Revista Sign 211

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XVIII - nº 211 Novembro 2012 R$ 12,50 www.btsinforma.com.br

Sinalização | Impressão Digital

Comunicação Visual

Brasil

As diferentes faces da comunicação visual no País




Arte: Emerson Freire

Sumário

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Capa Traçamos um panorama da comunicação visual no Brasil

Entrevista Rafael Tecchio, diretor da AcrilDesigner, fala sobre o mercado de corte e gravação e os trabalhos que a empresa realiza

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Colorimetria e Gerenciamento de Cores Nesta edição, Fabio Tanaka fala com mais profundidade sobre conversões entre espaços de cor

Perfil Tradicional no setor serigráfico, Fremplast aposta no digital e acompanha tendências do mercado de impressão

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Veja + 54

Gestão Fabio Kisner, consultor e diretor de Tecnologia da KSC Brasil, ensina como fidelizar clientes transformando erros em oportunidades

Índice de Anunciantes.............................08 Sinalização Digital..................................24 Passo a Passo........................................42 Varejo.....................................................44 Showroom..............................................46 Vinil........................................................50 Evento....................................................52 Pré-Impressão........................................56 Mercado.................................................60 Agenda...................................................64

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Editorial Ano XVIII - nº 211 Novembro 2012

Conselho Técnico

O Erik Bernardes

s leitores mais atentos notaram uma diferença em nosso Expediente. A partir desta edição, temos um Conselho Técnico nos auxiliando na produção da revista. Os membros do Conselho são Adriano Medeiros, Eduardo Yamashita, Fabio Kisner, Fabio Tanaka e Marco Aurélio Vanti. Falaremos com mais detalhes sobre cada um em edições posteriores. Por hora, já estreiam colunas, cada qual em sua especialidade. O funcionamento do Conselho acontecerá da seguinte forma: • Participação no desenvolvimento das pautas: o editor deverá entrar em contato com os membros do conselho que têm relação com o tema a ser trabalhado na edição, com o objetivo de identificar os pontos críticos que estejam ligados a cada tema, para respondermos as principais dúvidas dos leitores no que diz respeito à utilização de técnicas e equipamentos; • Envio dos textos para análise, de acordo com a especialidade do membro: o objetivo é não publicarmos informações equivocadas. Mesmo assim, caso ocorram, serão colocadas erratas na edição imediatamente posterior à identificação do erro; • Envio de um questionário mensal, com perguntas sobre cada edição: a finalidade é identificarmos pontos que precisam ser melhorados; • Reunião periódica do Conselho: nossa proposta é reunir o Conselho periodicamente para uma análise da revista, tanto no que se refere ao conteúdo quanto ao visual. O objetivo da revista é atualizar os signmakers com o que há de mais relevante no mercado, além de auxiliar os empresários a tomar decisões no dia a dia de suas empresas. Com esse grupo formado, esperamos elevar, a cada edição, a qualidade técnica do conteúdo publicado. Mesmo assim, continuamos contando com a colaboração de cada leitor. Envie-nos suas dúvidas, críticas e sugestões, para que possamos entregar a você uma Sign cada vez melhor. Aproveite a leitura!

DIRETOR GERAL DA AMÉRICA LATINA DO INFORMA GROUP

Marco A. Basso

CHIEF FINANCIAL OFFICER DO INFORMA GROUP BRASIL

Duncan Lawrie

CHIEF MARKETING OFFICER DA BTS INFORMA

Araceli Silveira

GERENTE DE PUBLICAÇÕES

Silvio Junior silvio.junior@btsmedia.biz

EDITOR Erik Bernardes - MTb 54.142 erik.bernardes@btsmedia.biz REDAÇÃO Léo Martins redacao@btsmedia.biz leonardo.junior@btsmedia.biz Mariana Naviskas mariana.lippi@btsmedia.biz ARTE Emerson Freire emerson.freire@btsmedia.biz GERENTE DE DIVISÃO COMERCIAL Fabricio Baroni fabricio.baroni@btsmedia.biz DEPARTAMENTO COMERCIAL Isabel Carlos isabel.carlos@btsmedia.biz Simoni Viana simoni.viana@btsmedia.biz EXECUTIVO DE VENDAS INTERNACIONAIS Edson Oliveira edson.oliveira@btsmedia.biz ANALISTA DE MARKETING Patrícia Rodrigues patricia.rodrigues@btsmedia.biz CIRCULAÇÃO Camila Santos da Silva camila.silva@btsmedia.biz ATENDIMENTO AO CLIENTE Crislei Zatta crislei.zatta@btsmedia.biz CONSELHO TÉCNICO

Adriano Medeiros, Eduardo Yamashita, Fabio Kisner, Fabio Tanaka e Marco Aurélio Vanti

PERIODICIDADE Mensal IMPRESSÃO Neoband (11) 2199-1202 www.neoband.com.br

ASSINATURA ANUAL – R$ 142,00 Saiba mais sobre assinaturas, edições anteriores, catálogos, anuários e especiais através de nossa Loja Virtual. Acesse: www.lojabtsinforma.com.br Para mais informações, entre em contato pelos telefones: Central de Atendimento ao Assinante SP (11) 3512-9455 / MG (31) 4062-7950 / PR (41) 4063-9467 Assinante tem atendimento on-line pelo Fale Conosco:

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REDAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Bela Cintra, 967 - 11º andar - Cj. 111 Consolação - 01415-000 - São Paulo/SP - Brasil Tel.: (55 11) 3598-7800 - Fax: (55 11) 3598-7801 Conheça o nosso portfólio no site: www.btsinforma.com.br IMPRESSÃO Aqui vai o selo FSC

A BTS INFORMA, consciente das questões ambientais e sociais, utiliza papéis com certificação FSC (Forest Stewardship Council) na impressão deste material. A certificação FSC garante que uma matéria-prima florestal provém de um manejo considerado social, ambiental e economicamente adequado. Impresso na Gráfica Neoband - certificada na cadeia de custódia - FSC.

A revista não se responsabiliza por informações ou conceitos contidos em artigos assinados por terceiros.

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CHAPÉU Índice de anunciantes

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Digigraf........................2ª capa, 03 e 4ªcapa

F1 Suprimentos.......................................45

ABC........................................................63

Formato...................................................53

Akad.......................................................23

Fox Signs.................................................33

Alcaprint..................................................65

Fremplast................................................09

Ampla.......................................................5

Imprimax......................................... 10 e 11

Assine Sign.............................................59

INX..........................................................47

Aviso.......................................................55

J - Teck....................................................65

BG Soluções............................................21

Kiian.......................................................41

BM do B rasil...........................................27

Laser CNC...............................................65

BR Group.................................................39

Loja BTS Informa......................................08

Colacril....................................................19

Serigrafia SIGN Future TEXTIL............ 66 e 67

Comala...................................................65

Sovinil.....................................................61

Cutilite....................................................31

T&C........................................................49

Danfex....................................................51

Victor Ciola..............................................15

Epson.....................................................35

Vinilsul....................................................07


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Entrevista

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Entrevista

Criação, desenvolvimento, corte e gravação Acril Designer conta com equipe dedicada para surpreender clientes com projetos eficientes e interessantes Erik Bernardes

Divulgação Acril Designer

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tuando no mercado de acrílico desde 1991, a Acril Designer produz brindes, caixas, peso para papel, porta-guardanapos, porta-copos, PDV e troféus para os mais variados setores. Atualmente, a empresa conta com profissionais qualificados para atender às exigências específicas de cada mercado, com o objetivo de proporcionar aos clientes os mais variados estilos de peças, desde projetos especiais até brindes e produtos promocionais. Segundo Rafael Tecchio, diretor da empresa, o objetivo é buscar soluções mais completas. Por esse motivo, a Acril Designer conta com uma equipe de criação e desenvolvimento especializada para atender e elaborar, de maneira inovadora e criativa, projetos de acordo com a necessidade de cada cliente. Dessa forma, desde o desenho até a produção de protótipos em linguagem 3D são realizados dentro da empresa, com tecnologia em máquinas e técnicas de produção.


A Acril Designer conta com uma equipe de criação e desenvolvimento especializada para elaborar projetos de acordo com a necessidade de cada cliente

O diretor ainda garante, nesta entrevista concedida com exclusividade para a revista Sign, que o resultado do empenho é fidelidade ao projeto apresentado, desde o início do processo criativo até a entrega da peça final para o cliente. Entenda, nas páginas a seguir, um pouco mais sobre como a empresa consegue se destacar no mercado de corte e gravação.

lhos, não sei dizer ao certo. Mas para nós, considerando nossa demanda, o mercado está bom.

Não podemos reclamar. É uma quantidade representativa, comparando-a aos demais trabalhos que executam? Sim, com certeza. Mais do que representativa, na verdade corte e gravação, mas principalmente o corte, é um processo de nossa produção. Por isso faz toda a diferença nos trabalhos que executamos.

Quais os trabalhos que a Acril Designer mais tem feito ultimamente? Na verdade, como nossa principal matéria-prima é o acrílico em chapa, todos os trabalhos se iniciam no processo de corte, que Quais máquinas utilizam atualmente? pode ser feito em uma de nossas máquinas a Temos dois equipamentos de corte a laser ou com a seccionadora, que é um equi- laser. Um deles possui 1.000 w de potênpamento de corte por meio de serra. Já com cia e mesa com 2.000 mm x 3.000 mm. O relação à parte de impressão, que também outro tem medidas de 1.500 mm x 2.000 fazemos bastante, utilizamos os dois prin- mm e possui 500 w de potência. Já nossa cipais sistemas, o silkseccionadora, sobre -screen com cura UV e a a qual falamos em impressão digital, tamuma das pergun“Mas para nós, bém com cura UV. tas anteriores, tem considerando nossa medidas de 4.500 demanda, o mercado Quais os materiais mm x 3.500 mm e está bom. Não podemos mais utilizados para altura de corte de reclamar” essas peças? 75 mm. Para imNossa principal mapressão, são outros téria-prima é o acrílico. Mesmo assim, além equipamentos. Possuímos uma :Jeti 1224 dele utilizamos também, basicamente, po- com mesa de 1.240 mm x 2.400 mm e alliestireno, PETG, MDF e MDP. tura máxima de impressão de 50 mm, além de um curador New Technology com 1.200 Como calculam o valor das peças que mm de boca e uma semiautomática Larezi. utilizam corte e gravação? Na parte de corte, o cálculo que faze- São equipamentos próprios ou terceirimos sempre leva em consideração o tempo zados? de utilização de nossos equipamentos. Ou Toda essa parte da produção é extreseja, calculamos por hora–máquina. Em mamente importante para nosso procesimpressão, como é comum no mercado, cal- so e para o resultado final dos produtos culamos com base no tamanho da peça im- que fabricamos, por isso, após uma pespressa, por metro quadrado. quisa de mercado, onde observamos valores e capacidade de cada mesa de corte, Qual a demanda por corte e gravação? da seccionadora e das impressoras, optaComo está esse mercado? mos por adquirir todos os equipamentos. Nós fazemos todos os trabalhos interna- Terceirizar, em nosso caso, é complicado, mente, por isso não tenho parâmetros para pela relevância de cada etapa do processo falar sobre a terceirização desses traba- nesse resultado final.

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Colorimetria e Gerenciamento de Cores

OS 4 C’s do Gerenciamento de Cores – 2ª Parte Fabio Tanaka*

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esta edição, falaremos com mais profundidade sobre conversões entre espaços de cor. O terceiro C, dos quatro sobre os quais falamos desde a edição passada. O objetivo da conversão entre espaços de cor é determinar como um espaço de cor se comporta em relação a outro espaço de cor, para reproduzir da maneira mais próxima possível as cores em relação ao nosso arquivo original. As conversões (rendering intents) poderão ser efetuadas de três formas distintas: perceptual, colorimétrica (relativa ou absoluta) ou saturada. Para muitas empresas, é normal receber arquivos de clientes no espaço de cor RGB (maior), e convertê-los para o espaço de cor CMYK (menor), para dar saída em suas impressões, então vamos utilizar estes dois espaços de cor para exemplificar os modos. Perceptual Neste modo de conversão, as cores que fazem parte do espaço de cor original (RGB), mas que estão fora do espaço de saída (CMYK), são comprimidas para dentro do espaço. As cores que já estão dentro do espaço também são comprimidas para manter a correlação entre todas as cores que agora estão dentro do espaço de saída, mantendo visualmente as características de sua imagem impressa. Colorimétrica relativa e absoluta Quando utilizamos este modo de conversão, as cores que fazem parte do espaço de cor original (RGB), mas que estão fora do espaço de saída (CMYK), serão comprimidas para dentro do espaço, sem manter a correlação entre elas, ficando na periferia do novo espaço de cor. As cores que já estão dentro do espaço de cor não sofrerão nenhuma alteração. A falta de correlação entre todas as cores causa uma grande alteração e não mantém as características da

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imagem, sendo melhor utilizada em espaços de cores de tamanhos proporcionais. O que difere o modo relativo do modo absoluto é o ponto de branco utilizado: se optar pelo modo relativo, o ponto de branco utilizado será o do perfil de saída; optando pelo modo absoluto, o ponto de branco utilizado será o do perfil original. Saturada Como o próprio nome diz, esse modo de conversão vai manter a máxima saturação das cores possível. As cores que fazem parte do espaço de cor original (RGB), mas que estão fora do espaço de saída (CMYK) serão comprimidas para dentro do espaço de cor no local de máxima saturação, ficando na periferia do novo espaço de cor. As cores que já estão dentro do espaço de cor serão alteradas para ter a máxima saturação, também se aproximando da periferia. Método muito pouco utilizado. Boas impressões e qualidade total!

*Fabio Kenji Tanaka é consultor da Cor Amarelo Gerenciamento de Cor Digital fabio@coramarelo.com.br


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Perfil

Transfusão de um legado Com uma história consolidada no mercado serigráfico, Fremplast procura transferir todo este legado para o segmento digital Léo Martins

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palavra transfusão, de maneira quase que automática, nos faz lembrar o ato de transfusão de sangue. Esse ato consiste, em modo literal, de uma operação na qual se faz passar sangue ou um dos seus componentes para a corrente sanguínea de outra pessoa. E é apostando em uma transfusão de legado que a Fremplast, empresa tradicional em produtos serigráficos, resolveu apostar no mercado digital. Se o ato de transfusão exige consciência, transfundir um legado exige consciência, confiança e certeza na história construída.

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O legado Fremplast Fundada em 1976, a Fremplast é uma empresa tradicional no ramo serigráfico e especializada na fabricação e distribuição de produtos gerais deste mercado, como tintas, vernizes e equipamentos. Com 36 anos de mercado, a empresa conseguiu se consolidar como uma referência dentro do setor serigráfico. “Na época, a serigrafia era um pouco conservadora e a gente acabou mudando alguns paradigmas dentro do segmento. Isso nos deu relevância e uma grande participação no território na-


Digitalizando os produtos Empresas que auxiliam determinado mercado criando tendências e que mantêm uma constante busca por inovação, involuntariamente são cobradas pelo próprio mercado para que estas características se mantenham sempre vivas. Logo, para que a empresa se mantenha atualizada, ela precisa acompanhar a tendência do mercado, para que, assim, ela zele por seu nome e mantenha as características que a fizeram virar referência. Levando esse conceito de forma literal, a Fremplast então resolveu se inserir no mercado digital. “Com essa mudança de cultura que ajudamos a implementar no mercado de serigrafia, nós acabamos sendo impulsionados pelo próprio mercado a estar por dentro da tecnologia. Por termos essa reputação de sempre trazer tendências, então nós fomos meio que ‘obrigados’ a entrar no mercado digital. O mercado cobrou isso de nós”, analisa Andreasi. Então, ao perceber a necessidade de se atualizar, a Fremplast tomou uma importante decisão. “Tendo em vista todas essas condições de mercado, nós pensamos

Arquivo RSG

cional. Ganhamos respeito merecido para o nome Fremplast: uma empresa inovadora e criadora de tendências”, relembra Rodrigo Andreasi, diretor Comercial e sócio proprietário da Fremplast. Andreasi conta que a importância da reputação adquirida pela empresa ofereceu a eles a responsabilidade de ser uma referência dentro do ramo serigráfico. “Devido a essa reputação, hoje, quando nossos clientes precisam de algum tipo de solução, o primeiro contato é feito conosco. É imediato. Eles julgam que nós vamos ter algum novo caminho para o negócio deles. E isso sempre fez uma diferença tremenda para a reputação da gente e para o nosso ganho no mercado”, afirma Andreasi. “Conseguimos entender exatamente o que os nossos clientes queriam e mostramos para o profissional da estamparia que ele consegue ter produtividade e qualidade aliadas, repassando sempre estes valores para a confecção. Assim, conseguimos mudar um pouco da cultura da serigrafia e contribuir com a evolução do mercado”, completa.

bem e iniciamos no digital têxtil com garment printing. Isso foi há seis anos. Dessa forma, começamos a distribuir material para esse setor e entender cada vez mais sobre o mercado digital. Então, uma coisa puxou outra, porque no ano seguinte nós já entramos em comunicação visual. Logo depois, organizamos o projeto de digital com solvente e sublimação”, completa Andreasi. Para que a empresa entrasse no mercado digital, uma análise coerente e decisiva foi feita dentro da própria Fremplast, para que assim fosse dada continuidade à história no novo ramo. “Devido ao andamento do mercado, nossos produtos serigráficos estavam caindo um pouco de produção justamente por estarem perdendo espaço para o digital solvente e o digital UV, por exemplo. Estávamos perdendo mercado. Se não acompanhássemos, seria pior. E é por isso que resolvemos entrar. Nós acompanhamos a tendência natural e lançamos a linha Cromajet, que envolve diversos produtos para o mercado digital”, comenta Andreasi. O diretor Comercial ainda reforça a importância que a parte técnica teve para essa mudança. “Quimicamente falando, como nós sempre tivemos um know-how muito bom, então não tivemos tantas dificuldades nesta parte técnica”, observa Andreasi.

Rodrigo Andreasi, diretor Comercial e sócio proprietário da Fremplast

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Arquivo RSG

Perfil

Centro de Treinamento Fremplast (CTF)

Mudanças, barreiras e estranhezas Como sempre, a mudança gera estranhamento no início e com a Fremplast não foi diferente. Andreasi relembra algumas das dificuldades iniciais enfrentadas pela empresa por entrar em um mercado onde, até então, a empresa não gozava do mesmo prestígio que na serigrafia. “O pensamento sempre foi de inovarmos e repassar isso aos nossos clientes. Por sermos uma empresa que tem tradição na serigrafia, houve muita desconfiança do mercado para saber se nós iríamos nos dar bem nesse novo ramo”, diz. Mesmo tendo plena convicção da capacidade da Fremplast, Andreasi admite que, no começo, algumas questões rondaram a sua mente sobre a decisão que estava sendo tomada. “Na época, eu pensei sobre entrar no mercado digital. Cheguei a pensar que poderia trazer muito mais aspectos negativos do que positivos. Mesmo assim, lançamos a linha Cromajet, a primeira linha digital da Fremplast e, hoje, vejo que foi a melhor escolha que poderíamos ter feito. Foi uma escolha que tem dado muito resultado”, destaca o diretor Comercial. Ivan Teles, membro do Departamento de Marketing da Fremplast, relembra algumas das resistências enfrentadas pela empresa. “No começo, enfrentamos um pouco de resistência justamente 18

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pela ideia do novo. Muitas perguntas foram feitas e alguns empecilhos foram colocados. Atualmente, todos da empresa veem que o digital é o futuro da empresa. Tanto é que o faturamento da linha digital se equiparou ao da serigráfica em apenas seis anos de mercado”, comenta Teles. Para que essas barreiras fossem superadas, mudanças na estrutura física e mentalidade da empresa precisaram ser feitas. “A mudança foi grande. Primeiro, nós tivemos que passar para os nossos produtos toda a concepção de trabalho que o ramo digital exige. A métrica e a mentalidade do mercado digital são diferentes. A gente aplicou uma mudança bem grande na cultura da empresa quanto à exigência de qualidade, o trato com o cliente, a velocidade de atendimento e logística. Mudou tudo. A assistência técnica, por exemplo, funciona de maneira ‘full time’, coisa que a área serigráfica não exige”, observa Rodrigo Andreasi. Dentro da criação e desenvolvimento dos produtos, Andreasi lembra que uma importante característica da Fremplast fez toda a diferença para o êxito no segmento digital. “Os produtos serigráficos sempre foram fabricados inteiramente dentro da Fremplast. Por esse motivo, outro fator que incorporamos nas mudanças para os produtos digitais foi a criação do laboratório. A


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Arquivo RSG

Perfil

nossa fabricação é 100% nacional. A grande maioria das empresas importa o produto. A gente constrói o produto inteiramente do zero”, ressalta Andreasi. No entanto, Andreasi afirma que o fato de os produtos fabricados pela empresa serem totalmente nacionais acabou virando uma barreira, obstáculo que está sendo superado aos poucos. “Mesmo assim, essa barreira do ‘100% nacional’ é bem grande. Enfrentamos ainda alguns problemas. Mas isso é um problema cultural do nosso país, onde a grande maioria julga que só o que é importado é bom. Então, para que esse tipo de mentalidade mude do dia para a noite, é algo bem difícil”, adiciona Andreasi. Entretanto, Ivan Teles diz que os resultados são constantes e que cada vez mais a Fremplast registra evolução. “Com o tempo, foi verificado por nós e pelo mercado que o produto, mesmo sendo 100% nacional, era de qualidade. Aos poucos, a importância dos produtos foi aumentando dentro da empresa e do mercado. Assim, conseguimos provar para o mercado que a Fremplast também tem qualidade na área digital. Indiretamente, também ajudamos a desmistificar um pouco o preconceito com produtos nacionais”, completa Teles. Ambições e pretensões Com a consolidação resultando cada vez mais em uma reputação sólida no mercado de sign, a Fremplast começa a tra-

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Arquivo RSG

Localização dos laboratórios para produtos digitais e serigráficos

çar algumas perspectivas para que, assim, os seus serviços ganhem cada vez mais a cara da empresa. “O nosso pensamento no segmento sign é passar para o nosso cliente que ele pode ter alta produtividade e qualidade no mesmo lugar. Nós estamos desenvolvendo uma tinta que o usuário poderá utilizar em máquinas que, por não terem alta produtividade, são consideradas obsoletas. Queremos com essa tinta mostrar que o maior custo do birô não é a tinta e que ele, investindo nela, poderá usar toda a sua capacidade em alta qualidade. Quimicamente falando, essa tinta é muito complicada, pois ela precisa de alta concentração de cor. Mas estamos trabalhando duro e nós vamos chegar lá”, projeta Rodrigo Andreasi. E ainda completa. “O nosso plano é focar nos grandes distribuidores do mercado, para que assim eles possam dar vazão aos nossos produtos”, analisa. Seguindo esse conceito, Andreasi sintetiza quais são os objetivos que a Fremplast espera conquistar. “A ideia é sempre resolver o ponto fraco de alguns dos produtos que estão no mercado e um dos nossos trunfos é justamente o fato de a nossa fabricação ser nacional. Com o laboratório na empresa, toda a pesquisa e o desenvolvimento são feitos por aqui, diferentemente de quem faz a importação. Nós mesmos identificamos onde estão esses pontos fracos dentro do mercado e buscamos as soluções”, observa.

Laboratório de produtos digitais da Fremplast


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Perfil

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Doador e receptor precisam estar em condições ideais para que, assim, a transfusão seja viabilizada, seja perfeita. Em toda transfusão, características do doador são passadas ao receptor. Os dois precisam ser compatíveis. A Fremplast indica que transfusões de ideias, concepções e até mesmo de sucesso são possíveis, contanto que o receptor tenha qualidade e o doador seja promissor. Transfusão de legado não é uma coisa fácil e incorporar tais características não é para qualquer um. Afinal, honrar a herança de um legado é uma coisa rara, dada somente aos raros. Não basta querer e poder. Tem que ser merecedor.

Arquivo RSG

Até onde se pode chegar? As provas foram dadas, bem como as principais barreiras superadas. Então, até onde a Fremplast pode chegar com esse legado? “Queremos que a empresa não seja somente ‘Fremplast Produtos Serigráficos’. A ideia é unir os dois mercados, tornando-a, assim, uma empresa multifacetada. Para isso, a intensão é expandir cada vez mais a nossa linha de produtos digitais para os mais diversos substratos. Assim, abraça o cliente e o satisfaz em 100%, fidelizando e mostrando que, com a gente, ele está em boas mãos”, vislumbra Andreasi. Dessa forma, Andreasi projeta o futuro da Fremplast no mercado de digital para os próximos anos. “Esperamos estar muito próximo do que somos hoje na serigrafia. Ter liderança e participação no mercado por causa das vendas. Nós queremos manter esse rótulo de que tudo que é ligado à Fremplast é diferente e de qualidade. Queremos ser uma referência direta no mercado. Com isso, a gente capitaneia muitas coisas boas. Nós somos assim na serigrafia e eu quero levar a Fremplast para esse nível no digital. Queremos ser um norte nesse segmento”, finaliza Andreasi. Quando pensamos em transfusão, imaginamos que existe um doador e um receptor. Para que o doador possa ser submetido ao ato de transfusão, existem critérios.

A ideia da empresa é expandir os produtos e o espaço físico para os produtos digitais


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Divulgação ViaQuatro

Sinalização Digital

Seguido pela notícia Mídia Digital Out of Home (OOH) invade cada vez mais o transporte público e acompanha usuários durante todo o percurso Mariana Naviskas

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uem utiliza transporte público diariamente já está acostumado com a presença das “telinhas” informativas dentro de metrôs e ônibus, mostrando, durante toda a viagem, as

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principais notícias do dia, serviços e até horóscopo. Mas a Mídia Digital Out of Home (OOH) no transporte está indo além. Agora, as notícias acompanham os passageiros mesmo antes da entrada no vagão. Pelo me-


Faria Lima, Paulista, Republica e Luz – recebam a instalação, totalizando 42 videowalls, cada um composto por até nove monitores. Posteriormente, quando a Linha 4-Amarela for finalizada, as novas estações – Vila Sônia, Morumbi, Fradique Coutinho, Oscar Freire e Higienópolis – também receberão o projeto. Programação O tipo de notícia veiculada irá variar de acordo com a localização dos painéis. Em locais onde os usuários ficarão parados por mais tempo – bilheterias e plataformas –, serão abordados assuntos variados com maior duração. Já nos lugares onde passageiros passam rapidamente – entradas de estações, corredores e escadas –, serão veiculadas informações rápidas, como serviços e notícias mais importantes do dia. “Ofereceremos a informação, o serviço e o entretenimento que os usuários querem e precisam em cada momento. Ao longo de

Divulgação Terra Digital Out of Home

nos, é isso o que está acontecendo na Linha 4-Amarela do Metrô de São Paulo, que recebe, em média, 650 mil pessoas diariamente. Desde a primeira quinzena de outubro, os usuários de metrô que passam pela Estação Pinheiros têm uma surpresa: dez telas gigantes de alta definição exibindo notícias, comerciais e outras informações. Esse é o novo projeto de videowall, desenvolvido pelo Terra, maior empresa latino-americana de mídia digital, para a ViaQuatro, concessionária da Linha 4-Amarela. Segundo Lucio Schneider, diretor do Terra Digital Out of Home, a Linha 4 foi escolhida por conta da liberdade de desenvolvimento do projeto de mídia a ser implementado e da exclusividade de comercialização dentro da linha. “Mais do que informar, entendemos que as telas têm o papel de tornar a passagem e a permanência dos usuários mais agradáveis”, conta. As telas impressionam por seu tamanho. “A Mídia Out of Home é uma mídia de impacto, e em um espaço como o metrô, no qual há muitas pessoas passando por grandes espaços, as telas devem acompanhar este conceito”, acredita Schneider. Além disso, as telas contam com alta resolução. “Dessa forma, o conteúdo pode ser visto a longa distância e sem interferências de luz”, explica Donato Ponzio, gestor da área Comercial da ViaQuatro. O tamanho e a quantidade das telas serão definidos de acordo com o local e a distância de visualização dos usuários. A ideia é que eles tenham acesso às notícias em todo o período em que estiverem na Linha 4. Assim, monitores estarão presentes em bilheterias, escadas, corredores, plataformas e até na entrada da estação. “A Mídia Out of Home é muito importante por interagir com o usuário e estabelecer uma comunicação durante seu período de locomoção. É um jeito de informar, atualizar, entreter e divertir o usuário durante o deslocamento da sua casa, do trabalho e da es-

“A M Out of ídia muito Home é por int importante usuári eragir com o cola”, afirma Pono uma coe estabelece zio. Há previsão de r m u ni durant que até o final dese seu p cação eríodo de loco te ano todas as seis m o ç ã o. Donato estações da linha Ponzio” – Butantã, Pinheiros,

“Mais do que informar, entendemos que as telas têm o papel de tornar a passagem e a permanência dos usuários mais agradáveis”, Lucio Schneider, diretor do Terra Digital Out of Home Novembro 2012

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Sinalização Digital

todo o caminho, as telas estão dispostas e exibem conteúdos de tipos e tempos diferentes. Esse foco no usuário garante uma experiência única. Ganham os usuários e ganham também os anunciantes que associam suas marcas a uma programação que realmente atrai e é útil”, afirma Schneider. A programação também irá variar de acordo com o horário e o que é mais relevante naquele momento para o usuário. A tecnologia aplicada dos videowalls possibilita criar um modelo integrado, unindo formatos de diversas redes, o que permite que as telas mostrem, ao mesmo tempo, conteúdos iguais ou diferentes. Segundo Schneider, a programação é baseada em conteúdos diversos, relevantes, úteis e atualizados, focando a melhor experiência possível para o usuário. “Ela inclui notícias de Brasil, São Paulo, Diversão, Música, Cinema e Atualidades. O esporte, por exemplo, tem um espaço especial: além das notícias, exibimos os gols, tabelas de classificação e próximos jogos dos campeonatos. O serviço também é um pilar importante: previsão do tempo, trânsito, situação das linhas do metrô e horóscopo têm espaço reservado na programação.”

Divulgação ViaQuatro

Projeto e instalação O projeto dos videowalls em todas as estações está sendo realizado pela G4S, empresa que também é responsável por outros serviços na Linha 4-Amarela: Circuito Fechado de TV (CFTV), sonorização, intercomunicação, multimídia, automação dos sistemas de elevadores e portas, além de um sistema supervisório nas estações, que possibilita a visualização de todos eles em uma só plataforma, única e centralizada, facilitando a operação. De acordo com Guilherme Marques, gerente de Projetos da G4S, a empresa foi contratada pelo Terra para realizar a concepção do projeto – sistemas lógicos, de vídeo, conversores, racks, 26

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“Oferec a infor eremos mação, o entreteserviço e o usuário nimento q em cad s querem e p ue os r a de todo momento. A ecisam o o estão d caminho, as longo i te s quadros e equiconteú postas e exibe las pamentos para d m o s de ti tempos as seis estações. diferen pos e t Lucio S Po s t e r ior me n chneidees.” r te, participou com concorrência aberta ao mercado, também pelo Terra, e foi escolhida para instalar o projeto nas estações Faria Lima, Paulista e República. A instalação nas outras – Pinheiros, Butantã e Luz – está sendo feita pela Parxtech, que até o fechamento desta edição não respondeu ao contato da revista Sign. O processo acontece por fases: primeiro a construção de infraestrutura seca e cabeamento, seguido pela montagem dos painéis e, por fim, o armazenamento dos equipamentos de vídeo, servidores e modems na sala de eletrônicos da estação. Segundo Marques, nas estações Paulista e Faria Lima, 75% das obras já foram realizadas. Esse trabalho foi desenvolvido ao longo de, aproximadamente, 70 “janelas de trabalho” da Linha 4-Amarela – o período em que o metrô está fechado, ou seja, da meia-noite às quatro da manhã. Nesse processo, juntamente ao que está sendo desenvolvido na estação República, foram necessários entre 23 e 25 funcionários. No projeto, há alguns painéis e telas especiais de LED, que foram importados pelo Terra. No entanto, a maioria dos monitores simples e videowalls é de LCD. “Esta opção se deu pela facilidade de aquisição, manutenção e pelo custo das telas de LCD. Futuramente, com o avanço das tecnologias e redução de custos, todas poderão ser de LED”, conta Marques. Os painéis recebem alimentação elétrica provida por um quadro de distribuição e transformador instalados na estação, nas salas de média e baixa tensão e na sala de eletrônicos, respectivamente. “Os sinais de dados chegam ao videowall por meio de um cabo UTP (rede/internet padrão) e conversores de vídeo e dados. Esses dados ‘entram’ na primeira tela do videowall, que é conectada à segunda tela, também conectada à terceira e assim por diante, até formar o quadro completo da imagem”, conclui Marques.


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Capa

Um universo chamado Brasil

Com diferentes aplicações nas mais diversas regiões, a comunicação visual ajuda a formar a identidade do País Léo Martins

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Sudeste pode ser considerado a mais importante dentre as cinco regiões brasileiras. É nesses Estados que estão as maiores cidades e a maior densidade populacional, por exemplo. É dentro do chamado “eixo Rio–São Paulo” que estão concentradas as atenções em aspectos econômicos, políticos, de emprego, mercado e até mesmo o futebol. Assim como os assuntos anteriormente citados, o mercado de comunicação visual também tem grande concentração dentro desse espaço. No entanto, conversando com os signmakers, revela-se um Brasil repleto de mundos paralelos. A cara do Brasil,

de fato, também é composta pelas Regiões Centro-Oeste, Norte, Nordeste e Sul. Essas regiões compõem um universo muito maior, um universo chamado Brasil. Mercado em outras localidades A comunicação visual nas mais diferentes regiões do País tem um papel fundamental para que o mercado se solidifique cada vez mais no Brasil. Daniel da Hora, professor do curso de Publicidade e Design das Faculdades Integradas Barros Melo, em Olinda (PE), aponta o desenvolvimento do mercado de sinalização no Brasil. “O mercado evoluiu muito nos últimos cinco Novembro 2012

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Ítacca Comunicação

anos. Isso se reflete nos diversos tipos de materiais que hoje são empregados pela publicidade. Mas outras execuções, como adesivos impressos (policromia), adesivos recortados com acabamentos especiais (metálicos, texturizados, etc), lonas com diversas gramaturas, também são bastante utilizados”, observa o professor. Segundo André Didomênico, diretor da JS Bureau de Impressão, localizada em Passo Fundo (RS), os prazos são determinantes no trabalho executado. “Vejo que aqui no Sul, por termos um grande número de equipamentos e, consequentemente, concorrentes, o mercado se restringiu na maior parte à impressão em lonas e adesivos. As empresas se especializam em entregar material com prazos apertados, causando assim uma estagnação nos produtos e uma forte queda de valores”, analisa. Ainda dentro do mercado da Região Sul, Sérgio Casalecchi, diretor da agência de publicidade Ítacca Comunicação, em Florianópolis (SC), comenta o crescimento da comunicação externa no Sul do País. “Ultimamente, as ações externas mais usuais de comunicação visual são outdoor, backlight, busdoor, etc. Juntamente com esses trabalhos, as soluções de sinalização externa em fachadas de lojas e sinalização de condomínios também têm crescido”, observa Casalecchi.

Outdoors movimentam um grande mercado no Sul

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SIM Print

O vinil também é muito utilizado em trabalhos no Nordeste

Materiais em alta No contexto do mercado, o vinil ainda se mostra presente nos principais trabalhos de comunicação, em todas as regiões. “Uma tendência nestes últimos anos é o uso massivo do envelopamento com a utilização do vinil. É um material com um excelente custo–benefício e apresenta excelentes resultados”, comenta Marcelo Wasserman, professor e coordenador do curso de Publicidade e Propaganda do Centro de Ciências da Comunicação da Universidade Caxias do Sul. No Norte, o vinil também mantém a sua preferência. Sócio proprietário do birô A3 em Belém, no Estado do Pará, Gustavo Penna destaca as qualidades do vinil. “Sem dúvida, o vinil autoadesivo auxilia muito. Para nós, que trabalhamos com tinta ecossolvente, esse tipo de material contribui muito para os trabalhos”, diz Penna. Juntamente ao vinil autoadesivo, outros substratos também têm uma grande utilização. “Em nossa região de atuação, o que manda ainda é a lona. Eu diria que em nossos trabalhos, 80% dos pedidos estão ligados à lona e os demais 20%, ligados ao vinil autoadesivo”, observa Fábio Rodrigues, coordenador do Bureau Adez, localizado na capital da Bahia, Salvador. “O vinil autoadesivo e a lona são, disparados, os substratos mais solicitados para nós. Eles têm uma relação entre custo e benefício muito boa”, completa Vander Luiz Silva, gerente comercial da Silkarte, birô de Belo Horizonte (MG). Entretanto, outros substratos ganham espaço, dependendo da região em que eles são aplicados. “Por atender às necessidades do cliente e ter uma manutenção diminuta, peças em ACM [sigla em inglês para alumínio composto] vêm ganhando espaço no segmento e sendo


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bastante solicitadas nos projetos de comunicação visual, tanto internos quanto externos”, destaca Flávio Rodrigo W. Correia, da Kamaleom, birô de Natal (RN). Thiago Amorim, diretor de Criação da KA Comunicação, agência de Cuiabá (MT), conta sobre alguns trabalhos em alta no Centro-Oeste. “Temos feito muitos banners e displays, mas em se tratando de fachada, está em alta a chapa de ACM e a letra-caixa. Para lojas de pequeno porte, a alternativa tem sido letra-caixa em PVC, apesar da durabilidade não ser a ideal”, informa Amorim. Sobre a durabilidade dos materiais, Amorim atenta para o fator climático da região. “O sol de Cuiabá, sem dúvida, resseca mais rapidamente as lonas. Por isso, damos preferência para impressões UV, pois elas possuem maior durabilidade contra o sol”, completa. Uma mudança de estações Calor ou frio? Muito sol ou muita chuva? Na verdade, as condições climáticas podem, sim, influenciar na escolha do material usado e até mesmo na cultura de determinada região. • Por que o clima? O fato de no Brasil existirem os mais variados tipos de climas ajuda a explicar o motivo pelo qual ações visuais usadas em São Paulo não sejam necessariamente aplicadas em João Pessoa, por exemplo. “Com toda a certeza, o fator climático é um ponto a ser considerado. Um profissional ou uma empresa de comunicação visual devem levar em consideração o período que a peça 32

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ficará exposta em divulgação, assegurando que esta se mantenha íntegra, independentemente das intempéries. No Sul do Brasil, por exemplo, deve haver maior preocupação com chuvas e ventos fortes, e no Nordeste, com a oscilação entre calor e chuvas ocasionais ou até mesmo com o alto índice de salinidade e umidade no caso das cidades litorâneas. Isso influenciará na escolha dos suportes e impressão, bem como no local de divulgação da peça gráfica”, analisa Andrea Dalforno, designer especialista em comunicação visual. “Sempre o publicitário, principalmente o produtor gráfico, deve ter o cuidado em definir o material adequado para cada aplicação. Calor, frio, umidade e os raios U.V. são os grandes vilões para esses tipos de aplicações”, completa o professor Marcelo Wasserman.

Emerson Freire

SIM Print

Materiais como a lona também se mostram bastante utilizados

Fatores climáticos como sol e chuva podem influenciar no trabalho executado

No entanto, a evolução tecnológica tem inibido algumas das ações climáticas. O professor Daniel da Hora destaca a forma como essa evolução é aplicada. “Houve um tempo em que as diferentes condições climáticas influenciavam muito o processo criativo para a comunicação visual externa. Nos últimos anos, a capacidade técnica das impressões e substratos para esse mercado tem evoluído bastante, como os vernizes UV, ajudando a quem projeta utilizar aquilo que lhe convier”, diz o professor. No caso de regiões com temperaturas mais baixas, Wasserman ainda complementa. “Deve-se pensar em materiais que tenham boa elasticidade e tração e que não rasguem com temperaturas baixas”, finaliza.


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• Por que a cultura também influencia? A cultura também é um fator levado em consideração. Afinal, regiões que tendem a ter um clima mais quente sugerem cores mais quentes como tendência. Dessa mesma forma, as ações visuais também são influenciadas. “A Região Nordeste, com suas cores, sabores, texturas e luminosidade bastante típicos, espelha e reflete tudo isto nos trabalhos criativos produzidos na região. Sendo assim, a comunicação visual tipicamente nordestina é muito marcada por cores quentes e apelo visual que passam pela geografia, pela gastronomia e por sua gente”, observa da Hora. • Preocupação com sol, chuva e outros fatores Vista a influência que o clima exerce sobre os trabalhos realizados, os profissionais de comunicação precisam se adaptar a estas influências. “A região nordestina tem uma intensidade de sol diferenciada, se comparada a outras regiões do País. Por isso que aqui em Natal, no Rio Grande do Norte, os substratos impressos devem ter uma atenção especial quanto à aplicação de vernizes. As estruturas também merecem uma atenção quanto ao tratamento antiferruginoso, pois a ação da maresia também é muito forte por aqui”, observa Flávio Rodrigo Correia, da Kamaleom Digital. Já para Miguel Guimarães, diretor da SIM Print, birô do Recife (PE), o fato de estar localizada na região nordestina ainda não influenciou de maneira direta o seu trabalho.

Bureau A3

A exposição ao sol pode diminuir a vida útil do trabalho

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“Estamos sujeitos tanto ao calor e maresia como a fortes chuvas e ventos, porém, até agora, não encontramos nenhum problema quanto a material por conta destes fatores”, informa Guimarães. Apesar de o sol também ser forte na Região Norte, Gustavo Penna, do Bureau A3, atenta para outras influências ocasionadas pela alta temperatura. “Ocorre uma redução da vida útil tanto do material quanto da qualidade da imagem, pois os nossos índices pluviométrico e de umidade aqui são altíssimos. Aliada à alta temperatura, que quase sempre é na faixa acima dos 32°C, essa vida útil diminui mais ainda”, diz Penna. “Aqui em Cuiabá, não temos restrições a trabalhos por conta do clima. O que fazemos é encurtar o prazo de garantia por conta do sol e oferecemos um material com maior durabilidade, alertando sempre o cliente da real situação”, completa Thiago Amorim, da KA Comunicação. Custo dos materiais Como foi visto, essa pergunta só pode ser respondida após a verificação de influências como o clima, estação do ano e cultura. Levando esses fatores em consideração, cada birô verifica qual é a melhor forma de estabelecer preços, obviamente, dependendo da sua região de atuação. “Na nossa região, se falarmos em adesivos, que é o material mais solicitado, o valor médio de venda é de R$ 25 devido à desunião do setor. Geralmente, vejo o pessoal fazendo orçamentos e deixando de lado estrutura, horas, despesas financeiras, frete, impostos e, principalmente, depreciação e peças de reposição dos equipamentos”, aponta André Didomênico, da JS Bureau de Impressão, do Rio Grande do Sul. A importância de se analisar o projeto em um todo também é observado por Flávio Rodrigo W. Correia, da Kamaleom Digital. “Aqui ainda existe uma concepção muito antiga e nada saudável de calcular os custos de uma impressão, levando em conta apenas a mídia e a tinta do equipamento. É desse jeito que crescem os “parques gráficos” do Nordeste. No entanto, a relação entre custo, benefício, satisfação e retorno depende de bons profissionais que atuem no segmento. Assim, é possível ofe-


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As principais características da comunicação visual nas cinco Regiões do Brasil:

Grande em território, maior ainda em diversidade Trabalhos em alta: banners, letreiros, faixas, envelopamento de frotas e adesivos para mídias em ônibus. Técnicas em alta: gravação a laser, impressão com tecnologia low-solvent e solvente convencional. Materiais mais solicitados: lona, vinil autoadesivo, ACM e MDF. Fatores climáticos: predominância de calor e umidade (litoral e Zona da Mata – clima tropical). Cuidados com o clima: por causa do sol e da chuva, atenção especial com a aplicação de vernizes e a gramatura das lonas. As estruturas precisam de atenção, pois a ação da maresia também é forte. Sobre a “Lei Cidade Limpa”: o setor nordestino procurou redirecionar os trabalhos para banners adesivos e de trabalhos como placas, fachadas ou qualquer aplicação que exija alguma estrutura que dependa disso. Tendências: o crescimento de mídias eletrônicas indoor e painéis em LED.

Região Nordeste

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Região Sul Trabalhos em alta: outdoors em lona e banners. Técnicas em alta: impressões em UV e solvente. Materiais mais solicitados: lonas e vinil autoadesivo para aplicação de identidade visual e automotiva de frotas. Fatores climáticos: predominância de frio (clima subtropical). Cuidados com o clima: pensar em materiais que não “rasguem” com a baixa temperatura. Mesmo assim, os profissionais não apontam nenhuma restrição ao uso de materiais. Sobre a “Lei Cidade Limpa”: a aplicação de painéis de LED em caminhões ou nas laterais dos prédios virou uma alternativa. Tendências: ativar o sentido das pessoas com mídias exteriores que suportem cheiro, som, etc. A ação por mídias interativas também vem apresentando crescimento.

Trabalhos em alta: trabalhos com vinil em geral. Técnicas em alta: impressões à base de solvente. Materiais mais solicitados: vinil autoadesivo. Fatores climáticos: predominância de calor e umidade (clima equatorial). Cuidados com o clima: por conta do alto índice pluviométrico e de umidade, e temperatura média de 32°C, os materiais e a qualidade das imagens podem ter uma vida útil menor. Sobre a “Lei Cidade Limpa”: depois da lei, muitas empresas buscam o menor preço em materiais de menor qualidade. Isso ocorre em razão da falta de informação sobre a lei, informação que deve ser repassada com clareza para o cliente. Tendências: investimento em tecnologias de ata qualidade, como a tecnologia UV. Outra tendência é a implantação de mídia eletrônica.

Região Norte

Técnicas em alta: impressões UV e solvente. Materiais mais solicitados: vinil autoadesivo e lona. Fatores climáticos: calor, chuvas e frio (clima tropical e tropical de altitude). Cuidados com o clima: devido ao sol, aplicação de verniz UV para aumentar a vida útil do trabalho. Sobre a “Lei Cidade Limpa”: a lei já vigora há algum tempo em Belo Horizonte. A lei foi estudada e adequada aos trabalhos do setor. Outdoors sofreram maior impacto. Tendências: apesar das aplicações em vinil e lona estarem em alta, há uma tendência para a utilização de mídia digital.

em vinil, banners e sinalização.

Trabalhos em alta: principalmente aplicações

Região Sudeste (Minas Gerais)

Trabalhos em alta: banners e letras-caixas. Técnicas em alta: gravação a laser e impressão UV. Materiais mais solicitados: ACM, PVC e lonas. Fatores climáticos: predominância de calor (clima tropical). Cuidados com o clima: por conta do sol, a preferência são os trabalhos com tecnologia UV. Sobre a “Lei Cidade Limpa”: a lei diminuiu a impressão em lona para fronts, o que obrigou os comerciantes a readequarem as fachadas. Tendências: comunicação mais clean para gerar menos poluição visual.

Região Centro-Oeste

“Os profissionais e empresas de comunicação visual deverão trabalhar com outros formatos. Investir mais em outdoors, em associação com mídias indoor e TV Door, bem como com as mídias digitais para a internet e dispositivos móveis. Haverá, sem dúvidas, um grande impacto financeiro para as empresas de impressão. Estas terão de rever seus negócios e propor novos formatos” – Andrea Dalforno, designer especialista em Comunicação Visual “Acredito que é necessário repensar a publicidade como um todo. Uma solução seria cada vez mais canalizar os investimentos para publicidade em meios digitais, que além de ser menos agressiva é totalmente mensurável. Os birôs teriam de pensar novos formatos e equipamentos para se adaptarem à nova realidade. Uso das laterais de edifícios, aplicação em superfícies irregulares, novos materiais, etc.” – Fábio Bastos, diretor da Opus Comunicação, de Salvador (BA)

- Dicas para a adaptação da Lei Cidade Limpa


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recer um material como o ACM a um preço em torno de 30% mais elevado que a lona impressa”, analisa. Na Região Norte, Gustavo Penna, do Bureau A3, diz que a falta de fornecedores é um problema a ser analisado. “Infelizmente, aqui na Região Norte, só temos dois fornecedores, o que certamente encarece o nosso custo. Dessa forma, é reduzida a oferta, pois fica extremamente oneroso mandar buscar materiais diferentes. Inevitavelmente, esse valor acaba sendo repassado ao cliente”, comenta. Limpando a cidade A “Lei Cidade Limpa” entrou em vigor no dia 1º de janeiro de 2007, na cidade de São Paulo, primeira a aderir à lei. A nova lei influenciou diretamente a rotina dos profissionais de comunicação visual, pois a mesma consiste na proibição de propagandas em outdoors e regulamenta o tamanho de placas e letreiros comerciais. “Apesar de atrapalhar a atividade publicitária temporariamente, a “Lei Cidade Limpa” é importante e deve ser implementada com critério pelo poder público. Penso que quando existem regras inteligentes e bem pensadas, tudo funciona melhor. A lei pode sim deixar o espaço público mais agradável e até favorecer a atividade publicitária de duas maneiras: evita-se o excesso, a poluição visual e, por proibir os excessos, faz com outras soluções de mídia sejam repen-

Silkart

Os profissionais de comunicação visual do Sudeste tiveram de procurar novas alternativas e se adaptar à lei

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Letramix

Fachada adaptada para a “Lei Cidade Limpa”

sadas”, observa Sérgio Casalecchi, da agência Ítacca Comunicação. Assim como São Paulo, algumas cidades brasileiras aderiram à lei, o que fez com que os profissionais em atuação nestas regiões tivessem de se adaptar. Miguel Guimarães, da SIM Print, explica como a lei foi aplicada no Recife. “Foram retirados vários outdoors, painéis e todas as fachadas dos lojistas em geral, que tiveram de adaptar suas sinalizações com medidas reduzidas que chegam a um terço da área da fachada total”, conta. Thiago Amorim, da agência mato-grossense KA Comunicação, conta como Cuiabá foi afetada pela lei. “Diminuiu um pouco a impressão de lona para fronts. Mas o ponto positivo é que as lojas tiveram de readequar a fachada. Dessa forma, gerou-se trabalho”, comenta. Fábio Rodrigues Gonçalves, do birô baiano Adez, ainda coloca uma questão para os profissionais de regiões que aderiram à lei. “Precisamos agir com cautela e pensar muito nas questões da lei. Depois dessa política, aqui em Salvador, vejo que nosso material é muito visto como lixo. E essa é uma questão que nós, profissionais do ramo, precisamos refletir: será que estamos vendendo lixo?”, indaga Gonçalves. Considerado o maior país da América do Sul e o quinto maior do mundo em área territorial, o Brasil, segundo a última estimativa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), possui uma população superior a 193 milhões de brasileiros. Mesmo com essas estatísticas, por muitas vezes, a grandeza do Brasil passa despercebida pelos próprios brasileiros. Como disse Darcy Ribeiro, importante antropólogo brasileiro em sua obra O Povo Brasileiro, o Brasil é um país único e com


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um povo único, pois consegue reunir diversas culturas em um mesmo espaço. E isso é verdade. As diferentes formas de comunicação visual existentes no País, nas cidades e até mesmo nos bairros são um bom exemplo disso. O Brasil é muito grande e as diferentes facetas culturais é que formam o nosso país. Sendo você do Norte, Sul, Nordeste,

Centro-Oeste ou Sudeste, o Brasil ainda é uma só nação. E como disse Darcy Ribeiro no mesmo livro, “mais do que uma simples etnia, o Brasil é um povo nação, assentado num território próprio para nele viver seu destino”. Por isso, viva e mostre sua cara, suas diferenças. Afinal, é a sua diferença que torna o Brasil único.

Uma cidade mais limpa Aplicada em 2007, a cidade de São Paulo, primeira cidade do Brasil a ter a “Lei Cidade Limpa”, exigiu que os profissionais de comunicação visual buscassem soluções e meios para se adaptar à nova lei. Luciana Bustos, da agência de comunicação Marketing House, conta um pouco como foi a fase de adaptação. “A lei nos afetou bastante e precisamos nos adaptar à força. Deixamos de anunciar onde era proibido. Então, migramos para outros tipos de mídia, como por exemplo as mídias digitais”. Mesmo assim, Luciana destaca que houve benefícios com a nova lei. “A cidade realmente ficou menos poluída. Para as agências, com certeza, foi mais prejuízo, pois reduziu muito as opções de comunicação. Mas isso nos obrigou a nos reinventarmos e, para o mercado, isto é positivo”, observa. Na Letramix, birô de comunicação visual, a transição para a “Lei Cidade Limpa” se tornou um marco para a empresa. “Iniciamos nossas atividades em 2006. Como a lei foi implantada no ano seguinte, estudamos bastante a lei e nos ‘moldamos’ às exigências que regulamentavam a comunicação visual”, diz Max William Pereira, diretor da Letramix. Pereira ainda aponta algumas das principais modificações que o mercado sofreu na época. “As grandes modificações foram nos materiais, mão de obra especializada e, consequentemente, nos preços. Então começamos a usar muito acrílico, policarbonato, ACM e composições de peças unificando esse e outros materiais como inox e latão”, finaliza Pereira.

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Passo a Passo | Envelopamento Automotivo

Retrovisor Passo a passo cedido pela Alko Filme utilizado: fibra de carbono Ferramentas: espátula de nylon com um dos lados revestidos com tecido, soprador térmico, estilete estreito, jogo de lâminas de boa qualidade com 30° de inclinação.

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Limpeza: esta etapa é extremamente importante para o sucesso do trabalho. Limpe a superfície com vinagre branco para eliminar todas as bactérias e, em seguida, utilize álcool isopropílico para retirar a gordura;

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Inicie a aplicação com a espátula criando uma linha mestra, de preferência na parte reta da peça;

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Puxe o filme até o limite da peça – atenção para não estender demais o filme, isso poderá criar uma distorção no desenho e possíveis ranhuras no final da peça;

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Retire todo liner que protege o filme;

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Utilizando o soprador térmico, aqueça o filme sem esticar;

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Faça isso em todas as áreas curvas da peça;


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Finalizadas essas etapas, reaqueça o filme nas bordas a 95°C para quebra da memória elástica do PVC;

Espere esfriar, em seguida passe o dedo na extremidade para marcar a área de corte;

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Faça o corte utilizando o estilete com lâminas novas (lâminas com 30° de inclinação), com abertura mínima para maior controle da pressão, evitando riscos à pintura;

Peça finalizada. Reaqueça as bordas com soprador térmico novamente a 95°C para selar as áreas de possíveis levantamentos e estrias do filme;

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A peça está pronta! Mais informações: www.alltak.com.br Novembro 2012

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Varejo

Luzes e ação:

o poder de sedução da iluminação Ana Claudia Costa*

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dinamismo do varejo e a evolução do shopper transformaram o universo de compras em um concorrido jogo de sedução. Indústria, varejo, agências e fornecedores de materiais para o ponto de venda investem em novas e diferentes técnicas para conquistar o consumidor e fidelizá-lo a uma marca ou a um produto. A iluminação aparece como uma grande aliada do varejo no que diz respeito a criar ambientes e destacar produtos no ponto de venda. A H. Stern, por exemplo, utiliza a ferramenta para realçar vitrines e expositores das lojas. Com iluminação focal e LED, as joias recebem destaque e saltam aos olhos dos clientes, tornando-se mais “sedutoras”. Não importa o segmento de atuação, os projetos de iluminação ganharam destaque nos pontos de venda e adquiriram a responsabilidade de oferecer ao shopper a sensação de bem-estar e conforto. Tão importante quanto os outros elementos que compõem a arquitetura comercial, tais como layout, organização e merchandising, a iluminação cria espaços diferenciados, prontos para seduzir e encantar o shopper. Por meio de projetos bem trabalhados, a técnica é capaz de criar cenários e realçar o espaço. A Fast Shop, por exemplo, é um case interessante que merece destaque. Em todas as unidades da rede, a iluminação desempenha papel fundamental, seja na criação de ilhas e espaços customizados – que permitem um relacionamento mais próximo da marca com o público-alvo – ou na iluminação geral da loja, que realça o ambiente clean e configura uma circulação agradável no ambiente.

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As luzes de LED, muito presentes nos projetos atuais, desempenham múltiplos papéis. Primeiro, oferecem uma iluminação controlada, que não agride a vista do visitante da loja e nem esquenta o ambiente. Outro ponto é que exercem papel sustentável, uma vez que consomem menos energia e não exigem manutenção constante. As luzes aparecem como alternativa para valorizar e destacar produtos e o ponto de venda em si. Com as cores, é possível criar ambientes mais intimistas, quentes ou frios. A ideia é que a iluminação tenha impacto direto sobre o tempo gasto pelo cliente dentro da loja e reflita no resultado de vendas. A exigência de ambientes melhor decorados faz parte da realidade do novo shopper, que observa mais atentamente detalhes que antes não faziam tanta diferença, pelo menos, conscientemente. Do varejo de moda ao de frutas, legumes e verduras (FLV), a iluminação tornou-se diferencial competitivo. A percepção do consumidor mudou e as luzes realçam e ativam a observação do s+hopper, no que diz respeito ao desejo de consumo e despertar dos sentidos. Aliada à sinalização, as técnicas de iluminação somam-se ao arsenal de opções e diferentes ideias que contribuem para um varejo mais rentável, saudável e colaborativo, no papel de auxiliar o consumidor e contribuir na decisão de compra do produto.

*Ana Claudia Costa é diretora executiva do POPAI Brasil, Associação Global de Marketing no Varejo popai@popaibrasil.com.br


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Showroom

Tudo em uma Impressora inkjet UV Acuity LED 1600, da Fujifilm, se destaca pela capacidade de impressão simultânea de com cores junto com branco ou verniz, em dupla face Erik Bernardes*

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ançada este ano pela Fujifilm, a impressora inkjet UV Acuity LED 1600 já foi exposta em diversas feiras no Brasil e no exterior e os pedidos realizados começarão a ser entregues a partir de novembro para todos os clientes do mundo. Segundo a empresa, alguns pedidos já foram feitos inclusive no Brasil. A estrutura do equipamento foi toda projetada e fabricada pela Fujifilm, que conta com as cabeças de impressão Fujifilm Dimatix, ou Spectra Q Class. A cura, como o próprio nome diz, é feita com lâmpadas LED, que emitem menos calor, têm maior durabilidade com relação às convencionais e economizam energia. O diferencial, segundo o fabricante, é que este equipamento imprime o branco ou o verniz localizado na mesma passada que utiliza para imprimir as cores CMYK, além do cyan light e magenta light. “As cabeças de impressão foram dispostas de forma a imprimir as cores juntamen-

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te com o branco ou o verniz. Além disso, pode imprimir dupla face na mesma passada, ou seja, conforme vai imprimindo, as duas faces do substrato saem prontas”, conta Marco Aurélio Acras, do Comercial da empresa. Ao todo, a máquina conta oito cabeças de impressão que imprimem em substratos rígidos e flexíveis (híbrida) com espessura máxima de 13 milímetros. As diversas possibilidades, entretanto, reduzem a velocidade. Mesmo assim, a Fujifilm contabiliza ganho na produção final de seu cliente, alegando que ela faz tudo na mesma passada. “É uma impressora diferenciada para um mercado diferenciado. Tenho clientes que trabalham com museus, arquitetos e fotografia, o que exige muita qualidade, ou seja, meu cliente vende um produto com valor agregado que chega a R$ 130, R$ 140 ou R$ 150 por m2”, revela Acras. “Uma empresa que tem máquinas industriais como nossas Incas, S20 ou Spider,


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Showroom

também tem essas máquinas menores, o que amplia o leque de produtos que ela pode oferecer”, complementa. Uma máquina que não tem custo baixo e é indicada pelo fabricante para clientes diferenciados. Essa é a definição do equipamen-

to da Fujifilm que a revista Sign foi conhecer. Abaixo, é possível analisar informações técnicas importantes do equipamento, fornecidas pelo fabricante, para conhecer um pouco mais das capacidades e possibilidades desta UV LED.

Equipamento: Impressora Inkjet UV Acuity LED 1600 Cabeça de impressão: oito cabeças Fujifilm Dimatix (Spectra Q Class) Valor da cabeça de impressão: US$ 5.700,00 (valor aproximado) – com durabilidade dependendo do uso e da quantidade de m² impressos Tamanho da gota: 10 picolitros – em função da nova tinta da Fujifilm e tecnologia de ponto variável, a Fujifilm afirma que o resultado se assemelha a cabeças de gotas com quatro ou cinco picolitros Tipo de tinta: UV, de fabricação Fujifilm, comercializada em bags de 600 ml que são inseridos dentro do cartucho Resistência da tinta ao calor: Não há tabelas de resistência à temperatura, mas a empresa afirma que há casos em que o material impresso foi levado ao forno – o branco possui maior resistência ao calor Preço da tinta: R$ 477,00 para cores, verniz e flushing, e R$402,00 para branco, todas comercializadas em bolsas de 600 ml Tipo de lâmpada para cura da tinta: LED, com durabilidade estimada em 7.000 horas Quantidade de cores: oito cores – CMYK, Cyan Light, Magenta Light, Branco e Verniz (imprime verniz localizado simultaneamente às cores) Substratos em que imprime: poliuretano, PS, madeira, poliestireno, foam convencional e outros com pouca resistência ao calor, flexíveis e rígidos (híbrida) Espessura máxima de substrato: 13 mm Velocidade de impressão: máxima de 20 m2/h e comercial de 15 m2/h Número de passadas: oito passadas Qualidade da impressão: 1.200 dpi real Qual software RIP acompanha: Fuji AL 1600 RIP Custo estimado de impressão: R$ 6,11 por m2 – R$ 795,00 o litro da tinta, com rendimento de 130 m2 a 150 m2 por litro dependendo da imagem e modo de produção, sendo que a tinta branca tem rendimento menor Assistência Técnica: garantia mecânica de 1 ano, com assistência na Fujifilm em São Paulo, ou com visita de técnicos em todo território nacional e América Latina Custo de manutenção: durante a garantia não há custo de mão de obra, para outros casos o custo do deslocamento é calculado de acordo com a localidade e o tipo de deslocamento Preço do equipamento: US$ 153 mil (tabela sujeita a alterações sem aviso prévio) *Informações cedidas pela Fujifilm

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Vinil

Ferramentas para aplicação de vinil autoadesivo Eduardo Yamashita*

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epois de entendermos todas as características dos projetos de comunicação visual na edição anterior, passamos à preparação para aplicarmos o vinil autoadesivo. Além da imagem definida e da superfície preparada, elementos importantes a que devemos nos atentar são as ferramentas. Muitos aplicadores acham que uma espátula e um estilete são suficientes para aplicar uma imagem. Totalmente errado. Há outras ferramentas fundamentais para que se tenha a qualidade desejada nessa etapa do processo. A seguir, listamos as principais ferramentas, bem como suas finalidades: 1. Espátula: pode ser de plástico ou de fibra calandrada (feltro). A finalidade é fazer com que o adesivo do vinil toque toda a superfície. É importante colocar a pressão adequada para que a camada de ar entre o adesivo e a superfície saia durante a aplicação. A velocidade também é muito importante, pois pode deixar muitas bolhas; 2. Proteção de espátula plástica: com o uso frequente, a espátula pode riscar a imagem. Panos de algodão ou feltro protegem a espátula para que não ocorram danos às imagens. Lixar as espátulas, com lixas de papel, também é uma técnica para recuperar uma espátula plástica danificada; 3. Estilete ou tesoura: há diversos tipos de estiletes: pequenos, médios ou grandes, de plástico ou metal. O importante é utilizar um que se adapte à sua mão, ao seu jeito de trabalhar. Assim, cada um irá definir qual é melhor, seja com relação a uma melhor empunhadura, a um peso menor, etc. Usamos o estilete para cortar e separar as imagens. Tesouras podem substituir os estiletes. Por questão de segurança, dê preferência às que não têm pontas agudas.

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4. Lâmina de aço para estiletes: as lâminas são muito importantes para o corte das imagens. Elas devem estar afiadas. Se não estiverem, o aplicador irá colocar força, podendo riscar a superfície. Recomenda-se ter um recipiente para armazenar pontas de utilizadas. Depois descarte em lixos seletivos; 5. Furador de bolhas: dependendo da habilidade do aplicador ou dificuldade da superfície, bolhas podem ficar na aplicação. Furadores com agulhas são utilizados para perfurar o vinil e remover as bolhas. Nesse caso, também é recomendável um recipiente para guardar agulhas novas e usadas; 6. Escova para rebites: os rebites de chapas metálicas requerem o uso de escovas com cerdas para aplicar com maior rapidez o vinil autoadesivo; 7. Fita-crepe: para fixar as imagens e proteger suas bordas é utilizada a fita adesiva de papel crepado; 8. Borrifador de água e detergente neutro: nas aplicações a úmido, a água com detergente neutro deve ser utilizada para molhar a superfície e o lado do adesivo do vinil autoadesivo; 9. Pano: para secar e limpar as superfícies, o pano de algodão é recomendado; 10. Trena métrica ou régua metálica: para posicionar a imagem, é necessário ter uma trena ou uma régua. Para os refiles ou cortes retos, a régua de metal também é utilizada; 11. Desengraxantes e removedor de adesivos: na limpeza, conforme já citado anteriormente, é necessário utilizar desengraxantes comerciais indicados para cada superfície e, em alguns casos, removedor de resíduos de adesivo (cola) são necessários; 12. Espátula de metal: alguns tipos de resíduos e impurezas são removidos fisicamente com uma espátula de metal;


13. Soprador térmico: para diminuir a memória elástica (esticamento) do vinil e para acelerar a cura do adesivo, é realizado aumento da temperatura com soprador térmico; 14. Caneta, bloco de anotações, prancheta, calculadora: itens que ajudarão no registro das atividades de instalação; 15. Escada e andaime: para as situações nas quais a imagem é grande ou será instalada em locais altos, para alcançar estas áreas; 16. Equipamentos de segurança: luvas, óculos, capacete e sapatos de segurança não devem ser esquecidos para prover uma perfeita segurança ao aplicador; Mais ferramentas? Sim. Alguns aplicadores têm muitas ferramentas específicas ou personalizadas para seu próprio dia a dia. Por exemplo, espátulas confeccionadas com chapas plásticas, proteções de espátulas feitas com pedaços de couro camurça, banco com rodas, cinturão para segurar ferramentas, etc.

Não podemos nos esquecer de armazená-las em um armário para organizá-las, bem como termos uma bolsa para levá-las e não perdê-las durante o trabalho. E, por último, é importante falarmos da limpeza; esta requer algumas “ferramentas”, como sacos de lixo para organizar descartes e uniformes para manter a roupa pessoal limpa e apresentar aos clientes imagem de organização, limpeza e divulgação da empresa (caso impressa ou bordada). Pronto! De posse do “kit” de ferramentas, vamos à aplicação da imagem. Aguarde os próximos capítulos.

*Eduardo Yamashita é consultor técnico do mercado de comunicação visual em.yamashita@hotmail.com

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Evento

Simvarejo 2012 Evento realizado pelo Popai Brasil apresentou palestras de especialistas em marketing no ponto de venda

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os dias 9 e 10 de outubro de 2012, o “Simvarejo” - Seminário Internacional do Marketing no Varejo, realizado pelo Popai Brasil – Associação Global de Marketing no Varejo, principal associação internacional dedicada exclusivamente ao desenvolvimento e valorização da comunicação e do marketing no ponto de venda –, trouxe especialistas nacionais e internacionais para discutir os principais temas relacionados ao setor, como arquitetura comercial, visual merchandising e merchandising. O evento também apresentou o case inédito da marca “Quem disse Berenice”, do grupo O Boticário. O seminário aconteceu no Espaço Apas, em São Paulo. Com duração que ocupou duas tardes, o Simvarejo abordou cases e tendências sobre relacionamento entre marcas e consumidores, a prática de visual merchandising e o papel da arquitetura de loja no aumento positivo de vendas. “Trouxemos um olhar diferenciado sobre a importância de ambientação de lojas, responsável por proporcionar ao cliente sensações e experimentações. Os palestrantes apresentaram cases nacionais e internacionais que reafirmam a necessidade do varejo de comunicar, aproximar e criar laços com o shopper”, comenta Ana Costa, diretora executiva do Popai Brasil. O primeiro dia do evento foi iniciado com a apresentação do case “Quem disse Berenice”, do grupo O Boticário. Juliana Fava, gerente de Desenvolvimento de Canais, apresentou o projeto de arquitetura, visual merchandising e posicionamento da marca implementado nas primeiras seis unidades, já em atividade em São Paulo.

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Os palestrantes Les Hiscoe, vice-presidente da Shawmut Design and Construction, responsável pela lojas da Apple nos últimos oito anos, e Randall Stone, sócio diretor da Lippincontt, escritório responsável pelos projetos da Starbucks, apresentaram aos participantes técnicas de aproximação e contato da marca com o cliente. Os executivos reforçaram a experimentação como base para ativar os sentidos do shopper e aumentar o tempo de permanência na loja. Pontos como relevância e conexão com a marca e a utilização de elementos sensoriais, comunicação e design apropriado para cada tipo de público também foram abordados na palestra. Juntos, os executivos Julio Takano, José Henrique e George Homer finalizaram o primeiro dia do Simvarejo com um painel sobre arquitetura de varejo, que teve como mediador Manoel Alves Lima. Após a apresentação de cases de sucesso, os participantes do painel responderam a perguntas e fizeram considerações para o público presente no evento. O segundo dia de atividades trouxe ao palco Brian Fleener, vice-presidente de Desenvolvimento de Lojas de Varejo, responsável pelo atendimento da Nike, entre outras marcas, que discorreu sobre ampliação do mix de produtos, prática que pode criar o chamado “channel blurring” ou confusão de canais. O palestrante tratou o tema a partir de prós e contras da prática e apresentou o case bem-sucedido da Walgreens, de Chicago, nos Estados Unidos. Fleener ainda apontou como essa ampliação de mix modifica o projeto de loja e o que o varejista


deve levar em conta. O especialista sugeriu a avaliação do comportamento do shopper que frequenta a loja, a fim de ampliar o mix de produtos, sem perder a referência e posicionamento da loja. No painel seguinte, Joe Hiscoe e Randall Stone voltaram ao palco para falar sobre as oportunidades de internacionalização de marcas. Os executivos apresentaram um estudo com base em dados da economia americana e confiança do consumidor norte-americano e apresentaram os Estados mais indicados, nos Estados Unidos, para abertura de lojas do varejo brasileiro. Fechando o segundo dia de evento, Gilberto Strunk, Heloisa Omine e Walter Bueno promoveram painel sobre visual merchandising, que teve como mediador Marco Andrade. A exemplo do painel realizado no dia anterior, os executivos trouxe-

ram cases de visual merchandising e compartilharam experiências e opiniões sobre a prática, bem como os efeitos positivos no comportamento do shopper e na conexão da marca com o público-alvo. “Reunimos no evento visões e expertises diferenciadas de profissionais da área. Pensamos em temas e palestras que pudessem contribuir ativamente para o enriquecimento intelectual e atualização profissional dos participantes do evento, alimentando-os com as principais tendências e inovações do varejo no mundo”, comenta Romano Pansera, presidente do Popai Brasil. Finalizado o Simvarejo 2012, os participantes conheceram os 110 ganhadores do Prêmio Popai Brasil 2012, em 29 categorias. Após a solenidade de entrega, foi oferecido um coquetel de encerramento.

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Gestão

O erro de sua empresa pode fidelizar o cliente... Fabio Kisner*

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ode parecer contraditório, mas abordarei uma das maiores causas de perda da fidelidade no ramo de prestação de serviços. É claro que a frase não está completa. A forma completa seria “O erro de sua empresa pode fidelizar o cliente, desde que você transforme o erro em oportunidade”. Todas as empresas cometem erros, por mais que algumas neguem. E é nesse momento que seu cliente espera, mesmo sem saber, que sua empresa o surpreenda. É essa a oportunidade que sua empresa não pode deixar escapar. Vou expor dois exemplos, reais e distintos. Caso 1 A aluna de uma escola do infantil IV emprestou um livro da biblioteca para a mãe ler. No momento da leitura, a mãe chegou à conclusão de que o livro não era compatível com a idade, pois mesmo sendo um livro infantil, tinha linguagem e assuntos impróprios para a filha (minha filha pegou o mesmo livro e concordei com a mãe da aluna). Ao conversar com a coordenadora, a mesma deu duas opções: a) Ir com a filha em outro horário, que não seja com a turma de classe dela, escolher o livro que for mais conveniente. b) Não deixar mais a filha pegar livros emprestados. A coordenadora poderia surpreender a mãe, que no caso é a cliente da escola, com uma resposta parecida com a que sugiro abaixo: “Analisarei o livro com a pedagoga e irei te informar uma resposta. Além disso, vou pedir pra verificar se o livro aci-

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dentalmente não foi colocado na prateleira errada, e também irei pedir para verificar se outros livros não estão acidentalmente no lugar errado”. Caso 2 O proprietário de uma pequena empresa de comunicação visual localizada no interior do Estado aguardava, com muita expectativa, a visita do técnico que faria a instalação da impressora que havia adquirido. Quando o técnico chegou, antes mesmo de iniciar suas atividades, ele recebeu uma ligação solicitando que retornasse para a capital. O cliente ficou furioso e, em seguida, recebeu uma ligação do proprietário da empresa fornecedora que vendeu o equipamento e expôs a situação. O fornecedor explicou que havia recebido uma ligação de uma grande empresa de comunicação visual da capital, que também havia comprado equipamentos e que o mesmo técnico havia feito a instalação antes de viajar para atendê-lo. A proprietária da empresa da capital alegava que o técnico não deixou o equipamento funcionando, o que não era verdade, mas usava sua “influência” para pressionar o fornecedor. Devido à pressão, ele teve que escolher a empresa que daria menos prejuízo no caso de uma quebra de contrato de compra. Deu a oportunidade de o cliente do interior desistir do equipamento e ser reembolsado integralmente, mas propôs alguns benefícios caso ele esperasse mais um pouco. O cliente do interior optou por esperar e ficar com os benefícios.


O que devemos analisar no segundo caso é a total transparência da empresa fornecedora do equipamento. O cliente, como empresário, se colocou no lugar do fornecedor e compreendeu a situação. Dessa maneira, a postura do fornecedor do equipamento conseguiu diminuir os efeitos do problema. Devemos entender que nem sempre o cliente tem razão, em contrapartida devemos reconhecer nossas falhas e sempre sermos transparentes. Temos que ter como base as seguintes regras: 1. Ser honesto e transparente; 2. O diálogo é a melhor solução; 3. Se possível, propor algum benefício para compensar a falha, mas nunca em remuneração financeira.

Devemos tomar cuidado com o terceiro item, porque pode abrir precedente e existem clientes que podem sempre tentar obter vantagem ou até mesmo forçar algumas situações. É preciso ter consciência que a concorrência pode fazer um serviço tão bom quanto o prestado por sua empresa, mas são poucos os empresários que possuem o talento de gerenciar adversidades.

*Fabio Kisner é consultor e diretor de Tecnologia da KSC Brasil. Já ministrou palestras e consultoria em diversas empresas do País. fabio.kisner@kscbrasil.com.br

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Pré-impressão

Gerenciamento de cores no

CorelDraw® Adriano Medeiros*

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lá, pessoal! Com grande satisfação, estreio minha coluna na Sign. Quando comecei a escrever artigos para o ramo, em meados de 2006, só tínhamos solvente ou solvente para imprimir sign externo, e mídia, no máximo um canvas, para variar de lona e adesivo. Agora, temos UV, sublimação, látex, a solvente continua, mas com variantes “ecológicas”, além de poder se imprimir em praticamente tudo, até em água e unha. Apesar de todo o avanço, o objetivo ainda é obter a melhor qualidade de impressão possível. Mesmo com toda a evolu-

ção, o CorelDraw® ainda é o software mais usado em nossa linha de produção. Tá, não quero discutir qual o melhor software ou procedimento para se trabalhar com impressão. Como o CorelDraw® é o mais usado, vamos então tirar proveito do que ele tem de bom e contornar o que há de ruim. Uma das mudanças mais significativas no CorelDraw® (que está na versão X6) está no gerenciamento de cores. Que passou de uma tela confusa, cheia de setas, para uma tela mais robusta e parecida com a da Adobe®; veja as imagens no quadro abaixo:

Tela a partir da versão X5

Tela presente até a versão x4

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Menu do Corel Draw®

Enfim, pra que serve esta tela no Corel®? Ela é a culpada por você falar “o Corel® é muito ruim, sempre troca a cor quando vou imprimir”. A culpa, na verdade, é sua por não configurar corretamente. Usar a configuração padrão não garante sucesso, pois tanto Corel® como Adobe® (Photoshop®, Illustrator® e Indesign®) são usados para criar material gráfico para toda tecnologia, websites, aplicações móveis (tablets e celu-

lares) e criação para vídeos. Então, por default, o Corel® não vai adivinhar o que você está criando, você precisa acertar os parâmetros para a mídia que deseja. Antes de falar sobre a configuração da caixa, vamos notar um detalhe no menu (imagem acima): Configurações Padrão: usado para definir a configuração base do Corel®, ou seja, cada vez que você abrir um arquivo novo, em branco, ele vai usar estas configurações como padrão. Configurações do Documento: cada arquivo que você abre e que não tenha sido criado com base nas Configurações Padrão – ou seja, cada arquivo que veio do seu cliente –, tem uma configuração própria, então você deve antes de começar a preparar o arquivo do cliente, entrar aí e configurar de acordo com seu padrão. Observe a figura do gerenciamento de cores atual do CorelDraw®. Veja que é dividido em três grandes grupos, Configurações de Cores Padrão, Configurações de Conversão de Cores e Critério de Gerenciamento de Cores. Vamos analisar suas opções.

Configuração Adobe presente desde sempre...

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Pré-impressão

Configurações de Cores Padrão: Perfis de Cores â RGB / CMYK / Tons de Cinza. Estes são os perfis de cor de saída do arquivo, que servirão de perfil de cor de entrada no RIP. Como descobrir qual é o ideal para você? Deve ir ao RIP e trocar os perfis de entrada, imprimir e observar os resultados. O ideal é que a configuração do RIP seja igual à do Corel®, assim ambos estarão na mesma linha de cores. É muito comum estar no Corel® o perfil CMYK SWOP e no RIP o Euroscale, aí vai trocar a cor, com certeza. Normalmente, eu trabalho com Adobe® RGB e U.S. Web Coated (SWOP) v2, mas isso varia de equipamento para equipamento. Modo de Cores Primárias â são as cores que serão aplicadas ao criar um efeito – por exemplo, uma sombra –; o Corel® vai criar em CMYK ou RGB, você escolhe. Finalidade de Renderização â renderização significa o método de conversão entre CMYK e RGB, e vice-versa. Somente isso rende assunto para outra coluna. No meu último livro (Grandes Ideias Requerem Grandes Formatos) e no meu blog, já tem um artigo falando sobre isso, acesse http:// pixeldots.com.br/metodos-de-renderizacao/ e veja como funciona. Configurações de Conversão de Cores Mecanismo de Cores â é o mecanismo da conversão de cores. Assunto para mais um texto... No entanto, no Corel, você usa o mecanismo Microsoft®, sendo o ICM o padrão usado no Windows® e o WCS a versão mais recente da companhia. O melhor seria usar a engine Adobe® (ACE), porém, deixe a ICM mesmo, pois não tenho ainda informações sobre a compatibilidade dos RIPs com a engine WCS. Preservar Preto Puro â boa caixa para deixar marcada. Se alguém cria um preto RGB 0x0x0, ao converter para CMYK, vira 0x0x0x100. Com ela desmarcada, cria um preto calçado bem bagunçado. Mapear Cinza para Preto CMYK â eu particularmente não uso imagens em tons de cinza para impressão; deixo marcada a caixa para imagens neste modo virarem CMYK na conversão. 58

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Critérios de Gerenciamento de Cores Aqui está a configuração de como se comporta o Corel® ao abrir um documento que a configuração de cores está diferente da configuração padrão. Ele lhe joga caixas informando a incompatibilidade e perguntando qual sua ação (bem copiado da Adobe®, diga-se de passagem). O ideal seria você apenas Atribuir Perfil de Cores Padrão, assim as cores do documento se adequam à sua configuração padrão. As caixas de aviso devem ser marcadas para você ter ciência do que está acontecendo. Definição de Cores Exatas Solto, lá no canto inferior esquerdo, está como deve ser a referência de Cores Exatas. Bom, guarde duas coisas: Cores Exatas – se refere a bibliotecas, como cores Pantone ou cores especiais (a cor do corte em impressoras que imprimem e recortam); Cores Processadas – cores feitas em base CMYK. Então, aí está como o Corel® trabalha com cores Pantone, por exemplo. Opte por usar Valor de Laboratório, ou melhor, LabColor, que é um modo de cor muito eficiente para cores exatas, pois não é amarrado a um perfil de cor, como CMYK ou RGB. Para terminar, no canto superior esquerdo está a opção Predefinições, onde você pode guardar esta configuração. Bom, experimente e não tenha medo de usar esta caixa. Com ela bem configurada, com certeza você terá ótimos resultados. Vamos manter este texto vivo? Como foi sua experiência e os resultados que obteve? Pode enviar um e-mail pra mim no medeiros@pixeldots.com.br ou no facebook.com/ PixelDots. Um grande abraço! *Adriano Medeiros é consultor, escritor e palestrante, especialista em produção gráfica digital. Proprietário da PixelDots Consultoria para Produção Gráfica e Criativa www.pixeldots.com.br medeiros@pixeldots.com.br


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Mercado

Digifab apresenta duas versões do Evolution RIP

O Evolution RIP, Têxtil e Gráfico, pode controlar várias impressoras, de marcas e modelos diferentes, simultaneamente gerenciando a fila de impressão. Todos trazem a possibilidade da gestão de perfis de cor ICC, controle dos limites de tinta para cada substrato, cálculo preciso do consumo de tinta global e por cor, além da possibilidade de impressão de dados técnicos para cada imagem, como configuração, perfil ICC usado, paleta de cores, etc. Além disso, suportam os formatos gráficos comerciais mais populares como TIF, PDF, JPG, AI, PSD, GIF, PNG, Indexed Color, True Color, MAC, UNIX, PC.

Parceiros lançam impressoras com nova cabeça da Xaar

A Xaar anunciou o lançamento da primeira impressora de ladrilhos denominada Xaar 1001 GS12. O novo equipamento, que estará disponível para comercialização na Tecnargilla 2012, veio para se juntar à Xaar 1001 GS6 e foi criado para sanar necessidades específicas do setor de cerâmica. A cabeça de impressão Xaar 1001 GS12 fornece gotas de tintas maiores (de 12-84 picolitros), o que oferece o dobro de intensidade de cor e uma velocidade superior à da Xaar 1001 GS6. Fabricantes como a Hope e a Meija irão utilizar a nova cabeça de impressão em seus equipamentos. A Tecnargilla ocorreu nos dias 24 a 28 de setembro em Rimini, na Itália.

Suporte para os brasileiros

Ampliando para o Nordeste

Com o objetivo de aproximar os produtos e serviços locais, a Ampla inaugurará a sua segunda filial no Nordeste. Localizada na cidade do Recife, a unidade pernambucana contará com um estoque de tintas originais, peças de reposição e com equipes de suporte técnico e vendas. Segundo Lie Tji Tjhun, diretor-presidente da empresa, com a abertura dessa filial, a Ampla espera intensificar a sua presença no Nordeste e reforçar a parceria com os empresários da região. A filial tem previsão de inauguração para o início do mês de novembro.

Esko demonstra novos produtos

A Esko, empresa integradora de soluções para as áreas de embalagens, impressão comercial e editoração, lançará na SuperCorrExpo, que ocorrerá dos dia 1º a 4 de outubro em Atlanta, Estados Unidos, dois novos produtos. O Kongsberg XP44 é uma máquina de acabamento em papelão e materiais rígidos, que oferece uma operação contínua ao usuário e o auxilia em aplicações em pontos de venda. Já o ArtiosCAD 12 é a nova versão do principal editor de embalagens da empresa e traz um recurso de visualização em 3D. O novo software estará disponível em duas versões: a versão Standard e a ArtiosCAD Enterprise 12.

A Durst anunciou que sua tecnologia de suporte técnico, conhecida como Astea, estará disponível para os clientes brasileiros até o final de outubro. O anúncio da disponibilidade do suporte técnico foi feito durante a visita do diretor da Durst para as Américas, Ricardo Leni. O Astea permite uma interligação entre informações técnicas dos mais diversos modelos de impressoras instalados em todo o mundo. Dessa forma, pode-se compartilhar os problemas mais comuns, bem como as soluções encontradas para tal. “Através do Astea, asseguraremos suporte diferenciado e num prazo mínimo, tanto no que se refere ao fornecimento de consumíveis como também de problemas técnicos”, destaca Leni. Além do Brasil, a Durst México também contará com o Astea.

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Parceria em tecnologia UV

A Fujifilm e a fabricante de impressoras Inca Digital anunciaram uma parceria para lançamento da Inca Onset S20i, um equipamento UV para grandes formatos. A Inca Onset S20i se juntará à Onset S40i e começará a ser comercializada a partir de outubro. O equipamento possui algumas características pessoais, como um sistema diferenciado de sensor UV, que monitora constantemente as lâmpadas UV e informa para o operador quando é preciso fazer a limpeza. Utilizando até seis cores, o equipamento pode trabalhar de 600 dpi a 1.000 dpi. A Inca Onset S20i foi desenvolvida para aplicações em PDVs, displays e comunicação visual externa. “Os novos recursos da S40i foram muito bem recebidos pelo o mercado. Por isso, estamos otimistas quanto ao lançamento da S20i”, diz Tudor Morgan, gerente de Marketing da Fujifilm.

Tecnologia no mercado de cerâmica A EFI anunciou um lançamento que promete alavancar o desenvolvimento para aqueles que trabalham com a criação de imagens em cerâmica. Trata-se da impressora Cretaprint C3 ER com o Fiery ProServer para a Cretaprint, a primeira interface digital de gerenciamento de cores dedicada aos profissionais do mercado de cerâmica. A Cretaprint C3 possui um sistema multifuncional flexível, que oferece mais de mil configurações personalizadas de largura e velocidade de impressão. Já o Fiery ProServer oferece ao usuário um fluxo de trabalho que reduz o desperdício, aumenta a velocidade de produção e o lucro, por meio de medições que eliminam as tentativas e erros no gerenciamento de cores. “Esta é a terceira geração de impressoras digitais de cerâmica da Cretaprint e ela mudará completamente o setor”, afirma Ghilad Dziesietnik, diretor de Tecnologia da EFI.

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Mercado

Impressões nas nuvens

Com a ideia de expandir seu portfólio de serviços, a EFI anunciou a aquisição da Online Print Solutions (OPS), empresa especializada em soluções de web para impressão, publicação dinâmica e marketing em diversas mídias. Segundo Marc Olin, vice-presidente sênior da EFI, a integração da OPS aos serviços da EFI combinará excelentes ofertas de mercado. “Com sua experiência no fornecimento da maior e mais abrangente oferta de solução em nuvem do setor, a EFI observou a web-to-print crescer e se tornar uma maneira padrão de fazer negócios em todo o mundo”, declara Olin. O software da OPS também fará parte dos produtos da EFI, onde futuramente a empresa ainda pretende integrar a plataforma da OPS a seus produtos front-end digitais.

Parceria verde para impressões fotográficas

Pensando no consumo consciente de fotografias, a empresa de e-commerce brasileira Digipix firmou uma parceria com a PayPal, empresa de pagamentos on-line. A iniciativa deu origem ao uso da Ecopix, tecnologia desenvolvida pela Digipix em parceria com a HP e que aposta na não utilização de metais pesados. Dentro dessa ideia, a PayPal aparece como meio de pagamento on-line. “É muito importante para a companhia incentivar o consumo consciente. E ter parceiros com práticas verdes, como a Digipix, colabora com o posicionamento global da companhia em relação ao uso dos recursos ambientais”, diz Mario Mello, diretor-geral da PayPal para a América Latina. O comprador de Ecopix poderá efetuar seu pagamento via PayPal pelo site www.fotoregistro. com.br . 62

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Aumentando e prosperando

A Vinilsul, fornecedora de suprimentos para comunicação visual, lançou três produtos a fim de aumentar o seu leque de serviços. O primeiro lançamento, o Router Vetor CNC, foi fabricado no Brasil pela Vetor CNC e foi concebido para usinar materiais como MDF, madeira, PVC, etc. Outra característica do router é a sua câmara a vácuo, que prende os materiais no momento de serem usinados. As ilhoseiras, outro lançamento da Vinilsul, têm as características de ser descomplicadas e não trepidar. O equipamento, além de estar disponível em diversas configurações, também possui versões elétricas e pneumáticas. Por fim, a Vinilsul lançou também as chapas de PU da Neopol para ampliar as opções no segmento de comunicação visual. Para isso, a empresa apostou em duas linhas: MDPOL e Neo Visual. As chapas de MDPOL são feitas a partir de material reciclado e são ideais na utilização de letras-caixas, gravações com relevo, etc. Já as chapas de Neo Visual são de PU virgem e podem ser utilizadas em fachadas e PDV. Os lançamentos da Vinilsul, que foram apresentados na Serigrafia SIGN FutureTEXTIL 2012, já estão disponíveis para aquisição.

Velocidade em alta resolução

Apostando novamente em equipamentos de grandes formatos para a área digital, a Epson lançou a Surecolor S30, impressora que tem o diferencial de ser rápida e possuir uma alta resolução. Prova disso é que o equipamento imprime em até 57,6 m² por hora em uma qualidade de 1.440 dpi x 1.440 dpi. O equipamento conta também com a tecnologia TPF na cabeça de impressão, que ganha a característica de ser antiaderente, possuir 2.880 injetores com uma gota de 4,2 picolitros e um sistema de gerenciamento de pontos. A Epson Surecolor S30 ainda oferece ao usuário a possibilidade de trabalhos em mais de cem substratos sem tratamento.


Impressoras UV de mesa

A Direct Color Systems acaba de lançar sua linha de impressoras de mesa com LED UV: Direct Jet 1024UVHS, Direct Jet 1024UV e Direct Jet 1014UV. De acordo com a assessoria da marca, as três impressoras são versáteis, produzem texto nítido e imagens coloridas. Graças ao LED UV, as impressões possuem grande resistência em diferentes substratos, como madeira, metais, telhas cerâmicas, plástico e vidro. A Direct Jet 1024UVHS, top da linha, se destaca por possuir alta velocidade e o TEXTUR3D™ tridimensional, que produz impressões com texturas 3D. O modelo vem acompanhado do software RIP 9, que se integra facilmente a programas padrão da indústria do design, como Photoshop, Illustrator e CorewDraw. Além disso, com a Direct Jet 1024UVHS, existe a possibilidade de se utilizar tinta branca UV, que cria imagens opacas, permitindo a impressão de cores brilhantes em praticamente qualquer substrato, seja ele colorido ou transparente. As tintas são flexíveis, não racham ou descascam, e os cartuchos são recarregáveis, oferecendo um bom custo–benefício. Para mais informações sobre a linha, acesse: http://www.directcolorsystems.com

Papéis e digital

A International Paper América Latina (IP) lança o papel Chambril Digital, o primeiro papel offset dedicado à impressão digital a jato de tinta (inkjet). O novo papel conta com a tecnologia ImageLok, que proporciona, quando combinada a tintas pigmentadas, cores mais brilhantes, um menor risco de borrões e uma cor preta mais intensa. O diretor Comercial da International Paper, Nilson Cardoso, afirma que o novo papel atenderá os mais diversos segmentos do setor. “Os papéis até então disponíveis no mercado brasileiro não apresentavam os ganhos visuais proporcionados pela nova tecnologia trazida pela IP”, explica Cardoso. O novo papel estará disponível nas gramaturas 75 g/m² e 90 g/m².

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Agenda

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DATA

EVENTO / LOCAL

26 a 28 de fevereiro

Digital Signage Expo Las Vegas/USA

28 a 30 de junho

Sign Today – Palace Grounds, Bengaluru, Karnataka/Índia

10 a 13 de julho

Serigrafia SIGN FutureTEXTIL

2 a 5 de outubro

Ipex Digital Latin America 2013

7 a 10 de outubro

Graph Expo – Chicago/EUA

23 a 25 de outubro

SGIA – Orlando/Flórida/EUA

7 a 9 de novembro

Viscom – Frankfurt/Alemanha



Novidades

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