Ano XIX - nº 227 Março 2014 R$ 12,50 www.btsinforma.com.br
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Comunicação Visual
Quem fica com o tecido? Impressão direta e sublimação digital disputam a sua preferência na impressão têxtil
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08 Cambea: Ano XIX - nº 227 Março 2014 R$ 12,50 www.btsinforma.com.br
Sinalização | Impressão Digital
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A palavra dos patrocinadores sobre o campeonato
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10 Entrevista:
Eduardo Vaz, novo gerente de vendas da Divisão Gráfica da Fujifilm
Quem fica com o tecido? Impressão direta e sublimação digital disputam a sua preferência na impressão têxtil
16 Especial:
A visão do futuro por intermédio dos painéis de LED
26 Capa:
Impressão em tecidos - a disputa entre impressão direta e sublimação digital
42 Publicidade Exterior: A publicidade dos nossos Hermanos argentinos Design de Capa: Emerson Freire
Colaboradores Eduardo Yamashita consultor técnico para o mercado de comunicação visual
Fabio Kenji Tanaka consultor técnico da empresa Cor Amarelo Gerenciamento de Cor Digital
26 João Orlando Vian Consultor Executivo do
Veja +
Instituto Nacional para o Desenvolvimento
04..................................................................................................Editorial
do Acrílico
06.................................................................................................Mercado 38...................................................................................................... Indac Sérgio Rizo Geógrafo, professor
46....................................................................................................Digitec 48.............................................. Colorimetria e Gerenciamento de Cores
universitário e sócio
50........................................................................................................ Vinil
da empresa RS
54........................................................................... Índice de anunciantes
Projetos
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E
ditorial
Presente, passado e futuro C
erta vez, Albert Einstein, um dos mais notáveis físicos de todos os tempos, disse que “a distinção entre passado, presente e futuro é apenas uma ilusão teimosamente persistente”. Com essa frase, Einstein aponta que os três períodos de tempo, possuem importância de igualdade e, portanto, o ato de diferenciá-los não passa de uma fantasia. Será que isso realmente ocorre? Ou seja, qual é a consequência que o passado tem para o presente, o presente para o futuro e o futuro para o passado? Os três períodos são distintos entre si ou são interligados, como sugeriu Einstein?
Coincidentemente, nesta edição da Revista Sign, reunimos três matérias que, além de conterem uma grande carga informativa para o nosso mercado, ainda trazem a discussão sobre como o passado, presente e futuro se convergem - e muitas vezes se confundem entre si. A reportagem de Capa fala sobre impressões em tecidos, porém, com o foco em duas tecnologias: impressão direta e sublimação. O texto mostra como escolher qual é a melhor para o seu trabalho e as vantagens e desvantagens de ambas as técnicas. Já no Especial desse mês, temos um assunto que é diretamente ligado ao futuro. Trata-se dos painéis de LED, tecnologia que está em uma crescente acentuada e que vem ganhando cada vez mais espaço no mercado de comunicação visual. Ao abordar as aplicações em nosso mercado, bem como a diferenciação entre os painéis, a reportagem também retrata a forma como o LED deixou de ser uma tecnologia futurista e tornou-se algo presente no dia-a-dia da população. Para finalizar, ainda temos uma Entrevista exclusiva com Eduardo Vaz, atual gerente de vendas da Divisão Gráfica da Fujifilm. O bate-papo aborda a trajetória da empresa, que completa 80 anos em 2014, quais foram as principais mudanças da Fujifilm nos últimos anos, o atual momento da corporação no panorama mundial e a revelação de alguns planos para o mercado brasileiro. Ainda nesta edição, você poderá conferir as seções do Cambea, Mercado e as tradicionais colunas de Colorimetria e Gerenciamento de Cores, Publicidade Exterior, Vinil, Digitec e Indac. Em tempos que vivemos preocupados com o que o futuro nos reserva, por vezes deixamos de viver o presente e esquecemos o que aprendemos no passado. Por isso, assim como as matérias desta edição da Revista Sign, o interessante é aplicarmos, no presente, os ensinamentos que o passado nos deixou, para que, assim, possamos ter um futuro mais esplendoroso. Ou como diz um provérbio chinês, “o passado é história, o futuro é mistério e o hoje, uma dádiva. Por isso é chamado de presente”. Portanto, cure o passado, viva o presente e sonhe o futuro, pois ele nada mais é do que a projeção do passado, condicionado pelo próprio presente. Bom futuro e aproveite a leitura! Equipe Revista Sign
Ano XIX - nº 227 Março 2014
Diretor Geral para América Latina do Informa Group Marco A. Basso
Atendimento ao Cliente Márcia Lopes marcia.lopes@informa.com
Chief Financial Officer do Informa Group Brasil Duncan Lawrie
Equipe Venga Editor Léo Martins leonardo@agenciavenga.com.br
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Redação Itamar Cardin itamar@agenciavenga.com.br Mariana Naviskas mariana.naviskas@agenciavenga.com.br Arte Emerson Freire emerson@agenciavenga.com.br
Group Director João Paulo Picolo joao.picolo@informa.com Show Manager Cíntia Miguel cintia.miguel@informa.com Departamento Comercial Isabel Carlos isabel.carlos@informa.com Simoni Viana simoni.viana@informa.com
Conselho Técnico Andrea Ponce Fabio Kisner Fabio Tanaka Periodicidade Mensal Impressão Gráfica Elyon
Assinatura anual – R$ 136,00 Saiba mais sobre assinaturas, edições anteriores, catálogos, anuários e especiais através de nossa Loja Virtual. Acesse: www.lojabtsinforma.com.br Para mais informações, entre em contato pelos telefones: Central de Atendimento ao Assinante SP (11) 3512-9455 / MG (31) 4062-7950 / PR (41) 4063-9467 Assinante tem atendimento on-line pelo Fale Conosco: www.lojabtsinforma.com.br/faleconosco
REDAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Bela Cintra, 967 - 11º andar - Cj. 111 Consolação - 01415-000 - São Paulo/SP - Brasil Tel.: (55 11) 3598-7800 - Fax: (55 11) 3598-7801 Conheça o nosso portfólio no site: www.btsinforma.com.br IMPRESSÃO A BTS INFORMA, consciente das questões ambientais e sociais, utiliza papéis com certificação FSC® (Forest Stewardship Council) na impressão deste material. A certificação FSC® garante que uma matéria-prima florestal provém de um manejo considerado social, ambiental e economicamente adequado. Impresso na Gráfica Elyon certificada na cadeia de custódia - FSC®. A revista não se responsabiliza por informações ou conceitos contidos em artigos assinados por terceiros.
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ercado
Serigrafia SIGN FutureTEXTIL 2014 abre credenciamento online O credenciamento da maior feira do setor, a Serigrafia SIGN Future TEXTIL 2014, já está aberto. E os pedidos feitos até o dia 26 de março receberão a credencial por correspondência. A inscrição online pode ser feita pelo endereço: www.serigrafiasign.com.br. Neste ano serão mais de 650 marcas expositoras em um pavilhão de 40 mil metros quadrados. O evento ocorrerá em maio no Pavilhão de Exposições do Anhembi.
International Sign Association na lista dos maiores eventos do mundo A ISA International Sign Expo de 2013, o principal evento para o mercado sign e da comunicação visual dos EUA, produzido pelo International SignAssociation (ISA), entrou pela primeira vez em duas das listas do Trade Show Executive: 50 Fastest Growing Trade Shows e Fastest 50 in advance. O ranking completo será liberado no evento Fastest 50 Awards & Summit, em Maio, em Chicago. “Estamos entusiasmados por sermos incluídos na lista da Trade Show Executive”, disse Lori Anderson , presidente e CEO do ISA . “Isso só se solidifica o que todos nós sentimos no ISA International SignExpo 2013: uma nova energia em nossa indústria e na Sign Expo”. Para o , chefe de operação da ISA, Brandon Hensley, o momento é de reconhecimento até mesmo fora do setor. “É sempre um honra ser reconhecido fora da nossa indústria e do nosso mercado” disse. A ISA é parceira da feira Serigrafia SIGN FutureTEXTIL 2014 e da Revista Sign, aproveitamos para parabenizá-los pela conquista.
EFI anuncia recorde nos resultados do quarto trimestre e de todo o ano de 2013 A Electronics For Imaging (EFI), líder mundial em inovação na impressão digital, anunciou seus resultados do quarto trimestre e de todo o ano de 2013. Para o trimestre que terminou em 31 de dezembro, a empresa anunciou uma receita recorde de US$ 197,2 milhões, com aumento de 13% em comparação à receita do quarto trimestre de 2012 (US$ 174,1 milhões). O lucro líquido não GAAP do quarto trimestre do ano passado foi de US$ 23,8 milhões ou US$ 0,49 por ação diluída, um aumento de 20% e 17%. Para os doze meses que terminaram em 31 de dezembro de 2013, a empresa anunciou a receita recorde de US$ 727,7 milhões, um aumento anual de 12% ante o ano anterior.
Novo eletrônico para cabeças de impressão da GIS economiza energia A Global Inkjet Systems (GIS), fabricante de eletrônicos, anunciou o lançamento da HIB-FD-A4D, placa de interface para cabeças de impressão Fujifilm Dimatix SG1024 StarFire S/M/L. De acordo com a GIS, a nova placa poupa energia elétrica por exigir apenas 24V para funcionar. Além disso, a peça pode controlar simultaneamente duas cabeças Starfire em impressão grey-scale, multidrop ou binária e em alta velocidade. “O desenvolvimento da HIB-FD-A4D levou mais de três anos. Ela é um bom exemplo do quanto investimos em pesquisa a fim de criar melhores soluções para os nossos clientes”, disse em um comunicado Nick Geddes, CEO da GIS.
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Léo Martins
O incentivo do evento Os motivos e as visões dos patrocinadores ao apoiarem o #4 Cambea
O
apoio, incentivo ou patrocínio é fundamental em diversas áreas de atuação, seja na música, esportes, grandes eventos, etc. Por esse motivo, as empresas que acreditam em determinada causa, desempenham um importante papel para que aquilo que foi planejado, seja realizado com sucesso. Com a proximidade de mais um Cambea, a ser realizado durante a feira Serigrafia SIGN FutureTEXTIL, entre os dias 06 e 09 de maio, ouvimos as empresas que patrocinam o campeonato para saber o porque elas o apoiam. Com a palavra, os patrocidores!
Alko
“Além de ser um evento exclusivo jamais visto no Brasil, o Cambea reúne o que há de melhor em termos de profissionais. Com isso, a marca Alltak, da Alko, se fortalece e adquire a visibilidade necessária para o seu crescimento no mercado nacional. Ao longo dos anos, a linha Alltak vem se firmando como a preferida dos aplicadores de todo o País. Prova disso foi o 1º lugar no Prêmio Silk & Sign 2013.” Alessandro Campos, coordenador de Marketing
BTS Informa
“Com o Cambea dentro da feira, a BTS direciona o evento para os profissionais do mercado, tanto
aos que já atuam especificamente com adesivação automotiva quanto àqueles que buscam por novas aplicações ou soluções para o crescimento de sua empresa. A Serigrafia SIGN FutureTEXTIL tem que ser aquele momento em que o visitante pode encontrar seus fornecedores e parceiros, as novidades tecnológicas, as melhores soluções para o seu dia a dia e, principalmente, o como melhorar seus negócios.” João Paulo Picolo, Group Director
Epson
“Patrocinamos o evento, pois acreditamos na importância de elevar o nível de conhecimento no mercado de impressão digital. O evento incentiva os aplicadores a utilizar materiais de alta qualidade e a demonstrar técnicas avançadas de aplicação em veículos. Percebemos que os aplicadores estão cada vez mais qualificados e achamos muito importante reconhecer os bons trabalhos realizados por eles. Cremos que o campeonato estimula a especialização de profissionais do ramo.” Evelin Wanke, especialista de produtos
Ronek
“Decidimos apoiar o Cambea, pois se trata de um evento que vem crescendo cada vez mais. Além disso, o campeonato possui o objetivo de incentivar o mercado
de adesivação e reconhecer que o profissional, com ferramentas de qualidade, pode fazer toda a diferença. É muito satisfatório para nós, da Ronek, ver que conseguimos trazer para o mercado espátulas e magnetos com a performance que o profissional procura.” Edmilson Alves, diretor
Spider Tecnologia
“O evento é importante para o mercado, pois entendemos que seja uma oportunidade de mostrar ao público as técnicas de envelopamento e, acima de tudo, a habilidade dos profissionais e a importância da qualidade do material para um resultado final perfeito. O Cambea é um evento muito bem organizado, que atrai a atenção de um bom público e nosso equipamento, pode ajudar a abrilhantá-lo ainda mais.” Fábio Ribas, diretor operacional
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ntrevista
Mariana Naviskas
Valor e inovação
Conheça, os planos da Fujifilm por intermédio de Eduardo Vaz, novo gerente de vendas da Divisão Gráfica da empresa
N Eduardo Vaz, novo gerente de vendas da Fujifilm Divulgação - Fujifilm
o ano em que completa oito décadas, a Fujifilm resolveu chamar para o seu time o reforço de Eduardo Vaz. O novo gerente da Divisão Gráfica da marca tem vasta experiência e já atuou em famosas empresas do segmento. A empresa conta ainda com outra novidade: o lançamento do slogan “Value from Innovation”, que mostra o compromisso da Fujifilm em gerar valor aos clientes graças à inovação, além de incentivar a combinação de tecnologias, recursos e conhecimentos para a busca de inovações. Saiba mais na entrevista exclusiva que a Revista Sign preparou para você!
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ntrevista
das pessoas em diversas áreas nas quais atuamos. Isso é muito importante, porque são poucas as empresas que realmente investem no mercado e geram inovação e tecnologia. Os clientes reconhecem a empresa como líder em inovação e qualidade. O reconhecimento dos clientes é uma conquista que precisa ser respeitada. Estamos no Brasil há 56 anos.
Acuity LED 1600, desenvolvida com tecnologia Fujifilm e com cabeçotes Dimatix Spectra Divulgação - Fujifilm
Como é fazer parte dos 80 anos da Fujifilm?
Eu me sinto honrado em poder fazer parte dessa equipe neste momento tão importante. Isso representa muito para a minha carreira como profissional. A Fujifilm está investindo pesadamente em pesquisa e desenvolvimento e seguindo de forma séria a mensagem de seu novo slogan, que fala em gerar valor para o cliente por meio da inovação - “Value from Innovation”. Esse será meu grande desafio: ajudar a gerar valor para os
clientes, para o mercado e para a própria empresa.
O que a Fujifilm representa hoje no Brasil? Quais foram as maiores conquistas da empresa e os maiores desafios nesses 80 anos? A história da Fujifilm está muito ligada à inovação e tecnologia em imagem. Acredito que essa vocação inovadora é muito importante para o mercado e para os clientes. Podemos ajudar a melhorar a vida
Para a Fujifilm, estamos vivendo o momento de uma “nova fundação”, pois sabemos que nosso mercado está em transformação constante e que a velocidade destas mudanças é cada vez mais rápida
Como a Fujifilm começou? Conte um pouco sobre a história da empresa. A empresa foi fundada em 1934, no Japão, com o nome de Fuji Photo Film e tinha como principal ramo de atividade a produção e comercialização de filmes fotográficos. No Brasil, está presente desde 1958, sendo a primeira subsidiária implantada no mundo pelo grupo. Conta com uma fábrica em Manaus e sua sede administrativa na cidade de São Paulo.
Nesses 80 anos de história, a Fujifilm chegou até mais de 113 países no mundo, com mais de 35 mil funcionários, atuando em áreas de sistemas gráficos, saúde e óticos, materiais funcionais, imagem digital e soluções de documentação. Sua sede é em Tóquio, Japão, sendo uma subsidiária da Fujifilm Holding Corporation.
Quais foram as principais mudanças na Fujifilm nos últimos anos?
Para a Fujifilm, estamos vivendo o momento de uma “nova fundação”, pois sabemos que nosso mercado está em transformação constante e que a velocidade destas mudanças é cada vez mais rápida. É um grande desafio satisfazer este mercado, isso exige uma administração mais próxima dos clientes, para sentir as necessidades. Durante anos, o principal negócio da Fujifilm foi a produção de filmes fotográficos, mas todos sabem que este mercado
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mudou muito com o crescimento das tecnologias digitais. Apesar de continuar existindo demanda para esses filmes, o consumo diminuiu drasticamente. A Fujifilm, como muitas outras empresas, foi obrigada a mudar seu direcionamento e adaptarse aos novos tempos, integrando a tecnologia digital em sua linha de produtos. O investimento em pesquisa é muito forte, onde investimos quase U$ 7 milhões por dia em P&D no mundo todo. São vários laboratórios e centros de pesquisa e uma equipe de quase duas mil pessoas focada somente em inovação.
A Fujifilm está investindo pesadamente em pesquisa e desenvolvimento e seguindo de forma séria a mensagem de seu novo slogan, que fala em gerar valor para o cliente por meio da inovação “Value from Innovation”
Reunimos o conhecimento em várias etapas ao longo do processo. Hoje somos proprietários da Dymatix, que produz os cabeçotes Spectra, da Sericol, que produz tintas, e da Inca, que produz máquinas, além de indústrias de fornecimento de matérias primas para diversas aplicações. Tudo isso está criando uma nova realidade e trará muitas novidades para os clientes nos próximos anos.
O que a empresa planeja lançar neste ano? Explique as novidades.
Temos inovações constantes nos equipamentos de impressão digital UV e em tintas. Teremos vários lançamentos nas feiras deste ano, inclusive no Brasil, mas algumas coisas ainda são sigilosas. Teremos novos modelos de impressoras OnSet S50i, um lançamento que traz mais qualidade de impressão em altíssima velocidade de produção, e a impressora Acuity LED que foi desenvolvida com tecnologia Fujifilm e com cabeçotes Dimatix Spectra. Novas linhas de tintas inkjet UV também estão previstas com diversos avanços, entre eles a possibilidade de realizar trabalhos de vacuum forming extremamente elaborados.
Primeiro escritório da Fujifilm no País foi fundado em 1958, na cidade de São Paulo Divulgação - Fujifilm
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ntrevista
Eu vim trabalhar na Fujifilm para somar com uma equipe que já está fazendo um excelente trabalho, aprendendo com eles e agregando meus conhecimentos em prol do mercado e dos clientes
industriais UV de grande formato disponível no mercado.
Sede mundial da Fujifilm, em Tokyo
Quais são os planos da Fujifilm para o mercado brasileiro nos próximos anos?
Continuar crescendo e aumentando nossa participação, recuperar alguns mercados nos quais perdemos atuação e trazer muitas inovações tecnológicas para os clientes. O mercado brasileiro está amadurecendo e queremos fazer parte desse momento. Nosso potencial de desenvolvimento e inovação é muito grande, pretendemos usar nossas tecnologias para ajudar na evolução do mercado. Divulgação
Estamos lançando também a impressora digital Jetpress, uma revolução para o mercado de impressão gráfica. É um equipamento de alta qualidade de imagem com velocidade de até 2700 folhas no formato B2 por hora, uma inovação que incorpora diversas tecnologias graças a vários anos de pesquisa entre os diversos setores da empresa.
Como a Fujifilm enxerga sua atual presença no mercado mundial?
Atuamos em diversas áreas no mercado mundial. Essa diversificação é resultado da
evolução de nossas tecnologias e muito investimento em pesquisa. Além da já conhecida atuação em fotografia e imagem, temos divisões de pesquisas farmacêuticas e cosméticos, tecnologias em filmes sensíveis ao toque para celulares e tablets e equipamentos de diagnósticos por imagem. A divisão de sistemas gráficos, da qual fazemos parte, atende toda a cadeia de produção e impressão, com soluções em pre-press como CTP systems e CTP Plates, sistemas de impressão comercial, como a nova impressora Jetpress, e linha de equipamentos Inca, a mais avançada linha de impressoras inkjet
Quais são suas expectativas para essa nova fase em sua carreira profissional? Quais desafios você espera enfrentar?
Eu vim trabalhar na Fujifilm para somar com uma equipe que já está fazendo um excelente trabalho, aprendendo com eles e agregando meus conhecimentos em prol do mercado e dos clientes. O grande desafio é a busca pela criação de valor. Isso é uma prioridade e precisa ser transformado em realidade, em algo concreto para o cliente e que traga retorno para todos os envolvidos. Mas sabemos que precisamos melhorar e mudar muita coisa, pois o mercado é muito dinâmico.
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special
Bem-vindos ao
futuro Cada vez mais presentes em nosso cotidiano, pain茅is de LED nos deixam mais pr贸ximo daquilo que conhecemos como futuro
17 Léo Martins
A
cultura pop dos anos 80 possui diversos representantes de peso na área cinematográfica e um filme em específico marcou essa geração por flertar com o passado, presente e futuro. Trata-se da trilogia “De Volta para o Futuro”, longa-metragem do gênero de ficção científica que fez grande sucesso entre o público na época. Mais especificamente o segundo filme da série, lançado em 1989, mostra muito bem como seria o mundo do futuro em que a tecnologia é presente na vida de qualquer cidadão. Para isso, carros que voam, robôs e até a publicidade são utilizadas para demonstrar tal teoria - vide a cena em que o personagem principal Marty McFly é engolido por um tubarão virtual. Sim, a comunicação visual também é retratada de maneira futurista, através de hologramas e painéis de LED. E é justamente este último que será o tema desta reportagem. Com um espaço cada
Trabalhos com painéis de LED crescem a cada ano no mercado de comunicação visual
Divulgação Spider Tecnologia
vez mais acentuado dentro do mercado de comunicação visual, os painéis de LED, há alguns anos atrás, seriam considerados futuristas por grande parte do público e que hoje, faz parte do dia-a-dia das pessoas. Confira a seguir porque os painéis de LED chegaram a esse nível, suas maiores virtudes, como conserva-los e qual será o papel dessa tecnologia na Copa do Mundo. Portanto, bemvindos ao futuro!
Analise
do mercado
Naiara Robinson, diretora administrativa da Bee Leds, analisa o atual momento do mercado brasileiro. “É um mercado promissor e que esta em constate crescimento a cada ano”, afirma. Concordando com esse crescimento, Tiago Brito Ferreira, diretor comercial da Ledwave, comenta que a onda do digital e toda inovação tecnológica em LED conquistaram espaços públicos como shoppings, aeroportos, convenções, shows, eventos esportivos e também
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special
Por serem vistos em distância menor, painéis de LED indoor possuem uma resolução de tela maior
Divulgação Ledwave
as ruas. “Neste processo, os painéis de LED são a materialização dessa realidade digital e por toda versatilidade e qualidade oferecidas, cativaram a atenção de agências e anunciantes que identificaram nos painéis uma forma mais refinada de fazer comunicação”, opina. “O trabalho com LED voltado a comunicação visual só esta começando no Brasil e no mundo”, completa. Para exemplificar o crescimento dos painéis no Brasil, Eduardo Savordelli, CEO da Spider Tecnologia, utiliza o faturamento de sua empresa. “Nosso faturamento dobrou nos últimos 3 anos e 65% deste crescimento se deve ao aumento nas vendas e locações de painéis de LED, principalmente para o segmento de mídia Out of Home”, revela. “Por isso, nós acreditamos que ainda exista espaço para crescimento. O volume de painéis de LED instalados para mídia Out of Home é muito pequeno comparado aos painéis de imagens fixas. A entrada deste tipo de mídia no segmento indoor ainda está em fase embrionária”, complementa. Condizente com essa opinião, Arleson Barros, gerente de mídia da MaxLed,
afirma que apesar do mercado estar em crescimento, o mesmo está se adaptando aos formatos. “Ele será promissor na medida em que os formatos forem se padronizando, tornando a mídia externa de grande cobertura mais adaptável à nova tecnologia”, justifica.
Diferenças: Indoor Outdoor
e
No que diz respeito a características físicas, Barros explica que, basicamente, as principais diferenças entre os dois modelos de painéis de LED são a impermeabilidade, resistência e resolução. “O painel outdoor deve ser resistente ao clima, e pode ter uma dimensão maior. Por não precisar ter uma resolução tão alta devido à distância em que a mensagem será visualizada, os custos em relação ao tamanho por m² são reduzidos”, esclarece. “Já o indoor necessita de uma resolução maior pelo fato de ser visto a uma distância menor, porém, fica salvo de intemperismos resultando em uma durabilidade maior”, diz. Ferreira detalha que as características físicas desses painéis, principalmente no fator de proteção chamado Ingress Protection Level
Benefícios dos painéis de LED • Baixa poluição visual • Mídia interativa • Substituição de mídias estáticas • Podem ser trocados anúncios via Internet sem a necessidade de mandar uma equipe até o local • Pode-se veicular anúncios diferentes simultaneamente • Monitoramento do painel por câmera de vídeo online, onde tanto a empresa de mídia como o cliente podem conferir, em tempo real, os anúncios e o funcionamento do painel • Impacto visual melhor devido ao brilho e ao movimento da imagem dos painéis • Permite ao empreendedor vender o mesmo espaço físico para diferentes anunciantes por meio de grade de anúncios por tempo de exposição • Já para a mídia indoor o brilho da imagem é superior aos tradicionais monitores de TV/Vídeo
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special
(IP), realmente são as principais diferenças. “Ela determina a proteção com relação à infiltração de água, poeira e brilho”, afirma. Em termos de funcionamento, segundo Savordelli, ambos são idênticos e basicamente nada muda entre um painel indoor e outdoor. Já tecnicamente, Savordelli aponta alguns detalhes que diferenciam um do outro: • Os LED’s e circuitos eletrônicos que os controlam devem ter luminosidade superior a 5.000 NIT (cd/m²) para os painéis outdoor, brilho este mínimo para que o mesmo seja visível com incidência de luz solar direta sobre a tela. Já os painéis indoor possuem brilho médio de 1.500 NIT (cd/m²); • A mecânica ou gabinete de um painel outdoor precisar ser concebida de forma a impedir que os efeitos da intempérie impeçam o equipamento de funcionar corretamente;
• Comumente, os painéis indoor são confeccionados com LED montado na tecnologia SMD que permitem pontos muito próximos uns dos outros e necessário para esses painéis que possuem distância de leitura pequena. Já os painéis outdoor são montados com LED tipo DIP - LED encapsulado no formato de microlâmpada - que permitem uma maior dissipação de potência.
Principais
aplicações
Para os painéis outdoors, Savordelli aponta que as principais aplicações são como veículo de venda de anúncios para o segmento Out of Home. “Porém, outros segmentos como estabelecimentos que desejam fazer uma divulgação local do seu negócio com muito mais recursos, também fazem parte”, conta. Barros ainda aponta o uso em pontos estratégicos de grande
Outras características diferenciais entre painéis indoor e outdoor • Brilho: o painel outdoor apresenta um brilho superior para exposição ao ar livre. • Peso: os gabinetes indoor normalmente são feitos de material mais leve, de alumínio ou liga de alumínio. • Fator de proteção IP: os painéis outdoor apresentam um fator de proteção alto para exposição à chuva, enquanto os painéis indoor não apresentam tal proteção. Fonte: Tiago Brito Ferreira, diretor comercial da Ledwave
Painéis outdoors são utilizados como veículos de venda para o segmento Out of Home Divulgação Ledwave
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special
Eventos sociais são uma das principais aplicações dos painéis de LED
Divulgação Bee Leds
fluxo de veículos e pedestres, principalmente em cruzamentos de baixa velocidade e semáforos. “Eles também são bastante utilizados em shows e eventos”, acrescenta. Ferreira relembra a utilização desses painéis em outdoor digital, fachadas customizadas, tottens digitais, busdoor, bancas de revista, relógios digitais entre outros projetos especiais. Já na utilização indoor, Ferreira indica as principais utilizações. “Projetos customizados, displays de mall, painéis para eventos sociais, palestras em centros de convenções, entre outros”, diz.
Desvantagens
do
LED
Apesar de não enxergarem grandes pontos negativos na tecnologia, os entrevistados apontam alguns que ainda precisam ser melhorados. “Para mim, a desvantagem é a falta de um formato padronizado, como o do outdoor de papel 9 m x 3 m, por exemplo”, opina Barros. Ele justifica. “As agências de propaganda ainda têm certas restrições com esta mídia por não possuírem uma rede de cobertura
com um formato padrão de tamanho e resolução, tornando o trabalho de criação das propagandas oneroso por ter que adaptar o anúncio para cada painel ou praça”, explica. “Padronizar os formatos seria a palavra chave para a solução e o crescimento desta mídia”, finaliza Barros. Já Savordelli aponta a questão financeira com uma
desvantagem. “Sem dúvida o custo ainda é elevado e acaba pesando na decisão”, diz. Embora não apontar nenhuma desvantagem, Ferreira diz que é necessário ficar atento apenas quanto à escolha do produto certo - no que diz respeito a resolução - para
Dicas de conservação para os painéis • Atualização dos softwares • Verificação temporariamente dos hardwares • Manter o painel limpo por meio das orientações do fabricante ou contratar o mesmo para uma revisão neste período • No caso de troca de lugares dos painéis, deve-se possuir cases de proteção e transporte para cada módulo e componentes • Controlar o calor, pois quanto mais quente o ambiente, menor será a vida útil do painel • Instalar o equipamento obedecendo fielmente às normas
de instalação elétrica para o consumo de energia e que deve ser indicado pelo fabricante/ revendedor do painel • Troca periódica de cabeamentos e plugs • Possuir kit primeiros socorros para substituição plug and play • Ter um bom quadro elétrico de partida e proteção • Verificar esporadicamente estabilidade de energia local • Trabalhar com sistemas de proteção contra surto e chaves eletromagnéticas
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special
A tecnologia LED é amplamente utilizada para fins comerciais
Divulgação Ledwave
que a aplicação tenha qualidade. “Como existe uma gama grande de resoluções e tamanhos, o cliente precisa ficar atento ao que deseja a fim de garantirmos a entrega do produto correto.”
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defeito...
De acordo com Naiara Robinson, da Bee Leds, o problema mais corriqueiro é de pixel. “O mesmo apaga e para de funcionar. Mas hoje em dia, o cliente tem peças de substituição para não ficar com seu produto desligado”, relata. Eduardo Savordelli, da Spider Tecnologia, afirma que o principal problema, além da queima de LED’s, é a mudança nas características luminosas ao longo do tempo e que causam manchas ou fragmentação das imagens apresentadas pelo equipamento. “A qualidade do painel é fundamental para minimizar estes problemas ao longo do tempo. Este deve ser o item mais relevante que alguém deve considerar na hora de adquirir um equipamento”, aconselha. Por esse motivo, é importante que o comprador não leve somente em conta o quesito preço. “Ele se arrependerá em um ou dois anos, pois após este período, seu painel
estará com baixa luminosidade devido à perda acentuada de potência dos LED’s e apresentando manchas devido às mudanças nas características luminosas”, alerta Savordelli. Então, para evitar essa situação, Savordelli orienta o comprador certificar-se da compra de um equipamento de uma empresa que prime pela qualidade e
Painéis de LED também são utilizados em eventos esportivos como o UFC
Divulgação Ledwave
que tenha um corpo técnico capaz de atendê-lo quando precisar de intervenção local para manutenções. Outra medida para evitar os defeitos, conforme Arleson Barros, da MaxLed, é sempre ter placas e módulos sobressalentes, além de um poderoso estabilizador para a queda
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Painel indoor instalado dentro de um vidro para a exposição outdoor
Curiosidade: é possível migrar os painéis? Para aqueles que já ouviram ser possível migrar um painel indoor para o outdoor, Savordelli alerta que esse tipo de atividade não é possível ser feita. “Um painel indoor jamais poderá ser utilizado para um ambiente outdoor porque os LED’s e circuitos de acionamento dos mesmos foram projetados e concebidos para terem baixa luminosidade, mesmo com vedação para vetar a luz do sol”, atenta. Já o inverso, do outdoor para o indoor, de acordo com Savordelli, é absolutamente possível. “Basta o usuário ajustar a luminosidade de seu equipamento para sua nova condição de forma a não ofuscar a leitura devido a brilhos muito elevados”, informa.
Divulgação MaxLed
de energia e refrigeração em locais de alta temperatura. “O servidor que conecta o painel à Internet também deve ser bom, de preferência com um sistema operacional server, para evitar bugs com o sistema e com a Internet.”
A Copa
do
LED
Naiara comenta que a influência dos painéis de LED na Copa será muito grande. Afinal, será através deles que as transmissões do evento serão feitas. “A copa aumentou em 80% as vendas para nossa empresa. A procura é muito grande, tanto na venda quanto, nas locações”, analisa. Confirmando essa tese, Ferreira diz que os segmentos de vendas e locações serão aquecidos devido aos acontecimentos esportivos dos próximos 2 anos, sobretudo neste nicho mercadológico, uma vez que hotéis, grupos empresariais e estabelecimentos comerciais terão
interesse em transmitir, em alta definição, os jogos da Copa, bem como as Olimpíadas. Para finalizar, Savordelli diz que na Copa, existem duas oportunidades em aberto em que esse segmento pode alavancar novos negócios. A primeira e mais óbvia, seria a locação de painéis para a utilização temporária dos telões em praças ou ao redor dos estádios que ocorrerão os principais jogos. “A segunda é para o segmento de mídia Out of Home, onde o empreendedor do segmento poderá aumentar o volume de sua receita com publicidades substituindo seus painéis outdoors de imagens fixas por painéis de LED ou instalando-os em novos locais”, conclui. É... Se conversássemos com pessoas mais velhas que nós, como nossos pais ou avós, eles certamente
diriam que não esperavam que o mundo estivesse tão evoluído tecnologicamente como hoje. Porém, o engraçado é que se formos notar, possivelmente falaríamos a mesma coisa aos nossos filhos ou netos daqui a 50 anos. E essa é a graça das coisas e que filmes de ficção científica como o “De Volta para o Futuro” trabalham: imaginar o futuro e nos surpreendermos com o que ele nos reserva tecnologicamente. Ou seja, painéis de LED que há décadas atrás seriam impossíveis imaginar, hoje estão invadindo nosso cotidiano e terão papel fundamental em grandes eventos, como é o caso da Copa do Mundo. Por isso, devemos imaginar o futuro. Apesar de hoje ainda não termos carros que voam, ao menos, os painéis de LED nos ajudam a visualizar o que o futuro nos reserva sobre a tecnologia. E pode confiar que ele é, literalmente, futurista.
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Na disputa pelo tecido
A Revista Sign quer saber, afinal, qual é o melhor tipo de impressão para tecidos: sublimação digital ou impressão direta?
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om vasta diversidade de aplicações, a impressão em tecidos agrada a muitos mercados: moda, confecção, promocionais, decoração e, é claro, a comunicação visual. Mas como escolher qual técnica utilizar para imprimir tecidos? É comum ter dúvidas entre os processos de sublimação digital e impressão direta, que pode ser realizada com látex ou UV. Por isso, a Revista Sign buscou alguns dos principais fornecedores e especialistas da área para responder: enfim, quem fica com o tecido?
Sublimação D
e acordo com Marcelo Godinho, supervisor de vendas do segmento têxtil da Mimaki, para utilizar sublimação, devese trabalhar, necessariamente, com poliéster. “As indústrias têxteis tentam desenvolver novos processos em que possam diminuir a quantidade de poliéster e ter uma qualidade aceitável na sublimação. Hoje já se sabe de indústrias trabalhando com até 60% poliéster e 40% algodão. Menos do que isso ainda é inviável”, informa. Ele explica que a sublimação digital é indicada para produções exclusivas, com grande quantidade de variantes na mesma coleção, personalização, pequenas produções e quando há limitação de espaço da indústria. Para Alexandre Nunes, coordenador de vendas da Ampla, a escolha pela sublimação depende do objetivo e dos requisitos do cliente para a peça. “Banners feitos em tecido utilizando o processo sublimático têm como característica o brilho e a vivacidade das cores, além da manutenção do caimento do tecido, com um toque bastante suave. Se essa apresentação mais ‘sofisticada’ é necessária, então o tecido é sempre uma excelente opção”, opina. Além da comunicação visual, como Nunes lembra, a sublimação digital está amplamente difundida na indústria de confecções.
digital André Kovesi, diretor da Akad, afirma que a sublimação é um processo mais amigável ao ambiente, quando comparado à tecnologia solvente, eco-solvente ou UV. “É a melhor forma de transferir imagens em substratos de poliéster com flexibilidade, sem odor, sem alterar a textura do substrato e com boa resistência a lavagem”, afirma. Segundo ele, a sublimação pode produzir cores mais ricas e vibrantes, o que causa um impacto visual mais agradável. Na opinião de Paulo Gustavo, especialista de aplicação inkjet da Agfa, o custo de impressão - que inclui papel para transfer, tinta, etc - da sublimação digital é menor do que o da impressão direta látex ou UV. “Devido a isso, impressões em larga escala, estamparias, moda e etc. são as mais indicadas para a sublimação”. Além disso, ele explica que a sublimação é indicada para peças que precisam suportar mais lavagens, como é o caso das citadas. Já Flávio Hirata, CEO da Durst Brasil, diz que a sublimação digital é uma forte tendência, sobretudo, pelo seu apelo econômico, simplicidade de processos e também apelo ecológico, já que utiliza tintas a base de água. Conforme ele, a sublimação é uma tecnologia muito interessante para empresas que desejam implantar processos mais simplificados e economizar no custo
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o método de imprimir com tinta sublimática em papel e transferir para o tecido por meio de prensas e calandras. No entanto, isso é um equívoco. “Existem dois sistemas de sublimação: a direta e a indireta. Na primeira, imprimimos com tinta sublimática diretamente sobre o tecido. Ele passa por um sistema de cura térmica e sai totalmente sublimado e pronto para uso, sem necessidade de utilizar papel e prensas/calandras para transferência”, detalha. Já a impressão indireta, que segundo Barbosa é inferior, é aquela que se imprime com tinta sublimática um papel e depois, por meio de prensas ou calandras, transfere-se a impressão do papel para o tecido.
Banner de tecido Creative Commons License - Flickr danxoneil
final de produção, já que ela dispensa matrizes, ao contrário do que ocorre nos métodos serigráficos ou offset. “Por outro lado, a grande limitação do processo está nas mídias, que essencialmente são base poliéster. Assim, mídias têxteis de maior apelo ecológico, como algodão, e de maior valor, como a seda, demandam processos mais complexos”, comenta. Hirata explica que, no Brasil, mídias com base poliéster são abundantes e baratas e a tecnologia envolvida no processo é conhecida e estável. Porém, existem no exterior impressoras sublimáticas diretas, ou seja, nas quais não existe o passo de imprimir em papel. “Essa técnica reduz custos, aumenta muito a velocidade e apresenta uma etapa a menos em que algo pode dar errado.” Bruno Barbosa, proprietário da Digicor, acredita que a sublimação digital - direta ou indireta -, é a única solução profissional para impressão em tecido. “Qualquer outra solução, seja látex, UV ou solvente, não são
verdadeiras soluções para impressão em tecido e sim um ‘quebra-galho’. Se alguma empresa deseja efetivamente entrar na impressão de tecido, deve investir em equipamentos para impressão sublimática.” Para Barbosa, é importante esclarecer que no Brasil, costuma-se pensar que a sublimação é apenas
Banners de tecido costumam ser muito utilizados na divulgação de museus, nos Estados Unidos
Creative Commons License - Flickr danxoneil
Evelin Wanke, especialista de produtos Epson, afirma que o processo de sublimação utiliza menos tinta por metro quadrado. Por isso, o resultado de impressão são cores intensas com alta qualidade. “Além disso, a durabilidade das impressões realizadas via sublimação é maior.” Cristina Fabris, analista de produtos Master da Fremplast, comenta que a sublimação também é mais indicada quando é necessário uma rapport grande ou quando se precisa trabalhar com imagens fotográficas, já que o processo permite uma quantidade inimaginável
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Exemplo de produto promocional impresso com tecnologia sublimática
Divulgação - Mimaki
de cores. “A técnica pode ser utilizada em objetos que ficam expostos a intempéries do tempo, uma vez que os tecidos a base de poliéster tendem a ser mais resistentes, de fácil lavagem, secagem rápida, não desbotam tanto quanto o algodão e apresentam toque macio e sedoso.” Sergio Antonio Schmitz, diretor da J-Teck, frisa que a sublimação em tecidos é muito indicada para lucrar com os eventos que acontecerão no Brasil neste ano. “No carnaval, com a fabricação de abadás e camisetas promocionais; na Copa do Mundo, com produtos turísticos como camisetas, toalhas, bolsas, fotoprodutos; e no período eleitoral, com banners, bandeiras, etc.” Roberto Conceição, gerente da Máquinas VinilSul, lembra que a sublimação não necessita de substratos pré-tratados, o que barateia o processo. “Além disso, a qualidade de impressão é melhor”, opina. Já Washington Gomes, gerente de produtos da T&C, concorda e afirma que a sublimação fornece serviços de personalização de tecidos sintéticos com acabamento de qualidade superior, além de ser indicada para os segmentos de vestuário promocional, decoração e comunicação visual. “Pode-se aplicar em painéis personalizados para comunicação visual, decoração
de vitrines, decoração de interiores, festas infantis, casamentos, fundos de palcos, eventos corporativos.” Como o poliéster é um tecido utilizado em diversos segmentos, a sublimação pode ser interessante para quem quer diversidade de trabalhos. “Para o mercado de comunicação visual, a sublimação atende às necessidades de bureaus na impressão de banners em tecido, PDV’s, fachadas indoor, comunicação em vitrines, bandeiras, flags, entre outros”, exemplifica Flávio Mazaro, diretor corporativo da Serilon. Outras aplicações dentro da comunicação, conforme Markus Runk, gerente de marketing e desenvolvimento de produtos da Sign Supply, são possíveis. “A técnica pode ser usada na aplicação de cenografia em feiras e eventos, bem como na decoração de ambientes, lojas e vitrines. Além disso, aplicações em uniformes e roupas personalizadas, como grupo de corridas ou blocos de carnaval, também são possíveis”, explica.
Vantagens
e desvantagens
Marcelo Godinho diz que algumas das vantagens da sublimação digital são: poder atender com rapidez, devido à diminuição do processo; ter flexibilidade para aceitar pedidos menores sem ter limitação com gravação de cilindros, quadros, composição de cores; e também no tempo entre uma aprovação de amostra e a produção. Já Markus Runk, aponta outras vantagens. “Posso citar que com a sublimação, o tecido fica mais leve, bonito e apresentável; não exala odor; e é possível fazer personalização em pequenas quantidades”, enumera. Para André Kovesi, as principais vantagens estão na maior gama de cores para trabalhar e o mesmo custo de impressão para pequenas ou grandes quantidades. “A tecnologia de sublimação é a maneira mais fácil de se aproximar da impressão digital em tecidos devido à simplicidade do processo e do
nível de investimento”, completa Ivan Carrozzo, da MS Italy. Segundo ele, a técnica oferece cores brilhantes em poliéster e não há necessidade de lavar o tecido após a impressão. Já no que diz respeito às desvantagens, Runk comenta que na sublimação, é possível aplicar a técnica somente com materiais com no mínimo 70% de poliéster. “Além disso, por necessitar de costura, a técnica possui certa limitação de tamanho para ser executada”, complementa.
Sublimação Digital Vantagens • Cores ilimitadas • Não há necessidade de produções grandes • O espaço físico da empresa pode ser menor • Rapport ilimitado • Não há necessidade de cozinha de cores • Rapidez entre a elaboração de amostras e produção • Custo de impressão • Alta qualidade de impressão com baixo consumo de tinta • Alta vivacidade de cores, as quais não são obtidas com a mesma intensidade na impressão direta • Altas velocidades de impressão • Alta resistência da tinta a lavagens e intempéries
Desvantagens Velocidade dos equipamentos ainda abaixo das máquinas convencionais (cilindro) • Limitação nas opções de equipamentos industriais digitais (a maioria não aguenta produção em larga escala) • Preço por metro linerar é bem mais alto do que no processo convencional • Não faz impressão em tecidos de algodão
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Impressão A
impressão direta em tecidos, segundo Thiago Fabbrini, consultor pré-vendas da HP do Brasil, é indicada quando os objetivos principais são: produtividade, versatilidade de substratos e qualidade. Segundo ele, com a tecnologia látex é possível imprimir uma enorme variedade de tecidos de algodão ou poliéster, com ou sem tratamento. “Isso permite que fornecedores de impressão ampliem seus serviços e ofereçam produtos como quadros em canvas, cortinas em tecidos de algodão, sofás e puffs em courvin”. Fabbini afirma ainda que a impressão direta é mais rápida, não depende da compra de outros equipamentos e não necessita de processos extras de transferência - que podem gerar perdas de material, tempo e energia. Na opinião de Godinho, a utilização da impressão têxtil direta com látex ou UV deve acontecer quando não houver uma quantidade
Impressão direta é indicada no acabamento de produtos como sofás, puffs e almofadas
Depositphotos
direta significativa de poliéster nos tecidos. “Nos mercados de comunicação visual e decoração, em que não existe necessidade de maciez e/ou grande qualidade de imagem, podemos usar o látex. Já a solução UV podemos explorar no mercado calçadista.”
tipos de aplicação, como a área promocional, pontos de venda, etc. Percebemos um crescimento relevante de impressão em tecidos por essa tecnologia nesses ambientes de varejo, devido sua flexibilidade e abrangência.”
Alexandre Nunes, da Ampla, explica que a impressão sobre tecidos com tecnologias látex ou UV normalmente é utilizada em campanhas promocionais de curta duração. “O acabamento do material após impresso não fica natural como o da sublimação. Para os bureaus que não têm tanta frequência de serviços de impressão em tecidos, ou seja, não precisam investir em uma máquina somente para isso, a látex ou UV podem funcionar muito bem, devido à versatilidade.”
Felipe Simeoni, da Global Química e Moda, concorda que ambas as tecnologias são mais indicadas para impressão de tecidos para fins promocionais ou decorativos. “As duas podem ser utilizadas em tecidos de poliéster, algodão, e outros tecidos com ou sem tratamento de superfície, ou seja, elas permitem uma variedade de substratos bem maior do que as tintas sublimáticas, mas com menor durabilidade e menor resistência às lavagens”. Simeoni indica a impressão direta para a criação de banners, confecção de uniformes de uso temporário, bolsas, cangas, cortinas, e para acabamento de produtos, como sofás, puffs e almofadas.
Paulo Gustavo, da Agfa, afirma que impressões em tecidos que necessitam de muitas lavagens não devem ser realizadas com impressão direta. “A UV é indicada para outros
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Impressão
Abajures e
direta
almofadas
Vantagens
impressos com látex
• Impressão em tecidos naturais, artificiais e sintéticos • Criar produtos diferenciados e personalizados, devido à versatilidade de substratos • Maior velocidade no processo, já que não há necessidade de transferência
Desvantagens • Limitação de tecidos que podem ser impressos: os tecidos com toque mais leve e maior caimento são difíceis de serem impressos de forma direta, pois desalinham na impressora conforme a imagem está sendo impressa • Maior consumo de tinta para imagens intensas • Maior custo de impressão • Alto investimento inicial
a tecnologia látex poderá ajudar somente até certo ponto.”
Vantagens
e desvantagens
Divulgação - HP
Para Washington Gomes, da T&C, é indicado utilizar a impressão direta em tecidos também no mercado de promocionais. “A impressão direta não resiste à lavagem”, explica. “As aplicações que melhor funcionam com essa técnica são: painéis para comunicação visual, decorações de vitrines, banners, almofadas promocionais e jogos americanos”. De acordo com Flávio Hirata, da Durst do Brasil, a tecnologia UV é indicada por sua flexibilidade, aplicabilidade e abrangência muito maior do que qualquer outro
equipamento utilizado hoje em inkjet. Apesar disso, ele lembra que a cura na superfície do material fica muito evidente nos tecidos, que perdem o “toque”, a maciez e a suavidade. “Resistência a lavagens, abrasão, falta de brilho e cores metálicas, tais como dourados e prateados mais opacas, são outras limitações importantes.” Já a tecnologia látex, explica ele, surgiu como uma alternativa ao solvente e eco solvente. “Em tecidos, conforme o material fica bom e pode ser usada, pois existe certo grau de absorção dessa tinta pela mídia têxtil. Se o objetivo é imprimir tecidos,
Para Marcelo Godinho, da Mimaki, a vantagem de se trabalhar com impressão direta no tecido é a possibilidade de ter soluções para bases naturais, como o algodão. “Se utilizarmos pastas reativas e realizarmos os processos de pré e pós-tratamento no tecido, é possível chegarmos a resultados excelentes. Hoje as grandes estamparias mundiais já partiram para essa solução”, diz. Já como desvantagem, o supervisor cita o alto investimento inicial, que gira em torno de 5 milhões. André Kovesi, da Akad, concorda. Ele conta que a impressão direta pode atuar em uma variedade maior de tecidos, mas normalmente utiliza equipamentos com custo superior aos sublimáticos. “Além disso, dependendo do tecido escolhido, o custo de impressão pode ser elevado em função da necessidade de pré-tratamento.”
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Como
escolher?
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ntes de decidir qual técnica de impressão em têxteis sua empresa irá utilizar, é necessário determinar em quais mercados você pretende atuar. “A partir disso, podemos levantar a produção da empresa e indicar a melhor solução”, diz Godinho. Ele frisa que o cliente deve ficar atento, pois ambos os processos garantem alta qualidade, cada um com suas particularidades que devem ser analisadas. “No caso da impressão direta, o cliente pode necessitar de outros maquinários para realizar o pré e pós-tratamentos e o investimento necessário para eles é grande.” “UV, solvente, eco solvente, látex, sublimação: não existe nem melhor, nem pior. O que cabe é, do ponto de vista técnico, definir a tecnologia e do ponto de vista comercial, analisar a viabilidade econômica”, opina Hirata. “A economia e a concorrência exigem de todos nós mais conhecimento, pois a margem de erro num investimento é estreita”, orienta. “Investimento inicial, produção, tipo de tecido e aplicação são os quesitos que devem ser levados em consideração antes da escolha”, reforça Kovesi. Na opinião de Nunes, devese levar em conta qual impacto a empresa deseja ter com os
Decoração de ambientes com tecnologia látex
Divulgação - HP
Papel
para sublimação
Quando uma empresa opta por realizar impressões em tecido por meio da sublimação digital, um ponto importante é o papel utilizado no processo. “O papel desempenha uma função chave, pois se usarmos um papel comum na impressão digital, não teremos a mesma qualidade na hora de transferir a imagem para o tecido e perderemos assim, a qualidade no produto final”, explana Flávia Fernandes, do departamento comercial da Gráfica do Dharma. O papel, segundo ela, faz uma combinação com a tinta, o perfil de cor e a impressora. “A característica de cada item muda conforme as particularidades dos demais elementos do processo”.
clientes. “As duas soluções atendem à demanda do mercado de comunicação visual. Essa importante decisão deve ser tomada de acordo com o público e estratégia traçada pelo marketing de cada empresa e segmento.” E conforme Fabbrini, para escolher, é importante focar no
De acordo com Flávia, o papel ideal para sublimação é aquele tratado especificamente para o processo, ou seja, apresenta absorção de tinta bem menor do que papéis comuns. “Ele deve ter a superfície lisa, ser 90 gramas e ter alto índice de transferência.” Para escolher o papel correto, Leandro Cavallini, diretor da Nova Dampex, diz ser necessário levar em conta qualidade X preço e escolher o papel que se adeque melhor ao plotter que será utilizado. “O papel indicado é o tratado, que permite que o consumo de tinta seja menor e a transferência das cores no tecido saia com maior vivacidade.”
por que a empresa está em busca de um novo equipamento. “Em geral, essa nova aquisição vem pautada por aumento da produtividade, melhoria da qualidade ou, no caso da impressão em tecido, necessidade de expansão para novos serviços, seja porque seus clientes estão pedindo ou para acompanhar a concorrência”, finaliza.
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ndac
João Orlando Vian*
A diferença reside
no detalhe
Dobradiças e fechos em acrílico garantem acabamento perfeito em peças como urnas, caixas e displays
O
acrílico é uma das matériasprimas adotadas por fabricantes de móveis, designers e arquitetos que desejam agregar valor aos seus projetos por meio da utilização de peças
Divulgação Indac
que aliam qualidade e beleza incomparáveis. E é exatamente com esse olhar criterioso que renomados profissionais têm conquistado a confiança de clientes que prezam pela beleza e pelo cuidado no
acabamento das peças que adquirem, seja um móvel que ganhará destaque em uma sala de estar ou uma caixa de sugestões que ficará exposta em uma loja.
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Dobradiças em acrílico são utilizadas para o fechamento de urnas, caixas e displays Divulgação Indac
As dobradiças e fechos em acrílico dão um toque especial e valorizam as peças
resistentes como as de metal, sem dúvida, garantem um acabamento simplesmente perfeito à peça.
Dessa forma, a beleza no acabamento das peças tem sido cada dia mais valorizada por profissionais e clientes, especialmente nos pequenos detalhes, como na escolha das dobradiças utilizadas para fechar materiais como urnas, caixas e displays.
Uma das empresas que produzem e distribuem dobradiças e fechos em acrílico é a Acrillander, de São Paulo. Os modelos mais simples de dobradiças - e também os mais utilizados pelos clientes da Acrillander -, estão disponíveis nas medidas 80 mm x 50 mm, 45 mm x 36 mm e 27 mm x 37 mm (altura x largura considerando as duas abas). A empresa também fornece a dobradiça com fecho, que mede 27 mm x 63 mm. Por fim, vale destacar os encaixes cristais para colagem dos cantos em 45° das caixas e urnas.
As dobradiças e fechos em acrílico dão um toque especial e valorizam as peças produzidas com o material. Ainda que não sejam tão
Já a Acrilopes, empresa produtora de peças acrílicas, utiliza as dobradiças em acrílico na fabricação de urnas e caixas
produzidas com o material
articuladas. Eles adquirem trimestralmente, em média, 100 pares de dobradiças, sendo que 90% delas são utilizadas na produção de urnas. Costumeiramente, a empresa mantem urnas em estoque para atender aos clientes que, normalmente, só se dão conta de sua falta horas antes de realizar um sorteio. Eles também utilizam as dobradiças transparentes por uma questão estética, já que elas compõem melhor o conjunto e trazem um resultado final mais atraente.
*João Orlando Vian Consultor Executivo do Instituto Nacional para o Desenvolvimento do Acrílico.
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Exterior
Padrões portenhos
de publicidade
Depositphotos
Conclusões e impressões sobre a mídia exterior na Argentina
A
pós quase 20 anos atuando com comunicação ao ar livre, tive a oportunidade de realizar uma pesquisa mais aprofundada sobre as condicionantes para a mídia exterior nas cidades. O ponto de partida foi realizar uma comparação entre a inexistência da mídia exterior na cidade de São Paulo versus a ampla existência da mesma em Buenos Aires. Essa pesquisa - cujo produto final foi
minha dissertação de mestrado no PROLAM/USP em 2012 demandou a realização de diversos procedimentos técnicos e teóricos. No que tange a teoria, meu aporte é a ciência geografia. Sim, a geografia! Para os desavisados, essa ciência foi renovada nas últimas décadas e hoje, ocupa lugar de destaque nas ciências humanas e possui amplas relações com a comunicação.
Nesta coluna apresento um pouco desta pesquisa, especificamente do material coletado em diversas cidades do Uruguai, Argentina e Chile. Hoje, olhando as cerca de 5.000 fotos de mídia exterior e comparando com o material brasileiro, estou mais convicto da minha tese. Comprovei que existe uma relativa proporcionalidade entre os equipamentos publicitários instalados nas ruas e as características geográficas dos lugares.
43 * Sérgio Rizo Pantalla Verde ou carapantalla
Sergio Rizo
Para chegar a esse raciocínio demorei algum tempo. O estudo comparativo foi essencial para perceber certos padrões e certos elementos chaves para esse entendimento. Assim, sem a pretensão de oferecer algum manual ou receita de bolo, acho que é possível entender parte da cultura das cidades quando nos atentamos aos seguintes parâmetros da publicidade presente na paisagem: • A harmonia ou desarmonia do design dos engenhos em relação ao meio em que estão instalados; • A existência de anunciantes globais/ nacionais; • A existência/inexistência de mobiliário urbano; • A diversidade dos tipos de mídia;
“Para a pesquisa estritamente geográfica, o espaço se apresenta como conceito que extrapola as noções escolares arraigadas no meio natural, nas divisões políticas dos países, etc., para um conteúdo existencial, de síntese. Os objetos presentes no espaço se realizam com a presença humana, não existe separação. A concepção mais contemporânea de espaço geográfico é a de considerá-lo como uma instância social que se impõe a tudo e a todos. O espaço tem sentido existencial. A abordagem geográfica resulta do esforço de desenvolvimento do método que com a devida coerência dê conta de explicar o objeto de pesquisa geográfica. (Rizo, 2012)”
• A quantidade de engenhos em determinada região pode ser indicativo da importância da mesma; • Os acabamentos, tipos de materiais empregados e estruturas.
Aplicando
os conceitos
Para exemplificar esses parâmetros, selecionei, como referência, algumas situações relativas à publicidade exterior de Buenos Aires: Pantalla Verde ou carapantalla: esses painéis existem desde o século XIX. Seu padrão remete a estética clássica que dialoga com boa parte das edificações que foram mantidas na cidade. Este equipamento em si é um representante de outro momento da cidade. Possui medidas de 1,10 x 1,48 m e um circuito padrão de 2.000 por 3 dias de exibição. Os painéis topo de prédio: são outra referencia harmônica em Buenos Aires. Como estamos tratando de veiculações com investimentos altos, observam-se anunciantes diferenciados. No caso, observamos anunciantes multinacionais, o que pode indicar a importância global daquele local e região - no caso, a Avenida 9 de Julio.
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Exterior
Publicidade em ponto de ônibus
Painel de Led na Avenida 9 de Julio
Sergio Rizo
Sergio Rizo
Pontos de ônibus: a presença de abrigos de ônibus com publicidade é um indicador do alinhamento entre interesse público e privado - e sem juízo de valor. Além de painéis das empresas locais, a multinacional Coca-Cola FEMSA instalou por conta própria na Avenida 9 de Julio aquele que seria o maior painel em LED da América do Sul com uma área de aproximadamente 600 m². Segundo fontes locais, essa região está se transformando em uma “Times Square Sul-Americana” (Rizo, 2012). A excepcionalidade do tipo de painel potencializa a característica turística. Com relação a quantidade de painéis, o mapa abaixo a seguir foi montado para demonstrar a quantidade de engenhos na região do Obelisco - um dos principais
Para
pontos turísticos. A densidade de publicidade remete a importância da região. Se existe muita publicidade, ou ela é historicamente aceita ou existem questões de normatização e fiscalização pendentes. Da mesma forma, a diversidade de tecnologias e os investimentos indicam o anseio em ocupar a paisagem em decorrência do fluxo de pessoas. Repare que em uma cidade pequena, o local de instalação do painel mais “high tech” é justamente um local de grande fluxo. Se existir mobiliário urbano com publicidade é sinal que o prefeito ou vereadores estão antenados e que, além disso, existe público na cidade que justifique tal investimento. A existência de muitos anunciantes multinacionais também é um importante indicador de importância econômica, e assim por diante.
saber mais:
• Para conhecer os padrões de Publicidade ao ar livre na argentina visite o site da Asociación Argentina de Empresas de Publicidad Exterior: www. ape.org.ar. Os padrões brasileiros estão no site da Federação Nacional da Publicidade Exterior: www.fenapex.org.br • Um pouco mais sobre o maior painel eletrônico da América do Sul em post do meu blog: http://midiageografica.wordpress.com/2013/04/25/ times-squares-sulamericanas/ • Para acessar minha pesquisa na integra: www.sergiorizo.com.br
O mapa mostra a densidade de painéis publicitários na Av. 9 de Julio, na região do Obelisco
i Refiro-me as características tangíveis e
objetivas do espaço como a urbanização, por exemplo, combinado com outros elementos que delineiam o espaço tais como a sociedade, a cultura e a história. * Sérgio Rizo é geógrafo, professor universitário no curso de Geografia da UNIESP desde 2012 e sócio da empresa RS Projetos, de criação publicitária, estudos técnicos para legalização de anúncios e projetos especiais de publicidade exterior.
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Conhecimento em prol da
evolução do mercado Grupo Digitec lança cronograma de treinamentos de impressão digital a serem realizados neste ano
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om o intuito de promover e incentivar o conhecimento no mercado, o Digitec divulgou a relação dos cursos que o grupo disponibilizará no ano de 2014 para o setor. Os treinamentos acontecerão aos sábados em período integral e serão realizados por especialistas capacitados no mercado.
Confira
abaixo o cronograma completo:
Tema 1 - Processo produtivo eficiente: pré-impressão e impressão digital Data: 22 de março, das 9 às 16 horas Objetivo: fundamentar os funcionários, gerentes e chefes de setor de departamentos de pré-impressão com elementos técnicos e de gestão para a montagem e aperfeiçoamento de seus fluxos de trabalho, com sugestões de ferramentas para implementar ou melhorar etapas. Público-alvo: clientes da indústria gráfica, assim como profissionais dos departamentos de préimpressão de gráficas e editoras. Especialista: Ricardo Minoru
Tema 2 - Como reproduzir a mesma cor sob diferentes substratos em grandes formatos Data: 26 de abril, das 9 às 16 horas Objetivo: entender o impacto das diferentes cores dos substratos na consistência das cores na impressão em grandes formatos. Público-alvo: proprietários e gestores de gráficas, coordenadores e operadores de sistemas eletrofotográficos. Especialista: Bruno Mortara
Serviço
Tema 3 - Aplicação geral de vinil: seco e úmido Data: 17 de maio, das 9 às 16 horas Objetivo: compreender as técnicas de instalação de vinil autoadesivo usando as metodologias a seco e úmido. Público-alvo: aplicadores, instaladores de imagens confeccionadas em vinil autoadesivo para o mercado de comunicação visual. Especialista: Eduardo Yamashita
Tema 4 - Estratégia de vendas: como se beneficiar das tendências atuais do mercado Data: 26 de julho, das 9 às 16 horas Objetivo: capacitar o profissional de vendas do futuro, com técnicas envolvendo impressão digital e offset, bem como soluções hibridas. Público-alvo: vendedores da indústria gráfica, bem como compradores editoriais e de outros segmentos tais como agencias de publicidade, que se beneficiem da impressão digital aliada à impressão offset. Especialista: Clineu Stefany
Local dos cursos: auditório ABTG – Rua Bresser, 2.315 – Mooca Para maiores informações e inscrições é necessário entrar em contato no tel: (11) 2797-6718 – digitec@abtg.org.br
Tema 5 - Problemas e Soluções de Sublimação nas diversas Mídias Data: 23 de agosto, das 9 às 16 horas Objetivo: auxiliar os profissionais de sublimação digital a encontrarem as soluções dos problemas de impressão mais facilmente, eliminando o famoso “achômetro”, tão comum nos dias de hoje. Público-alvo: técnicos e tomadores de decisão. Especialista: Cássio Arrizabalaga Rodrigues
Tema 6 - Gerenciamento de cores para Impressão digital Data: 25 de outubro, das 9 às 16 horas Objetivo: compreender o que é gerenciamento de cores, quais seus benefícios e como aplicálo para a impressão digital. Público-alvo: profissionais da área gráfica em geral que trabalham em pré-impressão ou impressão digital e, de alguma forma, precisam tomar decisões que envolvam cores, como por exemplo, tratamento de imagens, calibração de equipamentos, aprovação de trabalhos, etc. Especialista: Marcelo Escobar
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olorimetria e
Gerenciamento
de
Cores Fábio Kenji Tanaka*
Siga este caminho:
Perfis de cores personalizados Descubra como este tipo de Perfil pode te guiar rumo a impressões de qualidade
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Perfil ICC é um arquivo digital que possui uma base de dados que descreve o espaço de cor de um dispositivo, seja ele uma impressora, um monitor ou um scanner em relação ao espaço de cor CIE LAB, que neste caso, é independente. Perfis de cores “genéricos” são gerados pelos fabricantes dos dispositivos. Criados por amostragem representativa, eles refletem o comportamento médio de um dispositivo “novo”. Por sua vez, os Perfis de cores personalizados são gerados com informações específicas de sua impressora e refletem uma condição precisa. Neste tipo de Perfil, alguns atributos são cruciais para a obtenção dos resultados esperados, tais como: • Modelo da impressora; • RIP’s; • Tintas; • Iluminantes. Para algumas empresas, onde a fidelização das cores ainda fica em segundo plano, a economia gerada pelo fluxo de trabalho baseado no Perfil ICC personalizado é o principal fator de procura e implantação. Somente Perfis de cores personalizados oferecem fidelização
Depositphotos
das cores, acertos de cores pantone na primeira prova, economia de tintas, economia de insumos e até mesmo o aumento da vida útil de suas cabeças de impressão. No entanto, cabe relembrar que mesmo duas impressoras da mesma marca e modelo, irão produzir cores ligeiramente diferentes nas mesmas condições de impressão. O mesmo exemplo se enquadra para todos os dispositivos do fluxo de trabalho como scanners, monitores, etc. O gerenciamento de cor na impressão digital, não depende apenas de um Perfil ICC bem elaborado. Nesse caso, também é necessário o conhecimento de um conjunto de regras e procedimentos em todo o fluxo de
trabalho para se obter máxima qualidade e economia. Por isso, não importa qual tipo de tecnologia em impressão digital você utiliza, podendo ser solvente, ecosolvente, UV, látex, sublimação, reativo, disperso ou pigmento. Em todas elas, o caminho a ser seguido será sempre este! Trilhe-o e obtenha excelentes trabalhos!
Fabio Kenji Tanaka é consultor técnico da empresa Cor Amarelo Gerenciamento de Cor Digital fabio@coramarelo.com.br www.coramarelo.com.br
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*Eduardo Yamashita
Aplicação de vinil autoadesivo: método a seco
“Ferramentas”
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ando continuidade no assunto das ferramentas utilizadas na metodologia a seco para instalação de vinil autoadesivo, chegamos às lâminas dos estiletes. Na edição anterior da Revista Sign, abordamos diversas informações sobre os estiletes. Porém, se não trabalharmos com as lâminas adequadas, não faz sentido termos um bom estilete. Ele estará “na ativa” se a lâmina for condizente as
características necessárias para o corte dos materiais utilizados na adesivação. Vamos abordar os elementos cortantes do kit de ferramentas para aplicação de vinil através da metodologia a seco. As características mais importantes de uma lâmina para estilete estão diretamente relacionadas ao tipo de material
com o qual a ela é fabricada. A grande maioria é composta de aço carbono. Dentro desse contexto, muitos fabricantes adicionam ao carbono o cromo, que tem a finalidade de melhorar a resistência mecânica - quando em teores baixos. Em maior quantidade, o cromo também melhora a resistência quanto ao desgaste. Ou seja, quanto menor for o desgaste da lâmina, por mais tempo teremos o seu corte (fio).
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Perguntas
e respostas importantes
1 Como recuperar as lâminas retas quando se perde o corte?
A lâmina do estilete vem
É muito simples. Basta “quebrarmos” a lâmina na guia - riscos que a lâmina possui - e pronto. Teremos uma lâmina nova!
quebrar nas áreas onde se
dividida em gomos. Para recuperar o corte procure dividem os gomos
2 Qual é a melhor lâmina para o estilete? Escolha as lâminas com maior dureza, pois elas irão manter o corte (fio) por mais tempo. Se a lâmina não corta, por exemplo, é muito comum colocar mais pressão entre o material que está sendo cortado e o estilete. No entanto, isso não resulta em um corte e sim no “esmagamento” do material. Como consequência, a qualidade do acabamento do corte será prejudicada. Exemplos típicos são os famosos riscos nas superfícies quando se faz um refile das imagens em vinil autoadesivo, assunto esse que vamos abordar em breve.
Lâmina com maior dureza
Lâmina com menor dureza
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V
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Espessuras As espessuras das lâminas variam bastante. Encontramos de 0,3 mm até 1 mm. Os formatos também variam bastante. Veja a seguir:
1 Reta larga: utilizada nos estiletes grandes.
2 Reta estreita: utilizada nos estiletes pequenos.
3 Trapezoidal: utilizadas nos estiletes retráteis.
Em alguns tipos de lâminas, também poderemos encontrar:
4 Circular: encontradas nos estiletes circulares.
• Níquel: para melhorar as propriedades mecânicas e resistência à corrosão; • Cobre: melhora a resistência à corrosão atmosférica.
5 Por fim, os acabamentos - também mencionados na edição anterior da Revista Sign - são o triangular e o pontiagudo.
A fim de evitar a oxidação (ferrugem) das lâminas, uma proteção química (óleo) é colocada para protegê-la do ar atmosférico. Assim, evitamos a agressão do oxigênio à lâmina. Há outra ferramenta cortante utilizada nas adesivações. Trata-se da tesoura, objeto que na próxima edição, estaremos contemplando mais a fundo. Por isso, não deixe de acompanhar a Revista Sign de abril. Até lá!
Lembrete!
Não podemos deixar de reforçar um assunto abordado na edição anterior: os cuidados com os objetos cortantes. Acidentes ocorrem facilmente se não tomarmos as devidas precauções com a segurança pessoal. Por isso, recomenda-se o uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s). Estaremos abordando alguns deles nas edições seguintes.
*Eduardo Yamashita é é consultor técnico para o mercado de comunicação visual Em.yamashita@hotmail.com
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