XVII - nº 209 Setembro 2012 R$ 12,50 www.btsinforma.com.br
Sinalização | Impressão Digital
Comunicação Visual
Vinil
Diversidade de aplicações coloca o material entre os ícones da comunicação visual
Pesquisa: Sign é a mais lembrada pelos leitores e 80% consideram seu conteúdo bom e excelente
Arte: Odair Denani Jr.
Sumário
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Capa Da decoração ao envelopamento de eletroeletrônicos, o vinil autoadesivo tem muito mais do que 1001 utilidades
Debates
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Entrevista Indac abre as portas, fala sobre a nova composição do Conselho Deliberativo, de acesso igualitário a pacotes de divulgação para todos os seus associados e abertura a empresas estrangeiras
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Pesquisa Em pesquisa encomendada pela BTS Informa, revista Sign é considerada a principal referência em comunicação visual por leitores e empresas do setor
Errata Na edição 208, de agosto de 2012, publicamos uma informação equivocada na matéria de cobertura da feira Serigrafia SIGN FutureTEXTIL. Na página 32 relacionamos um equipamento HP Designjet como exposto no estande da Alphaprint. A Alphaprint informa que não fornece mais equipamentos HP Designjet e é a nova parceria da Epson. No estande da empresa, foram divulgados os seguintes equipamentos da Epson: GS 6000, Epson Stylos Pro 7890, Epson Stylos Pro 4900. 4
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Estreando a seção Debates, uma fabricante e duas usuárias de LED concordam que o setor precisa trabalhar a conscientização do consumidor
Sinalização Digital
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Empresas de mídia OOH apostam na interação entre o consumidor e os anúncios nos pontos de venda
Veja + 18 Anos...................................................46 Colorimetria e Gerenciamento de Cores ��48 Perfil........................................................56 Vinil.........................................................62 Case........................................................64 Novidades...............................................68 Agenda....................................................70 Índice de Anunciantes..............................72
Editorial Ano XVII - nº 209 setembro 2012
Comunique-se
Erik Bernardes
Entre os diversos objetivos da comunicação visual, seja em sinalização interna ou externa, em PDV ou decoração, atrair a atenção do público é algo em comum. Para alcançar sucesso nesse quesito, a peça desenvolvida precisa se destacar, claro. Mas como se destacar em um ambiente onde tudo e todos buscam sobressair? A resposta não é tão simples, mas existe. E passa pela escolha do material ideal para cada aplicação. O vinil autoadesivo, por exemplo, ganhou imenso destaque em função do envelopamento de veículos. O que antes era apenas sinalização de frota virou pintura, proteção e mesmo decoração, quando o objetivo é “tunar” o carro, personalizar. Mas vinil não serve apenas para envelopar veículos. Decoração, sinalização interna e externa, proteção de eletroeletrônicos e mesmo personalização de eletrodomésticos podem ser feitas com esse material, como aparece na Capa desta edição. Em Debates, que estreia este mês, conversamos com um fabricante e duas empresas que utilizam as lâmpadas LED. Entre os diversos rumos da conversa, em ao menos um ponto todos concordaram: é preciso divulgar as diferenças entre os LEDs para o mercado poder optar pela qualidade em vez do preço. A Entrevista não foge a essa regra. Em uma conversa com Fabio Fiasco, presidente do Instituto Nacional para o Desenvolvimento do Acrílico (Indac), além de apresentar a nova proposta da entidade, um dos principais pontos levantados é que o designer não conhece os benefícios de trabalhar com o acrílico, por isso acredita que ele é mais caro, sem grandes benefícios. O Brasil vive um excelente momento econômico que permite ao signmaker escolher o material com o qual quer trabalhar. O cliente, quando entende o valor da peça, já demonstrou que paga um pouco mais por isso. Entretanto, fazer a escolha certa depende diretamente do nível de conhecimento que cada um possui. Pense nisso. Divulgue. E aproveite a leitura!
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Entrevista
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Transparente Erik Bernardes
Fotos: Divulgação Indac
Indac fala sobre nova composição do Conselho Deliberativo, acesso igualitário a pacotes de divulgação e associação de estrangeiros
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mercado de comunicação visual utiliza os mais diversos materiais para atrair os olhares das pessoas. Entre eles, o acrílico tem um papel importante. Com características únicas, esse plástico favorece a transparência, resistência mecânica e ao sol e proporciona inúmeras possibilidades de moldagem. Por essas e outras, é considerado por muitos como superior a outros materiais. O Instituto Nacional para o Desenvolvimento do Acrílico (Indac) tem como principal desafio apresentar tais propriedades ao mercado. Segundo dados do instituto, após um crescimento em torno de 4% ao ano nos anos 1990, o consumo das chapas acrílicas atingiu aumento em torno de 7% em todos os anos desde o começo dos anos 2000, quando foi fundado. Não apenas pelo trabalho do Indac, mas muito por isso, os projetistas de luminosos, de comunicação visual interna, sinalização e de PDVs e displays, por exemplo, passaram a optar pelo acrílico. Nesta entrevista, concedida com exclusividade à revista Sign, Fábio Fiasco, diretor-presidente do Indac, fala sobre a nova composição do Conselho Deliberativo, abertura de acesso igualitário a pacotes de divulgação para todos os associados e entrada de associados estrangeiros. Além disso, o presidente ressalta propriedades físico-químicas, importância do mercado de comunicação visual para o acrílico e possibilidades de uso do material.
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Entrevista
“O Indac está passando por uma boa restruturação, mas pretende trabalhar com a mesma linha de assistência e desenvolvimento de mercado que é a razão de ser do instituto” O Indac passa por uma reformulação atualmente. O que mudou? O Indac está passando por uma boa reestruturação, mas pretende trabalhar com a mesma linha de assistência e desenvolvimento de mercado que é a razão de ser do instituto. O que acontece é uma nova composição de Conselho Deliberativo em consequência da saída de duas empresas fundadoras. Com isso, vamos apresentar alguns pacotes de divulgação que podem ser adquiridos de maneira igualitária por todos os associados. Dessa forma, o associado poderá patrocinar o Jornal do Acrílico, a newsletter, os fóruns, a assessoria de imprensa ou o site, por exemplo. Entendemos que isso tem relevância, pois em vez de ficarmos condicionados a apenas quatro patrocinadores, como era antes, abrimos para todos os associados. Não vai mais haver uma determinação de conduta, de diretrizes, apenas por parte das empresas fundadoras. Todos vão ter a oportunidade de apoiar as ações do Indac. Criamos três pacotes de divulgação com diferentes opções de participação que ainda não estão totalmente definidas. Mesmo assim, posso adiantar que são pacotes que incluem anúncio no Jornal do Acrílico, na newsletter, no site, etc. Cada um composto com diferentes opções. Outra mudança importante é que haverá a abertura da possibilidade de associação para empresas internacionais estabelecidas no Brasil. Antigamente, a empresa precisava produzir no Brasil para ser associada do Indac. Como tem sido explorado o acrílico na comunicação visual? Dois terços das chapas acrílicas é usado em comunicação visual. Esse mercado é dividido em quatro segmentos: comunicação 12
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visual externa, que são os luminosos; comunicação visual interna; sinalização, que é muito forte em shoppings e centros de convenções; e o quarto são os PDVs e displays, que são feitos somente em acrílico com mistura de materiais, como acrílico com aço, com metal, etc. Essa proporção de dois terços para comunicação visual é no mercado brasileiro? Isso acontece no Brasil, exatamente. Ano passado, o mercado de chapas acrílicas atingiu 9,7 mil toneladas comercializadas, com base nas informações que nós temos das empresas produtoras. São vocês que captam essas informações e geram os dados desse mercado? Sim, quando falamos em 9,7 mil toneladas, estamos falando do consumo aparente, que é a soma das chapas importadas que foram utilizadas e a movimentação do estoque dos produtores de chapas. Entramos em contato com praticamente todos. Do consumo do mercado, temos de excluir também o que se produz em chapas recicladas. Essa quantidade também não está nas 9,7 mil toneladas. Entre os nossos associados, apenas um produz chapas recicladas. No Brasil, a estimativa gira em torno de 1,2 mil toneladas de chapas recicladas.
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Entrevista
2011, quase 30% do mercado de chapas acrílicas foi composto por chapas importadas. No primeiro semestre de 2012, ainda não temos esses dados, mas deve ser algo próximo a isso. Infelizmente, para o mercado brasileiro, a peça acrílica usada no luminoso, no display, na comunicação visual em geral, ainda é importada. O chinês só não consegue competir nos casos de produções muito específicas. Quando você precisa de um contato estreito com a empresa que vai desenvolver a peça, essa relação muda totalmente.
A chapa reciclada perde propriedades? Bastante. Perde várias propriedades do acrílico. Propriedades de resistência ao sol, de resistência mecânica, de resistência química, por exemplo. Voltando aos dados, as 9,7 mil toneladas representam o volume do consumo nacional. Além do produzido aqui, tem as chapas importadas, que atualmente são grandes concorrentes das chapas brasileiras. Essa é uma concorrência feroz e muito grave para a indústria.
“Vamos apresentar alguns pacotes de divulgação que podem ser adquiridos de maneira igualitária por todos os associados”
São importadas de onde? Da Ásia, tendo como principais países a China, a Malásia e a Tailândia, além dos Estados Unidos. Os Estados Unidos não competem no preço, mas as chapas americanas são de boa qualidade. Elas entram com preço de mercado normal e competem em alto nível de qualidade. Já os asiáticos entram com um preço muito competitivo e com bons produtos em sua maioria. Em 14
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“Haverá a abertura da possibilidade de associação para empresas internacionais estabelecidas no Brasil”
Percebi, em algumas aplicações do acrílico, formas diferentes. É possível moldar e conseguir qualquer formato com o material? É exatamente essa palavra que você usou: moldar. Basta aquecer uma chapa de acrílico, ou mesmo um tarugo, e dar a forma que for necessária. Sem perder transparência ou qualquer outra propriedade? Sem perder transparência. Claro que, quando você molda uma bolha com uma chapa de 4 mm, ela pode ficar com 1,5 mm ou 2 mm, metade da espessura – esse material estica igual a uma bolha de sabão e, quando vai esticando, fica com a espessura reduzida. Essa é a grande característica, a grande vantagem do acrílico. Ele permite dar formas tridimensionais e, se não der certo, retomar. Não deu certo a moldagem, volta a chapa para o forno, ela retoma a forma original e permite moldar novamente. O acrílico tem uma propriedade interessante entre os plásticos que é sua estrutura molecular. O tamanho da cadeia molecular do acrílico é enorme se comparado à de qualquer outro plástico. Isso pos-
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Entrevista
sibilita aquecer e moldar sem perder propriedades, pois a cadeia carbônica aguenta altas temperaturas. Isso tem um limite? Tudo tem um limite. Se errar mais de cinco vezes, por exemplo, não tem jeito, vai atacar as propriedades. Para o mercado de comunicação visual, o acrílico é relevante ou pode ser facilmente substituído? Esse é o grande trabalho que a gente tem aqui no Indac e em todas as empresas que atuam nesse mercado. Nosso trabalho é justamente diferenciar o acrílico de outros materiais, mostrar o valor do acrílico. Existe uma competição muito grande com outros materiais e o acrílico compete diretamente com poliestireno, metal, aço, com quase tudo. Em PDV, por exemplo, são usados todos esses materiais. Pelas nossas contas, no Brasil se utiliza, por exemplo, 2,5 mil toneladas de chapa acrílica por ano em PDV, contra 8 mil toneladas de poliestireno. Isso quer dizer que a gente está perdendo o jogo. O escritório de arquitetura, o designer, o projetista que trabalha com agências de publicidade e projeta o PDV, ainda não têm consciência da diferença entre os materiais. O valor não tem influência sobre isso? Tem. Uma chapa de poliestireno de 3 mm custa algo entre 30% e 35% do valor de uma chapa acrílica, mas as diferenças de características são enormes. Quando a agência, o arquiteto ou o designer não têm consciência das diferenças, busca preço. Essa relação é o contrário na Itália, por exemplo. Usa-se muito mais acrílico. Um designer italiano jamais utilizaria em seu PDV um poliestireno. Se ele precisa de um display que dure uma semana, aí pode usar o poliestireno. Mas o PDV que vai ficar seis meses ou um ano em uma loja ou agência bancária, não gera dúvida sobre o que usar. São arquitetos que conhecem os produtos. No Brasil, os designers seguem apenas o apelo visual, do design da peça, sem levar em conta o efeito que cada material confere. Não se conhece muito bem o produto e 16
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esse é o principal trabalho que fazemos no Indac. O Jornal do Acrílico é isso, tenta divulgar o material acrílico. Além disso, são quase 25 palestras por ano em escolas de arquitetura, design de interiores e desenho industrial, por exemplo. Qual o conteúdo das palestras? Mostrar a diferença do acrílico. Mostrar o que ele pode fazer e quais as propriedades desse produto. São palestras leves, porque se formos entrar na questão da cadeia molecular, as pessoas não têm o mesmo interesse. Trabalhamos com a beleza das imagens. Mostramos produtos feitos com acrílico e tudo o que ele pode fazer.
“Acredito na mistura de outros materiais com acrílico”
Como você resumiria as vantagens de utilizar o acrílico? São várias. Primeiro, a resistência. Um PDV em acrílico com a espessura correta vai resistir mecanicamente. Segundo, transparência. Quanto maior a espessura do vidro, mais verde ele fica. O acrílico não. Você tem acrílico com a espessura que quiser, sem perder transparência. A possibilidade de cores também ajuda. Há uma possibilidade entre 600 e 700 cores disponíveis para chapas acrílicas. Porque elas são produzidas uma a uma no sistema casting. Com isso, é possível produzir com a pigmentação que quiser. Outra propriedade que somente o acrílico tem é o chamado reflexo na borda. A borda do acrílico colorido destaca a peça, pois parece que está iluminada. Nenhum outro material oferece esse efeito, nem vidro, nem policarbonato, por exemplo. A resistência mecânica do acrílico é outro ponto importante. Há chapas de acrílico de 0,5 mm a 15 cm e utilizando uma chapa com a espessura correta, a resistência não fica comprometida em nada. É um produto altamente resistente.
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A resistência aos raios de sol é uma propriedade que só o acrílico tem, entre os plásticos. Por isso, todas as peças de comunicação visual externas são feitas em acrílico. McDonald’s, Drogaria Onofre, Bradesco, Peugeot, todos utilizam acrílico. Facilidade de moldagem é outra propriedade maravilhosa. Uma chapa acrílica vai ao forno, é aquecida a 160°C, 170°C, e sai de lá parecendo uma folha de papel. O operador pega aquela chapa com luva de amianto e coloca diretamente no molde, ou utiliza ar-comprimido, ou aquece com resistência e faz a dobragem. Essa facilidade não existe em nenhum outro material. E outra questão, se não deu certo, você coloca no forno e faz de novo. Essas são as principais vantagens do acrílico.
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O que você enxerga como tendência para os próximos anos? Com relação a aplicações, além do que já vem sendo feito, acredito na mistura de outros materiais com acrílico. A utilização do LED em peças de acrílico é algo que só funciona se for acrílico, porque nenhum outro material consegue o efeito da borda iluminada. Já vem sendo feita também a aplicação de materiais fundidos junto às chapas, como tecidos ou até folhas secas, o que dá um efeito muito bonito. E esses materiais são fundidos com o acrílico, não são colocados entre duas chapas, como um sanduíche. Então, essas são algumas das possibilidades do acrílico fundido e, conhecendo o produto, o próprio mercado pode encontrar milhares de outras formas de aplicação.
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Capa
Mil e uma utilidades Léo Martins
Com imaginação e criatividade, vinil é utilizado para aplicações que extrapolam, e muito, o envelopamento
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or definição do dicionário Priberam, ser versátil significa “ter várias qualidades ou utilidades, ou poder fazer ou aprender várias coisas”. Logo, ser versátil significa ser polivalente. No dito popular, ser versátil é sinônimo de ser Bombril. Essa é uma alusão à marca de esponja de aço que trabalha a ideia de ter “mil e uma utilidades”. E é justamente por esse motivo que o vinil autoadesivo pode ganhar tal conotação. Na atualidade, com a grande popularidade do envelopamento automotivo, esse material é automaticamente relacionado a tal aplicação. Isso, por consequência, inibe suas outras utilidades. Mesmo assim, suas aplicações vão muito além do que muitos imaginam e o vinil autoadesivo prova que tem a polivalência do Bombril.
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Ilustrações: Odair Denani
Através do tempo Para que se entenda como o vinil evoluiu é preciso primeiro entender de onde vem o material. E, para isso, a química é primordial. O material vinil baseia-se no radical do vinil, o que significa que todo o tipo de vinil pode ser considerado, em primeira instância, um componente plástico. Historicamente, o vinil autoadesivo surgiu por volta da década de 1940. A princípio, esse material tinha como finalidade apenas as artes finais de alguns layouts. Segundo o professor José Neto de Faria, coordenador do curso de Design Gráfico da Universidade Anhembi Morumbi, o vinil autoadesivo teve maior popularidade no início dos anos 1990. “Entre os anos 60, 70 e 80, o vinil ganhou alguma proporção, sendo utilizado também para arte final em alguns produtos. Nos anos 90, porém, ele se popularizou e começou a ser utilizado em vitrines, a fim de promover algum tipo de comunicação visual. A publicidade ganhou muito com isso”, afirma Faria. O setor de comunicação visual, juntamente ao automotivo e ao industrial, são os principais ramos de atuação do vinil. Fábio Colello, diretor da Aplike, explica em valores numéricos o quanto isso representa no fornecimento da empresa. “Nós fornecemos basicamente para esses três setores. Posso dizer que, em nível de porcentagem, o nosso fornecimento de vinis seria de 10% para o setor automotivo, 40% para o mercado de comunicação visual e 50% ao mercado industrial. Ou seja, o vinil é bem abrangente”, analisa Colello. No entanto, Cristina Silva, gerente comercial da Plavitec, afirma que ainda é difícil mensurar a porcentagem de vendas do vinil em seus diferentes setores de atuação. “Apesar do grande crescimento do vinil no setor automotivo, esse mercado ainda está em franco desenvolvimento. Por isso não é tão fácil dizer com precisão o quanto ele representa para o mercado hoje. Esse número ainda pode crescer”, diz. Apesar de ainda estar em desenvolvimento nesse setor, Colello explica que o que fez o vinil ser relacionado aos automóveis foi a rapidez com que é aplicado. “Entre pintar e envelopar um carro, o cliente prefere a segunda opção, pois ela é mais rápida, mais prática e mais barata. Como tudo que está
em atual desenvolvimento, acaba sendo diretamente relacionado ao momento. Mas as aplicações em vinil vão muito além do setor automotivo”, comenta Colello. Apesar de ser associado ao envelopamento de automóveis, o material autoadesivo ainda se mantém vivo em outros trabalhos. “As aplicações são as mais diversas possíveis, porém, o mercado de comunicação visual, a meu ver, é o que mais ganha com esse material, que pode ser aplicado de diversas formas. Pode ser usado em campanhas de publicidade, de identidade visual e até em publicações, como revistas. O material propicia muitas aplicações”, explica Faria. Mesmo com a ampla utilização na publicidade, por vezes o vinil passa despercebido. De qualquer forma, esse é notoriamente um dos principais meios para divulgá-lo. Propaganda debaixo da terra Quem circula na cidade de São Paulo muito provavelmente já utilizou o metrô como meio de transporte e os mais atentos notaram propagandas de filmes, operadoras de celulares e livros. Esses anúncios estão na parte externa dos trens, nas pilastras, escadas rolantes e paredes. O mais curioso é que, sem aparentar dificuldade, as propagandas são substituídas da noite para o dia. Isso acontece, pois são impressas em vinil autoadesivo, o que facilita a substituição por outra propaganda. Por meio de sua assessoria, o Metrô de São Paulo informou que esse tipo de anúncio é fruto da criação da Mídia Metrô, que desde 2004 estipula e coordena os locais e anúncios que podem ser aplicados. Antes disso, o interessado apresentava o projeto com a simulação do adesivo aplicado, que seguia para aprovação. Com o tempo, a demanda de anunciantes aumentou. Para adaptar-se às novas necessidades do mercado, o Metrô criou espaços pré-delimitados para aplicação dos adesivos. No entanto, espaços novos surgem a cada novo olhar nas estações. Tudo depende da criatividade das agências de propaganda e seus clientes, informa o Metrô. Em pesquisa realizada pela Somar Marketing e Pesquisa com usuários do Metrô, foi constatado que esse tipo de mídia é útil e informativa, além de deixar o ambiente mais agradável. Setembro 2012
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campo é amplo e que até os grandes veículos e estruturas podem receber tal aplicação. “As empresas podem utilizar o vinil na comunicação visual de ambientes abertos e fechados, em pisos, janelas e vidros automotivos e de vitrines, com vinis “furados”, que permitem a transparência parcial, não vedando completamente o recinto. Até a indústria aeronáutica se utiliza de diversos tipos de vinil autoadesivo, para marcação e decoração de seus veículos”, diz Caspary.
Divulgação Metrô
Propaganda utilizada no Metrô de São Paulo. A publicidade em prol do vinil autoadesivo
Professor Doutor da Escola de Comunicação e Artes da USP, na graduação de publicidade e propaganda, Dorinho Bastos explica as contribuições que o material trouxe para o mercado publicitário. “Na promoção, a tecnologia do vinil autoadesivo valoriza o trabalho criativo. A partir dessa tecnologia, puderam ser propostas ações inimagináveis em outros tempos, como envelopar veículos, por exemplo. Sofríamos muito quando algum trabalho de identidade visual tinha esse grau de complexidade. A velha pintura tinha que resolver situações que o silk-screen não conseguia resolver”, analisa. Bastos ainda ressalta que “para quem cria, a tecnologia do vinil autoadesivo oferece novas estratégias para atingir os públicos de interesse”. Em entrevista, o diretor da Printconsult, Thomaz Caspary, analisa o crescimento da utilização do vinil para o mercado publicitário. “O vinil ocupa grande percentual no mercado publicitário nos dias de hoje, principalmente na área de decoração, sinalização e de publicidade de baixa tiragem. Em banners, propaganda promocional de paredes, vitrines e de solo, sinalização específica com vinil eletrostático em materiais específicos como metal, etc. Até publicidade de cinemas e teatros tem usado bastante esse material”, expõe Caspary. Sobre a utilização do vinil em diferentes propostas de comunicação visual, o diretor afirma que o 22
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Beleza nas paredes Dentro do campo de atuação do vinil, a decoração vive grande ascensão. “A decoração e personalização de residências e pequenos eventos como festas, formaturas, casamentos, também v����������������� ê���������������� m crescendo consideravelmente. É um mercado que temos observado bem de perto”, analisa Cristina Silva, da Plavitec. Não só as empresas especializadas em vinil têm notado isso. Os profissionais que atuam em design de interiores também têm usado o material em seus trabalhos. Rosângela Stefanelli, profissional na área de design de interiores, diz que o vinil auxilia na personalização dos ambientes. “Eu uso esse material quando o cliente quer colar uma foto na parede. Na utilização da decoração em si, eu utilizo pouco. Para mim, o acabamento fino não fica tão satisfatório”, pondera Rosângela. A designer ainda revela que não utiliza o material, muitas vezes, por falta de novidades. “Não vejo tantas novidades no mercado. A não ser que o uso do vinil seja imprescindível para o trabalho, eu opto pelos métodos tradicionais”, finaliza. Em contraponto, Edmar Moreira, diretor comercial da Emfoco Print, diz que sua empresa tem no vinil autoadesivo um grande aliado para a arte da decoração. “Utilizamos muito o vinil na decoração residencial e comercial. Quartos, salas e banheiros recebem esse material e, assim, a residência tem cada vez mais o jeito do cliente. O retorno sempre foi muito positivo”, informa Moreira. Eletros e eletrônicos envelopados Uma das aplicações possíveis dos vinis autoadesivos que vem ganhando forte apelo no mercado é o envelopamento dos equipa-
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Capa Envelopamentos grandes
Com objetivo estético ou de publicidade, o vinil pode ser aplicado em grandes veículos, como navios, ônibus e aviões
Desenvolvimento
ao seu alcance O vinil autoadesivo começou a ser usado nos anos 40 apenas para detalhes de lay-out, mas se desenvolveu através dos anos e possibilita ao usuário as mais diversas aplicações
Personalização de carros
Milhares de adesivos. Essa é a proposta do sticker bombs, ideia para aqueles que querem um automóvel com identidade estética pessoal
Sinalização
O vinil autoadesivo pode ser aplicado em placas de trânsito, etiquetas promocionais, sinalização de segurança, direcional e de aviso
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Decoração de ambientes
Indicado para personalizar quartos, salas, cozinhas e banheiros, o material pode ser aplicado também em ambientes externos
Eletroeletrônicos e eletrodomésticos
Seguindo a linha da personalização, o envelopamento de geladeiras, máquinas de lavar, celulares, tablets e tocadores MP3 podem ter “a cara” do cliente
Publicidade e Propaganda
Vitrines, letreiros luminosos, vagões do metrô, pontos de venda (banners e painéis), adesivos e etiquetas podem receber o vinil autocolante
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Divulgação Emfoco Print
Usado como opção em decoração, o vinil autoadesivo garante o seu espaço dentro dos ambientes
mentos eletrodomésticos e eletroeletrônicos. A Emfoco Print, por exemplo, atua nesse mercado. “Há um ano, a empresa tinha faturamento que girava em torno de 70% de trabalhos com envelopamento automotivo e 30% com outros serviços. Aos poucos, a empresa começou a aplicar trabalhos com adesivos de paredes e percebeu que o cliente foi mostrando outras necessidades. Daí, a demanda por outros serviços com vinis foi aumentando gradativamente”, relata Moreira. “Hoje, a empresa consegue mensurar um percentual de 50% de trabalho com envelopamento automotivo e 50% com outras aplicações com vinis autoadesivos. Percebemos que outros tipos de trabalhos com esse material agregam excelente valor ao serviço da empresa”, confirma. Normalmente, segundo Moreira, os eletrodomésticos mais requisitados são as geladeiras, máquinas de lavar e secar e equipamentos de ar-condicionado. “Os clientes procuram não só por beleza estética, mas também a proteção e durabilidade dos equipamentos envelopados. O vinil acaba protegendo e conservando mais os equipamentos”, diz. Os eletroeletrônicos também viraram alvo dos envelopamentos. É��������������� ���������������� apostando nessa ideia que a Deco Skin resolveu direcionar seu foco. “O conceito de envelopar apare26
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Divulgação Emfoco Print
Para a completa personalização residencial, os eletrodomésticos foram submetidos ao envelopamento Deco Skin
Celulares, tablets e notebooks também podem ser personalizados com vinil autoadesivo, deixando-os com “a cara” do cliente
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lhos eletrônicos portáteis (gadgets) é muito comum em países da Ásia, como Japão e Cingapura. A ideia principal do envelopamento é proteger o eletrônico. Também em alta nos dias atuais, consumidores procuram por customização e personalização”, explica Pin Hsu, diretor da Deco Skin. Dentro dos equipamentos mais requisitados para envelopamento, Hsu diz que os portáteis encabeçam a lista. “Celulares e tablets são os mais requisitados��������������� , pois, normalmente, os clientes os levam para o passeio no shopping. Depois que conhecem nosso trabalho, muitos voltam com outros equipamentos, como notebooks”, comenta Hsu. Sinalize e avise O vinil autoadesivo tem grande utilidade para quem deseja sinalizar um ambiente. Dessa forma, pode-se garantir que as pessoas sigam orientações, tomem precauções de segurança ou simplesmenArquivo RSG
te sejam informadas. “São inúmeras as possibilidades de uso dessa tecnologia nos projetos de sinalização. Acabamos de usar o vinil autoadesivo na sinalização da Biblioteca Mario de Andrade. Foi uma estratégia para sinalizar o fluxo de pessoas na área do acervo circulante da biblioteca”, informa o professor Dorinho Bastos. O Metrô de São Paulo também informou, por meio de sua assessoria, que os vinis são bastante utilizados em mensagens institucionais e sinalização de embarque e desembarque. Os adesivos aplicados nos pisos das plataformas para que o usuário saiba qual é o ponto certo em que o trem vai estacionar é um exemplo da aplicação. Prós e contras Com tantas vantagens que o vinil autoadesivo oferece, será que ele possui alguma desvantagem? O professor Dorinho Bastos diz que tudo depende do profissional que for empregá-lo. “Não consigo imaginar uma desvantagem. Um profissional da área de comunicação, conhecendo as propriedades do produto, deve fazer um bom uso dele, dentro de seus limites técnicos, que sempre existirão”, analisa. Já o professor José Neto de Faria diz que, dependendo da maneira que o material for feito, a qualidade pode ser afetada. “Se o material não tiver boa pigmentação UV na sua composição, o vinil pode desbotar rápido por causa do sol. Porém, nos dias de hoje, não falta tecnologia para combater essa desvantagem”, pondera Faria. Por fim, para Thomaz Caspary, o vinil tem a desvantagem em custo para grandes tiragens. “A maior desvantagem do material, a meu ver, é o custo para grandes tiragens, onde outros materiais levam vantagem em função dos custos do próprio substrato e dos sistemas de impressão”, considera. “Já como vantagem está o baixo custo para pequenas tiragens, que podem ser impressas por diferentes sistemas de impressão. A durabilidade, em relação a impressos em papel, também é um ponto positivo para este material”, avalia Caspary. O chão não precisa ser pintado. Layouts de segurança também podem ser adesivados
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Até quando? Com o advento da tecnologia, aparatos eletrônicos como os painéis de LED surgiram. Será que tais aparatos ameaçam a existência do vinil? Quanto tempo o vinil autoadesivo terá apelo dentro do mercado da comunicação visual? Para o professor José Neto de Faria, somente as empresas responsáveis pela a fabricação do vinil podem extinguir seu uso. “Se o material não for promovido pelas empresas fabricantes, o vinil pode cair no esquecimento. O material pode ser utilizado em muitas aplicações e é responsabilidade delas divulgar quais são”, afirma Faria. Contudo, o professor Dorinho Bastos acredita que o vinil ainda tem o seu
espaço garantido durante muito tempo. “O vinil autoadesivo veio possibilitar inúmeras soluções na área promocional, de comunicação visual, nos projetos de sinalização e em uma série de outras ações dentro de estratégias corporativas”, completa Bastos. Para personalizar, promover ou simplesmente passar uma mensagem, o vinil autoadesivo se apresenta como solução. Basta o usuário deixar a imaginação fluir, pois, dessa forma, o vinil se adaptará às condições a que for submetido. Com imaginação sem limites, as possibilidades de utilização do vinil autoadesivo o tornam, assim como o Bombril, um material com mil e uma utilidades.
Novos jeitos de colar Pode-se dizer que o vinil autoadesivo ganha cada vez mais ascensão por possibilitar que o usuário personalize locais e objetos. “Decoração é vida. Os clientes só são felizes se puderem escolher de que forma coisa vai ficar. Por isso, a personalização é tão positiva”, afirma Fábio Colello, diretor da Aplike. Entendendo essa ideia e levando a personalização a fundo, Anselmo Blois apostou no sticker bombs, ideia que reúne milhares de adesivos no mesmo vinil. “Sticker bombs vem da arte de rua, visão de como colorir seu mundo com detalhes aparentemente simples. Cada um monta do seu jeito. Antes usavam-se mais de 200 adesivos para fazer uma peça do carro. Hoje, com a ajuda da comunicação visual, conseguimos desenvolver o layout com a cara das pessoas, desde caricaturas, logotipos, fotos, além de temas que descrevem o que a pessoa é ou o que ela gosta”, explica Blois. A ideia é recente, mas vem se desenvolvendo entre os jovens, público-alvo do produto, e ganhando novos adeptos. “No começo todo mundo achava ‘diferente’, mas depois de uma pequena evolução, a juventude aderiu à moda. A marca hoje em dia é nossa e esperamos que ela se propague cada vez mais”, projeta Blois. As novidades em vinil se diferem, em grande parte, pelo modo como o usuário o aplica. Apostando nisso, a Imprimax lançou o Power Revest. Por meio de uma maneira não convencional, o produto é aplicado como um spray na superfície do carro, dando o título de “envelopamento líquido”. “As características do produto estão entre a pintura automotiva e seus benefícios e a��������������������������������������������������������������������������� ���������������������������������������������������������������������������� facilidade e a������������������������������������������������������������ ������������������������������������������������������������� s vantagens do envelopamento. Isso resulta em um revestimento líquido que, ao secar, se torna uma película que pode ser removida como um vinil. A tecnologia empregada utiliza matéria-prima de alta performance, a mesma utilizada na pintura automotiva”, informa Rosana Araújo, ge- Divulgação Imprimax rente de Marketing Com o lema do “envelopamento líquido”, a Imprimax aposta no Power Revest como um novo modo de aplicação do vinil da Imprimax. 30
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Pesquisa
Confiança
na qualidade Q
Erik Bernardes*
ual a opinião dos leitores, anunciantes e prospects das revistas Silk-Screen e Sign? O que esperam das revistas? As publicações atendem às suas expectativas? O quanto as revistas são lembradas e utilizadas pelo mercado? Para responder a estas e outras questões, transformando suposições em certezas, foram realizadas pesquisas com leitores das revistas e empresas do mercado, em momentos distintos. Com os leitores, foi elaborado um questionário em que pudessem opinar sobre o layout e formato da revista, conteúdo (tan-
to sobre o que já é publicado e o quanto este conteúdo atende às suas necessidades de atualização, como sobre o que gostariam de ler nas edições) e suas impressões gerais a respeito da publicação. Esta pesquisa foi enviada aos leitores por e-mail nos dias 5, 14 e 26 de junho e 24 de julho. Com os anunciantes e demais fornecedores do mercado, a pesquisa foi aplicada durante a feira Serigrafia SIGN FutureTEXTIL, dos dias 18 a 21 de julho, pela empresa SBK Business, que atua há 18 anos com pesquisas de mercado e consultoria na área de Marketing B2B. De acordo com os dados levantados,
Conteúdo Quais as seções mais interessantes da revista? 18,0% Textos técnicos 15,0% Notícias do mercado 14,0% Passo a passo 13,0% Artigos de especialistas 11,5% Reportagem de capa e especiais 08,0% Entrevistas 07,0% Agenda de cursos e eventos 05,0% Coberturas de eventos 05,0% Índice de anunciantes 03,5% Editorial 32
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Sign e Silk-Screen são as revistas mais lembradas e têm conteúdo avaliado entre bom e excelente por mais de 80% do mercado 85% dos leitores da Sign e 83% dos leitores da Silk-Screen consideram as publicações boas, muito boas, ótimas ou excelentes. Por isso mesmo, em torno de 70% das empresas pesquisadas anunciam nas revistas, enquanto até 36% dessas mesmas empresas revelam anunciar em algum dos concorrentes. Apesar da avaliação positiva, é possível perceber alguns pontos nos quais as publicações devem melhorar. Se, por um lado, 25,5% dos leitores da Sign afirmam que o conteúdo da revista atende totalmente ���������������� às ������������� suas necessidades de informação, para 73% isso acontece
apenas parcialmente. Apesar de considerarem a revista como “uma fonte confiável de informação”, a maioria dos leitores pesquisados sente falta de uma plataforma digital, como um site ou mesmo uma revista digital que complemente a publicação. A equipe da revista Sign agradece a participação de todos que responderam à pesquisa e garante que está trabalhando para implantar o que foi solicitado pelos leitores e pelo mercado. Em tempo, todas as novidades serão reveladas. *Com apoio da equipe de Marketing da revista Sign
Qual frequência de consulta? 35,5% Toda s emana 32,5% Uma vez ao mês 22,0% A cada quinze dias 10,0% Conforme necessidade
Que conteúdos procura sobre o mercado? 37,0% Novas técnicas, equipamentos e insumos 22,5% Fornecedores 20,0% Mercado 17,5% Cursos e eventos Setembro 2012
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Pesquisa
Lembrança de mercado Onde busca informações sobre o mercado?
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is na jor om s e os t a a d õ e s c do z v is a l i ç ca R e ec i m a er p or o m es nf e i is d a d iona oc Tr fiss o pr t ne
D te ren or nc C Co te ren or nc B Co te ren or A nc te Co ren n or ree nc - Sc Co ilk eS
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Opiniões Qual sua opinião sobre a revista de modo geral? 85%
Boa / Muito boa
15% Regular 00% Ruim
Amostra
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A pesquisa, confidencial e anônima, foi enviada via e-mail para o mailing de leitores das revistas. Para a revista Sign, as respostas obtidas representam um resultado com 90% de confiança e 10% de margem de erro. Com os anunciantes e prospects das revistas, foi elaborado um questionário que teve como objetivo principal avaliar suas percepções e opiniões a respeito das publicações, bem como seus investimentos em publicidade, satisfação e retorno obtidos. A pesquisa foi realizada com 125 empresas pré-selecionadas pelo Departamento Comercial das revistas. Desse total, obteve-se um resultado com 95% de confiança e 10% de margem de erro.
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Debates
Pela qualidade do
LED Erik Bernardes
Fabricante e usuários concordam, é preciso conhecimento Mauritius Reisky
Eduardo Savordelli
A
popularização dos diodos emissores de luz – LED, da sigla em inglês para light emitting diode –, impulsionada em grande parte pelos volumosos aportes de investimento das gigantes da iluminação, incentiva o consumidor final a substituir as lâmpadas e equipamentos que dispõem em suas casas ou lojas por essa nova tecnologia. Os LEDs têm vantagens como redução no consumo de energia elétrica, maior durabilidade e o fato de não aquecerem o ambiente. Mesmo assim, não basta entrar em uma loja e simplesmente pedir por um dio-
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Valdeci Alencar
do emissor de luz acreditando serem todos iguais. Existem diferentes tipos de LED, com durabilidade e resultados diferentes em cada aplicação. Nesta seção Debates, conversamos sobre tecnologia e mercado com Mauritius Reisky, da NP do Brasil, com Eduardo Savordelli, da Spider Painéis Eletrônicos, e Valdeci Alencar, da Arte Nobre Letras. O primeiro é fabricante de LEDs, já os demais, usuários da tecnologia de iluminação em suas empresas, sendo que a Spider fabrica e aluga painéis em LED e a Arte Nobre confecciona letras-caixa.
Concordando em diversos pontos, os três apontam uma direção: conhecimento. Segundo os entrevistados, o consumidor – e mesmo alguns distribuidores – desconhece a tecnologia e não compreende, de fato, as principais diferenças entre um diodo emissor de luz e outro, de fabricaç��������� ões������ diferentes. Dessa forma, orientar o consumidor e apresentar as vantagens de investir em produtos de qualidade é obrigação de quem pretende estar no mercado por longos anos.
Como está o mercado de comunicação visual atualmente? Eduardo: Acredito que o mercado de comunicação visual esteja se reinventando, independente do segmento. O brasileiro ainda não conhece a tecnologia, faz pedidos por intuição, sem ter conhecimento prévio. Com isso, deixa de lado a qualidade e busca preço. O problema disso é que, depois de um tempo, o painel passa a ter problemas de imagem lavada, por exemplo.
Fotos: RSG
Além disso, como muitos produtos vêm da Ásia e o povo oriental percebe as cores de forma diferente, se não for feito um balanceamento para o ocidental, dá problemas de white balance. Mauritius: A tecnologia ainda está numa fase muito embrionária para nós brasileiros. A mídia fez muito barulho em cima, existe um lobby extremamente pesado por parte das grandes companhias que investiram pesado nessa tecnologia e precisam de retorno sobre o capital investido. Mas o brasileiro ainda é extremamente sensível com relação
a preço, busca a opção mais barata, e no LED Strip é exatamente isso que acontece. Isso ficou claro na edição de 2009 da Serigrafia SIGN FutureTEXTIL. Tínhamos o produto com preço mais desfavorável, mas com conceito que estava bem além daquilo que estava sendo oferecido pela ilha oriental. Essa competição desfavorável fez com que o signmaker brasileiro se esquivasse do entendimento do que realmente está especificado como produto de primeira linha e optasse por tentar passar despercebido, utilizando insumos de baixa qualidade. Ele vende mais barato para tentar maximizar os lucros. Setembro 2012
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Qual a consequência disso? Mauritius: A realidade é que estamos fornecendo um volume considerável de diodos emissores de luz, de LED, não para novos projetos, mas para retrofitting de outros projetos que já utilizaram LED em algum momento. Ou seja, o cidadão liga para nós falando de um projeto que havia sido feito anteriormente, em que foi necessário cortar custos e utilizar um LED de baixa qualidade. O que aconteceu é que, após um curto espaço de tempo, ele precisou trocar o luminoso. Um exemplo foi o luminoso da Toyota, em Indaiatuba, que precisamos trocar. Por isso, temos que catequizar o mercado visando à relação entre custo e benefício, não apenas o preço. No diodo emissor de luz, nós temos que tomar muito cuidado com as garantias. O mercado tem colocado garantias ilusórias. Nesse produto,������������������������������� não vale a lógica������������� do liga/desliga que vale para a lâmpada incandescente. Em LED, há um desgaste natural e uma queda de luminosidade ao longo do tempo.
“O mercado tem colocado garantias ilusórias... não vale a lógica do liga/ desliga... há um desgaste natural e uma queda de luminosidade ao longo do tempo”, Mauritius Reisky, NP do Brasil
Eduardo: O pessoal é tão desconhecedor da tecnologia de um painel de LED que acredita nas 100 mil horas de vida útil das lâmpadas que muitos vendedores vendem. Em primeiro lugar, o painel não é só LED, mas também fonte e componente eletrônico. 100 mil horas de vida útil é a maior mentira do mundo. A vida útil estimada das lâmpadas é de 60 mil, 70 mil horas no máximo. Outra coisa que muitas pessoas não sabem é que o terminal de LED para painel de imagem pode ser de cobre ou de aço. Se for de cobre, o desgaste é muito menor, pois a dissipação do calor no cobre é entre 5 e 7 ve38
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zes maior que no aço. Só tem um lugar para dissipar o calor da lâmpada e é pelo terminal. Num terminal de aço, principalmente num país tropical como o nosso, depois de um tempo ele vai ter manchas. Só que o LED com terminal de cobre custa 70% mais que o feito de aço. Isso dá uma diferença de 20% a 25% no preço final do equipamento. Você pergunta isso para o pessoal que vende painel aqui no Brasil e eles não sabem disso. No mercado de letras-caixa, também há influência da cultura do preço? Valdeci: O pessoal está muito mal informado em relação à�������������������� ��������������������� qualidade do produto. Hoje, a Arte Nobre já tem fornecedores predeterminados, quando um não tem o produto o outro tem, temos 13 fornecedores com produtos de qualidade. Já tive a visita de coreanos querendo que a Arte Nobre fosse representante deles no Brasil. Fizemos uma comparação de custo e vimos que era inviável. Além da qualidade, teríamos que disponibilizar um valor para estocar tudo e pagar antecipado. O que fazem para driblar a dificuldade? Mauritius: Como o Eduardo falou, o mercado está se reinventando e dentro disso eu vejo uma profissionalização maior das
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empresas. A comunicação visual, até pouco tempo, não era uma atividade complexa, não demandava muito investimento. Era comum pessoas montarem empresas de garagem. Eduardo: Estamos há 20 anos no mercado e se tem uma coisa de que não abrimos mão é de qualidade no pós-venda. Se for para vender um produto de baixa qualidade, prefiro não vender. Em minha área, é um problema. Na feira mesmo, tinham 8 ou 9, fora os chineses, que não sabiam nem o que estavam falando. Mesmo empresas importantes no mercado têm conceitos que não conhecem.
Mauritius: Percebemos que, em função do atual cenário econômico, com empresas precisando se reinventar, até mesmo vendedores de insumos da comunicação visual estão entrando no mercado tentando a chamada diversificação do portf�������������� ó������������� lio de produtos. O que nós percebemos com a tecnologia LED é que, com essa necessidade de diversificação de produtos, muitas empresas de comunicação visual veem a tecnologia LED, se interessam, trazem para seu negócio e começam a vender sem saber do que se trata. Quem vai trabalhar com isso precisa saber, no mínimo, conceitos básicos. 40
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“Nós estamos fazendo um trabalho no sentido de conscientizar os clientes das vantagens em investir em equipamentos de qualidade”, Eduardo Savordelli, Spider Painéis Eletrônicos
Eduardo: Vendo uma janela de oportunidades, muitos entraram nesse mercado, entraram em acordo com os chineses e passaram a vender tecnologias de segunda linha. Nós estamos fazendo um trabalho no sentido de conscientizar os clientes das vantagens em investir em equipamentos de qualidade. Alguns clientes entram em contato comigo, afirmando que fulano está vendendo mais barato. Eu brinco com eles perguntando quanto tempo eles querem ficar no mercado? Se quiserem ficar mais de 20 anos no mercado precisam levar em conta a degradação do LED. Todo LED degrada, um terminal de aço classe B, após cinco anos, vai ter uma perda de brilho de pelo menos 40%, já o de cobre, com o mesmo tempo de utilização, perde 22%. Os chineses acreditavam que, pelo tamanho do Brasil, se consumia igual ao que consomem nos Estados Unidos e na Europa, mas viram que o mercado é muito menor do que se esperava. Na China, uma empresa de ponta no nosso setor chega a fabricar de 3 mil a 5 mil m2 de painel por mês, aqui, se eu vender mil m2 em um ano, eu fico feliz. Mauritius: Essa necessidade dos estrangeiros, de entrar no nosso mercado, forçou para que muitos se interessassem em se tornar distribuidores dos asiáticos. Há muitos casos de empresas que vendem impressoras e passaram a vender painéis de LED trazidos da China e ficam desesperados para empurrar aquela tecnologia, pois isso amarra o capital do estoque dele, além de que, tecnologicamente falando, pode ser que daqui um ano aquilo esteja totalmente ultrapassado.
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Eu mostro para eles que existem f��� ó�� rmulas matemáticas que calculam o dimensionamento de suas fontes de luz e muitos começam a rir de mim, pois entendem que podem fazer pela metade do valor, utilizando uma quantidade menor de emissores de luz, cobrando a metade do preço. Onde precisamos bater o pé é no conceito qualidade. Não podemos abrir mão disso. Eduardo: O mercado está amadurecendo, mas ainda não conhece a tecnologia. O brasileiro que só procurava preço está começando a entender que não é bem assim. Concordo com o Mauritius e o Valdeci na questão do foco. A Spider, três anos atrás, começou a trazer sistemas de iluminação a LED. Em um ano nós desistimos, pois estávamos perdendo o foco, abrindo mão de uma coisa que a empresa já é conceituada. Eu prefiro terceirizar com uma empresa que já conhece o funcionamento do produto do que me aventurar. Valdeci: Tem várias empresas que entram no mercado dando tiro para todo lado, trabalham com LED, acrílico, diversos tipos de materiais e não focam em seu segmento. Onde ficará o foco a partir de agora? O que vem por aí nesse mercado? Mauritius: Falando de tendências, penso que antigamente era possível ter letra-caixa no estabelecimento, mas o problema era a fragilidade do corpo de luz do neon. Era muito comum os produtos quebrarem no trajeto ao cliente. Quando surgiu o LED, bem mais flexível e resistente, isso já começou a mudar. Outra coisa é que, com o surgimento da Lei Cidade Limpa, os espaços para publicidade foram bem reduzidos, o que fortaleceu a utilização do LED, pois é um produto pequeno, nobre e com luz, dando maior destaque à mensagem passada. Eu vejo que a tendência caminha nessa direção. Uma comunicação nessa linha. Valdeci: O LED veio para complementar a letra-caixa. Onde é possível colocar o sistema de iluminação, o LED dá mais vida à marca do cliente. 42
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Eduardo: Além do que, ficou bem mais fácil de montar, pois hoje em dia isso é feito com colagem. Valdeci: Sim, e não tem limitação de altura nem������������������������������� de tamanho. ������������������ É����������������� um material prático para se trabalhar. Mauritius: Na feira, eu vi um material adesivo de dupla face extremamente fácil do ponto de vista da aplicação. Eduardo: A Spider tentou fabricar esse material no Brasil Mauritius: Nós também, durante oito meses. Eu perdi para nossa empresa irmã na Coreia, por questões de custo. Eduardo: Isso é outro problema. Até 2006, a Spider fabricava os painéis no Brasil. Não conseguimos mais, pois nós não temos tecnologia e nem demanda para investir no maquinário necessário. O que nós precisamos fazer aqui é investir em qualificação, profissionalizar as empresas e conhecer a tecnologia. Se um dia for viável produzir aqui, nós vamos investir nisso.
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“O LED veio para complementar a letra-caixa. Onde é possível colocar o sistema de iluminação, o LED dá mais vida à marca do cliente”, Valdeci Alencar, Arte Nobre Letras Já sobre tendências, no meu segmento não há nada que posso substituir o LED atualmente. Alguns falam dos projetores, que voltaram com força, já existindo até projeção 4D. Mas acredito que essas novas tecnologias são bem específicas e vêm para complementar as já existentes. Mauritius: Até 2005, nós tínhamos uma procura muito grande por neon, de lá para cá reduzimos a produção em 80%, mas ainda fabricamos neon. Isso significa que as tecnologias dificilmente morrem. Elas perdem espaço para as novas, mas ainda são utilizadas em alguns casos. Existe público em busca dessa tecnologia, por isso nós não deixamos de fabricar. Eduardo: O mercado de LED cresceu demais, não só em publicidade, mas em outros mercados também. Nos carros mais modernos, a iluminação frontal já está saindo em LED. A traseira nem se fala. Até o ano 2000, o LED azul e o verde eram muito raros e caros. Hoje já estão falando em mercado de televisão. A tendência é pitchs cada vez menores. Eu acredito que a tecnologia com pitchs menores tende a baixar o preço dos equipamentos, mas não vejo esse cenário nos grandes painéis. Mas os painéis de grande porte ainda continuarão em alta ou eles podem perder espaço? Eduardo: É um mercado aberto. O circuito de Belo Horizonte, por exemplo. Lá tem uma ���������������������������������� boa lei, mais flexível, com metragem, distanciamento de equipamentos, que visa �������������������������������������� à������������������������������������� substituição dos fixos por eletrônicos. Dessa forma, onde se fazia um outdoor com imagem fixa, é possível trocar a cada cinco segundos com o painel. 44
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Valdeci: No caso das letras-caixa, o LED revitalizou esse mercado. Com a Lei Cidade Limpa, a Arte Nobre aumentou muito sua demanda. A letra-caixa é perfeita tanto para um anúncio de 0,5 m 2 quanto para 4 m 2. Isso sem falar da facilidade que o LED tem de trocar de cores, por exemplo, com controle de RGB. Há dinamismo, se o cliente cansar da cor, troca pelo controle remoto. Vocês já fizeram algum trabalho em que utilizaram a letra-caixa com o painel. Eduardo: A Spider fez vários. Tem um que ficou emblemático aqui em SP, por ser o primeiro painel eletrônico instalado após a implantação da Lei Cidade Limpa, que é o painel da Mapfre, na Avenida das Nações Unidas. É um letreiro fixo em cima em letra-caixa que utiliza retroiluminação em LED, e o painel eletrônico embaixo. Ficou bem dinâmico. E painel eletrônico dentro da letra caixa? Eduardo: Antes da Cidade Limpa, uma empresa concorrente fez bastante. Nós fizemos um do Banif, com letras-caixas enormes em topos de prédios. Dentro das letras, tinham painéis eletrônicos. Ele era usado mais para efeitos, trabalhando pixel a pixel, como um painel eletrônico. Mas no futuro, sobre qual tecnologia o publicitário vai optar, como painel eletrônico ou banner, por exemplo, isso vai depender da campanha, do público e do retorno que ele busca. Tem sempre uma relação entre custo e benefício, além da aceitação do mercado, que precisa ser analisada. Tudo é dinheiro e o empresário não vai colocar um luminoso em frente ao seu estabelecimento só para ficar bonito. Ele busca retorno com isso, mas a tendência é o LED baratear cada vez mais, se consolidando como tecnologia. Mauritius: Além da valorização da marca, claro. Uma grande joalheria jamais vai colocar uma lona impressa em frente a sua loja, pois isso vai depreciar o produto. É outro conceito e público-alvo diferente. Cabe a nós, como influenciadores desse mercado, mostrar os benefícios da tecnologia.
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18 Anos
Um retrato
do mercado Ao completar 18 anos, Sign mostra por que é referência para os profissionais de comunicação visual
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m setembro de 1994, o pioneirismo da empresa que já era líder em publicações para o mercado serigráfico, com a revista Silk-Screen, floresceu mais uma vez. Naquele mês, o Grupo Sertec, que desde 1990 também organizava a feira Serigrafia, passou a publicar a revista Sign. O mundo da comunicação visual evoluiu nestes 18 anos que se passaram. Novas técnicas de impressão, novos substratos, milhares de novas possibilidades surgiram para o signmaker desenvolver sua criatividade. Em todo esse tempo, a revista Sign acompanhou o mercado e publicou, muitas vezes em primeira mão, as principais novidades que o profissional precisava conhecer para se manter competitivo. Como já foi publicado na edição comemorativa de 15 anos da revista, diversos foram os motivos que levaram a revista Sign a se tornar líder de mercado. Entre as tecnologias, de fresadoras a impressoras digitais, passando por gravadoras a laser, neon e painéis eletrônicos, todas estiveram nas páginas da revista. Já entre as mídias e substratos, do vinil autoadesivo, tema da reportagem de capa desta edição, até vidro, acrílico e tecidos também receberam destaque. Isso sem falar de aplicações como outdoor, frontlight, backlight, painel e painel triedro, adesivação de frota, decoração de ambientes comerciais ou domésticos, empenas e envelopamentos de prédios, apenas para citar algumas. Para comemorar mais esse ano de informação técnica e de mercado, separamos alguns dos temas recorrentes e imagens de nossas capas. A nostalgia, neste caso, tem a função de resgatar uma história de sucesso que vivemos com cada um de nossos leitores e que buscamos aperfeiçoar a cada nova edição.
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Colorimetria e Gerenciamento de Cores
Gerenciamento de cores na sublimação Fabio Tanaka*
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epois do show de tecnologias durante os quatro dias da Serigrafia SIGN FutureTEXTIL, vamos retomar nossa coluna Colorimetria e Gerenciamento de Cores. Sublimação é o processo de transferência térmica que emprega uma substância sólida (corante especial) que se transforma diretamente em gás ou vapor, penetrando nas fibras do substrato sintético, tingindo-o instantaneamente. Para podermos reproduzir as cores corretamente na sublimação, devemos levar em conta alguns pontos importantes. Tinta – faça a escolha certa São tintas à base de água que atendem à����������������������������������������� demanda de impressoras de alta velocidade, possuem alto poder de saturação, viscosidade baixa para não entupir as cabeças de impressão e algumas têm tecnologias inovadoras, como cluster e nanodot. Softwares RIP São vários os softwares RIP no mercado que dão suporte à impressão têxtil. Opte pelos que apresentam ferramentas para a otimização do trabalho, como por exemplo, suporte a rapport. Suporte a gerenciamento de cores, limites de tintas e processamento de 16 bits são fundamentais. Papéis para transferência Os papéis tratados diminuem a retenção da tinta pelas fibras do papel, reduzin-
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do o consumo de tinta, melhorando a qualidade da imagem e a fidelização das cores em relação aos papéis não tratados. Outro fator importante é manter a sala climatizada para a estabilidade do papel, garantindo boa secagem, evitando as ondulações e possíveis raspões das cabeças de impressão. Calandra e prensa térmica Definir um padrão nessa etapa do trabalho é de fundamental importância para a repetibilidade e fidelização das cores. A variação de velocidade ou temperatura resultará em uma variação de tonalidade de um mesmo trabalho. Para a calandra, por exemplo, adote como velocidade média 1 m/min à temperatura de 200°C e, para a prensa, adote o tempo de 20 segundos à temperatura de 205°C e pressão de 100 libras. Como já dissemos em edições passadas, o gerenciamento de cores não depende apenas de um perfil bem elaborado������� . É necessário também o conhecimento de um conjunto de regras e procedimentos em todo o fluxo de trabalho para obter a qualidade e a economia desejadas. Boas impressões!
*Fabio Kenji Tanaka é consultor da Cor Amarelo Gerenciamento de Cor Digital
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Léo Martins
Procurando incorporar interação ao OOH, P.O.S. Mídia aposta na conexão homem–máquina
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o século 21, a interatividade é uma das palavras mais ouvidas no que diz respeito à tecnologia. Interação é influência ou uma ação recíproca de dois ou mais elementos. Poder interagir com o conteúdo que é acessado, por intermédio de uma máquina, é o que faz da interatividade uma característica-chave nos dias de hoje, proposta entendida pela P.O.S. Mídia, empresa que trabalha com mídia Out Of Home (OOH). Para eles, a interação é a alma do negócio. O princípio da interação A P.O.S. Mídia teve criação após iniciativa dos empresários Márcio Min���� chillo, Antônio Carlos Savério e Edson Perez, sócios diretores do Grupo Cartaxi, que possui mais de 20 anos de experiência no ramo de publicidade em táxis. Com uma vasta bagagem no que diz respeito aos segmentos de mídias diferenciadas, os empresários começaram a esboçar o projeto da P.O.S. Mídia cinco anos atrás, quando a Cartaxi resolveu implantar nos veículos uma rede de televisão que possuía como modo de funcionamento o uso de cartões de memórias. “A ideia da P.O.S. Mídia nasceu de uma TV que desenvolvemos para o táxi. Naquela circunstância, os monitores eram touch screen e, desta forma, possibilitamos a interação com os anúncios veiculados nos táxis”, explica Márcio Minchillo. Conforme o amadurecimento do conceito, com o passar dos anos, o que era somente uma ideia para táxis ganhou novas proporções, migrando para áreas comuns dos estabelecimentos comerciais. Hoje, segundo a empresa, depois de alguns anos em regime de atuação mais tímido, a P.O.S. Mídia se apresenta ao mercado com uma bagagem de 200 pontos de instalação e 400 monitores, sendo metade touch screen. Os serviços da empresa atingem, hoje, cerca de 100 mil pessoas na cidade de São Paulo. Interagindo com o produto A ideia da P.O.S. Mídia é que um conteúdo dinâmico e peças publicitárias sejam veiculados por intermédio de uma rede on-line de telas touch screen. Conectados à internet, esses monitores permitem que o
Fotos: divulgação
público navegue no conteúdo publicitário exposto nas telas, o que, para a empresa, reforça o conceito de mídia com engajamento. Para isso, as telas foram instaladas em pontos de venda estratégicos de forma que o público possa interagir com o conteúdo publicitário. Em um primeiro momento, a P.O.S. foi buscar locais comerciais em que as pessoas costumam passar momentos de descontração e lazer, como restaurantes, cafés e lanchonetes. Segundo a empresa, são nesses locais que as pessoas estão mais aptas a receber informações. “Nossos estudos de mercado indicam que, nestes momentos, as pessoas estão acompanhadas de amigos ou colegas de trabalho e comentam as informações exibidas nos monitores do ambiente. A empresa também percebeu que a espera em filas para pagamentos era outra oportunidade para interagir com os anunciantes através dos monitores touch screen”, conta Minchillo. Os locais em que os pontos da P.O.S. Mídia são instalados têm a característica de possuírem um monitor touch screen interativo e um monitor chamado de “Menu Digital”, no qual veicula apenas informações do estabelecimento e da P.O.S. Isso totaliza 22 horas e 15 minutos de exibições mensais. “Cada local tem ao menos dois monitores. Um monitor touch screen interativo, que fica no caixa e exibe conteúdos dinâmicos (parceria com o UOL), anúncios interativos e pesquisas e pelo menos mais um monitor no ambiente. Esse monitor, denominado monitor Menu Digital, não é touch screen e pode ser de 20 a 55 polegadas, dependendo do local em que for instalado. No monitor de Menu Digital, a grade é compartilhada entre a P.O.S. Mídia e o ponto em que ele está instalado. Nós exibimos notícias do UOL e outros anúncios e o estabelecimento exibe seus próprios conteúdos”, explica Minchillo. Edson Perez, um dos sócios proprietários da P.O.S., destaca que o padrão de instalação de dois monitores auxilia na amplitude da informação. “Por isso, resolvemos apostar nesse formato de dois monitores, para atingir potenciais consumidores. São pessoas que economicamente estão ativas nos intervalos de seus trabalhos”, completa Perez. Setembro 2012
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Interagindo com os benefícios Os monitores fornecidos pela P.O.S. Mídia podem ser utilizados de maneira eficaz pelos anunciantes. Com o monitor de toque, o anunciante que veicular algum anúncio interativo terá um tempo de exibição ampliado sobre determinada propaganda, explicando assim a sua proposta de maneira mais eficaz. Além desse benefício, o mesmo anunciante pode veicular pesquisas a fim de saber a preferência do cliente com determinado produto. “Fornecemos ao anunciante até cinco opções de respostas para que sejam colocadas na pesquisa. Com a pesquisa, o anunciante tem toda a informação que ele precisa para lançar algum produto, pois a P.O.S. oferece a ele os relatórios de exibição e os relatórios de toques. Nos destacamos entre as demais mídias de OOH justamente por esse motivo”, destaca Minchillo. Além do benefício das pesquisas, os monitores proporcionam aos donos dos ambientes a possibilidade de comercializar diretamente o estabelecimento para seus fornecedores e parceiros. “Os próprios donos de estabelecimento inserem os anúncios comercializados na grade utilizando o site da P.O.S. Desta forma, o dono do ambiente passa a contar com uma ferramenta de divulgação e de entrada de faturamento extra, já que estes espaços podem ser vendidos para fornecedores ou mesmo trocados por mercadorias”, explica Minchillo. Ge-
rente do restaurante La Mamma, Carlúcio Rodrigues Pereira instalou os monitores interativos em seu estabelecimento e diz que a reação dos clientes superou a sua expectativa. “Com essa tela touch screen que fica no balcão, ao lado do caixa, nossos clientes sempre interagem no momento do pagamento. Enquanto nosso cliente fica esperando o pedido, nós podemos divulgar nossos produtos. Isso é bom para nós [estabelecimento] e ajuda a distrair os clientes no momento da espera”, destaca Pereira. Outra vantagem que o comerciante pode adquirir com os produtos da P.O.S. é o sistema Minha TV, que proporciona ao dono do estabelecimento inserir seus próprios conteúdos no monitor grande. “Este é um negócio em que todos ganham. ������ É ���� rentável tanto para anunciantes, que podem complementar suas veiculações com pesquisas e degustações no ponto de venda, quanto para os nossos parceiros comerciantes, que passam a ter sua própria TV”, comenta Edson Perez. Interagindo com a instalação Para atender à demanda, a empresa conta com 11 funcionários, dos quais sete estão na área de instalação, monitoramento e
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Sinalização Digital
manutenção da rede. Mesmo assim, a instalação só é feita após um trabalho prévio de preparação e montagem do Menu Digital do local. Só após esse estudo, a instalação pode ser efetivada. “Depois que fazemos todo esse estudo, partimos para a instalação do projeto, que leva entre 1 e 3 horas, dependendo do ambiente em que o trabalho for feito.” Carlúcio Rodrigues Pereira comenta o trabalho de instalação dos monitores em seu estabelecimento. “Foi muito rápido e organizado. Algumas horas depois o monitor já estava funcionando, divulgando nossos pratos e ofertas do dia”, diz Pereira. Interagindo com o futuro Para que possa continuar popularizando a interatividade nas telas, a P.O.S. Mídia planeja atingir mil pontos de instalações, com 2 mil monitores instalados na cidade de São Paulo. Para isso, a empresa pensa
em abrir algumas exceções. “Os locais onde instalamos nosso produto precisam ter algumas características, como a média de 500 transações por dia no caixa e ser um local de descontração. Caso o ponto não tenha essas características, vamos estudar uma solução que se adeque à realidade de cada ponto”, projeta Minchillo. Em um mundo onde a tecnologia é um dos fatores que medem qualidade, a interação homem–máquina se mostra importante para que uma empresa seja considerada completa e avançada. O imediatismo com o qual a informação é passada, em convergência com a possibilidade do usuário em contribuir para que um produto se torne melhor, mostra que a era atual, do mundo conectado, é uma realidade que irá durar anos. Conexão e interação andam juntas e ter esses dois elementos ao toque do dedo não está distante.
Tipos de monitores A operação da P.O.S. Mídia tem foco em locais onde as pessoas façam intervalos no dia a dia, como cafés e restaurantes. Por isso, a empresa conta com dois tipos de monitores nos pontos de venda.
Menu Digital – tela grande instalada em lugar estratégico. A grade é compartilhada entre os anúncios do estabelecimento e os da P.O.S., além da exibição de conteúdos dinâmicos. São possíveis 66 inserções por dia e 1.992 por mês para cada anunciante
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Toque – pequeno monitor touch screen que fica posicionado próximo aos caixas. Sua grade exibe conteúdos dinâmicos, anúncios interativos e pesquisas. Possibilita até 112 inserções por dia e 3.381 inserções por mês para cada anúncio
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Perfil
Até Darwin
ficaria orgulhoso Léo Martins
Com a palavra “evolução” em seu sobrenome, Grupo Day Brasil comemora 45 anos e mostra que reputação se conquista com o tempo
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harles Darwin (1809 – 1882) foi um famoso naturalista britânico que escreveu seu nome na histó� ria científica mundial por publi� car a famosa Teoria da Evolução. A teoria de Darwin dava conta de que as espécies ani� mais e vegetais���������������������������� não são imutáveis.��������� Cada es� pécie pode evoluir e se destacar em seu meio de sobrevivência. Tudo acontece por meio da evolução. E é justamente esse conceito simples que pode ser relacionado direta� mente com o Grupo Day Brasil, que durante os seus 45 anos de existência teve em mente uma coisa: evoluir cada vez mais. DNA: pioneirismo e diferença Fundado por Abraham Graicar e Eduardo Uliano, o Grupo Day Brasil teve a sua histó� ria iniciada em 1967, quando foi fundada uma empresa pioneira na comercialização de plásticos de engenharia na América Latina. Sempre atenta às tendências e de� senvolvimento do mercado, percebeu que o policarbonato se mostrava um concorrente à altura do vidro nos Estados Unidos, na década de 1970. Apostando na novidade e no diferente, a Day Brasil resolveu trazer o material para terras tupiniquins. “Deci� dimos trazer o policarbonato para o Brasil e, hoje, o produto é fortemente aplicado em coberturas, blindagens de veículos e bastante usado em cabines de segurança”, expõe Eduardo Uliano, sócio diretor do Grupo Day Brasil.
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Mantendo o norte de “buscar o diferen� te”, o Grupo Day Brasil apostou no advento dos filmes técnicos e nos substratos para a comunicação visual, produtos que ajuda� ram a reforçar as características da empre� sa. Foi justamente no segmento de comuni� cação visual que a empresa resolveu atuar. Percebendo que o mercado estava carente de novas soluções, a Day Brasil, na década de 1980, trouxe alternativas para que va� lores diferentes fossem agregados ao mer� cado da comunicação visual. Dessa forma, novas aplicações foram permitidas com os produtos, oportunidade em que o envelopa� mento de carros ganhou grande apelo. Fotos: Divulgação Day Brasil
Diretoria do Grupo Day Brasil
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Perfil
Linha do tempo 1983
Inauguração da fábrica de blanquetas, com capa� cidade para produção de 40 mil m²/ano. Hoje, já modernizada, a fábrica tem capacidade produtiva de 900 mil m²/ano.
1969
Começa a distribuição de correias da empresa americana Dayco Corpo� ration. Eduardo Uliano assume o controle da Ful� trac depois do falecimen� to de Francisco Uliano.
1973
A Dayco Corporation compra a Fultrac, mas a administração continua nas mãos dos dois sócios. A Fultrac torna-se Dayco do Brasil e começa a importar blanquetas para impressão em offset. É o início também da distribuição das chapas de poli� carbonato Lexan da GE®.
1967
Foi fundada a Fultrac (SP), por Francisco Uliano, pai de Eduardo Uliano e atual sócio diretor da Day Brasil. A empresa distribuía peças para tratores.
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1971
Abraham Graicar torna� -se sócio da empresa.
1978 1974
Primeira ven� da de plásticos UHMW.
A construção da fábrica de blanquetas em Jandira (SP) é posta em marcha. Com a compra da Tubotar Tubos e Tarugos Técnicos Ltda., a Dayco do Brasil define como estratégia não apenas impor� tar e distribuir, mas também produzir alguns dos itens fornecidos por eles.
1989
Eduardo e Abraham compram a parte da empresa que perten� cia à Day Internatio� nal e passam a ser os únicos controladores da Day Brasil.
1996
1987
É inaugurado o Centro de Distribuição, em Barueri (SP), e a sede do Grupo Day Brasil, conhecida hoje como matriz, muda-se para o seu endereço atual.
A Dayco Corporation so� fre uma cisão. A matriz americana muda o seu nome para Day Interna� tional. A Dayco do Brasil torna-se, finalmente, o Grupo Day Brasil.
2005 1997
O Grupo Day Brasil adquire participação de uma fábrica de fitas adesivas, em Manaus, a Permacel. É o nasci� mento da Delfitas.
O Grupo Day Brasil compra o restante das ações da Delfitas e muda a razão social da fábrica para Plastape, passan� do a produzir plásticos também naquela planta.
2010
1993
Instala-se produção para as fitas adesivas TECTAPE®. Hoje, pro� duz-se um volume de 2 milhões de m²/mês.
1991
Abertura, na Flórida (EUA), da Explan, primeiro escri� tório internacional da Day Brasil. Hoje, já existem duas outras representações inter� nacionais, uma na Alemanha e outra em Hong Kong.
É oficializada a parceria com a HP do Brasil, líder global na produção de componentes de infor� mática, para a revenda de impressoras de gran� des formatos e tintas.
1995
As operações de blanquetas e de fitas, em Jandira, recebem o certifi� cado de qualidade ISO 9001.
2002
naugurado o primeiro Shopping do Sign, em São Paulo. Atualmente, em todo o Brasil, são dez pontos de venda para o consumidor final. Setembro 2012
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Perfil
Não se contentando somente em ofere� cer tais soluções para o mercado de comu� nicação visual, no fim da década de 1990, a empresa, sempre atenta a novos ramos em potencial para atuação, partiu para a área de arquitetura e construção. Dentro desse mercado, a Day Brasil lançou as chapas de alumínio composto, batizadas de TecBond®. Esse produto ganhou status de revolucio� nário dentro do segmento da arquitetura e construção, pois revestia ambientes ex� ternos com uma qualidade que, até aquele período, nunca tinha sido vista.
Divulgação Day Brasil
Evolucionismo Com a política de sempre estar cami� nhado para frente, o Grupo Day Brasil, ao passar dos anos, se consolidou como importante referência em seus segmentos de atuação – Arquitetura & Construção Civil, Artes Gráficas e Indústria. Dentro dos setores citados, destacam-se os de mi� neração, siderurgia, química, metalurgia, papel e celulose, alimentos e bebidas, pe� troquímica, mecânica, aeronáutica, cons� trução civil, embalagem e artes gráficas. A abrangência nos setores citados reafirma a identidade que o Grupo Day Brasil possui no mercado e com os clientes que conquis� tou ao passar dos anos. Prova de que a evolução mantida pela empresa é constante, atualmente, o Grupo Day Brasil conta com mais de 700 funcioná� rios, 16 filiais pelo País e um portfólio que conta com mais de 8 mil itens. No entanto, o crescimento não é só no Brasil. A empresa
Equipe do Grupo Day Brasil. Crescimento e evolução constantes
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detém o título de único produtor de blan� quetas para offset no Hemisfério Sul, bem como três filiais internacionais para distri� buição mundial, o que garante uma presen� ça comercial em mais de 50 países. O que garante tal presença em tantos países são justamente os produtos fornecidos pela em� presa. O produto de borracha pode ser con� siderado responsável pela transferência da imagem da chapa para o suporte, que é um processo realizado desde a impressão do papel-moeda e jornais, até em trabalhos com embalagens e latas. Tal contribuição garante ao Grupo Day Brasil uma partici� pação no cenário do mercado brasileiro de 80% e, no cenário mundial, uma participa� ção de aproximadamente 10%. Novos horizontes No ano em que a empresa comemora 45 anos, o Grupo Day Brasil já estipulou suas metas, garantindo assim o espírito visioná� �������� rio dentro do contexto da evolução. A meta é ousada, mas segura dentro da identida� de e reputação que a empresa conquistou. “Queremos atingir uma meta de 50% de crescimento nas vendas e, para isso, até o ano de 2015, vamos investir fortemente em nossa força de vendas. Para tal feito, vamos buscar evolução profissional com treina� mentos para melhorar o atendimento ao cliente e a prestação de serviços. Outro foco é o estudo dos novos mercados de atuação. Dessa forma, esperamos conquistar mais clientes e gerar novos e estratégicos negó� cios”, projeta Abraham Graicar, sócio dire� tor do Grupo Day Brasil. Sempre quando nos lembramos de pio� neirismo, a primeira palavra que vem ����� à���� ca� beça é o “diferente”. Ou seja, para que algo seja considerado pioneiro, ele precisa ser di� ferente de tudo o que já existe e ser, no mí� nimo, autêntico e novo. As palavras escritas nas linhas anteriores definem o que a Day Brasil propõe como identidade. Reputação não é uma característica que se adquiri do dia para a noite. É algo que leva tempo. Para a Day Brasil, seus 45 anos proporcionam boa reputação, levando, de acordo com a empresa, os dizeres de uma música que diz: “N��������������������������������������� ós desvendamos ������������������������������������ os mistérios do conheci� mento e da tecnologia”.
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Vinil
Vinil autoadesivo: uma solução para comunicação visual Eduardo Yamashita*
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as últimas oportunidades, estávamos abordando os procedimentos para aplicação do vinil autoadesivo. Nesta edição, continuaremos com o vinil autoadesivo, porém, contemplando suas inúmeras aplicações no mercado de comunicação visual. E, em outra oportunidade, daremos continuidade no assunto da aplicação do vinil autoadesivo. O vinil autoadesivo é bastante versátil, podendo ser utilizado em muitas aplicações das quais podemos classificar como:
Divuolgação Estúdio Gicleè
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sinalização: ambiente veículos
decoração; ambiente veículos
A sinalização é conhecida, também, como identificação. Toda comunicação visual realizada com o objetivo de marcar ou definir uma mensagem é chamada sinalização. Esta pode ser utilizada em ambientes internos ou externos. Ou em veículos como automóveis, ônibus, caminhões, aeronaves, etc. Já a decoração é definida como toda comunicação visual ornamentada, enfeitada. Também, são utilizadas em ambientes e veículos. Uma das matérias-primas bastante utilizadas para essas aplicações é o nosso conhecido vinil autoadesivo. Pode ser recortado e/ou impresso. Muitas vezes, tanto a sinalização como a decoração; e o recorte e a impressão, são usados em conjunto. Cada vez mais��������������������������������������� , a eficiência, a diversidade e a criatividade da informação exigem a conjugação dos tipos de comunicação visual e dos processos para sua confecção. Apesar de o avanço tecnológico trazer as inovações em materiais e equipamentos, o vinil autoadesivo ainda é uma das principais matérias-primas para “se comunicar” nesse mercado. Não podemos deixar de falar das tecnologias que o próprio vinil autoadesivo tem recebido. Inovações no filme de PVC, no adesivo e no liner (material que protege o adesivo) fazem com que o produto se torne cada vez mais prático, de mais fácil instalação, mais durável e mais sustentável. Acabamento superficial diferenciado, maior resistência aos diversos tipos de solventes usados nas tintas de impressão e maior flexibilidade nos filmes de PVC são algumas tecnologias de ponta que podemos encontrar. Adesivos/colas com atributos para facilitar a aplicação do vinil autoadesivo, menos resíduos deixados na superfície durante a sua remoção e tipos de liner cada vez mais estáveis complementam as criações inovadoras do vinil autoadesivo. Não
podemos esquecer o lado sustentável que os fabricantes estão colocando em todas as partes que compõem o vinil autoadesivo: produtos que agridem menos – ou não agridem – a natureza. Falando um pouco sobre o processamento dos “novos” produtos, vemos que estes trazem benefícios para reduções de perdas e aumento de produtividade. Na instalação, ganhamos também nessas duas características. O preparo das superfícies é um tema que não sofre alterações. Todo cuidado nos tratamentos e limpezas dos substratos continua com as atenções que se requer qualquer vinil autoadesivo. Temas que estamos contemplando nos nossos artigos técnicos. As condições das superfícies e seus contaminantes ainda são de extrema importância para o sucesso de um projeto. Toda aplicação requer cuidados tão importantes como a escolha do material e do processo.
Como podemos ver, o vinil autoadesivo continua sendo um dos principais elementos do mercado. A presença de vinis autoadesivos sendo demonstrados, impressos e aplicados na feira Serigrafia SIGN FutureTEXTIL é mais uma das evidências que comprovam a importância do produto para a ����� comunicação visual. É claro que outras opções estão e serão introduzidas no mercado. Porém, por ser um produto de alta flexibilidade em suas aplicações, será um produto de vida bem longa que tem muita comunicação visual para ser transmitida aos consumidores finais.
*Eduardo Yamashita é consultor técnico do mercado de comunicação visual
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Case
De Londres para o Rio
Da Redação
Tecnologia avançada e parcerias estratégicas permitirão o reuso do envelopamento do Estádio Olímpico no Rio de Janeiro, Uganda e Reino Unido
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om o fim dos Jogos Olímpicos de Londres 2012, o icônico envelopamento que circunda o estádio olímpico da capital inglesa será transferido. A Dow Chemical Company, a “Companhia Química Oficial dos Jogos Olímpicos”, anunciou que está trabalhando em parceria com a empresa de reciclagem Axion Recycling, com base no artigo 25 referente ao desenvolvimento solidário, para redirecionar toda a estrutura de envelopamento do estádio. De acordo com a empresa, os painéis têxteis do envelopamento serão encaminhados para projetos de reciclagem e reuso do Reino Unido, assim como para estruturas de abrigo para crianças em zonas de risco no Rio de Janeiro e Uganda. Durante o ano passado, a Dow e seus parceiros desenvolveram o material inovador que constitui o envelopamento do estádio após extensa série de testes de aplicação e possibilidades de utilização do material após os jogos. A Dow desenvolveu o material para
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atender a certificação LOCOG (Código de Sustentabilidade e diretrizes de materiais, da sigla em inglês). A tecnologia de elastómeros da Dow possibilitou um invólucro de combinação única com flexibilidade, alto desempenho e tecnologia contra incêndios. Toda a estrutura, incluindo cabos de aço e equipamentos, é responsável por menos de um por cento (<0,5%) de toda a pegada de carbono do estádio, sendo assim, uma solução de baixíssimo consumo de carbono para todo o acabamento de uma das principais estruturas da Olimpíada de Londres. “Nós fomos capazes de concluir em um ano o desenvolvimento da tecnologia Dow para este novo material responsável pelo acabamento do estádio olímpico e que acabou se tornando uma das estruturas mais proeminentes dos Jogos de Londres 2012”, explica George Hamilton, vice-presidente global de Operações Olímpicas da Dow. “Seguindo o crescimento do mercado de tecidos arquitetônicos, continuaremos a trabalhar bem
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Case
Os painéis têxteis do envelopamento serão encaminhados para projetos de reciclagem e reuso do Reino Unido, assim como para estruturas de abrigo para crianças em zonas de risco no Rio de Janeiro e Uganda
próximos aos nossos clientes e parceiros para o maior desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras”. A Dow trabalhou com o UK BRE (Building Research Establishment) para a seleção dos projetos que seriam beneficiados com o reaproveitamento das estruturas do envoltório após os jogos. Para uma boa triagem, o BRE levou em conta vários fatores, tais como geração de resíduos, reprocessamento, desafios técnicos e tempo de uso. Instituto Bola Pra Frente No Brasil, a Dow, em parceria com o artigo 25, está trabalhando com o Instituto Bola Pra Frente para a construção de uma área sombreada nas novas instalações da organização no bairro de Santa Cruz, na cidade do Rio de Janeiro. O instituto foi criado em 2000 com o objetivo de ajudar crianças e adolescentes de comunidades carentes por meio de programas sociais voltados para a educação, esportes, artes e formação profissional. A mesma solução para áreas sombreadas será usada em Uganda como parte do artigo 25 para o Jubileu de Ação em um centro de formação e aconselhamento profissional para crianças e adolescentes ex-soldados do país. Os painéis do envoltório do estádio continuarão com o layout da Olimpíada, desta forma, as imagens continuarão a inspirar atletas e espectadores olímpicos de todo o mundo. Além disso, a Dow está trabalhando com a Axion Recycling, de Manchester, para implementar projetos adicionais de reutilização e reciclagem do plástico no Reino Unido. “É uma honra fechar esta parceria com a Dow para a conscientização sobre a impor66
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tância do uso e reuso de materiais na comunidade global”, disse Robin Cruz, diretor de projetos e CEO do artigo 25. “Londres sediou os Jogos Olímpicos em 2012 com a promessa de inspirar uma geração de jovens de todo o mundo para grandes feitos esportivos e sustentáveis. Ao utilizar o envoltório do estádio para construir equipamentos comunitários em Uganda e Brasil, a Dow está levando parte do espírito olímpico para jovens marginalizados de outros países do mundo.” O diretor da Axion, Keith Freegard, acrescentou: “Junto à Dow, pudemos demonstrar que o material pode ser reciclado de volta ao estado de matéria-prima. Estamos ansiosos para o desenvolvimento de novas opções sustentáveis para a reutilização do envoltório têxtil em aplicações benéficas na região metropolitana de Londres”. Depois que o financiamento público para o projeto do envoltório foi retirado no início de 2011, a Dow foi selecionada por meio do rigoroso processo de aquisições da LOCOG para o fornecimento dos materiais e mão de obra para a finalização do estádio olímpico de acordo como o projeto executado pelos arquitetos responsáveis. A Dow e os parceiros Coolye Group, Rainier, Spartech e Shade Worldwide trabalharam juntos para o desenvolvimento do envoltório, que é composto por 306 painéis individuais – cada um com aproximadamente 25 metros de altura e 2,5 metros de largura – que se estendem do chão ao saguão superior do estádio. O envelopamento é a mais notória das contribuições da Dow para o evento. Durante a Olimpíada de Londres, a Dow conseguiu levar para públicos de todo o mundo o poder da química no desenvolvimento de soluções sustentáveis para as cidades. Os projetos da Dow incluíram coberturas e pavimentos na Vila Olímpica e na Vila Paraolímpica, com alta eficiência energética nas habitações, resinas rosa e azul nos campos de hóquei e soluções de cabos e fios no Centro Internacional de Transmissão, além de suporte para a infraestrutura de toda a cidade. Para mais informações sobre a parceria olímpica da Dow, acesse: www.dow.com/olympicpartnership
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Novidades
Percebendo a demanda por tecnologia 3D, a Serilon trouxe ao mercado o Photo Frame 3D, um substrato rígido desenvolvido para ter um efeito tridimensional utilizando impressão digital UV. O diferencial fica por conta de o material possuir duas variações de efeito 3D na mesma chapa, um efeito especial nas bordas e outro na região central, o que proporciona a sensação de profundidade. A ideia é levar a tecnologia às campanhas promocionais de celulares que utilizam a tecnologia tridimensional, filmes em 3D, por empresas de cosméticos anunciando seus produtos, construtoras divulgando novas edificações e até mesmo empresas de fotografia oferecendo painéis em 3D com fotos de eventos.
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Demanda 3D
Substrato brilhante
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Outra novidade da Serilon é o substrato de poliéster flexível para impressão digital voltado para a comunicação visual e com brilho similar ao Glitter. Desenvolvido para impressão de fotografias, paisagens e produtos, sua principal atuação é no ponto de venda, tendo destaque no mercado de joalherias, lojas de luxo e produtos de alto valor. O produto está disponível nas cores branco, cinza, prata e champanhe e o distribuidor também oferece o Glitter na versão autoadesiva, ideal para aplicação em superfícies planas, e na versão dupla face, que permite impressão nos dois lados com impressora UV.
Evolução LED Utilizando um material leve e dobrável, diferentemente dos painéis eletrônicos, as cortinas de LED são facilmente transportadas. Assim como os painéis, elas permitem executar arquivos de texto, cenas de animação para eventos especiais, comerciais de marketing, espetáculos, ex68
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posições, eventos corporativos e shows ao vivo. A dupla sertaneja Edson e Hudson utiliza a cortina LED em seus shows. O empresário dos artistas, Manuel Queiroz, 47 anos, aprova a tecnologia. “A cortina facilita muito na hora do transporte dos equipamentos”, comenta.
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Qualidade e economia Desenvolvido em parceria com a Alwan Color Expertise, o software Inkperformer, da Caldera, permite calcular a combinação de cores utilizadas para que haja economia na hora da impressão. De acordo com informações do site caldera.com, o recurso é fácil de ser utilizado, podendo ser ativado ou desativado na área de trabalho. A interface gráfica possui duas configurações: o primeiro é para ajustar o Blackstart (percentual de tinta preta utilizada) e, o segundo, para verificar o nível de tinta.
Desenvolvido para complementar a linha de metalizados da Serilon, uma vez que possui um acabamento diferenciado, na cor prateado fosco, o Vinil Matte Silver garante aparência metálica sem a necessidade de tintas metalizadas. A ideia é atrair empresas que queiram um substrato com aparência diferenciada. O material pode ser impresso utilizando tinta solvente, UV, látex e também por Tranfer. Podendo ser utilizado em decorações de ambientes internos, elaboração de PDV, displays e comunicação visual em geral.
4D
A Fremplast aposta no lançamento da tecnologia aplicada na tinta 4D Ink para surpreender o mercado. Utilizado para ser aplicado em diversos materiais, como PS, PVC, policarbonatos, vinis adesivos e demais substratos plásticos, a tinta 4D Ink reproduz um efeito que, segundo a empresa, jamais foi visto na serigrafia. “Ao mesmo tempo em que dá a sensação de que a impressão possui um relevo, ela também cria uma sensação de impressão tridimensional obtida por meio de diferenças de cargas”, revela a empresa, em nota. “A tinta 4D Ink tem um efeito único, criando uma sensação na aplicação diferenciada e única”, finaliza a nota da Fremplast.
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Diferenciando-se no mercado
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Agenda
DATA
7 a 10 de outubro
EVENTO / LOCAL
Graph Expo Chicago (EUA)
Sign Today Colombo/Srilanka
18 a 20 de outubro
SGIA Las Vegas (EUA)
25 a 27 de outubro
Viscom Frankfurt (Alemanha)
10 a 13 de julho
Serigrafia SIGN FutureTEXTIL
2 a 5 de outubro
Ipex Digital Latin America 2013
26 a 28 de outubro
Digital Signage Expo Las Vegas/USA
2013
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12 a 14 de outubro
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Índice de anunciantes
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ABC........................................................67
Formato...................................................65
ADTec......................................................69
Fox Signs.................................................41
Akad.......................................................07
Fremplast................................................31
Alcaprint..................................................73
Grand Chemical.......................................57
Ampla.....................................................05
Imprimax......................................... 08 e 09
Anuários Sign..........................................61
J-Teck......................................................73
Anuncie SIGN...........................................55
Kiian.......................................................43
Assine Sign.............................................71
Laser CNC...............................................73
Aviso.......................................................65
Painéis Novo Tempo.................................45
BM do Brasil............................................13
Ritrama...................................................27
BR Group.................................................17
Serigrafia SIGN FutureTEXTIL......74 e 3ª capa
BG Soluções............................................35
Sign Supply.............................................15
Colacril....................................................19
Sovinil.....................................................63
Comala...................................................73
T&C........................................................11
Danfex....................................................67
TS2.........................................................53
Digigraf.......................2ª capa, 03 e 4ª capa
Vinilsul....................................................23
F1 Suprimentos............................... 39 e 49
Vitor Ciola................................................29
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