Revista Sign 215

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XVIII - nº 215 Março 2013 R$ 12,50 www.btsinforma.com.br

Sinalização | Impressão Digital

Comunicação Visual

IMPRESSÃO TÊXTIL Conheça e saiba escolher entre os diferentes processos, tecidos, tintas e equipamentos

Especial: Sinalização de ambientes Um guia para se orientar nesse mercado

Colecio

ne

A mag ! i do Vin a il




Arte: Emerson Freire

Sumário

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Capa Impressão em tecidos: impressão direta ou sublimação? Saiba qual a melhor opção para sua empresa

Entrevista Atual vice-presidente da CSMEG e gerente de Comércio Exterior da Ampla Digital, Ricardo Augusto Lie fala sobre sua participação junto à entidade

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Especial

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Sinalizações de ambientes internas e externas requerem trabalho específico para atingir objetivo de orientar adequadamente

Case MMG Foscomania envelopa mais de 100 caminhões-baú da Marabraz

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Veja + 08............................Índice de Anunciantes 16..............................................Showroom 28..Colorimetria e Gerenciamento de Cores 30................................................... Digitec 42............................................Cambea #3

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Março 2013

Gestão O que você vai fazer hoje para ganhar mais dinheiro amanhã?

44.................................................... Varejo 46....................................................... Vinil 52........................................Pré-Impressão 54................................................ Mercado


FascĂ­culo 1

A magia do Vinil


Humberto Domenighi S. Junior, Engenheiro Técnico 3M , Divisão de Comunicação Visual Marco Antonio Iozzi, Químico de Desenvolvimento 3M, Divisão de Comunicação Visual

Processos de fabricação de películas vinílicas

O

s produtos de PVC podem ser classificados de maneira geral, em rígidos e flexíveis. Para o mercado de comunicação visual faz-se uso de películas flexíveis. Por sua natureza, a resina de PVC é rígida; no entanto quando associada a plastificantes passa a gerar compostos flexíveis. Existem diferentes métodos para processamento de compostos de PVC flexíveis, porém os mais usuais na fabricação de películas são os processos de calandragem e casting, que geram as películas calandrada e cast. Processos diferentes geram produtos com características e propriedades diferentes. No processo de calandragem trabalha-se com o PVC em massa, enquanto que no processo casting trabalha-se com o PVC em solução.

Calandragem

O processo de calandragem consiste na alimentação do composto de PVC previamente fundido, por uma sequência de cilindros que trabalham a quente, com espaçamentos (aberturas) previamente estabelecidos, de modo que a massa de PVC é comprimida ao passar entre os mesmos, até atingir a espessura final desejada. O número de cilindros, bem como sua configuração é variável nas calandras existentes no mercado. São comuns calandras com quatro cilindros, porém quanto maior este número melhor o controle e a uniformidade na espessura final do filme, a qual é conferida pela abertura dos últimos cilindros do equipamento.

Para chegar ao estágio de alimentação da calandra, os componentes da massa de PVC (resina de PVC, plastificantes, estabilizantes térmicos, pigmentos e demais aditivos) são misturados e processados a quente em uma combinação de equipamentos que variam de um fabricante a outro, mas em geral são compostos por misturadores, banbury, moinho de rolos, extrusora, etc., com o objetivo de formarem uma massa fundida e homogênea, que alimentará na etapa seguinte o processo de calandragem. O último cilindro de contato na calandra é que determina o acabamento superficial do filme de PVC, como brilho e textura, a partir do qual ocorre resfriamento do produto para embobinamento.

Processo de fabricação do vinil calandrado

O material é passado entre os rolos (calandras)

Os rolos determinam a aparência do vinil


Casting

No processo casting, além de matérias-primas similares às usadas no processo de calandragem (resina de PVC, plastificantes, estabilizantes térmicos, pigmentos e demais aditivos), utiliza-se ainda solventes orgânicos para solubilizar o PVC, de modo que o mesmo é trabalhado na forma de um composto em solução, designada por organosol. Numa primeira etapa estes componentes são adicionados em ordem sequencial em um misturador, e posteriormente esta solução passa por um processo de moagem em equipamento sandmill, onde ocorre a incorporação dos plastificantes na resina de PVC, bem como a quebra e dispersão de pigmentos, obtendo-se uma mistura homogênea com finura apropriada. O processo casting consiste na deposição de uma camada desejada e controlada do organosol sobre um carregador, com subsequente passagem por um conjunto de fornos, onde ocorre primeiramente a evaporação dos solventes e posterior fusão do composto de PVC para obtenção de um filme consistente. Na preparação da solução de organosol normalmente se emprega uma mistura de solventes com diferentes pontos de ebulição, de modo que ao passar pelos fornos, os quais operam em um gradiente de temperatura, os mesmos vão sendo evaporados gradativamente sem ocorrência de formação de bolhas na superfície do filme (o que chamamos de fervura). Após evaporação completa dos sol-

ventes e fusão do filme, o conjunto sai das estufas, é resfriado e embobinado. O carregador, que é descartado na etapa seguinte de produção onde ocorre a adesivação do filme de PVC, pode ser de filme plástico ou de papel tratado, sendo ele o responsável por conferir as características superficiais de brilho e textura ao filme. A película processada via casting é mais cara que a processada por calandragem, porém apresenta melhor performance, durabilidade e flexibilidade. Com o processo casting consegue-se obter filmes mais finos, característica limitada a espessuras em torno de 2,5 mm no processo de calandragem. O processo de calandragem imprime alto cisalhamento ao composto de PVC, acelerando seu processo natural de degradação, além de gerar um filme com menor estabilidade dimensional; ou seja, maior encolhimento, em função do estiramento imposto ao filme durante seu processamento.

Processo de fabricação do vinil cast Resinas PVC, plastificantes, resinas plásticas, e solventes

A mistura é depositada sobre o papel carregador

Uma lâmina espalha de modo uniforme todo líquido, determinando sua espessura

A mistura é exposta a uma temperatura de 400° a 450° F em fornos para secagem

O papel carregador com o vinil fundido curado é enrolado

Aplicação

Para cada tipo de superfície a ser aplicada uma película, deve ser analisada a questão da necessidade de um tratamento superficial. Qualquer textura diminuirá a área de contato entre o adesivo e a superfície, o que comprometerá a garantia e durabilidade do filme. De um modo geral, toda superfície a ser aplicada deve ser lisa e limpa. Qualquer imperfeição na superfície deve ser tratada previamente.

Os filmes calandrados e cast têm características distintas, sendo assim devemos garantir a melhor indicação para cada trabalho. Especialmente pela questão do encolhimento, os filmes calandrados possuem maior efeito do que chamamos de “memória elástica”. Para aplicações em curvas complexas, rebites, e baixo relevos com curvas complexas, onde os filmes são estirados, não recomendamos, uma

vez que todo estiramento realizado no filme (mesmo com o auxílio de calor) voltará com o passar do tempo, principalmente em aplicações externas, onde o sol aquecerá e o mesmo sofrerá com a degradação do tempo. Para trabalhos onde se deseja alta durabilidade, sempre recomendamos películas cast, como as 3M Scotchcal D5000, 3M IJ180Cv3-10.


Outro ponto muito importante é classificar corretamente a superfície a ser aplicada, sendo elas: Plana Para este tipo de superfície, como não temos nenhum tipo de relevo ou curvas, recomendamos a utilização dos filmes Calandrados, caso não se requeira alta durabilidade. Nesta aplicação podem ser utilizados os filmes 3M Scotchcal D1000, 3M Scotchcal D3000, 3M Scotchcal IJ21 Plus.

Curvas simples Para curvas simples, recomendamos a utilização dos vinis calandrados, pois durante a aplicação, o filme não é estirado e sim o mesmo acompanha o desenho da superfície, não ocasionando o levantamento com o passar do tempo.

Corrugada (com rebites) Para todo tipo de superfícies corrugadas, recomendamos a utilização dos vinis cast, especialmente os casos onde temos os rebites, que são superfícies complexas. Os filmes recomendados são 3M D5000, 3M IJ180Cv3-10.

Curvas compostas Para todo tipo de superfície com curvas complexas, recomendamos a utilização dos vinis cast, pois para aplicação deste tipo de superfície, não é possível sem o estiramento do filme, sendo assim os filmes calandrados não possuem boa performance neste requisito.

Baseado neste conjunto de propriedades e características, para cada aplicação será recomendado um tipo de película apropriada. Um dos pontos a serem levados em consideração, são as características dos filmes: Espessura da película: filmes calandrados possuem espessura que podem atingir o dobro da espessura da película cast. Encolhimento: em virtude do processo, o nível de encolhimento dos filmes calandrados são maiores que os filmes cast. Conformabilidade: como os filmes cast são mais finos que os filmes calandrados, os mesmos se conformam com muito mais facilidade em superfícies complexas, ou com muitos detalhes como a aplicação em rebites. Durabilidade: em virtude das matérias primas utilizadas e pelas condições de processamento, a durabilidade dos filmes cast são cerca de 40% maiores que os filmes calandrados.

O que aprendemos até aqui De um modo geral, levando em consideração todos os pontos analisados, a regra geral para a escolha correta dos filmes é: • Toda aplicação onde temos que estirar o filme, devemos utilizar as películas cast, pois a mesma tem a propriedade de se conformar e se acomodar aos relevos e curvas das superfícies. Caso seja utilizada uma película calandrada, em virtude da memória elástica, poderão ocorrer problemas com levantamento de bordas ou de peças inteiras.



Editorial Ano XVIII - nº 215 Março 2013

Técnica

T Erik Bernardes

odas as profissões têm suas técnicas. Aqueles pequenos detalhes que fazem a diferença no dia a dia, que facilitam a vida profissional do cidadão e que garantem que seu trabalho seja feito como manda a regra da categoria. No jornalismo, por exemplo, para escrever um bom texto o repórter deve pesquisar, apurar as informações que levantou, entrevistar fontes, checar aquilo que descobriu e aplicar as técnicas que existem para garantir uma boa escrita de cada um dos gêneros de texto, como artigo, reportagem, entrevista, etc. Na impressão digital não poderia ser diferente. Para a boa execução de um banner impresso em lona com tinta solvente, por exemplo, o arquivo que o cliente envia deve respeitar uma série de normas com relação a formato, sangria, área de segurança. O pré-impressor também deve saber como finalizar esse arquivo para enviar para a impressora, além das técnicas que existem para realizar um acabamento com qualidade. Na noite anterior à manhã em que escrevo este texto, por exemplo, acompanhei um curso do Digitec, grupo de impressão digital da ABTG, que tinha como tema justamente Arte e Finalização de Arquivos para Impressão Digital, ministrado por Ricardo Minoru, da Bytes & Types. Havia 23 profissionais, ou alunos, que trabalham em diversas áreas como pré-impressão e até no departamento comercial de empresas que utilizam equipamentos digitais. E é exatamente para apurar a técnica e para conhecer melhor o ofício que praticam que existem cursos como os do Digitec e revistas como a Sign. Nesta edição, por exemplo, a reportagem de capa trata de equipamentos para impressão em tecidos, enquanto o Especial aborda as diversas maneiras de se trabalhar com sinalização, tanto interna quanto externa. São textos em que o leitor pode conhecer um pouco melhor sobre equipamentos e, claro, como utilizá-los para tornar sua empresa ainda mais competitiva. Os artigos Gestão, Pré-Impressão, Vinil, Varejo, Colorimetria e Gerenciamento de Cores, além de conteúdo oferecido pelo próprio Digitec, reforçam um material essencial para o profissional que busca se desenvolver profissionalmente. Não deixe de conferir e colecionar também o encarte educativo A Magia do Vinil, com conteúdo excelente de especialistas da 3M do Brasil, patrocinadora da coleção que terá seis fascículos. Aproveite a leitura!

DIRETOR GERAL DA AMÉRICA LATINA DO INFORMA GROUP

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EDITOR Erik Bernardes - MTb 54.142 erik.bernardes@btsmedia.biz REDAÇÃO Léo Martins redacao@btsmedia.biz leonardo.junior@btsmedia.biz Mariana Naviskas mariana.lippi@btsmedia.biz ARTE Emerson Freire emerson.freire@btsmedia.biz GROUP DIRECTOR João Paulo Picolo joao.picolo@btsmedia.biz GERENTE COMERCIAL Cíntia Miguel cintia.miguel@btsmedia.biz DEPARTAMENTO COMERCIAL Isabel Carlos isabel.carlos@btsmedia.biz Simoni Viana simoni.viana@btsmedia.biz ANALISTA DE MARKETING Patrícia Rodrigues patricia.rodrigues@btsmedia.biz CIRCULAÇÃO Camila Santos da Silva camila.silva@btsmedia.biz ATENDIMENTO AO CLIENTE Crislei Zatta crislei.zatta@btsmedia.biz CONSELHO TÉCNICO

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CHAPÉU Índice de anunciantes

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ABC............................................................. 55

Fremplast..................................................... 25

Akad............................................................ 23

Imprimax...................................................... 17

Ampla............................................................ 5

Inx Digital..................................................... 31

Aplike........................................................... 15

J-Teck........................................................... 57

Arlon............................................................ 43

Kiian............................................................ 37

Aviso............................................................ 53

Laser CNC.................................................... 51

Belmetal....................................................... 19

CK............................................................... 57

BTS Informa.................................................. 49

Mimaki......................................................... 33

Cambea....................................................... 47

Revista Sign......................................... 10 e 11

Canon ..........................................2ª Capa e 03

Roland......................................................... 41

Colacril......................................................... 29

Serigrafia SIGN FutureTEXTIL..... 07, 58 e 3ª Capa

Comala........................................................ 57

Sid Signs........................................................ 9

Danfex......................................................... 55

Solução Pontual............................................ 57

Digigraf.................................................4ª Capa

T&C............................................................. 39

Fox Signs...................................................... 45

Victor Ciola................................................... 27


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CHAPร U

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Confira os temas que serão destaque em 2013 e faça já a programação de seus anúncios: Ed. 216 – Abril

Ed. 220 – Agosto

• Corte e gravação • Mídias eletrônicas

• Plotter de recorte • Cobertura oficial da Serigrafia SIGN FutureTEXTIL

Ed. 217 – Maio • Decoração • Relacionamento com fornecedores: negociação e escolha dos suprimentos adequados ao seu negócio Ed. 218 – Junho • Tintas para impressão digital • Pré-impressão: uma análise dos principais softwares do mercado

Ed. 221 – Setembro • Sublimação • Como decidir qual o substrato ideal para impressão de seu trabalho Ed. 222 – Outubro • Impressão UV • Gestão de custos indiretos

Ed. 219 – Julho • Guia de visitação da Serigrafia SIGN FutureTEXTIL

Ed. 223 – Novembro • PDV: novidades e tendências • Vendas ativas

Ed. 224 – Dezembro • Anuário 2014

Pauta sujeita a alterações.

Garanta já o seu espaço! Isabel Carlos sign@btsmedia.biz (11) 3598-7866

Publicada por:

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Entrevista

Força política para o setor Com vice-presidência de câmara setorial na Abimaq, fabricante de equipamentos de impressão digital auxilia na conquista de benefícios Erik Bernardes

A

representação política de classe já deu provas suficientes em todo o mundo de que, quando bem organizado, um setor pode conseguir diversos benefícios, como incentivos fiscais por meio de redução ou isenção de impostos, novos investimentos em determinado setor, aumento de salários, no caso de trabalhado-

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res, ou qualquer outro que seja o motivo de sua luta. Lula, que ganhou repercussão no Brasil dos anos 70 ao liderar a reivindicação dos metalúrgicos no ABC Paulista pela reposição de salários, e os estudantes caras-pintadas, que se manifestaram na Avenida Paulista pelo impeachment do então presidente Fernando Collor, são apenas dois exemplos que mostram como uma classe pode e deve exercer seu poder em uma democracia. No caso da impressão digital o processo não é diferente. Os fabricantes de equipamentos, por exemplo, se filiaram à Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), por meio da Câmara Setorial de Máquinas e Equipamentos Gráficos (CSMEG), para reivindicar, entre outras coisas, melhores condições de financiamento das máquinas que produzem. Segundo o site da entidade, este setor é composto por cerca de 130 empresas fabricantes de máquinas e equipamentos nos segmentos de pré-impressão, impressão e acabamento. Além disso, no cenário atual, este setor é caracterizado por indústrias de pequeno porte que, em sua maioria, exportam para países norte-americanos, latino-americanos, asiáticos e europeus, resultado das participações em rodadas de negócios e feiras internacionais com apoio da Apex-Brasil.


Nesta entrevista, Ricardo Augusto Lie, atual vice-presidente da CSMEG e gerente de Comércio Exterior da Ampla Digital, fala sobre sua participação junto à entidade e como a câmara vem auxiliando o empresariado brasileiro em negociações de melhores condições para financiamento de equipamentos nacionais. Isso demonstra que nem sempre as empresas precisam ser grandes, em número ou faturamento, para conseguirem um nível de organização que as torne representativas. Basta serem unidas e lutarem por causas que realmente façam a diferença para o setor como um todo. Qual a atuação da CSMEG e como ela pode auxiliar o mercado de impressão digital brasileiro? A Câmara Setorial de Máquinas e Equipamentos Gráficos (CSMEG) reúne os fabricantes brasileiros de máquinas e equipamentos para a indústria gráfica, nos segmentos de pré-impressão, impressão e acabamento, sendo a Ampla – como única fabricante nacional de impressoras digitais de grandes formatos – a representante deste segmento. A CSMEG atua em diversas frentes, mas o foco das ações é o incentivo à inovação, para o desenvolvimento de novas tecnologias e produtos, e a busca constante por parcerias com instituições financeiras públicas e privadas, para criação de linhas de crédito especiais, que facilitam o acesso do empresário brasileiro aos equipamentos fabricados no Brasil. Uma importante conquista da Abimaq, que representa bem como o trabalho da CSMEG pode beneficiar o mercado gráfico nacional, é a taxa reduzida do Finame PSI, que em 2012 possibilitou que empresários comprassem uma série de equipamentos fabricados no Brasil, com juros de apenas 2,5% ao ano, e que em 2013 oferece taxas de 3% ao ano até 30 de junho e de 3,5% ao ano após essa data, até 31 de dezembro. Ter uma condição de crédito como essa é dar ao empresário o poder de aumentar sua capacidade produtiva com máquinas novas e mais modernas, sem comprometer o seu capital de giro.

“Ter uma condição de crédito como essa [2,5% ao ano] é dar ao empresário o poder de aumentar sua capacidade produtiva com máquinas novas e mais modernas, sem comprometer o seu capital de giro” Importante citar que, como câmara integrante da Abimaq, a CSMEG também contribui com os diversos pleitos junto ao Governo Federal para redução da burocracia, redução de carga tributária, e ações de defesa comercial, para recuperação da competitividade da indústria nacional. Como e por que surgiu a participação do senhor junto à CSMEG? Desde que a Ampla assumiu o desafio de fabricar no Brasil impressoras digitais de grandes formatos, buscamos ser atuantes e nos envolver em ações que visem o desenvolvimento da indústria nacional e, acima de tudo, tragam benefícios para os nossos clientes. Associamo-nos à Abimaq logo que demos início a nossa produção de equipamentos, em 2006. A oportunidade de assumir a vice-presidência surgiu ao final de 2011, com o convite do presidente da Câmara para compor a chapa que se candidataria à reeleição, pois sendo uma empresa com forte atuação em impressão digital, teríamos como representar este segmento mais ativamente. Este convite foi muito bem-vindo e imediatamente aceito, pois uma cadeira na vice-presidência da câmara reforça a nossa atuação em prol da indústria nacional, dando ainda mais visibilidade ao segmento de impressão digital. Então, em abril de 2012, assumi como vice-presidente para o exercício do biênio 2012/2014. O que representa, para o senhor, participar de uma câmara deste porte? Representa, acima de tudo, a oportunidade de ser a voz do mercado de impressão digital dentro de uma importante entidade como é a Abimaq. Acredito no grande potencial do mercado gráfico brasileiro, e ao representar a impressão digital na Abimaq,

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Entrevista

“Acredito no grande potencial do mercado gráfico brasileiro, e ao representar a impressão digital na Abimaq, reforçamos nosso compromisso de participar de seu desenvolvimento no País” reforçamos nosso compromisso de participar de seu desenvolvimento no País. De que forma o senhor entende que pode fomentar o mercado de impressão digital brasileiro, a partir de sua participação na CSMEG? Principalmente buscando a evolução tecnológica adequada às necessidades das empresas brasileiras, através de linhas de financiamento à inovação e mesas-redondas com grandes empresas gráficas do País, e também ampliando o acesso da empresa brasileira aos equipamentos fabricados no Brasil, através das linhas de crédito especiais que pleiteamos junto ao Governo Federal e aos bancos estatais. Voltando ao exemplo do Finame PSI. A taxa cobrada antes da redução era de 5,5% ao ano, com a redução em 2012 ela foi para 2,5% ao ano. Sentimos no dia a dia como isso beneficiou o mercado. Clientes nossos já estabelecidos compraram novas impressoras, motivados pela taxa reduzida, outros que decidiram empreender no segmento também aproveitaram a oportunidade, e tudo isso sem afetar o capital de giro das empresas, de modo que além de investir em novas tecnologias, puderam fazê-lo de forma sustentável. Em 01/03/2013, haverá a primeira reunião da atual diretoria da CSMEG, quais suas expectativas para esse encontro? O ano de 2012 foi de muitas conquistas para a indústria nacional de máquinas e equipamentos. A Abimaq realizou um trabalho excelente, com a luta constante pelo aumento da competitividade da indústria brasileira. O plano para 2013 deverá ser focado em continuar esse trabalho. Na reunião de 01/03/2013 o foco será na atuação da Abimaq e das associadas

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frente às novas regras do Confaz, resultantes da chamada Guerra dos Portos, uma mesa-redonda com uma grande indústria gráfica nacional, para debater necessidades tecnológicas do mercado, e dados conjunturais da economia e do setor de máquinas e equipamentos. O senhor entende que o mercado de máquinas para impressão digital viveu um ano difícil em 2012? Por quê? O ano de 2012 trouxe boas oportunidades para o mercado, principalmente por conta das eleições municipais, que tradicionalmente movimentam o setor de impressão digital de grandes formatos. Além da demanda gerada pelo ano eleitoral, a Ampla pôde ainda manter um bom ritmo de vendas por conta das taxas reduzidas do Finame PSI. A impressão tradicional voltada para mercados promocionais sofreu em 2012, no entanto a impressão digital continuou seu ciclo de crescimento. Em sua visão, como começou 2013 para esse mercado e o que os profissionais devem esperar para os meses que estão por vir? O ano de 2013 começou bem, com crescimento considerável em relação a 2012, resultado de taxas de juros menores e perspectivas de crescimento maior da nossa economia. Além disso, são esperadas novas medidas de incentivo à indústria nacional, o que indiretamente fará com que mais tipos de equipamentos possam ser fabricados no Brasil, permitindo maior acesso das empresas brasileiras às tecnologias de ponta. A Ampla continuará seguindo sua filosofia de trabalho, focada em inovação e no compromisso de oferecer sempre mais aos nossos clientes, criando novos produtos e serviços para atender ao mercado local. Pensando em produtos, vemos com bons olhos as novas tecnologias de impressão UV, sem deixar de lado os avanços ainda possíveis nos processos baseados em solvente, que ainda têm muita força no mercado nacional e devem continuar sendo de grande relevância pelos próximos anos.


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Showroom

Novajet DX Equipamento traz aplicações para vários tipos de negócios, com tintas eco solventes ou sublimáticas

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Akad apresenta em 2013 sua nova linha de produtos NovaJet DX, disponíveis em três tamanhos. São modelos com larguras úteis de impressão de 1,85 m, 2,25 m e 3,20 m. Esta nova linha traz um novo sistema de controle de escalas de cinza. Com tinta Eco Solvente, a Novajet DX é recomendada para profissionais que precisam de qualidade de impressão. Utilizando tinta sublimática e processo de termotransferência, por sua vez, o equipamento é indicado para impressões digitais de grande formato.

Nome do equipamento: Impressora NovaJet 2302S Eco Solvente Cabeça de impressão: Uma ou duas, modelo EPSON DX5 Valor da cabeça de impressão: R$3.200,00 (tabela de março de 2013, sujeita a alterações sem aviso prévio) - com durabilidade dependendo do uso e da quantidade de m² impressos Tamanho da gota (picolitro): variável de 3,5 pl até 14 pl Tipo de tinta: Eco Solvente Preço da tinta: R$ 100,00 o litro (valor aproximado em março 2013) Quantidade de cores: 4 cores - CMYK Substrato em que imprime: Os mais comuns são PVC, vinil, canvas, adesivos, lonas e papéis fotográficos Espessura máxima de substrato: 2 mm Velocidade de impressão x resolução (m2/hora): até 48 m²/h em 720x1080 dpi em três passes, com duas cabeças de impressão Número de passadas: 3, 4, 6 e 8 passadas Qualidade da impressão: até 1440 dpi Qual software RIP acompanha: Maintop (incluso) ou Photoprint (opcional) Custo estimado de impressão: Em média R$ 1,13 m² (valor de substrato não incluso), dependendo da mídia, da imagem, modo de produção (passadas e resolução) e perfil utilizado Assistência Técnica: garantia de um ano na impressora e de três meses na cabeça de impressão, com assistência da Akad Computação Gráfica São Paulo Custo de manutenção: durante a garantia não há custo de mão de obra, o custo de deslocamento do técnico é calculado de acordo com a localidade e o tipo de deslocamento Preço do equipamento: R$ 55.000,00 (tabela de março de 2013, sujeita a alterações sem aviso prévio) *Informações cedidas pela Akad

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Mais de 100 baús corrugados Foscomania conquista trabalho da Marabraz e comprova capacidade de produção

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Divulgação MMG Foscomania

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Divulgação MMG Foscomania

Divulgação MMG Foscomania

Foscomania, empresa paulista especializada em aplicação de películas adesivas, executou uma ação importante no mercado de envelopamento automotivo. A empresa desenvolveu a arte e aplicou adesivos em mais de 100 caminhões baú corrugados da rede de lojas Marabraz. Tal experiência em aplicação de película adesiva vem da atuação no segmento de comunicação visual e sinalização, realizados há mais de 15 anos pela empresa MMG Digital. Para dar conta do recado, estiveram envolvidos na aplicação mais de 20 instaladores, profissionais que, segundo a Foscomania, são prata da casa. “Aplicadores aptos a trabalharem com a película 3M D500 são raros, os que fizeram esse trabalho são mão de obra criada e treinada aqui”, revela Marcelo Alves, diretor da MMG Foscomania. “Vale ressaltar que trabalhamos com equipe própria da MMG Foscomania, não com tercerizados, o que garantiu padrão único no acabamento”, complementa. Para conquistar o cliente, a empresa precisou utilizar sua capacidade criativa e

apostar na competência dos profissionais com quem trabalha, afinal, o prazo estipulado pela rede era de dois caminhões envelopados por dia. “Hoje somos convertedores 3M, o que nos dá bastante credibilidade para conseguir outros trabalhos com o mesmo desafio. Foram selecionadas algumas empresas como finalistas da concorrência, fomos felizes na construção e tratamento da imagem, tivemos a condição competitiva e talvez o grande desafio tenha sido cumprir o prazo de entregar em média dois caminhões por dia”, garante Alves. “O principal desafio foi cumprir o prazo, mas no final, missão cumprida”, comemora o empresário.

Divulgação MMG Foscomania


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Especial

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magine você, leitor da revista Sign, as seguintes situações. Situação 1: você está em um shopping e, de repente, você fica com vontade de ir ao banheiro. Você olhou para o lado e não encontrou ninguém para pedir informação. Então, você começa a seguir as placas de indicação com os dizeres “sanitários” para assim, chegar a eles; Situação 2: você está dirigindo pelas ruas de determinada cidade, a procura de um endereço específico e que fica localizado em um bairro qualquer. Então, para chegar até lá, você começa a se guiar pelas placas indicativas existentes nas ruas para que assim, você chegue ao destino final. As duas situações citadas anteriormente são apenas algumas das milhares em que as sinalizações de ambientes, tanto na parte interna quanto na externa, se mostram fundamentais para te dar um rumo. Segundo Aurélio Reis Duarte de Araújo, sócio diretor da Inova Sinalização, existem três aspectos relevantes para a sinalização de um ambiente: • Institucional: tem função de mostrar a identidade visual quanto à marca da empresa;

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• Direcional: tem a finalidade de orientar as pessoas dentro da organização, possibilitando que ela encontre determinados setores independentemente do auxílio de terceiros; • Promocional: tem o objetivo de captar a atenção das pessoas em determinado ambiente. Por outro lado, dentro do contexto das funções de uma sinalização para ambientes, Luiz Gustavo Rodrigues, sócio-diretor da empresa Indesign, aponta que a sinalização tem por função: • Diferenciar visualmente os espaços e suas respectivas utilizações; • Identificar, orientar e distribuir o fluxo de público, funcionários, visitantes, fornecedores, etc., pelas diferentes áreas de circulação; • Criar um ambiente organizado, exclusivo e reconhecido pela identidade de marca. Proprietário do Rei das Placas, César Augusto Gomes da Silva destaca a importância da sinalização para os ambientes. “A sinalização é de suma importância em todo tipo de área externa ou interna de qualquer


Do lado de dentro Devido aos motivos citados anteriormente, a sinalização é requisitada em todo e qualquer ambiente que receba determinado público. Aurélio Reis Duarte de Araújo comenta as situações em que a sinalização interna é requerida. “Existem as sinalizações ‘obrigatórias’, que são exigidas em diversos ambientes, destacando-se aqui a sinalização de segurança, como a identificação das rotas de fuga e os equipamentos de combate a incêndios”, diz. Sobre os ambientes em que a sinalização deve ser aplicada, Pedro Balbino, sócio-diretor da empresa Placas Online, explica que além de ter grande circulação de pessoas, esses ambientes estão diretamente ligados ao tipo de risco, alerta ou comunicação que se pretende fazer. “Podemos citar casas noturnas, shoppings, restaurantes, escolas, teatros e cinemas, edificações de modo geral e as edificações industriais e comerciais que muitas vezes envolvem vários riscos”, cita. Por isso, conforme Balbino, pode-se dividir os ambientes em cinco grupos:

a-) sinalização de proibição – cuja função é proibir ou coibir ações capazes de iniciar ou agravar um risco em ambientes expostos aos mesmos; b-) sinalização de alerta – cuja função é alertar para ambientes ou materiais presentes nos mesmos com risco potencial; c-) sinalização de orientação e salvamento – cuja função é indicar as rotas de saída e ações necessárias para o seu acesso em ambientes previstos em normas do Corpo de Bombeiros; d-) sinalização de equipamentos de combate a incêndio e alarme – cuja função é indicar a localização e os tipos de equipamentos disponíveis ( NBR 13434-1:2004).

Divulgação Rei das Placas

local de fluxo de pessoas, seja ele grande ou pequeno. Ela ajuda as pessoas a encontrarem o caminho para determinado local”, analisa.

Placas de sinalização possuem diversas funções em um ambiente

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Placas de orientação são algumas das usadas em ambientes internos

Divulgação Placas Online

Ainda conforme Balbino, por exigência das Normas e Instruções Técnicas, as sinalizações de rotas de fuga e localização de equipamentos de combate a incêndio devem ser fotoluminescentes, ou seja, emitir luz no escuro.

- Equipamentos e confecção Os equipamentos utilizados para a confecção refletem diretamente na qualidade do que é produzido. “Para a impressão dos materiais rígidos, utilizamos impressora com tecnologia UV, pois a sua cura é rápida e nos permite ter alta performance dos produtos”, diz Balbino. Além das impressoras UV, Aurélio Araújo, da Inova Sinalização, comenta outros equipamentos necessários para a produção dessas sinalizações. “Utilizamos também o processo de impressão digital com tintas eco solvente; equipamentos para corte e dobra de materiais metálicos, como guilhotina e dobradeira; máquina para corte a laser de materiais como MDF, PS, acrílico, papelão etc.; equipamento para dobra de acrílicos, poliestireno e PVC”, aponta Araújo. Para a confecção de uma placa de sinalização interna em alumínio ou PSAI, Balbino detalha como funciona a produção da mesma. “Após adquirirmos a chapa do material, com espessura média entre 2500 mm e 1250 mm e trabalharmos na arte, enviamos o mesmo para a impressora UV imprimir diretamente sobre o material. Após a impressão, procedemos com o corte em guilhotina, aplicamos a fita dupla-face ou ilhoses conforme a necessidade. Então, a placa está pronta”, explica Balbino. - Materiais, tintas e tratamentos Dentro da perspectiva dos materiais necessários para a confecção das sinaliza22

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ções, Aurélio Araújo, da Inova Sinalização, comenta que a produção de peças de sinalização utiliza os mais diversos materiais, tais como poliestireno (PS), PVC expandido, aço, alumínio, vidro, MDF, acrílico e outros mais. “Aqui, vale salientar que é bastante usual a utilização de mais de um tipo de material para a produção de uma peça de sinalização”, observa Araújo. Já Luiz Gustavo Rodrigues, da Indesign, atenta para a escolha correta do substrato que será utilizado. “Na maioria dos casos, utiliza-se um suporte com baixo custo, como o PS, por exemplo. Porém, esses materiais sintéticos podem deformar ao longo do tempo e perder seu pigmento original, ficando amarelados”, alerta Rodrigues. No caso das tintas, Araújo indica quais são comumente utilizadas para a produção de sinalização interna. “Além das tintas à base de água, destinadas à produção de peças para uso exclusivo em ambientes internos, temos as tintas eco solventes, solventes, látex e tintas para impressão com cura UV”, aponta. Já para algum possível tratamento dos substratos a serem utilizados, ele pode variar de acordo com o próprio substrato. “Alguns como vidro, pouco utilizado por nossa empresa ou aço inox, necessitam de um primer que é fornecido pela própria fabricante das nossas impressoras para aplicação antes da impressão”, diz Balbino. “No caso da impressão digital com tintas à base de água, eco solvente e solvente, os substratos como lonas, vinis, papéis e tecidos já são produzidos especificamente para esse tipo de impressão. Já os substratos utilizados nos equipamentos com cura UV, não exigem nenhum tipo de tratamento especial”, completa Araújo. Do lado de fora Segundo César Augusto Gomes da Silva, do Rei das Placas, a sinalização externa é requerida em grandes locais com circulação de pessoas, carros, etc. Dessa forma, Silva cita algumas dessas áreas para a atuação da sinalização. “Ruas, avenidas, estradas, shoppings centers, hipermercados, hospitais, condomínios e terminais de ônibus são algumas das muitas aplicações desse tipo de


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- Equipamentos e confecção Com um maquinário similar ao utilizado na sinalização interna, Silva aponta alguns dos equipamentos necessários para a confecção de produtos para a sinalização externa. “Como a sinalização externa possui um mercado mais voltado para placas, pode-se dizer então que máquinas de corte com leitora a laser, routers CNC e impressoras com tecnologia UV, por exemplo, são essenciais para o trabalho”, afirma Silva. Sendo assim, Silva detalha como seria a confecção de uma placa de sinalização de “obras na pista”, utilizada justamente para sinalizar que existe alguma construção na rua ou estrada. “Tudo começa com o tamanho da placa, segundo a Norma a que ela se enquadra. Para isso, fazemos estruturas em metalon soldadas, formando um cavalete. Ali, soldamos duas chapas de aço galvanizado de aproximadamente 1 mm, que por sua vez, recebe a adesivação refletiva de fundo laranja e depois a indicação em adesivo preto. Os adesivos já vêm impressos direto da impressora que utilizamos para o trabalho”, explica Silva. Já para placas em acrílicos, Silva informa que as placas que são recortadas têm por volta de 8 mm e recebem um adesivo jateado por trás da placa e uma adesivação indicativa pela frente. “Estas placas também acompanham espaçadores em aço inox para serem fixadas nas paredes”, observa. 24

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- Materiais, tintas e tratamentos Para a confecção de produtos de sinalização externa, Silva comenta que os materiais mais requisitados variam muito, dependendo da utilização que ele terá. “Materiais como PVC, alumínio, aço inox, acrílico e até lonas e adesivações, contribuem para um leque de opções que pode atender às mais diversas peças e placas de sinalização”, esclarece Silva. Sobre as tintas normalmente utilizadas, Silva explica que elas devem sempre atender as necessidades da mídia e também do tipo de sinalização externa que ela irá atender. “Existem placas que ficarão expostas à luz solar. Então, devemos ter o cuidado de utilizar tintas e substratos que resistam aos raios UV por um maior tempo. Saber onde a placa vai ficar é muito importante para a garantia do material”, informa. Já sobre os tratamentos nos substratos, Silva afirma que devido a sinalização externa estar exposta ao sol, ela precisa de um tratamento anti-UV, que pode estar na tinta utilizada ou ser aplicada posteriormente em forma de verniz UV. - Observações externas Para Silva, alguns cuidados precisam ser tomados quanto à instalação de alguma sinalização externa. “O principal cuidado é garantir que a peça não caia. Afinal, uma placa com estrutura metálica, feita em chapa de aço, expostas ao sol, vento e chuva, se não estiverem bem presas, podem causar muito estrago caso venham a cair. Dependendo do tamanho, é necessário um laudo

Divulgação Rei das Placas

sinalização”, enumera Silva. Com o intuito de orientar as pessoas em locais em que o número de transeuntes é elevado, as sinalizações externas se serão fundamentais para grandes eventos esportivos que ocorrerão no Brasil. “Grandes eventos já marcados para o Brasil como Copa Do Mundo da FIFA e Olimpíada, irão exigir muita sinalização externa, desde as saídas de aeroportos, trens e metrôs, bem como a sinalização das vias para se chegar até os locais dos eventos”, analisa Silva.

Confecção de uma placa de sinalização externa


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técnico de um engenheiro garantindo essa segurança”, indica. Outro critério a ser seguido, de acordo com Silva, é que toda placa de sinalização coletiva deve obedecer a uma norma técnica distinta disponível na Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Sempre será necessário observar qual norma atende a cada estabelecimento ou evento. Sinalização eletrônica Outra categoria que pode ser inclusa na sinalização de ambientes, é a eletrônica que utiliza a tecnologia LED. O engenheiro Óliver Bertoluci, presidente da VBN Painéis Eletrônicos, destaca alguns pontos que tornam a sinalização eletrônica importante. “Valoriza a comunicação com os clientes ou associados, oferecendo um novo conceito de informação moderna e objetiva. Facilita também a implementação de dados com criatividade e tecnologia por meio de um modelo atraente para o público, dando retorno garantido para os clientes”, observa Bertoluci. Ainda conforme Alceu Pedro Travi Júnior, diretor comercial da Inguz, o consumo médio de um painel de LED é de 200 a 300 W/m², sendo que o pico é algo em torno de três vezes a média citada. Já referente à vida útil de uma sinalização eletrônica, Bertoluci comenta que o valor pode variar, mas gira em torno de 200 mil horas. - Ambientes de atuação Para a sinalização eletrônica, o príncipio de aplicação nos ambientes é bastante similar aos tipos convencionais de sinalização: 26

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o número elevado de pessoas transitando é determinante. “Em ambientes externos, os mais comuns são em sinalização de empresas, estádios de futebol, pontos de ônibus, vias públicas, etc. Já no caso das sinalizações internas, os mais comuns são eventos, shows e locais públicos como aeroportos, rodoviárias e até mesmo ônibus”, diz Bertoluci. Por sua vez, Junior enaltece o avanço tecnológico da sinalização eletrônica. “Atualmente, a tecnologia disponível permite instalações em meios externos e internos, dependendo da característica e escopo do projeto. No caso dos painéis de LED, existem soluções que atendem a norma IP65 (externos) e IP-43 (internos)”, comenta. Indícios, traços, vestígios ou rastros, a verdade é que um dos grandes questionamentos filosóficos de todos os tempos é saber qual é o sentido da vida. Para onde ela nos levará e para onde devemos seguir. A procura por um rumo é constante. Não de uma maneira tão profunda, mas com um pensamento similar, as sinalizações esperam levar aquele que está perdido, encontrar aquilo que se procura, seja uma saída ou um local. Seja ele interno ou externo, os sinais que estão nos ambientes simplesmente querem que encontremos por aquilo que procuramos, dando certa ordem em meio ao caos. Por isso, fiquem atentos aos sinais. Eles podem dizer muito mais do que palavras.

Aviso importante Devido a tragédia em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, o número de pedidos de placas de incêndio e rotas de fuga cresceu bastante. Porém, de acordo com Silva, não adianta fazer uma sinalização ineficaz, pois na hora da emergência ela pode confundir. Devido a isso, Silva ressalta a importância da ajuda do Corpo de Bombeiros para o êxito da instalação. “Solicitamos a todos revendedores que recomendem a seus clientes que chamem um bombeiro, brigadista, ou técnico de segurança, pois os mesmos são pessoas habilitadas para colocar uma sinalização eficaz, para que assim, vidas possam ser salvas”, ressalta.


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Colorimetria e Gerenciamento de Cores

Espaço de cores dependentes x independentes - Parte 01 Fabio Tanaka*

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que é um espaço de cor? Um espaço de cor ou sistema de cor nada mais é do que um modelo usado para descrever cada cor a partir de fórmulas matemáticas. Seja na emissão de luz na composição de uma cor (espaço de cor RGB, síntese aditiva, cores primárias da luz), ou na utilização de tintas que absorvem os comprimentos de ondas para a formação da cor (espaço de cor CMYK, síntese subtrativa, cores primárias do pigmento), estamos basicamente manipulando o espectro da luz que chega aos nossos olhos para produzir uma sensação específica, a cor. Para que esta manipulação ocorra dentro de cada espaço de cor, precisamos utilizar variações de emissão de luz, diferentes tipos de tintas, e inúmeros tipos de substratos. É aí que nossos problemas e limitações começam. Um mesmo arquivo impresso em diferentes impressoras como à base de solvente, à base de tinta UV, à base de tinta látex, à base de tinta sublimática e até mesmo uma impressora comum de mesa, cada uma apresentará uma imagem diferente. Agora vamos utilizar este mesmo arquivo para visualizar nos diferentes monitores presentes em sua empresa, cada monitor também apresentará uma imagem diferente. Mas porque toda essa variação acontece se a informação que está partindo para todos os dispositivos (arquivo) é exatamente a mesma? A reprodução da cor “dependente” do dispositivo significa que os valores numéricos utilizados tanto em RGB como em

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Cores subtrativas (CMYK)

Cores aditivas (RGB)

CMYK são específicos para produzirem cores em um único dispositivo. Os mesmos valores de RGB em diferentes monitores ou os mesmos valores em CMYK em diferentes impressoras, produzirão cores diferentes, pois produzem as cores dentro dos limites físicos, específicos e individuais de cada equipamento. Este assunto é uma questão que confunde muito, até mesmo muitos profissionais. Esclareçam suas ideias, mandem suas dúvidas! Na próxima edição, daremos continuidade e falaremos sobre o espaço de cor independente. Não percam! Boas impressões e qualidade total!

*Fabio Kenji Tanaka é consultor da Cor Amarelo Gerenciamento de Cor Digital fabio@coramarelo.com.br


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Digitec

Tecnologias de impressão digital Volume 1 - Primeira parte Ricardo Minoru Horie, Andre Liberato, Lara Venegas Vargas e Paulo Addair

Sobre o Digitec O Digitec é um grupo técnico de divulgação de tecnologia de impressão digital que surgiu dentro do GE-DIGI, grupo empresarial da Abigraf-SP na área de impressão digital. O Digitec tem por missão a divulgação da tecnologia de impressão digital para o mercado gráfico, tanto para operadores de equipamentos, quanto para os profissionais da área de negócios e mesmo para os próprios empresários. Por sua vocação tecnológica, no segundo semestre de 2010 o Digitec passou a fazer parte da ABTG, organizando cursos técnicos e seminários voltados para o mercado de impressão digital. O grupo é dirigido pelo Bruno Mortara e coordenado pela dupla Wiliam Correa e Paulo Addair e conta com a colaboração dos mais renomados fornecedores de equipamentos, consultores e prestadores de serviços para o segmento de impressão digital.

Introdução Neste volume, elencamos os principais aspectos das tecnologias disponíveis para impressão digital. 30

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Definição de Impressão Digital

O que é Impressão Digital Conjunto de tecnologias capazes de obter cópias impressas a partir de arquivos digitais. Surgimento As tecnologias de impressão digital se tornaram possíveis com o surgimento da primeira linguagem de descrição de página, o PostScript, criada por John Warnok, da Adobe, que permitiu que o conteúdo digital presente nos computadores pudesse ser reproduzido com qualidade aceitável nas impressoras e máquinas de fotocomposição. Três invenções do início dos anos 80 contribuíram para o surgimento da impressão digital: a interface gráfica nos microcomputadores (Apple Macintosh), a impressora laser de baixo custo (Canon) e a linguagem PostScript (Adobe). Na N.C.C. (Nacional Computer Conference) de Las Vegas, em 1984, foi apresentada pela primeira vez uma solução utilizando estes três produtos em conjunto. Logo depois surgiu o Aldus PageMaker, o primeiro aplicativo de editoração eletrônica que reproduzia o trabalho de um diagrama-


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Digitec

Três ções d inveno iní a no s dor numa prancheta virtual, mento e gramatura, cores, 8 0 c o c io d o s p ntrib a ra o mais tarde adquirido pela tipologia, além dos tipos u s í r u am rg press ão dig imento da própria Adobe. de acabamento. im it gráfic a nos al: a inter Com o tempo, todos fa c e micro dores co (A os aplicativos de ilustraEditoração eletrônica impre pple Maci mputantosh s s o ra ção vetorial, tratamento Etapa onde as imagens ), a l a se c u s to de imagem e paginação tratadas, as ilustrações (Cano r de baixo n) g u a ge do mercado adotaram a vetoriais são criadas e os m Pos e a lint linguagem PostScript para textos diagramados junto (A d o b S c r i p t e) dar saída em seus conteúdos, com os outros conteúdos nos tornando essa linguagem o padrão aplicativos (softwares) de editode mercado. Outras linguagens surgiram, ração eletrônica. como o PCL (Printer Communication Language) da HP, porém o PostScript continua Aprovação como padrão de fato do mercado, permi- Ciclo de geração das provas de layout, de tindo tanto a saída em equipamentos de cor e/ou de contrato para a aprovação pelo fotocomposição quanto em impressoras de cliente final. baixo custo. Arte-finalização Contempla a execução das correções e alFluxo de trabalho O fluxo de trabalho típico para produzir terações solicitadas pelo cliente final nas materiais impressos por meio da impressão provas e geração dos arquivos que serão enviados para o prestador de serviços gráficos digital é dividido em etapas: ou departamento de impressão. Criação Envolve as tarefas de planejamento da peça Pré-impressão gráfica, com base nas informações forne- Análise dos arquivos de impressão, imposicidas pelo cliente final. Nesta etapa são ção de páginas e ripagem/rasterização (prodefinidas as dimensões, especificidades cessamento e conversão dos arquivos digido suporte de impressão tais como revesti- tais em imagens bitmap) que por fim, serão enviados para as impressoras digitais. Impressão Impressão propriamente dita nos substratos.

Divulgação Digitec

Acabamento Depois de impresso, os materiais seguem para o acabamento, quando são feitas as dobras, colagem, encadernação, plastificação, laminação, refile, etc. Autor e editor: Ricardo Minoru Horie - Bytes & Types - minoru@bytestypes.com.br Autor: Andre Liberato - Konica Minolta - andre. liberato@bs.konicaminolta.com.br Colaboradores: Lara Venegas Vargas - Kodak Brasil lara.vargas@kodak.com; Paulo Addair - Thomas Greg & Sons - paulo.addair@thomasgreg.com.br

Não perca, na próxima edição, a 2ª parte da Cartilha Digitec

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Por que comprar uma

impressora para tecido? Saiba mais sobre os diferentes processos, tecidos, tintas e equipamentos para a impressão em tecido e decida a melhor opção para sua empresa

Arte: Emerson Freire

Mariana Naviskas

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ale a pena investir em um equipamento para impressão em tecido? São muitas as dúvidas que aparecem antes de um investimento como esse: devo comprar uma máquina que imprime diretamente no tecido ou uma impressora para sublimação? Qual marca e

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modelo? Que tintas utilizar? Para responder a essas perguntas, a Revista Sign procurou fabricantes e birôs que produzem e utilizam esse tipo de equipamento. Para Sarah Caldas, do setor de vendas da DigiFab, a impressão digital têxtil direta é uma ótima opção de investimento para


O ti d e te c p o ido, s ua c om coran posição, o t e s ou s quem atua ou pretende atu- n a serem u pigmento possuem um sistema de s ti ec ar na área de impressão. c essidade d lizados e a transporte com esteira on s id e eraçõ produção “Aliar a grande variedade adesiva autolimpante, es sã no mo ment important o que previne o deslocade tecidos e suas aplicações o e o mo d d e e s c ol h e s à flexibilidade da impressão mento do tecido durante r e lo d a impre digital, tudo com alta qualidaa impressão, assegurando s s o ra de, abre um novo leque de oporum registro perfeito da imatunidades para a empresa”, explica. gem. Esse sistema é o ideal para Além da possibilidade de se estampar impressão em tecidos como stretch ou imagens fotográficas ou desenhos sem res- tecidos muito leves de fibras naturais e artrições ao número de cores, uma das vanta- tificiais, como algodão viscose e seda. gens apontadas por Caldas é que na estamAs impressoras voltadas para os teciparia digital têxtil não é necessário definir dos planos com boa estabilidade dimenuma quantidade mínima de impressão, sional normalmente vêm integradas com como acontece na estamparia convencional uma unidade de cura para a termofixação a quadros ou cilindros. da estampa, eliminando a necessidade Flávio Hirata, CEO da Durst Brasil, acre- de investimento em outros equipamentos dita que um dos pontos fundamentais para para o pós-tratamento. Nessa impressão o um birô é a flexibilidade em prover soluções. tecido, geralmente sintético, já sai pronto “A impressão têxtil oferece uma solução para ser confeccionado. mais ecológica do que as bases solventes e viNa impressão têxtil indireta, conhecida nil. Tecidos impressos carregam uma gama como sublimação, a impressão é feita sobre de aplicações em decoração e cenografia e papel e posteriormente transferida termipossuem um toque e uma suavidade visual camente para o tecido. Segundo Caldas, as que lonas e adesivos impressos não têm”. impressoras para esse processo são máquinas convencionais para papel, porém utiliEscolhendo o equipamento ideal zam tintas e papéis para sublimação. NesO tipo de tecido, sua composição (arti- se caso, apenas tecidos sintéticos podem ficial, natural, sintético ou misto), os co- ser utilizados. “Após a impressão, o papel rantes ou pigmentos a serem utilizados e transfer e o tecido devem passar juntos por a necessidade de produção (pequenas, mé- uma prensa ou calandra para que a tinta sudias ou grandes tiragens) são considerações blime do papel para o tecido”. importantes no momento de escolher o Caldas lembra que, assim como a immodelo da impressora. “É preciso levar em pressora, o modelo de calandra deve ser conta que a velocidade de impressão é dire- escolhido observando-se a largura desejatamente proporcional ao investimento que da do tecido e o volume da produção. Caserá feito, ou seja, quanto mais rápida for landras a óleo são mais recomendadas para a impressora, maior será o investimento”, tiragens industriais e uso ininterrupto e explica Caldas. calandras apenas com elementos termoA impressora deve ser escolhida de acor- elétricos são mais indicadas para tiragens do com o processo desejado e com a fibra menores e uso intermitente. têxtil a ser estampada, como ilustra o infoSe a empresa for preocupada com quesgráfico. É importante também observar a fa- tões ambientais, é importante buscar incilidade de manuseio, a baixa manutenção, o formações sobre os impactos causados por sistema de alimentação de tintas e o históri- cada equipamento. O birô ECOimpressão co da empresa que fabrica a impressora. realiza impressão direta em tecidos na Para a impressão digital têxtil direta criação de banners, outdoors, cenografia, existem, basicamente, dois tipos de equi- entre outros. Por ser um birô que preza pamentos: impressoras para qualquer tipo pela sustentabilidade, o ECOimpressão de tecido e impressoras para tecidos planos utiliza uma HP L25500 Design Jet – que ou com boa estabilidade dimensional. As não é específica para tecidos. “Escolhemos impressoras para qualquer tipo de tecido esse equipamento pela impressão que não Março 2013

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agride ao meio ambiente e pela diversidade de materiais que podem ser impressos nesta máquina. Além da alta resolução da impressão”, conta Vera Graf, sócia e diretora da ECOimpressão. De acordo com ela, a máquina pode imprimir em diferentes tipos de tecidos, como new square, brim, brim resinado, sarja, flex, fibra, tecido PET, entre outros. O processo correto Antes de a impressão ser realizada, os tecidos compostos de fibras naturais e artificiais necessitam de um pré-tratamento, quando impressos com seus corantes específicos, reativos e ácidos, assim como de um pós-tratamento após a impressão. “O pré-tratamento é feito normalmente por impregnação e o pós-tratamento sempre por vaporização e lavagem”, explana Caldas. Os tecidos sintéticos e a impressão com pigmentos podem dispensar o pré-tratamento. Nesse caso, o pós-tratamento é feito por termofixação, em um processo muito mais simples do que o de vaporização e lavagem. “Os tecidos também podem ser comprados já pré-tratados”, lembra.

Divulgação: DigiFab

Infográfico da cadeia têxtil

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Para uma impressão correta, o tecido não deve apresentar variação nas dimensões e precisa estar limpo, sem dobras e enrolado corretamente no cilindro de papelão. De acordo com Caldas, na impressão digital têxtil é sempre necessária a fixação da imagem impressa ao tecido. Caso contrário, não se consegue a solidez desejada. “É simples, mas a boa adequação de todos esses itens a fatores como temperatura e umidade do ambiente, além de pré e pós-tratamentos do tecido, é a forma de garantir que seu investimento trará lucro e satisfação”, completa. Marcas e modelos A DigiFab possui dois modelos de impressoras para impressão direta em tecido: StampaJet BP-64 e StampaJet IN-64. A BP-64 trabalha com tecidos planos e/ou com boa estabilidade dimensional e apresenta velocidade de 17,5 m²/h. A máquina conta com uma estação de cura integrada, sincronizada à impressão. Esse equipamento é usado para a impressão em tecidos sintéticos, poliéster e suas mesclas ricas, com 75% ou mais de fibra sintética. A impressora utiliza tintas sublimáticas, corantes


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Capa da A lé m a d e d e d i ens ibi l poss par imag hos e sen tam se es cas ou d mero de fi nú rá a solução máxima de 1056 dispersos e também pigfo t o g t r i ç õ e s a o t a g e n s n n s a é e v l r i dpi x 600 dpi e o tamanho mentos, atingindo uma s t a m x d ê se uma digital t efinir dos pontos pode variar de , s grande gama de tecidos. e r d co pa r i a s á r io A impressora possui uma estam o é neces e mínima 7 a 21 picolitros, depenã ad dendo da necessidade de cabeça de impressão Piezo que n quantid ssão a e r p qualidade e definição requeextra larga – 1440 bicos de um m de i rida. A velocidade estimada é pontos variáveis –, podendo de 600 m²/h e o equipamento ofetrabalhar de 4 a 8 cores de tintas. rece baixo consumo de água e energia, A IN-64 trabalha com qualquer tecido, apresenta velocidade de 54,4 m²/h, e utili- quando comparado aos equipamentos siza tintas ácida, reativa, dispersa, pigmento e milares do mercado. A unidade de secagem sublimação – o equipamento pode vir equipa- (drying unit) da máquina é alimentada por do com um sistema contínuo de alimentação vapor de gás e eletricidade e a blanqueta de de tinta. A impressora possui quatro cabeças impressão está integrada ao sistema de limde impressão Piezo extra largas – 1440 bicos peza, o que encurta o tempo de ajuste entre de pontos variáveis –, também podendo tra- as trocas de trabalho. A Roland oferece equipamentos de subalhar com quatro a oito cores de tintas. Os dois equipamentos vêm acompanha- blimação para o mercado têxtil: a RE-640s, dos do software Evolution RIP, que apresen- com largura útil de impressão de até 161,5 ta duas versões: gráfica e têxtil. O RIP têxtil cm e velocidade de até 32,10 m²/h, e a FPpossui ferramentas essenciais para impres- 740, com largura útil de impressão de até são têxtil, como a repetição do rapport, o 186,9 cm e velocidade de impressão em salto, as variantes de cores, criação de pa- até 51,00 m²/h. A RE-640S é indicada para letas de cores, entre outras, que facilitam clientes que possuem pequenas e médias e agilizam o processo da impressão têxtil. tiragens e a FP-740 é indicada para clienO software é compatível com os principais tes de médias e grandes tiragens. “Os dois formatos de arquivos usados na área têxtil modelos trabalham com cabeças de imprese gráfica e com as principais marcas de im- são de tecnologia Piezo Ink Jet e utilizam tintas originais da Roland, específicas para pressoras digitais têxteis e para papel. A Durst apresenta dois modelos de im- impressão sublimática”, explica Wilians pressora para tecido: a Rhotex, para soft Lotti, supervisor de produtos da Roland. A Epson lançou recentemente seus equisignage e comunicação visual, e a Kappa 180, para estamparia. “As Durst Kappa e pamentos para impressão sublimática: EpRhotex, assim como as Durst Rho, Lambda son SureColor F6070, para impressões de e Gamma, são máquinas de grande porte, até 1,11 m, e F7070, para impressões de na classe até 120 m²/h para a Rhotex, e até até 1,62 m. “A impressoras sublimáticas da Epson unem a alta performance das tintas 600 m²/h para Kappa”, explica Hirata. A Rhotex imprime com 3,20 m de largu- com a extrema confiabilidade da produção ra, diretamente sobre tecidos pré-tratados, industrial”, declara Evelin Wanke, especiaque, após a impressão por tintas essencial- lista de produtos da Epson na linha Granmente sublimáticas, passam por calandra des Formatos. Ambas possuem velocidade térmica. A Kappa permite utilizar tintas re- máxima de 57 m²/h e cabeças de impressão ativas, ácidas e dispersivas, de acordo com Epson MicroPiezo TFP, com qualidade foo tecido – base algodão, poliéster ou seda tográfica e tecnologia de tinta Epson Ultrarespectivamente. “Outra característica de Chrome DS1. A Mimaki oferece quatro impressoras destaque da linha Kappa é a tecnologia de cabeçotes Durst Quadra Z, o sistema de car- para sublimação e uma para impressão diro móvel com acionamento eletromagnéti- reta em tecido. Os modelos de sublimação co que elimina o desgaste e erros inerentes são: TS500-1800, com seis cabeças de impressão Piezo elétricas e resolução de até a sistemas com correia”, lembra Hirata. A Kappa 180 pode trabalhar com mídias 1200 dpi, atinge até 150 m²/h; TS3-1600, têxteis de até 195 cm de largura, possui re- com largura de impressão de 1,6 metros, 38

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ma Para u rreta, o s s ão c impre o não deve s a o t e c id v a r i a ç ã o n r r ta a t s e n e apres es e precisa olado papel e correspondente uma cabeça de impresr õ n s see a r e d i me n transferência da imasão Piezo elétrica (180 b d o o d i l i nd r , sem nozzles x 8 linhas) e relimpo mente no c o digital gem por sublimação dá ã a mais flexibilidade nas solução de até 1400 dpi; corret Na impress ssária . ce o e ã l n e e r aplicações. Vale estudar JV5-160, com quatro cap pa p m é se ge m tê x t i l ç ão d a i m a o o que o mercado busca, beças de impressão Piezo a fi xa sa ao tecid entender os dois processos elétricas e resolução de até s impre e, somente então, decidir”, 1400 dpi, atinge 58 m²/h; e declara Hirata. TPC-1000, com largura de impresMarco Del Giudice, da Lotus Sign, são de até 1 metro, uma cabeça de impressão Micropiezo e resolução de até 1140 dpi. utiliza na empesa a impressão direta, As três primeiras utilizam tinta sublimá- com a Impressora Plotter HP Designjet tica e a quarta utiliza tinta sublimática ou L26500, tinta látex. “Na verdade, comesolvente. “O cliente deve optar por solvente çamos a imprimir tecidos pela exigência para transfer ou sublimação no momento do mercado e para nos diferenciarmos, da instalação”, explica Danilo Ribeiro, ge- já que a máquina faz uma impressão com rente comercial da Mimaki Brasil. Já para qualidade impecável no tecido.” Segundo impressão direta, o modelo da marca é o ele, diversos tecidos podem ser utilizaTX400-1800B, que utiliza tinta ácida, rea- dos no equipamento, como canvas, brim, tiva ou pigmento e apresenta doze cabeças cetim, oxford, microfibra, entre outros. de impressão organizadas em três linhas e “Microfibra é o que tem mais saída, devido ao custo e qualidade de impressão”. resolução de até 1200 dpi. Thebas Moreno, sócio do birô Design Impressão direta ou sublimação? Impresso, também utiliza na empresa a Para Caldas, os dois processos de im- impressão direta em tecido, utilizando pressão têxtil – direta e indireta – têm tinta eco solvente. “Além de muito cara, a suas vantagens. “O processo direto é o sublimação é limitada a tecidos sintéticos único que possibilita a impressão em qual- e necessita de calandra e espaço que não quer tipo de tecidos. Em tecidos sintéticos possuímos”. O birô trabalha com os equipapode ser mais econômico, evitando o uso mentos Soljet Pro III XJ-740 e VersaCamm de calandra, papel, estocagem e descarte Print & Cut VS-540, ambas da Roland. As do mesmo, etc”. Além disso, na impressão impressoras não são específicas para imdireta, o consumo de tinta é um pouco me- pressão em tecido, mas sim equipamennor, ocorre maior penetração de tinta no tos versáteis que imprimem em diferentes tecido e as imagens impressas oferecem substratos, incluindo tecidos. O birô utiliza muita nitidez. “A impressão digital têxtil as máquinas para a produção de banners e oferece a possibilidade de imprimir ima- peças semelhantes e, segundo Moreno, esse gens com qualidade fotográfica, é menos tipo de equipamento é o mais apropriado agressiva ao meio ambiente e possui nú- para seu negócio. mero ilimitado de cores”, completa. Além da já citada maior intensidade das Apesar disso, quando comparada à su- cores na sublimação, outras vantagens poblimação, a impressão digital têxtil tem des- dem ser citadas, como a manutenção das vantagem quanto à intensidade das cores. características do tecido. “Com a tecnologia “As cores impressas no processo indireto de transferência, na qual a tinta sai do pasão, geralmente, mais intensas, pois a tinta pel, o toque e a maciez do tecido continuam se concentra mais na superfície do tecido os mesmos após o processo”, declara Lotti. por ter menor penetração”, explica Caldas. Também defensora das vantagens da subliUma boa forma de decidir entre os tipos mação, Wanke acredita que o processo ofede impressão têxtil é fazer uma análise do rece mais vivacidade de cores e resistência. que o mercado está buscando e o tipo de “O processo de sublimação faz com que as produto que você deseja trabalhar. “Impri- tintas penetrem nas fibras do tecido. Asmir direto, do ponto de vista estritamente sim, os tecidos não desbotam, nem mesmo técnico, é ‘melhor’. Porém, a impressão em durante lavagens”.


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Cambea #3

Justin Pate confirma participação no Cambea #3 Assim como no ano passado, autoridade mundial será jurado do Campeonato Brasileiro de Envelopamento Automotivo

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om patrocínio da Epson e da BTS Informa e organização da Plásticos Alko, o Campeonato Brasileiro de Envelopamento Automotivo já confirmou que Justin Pate, especialista com 16 anos de experiência em envelopamento automotivo, certificado pela Avery-Dennison e pela 3M, e reconhecido mundialmente pelo sistema UGIS que desenvolveu, será um dos jurados da 3ª edição do evento. O Cambea #3, como é conhecido no mercado, acontecerá simultaneamente à feira Serigrafia SIGN FutureTEXTIL, de 10 a 13 de julho de 2013, no Expo Center Norte, em São Paulo. O evento, que tem o intuito de incentivar o mercado de customização automotiva e impressão digital, além de promover o trabalho desses profissionais que transformam os carros em verdadeiras obras de arte, distribuirá mais de R$ 50.000,00 em prêmios e contará também com a modalidade Cambea Fast, uma prova em que os participantes competem pelo envelopamento de uma peça de carro em menor tempo. Além disso, haverá também a distribuição de brindes e outras atrações simultâneas. O campeonato conta com 27 equipes, divididas em três baterias diárias, com três competidores cada. Os competidores terão 1h30min para envelopar a lateral e o capô do carro. Ao final dos três dias, serão finalistas as três melhores equipes dentre todos os dias. A grande final ocorre com os competidores envelopando todo o veículo em cinco horas. Sobre Justin Pate Pate começou a envelopar carros em 1996, na cidade de Nova York e, em 2007, se mudou para Amsterdam, na Holanda. Durante sua carreira, Justin contabiliza mais de 3.000 veículos envelopados, a maioria deles sem ajuda de outros aplicadores. Por

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Erik Bernardes*

estudar cuidadosamente o processo de instalação gráfica de veículos, Justin criou uma plataforma considerada bastante eficiente para o envelopamento automotivo, chamada UGIS (Sistema de Instalação Gráfica Universal, da sigla em inglês). Utilizando a UGIS, Justin consegue envelopar praticamente qualquer veículo sozinho em menos de cinco horas e alguns veículos, como utilitários, em duas horas. A UGIS é a base dos workshops de Justin Pate ao redor do mundo e tem sido oficialmente apoiada pela Avery-Dennison na América do Norte. Em 2009, Justin, junto com seu parceiro Todd LaBrie, da Carwraps, iniciou um programa de treinamento de instalações de adesivos em conjunto com a Mutoh America, chamado School of Wrap (Escola de Envelopamento). Este programa foi desenvolvido para auxiliar lojas e instaladores a ganhar competitividade no mercado. Em 2011, a Avery-Dennison se juntou à Mutoh no apoio ao programa, se tornando o principal patrocinador. Para a série de workshops da Avery-Mutoh Shool of Wrap, Justin ajudou a criar um teste de certificação da Avery-Dennison que é dado no terceiro dia do workshop. Instaladores que passam no teste de certificação da Avery-Dennison são listados no www. carwraps.net, o site número um em buscas do Google para envelopamento automotivo. Além de encabeçar a Avery-Mutoh School of Wrap e o programa de certificação para a América do Norte, Justin ministra os workshops da Sign and Digital, na Irlanda; da Alltak, no Brasil; da Squeezy/3M, na Holanda, assim como workshops privados ao redor do mundo. Para inscrições e outras informações, visite o site www.cambea.com.br. *Com informações da Plásticos Alko e do site www.justinpate.net


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Varejo

O papel da sinalização e a retenção de clientes no ponto de venda Ana Claudia Costa*

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visão é responsável por 83% da percepção humana. O impacto visual de objetos, lugares e pessoas é, sem dúvida, o registro positivo, ou não, que torna-se referência e parâmetro para quem observa. Com o varejo e com as marcas, não é diferente. O aspecto visual de um ponto de venda é fundamental para atrair clientes. Com menos tempo e mais exigentes, os consumidores buscam um varejo objetivo, ou seja, que revele claramente seu posicionamento no mercado. Hoje, a relação do consumidor com o ponto de venda é muito rápida. As pessoas querem saber onde estão as coisas e prezam pelo autosserviço, por isso, optam pelo acesso rápido ao produto e por informações claras e concisas. Assim, a sinalização desenvolve um papel fundamental na atração, retenção e efetivação de vendas. Mais que serviço, o shopper busca um ponto de venda com identidade e, a sinalização, se bem alinhada e coerente, transmite esses valores ao cliente. Sinalização não é apenas indicador e, sim, parte do todo. Assim, percurso de loja, iluminação, embalagem e categorização de produtos são aspectos intrínsecos na sinalização. Recentemente, desenvolvi um projeto de sinalização para uma marca de produtos hospitalares em que a proposta principal era ter o apelo visual aliado às informações necessárias para uso dos produtos. O ambiente, todo dividido em categorias, agrupou os produtos e permitiu ampliar o espaço dos corredores possibilitando uma circulação mais convidativa e informativa. O resultado comercial desse projeto alcançou dois dígitos no lucro da loja. Hoje, recebemos diariamente cerca de 1.600 novas informações. Desse montante, uma pequena parte é percebida e outra ainda menor é absorvida pelo consumidor. Por isso, buscar diferencial no ponto de venda

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aliando a sinalização e a informação é um método inteligente e comprovadamente positivo de atrair e reter o cliente. Em média, o shopper, quando entra na loja, leva em torno de três segundos para perceber o ponto de venda e definir se vai entrar, pesquisar e comprar naquele ambiente, ou não. A sinalização vem com a missão de organizar, tornar o espaço atrativo e convidativo e, principalmente, conversar com o público-alvo do varejo. É importante ressaltar que, um projeto de sinalização bem estruturado, estuda o shopper, conhece o comportamento do consumidor e o lifestyle do público em questão. Os interesses mudam de acordo com a faixa etária, sexo, classe social, entre outros pontos. Atualmente, a sinalização desempenha o papel de orientar, convidar, atrair e ambientar o espaço para a percepção do cliente. Os grandes magazines, por exemplo, mudaram o conceito de sinalização. Hoje, as lojas não são mais um “mar de roupas”, os produtos são trabalhados por ilhas, nichos e categorias. O espaço masculino recebeu uma nova leitura, assim como a ala infantil, feminina, eletroeletrônicos, e assim consecutivamente. Sem dúvida, sinalizar é uma ferramenta tão importante para o marketing no varejo quanto as outras técnicas, como o atendimento, ações comerciais e o visual merchandising. A sinalização organiza o ponto de venda, informa e orienta o shopper cumprindo o papel de apresentar destacar e tornar claro o objetivo e foco do varejo.

*Ana Claudia Costa é diretora executiva do POPAI Brasil, Associação Global de Marketing no Varejo popai@popaibrasil.com.br


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Vinil

Aplicação de vinil autoadesivo:

método a úmido (continuação)

Eduardo Yamashita*

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a edição anterior, conhecemos as metodologias de aplicação do vinil autoadesivo, quando devemos utilizar a aplicação úmida e quando é necessário optar pelo método seco. Nesta oportunidade vamos começar a entender a metodologia da aplicação úmida. Essa técnica é muito comum no mercado de instalação de adesivos. Porém, utilizada, muitas vezes, de maneira incorreta. É sabido que ao umedecermos uma superfície que irá receber o vinil autoadesivo, há a formação de uma película de água que irá diminuir o contato do adesivo à superfície. Porém, para que tenhamos a água espalhada uniformemente em toda a superfície, precisamos diminuir a tensão superficial da água. Vamos entender o que é tensão superficial. As moléculas de água se atraem e,

como existem moléculas para todos os lados, essa atração, denominada força de coesão, ocorre em todas as direções; exceto no que tange às moléculas da superfície. Visto que essas moléculas não têm outras moléculas de água acima delas, as suas forças de coesão para os lados e para baixo se intensificam, criando, assim, uma espécie de película na superfície da água, que é a tensão superficial. Em outras palavras, tensão superficial é uma propriedade da superfície de um líquido, que permite a ele resistir a uma força externa. Essa tensão é a responsável por mosquitos conseguirem se deslocar por cima da água. É responsável também por materiais leves, como agulhas e moedas, flutuarem e, além disso, a tensão superficial constitui um dos fatores que dificultam a limpeza somente com água e é o que permite que uma

Elementos necessários no preparo da solução

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Prefira os detergentes de coloração amarela e sem cheiro.

gota se forme antes de cair da torneira. É por isso que misturamos o detergente. Ele irá romper a tensão superficial da água, fazendo com que a mistura se espalhe por toda a superfície. Mas que tipo de detergente é recomendado? O mais neutro possível. Há dois diferentes sentidos no uso do “neutro” para classificar detergentes, sendo um quanto à acidez. Neutro, nessa acepção, é a substância que tem pH próximo a 7, sendo mais ácida quanto mais se aproximar de 0, e mais alcalina quanto mais se aproximar de 14. Os detergentes comerciais costumam ter pH nas seguinte faixas: detergente líquido para uso em cozinha, 5,5 a 8,5; detergente líquido para limpeza em geral, sem amônia, máximo 12 sem diluição e 11 para solução diluída. Em outra acepção, “neutro” indica a ausência de odor. Para o nosso caso, devemos buscar o detergente que atenda às duas classificações. Prefira os detergentes de coloração amarela e sem cheiro. Os de outras cores (vermelho, azul, verde, branco) e os cristais não são recomendados. Sabões em pó, sabão de coco, detergente líquido utilizado para lavar as mãos nos banheiros jamais devem ser utilizados. E por que não utilizar outros tipos de detergentes? A ideia é utilizar os detergentes

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mais simples, pois esses têm menos componentes químicos que podem ficar aderidos ao adesivo da película e, por consequência, alterar sua performance. Utilizando o detergente correto iremos ter a mistura de água e detergente totalmente espalhada. Isso fará com que possamos posicionar o vinil no local que desejamos e o adesivo não “grudará” na superfície. Outro motivo de usarmos o detergente e não qualquer líquido é o fator financeiro. Trata-se de um produto economicamente viável e de fácil acesso a todos os aplicadores e instaladores. Não podemos nos esquecer da qualidade da água. Não necessita ser potável, filtrada, destilada ou pura. Porém, não deve ser contaminada e muito menos poluída. Utilize a água das torneiras (aquela tratada pelos órgãos municipais).

sxc.hu

sxc.hu

Vinil

Agora que entendemos a importância do detergente e da água, vamos abordar a técnica da metodologia da aplicação úmida. Mas isso, veremos no nosso próximo encontro. Até lá!

*Eduardo Yamashita é consultor técnico do mercado de comunicação visual em.yamashita@hotmail.com


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Gestão

O que você vai fazer hoje para ganhar mais dinheiro amanhã? Fabio Kisner*

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stava, na manhã em que escrevi este texto, num debate no Facebook sobre uma empresa de Recife que divulgou uma tabela de preço que a maioria das empresas achava absurda, por ser muito baixa. Por exemplo, vender um banner a R$ 14,00 o metro quadrado. Não vou entrar no mérito de não trabalhar com tabela de preço, pois não é o foco. Mas alguns personagens tradicionais do segmento de comunicação visual afirmaram que é uma empresa séria e em crescimento, revoltando outras empresas que acham que eles estão prostituindo o mercado. Então afirmei que se a empresa está tendo lucro, a pergunta correta seria: o que ela faz que as demais empresas não fazem? A maioria dos empresários que conheço, e me incluo nesta lista, assim como a maioria das pessoas, independente de seu ramo de atividade, seja ela funcionário ou empresário, tem a tendência a ficar na “inércia”. Vou resumir, tentando ser o menos científico possível, que um objeto está em estado de inércia se está parado, permanece parado, e se está em movimento, permanece em movimento em linha reta e a sua velocidade se mantém constante. Então afirmo que um indivíduo está em estado de “inércia” quando não há alterações em seu comportamento. Se não há alterações em seu comportamento, podemos então afirmar que, se não houver forças externas, o resultado do seu trabalho será sempre o mesmo. Se o resultado do seu trabalho é sempre o mesmo a tendência que o resultado financeiro, seja através de salário ou lucro de sua empresa,

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seja sempre igual. Então eu te pergunto: “O que você vai fazer hoje para ganhar mais dinheiro amanhã?”. O que quero é chamar sua atenção para que você saia da inércia. Você irá realizar seus objetivos pessoais ganhando financeiramente o que você ganha atualmente? Em quanto tempo você conseguirá realizar seus sonhos materiais trabalhando todos os dias da mesma maneira, tendo sempre o mesmo resultado. Dizem que louco é aquele que pratica sempre as mesmas ações esperando um dia um resultado diferente. Pior que ser louco é estar no estado de “inércia”. Analise sua rotina dos últimos dias, se você intencionalmente mudou suas ações para melhorar seus resultados, parabéns, eu afirmo que você vai ter sucesso financeiro na vida profissional se continuar dessa forma. Agora, se você não mudou nada, para seu consolo a maioria está no mesmo barco. É muito difícil sair da “inércia”. Pois para sair da inércia é preciso ter tempo para elaborar uma estratégia para melhorar seus resultados. Tarefas operacionais tomam muito tempo e inibem a criatividade. Tenho uma frase que uso frequentemente: “Quem trabalha não tem tempo para ganhar dinheiro”. O que quero dizer é que se você trabalha sempre de forma operacional, você não terá tempo para ser criativo e melhorar seus resultados. Isso serve tanto para os empresários, principalmente os centralizadores, quanto para seus funcionários. Cabe ao empresário dar oportunidade para seus colaboradores serem criativos. Afinal se os


colaboradores tiverem melhores resultados a empresa também terá. Então volto a perguntar de forma insistente: “O que você vai fazer hoje para ganhar mais dinheiro amanhã?”. Tire alguns minutos do seu dia para pensar em suas ações e os resultados obtidos. Pense em o que você pode fazer para melhorar seus resultados. Voltando ao início do artigo. O que você pode fazer para vender um banner a R$14,00 o metro quadrado e ainda lucrar? Pelas minhas visitas a empresas noto alguns pontos que os gestores estão deixando escapar: • Será que sua impressora está sendo utilizada na sua capacidade máxima? Pense que não existe impressora ruim (lógico que estou generalizando), existem impressoras sendo usadas para o público errado; • Será que a quantidade de funcionários no seu setor de produção é compatível com sua capacidade produtiva? Já mensurou a pro-

dução individual média? Já visitei empresas de grande porte com uma produção média de 4 m² por pessoa, o que é muito baixo; • Será que está pagando um preço justo na matéria-prima? • Será que sua gestão de custos está correta? Vejo muitas empresas que não possuem conciliação bancária e muitas não integram os centros financeiros aos custos indiretos; • Seu modelo de gestão inibe a criatividade de seus funcionários? Saia da inércia, “O que você vai fazer hoje para ganhar mais dinheiro amanhã?”.

*Fabio Kisner é consultor e diretor de Tecnologia da KSC Brasil. Já ministrou palestras e consultoria em diversas empresas do País. fabio.kisner@kscbrasil.com.br

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Pré-impressão

Desintrodução à Impressão Digital

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or que não ser excelente? Sempre me faço esta pergunta quando olho para como está o ramo de impressão digital no Brasil. Agora em 2013, faz 10 anos que estou neste mercado, e noto duas coisas: 1º - A tecnologia e a qualidade dos equipamentos de impressão têm aumentado; 2º - A capacidade da mão-de-obra tem caído. Na época da revolução industrial, séculos XVIII, XIX e início do século XX, o objetivo era criar máquinas para substituir a produção de artesões com extremo talento, colocando para operá-las pessoas que poderiam ser capazes de apenas repetir tarefas, tão bem mostrado por Charles Chaplin, no filme Tempos Modernos. Nos tempos de hoje, já na segunda década do século XXI, ainda temos máquinas que, para serem operadas, basta colocar uma pessoa que execute uma tarefa rotineira e repetitiva. Porém, agora estamos na era da revolução tecnológica, onde a essência das máquinas mecânicas da revolução industrial se alinha com computadores, processadores, internet, etc. Em muitos setores, como o nosso, o talento que era um dom de artesões, está na arte de pessoas capazes de tirar o que há de melhor dos equipamentos. Na revolução industrial, todos eram nivelados por baixo. Bastava executar uma tarefa repetida, como apertar um parafuso, e seu papel estava cumprido. Você não precisava de talento especial, tão pouco instrução, bastava ter saúde e realizar o movimento. Falando de impressão digital, se você tem na sua linha de produção uma pessoa com talento artístico, principalmente ligado a imagens e desenho, e que domine os processos de geração de cores e pré-impressão, usando softwares Corel e Adobe, você tem um resultado final excelente, muito diferente de você colocar para imprimir uma

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Adriano Medeiros*

pessoa que saiba apenas o Corel e não tenha a menor habilidade artística. Ele simplesmente abre o arquivo no CorelDRAW e exporta tudo de JPG/CMYK/300dpi. Parece óbvio, não? Mas não é. A maioria da mão de obra de nosso ramo é formada por profissionais com espírito da Revolução Industrial. Executam sempre a mesma tarefa para imprimir. A culpa disso é dividida por todos, sejam os empresários do ramo e os próprios profissionais, que não investem em qualificação, pelos distribuidores e fabricantes de impressoras, que na grande maioria dos casos não sabe nem qual é o potencial máximo de qualidade do equipamento que vendem, e para piorar, mais uma vez vou culpar os empresários do ramo, que por obter lucro com esta produção sem qualidade, não se importam em modificar seu processo para obter o melhor resultado produtivo. Então, para facilitar o trabalho, seja para quem quer um operador estilo Revolução Industrial ou um Artista de Impressão, vamos começar por: Formando um Operador estilo Revolução Industrial Perfil do Candidato Ter saúde e não se atrasar. Ter disponibilidade de horários para realizar horas extras e trabalhar em turnos diferentes, feriados e fins de semana. Requisitos Técnicos Ter conhecimento (?) em CorelDraw. Caso seja uma promoção a um funcionário da casa, basta passar uma semana na empresa estudando vídeo aulas de Corel no Youtube. Operação da Impressora Há três opções para fazer o operador aprender a usar a impressora:


1. Ser treinado pelo operador mais velho, do setor. Se ele for gente boa, pode passar todo seu conhecimento adquirido pela experiência do dia a dia, se não for... 2. Contratar um cara que “manja muito” para dar umas “dicas” de como usar a impressora. 3. Ir até a empresa que lhe vendeu o equipamento e treiná-lo no showroom, ou chamar um técnico da mesma para treiná-lo in-loco (normalmente opções mais caras, fora de cogitação). Passo a passo de Como Fechar Arquivos para Impressão 1. Abra o CorelDraw; 2. Use o comando Abrir ou Importar, no menu Arquivo, para trazer qualquer arquivo que o cliente enviar; 3. Após abrir ou importar, selecionar tudo com CTRL+A e ir em Arquivo – Exportar; 4. Escolha o formato JPG; 5. Escolha o modo de Cor CMYK;

6. Escolha a resolução 300 dpi; 7. Clique em Exportar para finalizar. Usando o RIP e Imprimindo Basta abrir o arquivo na configuração pré-determinada por fábrica, escolher a quantidade de cópias que necessita e enviar para impressão. Simples, não? (em tom de piada). Repita isso por toda sua vida produtiva e drible o tédio, lanchando na sala de impressão e escutando música bem alto durante o trabalho. Agora se você quer um artista de impressão, o caminho é outro... *Adriano Medeiros é consultor, escritor e palestrante, especialista em produção gráfica digital. Proprietário da PixelDots Consultoria para Produção Gráfica e Criativa www.pixeldots.com.br medeiros@pixeldots.com.br

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Mercado

Números de investimento publicitário em 2012

Segundo o site Meio & Mensagem, o investimento publicitário no Brasil atingiu o patamar de R$ 27,3 bilhões entre janeiro e novembro de 2012, com crescimento de 6,78% em relação ao mesmo período do ano anterior. Porém, o faturamento publicitário mensal manteve-se estável em relação a novembro de 2011, com leve crescimento de 0,27% e R$ 2,78 bilhões. De acordo com o Projeto Inter-Meios, esse é o pior desempenho de novembro da década, em termos de variação no mês em relação ao ano anterior. Nos 11 meses analisados, os maiores crescimentos ocorreram nos meios: Digital Out-Of-Home (24,27%), Cinema (23,98%) e TV por Assinatura (12,47%). Já os recuos foram: Painel (-27,20%), Mídia Exterior Móvel (-15,47%), Guias e Listas (-14,9%) e Revistas (-4,47%).

Esticador de lona

Novajet 2302S da Akad

Após o sucesso com a impressora Novajet 2202S, a Akad apresenta outro lançamento: Novajet 2302S. Assim como seu antecessor, o equipamento pode trabalhar com tintas eco solvente ou sublimáticas, porém o novo modelo apresenta importantes diferenças. A largura máxima de impressão aumentou 11 cm e agora é de 2,25 m. Além disso, um sistema de controle de escalas de cinza possibilitou o aumento da precisão e da produtividade. Graças a estas alterações, a velocidade do equipamento está cerca de 18% superior à velocidade do modelo antigo. A 2302S permite ajuste bidirecional e de avanço de mídia durante o processo de impressão e apresenta um ajuste da forma de sucção do sistema de limpeza das cabeças de impressão. Todos os modelos Novajet série DX da Akad possuem sistema automático de limpeza das cabeças de impressão com um só comando e são compatíveis com cabeça de impressão Epson DX5, quinta geração da tecnologia micropiezo, que apresentam excelentes níveis de qualidade de imagem e qualidade de impressão de até 1440 dpi. O sistema de alimentação é rolo a rolo e o rebobinador de mídia (Take-Up) é item de série.

A CK acaba de lançar uma inovadora tecnologia no tensionamento de lonas em estruturas metálicas. O Esticador de Lona CK foi testado e aprovado por sua eficiência e alto nível de acabamento. Ele facilita a produção e proporciona mais qualidade no acabamento de painéis, possibilitando o tensionamento ideal para colagem de lona e evitando a ocorrência de danos à imagem impressa – geralmente causados pelo atrito entre a lona e o solo. É possível assistir ao produto em funcionamento, na página do Youtube da empresa. Visite o site: www.esticadordelonack.com.br

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Mercado

Novas impressoras Mimaki

No mês de março, a Mimaki incluirá em seu portfólio duas soluções: JFX500-2131 e UJF-6042. Direcionadas para diferentes segmentos de mercado, as impressoras oferecem possibilidade de impressão em acrílico, placa de PVC, metal, policarbonato, canvas, entre outros. A JFX500-2131 é uma impressora a jato de tinta com formato de mesa e cura UV LED de alta precisão. Apresenta área de impressão de 2.100 mm x 3.100 mm, resolução de até 1.200 dpi e seis cabeças de impressão com três configurações. A velocidade máxima é de 60 m²/h. A UJF-6042 é uma mesa plana com cura UV LED e apresenta área de impressão de 610 mm x 420 mm, resolução de até 1.800 dpi, pode operar com até sete cores e possibilita a impressão em substratos de diversos tamanhos, com espessura de impressão de até 15 cm.

Cursos da ABTG

Impressoras sublimáticas Epson

Em março, a Epson lançou novos equipamentos para impressão sublimática: SureColor F6070 e SureColor F7070, que imprimem tecidos, PET e brindes, como canecas, sandálias de borracha, mouse pad, entre outros. Os dois equipamentos apresentam velocidade máxima de 57 m²/h e cabeças de impressão Epson MicroPiezo TFP, com qualidade fotográfica e tecnologia de tinta Epson UltraChrome DS1. “Uma das grandes vantagens é que agora os clientes que adquirem uma Epson, possuem garantia de um ano no site, com cabeças de impressão inclusas”, declara Evelin Wanke, especialista de produtos da Epson na linha de Grandes Formatos. De acordo com Wanke, o processo de sublimação faz com que as tintas penetrem nas fibras do tecido, o que faz com que a tinta não desbote, nem mesmo durante lavagens.

No mês de março, a Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica (ABTG) irá promover três cursos. O programa Integrado “Ciclo de Gestão para Formação e Reciclagem de Gestores Gráficos – 3 G’s” terá duração de nove dias – de 4 à 14 de março, das 18h45 às 21h45 – e será ministrado por Márcia Biaggio, Rosana Aléssio e Cristina Simões, na sede da ABTG (Rua Bresser, 2315, na Mooca, em São Paulo). O valor de investimento é de R$ 670,00 para associados da Abigraf/ Abraform / Abiea / Singrafs / Abro e R$ 770,00 para não associados. Para estudantes o valor é de R$ 540,00. Entre os dias 19 e 20 de março o Grupo Técnico de Impressão Digital (Digitec), da ABTG, irá promover o curso “Como uma gráfica convencional pode se adequar ao segmento de Impressão Digital”. O curso acontecerá no Auditório da ABTG, entre 18h e 22h, e será ministrado por Clineu Stefani. Com o objetivo de levar as editoras e gráficas a conhecerem mais sobre o processo de impressão sob demanda, o curso irá abordar temas como: Mercado, Produtos, Distribuição, Precificação, Planejamento estratégico, Qual o seu negócio?, Sustentabilidade, Tecnologia e Internet, Visão para os próximos anos e Case. O investimento é de R$ 180,00 para associados Abigraf/ Abraform / Abiea / Singrafs / Abro, e R$ 200,00 para não associados. As inscrições devem ser feitas por meio do site www.abtg.org.br. Para mais informações, ligue para (11) 2797-6718 ou envie um e-mail para digitec@abtg.org.br. Já o curso “Plano de Resíduos Sólidos: como a gráfica pode atender aos requisitos da Política Nacional – Lei 12.305” apresenta carga horária de oito horas e acontecerá no dia 25 de março, das 9h às 18h, também na sede da ABTG. Ministrado pela especialista Márcia Biaggio, o curso é direcionado a gestores, funcionários envolvidos com a implementação e/ou manutenção do Sistema de Gestão Ambiental das organizações para o gerenciamento dos resíduos sólidos. O investimento necessário é de R$ 290,00 para associados da Abigraf/ Abraform / Abiea / Singrafs / Abro e R$ 390,00 para não associados. Para estudantes o valor é de R$ 190,00. Mais informações pelo telefone (11) 2797-6728 ou e-mail curso@abtg.org.br. *Assinantes da Sign pagam o mesmo valor que os associados Abigraf/ Abraform / Abiea / Singrafs / Abro

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