Revista Sign 210

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XVII - nº 210 Outubro 2012 R$ 12,50 www.btsinforma.com.br

Sinalização | Impressão Digital

Comunicação Visual

Especial: Quais as diiculdades e como os birôs trabalham o conceito da sustentabilidade em seu dia a dia




Arte: Emerson Freire

Sumário

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Capa Entenda o porque dos principais defeitos e quais as possíveis soluções ao utilizar uma impressora UV

Entrevista

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Arnaldo Peres Junior, diretor Comercial da Neoband, explica como a empresa aplica o conceito 360º e o que espera da comunicação visual no futuro

PDV

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Segundo Popai Brasil, mercado varejista precisa conhecer melhor as possibilidades da comunicação visual

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Vinil

Eduardo Yamashita, consultor técnico do mercado de comunicação visual, escreve sobre os cuidados que devem ser observados antes da aplicação

Peril

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Customização de automóveis uniu a família e Manos da Oicina dão show de criatividade. Conheça mais sobre essa dupla!

Veja + Índice de Anunciantes ............................08 Especial .................................................22 Showroom .............................................32 Sinalização Digital .................................50 Colorimetria e Gerenciamento de Cores .56 Mercado ................................................64 Agenda ..................................................68

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Editorial Ano XVII - nº 210 outubro 2012

Além das impressões

Erik Bernardes

O processo de desenvolvimento, em todos os casos, gera incômodo nas partes envolvidas. Mudar uma cultura, uma forma de pensar, pode ser ainda mais impactante. Quando o mundo começou a falar em sustentabilidade, por exemplo, muitos pensaram que seria apenas uma onda, uma moda passageira. O tempo prova o contrário. As impressoras com cura UV, tema da reportagem de capa desta edição, por exemplo, vieram para icar e ganham cada vez mais espaço nos birôs brasileiros. Com sua chegada, novas possibilidades, mas também novos defeitos, o que demanda esforço de todas as partes para que ninguém saia perdendo. No Especial da edição, a sustentabilidade é o tema. Enquanto algumas empresas utilizam o verde apenas nas campanhas de marketing, outras mostram que além de ser possível implantar no dia a dia, os resultados aparecem quando os clientes percebem que o conceito está enraizado nas ações da empresa. A Entrevista é outra seção que mostra como é fundamental mudar a forma de fazer e pensar, por mais dolorido que seja. Com as novas tecnologias, muitas possibilidades se abriram para os birôs, mas com isso os clientes se tornaram mais exigentes e querem, além da impressão, acabamento e logística, entre outras coisas. O desaio está posto e, nesta edição da Sign, você encontra uma pequena amostra de como pode lidar com ele. Showroom, Peril, Sinalização Digital, Colorimetria, Vinil, PDV e Mercado auxiliam nesse processo. Pense, analise e mude sempre que for preciso. Aproveite a leitura!

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A revista não se responsabiliza por informações ou conceitos contidos em artigos assinados por terceiros.

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Índice de anunciantes

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ABC........................................................59

Formato ..................................................63

Akad ......................................................39

Fox Signs ................................................53

Alcaprint .................................................67

J-Teck .....................................................67

Ampla.....................................................05

Grand Chemical ......................................51

Anuário Sign ................................... 12 e 13

Imprimax ........................................ 10 e 11

Assine Sign ............................................69

INX .........................................................37

Aviso ......................................................61

J-Teck .....................................................73

Belmetal .................................................09

Laser CNC ..............................................65

BM do Brasil ...........................................55

Mimaki ...................................................19

BR Group ................................................27

Roland ...................................................47

Colacril ...................................................21

Serilon ...................................................31

Comala...................................................67

Serigraia SIGN FutureTEXTIL ............ 70 e 71

Danfex ...................................................43

Sign Supply.............................................49

Digigraf.......................2ª capa, 03 e 4ª capa

T&C........................................................07

F1 Suprimentos ......................................25

Vinilsul ...................................................57

Flock Color..............................................67

Vitor Ciola...............................................17



Novidades

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Entrevista

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Entrevista

Reinventando birôs Desenvolvimento acelerado de tecnologias e desaios do mercado requerem criatividade dos signmakers modernos Erik Bernardes

o mercado desde 1994, a Neoband airma ter buscado, ao longo dos quase 30 anos de existência, lapidar o conceito de unir os segmentos de gráica, sinalização e ponto de venda em uma única planta. O objetivo, segundo a empresa, é gerar conforto para os clientes, já que muitos utilizam os três produtos da fábrica. Esse conceito é conhecido como foco 360 graus, já que visa atender a todas as necessidades do cliente. Apontando como diferencial a busca pelo valor agregado, diferencial tecnológico e composto de serviços, Arnaldo Peres Junior, diretor comercial da empresa, acredita que os meios de comunicação visual eletrônicos conviverão em harmonia com os tradicionais impressos. Nesta entrevista, concedida com exclusividade à revista Sign, o diretor fala sobre a transformação do mercado de comunicação visual nas últimas três décadas.

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Fotos RSG

Estando há 25 anos na Neoband, o que pode falar sobre mudanças no mercado ao longo deste tempo? Alguns pontos precisam ser debatidos. O primeiro é a acessibilidade do equipamento. Me lembro como se fosse hoje quando compramos a primeira Vutek. Uma máquina airbrush que rodava 6, 9, 12, 24 e 36 dpi. Nós pagamos US$ 1 milhão antecipados em 1994. O princípio da comunicação visual, na Neoband, foi com as plotters da

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Xerox, os 8954, plotters em que imprimíamos e fazíamos transferência. Depois veio a necessidade de investimento mais agressivo. O mercado, nessa época, estava baseado em dois fornecedores. Alguns clientes que visitamos na época imprimiam nos Estados Unidos, na MMT. Havia campanhas que o cliente rodava nos Estados Unidos, depois trazia as lonas para instalar. Uma campanha de outdoor demorava, em média, 30 dias para ser produzida entre entregar o meio magnético e receber as lonas. A Neoband foi um terceiro fornecedor. O mercado era muito virgem e inexplorado. Começamos a trabalhar em 1994 e, até 1998, foi uma sequência alucinante de investimento em equipamento. Não conseguíamos vencer o mercado. Comprava a Vutek, ela enchia três turnos, sete dias por semana, colocávamos outra Vutek. Foi assim durante muito tempo. O que notamos, com relação a essa época para agora, é mudança na acessibilidade dos equipamentos. Hoje há uma diversiicada gama de fornecedores, com portfólio grande de preço. São máquinas para pequenas, médias e grandes empresas.

“Acessibilidade do equipamento, redução do custo de matéria-prima, preço mais apertado e rentabilidade menor. É isso que noto ao longo deste período. E o que as empresas devem fazer? Se reinventar” O tempo de produção caiu absurdamente, também para se adaptar ao mercado. Hoje há clientes que pedem material para amanhã. Na fábrica, por exemplo, temos diiculdade de estruturar o PCP. Tenho PCP na gráica, então o material que entra na ofset passa por uma programação e planejamento. Há um programador que olha e diz em qual máquina vai entrar, que horas vai entrar, quando vai para o acabamento, etc. Em sinalização, meu atendimento se perde.

O timing é tão curto que não dá tempo para planejar. Tem que entrar com o material em uma velocidade muito alta, imprimir e entregar, porque é tudo para amanhã. Esse é a sétima vez que imprimimos a lona da Volkswagen, por exemplo. Fizemos esse projeto que é uma lona de 3 mil m2 com todas as tecnologias de acabamento para ixação, bolsa e reforço, instalada na fachada da fábrica de São Bernardo do Campo (SP). Ela tem três segmentos e a grande tecnologia aplicada na lona é o manuseio de acabamento. Para isso, a Neoband tem a máquina Fiab com 40 m, com mesa com vácuo, que permite fazer soldas com perfeição, sem espinha de peixe e sem ruptura. Essa lona era confeccionada em 30 dias. Hoje o cliente exige duas semanas, ou seja, metade do tempo. Há maior acesso ao equipamento, dinâmica de prazo menor e, obviamente, o preço. A rentabilidade do serviço caiu muito. As empresas que imprimem também tiveram o benefício das lonas que estão vindo da China, da redução de preço dos consumíveis, mas você tem ainda o mercado passando por um momento de transição muito grande, que é esse volume de equipamento. A gráica já passou por esses momentos, de ter muitas máquinas instaladas, sem que realmente se faça o estudo de retorno de investimento. Muita gente que é cliente de uma empresa como a Neoband e gasta R$ 10 mil, R$ 15 mil por mês de impressão, lona, adesivo, papel, etc., decide comprar um equipamento. Tenho vários clientes que se arrependeram do que izeram. Claro que estou do lado do fornecedor, mas a orientação é sempre a mesma. Antes de comprar uma máquina, faça um estudo de retorno de viabilidade, isso é básico. Vai agregar a uma empresa um custo que você não tinha, pois quando utiliza uma fábrica como a Neoband ou qualquer outra, isso entra no custo variável. Se tem serviço, faz, paga e acabou, se não tem serviço não paga nada. Com o equipamento dentro de casa, tem funcionário, tem o próprio fabricante que prende a um contrato de manutenção, está preso a consumíveis, a cabeças, não adianta achar que vai pegar o equipamento, colocar tinta que não é original e vai funcionar do mesmo jeito. Outubro 2012

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Entrevista

O que vejo como marcante, também, é desenvolvimento de tecnologia muito acelerado. Em 1994, eram até 36 dpi. Hoje, não rodo nada na fábrica com menos de 1.200 dpi e com velocidade. O último equipamento que instalamos roda 140 m2/h com qualidade premium. Acessibilidade do equipamento, redução do custo de matéria-prima, preço mais apertado e rentabilidade menor. É isso que noto ao longo deste período. E o que as empresas devem fazer? Se reinventar. O consumidor, de alguma forma, icou mais exigente? Tem um grupo de clientes que conhece bem o que está pedindo, e esse grupo é bem maior do que era antes. O maior apelo que existe nesse conhecimento é visual. O cliente vê uma lona impressa em 300 dpi e uma lona em 1.400 dpi e percebe a diferença na hora. Rodei muito banner em Vutek, por exemplo, mas hoje o mercado não aceita. Em hipótese nenhuma, mesmo comparado com a serigraia. Porque o processo serigráico, comparado ao digital, é inferior. Ele ganha em função de preço. Mas em repetibilidade e qualidade, não. Até nisso há diferença. O mercado digital caminha fortemente para o aumento de tiragem. Fiz uma produção de 36 mil m2 em duas semanas. Esse material que rodamos antes era em serigraia, que a gente terceirizava. Isso

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sempre foi impresso em serigraia. Foi a primeira vez que viabilizamos custo para rodar em digital. Isso é uma tendência do mercado. Os fabricantes HP, EFI, Durst, Ampla e outros caminham para isso. Para ter competitividade em altas tiragens.

“Ouvi claramente de alguns fabricantes que não investirão mais em clientes de médio porte. Ou é industrial ou é pequeno” O que vimos na última drupa? Ouvi claramente de alguns fabricantes que não investirão mais em clientes de médio porte. Ou é industrial ou é pequeno. Nós tivemos que pensar onde é que estamos, pois me considero uma empresa média. Ouvimos isso da HP e ouvimos da EFI: nós temos equipamentos para empresas pequenas e temos equipamentos industriais, para o médio não temos mais. Então, ou você vai para um investimento superior a US$ 1 milhão ou vai para um equipamento de R$ 200 mil, R$ 300 mil. Por que isso? Eles deram um argumento para essa decisão? Acredito que a média empresa ique em um ponto estrategicamente não deinido. Esse mercado de signmaker pequeno é muito grande. Conversando com a Ampla, eles me falaram que já instalaram mais de 2 mil máquinas no Brasil com peril de investimento baixo. Esse mercado, que vem agregado com consumíveis, talvez seja mais atrativo que o médio. Acredito que seja rentabilidade, ou seja, retorno sobre o produto. Parafraseando o que me disseram: o médio tem que deinir para onde ele vai. Ou ica em um nível tailor made ou vai para cima da serigraia, para o mercado industrial. Vai brigar para altíssimas tiragens, produtos industrializados que exigem uma logística muito bem montada, que é outro fator importante. Hoje, além do serviço de impressão e acabamento, o cliente quer que você monte o kit, e para isso a Neoband tem uma ex-


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Entrevista

pertise boa, rodo o catálogo dele em ofset, entra um móbile, um display, monta um pacote, etiqueta e coloca na logística. Para nós, isso interessa muito. O cliente vê que pode resolver tudo na Neoband e decide por fazer com a gente. Mas eu, particularmente, me considero uma empresa média. E como eles te consideram? É muito complexo falar sobre a opinião deles. Porque acho que o vendedor fala aquilo que você quer ouvir. Ouvi que a Neoband é uma empresa grande. Talvez eles estejam dizendo que seja mais fácil ir para o lado de uma empresa grande do que de uma empresa pequena... O que eles direcionam para a Neoband, em todas as conversas, são equipamentos de investimento alto, de produtividade alta. Todos os que conversamos, e estivemos na Durst, na EFI, na Agfa, na HP, todos eles dizem que temos que comprar a Durst 1000, a Leopard, a Tiger, a FB 7500. Mas acho isso complexo. O cliente de vocês, hoje, o que tem comprado mais? Temos um foco muito amplo e, até por isso, os fornecedores direcionam a gente para este lado, já que sempre fomos uma empresa industrial. Há um problema muito grave com relação a essa identidade. Esse material com 36 mil m2, que izemos em duas semanas, rodou na empresa tranquilamente com acabamento, solda, etc. Mas quando pegamos cem trabalhos de 50 m2, começa a complicar. Essa logística começa a icar um pouco mais apertada. Hoje, nosso grande negócio continua sendo volume. Rodamos muito banner, tiragens altas de banners, adesivos e papéis. Isso continua sendo nosso carro-chefe. Sem dúvida que, se você me perguntar sobre os rígidos, digo que minha máquina de rígido trabalha 24 horas. Não para. Imprimo PS, PVC, banner em papelão duplex, frente e verso, rodo lona BO e, depois da impressão dessas placas vem o manuseio disso. O corte na router, a dobra do PS, a colocação de uma bolsa de acrílico. A equipe está se desenvolvendo nisso. Contratei 18

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uma equipe comercial nova focada em PDV, então esse segmento está se desenvolvendo. É uma equipe que conhece o mercado e traz esse conhecimento para nós. A tendência é esse produto ganhar mais volume na Neoband. Esse é um produto de melhor rentabilidade, de valor agregado muito grande. O cliente valoriza muito esse conhecimento de diferentes mídias, diferentes processos de impressão, juntar esse quebra-cabeça e entregar um display giratório com base em MDF, com bolsa de acrílico, por exemplo.

“Nossa ideia é pegar esse catálogo [online] e transformar em um produto que você possa fechar o pedido online. O cliente escolhe a quantidade, faz o upload do arquivo, depois de uma semana recebe em casa o display” Qual o desaio nesse contexto? Ter que criar uma coisa nova todo dia, acredito que este seja o grande desaio. Mas, para lidar com isso, criamos um catálogo no site da Neoband e mostramos 60 ideias de produtos para o cliente. Tem display de corpo humano, tem display de balcão, display com porta take one, display de expositor, tudo no site. Por que izemos isso? Para facilitar o trabalho dos dois lados. O cliente pega o catálogo, folheia e diz: gostei desse produto, o que é isso? E digo: esse é um display de balcão com porta take one e acrílico. Com isso, eu consigo andar 50% do caminho. Porque, se não tenho aquele catálogo, o cliente vai brifar o serviço, vamos passar para a área de projetos, desenhar. E isso tudo tem o risco de, no inal, fechar o pedido ou icar inviável. Esse catálogo na internet é o primeiro passo dessa questão de loja virtual. Nossa ideia é pegar esse catálogo e transformar em um produto que você possa fechar o pedido online. Vai ter, por exemplo, um display de corpo humano, com 1,80 m x 0,70 m, com pé americano, de papelão, MDF, ou PS. O cliente escolhe a quantidade, faz o upload


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Entrevista

do arquivo, depois de uma semana recebe em casa o display de corpo humano para o aniversário da ilha, para a festa de inal de ano ou para colocar na recepção. Esse é o desaio de todos os dias. A área de PDV é uma área que desaia a fábrica todos os dias. Isso é interessante porque é nesse ponto que gera o valor agregado. O cliente enxerga que temos ideias, que temos ferramentas que podem ajudá-lo na fabricação do produto. É muito bacana quando vemos um produto, o projeto do Pão de Açúcar, que é uma loja virtual. Você está no shopping Cidade Jardim e dá de cara com um biombo que é um Iphone. Aquele Iphone, o que é? Simplesmente você está entrando no cinema e é uma vitrine com achocolatado, enlatado. Você usa um aplicativo do Pão de Açúcar que lê o QR Code, vai na vitrine, fotografa no QR Code, depois de 30 minutos a compra está na sua casa. Essa peça é uma caixa de luz estruturada em MDF, com impressão fotográica com látex, com duratrans ecológico. São seis peças articuladas que o cliente vai colocar em todos os pontos nos quais não há compra. Entrando para uma sessão de cinema, você olha aquilo e lembra que precisa de alguma coisa e compra. Isso é interessante porque é intercambiável e pode moldar de acordo com o local. No shopping Cidade Jardim coloca uma vitrine, no shopping Morumbi outra. Isso é desaio. Chegaram até nós e pediram Iphones gigantes articulados, que possam ser desmontados e transportados. Com isso, izemos algumas peças inusitadas. Faço até uma brincadeira com a equipe que é a seguinte: quanto maior sua caixa de ferramentas, melhor sua performance em desenvolver o produto. Mas precisa saber usar também, certo? Essa é a segunda parte da história. Meu alerta é: não vá pegar a chave de fenda para

“Lendo todas as revistas, assistindo palestras, compilando tudo, acredito que teremos um convívio harmônico desses materiais [impressos e eletrônicos]”

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apertar um parafuso Philips. Isso vai estragar a cabeça do parafuso e a ferramenta, tem que saber utilizar. Para inalizarmos, em sua opinião, qual a comunicação visual do futuro? A dinâmica está sendo muito grande. É possível ver o desenvolvimento de painéis em LED, e há em São Paulo grandes empresas com essa tecnologia, fazerem parte de displays, de produtos com LED, com televisão, com touch screen, com som. Eu, lendo todas as revistas, assistindo palestras, compilando tudo, acredito que teremos um convívio harmônico desses materiais. Tem locais em que se pode colocar comunicação impressa e locais em que se usa comunicação eletrônica, como uma tela de LED ou um painel. No próprio shopping JK, em que estive recentemente, entrei no estacionamento e dei de cara com cinco painéis eletrônicos. A primeira coisa que pensei é que esse é um local onde se tinha lona. Mas, entrando no shopping, as escadas são feitas em adesivo, as mesas da praça de alimentação em adesivo, os acessos pelas escadas eram em painéis com lona ou adesivo. Vejo, claramente, que há um desenvolvimento rápido e redução de preços da parte eletrônica, mas tem mídia impressa ainda muito forte. As aplicações são inúmeras. Compactuo com a opinião dos especialistas de que o futuro é a convivência harmônica.


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Especial | Sustentabilidade

Responsabilidade compartilhada

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Sustentabilidade requer envolvimento de toda cadeia produtiva Erik Bernardes

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tema sustentabilidade, quando pensado do ponto de vista empresarial, logo desperta atenção para questões ambientais e encarecimento dos produtos fabricados. De fato, um dos tripés do desenvolvimento sustentável, conceito que começou a ganhar atenção nos anos 1970 e virou popstar no início dos anos 2000, é o meio ambiente. Para contribuir plenamente com o desenvolvimento sustentável, porém, uma empresa não pode esquecer outros dois pontos fundamentais: pessoas e economia. O ciclo da sustentabilidade só pode ser considerado completo em uma produção com materiais que não agridem o meio ambiente, quando há manejo correto de resíduos, se a comunidade local ganha com esta produção e se, no inal do processo, houver lucro, objetivo principal de uma empresa. Para isso, desde o desenvolvimento da peça até o descarte para substituição da campanha ou ao inal do ciclo de vida de um luminoso, por exemplo, tudo tem de ser pensado para agredir o mínimo possível o meio ambiente. Dessa forma, trabalhar a sustentabilidade se torna uma responsabilidade compartilhada entre designers, signmakers, fornecedores, consumidores da comunicação visual e gestores de resíduos.

Criação Tudo começa quando um cliente tem uma ideia para uma peça de comunicação visual. Ele passa um brieing, ou um resumo daquilo que espera dessa peça, e um proissional de criação desenvolve, com base nessa ideia, o que será executado. O cenário atual da educação em Design, de acordo com especialistas, deixa a desejar quando se trata de apresentar diferentes materiais aos alunos. Apenas em alguns casos isso é realidade. “Normalmente, o ensino em uma escola de comunicação visual não prioriza a materialidade dos projetos. Reverter isso é uma batalha particular minha, pois tenho formação em produto”, revela Ágata Tinoco, professora da graduação em Design da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). Para apresentar os diferentes materiais, a professora Ágata tem por costume levar os alunos até uma empresa de comunicação visual que trabalha também com opções alternativas de materiais, produzidos com matéria-prima orgânica ou reciclada. Além disso, em sala de aula, há também algumas dicas importantes aos alunos. “Oriento para diminuição da quantidade de materiais, usar recicláveis ou reciclaOutubro 2012

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Especial | Sustentabilidade

dos, quantidade mínima de tinta e tentar casar material de impressão com material do substrato, para que isso não prejudique a reciclagem, são parâmetros que buscamos em projetos”, ensina Ágata.

A parcela de empresas que buscam e que oferecem opções sustentáveis ainda é pequena, uma vez que a maioria tem visão simpliicada da comunicação visual Na opinião da professora, a parcela de empresas que buscam ou que oferecem opções sustentáveis a seus clientes ainda é pequena, uma vez que a maioria tem uma visão simpliicada da comunicação visual, sem levar em consideração o processo de fabricação e o descarte do produto. “O impacto que se contabiliza é o uso de embalagens, água e energia. O fato de uma plaquinha de sinalização ser fabricada em condições menos agressivas não chega a repercutir na preferência da escolha de uma empresa”, lamenta a professora. Fabricação O desenvolvimento e fabricação de materiais sustentáveis com características adequadas à comunicação visual é a parcela que cabe à indústria. Entre os diversos fabricantes nacionais, não são todos que têm um setor de pesquisa e desenvolvimento ativo. Entretanto, algumas opções podem ser encontradas no mercado. Distribuidor com alcance nacional, a Serilon tem em seu portfólio alguns produtos que garante atender a essa necessidade. Mesmo assim, segundo o gerente Regional da empresa, Fábio Cestari, a procura ainda é pequena. “Classiicamos a procura como pequena, porém, em constante ascensão”, airma. “Os projetos estão acontecendo à medida que nossos proissionais levam o produto até o cliente e este tem a oportunidade de conferir de perto a qualidade do material e da impressão, por exemplo”, complementa. 24

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A Colacril, por sua vez, se antecipou à Política Nacional de Resíduos Sólidos com um projeto que envolve logística reversa. “O projeto consiste em produzir um liner sustentável para autoadesivo, em ilme de BOPP (polipropileno biorientado), cujas propriedades facilitam a reciclagem e a destinação adequada desse resíduo”, explica Patrícia Lombardi, gerente de Marketing do grupo CCRR, que engloba Colacril e RR. Assim, segundo a empresa, o usuário de autoadesivo pode destinar o liner de BOPP para a fabricação de um novo produto plástico, que pode ser um novo rótulo frontal ou, até mesmo, um novo liner, fechando o ciclo da sustentabilidade. A Serilon, por sua vez, oferece visitas a consumidores inais e formadores de opiniões, como designers e publicitários, em parceria com seus clientes, com o objetivo de fomentar o mercado. “Levamos um kit completo de soluções sustentáveis, detalhes relacionados às características, benefícios e aplicações”, indica Cestari. Segundo ele, o setor que mais procura esse tipo de solução atualmente corresponde a aqueles que utilizam aplicações em PDV, com destaque para grandes redes de fast-food, instituições inanceiras e mercado de cosméticos. Produção Em alguns casos, o processo de produção é deinido quando a arte chega ao birô para impressão e montagem. Mesmo assim, alguns empresários têm como missão em seus birôs trabalhar os conceitos de sustentabilidade. Esses tentam convencer os clientes dos benefícios de se investir em peças que agridem menos o meio ambiente, tanto no processo de fabricação quanto no descarte do material. Como em um trabalho de formiguinhas, os resultados nem sempre são aparentes de imediato. Em todo caso, qualquer esforço contribui com um ambiente melhor. Para Hélio Okamoto, diretor e fundador da Kojima Sinalização e Interiores, localizada em São Paulo (SP), trabalhar o tema com os ilhos, em função de uma temática para a escola das


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Especial | Sustentabilidade

Divulgação Kojima

“Contratei um técnico somente para desenvolver produtos sustentáveis”, Hélio Okamoto, diretor e fundador da Kojima Sinalização e Interiores

crianças, foi a inspiração para o investimento em sustentabilidade. No começo, o foco era reduzir desperdício de água, trabalho que envolveu inclusive palestra da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) aos colaboradores. “Comecei a pesquisar e a gente achou um meio de não usar água para limpeza das peças”, revela o diretor. A partir daí, um longo caminho começou a ser trilhado e hoje a empresa conta com um colaborador contratado especiicamente

para desenvolver novos materiais que possam ser utilizados na comunicação visual. “Contratei um técnico somente para desenvolver produtos sustentáveis e o resultado é que utilizamos folha de bambu, folhas com ibra de coco e mantemos esse proissional até hoje”, complementa. Localizada em Lauro de Freitas, na Bahia, a You Comunicação também busca sustentabilidade em sua rotina de produção. Para isso, a empresa tem alguns parceiros que se encarregam da destinação adequada para resíduos como madeira, alumínio, vinil e outros. Além disso, também oferece a seus clientes soluções alternativas com materiais que agridam menos o meio ambiente. “A demanda por esse tipo de solução aumentou, mas muitos ainda buscam apenas o melhor preço, é difícil lutar contra isso”, lamenta Lourival Baptista, sócio-diretor da empresa. Para o processo de desenvolvimento de novos materiais da Kojima, foi importante reinventar processos. Um dos pro-

Divulgação You Comunicação

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dutos da empresa, uma placa feita com sobras de tubos de pasta de dente, por exemplo, pode variar em cor e espessura, o que interfere diretamente no trabalho. Okamoto explica que quando a placa é produzida a partir das aparas do tubo, coletadas ainda na fábrica, adquire uma coloração que é diferente daquela produzida com tubos de pasta de dente usados, que ica mais escura. Além disso, quando encomenda uma placa desse tipo, com um centímetro de espessura, por exemplo, o material pode variar entre 0,5 cm e 1,0 cm. “A solução mecânica tem que ser compatível, é preciso um processo de ixação das peças que consiga se adaptar a essa variação de espessura. Não daria para imaginar que vai icar certinho, maravilhoso sob esse

ponto de vista, mas, bem utilizado, ica um trabalho charmoso”, ensina. “É como fabricar móveis com madeira de demolição. Você sabe que vai ter um furo de prego ali, mas isso pode ser um charme a mais no seu produto”, complementa. A Kojima ainda não consegue trabalhar apenas com o material sustentável, mas revela que se dá ao luxo de não utilizar os materiais mais agressivos ao meio ambiente. “Tenho que utilizar outras coisas, mas cheguei a um ponto de 100% do que uso ser reciclável ou reciclado. Além disso, me nego, por exemplo, a utilizar ibra de vidro, que vem de um processo extremamente poluente e que não tem retorno”, declara Okamoto. O resultado é a atração de clientes importantes. O diretor revela que

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ga”, ou seja, ir criando lentamente a cultura e desenvolvendo os fornecedores. A You Comunicação Visual não desenvolveu materiais especíicos para trabalhar a sustentabilidade, mas conta com os tradicionais distribuidores

Divulgação Kojima

uma grande rede de supermercados e um shopping conhecido da capital paulista, entre outras empresas, optaram pela Kojima justamente pela ilosoia da empresa. A grande diiculdade é encontrar volume de materiais nas cooperativas de catadores e reciclagem. Em trabalhos de grande porte, por exemplo, a escassez impossibilita o comprometimento com o cliente. “Eu não posso divulgar a utilização desse material para um grande projeto, porque depois eles [ONGs e cooperativas] não têm condição de fornecer a matéria-prima, pois ainda estão engatinhando em termos de produção”, revela o diretor. Para solucionar isso, a empresa, que tem essa ilosoia há mais de sete anos, usa a estratégia dos “passos de formi-

Divulgação Eco Brasil

Política Nacional de Resíduos Sólidos Em seu artigo 1º, a Lei nº 12.305, publicada em agosto de 2010, impõe que alguém seja responsabilizado pela gestão dos resíduos produzidos pela sociedade. “A grande discussão é deinir quem é o responsável pelo resíduo, se é o fabricante do alumínio, por exemplo, se é o fabricante da lona, se é quem imprime, se é quem instala, se é o dono do estabelecimento onde esta peça está e depois onde ele descarta isso”, diz Adriano Assi, consultor em sustentabilidade e diretor da Eco Brasil. Ainda em debate, o que o especialista acredita é que o fabricante seja responsabilizado pela logística reversa dos materiais que produz. “Tudo indica que a indústria vai ser responsabilizada e politicamente, claro, não tem um responsável apenas”, declara Assi. “O consumidor também não poderá simplesmente descartar de forma inadequada”, complementa. Coniante, o diretor acredita que o Brasil está preparado para absorver a demanda de uma política eicaz de logística reversa, uma vez que considera que a indústria tem investido em equipamentos, técnicas e métodos para reciclagem e o mercado está se proissionalizando. O gargalo, segundo ele, não é no processo de reciclagem, mas no consumo desse produto. Para Adriano Assi, a sustentabilidade não acontece simplesmente por alguém encaminhar os materiais para reciclagem, mas ica completa quando as pessoas passam a consumir a matéria-prima feita com os materiais reciclados. “Se estou fazendo um display de PDV, por exemplo, por que não utilizar um acrílico reciclável. Claro que há ca“Tudo indica que a indústria racterísticas técnicas que habilitam ou não o material a ocupar aquela vai ser responsabilizada”, aplicação, mas em geral é possível substituir o material”, indica. “Aí se Adriano Assi, consultor em sustentabilidade e diretor fecha o ciclo da sustentabilidade. Você, simplesmente, consome aquida Eco Brasil lo que você mesmo gerou”, inaliza.

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do mercado para atender à crescente demanda dos clientes. Trabalhar com empresas conhecidas do setor, porém, não garante o fornecimento dos materiais necessários para um serviço com qualidade. “Trabalhamos com um distribuidor conhecido nacionalmente, mas que deixa a desejar no fornecimento de materiais sustentáveis. Eles têm uma linha sustentável, mas nem sempre isso chega para nós”, desabafa o diretor da empresa. Descarte Quando acaba o projeto, uma determinada campanha termina, ou mesmo ao inal do tempo de vida útil da peça que estava instalada, é preciso saber o que fazer com isso. Quando o planejamento da peça inclui materiais recicláveis ou orgânicos, por exemplo, ica mais fácil determinar o destino. Mas em caso de grandes volumes de material, há empresas que se especializaram em manejo e descarte de resíduos. Assim, o birô pode se concentrar naquilo que é sua especialidade, produzir as peças de comunicação visual. A Recicleiros, empresa que tem foco em resultados socioambientais além da geração de lucro, trabalha com gestão sustentável de resíduos, entre outras coisas. Com experiência de trabalho em grandes eventos, a empresa coleta, separa e destina os

Divulgação Recicleiros

“As lixeiras mais bonitas, melhor sinalizadas, trazem a problemática e a responsabilidade no momento em que se descarta”, Erich Burger, fundador e diretor da Recicleiros

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resíduos gerados pelas multidões. “Em alguns casos, em grandes shows, a gente faz uma central de triagem dentro do evento, em outros, que têm uma estrutura de espaço que inviabiliza isso, todo resíduo é transportado para um galpão de triagem, feita a separação e destinado. O que é reciclável vai para reciclagem, o que não é vai para as alternativas que a gente tem e que são ambientalmente adequadas, como aterro sanitário”, explica Erich Burger, fundador e diretor da Recicleiros. Para facilitar o trabalho de sua equipe, Burger conta que utiliza mensagens explicando ao usuário a maneira correta de descartar seus resíduos, principalmente em grandes eventos. “Usamos o que chamamos de supercoletor, com apelo visual de impactar o público que está acostumado com aquela lixeirinha preta colocada no canto, que faz com que a gente pense que aquilo é só lixo mesmo”, detalha. “As lixeiras mais bonitas, melhor sinalizadas, trazem a problemática e a responsabilidade no momento em que se descarta”, inaliza. Sendo assim, não adianta passar adiante a responsabilidade pelos cuidados com o planeta. Cada elo da cadeia produtiva deve se preocupar em oferecer o máximo de soluções possíveis a seus clientes, além de cobrar do seu fornecedor soluções que realmente façam a diferença. Caso seu cliente não consiga enxergar os benefícios da sustentabilidade, tente explicar novamente. Com fornecedores é mais simples. Se ele não atende às demandas que são apresentadas, basta desenvolver outro. Cuidar do planeta é um trabalho de formiguinhas, cada qual fazendo seu papel e garantindo que este grande formigueiro receba as próximas gerações com água limpa, ar puro e áreas verdes suicientes para todos.


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Showroom

Dois coelhos com um equipamento só Com a ideia de aliar dois trabalhos no mesmo equipamento, Mimaki aposta na SWJ-320 S4 para acertar dois coelhos de uma só vez Léo Martins

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uem nunca ouviu aquele dito popular “acertar dois coelhos em uma cajadada só”? Pois bem, esse dito normalmente é usado em situações em que uma atitude pode resolver dois problemas de uma só vez. Esse ditado pode ser comparado à ideia que a Mimaki Brasil teve ao lançar a SWJ-320 S4, equipamento que proporciona ao usuário efetuar dois trabalhos com uma só máquina. Surgimento da ideia A SWJ-320 S4 foi concebida a partir da percepção que a Mimaki teve com a qualidade de equipamentos que trabalham com gigantograia. “O Brasil dispõe de uma alta demanda de máquinas com 3,20 m de largura para trabalhos feitos para outdoors. Porém, percebemos que a maioria das máquinas que entravam no Brasil era chinesa e que não dispunham de um compromisso sério com a engenharia de qualidade e uma tecnologia de ponta”, argumenta Bruno Vinícius Santos, supervisor comercial do Departamento de Comunicação Visual da Mimaki. Dessa forma, a empresa apostou na SWJ-320 S4 com a promessa de unir duas funções em um único equipamento. “A ideia é justamente trazer para o Brasil uma máquina que pudesse unir a qualidade das máquinas solventes pequenas em uma boca

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de 3,20 m, possibilitando ao cliente fazer os dois trabalhos com um único equipamento. Assim, ele pode aliar também a otimização da produção e uma qualidade satisfatória”, destaca Santos. Diferencial Para ter um diferencial entre os equipamentos a solvente, a Mimaki aposta na qualidade de impressão do equipamento. A SWJ-320 S4, além de imprimir em uma largura de 3,20 m, também faz pontos variáveis com tamanho de 7, 14 e 21 picolitros. O equipamento também apresenta resolução máxima de até 1.200 dpi x 1.080 dpi, fator que garante a principal diferença da SWJ-320 S4 para as demais máquinas do mercado: o equipamento tem uma resolução alta quando comparado às resoluções das máquinas de 3,20 m existentes no mercado. A impressora também é encontrada em dois modelos: a SWJ-320 S4, que possui quatro cabeças posicionadas em duas linhas, e a SWJ-320 S2, que mantêm o mesmo padrão, porém, com duas cabeças em linha. Modo de operação A SWJ-320 S4 imprime nos mais variados tipos de substratos. “Consideramos o equipamento a solução ideal para qualquer necessidade de impressão, pois opera


Divulgação Mimaki

SWJ-320 S4 alia dois trabalhos em um só equipamento: une a qualidade de máquinas solventes pequenas em uma boca de 3,20 m de largura

em vários substratos, como vinil, FF, PVC e lona, que podem ser utilizados em diversas aplicações, como a produção de banners, outdoors, entre outras”, explica o supervisor da Mimaki. Além disso, a SWJ-320 S4 opera em 600 / 900 / 1.200 x 360 / 540 / 720 / 1.080 dpi, o que garante que o equipamento seja uni e bidirecional e possua opções de 2, 4, 8 e 12 passadas. A SWJ-320 S4 também possui quatro cabeças de impressão e utiliza uma matriz escalonada que, no modo draft, atinge uma operação de até 84,6 m²/h, o que aumenta proporcionalmente a produção do usuário. Desenvolvida pela Mimaki, a tinta com a qual a impressora trabalha é a CS100, que ganha destaque por não ter tendência de entupimento de nozzles. A impressora utiliza também o software da própria Mimaki, o Raster Link Pro, que garante ao usuário uma operação didática e que suporta dados variáveis.

Especiicações Cabeça de impressão SWJ-320 S2: Duas cabeças piezo elétricas SWJ-320 S4: Quatro cabeças piezo elétricas Largura máxima de impressão: Até 3,20 m Resolução: 600 / 900 / 1.200 x 360 / 540 / 720 / 1.080 dpi Tinta Tipo de tinta: Tinta solvente CS 100 – 4 cores (CMYK) Sistema de abastecimento: Galão de 2 litros para cada cor Mídia Largura: Até 3,20 m Peso: Feeding até 100 kg e rebobinamento até 40 kg Sistema de secagem: 3 aquecedores inteligentes (pré, durante e pós) e secador Feeding e rebobinador: Standard

Instalação e manutenção Para que a SWJ-320 S4 tenha a sua operação garantida, a instalação do equipamento deve ser feita de maneira adequada e segura. “A instalação é feita sempre por um técnico autorizado Mimaki e o ambiente deve ser controlado. Temperatura, umidade, no-break e aterramento devem estar de acordo com um check-list passado previamente por nós aos clientes. Isso dará segurança para trabalhar com a máquina e assegurará qualidade de impressão nos trabalhos”, observa Santos. Já a limpeza da cabeça de impressão é feita de maneira automática com um sistema que inclui a renovação periódica da tinta na cabeça, uma sucção automática da tinta e o wipper, que é responsável pela limpeza da parte externa da cabeça de impressão.

Interface: USB 2.0 Consumo de energia Máquina: AC 200V e 240V 5A ou menos Aquecedor: AC 200V e 240V 10A ou menos Secador: AC 200V e 240V 14A ou menos Ambiente de operação Temperatura: 20°C a 35°C Umidade: 35% a 65% RH (sem condensação) Dimensão: 4.650 mm x 1.200 mm x 1.405 mm Peso da máquina: 600 kg Obs.: SWJ-320 S2/S4 requer três linhas de transmissão de energia *Com informações da Assessoria de Imprensa da Mimaki

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Muito mais que irmãos Manos da Oicina apostam nas diferenças entre eles – um racional, outro emocional – para formar parceria completa Léo Martins

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yin-yang é um símbolo da cultura chinesa que tem a representação de duas forças que aparentemente são diferentes, mas, na verdade, se complementam. O símbolo representa o equilíbrio. Dentro desse contexto, pode-se pensar que para que algum tipo de parceria dê certo, as pessoas que a compõem precisam ser diferentes e se completar. É essa a ilosoia que rege a carreira dos irmãos Daniel e Juliano Barbosa, que há 13 anos elevaram sua parceria a um nível maior que o de irmãos. Eles são manos, os Manos da Oicina.

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Início da parceria Naturais da cidade de São Paulo, a história dos Manos da Oicina teve início em 1999, quando Daniel Barbosa, irmão mais velho, logo depois de saber que a sua mulher icou grávida, decidiu dar rumos mais sólidos para a sua vida. “Resolvi montar uma oicina e trabalhar com carro, que foi o que eu sempre gostei de verdade. A primeira oicina era bem parecida com aquelas de beira de estrada e a clientela se espantava muito. Por esse motivo, os primeiros clientes só me procuravam para pedir coisas complicadas e serviços que ninguém queria fazer. Como eu não tinha cliente, aceitava todo tipo de serviço, desde ar-condicionado até tapeçaria”, relembra Daniel. Naquele tempo, a oicina cresceu justamente pela diiculdade dos serviços solicitados e executados. Isso fez com que Daniel arrendasse uma oicina maior. Juliano Barbosa se juntou a Daniel nesse período. Antes disso, Juliano trabalhava em uma empresa de comunicação visual. No entanto, como sempre teve gosto por pintura, em algumas ocasiões ele auxiliava o irmão na oicina. “Sempre depois da saída do meu trabalho, eu passava na oicina do Daniel para pintar algumas peças de carro, como lanterna e capôs. Como a demanda Com 13 anos de história, Daniel e Juliano Barbosa têm uma carreira e estilos sólidos e consolidados

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Dia D: o 11 de setembro Em 2001, mais precisamente no dia 11 de setembro, o mundo icou marcado pelo ataque terrorista às torres gêmeas nos Estados Unidos. Por conta do ataque, uma crise econômica se espalhou pelo mundo e, consequentemente, afetou os irmãos Barbosa. “Essa data foi importante para nós. Até esse dia, faziámos trabalhos mais convencionais. Quando ocorreu o ataque aos Estados Unidos, o mercado deu uma estagnada. As nossas contas só aumentavam e não tínhamos mais trabalho. Então, a im de sustentar nosso negócio, começamos a buscar tendências em revistas internacionais de carro, para que assim, pudéssemos aplicá-las do nosso jeito. Dessa forma, começamos a tunnar os nossos primeiros carros”, recorda Daniel. Outro fato que teve importância na carreira da dupla foi o lançamento do ilme Velozes e Furiosos. O longa-metragem auxiliou não só uma mudança radical no mercado automobilístico, como ajudou com a ideia dos irmãos Barbosa. Cores diferentes, acessórios chamativos e motores potentes eram a bola da vez. “Se nos Estados Unidos o tunning era novidade, aqui no Brasil era mais ainda. Quando o ilme entrou aqui, acabamos, por consequência, sendo os pioneiros do tunning no

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de serviços foi crescendo, pedi demissão da empresa em que trabalhava e montei um ateliê de pintura dentro da oicina do Daniel. Aí começamos a fazer de tudo. Som, alarme, acessórios, ar-condicionado e pinturas especiais”, indica Juliano. Com o término do arrendamento, os irmãos resolveram alugar um galpão e montar uma oicina própria. Em meio à pesquisa em revistas de carros internacionais, eles descobriram qual seria o nome da oicina. “Nós estávamos folheando umas revistas e avistamos o nome Dimension, título dado para uma matéria de um carro que tinha outras dimensões. Achamos que tinha muito a ver com a gente. Assim surgiu o nome da nossa empresa: Dimension Xtreme Customs”, diz Juliano.

Brasil. Só nós tínhamos feito trabalhos semelhantes ao ilme. Nosso trabalho começou a aparecer cada vez mais a ponto de termos, no mesmo mês, sete capas de revistas automotivas com carros feitos por nós”, airma Juliano. A partir desse momento, o trabalho dos Manos da Oicina foi crescendo, bem como a publicidade da dupla. Os clientes chegavam com ideias mirabolantes e aparentemente impossíveis para que os irmãos pudessem executar. A insanidade sã dos irmãos Barbosa os levou a sair da oicina. A televisão foi o próximo passo. Entrada para a TV Muitos conhecem os Manos da Oicina por conta da participação da dupla no quadro “Lata Velha”, pertencente ao programa Caldeirão do Huck, na Rede Globo. Entretanto, a entrada deles para a TV aconteceu antes disso. “Em meados de 2005, um rapaz pediu para conhecer a oicina. Ele nos visitou durante três dias consecutivos. No terceiro dia, fomos perguntar o que ele queria de verdade. Então, ele nos informou que

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era produtor do programa Rides, da Discovery Channel, e que só nós atendíamos o que eles queriam. Fomos convidados a participar da versão brasileira do programa. Achamos que fosse brincadeira”, conta Daniel. A dupla aceitou entrar no programa. Sem nenhuma remuneração, o desaio era fazer um carro em um prazo de 15 dias para o Salão de Tunning, em São Paulo. Daniel conta que esse período foi de extremo aprendizado para a dupla. “Conseguimos fazer um trabalho de estreitamento com as empresas. Mostramos para elas nossa capacidade e a nossa credibilidade foi aumentando. Conseguimos fazer com que as empresas nos patrocinassem no programa. Esse estreitamento com as empresas nos fez amadurecer muito como proissionais e usamos isso até hoje”, comenta. Ao inal, a dupla conseguiu entregar o carro pronto. O programa foi um sucesso, sendo um dos mais assistidos da série e reprisado até hoje, sete anos depois de seu término. O carro também foi premiado no Salão de Tunning. “Quando estávamos no Salão de Tunning expondo o carro, decidimos que iríamos voltar a nos dedicar à oicina. No entanto, na mesma noite, outro rapaz nos abordou, se apresentando como produtor do quadro Lata Velha, do programa do Luciano Huck. Na mesma noite, ele nos fez o convite para que participássemos do quadro. Foi surreal”, relembra Daniel. Em 2007, a dupla assinou o contrato com o programa, porém, entrando em acordo com a produção para que os carros feitos sempre fossem trabalhados seguindo a ilosoia dos irmãos.

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O período do quadro Lata Velha serviu para alavancar ainda mais a imagem dos Manos da Oicina. Contudo, os carros feitos ao modo da dupla saíam mais caro para o programa. Então, a dupla fez um trabalho de marketing com as empresas para conseguir mais recurssos para o quadro. Em troca, os irmãos Barbosa liberariam sua imagem para que as empresas pudessem utilizá-la na divulgação de seus produtos. “Fizemos esse trabalho sem a ajuda da Globo. Nós só pedimos auorização a eles para que pudéssemos correr atrás das empresas e para que eles mostrassem a nossa imagem durante todo o processo de montagem do carro. Assim, nossa imagem icaria cada vez mais conhecida e ajudaria as empresas que nos patrocinavam, pois elas utilizariam a nossa imagem para a divulgação dos seus produtos”, destaca Daniel. Os irmãos Barbosa participaram do programa até 2010, quando, após um desentendimento com a Rede Globo, tiveram de se desligar do programa. Após o desligamento, a dupla montou a oicina na qual eles trabalham atualmente. Novos horizontes estavam à vista. Criando e desenvolvendo O fato de os irmãos Barbosa terem saído da televisão foi positivo. Com mais tempo disponível, a dupla começou a focar na criação de produtos e novas soluções com os parceiros conquistados na época da te-


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ginação. A diferença entre nós dois é o nosso grande segredo”, enaltece Daniel. Com 13 anos de história, os irmãos Barbosa consideram que possuem um estilo consolidado de trabalho. “Nosso estilo está justamente em fazer coisas que ninguém faz. Ideias que pensam ser impossíveis de serem executadas. Fizemos para o carnaval de Salvador deste ano, por exemplo, um carro para o Guaraná Antártica movido a Facebook. O carro só andava quando “curtiam” a fanpage da empresa. Ficamos muito orgulhosos, pois ninguém tinha feito nada parecido”, exalta Daniel.

levisão. Foi então que, em parceria com a Imprimax, uma ideia que parecia absurda se tornou realidade. Nascia o Power Revest. “Em 2010, o ato de envelopar se tornou uma grande mania. Como sempre trabalhamos com a Imprimax, a empresa sempre mandava clientes deles para nós. Mas percebemos que a demanda de clientes estava muito alta e que estávamos perdendo muito tempo para envelopar os carros. Precisávamos fazer aquele trabalho mais rápido. Foi assim que surgiu a ideia que hoje tem o nome de Power Revest. Levamos a ideia para a Imprimax e desenvolvemos o produto junto com eles. É literalmente o envelopamento líquido”, analisa Daniel. O segredo dos irmãos Daniel e Juliano têm estilos de trabalho e de personalidade bem diferentes um do outro. Entretanto, para eles, isso é justamente o diferencial de seu trabalho. “O bacana da nossa relação é o fato de sermos muito diferentes e, por isso, completamos um ao outro. Eu sou mais racional e funcional e o Juliano é mais emocional e artístico. Quando o Juliano tem as ideias, eu dou forma a elas. Já o Juliano me ajuda a dar asas à minha ima38

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Presente e futuro O fato de os irmãos Barbosa estarem fora da TV colabora com o foco atual da dupla. “Ainda trabalhamos com a restauração de carros. Temos clientes enormes e isso nos deixa muito bem. Mas estamos dando uma preferência maior ao desenvolvimento de novos produtos. Nos consideramos muito mais úteis dessa forma. A ideia de criar algo do zero nos deixa muito empolgados”, observa Daniel. Nesse rítmo, os irmãos Barbosa fazem projeções para o futuro. “Temos planos de viajar ao redor do mundo para buscar coisas novas. Assim, ‘tunaríamos’ essa ideia e a deixaríamos com a nossa cara”, projeta. A dupla deixa ainda um aviso para os leitores da Sign. “A grande chave é saber o que você realmente gosta de fazer. Quem gosta do que faz, sempre está de férias. Preiram também sempre os desaios, pois é neles que estão guardadas as grandes coisas”, aconselha Daniel. Irmão. Essa simples palavra, em signiicado literal, é dada a pessoa que é ilha dos mesmos pais. No entanto, ser irmão é muito mais que isso. Ser irmão é ser parceiro, é aceitar a diferença do outro. Os irmãos Barbosa são um bom exemplo, pois foi nessa diferença que eles encontraram aquilo que os completava, tornando-os assim, muito mais que irmãos. Assim como na ilosoia oriental, o equilíbrio é a chave para que as coisas caminhem em harmonia. Por isso, equlibre-se e ache o seu contraponto, o seu outro lado. Ache o seu “mano”. É muito provável que é lá que esteja a chave do seu sucesso.


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Operação: Dossiê UV Defeitos, soluções e futuro, tecnologia UV ainda aquece muitas perguntas para o próximo passo Léo Martins

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ersonagem de icção da literatura britânica criado pelo médico e escritor Sir Arthur Conan Doyle, Sherlock Holmes é um dos detetives mais famosos dos romances policiais. Juntamente com seu parceiro Doutor John Watson, Holmes icou conhecido por utilizar métodos cientíicos e lógica dedutiva na resolução de seus mistérios e por utilizar, ao inal de todos os casos, a celebre frase “é elementar, meu caro Watson”. É com base em Holmes que esta reportagem procura desvendar alguns dos mistérios em torno das impressoras UV, uma das tecnologias mais utilizadas na comunicação visual. Portanto, sigamos os passos de Holmes pela tecnologia UV e desvendemos os mistérios existentes.

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Desvendando benefícios e possibilidades O advento das impressoras UV auxiliou as mais diversas áreas. Professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e sócio da consultoria C-Brand, Gilberto Mendes aponta que a praticidade e a polivalência de trabalhos da tecnologia UV são um grande benefício. “As impressoras UV vieram para trazer mais praticidade, simpliicando o processo de set-up de produção, quando comparadas à serigraia e outros processos mais tradicionais. Outro ponto interessante é a possibilidade de trabalharmos em substratos lexíveis (papel, lona) e rígidos (PVC, vidro, plástico corrugado, alumínio, etc.) com altíssimo padrão de resolução, além de viabilizar também produções em pequenas tiragens”, analisa o professor Mendes. “Esses atributos técnicos traduzem-se em uma série de benefícios para os birôs de impressão e para os clientes inais quando se trata de personali-

zação. É possível, por exemplo, desenvolver criações elaboradas e únicas, como papéis de parede, cortinas plásticas, móveis decorados, entre outras”, completa Luiz Henrique Rui, supervisor de marketing da Ampla. Devido ao desempenho da tecnologia nos mais diversos substratos, Paulo Sérgio, empresário do birô Chamonix, considera que a utilização da impressora UV se tornou lucrativa. “Apesar de achar que ela poderia ser um pouco mais veloz, a máquina UV só acrescentou em termos de qualidade, durabilidade e lucro, pois não precisamos gastar com adesivo, já que imprimimos direto nas chapas. Nossos clientes estão muito satisfeitos e as respostas são sempre positivas”, diz Sérgio. Mercado a ser explorado Com uma tecnologia que possui tais vantagens, o mercado de impressora UV está em crescente evolução. Quem possui essa tecnologia, certamente ganha um di-

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Importante para a tecnologia UV, as lâmpadas de cura merecem uma atenção especial nas manutenções preventivas

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ferencial dentro do mercado. “O mercado para essas impressoras está bastante aquecido, principalmente entre os clientes que buscam maneiras de se tornarem diferenciados neste mercado, que é muito competitivo. Há dois anos, promovemos a tecnologia UV LED e, desde então, ela vem atingindo bons resultados”, comenta Rodrigo Wagner, membro do Departamento Técnico da BR Group. “A tecnologia UV está inserida em um segmento de mercado em franca expansão, tendo em vista as variadas necessidades que esse mercado demanda, seja pelo tipo do substrato ou pelos modos de aplicação. Por esse motivo, a procura por essa tecnologia tem aumentado de forma signiicativa, com os proissionais gráicos buscando atender às necessidades especíicas de seus clientes”, completa Luiz Henrique Rui. Quanto aos mercados nos quais a tecnologia UV mais pode gerar benefícios, o professor Gilberto Mendes analisa que o de PDV é o que mais vem ganhando com a utilização desta tecnologia. “Sem dúvida, o mercado de material de ponto de venda conseguiu ser mais dinâmico. De forma geral, o mercado publicitário bellow the line foi o mais beneiciado. Cartazes instalados nos halls de shopping centers, nos mobiliários urbanos (relógios e paradas de ônibus), além de ambientações e projetos especiais em locais estratégicos para trabalharmos momentos de experiência dos consumidores com as suas marcas, são um belo exemplo”, airma. Dentro desse contexto, Cristiano Guerra, do Departamento Comercial da BG Soluções Técnicas, acredita que a tecnologia UV é necessidade para quem trabalha com comunicação visual. “Na última década, a impressão UV se consolidou como equipamento necessário em qualquer birô de comunicação visual. Desde o início da entrada desse tipo de equi-

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pamento, o interesse do mercado só vem aumentando e deve continuar pelos próximos anos”, acrescenta Guerra. Processos desvendados Uma das questões que envolvem o trabalho com a tecnologia UV é a pré-impressão. Tratativas da imagem e do substrato se tornam importantes para que o resultado inal tenha êxito. Diretor do birô F9, Saulo Camargo explica que o estudo e o tratamento adequado ao substrato que receberá a impressão são partes importantes do processo de pré-impressão. “Além dos requisitos básicos como a resolução da imagem, é importante saber qual substrato receberá a impressão. Dessa forma, pode-se planejar o melhor aproveitamento da mídia e também fazer a correta aplicação do peril de cor. O sistema de impressão UV possibilita ainda a impressão sobre substratos com cores diferentes do branco. Por isso, a participação da pré-impressão é importante nos ajustes dos arquivos”, comenta Camargo. Além da cautela com o substrato, Paulo Sérgio ainda chama a atenção para o cuidado na conversão do arquivo. “Tomamos muito cuidado no tratamento dos substratos rígidos. Costumamos limpá-los com um tipo especíico de álcool, o isopropílico. Procuramos nos atentar também ao momento de conversão dos arquivos para o modo de leitura da máquina. Como as extensões são .jpg ou .pdf, se não houver cuidado, a impressão pode ter problemas”, observa Sérgio. Seguindo as pistas dos problemas e soluções Todo equipamento eletrônico está sujeito a falhas. Essas falhas podem ter inluência do próprio equipamento, bem como daquele que o opera. “As duas situações ocorrem. Os equipamentos UV oferecem maior estabilidade operacional, porém,


eventualmente, ocorrem problemas de falhas nas cabeças, entupimentos dos iltros de tinta ou ar ou instabilidades eletrônicas. Já o operador pode cometer falhas no posicionamento da mídia, escolha equivocada do peril de cor, escolha do substrato errado, processamento de ampliação errado do arquivo, erro de interpretação da ordem de produção, entre outros”, comenta Saulo Camargo. “Falhas do equipamento ocorrem porque este tipo de máquina precisa de manutenção diária. Caso contrário, falhas como entupimento da cabeça e no sensor podem ocorrer. Já com o operador, as falhas ocorrem caso o mesmo libere os arquivos não ripados corretamente e com peril errado”, completa Paulo Sérgio. Veja abaixo os principais fatores que inluenciam nos defeitos e nas soluções dos equipamentos:

Pista 1: Defeitos As falhas que podem ocorrer no equipamento são as mais diversas possíveis. Para Jorge Moreira Ferreira, diretor da assistência técnica D-Comp, existem falhas que ocorrem em uma frequência maior. “Geralmente, nos deparamos com necessidade de limpezas periódicas para que as tintas não decantem, um alto consumo de energia devido ao uso de lâmpadas de halogêneo e incompatibilidade dos materiais a serem utilizados para a impressão”, enumera Ferreira. Entretanto, outros problemas podem vir a acontecer. “Não efetuar a cura corretamente e queima de componentes elétricos também podem ocorrer. Quando a impressora tem problemas mecânicos, acontece falta de ventilação. Isso aquece o sistema da lâmina reletora da lâmpada, o que pode

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empenar também o sistema da lâmpada”, completa Carlos Eduardo Hofecker, técnico da assistência técnica UV System. Pista 2: Fabricantes e usuários Como dito anteriormente, os problemas nas impressoras UV podem ter diversas causas e o usuário tem uma parcela considerável nos defeitos. Esse problema pode se tornar mais constante caso o usuário não tenha as informações necessárias sobre o equipamento. “A complexidade da tecnologia aliada à falta de informação do usuário são as causas mais comuns dos problemas encontrados nesses equipamentos. Para isso, o fabricante deve mostrar transparência em todo o processo, desde a produção do catálogo e demonstração ao momento da venda e treinamentos após a compra. Uma ampla rede de assistências técnicas, garantia estendida e materiais de apoio, como documentos e tutoriais de utilização de ferramentas, são muito importantes para que o usuário se sinta seguro”, airma Jorge Moreira Ferreira, da D-Comp. Para que as falhas possam ser minimizadas, os fabricantes das impressoras têm um importante papel na orientação aos usuários destas impressoras. “Todos os clientes que adquirem nossos equipamentos passam por um treinamento de dois dias. Esse conhecimento técnico é fundamental para que os usuários estejam habilitados a operar a impressora da maneira correta e a realizar a sua manutenção diária”, diz Luiz Henrique Rui, da Ampla. “Um bom treinamento do operador é importante para que ele possa fazer os procedimentos corretos. Procuramos oferecer treinamentos especiais de aplicação, para que a empresa tenha o maior proveito sobre seu equipamento”, completa Cristiano Guerra, da BG Soluções Técnicas. Já a BR Group aposta na transferência de conhecimento com o usuário.

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“Nós trabalhamos no sistema de transferência de conhecimento, sempre procurando estimular as parcerias com os usuários. Desse modo, conseguimos mostrar que as impressoras possuem fácil operação”, comenta Rodrigo Wagner. Pista 3: Soluções e cuidados Para que a empresa possa tirar o máximo de proveito de seu equipamento, Hofecker fornece algumas dicas. “A empresa deveria orientar mais o funcionário sobre a importância da manutenção e cuidados preventivos com o equipamento. Por exemplo, o usuário deve fazer um controle de lâmpada adequado e, a cada dois meses, no mínimo, uma limpeza de cabeça e de lâmpada deve ser feita”, informa. Ao buscar o melhor desempenho de seu equipamento, Saulo Camargo destaca alguns cuidados e medidas tomados pela F9 na utilização do equipamento. “Na empresa, procuramos utilizar apenas substratos homologados, que já foram testados e aprovados. Temos também uma agenda diária de conferência da estabilidade do equipamento, o que envolve o arquivamento dos testes de cabeça, registro dos lotes de tinta, limpeza e a utilização de consumíveis conforme orientação técnica”, informa. Carlos André, da Ponto PDV, também atenta para a importância de a empresa zelar pela manutenção do equipamento. “Procuramos manter todas as manutenções dos equipamentos, seguindo os critérios dos fabricantes, além das preventivas diárias e semanais. Assim, o equipamento se mantém estável e em bom estado”, completa. E ainda acrescenta. “A principal orientação que damos ao operador é atenção: atenção com o teste de cabeça, nas rotinas de cuidados, nas informações da ordem de produção, nos custos envolvidos no processo”.


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Pista 4: Manutenção preventiva e operador Não é preciso esperar o equipamento quebrar para que uma revisão seja feita. Para isso, a manutenção preventiva tem papel de protagonista para que essas falhas sejam minimizadas ou prevenidas. Esse é papel do usuário do equipamento. “Somente 40% dos clientes que atendemos seguem as orientações que passamos sobre as manutenções preventivas. Os demais esperam a máquina parar para tomar alguma atitude. Isso é ruim para a empresa que possui o equipamento UV”, alerta Carlos Eduardo Hofecker, da UV System. As empresas que costumam fazer tal procedimento reconhecem a importância da manutenção preventiva. “A estabilidade dos equipamentos depende das manutenções preventivas. Para cada equipamento, há uma agenda de procedimentos diários, semanais, mensais e anuais. Isso envolve, por exemplo, a troca de óleo do compressor de ar, manutenção dos iltros de secagem do ar, manutenção do ar-condicionado, lubriicação das máquinas, troca de iltros de tinta e ar, lâmpadas UV, alinhamento de cabeças, criação de novos peris de cor, etc”, indica Saulo Camargo, da F9. Paulo Sérgio, da Chamonix, também aponta dicas para a manutenção preventiva. “Cada máquina é de um jeito, porém, é sempre importante observar a troca das lâmpadas de acordo com o tempo estipulado pelo fabricante. Também é importante veriicar se o cooler não está chiando e se a esteira não está desregulada. Isso evita problemas maiores no futuro”, aponta Sérgio. Tecnologia UV e o futuro Outro mistério sobre a impressora UV é: qual tecnologia pode vir substituí-la? “É difícil saber. Existem muitas tecnologias sendo constantemente estudadas que envolvem nanotecnologia e outros sis-

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temas de cura”, diz Cristiano Guerra, da BG Soluções Técnicas. Já para Luiz Henrique Rui, da Ampla, o mais coerente é a tecnologia UV substituir as demais existentes. “Não conhecemos nenhuma outra tecnologia que substitua a tecnologia UV para certas aplicações. Para a impressão de substratos rígidos, por exemplo, a UV não tem substituto à altura. É mais provável que aconteça o contrário, que a tecnologia UV substitua outras tecnologias atualmente utilizadas”, analisa. Rodrigo Wagner, da BR Group, acredita que essa tecnologia tem vida longa dentro do mercado. “Eu sinceramente acredito que a tecnologia UV LED é e ainda será por um longo tempo a melhor alternativa no mercado de impressão digital”, completa. Para o professor Gilberto Mendes, o próximo passo é chegar a uma tecnologia que seja cada vez mais sustentável e a tecnologias mais acessíveis. “Acho que quando olhamos para o futuro, pensamos em soluções sustentáveis. Gostaria muito de ver processos menos agressivos ao meio ambiente, onde os corantes fossem obtidos de origem natural e biodegradáveis”, projeta o professor Mendes. Como toda tecnologia recente, apesar de ter sido criada para facilitar trabalhos, ela está sujeita a adaptações. Questionamentos e dúvidas também podem surgir conforme seu uso. Mas o mais importante é ressaltar que toda tecnologia é criada justamente para achar respostas às perguntas. É por meio das perguntas que respostas são encontradas e é deste modo que a humanidade caminha. Ao menos, é desse jeito que Sherlock Holmes procurava trabalhar. Antes de ir atrás de alguma resposta, Holmes primeiro fazia as perguntas necessárias para entender tal mistério. Ainal, não são as respostas que movem o mundo, e sim os questionamentos. E isso é “elementar, meu caro leitor”.


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Sinalização Digital

Durabilidade Mesmo com aparência semelhante, monitores proissionais possuem características técnicas e funcionais diferentes Alana Menezes

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tela que trazia imagens estáticas com propaganda ou tabela de preços nas redes de varejo tomou uma nova proporção funcional, ainda que se pareça com a televisão doméstica. No ônibus, no elevador, no shopping ou no metrô, as telas de LCD ou LED estão presentes

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como parte integrante dos espaços sociais, mas não estão ali como meros igurantes, apenas para distrair os passageiros durante a viagem com animações, vídeos, quiz games ou mesmo anunciar propagandas ou a previsão do tempo aos consumidores. As empresas que investem nos monitores pro-


Fotos: divulgação

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Sinalização Digital

issionais para a mídia digital out of home (OOH) reconhecem o retorno positivo para o qual os aparelhos são destinados. Ainda que o aspecto físico remeta aos aparelhos de televisão de uso doméstico, os monitores proissionais possuem características técnicas e funcionais que os diferenciam dos antecessores. “A comunicação digital hoje é feita em diversos tipos de monitores. Algumas empresas do mercado e a maioria dos clientes têm uma visão inicial da mídia digital out of home como sendo você comprar uma televisão de LCD ou LED e transformá-la em um painel de comunicação. Em um primeiro momento, isso pode até funcionar, porém, a longo prazo, os clientes acabam passando por diiculdades com esse tipo de equipamento”, explica o diretor comercial da 3 Mídia, de Brasília, Pedro Junqueira. Não à toa, o autor russo Lev Manovich, em seu livro he Language of New Media (sem tradução para o português), chamou a tela de “uma superfície plana, retangular, posicionada a alguma distância dos olhos”. Mas o fato é que é a função da tela que realmente interessa ao telespectador. De telas estáticas emolduradas ao chamado digital signage – mais conhecidas como as atuais telas espalhadas em quase todos os ambientes urbanos e que não deixam de trazer características de suas sucessoras –, elas querem transmitir outro espaço virtual. A principal

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“O investimento em monitores proissionais direcionados à mídia digital OOH para uma empresa de médio porte pode variar hoje entre R$ 1 mil a R$ 30 mil mensais.”

diferença é que hoje as telas foram adaptadas à revolução tecnológica e social. “A outra parte desta evolução [das telas] vem atrelada à utilidade para quem divulga a informação, quem precisa passar uma mensagem por meio de um veículo dinâmico e atraente”, acrescenta o diretor de Novos Negócios e Marketing da Elemidia Empresas, de São Paulo, Renato Mugnaini. Com o aumento da demanda, as empresas que atuam com TV e digital signage passaram a cobrar dos fabricantes equipamentos com uma vida útil maior em relação aos produtos de uso doméstico. “Chegaram, então, os equipamentos proissionais, preparados para trabalhar de forma ininterrupta, com as teclas protegidas por senha e outras características que este tipo de aplicação exige”, explica Mugnaini. Segundo o diretor comercial da 3 Mídia, a empresa, que hoje trabalha somente com monitores proissionais exclusivos para mídia digital, necessita de produtos especíicos para o setor. “São monitores que têm maior tempo de vida útil, podem exibir imagens estáticas sem comprometer o


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equipamento, possuem ajuste de brilho automático, entre outras vantagens. Tudo isso permite uma qualidade muito superior à de monitores convencionais”, airma. Atuando no mercado desde 2009, a 3 Mídia se especializou em comunicação digital em shoppings, academias, bares e restaurantes, além de desenvolver o serviço de TV Corporativa para médias e grandes empresas. De acordo com Junqueira, uma rede de farmácias atendidas pela empresa conseguiu aumentar em 180% as vendas de uma linha de protetor solar com a otimização dos conteúdos digitais por meio dos monitores proissionais. Em outra situação, uma rede de pizzaria também registrou crescimento nas vendas de uma determinada sobremesa em 130%. “Desde que o conteúdo seja bem direcionado e o posicionamento das telas esteja em locais que podem inluenciar o cliente a escolher o produto anunciado, isso pode, sim, aumentar as vendas da empresa”, destaca Junqueira. O investimento em monitores proissionais direcionados à mídia digital OOH para uma empresa de médio porte pode variar hoje entre R$ 1 mil a R$ 30 mil mensais, segundo as empresas consultadas. “As variáveis que compõem o valor do investimento são quantidade de monitores, quantidade de pontos [ex.: uma matriz e duas iliais] e o tipo de conteúdo a ser desenvolvido”, explica Junqueira. Mugnaini também alerta: “É importante frisar que se trata de um conjunto que compreende computadores, conexão de internet, periféricos e, principalmente, serviços agregados que vão desde o gerenciamento desta rede à produção do conteúdo”. Mercado De maneira geral, o mercado mundial está se movendo para telas cada vez maiores. De acordo com o gerente de Produto de LED da Samsung, André Inganez, no mercado brasileiro, a grande procura por monitores de 32 polegadas se movimentou para os de 40 polegadas. “Há estudos de mercado que mostram que, em cinco anos, 50% das vendas serão de monitores acima de 50 polegadas”, airma.

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“As empresas que trabalham com mídia digital out of home acreditam que o Brasil esteja avançado em termos de conteúdo para este segmento em relação a outros países.”

Para locais com espaço reduzido, como ônibus, elevadores e metrô, os monitores LDF (Large Format Display) não são considerados adequados. O recomendável por especialistas são os monitores mais comuns. Inganez destaca ainda o potencial das telas com imagens 3D, assim como o aumento do uso de telas touch screen para a mídia digital OOH. “Têm vantagem de maior interação com os clientes e, consequentemente, maior ixação da mídia.” Apesar de a tecnologia 3D estar mais próxima dos consumidores em cinemas e até mesmo em casa, Junqueira acredita que esta ainda é uma realidade distante para a mídia digital OOH, tendo em vista a necessidade do uso de óculos pelo espectador, o que inviabiliza em espaços como academias, shoppings e bares. “Existem monitores que simulam o efeito 3D, mas o resultado inal não é muito bom”, avalia. As empresas que trabalham com mídia digital out of home acreditam que o Brasil esteja avançado em termos de conteúdo para este segmento em relação a outros países, ainda que não encontrem disponibilidade de produtos no mercado. “Creio que o Brasil hoje está muito à frente em termos de soluções de conteúdo, porém, ainda encontra muita diiculdade em distribuidores de equipamentos proissionais para atender a esse mercado”, airma Junqueira. Para Mugnaini, o mercado brasileiro pode ser prejudicado se deixar esvaziar o conteúdo das telas. “No exterior, o digital signage está banalizado. O mercado se concentrou em entregar hardware, então o que se vê são muitas TVs instaladas com conteúdos pouco relevantes. O mercado brasileiro pode ser levado a essa situação caso os participantes não se atentem a isso”.


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Colorimetria e Gerenciamento de Cores

OS 4 C’s do Gerenciamento de Cores – 1ª Parte Fabio Tanaka*

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o nosso último encontro, abordamos o gerenciamento de cores na sublimação. Nesta edição, vamos falar um pouco das etapas do gerenciamento de cores, os 4 C’s. Quando falamos em gerenciamento de cores, a primeira ideia que nos vem à cabeça é o peril ICC. Como já dissemos em edições passadas, o gerenciamento de cores vai muito além de apenas um peril ICC bem elaborado. As etapas que descrevem o gerenciamento de cores são representadas pelos 4 C’s: Calibração, Caracterização, Conversão e Consistência.

Calibração A calibração de todos os dispositivos envolvidos no luxo de trabalho é o primeiro passo para a implantação do gerenciamento de cores. A calibração consiste em colocar cada ponto em seu lugar, máximas, médias e mínimas, garantindo uma reprodução linear perfeita. Caracterização A caracterização tem por inalidade mapear o máximo de gamut que um dispositivo consegue reproduzir, e é no peril ICC onde toda esta informação será guardada. Nessa etapa do trabalho, é de fundamental importância que todos os dispositivos estejam calibrados. Cada dispositivo é único e tem a sua maneira particular de reproduzir cores, e é por isso que precisamos personalizar todas estas informações. 56

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Conversão O processo de conversão tem objetivo de estabelecer que as cores de determinado espaço de cor sejam mantidas em relação a um diferente espaço de cor. Isso garante que as cores do arquivo original (cliente) tenham as mesmas características no seu dispositivo de saída (impressora). As conversões (rendering intents) poderão ser feitas de três formas: Perceptual, Colorimétrico (relativo ou absoluto) ou Saturado. Consistência Para obter a consistência necessária, é preciso seguir as etapas anteriores para garantir que as impressoras mantenham a qualidade de reprodução nas trocas de insumos e tintas, temperatura e umidade adequadas, iluminantes, e outras variáveis. Isso torna o luxo de trabalho rápido e previsível, reduzindo retrabalhos e acabando com a ‘tentativa e erro’ no acerto das cores. Na próxima edição, segunda parte da série, falaremos com mais profundidade sobre os três métodos de conversão! Até lá! Boas impressões e qualidade total!

*Fabio Kenji Tanaka é consultor da Cor Amarelo Gerenciamento de Cor Digital fabio@coramarelo.com.br


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Vinil

Vinil autoadesivo: detalhes que fazem a diferença antes da aplicação Eduardo Yamashita*

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ando continuidade ao nosso assunto sobre a adesivação, nesta edição vamos abordar um assunto muito importante para nos atentarmos antes de fazer a instalação do vinil autoadesivo. Qual o tipo de vinil que iremos utilizar? Quais as suas características? Qual é a sua qualidade? Perguntas essas que devem ser realizadas e respondidas antes de iniciarmos nosso processo da confecção da imagem. Qual é o desejo do cliente? Em outras palavras: no que consiste o projeto do cliente em termos de performance do projeto? Essa informação é de extrema relevância para decidirmos qual vinil a ser utilizado. Detalhando um pouco mais sobre as informações necessárias, podemos citar:

Durabilidade Quanto tempo a imagem icará instalada? Todo projeto tem início e fim. Dependendo do tempo que demora a chegar ao fim, os vinis são diferentes. Eles requerem resistência suficiente para atender a essa necessidade. Exposição Onde será instalada a imagem? O tipo de exposição também interfere no tipo de vinil a ser utilizado. Pode ser: a. Externa: exposto às intempéries naturais (sol, chuva). Esses elementos “atacam” o vinil autoadesivo, degradando-o. Para isso, é necessário o uso de matérias-primas especíicas e mais resistentes. b. Interna: protegido das intempéries naturais. Neste caso, a degradação é muito menor, pois os agentes que ace-

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leram a degradação do vinil autoadesivo estão ausentes. Qualidade Qual é o público dessa imagem? A imagem será exposta para um público que icará perto ou distante? Ela estará em movimento ou estacionada? Essas variáveis serão decisivas para se determinar a deinição da imagem do projeto. Uma imagem em um banner necessita de qualidade de impressão muito mais rigorosa do que em uma “empena” ou um “outdoor”. O público na primeira situação estará muito mais próximo do que na segunda. Isso exige mais deinição e qualidade da imagem. E uma imagem numa motocicleta requer altíssimas deinições do que a na lateral de um caminhão. O cliente estará muito próximo à imagem da moto do que o público que estará vendo a imagem no caminhão “em movimento”. Muitos vinis autoadesivos não atendem às especíicas necessidades de deinição das imagens. Assim, também, torna-se necessário saber a qualidade de impressão para deinir o tipo de vinil a ser usado. Superfície Qual substrato será utilizado no projeto? Como já vimos no primeiro artigo dessa série, diversos tipos de superfícies existem e cada superfície requer um tipo especíico de vinil autoadesivo. Quantidade Qual é o tamanho do projeto? Dependendo da quantidade de imagens que o projeto necessita, os processos de impressão serão diferentes. Essa decisão é


tomada a im de minimizar custos. Processos de impressão como a serigraia, ofset e digital, por exemplo, irão necessitar de diferentes tipos de vinis autoadesivos. Imagem Qual é o tipo de imagem do projeto? Se a imagem não for impressa, usualmente utilizam-se os vinis autoadesivos coloridos que serão recortados pelo processo de corte eletrônico. Há vinis de cores sólidas, metálicas e perolizadas. Os dois últimos não são de fácil “moldagem” nas superfícies com curvas compostas e/ou baixos relevos. Como podemos ver, há informações importantíssimas que precisamos ter para iniciar um projeto antes de deinir qual vinil a ser utilizado. Parecem ser apenas detalhes, porém, são decisivos para atingir o sucesso do

projeto. Infelizmente, o que mais se vê no mercado é “generalização” por um determinado tipo de vinil autoadesivo para atender os mais diversos tipos diferentes de projetos. Muitos dos resultados são insatisfatórios e a causa pode vir da escolha errada do vinil autoadesivo. No próximo projeto, pense nisso e você estará contribuindo para atingir o sucesso desejado. Agora estamos prontos para aprender sobre a instalação e aplicação das imagens, temas para a próxima oportunidade.

*Eduardo Yamashita é consultor técnico do mercado de comunicação visual em.yamashita@hotmail.com

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PDV

Ousadia Para Popai Brasil, pontos de venda precisam de mais investimento em comunicação visual para encantar consumidor Erik Bernardes

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egociar é o que move a economia mundial. Para comprar e vender, à primeira vista, são necessários um cliente, um fornecedor e um produto ou serviço. Mas olhando mais atentamente, é possível perceber que outras coisas inluenciam na decisão de compra. Entre elas, a identidade

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visual de uma loja, as peças de comunicação visual instaladas e a ambientação da loja têm inluência direta no momento da escolha. Para estudar e tentar entender um pouco mais o comportamento do consumidor, de forma a orientar o varejista em como atrair mais clientes para sua loja, o Popai Brasil, associação sem ins lucrativos, fundada há 75 anos nos Estados Unidos, se dedica ao estudo e desenvolvimento do marketing no varejo com a análise do comportamento do comprador nos diversos canais e tipos de pontos de venda. Educação e formação dos lojistas são muito importantes para a atual gestão da associação. Nesse contexto, e levando em conta que a comunicação visual é um dos tripés de atuação da associação, a equipe de reportagem da Sign entrevistou Ana Claudia Costa, diretora executiva do Popai Brasil. A proissional fala sobre sustentabilidade, uma das principais tendências nos pontos de venda, e como o signmaker pode aproveitar esta onda verde. O que é sustentabilidade para o Popai e como isso interfere no ponto de venda? Hoje isso é uma preocupação de todo mundo e o shopper, cada vez mais, cobra essa postura das empresas. Acreditamos que conseguimos ter o processo de sustentabilidade em todas as etapas do


desenvolvimento do ponto de venda. A Fogo de Chão, por exemplo, é uma churrascaria feita sob esse conceito. Toda a madeira usada na Fogo de Chão é certiicada e há um cuidado especial com a equipe de trabalho. É muito importante, quando pensamos em sustentabilidade, pensarmos no tripé social, ambiental e também na viabilidade econômica. O projeto da Fogo de Chão foi premiado, foi para os Estados Unidos com esse conceito, é uma coisa muito forte e revela que podemos ter isso desde o projeto arquitetônico. Podemos encontrar também cabides e displays de diversos materiais. O PET reciclado é apenas um exemplo. Muitas lojas usam esse material. O reaproveitamento também é bastante usado. Se izermos um banner e esse banner virar uma ecobag, foi reaproveitado. Em iluminação, é possível

“O que é muito importante é que não pode ser de mentira. Muitas vezes, utilizam a palavra sustentabilidade como marketing. Não é marketing, é uma coisa que tem que fazer parte do DNA da empresa”

utilizar lâmpadas de LED, que economizam energia. Hoje isso faz parte do nosso dia a dia. Em todas as áreas há indústrias e fornecedores preocupados em desenvolver materiais que não agridam o meio, que reaproveitem resíduos e assim por diante. Isso é possível de ser implantado de forma competitiva? Hoje em dia já. Hoje, no Brasil, tranquilamente você pode construir uma loja inteirinha sustentável. Nos Estados Unidos, há exemplos que ainda não aconteceram no Brasil, mas que estão perto de acontecer. Lá, há supermercados trabalhando com uma coisa que a gente chama de compra local. Ou seja, em um

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PDV

“Precisamos investir mais em arquitetura de varejo, em comunicação visual proissional. O varejo tem que se proissionalizar”

determinado supermercado, você pode ter um produto produzido num determinado raio para alimentar a própria comunidade, reverter. Isso é um processo que está começando no Brasil. A gente pode sim, inclusive faz parte de um conceito ter uma estrutura toda voltada para isso. O que é muito importante é que não pode ser de mentira. Muitas vezes, utilizam a palavra sustentabilidade como marketing. Não é marketing, é uma coisa que tem que fazer parte do DNA da empresa. Se não faz, é melhor não colocar, porque cria uma relação inversa no consumidor. Ele se decepciona e, na verdade, repele no lugar de fazer com que ele agregue e se torne um defensor da sua marca.

Mas essa ideia foi comprada pelo mercado? Por que muitos birôs dizem que isso é mais caro, então as pessoas não querem pagar 20% ou 30% a mais pelos produtos que agridem menos o meio ambiente. Acho que isso depende muito. Primeiro, não tem por que custar mais caro. O que acontece é que, em um primeiro momento, virou um plus de marketing. Como o diet ou o light que, antigamente, eram mais caros, mas não tem sentido serem mais caros hoje. O que a gente precisa fomentar no Brasil é volume. E aí, quanto mais volume, a tendência é, sem dúvida nenhuma, cair o preço. Hoje há consumo de papel reciclado altíssimo no País. Muitas empresas optaram por isso. Não tem mais por que ter essa diferença de preço. Fora que, se isso faz parte do seu conceito, da sua estratégia de preciicação, isso tem que estar incluso. Não pode ser repassado para o cliente, porque senão você não está sendo

“[O custo extra] Não pode ser repassado para o cliente, porque senão você não está sendo coerente com sua mensagem”

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coerente com sua mensagem. Você quer que alguém pague essa conta, então transfere essa responsabilidade para o outro. Deixa de ser responsabilidade sua. Por isso digo que não funciona se for apenas uma ação de marketing. Ou isso está na ilosoia central da empresa ou não vai funcionar. O mercado varejista comprou então essa ideia e muitas empresas têm aplicado isso? Acredito que sim. É uma coisa nova, você não tem isso generalizado, mas tem as pessoas começando a se preocupar com isso. A nova geração, que é o consumidor de amanhã, já nasceu nesta história. Como a criança que nasceu envolvida pela tecnologia, entra em uma loja e vê um tablet de forma absolutamente normal. A criança de agora já nasceu com esses conceitos muito fortes. A empresa que está se preparando para estar no mercado daqui a um tempo, precisa disso. Até porque leva um tempo para se preparar, treinar pessoal, etc. É preciso se capacitar para isso. E, principalmente para as indústrias, e as indústrias gráicas são muito cobradas por isso, a questão do resíduo é muito iscalizada pelo governo hoje em dia. A empresa é obrigada a tomar conta disso. Tem alguma crítica que você faria ao varejo, nesse sentido? Acho que o varejista ainda é um pouco medroso, ele tem que ser mais ousado. Precisa investir mais em conceito, em comunicação, trabalhar menos a informação do preço e mais o conceito da marca. Porque o ponto de venda é, mais do que nunca, a sedução do cliente. A gente sabe que, deinitivamente, a compra é efetuada no ponto de venda. Então, quanto mais sedutor o ponto de venda, quanto mais preparada a loja para encantar, mais rapidamente ela tem resultado. Acho que hoje o varejista tem que deixar de ter medo e encantar mais. O varejo americano, por exemplo, é uma festa. Eles encantam nas lojas e fazem isso como commodity. As lojas do


“O varejista tem que deixar de ter medo e encantar mais. O varejo americano, por exemplo, é uma festa. As lojas do MM, por exemplo, que é uma pastilha de chocolate, são assim. As pessoas icam alucinadas na loja” MM, por exemplo, que é uma pastilha de chocolate, são assim. As pessoas icam alucinadas na loja. Então, por que não transformar isso em commodity? Isso tem que começar a acontecer no Brasil. A gente tem que perder esse medo. O varejo brasileiro está sendo foco de olhares do mundo inteiro, pois estamos

entre os países que, a médio e longo prazos, crescem em número de consumidores. Por isso, precisamos investir mais em arquitetura de varejo, em comunicação visual proissional. O varejo tem que se proissionalizar.

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Mercado

EFI instala a 500ª VUTEk da série GS A EFI, líder mundial em soluções de impressão para comunicação visual, realizou, em agosto, a 500ª instalação de impressora da série GS. A instalação de número 500 ocorreu na Gigantic Color of Dallas, no Texas, EUA. A VUTEk GS5000r, impressora UV rolo a rolo, foi recebida com entusiasmo na Gigantic Color. No Brasil, a EFI é representada exclusivamente pela Alphaprint que, buscando oferecer sempre as melhores soluções aos clientes, comercializa as VUTEks GS5000r, GS2000, GS3200 e GS3250r.

Informa investe £1 milhão em Programa de Compradores para Ipex 2014 A Informa Exhibitions, organizadora da Ipex 2014, que acontece entre 26 de março e 2 de abril de 2014, no centro de convenções ExCeL London, no Reino Unido, anuncia que vai investir £1 milhão em um programa para atrair compradores internacionais para o evento de 2014. Esta iniciativa, que é inédita no setor, vai prospectar grandes e importantes compradores na comunidade gráica internacional, convidando-os a visitar a Ipex 2014, como parte de um programa VIP. Os compradores VIPs serão determinados pelos próprios expositores da Ipex, que nomearão visitantes-chave, bem como por meio da colaboração de associações e mídias internacionais do setor, de todo o mundo. Como parte desse programa, a Ipex 2014 estará inanciando e organizando viagens e acomodações.

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Povareskim anuncia parceria com Epson A Povareskim, empresa que atua no segmento de soluções para gerenciamento de cores e consultoria, anunciou uma nova parceria com a Epson. Através desse novo acordo, a Povareskim passa a distribuir soluções Epson para os mercados de sinalização e de tecnologias de sublimação.

SAi contrata novos especialistas em aplicativos A SA International (SAi), fornecedora de soluções para criação de sinalização proissional, impressão digital de grandes formatos e CAD/CAM para indústrias de usinagem CNC, fortaleceu sua equipe global com várias contratações importantes. Kody Lamberton foi contratado na sede da SAi em Salt Lake City, EUA, como especialista em suporte ao aplicativo EnRoute. Esse anúncio segue as contratações de Dean Derhak e Christa Brown, que recentemente integraram a equipe da SAi nos EUA como gerente de produtos sênior e representante interna de vendas (respectivamente). Na Europa, a equipe da SAi cresceu com a entrada de Mark Dreesen, que assumiu o cargo de especialista em aplicativos para alguns dos portfólios de produtos mais populares da empresa. Jef Bao é outro membro que reforçará a equipe de suporte global da SAi no cargo de especialista em aplicativos. Ele trabalhará no escritório chinês da empresa em Xangai. Por im, Ricardo Domenici foi contratado pelo escritório brasileiro da SAi em São Paulo no cargo de especialista em aplicativos. Com principal foco nas famílias de produtos da SAi Flexi™ e PhotoPRINT™, Ricardo prestará suporte técnico à vasta rede de distribuidores da empresa na América Latina.


Belmetal lança livro em comemoração aos 50 anos de existência Em celebração aos seus 50 anos de existência, a Belmetal lança o livro “50 Anos em Palavras”, que aborda a trajetória da empresa por meio de palavras-chave que registram toda sua experiência. Além de relatar fatos históricos relacionados à trajetória da Belmetal, o livro expande as fronteiras do território corporativo e confere um olhar também às pessoas que izeram e fazem parte da construção desta história de cinco décadas, na medida em que dedica parte das palavras-chave para relatar estas valiosas participações que envolveram pessoas tanto de dentro da organização quanto externas a ela (tais como parceiros e entidades setoriais, por exemplo). Com o objetivo de documentar a inspiração deste empreendedor, que está à frente dos negócios até os dias de hoje, a empresa tomou a iniciativa de disponibilizar o livro na página principal de seu website (www. belmetal.com.br), o qual pode tanto ser consultado online em uma versão com o recurso lip ou, então, ser salvo diretamente no computador do usuário.

Flock Color lança ilhoseira pneumática semiautomática Com garantia de um ano, assistência técnica permanente, e entrega em todo o Brasil a empresa airma que o equipamento perfura e aplica ilhós simultaneamente. A ilhoseira, que aplica ilhós zero, tem acionamento por pedal e necessita de compressor de ar acima de 80 libras de pressão. Além disso, possui alimentador para aproximadamente 300 unidades, régua distanciadora de ilhós com até 30 cm e acompanha mesa de trabalho regulável com até 80 cm. O equipamento possui dimensões de 55cm x 50 cm x 130 cm e pesa 30 kg e alcança velocidade de aplicação é de até 30 ilhoses por minuto com arruela e 50 com ferramenta margarida – que dispensa o uso de arruela.

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Mercado

Akad lança o modelo Novajet 3302S, com 3,20 m de largura útil de impressão

PVR de Blumenau ingressa no segmento de PDV com tecnologia Durst Rho 750S

A Novajet 3302S imprime imagens a uma velocidade máxima de impressão de até 42 m²/h, no modo 720 dpi X 1080 dpi com três passadas, quando instalada com duas cabeças de impressão e a uma velocidade máxima de impressão de até 21 m²/h, no modo 720 dpi X 1080 dpi com três passadas, quando instalada com uma cabeça de impressão. Além disso, o equipamento possui diversos modos de impressão versáteis que facilitam a adequação da qualidade a uma excelente velocidade de produção em diversos tipos de materiais. Compatível com cabeça de impressão Epson DX5, quinta geração da tecnologia micropiezo, esta impressora atinge qualidade de impressão de até 1400 dpi. O sistema de alimentação é rolo a rolo, acompanha rebobinador de mídia (Take-Up) e trabalha com tinta eco solvente.

Há mais de 20 atuando no mercado de Santa Catarina e Sul do Brasil, e há oito anos produzindo mídias para o segmento de sinalização, a PVR, de Blumenau, investiu em uma impressora UV industrial Durst Rho 750S. O equipamento já se encontra em operação na empresa e marca o ingresso da PVR no segmento de impressão para produtos de ponto de venda (PDV). Nascida como uma empresa que mantinha painéis giratórios (por isso a sigla PVR, de Publicidade Visual Rotativa), a PVR apostou na produção interna de algumas mídias, inicialmente, focando somente plotters de recorte, e, depois, impressão. Segundo seu diretor Fernando Neiss, a PVR, cuja administração se encontra na segunda geração, diversiicou seus campos de atuação para atender a uma adaptação do mercado.

HP e Maxprint resolvem processo de violação de patentes de cartuchos de tinta A HP anuncia que resolveu, de maneira amigável, o processo por violação de patentes que movia contra a empresa brasileira Rio Branco Ltda., distribuidora da marca de produtos Maxprint, relacionado aos cartuchos integrados de impressão HP Inkjet1. Como parte do acordo, a Maxprint reconhece a validade das patentes HP e o direito da empresa de mantê-las e utilizá-las de maneira exclusiva. A Maxprint também concordou com a paralisação das vendas dos cartuchos em questão no Brasil e em outros países onde sua marca seja comercializada. A HP e a Maxprint concordaram em permitir que a Maxprint venda seu estoque remanescente até 1 de dezembro de 2012. A partir desta data, todas as vendas relacionadas ao produto infrator deverão cessar. A Maxprint também vai reembolsar a HP em parte dos custos processuais. Adicionalmente, como parte de um programa de reforço de patentes no Brasil, a HP também promoveu acordos com diversas empresas no tocante à venda desses mesmos cartuchos no país. As companhias que fecharam acordos com a HP são: Ecologic Technologica, de São Paulo; Extralife Indústria e Comercio Ltda., de Santana de Parnaíba; Suprijet, de São Paulo; SOS Cartuchos, de São Paulo; Canal Verde, de São Paulo; Edeltec, de Maringá; Mipo Technology Ltd., de Hong Kong. Cada uma das empresas reconheceu a titularidade e a validade das patentes da HP e que os produtos são de fato cobertos por essas patentes, de forma que cada uma das empresas tomaria medidas imediatas para cessar a oferta e a venda de produtos que violem essas patentes no Brasil.

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Agenda

DATA

7 a 10 de outubro

EVENTO / LOCAL

Graph Expo Chicago (EUA)

Sign Today Colombo/Srilanka

18 a 20 de outubro

SGIA Las Vegas (EUA)

25 a 27 de outubro

Viscom Frankfurt (Alemanha)

10 a 13 de julho

Serigraia SIGN FutureTEXTIL

2 a 5 de outubro

Ipex Digital Latin America 2013

26 a 28 de outubro

Digital Signage Expo Las Vegas/USA

2013

2012

12 a 14 de outubro

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Novidades

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