Sign 221 set

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Sign.

Ano XVIII - nº 221 Setembro 2013 R$ 12,50 www.btsinforma.com.br

Sinalização | Impressão Digital

Comunicação Visual

e!

Colecion

A magia do Vuilno i5l fascíc

SUBLIMAÇÃO DIGITAL NO 221  Setembro | 2013

Ela ganha espaço a cada dia, graças às suas características ecológicas e à qualidade crescente dos equipamentos

ESPECIAL: Substratos

Como escolher, quais as aplicações mais adequadas e muito mais!




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S

umário

Sign.

10 Entrevista Ano XVIII - nº 221 Setembro 2013 R$ 12,50 www.btsinforma.com.br

Sinalização | Impressão Digital

Comunicação Visual

e!

Colecion

A magia inil do Vulo 5 fascíc

Cíntia Miguel, show manager da Serigrafia SIGN FutureTEXTIL, fala do sucesso da feira e das perspectivas para o futuro

14 Especial

Substratos: saiba como escolher, quais as aplicações mais adequadas e as técnicas envolvidas

28 Capa SUBLIMAÇÃO DIGITAL NO 221  Setembro | 2013

Ela ganha espaço a cada dia, graças a suas características ecológicas e à qualidade crescente dos equipamentos

ESPECIAL: Substratos

Como escolher, quais as aplicações mais adequadas e muito mais!

Design de Capa: Juliana Cichini

A sublimação digital está cada vez mais presente no setor de comunicação visual, graças a suas características ecológicas e à qualidade crescente dos equipamentos

32 Vitrine

Conheça os principais equipamentos existentes no mercado brasileiro para sublimação digital

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44 Acrílico

Renovado, o Instituto Nacional para Desenvolvimento do Acrílico (Indac) revela planos e novidades

Colaboradores Eduardo Yamashita consultor técnico para o mercado de comunicação visual

Fábio Kenji Tanaka consultor da

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Cor Amarelo Gerenciamento de Cor Digital

Veja + 08

Índice de Anunciantes

46

Colorimetria e gerenciamento de cores

palestrante e diretor

48

Vinil

de tecnologia da

52

Digitec

KSC Brasil.

56

Gestão

58

Mercado

Fábio Kisner consultor,



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E

ditorial

Evolução

constante

U

ma das características mais importantes do mercado brasileiro de comunicação visual é o dinamismo. De um ano para outro, novas técnicas, equipamentos mais modernos, tendências e insumos diferenciados revolucionam o cenário. Daí a importância de uma publicação como a revista SIGN, que leva todos os meses as inovações aos profissionais do setor, sempre com rigor nas informações e apuro visual. Esta edição é um exemplo disso. Buscamos captar todas as nuances e detalhes que estão conduzindo a sublimação a um lugar de destaque no panorama da sinalização e da comunicação visual. Entrevistamos mais de uma dezena de profissionais das principais empresas do setor para a reportagem de capa. Eles revelam as tendências, técnicas e diretrizes que envolvem essa alternativa cada vez mais empregada mundo afora, graças a seu caráter ecológico e à qualidade que proporciona. Fomos também atrás das melhores fontes de informação para uma matéria especial sobre os principais substratos para impressão e as inovações apresentadas por eles nos últimos tempos. Nossa reportagem é um verdadeiro guia para a escolha do melhor insumo, das mais apuradas técnicas e do modo mais eficiente de obter bons resultados. E, como em todas as edições, nossos colunistas escrevem sobre uma gama de assuntos que vai da gestão empresarial à colorimetria. Um time de especialistas que contribui para a difusão do conhecimento e das boas práticas por todo o mercado. Temos certeza de que, por tudo isso, a edição deste mês de SIGN se tornará leitura obrigatória para você e seus colaboradores. Boa leitura! Equipe da Revista SIGN

Ano XVIII - nº 221 Setembro 2013

Diretor Geral para América Latina do Informa Group Marco A. Basso

Atendimento ao Cliente Márcia Lopes marcia.lopes@btsmedia.biz

Chief Financial Officer do Informa Group Brasil Duncan Lawrie

Equipe Extrapoint Editor Paulo D’Amaro paulo@extrapoint.com.br

Chief Marketing Officer da BTS Informa Araceli Silveira Gerente de Publicações Silvio Junior silvio.junior@btsmedia.biz Coordenadora de Publicações Crislei Zatta crislei.zatta@btsmedia.biz Group Director João Paulo Picolo joao.picolo@btsmedia.biz Gerente Comercial Cíntia Miguel cintia.miguel@btsmedia.biz Departamento Comercial Isabel Carlos isabel.carlos@btsmedia.biz Simoni Viana simoni.viana@btsmedia.biz

Redação Léo Martins reporter2@extrapoint.com.br Mariana Naviskas reporter1@extrapoint.com.br Arte Juliana Cichini juliana@extrapoint.com.br Conselho Técnico Andrea Ponce Eduardo Yamashita Fabio Kisner Fabio Tanaka Periodicidade Mensal Impressão Gráfica Elyon (11) 3783-6527 www.graficaelyon.com.br

Assinatura anual – R$ 136,00 Saiba mais sobre assinaturas, edições anteriores, catálogos, anuários e especiais através de nossa Loja Virtual. Acesse: www.lojabtsinforma.com.br Para mais informações, entre em contato pelos telefones: Central de Atendimento ao Assinante SP (11) 3512-9455 / MG (31) 4062-7950 / PR (41) 4063-9467 Assinante tem atendimento on-line pelo Fale Conosco: www.lojabtsinforma.com.br/faleconosco

REDAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Bela Cintra, 967 - 11º andar - Cj. 111 Consolação - 01415-000 - São Paulo/SP - Brasil Tel.: (55 11) 3598-7800 - Fax: (55 11) 3598-7801 Conheça o nosso portfólio no site: www.btsinforma.com.br IMPRESSÃO Aqui vai o selo FSC

A BTS INFORMA, consciente das questões ambientais e sociais, utiliza papéis com certificação FSC (Forest Stewardship Council) na impressão deste material. A certificação FSC garante que uma matéria-prima florestal provém de um manejo considerado social, ambiental e economicamente adequado. Impresso na Gráfica Elyon certificada na cadeia de custódia - FSC.

A revista não se responsabiliza por informações ou conceitos contidos em artigos assinados por terceiros.



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Í

ndice de anunciantes

ABC...................................................... 61

Imprimax ..................................... 23 e 51

AG Brasil.............................................. 57

Inx Digital ............................................ 53

Akad..................................................... 17

J Teck.................................................. 62

Ampla................................................... 05

Kiian .................................................... 49

Aviso.................................................... 59

Laser CNC............................................ 62

BG Soluções......................................... 19

Maxpoli ............................................... 59

BTS.............................................. 2ª capa

Mercoplast .......................................... 55

Canon ................................................ 09

Mimaki ................................................ 41

Colacril ................................................ 13

Plotter Tech ......................................... 21

Comala................................................. 62

Roland ................................................. 39

Danfex ................................................. 55

Sign Suply............................ 27 e 3ª capa

Digigraf ....................................... 4ª capa

Solução Pontual................................... 61

Epson .................................................. 31

T&C ..................................................... 37

F1 Suprimentos ................................... 45

TS2 ...................................................... 43

Flock Color........................................... 62

Victor Ciola ......................................... 47

Fremplast Stamphs.............................. 25

Vinilsul................................................. 35

HP........................................................ 07

Waycolor.............................................. 57



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E

ntrevista

Flávio Serra

Hora de avaliar

os resultados

A Serigrafia SIGN FutureTEXTIL 2013 foi um sucesso. Entrevistamos Cíntia Miguel, gerente da feira, que faz um balanço desta 23ª edição e antecipa o que vem por aí

T

erminada a Serigrafia SIGN FutureTEXTIL, é o momento de fazer uma análise sobre o que foi o evento deste ano, seus reflexos e resultados. O evento, que ocorreu em julho no Expo Center Norte em São Paulo, é uma importante ferramenta de acompanhamento das tendências do mercado e prospecção de novos negócios. Uma poderosa vitrine para centenas de empresas nacionais e internacionais. Lá estavam as principais novidades dos setores de máquinas, equipamentos, produtos e serviços para serigrafia, comunicação visual, impressão digital, impressão têxtil, sinalização e material promocional. Para que toda essa realidade seja possível, os profissionais da BTS Informa, empresa responsável pela Serigrafia SIGN Future TEXTIL, estabelecem parcerias e contam com o apoio de entidades como a Associação Brasileira da Indústria Gráfica (ABIGRAF), o Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado de São Paulo (SINDIGRAFSP), a Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica (ABTG), dentre outras. “Somente com parcerias sólidas como essas,

conseguimos construir um evento de sucesso como a Serigrafia SIGN FutureTEXTIL”, explica Cíntia Miguel, show manager do evento.

a certeza de que a feira foi muito boa e de que nosso trabalho, como organizadores, foi recompensado.

Cíntia nos concedeu uma entrevista exclusiva, onde faz um balanço sobre as inovações e novidades apresentadas pela organização, os desafios enfrentados, a repercussão internacional, os prêmios entregues e suas previsões para a feira do ano que vem.

Dentro

Passada a Serigrafia SIGN FutureTEXTIL 2013, qual sua avaliação do evento deste ano?

Na

Superou nossas expectativas. Tanto pela visitação quanto pelo número de expositores e lançamentos. Tivemos mais de 45 mil visitantes de todo o mundo, mais de 650 marcas expositoras e, pelo feedback que recebemos, a grande maioria saiu do evento satisfeita. Houve, ainda, muitos casos de sucesso, muitas empresas venderam nos 4 dias de evento o resultado de meses de trabalho. São casos e mais casos de sucesso de vendas que ouvimos e nos dão

Nesse último ano, o nosso trabalho foi ouvir o mercado e interpretar aquilo que podemos oferecer de melhor na feira. Dessas conversas surgiram muitas ideias que foram colocadas em prática já em 2013 e outras que virão para 2014. As principais novidades deste ano foram o Prêmio Silk & Sign, que homenageou os destaques do setor e as palestras do 1º Simpósio de Impressão em Grandes Formatos, coordenadas pela nossa parceira

do contexto atual, o que a feira significou?

Apesar do cenário econômico, a feira aqueceu o mercado e cumpriu o seu papel. Ou seja, é um sucesso, porque consegue resultado mesmo nesse panorama não tão favorável da economia como um todo. questão específica de organização da feira, quais foram as novidades desta 23ª edição?


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ntrevista

ABTG. Ainda falando de novidades, foi desenvolvido um plano de divulgação da feira que abrangeu parcerias com sindicatos e associações de diferentes nichos que incluiu conteúdo e anúncios em revistas especializadas. Focando no expositor, oferecemos um curso gratuito com o maior especialista em feiras do país alguns meses antes do evento para que todos pudessem se preparar para a Serigrafia com foco em resultado. Junto a tudo isso, fizemos também um trabalho intenso com a nossa assessoria de imprensa, divulgando a feira e as novidades dos expositores nos principais meios de comunicação.

O que pode dizer do Prêmio Silk & Sign? O Prêmio Silk & Sign foi além do que planejamos ao idealizálo, apontou as empresas mais lembradas pelo consumidor. Serviu também como um indicador dos caminhos a serem trilhados pelos empresários do setor e, o que é mais importante, propiciou um momento de networking e confraternização entre os executivos do setor, sejam eles visitantes ou expositores.

No

âmbito internacional, o que representou a Serigrafia SIGN FutureTEXTIL deste ano?

Nesse quesito, houve resultados excelentes. A começar pela parceria que firmamos com a ISA (International Sign Association), ficamos bastante entusiasmados com mais esse acordo. A ISA é responsável pela ISA International Sign Expo, feira líder na indústria de sinalização na América do Norte, e a BTS, pela Serigrafia SIGN FutureTEXTIL, principal evento do setor na América do Sul. No acordo firmado pelas partes, ficou estabelecido que a ISA irá fornecer toda a parte de conteúdo

da Serigrafia SIGN FutureTEXTIL de 2014 e além disso cada organização patrocinará e promoverá a outra nos próximos eventos, fornecendo espaço, estande na área de exposição, além de organizar as delegações oficiais para cada feira. Por isso, acreditamos que essa aliança pode fortalecer o mercado brasileiro e todos se beneficiarão das oportunidades de negócios que possam surgir daí.

O

que podemos esperar para a feira do ano que vem?

Algo que já temos certo para a Serigrafia SIGN FutureTEXTIL 2014 é que iremos continuar trabalhando para organizar um evento nos moldes

do deste ano, com recorde de público, e que continue sendo uma referência internacional para clientes e empresas visualizarem o que há de melhor, no mercado de comunicação visual, impressão digital, impressão têxtil, sinalização, serigrafia, personalização e brindes. Até porque, temos a noção de que poucos eventos no mundo são capazes de convergir essas áreas em um mesmo espaço de oportunidades. Tudo no mesmo local, exibindo novos lançamentos e tendências de máquinas, equipamentos e serviços de serigrafia, sinalização, comunicação visual, impressão digital, etc. Por toda essa expectativa que a feira gera, nossa responsabilidade será ainda maior para o ano que vem.


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special


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À procura do substrato

PERFEITO Saiba qual aplicação é mais indicada

para você e o que levar em consideração na hora de escolher um substrato Mariana Naviskas

V

inis, acrílicos, lonas, alumínios: a escolha do substrato ideal vai muito além do simples rígidos X flexíveis. Com tantas marcas e produtos diferentes no mercado, fica difícil saber qual vai atender, com perfeição, sua demanda. Cada substrato oferece diversas possibilidades e pode ser utilizado, por exemplo, em um revestimento de parede e na criação de um brinde, de acordo com a espessura. Além disso, com os avanços tecnológicos na comunicação visual, cada vez existem mais possibilidades, mais materiais, mais tipos de impressão. No meio de tanta coisa, como encontrar a mídia ideal? A Revista Sign foi atrás das principais empresas da área para tentar responder a essa pergunta.


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special

Flexíveis A Actos, comerciante de produtos acabados e semiacabados para os segmentos de comunicação visual, indústrias em geral e coberturas e fachadas, fornece substratos de diversos tipos e, no segmento de flexíveis, os destaques são os vinis para impressão digital e vinis para recorte eletrônico.

de cada tipo de material”, explica. Segundo ele, os vinis são indicados para trabalhos de identificação e decoração, pois permitem a reprodução de imagens, textos e logomarcas de maneira rápida e produtiva. “O vinil é um material fácil de aplicar e pode ser utilizado em diversos tipos de superfícies, tornando-se muito versátil”.

Com destaque “A película “O mercado pode no mercado de autoadesiva feita de utilizar essas m ídia vinis autoadesivos, PVC (policloreto para impressões s em a Colacril de vinila) é trabalhos gráfico s, painéis e comercializa vinis amplamente promocionais e também para para impressão utilizada no decorar ambien tes e móveis digital, reflexivos segmento de e customizar pe de sinalização, para comunicação visual. ças e acessórios”. recorte e plotter, Assim, o vinil é o para impressão em material responsável offset e serigrafia, pela reprodução decorativos e lonas. de ideias, conceitos e identidade visual de uma empresa De acordo com Lucia Fico, ou serviço. Permite a execução de coordenadora de produtos da marca, trabalhos rápidos e com grande os vinis são indicados para ambientes variedade de tipos e processos, internos e externos, como outdoors, sendo o principal a impressão painéis, janelas e superfícies lisas. digital. São películas brancas ou transparentes, que atendem os mais Já as lonas, disponibilizadas em variados tipos de aplicações e de diversos tamanhos e três gramaturas, durabilidade”, explica Bruno Gualassi, são ideais para frontlights, banners, da área de marketing da empresa. quadros e telas, também em ambientes internos e externos. O vinil para recorte, de acordo com Gualassi, também é uma A Colacril oferece ainda linhas película auto-adesiva de PVC, mas especiais contra bolhas, adesivo com uma diferença. “São películas coloridas que não necessitam de impressão para cumprir sua função”. Este tipo de material é mais indicado para trabalhos nos quais existem cores chapadas, pois agiliza o processo e permite economia de tinta quando comparado ao vinil de impressão digital. Esse vinil pode ser submetido ao processo de recorte eletrônico, permitindo conseguir formas e figuras diversas já nas cores de aplicação. “Existe uma variação de películas com características e aplicações que se diferem pela durabilidade e qualidade

Lonas

removível, bloqueio de luz, vinil polimérico, entre outros. Como tendência, Lucia aposta nos vinis autoadesivos. “Eles oferecem uma gama de aplicações e versatilidade, fazendo com que o profissional explore toda sua capacidade de atuação”, opina. “O mercado pode utilizar essas mídias para impressões em trabalhos gráficos, painéis promocionais e também para decorar ambientes e móveis e customizar peças e acessórios”. A Day Brasil também é fornecedora de vinis e lonas e completa seu portfólio de flexíveis com tecidos (indicados para banners e displays), papéis de parede, mantas magnéticas - ideais para brindes, ímãs, publicidade automotiva, peças decorativas, sinalizações temporárias e brinquedos - e bobinas de PVC, indicadas para locais que necessitam de isolamento físico e sonoro. Para Carlos Eduardo de Souza, gerente de produtos da marca, a tendência hoje em dia são mídias com alta durabilidade, qualidade, facilidade de instalação, sustentabilidade e rentabilidade para os negócios. Sendo distribuidora de diversas marcas, a Serilon tem muito a acrescentar ao mercado de substratos. Conforme Bruno


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Leme, gerente de marketing da empresa, a lona é o substrato mais procurado hoje em dia. “Além de ser muito versátil, é compatível com a tecnologia solvente, que hoje ainda é a mais presente no mercado”. Apesar disso, Leme acredita que a principal tendência em substratos atualmente é seguir o apelo ecológico. “Chapas de papel reciclado, por exemplo, são muito resistentes e versáteis. Esse produto pode ser empregado no mercado de comunicação visual, arquitetura, construção civil e sinalização”, conta. Além de lonas, a empresa comercializa vinis para impressão digital, vinis automotivos, filmes especiais, entre outros. A gerente de vendas da Neototal, Fernanda Deliberali, acredita que as linhas de substratos, em geral, se completam. “Chapas de comunicação visual são, geralmente, fixadas com fitas dupla face ou, quando não são impressas diretamente, são adesivadas com vinil”. A Neototal conta na linha de flexíveis com fitas e vinis adesivos para impressão digital e recorte. A 3M, por sua vez, comercializa apenas substratos flexíveis, com destaque para as lonas de PVC. Segundo Lucimara Fioravante, gerente de negócios da divisão de comunicação gráfica da empresa, as lonas são indicadas para painéis internamente iluminados, como backlights, tótens, testeiras, coberturas iluminadas, banners, fachadas, sinalização interna e externa, decoração de ambientes, cenografia, vitrines, etc. “A lona ainda é um dos produtos mais utilizados no mercado de comunicação visual, devido ao baixo custo (mídias promocionais) e por sua facilidade de processamento e

Placas de PSAI

utilização. Com a grande expansão do mercado, hoje, o cliente tem uma enorme variedade de opções, com diferentes composições de construção, aplicações e garantias”.

Rígidos Por outro lado, a 3M pretende, em breve, investir no mercado de mídias rígidas. “Nós ainda não desenvolvemos nenhum substrato rígido, como placas opacas ou translúcidas. Com o avanço das tecnologias de produção e matériaprima, é uma tendência natural que a 3M pesquise produtos e soluções”, explica Lucimara Fioravante. Para ela, cada vez mais os substratos rígidos ganham espaço no mercado atual, principalmente em aplicações para painéis backlight, nos quais essas mídias permitem ao signmaker criar peças variadas apenas com diferentes construções de películas.

“Não conseguimos obter esses efeitos com a utilização de substratos flexíveis”, explica. Além disso, a 3M aposta na sustentabilidade. “Com a tendência de produtos sustentáveis, cada vez mais nosso segmento busca soluções e aplicações que sejam ecologicamente corretas, sendo elas aplicadas no produto, na utilização ou no descarte”. Para o setor de rígidos, a Neototal trabalha com chapas termoplásticas, como PSAI, PVC expandido, acrílico, chapas de alumínio composto (ACM), entre outros. Segundo Fernanda Deliberali, os substratos mais procurados são o PSAI, PVC expandido e ACM. “Todos são bem versáteis, aceitam impressão digital e são de fácil manuseio. Além disso, possuem dimensões variadas e bom acabamento”. A Actos também está presente no mercado de vinis e de rígidos, com peças de acrílico, poliestireno, poliestireno de alto impacto, PETG


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e PVC semirrígido. “O acrílico é um dos termoplásticos mais nobres no mercado. É um material transparente, resistente ao impacto e com boa qualidade óptica, podendo ser facilmente modelado ao calor”, conta Bruno Gualassi.

Os

prós do acrílico

As chapas acrílicas contribuem para a diferenciação e a consequente valorização da marca na comunicação visual. “Seu uso proporciona brilho, tridimensionalidade, beleza, segurança, resistência ao tempo e eficiência energética”, explica João Orlando, executivo do Instituto Nacional para o Desenvolvimento do Acrílico (Indac). Segundo ele, o setor de acrílico vem crescendo 8% a cada ano, nos últimos 12 anos. “O principal mercado final é o de comunicação visual. Subdividimos o segmento em: comunicação externa, interna, sinalização, PDVs e displays, o que representa cerca de 60% do total de acrílico comercializado anualmente no país”, revela. Para Orlando, o que diferencia o acrílico dos demais substratos são suas propriedades. “Transparência de 92%, resistência mecânica, química e aos raios solares. Além da facilidade

Acrílico

AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DE CADA MÍDIA

Poliestireno

Transparente como vidro e sólido, sensível a impactos, apresenta variedade de aplicações nas quais a relação custo X benefício seja prioridade, sem resistência UV

Poliestireno de alto impacto

Boa flexibilidade e moldabilidade, material leve e opaco, sem resistência UV

PETG

Transparente e resistente a impactos, versátil, pode ser parafusado, estampado a quente, serrado, cortado, jateado, torneado, colado, rebitado, entre outros.

PVC semirrígido

Chapas finas e transparentes, duráveis e resistentes


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de transformação, como corte, polimento, moldagem e colagem”. Segundo Bruno Gualassi, da Actos, a venda de poliestireno de alto impacto tem grande destaque na empresa atualmente. “Acreditamos que, por se tratar de um material versátil e com custo relativamente baixo, ele se torna uma ótima opção para o mercado competitivo que encontramos hoje. Além disso, existe uma tendência no aumento do mercado de impressão em rígidos, aplicação em que esse produto se sai muito bem”, explica. A Belmetal é referência como distribuidora de manufaturados e semimanufaturados de alumínio, além de conter um setor de plásticos e acrílicos. A empresa comercializa chapas ACM de 0,21 mm e 0,3 mm, ideais para fachadas de pontos comerciais.

Chapas de policarbonato alveolar

APLICAÇÕES POSSÍVEIS COM SUBSTRATOS RÍGIDOS

PVC expandido

Impressão digital direta em UV ou serigrafia, adesivação de vinis e impressão com qualidade fotográfica

PVC rígido

Fabricação de cartões, rótulos e etiquetas

PETG

Displays de ponto de venda, peças moldadas em geral

Polipropileno

Peças estruturais (dutos, tanques)

Plastiondas

Displays, painéis, placas de comunicação visual

Policarbonato

Proteção ideal contra riscos ou degradação superficial

Telhas

Coberturas industriais (galpões), comerciais (portarias, jardins, corredores de acesso lateral), residências (piscinas, garagens, clarabóias), fechamentos laterais e sheds

Chapas de ACM

Fachadas, displays, revestimentos de parede e móveis e placas de sinalização


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Chapas 100% alumínio

De acordo com Sergio Freitas, gerente nacional de produtos, esse é o substrato de maior procura da Belmetal. “Vários grandes grupos - postos de combustíveis, concessionárias de automóveis, agências de bancos, redes de farmácias - possuem projetos de revitalização de suas fachadas, os chamados projetos de imagem corporativa”, diz.

No segmento de plásticos, a Belmetal distribui chapas de PVC expandido de 1 mm a 30 mm, indicadas para adesivação e displays. Também há chapas de policarbonato compacto de 1 mm a 12 mm, ideais para aplicações que necessitam de material transparente inquebrável, e chapas de policarbonato de dupla camada (alveolar).

As mesmas chapas também são distribuídas com espessuras de 0,15 mm e 0,18 mm e são ideais para aplicações internas, como testeiras de shoppings, tótens internos, displays, revestimentos de parede e móveis e placas de sinalização.

“É um produto leve, com 2,1 m por 6 m, ideal como substrato para adesivação”, completa Freitas. A empresa optou por não comercializar a mídia de poliestireno (PS). “Esse material tem uma concorrência muito grande. Há muitos fabricantes, então não agrega valor na operação”, explica.

Além delas, há chapas 100% alumínio de diferentes espessuras, que são indicadas para as mais diversas aplicações.

Em rígidos, a Day Brasil fornece PVC expandido

colorido e branco, além de PVC rígido, PETG, polipropileno, plastiondas, policarbonato, telhas e chapas de ACM. “O ACM é o substrato mais procurado hoje em dia, devido ao crescimento econômico no mercado de construção civil e comunicação visual”, afirma Carlos Eduardo de Souza, gerente de produtos da empresa. Para ele, é importante levar em conta o tipo de aplicação, a facilidade de uso, preço, garantia e atendimento.

Como

escolher

Para Bruno Gualassi, da Actos, a questão primordial na hora da escolha de um substrato é a análise das características


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dos materiais e necessidades da aplicação. É importante analisar esses fatores para garantir um serviço de qualidade executado com o material certo, evitando o desperdício e garantindo a satisfação do cliente final.

Chapas de alumínio composto (ACM)

“Por exemplo, se você tem um trabalho no qual o cliente final deseja um display com alta durabilidade, transparência e que será utilizado em ambiente externo, você não pode fornecer um material promocional, como o PS. O mais indicado seria um acrílico. É necessário reunir o máximo de informação possível a respeito do material e da aplicação, a fim de chegar ao substrato que vai atender os requisitos do trabalho”. Segundo Lucia Fico, da Colacril, é fundamental que o profissional da comunicação visual conheça muito bem as mídias e equipamentos utilizados e a aplicação correta. “Isso inclui o substrato, as condições de temperatura, o ambiente em que a mídia ficará exposta e como ela será aplicada”, afirma. Para ela, a escolha da mídia ideal deve levar em consideração testes prévios de produtos, análise de superfície na qual será feita a aplicação, ambiente e durabilidade necessária. É importante fazer uma análise na hora de escolher o substrato. Questões como durabilidade, local de aplicação (interna ou externa), planicidade, qualidade, garantia e procedência são básicas para começar uma seleção de substrato. Já para Lucimara Fioravante, da 3M, os pontos-chave para a decisão são: garantia, praticidade de execução e utilização, segurança, disponibilidade e suporte técnico. “Hoje em dia, os prazos estão cada vez mais curtos e a exigência cada vez maior em relação à qualidade e garantia do aspecto visual da imagem. Alguns clientes corporativos exigem de seus fornecedores produtos com garantias acima de sete ou nove anos, o que torna impossível a utilização de certos substratos para confecção das peças”.


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A fascinante

sublimação A técnica baseada em um dos mais intrigantes fenômenos

físicos ganhou o mundo da comunicação visual e está levando o mercado a patamares cada vez mais sofisticados Léo Martins

A

física é fascinante. Desde quando foi definida pelos gregos como uma ciência que estuda a natureza e seus fenômenos em seus aspectos mais gerais, sempre esteve presente no desenvolvimento da humanidade. Dentro do universo da comunicação visual, existe uma técnica baseada em um princípio físico dos mais belos e intrigantes, e que ganha cada vez mais projeção entre os signmakers. Trata-se da sublimação: a mudança do estado sólido para o gasoso e, novamente, para o sólido sem que se passe pelo estado líquido. Conheça um pouco sobre o crescimento da técnica no segmento da comunicação visual, algumas soluções e como você pode transformar esse princípio físico em alternativas para suas ideias.


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Crescimento

da técnica

Com grande tradição dentro do ramo serigráfico, a sublimação é relativamente nova dentro da comunicação visual. No entanto, nos últimos anos,

a tecnologia vem ganhando força entre os signmakers. Wilians Lotti, supervisor de produtos da Roland DG, relaciona os motivos pelo qual essa técnica vem crescendo dentro mercado.

“C ADA VE Z M AI S AS EM PR ES AS PO SS UE M EX IG ÊN CI AS EC OL ÓG IC AS , QU E SÃO AT EN DI DA S CO M O EM PR EG O CR ES CE N TE DA SU BL IM AÇ ÃO DI GI TA L” “Acredito que isso vem ocorrendo pelo fato da sublimação trazer menores custos de produção e por oferecer um apelo sustentável por trabalhar com impressão direta no papel, utilizando tintas que causam menores danos ao meio ambiente e aos usuários”, informa. Ele vai além: “Muitas empresas possuem exigências ecológicas e, para tanto, a sublimação digital está entrando de forma intensa”, completa Sérgio Antônio Schmitz, diretor da J-Teck. Esse crescimento, na opinião de Eduardo Sousa, gerente de marketing da Agfa Graphics, era esperado no setor de sign making brasileiro há muito tempo. “Hoje, podemos constatar o avanço da mídia tecido, assim como a entrada de fabricantes importantes com a tecnologia sublimática em equipamentos”, afirma. “Há também distribuidores tradicionais comercializando e complementando o mix de mídias com tecidos”, completa. Marco Antônio Camargo, supervisor de vendas de máquinas da Ampla, analisa o crescimento da sublimação dentro da comunicação visual em três frentes:

Estádios de futebol poderão utilizar a sublimação como técnica para comunicação visual

ÁNecessidade Á de uma apresentação mais sofisticada da marca e da mensagem a ser transmitida, aspecto esse que dá ao tecido vantagem sobre as tradicionais lonas e adesivos;


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VITRINE DE EQUIPAMENTOS DUBUIT EQUIPAMENTO: DUBUITJET X6 – GS2002 RESOLUÇÃO: 720 x 1440 dpi LARGURA DE IMPRESSÃO: 1,85 m QUANTIDADE DE CABEÇAS DE IMPRESSÃO: 2 cabeças DX5 MODELO CABEÇA DE IMPRESSÃO: Epson DX5 – MicroPiezo Technology MODO DE IMPRESSÃO: unidirecional, bidirecional e double pass printing TIPO DE TINTA: eco-solvente, solvente e sublimação PRINCIPAIS APLICAÇÕES: banners, vestuário, decoração e cenografia

MIMAKI EQUIPAMENTO: JV5-160

CONTATO: Mário Seixas – mario. seixas@dubuit tel. (11) 2498-4699

RESOLUÇÃO: até 1440 dpi LARGURA DE IMPRESSÃO: 1,60 m QUANTIDADE DE CABEÇAS DE IMPRESSÃO: 4 cabeças VELOCIDADE DE IMPRESSÃO: 58 m²/h (resolução 540 x 740 dpi – 4 passadas) TIPO DE TINTA: Mimaki SB53 SISTEMA UISS: permite troca dos bags de tinta sem parar a impressão ITEM DE SÉRIE: rebobinador Outros: checagem automática dos nozzles Principais aplicações: Sinalização backlite, sinalização para pavimento, etiquetas, lonas, posters, decoração de viaturas, sinalização interior e autocolante CONTATO: Danilo Ribeiro – danilo@ mimakibrasil.com.br tel. (11) 5018-1133

AGFA GRAPHICS EQUIPAMENTO: AGFA ARDECO PROCESSO: sublimação direta RESOLUÇÃO: 1200 dpi CORES: 4 cores (CMYK) LARGURA DE IMPRESSÃO: 3,2 m VELOCIDADE DE IMPRESSÃO: série 3308 (8 cabeças) até 100 m²/h e série 3312 (12 cabeças) até 136 m²/h OUTROS: tecido à base de poliéster PRINCIPAIS APLICAÇÕES: banners, displays, bandeiras, decoração de ambientes, cenários, etc. CONTATO: Carlos Henrique - carlos.henrique@agfa.com


33 AKAD EQUIPAMENTO: IMPRESSORA NOVAJET 1601S RESOLUÇÃO: 1440 dpi CORES: 4 cores (CMYK) LARGURA DE IMPRESSÃO: 1,50 m TIPOS DE TINTAS: Eco-solvente ou Sublimática FORMATO DAS IMAGENS: TIFF, JPG, EPS e PDF ALIMENTAÇÃO DE MÍDIA: rolo a rolo ou folha solta PRINCIPAIS APLICAÇÕES: moda praia, cortinas, painéis, roupas esportivas e decorações de ambientes CONTATO: tel. (11) 3829-7700 e-mail. gf@akad.com.br

EPSON EQUIPAMENTO: EPSON SURECOLOR F7070 RESOLUÇÃO: 720 x 1440 dpi LARGURA DE IMPRESSÃO: 1,62 m MODO DE IMPRESSÃO: bidirecional e unidirecional TECNOLOGIA DE IMPRESSÃO: cabeças Epson MicroPiezo TFP ALIMENTAÇÃO DE MÍDIA: rolos e folhas soltas TIPO DE TINTA: Epson UltraChrome DS

AMPLA EQUIPAMENTO: TARGA XT 1812 AQUATEX

PRINCIPAIS APLICAÇÕES: banners,

RESOLUÇÃO: 1200 dpi

CONTATO: www.epson.

CORES: 4 cores (CMYK)

com.br/ondecomprar

bandeiras de tecidos, decoração de ambientes e brindes em geral

LARGURA DE IMPRESSÃO: até 1,80 m VELOCIDADE: até 180 m²/h CABEÇA DE IMPRESSÃO: 12 cabeças industriais com volume de gota de 7 pL TIPO DE TINTA: tinta para sublimação à base de água PRINCIPAIS APLICAÇÕES: sublimação em tecidos CONTATO: tel. (41) 35259300 ou (11) 3595-9000

ROLAND DG EQUIPAMENTO: JV5-160 RESOLUÇÃO: até 1440 dpi CORES: 4 cores (CMYK) MODELO CABEÇA DE IMPRESSÃO: 2 cabeças Roland Gold Head LARGURA DE IMPRESSÃO: até 1,62 m VELOCIDADE DE IMPRESSÃO: até 122 m²/h TIPO DE TINTA: tinta sublimática PRINCIPAIS APLICAÇÕES: bandeiras, banners, painéis e vestimentas em geral CONTATO: tel. (11) 3500-2600


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de a sublimação trabalhar com uma tinta a base d’água. Esses benefícios podem ser revertidos em melhores custos de produção. O valor agregado proporcionado pela técnica, na opinião de Mario Seixas, diretor comercial da Dubuit, é outro ponto que merece ser destacado. “A sublimação criou um novo produto com valor agregado, valores que estão baixando muito na impressão normal em vinil ou lona”, declara. Ele completa: “Outro ponto é que foi possível abrir mercados jamais trabalhados, como cenografia, decoração, vestuário e muitos outros”.

J-Teck

Além do valor agregado, Evelin Wanke, especialista de produtos da Epson em grandes formatos, destaca também a abertura de novas possibilidades de trabalho. “O principal avanço é explorar novos nichos de mercado, como eventos e decoração de ambientes. É possível fazer estofamentos impressos, quadros, revestimentos de paredes, etc”, observa.

Sublimação é amplamente utilizada em banners

ÁAplicações Á específicas em cenários de palco, decoração e vestuário promocional, entre outros;

grande fatia que visualiza a solução com certo preconceito e, consequentemente, não se aventura a utilizá-la.”.

ÁNecessidade Á de determinados serviços serem executados sem produtos que utilizem solvente em sua formulação.

Principais avanços ao mercado

Marcelo Ribeiro Godinho, supervisor comercial da Mimaki, ressalva que, apesar da forte tendência que a sublimação impõe ao mercado, ainda é difícil convertê-la em grandes negócios. “Alguns clientes importantes já entenderam as viabilidades e vantagens desta nova solução, mas ainda contamos com uma

Godinho cita alguns aspectos da sublimação que a tornam atrativa para os bureaus de impressão: ÁCustos: Á possível redução de até 40% nos custos de produção e a longevidade do material exposto, que dura mais que o normal dos impressos em solvente; ÁEcologia: Á Apelo com relação a aspectos ecológicos, por conta

Já na questão técnica e visual, Kayo Cardoso Miranda, analista de produto da Akad, informa que o método de sublimação pode produzir cores mais ricas e vibrantes, causando um impacto visual mais agradável. “O tecido que recebe a aplicação pode ser leve e flexível, ressaltando facilidade no transporte, armazenamento e instalação”, comenta.

Vantagens proporcionadas Marco Antônio Camargo, da Ampla, cita algumas das principais vantagens que a sublimação oferece ao mercado. “Pode-se obter produção em escala industrial, custos reduzidos e elevada qualidade de impressão. Esses fatores fazem com que os profissionais de


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ÁDiversidade Á de substratos utilizados como tecidos, cerâmicas, borrachas, metais com tratamento, entre outros;

possibilita impressões de pequena tiragem com competitivo custo de impressão independente da quantidade de cores.

ÁPossibilidade Á de realizar projetos em outros diferentes segmentos de mercado.

Outro diferencial é no sistema de cores. Segundo Mario Seixas, da Dubuit, quando se imprime no digital usando o sistema de 4 cores CMYK, atinge-se um número infinito de combinação. “Isso oferece a possibilidade de imprimir o que quiser e como quiser, dando assim mais flexibilidade na escolha da imagem e da estampa que vai ser reproduzida.”

Divulgação Epson

Diferenças para outras técnicas

Sublimação em tecidos de poliéster

comunicação visual tenham um novo mercado a explorar”, diz. Apesar das vantagens econômicas serem bastante atrativas, Marcelo Ribeiro Godinho, da Mimaki, ressalta benefícios como a abertura de mercados focados em aumento de valor agregado. “O mercado também tende a buscar diversificação de processos e mais opções de máquinas de alta qualidade, tanto para grandes tiragens quanto para entrada em pequenos metros”, acrescenta. Para Evelin Wanke, da Epson, as vantagens proporcionadas pela sublimação estão pautadas em três tópicos: ÁUtilização Á de materiais ecológicos quando pensamos na substituição de lonas por tecidos e tintas com solvente pesado por tintas à base d’água;

Para entendermos as diferenças da sublimação para as demais técnicas disponíveis no setor, Eduardo Sousa, da Agfa Graphics, informa que é preciso considerar que a serigrafia envolve estamparia através de quadros/matriz. Além disso, é importante compreender que a estampa digital é a impressão direta no tecido. “Já a sublimação é um processo que utiliza um papel transfer que permitirá o contato com a superfície do tecido e que através do calor, penetra nas fibras do tecido”, completa.

Uranus2 Comunicação

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De acordo com Sousa, ambas as tecnologias permitem uma maior adesão da tinta em tecidos com composição maior de poliéster. “Mas o processo sublimático garante uma maior flexibilidade nas composições do que a impressão direta e maior praticidade, set-up e menos mão de obra do que a serigrafia e silk-screen”, detalha. As tintas sublimáticas, no entanto, normalmente são direcionadas para tecidos tratados ou com composição de ao menos 70% de poliéster. “O mercado tem evoluído bastante e já existem tintas mais flexíveis”, finaliza Souza. Kayo Cardoso Miranda, da Akad, também destaca a importância da sublimação na impressão em tecidos. “A utilização da sublimação é a melhor forma de imprimir em substratos de poliéster com flexibilidade, sem odor, sem alterar a textura do substrato e com boa resistência a lavagem.” Ele acrescenta que, comparando com a serigrafia, a sublimação

Bandeirões para ações promocionais são uma das novas tendências na sublimação


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Por isso, os sistemas mais antigos como impressão em cilindros, serigrafia plana ou gráfica off-set são superados. “Outra vantagem é poder imprimir sem limite de comprimento, fazendo da estampa corrida a principal vantagem sobre os outros métodos”, acrescenta Seixas.

e imaginação dos profissionais da área. “Por isso, a produção de banners, faixas, personalização de ambientes, confecção de abadás e camisetas são utilizações cada vez mais comuns da sublimação”, completa Marco Antônio Camargo, da Ampla.

Vale dizer, contudo, que ainda há muito a desenvolver nesse sentido. “Os banners de tecidos trabalhados hoje podem se tornar quase uma obrigação colocada pelo cliente”, observa Marcelo Ribeiro Godinho, da Mimaki.

Pedro Dourado, diretor da Uranus2 Comunicação, cita alguns exemplos práticos nos quais é possível empregar a sublimação dentro da comunicação visual. “Já utilizamos a técnica em lançamentos imobiliários, produzindo bandeiras para ações promocionais, e no Carnaval de Salvador, com bandeirões na frente dos blocos, promovendo a marca dos patrocinadores”, diz. Ainda de acordo com Dourado, a utilização da sublimação será amplamente explorada em estádios de futebol devido a Copa do Mundo.

Principais

utilizações

Willians Lotti, da Roland DG, explica que a sublimação digital pode ser utilizada em diversos tipos de aplicações, principalmente em áreas internas. “Cada vez mais ela vem sendo empregada para comunicação visual devido sua praticidade de transporte e instalação”, detalha. Lotti argumenta que isso ocorre pelo produto final ser produzido em tecido, deixando os trabalhos muito mais leves e de fácil locomoção, além de proporcionar um toque mais fino e elegante. “Grandes empresas vem solicitando cada vez mais este tipo de aplicação e as forma de utilizar são as mais diversas, como banners para lojas, shoppings e grandes magazines”, afirma. Ele acrescenta. “Além disso, percebo que estão sendo usadas cada vez mais em feiras, nas testeiras e fachadas de estandes”, conclui. Marcelo Ribeiro Godinho menciona a utilização da sublimação em banners de tecido nos mais diversos tipos de eventos. “Pode-se vê-los em grandes shows, estúdios de gravações de novelas, filmes e comerciais e em materiais promocionais.” Em geral, a utilização fica condicionada a capacidade criativa

Os entrevistados, convém ressaltar, informaram que principal aplicação diferenciada possível com a sublimação são os banners de tecido. “Os que estão sendo aplicados em shoppings, por exemplo”, indica Willian Piorone, gerente regional da Serilon.

Sublimação

e o futuro

Na opinião de Wilians Lotti, da Roland DG, o futuro da sublimação digital é muito promissor. “Acredito que a impressão digital seja uma grande tendência para o mercado de comunicação visual”, opina. Essa tendência, de acordo com Sérgio Antônio Schmitz, da J-Teck, acontece devido ao fator ambiental. “Em razão do apelo ecológico, a sublimação tem tido cada vez mais ênfase e espaço no mercado, pois não é nociva e não agride o meio ambiente.” Fala-se muito na conscientização ambiental não somente para fabricação de equipamentos, mas também para a prestação de serviços que visam uma questão sustentável e ecologicamente correta. “Nesse ponto, a sublimação se encaixa muito bem”, complementa Lotti. Devido aos componentes e suprimentos utilizados para a concretização do produto final, atualmente muitas empresas de grande porte já consideram utilizar o máximo possível desta tecnologia para seus trabalhos de comunicação. “A tendência é que esta demanda de trabalhos utilizando a sublimação aumente cada vez mais”, conclui.

Vantagens da sublimação ÁAlta Á qualidade de impressão ÁElevada Á fidelidade de cores ÁFacilidade Á de aplicação ÁCaimento Á perfeito ÁNão Á encanoa ÁVersatilidade, Á sendo possível fazer a cobertura de superfícies curvas e irregulares com qualidade ÁEcologicamente Á correta Fonte: Willian Pierone, gerente regional da Serilon


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Uranus2 Comunicação

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A sublimação deve ganhar força na comunicação visual graças aos grandes eventos esportivos que o Brasil sediará

Para Marcelo Ribeiro Godinho, da Mimaki, devido à migração da tecnologia de solvente para a base d’água, a grande maioria dos equipamentos trabalhará com soluções sublimáticas ou UV. “É possível afirmar que, no Brasil, essa tendência também se confirmará.” Ele vai além: “Com a movimentação que vemos em nosso mercado interno, a perspectiva dessa passagem demanda ainda dois anos, devido à cultura e legislação bem diferentes dos mercados de primeiro mundo como os da Europa”, pondera. Godinho acredita que o desenvolvimento da sublimação se dará dentro do mercado têxtil para moda, indústria calçadista e decoração. “Mas com o aumento dos clientes procurando essa solução para comunicação visual, a expectativa é que os fabricantes acompanhem essa

Pesos e volumes Quase todo mundo aprende na escola é que um litro pesa um quilo. Mas isso é verdade apenas para a água. Outros líquidos com diferentes densidades podem pesar mais ou menos. Na composição química da tinta para sublimação existe uma diferença que influencia significativamente no preço, conforme a cor. Essa diferença pode chegar a 10%. Confira abaixo: Á1Á l de amarelo equivale a 1,088 kg, ou seja, 8,8% a mais de conteúdo Á1Á l de preto equivale a 1,103 kg, ou seja, 10,3% a mais de conteúdo Á1Á l de magenta equivale a 1,089 kg, ou seja, 8,9% a mais de conteúdo Á1Á l de ciano equivale a 1,083 kg, ou seja, 8,3% a mais de conteúdo É necessária atenção na hora dessa comparação, pois o cliente pode sair prejudicado comprando algo que teoricamente é mais barato, mas que acaba levando para casa menor conteúdo. Fonte: Markus Runk, coordenador de marketing da Sign Supply


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movimentação e tragam cada vez mais máquinas compatíveis com a necessidade do novo mercado.” Na opinião de Pedro Dourado, da Uranus2 Comunicação, o Brasil precisa crescer dentro na utilização do método sublimático. “Acredito que em relação a outros mercados, estamos engatinhando. Falta matériaprima de melhor qualidade para desenvolvermos essa técnica”, opina.

Apesar de o mercado estar em expansão, Mario Seixas, da Dubuit, acredita que para “engrenar de vez” no Brasil, a sublimação precisa de máquinas que imprimam com maior velocidade, dando a possibilidade de ganho de escala na comunicação visual. “A exigência de grandes quantidades ainda se limita na contrapartida das impressões tradicionais. Em questão de custo já estamos muito próximos”, conclui. Um dos grandes desafios da atualidade é utilizar a ciência para o bem coletivo – e isso se aplica também ao setor da comunicação visual. Cada vez mais, as empresas buscam um leque de ferramentas efetivas, lucrativas e, ao mesmo tempo, benéficas ao meio ambiente. A sublimação, como se pode notar, é um exemplo muito pontual da transformação que ocorre dentro do setor. E, nesse ponto, o mercado de comunicação visual também se assemelha a física, mais especificamente a sublimação: muda do estado sólido para outro sólido. A física – e o nosso setor – são realmente fascinantes.

Uranus2 Comunicação

Evelin Wanke, da Epson, crê que o desenvolvimento será natural justamente devido ao fator ambiental. “O movimento que estamos vendo no Brasil, já começou há muito tempo em muitos países do exterior, principalmente na Europa”, afirma. “Hoje, em vários países, é muito difícil encontrar um banner feito com lona, pois a aplicação migrou para o tecido. O mercado brasileiro está caminhando na mesma direção.”

Utilização da sublimação em vestidos promocionais para comunicação visual em eventos

Principais aplicações na comunicação visual ÁÁPrincipais aplicações na comunicação visual ÁÁBanners de tecido ÁÁDisplays ÁÁBandeiras ÁÁDecoração de ambientes ÁÁFaixas ÁÁVestuário e brindes promocionais ÁÁComunicação interna ÁÁCenografia em shows, estúdio de gravações de novelas e filmes ÁÁPersonalização de produtos como camisetas e bonés


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crílico

Indac revigorado conta com nova gestão Presidente destaca a importância da participação coletiva para construir um instituto cada vez melhor para seus associados

É

com muito orgulho que o engenheiro Fábio Fiasco, reeleito presidente do Instituto Nacional para Desenvolvimento do Acrílico (Indac), conta como a organização tem dado a volta por cima após algumas mudanças que abalaram sua estrutura em 2012. “Apesar das dificuldades, foi a contribuição dos associados que garantiu que conseguíssemos realizar alguns planos esse ano. Além disso essa contribuição nos dá suporte para pensar outros projetos, como a próxima edição do Fórum do Acrílico, que deverá ser realizada fora de São Paulo.”, diz o presidente. “Também iniciamos as negociações para a volta do Salão do Acrílico em 2014 e, conforme surgirem novos patrocínios, daremos continuidade à impressão de novas edições do jornal, que é o mais eficaz meio de divulgação do nosso

trabalho, já que é enviado para nove mil pessoas interessadas no acrílico”, conta Fiasco. Segundo o presidente, a contribuição feita por cada associado traz vantagens para as empresas participantes. No entanto, lembra, os benefícios são notados de maneira global e mais tangíveis em longo prazo. “Se na década de 90 o crescimento médio do setor era de 3% ao ano, quando iniciamos a gestão do Indac, em 2001, esse crescimento pulou para cerca de 9% ao ano, número que tem se mantido nestes 12 anos de atividades”, justifica. Entre as novidades, destaca-se o lançamento da Web Acrílicos, site de e-commerce, ligado ao site do Indac, que beneficiará os associados por meio da venda online de seus produtos.

Também foi firmado um convênio com a BTS Informa, empresa promotora da feira Serigrafia SIGN FutureTEXTIL e editora da Revista SIGN, principal veiculo no mercado de comunicação visual. A parceria começa com a criação de uma coluna mensal sobre o mercado do acrílico na revista SIGN, que abordará temas técnicos, mercadológicos e econômicos. A parceria ainda trará uma grande novidade para 2014. A feira e o Instituto poderão ocorrer ao mesmo tempo e no mesmo local. “Estamos implantando mudanças e buscando colaborar individualmente com cada associado, todo o tempo. Para que tudo funcione, precisamos da participação coletiva com ideias, sugestões e críticas. Só assim poderemos construir um Instituto cada vez melhor para os associados”, finaliza o presidente.


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olorimetria e

Gerenciamento

de

Cores Fabio Tanaka*

Insumos e suas variáveis na

impressão digital em Sublimação

S

ublimação é a passagem do estado sólido para o gasoso. Na impressão digital, é o processo de transferência térmica que emprega uma substância sólida (corantes) capaz de se transformar diretamente em gás ou vapor, penetrando nas fibras do substrato sintético, tingindo-o instantaneamente.

Tipos

de fibras e tecidos

Para a fabricação de um tecido, primeiramente é preciso escolher o tipo de fio a ser utilizado, dentre os três tipos de fibras existentes: Naturais: são fibras retiradas da natureza, sem a interferência do homem na sua criação. Exemplos: algodão (fibra vegetal), seda e lã (fibras animais). Artificiais: são fibras produzidas pelo homem, mas que utilizam matéria prima natural em sua composição. Exemplo: a viscose é uma fibra artificial de celulose. Sintéticas (as utilizadas no sistema de sublimação): são fibras obtidas a partir de polímeros sintéticos (plásticos) derivados do petróleo. Exemplos: poliamida e o poliéster.

Tecidos com composição em poliéster têm um menor custo (se comparados à poliamida), possuem um toque mais áspero e o processo de tingimento requer maior calor e um pouco mais de tempo.

Normalmente, para identificar a qualidade de um tecido sintético, é preciso reparar na trama. As mais fechadas costumam ser melhores, apresentando maior riqueza nas cores e maior intensidade após a transferência térmica.

Papéis

para transferência

Os mais indicados são os tratados, específicos para sublimação. Eles diminuem a retenção da tinta pelas fibras do papel, reduzindo o consumo, melhorando a qualidade da imagem e resultando em cores mais intensas. Com relação a gramatura, para prensas, deve-se utilizar as maiores, para o papel não encanoar (90gr). Para calandras, pode-se utilizar uma menor gramatura (70gr). Então, para atingirmos uma ótima qualidade na impressão digital em sublimação, não podemos deixar de lado a qualidade dos insumos. Lembrando, que todos esses detalhes tem influência direta na hora da criação do Perfil ICC personalizado. Boas impressões e qualidade total!

* Fabio Kenji Tanaka é consultor da Cor Amarelo

Tecidos com composição em poliamida têm baixa absorção de umidade e possuem um toque mais macio.

Gerenciamento de Cor Digital fabio@coramarelo.com.br


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inil

Eduardo Yamashita*

Aplicação

de vinil autoadesivo:

método a seco U

m dos métodos mais utilizados no mercado de comunicação visual é o da aplicação a seco. Muitas das vezes, os instaladores ou aplicadores preferem o método a úmido por acharem mais fácil.

Porém, é necessário entender bem quando devemos optar por utilizar um método ou outro. O método a seco é indicado para qualquer tipo de superfície. Já o método a úmido é somente

para superfícies planas ou com curvaturas simples. Uma pergunta bastante frequente é: Por que isso? Porque ao se utilizar o método a úmido nas superfícies complexas (com curvaturas compostas,

APLICAÇÃO A SECO VANTAGENS

DESVANTAGENS

Não necessita tempo adicional para iniciar a etapa de acabamento

Necessário uso de fitas de posicionamento da imagem

Poder ser usada em qualquer tipo de superfície

Alta aderência do adesivo (cola) à superfície Difícil reposicionamento

Filme de PVC Camada de adesivo

Superfície/ Substrato


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inil

Eduardo Yamashita*

baixos relevos), não se consegue remover toda a água utilizada no processo. E esta fica “presa” entre o adesivo e a superfície através de microbolhas de água. Elas não são perceptíveis após a aplicação. Quando a imagem aplicada recebe calor (do sol), as microbolhas aumentam e, durante um vândalo (causado pela manutenção de limpeza), o vinil nessa região se rompe causando estragos irrecuperáveis à imagem. Assim, recomenda-se atentar na escolha do método. Facilitar a aplicação nem sempre resulta em boa performance da imagem. Na metodologia de aplicação a seco, o adesivo da película autoadesiva

entra em contato com toda a superfície de aplicação, dificultando assim o seu reposicionamento. O que não ocorre durante a aplicação da película autoadesiva a úmido, na qual há a formação de uma camada de água e detergente entre o adesivo e a superfície, facilitando o resposionamento da imagem quando necessário.

Em linhas gerais, a metodologia a seco é mais complexa por não permitir o reposicionamento da película autoadesiva durante a aplicação. Porém, alguns fabricantes oferecem a tecnologia de adesivos com baixo tack (adesão) inicial ou com liners (papel de proteção do adesivo) com o sistema chamado “bubble free” (sem bolhas).

Apesar das desvantagens de um método ou outro, não podemos simplesmente substituí-los. O tipo de superfície irá determinar a metodologia a ser adotada.

Essas duas características ajudam a ter uma aplicação mais uniforme, sem esticamento da película auto-adesiva e sem bolhas.

Não podemos esquecer que experiência e habilidade comporão o resultado da instalação.

Na próxima edição começaremos a detalhar as etapas da aplicação a seco. Esperamos por você.

APLICAÇÃO A ÚMIDO VANTAGENS

DESVANTAGENS

Baixa adesão inicial do adesivo (cola) à superfície

Adesão inicial mais demorada

Reposicionamento total da imagem Facilidade nos encaixes entre vinis diferentes

Elevado tempo de instalação devido ao tempo de secagem da água Necessário ambiente adequado para trabalhos com água Limitado a superfícies com planas ou curvas simples

Camada de adesivo

Filme de PVC

Solução de água + detergente

*Eduardo Yamashita é é consultor técnico

Superfície/ Substrato

para o mercado de comunicação visual Em.yamashita@hotmail.com


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igitec

Ricardo Minoru Horie, Andre Liberato, Lara Vargas, Paulo Addair e William Correia

Papéis para

impressão digital

parte 2

N

esta edição, publicamos a segunda parte do artigo sobre papéis para impressão digital. Trata-se de um trabalho do Digitec, o grupo técnico de divulgação de tecnologia, no âmbito da ABTG, voltado para promover ações de disseminação de soluções, conhecimento e tecnologias para o segmento digital.

DIFERENÇAS ENTRE SUBSTRATOS PARA IMPRESSÃO CONVENCIONAL E DIGITAL A diferença básica e inicial está no formato disponível para o mercado. O papel digital já vem de fábrica formatado e adequado para uso nas impressoras digitais e embalado para proteção contra umidade. Na fabricação dos papéis próprios para impressão digital, controla-se umidade, resistividade, condutividade, corte e esquadro e o tratamento superficial - entre outros itens, diferentemente do papel convencional. Com isto, o papel proporciona uma melhor qualidade de impressão e até economia de toner. Como regra geral, o papel digital possui certificação em órgãos competentes como o R.I.T. (Rochester Institute of Technology), que avaliam o papel e aprovam os de melhor performance para os equipamentos disponíveis no mercado mundial. O R.I.T. avalia itens como maquinabilidade, fixação do toner/tinta, descamação, arrancamento e atolamento, teste de números de cores frente e verso tipo 1/0, 1/1 e 1/4. Os testes de certificação em mídias são robustos e confiáveis, o que permite determinar a adequação do substrato para as impressoras digitais.

AS MÍDIAS SÃO CLASSIFICADAS DE ACORDO COM O DESEMPENHO SOBRE A SEGUINTE ESCALA: Papel de melhor desempenho (***) Papel recomendado (**) Bons papéis (•)

PRINCIPAIS CUIDADOS COM O PAPEL Os cuidados e recomendações descritos á seguir afetam a qualidade de impressão e, sobretudo, a produtividade das impressoras digitais. Referem-se principalmente ao controle de umidade - que é o conteúdo de água em relação à massa do papel (%). Além de afetar a condutividade de cargas elétricas (o que gera manchas na impressão e paradas constantes dos equipamentos devido aos atolamentos), a umidade faz as fibras incharem ou encolherem, conforme sua variação, principalmente no sentido transversal, o que gera impressos com superfície irregular e com encanoamento.


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igitec

Ricardo Minoru Horie, Andre Liberato, Lara Vargas, Paulo Addair e William Correia

RECEBIMENTO E MANUSEIO IMPORTÂNCIA DO PAPEL PARA O SEGMENTO DIGITAL

Inspecione as caixas dos papéis imediatamente ao recebê-las do fornecedor;

O papel é o principal veículo daquilo que se coloca nele, seja tinta, laminação, etc. E se o papel não corresponder à alta qualidade dos equipamentos de impressão e acabamento, todo o trabalho será de qualidade baixa. O papel para o segmento digital possui esta compatibilidade para gerar o melhor destes equipamentos e é muito bem aceito para uso em outras tecnologias, como off set, serigrafia, etc.

Se estiverem amassadas ou com sinais que evidenciem que foram molhadas, comunique ao fornecedor para que sejam devolvidas; Ao transportar as caixas, segure-as sempre por baixo, e nunca pelas fitas plásticas;

A combinação do papel certificado para uso digital e com a certificação florestal será sempre a melhor solução.

Evitar que caixas sejam jogadas ou carregadas pela fita plástica; Deposite com cuidado, evitando impactos que possam rasgar as embalagens.

UTILIZAÇÃO ARMAZENAMENTO DAS RESMAS Armazenar as resmas em posição deitada e sobre uma superfície bem plana em armário de madeira.

Abrir as resmas sem rasgar as embalagens, possibilitando a recolocação das folhas não utilizadas. Somente retire da embalagem as folhas que serão utilizadas. Se forem observadas as recomendações de armazenamento e controle de umidade, não é preciso ventilar o papel.

ARMAZENAMENTO DAS CAIXAS Colocar as caixas sobre uma superfície plana, afastada do chão (preferencialmente sobre pallets de madeira) e de paredes; Observar o limite máximo de empilhamento das caixas de papel: 6 caixas; Armazenar em local coberto, com baixa ventilação, temperatura ambiente de 20° a 25° C e umidade relativa do ar entre 35 e 55%; Caso não seja possível controlar a umidade ambiente, recomenda-se manter as caixas e pacotes em sacos plásticos.

Caso haja alguma folha com cantos amassados, marcas ou outro defeito, separe-a das demais. Use o papel após 12 horas de permanência no mesmo local onde se encontram os equipamentos. Colocar o papel na impressora, observando a seta que indica o primeiro lado para impressão. No final do expediente, o papel deve ser retirado das bandejas de alimentação e recolocado na embalagem original, fechando-a com cuidado. Convém imprimir sempre no sentido da fibra. Para descobri qual é o sentido de fibra de um papel, dobre a folha paralelamente à borda mais longa e, a seguir, perpendicularmente. A borda no sentido da fibra será mais uniforme e mais reta. A borda contraria ao sentido da fibra será menos uniforme, com tendência à quebra.


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G

estão

Fabio Kisner*

Quanto custa um colaborador? O

lhe atentamente seus quadros de colaboradores e pergunte para si mesmo quais deles estão ali apenas por questão de confiança ou por causa do tempo na empresa. Se você encontrou algum colaborador com essas características, saiba que esta cometendo um erro em mantê-lo. Você pode estar me achando maluco (ou dizendo isso de si próprio) por cogitar a ideia de dispensar esse determinado colaborador. Mas vamos analisar racionalmente os dois motivos que o levam a segurá-lo na empresa. O primeiro deles seria tempo de casa. Quando uma empresa tem um funcionário há muito tempo, tende a mantê-lo por causa das custas de demissão. Ou seja, só está sendo levado em conta o custo da dispensa, e não o retorno do investimento. Isso mesmo, funcionário não é custo; é investimento. A pergunta a ser feita é se há no mercado pessoas que poderiam dar um retorno melhor do que o colaborador em questão. Essa análise do retorno do investimento não deve se prender a salários. Não se troca um funcionário com muito tempo de empresa apenas com a intenção de contratar um mais novo, que reduza a folha de pagamento. O que deve ser analisado é o retorno que o funcionário gera para a empresa quando comparado com um funcionário mais novo e inexperiente. Quando falo em retorno, refirome às receitas diretas e indiretas que o colaborador gera. Sendo estas receitas não necessariamente

financeiras, mas também de conhecimento técnico ou negocial.

para segurar um colaborador sem a capacidade de exercer a função.

É muito comum colaboradores antigos ficarem acomodados e obsoletos. Parte da culpa dessa situação é do superior direto, que não investe no recurso humano para aumentar o retorno do investimento. Não é sem motivo que muitos empresários de sucesso mencionam que seu maior patrimônio são seus colaboradores. Isso não é dito da boca para a fora em tom de demagogia. Isso é bem real e bem capitalista.

Pior ainda se for simplesmente para ter um “dedo-duro” na empresa. Portanto, você deve deixar o lado emocional de lado e pensar racionalmente sobre seu principal patrimônio, os seus colaboradores. Verifique se está administrando esses recursos humanos como um investimento. Assim como você espera retorno do investimento feito em equipamentos de impressão ou corte.

Portanto, ao demitir um colaborador antigo, analise como se fosse um passivo e veja em quanto tempo esse passivo vai ser quitado. Em casos extremos, pode ser viável adquirir um empréstimo bancário para cobrir as custas de demissão, caso o novo colaborador gere um retorno maior e melhor que o antigo. O outro motivo é a confiança. Considero este o pior motivo para segurar um colaborador. Tenho vários cases em que o encarregado financeiro é uma “pessoa de confiança”, em muitos casos, um parente. Quase sempre em que me deparei com essa situação tive problemas. Pois, na maioria desses cenários, a incapacidade técnica do colaborador que exerce a função prejudica o andamento da empresa.

Deve- se olhar da mesma maneira seu quadro de colaboradores, analisando cada setor como se fosse uma máquina. Pode parecer desumano e radical. Mas quando você como gestor tiver essa visão, os seus colaboradores terão muitos mais benefícios, respeito e melhores condições de trabalho que seus concorrentes. Assim como você se preocupa com a manutenção de seus equipamentos, você terá a mesma preocupação com seus colaboradores. Isso vai acontecer naturalmente quando você analisar o retorno de cada colaborador no lugar de simplesmente analisar os custos.

Fabio Kisner é consultor e diretor de tecnologia da KSC Brasil.

A segurança da confiabilidade da informação e da operação deve ser garantida pela solução de software de gestão que a empresa usa. Nunca deve ser usada como motivo

Já ministrou palestras e consultoria em diversas empresas do país. Fabio.kisner@kscbrasil.com.br


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M

ercado

Novas tintas de

termoformagem

Digitec

secáveis por UV da EFI

promove

cursos

em setembro O Digitec irá promover quatro eventos para o segmento de comunicação visual em setembro. O curso “Como Expandir Seus Negócios” acontecerá dia 12 de setembro, às 9h, e irá abordar temas de impressão digital para grandes formatos. Já no dia 18, às 18h30, será realizado o 6º Seminário Digitec, com o tema “Boas Práticas em Vinil Autoadesivo e Impressão Digital”, que é gratuito e tem como objetivo identificar as aplicações e tecnologias existentes para melhorar a qualidade dos produtos impressos. Dias 24 e 25, às 18h, acontece o curso “Problemas e Soluções em Impressão Digital”, indicado para operadores, técnicos, vendedores, gerentes e consultores da área gráfica, com foco no segmento de impressão digital. Por fim, no dia 28, o Digitec realizará o curso “Como Obter Sucesso com a Sublimação”, que acontece às 9h e visa capacitar técnicos para os processos de sublimação em tecidos, e unificar o conhecimento sobre o tema, descrevendo e explicando os processos envolvidos. Os cursos têm valor de investimento de R$ 180 para associados e R$ 200 para não associados e todos acontecem na sede da ABTG, na Rua Bresser, 2315, Mooca. Mais informações: www.abtg.org.br/digitec

A EFI aumentou suas opções para o mercado de impressoras de grandes e supergrandes formatos com a introdução da tinta de termoformagem secável por UV. As novas tintas permitem imprimir diretamente em materiais laminados termoplásticos, que podem ser modelados em peças de estampagem profunda e de alongamento elevado com excelente retenção de matiz e opacidade.

acrílico, policarbonato, poliestireno e

A pré-decoração com essa nova tinta elimina métodos antigos, caros e trabalhosos, como a utilização de aerógrafos nos trabalhos com superfícies irregulares.

lançamentos, a EFI também tem

Segundo a assessoria da marca, as propriedades de alongamento da tinta de termoformagem VUTEk GS-TF da EFI são aprimoradas por sua alta opacidade em materiais como PETG,

para receber empresários, parceiros

PVC, além de derivados e misturas. Isso a torna ideal para aplicações em sinalizações personalizadas, embalagens, displays de pontos de venda, painéis de máquinas de vendas automáticas, veículos automotivos e recreativos, produtos de consumo, produtos promocionais e outros. Além desses e de outros apostado no relacionamento com o mercado brasileiro. O CEO da empresa, Guy Gecht, veio a São Paulo no final de julho e reuniu sua equipe e a imprensa. O executivo falou sobre previsões para os próximos dez anos, ressaltando os estudos com relação ao crescimento do uso das tintas UV.


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ercado

Novidades da TS2 A TS2 acaba de incrementar seu portfólio com os modelos Sign CE6000, FC8600 e Portrait (20 cm) e Cameo (30 cm), da Silhouette. A Plotter de Recorte Graphtec CE 6000 é um equipamento profissional para o desenvolvimento de corte e contorno de imagens, em mídias como adesivo, papel, cartolina, transfer e manta magnética, entre outros. O equipamento oferece conexão USB 2.0 de alta velocidade e a interface de dados RS 232C garante uma conexão segura com o computador. Inclui sensor óptico Graphtec ARMS de 4ª geração, oferece força máxima de corte de 300 gramas, velocidade máxima de 100cm/s (em todos os sentidos), 60 cm de boca e sistema de rolos avançado. A FC8600 é uma série de alta performance, indicada para fabricantes de sinalização, artistas gráficos, profissionais de reposição automotiva, entre outros profissionais. O

equipamento oferece velocidade máxima de 148,5 cm/s, e forca de corte de 20 a 600 g. Além disso, apresenta painel de LCD de fácil utilização e configuração dupla, na qual dois usuários podem personalizar e salvar sua configuração. A mini plotter Silhouette Cameo e sua versão portátil, Silhouette Portrait, cortam papel, cartolina, vinil adesivo, tecido e transfer, entre outros. O

tamanho máximo de mídia da Cameo é de 50,5 cm de largura por 3 m de comprimento. Já a Portrait corta até 20,3 cm por 3,05 m. Ambas são equipadas com uma micro lâmina de corte de alta durabilidade e precisão, capaz de cortar materiais com alto nível de detalhamento. A lâmina possui 10 ajustes de profundidade e pode cortar papéis de até 0,5 mm, dependendo da gramatura.

Parcerias da

VinilSul A VinilSul, distribuidora de suprimentos de comunicação visual, acaba de ampliar seu portfólio com impressoras Epson de grandes formatos. Trata-se de equipamentos robustos e de alta tecnologia, que visam qualidade da imagem, produtividade e menor custo de impressão. Outra novidade da empresa é a parceria com o Casa Cor Paraná 2013. A VinilSul possui produtos voltados exclusivamente para os segmentos de arquitetura e decoração em seu portfólio e apoia as arquitetas Josiane Nascimento e Viviane Granemann, responsáveis pela brinquedoteca da Casa Cor. “A ‘Brinquedoarte’, que vai além de um espaço infantil, possibilita a interatividade e didática com o público, agregando valores culturais”, explica Viviane Granemann.

Nova integração de

equipamentos

Konica Minolta bizhub A Konica Minolta acaba de anunciar que seus equipamentos de alta produção bizhub PRESS agora oferecem total suporte aos sistemas de gerenciamento de workflow (fluxo de trabalho) Agfa: Apogee e Dainippon Screen EQUIOS. Os modelos que permitem essa integração são as impressoras digitais coloridas C8000, C7000P e C6000, e a nova C70hc. Essa novidade traz benefícios como a maior facilidade de se integrar os sistemas bizhub PRESS a diferenciados fluxos de impressão e de produção gráfica, incluindo os que utilizam, em paralelo, sistemas CtP e de impressão offset. Segundo a assessoria da marca, a integração entre as impressoras digitais Konica Minolta e os sistemas de gerenciamento Agfa e Screen possibilitarão que um mesmo documento rasterizado e enviado para impressão seja analisado, corrigido e enviado para diferentes tipos de saída (prova, gravação de chapas ou impressão digital).


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