Ano XX - nº 235 Novembro 2014 R$ 12,50 www.btsinforma.com.br
Sinalização | Impressão Digital
Comunicação Visual
Especial A filosofia do envelopamento de frotas e veículos especiais Review Relembre importância do software RIP para o setor
Digital é mais do que
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umário
08 Mercado:
Veja as principais
notícias do setor! Ano XX - nº 235 Novembro 2014 R$ 12,50 www.btsinforma.com.br
Sinalização | Impressão Digital
Comunicação Visual
10 Review:
Um panorama sobre
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os softwares RIP’s
18 Capa: Confira a história e os
motivos que levaram a impressora solvente ser essencial para o mercado
32 Especial:
As lições e como funciona a arte do envelopamento em frotas e veículos especiais
46 Indac: Especial A filosofia do envelopamento de frotas e veículos especiais
Conheça a relação entre o acrílico e o museu de arte contemporânea Kunsthaus Graz
Review Relembre importância do software RIP para o setor
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Design de Capa: Emerson Freire
Colaboradores Eduardo Yamashita consultor técnico para o mercado de comunicação visual
Fabio Kenji Tanaka consultor técnico da empresa Cor Amarelo Gerenciamento de Cor Digital
João Orlando Vian Consultor Executivo do Instituto Nacional para o Desenvolvimento do Acrílico
Veja + 06......................................................................................................... Editorial 44................................................................................................................Vinil 48....................................................... Colorimetria e Gerenciamento de Cores 50................................................................................... Índice de Anunciantes
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ditorial
Ano XX - nº 235 Novembro - 2014
Chuva de novembro
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chegamos ao mês de novembro... Para quem mora no Estado de São Paulo, o título desse editorial pode até parecer irônico por causa da falta de chuva que há dias não dá o ar da graça nas cidades, na capital paulista e, principalmente, nos reservatórios de água. Porém, se a chuva ainda não apareceu em São Paulo, o mesmo não pode se dizer para o mercado de comunicação visual. Explico: o ano de 2014 foi, literalmente, regado de oportunidades para o nosso setor. Eventos como a Copa do Mundo e eleições ofereceram chances reais para as empresas do ramo alavancarem seus negócios. Obviamente, também não podemos esquecer de que nesse ano, ainda tivemos a 24ª Serigrafia SIGN FutureTEXTIL, que ofereceu uma chuva de lançamentos, novidades e muitas, mas muitas oportunidades de negócios. Para essa última edição da Revista Sign de 2014, trouxemos a você, nosso leitor, uma edição que ajuda a sintetizar a quantidade de oportunidade que tivemos nesse ano. Começamos pela matéria de Capa que traz uma explicação a seguinte pergunta: por que a impressora solvente é essencial para uma empresa de comunicação visual? No texto, você poderá conferir os argumentos dos entrevistados para essa questão, entender a história e evolução dessa tecnologia e, principalmente, o motivo da impressora solvente ser a porta para qualquer empresa que deseje entrar nesse mercado. Por outro lado, trouxemos uma matéria que faz um Review da ferramenta que pode ser considerada a parte lógica do nosso setor: os softwares RIP. Por isso, relembramos junto com você o papel e toda a importância do RIP para a impressão digital. Por fim, o Especial desta edição abordará o envelopamento com foco nas frotas e veículos especiais. Na reportagem, você conhecerá os principais tipos de veículos, qual o foco desse segmento e entender que a filosofia do envelopamento extrapola a barreira do comum ao atender todos os tipos, sem distinção ou quantidade. E o tempo passou rápido, não é leitor? Com um pé em 2015, é nesse momento que fazemos uma análise de quais foram as conquistas, os acertos e, porque não, os erros de 2014. É através dessa reflexão que projetamos planos e melhorias para o ano que está por vir. Que nosso mercado sejas contemplado com uma chuva maior de novas oportunidades e que com ela, apesar das fases ruins, um verdadeiro temporal agracie a todos com novas conquistas. Afinal, como diz a música “November Rain” - inspiração real do título desse editorial - da banda de rock Guns N’ Roses, “não se preocupe com a escuridão, pois nada dura para sempre, nem mesmo a fria chuva de novembro”. E pode crer, caro leitor: as chuvas de novembro ecoarão novos horizontes para 2015! Até ano que vem, mas até lá, chuva para São Paulo e boa leitura para você! Léo Martins
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Equipe Venga Editor Léo Martins leonardo@agenciavenga.com.br
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ercado
Para ver essas e outras notícias do setor, acesse
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São Paulo: a cidade dos eventos
Fernando Stankuns/Flickr
O prêmio Ifea World Festival & Event City condecorou São Paulo como a “cidade dos eventos” por causa dos esforços em festivais e eventos. O reconhecimento é de grande valor para o mercado de comunicação visual e promocional, já que abre portas para novos negócios.
Publicidade exterior obtém conquista histórica O dia 13 de outubro de 2014 foi um marco especial para o setor de comunicação e publicidade. Em encontro promovido pela Federação Nacional da Publicidade Exterior (Fenapex), a Federação Nacional das Agências de Propaganda (Fenapro) oficializou o seu apoio ao documento de “Autorregulamentação da Publicidade Exterior”. O texto aborda os principais conceitos de publicidade exterior a fim de pautar as ações de relacionamento entre empresas exibidoras e o mercado. Dessa forma, o segmento passa a ter mais visibilidade e força entre anunciantes e agências de publicidade. Para Luiz Fernando Rodovalho, presidente da Fenapex, o reconhecimento por parte da Fenapro é motivo de comemoração por parte dos profissionais que trabalham pela valorização da publicidade exterior.
Empresa cria carro impresso com tecnologia 3D A tecnologia 3D também veio para revolucionar a indústria automobilística. Exemplo disso é o lançamento do Strati, primeiro carro impresso totalmente em 3D. Idealizado pela Local Motors, dos Estados Unidos, o conceito do automóvel foca na possibilidade de o cliente escolher modelo, cor e outros itens e ter o produto pronto em até 44 horas. O veículo possui apenas 49 partes, enquanto um carro comum possui cerca de cinco mil. Por ora, a desvantagem do Strati é seu preço. Apesar disso, a Local Motors acredita que até 2016, o carro poderá ser comercializado por um valor entre US$ 18 mil e US$ 34 mil.
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Local Motors/Divulgação
Arquivo RSG
A Mimaki inaugurou nos dias 1 e 2 de outubro seu showroom no bairro Jabaquara, em São Paulo. O espaço de 210 m² oferecerá treinamentos comerciais, demonstração de máquinas e testes de impressão para desenvolvimento de materiais específicos.
Otima/Divulgação
Novo showroom da Mimaki
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dança do semáforo A marca Smart criou o “The Dancing Traffic Light”, semáforo que conta com um boneco dançarino. Instalado em Portugal, o semáforo apresenta uma dança em tempo real, sendo que a captação do dançarino é feita a partir de uma tecnologia semelhante ao Kinect.
Museu Nacional Cazaquistão/Divulgação
Telas LED ganham uso inovador em piso de museu
Reprodução/Youtube
O chão do Museu Nacional da República do Cazaquistão é uma atração à parte. Isso porque a empresa Global Display Solutions (GDS) implantou um piso repleto de telas LED de 46 polegadas em um espaço de 5.650 m². A superfície é antiderrapante e suporta o peso de um carro graças ao uso de um vidro especial. Outro benefício das telas é a facilidade de operação e instalação, que ainda possuem um sistema de monitoramento e desempenho e um recurso de divisão de imagem, criando continuidade entre o conteúdo quando uma tela é instalada perto da outra. De acordo com Ivano Pozza, gerente de negócios da GDS, o piso display oferece imagem de qualidade em qualquer condição de iluminação por causa de seu alto brilho e contraste.
BR Group/Divulgação
Lançamento UV promete incendiar o mercado
Para aumentar a produção O equipamento Novacut L1490 é a novidade da Akad. Projetada para mercados de sinalização e comunicação visual, a máquina a laser possui capacidade industrial em corte e gravação e é indicada para profissionais que pretendem aumentar a produtividade de seus negócios.
A BR Group anunciou o lançamento da impressora Firejet 180 R-UV, que promete, como seu próprio nome indica, colocar fogo no mercado de comunicação visual e impressão digital. O equipamento imprime em materiais rígidos e flexíveis, com até 1,80 m de largura e espessura de até 3 cm. Também é equipada com 4 (CMYK), 6 (CMYK + WW) ou 8 (CMYK + CMYK) cabeças de impressão Ricoh Gen4 de 7 picolitros, além de possuir uma resolução de 1.200 dpi. Outro diferencial da Firejet 180 R-UV é em relação à tinta. Segundo informações da BR Group, a impressora trabalha com tinta UV LED, que oferece um gamut de cores consideráveis para o mercado.
Andrew “FastLizard4” Adams/Flickr
Grupo gráfico surge como estratégia para mercado
Digital Signage do bem Tecnologia em prol da saúde. É assim que pode se definir a instalação interativa aplicada no hospital Alfred I. duPont, nos Estados Unidos. Ocupando uma parede de 50 m, o mural é formado por 45 displays e um Kinect, para a interação das pessoas com o conteúdo animado. Kinesis Studio/Divulgação
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Foi formado na sede da Abigraf, em São Paulo, o Grupo Líderes da Indústria Gráfica, iniciativa criada a partir da união de entidades de classe e empresas do setor frente às perspectivas de crescimento do mercado. A intenção do novo grupo é aumentar a competitividade do parque impressor nacional dentro do panorama mundial que, segundo estimativas para 2017, publicadas pela The Economist, representará US$ 668 bilhões, sendo que o Brasil terá uma participação de US$ 20 bilhões e ocupará o oitavo lugar como maior mercado. Os segmentos de impressos que devem apresentar crescimento são: embalagens, rótulos, etiquetas e revistas.
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L贸gico,
muito l贸gico
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Essenciais para trabalhos de impressão digital, softwares RIP desempenham um papel que ultrapassa as barreiras da lógica
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lógica, tanto em termos, quanto em significado, possui muitas variações, seja no campo da discussão de raciocínio ou em disciplinas, como filosofia, matemática e ciências da computação. No entanto, a principal função da lógica é analisar da forma mais genérica possível, as formas que a argumentação pode tomar, onde o raciocínio, seja indutivo, abdutivo e dedutivo, precisa estar presente. E é nesse ponto que a lógica encontra sua essência: o raciocínio. Afinal, a ela sempre esteve ligada a ação do pensar, certo? E no mercado de impressão digital, nenhuma ferramenta faz isso tão bem quanto o Raster Image Processor, o popular software RIP, que pensa e transforma em uma realidade lógica os arquivos, para que assim, a impressora torne realidade tudo aquilo que foi pensado por você. Nessa matéria, recordaremos as funções dessa ferramenta e entenderemos, de maneira lógica, o porquê ela é tão importante para o nosso mercado.
Uma
análise lógica
Da mesma forma que o mercado de impressão digital está em constante evolução, os softwares RIP, na análise de Marcelo Chagas Nascimento, diretor técnico e comercial da SAi para a América Latina, acompanham essa tendência. Em sua opinião, isso acontece porque os desenvolvedores dessa ferramenta pensam muito no futuro. “Os RIP’s estão em constante evolução. Não podemos dar o luxo de lançar uma excelente ferramenta hoje sem pensar nas melhorias do amanhã”, justifica.
“Basicamente, toda impressora de nível industrial deve possuir um RIP”, afirma Marcelo Tomoyose
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SAi/Divulgação
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RIP’s acompanham a evolução do mercado de impressão digital
Afinal,
o que faz um
RIP?
Em vias gerais, a principal função de um software RIP (sigla de Raster Image Processor) é processar a imagem em um formato que seja aceito pela impressora. Assim, o equipamento acaba “entendendo” todos os elementos que fazem parte do arquivo - tais como números, letras e imagens - em bitmaps - ou os dados “raster” -, que são justamente as imagens que contêm a descrição de cada pixel em oposição aos gráficos vetoriais.
Seguindo a mesma linha de opinião, Gastón Giudice, business developmet director Latin America da Caldera, afirma que esse forte rítimo de evolução obriga com que as empresas de desenvolvimento de soluções ofereçam ao mercado produtos de última geração, garantindo assim a excelência para as empresas de impressão digital que, por fim, detêm a responsabilidade de gerar as cores e formatos das marcar dos seus clientes. “Esses
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profissionais estão em busca de aprimorar a produtividade para que assim, se tenha a certeza de que existem margens de lucro corretas ao imprimir os trabalhos”, expõe. Ainda em sua opinião, é preciso levar em consideração os metros quadrados impressos por venda, porém, não se baseando no tempo gasto. “Por isso, os fabricantes precisam garantir a efetividade do processo enquanto produzem”, opina. Caldera/Divulgação
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Mas, atualmente, qual será a fatia que essa ferramenta ocupa no mercado de impressão? Marcelo Tomoyose, sales development manager da EFI, responde a essa pergunta de maneira categórica. “Basicamente, toda impressora de nível industrial deve possuir um RIP que, em nossa empresa, denominamos de Difital Front End, ou DFE”, expõe. Para reforçar essa opinião, Nascimento diz que, em prática, os RIP’s estão em 90% do mercado. No entanto, ele indica que esse número deveria ser maior. “Em tese, essa ferramenta deveria ocupar 100% do segmento, já que toda impressora de grande formato precisa de um RIP”, aponta. Porém, Nascimento revela que existem equipamentos de origem chinesa que possuem um processador TIFF no lugar do software RIP. “Entretanto, esta solução nunca irá alcançar a mesma qualidade de produção de um Raster Image Processor.” Por intermédio dos softwares RIP, as empresas desenvolvedoras garantem a efetividade de um processo de impressão
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Processos
que o
RIP
influencia
Segundo Gastón Giudice, as características do software RIP influenciam diretamente nos processos que envolvem da preparação do arquivo, até o resultado final, tais como: • Gerenciamento de cores
• Produtividade
• Impressão e corte
• Alta velocidade de RIP
• Diferentes módulos de trabalho
• Repetição e duplicação
(processamento das imagens)
e ferramentas como a divisão da
• Monitoramento
• Conectividade
imagem em fatias
EFI/Divulgação
Ferramenta tem influência direta no aumento da produtividade dos funcionários de uma empresa
“Não existe impressão digital de qualidade sem um RIP”, opina Marcelo Nascimento
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Logicamente é importante
dução de custos e tempo de produção com provas de cor”, esclarece.
Vamos entender (e relembrar) a importância de um software RIP para o mercado. Marcelo Nascimento afirma que essa ferramenta é, basicamente, o coração matemático de uma empresa de comunicação visual e, consequentemente, a impressão em grande formato. “Não existe impressão digital de qualidade sem um RIP”, afirma. “A escolha de uma boa solução RIP garantirá a qualidade de impressão em qualquer tamanho, assim como a re-
Já Gastón Giudice aponta que dentro do processo de impressão, o software RIP é tão importante quanto o hardware. “Com o passar do tempo, temos visto que o trabalho de um bom software RIP garante um alto desempenho nas impressoras”, justifica. “Por este motivo, o conceito do RIP vem mudando nos últimos tempos a medida que os impressores entendem o conceito de estabilidade, qualidade,
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Para operar um RIP, o usuário dever ter conhecimentos técnicos em convenção ICC, teoria de cores e fechamento de arquivos
gerenciamento de cores, fluxo de trabalho e outros elementos.” Para mensurar essa importância, Marcelo Tomoyose explica que esses softwares ajudam os clientes a verem um aumento imediato na produtividade de seus funcionários que, em muitos casos, praticamente eliminam o manuseio e a preparação de trabalho e dispositivos de impressão a jato de tinta. “Eles também se beneficiarão do melhor conhecimento do negócio para tomar as decisões fora do processo
de produção, aumentando assim a lucratividade por intermédio da compreensão do verdadeiro custo de cada trabalho”, acrescenta.
Atributos
de um usuário
Os entrevistados apontam quais são as principais habilidades que o usuário precisa ter para operar de maneira satisfatória um software RIP. Na visão de Tomoyose, o usuário precisa saber como funciona os procedimentos de impressão. “Ele precisa saber o
“(...) o conceito do RIP vem mudando nos últimos tempos a medida que os impressores entendem o conceito de estabilidade, qualidade, gerenciamento de cores, fluxo de trabalho e outros elementos”, expõe Gastón Giudice
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A qualidade de impressão passa diretamente por um software RIP
básico sobre processos de impressão. Dessa forma, ele consegue ter uma visão bem ampla de como operar um RIP”, informa. Já na visão de Nascimento, de modo geral, o operador precisa ter alguns conhecimentos técnicos básicos, tais como teoria de cores, convenção
“Esses softwares ajudam os clientes a ver um aumento imediato na produtividade de seus funcionários”, explica Marcelo Tomoyose
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ICC e fechamento de arquivos. Porém, no fechamento de arquivos, por exemplo, Nascimento indica que é importante saber decidir qual formato usar de acordo com o tipo de arquivo que será impresso, caso a criação seja feita na mesma empresa de impressão. “Caso contrário, o usuário deve ter o conhecimento geral dos três pontos citados para orientar o seu cliente no fechamento de arquivo.” E o que seria do nosso corpo sem o nosso cérebro, não é mesmo, leitor? Quando ele não funciona de maneira correta, com toda certeza nosso corpo é afetado, situação essa que nos faz perceber que é ele, o cérebro, que está no comando.
Obviamente, como você acompanhou no decorrer dessa reportagem, o RIP desempenha a mesma função em um equipamento. Ou seja, a impressora depende diretamente dessa ferramenta para que assim, tudo funcione de maneira normal. Porém, acredito que possamos ir além. O RIP é responsável não somente pelo bom funcionamento de um equipamento, mas a evolução do mercado de impressão digital passa diretamente pela lógica desse software. Afinal, todo “sistema” carece de um cérebro e os mais valiosos são aqueles que, dentro do mercado, conseguem raciocinar da maneira mais lógica. E olha que coisa... Não é que o RIP faz exatamente isso?
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A lógica do desenvolvimento Mas afinal, em vias gerais, como funciona o desenvolvimento de um software RIP? Descubra a seguir!
PASSO 1 Um fabricande de impressoras ou revenda solicita suporte a empresa desenvolvedora do software para conectar uma impressora específica ao RIP.
PASSO 2 O setor de pesquisa e desenvolvimento da empresa de software troca informações com o fabricante da impressora afim de obter todos os detalhes para o projeto.
PASSO 3 Com tudo em mãos, o desenvolvedor RIP determina um tempo estimado para o desenvolvimento e entrega do driver.
PASSO 4 A equipe, então, assume o desenvolvimento do driver: estudos, desenvolvimento, testes e validação.
PASSO 5 Se necessário, o fabricante de impressoras pode verificar e validar um beta drive do desenvolvedor do RIP.
PASSO 6 Uma vez aprovado, o driver para a impressora é disponibilizado no site para os usuários.
$ Fonte: Gastón Giudice, business development director Latin America da Caldera
PASSO 7 A licença do driver está pronta para ser vendida pelas revendas ou pelo fabricante de máquinas.
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Marcela Gava
Uma parceria de longa data
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Velha conhecida do mercado de comunicação visual, a impressora à base de solvente caiu no gosto das empresas e mostra porquê veio para ficar
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iscutir que a tecnologia digital modificou a vida das pessoas já virou um grande clichê. Em algum momento da vida, você vai se pegar relembrando como “as coisas eram no meu tempo”. É bem verdade que o digital modificou de maneira gritante a forma como interagimos, consumimos e vivemos. Mesmo que não seja popularizado entre o público em geral, o digital alterou também a forma como imprimimos. Equipamentos digitais surgiram para facilitar tanto a dinâmica de trabalho de um birô, quanto a demanda de serviços de um cliente. Desde a década de 1990, a impressora solvente é uma das tecnologias mais requisitadas no mercado de comunicação visual. Diversos fatores colaboraram para que o equipamento permanecesse em destaque entre as opções: desde o custo do equipamento, até a qualidade da impressão. Para entender como se deu sua aceitação, é necessário olhar para o mercado antes de seu surgimento.
Antes
da solvente
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Quem já teve a oportunidade de viajar para Buenos Aires, na Argentina, certamente deve ter visto uma daquelas fachadas de comércio com sinalização e letreiros pintados à mão. Esse estilo de comunicação visual se destaca principalmente no bairro de San Telmo, em que a sinalização, com diferente cores e formas, dá um charme especial às ruas, misturando um toque de nostalgia com a particularidade do artesanal, que cria um caráter único em cada produção. No Brasil, não é comum se ver esse tipo de sinalização. Hoje, quando ocorre, são estabelecimentos que, entre diversos tipos de impressão, optam por essa estética artesanal e contratam artistas conhecidos como sign painters para fazer esse trabalho. Embora essa ferramenta de comunicação seja incomum, antes do advento de equipamentos digitais, as pessoas tinham de se virar como podiam, ou com os recursos que possuíam. Isso incluía sujar (e muito!) a mão de tinta na criação de cada material. É por causa desse panorama que letreiros eram pintados com ajuda de gabaritos, faixas desenhadas manualmente e outdoors feitos em serigrafia.
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Arquivo RSG
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Antes das impressoras digitais, a sinalização de estabelecimentos eram feitas de forma artesanal
Principais utilizações da solvente
A tecnologia solvente imprime diversos materiais para diferentes tipos de aplicações. Confira alguns exemplos de uso:
• Placas externas e internas de sinalização • Stands de vendas • Decoração de ambientes • Totens promocionais • Painéis de informações instalados nos mais diversos segmentos
Flickr Damon Styer
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Evelin Wanke, gerente de produtos LFP da Epson, explica que a serigrafia é um dos processos mais antigos de impressão e, por isso, é considerado bastante manual. Ela explica que no processo, as telas são gravadas por meio de fotolitos. “As imagens são registradas por processo fotográfico em telas sintéticas especiais revestidas com uma finíssima camada impermeável às tintas”, detalha. Já as regiões gravadas com a imagem, Evelin informa, são permeáveis às tintas, ao contrário do resto da tela, que permanece impermeável. Além disso, há outras desvantagens da tecnologia, como a necessidade de um amplo espaço para implantar as mesas de serigrafia e de vários operadores para manuseá-las. Frente a essas dificuldades e a exigência do mercado de comunicação
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visual por soluções eficientes feitas em prazos rápidos, somou-se a demanda por impressões variadas e de diversos tamanhos, o que acabou levando as empresas a desenvolverem as soluções digitais. Em vias gerais, existem cinco tipos de impressoras digitais: impressora à base d’àgua; impressora UV; impressora sublimática; impressora látex; e impressora solvente. “As impressoras digitais ocupam menos espaços do que as mesas de serigrafia”, argumenta Evelin. “Elas também exigem um número menor de funcionários e um investimento inicial mais baixo”, afirma a gerente. Por fim, ela ainda acrescenta que tudo isso contribuiu para que um número maior de empresas iniciasse trabalhos no segmento de comunicação visual, facilitando o acesso do cliente final aos materiais impressos.
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Uma das primeiras impressoras solventes a chegar ao Brasil foi instalada no Rio de Janeiro na década de 1990, dando início a uma revolução no mercado de comunicação visual
primeiros passos da tecnologia solvente
Rogério Neves, consultor de vendas da Sign Supply, reforça que, antes de a impressora solvente chegar ao mercado, as impressões eram feitas à base d’água com laminação. “A maioria dos trabalhos era feito com vinil de recorte, utilizando uma plotter de recorte que eram montadas manualmente”, fala. Em um primeiro momento, essa tecnologia foi uma das principais opções do mercado. “Mas, embora imprima material de alta qualidade, seu uso indoor era bastante limitado, já que a resistência a intempéries é baixa”, lembra. Sendo assim, pela necessidade de maior qualidade nos trabalhos, mais especificamente pela exigência por impressões mais duráveis e que suportassem as intempéries climáticas em diversas aplicações, como outdoor, busdoor, banners, fachadas e car-
ros, levou o surgimento da tecnologia solvente que, como seu próprio nome esclarece, usa tinta à base de solvente. Outros fatores, segundo Evelin, que colaboraram para o advento da tecnologia foram a necessidade de impressão de lotes reduzidos, itens personalizados e a evolução da qualidade das imagens , como degradês e imagens com detalhes precisos. Bruno Barbosa, proprietário da Digicor, comenta que uma das primeiras impressoras solventes a chegar ao Brasil foi instalada no Rio de Janeiro na década de 1990, dando início a uma revolução no mercado de comunicação visual. “Tratava-se de uma Vutek, fabricada nos Estados Unidos. Depois, algumas empresas, em São Paulo, compraram outros equipamentos tal qual a NUR, importada de Israel”, relembra. “Hoje, estes fabricantes foram adquiridos por grandes corporações”, complementa. Segundo ele, a impressora
Flickr/ Tind
A serigrafia é uma das mais antigas formas de impressão
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No início, a solvente possuía tecnologia próxima a um aerógrafo, que pulveriza tinta
solvente caiu nas graças do mercado de comunicação visual, permitindo imprimir trabalhos rápidos, com boa qualidade, alta durabilidade e baixo custo.
No início, as impressoras à base de solvente utilizavam a tecnologia air brush, similar a um aerógrafo. “Com o aperfeiçoamento dos cabeçotes de impressão, os equipamentos passaram a usar a tecnologia jato de tinta, antes mesmo do desenvolvimento dos cabeçotes piezo, xaar ou spectra”, comenta Andre Kovesi, diretor da Akad. Como ele explica, no começo, esses equipamentos não eram muito aplicados ao mercado de comunicação visual. “As primeiras gerações de impressoras à base de solvente com cabeças piezo eram utilizadas para a marcação de caixas de papelão ou identificação de código de barras”, conta. Conforme Kovesi argumenta, elas possuíam três ou quatro cabeças de impressão de 200 dpi por cor para que um resultado
de qualidade de impressão satisfatório fosse atingido. Ainda segundo Kovesi, quando entrou no mercado de comunicação visual com tecnologias similares às de grandes e consagrados equipamentos, com tintas e insumos cada vez mais competitivos, a tecnologia solvente levou a indústria gráfica a uma revolução, em que a Ásia despontou como um dos destaques, apresentando impressoras com excelente qualidade e custos baixos. Bruno Barbosa tem opinião semelhante ao citar a importância de fabricantes chineses: “Aos poucos, os fabricantes chineses foram dominando o mercado com máquinas mais baratas, compactas e gradativamente com melhor qualidade - tanto na qualidade de impressão quanto na confiabilidade do equipamento”. Para Barbosa, isso gerou um outro problema: as máquinas ficaram com
“Aos poucos, os fabricantes chineses foram dominando o mercado com máquinas mais baratas, compactas e gradativamente com melhor qualidade”, Bruno Barbosa
preços tão acessíveis que muitas pessoas e/ou empresas despreparadas comprassem uma impressora solvente e se arriscassem neste mercado, sem saber do que se tratava. “Com isso, houve grande canibalização dos preços, o que causou choque no mercado.”
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quem se destina?
De um modo geral, os profissionais que mais utilizam a tecnologia solvente atuam na área de produção gráfica, tais como: • Birô de impressão; • Fábricas de comunicação visual outdoor e indoor; • Gráficas industriais e gráficas rápidas; • Montadoras de feiras e eventos; • Agências de publicidade e propaganda; • Empresas da área de fotografia.
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Rogério Neves comenta que, atualmente, existe uma tendência de grandes corporações de varejo adquirirem máquinas de impressão para suprir a necessidade de suas lojas. “O melhor é que elas não dependem de serviços de terceiros”, afirma.
A tecnologia solvente fez sua fama no mercado de comunicação visual,
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entre outras coisas, pela qualidade do material que é capaz de imprimir
Manutenção baixa e fácil, versatilidade de mídias e preço são umas das vantagens da solvente
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Já Andre Kovesi explica que a tecnologia é indicada para profissionais que precisam de qualidade de impressão e cores com excelente performance de velocidade. E é justamente essa rapidez que Adriano Dutra, sócio-diretor da A3 Comunicação Visual, cita quando questionado sobre a maneira como a tecnologia modificou o mercado de comunicação visual. “A solvente é um equipamento muito importante por causa do custo operacional baixo, grande velocidade e larga variedade de tamanhos de equipamentos”, fala. Além disso, ele reitera a vantagem do preço do equipamento, a versatilidade de mídias e a manutenção baixa e fácil. E, para operar uma impressora solvente, não há grandes dores de cabeça. “Em função da facilidade do uso desses equipamentos e depois de receber treinamento ministrado por técnicos, os profissionais com conhecimento básico de informática costumam operar os equipamentos com excelência”, afirma Kovesi. Como Bruno Barbosa explica, quando uma empresa de equipamentos vende uma máquina, é obrigada a dar um treinamento para um novo operador. “Com o tempo, vai se formando uma nova categoria chamada ‘impressor de impressoras digitais’”, diz.
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Marcela Gava
O futuro
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da parceria
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Conheça as principais evoluções da tecnologia solvente e se ainda vale a pena investir nesse equipamento
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esde o período em que surgiram os equipamentos e sua popularização, a tecnologia evoluiu em vários pontos. O primeiro e mais importante foi em relação às cabeças de impressão, seguido pelas tintas, a eletrônica de controle e o sistema de abastecimento de tinta. “Há seis anos, se falava em máquinas de 300 dpi e velocidades de 15 a 20 m²/h”, relembra Bruno Barbosa. “Já hoje, por exemplo, fala-se de equipamento com 1440 dpi e velocidade de 300 m²/h. Isso demonstra um gigantesco salto de qualidade e eficiência”, afirma Barbosa. Outra mudança muito notável no setor foi em relação às tintas. A tinta solvente possui metais pesados em sua composição, o que faz com que libere um forte odor, sendo muito prejudicial à saúde dos operadores das máquinas. Por conta disso, em alguns casos, gera a necessidade da implantação de uma sala exclusiva que comporte a impressora, além dos cuidados básicos ao funcionário, como uso de luvas e máscaras. Para diminuir esse problema, surgiram as tintas eco solventes, que exalam menos odor, embora apresentem maior tempo de secagem e diferente durabilidade em
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Tintas eco solventes são uma das maiores evoluções da tecnologia solvente
Cada
tinta no seu quadrado:
• Solvente: a tinta é composta por três elementos: resina, solvente e pigmento. O solvente é responsável por dissolver os outros dois elementos. Quando os solventes evaporam, permitem a secagem imediata. Se for mais forte, melhora a aderência e resistência ao material. • Eco Solvente: esse tipo de tinta possui elementos retirados de óleos minerais. A diferença é que, nesse caso, os solventes são mais fracos e agressivos e por isso, demoram mais para secar.
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relação à solvente tradicional. Mas, em alguns casos, parece não haver diferença entre as duas tintas. “É necessário ter cuidado no momento de selecionar o equipamento, pois eco solvente pode significar solvente econômico, e não serem ecológicos”, alerta Evelin Wanke. A diferença básica das eco solventes, além de exalar menos cheiro, é apresentar diferente durabilidade para exposição externa. “A durabilidade e resistência das impressões depende do tipo de mídia, da tinta, da densidade da imagem, da quantidade de passadas durante a impressão, da umidade, da temperatura durante a impressão - para aquecer a mídia para ela abrir os poros e fixar a tinta”, ad-
verte Andre Kovasi. Outros pontos que influenciam, segundo Kosavi, é o tipo de exposição, abrasão, da intensidade solar e das intempéries climáticas de cada região entre outras variáveis. “Por isso é recomendável sempre testar os resultados.” Na opinião de Barbosa, as tintas solventes ganham sempre em qualquer comparativo de custo. “É sempre a solução mais barata e mais rentável”, defende. Ele comenta que as tintas atuais não contêm mais os componentes agressivos, sendo muito ecológicas. “Hoje existem tintas solventes que sequer tem cheiro”, informa. No entanto, a grande desvantagem da tinta solvente, porém, é exatamente a grande vantagem que a tinta UV
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oferece. A tinta solvente só é capaz de imprimir em substratos à base de PVC, diferentemente da tinta UV, que é capaz de imprimir em quase todos os substratos, tendo um range bem maior de aplicações.
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Por
Por causa de seu custo de impressão e operacional, tecnologia solvente se torna essência para qualquer empresa de comunicação visual
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que ainda investir?
Quando se leva em conta o tempo que a impressora solvente está no mercado, dá a falsa impressão de que a tecnologia está obsoleta. Porém, a realidade é totalmente outra. A tecnologia permaneceu por causa da qualidade de sua produção, além da ótima relação de custo benefício. Embora muitos outros equipamentos
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Conheça
as diferenças entre as principais impressoras digitais:
• Impressora solvente: como o nome diz, utiliza tinta à base de solvente. Por conta disso, tem forte odor pela sua toxicidade. A impressora é indicada para aplicações indoor e outdoor pela sua resistência contra danos. • Impressora à base d’água: com tinta à base de águas, possui bastante qualidade na impressão de material fotográfico. É mais usada em ambientes indoors por conta da resistência de seu material. • Impressora UV: a secagem é feita por meio de lâmpadas UV. Por isso, a cura ocorre imediatamente após a aplicação da tinta. Tem manutenção mais cara por causa de insumos extras, como as lâmpadas. • Impressora látex: a cura da tinta látex é feita por fonte de calor. Imprime em vários substratos, como lonas e papeis. Embora tenha características ecológicas, consome muita energia.
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• Impressora sublimática: nesse equipamento, a impressão é feita em papel transfer e transferida para um tecido.
A desvantagem da impressora solvente é a toxicidade da tinta. Para reduzir o problema, as empresas lançaram tintas amigáveis, conhecidas como eco solvente
tenham sido lançados e, talvez, sejam até mais modernos, ainda vale a pena considerar investir em uma impressora solvente. “Existe muita novidade em termos de impressoras solventes, por exemplo, com as tintas eco amigáveis”, fala Evelin Wanke. De acordo com Bruno Barbosa, esse equipamento não é o passado, mas o presente. “Nenhuma tecnologia, seja Látex ou UV, é capaz de chegar perto de seu custo de impressão e operacional, muito menos atingir as grandes velocidades que a nova geração atinge hoje”, expõe. Ele continua. “Uma empresa de co-
municação visual pode ter diversos equipamentos, mas se não tiver uma impressora solvente no pátio, vai estar em grande desvantagem competitiva no mercado”, defende. E ele garante: “Comprar uma solvente hoje é tiro certeiro, uma Látex um tiro bem duvidoso e, uma UV, vai depender bem da aplicação”. Para ele, a tecnologia sempre pode evoluir, mas é importante se manter atento ao mercado para perceber as mudanças no segmento. Por isso, é fundamental se perguntar primeiro se realmente já sabemos o que existe de novo, antes de perguntar qual o próximo passo da tecnologia.
Por fim, Rogério Neves acredita que a tecnologia solvente pode diminuir, mas não acabar. “Por ser um equipamento de fácil manuseio e baixo investimento, as impressoras solventes continuarão a atender uma boa parcela do mercado”, afirma. Já na opinião de Andre Kovesi, todo tipo de tecnologia tem seu espaço em função do preço do equipamento, preço do insumo, tipo de material e tipo de aplicação. Por isso, ele também defende que outras tecnologias, como UV e Látex, vieram para somar, e não para substituir outras tecnologias. “Cada linha tem sua vantagem”, comenta.
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LĂŠo Martins
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Por não ficar restrito ao fácil e abraçar frotas e veículos especiais, mercado de envelopamento automotivo ensina muitas lições e mostra toda sua força e versatilidade
O
mercado de envelopamento automotivo é algo de louco. Com tantos carros comprados diariamente, esse segmento ofrece uma oportunidade e tanto para os aplicadores, bem como para as empresas que fabricam os materiais que são usados nessa atividade. No entanto, esse setor é um pouco mais amplo do que um “simples” carro. Duvida? Bom, pense em uma frota de uma empresa de taxi que possui uns 100 carros iguais. Pensou? Pois bem, agora imagine aqueles aviões personalizados ou aquelas propagandas existentes na parte externa dos vagões dos trens. Lembrou? E é exatamente sobre isso que iremos tratar nessa reportagem. Aqui, você verá que o mercado de envelopamento em frotas e veículos especiais eleva essa atividade a patamares que vão muito mais além do que um automóvel “comum e normal”. Afinal, essa é a essência da louca arte de envelopar: atingir das legiões aos diferentes.
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Divulg Comunicação Visual/Divulgação
Avery Dennison Brasil/Divulgação
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Por divulgar tendências e trabalhos
O mercado cobra dos fabricantes de
diferenciados, as redes sociais são umas das
vinis produtos cada vez melhores para
responsáveis pelo crescimento desse mercado
as frotas e veículos especiais
Situação Principais
tipos
de frotas
• Caminhões • Veículos de transporte e frotas operacionais • Veículos particulares e comerciais • Veículos de órgãos públicos e privados • Vans e furgões • Táxis • Ônibus • Motos
atual do
mercado
Se você esta se perguntando da possibilidade do mercado de envelopamento ser interessante para empresas fabricantes de vinil e envelopadores, você irá obter a resposta nas próximas linhas. Alessandro Campos, membro do marketing da Alko, oferece números interessantes para dizer que sim, esse mercado é muito interessante. De acordo com ele, atualmente, o número estimado de emplacamentos para 2014 foi de aproximadamente 130 mil em veículos de carga. “Por esse motivo, posso afirmar com convicção que o mercado de personalização de frota é um mercado extremamente interessante e lucrativo”, opina. E essa também é a visão de Dimas Brasil Schott, técnico em aplicação da DBS Envelopamento. Para ele, o
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mercado nacional de envelopamento é o mais otimista possível. “E posso dizer que essa minha opinião não está embasada apenas por eu ser um entusiasta ou profissional da área”, justifica. “O que eu vejo pelo País inteiro são empresas cheias de serviços e projeções super positivas para o futuro. Sem dúvidas, o mercado esta numa crescente muito boa”, exalta. Também partidário da ideia dessa evolução, Eduardo Yamashita, gerente de desenvolvimento de novos negócios da Avery Dennison Brasil, comenta que por esse motivo, as empresas fabricantes de vinis apresentam opções cada vez mais variadas de autoadesivos com acabamentos diferenciados como fibra de carbono, metalizados, escovados, foscos etc. Além do mais, a troca da imagem por outras cores, texturas ou mensagens
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O TOP
para as frotas
Alko/Divulgação
Segundo Eduardo Chardosim, o tipo de vinil mais indicado para o envelopamento de frotas é o cast. “Porém, por causa de seu alto custo, o mercado acaba utilizando mais o vinil calandrado”, explica. Outro fator para a utilização maior do calandrado, conforme explica Dimas Brasil, é o fato da fabricação desse material ser nacional, bem como pela qualidade de mão de obra dos envelopadores brasileiros. “Praticamente todos os fabricantes estão investindo bastante na melhora dos vinis. Esses pontos, acabam muitas vezes, tirando os casts do mercado.”, complementa.
Mercado de envelopamento automotivo ganha projeção por causa do crescimento de veículos emplacados
Avery Dennison Brasil/Divulgação
O envelopamento de aeronaves atua para personalização e identificação dos veículos
diferentes, também caiu no gosto dos clientes. “Essa tendência foi acentuada com os vinis que imitam a fibra de carbono. A ‘moda’ veio e ficou. Com novas texturas e cores metalizadas, a tendência é que ela fique por um longo período”, opina.
Avery Dennison Brasil/Divulgação
Já Eduardo Chardosim, da Divulg Comunicação Visual, atribui o crescimento desse segmento a outro elemento: a Internet. “Hoje, o mercado de envelopamento no Brasil se encontra aquecido, dado o crescimento da interação nas redes sociais. Ela vem desempenhando um papel importantíssimo por revelar tendências com relação a cores e técnicas”, expõe.
Exemplo de envelopamento em um metrô
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E o segmento de frotas e veículos especiais pega carona nesse grande
Polli Serigrafia/Divulgação
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Caminhões são um dos principais tipos de frotas a serem envelopadas
momento do mercado de envelopamento. Fernando Bifulco, membro do departamento de pesquisa e desenvolvimento e marketing da Imprimax, bate o martelo ao dizer que no geral, esse é um setor muito bom, principalmente por ter uma perspectiva de crescimento gigantesca. “A área de atuação para veículos especiais e frotas é muito rentável. No entanto, o mercado cobra cada vez mais, o que leva os fabricantes a sempre estarem aperfeiçoando os produtos e serviços em busca de uma qualidade cada vez maior”, analisa. Seguindo essa linha, Alexandre Edrei, technical service Latin America da Arlon diz que o Brasil ainda tem muito a desenvolver. “É importante os envolvidos dessa área trabalharem a fim de mudar a cultura da ‘venda por preço’, costume esse que gera uma guerra de orçamentos”, enfatiza.
Em
grande número
Depois de termos analisado o mercado, agora chegou a hora de falarmos de cada tipo de individualmente. Começaremos primeiro com a “multidão”, ou seja, as frotas. E é Edrei que conta qual é um dos atuais focos desse segmento no Brasil. “Hoje em dia, boa parte dos nossos clientes estão focados em frotas de caminhões, veículos de transporte e frotas operacionais”, informa.
Principais
Em busca de uma aparência mais exclusiva, Yamashita comenta que a maior fatia para esse tipo de envelopamento é justamente feito em veículos particulares. “No entanto, os envelopamentos comerciais também são muito frequentes. Nele, busca-se a padronização da decoração com imagens de produtos ou logomarcas de empresas”, informa. Dentro dessa perspectiva comercial, Chardosim aponta
• Veículos importados
veículos
especiais
• Aviões • Helicópteros • Ônibus • Trens e metrô • Navios, barcos e lanchas • Caminhões diferenciados
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Divulg Comunicação Visual/Divulgação
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Vans também estão entre as favoritas para o envelopamento de frotas
Um
que as empresas de médio e pequeno porte são campeãs para esse tipo de trabalho. “Também há as frotas de grandes empresas, órgãos públicos, caminhões , distribuidoras e até mesmo motos”, complementa Chardosim. Outros veículos também são citados por Bifulco. “Além dos caminhões, aponto também as vans, táxis e ônibus personalizados”, enumera.
case diferenciado
Justin Pate/Divulgação
Considerado o melhor envelopador do mundo, Justin Pate vive inventando. Independentemente do tipo de veículo, Pate usa sua criatividade e todo seu talento em automóveis completamente “loucos”. Vejam o que ele fez com esse caminhão de lixo que, com certeza, passa longe da função do próprio veículo:
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A localização da empresa de Dimas Brasil é no Estado do Rio Grande do Sul e lá, segundo seu relato, são adesivadas todos os tipos de frotas possíveis. “Com a demanda crescente por serviços de comunicação visual nos últimos anos, este trabalho passou a ser uma necessidade básica para promoção de marcas e campanhas”, justifica. Em sua visão, grande parte dessa procura ocorre porquê a identificação de veículos oferece vantagens que vão um pouco além de “apenas” comunicar uma marca ou ideia. “Um carro personalizado, por exemplo,
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função dos especiais
Veja agora qual é o objetivo do envelopamento em alguns veículos especiais: Barcos: para esse tipo de veículos, são utilizados os vinis de recorte que possuem o intuito de realizar a identificação como nomes e números para detalhe. Esses envelopamentos tem o objetivo de ter ótima durabilidade e resistência. Aeronaves: nessa categoria, são inclusas aeronaves de grande porte e helicópteros. Em todas elas, são feitas identificações e envelopamento de alguns detalhes.
Alko/Divulgação
Metrôs: também são utilizados, mas com menor frequência, pois uma vez envelopado, demoram a trocar a comunicação, fazendo somente manutenções. Fonte: Fernando Bifulco, Imprimax
que se trata de um investimento baixo para as mesmas, porém, com um retorno alto, visto que a marca será exposta por um longo periodo”, explica.
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Carros considerados fora do convencional, como importados, por exemplo, são classificados como veículos especiais
chama a atenção das pessoas por serem fáceis de reconhecer. Por esse motivo, esse veículo não fica tão atraente aos olhos de ladrões.” No entanto, na visão dos aplicadores, de todas as frotas citadas anteriormente, Chardosim aponta as empresas de pequeno e médio porte como as que mais procuram os serviços de envelopamento. “Isso acontece por-
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Seguindo nessa linha, Brasil também afirma que as empresas privadas são as campeãs de envelopamento de frotas. “Uma empesa que pensa atender o mercado nacional, precisa investir em uma grande frota”, comenta. Porém, isso não significa que frotas que pertencem ao governo não costumem realizar esses trabalhos. “Carros de defesa civil, ambulâncias, viaturas policiais e veículos usados para controle da dengue, por exemplo, podem ser citados como exemplos.”
- As
dificuldades dos
milhares
As complicações e obstáculos estão impostas em todas as áreas e, no caso do envelopamento em frotas, não é diferente. Eduardo Chardosim relata que em grandes frotas, uma das dificuldades é no que se refere à limpeza: todos os veículos precisam estar à disposição e em condições para serem
trabalhados. Outra dificuldade apontada é a exigência que o projetista tem em adaptar a arte da empresa em diferentes veículos, que não pode perder a identidade da companhia. “Por isso, é importante sempre estar atento à equipe que irá trabalhar junto nos serviços. Isto é muito importante para driblar vários problemas”, aconselha. Já Dimas Brasil diz que a maior dificuldade em se assumir uma grande frota é, sem dúvidas, a parte estrutural, seguida pela baixa oferta de mão de obra. Ele explica. “Uma empresa que foca em grandes frotas, vai precisar de uma estrutura proporcional para atender algumas necessidades básicas do serviço”, aponta. “Isso acaba acarretando em um custo fixo muito honeroso ao empresário, sem contar a alta folha salarial, impostos, etc.” Por isso, segundo Brasil, muitos empresários terceirizam a instalação com freelancers. “Eles são contratados apenas para a ocasião e, muitas vezes, a personalização é feita dentro da fábrica dos carros ou dos pátios dos clientes”, expõe.
41 Especiais,
muito
especiais
exemplo. “Estes, geralmente, tem proprietários muito exigentes e com um alto nível de expectativa”, indica. Para evitar problemas com esse tipo de veículo, Chardosim orienta que é importante fazer uma vistoria prévia no carro para identificar possíveis problemas a serem indicados ao proprietário.
Porém, Chardosim informa que normalmente, os aplicadores nomeiam como especiais aqueles veículos que não se adesivam no dia a dia, como carros importados de alto nível, por
Como você pode perceber, caro leitor, o setor de envelopamento é um dos mais ousados e audaciosos segmentos não só da comunicação visual, mas também das áreas de atuações
Alko/Divulgação
Podemos considerar especial todo e qualquer meio de transporte que saia do convencional. Por isso, se você pensou em aviões, trens e barcos, pode crer que você está na linha correta de raciocínio. Eduardo Yamashita expõe que atualmente, os veículos especiais mais comuns de serem trabalhados com vinis são aqueles que são usados para transportes comerciais. “Por isso, trens e metrôs são aqueles que costumam ser mais adesivados”, aponta. Já para projetos de adesivação de navios e aviões, ele explica que, apesar de serem feitos, em ambos os casos, necessitam de materiais especiais para serem executados.
Por causa de suas diversas curvas complexas e irregularidades, caminhões de lixo são outro exemplo de veículo especial
do mercado de trabalho brasileiro. E nesse meio, ganha aquele que consegue agradar a todos, certo? E é justamente nisso que o envelopamento automotivo se difere, pois ele atende a tudo e a todos, sem restrições e, principalmente, de maneira única e individual. Por isso, vamos aprender com eles, sejam aplicadores ou empresas que desenvolvem as matérias para esses artistas. Afinal, a filosofia deles é uma só: atender dos maiores aos menores, dos diferentes aos normais, do único aos muitos.
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Das legiões aos diferentes
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Confira nesse painel outros trabalhos de envelopamento para frotas e veículos especiais
Divulg Comunicação Visual/Divulgação
Arquivo RSG
Alko/Divulgação
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Eduardo Yamashita*
Aplicação de vinil autoadesivo: método a seco
“Ferramentas”
Mas na verdade, para que serve a fita? Primeiro vamos entender o que é essa fita de papel adesiva.
É nóis na fita! A famosa “fita crepe” é um produto que tem um papel crepado com adesivo em uma das faces e que não é muito agressivo às superfícies, tornando sua remoção muito fácil. Geralmente, ele é composto de resinas sintéticas à base de borracha e não contém proteção no adesivo (liner), pois a parte de cima do papel possui um tratamento para não aderir ao adesivo em suas voltas. No mercado,o produto é disponível em diversas larguras, comprimentos e cores. A fita de papel é considerada um produto de multiuso, ou seja, com inúmeras utilidades no processo de confecção, impressão e instalação de
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imagens. Ela é uma ferramenta indispensável para um bom profissional da área. Na aplicação à seco, podemos citar algumas delas: Posicionamento das imagens: ao iniciar a aplicação, precisamos saber o local correto onde elas serão instaladas e a fita, pode ajudar na medição da superfície - em casos onde não tenhamos um instrumento de medição como uma régua ou trena ou fita métrica.
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Pré-fixação das imagens: para iniciar a aplicação da imagem, é necessário que ela esteja posicionada no local a ser instalada. Por intermédio da fita é possível fixá-la na superfície nas bordas ou no centro da imagem.
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Proteção das laterais das imagens impressas em solventes: imagens grandes são geradas se utilizando várias partes do vinil autoadesivo. Quando se imprime com tintas à base solvente, por exemplo, a mesma pode atacar bastante o vinil, tornando-o mais flexível. Então, durante o processo de aplicação, estica-
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epois de abordarmos a escova para rebites, agora é hora de falarmos sobre a fita de papel. Muitos devem dizer que se o instalador/aplicador de imagens em vinil autoadesivo tem um bom estilete e uma espátula, não é preciso de mais nada no seu kit de ferramentas. Engano, caro leitor! A fita de papel adesiva também é importante no processo de adesivação das imagens decorativas.
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-se um pouco o vinil - procedimento normal, pois a aplicação é manual. Por fim, ao fazer o encaixe da outra parte da imagem, o “casamento” das partes não confere nessas situações. E é nesse momento que entra a fita de papel: ela é utilizada nas bordas das partes para não ocorrer o esticamento do vinil na região das bordas. A fita irá “encorpar” essas regiões permitindo que o encaixe entre as partes seja correto. Proteção de imagens de espátulas: muitas vezes quando a espátula não está bem delineada na sua extremidade, ou seja, ela está riscando a imagem durante a aplicação, costuma-se “proteger” a espátula com a fita de papel.
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• Fixação dos materiais em equipamentos; • Emendas dos materiais. Agora, caro leitor, só nos veremos na edição da Sign de janeiro e nela, falaremos sobre os equipamentos de medição. Você verá que elas são ferramentas importantes para o profissional de instalação de vinil autoadesivo que atua no mercado de comunicação visual. Então, nos vemos ano que vem. Até lá!
*Eduardo Yamashita é é consultor técnico
Já no processo da confecção de imagens como um todo, a fita é utilizada nas seguintes situações: • Embalagem dos rolos de materiais;
para o mercado de comunicação visual yamashita@hotmail.com
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João Orlando Vian*
Em Graz, museu de arte contemporânea
usa chapas de acrílico
No centro cultural de Graz, na Áustria, placas de acrílico foram utilizadas de maneira inovadora e que inseririam a obra da cidade no panorama internacional da arquitetura contemporânea
N
a edição da Revista Sign #233 de agosto, apresentei a vocês uma arquitetura europeia na qual o uso do acrílico foi utilizado de maneira única e inovadora. Trata-se do museu austríaco de arte contemporânea Kunsthaus Graz que, em anos recentes, recebeu grande destaque internacional por causa de sua arquitetura. Agora, daremos mais detalhes sobre essa verdadeira obra de arte. Projetado pelos arquitetos ingleses Peter Cook e Colien Fournier, o edifício fica situado em Graz, a segunda maior cidade da Áustria. Inaugurado em setembro de 2006, o centro cultural abriga um museu – que também funciona como galeria – dedicado à exposição de arte contemporânea, sendo que a própria construção é também, de certa forma, uma manifestação artística. Externamente, o complexo lembra uma bolha gigante na forma de uma inusitada ameba. Curioso, não? E foi exatamente por esse motivo, que ele foi carinhosamente apelidada pelos moradores de Graz de “Alien Amigo”. O contraste entre a grande bolha azulada e as edificações próximas, caracterizadas pelos tradicionais telhados em tons avermelhados, faz com que o trabalho de Cook e Fournier - que, nesse projeto, teve colaboração do escritório Architektur Consult - alcance projeção ainda maior. O Kunsthaus Graz é também um dos mais recentes e bem sucedidos exemplos da aplicação do acrílico na arquitetura. A fachada curva do conjunto, onde lâmpadas fluorescentes
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tubulares formam um extenso painel luminoso, assim como a cobertura e as áreas internas, são totalmente compostas por painéis de acrílico de 2 m x 3 m. O tom levemente azulado do edifício tornou-se possível com a aplicação de 1.068 placas de acrílico translúcido de 20 mm de espessura, individualmente termo-moldadas em formatos tridimensionais. Essas chapas são presas nas extremidades por cerca de 6 mil pinos de aço inoxidável, formando curvas em vários sentidos sem, no entanto, se encontrarem umas com as outras. O caso é exatamente ao contrário: existem vãos entre as placas e uma real proteção por baixo desta imensa cobertura de acrílico. No interior, foram instaladas outras 185 placas da mesma medida, porém, de 8 mm de espessura, igualmente moldadas tridimensionalmente e presas por 1500 pinos de aço.
No centro cultural de Graz, Cook e Fournier exploraram com felicidade algumas das possibilidades que o acrílico apresenta em aplicações arquitetônicas. Por outro lado, no Brasil, o material é quase desconhecido por grande parte dos arquitetos. É a esse público que o Indac dedica especial atenção, com o objetivo de fazer com que o produto se integre à sua rotina de especificação. Informações adicionais sobre o Kunsthaus Graz podem ser encontradas no site www.kunsthausgraz.at.
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C
olorimetria e
Gerenciamento
de
Cores
Fábio Tanaka*
Vamos falar de negócios: qual o retorno no investimento em gerenciamento de cores?
J
á sabemos que a técnica e o conhecimento especializado são de fundamental importância para um gerenciamento de cores eficaz em um fluxo de trabalho. Mas desta vez, vamos mudar um pouco, deixando de lado a técnica e focar um pouco nos negócios. Toda empresa deseja aumentar sua produtividade com um menor custo possível. Este, em tese, é o equilíbrio correto para aumentar a margem de lucro, certo? Sabemos também que não aproveitar o tempo corretamente, sem otimizar as etapas do trabalho e, consequentemente, refazê-lo, diminui sua lucratividade. Afinal, ganhar dinheiro significa aumentar a capacidade produtividade de sua empresa, correto? E esta é exatamente a questão: o gerenciamento de cor também é uma ferramenta de produtividade! O primeiro passo para esta compreensão é entender que a implantação de um sistema de gerenciamento de cor vai muito além de um Perfil ICC. Da mesma forma que um GPS é inútil se você não sabe o endereço certo, bem como se ele está desatualizado e não encontra o seu destino, o mesmo acontece com este perfil. Ou seja, a habilidade de aplicação dele dentro do fluxo de trabalho é tão importante quanto o próprio Perfil ICC. Aumentar a produtividade não está relacionado apenas à área comercial ou em aumentar as vendas,
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nem mesmo em investir em novos equipamentos. Sem ter o conhecimento da sua atual capacidade máxima produtiva, de nada adianta os outros esforços. Excelência, eficiência e eficácia Quando falamos em eficiência, falamos diretamente em produtividade, ou seja, em fazer algo da maneira correta com o mínimo de recursos possíveis. Para esse objetivo, é importante saber os seguintes pontos: • Utilizar a resolução certa da sua impressora; • Ter conhecimento de quantas passadas são necessárias para a impressão ideal; • Como reduzir o consumo de tintas e substratos; • Reduzir o tempo para se fazer a mesma tarefa. Por isso, é importante se lembrar que a eficácia está relacionada diretamente à escolha do caminho correto e por consequência, atingir os resultados que correspondem às necessidades dos nossos clientes, ou seja, a qualidade! Atingir a qualidade em um processo ou em um fluxo de trabalho é tão importante que por isso, todos os departamentos de uma empresa se comunicam e se interagem. Não importa se você busca qualidade na comunicação visual ou na indústria têxtil. O importante é se comunicar através da cor e, porque não, através das cores corretas.
A lucratividade vem da previsibilidade, da repetibilidade e da gestão operacional. Com todas trabalhando em conjunto, cada setor conseguirá suas metas individuais, incentivando e aumentando o conhecimento de cada colaborador. É assim que o gerenciamento de cores funciona! E pode acreditar: ela vem se tornando uma vantagem neste mercado cada vez mais competitivo. Boas impressões e qualidade total!
Fabio Kenji Tanaka é consultor técnico da empresa Cor Amarelo Gerenciamento de Cor Digital fabio@coramarelo.com.br www.coramarelo.com.br
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Í
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ABC �������������������������������������������������������������������������������������������������49 Agfa ������������������������������������������������������������������������������������������������21 Aviso �����������������������������������������������������������������������������������������������47 Colacril ��������������������������������������������������������������������������������������������25 Comala ��������������������������������������������������������������������������������������������49 Denim ����������������������������������������������������������������������������������������������35 Dinâmica �����������������������������������������������������������������������������������������39 EFI �����������������������������������������������������������������������������������������������������5 Fremplast ����������������������������������������������������������������������������������������45 Imprimax �������������������������������������������������������������������������������������������7 J-Teck ���������������������������������������������������������������������������������������������41 Laser CNC ���������������������������������������������������������������������������������������49 Metalnox �����������������������������������������������������������������������������������������13 Roland ���������������������������������������������������������������������������������������������29 Serigrafia SIGN FutureTEXTIL ���������������������������������������� 3ª e 4ª capas
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