Revista Silk-Screen 330

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Nº 330 • Ano XXVIII Novembro / 2012 www.btsinforma.com.br

A revista do mercado serigráfico

Sublime verão


ESPECIAL

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SUMÁRIO

Arte da Capa: Emerson Freire

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Capa Saiba por que aumentam as oportunidades de ganhar dinheiro com a sublimação durante o verão

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Matriz Fabio Beretta Rossi, presidente do Sinditec, fala sobre a concorrência da indústria brasileira com os chineses

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Especial

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Arte Como são feitos os livros para deficientes visuais impressos em serigrafia

Os papéis especiais para transfer fazem toda a diferença no resultado da estampa, entenda para que serve cada um deles

E mais 6................Índice de Anunciantes 12...................... Garment Printing 20.........................................Artigo 32............................ Passo a Passo 42.....................................Mercado 48...................................... Agenda

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EDITORIAL

Ano XXVIII - nº 330 | Novembro 2012

Mercado quente

O

mercado de estamparias ganha um impulso importante no verão. Durante os meses mais quentes do ano, entre outubro e abril, época propícia para aproveitar praia, piscina e parques, os tecidos sintéticos estampados fazem a cabeça das pessoas que buscam atenuar os efeitos das altas temperaturas. Com isso, as estamparias que investem na produção de acessórios e vestuário para o calor percebem aumento significativo nas vendas. São cangas, biquínis, bermudas e lenços estampados, além dos famosos abadás de carnaval, os itens com maior destaque nas estamparias. Por isso, a matéria de capa dessa edição, que se aprofunda na fabricação de vestuário e acessórios estampados em sublimação, revela os porquês desse aumento de demanda. Professores de design de moda e estilismo dão dicas sobre quais os desenhos coloridos que serão mais procurados na estação. Já o Especial, que tem como tema os papéis utilizados para transfer, ensina que cada tipo de tecido e de tinta requerem um papel diferente para o resultado ser igual ao esperado. Dessa forma,

DIRETOR GERAL DA AMÉRICA LATINA DO INFORMA GROUP

Marco A. Basso

CHIEF FINANCIAL OFFICER DO INFORMA GROUP BRASIL

Duncan Lawrie

CHIEF MARKETING OFFICER DA BTS INFORMA

Araceli Silveira

GERENTE DE PUBLICAÇÕES

Silvio Junior silvio.junior@btsmedia.biz

EDITOR Erik Bernardes - MTb 54.142 erik.bernardes@btsmedia.biz REDAÇÃO Léo Martins redacao@btsmedia.biz leonardo.junior@btsmedia.biz Mariana Naviskas mariana.lippi@btsmedia.biz

diante de tantas opções, confira algumas das principais entre as páginas 34 e 36. Mesmo assim, o empresário pode optar pela impressão direta em vestuário ou, em inglês, garment printing. Por isso, mostramos nas páginas 12 a 18 como funciona esse processo e quais as principais vantagens dessas impressoras, que podem agilizar bastante a vida das estamparias. Além disso, Entrevista, Artigo, Passo a Passo, Arte, Mercado e Agenda, completam a edição de novembro da revista Silk-Screen. É informação que se encaixa perfeitamente com as demandas do verão, mas que com criatividade pode ser usada durante o ano inteiro.

ARTE Emerson Freire emerson.freire@btsmedia.biz GERENTE DE DIVISÃO COMERCIAL Fabricio Baroni fabricio.baroni@btsmedia.biz DEPARTAMENTO COMERCIAL Isabel Carlos isabel.carlos@btsmedia.biz Simoni Viana simoni.viana@btsmedia.biz EXECUTIVO DE VENDAS INTERNACIONAIS Edson Oliveira edson.oliveira@btsmedia.biz

ANALISTA DE MARKETING Patrícia Rodrigues patricia.rodrigues@btsmedia.biz CIRCULAÇÃO Camila Santos da Silva camila.silva@btsmedia.biz ATENDIMENTO AO CLIENTE Crislei Zatta crislei.zatta@btsmedia.biz PERIODICIDADE Mensal IMPRESSÃO Neoband (11) 2199-1202 www.neoband.com.br

ASSINATURA ANUAL – R$ 108,00

Aproveite a leitura!

Saiba mais sobre assinaturas, edições anteriores, catálogos, anuários e especiais através de nossa Loja Virtual. Acesse: www.lojabtsinforma.com.br Para mais informações, entre em contato pelos telefones: Central de Atendimento ao Assinante SP (11) 3512-9455 / MG (31) 4062-7950 / PR (41) 4063-9467 Assinante tem atendimento on-line pelo Fale Conosco: www.lojabtsinforma.com.br/faleconosco REDAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Bela Cintra, 967 – 11º andar – Cj. 111 01415-000 - São Paulo/SP - Brasil Tel.: (55 11) 3598-7800 Conheça o nosso portfólio no site: www.btsinforma.com.br

Erik Bernardes

IMPRESSÃO Aqui vai selo FSC

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A BTS INFORMA, consciente das questões ambientais e sociais, utiliza papéis com certificação FSC (Forest Stewardship Council) na impressão deste material. A certificação FSC garante que uma matéria-prima florestal provém de um manejo considerado social, ambiental e economicamente adequado. Impresso na Ipsis Gráfica e Editora certificada na cadeia de custódia - FSC.

Silk-Screen | Novembro 2012 A revista não se responsabiliza por informações ou conceitos contidos em artigos assinados por terceiros.


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ÍNDICE DE ANUNCIANTES

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Acetec........................................................................49

BTS Informa..............................................................21

Agabê................................................................2a Capa

IS Suprimentos.........................................................31

Alpha Resiqualy.......................................................41

J - Teck.......................................................................47

Andu..........................................................................45

Luga...........................................................................45

Art Hot.......................................................................47

Marfel........................................................................49

Assine Silk-Screen...................................45 e 4a Capa

Mimaki......................................................................19

Auge...........................................................................37

Mogk..........................................................................15

Camisetas Magic......................................................49

Papéis Havir..............................................................29

Casa Diamante.........................................................47

Promom.....................................................................49

Embaplan..................................................................49

Quinprint...................................................................31

F1 Suprimentos........................................................17

Roland.......................................................................11

Fabricolor..................................................................45

Serigrafia SIGN Future TEXTIL...............50 e 3a Capa

Framplast....................................................................7

Silk Digital.................................................................49

GG..............................................................................45

Sublime Transfer........................................................5

Gramon.....................................................................29

Termopress...............................................................25

Imah..........................................................................37

Tupi Screen...............................................................45

Indaco........................................................................47

Uniart........................................................................41

Inovações..................................................................49

Wood..........................................................................45

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MATRIZ

Covardia Sinditec considera fraca a postura da OMC e do governo brasileiro diante da concorrência com os importados orientais Erik Bernardes

A

s dificuldades do setor industrial têxtil brasileiro não diminuíram durante o ano de 2012. Enquanto o consumo de peças de vestuário no varejo não para de crescer, influenciado pelo aumento no poder aquisitivo da classe C, principalmente, a produção de tecidos no País parece diminuir nos principais polos produtores. Na tradicional região de Americana, no interior do Estado de São Paulo, por exemplo, o Sindicato das Indústrias de Tecelagens de Americana, Nova Odessa, Santa Bárbara D’Oeste e Sumaré (Sinditec), por exemplo, contabiliza a perda de 2 mil empregos por ano. Entre as críticas, a principal é que o governo chinês oferece subsídios ao setor têxtil – recentemente, a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) publicou estudo feito pelo escritório americano King & Spalding que conta 27 subsídios diferentes – para favorecer suas indústrias diante da concorrência internacional, enquanto o brasileiro dificulta a vida do empresário com a criação de tributos e novas leis a cada ano. Além disso, não age, segundo o Sinditec, energicamente junto à Organização Mundial do Comércio 8

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(OMC), no sentido de combater tais subsídios considerados ilegais. Mesmo com tantas dificuldades, algumas indústrias ainda conseguem se destacar, como a Hering e o polo produtivo do Rio de Janeiro, por exemplo. A estratégia dessas empresas, porém, não é apenas de produção ao menor custo possível. Enquanto a Hering optou por gerenciar a forte marca que possui, agregando valor aos seus produtos, o polo fluminense investe em criação e desenvolve produtos focados em nichos de mercado. Consistentes ou não, as estratégias vêm funcionando. Entretanto, para o presidente do Sinditec, Fabio Beretta Rossi, são estratégias que aumentam o lucro de tais empresas momentaneamente, mas que não devem se sustentar no longo prazo. Enquanto a primeira não tem necessariamente o foco de produção em fábricas nacionais, a segunda corre o risco de ser copiada por estrangeiros que façam o mesmo, mais barato.

O governo, agora, sinaliza a aplicação de uma salvaguarda contra as importações de vestuário. A Abit quer que o governo imponha uma cota-limite para


compra de roupas fabricadas fora do Brasil ou a aplicação de sobretaxas. Tal medida deve aliviar um pouco a pressão sobre as fábricas nacionais, mas ainda é considerado pouco pelos empresários. Nesta entrevista, concedida com exclusividade à Silk-Screen, conheça o posicionamento do Sinditec e as principais críticas de seu presidente a essa guerra comercial.

Como o senhor vê a proposta de salvaguarda da Abit sobre os têxteis importados? Acredito que, com o pagamento integral do ICMS pelo importador, calculamos que a mercadoria importada ficará em torno de 10% mais cara. Isso já é alguma coisa, mas precisamos de muito mais para equilibrar as contas e deixar essa relação mais justa. Hoje, um produto chinês comparado ao seu similar produzido por uma indústria brasileiro custa em torno de 50% mais barato. Isso é uma diferença muito grande em qualquer lugar do mundo. As indústrias têxteis da Europa e Estados Unidos, por exemplo, foram praticamente dizimadas nos últimos dez anos em função dessa concorrência desleal e tudo indica que a indústria chinesa pensa em destruir agora também a nossa.

Qual seria a tributação ideal? Seria justamente que o governo aceitasse em sua totalidade os pedidos de salvaguarda feitos pela indústria têxtil brasileira e oferecesse uma tributação justa sobre os importados chineses neste setor. Os produtos são claramente subsidiados e, com isso, fica impossível competir. Não se pode aceitar que um país importe o algodão do Brasil e consiga exportar para nós uma camisa confeccionada com

preço mais baixo do que aquele que praticamos aqui. Com os custos de frete da ida da matéria-prima para lá e do retorno do produto industrializado, não dá para imaginar isso, pois são fretes caros. Não pode haver esse subsídio. Há décadas isso é teoricamente proibido pela OMC, mas o governo brasileiro reluta em enfrentar a China por diversos motivos. Atualmente, o Brasil continua exportando petróleo, soja, carne, entre outros produtos, para a China, mas isso causa benefícios somente para os chineses. Não se tem notícia de que o povo chinês perde empregos por conta da entrada do produto brasileiro. Enquanto isso, milhares de brasileiros, cerca de 1 milhão de pessoas, perderam seus empregos em função da queda na produção da indústria nacional. Essa parceria não é justa. O consumo de têxteis brasileiro gera 1 milhão de empregos na China. Quem diz isso é o controle do Importômetro, criado pela Abit, que mostra em tempo real o que chega de mercadorias importadas e quantos empregos são perdidos por isso [eram 630.674 empregos perdidos às 11h08 do dia 30/10/2012].

Qual o impacto dessa concorrência no polo têxtil de Americana? O impacto tem sido muito negativo, pois a tributação é muito baixa. Os produtos têxteis têm esse incentivo do governo chinês e, quando chegam, são ainda favorecidos pela guerra dos portos. Com isso tudo, os impostos sobre eles custam somente 3%, em vez de 12%, que seria o certo. Esse subsídio concedido à indústria pelo país exportador acontece em diversos lugares do mundo, apesar de ser considerado ilegal pela OMC. O

resultado da entrada desse produto importado, junto à guerra dos portos, é considerado pelo Sinditec um crime de lesa-pátria. Não se tem no mundo um governo que incentive produtos importados em detrimento do nacional. O governo brasileiro, com isso, está abrindo mão de arrecadação de impostos, além de prejudicar sua própria indústria. Isso deve melhorar a partir de janeiro, mas os danos causados devem ser irreversíveis. Nós, do polo de Americana e região, temos enfrentado todos esses problemas. Como se não bastasse a carga tributaria, ainda temos uma legislação ambiental rigorosa, coisa que nossos concorrentes não respeitam, não há preocupação e investimentos para não agredir o meio ambiente. Não somos contra essa legislação ambiental, mas não temos condição de concorrer com países que não a têm. Os tributos trabalhistas também seguem nessa ordem, é outro ponto sensível. O dólar é outro fator. Hoje, em vez de o dólar estar na casa dos R$ 4, está na casa dos R$ 2. Reclamamos muito, nós do Sinditec, sobre a atitude do governo brasileiro na OMC. Diga-se de passagem, consideramos a OMC um órgão internacional covarde, que cuida apenas dos interesses de China e Estados Unidos. Os demais países são secundários para a OMC. Essa relação com os importados da China diminuiu muito o número de trabalhadores do setor na região. Com essa queda na produção, a indústria têxtil perde mão de obra para outros setores mais favorecidos com o cenário atual, como o metalúrgico e o metal mecânico, apenas para citar dois exemplos. Desde a abertura comercial nos anos 1990, nós já viemos pasNovembro 2012 | Silk-Screen

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MATRIZ

sando por dificuldades e tentamos sobreviver um ano após o outro. Perdemos clientes internacionais para quem poderíamos exportar e o País se torna menos competitivo no setor têxtil. O dólar está praticamente fixo em R$ 2, mas os custos aumentam sempre. O setor têxtil tem negociação coletiva em novembro, por exemplo, com o sindicato dos trabalhadores, para definir o aumento salarial do ano que vem. Se conseguirmos acompanhar a inflação, o que seria um aumento considerado baixo, já teríamos aumento de custo. Com isso, o setor fica cada vez menos competitivo.

Quais ações os empresários da região estão tomando para conseguir lidar com isso? As indústrias tentam diversificar ao máximo sua produção. É isso o que tem dado sobrevida às empresas em nossa região. Estamos focando na diversidade de produtos, de estampas, de cores e desenhos das peças. Mas, como o produto avança sobre nichos de mercado, e os chamados nichos de mercado ficam menores a cada dia, a cada instante, isso não é tão bom assim. O que era um excelente nicho há alguns meses foi tomado hoje por produtos mais baratos, que não têm a mesma qualidade, mas que pelo preço final são convenientes ao consumidor.

Tem dado resultado? Cada dia fica mais apertado e notamos isso pelo número de empregos. Em 2012, entre abril e agosto, vimos a maior empresa de nosso setor, a Tavex, antiga Santista, demitir 500 trabalhadores por problemas com denim, com jeans importado muito abaixo do preço de mercado praticado aqui. A 10

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empresa teve que diminuir sua produção. O que a gente faz é procurar diversificar e modificar os produtos, mas uma hora tem que diminuir. Com isso, a cidade acaba sentindo essa redução nos postos de trabalho. Nas pequenas empresas, a opção é reduzir o número de turnos. Não existe muito fechamento de empresas, mas a produção caiu e há redução nesse número de empregos. O saldo que contamos por aqui é menos 2 mil empregos por ano, em um mercado cada vez maior, que fatura cada vez mais. Os números mostram que o varejo tem crescimento. Apesar da crise do consumo de uma forma geral, há o combate à inflação proposto pelo governo federal, já que o ministro da Fazenda apertou e conseguiu controlar, de certa forma, esta inflação. O problema maior mesmo é o produto importado.

Qual sua opinião sobre empresas que optam por estratégia de gerenciamento de marcas, como a Hering, por exemplo? A empresa conquistou essa marca no mercado e eles têm que aproveitar esse gerenciamento da marca. Não tem relação uma coisa com a outra. Mas isso é apenas marca, não é produto. O produto poderia também ser produzido aqui no Brasil, mas a opção é pelo importado em função do custo. Se todo mundo gerenciar marca, teremos marca, mas não teremos produção e o que gera a riqueza no mundo é a indústria. Prova maior disso é a China, que enriquece e se industrializa mais a cada dia. Assim como Estados Unidos e Europa perdem riqueza. O brasileiro ser aceito praticamente sem necessidade de visto nesses locais é sinal disso. O fato

de um país viver de turismo indica que reduziu a geração de riqueza com indústria. A crise na Europa, principalmente em países como Itália, Portugal e Espanha, acontece também em função disso. Quando estourou a crise e os turistas deixaram de ir tanto a esses países, a situação se agravou. Viver em função de comércio e serviços é complicado. Enquanto isso, países do Oriente enriquecem e geram qualidade de vida para sua população.

A indústria do Rio de Janeiro também vivenciou, pelo menos até o ano passado, grande aumento – mais de 350% – no valor dos produtos exportados entre 2002 e 2011. A estratégia, segundo eles, foi na capacitação das empresas, com foco na criação. O senhor considera uma boa estratégia? Esse é o chamado nicho de mercado. Eles optaram pela exportação de roupas prontas, típicas brasileiras. Por enquanto, são produzidas apenas no Brasil, mas podem ser copiados por outros países. Mesmo assim, o governo do Rio de Janeiro fez uma redução drástica na carga tributária sobre os produtos têxteis naquele Estado. O governo entendeu a importância social dessa indústria para o Estado e agiu. A indústria têxtil é o maior gerador do chamado primeiro emprego. O jovem procura o têxtil para seu primeiro emprego. O setor é também o maior empregador de mulheres. Além de muita arrecadação tributária gerada por esse setor, ele tem um papel social muito grande, muitas pessoas dependem dele. Em qualquer pequena cidade existem grupos de pequenas empresas de confecção, ou de costureiras, por exemplo, que fazem dessa atividade sua fonte de renda.


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GARMENT PRINTING

Única e exclusiva Tecnologia garment printing garante personalização para quem imprime baixas tiragens Paula Cabral

Preparação da imagem Antes de qualquer passo, a imagem deve estar em alta resolução e com baixa compressão para garantir o melhor resultado impresso. Para editar as imagens, pode ser utilizado qualquer software de processamento, como CorelDRAW® ou Photoshop®. 12

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De acordo com Guilherme Fontana, diretor Comercial da F1 Suprimentos, na produção da imagem, pode ser utilizado qualquer software que o usuário tenha intimidade, lembrando que a escolha por ferramentas e recursos profissionais potencializa e agiliza esta produção, tais como CorelDRAW®, Illustrator, ou mesmo softwares livres como GIMP (GNU Image Manipulation Program) ou Inkscape. Para manter a fidelidade de cores e definições, recomenda-se salvar as imagens tratadas com extensões como “.jpg”, “.eps” ou “.tiff”, sendo esta a mais indicada pelos profissionais que trabalham com garment printing. Os arquivos devem ser salvos com essas extensões também para que o software RIP (Raster Image Processor), que normalmente vem junto com a garment printing, interprete a imagem corretamente. “Usamos um software RIP específico –fornecido com nosso equipamento – para imprimir as imagens. Esse software, além de mostrar os custos de impressão com fidelidade, possui um gerador de ‘templates’, ou padrões de impressão, e tem altíssima definição em tons de cinza criados com a cor branca, possibilitando maximi-

zar a nitidez das imagens”, conta Cássio Rodrigues, engenheiro de Produção da BM do Brasil, distribuidora da Neoflex. Além dessas funções, o software de gerenciamento das imagens também pode ser programado para utilizar o fundo branco, para impressão em camisetas coloridas ou pretas. Após a importação, a imagem pode ser tratada, os perfis de cores adicionados e, finalmente, posicionada na grade de impressão. Dependendo da máquina, pode-se

Marbor

A

pré-impressão é uma etapa relativamente trabalhosa para quem lida com serigrafia, por isso, baixas tiragens acabam sendo inviáveis em razão do custo e do tempo gasto neste processo. Uma solução para a personalização em pequenas quantidades é a impressora digital do tipo garment printing. Com a tecnologia, o profissional pode produzir peças únicas com estampa exclusiva. Assim, o serígrafo ganha uma aliada para ampliar sua área de atuação e conquistar clientes. É possível utilizar o equipamento, por exemplo, para a impressão de provas e amostras. Dessa forma, a aplicação de serigrafia pode ser empregada apenas depois de fechar negócio. Obviamente, o cliente deve ser informado de que se trata de uma amostra.


dispensar o uso do computador. “A imagem a ser impressa é escolhida no computador. Assim que realizada a escolha das configurações, a impressão pode ser comandada via computador ou diretamente na máquina (em ‘.tiff’)”, informa Yohan M. Goffermann, técnico do setor de Estamparia Digital da Silmaq, fornecedora da Kornit. Para que a imagem saia perfeita, Rodrigues acredita que tudo começa no posicionamento correto do substrato nas bases de impressão, centralizando e alisando o tecido. “Como a altura da impressora à sua base também pode ser regulada, o correto ajuste deste ‘gap’ também maximiza a qualidade da impressão, pois os jatos de tinta viajam dos cabeçotes ao tecido sem a interferência de qualquer movimentação de ar”, indica. Já para Fontana, “os conceitos básicos de impressão se aplicam a este equipamento, desta forma o usuário não terá problemas ao selecionar arquivos com qualidade como, por exemplo, arquivos no formato ‘.tiff’. O detalhe que define uma ótima impressão é a apli-

cação correta do primer sobre o tecido e a cura deste primer”.

Tecnologia O funcionamento de uma garment printing é semelhante ao de uma impressora de médio formato. Por não movimentar papel, algumas alterações são notadas no processo. O sistema de tração do papel é substituído por uma prancha em que uma ou mais camisetas são posicionadas, dependendo do modelo da impressora. A garment printing comercializada por Rodrigues possui prancha de 1 m de comprimento. “Neste sistema, a impressora pode ser recarregada continuamente com camisetas, mantendo o fluxo constante de impressão”, destaca. Segundo o engenheiro, a garment printing pode ter três berços de tamanho A3, no máximo, e pode imprimir com quatro cores básicas mais o branco, gerando uma combinação de mais de 600 mil cores. Em uma garment, a diferença em relação à impressão comum também envolve o tipo de tinta utilizada. O sistema emprega tintas à base de água, reativas ou pigmentadas e pode contar com cartuchos brancos no lugar das “tintas light”, por exemplo. “As tintas usadas para impressão em tecidos de algodão são todas à base de água, pigmentadas (as quatro cores), e a tinta branca é fruto de uma dispersão de óxidos metálicos e resinas termoplásticas especiais. Essas tintas penetram nas fibras do tecido, tingindo-as permanentemente”, explana Rodrigues. E, de acordo com Goffermann, essas tintas especiais requerem

As garment printing podem possuir as quatro cores (CMYK) e a tinta branca e, também, um ou mais berços

exatas temperatura e umidade. “As máquinas Kornit Digital dispõem de aquecimento interno para que seja alcançada a viscosidade e qualidade perfeitas.” Em tecidos claros, a BM do Brasil recomenda que a camiseta ou o outro objeto seja passado por uma prensa térmica, por tempo e temperatura específicos, para a correta evaporação e fixação da tinta nas fibras. As cabeças de impressão contam com a tecnologia Micro Piezo de ejeção de gotículas e sistema AMC de teflonamento da placa de impressão. “Esse sistema é vulgarmente conhecido como ‘DX5’, uma cabeça de quinta geração da Epson, com oito linhas de ejetores (preto, ciano, magenta, amarelo e quatro brancos) e 3,5 picolitros, semelhantes às encontradas na maioria das impressoras para sublimação, como as Mutoh Valuejet e Mimaki de baixa e média velocidade”, conta Rodrigues. Há ainda equipamentos que permitem o ajuste de altura para suportar diferentes substratos. Dessa forma, o leque de opções do usuário aumenta consideravelmente.

Funcionamento Antes da impressão, a camiseta já pronta (fechada e costurada) pode receber um tratamento, ou seja, o profissional pode utilizar um primer para intensificar a aderência da tinta, podendo ser aplicado apenas no local que será feita a impressão. Em tecidos claros, o pré-tratamento é opcional. Fontana explica que a imagem produzida é importada para um software RIP, que gerencia todo o processo na separação ou não de cores. “Com a separação das cores, o equipamento processa dois Novembro 2012 | Silk-Screen

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GARMENT PRINTING

Arquivo RSS

Arquivo RSS

Para estampar tecidos escuros, recomenda-se pré-tratar o substrato com primer e imprimir uma base branca antes das cores. A aplicação do primero em tecidos claros é opcional

arquivos, sendo o branco e o colorido. Assim, a impressão ocorre em duas etapas nesta ordem: branco e colorido.” O diretor conta que, depois de impressa, a camiseta passa por um processo de prensagem que envolve tempo, temperatura e pressão. Os valores devem ser definidos de acordo com o tipo de material e também com o tipo de prensa. Assim, o processo para fixação da tinta é finalizado. 14

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Goffermann, da Silmaq, destaca o sistema Pre-T System™ da fabricante Kornit Digital. “Trata-se de um sistema integrado, em que não é necessária a secagem do pré-tratamento para utilizar a base branca. Esse conceito é chamado wet-on-wet, úmido sobre úmido”, conta.

Substratos Um dos grandes destaques da tecnologia garment printing é a grande variedade de tecidos que

podem ser impressos, além de substratos rígidos também. Oscar Guimazu, diretor da Danfex, cita alguns dos tecidos suportados: “100% algodão, mescla de algodão, poliéster, poly-algodão, viscose, nylon, rayon, spandex”. Guimazu destaca que a garment printing não é empregada apenas para camisetas, mas que “pode ser utilizada para qualquer tipo de roupas, ecobags, meias, abadás e rígidos para sinalizações”.


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GARMENT PRINTING

Vantagens

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em tecidos de algodão, o que não é possível por meio da sublimação. Já a qualidade das imagens impressas supera em definição conseguida pelos processos de serigrafia. Além disso, no processo serigráfico, existe dificuldade para conseguir ajuste perfeito de cromia e registro, o que não acontece no garment printing onde, inclusive, a definição da imagem pode superar os 1.440 dpi, ou mais de dez vezes a definição conseguida pelos processos de serigrafia. Além disso, a tecnologia garment printing pode diminuir os custos de uma empresa de serigrafia tradicional, pois, com um único operador, conseguimos imprimir de 20 a 30 imagens em um espaço muito menor e mais ‘clean’ que as enormes mesas de trabalho, quadros, telas e a sujeira tradicional das tintas serigráficas”, Cássio Rodrigues, engenheiro de Produção da BM do Brasil. • “Com relação à serigrafia, dispensa o processo preparatório, o que inclui preparação do arquivo, gravação do fotolito e quadros, além de diminuir a necessidade de vários operadores para uma única produção. Fora isso, requer

BM do Brasil - Cássio Rodrigues

BM do Brasil

“Com relação à sublimação, cito as seguintes vantagens: impressão em tecido escuro, algodão e outros substratos, com vivacidade de cores. Comparando com o processo serigráfico: maior gama e combinação de cores na impressão e melhor manuseio, pois o operador não tem contato direto com a tinta”, Caique Martins, designer Gráfico da Marbor. • “Alta qualidade de impressão, maior definição de cores, resistência à lavagem, toque suave, hipoalérgico por conta da impressão à base de água e maior durabilidade. Pode ainda ser passado ferro em cima da imagem, sem danificar a mesma. Trata-se de um equipamento prático, veloz, portátil, que atende a altas e baixas demandas. Não há a necessidade de fotolitos ou outras provas”, Oscar Guimazu, diretor da Danfex. • “O processo de sublimação exige impressão em papel e posterior prensagem para transferência, aumentando custos de trabalho e possíveis falhas. No caso da garment printing, um único processo é necessário para o tingimento, além de ser utilizado

F1 Suprimentos - Guilherme Fontana

F1 Suprimentos

Marbor - Caique Martins

Marbor

A Silk-Screen perguntou para os empresários quais as vantagens da tecnologia garment printing em relação a outras técnicas de impressão, como a serigrafia e a sublimação. Confira as opiniões:

menos estrutura, e uma das mais importantes características, é uma maquina que não agride o ambiente, sequer necessita de tratamento externo de resíduos. Estamos falando de outro mundo. Comparando a sublimação, uma dentre as várias vantagens é a possibilidade de trabalhar com qualquer composição de tecidos e malhas”, Yohan M. Goffermann, técnico do setor de Estamparia Digital da Silmaq. • “Embora sejam processos distintos, a sublimação já mudou completamente o cenário de impressão com qualidade nos Estados Unidos e Europa, e não será diferente com a impressão direta. Devido não apenas à qualidade e durabilidade, mas principalmente ao tempo de resposta do produto no equipamento durante o processo e na prateleira”, Guilherme Fontana, diretor Comercial da F1 Suprimentos.


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GARMENT PRINTING

Diferentemente dos tecidos claros, os escuros merecem uma atenção maior, pois precisam de pré-tratamento para que a tinta ancore bem sobre a camiseta, por exemplo. Para que a imagem fique boa sobre uma base escura, deve-se usar uma camada de branco antes de as cores serem aplicadas. Para isso, de acordo com o engenheiro de Produção da BM do Brasil, deve-se pré-tratar o tecido com uma fina e constante camada de um primer especial, aplicado com o auxílio de uma pistola de pintura, e não há a necessidade de se pós-tratar os tecidos. Já nos tecidos brancos, essa aplicação é opcional. Depois de receber o primer, esse produto deve ser termoativado com o auxílio de uma prensa térmica, por um tempo e temperatura específicos. Após a aplicação e a prensagem, o tecido pode ser acondicionado no equipamento, recebendo a impressão, lembrando que o software RIP deve ter sido ajustado para a impressão em tecidos escuros, para a ativação da tinta branca. Para Guimazu, da Danfex, aplicar o pré-tratamento de forma correta no local da impressão e aguardar a secagem é o procedimento mais importante para ter sucesso na impressão de tecidos escuros. Vale lembrar que cada tipo de tecido exige uma tinta adequada para que os efeitos sejam maximizados e para que não desbote em lavagens futuras. Desde que respeitadas as regras de compatibilidade das tintas com o substrato, a tecnologia permite impressões interessantes como, por exemplo, em alimentos. Rodrigues, da BM do Brasil, explica que tintas comestíveis devem ser usadas para imprimir em doces. 18

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“Existem tintas que seguem os preceitos do judaísmo, ou kosher, por exemplo.”

Clientes Entre os clientes que buscam as garment printing para seu negócio estão aqueles interessados em grande diversidade de produtos com tiragens pequena ou média, mas que precisam de alta qualidade de impressão e

“UMA VEZ QUE AS IMPRESSÕES TÊM TOQUE ZERO E SÃO FIXADAS DIRETAMENTE À FIBRA DO SUBSTRATO, O CRIADOR PODE AGREGAR, PRATICAMENTE, QUALQUER TIPO DE EXTRA À SUA CRIAÇÃO”, YOHAN M. GOFFERMANN, TÉCNICO DO SETOR DE ESTAMPARIA DIGITAL DA SILMAQ grande variedade de cores, como estamparias, loja de fotografias, empresas que atuam no segmento de uniformes ou impressão em tecido em geral. “Recomendamos a garment printing para clientes que querem diminuir seu parque de serigrafia, aumentar a diversidade de imagens e atingir um mercado interessado em exclusividade, baixas tiragens e alta qualidade de impressão”, afirma Rodrigues. E Goffermann complementa que “a grande sacada deste ramo é a flexibilidade neste sentido.

Ela é interessante para qualquer empreendedor, responde às necessidades de amostras e pequenas produções, como pedidos em larga escala, sem interferir no custo. Produções promocionais, moda, até e-commerce em que o cliente personaliza sua camiseta”.

Criatividade acessível Com o desenvolvimento de novas tecnologias de ejeção de tinta, barateamento das matérias-primas e melhorias nos custos fixos e variados, os preços dos equipamentos de garment printing se tornaram menores com o passar dos anos. “Lembro-me que, em 2010, vi pela primeira vez um equipamento que produzia apenas uma camiseta a cada cinco minutos, apenas branca, e era vendido por mais de U$ 50 mil. Atualmente, encontramos equipamentos por um preço muito mais acessível, com maior velocidade e leito para mais de uma peça”, conta Rodrigues. Além disso, as camisetas e outras peças impressas em garment printing permitem agregar outras técnicas, como finalizações feitas com apliques e lantejoulas, ampliando o horizonte de profissionais de moda e brindes, por exemplo. “Assim como a sublimação, a versatilidade da impressão direta é bem ampla com um composê com vinil termocolante, pedrarias, além de alguns outros tipos de materiais”, diz Fontana. Para Goffermann, “uma vez que as impressões têm toque zero e são fixadas diretamente à fibra do substrato, o criador pode agregar, praticamente, qualquer tipo de extra à sua criação. Como aplicação de strass, dentre outros termocolantes”.


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ARTIGO

Descolado, com

GreenScreen Mike Roller*

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Sefar Inc. está animada com sua linha de produtos GreenScreen®, uma maneira amigável ao operador e eficiente em custo para se obter malhas de impressão com autotensionamento em quadros para serigrafia. A família de produtos GreenScreen® consiste na nova GreenScreen TraxFrame® ™, GreenScreen® RollerScreen ™ e o revolucionário esticador Green-Screen® ACME Stretcher ™. É a linha de produto mais inovadora para impressão de vestuário desde o avanço dos quadros. Esses produtos reduzem o custo de impressão de têxteis, bem como o trabalho associado com a preparação da tela. Além disso, os produtos GreenScreen® estão prontos para auxiliar a Sefar a conquistar maior parcela do mercado de estamparias.

Essas tiras encaixam em faixas ao longo das bordas exteriores da GreenScreen® TraxFrame™, que são presas a uma posição tensionada utilizando ferramenta de tensionamento GreenScreen®. A mesma ferramenta é também utilizada para libertar a tensão na tela quando é necessário substituir o tecido. A armação é reutilizável, por isso, o consumo de produto é apenas o tecido – o que reduz tanto a quantidade de alumínio necessária quanto os custos associados com transporte. Esse método mecânico de fixação não usa produtos químicos, o que o faz um tanto mais “verde” quando comparado ao método convencional de fabricação de quadros com cola. O processo de tensionamento prosuz um GreenScreen® TraxFrame™ completo em cerca de um minuto, independentemente do nível de experiência do operador!

Quadro reutilizável

Amigável ao meio ambiente

O GreenScreen® TraxFrame™ é a próxima geração de quadros para serigrafia autotensionáveis. Esse novo produto permite às estamparias atingir tensão no padrão da indústria sem uso de equipamento de estiramento ou colas. O GreenScreen® TraxFrame™ incorpora o um painel de malha feito com a Sefar® ApparelMesh. O painel de malha tem uma tira de travamento em cada margem.

O GreenScreen® RollerScreen™ estica as armações dos quadros de forma mais fácil. O GreenScreen® RollerScreen™ utiliza um painel de malha (semelhante ao GreenScreen® TraxFrame™), também feito com o Sefar® ApparelMesh. As tiras de trava no GreenScreen® RollerScreen™ são projetadas para travar em qualquer quadro. Assim como o GreenScreen® TraxFrame™, os painéis são costu-

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rados à malha, fornecendo impressões com durabilidade, resistência a solventes e uma forma de esticar telas amigável ao meio ambiente em seus quadros para serigrafia.

Altos níveis de tensão O padrão dos níveis de tensão da indústria pode ser alcançado em menos de um minuto, usando o GreenScreen® RollerScreen™ em conjunto com o novo dispositivo GreenScreen® ACME ™. O GreenScreen ® ACME Stretcher™ é um novo dispositivo puramente mecânico para tensionamento sem necessidade de suprimento de ar ou alimentação de energia, e com treinamento mínimo do operador. O GreenScreen ® ACME Stretcher™ permite que um operador estique um quadro em níveis de alta tensão muito rapidamente. O esticador é constituído por quatro ferramentas centradas ao longo de cada lado da estrutura. As ferramentas são manualmente puxadas para baixo, uma de cada vez, e fixadas no local usando pinos de travamento. Uma vez que a tela atinge a tensão desejada, os parafusos do quadro, em cada canto, são apertados e as ferramentas são removidas, produzindo um nível perfeitamente plano e tensionado. *Mike Roller é engenheiro de Desenvolvimento da Sefar Inc., EUA


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Aproveite o verão Com a chegada do verão, a sublimação é uma opção para os profissionais serigráficos aquecerem os negócios Léo Martins

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xiste um clássico do carnaval baiano que diz assim: “Já pintou verão, calor no coração, a festa vai começar”. Quando você pensa no verão, do que você se lembra? Particularmente, essa estação faz com que eu me lembre de duas coisas:

a música citada que se chama “Baianidade Nagô” e, por conta de elementos como férias, calor, sol, praia, festas e alegria, faz com que eu me lembre da expressão latina carpe diem (ou “aproveite o momento”). Cada pessoa tem um diferente sentido para o verão. Para os profissionais da serigrafia,

o verão significa uma excelente oportunidade para emplacar bons negócios e a técnica da sublimação é uma boa opção para tal. Aproveitando e seguindo o ritmo das tendências que a própria época dita, os abadás, bermudas e biquínis transformam o verão na estação dos negócios. Novembro 2012 | Silk-Screen

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Uma geral sobre o mercado

Aplicações na moda A técnica da sublimação é conhecida entre os profissionais do ramo têxtil, serigráfico ou até mesmo da moda. Cristina Fabris comenta que, hoje, a sublimação pode ser utilizada além do mercado de moda. “É comum as pessoas ligarem sublimação somente ao mercado da moda. Entretanto, existem aplicações na comunicação visual, em decoração, linhas de cama, mesa e banho, etc. Isso sem contar as empresas que utilizam essa técnica em personalização, eventos em geral e brindes. A lista é muito extensa”, diz. Mesmo assim, Cristina chama a atenção para o grande uso que a técnica

Central das Camisetas

Assim como o verão supõe, o mercado de sublimação também está em um momento de aquecimento. Cristina Fabris, analista têxtil da Mimaki Brasil, diz que esse aquecimento se deve às pequenas e médias estamparias. “Pessoas que querem montar um pequeno negócio, contando com um investimento baixo, identificam na sublimação uma solução e um retorno de investimento rápido. As estamparias convencionais também estão investindo cada vez mais em sublimação, criando coleções exclusivamente digitais, bem como otimizando e agilizando as amostras (pilotagens) de suas produções do método convencional. A invasão de novos artigos de poliéster, tanto importados quanto nacionais, também contribui para o atual momento. Estima-se que o mercado permaneça em ascensão pelos próximos cinco anos”, analisa Cristina. Tiago Ferreira, gerente de Vendas da IS Suprimentos, reafirma a boa fase da sublimação

para o mercado. “O mercado de sublimação atualmente vive uma excelente fase. Além dos produtos de maior consumo como canecas, mouse pad e quebra-cabeça, sempre algo novo chega movimentando o mercado. Essa necessidade do mercado acaba deixando a sublimação sempre na moda”, completa Ferreira.

A sublimação é uma boa alternativa para a aplicação em moda 24

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tem para o mercado de moda. “É claro que o mercado da moda tem uma grande parcela de utilização da técnica que contempla também moda praia, fitness, fardamentos esportivos, linha de uniformes, abadás, entre outros. Eles se beneficiam desse processo por ser mais simples, limpo e com custos baixos de investimento”, destaca Cristina. Mônica Schoenacker, professora do curso de Design de Moda do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), expõe algumas das vantagens dessa técnica dentro da moda. “As aplicações são inúmeras. Se for sublimação digital (mais comum atualmente), as aplicações podem ser ainda mais variadas. Dentro das possibilidades, pode-se destacar a reprodução de imagens com um número ilimitado de cores, sempre vibrantes e de toque zero”, analisa a professora.

Olá, verão! Com a chegada do verão, os profissionais que utilizam a sublimação têm um pouco mais de trabalho do que em outras épocas do ano. Carnaval, calor e até mesmo a alegria são fatores que esses profissionais procuram aproveitar. Por isso, o verão é sinônimo de abadás, biquínis, bermudas, bandanas, etc. “No verão, a sublimação se dá sobre bases sintéticas ou mistas. Logo, bermudas, camisetas, biquínis ou qualquer peça com composição mista ou sintética podem ser aproveitados. Cabe ao profissional decidir qual é a melhor maneira de aproveitar a técnica nessa época do ano”, aponta a professora Mônica. Tiago Ferreira, da IS Suprimentos, ressalta a utilização da sublimação também para outros artigos que remetem ao verão.


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A chegada do verão O verão representa, para muitos profissionais da área serigrá-

Possibilidades

fica, uma oportunidade de lançar

Vestuário:

ideias, tendências e até moda.

• Abadás

Veja algumas aplicações e uti-

• Biquínis

lidades que a sublimação pode

• Bandanas

oferecer nessa época do ano:

• Bermudas

Outros artigos • Porta-latas • Canecas térmicas • Toalhas de praia • Abanadores

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Cores e estampas • Vermelho • Laranja • Amarelo • Azul is e t Cam das tral Cen

• Cores fluorescentes

as

• Rosa

Cen

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das

Cam

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s

• Estampas florais e abstratas

Tecidos • Malhas mistas • Fibras PET • Dry fit • Smart dry • Dry-sport • Sintéticos


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“No verão, na maioria das vezes, a sublimação é utilizada em produtos de isolantes térmicos como porta-latas e canecas térmicas. A técnica pode ser bastante utilizada em roupas que remetem ao verão como camisas, tops e abadás. Existem também porta-copos, canecas de chope, toalhas de praia, abanadores, bolsas, etc. São muitas utilidades”, completa Ferreira.

• Um mercado quente O mercado para estamparias, no verão, tem um aumento significativo na produção e vendas. “Sem dúvida alguma, nessa época, as vendas desses produtos aumentam bastante, chegando a, aproximadamente, 150%. A região em que mais atuamos é a Sudeste, Centro-Oeste e Sul. Porém, temos vários nas Regiões Norte e Nordeste”, comenta Gustavo Xavier da Silva, proprietário da Big Stamp. O fato de a região ser muito festiva também faz com que ela se sobressaia em comparação a outras. “Em algumas regiões e épocas, comerciantes desses tipos de produtos aproveitam eventos ou períodos para ter uma vendagem maior. Isso acontece, por exemplo, no carnaval, onde são produzidos abadás e bandanas nas Regiões

Norte, Nordeste e Sul”, analisa Tiago Ferreira, da IS Suprimentos. A empresa Central das Camisetas, que possui sede na Bahia, confirma o aumento das vendas no período de festas. “A Região Nordeste, no período do verão, é onde está nosso maior pico de vendas. Isso acontece porque há um grande número de festas que usam abadás como ingresso. Isso sem contar também os blocos de carnaval e micareta que, nessa época, faz com que o número de abadás vendidos por nós aumente consideravelmente”, comenta Mário J. M. Sá, diretor de arte da empresa.

• Importância da sublimação no verão

SXC

A técnica da sublimação é muito respeitada pelos profissionais que a utilizam não só no verão, como também no dia a dia da empresa. “Para nós, a técnica nos ajuda a ter definição de imagens, fidelidade de cores, leveza e maior maleabilidade das peças. Além disso, a técnica nos permite ter diversificação de produtos, tanto na terceirização quanto nas confecções”, comenta Jorlei Lima, membro da Print Prime, empresa de sublimação digital. Para Lean dro Zavarize Baracho, sócio proprietário da Vanini Malharia, a sublimação ofereceu maior liberdade na produção da empresa. “Um ponto favorável da técnica é o fato de que nós não ficamos mais reBermudas também indicam uma forte tendência para o verão féns de ter alto 28

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estoque de malha colorida. Com o beneficio da sublimação, é possível transformar a malha em qualquer cor que se possa imaginar. Dessa forma, é possível reduzir o custo de capital e agregar valor ao produto, já que o cliente pode, além de solicitar a cor que deseja, personalizar a camiseta com uma única estampa”, aponta Baracho. E ainda completa. “Com a sublimação nós ampliamos nosso portfólio, aumentamos a capacidade de produção e passamos a atender novos nichos de mercado: blocos carnavalescos, times de futebol, coletes, bandeiras para campanha política, camisetas promocionais, etc.” Além da possibilidade de aumentar o leque de atendimento, Mário J. M. Sá destaca a agilidade que a técnica proporciona no período do verão. “A sublimação auxilia na agilidade de impressão, na limpeza do processo e na qualidade final do nosso principal produto, que é o abadá”, observa.

• Cores quentes, tecidos leves O tecido usado para as peças de verão precisam ter identificação com a estação. Por isso, é importante escolher os tecidos corretos. “Dos tecidos em que a sublimação é aplicada no verão, podemos destacar malhas mistas e algumas fibras PET como tendências”, comenta a professora de Moda Mônica Schoenacker. Para o verão, Mário Sá aponta alguns tecidos geralmente usados para abadás. “Normalmente, a utilização gira em torno de tecidos com 100% de poliamida, como dry fit, smart dry, etc. Por serem tecidos mais leves e frescos, são muito solicitados no verão”, aponta. Gustavo Xavier da Silva, proprietário da Big Stamp, comenta que a utilização do tecido


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também depende do cliente. “Para bandanas e abadás, o tecido mais utilizado é o Dry-Sport 100% poliéster. No entanto, temos vários tipos de tecidos com tratamento. Tudo depende do gosto do cliente. É ele quem decide o que vai usar”, diz Silva. Para bermudas e biquínis, Erick Alexander Diniz, responsável pela IdéiaTransfer-ME, reforça a importância de o cliente testar os tecidos antes de qualquer produção. “Normalmente, os tecidos mais utilizados em biquínis e bermudas são os sintéticos (100% poliéster), porém, qualquer base com 50% de poliéster é usada. As diferentes composições de tecidos podem causar situações diferentes nas tonalidades de qualidade e imagem. Por isso, sempre aconselhamos os nossos clientes a testar o tecido antes de qualquer produção.” Ainda dentro do contexto tecido, Cristina Fabris, da Mimaki Brasil, indica uma evolução para a utilização de alguns tecidos no verão. “Até pouco tempo atrás, o mercado tinha certa resistência ao poliéster no verão, por ser desconfortável, por reter calor, entre outros fatores. Entretanto, a indústria têxtil sofreu com a alta das safras de algodão e encontrou nesses artigos uma solução econômica e eficaz. Hoje temos uma variedade imensa de tecidos de poliéster, ao ponto de sermos surpreendidos com tamanha semelhança com algodão e viscose, por exemplo”, informa Cristina. Não menos importantes, as cores usadas para essas peças também seguem a imagem do verão. “Com certeza, a utilização de cores quentes como vermelho, laranja e amarelo são as mais utilizadas, pois proporcionam cores muito vivas e alegres. Dependendo da arte solicitada, cores frias como 30

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o azul, cinza e verde também são solicitadas”, comenta Silva. Para os abadás, Leandro Baracho, da Vanini Malharia, aponta algumas das cores mais utilizadas para as peças. “Amarelo, vermelho, azul, laranja e rosa. Essas são as cores normalmente solicitadas para abadás. Mas usa-se também mistura de cores e cores fluorescentes”, diz. Para biquínis e bermudas, Diniz destaca a utilização de estampas e cores que simbolizem o verão. “No caso de biquínis, são solicitadas muitas cores, estampas florais e abstratas. Já para bermudas, cromias com fotos de surf e efeitos diversos”, comenta.

• Calor da produção e vendas nas regiões Festas são quase que uma tradição no verão. Temos, por exemplo, o carnaval, que movimenta um grande mercado nesse período do ano. Mário Sá, da Central das Camisetas, relata o crescimento que sua empresa tem nessa época. “No verão, há um aumento aproximado em 150% de nossa produção e faturamento. A venda de abadá, por exemplo, representa 80% do total de vendas da empresa. Pelo fato de serem regiões festivas, a principal região que fornecemos é o Nordeste, seguida pelo Sudeste”, comenta Sá. Com esse aumento das vendas, os pedidos precisam ser feitos de maneira antecipada, para que, assim, todos os clientes possam ser atendidos. Gustavo Xavier da Silva, da Big Stamp, explica como o planejamento de vendas funciona nesse período em sua empresa. “Para eventos como o carnaval, onde nossa demanda tem um acréscimo de 150%, precisamos fazer um planejamento com muita antecedência. Um exemplo disso

é que já estamos confeccionando vários pedidos para o carnaval de 2013. A maioria é para a Região Nordeste. A partir de dezembro, nosso prazo de entrega provavelmente será em torno de 25 a 40 dias”, diz Silva. “Normalmente, trabalhamos com muita antecedência. Assim, conseguimos nos organizar melhor. Tanto é que, hoje, já estamos trabalhando desenhos do verão 2013/14”, comenta Erick Alexander Diniz, da IdéiaTransfer-ME. As vendas de equipamentos também contêm grande concentração nesses polos festivos. “A Região Sul e o Estado de São Paulo contam com o maior parque instalado por nós de máquinas sublimáticas. Mas outros Estados, como Bahia e Rio de Janeiro, seguiram a tendência para atenderem à demanda de carnaval, quando a fabricação de abadás representa uma grande parcela de vendas das empresas”, finaliza Cristina Fabris, da Mimaki Brasil. Todas as estações do ano possuem sua particularidade. Independente de qual seja, determinada estação tem influência direta na vida daqueles que a vivenciam, seja ela por uma tendência, moda ou até mesmo uma música. O importante é perceber como essa estação pode te ajudar e aproveitá-la da melhor forma possível. No caso do verão, a sublimação é uma das ferramentas que os profissionais da serigrafia possuem para aproveitar esta estação e aquecer os seus negócios. Dessa forma, o verão pode ter mais de um significado atrelado toda vez que você olhar biquínis, abadás ou bandanas. Então, entre no ritmo do verão e escolha como você pode aproveitá-lo. Afinal, “já pintou o verão, calor no coração, a festa vai começar”. Portanto, carpe diem.


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PASSO A PASSO

Revelação de matriz serigráfica Passo a passo cedido pela Gênesis Global Materiais utilizados: emulsão, béquer, sensibilizante, fotolito (laser film), calha, proveta, quadro de alumínio e tecido de poliéster.

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Primeiro deve-se preparar a matriz, esticando o tecido no quadro de alumínio. Desengraxe a tela, lave e seque em ar quente.

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Utilizando a proveta, meça o sensibilizador (proporção de 10% com relação à quantidade de emulsão).

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Coloque a emulsão na calha e aplique primeiramente pelo lado externo da matriz e em seguida aplique pelo lado interno. 32

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Prepare a emulsão e o sensibilizante. Coloque a emulsão no béquer.

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Misture bem o sensibilizador na emulsão e deixe descansar por cerca de 20 minutos para eliminação de bolhas incorporadas.

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O número de camadas pelo lado interno dependerá exclusivamente da espessura do relevo que você quiser criar do lado externo.


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Seque em ar quente a 45ºC.

Coloque o fotolito com o desenho sobre a tela e em seguida leve para uma mesa de luz.

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Faça a exposição à luz na prensa a vácuo.

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Retire o fotolito e coloque a tela para lavar.

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Lave com jatos de água corrente nos lados de dentro e fora até abrir totalmente o desenho.

Verifique o desenho contra a luz.

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Matriz revelada. Novembro 2012 | Silk-Screen

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ESPECIAL

Para um transfer perfeito Muitas vezes ignorado, o tipo de papel utilizado na impressão influencia diretamente na qualidade do transfer

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ara quem trabalha com transfer, é velha conhecida a necessidade de se prestar atenção em cada mínimo detalhe durante a produção, para que o processo seja realizado com sucesso e o produto final seja de qualidade. Cada etapa deve ser pensada e planejada com cuidado, de acordo com o produto que se

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Diferentes papéis transfer da Embaplan

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Mariana Naviskas

deseja obter, quantidade de peças, nível de detalhamento da imagem, tipo de impressão, de tinta e de substrato. Após decidir tudo isso, vem uma etapa que muitas vezes não recebe a devida importância, mas que, na verdade, é fundamental para o sucesso do transfer: a escolha do papel. “Não existe papel universal. E não adianta querer economizar

e usar o mesmo papel para diferentes tipos de transfer. No fim, o produto não fica com o resultado desejado, a tinta descola rápido”, afirma Renato Gonçalves, da área Técnica da Havir. O tipo de papel escolhido irá variar de acordo com as opções feitas para cada etapa do transfer. O papel será diferente, dependendo do processo de impressão, tinta, substrato, laca


adesiva, entre outros. “Uma empresa de transfer pode ligar para nós, explicar cada uma dessas especificações e nós produzimos o melhor papel para este transfer, desde que a quantidade necessária compense, já que para a produção precisamos realizar diversos testes”, explica Rubens Ioricci, da área Comercial da Havir. Independentemente do tipo, para um transfer de qualidade, todo papel deve, obrigatoriamente, passar por um tratamento desmoldante e um tratamento para receber a impressão. Segundo Gonçalves, sem esse processo de pré-impressão, a imagem que será aplicada no papel não desmolda, ou seja, não sai do papel para o substrato de forma correta. Depois dos tratamentos, o papel recebe as camadas de tinta – seja por impressão serigráfica, offset, digital ou outras – e, para fechar o processo, recebe também a laca adesiva. “É importante frisar que essa laca deve ser compatível com a tinta e com o substrato. O indicado é respeitar os critérios e as famílias. Por exemplo, um tecido de algodão recebe a laca de plastisol. Um tecido sintético pode receber laca PA (poliamida) ou PU (poliuretano). Tudo tem que ser estudado”, explica Gonçalves. Entre os papéis da Havir, podem ser destacados: H90 para transfer offset, que pode receber acabamento de laca Plastisol, PU

e base d’água; H90 Digital, tratado para impressão digital solvente, com fechamento serigráfico para transfer em tecidos de algodão, sintéticos e tingidos, e que também pode receber os três tipos de laca; e o HT-419 para transfer serigráfico com tintas à base de água, com cura ao ar ou estufa a 100°C por um minuto. “Todos possuem versões em três tamanhos: 33 cm x 50 cm, 50 cm x 66 cm, 66 cm x 100 cm”, completa Ioricci. Não se pode esquecer que, além do papel específico para o tipo de transfer desejado, é necessário sempre respeitar com exatidão o tempo, temperatura e pressão das prensas ou calandras. Segundo Gonçalves, “essas informações costumam constar nas tintas utilizadas ou nos diferentes substratos”. José Torres, proprietário da Quinprint, faz uma separação ligeiramente diferente. Para ele, podem ser destacados, no mercado brasileiro, três tipos de papel transfer: para impressoras jato de tinta, para impressoras laser e para impressão e recorte ou apenas recorte. O transfer para impressora a jato de tinta utiliza tintas à base de água (corante ou pigmento) e tintas à base de solvente. No transfer para impressora laser é utilizado toner. E no transfer para impressão e recorte (ou apenas recorte) é utilizado um filme imprimível ou

Power Film em roupas esportivas

Divulgação

INDEPENDENTEMENTE DO TIPO, PARA UM TRANSFER DE QUALIDADE, TODO PAPEL DEVE, OBRIGATORIAMENTE, PASSAR POR UM TRATAMENTO DESMOLDANTE E UM TRATAMENTO PARA RECEBER A IMPRESSÃO.

recortável em plotters à base de solvente, com função de recorte ou plotter de recorte. A marca possui alguns tipos de papéis específicos, por exemplo, o Direct Line, indicado para tecidos 100% algodão, claros ou escuros, por meio de transfer com tinta pigmentada. O Flexjet é indicado para utilização com tinta Microfine Go, de pigmento (também produzida pela Quinprint) e pode ser utilizado em tecidos de algodão e sintéticos, mas apenas com cores claras. Há ainda o Multiflex 5 em 1, para impressora a jato de tinta, que pode utilizar tinta pigmentada, corante, solvente e ecossolvente, e funciona para transfer em fundos claros e escuros, e o Multiflex 2 em 1, também para impressora a jato de tinta, tecidos de algodão, misturas de algodão e sintético, e utiliza tintas com pigmento. Segundo Valter Zuanella, da Embaplan, os papéis específicos e o processo de impressão offset oferecem melhor qualidade de imagem e definição e são ideais para médias e grandes tiragens. O digital também possui qualidade fotográfica, mas é indicado para pequenas tiragens. Já o papel e a

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Flávio Cardim, da Art Hot

Para ele, a constante atualização das impressoras faz com que o mercado de papéis tenha de acompanhar essa modernização e atender à demanda do mercado. “Por esse motivo, estamos sempre investindo em papéis com recentes tecnologias.” A Art Hot produz papéis para diversas impressoras. As jato de tinta, com tinta original e pigmentada, por exemplo, podem utilizar o AP17-INKPRO, prático por permitir baixas tiragens sem a necessidade de um profissional específico. “É necessário ressaltar que é um produto que só pode ser estampado em tecido de algodão branco”, lembra Cardim. Para impressoras a laser, a variação de papéis é maior, pois dependem do modelo e funcionamento da impressora, e também do substrato. Nesse quesito, a Art Hot fabrica diversos tipos de papel, entre eles o AP17-FUN STYLE, para tecidos de algodão e sintéticos, o AP17-INNEO, para tecidos de algodão na cor

branca, e AP17-DARK, para tecidos de algodão colorido. “Trabalhamos com o papel transfer, porque é uma ferramenta de personalização muito versátil no mercado. Em geral, são folhas em tamanho A3 e A4 ou em rolos. Este material é uma celulose coberta, basicamente, por uma fina película ou por resina, as quais servem para que se tenha uma impressão adequada da imagem, transferindo-a seguramente para o material apropriado”, completa Cardim. Independente do tipo de impressão e impressora, do substrato, do material e da tonalidade do substrato, do tipo de tinta, tipo de laca, entre todas as muitas variáveis no processo, há um tipo de papel mais indicado para o trabalho. E ignorar essas especificações necessárias só trará prejuízos para a estamparia.

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impressão serigráfica possuem definição menor e funcionam melhor para pequenas e médias tiragens. A Embaplan produz e comercializa materiais para plotter de recorte e impressão: as bobinas de Power Film e Sport Film. São materiais para produzir números, logotipos, brasões, entre outros, com variedade de cores e acabamentos, para a personalização de peças de vestuário. “Esse tipo de material é aplicado com pressão, temperatura e tempo controlados sobre tecidos”, conta Zuanella. O Power Film é uma película de PVC, fabricado no Brasil, e o Sport Film é fabricado com PU, nos Estados Unidos, na Stahls, empresa americana fundada em 1932, da qual a Embaplan é distribuidora direta. Eles podem ser transferidos para tecidos de algodão e sintéticos. “Para estes produtos, podemos vender as bobinas inteiras e os clientes produzem suas próprias estampas ou vender os logotipos, números, etc, já impressos e cortados, para que o cliente faça apenas a transferência térmica em casa”, explica Zuanella. Segundo Flávio Cardim, da área de Suporte da Art Hot Transfer, os papéis para transfer são produzidos de acordo com os modelos de impressora disponíveis no mercado. “Devido à modernidade nas impressões, o papel transfer digital tem vantagem sobre o sistema de serigrafia, já que a quantidade de cores que a imagem digital proporciona ao ser estampada no tecido e a produção em pequena escala (não é necessário produção de tela, viabilizando um custo menor em baixa escala) são evidentes. No entanto, é necessário destacar que, em termos de durabilidade da estampa, a serigrafia se sobressai à estamparia digital”, afirma.

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ESPECIAL


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ARTE

Um livro para sentir Usando a serigrafia, designer cria série de livros infantis para crianças com e sem deficiência visual Mariana Naviskas

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substituísse o braile comum, um dos grandes objetivos de Wanda. O braile convencional quase perfura o papel, pois precisa criar um alto relevo de um lado da folha, deixando o outro lado em baixo relevo. “E ele tem essa questão da vida útil do material. A cada leitura ele abaixa um pouco, já que depende do toque da pessoa. Então, muitas vezes, o material é descartado precocemente, porque a leitura ficou apagada”. Foi visando contornar essa situação que Wanda criou, depois de quase 10 anos de pesquisa, um processo de braile feito com verniz, o Braille.BR (patente requerida). Nele, não há necessidade de o papel ser perfurado, ou seja, é possível escrever em cima do braile, criando um livro infantil que atende a todos, não apenas às pessoas com deficiência visual. “A gente tem que pensar na inclusão e não apenas em oferecer um material que vai servir apenas ao deficiente Divulgação

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pesar de não ter contato com ninguém portador de deficiência visual, a designer Wanda Gomes sempre teve a vontade profissional de criar produtos que auxiliassem na inclusão desta população. “Eu ficava intrigada com o fato de o designer, conhecendo os processos, materiais e todo esse arsenal de ferramentas, não utilizar isso para atender também a população com deficiência visual”, conta. Por sorte, Wanda, que é proprietária da WG Produto, conheceu Lia Zatz, escritora que também tinha vontade de trabalhar na área e escrever livros para esse público. “Eu já vinha fazendo pesquisas na área do design, com a intenção de atender as pessoas com deficiência visual, e tive a sorte de ser apresentada, por uma amiga, a Lia”, conta. Para alavancar ainda mais o projeto, a ilustradora Luise Weiss completou o time e as três puderam continuar as pesquisas e planos para a coleção que estava por vir. Esse encontro aconteceu em 2000, quando, segundo Wanda, ainda não existia referência em tecnologias diferenciadas que

Braille.BR: um livro para todos

visual. E o tato é muito prazeroso para todos, esta é a grande verdade. Ele é irresistível. Quando vemos uma impressão em relevo, com textura que visualmente parece diferente, é impossível não colocar a mão”, afirma Wanda. O processo de Braille.BR é baseado na serigrafia, mas adaptado.


“Nós fizemos exaustivos testes até encontrar a tela que fosse a mais adequada para esse depósito e para a altura correta da tinta.” A tinta, de cura UV, também foi desenvolvida, especialmente, pela Efeito Visual Serigrafia – empresa responsável por toda a impressão em serigrafia, tanto o Braille.BR, como as imagens com textura –, porque não existia no mercado nenhuma tinta capaz de gerar o relevo necessário nos pontos para leitura braile. A partir da criação do Braille.BR e de ideias de imagens com textura, surgiu o primeiro livro da coleção: Adélia Cozinheira, em 2010. Todas as pesquisas envolvidas no processo e a realização do livro foram realizadas com apoio do Ministério da Cultura, por meio da Lei Rouanet de Incentivo à Cultura, e com patrocínio da IBM. “A IBM acreditou em um projeto inovador, sem precedentes e ainda em fase de testes. Sem eles, a gente não teria conseguido”, conta Wanda. Com o grande sucesso, já em 2011 é lançado Adélia Esquecida, segundo livro da série. E agora, em 2012, chega às livrarias o terceiro, Adélia Sonhadora. Wanda cuidou de toda a criação e diagramação da coleção. “O formato do livro, o tipo de papel (couché fosco 230 g), a intensidade de cores, a intensidade de brilho, a intensidade de contraste, tudo isso foi analisado exaustivamente”,

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te “A gen ne pe tem qu usão e incl sar na m ofeenas e p a o ã al que n materi m u r e nas ao rec vir ape al”, r e s i a u v nte vis deficie es m o G Wanda

afirma. Até mesmo o formato e tamanho das fontes foram estudados. “A gente sabe que existem deficientes visuais que percebem cor, por isso trabalhamos com intensidade máxima de contraste e de cor. O fundo em relação à cor do texto, o local onde colocar o texto, tudo isso foi avaliado para atender também as crianças que enxergam com baixa visão.” Cada pequeno pedaço do livro é fruto de muito empenho da WG Produto e das gráficas envolvidas. “Depois da minha criação, sentamos com o pessoal técnico das gráficas para que tudo seja avaliado em conjunto, de forma a dar o mínimo de passadas possível para o melhor resultado final”, explica Wanda. Segundo Rosilene Araújo, diretora de arte da Efeito Visual Serigrafia, os detalhes de textura agregam valor à impressão. “Nós sempre trabalhamos com serigrafia no ramo gráfico, oferecendo impressão em alto relevo e aplicando recursos de textura, relevo e brilho em textos (high print), destaque de verniz em imagens ou ilustrações e flocagem. Tudo para agregar valor aos produtos. Na Coleção Adélia,

são justamente esses recursos que o deficiente visual necessita para a leitura tátil.” Por questões estratégicas, a gráfica não pode divulgar informações como tipo de telas (fios/cm) e quantidade de passadas. Os três livros contam com aplicações de flocagem e verniz. Tudo é feito industrialmente e um mesmo processo fica com diferentes aparências, de acordo com a variação na forma de aplicação, quantidade de tinta ou de flocos, tela e outras etapas. “Por exemplo, a flocagem que é aplicada no cadarço do sapato é diferente da flocagem dessa blusa. O tamanho e o tipo do floco são diferentes e a realização do processo também. O sapato tem uma flocagem mais chapada. Na blusa, nós fizemos um desenho da textura, ela acompanha o desenho que foi gravado. Para isso, nós usamos uma fotografia de uma blusa de lã com a textura bem pronunciada, as tramas bem visíveis. A fotografia é trabalhada e depois aplicada na arte final em forma de desenho, para daí ser gravada na tela. A gente consegue trabalhar uma mesma ferramenta e ter resultados diferentes.” Wanda explica que, na ilustração de cabelos o verniz é trabalha-

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corte final adequado, da forma correta. E é importante citar que a gráfica precisa entender e conhecer bem os processos de serigrafia, para que esses detalhes finais não interfiram no material já impresso com serigrafia pelas outras gráficas”, explica Wanda. “Para esse terceiro livro, a gente já tinha certa experiência, o que resultou em coisas bem diferentes, em termos de acabamento e rapidez nos processos”. O lançamento do livro Adélia Sonhadora vai acontecer dia 24 de novembro, às 15h, na Livraria da Vila (Rua Fradique Coutinho, 915, no bairro de Pinheiros, São Paulo. Cheirinho de bebê graças ao processo de microencapsulação

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Flocagem especial

Serigrafia em verniz para criar diferentes espessuras de fio de cabelo

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do de diferentes formas também. “A gente usou um desenho de fios de cabelo com espessuras e traços variados. Eles foram trabalhados em cima da ilustração. Essa impressão dos fios é semelhante à impressão do Braille.BR”, conta. Toda a coleção é baseada no processo tradicional: tela, impressão, serigrafia. No caso do caule da árvore, há uma textura bastante áspera, imitando madeira. Também é feita de verniz, mas uma mistura diferente na composição e uma tela específica para essa passada. “É tudo uma questão de manipular elementos de design e de criação de imagens, aliados ao processo de impressão de serigrafia.” Além das texturas, a coleção conta ainda com um detalhe especial: recursos olfativos em diversos desenhos. Essa inclusão de odores é feita por meio do processo de microencapsulação pela empresa Croma Microencapsulados. “A microencapsulação significa pegar uma essência (óleo) e transformá-la em hidrossolúvel. Dessa forma, é criada uma emulsão à base de água com membrana. São pequenas bolinhas microscópicas que posteriormente são misturadas a

um verniz e aplicadas, por meio da serigrafia, sobre as imagens já ilustradas e com textura”, explica Vanice Zanoni, diretora da Croma. A serigrafia utilizada na aplicação desses recursos é realizada com verniz à base de água e telas de 50 fios/cm. Ao se esfregar o dedo ou aproximar o nariz do desenho da chupeta, sente-se um cheirinho de perfume de bebê. Há também uma panela que exala cheiro de chocolate. “Nós costumamos indicar que esses recursos olfativos duram um ano. Mas eles podem durar mais, depende da essência e da forma como se conserva o livro. Se ele ficar embalado e bem guardado pode durar 2, 3 anos”, afirma Vanice. Após a impressão dos detalhes de textura e dos recursos olfativos, os livros voltam para a primeira gráfica, responsável pelo Offset – impressão das imagens e dos textos –, a Stilgraf. “Esse retorno do material é necessário, pois a Stilgraf é responsável por dar o

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Flocagem chapada



MERCADO

Roland lança impressora FP-740 Devido ao crescimento significativo no setor têxtil, a Roland lançou sua impressora FP-740, com tecnologia para impressão sublimática. O equipamento de sublimação reproduz imagens em papel para a transferência para roupas, faixas e outras aplicações. A FP-740 imprime as figuras em folhas de papel com largura de até 180 cm, em quatro cores e altíssima velocidade, podendo chegar a, aproximadamente, 51 m²/h. Com ela, é possível criar impressões de imagens com alta qualidade para diversas aplicações, como: roupas, artigos esportivos, banner e muitas outras. A

Uniformes e roupas profissionais Em uma parceria firmada entre a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), foi desenvolvido o Gestão da Inovação para Roupas Profissionais. Segundo o site da ABDI, o projeto vai beneficiar empresas atuantes nesse ramo da cadeia têxtil e é voltado, principalmente, para as empresas (de porte médio e faturamento entre R$ 14 milhões e R$ 105 milhões) que já têm capacidade produtiva, mas que precisam se preparar para a inovação de produtos e processos. Segundo Caetano Ulharuzo, especialista da ABDI, o projeto irá beneficiar 25 fabricantes de uniformes e roupas de uso profissional. Para ele, esse segmento é precursor de inovações que, posteriormente, migram para roupas casuais, por isso a decisão de apoiá-lo. Mais informações: www.abdi.com.br

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FP-740 pode ser utilizada em impressões de pequenas quantidades e também nas de volume industrial. Segundo a assessoria da marca, a velocidade de impressão chega a 51 m²/h, com qualidade fotorrealística e resolução de até 720 dpi. A alta produtividade da impressora fica por conta dos cartuchos de tinta com capacidade de um litro, além de um avançado sistema de fornecimento de tinta, que permite a reposição dos cartuchos sem pausa na impressão, ideal para longos períodos de produção de grande demanda e impressão sem acompanhamento contínuo.

Indústria têxtil registra leve melhora em setembro No mês de setembro, a indústria têxtil e de confecção apresentou uma melhora discreta no saldo entre contratações e demissões, em comparação com o mesmo mês no ano passado. Os dados são do Caged, do Ministério do Trabalho, que mede os postos formais de trabalho gerados e perdidos nos setores. Ainda assim, o setor está gerando menos da metade das vagas que criou em setembro de outros anos, já que 2011 foi considerado o pior da década para a indústria da moda. “Nossa atividade foi uma das mais atingidas pela perda de competitividade da indústria brasileira em função do acirramento da concorrência externa, em especial com a China, e do câmbio sobrevalorizado, que se somaram aos demais reconhecidos ônus do custo Brasil”, explica Aguinaldo Diniz Filho, presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit).


Digitalizando uma matriz A Agabê lançou a StencilMaster STM-TEX, uma máquina que prepara, de maneira digital, uma matriz serigráfica. Dentro dessa proposta, a máquina possui algumas particularidades como uma unidade digital de exposição direta de UV à matriz, a Computer to Screen (CTS). Nessa unidade, o equipamento possui uma reveladora automática com recirculação à água. Outro acessório importante da StencilMaster STM-TEX é uma carga e descarga automática das telas e uma pré-secagem da matriz revelada. Com esse equipamento, a Agabê mensura que o usuário tenha uma produtividade máxima de até 30 matrizes de 120 cm x 120 cm por hora.

Parceria em software A Gênesis Global é distribuidora autorizada da Wasatch, empresa que é especializada em softwares para impressão digital. O Wasatch SoftRIP é utilizado por empresas que trabalham no ramo digital e fotográfico. Com ele, é possível gerenciar os mais diversos ambientes de impressão, desde uma única impressora até o parque mais amplo. Já com a versão SoftRIP SP, é possível realizar separações com qualidade satisfatória para a impressão de fotolitos. Por fim, o SoftRIP TX possibilita ao usuário ter uma ampla gama de ferramentas para o setor têxtil.

Première Brasil Nos dias 22 e 23 de janeiro, no Expo Center Norte, em São Paulo, acontece a Première Brasil, o principal salão têxtil com foco na indústria da moda. No evento, é possível encontrar inspirações e matéria-prima para coleções. Estarão presentes as tendências em cores e texturas das coleções de Primavera/Verão em 2014, além de tecidos, fios, fibras, acessórios e estampas à venda. Visite o site www.premierebrasil.com para mais informações. A entrada é gratuita e exclusiva para profissionais do setor. Credenciamento em breve.

Seminário aborda exportações para o mercado chinês No dia 6 de novembro, acontece o seminário “Mercado Foco China”, na sede da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp). O evento é uma parceria entre a Fiesp, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI), e visa promover uma discussão sobre os serviços que a Apex-Brasil oferece para empresas brasileiras que desejam exportar seus produtos ou ampliar sua exportação para a China. Além disso, haverá palestras e debates com profissionais e empresários experientes em negócios naquele país. Para mais informações e para se inscrever: www.apexbrasil.com.br

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MERCADO

Espírito carioca no Fashion Rio Entre 7 e 9 de novembro, acontece, no Píer Mauá, os desfiles Fashion Rio Outono/Inverno 2013. O espírito dessa temporada na cidade comemora o novo calendário oficial brasileiro da moda com o tema “Fashion Party”. Filipe Jardim, artista e ilustrador, é o responsável pela cenografia do evento. Segundo Jardim, o tema tem o espírito dessa temporada carioca. Alguns detalhes da cenografia foram inspirados nas obras de Niemeyer. Jardim é muito prestigiado fora do Brasil, com trabalhos já feitos para marcas como Hermès, Louis Vuitton, Forum, entre outras.

Prêmio Francal Top de Estilismo O 18º Prêmio Francal Top de Estilismo acaba de divulgar a lista de finalistas desta edição. Segundo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), o concurso contou com um total de 156 amostras inscritas, enviadas por 120 participantes de 43 cidades brasileiras, representando 12 Estados. Os vencedores das quatro categorias – Calçado Feminino, Calçado Masculino, Bolsa e Calçado

45 anos e um selo comemorativo A Prakolar Rótulos Adesivos, empresa especializada em serigrafia, flexografia, offset e digital comemorou 45 anos de história. Para comemorar a data, a empresa lançou um selo comemorativo criado pela agência Tottem. Fundada em 28 de agosto de 1967 no bairro de Santo Amaro, Zona Sul de São Paulo, a Prakolar localiza-se hoje no bairro do Belenzinho, Zona Leste de São Paulo, onde ocupa uma área de 5.000 m². A empresa oferece possibilidade de impressão em adesivo, laminação em linha, hot stamping e cold stamping com mais de 20 equipamentos.

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ou Bolsa com Material Reciclado – serão divulgados no dia 25 de outubro, na festa de premiação, no Espaço Pinheiros, em São Paulo (SP). Cada um receberá um troféu e prêmio em dinheiro. Além disso, concorrerão a uma bolsa de estudos de três meses na escola de estilismo Moda Pelle Academy, em Milão, e a uma assinatura de um ano do portal de tendências WGSN. Saiba mais: www.francaltopdeestilismo.com.br

Pense Moda 2012 A sexta edição do Pense Moda acontece entre os dias 27 e 29 de novembro, das 19h às 23h, no Museu Brasileiro de Escultura (Mube), em São Paulo (SP). No evento, serão promovidas palestras com nomes importantes do mundo da indústria de moda e cultura, além de debates entre profissionais de criação, comunicação, bureaux de tendências, empresários, consultores de moda e estudantes. Segundo o site da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), o Pense Moda foi idealizado pela jornalista Camila Yahn e pelos produtores Barbara Bicudo e Marcelo Jabur, com patrocínio da Renner, e tem como objetivo a captação e desenvolvimento do DNA da moda brasileira. Nas edições anteriores, já participaram personalidades como Alexandre Herchcovitch, Lilian Pacce, Gloria Kalil, entre outras. Para se inscrever e participar, visite o site do evento: www.pensemoda.com.br


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MERCADO

Novidade em sublimação A Mimaki Brasil apresenta para o mercado de sublimação a nova TS500-1800, impressora sublimática de alta performance. O equipamento é indicado para empresas que trabalham com estampas corridas, bem como o mercado que opera no verão. Portanto, moda praia, abadás e camisas esportivas são uma das muitas opções que a TS500-1800 oferece ao seu usuário. “A TS500-1800 foi idealizada, especificamente, para grandes estamparias, pois visa atender às grandes produções e altas tiragens em um curto espaço de tempo”, explica Marcelo Godinho, supervisor Comercial da Mimaki Brasil. Na parte técnica, o equipamento apresenta velocidade máxima de 150m²/h, resolução de até 1.200 dpi e largura de impressão de até 1.890 mm. Outra característica técnica que pode agradar aos profissionais da área é o fato de o equipamento trabalhar durante 24 horas ininterruptas operando em até seis cores. Entre os diferenciais, a TS500-1800 possui um módulo de desgasificação (MDM-20), sistema que elimina os gases e as bolhas que podem conter a tinta no momento da impressão e um sistema de alimentador automático do suporte (AMF).

Obra em serigrafia conquista 3º lugar no Prêmio Ibema Gravura Em dia 30 de agosto a Ibema anunciou as 20 obras vencedoras do 2º Prêmio Ibema Gravura, em evento realizado em Curitiba, PR. Para esta edição, a premiação recebeu a inscrição de 119 trabalhos analisados por júri composto pelo designer, especialista em embalagens e coordenador do prêmio, Fabio Mestriner; a artista plástica, Uiara Bartira, e pelo presidente da Abigraf, Fábio Arruda Mortara. Alexandre Camanho conquistou o primeiro lugar com “A Memória”, que utiliza técnica de gravura em metal com água forte, buril, ponta seca, água tinta e lavis. Já Alexandre Pyles do Amaral ficou em segundo lugar com “Homem com Polvo”, que aplica a técnica xilogravura em duas cores. O terceiro lugar, por sua vez, foi conquistado por Carmem Salazar de Araújo, com “Paisagem Ocasional”, que utiliza a serigrafia. A lista completa dos vencedores do 2º Prêmio Ibema Gravura pode ser visualizada no site da empresa.

Levi’s e Intel promovem serigrafia em projeto mundial No dia 25 de setembro, a Levi’s e a Intel lançaram, no Rio de Janeiro (RJ), a primeira versão mundial do projeto Friends Of, uma iniciativa colaborativa que apoia programas educacionais sem fins lucrativos, unindo personalidades engajadas (artistas, músicos, escritores, chefs) e ONG’s. O primeiro artista convidado para o projeto foi o brasileiro Vik Muniz, que convidou os amigos Carlos Saldanha, diretor brasileiro de animação, os artistas plásticos Fernando e Humberto Campanha e Mark Bradford, artista e ativista. Vik Muniz elegeu a ONG Spectaculu – Escola Fábrica de Espetáculos, criada em 2000 para ser a primeira a receber incentivos e 46

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doações do projeto. O artista e os amigos criaram t-shirts “Friends Of” para serem vendidas nas lojas Levi’s selecionadas, e a venda das camisetas terá renda revertida à ONG. Durante o evento, os alunos da Spectaculu mostraram aos convidados como criar ilustrações e transferi-las para uma camiseta. Os convidados puderam experimentar, na prática, o processo de estampar tecidos em uma mesa de serigrafia. As peças do “Friends of Vik Muniz for Spectaculu” estão disponíveis desde 4 de outrubro no site da marca e em lojas de varejo da Levi’s em toda a América Central e América do Sul, México e Estados Unidos.


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AGENDA/CALENDÁRIO DE EVENTOS

CALENDÁRIO DE EVENTOS 2012 Evento

Data

Local

Informações

28 e 29

Paris, França

www.premierevision.com

Data

Local

Informações

22 e 23

Expo Center Norte, São Paulo (SP)

www.premierebrazil.biz

10 a 13

Expo Center Norte, São Paulo (SP)

www.serigrafiasign.com.br

NOVEMBRO Denim by Première Vision Outono/Inverno 12/13

CALENDÁRIO DE EVENTOS 2013 Evento

JANEIRO Première Brasil – Primavera/ Verão 2014

JULHO Serigrafia SIGN FutureTEXTIL

CURSOS Instituição

Senai São Paulo

Escola Senai Francisco Matarazzo

Curso

Informações

• Gráficas e Editorial Impressor de Serigrafia / Operador de Serigrafia Preparador de Tela para Serigrafia • Têxtil e Vestuário Impressão Serigráfica Desenvolvimento de Matriz Serigráfica Técnico Têxtil

www.sp.senai.br

Informações: www.sp.senai.br/textil/

Curso de Extensão Online: Pesquisa de Mercado na Moda Instituto Brasileiro de Moda (IBModa)

Curso de Extensão Online: Gestão de Marcas Curso de Extensão Online: Comportamento do Consumidor de Moda

www.ibmoda.com.br

Curso de Extensão On-line: Produção de Moda Faculdades Senai São Paulo

Tecnologia em Gestão do Processo Produtivo do Vestuário

www.sp.senai.br/vestuario

Técnico em Comunicação Visual ETECs de São Paulo

Técnico em Modelagem do Vestuário Técnico em Tecelagem

www.vestibulinhoetec.com.br

Técnico em Vestuário Arpotex

Serigrafia (teoria e prática)

www.arpotex.com.br Para divulgar um evento ou curso do setor, envie e-mail para silk@btsmedia.biz

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AGENDA/CALENDÁRIO DE EVENTOS

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