Revista Sign 213

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XVIII - nº 213 Janeiro 2013 R$ 12,50 www.btsinforma.com.br

Sinalização | Impressão Digital

Comunicação Visual

Saiba quais são as diferenças entre as principais mesas de corte




Arte: Emerson Freire

Sumário

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Capa Saiba qual a mesa de corte ideal para seu negócio

Entrevista

Foto: Arquivo RSG

Andrea Ponce, coordenadora técnica do Digitec, fala sobre o grupo e parceria com a revista Sign

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Sinalização Digital MDOOH apresenta grande crescimento e amplia presença no cotidiano dos brasileiros

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Perfil Sindidoor: as dificuldades e glórias da organização das empresas de painéis, outdoors, mídia exterior e comunicação visual no Estado de Goiás

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Veja + 8..............................Índice de Anunciantes 16.................................................... Varejo 26...................................................Gestão 40................................................... Evento

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Colorimetria e Gerenciamento de Cores Fabio Tanaka explica como é possível reduzir custos com o gerenciamento de cores

Janeiro 2013

42....................................................... Vinil 44........................................Pré-impressão 46................................................ Mercado



Editorial

Erik Bernardes

Ano XVIII - nº 213 Janeiro 2013

DIRETOR GERAL DA AMÉRICA LATINA DO INFORMA GROUP

Marco A. Basso

Imagina na Copa

CHIEF FINANCIAL OFFICER DO INFORMA GROUP BRASIL

Duncan Lawrie

CHIEF MARKETING OFFICER DA BTS INFORMA

Araceli Silveira

GERENTE DE PUBLICAÇÕES

Silvio Junior silvio.junior@btsmedia.biz

M

REDAÇÃO Léo Martins redacao@btsmedia.biz leonardo.junior@btsmedia.biz Mariana Naviskas mariana.lippi@btsmedia.biz

uitas são as previsões para o ano que começa. Alguns procuram orientação de pessoas com poderes paranormais, há quem prefira o apoio das análises econômicas, já outros utilizam sua experiência de longos anos no mercado de impressão digital, comunicação visual e sinalização. Seja qual for a opção, 2013 marca para todos o início de mais um ciclo importante para o Brasil. E se você está lendo este texto é porque o mundo ainda não acabou e poderá aproveitar o bom momento. Depois de se destacar economicamente em meio a crises catastróficas nos mercados mais desenvolvidos do mundo, o País sediará, a partir deste ano, ao menos três eventos internacionais de grande porte: Copa das Confederações, já no meio do ano, Copa do Mundo, em 2014, e Jogos Olímpicos, em 2016. A pergunta que fica é: como tirar proveito disso tudo? Diferente do que pôde ser visto durante as eleições municipais do ano passado, quando os candidatos buscavam apenas marcar presença diante dos eleitores com o material mais barato e descartável possível, nesta situação, desde o tradicional banner até o mais sofisticado painel de LED, passando por camisetas, etc, o objetivo é mostrar qualidade. Esse fator, sem dúvidas, será requisito fundamental na escolha dos fornecedores. Para isso, os equipamentos UV podem ser fundamentais para abrir o leque de materiais fornecidos, já que aumentam as demandas por materiais de decoração, adesivos resistentes a intempéries, chapas impressas e displays, por exemplo. Tintas eco solventes e equipamentos que consomem menos energia também estarão em alta, já que agridem menos o meio ambiente. O conceito web-to-print é mais uma aposta que representa oportunidades gigantescas. Junte a esse cenário a maturidade do mercado brasileiro, que percebe cada vez mais a qualidade agregada aos produtos que compra, e é possível compreender a necessidade de investir em equipamentos com alta resolução e soluções de acabamento que de fato adicionem valor à peça do seu cliente. Além disso, vale lembrar que uma boa gestão de sua empresa favorece redução nos custos e, consequentemente, nos preços finais. Se a concorrência no dia a dia das empresas de comunicação visual já é acirrada, imagina na Copa. Preparem-se! E contem conosco para alcançar o máximo em excelência no seu negócio. Aproveite a leitura!

EDITOR Erik Bernardes - MTb 54.142 erik.bernardes@btsmedia.biz

ARTE Emerson Freire emerson.freire@btsmedia.biz GROUP DIRECTOR João Paulo Picolo joao.picolo@btsmedia.biz GERENTE COMERCIAL Cíntia Miguel cintia.miguel@btsmedia.biz DEPARTAMENTO COMERCIAL Isabel Carlos isabel.carlos@btsmedia.biz Simoni Viana simoni.viana@btsmedia.biz EXECUTIVO DE VENDAS INTERNACIONAIS Edson Oliveira edson.oliveira@btsmedia.biz ANALISTA DE MARKETING Patrícia Rodrigues patricia.rodrigues@btsmedia.biz CIRCULAÇÃO Camila Santos da Silva camila.silva@btsmedia.biz ATENDIMENTO AO CLIENTE Crislei Zatta crislei.zatta@btsmedia.biz CONSELHO TÉCNICO

Adriano Medeiros, Andrea Ponce, Eduardo Yamashita, Fabio Kisner, Fabio Tanaka e Marco Aurélio Vanti

PERIODICIDADE Mensal IMPRESSÃO Neoband (11) 2199-1202 www.neoband.com.br

ASSINATURA ANUAL – R$ 142,00 Saiba mais sobre assinaturas, edições anteriores, catálogos, anuários e especiais através de nossa Loja Virtual. Acesse: www.lojabtsinforma.com.br Para mais informações, entre em contato pelos telefones: Central de Atendimento ao Assinante SP (11) 3512-9455 / MG (31) 4062-7950 / PR (41) 4063-9467 Assinante tem atendimento on-line pelo Fale Conosco:

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REDAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Bela Cintra, 967 - 11º andar - Cj. 111 Consolação - 01415-000 - São Paulo/SP - Brasil Tel.: (55 11) 3598-7800 - Fax: (55 11) 3598-7801 Conheça o nosso portfólio no site: www.btsinforma.com.br IMPRESSÃO Aqui vai o selo FSC

A BTS INFORMA, consciente das questões ambientais e sociais, utiliza papéis com certificação FSC (Forest Stewardship Council) na impressão deste material. A certificação FSC garante que uma matéria-prima florestal provém de um manejo considerado social, ambiental e economicamente adequado. Impresso na Gráfica Neoband - certificada na cadeia de custódia - FSC.

A revista não se responsabiliza por informações ou conceitos contidos em artigos assinados por terceiros.

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CHAPÉU Índice de anunciantes

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ABC........................................................47

Imprimax......................................... 10 e 11

Ampla.......................................................5

Inx Digital................................................23

Aviso.......................................................43

J-Teck......................................................49

BR Group...................................................7

Laser CNC...............................................49

Colacril....................................................17

Loja Sign...................................................8

Comala...................................................49

Mimaki......................................................9

Danfex....................................................41

Revista Sign.............................. 39, 50 e 51

Digigraf............................................ 4a capa

Serigrafia SIGN Future TEXTIL.........2ª capa, 3

Epson.....................................................15

Serilon....................................................27

Formato...................................................45

Solução Pontual.......................................49

Fox Signs.................................................25

T&C........................................................37

Fremplast................................................21

Victor Ciola..............................................33


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Entrevista

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Entrevista

Compartilhando conhecimento Digitec e Sign iniciam parceria para levar ainda mais informações técnicas ao leitor da revista Erik Bernardes

C

riada em 1959, a Associação Brasileira de Técnicos Gráficos (ABTG) iniciou suas atividades com o objetivo de pesquisar, discutir e divulgar assuntos técnicos em nível nacional. Já a partir da década de 1970, alterou sua nomenclatura para a forma como a conhecemos hoje, Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica. De lá para cá, foram diversas

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batalhas junto às empresas responsáveis por imprimir grande parte dos materiais que circulam nas ruas do País. Na década de 80, por exemplo, trabalhou com a Abigraf pela implantação do ensino superior de artes gráficas. Já em 90, foi criado o Prêmio Fernando Pini de Excelência Gráfica, reconhecido como o ­ mais importante do setor no Brasil e, em 1995, a ABTG foi credenciada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) como Organismo de Normalização Setorial de Tecnologia Gráfica - ONS 27. No ano passado, acompanhando o mercado de impressão, a entidade reativou o grupo técnico Digitec, que tem como objetivo principal disseminar soluções e tecnologias para o segmento digital. A entidade engloba atualmente em seu quadro associativo técnicos gráficos e mais de 50 consultores renomados no mercado para capacitar funcionários e direcionar as empresas. Com isso, a entidade coloca seu olhar não apenas sobre as gráficas que utilizam impressoras com esta tecnologia, mas a todas as empresas que a utilizam, inclusive os birôs de impressão que têm como principal objetivo a comunicação visual. E pela capacidade de produzir conhecimento e por ter o mesmo princípio de fomentar o mercado de impressão digital,


“O objetivo é partilhar e divulgar tecnologia e a missão, ser referência técnica no segmento digital no Brasil” a revista Sign e o grupo Digitec anunciam uma parceria para produção e divulgação de conteúdo técnico de qualidade. Serão artigos de especialistas e cartilhas sobre cada uma das etapas da impressão digital, explicadas didaticamente. Além da cobertura dos eventos organizados pela entidade. Nesta entrevista, concedida pela coordenadora técnica do Digitec e membro do Conselho Técnico da revista, Andrea Ponce, conheça um pouco mais sobre a ABTG, o Digitec, e como o grupo e a entidade poderão colaborar com o conhecimento do setor de comunicação visual por meio dessa parceria.

CURSOS

TEMAS

DATAS

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Arte finalização de arquivos para Impressão Digital

26, 27 de Fevereiro

2

COmo tirar o máximo de proveito da Impressão Digital sob demanda para a sua impressão

19, 20 de Março

3

Como desenvolver uma venda assertiva na Impressão Digital

2, 3 de Abril

4

Mídias para Impressão Digital: Como obter melhores resultados

21, 22 de Maio

5

Como expandir seus negócios utilizando comunicação visual e Impressão Digital para grandes formatos

25 de Junho

6

Acabamentos/Enobrecimentos para Impressão Digital

16, 17 de Julho

7

Produção gráfica para vendedores na Impressão Digital

20, 21 de Agosto

8

Problemas e soluções na Impressão Digital

24, 25 de Setembro

9

Prova Virtual x Prova Impressa

10 de Outubro

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Formação de custo para Impressão Digital

29 de Outubro

O que é o Digitec e como ele se relaciona com o setor de comunicação visual? O Digitec é um grupo técnico de divulgação de tecnologia, no âmbito da ABTG, voltado para promover ações de disseminação de soluções, conhecimento e tecnologias para o segmento digital. Trata-se de um grupo aberto, formado por profissionais de toda a cadeia produtiva que cooperam para apresentar as boas práticas de fabricação e produção e as tendências do mercado. O objetivo é partilhar e divulgar tecnologia e a missão, ser referência técnica no segmento digital no Brasil. O grupo tem como base de trabalho uma agenda de reuniões onde podem comparecer profissionais, representantes de fabricantes, fornecedores, interessados e envolvidos em geral com a tecnologia digital que são bem-vindos para sugerir e participar de atividades que venham a atender aos objetivos do grupo. Para isso, o Digitec promove regularmente cursos, seminários e palestras, além da publicação de cartilhas e artigos em revistas especializadas. Como você enxerga essa parceria entre a revista Sign e o Digitec? Todos ganham com esta parceria, o Digitec atinge seu público-alvo, a revista Sign tem embasamento técnico dos especialistas envolvidos e os leitores adquirem informações pertinentes ao segmento. A

revista Sign e o Digitec buscam desenvolver o setor, por isso esta parceria aumenta a capacidade de identificar as necessidades deste segmento, sendo possível aprimorar o conteúdo técnico transmitido aos leitores. O Digitec tem trabalhado insistentemente em toda cadeia produtiva e lançou recentemente um conjunto de cartilhas com três volumes nomeada como “Boas Práticas de Impressão Digital” [ o conteúdo das cartilhas será publicado nas próximas edições da revista Sign ], com os seguintes temas: • Vol. 1 – Tecnologias de Impressão Digital • Vol. 2 – Boas Práticas para Arte-Finalização e Geração de Arquivos para Impressão Digital • Vol. 3 – Papéis para Impressão Digital: Tipos e Boas Práticas Estes temas estão disponíveis no site da ABTG (www.abtg.org.br) para download. Já em 2013 lançaremos mais três volumes: • Vol. 4 – Prova Digital x Prova de Tela ­(Software Proof) • Vol. 5 – Boas Práticas para Grandes Formatos • Vol. 6 – Qual a importância do RIP para Impressão Digital. De que forma o grupo pode contribuir com os birôs de impressão? Com base no sucesso das ações dos últimos anos, o grupo já dispõe de uma agenda mínima para 2013, que inclui cursos e seminários (ver tabela acima), com destaque para um grande Fórum Técnico abrangendo o setor de impressão digital promocional, sinaliJaneiro 2013

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Entrevista

zação, grandes formatos, comunicação visual e soluções em software e sistemas. Porém, nas reuniões mensais e com a atuação incisiva dos participantes do grupo, essa agenda pode e será muito aprimorada durante todo o ano. Quais são e quando acontecem os cursos e treinamentos que vocês oferecem? Em 2013, teremos cursos, seminários, fórum e grades em grandes feiras do setor. O Digitec já uma possui uma programação de cursos definida para atender aos diversos setores relacionados à impressão digital (pré-impressão, impressão, pós-impressão, vendas, gestão e custo), e seus respectivos profissionais, estudantes ou interessados neste segmento. Além destes, teremos ainda dois Seminários Técnicos, gratuitos e que acontecem uma vez por semestre, com temas que ainda estão em definição. Eu vi que há também consultorias que as empresas podem fazer junto ao Digitec. Como funciona isso? Temos alguns projetos em nosso portfólio, mas normalmente fazemos o escopo do trabalho de maneira personalizada. Para desenvolver cada consultoria, a entidade engloba em seu quadro associativo técnicos gráficos e mais de 50 consultores, renomados no mercado, para capacitar os funcionários e direcionar a empresa conforme a necessidade de cada uma. Isso possibilita realizarmos um diagnóstico técnico junto ao cliente, seja por meio de uma conversa informal, uma reunião, ou uma visita técnica, dependendo da necessidade apresentada, desta maneira a empresa obterá melhor desempenho dos processos produtivos e redução de desperdícios. A partir daí montamos uma proposta com os especialistas da área e realizamos a consultoria.

Para certificações, contamos com a ABTG Certificadora, localizada na Rua do Paraíso, 529/533, que fornece certificações para a indústria, possuindo profissionais especializados e independentes, que podem certificar produtos e serviços, garantindo junto ao mercado que a empresa atende as exigências das normas especificas, diferenciando-a junto aos concorrentes. Como está se comportando esse mercado atualmente? Qual balanço você pode fazer de 2012? Em 2011, fornecedores procuraram o grupo Digitec para criar ações para o setor, desde então a ABTG proporcionou a capacitação dos profissionais da área e os números não param de crescer, com a satisfação média de 97% para todos os eventos oferecidos. Fizemos um comparativo de resultados entre 2011 e 2012 nos eventos ABTG/Digitec que representam isso. Os números são muito positivos (veja gráfico abaixo). E para 2013, o que as empresas devem esperar? Como se programar para esse ano? Será um ano de grandes realizações, a começar pela quantidade de eventos que estamos projetando. As empresas podem esperar um ano com uma programação de atividades voltadas ao segmento de impressão digital, desde as reuniões mensais do grupo, cursos específicos, seminários técnicos e, em especial, o grande evento do ano para o Digitec, nosso Fórum Técnico, que será um encontro com cases e oficinas práticas atendendo aos setores de gestão e produção. Para aqueles que quiserem acompanhar, basta se programar ficando atento ao Digitec pelo site da ABTG e também nas redes sociais. 654

Resultados de 2011 comparados a 2012 2011 2012

348

302

298%

236

223

220 174

79 Cursos 14

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Seminários

Total de participantes

Empresas


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Varejo

O PDV para a geração Z Ana Claudia Costa*

H

á 20 anos, era a indústria que alimentava a economia brasileira. Hoje, o varejo é o grande precursor e responsável pelo aquecimento e giro dos mercados. A transição de uma sociedade industrial para o conceito de serviços e comércio fortalece a economia e cria consumidores mais qualificados e exigentes. O reflexo desse novo perfil de consumidor aparece, principalmente, no esforço de marcas e empresas, que inovam na forma como se relacionam e tratam o público-alvo. Grande parte desse comportamento está ligado à geração Z, um nicho de mercado que proporciona ao varejo descobertas diversas e um constante exercício de renovação. Economicamente ativa, a geração Z se lança ao mercado e propõe ao varejo o desafio de entender esse novo consumidor, que preza pelo atendimento, pela interatividade e experiência da marca ou produto. O mundo conectado acelera o processo de envelhecimento do conceito de marca e do ponto de venda e o que antes envelhecia em 10 anos, hoje, tem um prazo de validade muito menor. Assim, a releitura do público e da linguagem utilizada deve ser constante, no sentido de acompanhar a evolução do mercado e do consumidor. Com esse cenário, o ponto de venda passa a ser pensado para a próxima geração, atentando-se ao comportamento e relação construída pelo shopper. A análise concentra-se na busca de respostas que definirão, claramente, quem são os novos shoppers e para onde caminha o varejo. Para prender a atenção desse consumidor, a tecnologia é um caminho sem volta para o varejo, e essa conectividade abre novas possibilidades de inter-relação. Embora o desejo de compra não mude, o modo como o shopper recebe a mensagem faz di-

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ferença. Assim, inevitavelmente, o varejo passa por uma renovação estratégica, que inclui a questão da agilidade, do aumento do consumo e do consumidor mais informado em relação ao custo x benefício do produto desejado. As vitrines de lojas, por exemplo, não são mais manequins estáticos. Hoje, embora sejam poucas, já temos lojas que investem na tecnologia para atingir o shopper Z. Em frente ao espelho ou à vitrine, a roupa escolhida é projetada no corpo do cliente e ainda mostra cores, tamanhos e outras opções de peças similares que compõem a produção. A mudança do varejo e do ponto de venda vem acompanhada da necessidade de reposicionamento de produto, precificação, integração das plataformas físicas e virtuais e, principalmente da reprodução do mundo em que esse jovem vive. Se olharmos a história do varejo, há uma reinvenção e atualização constante das relações com o mercado e busca pelo entendimento do comportamento do consumidor. Contudo, a diferença de gerações e o “abismo” existente entre os hábitos, culturas, comportamentos e até mesmo valores da geração Z para as demais, impõem um desafio de renovação do varejo ainda maior. O varejista deve estar propenso a entender essa dinâmica e também antenado a essas mudanças, que acontecerão muito rapidamente, a fim de suprir as necessidades de uma massa mais crítica e com consumo maior.

*Ana Claudia Costa é diretora executiva do POPAI Brasil, Associação Global de Marketing no Varejo popai@popaibrasil.com.br


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Perfil

Juntos pela união

Pela profissionalização e respeito ao setor, Sindidoor prega unificação da categoria em 12 anos de história Léo Martins

“U

nidos, venceremos. Divididos, cairemos”. Essa frase foi dita por Bob Marley, músico que ganhou notoriedade por ser precursor do estilo musical conhecido como reggae. Nas letras de suas músicas e em seus discursos, Bob Marley obteve destaque por pregar paz, amor e, principalmente, união entre os povos e as diferentes raças. E é embasado no conceito de união que o Sindicato das Empresas de Painéis, Outdoors, Mídia Exterior e Comunicação Visual do Estado de Goiás, o ­Sindidoor, busca conscientizar e coligar os profissionais de mídia exterior, mostrando

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que somente juntos e unidos, o setor terá uma legião vencedora. Para isso, todos devem estar juntos nesta luta. Como tudo começou Com a finalidade de desenvolver a mídia exterior no Estado de Goiás, o Sindidoor foi criado no ano 2000 devido à necessidade de unificação e profissionalização da categoria. “O sindicato foi criado a partir da ideia do senhor Zander Júnior, proprietário da Cannes, agência de publicidade. Ele percebeu essa necessidade de unificação e regulamentação da categoria. Então, buscou alternativas para fundar um órgão que


pudesse exercer essas funções”, relembra Alaédes de Morais Júnior, atual presidente do Sindidoor. Ao longo dos 12 anos de história do Sindidoor, Júnior destaca a importância ­ que o sindicato teve para o crescimento do setor no Estado de Goiás. “Desde quando fomos fundados, tivemos diversas atuações no mercado goiano. Hoje, por exemplo, temos leis que regulamentam a categoria e a forma de trabalho. Além disso, o Sindidoor é precursor do Sindicato das Empresas de Publicidade Exterior (SEPEX) que hoje, possui unidades em diversos Estados brasileiros”, comenta o atual presidente. Clareando as consciências Para que haja unificação de determinada classe, primeiro precisa ser criada uma consciência de que somente com a união da categoria, as batalhas poderão ser vencidas. Mas esse tipo de união demanda tempo e, como em toda batalha, obstáculos também estão presentes. “No começo, todos achavam que só quem estava à frente do

Sindidoor, ia ser beneficiado com essa união e que os afiliados iriam ser apenas marionetes. A dificuldade foi conscientizar os afiliados em mostrar que o Sindidoor, não geraria benefícios somente para um segmento específico. O sindicato hoje é a união de diversas empresas do setor aqui em Goiás, desde os afiliados até o corpo diretivo”, relembra Alaédes de Morais Junior. E ainda completa. “Com o passar dos anos, fomos mostrando resultados junto ao município e aos nossos clientes. Hoje, todos os trabalhos de nossos afiliados possuem o selo de qualidade do Sindidoor, que é regulamentado pela Agência do Meio Ambiente (AMA)”. Dessa forma, segundo Júnior, os profissionais da categoria passaram a entender que a ideia de união e a criação do sindicato, traria benefícios a todos os envolvidos. “A ideia era mostrar que não só uma empresa estaria ganhando, mas sim a categoria inteira”, complementa.

Sede do Sindidoor em Goiânia, Goiás

Divulgação Sindidoor

Divulgação Sindidoor

Alaédes de Morais Júnior, atual presidente da Sindidoor

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Perfil Zander Júnior, idealizador e criador do Sindidoor

Divulgação Cannes

cato. “Estando junto aos afiliados, a gente até consegue controlar. O duro é controlar aqueles que não são. Esses sim geram uma polêmica e um problema geral para a categoria. Essa dificuldade mancha totalmente o nosso trabalho”, aponta Junior.

Dificuldades burocráticas e disciplinares Sobre a documentação necessária para a criação do Sindidoor, Alaédes Junior comenta que como todo processo burocrático, exige paciência e força de vontade. “Para que se crie um sindicato, existem inúmeras normas e situações impostas pelo próprio Governo Federal. Então, a partir do momento que foi solicitada essa documentação, nós corremos atrás”, diz Júnior. Mesmo com 12 anos de história, o atual presidente diz que algumas dificuldades ainda são permanentes. A principal delas é a de ordem disciplinar, tanto por parte dos afiliados quanto daqueles que ainda não pertencem ao sindicato. “Se nós recebemos leis e ditamos leis que devem ser seguidas, então a nossa obrigação é segui-las. A dificuldade está relacionada à participação dos afiliados, que nem sempre seguem uma conduta ética e coerente junto ao sindicato e principalmente, ao município”, critica Júnior. O presidente do Sindidoor também destaca a dificuldade de manter o controle daqueles que não têm vínculo com o sindi20

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Funções, objetivos e deveres Com o intuito de ser um intermediário entre os órgãos governamentais e profissionais de mídia exterior, o Sindidoor tem metas, objetivos e deveres. Trazer resultados e situações sólidas para o mercado, a busca da profissionalização do setor e limpar o nome da categoria estão entre os objetivos e deveres do sindicato. “Geralmente, nós éramos vistos como pessoas que invadiam áreas para colocar painéis e outdoors sem nenhuma liberação. Com a abertura do sindicato e a unificação da classe, esse quadro já foi revertido. Era isso que queríamos. Que o mercado publicitário nos enxergasse como uma categoria organizada e que trouxesse resultados sólidos”, comenta Júnior. Além de ajudar a demonstrar a consolidação da categoria perante o Estado, o sindicato tem uma luta constante para que os objetivos sejam alcançados. “O Sindidoor se propõe a regulamentar a mídia exterior e a comunicação visual de Goiás. O objetivo sempre foi contribuir para que o setor tivesse o respeito que merece no mercado publicitário”, explica o presidente do Sindidoor. Para que a profissionalização da mídia exterior seja plena, as leis precisam ser seguidas à risca. Para isso, a questão ética dos profissionais é amplamente exigida. “Isso é onde nós mais batemos. O compromisso de zelar observando os estatutos dentro do sindicato. O código de conduta e regulamento interno fomenta o espírito de ética e parceria. Assim, fortalecemos cada vez mais o negócio da mídia exterior e comunicação visual no Estado”, reforça Junior. A questão da ética acaba se tornando um critério de escolha para que uma empresa


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Divulgação Sindidoor

Perfil

Sindidoor no Intermídias 2012, congresso de comunicação de Goiás

possa se tornar afiliada junto ao Sindidoor. “A empresa candidata à afiliação passa por uma avaliação do Sindidoor com relação a conduta e ética no mercado. Assim, verificamos se a empresa tem condições de se afiliar”, explica Junior. Antes e depois do Sindidoor O mercado de comunicação visual do Estado de Goiás, antes da criação do ­Sindidoor, possuía algumas características negativas perante os órgãos públicos. “Não havia interação entre o órgão público e a categoria. Eles sempre nos tratavam como indigentes. Nós sempre estávamos errados, porque nunca estávamos regulamentados com nada”, relembra Alaédes Júnior. Porém, hoje, segundo Júnior, a união do setor proporcionou à categoria respeito tanto dos órgãos governamentais, como da população em geral. “O que nós queremos é trazer benefícios não só para o Estado, mas também benefícios tributários para o município. Nossas metas são os resultados positivos para as empresas que trabalham no setor e para os clientes finais, isso passa pela qualificação profissional”, conclui.

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Com 12 anos de história, o ­Sindidoor pode se orgulhar do principal objetivo para o qual foi criado. “A regulamentação da mídia exterior junto ao município hoje é realidade. Ela não é mais vista como um Projeto de Lei (PL). Ela já é regulamentada”, enaltece Junior. Próximos passos Após a consolidação de um trabalho concreto no Estado de Goiás, o Sindidoor planeja criar novos projetos que visem unir o setor e profissionalizar cada vez mais o

Corpo diretivo do Sindidoor Presidente: Alaédes de Morais Júnior (Tecmídia Com. Visual) Vice-Presidente: Wilmar Resio (Mira Outdoor) Secretaria: Vagner Campos Camargo (Capital Mídias) Tesoureiro: Carlos Augusto M. Pagliaro (A13 Mídia Exterior) Diretor Vogal: Carlos P. Vilhaça (Mira Outdoor)


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Perfil

Garantias do Sindidoor aos afiliados • Melhor cobertura, com roteiro bem distribuído e localizações privilegiadas para o trabalho dos afiliados; • Pontualidade nas colagens, instalações de painéis luminosos, e outros engenhos e serviços; • Pontualidade das informações com os clientes; • Total envolvimento ético das empresas, que serão fiscalizadas e avaliadas pelo Sindidoor; • Fiscalização e avaliação das empresas dentro do Sindidoor; • Engenhos devidamente regularizados e cadastrados nos órgãos competentes.

mercado em âmbito nacional. “Nós apresentamos um projeto no II Congresso de Mídia Exterior, que é a fiscalização através de smartphones. Os painéis pertencentes aos sindicatos estarão munidos de um chip, ligado a uma central que terá todas as informações pertinentes ao painel, como local, tamanho, regulamentação, etc. Então, a pessoa apontará o smartphone para o painel e receberá, de maneira instantânea, todas essas informações. Isso auxiliará o cliente, que poderá saber se o painel que ele comprou está do jeito que ele quer, e ao órgão público, que poderá saber se aquele painel está regulamentado”, explica Junior. O presidente comenta que o projeto terá importância, pois obrigará aquela empresa que não for afiliada ou regulamentada, a

Divulgação Sindidoor

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acertar sua situação para que possa continuar atuando no mercado. “As indicações de trabalho serão para aqueles que possuírem esse chip que facilita a fiscalização de todos. Esse é um molde para pregar a união dentro de nossa classe e obrigar aqueles que estão ‘fora da lei’, a se adequarem a ela. E nós, brigamos por aqueles que trabalham de acordo a essa lei”, enfatiza. O projeto, segundo Alaédes Júnior, já foi criado e está em fase de testes para que possa entrar em vigor em todo o Brasil no ano de 2013. Dicas e conselhos O trabalho é árduo e a caminhada até os resultados é longa. Porém, são esses resultados que mostram que todo o esforço vale a pena. Para isso, Alaédes Junior fornece alguns conselhos para que a ideia de sindicato saia do papel e seja colocada em prática. “O maior conselho que eu posso dar é que se busque a união de todos os envolvidos. Somente através da união de todas as partes, é que resultados concretos serão obtidos para o setor correlatado e isso não acontece do dia para a noite. O caminho é árduo e longo”, aponta. Além da união, Junior comenta que aqueles que estiverem coordenando esse tipo de ação, precisam mostrar que os benefícios dessa união serão gerais. “Precisa-se mostrar que essa é uma luta da categoria e que todo mundo está envolvido nela. É benefício para o município, para o cliente final, agência de publicidade, empresa que montou a estrutura e sindicato. Os benefícios serão globais”, finaliza Junior. Bob Marley, quando criou a frase “Unidos, venceremos. Divididos, cairemos”, não apenas entendeu, mas também absorveu a ideia de que unir-se é a única solução quando uma situação de crise é colocada perante alguém. Quando se compreende a força que a união possui, coisas impensáveis podem ser feitas e o Sindidoor, ao longo de seus 12 anos de história, é uma prova de que unir-se vale a pena. Dentro desse contexto, certa vez, outro músico, guitarrista e vocalista dos Beatles, John Lennon, concebeu uma frase que sintetiza esse conceito de união: “Um sonho sonhado sozinho é só um sonho, mas um sonho sonhado junto é realidade”.


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Gestão

Cliente feliz gasta mais Fabio Kisner*

E

xiste uma grande diferença entre atender bem o cliente e deixá-lo feliz. Quando a sua empresa usa recursos de CRM e outras ferramentas para garantir o bom atendimento de seus clientes, lembre-se que isto é uma obrigação, não um diferencial. Por mais que alguns de seus concorrentes nem façam o mesmo, sua empresa não pode ser nivelada por baixo. O bom atendimento fideliza os clientes mas a felicidade no relacionamento, faz com que seus clientes gastem mais. Mas o que é deixar o cliente feliz? Vou roubar uma frase de minha esposa, sobre minha filha de 3 anos. Quando minha filha está muito feliz, ela costuma dizer que os olhos dela chegam a brilhar. Então podemos afirmar que deixar o cliente feliz é fazer com que seus olhos brilhem. E o que faz os olhos de seus clientes brilharem? A resposta é a empolgação. Procure lembrar das ocasiões em que se sentiu empolgado. Às vezes, só a lembrança já faz com que você já se sinta melhor. Isso ocorre porque quando estamos empolgados nosso corpo libera o hormônio da felicidade, a endorfina. Inconscientemente buscamos sempre repetir eventos que nos deram prazer e fizeram liberar endorfina. Vou dar um exemplo. O proprietário da loja onde compro ração animal gosta muito de gestão de empresas e sempre temos conversas agradáveis sobre o assunto. Então torna-se prazeroso fazer compra nessa loja. Com isso, nem percebi até estar escrevendo este artigo, mas faz tempo que não pesquiso outras lojas para fazer cotação de preço, e muitas vezes não me limito a comprar apenas ração. Mas empolgar o cliente é muito mais difícil do que ter conversas agradáveis. Para isso você tem que usar vários instrumentos que podem ser desde uma conversa a uma atitudade além da expectativa que ele espera. Uma dica que passo é tentar se envolver ao máximo com a a necessidade de compra do cliente. Colocando-se no lugar do cliente fica menos díficil de supreendê-lo. Note que usei a expressão menos dificil e não mais fácil. Conseguir que seus colaboradores executem

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essa ideia é muito complicado, porque além de comprar a ideia tem que existir o talento para executá-la. Mas afirmo, por experiência própria, que funciona. Uma maneira inicial de se colocar em prática é ter um colaborador na empresa extremamente qualificado que possa fazer a ponte entre seus clientes e sua equipe comercial. Um profissional de GNAC (Gerenciamento das Necessidades e Atendimento do Cliente). Percebam que o que estou falando vai muito além de pós venda e CRM. Em resumo, se é que é possível resumir, é conseguir prestar um atendimento personalizado, de forma mais pessoal e as vezes informal, que consiga entender as reais necessidades de compra e consequentemente ir além da expectativa, fazendo os olhos dos cliente brilharem. Não existe fórmula mágica para deixar seus clientes mais felizes, mas existem algumas linhas de ações que podem ser tomadas para descobrir o “caminho das pedras”: • Entenda o motivo da compra do cliente para oferecer o produto ou serviço mais indicado; • Mantenha um grau de proximidade com o cliente, com contato frequente; • Faça um atendimento personalizado; • Entre em contato com o gestor da empresa do cliente pelo menos uma vez por mês, com a finalidade de criar um grau de aproximação; • Utilize ferramentas de pós-venda para validar a qualidade do atendimento; • Vá além da expectativa, usando como foco a necessidade do cliente do seu cliente; • Venda-se para seu cliente, procure sempre deixar claro que ele tem um bom fornecedor. Além disso, procure explorar suas próprias experiências como cliente, e usar os bom exemplos como referência.

*Fabio Kisner é consultor e diretor de Tecnologia da KSC Brasil. Já ministrou palestras e consultoria em diversas empresas do País. fabio.kisner@kscbrasil.com.br


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Cortando e gravando Indispensável, máquina de corte ganha, a cada dia, versões mais modernas com novas e diferentes tecnologias Mariana Naviskas

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ortar, gravar, rebaixar ou esculpir. Não há quem trabalhe na área de comunicação visual e não reconheça a importância de uma máquina de corte – seja ela router, laser, faca ou até jato d’água. Mas qual o modelo certo para cada necessidade e o que está em alta no mercado atual?

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O principal ponto a se considerar na hora de comprar uma máquina de corte é o tipo de material que você deseja cortar e o tipo de corte e gravação que pretende fazer. “A mesa de corte se caracteriza por cortar muitos tipos de materiais. Para isso, o equipamento trabalha com diversas ferramentas e cada uma permite o corte de uma


gama diferente de materiais”, explica Cristiano Guerra, da área Comercial da BG Soluções Tecnológicas – distribuidora de máquinas de corte Zund, originárias da Suíça. De acordo com ele, muitas vezes as pessoas confundem mesa de corte e router. “A router (fresadora) é uma máquina para corte de materiais rígidos, como MDF, acrílico, ACM. Já a mesa de corte é um equipamento com diversas ferramentas, entre elas a fresa – para corte de materiais rígidos – e muitas outras, que permitem o corte de substratos flexíveis, espumosos, corrugados, têxteis, entre outros”. A BG Soluções Tecnológicas é distribuidora das máquinas de corte Zund há mais de 20 anos e conta com grande estoque em partes, peças e consumíveis, além de uma equipe de suporte técnico experiente. “O conceito da Zund é ter equipamentos que cubram todas as aplicações”. Segundo Guerra, a marca apresenta duas linhas: uma com máquinas de pequeno a médio porte e outra de médio a grande porte. Os equipamentos trabalham com, basicamente, as mesmas

ferramentas e têm as mesmas funções, apenas apresentando dimensões diferentes. “Por trabalharem com as mesmas ferramentas, a Zund permite que ocorra intercâmbio entre os equipamentos, possibilitando que os clientes tenham os dois equipamentos e compartilhem as ferramentas deles”. Washington Gomes, Executivo Comercial do Bureau São Paulo, acredita que máquinas de corte trazem versatilidade para o mercado de comunicação visual. “Os ajustes precisos, automação, facilidade de operação e rapidez trazidos na utilização de uma máquina de corte agregam valor aos produtos”, afirma. No Bureau SP, eles optaram por distribuir mesas de corte da marca Summa. “É uma empresa que está no mercado há mais de 25 anos, fabricando e desenvolvendo as melhores soluções em equipamentos para recorte rígido e flexível no mercado”, explica Gomes. De acordo com Gomes, as principais diferenças entre as mesas de corte disponíveis no mercado brasileiro atual são: o tamanho da mesa, a densidade do mate-

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Diferentes ferramentas para diferentes materiais

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rial que ela consegue cortar, a velocidade de corte e as ferramentas que cada equipamento pode utilizar. É importante prestar atenção nessas características na hora de escolher a máquina que mais vai se adequar às necessidades da empresa. “No caso da Summa, por exemplo, é possível utilizar até três módulos de ferramentas ao mesmo tempo”, conta. Materiais Segundo Guerra, não existe um material mais ou menos difícil de ser cortado. “Existem ferramentas específicas para cada tipo de material que as máquinas se propõem a cortar. Por exemplo, materiais rígidos demandam uma ferramenta mais bruta, a fresa”. Além do tipo de material, outros fatores merecem atenção. “De acordo com as características e espessura dos materiais, deve-se trabalhar com uma velocidade es30

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pecífica”, explica. No corte de materiais flexíveis, como lona e vinil, são utilizadas lâminas e é possível utilizar o equipamento em sua velocidade máxima. Marcel Casarino, especialista em Sinalização e PDV da Esko do Brasil, concorda. “Não gosto de falar em material mais difícil ou mais fácil. Existem técnicas diferentes e equipamentos corretos ou não para o uso com cada material e trabalho”. A Esko possui três linhas de equipamentos de corte: uma para equipamentos de menor formato, normalmente utilizados para a área de cartonagem, corte de blanquetas e para uso com impressoras digitais de folha solta e rolo; outra para equipamentos de até grandes formatos, utilizados para diversas aplicações na área gráfica offset, flexográfica e sinalização e confecção de displays; e ainda uma terceira com as mesmas possibilidades, porém com o dobro de velocidade.


“São maneiras e capacidades diferentes de produção”, explica Casarino. No caso de equipamentos a laser, não é muito diferente. “A densidade e a espessura do material são os fatores que definem se será exigida mais ou menos potência do laser. Não há um material mais fácil ou mais difícil”, explica José Roberto Paneque, gerente de Produtos da AKAD, distribuidora autorizada de máquinas de corte a laser das marcas GCC e VICCAM. “O usuário deverá sempre efetuar testes em amostras, variando a velocidade de movimentação do carro e a potência do laser a ser aplicada sobre o material até obter o resultado desejado”, completa. Renato Amaral, da Aviso Indústria e Comércio – fabricante e importadora de máquinas de corte – é mais específico. “Recorte de chapas com faca e laser envolvem, principalmente, cartões e papelão ondulado, lençóis de borracha, espumas, tecidos, couros e plásticos. Routers e laser de maior potência podem trabalhar com MDF e chapas plásticas mais espessas. Com a router pode-se cortar também chapas metálicas (galvanizadas, alumínio, inox) e materiais combinados, como Alucobond”. Problemas e soluções Um dos principais problemas na utilização de uma máquina para corte, de acordo com Guerra, é que as empresas encaram o equipamento apenas como um acabamento e dão muito mais importância para a impressão. “Essas empresas não percebem quanto o equipamento de corte agrega em sua produção, permitindo fazer trabalhos complexos, com alta qualidade e produtividade. Sem o equipamento ou encarando-o apenas como parte do acabamento, a empresa se escraviza na concorrência de valor de impressão por metro quadrado”. E a solução para esse problema? Criatividade. “Tendo uma pessoa criativa no desenvolvimento dos produtos, a mesa de corte possibilita a produção de trabalhos diferenciados e são nesses trabalhos que a empresa agrega mais valor e tem maior retorno. A máquina permite o corte de qualquer tipo de arquivo e forma. Por isso, o equipamento dará grande retorno se a empresa souber tirar o máximo dele”.

Outra grande dificuldade, citada por Casarino, pode ser a falta de treinamento dos clientes. Não adianta ter um produto de qualidade se o treinamento correto não for passado para o comprador da máquina. “Tudo depende do equipamento certo para o trabalho a ser realizado e do suporte e treinamento bem direcionados. Normalmente, treinamento e capacitação do operador são os pontos mais importantes. O equipamento está preparado para realizar sua função e tem de fazê-lo. Saber utilizar a máquina em sua capacidade e totalidade é o ponto chave de tudo”. Glauco Braggion, gerente de Produto da Alphaprint, que comercializa máquinas de corte da Esko, também considera a falta de treinamento um dos grandes problemas, principalmente o treinamento de utilização dos softwares que trabalham com os equipamentos. “Os clientes acabam utilizando de 20% a 25% dos recursos que os softwares oferecem”. Para ele, isso acontece porque os softwares são extremamente poderosos e superam as necessidades do mercado brasileiro atual. “Para evitar esse tipo de problema, a Alphaprint ajuda os seus clientes ministrando um treinamento completo de operação da mesa e dos softwares, no período de instalação dos equipamentos”, explica. A AKAD também oferece esse tipo de serviço. “Eventualmente, os usuários apresentam dificuldades no início, pois acreditam que equipamentos com tecnologia a laser são complexos e de difícil operação. Porém, com o treinamento oferecido pela AKAD, nossos clientes ficam seguros e conseguem operar os equipamentos sem dificuldades”. Os equipamentos da GCC, comercializados pela AKAD, possuem drivers para Windows e podem cortar e gravar com operações simples, utilizando o Corel Draw. Já os equipamentos da VICCAM acompanham um programa que aceita a importação de layouts produzidos em outros softwares, como Corel Draw e AutoCAD. “Dessa forma, oferecemos aos clientes e usuários simplicidade de operação e familiaridade com programas que eles já utilizam no dia a dia”. Além disso, a Akad possui consultores especializados Janeiro 2013

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que indicam o equipamento ideal de acordo com a necessidade de cada cliente. Dando exemplos de problemas na prática, Amaral explica que ao se trabalhar com a router, pode haver complicações no recorte de materiais moles, como espumas e borrachas, ou no recorte de plásticos muito finos (menores que 1 mm) e moles. Já no corte a laser, em madeiras e MDF acima de 20 mm pode ocorrer carbonização, a menos que se utilize alta potência (400W ou mais). Além disso, o corte a laser de materiais pesados, como borrachas, deixam muitos resíduos que sujam o sistema de exaustão. “A principal solução para esses problemas é dispor de vários sistemas de corte (router/laser/ faca) para os diversos materiais. O uso de router com acessório de faca é uma opção muito interessante e com custo menor do que uma máquina específica para o corte só com facas” explica. Segundo ele, nos problemas com o corte a laser, um sistema de filtragem e purificação de gases para lasers é também uma opção.

Divulgação Divulgação

Mercado Brasileiro Atual Segundo Guerra, as empresas e bureaus estão a cada dia querendo máquinas

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de corte mais completas e versáteis, que conseguem trabalhar com os mais diversos substratos. Isso ocorre porque, desde que equipamentos de impressão UV passaram a ser utilizados, é possível imprimir em muitos tipos de material. “A tendência, para empresas que ainda não possuem mesas de corte, é essa”, explica. Para empresas que já possuem máquinas de corte, Guerra acredita que a tendência será comprar um segundo equipamento mais focado em uma aplicação que tenha maior produção naquela empresa. “Dessa forma, eles terão um equipamento completo e outros com configurações mais específicas, que irão cobrir grande demanda de corte em determinados materiais”. Para Paneque, a demanda por máquinas de corte a laser está crescendo. “Devido à diversidade de materiais que podem ser cortados ou gravados com a tecnologia a laser, estes equipamentos oferecem diversas possibilidades de criação e utilização. A criatividade é o que determina o sucesso nesta área de gravação e corte. Temos visto um grande crescimento neste segmento e temos projetos para aumentar nossa linha em 2013”.


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Sinalização Digital

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Exemp de MDO lo O estabele H em cimento comerc ial

Crescendo sem parar A Mídia Digital Out of Home não para de crescer em todo o mundo e faz cada vez mais parte do cotidiano dos brasileiros

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ma mídia que promete acompanhar o público 24 horas por dia, exibindo notícias e – claro – comerciais, com certeza chama a atenção de anunciantes. E a promessa parece estar sendo

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cumprida e dando os resultados esperados. De acordo com a Associação Brasileira de Mídia Digital Out of Home (ABDOH), no primeiro semestre deste ano, a mídia digital out of home apresentou um crescimento de


Sócios Standard

Sócios Titulares

Sócios Fundadores

32,2%, o maior crescimento percentual do mercado publicitário. “A Mídia Digital Out of Home vem crescendo muito nos últimos cinco anos, sendo o meio que mais cresceu percentualmente no Brasil. Essa tendência é um reconhecimento do mercado anunciante e das agências aos diferenciais e ao grande impacto que a MDOOH tem com os consumidores”, explica Arnold Correia, presidente da ABDOH e da SubWay Link, uma das empresas sócio-fundadoras da Associação. A Associação surgiu a partir da união de algumas das principais empresas que atuam no setor de mídia digital out of home no Brasil e tem como objetivo incentivar relações entre os associados e o mercado publicitário, além de ajudar a disseminar o conhecimento sobre o meio. Segundo a ABDOH, esse tipo de mídia está em expansão em todo o mundo e, cada vez mais, ganha espaço no budget de marketing dos anunciantes no Brasil. De acordo com a Associação, o faturamento da MDOOH nos

Estados Unidos atingiu 1,4 bilhão de dólares em 2011, um crescimento percentual 17 vezes maior que a média de todos os meios. A ABDOH conta com vinte associados, sendo que sete são sócios fundadores, cinco são sócios titulares e sete são sócios standard. Cada um atua em diferentes áreas, como consta na tabela abaixo. Por que está crescendo? Segundo Jean Scatamachia, diretor de Marketing da Band Outernet, especializada em MDOOH em transporte público e responsável pela TVO, ônibus em São Paulo; TV Minuto, metrôs em São Paulo e Brasília; MOV TV, ônibus no Rio de Janeiro; e Canal Você, ônibus em Porto Alegre, o grande crescimento da MDOOH nos últimos anos se deve a diversos motivos. “A mídia digital out of home possui algumas características primordiais na busca do consumidor atual, multifacetado, sempre em movimento fora de casa e pouco disposto a interromper o

Nome

Área de Atuação

Cereja Digital PRN

Varejo

Rede Elemídia

TV Corporativa em Organizações

Indoormídia

Aeroportos e Shopping Iguatemi

Subway Link

Supermercados e Varejistas

TV Minuto

Metrô SP

TV Mulher e Mãe

Consutórios e Maternidades

TVO

Ônibus

3Mídia

Shoppings, Drogarias, Academias, Bares

Bus TV

Ônibus

Look Indoor

Elevadores, Shoppings, Postos de Combustível

Terra DOOH

Academias, Padarias, Salões, Bares, Linha 4-Amarela do Metrô (São Paulo)

Ymídia

Integrador de Sinalização Digital com publicidade no segmento feminino, TV Corporativa e PDV

Ativa

Ônibus e Rodoviárias

GM7 Mídia Digital

Academias, Clínicas, Salões, Bares, Restaurantes, Padarias, Cafés e Confeitarias

Meta 29

Aeroportos

Eletromídia

Varejo e Administração Pública

Onbus Digital

Ônibus

Rede Alooh

Supermercados, Clínicas, Hospitais, Terminais de Ônibus e Academias

Digital Signage Brasil

Supermercados, Salões, Hospitais, Aeroporto e Rodoviárias

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Sinalização Digital

seu dia ou alguma atividade para consumir de forma passiva algum tipo de mídia”. Para ele, a MDOOH possui a vantagem de acompanhar o consumidor no seu dia-a-dia, já que as telas com notícias e propagandas ficam estrategicamente posicionadas em locais por onde as pessoas passam, esperam e convivem. “Em muitos momentos, por exemplo, dentro dos ônibus e do metrô, estes consumidores se vêem obrigados a ficar parados por mais de 30 minutos no mesmo local. Nessa hora, esta mídia se apropria do tempo e, dispondo de conteúdo relevante, chama a atenção e passa a ter esta audiência cativa”. Além disso, Scatamachia cita também outro motivo: a ausência de zapping. “Exposto às telas, este consumidor não tem a opção de mudar de canal e tem maiores chances de ser impactado pelas mensagens veiculadas”. Projeto Inter-Meios O Projeto Inter-Meios é uma iniciativa conjunta do jornal Meio & Mensagem e dos principais meios de comunicação e tem como objetivo levantar, em números reais, o volume de investimento publicitário em mídia no Brasil. O Projeto começou em 1990 e atualmente conta com mais de 350 veículos e grupos de comunicação, que representam, aproximadamente, 90% do investimento em mídia. De acordo com o projeto, a MDOOH apresentou os seguintes crescimentos: 55% em 2006, 58% em 2010, 20% em 2011 e, conforme já citado, 32,2% no primeiro semestre de 2012 (contra 11% do mercado total). A evolução da participação da MDOOH no total do faturamento publicitário, também analisada pelo projeto, pode ser conferida no gráfico abaixo.

o da Evoluçã ção da a p i c i ta l pa r t H no t o MDOO ramento do fatuicitário publ eiro b ra s i l 36

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“A digital mídia diversa conta com s que ass vantagens mídias ociadas às tr como oadicionais, próprio impre potenc sso, podem s er ia tem monitores melhorlizadas e aind a instalados fora Jean Scutilizadas.” atamac das casas e escrihia tórios, é possível trabalhar, perfeitamente, em conjunto com os meios impressos nas estratégias publicitárias. Segundo os estudos Ipsos Marplan, a MDOOH agrega mais 28% de cobertura aos jornais e revistas, potencializando a cobertura dos meios”. Segundo Scatamachia, ao longo dos últimos anos os veículos tradicionais e analógicos passaram por constantes transformações para se adaptar à nova realidade e ao novo padrão de consumo de mídia. “Há espaço para todos. A convergência já acontece e a tendência é que aumente ainda mais. A mídia digital conta com diversas vantagens que associadas às mídias tradicionais, como o próprio impresso, podem ser potencializadas e ainda melhor utilizadas”, completa. A importância do conteúdo Não adianta estar em todos os lugares e não apresentar um bom conteúdo. Mesmo com diversas telas espalhadas a sua volta, o telespectador só irá prestar atenção no que lhe chamar a atenção. “O conteúdo da mídia digital out of home é o grande diferencial do meio, pois ele precisa ser relevante e estar em sintonia com o local e o estado de espírito do consumidor”, explica Correia. Segundo ele, os conteúdos são definidos a partir do tipo de pessoa que irá assistir. “Cada tela busca falar com os consumidores de uma maneira quase que individual, sempre levando informações e programações que atraiam a atenção naquele momento”.

Convergência ou briga? Com a tecnologia avançando a cada dia, fica a dúvida: será que a mídia digital, no futuro, vai roubar o espaço da mídia impressa no meio da comunicação visual? Correia acredita que não. “No caso da MDOOH, que

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0.17

1o sem. 2004

1o sem. 2005

1o sem. 2006

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1o sem. 2007

1o sem. 2008

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1o sem. 2010

1o sem. 2011

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1o sem. 2009

1o sem. 2012


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Sinalização Digital

Mídia Digital Out of Home pelo Brasil Cada região do país possui suas próprias características e com a MDOOH não seria diferente. Confira, no mapa abaixo, os principais tipos de MDOOH em cada parte do Brasil.

Sul

Locais Ônibus Terminais de Ônibus Supermercados Aeroportos Shoppings Edifícios Comerciais Academias Hotéis Lojas Universidades Bares Maternidades Livrarias

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Locais Sudeste (RJ, MG, ES)

Nordeste

Supermercados Aeroportos Edifícios Comerciais Hotéis Shoppings Bares Lojas Maternidades Livrarias

Locais

Locais Ônibus Supermercados Aeroportos Edifícios Comerciais Academias Hotéis Lojas Universidades Shoppings Bares Hospitais Metrôs Maternidades Livrarias

Locais Norte

Ônibus Supermercados Aeroportos Shoppings Edifícios Comerciais Hotéis Universidades Bares Elevadores Postos de Combustível Lojas Metrôs Maternidades Salões de Beleza Livrarias

terativo, pensado e criado especificamente para cada meio e plataforma”, afirma. O tipo e tamanho do monitor também variam de acordo com o local de instalação. “Os monitores vão depender do espaço disponível no local e a necessidade de visibilidade. Por exemplo, em um elevador uma tela de 15 ou 17 polegadas é suficiente para atrair a atenção e permitir a leitura, já um shopping necessita de telas muito maiores e, nestes casos, já são utilizadas até telas de LED”, afirma Correia.

Ônibus Supermercados Aeroportos Edifícios Comerciais Academias Hotéis Universidades Shoppings Bares Lojas de Conveniência Hospitais Maternidades Livrarias

Estado de São Paulo

Centro-Oeste

Locais

De acordo com Scatamachia, o conteúdo para a mídia digital deve ser estudado, visando o resultado esperado em níveis de atenção, retenção, resposta e resultado. “O perfil do público que frequenta o ambiente, o tempo de exposição às telas e o momento em que este consumidor está do seu dia ditam o ritmo, os assuntos, a linguagem, as informações, a frequência e a maneira de criar para este meio. O consumidor não pode mudar de canal e, para manter o interesse, o conteúdo deve ser relevante e in-

Ônibus Supermercados Aeroportos Shoppings Edifícios Comerciais Academias Hotéis Universidades Shoppings Bares Lojas de Conveniência Hospitais Bancos Metrô Maternidades Táxis Salões de Beleza Farmácias Livrarias Pet Shops Teatros


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Evento

Tecnologia em uma única jornada Evento realizado pela EFI, Jornada Tecnológica proporcionou um tour pelo conhecimento

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Divulgação EFI

“As empresas devem estar preparadas para as mudanças que estão acontecendo em nosso mercado e as que estão por vir”, Marc Olin, vicepresidente da EFI

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o dia 29 de novembro de 2012, a EFI Metrics promoveu a chamada Jornada Tecnológica. O evento, desde o momento que foi concebido, teve como objetivo primordial disseminar as práticas mais notórias de gestão e as novas tecnologias relacionadas ao mercado e segmento de impressão. O espaço escolhido para sediar o evento foi o Century Paulista, hotel situado no bairro Paraíso, em São Paulo. A jornada aconteceu das 8h às 12h. Entre empresários e profissionais do setor, o evento contou com cerca de 30 participantes e diversos atrativos. O primeiro ponto que pode ser destacado, é o fato de a Jornada Tecnológica ter sido um evento gratuito. Isso possibilitou que profissionais da área pudessem comparecer sem ter gastos específicos com inscrição, por exemplo, e ainda, munindo-se de todas as informações adquiridas por lá. Com profissionais da área e imprensa especializada participando ativamente, as discussões da jornada foram voltadas para as novas tecnologias

que têm potencial para despontar como futuras tendências e de que forma essas tendências podem auxiliar as gráficas em obter sucesso e manter a competitividade e rentabilidade perante as transformações do mercado. Dentre as tecnologias discutidas, a Web-To-Print e MIS (Sistemas de Gestão/ERP) ganharam um destaque especial devido a uma tendência crescente de uso dessa tecnologia no mundo. Nos EUA e na Europa, gráficas já estão operando via web para que assim, seus serviços sejam ampliados. No Brasil, empresários e profissionais da área também estão antenados a essa tecnologia, a fim de diferenciar o seu negócio do mercado. A Jornada Tecnológica contou também com a presença de Marc Olin, vice-presidente da EFI e gerente geral da empresa. No evento, Olin realizou uma palestra com tema que possui relevância para o profissional da área. Intitulado “Nova Era da Automação e Integração”, Olin palestrou sobre como as empresas precisam ficar atentas com as mudanças ocorridas no mercado. Na ocasião, o vice-presidente da EFI também expôs como o portfólio de soluções integradas da empresa podem ser úteis para os profissionais da área e de que forma eles podem aproveitar todas as oportunidades que o mercado gráfico oferece. “As empresas devem estar preparadas para as mudanças que estão acontecendo em nosso mercado e as que estão por vir, caso contrário terão dificuldades para lidar com os novos desafios e se manterem competitivas no mercado”, comentou Olin. As tecnologias de Web To Print e MIS também foram abordadas pelo vice-presidente.


Além da palestra de Marc Olin, a Jornada Tecnológica também realizou um debate mediado por Osmar Barbosa, gerente geral da EFI Metrics, divisão de software de produtividade da EFI na América Latina. O debate teve como tema principal a aplicação de tecnologias de automação no setor gráfico e como elas podem ajudar na evolução do mercado. Além de Osmar Barbosa como mediador, o debate também contou com a participação do vice-presidente Marc Olin e do consultor e editor do portal Bytes&Types, Ricardo Minoru. O editor possui renome por ter uma soma de 23 anos de experiência no segmento e um portfólio com mais de 70 livros técnicos publicados para a área de editoração eletrônica e artes gráficas. Além da discussão de inclusão de novas tecnologias no setor gráfico, o debate ainda abriu espaço para que todos os parti-

cipantes pudessem trocar informações com os debatedores, para que as dúvidas pudessem ser tiradas. Ao final, o evento, que tinha como objetivo acrescentar conhecimento aos presentes, demonstrou como um sistema de gestão pode auxiliar na operação e tornar a empresa mais produtiva. “Temos que passar experiências e aprender com as experiências dos outros. Esse encontro permitiu uma discussão saudável sobre a automação da indústria gráfica e a importância de os empresários estarem atentos às mudanças que estão ocorrendo em nosso segmento. A última edição da drupa mostrou o aumento considerável em soluções Web-To-Print. É uma automação que amplia a área de atuação da gráfica, permite a redução de perdas, o aumento da produtividade e da lucratividade”, concluiu Barbosa.

“Temos sempre que passar as nossas experiências e aprender com as experiências dos outros”, Osmar Barbosa, gerente geral da EFI da área de Software e Produtividade na América Latina

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Vinil

Aplicação de vinil autoadesivo: métodos Eduardo Yamashita*

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stamos numa fase bem importante do nosso projeto. Em edições anteriores, conhecemos as superfícies, aprendemos sobre as técnicas de limpeza, nos inteiramos sobre os tipos de vinis, as características do projeto e sobre o kit de ferramentas para aplicar a imagem impressa no vinil. Agora é hora de entendermos quais são os métodos de aplicação da película autoadesiva.

Há dois métodos: úmido e seco. A diferença básica entre eles está na presença ou não da água no processo. Esta tem a finalidade de criar uma “película” entre o adesivo (cola) e a superfície a ser aplicada a fim de diminuir a aderência (tack) inicial

do adesivo. Isto faz com que a camada do adesivo tenha menos área de contato com a superfície ajudando na espatulação da película autoadesiva. Na aplicação a úmido é possível reposicionar a película autoadesiva até encontrar o seu posicionamento correto para iniciar a espatulação. Já no outro método, como a aderência é total, não é possível fazer o reposicionamento do vinil. Cada método traz suas vantagens e desvantagens. O quadro abaixo resume as características dos dois processos. Uma pergunta bastante frequente é: quando optamos por um ou por outro método? A resposta é simples: o tipo de superfície nos direciona ao melhor método a ser utilizado. Resumindo: o método a seco é indicado para qualquer tipo de superfície e o a úmido é somente para superfícies planas ou com curvaturas simples. A pergunta seguinte é: Por quê? Porque ao se utilizar o método a úmido, nas superfícies complexas (com curvaturas compostas, baixos relevos), não se consegue remover toda a água utilizada no processo. E esta fica “presa” entre o adesivo e a superfície em

Aplicação a úmido Filme de PVC

Aplicação a seco

Adesivo

Filme de PVC

Água

Adesivo Superfície

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Aplicação a úmido Aplicação a seco

Vantagens

Desvantagens

• Baixa adesão do adesivo (cola) à superfície

• Adesão inicial mais demorada

• Reposicionamento total da imagem • Facilidade nos encaixes entre vinis diferentes

• Elevado tempo de instalação devido ao tempo de secagem da água • Necessário ambiente adequado para trabalhos com água • Limitado a superfícies planas ou com curvas simples

• Não necessita de um tempo adicional para iniciar a etapa de acabamento • Poder ser usado em qualquer tipo de superfície

• Necessário uso de fitas de posicionamento da imagem

um formato de microbolhas de água. E, não são perceptíveis após a aplicação. Quando a imagem aplicada recebe calor (do sol), as microbolhas aumentam e durante um vândalo (causado pela manutenção de limpeza), o vinil nessa região se rompe causando estragos irrecuperáveis à imagem. Assim, recomenda se atentar na escolha do método. Facilitar a aplicação, nem sempre pode resultar em boa performance da imagem. O próximo passo é aprendermos como utilizar os dois métodos. Assunto para nosso próximo encontro.

• Alta aderência do adesivo (cola) à superfície • Difícil reposionamento *Eduardo Yamashita é consultor técnico do mercado de comunicação visual em.yamashita@hotmail.com

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Pré-impressão

Arquivos que imprimimos... Adriano Medeiros*

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lá pessoal, feliz 2013. Vamos começar o ano falando sobre tipos de arquivos que posso usar para imprimir. Essa é uma dúvida recorrente, principalmente por quem está começando agora com impressão digital. Que tipo de arquivo eu salvo no Corel para levar para o RIP? TIFF, JPG, EPS, PDF, PNG? Em resumo, você pode usar qualquer tipo de arquivo no RIP, mas uns trazem recursos diferentes dos outros e, dependendo do que você quer fazer, pode ter vantagem escolher um ou outro. Vamos analisar os tipos de arquivos. Arquivos Bitmap – TIFF, JPG, PNG, GIF Quando você opta por exportar em um desses formatos, significa que você está transformando toda sua arte em um arquivo bitmap, ou seja, formado única e exclusivamente por pixels, como uma foto de uma câmera fotográfica digital. A vantagem de usar este formato está na segurança, pois é bem fácil para o RIP interpretar os pixels e transformar em dots de impressão. A desvantagem é que tudo fica atrelado a uma resolução. Ao transformar em arquivo bitmap, você deve informar quantos pixels por polegada deve ter o arquivo, o famoso “quantos DPI tem a imagem?”, expressão errada, pois DPI se refere à resolução de impressão (DOTS per INCH) enquanto arquivo bitmap usa PPI (PIXELS per INCH). Então, você deve colocar a resolução ideal para salvar a imagem em um desses formatos, para evitar que a imagem fique serrilhada, com baixa qualidade.

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Entre estes formatos, a única coisa que causa mudança de cor entre um e outro é a chamada compressão, que pode ser JPEG, LZW ou ZIP. Compressão significa reduzir cores que são próximas a uma mesma tonalidade. Explicando isso, grosso modo, por exemplo, imagine que um pixel tenha a cor CMYK 94x0x0x0, o pixel vizinho tenha a cor 96x0x0x0. Se eu salvar com compressão, esses pixels serão igualados para a cor 95x0x0x0. Quanto mais cor o arquivo tiver, mais pesado ele fica, então as compressões procuram reduzir o máximo de cores que o arquivo vai ter, usando mais ou menos a lógica do exemplo acima. Por isso que o arquivo em JPG é mais leve, tem menos bites, do que o TIFF, formato que possui a opção de salvar com compressão ou não. Eu aconselho a usar o formato TIFF sem compressão, pois você estará enviando para o RIP um arquivo com o máximo de cores possíveis para impressão. Todos os outros formatos citados acima sofrem para ficarem mais leves. Cápsulas da Adobe – EPS e PDF Os arquivos encapsulados da Adobe servem para justar em um único formato imagens bitmap, vetores e tipos (textos) em um único arquivo. Ao invés de fazer uma conversão, a exemplo de quando você salva um bitmap, os vetores continuam com suas características originais (preenchimentos e contornos), assim como os tipos (fontes e estilos) e bitmaps (modo de cor e resolução). O formato EPS está obsoleto. Ele foi o rei das gráficas até um bom tempo atrás, mas o PDF tomou a dianteira, principal-


mente por permitir mesclar em um único arquivo cores em RGB e CMYK. Sim, chamo de PDF híbrido, pois você pode ter um vetor em CMYK e uma imagem em RGB e levar para o RIP dessa forma, salvando um PDF. PDF e EPS também são os formatos para se usar cores PANTONE e cores de corte de contorno, para impressoras híbridas que imprimem e recortam adesivos. Porém cuidado, ao salvar um PDF você deve observar uma infinidade de configurações que podem causar compressões, downsample (baixar a resolução dos bitmaps) e converter tudo para cores CMYK ou RGB. Normalmente eu desativo qualquer conversão de compressão, downsample e cores, antes de enviar o arquivo para o RIP. Outro detalhe de arquivos cápsulas é que não pode haver efeitos e transparências, pois o RIP só interpreta imagens puras

(BITPAMSP-vetores e tipos), tendo que os converter em bitmaps ou qualquer outro recurso que não cause estes resultados. Quando é criado um PDF com o arquivo cheio de efeitos, normalmente, na impressão, aparecem umas linhas brancas como resultado da tentativa automática do programa em acabar com os efeitos para salvar o bitmap. Agradeço a todos e tenham um grande 2013 pela frente. PS. Acompanhe o movimento #SANGUEMAGENTA no fb.com/PixelDots *Adriano Medeiros é consultor, escritor e palestrante, especialista em produção gráfica digital. Proprietário da PixelDots Consultoria para Produção Gráfica e Criativa www.pixeldots.com.br medeiros@pixeldots.com.br

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Mercado

HP lança impressoras Wi-Fi Focada em usuários iniciantes na área impressão em grandes formatos, a HP acaba de lançar as impressoras HP Designjet T120 ePrinter (formato de 987 mm, ou 38,9 polegadas) e HP Designjet T520 ePrinter (24 polegadas, 61 cm, ou 36 polegadas, 91 cm). As impressoras são os primeiros equipamentos para impressão de grandes formatos que se conectam à internet, facilitando a instalação. A impressora pode ser colocada em qualquer lugar, mesmo distante do computador, e a imagem a ser impressa será enviada por Wi-Fi (tecnologia sem fio). Esse envio pode ser feito por e-mail (cada impressora possui seu próprio endereço), possibilitando que a imagem seja enviada de casa para o escritório, do escritório para o birô. Tudo para facilitar o trabalho dos usuários. Além disso, há o serviço de web gratuito para profissionais de AEC: o HP Designjet ePrint & Share. Com ele, a impressão fica ainda mais fácil e pode ser feita com por meio de um tablet, um smartphone com iOS ou Android, um notebook, ou apenas com a impressora, que possui um pequeno touch-screen de utilização fácil e intuitiva.

Pesquisa do mercado brasileiro

O Grupo Empresarial de Impressão Digital (GEDIGI), que pertence a ABTG, realizará uma nova pesquisa de mercado de caráter quantitativo e qualitativo em 2013. A pesquisa possui como principal objetivo, dar diretrizes aos profissionais sobre o futuro do mercado, orientando e fornecendo informações e elaborando estratégias e ações que possam possibilitar expansão das empresas. A pesquisa já foi realizada entre os anos de 2007 e 2009 e, comparando os resultados do levantamento a ser obtido em 2013, será possível medir os detalhes responsáveis pela evolução do mercado desde então. As empresas que patrocinarem a pesquisa também terão a oportunidade de elaborar questões para o levantamento.

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Outro ponto importante é que as impressoras são equipadas com a nova cabeça de impressão HP 711 projetada para durar por toda a vida útil da impressora, sem necessidade de troca. Em comparação às cabeças de impressão HP 11, utilizadas na linha antecessora HP Designjet 510, a nova cabeça oferece quatro vezes a quantidade de bocais por cor, com duas vezes mais bocais por polegada (1200 x 600). Ela conta ainda com quatro cores e utiliza cartuchos de tinta HP 711, que são instalados no carro da cabeça de impressão, apresentando fácil substituição. Os cartuchos de tinta HP 711 são instalados no módulo da cabeça de impressão, que conta com sensores de pouca tinta (LOI) e ausência de tinta (OOI), reguladores de pressão e filtros. A medição direta dos níveis de tinta gera sinais de LOI confiáveis, avisando o usuário para se preparar para a substituição do cartucho. O sinal de OOI interrompe a impressão para evitar danos à cabeça de impressão causados pela ausência de tinta, garantindo resultados confiáveis no final da vida útil do cartucho.

Primeiras Speedmaster SX instaladas no Brasil

Na drupa 2012, a Heidelberg apresentou o lançamento de uma nova geração de impressoras. Disponível nos modelos SX 52, SX 74 e SX 102, a linha Speedmaster SX foi desenvolvida para atingir as exigências da indústria. Desde o seu lançamento, a Heidelberg já comercializou mais de mil unidades de impressão do modelo SX. No Brasil, as primeiras impressoras da série SX já foram instaladas em algumas gráficas. A gráfica paranaense Midiograf instalou uma SX 102. Em Fortaleza, a Premius Editora e Gráfica adquiriu uma Speedmaster SX 74. Por fim, no Rio de Janeiro, a Heidelberg venceu a licitação e forneceu para a Imprensa Oficial do Rio de Janeiro uma Speedmaster SX 52. Todas as três gráficas enaltecerem a qualidade, a tecnologia e a velocidade da linha SX.


Solução sublimática

A Akad apostou em soluções sublimáticas para aumentar a gama de suas aplicações através dos modelos Novajet 1602S, 2202S e 3302S. A linha sublimática da Akad é compatível com cabeça de impressão Epson DX5 e equipada com o sistema automático de limpeza de cabeças de impressão. As Novajet atingem velocidade de até 42 m²/h no modo 720 dpi X 1080 dpi com três passadas e duas cabeças de impressão. Os equipamentos possuem também resolução máxima de 1400 dpi e são equipados com sistema de alimentação rolo a rolo, acompanhados também por rebobinador de mídia (take-up). Indicado para tecidos com no mínimo 50% poliéster, a Novajet também pode ser utilizada em outros materiais como plásticos, madeiras, vidros, objetos de decoração e etiquetas, desde que possuam pré-tratamento.

Xerox e Web-to-Print

O software Web-to-Print uStore 7.0, anunciado pela empresa do grupo Xerox, XMPie, durante a Graph Expo em outubro de 2012, em Chicago, nos Estados Unidos, conta com alguns recursos novos como a compatibilidade JDF, um plug-in de precificação para a integração com o mecanismo de precificação. Além das possibilidades já citadas, o uStore 7.0 tem a possibilidade de trabalhar com outro componente da Xerox, o FreeFlow Connect, o que possibilita ao usuário ter manutenção e administração de lojas mais seguras. Segundo a XMPie, usuários que possuem as configurações do PersonalEfect serão capazes de fazer o upgrade para o uStore 7.0 e adicionar o FreeFlow a sua configuração. Para isso, basta o usuário incluir o módulo uStore ao seu sistema de trabalho.

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Redução de custos, economia de tintas e substratos Fabio Tanaka*

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a indústria gráfica digital, as em- lavada é uma imagem lavada, para todo presas se deparam constantemente mundo! E uma imagem ruim, o que pode com aumento de custos na produ- ser? Na maioria das vezes, excesso de tinta! ção e prazos cada vez mais curtos Trabalhando com previsibilidade na de entrega. Por esses motivos, a estabiliza- impressão, elimina-se o modo “tentativa ção no processo de impressão e a redução de e erro” no acerto das cores, aumentando a custos são extremamente necessárias velocidade de produção, aliada ao gapara que se mantenham competinho de qualidade. O resultado é tivas no mercado. aumento no lucro, certamente. o t n c i a me s ã o n O gerenciamento de cor e Com o gerenciamento de r e es Og i mpr ia cor é possível garantir: a m na impressão digital ofen o r n de co erece eco com rece economia de tinta em • Redução de insumos e tintas; of é 3 0% gital até 30% com parâmetros de di inta em at controle • Redução no tempo de secat de controle de limite de tinta. de râmetros e tinta gem do material, agilizando a p ite d m Tais parâmetros são infori o trabalho do acabamento; l e d mações que podem ser geren• Aumento da capacidade prociadas tanto nos softwares RIP dutiva com qualidade e previsibiquanto nos perfis ICC e consiste na lidade; informação personalizada em cada tipo de • Qualidade total no fluxo de trabalho e na substrato sobre a quantidade de tinta que mão de obra; o mesmo é capaz de suportar, na totalida- • Fluxo de trabalho rápido, fácil e previsível. de das cores disponíveis na impressora em Vamos começar o ano com o pé direiro! questão. Dessa forma, as soluções de ecoBoas impressões e qualidade total! nomia de tinta apresentam resultados mais eficazes se os arquivos da pré-impressão são produzidos de forma consistente. Para empresas onde a fidelização das cores ainda fica em segundo plano, a eco*Fabio Kenji Tanaka é consultor da Cor Amarelo nomia gerada em insumos e tintas é o prinGerenciamento cipal fator de procura para o fluxo de trade Cor Digital balho baseado no perfil ICC. Uma imagem fabio@coramarelo.com.br


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