que é impossível de alcançar. Dominar as etapas não é útil apenas para a concepção de um projeto e o controle de sua produção. Quando a pessoa entende o material que vai usar e a tecnologia que vai empregar, então dá o valor adequado ao projeto. Ou seja, quem conhece e tem mais informação, consequentemente tem mais bagagem para argumentar.

Entender o processo de confecção permite que se criem coisas incríveis. E, nesse caso, a função do Sign em Ação foi justamente ensinar. Por isso, participar de eventos assim é um ponto positivo para quem atua

Com o espaço movimentado e bastante gente interessada, o Sign em Ação foi uma amostra de empreitada bem-sucedida para o setor. Com capacidade para se complementar em cada etapa, as empresas que fizeram essa parceria deram uma tacada certeira ao enriquecer as habilidades profissionais de quem vai usar esses produtos ou atua no setor.

Conhecendo materiais e ferramentas, profissionais

Além do troféu, demonstrações

Fernando Sato opera equipamento da

têm capacidade de criar excelentes resultados

incluíram luminária e displays

VP Máquinas. “Se aumenta a potência e não respeita o tempo de exposição do material, vai agredi-lo podendo até

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perder o produto final”, explica



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spaço do Conhecimento - 2º Simpósio de Impressão em Grandes Formatos

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Renovação de conhecimento e capacitação profissional também são caminhos para a rentabilidade. Confira os insights provocados pelo 2º Simpósio de Impressão em Grandes Formatos

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er equipamentos de ponta é necessário para oferecer ao cliente o que ele espera de qualidade visual, mas não é o suficiente para se destacar em meio a um mercado acirrado. Muitos empresários esquecem que o diferencial vem também com aperfeiçoamento e capacitação profissional. Tendências chegam e passam com a mesma rapidez que novas tecnologias são introduzidas, por isso participar de debates e palestras é a melhor forma de manter os conhecimentos atualizados e ter uma troca de experiência com outros representantes da área. Com a proposta de suprir a busca dos profissionais por informações, a Serigrafia SIGN FutureTEXTIL em parceria com a Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica (ABTG) promoveu o 2º Simpósio de Impressão em Grandes Formatos entre os dias 21 e 24 de julho no Espaço do Conhecimento. Quem participava dos debates promovidos durante as palestras, ou dava uma rápida passada pelo Espa-

ço do Conhecimento, podia ouvir sotaques de várias regiões do Brasil, de Norte a Sul. A iniciativa indiretamente propagou conteúdo a outras partes do País que não contam com eventos semelhantes. Muitos visitantes que estavam pela feira apenas de passagem, estenderam a função de conhecer novas tecnologias para aproveitar a oportunidade para preencher a lacuna de conhecimento. A Revista Sign conferiu os diversos debates sediados por lá e traz um resumo para você. As palestras estão divididas em três tópicos: tecnologias, envelopamento automotivo e gestão.

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Tecnologias: opção

novos mercados podem ser invadidos com o usando a sublimação dentro da comunicação visual, como brindes, vestimentas, banners e totens de shopping. Neste último, é possível estender a criatividade integrar o mesmo banner da vitrine de uma loja de roupas com a peça ali exposta. “A sublimação está abrindo o mercado que a comunicação visual não consegue enxergar, principalmente na questão de banners, em materiais que precisa de leveza e movimento”, fala Cassio Rodrigues, consultor para mercados de impressão digital. Segundo ele, a sublimação não vai matar a solvente, mas vai abrir um leque maior para as empresas criarem coisas novas.

para todo mundo

Comunicação visual com sublimação A sublimação tem vários pontos ao seu favor quando se considera a tecnologia como uma nova opção para comunicação visual. O produto final gerado por esta modalidade de impressão se destaca pelo seu movimento, transparência, toque e elasticidade. Com essas características,

Além do caráter sustentável, a sublimação possui a vantagem de que, quando você opta pela impressão normal, o custo é alto para pequenas tiragens, enquanto na sublimação você tem o mesmo custo independente da quantidade do trabalho. Embora os positivos sejam grandes, existem também os negativos para equilibrar essa conta. Um dos fatores é o consumo de energia elétrica, maior do que as ou-

direta da distância de visualização”

Fabio Castro

“A avaliação da qualidade é uma consequência

comunicação visual não consegue enxergar”

Fabio Castro

“A sublimação está abrindo o mercado que a


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spaço do Conhecimento - 2º Simpósio de Impressão em Grandes Formatos

tras tecnologias de impressão. “Também vai na contramão o fato de que outras tecnologias também estão evoluindo, como novas opções de sustentabilidade e equipamentos com melhor resistência em determinados substratos, etc.”, conclui Rodrigues.

A começar, o especialista falou de qualidade de imagens, que deve ser determinada de forma sempre objetiva para ter parâmetros de julgamento. De acordo com ele, para produtos vistos de perto, a qualidade tem de ser alta; já uma resolução boa é considerada para produtos de menor resolução e “É ele [o operador] quem define o tecido sabendo que arte vai imprimir”

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Aos mais desatentos, pode parecer preciosismo desenvolver uma norma para impressão em grandes formatos. Ora, já chegamos aqui sem ela, por que criá-la? Simples! Pense que quando existe uma norma ou boas práticas comuns a todos, um comprador não busca necessariamente o melhor preço, mas sim a empresa que está em conformidade com a norma. Baseando-se em uma cartilha, Bruno Mortara, da consultoria Prata da Casa e membro do grupo técnico Digitec, apresentou tópicos pertinentes à impressão digital em grandes formatos.

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Uma norma para grandes formatos

Sublimação e envelopamento, dois ramos do mercado que continuam crescendo

controle de cor; no caso, qualidade básica é indicada para produtos de comunicação visual vistos de longe. Já na preparação do material para impressão, existem dois tipos de arquivos fechados: PDF ou Photoshop (PS). “Recomenda-se fechar PDF/X, porque significa que está preparado para ser impresso em CMYK”, comenta Mortara. Quanto à resolução, que é medida em dpi, ele explica que elaborou uma fórmula. “Se para ver de perto preciso de 300 dpi, na medida em que me afasto vou querer ver 300 dpi (metro/3)”, explica. Esse número três foi sua invenção, mas o usuário pode inserir outro número. Com essa receita, é possível resolver o problema da distância.

Sobre telas e rodos

Ale Anselmi

Característica, uso e aplicação de Serigrafia UV foram o centro da apresentação do consultor gráfico Marcos Jesus. Segundo ele, nessa aplicação, o tecido deve ser fino, algo como 180-200 linhas.

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“Isso acontece em função da própria camada de tinta que vai aplicar”, justifica. O palestrante também fez uma diferenciação importante: o tecido branco dá menos definição em relação aos outros por refletirem toda a luz. Já os coloridos absorvem a luz, o que resulta em melhor resultado justamente porque perde menos luz. Mesmo com toda especificidade, tem uma coisa que Marcos conta que sempre permanece, a experiência do serígrafo. “É ele quem define o tecido sabendo que arte vai imprimir.”

2 Envelopamento

automotivo: A “caranga” personalizada

Todo cuidado é pouco Envelopamento automotivo foi um tema recorrente entre as palestras do 2º Simpósio de Impressão em Grandes Formatos. O interesse do cliente final é maior devido às possibilidades para customizar seu veículo. Consequentemente a atenção das empresas de personalização e birôs de impressão tem de ficar atento às técnicas e aos novos produtos que aparecem no mercado. O especialista em envelopamento automotivo e comunicação visual Eduardo Yamashita levou para o público um insight gigantesco. Durante sua palestra, ele enfatizou a im-


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portância de usar o soprador térmico, independente da superfície. “Em uma região do veículo em que esticamos bastante, o grande macete é usar o soprador térmico”, coloca. Segundo ele, a ferramenta amolece o vinil, além de ajudar a eliminar as rugas e tirar a memória elástica. As bolhas também não escapam do soprador! De acordo com o palestrante, as pequenas borbulhas ficam evidentes com o calor, facilitando para eliminá-las.

A passarela do vinil autoadesivo “Quando nós do mercado de comunicação estamos no trânsito, ficamos de olho nas aplicações que estão nos veículos”, revela Eduardo Yamashita. É nas ruas que se pode identificar a última moda dos vinis. Segundo ele, havia uma época, principalmente nos Estados Unidos, em que todo mundo adesivava a lateral de veículos para simular madeira. “Envelopar seu veículo com essas características remete à carroça, e o carro é derivado desse veículo”, fala. Com um caráter duradouro, ele lembrou de tendências que ninguém apostava, mas que permaneceram, como a fibra de carbono. No entanto, ele frisa que o mercado está precisando valorizar os veículos com cores es-

pelhadas, como o cromado, que já começou a aparecer em algumas partes de carros, como na maçaneta ou em filetes nos para-choques. Yamashita reforçou o poder de campanhas publicitárias com vinil que elevam a ação para um patamar altíssimo. “É uma mídia ambulante que tem resultado de impacto”, defende. Para ele, diferente de um outdoor, que você desvia a rua e não o vê, essa mídia “ambulante” leva a informação até as pessoas que estão ao redor.

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Gestão: aumente o controle seu negócio

Satisfação garantida Por que algumas empresas têm sucesso e outras não? Para o editor e gráfico João Scortecci, passa pela maneira como o empresário olha para o cliente. “Conheça o seu negócio! E não me refiro à sua empresa, mas falo sobre a do cliente”, comenta. Um ponto negativo da atualidade é que as pessoas esqueceram que devem conversar, algo que em sua visão, poderia facilitar a interação e entender por que o cliente está desenvolvendo aquilo. “Assim você abre brecha para propor outros formatos. Não ideias mais caras, e sim mais racionais”, defende.

“O envelopamento automotivo é uma mídia

Sem fazer duas vezes Capacitação técnica é, sem dúvidas, essencial para evitar o retrabalho e responsável por consumir cerca de 23,5% do lucro de uma empresa. Segundo o consultor Cassio Rodrigues, não precisa treinar as pessoas com tanta frequência e sim apenas apresentar o que a companhia tem em mãos. “Não precisa virar especialista é só ensinar o processo, com isso diminuem os problemas. A capacitação não é ganhar dinheiro, é evitar perder”, argumenta. Para ficar ligado em palestras e workshops, além de outra infromações, Rodrigues disse que uma boa maneira é estar de olho em associações e revistas do setor. “Quando buscar informação na internet, olhar pelo menos mais de uma fonte e situações diferentes, mas que falem a mesma coisa.”

“Conheça o seu negócio! E não me refiro à sua

ambulante, tem resultado e impacto”

empresa, mas falo sobre a do cliente”

Ale Anselmi

Ale Anselmi

Pós-venda também foi abordado como um item fundamental. Scortecci acredita que essa etapa é tão ou mais importante do que a própria venda, pois é um processo de fidelização. “Quando o cliente reclama da empresa, é considerado chato. Mas ele está dizendo que você está com problemas e só faz isso porque acredita no seu negócio”, propõe. Dessa forma, ele indica que acredita na empresa e dá chance para você melhorar.


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spaço do Conhecimento - Digital Textil Conference

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Indústria t ê xtil: tecendo n o opor tunid vas ades

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51 A Digital Textile Conference, que aconteceu nos dias 22 e 23 de julho, trouxe importantes palestrantes nacionais e internacionais para debater a impressão digital têxtil. Saiba o que os palestrantes expuseram e como podem representar novas oportunidades ao País

Ale Anselmi

“O Brasil está na lista dos cinco maiores, se não for o quarto, em crescimento no mercado têxtil e é líder da América Latina”, relata José Macedo. Segundo ele, mesmo que esse ano indique um crescimento menor, há que comemorar as séries de conquistas do segmento, como a introdução de novas máquinas. Macedo citou as vantagens da estamparia digital, como redução de resíduos e a impressão sob demanda. Quanto às desvantagens, para ele, muitas coisas foram superadas, como velocidade e custo, mas existe a aplicação de brancos e metálicos, que ainda não alcançaram a qualidade desejada.

Algodão vs. Poliéster: qual o caminho do mercado nacional Marcelo Godinho (Mimaki Brasil)

“A América do Sul possui algumas das maiores taxas de crescimento da indústria”, analisa Rankin. De acordo com ele, a região possui uma capacidade de produção de 50 milhões m² anualmente. Os países vizinhos Chile e Argentina também estão se desenvolvendo na área, mas, em questão de volume, o Brasil continua líder. Do outro lado do Atlântico, a tendência europeia é a expansão do fast fashion, com companhias como como Zara e H&M, que têm capacidade para lançar cerca de mil designs por mês.

Impressão contínua para produção em grandes volumes Ana Figueiredo (MS Printing Solution)

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Por que a mudança da tecnologia tradicional para o digital ? “Ele foi o responsável por salvar empresas na Europa”, avalia Ana Figueireido. Hoje o digital está presente em diversas áreas, não só na moda, mas em bandeiras e sinalização. “Com tecnologia mais rápida, o single pass vai entrar no mercado de alta produção”, acredita. As vantagens são: sem limite de cores, criação de degradês e 3D e indiferença em relação à quantidade de produção.

Ale Anselmi

Com a exportação em queda, os produtores de algodão não se empolgam para ampliar a plantação da matéria-prima. Do lado oposto, o poliéster tem um bom cenário por causa da queda do barril de petróleo e, graças ao empenho de algumas empresas de estamparia, a alta do consumo e aceitação da fibra. Embora o poliéster esteja hoje em alta, o rei, no caso o algodão, retornará ao trono. “Quem me disse isso foi um cliente de estamparia com poliéster, que já olha para solução digital com algodão via pigmento”, conta Marcelo Godinho.

Impressão digital têxtil: Uma perspectiva global James Rankin (WTiN)

Ale Anselmi

O mercado de impressão digital têxtil atualmente José Macedo (Sintequímica)

A solução industrial para poliéster Marco Girola (Kiian Digital)

Referência de cores digitais Steve Smith (DPInnovation)

Uma das coisas mais importantes é pensar no fluxo de trabalho para garantir o resultado esperado. Existem duas categorias: absolute e perceptual. “É preciso determinar qual a nossa intenção”, explica Steve Smith. Em um processo absolute, calcula-se as cores do design para que o equipamento possa reproduzi-la e às vezes, solicita uma cor que não pode ser impressa. Em perceptual, todas as cores são levadas em conta em vez da combinação de todas as cores individuais. Ale Anselmi

Divulgação

As tintas poliéster podem ser usadas diretamente no material e são indicadas para aplicações que precisam de rapidez, como moda e decoração de interiores. Já as tintas sublimáticas são um nicho das tintas dispersivas com uma característica: permitem sublimar. Com capacidade para uso direto e indireto (papéis e transfers), elas servem para aplicações em que boa definição é necessária. Já as tintas pigmento são capazes de se fixar em qualquer tecido, podendo ser impressas diretamente e em aplicações com uso de tinta inkjet tradicional.


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Impressão em vestuário Bruno Alvares (Kornit Digital)

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O processo serigráfico é muito caro e demorado, conforme coloca Bruno Alvares. O processo de preparar tela e alinhá-la consome muito tempo. De acordo com ele, já houve um renovação que permitiu a inserção de um processo mais otimizado. “Em cinco anos as coisas evoluíram muito mais do que em 20 anos de mercado têxtil”, acredita. Mas ainda assim é possível melhorar, já que ainda existem máquinas grandes que consomem muita água e energia.

A maior parte do mercado ainda usa serigrafia rotativa e plana. “Em 2015, a tendência é que aumente a quantidade de metros quadrados impressos em digital têxtil”, acredita Jorgen Lindhal. Ele abordou o lançamento da tecnologia Archer, que traz alta velocidade 1,2 mil dpi. A solução foi desenvolvida especialmente para o mercado têxtil. “Ouvimos o cliente que demandava máquinas mais rápidas para imprimir digitalmente, mas com velocidade da serigrafia digital rotativa”, alega.

Impressão com tintas reativas Felipe Sanchez (Global Química & Moda)

“A principal diferença entre impressão com corante reativo e pigmento é que o pigmento permanece superficialmente na fibra do substrato”. Isso quer dizer que tem mais afinidade com diferentes substratos, porém deixa um resultado superficial na fibra. “No caso do corante reativo, existe uma reação química tinta e fibra, trazendo um poder de ancoragem maior e com cores mais intensas.” No Brasil, cerca 80% de impressão direta está focada em tinta reativa.

Programa de qualificação para indústrias de uniformes Fabiana Leite (Sebrae)

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A DuPont foi pioneira no desenvolvimento de fibras sintéticas, produzindo o nylon e a Lycra. A digitalização é processo recente na indústria têxtil. Como a DuPont já estava presente na indústria gráfica, a criação da tinta digital foi uma continuação do trabalho. “Produzimos corantes reativos e temos especialidade na tinta pigmento com reconhecimento de que a tinta branca é a melhor do mercado”, afirma Leonidas Andrade. Para ele, a mesma coisa o que tem na impressão analógica, também é aplicado na impressão digital. “Ou seja, conhecimento fundamental das técnicas é requisito básico para uma boa qualidade na área digital.”

A primeira tecnologia de cabeça de impressão para o mercado têxtil Jorgen Lindhal (SPGPrints)

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Evolução da tecnologia de impressão digital têxtil Leonidas Bispo Andrade (DuPont)

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Hoje as empresas de confecção de uniforme do Brasil geram mais de 270 milhões de peças. Cerca de 44% dessas companhias pretende ampliar a clientela no próximo ano. Para isso, o Sebrae montou uma estratégia para qualificação de potenciais fornecedores para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos 2016. Segundo Fabiana, os eixos de atuação são: informação, capacitação (planejamento e marketing), acesso a mercados (como participar de licitações, pregões), competitividade através de inovação e design e normas técnicas. Para participar, a empresa tem de manifestar interesse para que o Sebrae convoque para reunião, posteriormente dando início às atividades. Sebrae/Divulgação

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spaço do Conhecimento - 16º Fórum do Acrílico

Excepcionalmente

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Da simples chapa ao resultado surpreendente! Famoso pela sua resistência e beleza, o acrílico foi o centro das discussões do 16º Fórum do Acrílico

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om gente saindo pelo ladrão. Um ditado popular resume a manhã de debates do dia 23 de julho, em que aconteceu o 16º Fórum do Acrílico – O Acrílico Contra a Crise, sediado no Espaço do Conhecimento. Tantos profissionais interessados no assunto é bom sinal para o setor. Um palpite para a forte presença do público nas discussões é o fato de o acrílico promover maior rentabilidade às empresas de comunicação visual que oferecem esse material; outro “chute” é puramente a intenção dos profissionais em aumentar conhecimentos na área e se atualizar em relação aos produtos disponíveis. Independente do verdadeiro motivo que resultou na sala lotada, está a importância de abrir um espaço democrático para discutir a matéria-prima, o que consequentemente colabora para elevar a qualificação do segmento.

desenvolver a comunicação visual de uma empresa, que muitas vezes não conhece o produto, ou então acaba sugerindo apenas uma solução rápida e barata. Quem entende a qualidade do resultado apresentado pelo acrílico não mede sua aplicação, mas para alcançar esse patamar, é preciso propagar bastante informação. E foi bem com essa função que o 16º Fórum do Acrílico desembarcou na 25ª Serigrafia SIGN FutureTEXTIL.

Por dentro do fórum As apresentações tiveram início com Orlando Vian, consultor do Indac, que abriu a série de palestras com o tema “Saia da crise e valorize sua comunicação visual com acrílico”. Segundo ele, o acrílico é uma boa saída tanto para o empresário de comunicação visual quanto para a empresa que está demandando o produto. “Se o empresário tem uma loja da Nike, não vai explorar a marca usando MDF ou outro material que não seja nobre”, diz. Usando a matéria-prima, o dono con-

O evento foi organizado em parceria com o Instituto Nacional para o Desenvolvimento do Acrílico (Indac). O fórum chega agora à sua 16ª edição e, ao longo dos anos, contabilizou passagens por outras cidades e estados além de São Paulo. Mais do que debates, existem outras plataformas do Indac, como site informativo, newsletter, treinamento e publicações, que estão disponíveis ao público para consulta.

Mas não se iluda ao achar que o acrílico vai salvar o seu negócio a partir do momento que você inserir o produto na sua gama de opções. Conhecimento é essencial e se abre em duas vertentes: técnica e mercadológica. “Tem gente que compra uma máquina a laser e acha que entrou no mundo do acrílico. É necessário saber como polir e colar, além de outras inúmeras operações que não se aprende na aquisição”, fala Vian. Ele sempre exemplifica essa necessidade com uma régua, de um lado está o conhecimento técnico, do outro lado está o conhecimento de

No dia 23 de julho, Espaço do Conhecimento sediou o 16º Fórum do Acrílico – Acrílico Contra a Crise

Fabio Castro

Para a sua disseminação, o acrílico enfrenta um problema de desconhecimento. Embora muitos clientes finais reconheçam o valor do material em aplicações nas suas empresas, ainda não há uma inserção massiva do produto justamente pelas pessoas não saberem do seu potencial. Entre o transformador e o cliente final, existe uma agência contratada para

segue a valorização da sua companhia. Já para a empresa de comunicação visual, é dado de mercado que há maior rentabilidade quando consegue vender uma peça em acrílico. Ou seja, se esse empresário conseguir encher a empresa com trabalhos com esse produto, aumentará sua lucratividade. “Todo mundo que disponibiliza vários materiais sabe que trabalhar com acrílico dá mais resultado”, pontua Vian.


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spaço do Conhecimento - 16º Fórum do Acrílico

“Trabalhar com acrílico dá mais resultado” Orlando Vian (Indac)

“Basicamente, o mercado de acrílico é composto por 70% de chapas lisas normais”

“No acrílico, conseguimos reproduzir a cor que o cliente quiser” Eduardo Fiasco (Sinteglas)

Felisberto Travassos (Castcrill)

mercado. “O ideal é a empresa estar no meio. Fazer uma peça maravilhosa, mas também atender corretamente seu cliente.” Felisberto Travassos, da Castcrill, foi o segundo palestrante a assumir o palco. Ele começou sua fala enaltecendo a matéria-prima em evidência: “Qualquer coisa que você escrever no acrílico e colocar em um ponto de luz vai aparecer de um jeito que em nenhum outro [material] aparece, por isso é indicado para comunicação visual”. Abordando “As chapas de acrílico que não desbotam e não perdem o vinco”,

Travassos mostrou um panorama da fabricação das chapas até ela ser expedida ao cliente. Depois disso, aproveitou para dar dicas de armazenamento do material. “Coloque sempre o acrílico em uma gaveta, porque o ele é um termoplástico e, se tiver uma temperatura muito alta no ambiente, pode entortar”, justifica. No caso de clientes com consumo e estoque menor, ele recomenda colocar a chapa em cavaletes, e não no chão. “Sem nada por cima e levemente inclinado”, acrescenta. Quem veio em seguida foi Eduardo Fiasco, da Sinteglas, focando em

Série de palestras foi promovida pelo Indac, um grupo de empresários que atua em prol do acrílico

Marcela Gava

Painel de palestrantes

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“Como diferenciar seus produtos com acrílicos especiais e colas adequadas”. Seu objetivo na apresentação foi mostrar cases bem-sucedidos utilizando os materiais fornecidos pela empresa. A começar, falou da linha de acrílicos especiais, que possui mais de 20 modelos diferentes com padrões, efeitos e texturas. Isso abriu oportunidade para mostrar criações incríveis feitas por seus clientes. No caso da linha perolada, ele comentou sobre o projeto de uma cliente que moldou uma luminária com o produto. Em outro exemplo, com as chapas de acrílico e tecido dentro, usuários do ramo de bijuteria fizeram peças inclusive para exportação. Com mais de 400 cores, Fiasco comenta que os clientes sempre solicitam opções novas, mesmo tendo disponível, por exemplo, variação de 35 tons de azul. As colas para acrílico da empresa também foram citadas nas demonstrações de Fiasco. Entre as descrições e aplicações do produto, ele citou cases de sucesso da cola acrílica S-330, que participou da concepção do Aquário de São Paulo em 2005 – e nunca deixou nenhum tubarão fugir, como admitiu o palestrante –, e o totem da agência DM9DBB, criado para captar água da chuva.


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“As chapas acrílicas funcionam muito bem como isolamento acústico” Humberto Polli (Unigel plásticos)

“Como profissional do acrílico, preciso entender as limitações do produto para informar o cliente”

“A difusão de luz do acrílico é de 1,5 do ar” Giovani Angeloni (Sei laser)

Eugênio Peres (Casa do Acrílico)

Humberto Polli, da Unigel Plásticos, veio em seguida falar de “Chapa PMMA Extrudada e Cast: características, desempenho e aplicações”. Segundo ele, o peso molecular é o que mais diferencia uma chapa da outra. Fazendo um contraponto entre as características de cada chapa levada em análise, Polli comentou que em relação aos aspectos mecânicos do material, a resistência à tração da chapa cast é menor do que na chapa extrudada. “A cast pode deformar um pouco mais”, completa Polli. A temperatura de amolecimento da cast é de 105ºC, enquanto na extrudada é 88ºC, no mínimo. Eugênio Peres, da Casa do Acrílico, foi o penúltimo palestrante a debater o acrílico com “Displays e PDVs em acrílico x materiais impróprios”. Em suas palavras iniciais ele comentou que os profissionais fazem trabalhos muito criativos com o acrílico a ponto de deixá-lo boquiaberto. Durante o bate-papo com a plateia, ele foi perguntado sobre a relação custo-benefício ao se utilizar a impressão UV em acrílico. “A vantagem que vejo na UV é que ela já faz a impressão e a peça sai pronta, sem a necessidade de usar adesivo e aplicá-lo.”

Outra pergunta foi referente à oscilação da espessura do acrílico cast. Um participante relatou problemas com variação em chapa de 3 mm. Segundo ele, na mesma chapa, acontece uma diferença de 2,3 mm a 3,7 mm. Peres começou respondendo que existem acrílicos no mercado de várias qualificações e etnias, fabricado no Brasil ou no exterior. “Se você tem problema com espessura e precisão, então não dá para usar acrílico cast”, justificou. Ele reiterou que o profissional do acrílico tem de entender as limitações do produto para poder explicar ao cliente. Orlando Vian pediu o microfone para acrescentar que a chapa acrílica tem norma brasileira da ABNT e por isso, quem utiliza o acrílico é essencial lê-la. “Se a variação de espessura da cast não for condizente com a aplicação, então é necessário negociar”. Depois da intervenção, Peres levantou a importância de orientar o cliente: “Precisamos, em primeiro lugar, ter a cultura de entender o que é o produto para então explicar para ao cliente ou fornecedor”. Encarregado de finalizar a 16º edição do Fórum do Acrílico, Giovani Angeloni, da Sei Laser, falou sobre a

“Excepcional difusão de luz pelas superfícies das chapas acrílicas com gravação a laser”. Ele abordou um dado importante: o resultado da difusão de luz no acrílico é de 1,5 do ar, informação muito importante para quem vai iniciar um projeto. Angeloni enfatizou a possibilidade de uso da tecnologia LED juntamente com o acrílico, o que permite levar aplicações de comunicação visual para outro patamar. Se antes das apresentações ainda existia dúvidas em relação ao uso do acrílico, o 16º Fórum do Acrílico só deixou certezas, entre elas: é impossível ser indiferente às qualidades e vantagens de usar esse produto!


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spaço do Conhecimento - Seminário Sign Cultural

Mídia

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exterior: para ver e debater

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uatro palestrantes, um roteirista e muita gente instigada para debater o panorama da publicidade exterior no Brasil. Foi nesse ambiente que se desenrolou o Seminário Sign Cultural, na tarde do último dia da Serigrafia SIGN FutureTEXTIL 2015. A plateia, dividida entre estudantes e empresários do setor, acompanhou debates relacionados a este segmento em ebulição, mas que carece de pesquisas focadas no assunto. Com patrocínio da Federação das Empresas de Publicidade Exterior do Brasil (Fenapex) e o Sindicato das Empresas de Publicidade Exterior (Sepex-SP), o evento abordou o surgimento e a evolução da mídia Out Of Home (OOH) em diversos âmbitos da sociedade.

O geógrafo Sergio Rizo abriu a série de debates abordando a evolução da publicidade simultaneamente ao desenvolvimento da cidade de São Paulo. A regulamentação de inserções, assim como os paradigmas de época mudaram, consequentemente refletindo na mídia que encerrou certos estilos de aplicações, mas deu origem a novos usos e suportes. Em seguida, Teresinha Moraes de Abreu, presidente da Sepex-RJ, assumiu o microfone para falar da publicidade nos meios de transporte públicos ao redor do mundo. Segundo a palestrante, a primeira aparição desse tipo de propaganda data de 1846, abrindo espaço para novos usos e mídias nos séculos seguintes. Durante a terceira palestra, a coordenadora de marketing do Sepex -SP, Hélida Rocha, discutiu o conceito da

Ale Anselmi

Palestrantes discutem publicidade exterior no Seminário Sign Cultural, atração que foi destaque no último dia do Espaço do Conhecimento. Confira todos os tópicos abordados por lá

Intervenção: o humorista e roteirista Márcio Reiff transformou palestras em artes durante Seminário Sign Cultural

No último dia de Espaço do Conhecimento, público acompanha questões relacionadas às pesquisas na

Ale Anselmi

área de mídia exterior


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spaço do Conhecimento - Seminário Sign Cultural

Ale Anselmi

Sergio Rizo

“Criatividade na mídia exterior paulistana: da colônia ao hightech”.

Ale Anselmi

Teresinha Abreu

“A publicidade desde quando o motor de ônibus só tinha dois cavalos”.

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união de diferentes tipos de mídia, a forma como podem convergir e serem utilizadas. Para finalizar, a historiadora Gisele Bischoff Gellacic falou da construção da imagem feminina na publicidade e sua linha evolutiva, passando de “dona do lar” até a sua versão sexualizada. Enquanto os palestrantes se concentravam nas palavras, o roteirista e humorista Marcio Reiff focava em reproduzir com formas e cores o conteúdo debatido.

Esse tipo de mídia se adequa ao espaço, sociedade, abre novas possibilidades em sintonia com as tecnologias e necessidades atuais, e isso faz com que se destaque ainda mais. Se os suportes publicitários já foram um recurso para quem está à procura de emprego, hoje transmitem informações relevantes para os cidadãos presos no trânsito da cidade.

Em suas apresentações, os quatro palestrantes se dedicaram a transmitir suas pesquisas voltadas à mídia exterior. A iniciativa foi valiosa justamente por promover debate ao redor de um segmento tão antigo, mas tão atual e indispensável.

São Paulo, século XX. Tudo girava em torno do café. Assim o geógrafo Sergio Rizo iniciou a palestra “Criatividade na mídia exterior paulistana: da colônia ao hightech”. Graças à essa commodity, a cidade se desenvolveu com tendência à modernidade, e a publicidade participou dessa evolução promovendo produtos e serviços da época. A instalação de suportes consequentemente cresceu e permitiu a criação de uma “Times Square tupiniquim” na década de 1950, situada na Praça da Bandeira. “Precisávamos disso porque nosso modelo capitalista e de urbanização copiava o que estava sendo feito lá fora”, falou Rizo.

Para se ter uma noção da força da mídia exterior, no início de 2015, o projeto Inter-Meios, que apresenta a relação de investimentos publicitários no Brasil, divulgou o balanço das receitas de mídia para 2014. A mídia exterior abocanhou 5,6% de todos os suportes levados em consideração, ficando atrás da TV aberta, jornal, internet e rádio. Mas o que realmente surpreendeu foi seu crescimento no faturamento publicitário, que alcançou 21,1% no ano passado. Juntamente com a televisão, paga e aberta, a mídia exterior representou grande aumento. As perspectivas estão favoráveis graças a alguns pontos. O retorno da publicidade no mobiliário urbano de São Paulo é um fator que colaborou para o crescimento, visto que atraiu marcas para ocupar espaço público através dos relógios e pontos de ônibus. Além disso, em época de crise, as empresas veem a publicidade de outra maneira, já que ela pode trazer a visibilidade necessária para a marca destacar seu negócio. O resultado é maior investimento, o que impulsiona a mídia exterior.

“Alguma coisa acontece no meu coração”

Se a publicidade promovia chapéus, outrora, entre as décadas de 60 e 70, muitos anúncios eram ligados ao carro, em sintonia com os padrões de consumo da sociedade daquela época. Com a evolução tecnológica, as campanhas se destacaram não pelo objeto em si, mas pela criatividade de fazer o próprio painel virar a mensagem. A linha do tempo chegou até as questões contemporâneas, incluindo a Lei da Cidade Limpa. Se a restrição, por um lado, proibiu inserções, por outro abriu brechas para a mídia exterior ser controlada por outras fontes. É o caso do ressurgimento do mobiliário urbano, a criação do jornal gratuito Metro, o Réveillon da Paulista, além de outras intervenções, como a guarita da polícia militar na Avenida Paulista patrocinada por empresas.


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Mídia exterior no painel e em mãos

A coordenadora de Marketing do Sepex-SP Hélida Rocha abordou “A mídia exterior no Brasil e a interatividade com o consumidor”. No início, a palestrante comentou sobre o atual modelo publicitário das mídias de massa, que inclui financiamento do conteúdo, informação e entretenimento. Durante sua fala, Rocha mostrou principalmente como é possível integrar campanhas com outras soluções tecnoló-

gicas. Com painéis digitais cada vez mais inteligentes, é possível multiplicar o potencial de uma campanha usando plataformas de redes sociais, recursos mobile e os aspectos relevantes da mídia convencional. Para exemplificar essa convergência, ela citou o caso de ações que incluem QR Code, um meio para promover a interação com o público e criar maior vínculo com a marca. Quando a mídia exterior está conectada a outros recursos, aumenta seu poder de alcance. Em campanhas com o auxílio da internet amplia o alcance em 68%, enquanto com redes sociais chega a 212% e, por fim, com aplicativo mobile chega a 316%.

Hélida Rocha

Sepex-SP/Divulgação

Quando a jornalista e publicitária Teresinha Abreu foi convidada para ministrar uma palestra a respeito de publicidade em ônibus se deparou com um problema: não existia registro sobre o tema. A partir daí ela começou uma intensa pesquisa que resultou no livro Omnibus – A história da publicidade em ônibus desde 1851. Abordando esse segmento específico da mídia exterior, Abreu apresentou a palestra “A publicidade desde quando o motor de ônibus só tinha dois cavalos”. O panorama foi sendo traçado em paralelo à história do transporte. “Retrocedi a pesquisa até chegar na era dos bondes no Brasil, mas como se trata de um País novo, tive de pesquisar em outros países”, justificou. O primeiro relato de transporte público no mundo é de Paris, e o primeiro passageiro foi nada mais nada menos que o Rei Luis XIV. Já o segundo serviço de transporte é brasileiro! Foi implantado por D. João VI, que inaugurou duas linhas no Rio de Janeiro. Naquela época, os ônibus eram puxados a cavalo contando com evolução de seu mecanismo apenas em 1914. Embora a história relate o surgimento do ônibus em 1662, a publicidade aparece apenas em 1846 com anúncio de uma agiota pregado no teto do coletivo. Mais tarde, em 1851 durante uma feira promovida pelos reis da Inglaterra, os comerciantes aproveitaram a ocasião para divulgar seus produtos.

As muitas Vênus da publicidade

A análise da publicidade não dá acesso à realidade da época estudada, mas oferece ao pesquisador a oportunidade de enxergar uma imagem daquela sociedade em questão. Essa foi a tese levantada pela professora e historiadora Gisele Bischoff Gellacic em sua apresentação “A construção do corpo feminino, a publicidade e a mídia exterior”. Com isso em mente, segundo ela, é possível fazer uma leitura e dizer: “tal sociedade vê a mulher de determinado jeito, o que permitiu ao grupo de publicitários pensar em uma propaganda dessa maneira”. Gellacic levou, então, a plateia até o pós-Primeira Guerra, quando a mulher adquire direito de voto e também começa a trabalhar fora de casa, adquirindo maior acesso ao espaço público. Nesse contexto, a publicidade mostra o corpo feminino para reforçar a ideia de mulher como objeto, com sua imagem estampando propagandas voltadas ao universo masculino. O fato é que, ao longo do tempo, a publicidade, e a mídia exterior inserida nela, vem usando o corpo feminino para vender produtos. Porém, a imagem feminina muda conforme a era: um exemplo é a chegada da liberalização sexual que mudou a forma como a mulher passou a ser retratada.

“A mídia exterior no Brasil e a interatividade com o consumidor”

Gisele Bischoff Gellacic

Ale Anselmi

Propaganda andante

“A construção do corpo feminino, a publicidade e a mídia exterior”


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ambea

Depositphotos

elozes e V abilidosos H Na quinta edição do Cambea, os participantes promoveram um verdadeiro show de performance e mostraram a qualidade do envelopamento automotivo no Brasil. Confira tudo o que rolou no evento durante a 25ª Serigrafia SIGN FutureTEXTIL!

A Marcela Gava

primeira edição não deu para vencer. A segunda e a terceira não rolou, não participaram. A quarta edição, infelizmente, também não foi possível levar. “Mas agora deu”, afirmou Vinícius Bruno, da equipe Plus Arte, após ser consagrado vencedor da quinta edição do Campeonato Brasileiro de Envelopamento Automotivo (Cambea). Segundo ele, é impossível descrever a sensação de conquistar o primeiro lugar na modalidade Profissional (Pro), a principal do maior e mais conhecido evento de cus-

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tomização automotiva com adesivos. Juntamente com Raphael Bacoccini, a dupla abocanhou não só uma viagem para o Sema Show e uma máquina de recorte, mas elevou sua reputação dentro de um nicho que se fortalece a cada edição do Cambea. Tudo tinha início às 13 horas. As caixas de som ecoavam a contagem regressiva para o início das baterias do dia. Ali começava mais uma disputa na modalidade Cambea Pro. A categoria, que é dividida em séries, reuniu durante três dias competidores para envelopar a lateral e o capô de um veículo no tempo de 1h30.

No quarto dia, o desafio se estendia apenas para os melhores colocados nas etapas anteriores, que deveriam adesivar um veículo inteiro em até 5h. De dentro da arena, as equipes batalhavam intensamente pela melhor pontuação. Do lado de fora, o público da 25ª Serigrafia SIGN FutureTEXTIL assistia a um espetáculo de habilidade e técnica durante os embates. A cada fim de bateria, o corpo de jurados entrava em cena. Entre eles, o renomado instalador norte-americano Justin Pate, que olhava minuciosamente cada aplicação em busca de


Ale Anselmi

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Público assiste atento a uma das baterias do Cambea Pro

dias, anualmente, irão se deparar com outros profissionais, com quem podem trocar conhecimentos, aprender novas técnicas e ampliar a rede de contatos.

Envelopamento de museu

imperfeições. Ele participa do evento há quatro anos e diz que a evolução foi evidente. “A qualidade é maior, assim como a técnica dos instaladores, que está mais profissional”, declara. Quando questionado se o que está em jogo é a possibilidade do material ou a habilidade dos competidores, ele enfatiza: “É uma mistura dos dois, com a habilidade sendo a principal.” Com patrocínio da Mimaki e da Alltak, além de apoio da Ronek, Tutto Moto, Wrap Institute e Knifeless Tape, pela quarta vez consecutiva o Cambea foi sediado na Serigrafia SIGN FutureTEXTIL. “O maior fruto da criação do evento foi promover a aproximação com os aplicadores”, acredita Marcelo Souss, diretor da Alltak e idealizador do Cambea. Com isso, os organizadores conseguiram um feito para o segmento: datar o evento. Os participantes têm em mente que durante quatro

Habilidade sempre foi requisito do Cambea. Mas neste ano, a organização fez algo diferente: mudou o material da final do Cambea Pro. “No último dia de competição, o instalador fazia a mesma coisa dos dias anteriores. Dessa vez, colocamos muitas dificuldades”, explica Marcelo Souss. Com a alteração, a criatividade passou a ser relevante, e a organização abriu espaço para os instaladores colocarem o próprio dedo no negócio. Em sintonia com a proposta, o stand da Alltak ao lado da competição trouxe o instalador holandês Joffrey van der Jagt para uma série de demonstrações. Juntamente com o aplicador Thiago Sossai, ele mostrou um horizonte novo de envelopamento, uma espécie de estilo livre que se afasta do lado mercadológico e se aproxima do lado artístico.

Papa-léguas do envelopamento

Além da categoria Profissional, o Cambea promoveu a Fast, dividida em duas modalidades: capô e retrovisor.

Com adesivo, espátula, estilete e soprador térmico à disposição do público, esta é a categoria mais democrática. Qualquer pessoa pode se inscrever e participar. Trabalhar na área de envelopamento não é um requisito para inscrição na modalidade, mas “dar a cara a tapa” é, sim, uma condição. No desafio do capô, quem venceu uniu concentração e rapidez à perfeição. Quatro participantes tinham um tempo máximo de 15 minutos para adesivar. Coube a Marcos Paulo a responsabilidade de julgar os trabalhos feitos na categoria de velocidade. Cada penalidade imposta a partir da avaliação era convertida em 15 segundos de acréscimo no tempo final. Para avaliar, o jurado diz que sua análise é semelhante à de um cliente chato que reclama de problemas que saem com a espátula. “Considero coisas que parecem simples na feira, mas são graves para um cliente”, comenta. Vista grossa? Aqui não. O critério de avaliação é seguido à risca, independente se o competidor tem grande vivência no mercado. Marcos Paulo comenta que até Justin Pate já chegou a sofrer com sua análise exigente. “Ele participou do campeonato e bateu o recorde, mas mesmo assim havia acrescentado pontos para ele”, conta.


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Com prancheta e caneta em mãos, Justin Pate (de boné e camisa preta) avalia adesivação juntamente com equipe de jurados

O instalador sempre vinha do Rio Grande do Sul para participar da competição. Em 2013, conseguiu a terceira colocação no campeonato. Ter essa característica no currículo, segundo ele, agrega muito para os clientes. “Eles viram que participava de eventos em São Paulo e confiaram mais no meu trabalho”, pontua. Ter um título do Cambea virou uma espécie de status para os profissionais da área. É uma forma de valorizar não

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apenas o seu trabalho, mas todo um segmento que tende a se fortalecer. Para os vencedores, fica o reconhecimento do público. Para quem ainda não venceu, o conselho é treinar para melhorar a posição em outras

edições. E, por treinar, entenda-se praticar um trabalho com qualidade e responsabilidade no próprio dia a dia. Assim como a equipe da Plus Arte, que abriu esta matéria, o lance não é desistir, mas sim evoluir!

Arquivo RSG

Esta é a primeira vez que a modalidade é inserida no Cambea. O vencedor foi Dimas Brasil, instalador da DBS Envelopamento e representante brasileiro do Wrap Institute, com um tempo recorde de 6:08. Segundo ele, o mais interessante não é nem a premiação, mas a possibilidade de desenvolver confiança para o trabalho. “É um exercício que dá segurança, por exemplo, no caso de um cliente estar do seu lado enquanto você faz o carro dele”, acrescenta.

Durante os quatro dias de feira, o holandês Joffrey Van Der Jagt customizou veículos usando knifeless no stand da Alltak

Coube a Marcos Paulo a tarefa de julgar os trabalhos realizados em capôs e retrovisores

Arquivo RSG

A mão fica suada quando os instaladores percebem que estão sob a mira dos olhares da plateia. Não à toa, na categoria de envelopamento do retrovisor, no primeiro dia de evento, o público literalmente “arregou”. O motivo? A tarefa é difícil, uma vez que o suporte tem bastante curvas, dificultando a aplicação do adesivo. “O retrovisor é mais chato de fazer”, comenta Marcos Paulo. As imperfeições podem ficar com cara de efeito da luz, o que é um engano aos olhos menos atentos.

Arquivo RSG

ambea

Arquivo RSG

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Desafio do retrovisor intimidou participantes pela complexidade do trabalho

Palavra do mestre! Leia esse QR Code e confira uma entrevista exclusiva com o renomado envelopador Justin Pate para o site SignSilk!



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DSE South America em alta definição Feira de sinalização digital chega ao País para primeira edição com novidades que fazem diversos setores enxergarem os recursos digitais sob a ótica da inovação

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Equipe Revista Sign

óquio, no Japão, e Nova York, nos Estados Unidos, têm muito em comum. Um skyline pontilhado por telões de altíssima definição que alucinam os milhões de locais e turistas que passam por lá. No Brasil, ainda não dispomos de uma Times Square para chamar de nossa. Ainda... porque com o saldo positivo resultante da primeira edição da DSE South America, feira de Digital Signage e Mídia Digital Out Of Home (MDOOH) que aconteceu entre os dias 21 e 24 de julho, o País está cada vez mais perto de alcançar uma realidade totalmente digital. A sinalização digital invadiu restaurantes, padarias, lojas de roupas e calçados e até oficinas mecânicas de alto padrão na última década. Seu custo ainda é alto, mas não mais proibitivo como no começo da década. Indiretamente, a popularização das TVs LED gerou mais demanda entre os usuários, mas a limitação dessas telas abriu mais espaço para soluções de interatividade, formatos ampliados e integração off-line e on-line que atraem cada vez mais interessados. Realizada de forma simultânea à feira Serigrafia SIGN FutureTEXTIL, a DSE South America apresentou as novidades e tendências, como painéis de LED HD, novos softwares para gerenciamento de conteúdo, catálogo digital e outros recursos apontados como tecnologias de ponta com alto grau de propagação nos próximos anos. O evento atraiu visitantes qualificados de diversos setores, como varejo, food service, educação, transporte, saúde, além de operadores de mídia OOH, executivos de publicidade e produtores de conteúdo. O evento promoveu insights também aos empresários de comunicação visual, que descobriram nas plataformas digitais uma opção de serviço a ser ofertado em suas companhias, com isso, perceberam que podem ir muito além da lona, MDF e tecidos.

A chegada da DSE South America ao Brasil foi fruto de uma parceria entre as organizadoras BTS Informa, responsável pela Serigrafia SIGN, com a Exponation LCC., dos Estados Unidos. A promotora norte-americana é responsável pela Digital Signage Expo (DSE), que é sediada anualmente em Las Vegas. Desde seu lançamento em 2004, o evento contribui para o crescimento do setor, algo que promete ser repetido por aqui. Nos preparativos da versão brasileira, Chris Gibbs, presidente e COO da Exponation LCC., reforçou as expectativas positivas para a primeira edição. “Vemos o Brasil e a América Latina com setores em crescimento para Digital Signage e tecnologia interativa”, declarou. Na ocasião, ele ainda acrescentou que existe uma necessidade de as empresas se comunicarem de forma eficiente e acessível com visitantes, funcionários e consumidores na América Latina. Se por um lado a necessidade existe, as tecnologias apresentadas durante os quatro dias de DSE South America permitem tais feitos. Antes da edição brasileira, os empresários da área tinham de enfrentar muitos dólares e mais de 13 horas de voos para chegar até Las Vegas. O fato de a DSE South America ser sediada no Brasil foi um grande ganho para o setor de sinalização digital do Brasil e de toda a região latino-americana. O público pôde conferir lançamentos e tendências “dentro de casa”, em um evento com qualidade semelhante à versão do exterior. “Mantivemos a essência da marca, reunindo grandes nomes do setor que apresentaram as mais novas tecnologias e soluções interativas”, comenta Victor Tranquilini, executivo da DSE South America. Tudo indica que as pretensões no pré-feira estavam corretíssimas. A feira alcançou as expectativas e gerou importantes negócios para o setor de DS e MDOOH. Para se ter uma ideia do sucesso, a Leyard Brasil & Latin America vendeu dois painéis de LED com alta definição para um cliente totalizando mais de R$ 600 mil nas transações,


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SE South America

valor surpreendente em um momento de desaceleração econômica. Quem levou os painéis para casa foi Salim Junes, da Prisma Painéis de Belém. Ele estava bastante satisfeito com a DSE South America, já que teve oportunidade de conhecer mais tecnologias. “Estamos entrando nesse mercado de

Digital Signage agora e estamos cada vez mais fascinados. As palestras foram positivas e saímos do evento com a cabeça e os neurônios com muitas ideias para implantar”, enfatizou. Pelo grande sucesso, o executivo já confirmou sua presença para a próxima edição, que já tem data e hora para começar: de 3 a 6 de maio de 2016, com início às 13h.

A reportagem da Revista Sign conferiu in loco como o público absorveu as novidades dos expositores desta primeira versão que, embora em tamanho reduzido pela estreia, apresentou as mesmas tecnologias oferecidas no salão Digital Signage Expo de Las Vegas.

Spider: à espera da retomada A Spider é figurinha carimbada no Digital Signage, justamente por estar bem próxima do consumidor final: o usuário do Metrô de São Paulo. “Foi com o led message, como os usados no metrô, que começamos, em 1992”, conta Eduardo Savordelli, CEO da Spider Tecnologia. Quatro anos depois, já havia se tornado referência em painéis de LED para aeroportos, estradas etc. “Surgimos para nos tornarmos uma empresa de tecnologia nacional de LED”, relembra. Mas com o advento dos painéis digitais, cujos custos de fabricação asiáticos são imbatíveis, forçou uma adaptação da empresa. Hoje, os projetos são encomendados pela Spider a parceiros chineses. Com os acordos de desenvolvimento integrado que fechou, Savordelli conseguiu antecipar, por exemplo, a entrada no mercado brasileiro de painéis com 25 dot pitch, ou passo, no fim da década passada. “Hoje vendo de passo 10 a até 4, tudo com um padrão de qualidade considerado B, quando em larga escala o que se usa no Brasil é C”, compara. “Outro diferencial é a manutenção: tenho spair parts de todas as versões que vendemos.” Quando diz que vende, Savordelli na verdade se refere ao que consta no portfólio, já o ritmo de encomendas arrefeceu muito após as eleições. Ele confia, no entanto, na retomada no segundo semestre, desde que “o dinheiro circule no mercado”, referindo-se à publicidade exterior. “Quem investir agora estará na frente quando a crise passar”, sintetiza.

Foco nos grandes estúdios de TV é aposta da Leyard

Ale Anselmi

no segundo semestre

Ale Anselmi

A Leyard, 2ª maior empresa de painel de LED no mundo, não se instalou em Curitiba (PR), em 2014, por acaso. A fabricação segue na China, mas todos os demais departamentos da filial ficam na capital paranaense, onde trabalha o vendedor Jaron Custódio. Apesar de ter sido acionado logo no primeiro dia de feira pela nossa reportagem, ele se mostrava satisfeito com o resultado da DSE South America. Entre os principais clientes estão os grandes estúdios de televisão, que crescentemente investem em videowalls para modernizar seus cenários e incrementar a audiência. Na feira, eles apresentaram novidades. “Trabalhamos com small pitch, entre 2,5 e 0,9, para altas definições. Aqui lançamos 0 1,2 e 1,6, muito comuns em cenários”, relata. Os negócios vão bem, apesar do momento econômico, mas a informalidade preocupa. “Muitos clientes preferem comprar as telas no Paraguai, sem impostos, o que torna tudo mais barato.” Mas isso não inclui os visitantes da DSE South America, que fecharam negócio ali mesmo na feira. “Vendemos dois painéis no tamanho de 4,80 x 2,40, totalizando mais R$ 600 mil, já que o metro quadrado custa em média R$ 60 mil”.

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SE South America

Múltiplas telas em uma só

Ale Anselmi

Quem passou pelo estande da Info3 se deparou com um totem interativo com touch screen muito semelhante aos usados em programas de televisão, cuja estrutura estava visível aos visitantes para uma melhor compreensão. No entanto, o que realmente chamou a atenção foi o mosaico de telas com diversas imagens transmitidas simultaneamente. Trata-se da tecnologia ViZion Wall, que permite a variação de formatos de telas por meio de um software com interface amigável. “É uma inovação feita sob medida para shoppings centers, grandes lojas de varejo, grandes eventos e outros”, diz Diogo Souza, sócio diretor da empresa, que fornece também o hardware se necessário. Outro destaque apresentado na DSE foi a parceria com a finlandesa Roidu, um software na nuvem específico para gerenciamento de conteúdo em diversos dispositivos. Peter Henningsen (na foto à esq. ao lado de Diogo), responsável pelo desenvolvimento de negócios na América Latina, conta que o controle remoto de conteúdo é uma tendência. “Bancos, shoppings e centros de saúde são clientes potenciais da aplicação no Brasil”, completa Souza.

Digital Signage: do vislumbre à

Gustavo Bettin cuida do conteúdo dentro da GM7, grupo que abraçou há 11 anos o conceito de revolução digital que as telas proporcionaram à sinalização no Brasil. E ele conta no passado, porque acredita que a tecnologia realmente já está em outro patamar de difusão por aqui. “Passou-se do vislumbre, de algo inatingível, para algo que depende de uma análise do que vai agregar à empresa interessada”, resgata. “Ainda assim, o segmento é visto como algo para flagships”. Ele se refere às lojas de uma cadeia criadas para serem referência às demais lojas e introduzir produtos inovadores. Tudo a ver com a linha de soluções da empresa, cuja atuação é muito concentrada nos segmentos automotivo, alimentação e incorporadoras. “Temos pesquisas que mostram que a ativação em lojas com monitores é 40% maior do que sem eles.” E isso já está à mão dos clientes brasileiros. Bettin faz questão de frisar que a DSE não deve, em termos tecnológicos, à feira homônima de Las Vegas. “Lá eles são muito focados em hardware”, diz.

Ocupação total

Ale Anselmi

análise criteriosa pela implantação

Ale Anselmi

Não é por casualidade que a Double Trading, representante de marcas como a Scala, Lite Max, DFI Tech, Uniden e Nec renovou sua participação na DSE South America para 2016. De acordo com o CEO Sérgio Brandão, “foi ótimo participar da feira para mostrar ao público novas visões de negócios, principalmente para agências de publicidade que passaram por aqui”, ressalta. Ele indica que o stand, sempre muito cheio, recebeu visita de clientes potenciais do Nordeste e do Sul atentos ao mercado digital. “Acreditamos que nossa participação trará muitas parcerias estratégicas e um grande leque de oportunidades de negócios”, comemorou. De videowalls a displays interativos de produtos, passando por mesas e painéis digitais touch screen, as soluções apresentadas pela empresa captaram a atenção dos (muitos) visitantes. Tantos, que nem mesmo a reportagem teve muito tempo para aprofundar a conversa com Brandão, já que os negócios – claro – vêm sempre em primeiro lugar.

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Há cinco anos o nome da França figurou mais do que o normal no Brasil. Foi celebrado o ano da França por aqui, gerando mais de 500 projetos em diversas cidades brasileiras, tudo para apresentar aspectos da cultura daquele país europeu no Brasil. De lá pra cá, as relações comerciais entre as nações ficaram ainda mais estreitas, inclusive com acordos de transferência de tecnologias em setores estratégicos. Neste âmbito, a Agence France-Presse (AFP) também desembarcou, em 2012, no território nacional para atuar no crescente mercado de conteúdo. Hoje, segundo Julio Brandão, diretor de marketing para a área no Brasil, a empresa já possui diversos acordos para distribuições de conteúdo no País, entre eles as notícias internacionais nas telas de LED do Metrô de São Paulo. O intuito da participação da companhia francesa na DSE South America é reforçar sua presença no mercado nacional e buscar novos negócios. “Vemos que há ainda muito campo a ser explorado com relação ao conteúdo em Digital Signage. E estamos aqui para buscar novas oportunidades”, comenta. O executivo explica que, hoje, há uma redação nacional da empresa, que abastece outros países do exterior, inclusive a França e parte da União Europeia, com notícias do Brasil. E, ao mesmo tempo, recebem conteúdo da AFP Internacional para disseminar nas mídias digitais do mercado brasileiro.

AFP/Divulgação

Em busca do conteúdo


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SE South America

O futuro ao LED pertence

Fabio Castro

Shows, programas de TV, feiras, congressos. Tudo customizado. Para a LedWave o limite é a “invenção” do cliente. Presente no mercado desde os primórdios da tecnologia LED, há mais de 15 anos a empresa desenvolve soluções para os diversos parceiros. “Viemos para a DSE South America para fortalecer nossa marca. Queremos ser vistos e lembrados. O intuito é que no momento em que os clientes necessitarem de tecnologia LED para seus projetos, lembrem-se de cara o nome da LedWave”, explica o diretor comercial Mike Mello. Os painéis LedWave são produzidos por modernas fábricas LED Wall do mundo. Todavia, os problemas surgem com o advento da alta do dólar, que impacta no preço final do produto. “Como utilizamos materiais importados, sentimos sim o impacto do dólar”, coloca. Para divulgar produtos, nada melhor do que levá-los em espaços exclusivos para o Digital Signage, como a DSE South America. No espaço é possível entender a necessidade atual de clientes, falar olho no olho e captar futuros negócios. “O mercado de LED no Brasil está crescendo bastante. Temos muitas perspectivas”, fala.

O crescente mercado de publicidade exterior está pulverizado pelo país. A sensação de executivos da Bee Leds é que o País eliminou “fronteiras econômicas” para o uso da tecnologia. Se a expectativa do varejo não anda lá tão em alta como em outros anos, para o mercado LED, a queda de pedidos de projetos não é tão gritante assim. Para a direção de marketing da empresa, o produto pode ser uma opção econômica ao mercado. “Temos sentido um aumento de pedidos na região Norte e Nordeste do País”, comenta João Guilherme Beschorner. Com foco em publicidade outdoor e indoor, a companhia, que iniciou a atividade em 2009, nasceu com o objetivo de “popularizar o LED no país”. E vem conseguindo isso. De Ijuí, no Rio Grande do Sul, a companhia vê na descentralização de grandes capitais, como São Paulo e Rio de Janeiro, uma grande oportunidade para fazer do LED um desbravador nacional na mídia digital.

Fabio Castro

Do Rio Grande do Sul ao Pará

Fabio Castro

Visitantes focados

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Tecnologia própria em painéis full collor: a Bruna Painéis Eletrônicos desembarcou na DSE South America com uma vasta experiência. Desde 1998, a empresa já fabricava painéis RGB. E nesta trajetória aprendeu muito com o mercado. Nativa de Bauru, interior de São Paulo, a companhia fez questão de ressaltar o que a feira trouxe de melhor: “visitas qualitativas”. A explicação é simples: “O espaço da DSE South America separado dos expositores da feira Serigrafia SIGN nos trouxe muitos benefícios. Conversamos e nos apresentamos para um público de qualidade, que só vinha ao espaço de fato para procurar tecnologias no mercado de LED, painéis, etc”, exemplifica Marcelo Rossi, executivo de vendas da empresa. Na opinião dele, o evento tem muito espaço para crescer e mostrar a sua grande importância no cenário nacional. “Se a economia brasileira não estivesse passando por um período de desconfiança, acredito que teríamos muito mais projetos sendo desenvolvidos pelas empresas do setor, pois espaço e interesse tem e muito”, continua Rossi. “Hoje os trabalhos indoor, de mobiliário urbano e outdoor em DS estão se espalhando pelo país. Vemos isso no próprio visitante, que sabe o que quer, entende mais do produto”, conclui.


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De papel, mas Uma das características da mídia impressa é justamente seu caráter estático. O movimento, no caso, só é possível quando o leitor foleia as páginas. Isso até o lançamento do catálogo digital da GMA Brazil. Quem visitou o stand da empresa percebeu que a convergência entre a mídia tradicional e digital está também no papel. “Dá para ser usado em aplicações corporativas até em convite de casamento e formatura”, explica Mauricio Felippe, diretor da GMA. Segundo ele, o recurso armazena até 2G. Com foco também na comercialização e locação de painéis LED, a aposta da GMA foi o catálogo digital, com a intenção de aumentar ainda mais seu alcance nos próximo anos. Embora na opinião de Mauricio Felippe, a feira estivesse em uma proporção menor, algo digno da primeira edição, ele enfatizou a qualidade e da solicitação de orçamentos. “São menos orçamento, mas com mais chance de venda”, concluiu.

Ale Anselmi

com movimento


Depositphotos

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SE South America - DSE Conference

Quanto mais conteúdo, melhor! A DSE Conference, sediada durante a DSE South America, abriu espaço para especialistas transmitirem um monte de conhecimento para a qualificação do setor. Confira a cobertura do que foi discutido por lá

O Marcela Gava*

interesse por Digital Signage parece mesmo estar em alta! Para comprovar esse fato, é só usar a DSE Conference, evento destinado a propagação de conteúdo, como termômetro: plateia lotada durante os quatros dias de feira. A DSE South America não teria cumprido totalmente sua função se não tivesse promovido um espaço especial para a conferência, que contou com especialistas da área para trocar conheci-

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mentos acerca de sinalização digital e MDOOH, bem como apresentar cases de sucesso da área. “Por tratar-se de um segmento relativamente novo em nosso país e que está em constante ascensão, é sempre bom poder reunir grandes experts do mercado para compartilhar experiências com aqueles que são e/ou pretendem ser parte deste potencial mercado”, comenta Victor Tranquilini. A abertura da DSE Conference, no dia 21 de julho, ficou sob responsabilidade de Ubiratan Macedo, o

Bira, diretor executivo da Associação Brasileira de Mídia Out Of Home (ABMOOH), que fez uma análise do atual mercado de mídia digital out of home. Em sequência, o diretor da PROOH Waltely Longo entrou no auditório para abordar a importância do conteúdo, o grande trunfo para captar a atenção da audiência. Segundo ele, há uma tendência no setor em se fazer investimentos reduzidos nessa parte, que é um dos principais pilares para o sucesso da sinalização digital. “O conteúdo é o principal responsável por conseguir conquistar a atenção


da audiência, mas seja em função do processo histórico ou da cultura da empresa, pelo foco no curto prazo ou mesmo pela crise financeira, é nítido que o conteúdo fica em segundo plano”, comenta. Para finalizar o primeiro dia, Pedro Sousa, especialista de produto na América Latina da Caldeira, tocou em um ponto importante para os birôs de impressão: como o Digital Signage é uma oportunidade os negócios. “Trabalhar com impressão não é algo fácil, mas é importante unir mídia digital, comunicação visual e comunicação digital para que tudo se transforme em um bom resultado”, defende. Novamente servindo de ponto de encontro para discussões, a DSE Conference convidou para a abertura do segundo dia de palestras Cleide Cavalcanti, gerente de conteúdo da Seepix, que falou sobre a mudança de

paradigmas provocada pela internet, responsável por estabelecer novas formas de relacionamento entre as pessoas e alterar como as informações são geradas e distribuídas. “Isso imprime uma dinâmica social diferente. A palavra de ordem passou a ser interação, pois todos somos geradores de conteúdo e todos queremos compartilhar”, explica. Com a chegada da “Geração Z”, que só entende o mundo se for conectado na internet, ao mercado de trabalho imprimiu um novo ritmo às empresas, que precisaram buscar novas formas de se comunicar, conforme explicou. “Essas mudanças chegaram também na comunicação corporativa que teve de se reinventar e entrar no mundo da sinalização digital, já que os tradicionais canais de comunicação ficaram obsoletos”, conta a gerente de conteúdo. Carlos Alberto Farinelli, diretor técnico da Orion PC, e Seido

Ale Anselmi

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Durante quatro dias, DSE Conference reuniu profissionais para uma troca de conhecimento

Nakanishi, diretor da Topcomm, seguiram abordando o panorama de IoT (internet das coisas) no mercado digital e a oportunidade no Brasil. Para eles, a IoT é uma tendência que pode causar uma revolução tecnológica permitindo que as pessoas se conectem pelo celular com itens usados no dia a dia.

No último dia de Espaço do Conhecimento, público acompanha questões relacionadas às pesquisas na

Ale Anselmi

área de mídia exterior


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SE South America - DSE Conference

A TV oferece isso ao anunciante com um mecanismo auditado que mostre o resultado. É muito importante investir em métricas”, explica Nakanishi.

Ale Anselmi

O terceiro dia trouxe especialistas da Band Outernet, DBTV e Bentvi para mais uma série de palestras visando enriquecer o setor. Para iniciar, Lyzbeth Cronembold, COO da Band Outernet, apresentou o case de sua empresa na unificação de plataforma e distribuição de conteúdo. “Mais tecnologias surgem a todo momento e a grande questão é como usar a inteligência de mercado e a criatividade para gerar uma solução diferenciada para a sua operação”, enfatizou Cronembold.

Rodrigo Cadena, COO da Elemidia, fala nove verdades e uma mentira sobre o dia a dia de uma operação DOOH

“Em breve, qualquer eletrodoméstico que comprarmos terá um botão de comunicação, desde uma geladeira até qualquer outra coisa. Tudo isso parece distante, mas já é uma realidade com a qual conviveremos em breve”, declarou Farinelli. Para ajudar na comunicação personalizada, já existe o Beacon, que

oferece inúmeras vantagens ao público. Apesar de crescente, o mercado de sinalização digital ainda tem muito o que conquistar, já que atualmente 69% das marcas investem suas verbas em TV aberta e apenas 4% é destinado à mídia exterior e Digital Signage. “Os números de sinalização digital são baixos porque não há métrica. A marca não consegue mensurar seus resultados.

Proposta do DSE Conference foi contribuir para

Gustavo Brancante, da Otima, participa do último dia de palestras

Ale Anselmi

Ale Anselmi

qualificação do setor de Digital Signage

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Em seguida, Yuri Berezovoy, diretor de inovação da DNTV abordou a importância das métricas para as campanhas de sinalização digital e o motivo dela ser uma grande opção para as marcas. De acordo com ele, uma tendência para revolucionar a parte comercial do setor é a compra programática, em que os profissionais de mídia utilizam uma plataforma que permite selecionar o perfil do público a ser atingido, como homens, mulheres, segmentos de luxo, profissionais de negócios. “Ao fazer essa filtragem, as mídias não sabem em quais revistas seus anúncios irão ser publicados, mas têm a noção de que as peças publicitárias serão direcionadas para as publicações mais identificadas com os segmentos escolhidos”, fala.


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O dia chegou a fim com muita inspiração. É que Lucas Távora, general manager da Bentvi , trouxe cases do inovação no mercado de DOOH. Para ele, o MKT 3.0 é a chave para que a estratégia de negócios seja bem-sucedida. “O segredo é pensar que não basta você ter um produto melhor. É preciso conferir uma experiência diferenciada para o cliente. O ponto é questionar onde está a oportunidade e qual o seu diferencial”, acredita. Depois de três dias difundindo informações sobre Digital Signage, o quarto dia de palestras começou com Rodrigo Cadena, chefe de operação da Elemida, com uma grande contestação sobre a complexidade de um sistema DOOH. “Há muito trabalho antes de se tornar uma operação real de DOOH”, disse. Algumas ações são imprescindíveis para ter um bom resultado, segundo ele. Entre elas, investir no funcioná-

rio, em conteúdo, em métricas e em algumas boas práticas como participar de associação do mercado, valorizar o conteúdo e checagem auditada da operação para gerar credibilidade para o cliente e também para a audiência. “Mas a grande verdade é que o maior perigo desse mercado é se acostumar com as verdades e pensar que elas são absolutas, porque elas não são. Todo o mercado tem muito a melhorar e com a indústria mais unida, conseguiremos um resultado cada vez melhor”, finaliza. Rodrigo Cadena foi seguido por Gustavo Brancante, gerente de tecnologia da Otima, empresa responsável pela instalação e manutenção de abrigos de ônibus e totens indicativos de parada de São Paulo. O gerente tratou da necessidade de mudança na percepção do comércio, com bons projetos que devem ser compartilhados. “A tendência é a economia colaborativa, que funciona com

Wikipedia, Waze, Über e Airbnb. Houve uma mudança de B2B e B2C para Human to Human, pois as pessoas querem acesso direto ao ser humano”, defende. Para Brancante, a inteligência de mercado está mudando e é mais importante ver a massa usando os produtos das marcas do que simplesmente vender. Para isso, pontos físicos em breve serão transformados em ações para Digital Signage, chamados de PHYGITAL. Encerrando a programação da DSE Conference, Silvio Laban, do POPAI Brasil, falou sobre varejo sem fronteiras e o digital no ponto de venda. Com profissionais talentosos e experientes, os quatros dias de DSE Conference cumpriram seu objeto, trazer discussão, inspirar e disseminar conteúdo relevante entre os profissionais. *Com colaboração da assessoria de imprensa da DSE South America


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SE South America - Entrevista

Fabio Castro

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Com o pé direito O ponta pé inicial foi dado: a primeira edição da DSE South America já acumula um histórico de sucesso! A Revista Sign conversou com Victor Tranquilini, executivo da feira, para saber tudo sobre o evento e quais as expectativas para a próxima edição

A

postar em uma nova empreita nem sempre é fácil. Por trás da expectativa do novo feito, vem sempre um fio de incerteza: “será que vai dar certo?”. Só sabe do resultado quem arrisca e, para isso, claro, é preciso de muita determinação e confiança. Nesse cenário de apostar em uma nova “causa”, a DSE South America, evento especializado em sinalização digital e Mídia Digital Out Of Home (MDOOH) chegou ao Brasil

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entre os dias 21 e 24 de julho. A vinda da feira para cá foi possível por meio de uma parceria entre a organizadora brasileira BTS Informa, que identificou a ascensão do Digital Signage no País, e a promotora norte-americana Exponation LCC., que organiza a Digital Signage Expo (DSE) desde 2004 e percebeu a frequência de visitantes brasileiros pela evento que ocorre anualmente em Las Vegas. Quando tem muita gente empenhada e acreditando na iniciativa, não tem outro caminho além do su-

cesso, e foi justamente esse o saldo conquistado pela primeira DSE South America! As expectativas se superaram e a feira surpreendeu na apresentação de produtos e tendências do setor. Profissionais do segmento e visitantes interessados nesta área tiveram contato com recursos de altíssima qualidade para alcançar o consumidor digital. Além disso, ótimos negócios foram fechados durante a feira – um só cliente levou mais de R$ 600 mil em produtos! –, e possibilidades de acordos pós-feira também estiveram em alta.


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Como foi sua experiência na organização da primeira edição da DSE South America? Quais foram os principais pontos de destaque? É um enorme prazer poder fazer parte da organização de um evento como a DSE South America. Acredito que alguns pontos a se destacar foram a quantidade e qualidade de visitantes, também os negócios gerados

dentro do evento. Tivemos um caso bem relevante de um único expositor vendendo para um único cliente mais de R$ 600 mil.

Quais eram as expectativas da BTS Informa em relação à feira DSE South America? Como todos os nossos eventos, sempre focamos em ser o principal para o setor, o ponto de encontro ideal para os profissionais que nele atuam. Trouxemos uma feira bastante representativa para o mundo de Digital Signage e adequamos para a nossa realidade de mercado.

A DSE South America é a versão brasileira da renomada DSE, de Las Vegas, organizada pela promotora Exponation LCC. O que a versão brasileira tem em comum com a estrangeira? Mantivemos a essência da marca, reunindo grandes nomes do setor que apresentaram as mais novas tecnologias e soluções interativas. Como a DSE Las Vegas é a feira referência, os

Arquivo RSG

Em sua primeira edição, a DSE South America já se tornou referência para o setor. Além das excelentes opções de equipamentos, softwares e hardwares, os organizadores da feira apostaram em um Comitê da Indústria formado por profissionais ativos no mercado de Digital Signage e mídia interativa. Com isso, a feira trouxe a DSE Conference, um espaço destinado à propagação de conteúdo relevante sobre o segmento, resultando em trocas de experiência e conhecimento. Para saber o destaques do evento e o que esperar da edição de 2016, a Revista Sign bateu um super papo com Victor Tranquilini, executivo do evento.

Para Victor Tranquilini, a primeira edição da DSE South America se destacou em relação à quantidade e qualidade de visitantes

principais executivos são participantes assíduos há alguns anos. Agora com a DSE South America abrimos um leque maior até para as empresas que veem esse mercado como potencial para investimento.

A feira apresentou soluções para varejo, food service, educação, transporte,

Ale Anselmi

saúde, operadores de mídia OOH, produtores de conteúdos, entre outros


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SE South America - Entrevista

Com a DSE South America abrimos um leque maior até para as empresas que veem esse mercado como potencial para investimento

Ale Anselmi

cada ano na DSE em Las Vegas e, por outro lado, a BTS Informa também reconheceu a evolução desse segmento novo para o Brasil. Como esse mercado está em ascensão, viu a oportunidade ao ter a ideia de organizar a DSE South America simultaneamente à Serigrafia SIGN FutureTEXTIL, já que os profissionais de comunicação visual estão cada vez mais se especializando e descobrindo novos caminhos.

Feira reuniu equipamentos para Digital Signage e mídia digital out of home (DOOH)

A versão brasileira só foi possível graças à parceria entre as duas organizadoras. Pode nos falar um pouco mais da parceria entre a BTS Informa e a Exponation LCC para a vinda da feira ao Brasil? A Exponation LCC. percebeu o aumento de participantes brasileiros a

Como você avalia o atual momento brasileiro para Digital Signage? O Digital Signage está em ascensão em nosso País. Apesar de a nação estar em um momento peculiar da economia, este é um segmento que continuará a crescer nos próximos anos. Os números comprovam essa tese e os principais profissionais do setor apresentam as tendências e a nova forma de comportamento do consumidor.

Importantes profissionais do setor compartilharam

Tivemos soluções inéditas em nosso evento, desde painéis de LED HD até o display que reconhece um produto quando é apresentado ao monitor, passando para as especificações e apresentando um comparativo entre dois produtos para escolher o que melhor atende à necessidade do cliente. Também tivemos empresas especializadas na parte de conteúdo, software e hardware para Digital Signage. Enfim, os principais players dessa área marcaram presença e contribuíram para o sucesso da primeira edição da DSE South America.

Qual o resultado da feira para os expositores? O resultado foi muito positivo. Os expositores conseguiram um número expressivo de leads, foram gerados Plateia cheia nos quatro dias de

Ale Anselmi

palestras na DSE Conference

Ale Anselmi

conhecimentos na DSE Conference

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Durante os quatros dias de feira, foi possível identificar tendências no setor? Quais seriam?


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negócios na feira e abertos outros tantos para o pós-feira. A DSE South America ainda cumpriu seu papel de ponto de encontro do setor gerando ótimos contatos e networking.

Qual seria o público-alvo da DSE South America e como foi a receptividade do público com ela? Atuamos em varejo, food service, educação, transporte, saúde, operadores de mídia OOH, produtores de conteúdos, entre outros. Atingimos os públicos por segmento para que percebam que Digital Signage já está na sua rotina e é necessário inovar para impactar o cliente e gerar uma experiência diferenciada.

Qual a importância de sediar um espaço para propagação de conteúdo como a DSE Conference [durante os quatro

dias, a DSE South America foi palco de diversas palestras relacionadas ao setor]? Por tratar-se de um segmento relativamente novo em nosso País e que está em constante ascensão, é sempre bom poder reunir grandes experts do mercado para compartilhar experiências com aqueles que são e/ou pretendem ser parte deste potencial mercado.

De que maneira o Comitê da Indústria contribuiu com a DSE South America? O nosso Comitê é composto por profissionais que dedicam a sua vida para este setor e destinaram muito do seu tempo para fazer do evento um grande sucesso. O foco principal destes nossos parceiros é fomentar este mercado e gerar conhecimento para todos os interessados, seja através de uma apresentação ou uma solução diferenciada para o evento.

Qual foi o balanço da primeira edição da DSE South America e o que esperar da feira nos próximos anos? É uma satisfação trazer para o público sul-americano um evento do tamanho e peso da DSE. Os números comprovam o sucesso da feira, como sala de conferência lotada, estandes cheios e negócios sendo fechados. Assim como o setor, a feira está crescendo e para a próxima edição já confirmamos mais players para o evento, além do aumento da área de exposição. Em relação aos nossos parceiros do Comitê, queremos trazer um conteúdo tão qualificado quanto o deste ano. Aproveito para agradecer aos nossos parceiros e clientes por acreditar em nosso projeto e nos apoiar tão intensamente, em especial o Comitê da Indústria e nossos palestrantes.


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NDICE DE ANUNCIANTES

ABC ����������������������������������������������������������������������������������������������71 Aplike �������������������������������������������������������������������������������������������53 Aviso ��������������������������������������������������������������������������������������������75 Colacril ����������������������������������������������������������������������������������������39 DSE South America �������������������������������������������������������������� 3ª capa Febralux ���������������������������������������������������������������������������������������81 Fix ������������������������������������������������������������������������������������������������77 Fujifilm �������������������������������������������������������������������������������������������5 HP ������������������������������������������������������������������������������������������������45 J-Teck ���������������������������������������������������������������������������������� 4ª capa Marabu �����������������������������������������������������������������������������������������73 Mimaki �����������������������������������������������������������������������������������������23 Serigrafia SIGN FutureTEXTIL ���������������������������������������� 2ª capa e 3 Shumi No-Ie ���������������������������������������������������������������������������������65 Sign Supply ����������������������������������������������������������������������������������33 T&C ������������������������������������������������������������������������������������������������7 Vitor Ciola ������������������������������������������������������������������������������������17

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