Revista Silk-Screen 333

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Nยบ 333 โ ข Ano XXIX Abril-Maio / 2013 www.btsinforma.com.br

A revista do mercado serigrรกfico

CTS Essa mรกquina

cabe na sua

empresa?


ESPECIAL

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Silk-Screen | Abril-Maio 2013


Arte da Capa: Emerson Freire

SUMÁRIO

28 Nº 333 • Ano XXIX Abril-Maio / 2013 www.btsinforma.com.br

A revista do mercado serigráfico

Capa Saiba quando vale a pena utilizar o método Computer-to-Screen para gravação de matrizes serigráficas

CTS Essa máquina

cabe na sua

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empresa? Foto: Arquivo RSS

Matriz Tarsis C. Bianchini, proprietário da Agabê, fala sobre a profissionalização da mão de obra em serigrafia no Brasil

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Produto Confira detalhes sobre o Texline Screen Washer, da Sefar

E mais 6................Índice de Anunciantes

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38..Serigrafia SIGN FutureTEXTIL 40...... Caderno de Oportunidades

Especial Os riscos e os benefícios da sucessão em empresas familiares

Errata Na edição anterior da Revista Silk-Screen, informamos que a velocidade máxima atingida pelos equipamentos Epson SureColor F6070 e F7070 era de 618 m²/h. Porém, a velocidade máxima correta é de 57 m²/h.

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EDITORIAL

Ano XXIX - nº 333 | Abril-Maio 2013

Está chegando a hora

T

radicionalmente, o mês de julho é o mês mais aguardado pelo mercado brasileiro de serigrafia, estamparia, brindes, comunicação visual, impressão digital e grandes formatos. A Serigrafia SIGN FutureTEXTIL sempre traz inúmeras novidades e os profissionais do setor, além de terem um importante espaço de relacionamento, aproveitam a oportunidade para fazer negócios. Neste ano, a feira acontece entre 10 e 17 de julho no mesmo lugar de sempre, o Expo Center Norte, em São Paulo. Mas além dos lançamentos em equipamentos, tintas, substratos e suprimentos para as empresas desses setores, a própria feira traz algumas novidades importantes que irão acrescentar ainda mais valor ao evento. A parceria com ABTG, Abigraf e Sindigraf-SP mostra que os organizadores, além de não deixarem de lado a tradicional serigrafia, acompanham as tendências do mercado e se antecipam para agregar conteúdo cada vez mais relevante, já que as empresas que imprimem em papel, também passam a imprimir em tecido ou vinil, e vice-versa. Mesmo esta edição da Silk-Screen, que traz na Capa uma reportagem sobre CTS, demonstra isso. A técnica computadorizada de impressão de matrizes acelera a produção da tradicional impressão com telas e pode significar ganhos

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DIRETOR GERAL DA AMÉRICA LATINA DO INFORMA GROUP

Marco A. Basso

CHIEF FINANCIAL OFFICER DO INFORMA GROUP BRASIL

Duncan Lawrie

CHIEF MARKETING OFFICER DA BTS INFORMA

Araceli Silveira

GERENTE DE PUBLICAÇÕES

Silvio Junior silvio.junior@btsmedia.biz

EDITOR Erik Bernardes - MTb 54.142 erik.bernardes@btsmedia.biz

importantes. Pular a etapa dos fotolitos e ganhar em resolução de tela pode ser os diferenciais que sua empresa precisa para se destacar entre os concorrentes. No Especial, outro tema fundamental, sucessão em empresas familiares. Não apenas este setor, mas toda a economia brasileira é formada por um número enorme de empresas familiares. Quando o criador da empresa e principal responsável pelas decisões atinge a idade da aposentadoria, por exemplo, as brigas e disputas internas acabam desgastando bastante a relação entre os familiares. Para evitar isso, buscamos dicas de especialistas que podem auxiliar a passagem de bastão. Além disso, o caderno de Oportunidades, com notícias de mercado e lançamentos importantes de empresas do setor, além da seção Produto, trazem boas notícias de equipamentos e suprimentos para serigrafia e estamparias.

REDAÇÃO Léo Martins redacao@btsmedia.biz leonardo.junior@btsmedia.biz Mariana Naviskas mariana.lippi@btsmedia.biz ARTE Emerson Freire emerson.freire@btsmedia.biz GROUP DIRECTOR João Paulo Picolo joao.picolo@btsmedia.biz GERENTE COMERCIAL Cíntia Miguel cintia.miguel@btsmedia.biz DEPARTAMENTO COMERCIAL Isabel Carlos isabel.carlos@btsmedia.biz Simoni Viana simoni.viana@btsmedia.biz ANALISTA DE MARKETING Patrícia Rodrigues patricia.rodrigues@btsmedia.biz CIRCULAÇÃO Camila Santos da Silva camila.silva@btsmedia.biz ATENDIMENTO AO CLIENTE Crislei Zatta crislei.zatta@btsmedia.biz PERIODICIDADE Mensal IMPRESSÃO Neoband (11) 2199-1202 www.neoband.com.br

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Aproveite a leitura!

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IMPRESSÃO Aqui vai selo FSC

Erik Bernardes

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Silk-Screen | Abril-Maio 2013 A revista não se responsabiliza por informações ou conceitos contidos em artigos assinados por terceiros.


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ÍNDICE DE ANUNCIANTES

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Agabê................................................................2ª Capa

IS Suprimentos.........................................................48

Alpha Resiqualy.......................................................41

J-Teck.........................................................................49

Andu Brindes............................................................46

Lan Max.....................................................................11

Art Hot.......................................................................47

Luga...........................................................................49

Auge...........................................................................41

Macimport.................................................................48

Camisetas Magic......................................................48

Marfel........................................................................48

Casa Diamante.........................................................47

Maxima Import.........................................................48

Chigueto....................................................................40

Mogk..........................................................................25

Crown........................................................................13

Multi Royal................................................................47

Dharma.....................................................................17

Polipox.......................................................................45

Embaplan..................................................................46

Prêmio.........................................................................7

F1 Suprimentos................................................21 e 33

Promom.....................................................................48

Flock Color................................................................48

Qualitransfer............................................................48

Framex......................................................................44

Revista Silk-Screen................... 06, 27, 36, 37, 46 e 49

Fremplast....................................................................5

Roland.......................................................................31

Gênesis......................................................................15

Sefar..................................................................4ª Capa

GG Pack.....................................................................46

Serigrafia SIGN FutureTEXTIL.........35, 50 e 3ª Capa

Havir..........................................................................43

Termopress...............................................................43

Indaco........................................................................47

Top 10........................................................................49

Inovação & Brindes..................................................48

Wood Chapas............................................................46

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MATRIZ

A única saída Serigrafia aposta na profissionalização do mercado como a maneira mais lógica de ampliar seus horizontes, evoluir e criar um novo rótulo para o segmento Léo Martins

O

ato de profissionalizar, por definição, é o processo de treinamento para que o profissional possa alcançar o maior grau de habilidade em determinado trabalho.

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Trocando em miúdos, o objetivo é aumentar o nível de capacitação técnica desse profissional. Apesar de todos os benefícios proporcionados pela profissionalização, em muitos mercados de trabalho, ela ainda se mostra uma realidade

longe da ideal. Às vezes, é muito mais fácil lamentar do que resolver, bem como o comodismo é mais confortável do que uma ação efetiva. Para falar sobre isso e também sobre as causas para que a profis-


sionalização ainda não seja uma realidade no Brasil, é que Tarsis C. Bianchini, proprietário da Agabê, empresa que desenvolve produtos para a indústria serigráfica há mais de cinco décadas, concedeu uma entrevista exclusiva para a revista Silk-Screen. Em um bate-papo bem franco, Bianchini expõe sua opinião sobre o mercado serigráfico, aponta a profissionalização como a grande saída para um possível ostracismo do setor e exalta a importância da informação qualificada para expandir a mente do profissional serigráfico. Amplie seus horizontes e profissionalize o seu conhecimento, pois essa é a única maneira de fazer a diferença em qualquer mercado. Afinal, como dizia Renato Russo, líder da Legião Urbana, o sol nasce para todos e só não sabe quem não quer.

Qual a sua opinião sobre o mercado serigráfico? Quais pontos deveriam ser melhores e quais pontos mais prejudicam? A serigrafia é o processo de geração e reprodução de imagem mais versátil que existe. Apesar da possibilidade de ser manual ou automatizada, ela proporciona flexibilidade de forma, tamanho, velocidade e produtividade. Porém, a serigrafia ainda é rotulada de maneira negativa como um processo que só implica no “puxar o rodo”. Isso faz com que o mercado tenha a imagem pobre e decadente sobre o processo. No ramo da serigrafia, vai sobreviver somente quem tiver na profissionalização e automatização, uma forma para reduzir as variáveis e obter melhor controle de produção. As empresas que possuem uma visão mais conservadora e ultrapassada quanto

“TODOS OS ENVOLVIDOS NO MERCADO SERIGRÁFICO, TAIS COMO FABRICANTES, FORMADORES DE OPINIÃO E FORNECEDORES SÃO RESPONSÁVEIS PELA DIFUSÃO DA INFORMAÇÃO DE QUALIDADE” à automação de sua produção, estão pagando o preço. Já outras empresas, estão ganhando, pois investem em profissionalização e na automação. Hoje, empresas do segmento de comunicação visual se veem obrigados a oferecerem tanto a solução digital, quanto a serigráfica. Logo, essas mesmas empresas precisam profissionalizar a área serigráfica da empresa. Outro exemplo é a serigrafia industrial como parte do processo industrial. O mercado serigráfico precisa se profissionalizar e o caminho é, de maneira literal, profissionalizar o processo, seja em uma empresa de serigrafia ou uma empresa que tenha a serigrafia dentro de seu processo.

Qual a sua opinião sobre a atual situação da profissionalização da mão de obra? O mercado é carente no que diz respeito a profissionais, seja ele um impressor ou um supervisor. Mesmo assim, muitas empresas buscam gerentes, supervisores e formadores em escolas que possuem um grau qualificado de instrução como o Senai, por exemplo. Outras empresas buscam em seus próprios fornecedores os profissionais para fornecer treinamentos internos. A busca pela profissionalização é constante. Por isso, todos os envolvidos no mercado serigráfico, tais como fabricantes, formadores de

opinião e fornecedores são responsáveis pela difusão da informação de qualidade. Profissionalizar é passar a serigrafia a limpo, ou seja, remover aquela imagem pejorativa que se criou em torno do setor.

O que poderia ser feito para deixar a mão de obra mais profissional? A ideia é procurar difundir a informação a outros polos ao redor do País afim de atingir não só o tomador de decisão, mas também aquele que põe a mão na massa. Para isso, alternativas como expandir feiras segmentadas para outros locais do Brasil são alternativas a serem consideradas. Organizar seminários, treinamentos e minifeiras em outros locais do Brasil, também são formas bastante eficientes de levar informação para todos os níveis da empresa, desde o dono até o usuário. A Agabê, por exemplo, fez um treinamento sobre sustentabilidade no fim do ano passado em um Senai do Rio de Janeiro. O desafio de crescer e preservar o meio ambiente, a saúde e segurança dos usuários são assuntos importantes de serem abordados e que todos devem conhecer. A conscientização dessas pequenas iniciativas são atitudes que ampliam essa visão profissional e é com essa disciplina e conscientização, que a serigrafia será passada a limpo. Abril-Maio 2013 | Silk-Screen

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MATRIZ

das. Esse mínimo de conhecimento é importante para a evolução. Os cursos são importantes para que conceitos básicos sejam reforçados e para que novos conhecimentos sejam adquiridos.

“A PROFISSIONALIZAÇÃO, ALÉM DE ABRIR A MENTE DOS PROFISSIONAIS, AJUDA COM QUE ELES RACIOCINEM DE MANEIRA MAIS LÓGICA” Qual é a importância de cursos de aprimoramento profissional para o mercado serigráfico?

Crédito: Arquivo RSS

Só se consegue evoluir se houver conhecimento. Muitas vezes o conhecimento vem pela prática, mas mesmo assim, o conhecimento teórico é importante para que se entenda o processo e tudo que está acontecendo nele. Só assim, se aperfeiçoa o processo. Em um curso ou na revista, por exemplo,

precisa ser constantemente falado sobre o princípio básico da serigrafia. Sempre haverá alguém que agregará um novo conhecimento. Ao mesmo tempo, precisa ser mostrado para as pessoas que existem novas soluções para automatizar uma série de processos. Os cursos, além de abrir a mente dos profissionais, ajudam com que eles raciocinem de maneira mais lógica. Assim, suas experiências diárias podem ter conclusões sóli-

Bianchini aposta na profissionalização como meio de sobrevivência da serigrafia

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Os atuais cursos para aprimorar o profissional serigráfico são o suficiente para elevar esse nível de conhecimento? Os cursos atuais não são o suficiente em termos de conteúdo e em termos de pessoas formadas. Hoje, algumas empresas oferecem cursos, mas os clientes assumem que a obrigação do conhecimento é do seu fornecedor. Se falarmos de serigrafia na comunicação visual, ainda existe algum tipo de conhecimento, o que não ocorre na serigrafia como componente no processo industrial. Se o nome serigrafia é citado em uma indústria de fabricante de peças automotivas, por exemplo, muitos profissionais dessas empresas rotulam a serigrafia de maneira negativa. O que eles não sabem é que, com a serigrafia, pode-se depositar aquele material condutor de eletricidade que gera a resistência para desembaçar o vidro. Hoje, muitas empresas já formam seus profissionais dentro da indústria para fazer esse tipo de trabalho.

Ainda sobre cursos, o que poderia ser feito para que eles fossem mais eficazes? O que ainda está faltando? O Brasil é grande e eu vejo o mercado serigráfico bastante espalhado. Toda essa informação precisa ser levada para os locais que carecem de tais conhecimentos. O Senai procurou fazer uma espécie de “carreta serigráfica”, que rodava pelo Brasil levando esse tipo de informação aos polos


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MATRIZ

“EM MUITOS LOCAIS DO BRASIL, JÁ SE TENTOU FORMAR UMA “ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE SERIGRAFIA”, QUE SERIA UMA ALTERNATIVA SE O INTERESSE COLETIVO FOSSE MAIOR DO QUE O INTERESSE PESSOAL” mais afastados. Essa foi uma ideia brilhante. Acho que se for feito um trabalho de seminários, de cursos em conjunto com a Associação dos Fabricantes, o resultado pode ser magnífico. Organizar semanas de discussões técnicas ou de treinamentos com os fabricantes nesses locais de difícil acesso, faria o mercado sentir a real demanda, a real busca. Mesmo com o advento da Internet, o contato pessoal continua sendo essencial. É lá que ocorre a troca de informações e experiências e, nesse caso, as feiras são importantes. Eu acredito também que faltam casos de sucesso internacionais que sirvam de incentivo e referência ao profissional brasileiro. É importante buscar mais casos de sucesso fora do Brasil. Isso capacita o gerente, o investidor e o diretor.

O governo tem algum papel, alguma obrigação nesse sentido? Nós vivemos em um mundo cada vez mais globalizado e, por isso, a concorrência não é só com a empresa da cidade vizinha. É com outros países. Impostos de produtos nacionais serem os mesmos de produtos importados, fez com que a indústria brasileira perdesse competitividade internacional. Aqui, quanto mais a empresa fatura, mais ela paga de impostos, problema que não ocorre em mui12

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tos países concorrentes. No Brasil, não existe nenhum benefício para as empresas de pequeno e médio porte, que são as que mais pagam impostos e mais geram empregos, em volume. O Brasil precisa parar de patinar e o Governo gerar mais incentivos e bons exemplos. Se o governo não tem a capacidade de conservar um porto, uma ferrovia ou rodovia, por exemplo, então que as privatize. Hoje, para mandar uma carga para Manaus são três semanas. Ou seja, é mais fácil mandar uma carga para Miami do que para dentro do próprio Brasil. Isso é um absurdo.

E sobre as empresas? Em sua opinião, como elas podem auxiliar nessa profissionalização? Todos os participantes do mercado têm responsabilidade sobre ele. Precisa haver maior união e conversas mais frequentes. É necessária uma integração visando um crescimento, a formação e a informação. Em muitos locais do Brasil, já se tentou formar uma “Associação Brasileira de Serigrafia”, que seria uma alternativa se o interesse coletivo fosse maior do que o interesse pessoal. Na Federação Europeia de Serigrafia, percebe-se que o interesse maior é em fazer feiras do que cuidar do mercado de serigrafia. Já a Associação Americana é mais forte,

mais atuante e mais unida. Eles possuem uma gama de cursos que giram o país para levar a informação para os locais mais afastados. Cada fabricante contribui para que a Associação forme as pessoas com cursos periódicos de vários níveis. Portanto, uma Associação aqui no Brasil poderia unir o mercado, os profissionais e as empresas, contanto que os objetivos sejam em comum.

Quais cursos são úteis para os profissionais? Que outros cursos poderiam ser aproveitados por esses profissionais e que ainda não fazem parte da cultura do mercado? O profissional que vai atuar em serigrafia precisa ter um bom conhecimento em artes gráficas. Ele não precisa necessariamente atuar na comunicação visual, mas ter conhecimento em fragmentação, retículas e RIP será útil em qualquer aplicação industrial. Eu acho interessante buscar referências ao redor do mundo para verificar que tipos de cursos os profissionais internacionais estão fazendo. Visitas a outras empresas, quando há abertura, também são importantíssimas para que esse profissional observe novas formas de trabalho. Conhecendo outra realidade, a sua mente se expande. Além de cursos técnicos do mercado. Se a empresa é pequena ou média, o Sebrae oferece diversos cursos como gestão de projetos e administração de tempo. Cursos como comunicação e gestão também podem ser úteis no dia a dia desse profissional.

Qual é a importância do jovem para o mercado? Qual espaço ele pode ocupar? Como a serigrafia é versátil e desafiadora, eu acredito que isso incentiva bastante o jovem a en-


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MATRIZ

“OS CURSOS SÃO IMPORTANTES PARA QUE CONCEITOS BÁSICOS SEJAM REFORÇADOS E PARA QUE NOVOS CONHECIMENTOS SEJAM ADQUIRIDOS” trar no mercado. O jovem tem que ser sempre incentivado, recebendo motivação e informação. A injeção de ânimo que o espírito caricato do jovem carrega é sempre bem vinda em qualquer mercado. Afinal, o jovem é levarão responsável por levar o mercado para futuros mais prósperos. Mesmo assim, é importante frisar que, em hipótese alguma, pode se menosprezar a experiência daqueles que já estão no mercado há mais tempo. Hoje, existem profissionais com anos de mercado que não são valorizados como deveriam. São simplesmente descartados, sendo que esse profisDepósito da Agabê

sional poderia ter muito a oferecer ainda. Respeitar a experiência é muito importante.

Como profissional da área, a quais tipos de característica e técnicas esse jovem deve estar atento? Quais cursos seriam importantes para ele? Curiosidade. Esse jovem tem que ser uma pessoa questionadora e inquisidora. Ele não pode ser conformado. Ele tem que ter um pouco desse espírito rebelde, de mudança e revolucionário. Essa é uma característica do jovem que não pode se perder. Eu sinto que o

mercado hoje tem um pessimismo muito generalizado. Muitos profissionais estão se lastimando enquanto deveriam produzir e gastar essa energia para gerar algo, para inovar. Se a dificuldade for vista como um problema, com certeza ela se tornará um problema. Mas se ela for encarada como uma oportunidade, a situação é revertida. Nesse ponto, o gosto pelo desafio do espírito jovem não pode ser perdido nunca. Quanto aos cursos técnicos, eu aconselho instrução nas áreas de matriz, substrato, tinta e processo de impressão. O conhecimento do processo industrial, que envolve as áreas de processos, pessoas e materiais também é importante. Para os cursos gerais, eu acredito que conhecimento sobre gestão de pessoas pode fazer toda a diferença. A máquina é previsível e o material pode ser controlado. Já o ser humano é imprevisível. Então, tudo o que pode ser investido no conhecimento de relação e comunicação é importante.

Se você fosse entrar para o ramo da serigrafia hoje, com a visão que você tem do mercado, você apostaria nessa entrada? Valeria a pena?

Arquivo RSS

Eu penso que se você fizer um trabalho bem feito, diferenciado e de destaque, o sucesso é inevitável. Então se eu tivesse a oportunidade de entrar hoje para a serigrafia, sim, eu apostaria no mercado pelas características que ele oferece. Se a pessoa tiver esse espírito empreendedor e de inovação, eu diria que é possível fazer acontecer em qualquer ramo de aplicação. Com tanto que ela seja profissionalizada, o sol sempre nascerá para todos. Dessa forma, todos desfrutarão desse sol por um longo tempo. 14

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PRODUTOS

Lavadora, recuperadora e reveladora de matrizes para serigrafia

A

Divulgação Sefar

Sefar, empresa suíça que lidera o mercado de tecidos, matrizes e equipamentos para serigrafia, apresenta ao mercado a Texline Screen Washer, confeccionada totalmente com chapas de polipropileno atóxico na cor cinza RAL 7032 homopolímero virgem alto peso molecular PPZ, aditivada contra raios ultravioleta. Segundo a empresa, o equipamento é montado por meio de solda de topo e extrusora manual, conforme norma internacional

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DVS 2205 e DVS 2207 executando limpeza química nas áreas a serem soldadas, evitando qualquer falha de soldagem e vazamentos e assegurando a maior resistência mecânica. As chapas de polipropileno utilizadas na confecção da cabine são totalmente lisas, facilitando a total assepsia, o que garante não deixar resíduos de tintas O polipropileno utilizado é adequado para utilização de ácidos agressivos e resiste à temperaturas elevadas de até 90 °C.

Prática, funcional, robusta e eficiente A empresa divulga ainda que seu produto é completamente adaptável às necessidades do cliente. Além de ser apresentada em tamanhos variados: simples, conjugada e grande. • Fabricado em PP, que garante resistência a produtos mais agressivos, em dois formatos padrões para telas de 126 cm x 144 cm até 252 cm x 144 cm e em formatos especiais para atender a demanda específica do cliente; • Filtro para separação partículas sólidas; • Bomba de circulação; • Lavagem / recuperação no mesmo equipamento, com filtro para evitar a mistura dos produtos usados; • Fundo opaco que permite melhor visualização da qualidade do tratamento da tela; • Acompanha três escovas Screenbrush, da Kiwo, para desengraxe, recuperação e remoção de fantasma.

Acessórios • Saída para drenagem; • Calha para apoio da tela; • Suporte lateral para apoio da mangueira; • Calha interna para respingos.


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ESPECIAL

É a tua vez!

A responsabilidade da passagem de bastão para o sucessor na gestão familiar determina o rumo e a história da empresa Léo Martins

P

rova introduzida nos Jogos Olímpicos de 1912, o chamado revezamento 4 x 400 metros rasos é uma modalidade olímpica disputada por equipes de quatro pessoas. A mesma é constituída por quatro percursos que ao todo, equivalem aos 400 metros. O percurso é feito por quatro atletas que se alternam entre si, com a troca de corredores ocorrendo a cada 100 metros. Para 18

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que as trocas sejam efetuadas, um bastão é passado para o outro atleta e então, o competidor com o bastão, é encarregado de correr até o outro atleta para entregá-lo. Ganha a equipe que fizer o bastão girar entre os quatro competidores e, claro, o último atleta da equipe cruzar a linha de chegada antes dos demais. Empresas familiares, em qualquer segmento que se encontrem, se assemelham muito a essa modalidade olímpica. No

caso do mercado serigráfico, empresas com essas características são muito comuns. Assim como no revezamento 4 x 400 metros, a transferência errada do bastão pode acarretar na desclassificação da mesma da concorrência pelo mercado. A escolha daquele que vai seguir com o negócio da empresa deve ser correta e planejada. A “simples” passagem de bastão pode determinar o sucesso (ou fracasso) do seu negócio.


A grande família Segundo o professor Cristian Welsh Miguens, docente do curso de Administração da Universidade Anhembi Morumbi, para a gestão familiar ser compreendida, em primeiro lugar, é preciso entender qual é o conceito desse tipo de administração. “Podem ser consideradas empresas onde os cargos de direção são ocupados normalmente por familiares e em geral, pelo fundador da empresa. Geralmente, esta não é uma decisão pensada”, explica o professor Miguens. Dando continuidade ao conceito explicado anteriormente, José Eduardo Amato Balian, professor do curso de Administração da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), expõe que o fato de uma gestão familiar ser inicializada, não é bem uma decisão. “Na

verdade, a empresa familiar tem dois caminhos. Ou ela passa de geração para geração ou o empresário que está iniciando, adquiri uma empresa e chama membros da família para trabalhar com ele. Então, esse é um processo que acontece naturalmente”, detalha Balian. “O empreendedor, ao iniciar a empresa, naturalmente se apoia em familiares. Os dois fatores que fundamentam esta decisão são economia e confiança”, completa Miguens.

Características da gestão De acordo com os professores consultados, as empresas familiares possuem características de gestão que as diferenciam das demais. “Em geral, são empresas com decisões centralizadas e rápidas na tomada de decisão. Há

poucos mecanismos formais o que, por consequência, as deixam ágeis”, diz Miguens. Outra característica muito forte de uma gestão familiar são os interesses em prol de um objetivo comum. “A força tarefa em favor da empresa que pertence à família é uma característica muito forte. São vários membros direcionando esforços para o mesmo ideal”, comenta Balian. Porém, para o professor Miguens, uma característica negativa para esse tipo de administração é a dificuldade de separar o pessoal do profissional. “A pior característica destas empresas, por causa das consequências que traz para a organização é a não separação entre os recursos financeiros pessoais dos integrantes da família e os da empresa”, aponta Miguens.

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A escolha por uma gestão familiar é um processo natural e evolutivo

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ESPECIAL

Separar o aspecto pessoal do profissional é uma característica negativa da gestão familiar

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sempre geram tensões dentro das empresas. Por isso, a transição dificilmente acontecerá de forma rápida. Há muita negociação envolvida e muitas emoções represadas que contaminam o raciocínio lógico e a análise objetiva”, alerta o professor Cristian Welsh Miguens.

Professor mestre em Administração da Universidade Santo Amaro (Unisa), Luiz Eduardo Takenouchi Goulart afirma que toda empresa familiar tem sua origem empreendedora em dois motivos típicos: a necessidade de trabalhar por conta própria ou da visão de um nicho. Por isso, Goulart reforça os problemas de separação pessoal e profissional. “Os problemas surgem quando o expediente de trabalho continua em casa”, afirma. “As desavenças ocorridas no trabalho ou em família afetam o cotidiano. A falta de separação entre as despesas pessoais e da empresa, a ganancia e cobiça de um dos familiares ou agregados, é um aspecto bem negativo”, completa Goulart. Em seu terceiro comando e com 30 anos de existência, a Impresilk já está em sua segunda geração. Filho de Pedro Ramos Pereira, fundador da empresa, Leonardo Gonçalves Pereira, gerente da empresa, aponta alguns prós e contras da gestão familiar. “A exigência de dedicação exclusiva dos familiares, priori20

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zando os interesses da empresa; os laços afetivos extremamente fortes, que influenciam em comportamentos, relacionamentos, dedicação e decisões da empresa são grandes vantagens”, destaca Pereira. “Já para as desvantagens, a diferença de opiniões, que às vezes não leva a lugar nenhum; a falta de planejamento para médio prazo são comportamentos que podem resultar em julgamento, criticas e falta de apoio, o que influencia bastante”, atenta Pereira.

A Transição O velho dito que “nada dura para sempre” também é um paradigma que perdura dentro da gestão familiar. Por esse motivo, a escolha para o sucessor deve ser acertada. Qualquer erro pode determinar o insucesso da empresa e de tudo que foi construído até então. “As relações familiares Cristian Welsh Miguens, professor de Administração da Universidade Anhembi Morumbi

Divulgação Universidade Anhembi Morumbi

Prós e contras da gestão

• Maneira ideal Considerada complicada pelo professor José Eduardo Amato Balian, a transição deve ser feita com planejamento. Para o professor, a sucessão tem que começar a ser tratada desde cedo. “O sucessor precisa passar por diversos estágios, como trabalhar em todas as áreas da empresa, conhecer profundamente o negócio e ter uma boa formação acadêmica”, afirma Balian. “Além disso, é recomendável que o escolhido já tenha trabalhado em outra organização para conhecer novas formas de trabalho e sucesso em outras organizações. Dessa forma, ele vai estar mais preparado para a sucessão”, complementa Balian.


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Prova em

família

Dicas para uma boa gestão familiar Dicas para a boa transição Profissionalizar a empresa: o ideal seria que a sucessão surgisse e fosse adotada de forma consensual, mas nem sempre acontece assim. Nestes casos as relações de poder definem como será adotada a decisão. Princípios de governança corporativa: equidade, transparência e responsabilidade por resultados. Ajuda ainda criar um Conselho de Administração e, eventualmente, um Conselho Fiscal, compostos por profissionais experientes e isentos. Consultorias: contratar uma consultoria especializada é sempre aconselhável. Além de ajudar a estabelecer a estratégia geral para a transição, ela ajudará a criar os novos processos para atender os princípios da governança corporativa e composição do Conselho. Fonte: Cristian Welsh Miguens, professor do curso de Administração da Universidade Anhembi Morumbi

Valores que a nova gestão deve conter • A vontade de querer fazer, de querer construir: é pegar a empresa de um tamanho e entregá-la de outro. Precisa ter aquele “olho de tigre”, vontade, gana e vibração de fazer acontecer. • A capacidade de ser político: o sucessor deve ter essa capacidade de dialogar com os diferentes cargos e diferentes parentes dentro de sua empresa. Tem que ter “jogo de cintura”. • Capacidade técnica: a pessoa tem que gostar do negócio e saber como fazer. Aliado a isso, é necessário o conhecimento técnico para tal. Fonte: José Eduardo Amato Balian, professor do curso de Administração da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM)

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Largada

1 2 3 4

1

Vantagens da gestão Conhecimento polivalente: por serem

A pequenas, as empresas proporcionam

uma visão profissional mais ampla. Fazendo de tudo, o profissional tem uma integração maior com as outras áreas da empresa e isso dá a ele uma experiência ampla.

B Gerindo problemas: O nível de

• Saber dimensionar o tamanho do negócio: o empresário deve ter conhecimento sobre quantas famílias a sua empresa pode sustentar. Ele precisa delimitar quantos familiares podem ser empregados. • Definir o processo de sucessão: verificar como será o processo de sucessão e os critérios para tal. Buscar consultores e empresas especializadas para ajudar nesse tipo de seleção. Verificar quais as aptidões técnicas, acadêmicas e curriculares o sucessor deve conter. • Cada um no seu quadrado: deixar bem claro o cargo de quem é da família e de quem não faz parte dela. Isso, se não for bem administrado, é uma grande desvantagem. Fonte: José Eduardo Amato Balian, professor do curso de Administração da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM)

Principais erros em uma gestão familiar • Falta de planejamento do que e como fazer • Falta de capital de giro • A falta de orientação técnica • Trabalhar na informalidade ou ilegalidade • Falta de preparação dos herdeiros ou sucessores para darem continuidade aos negócios da família • Falta de entendimento entre fundadores e herdeiros para saber quando haverá uma sucessão • Imaginar que a empresa é uma fonte inesgotável de dinheiro • Falta de união entre os envolvidos Fonte: Luiz Eduardo Takenouchi Goulart, Professor Mestre em Administração da Universidade de Santo Amaro (Unisa)

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Desvantagens da gestão: Perspectivas de crescimento: muitas

A pessoas que trabalham na empresa tem

pouca perspectiva de crescimento e desenvolvimento em função de estar em uma empresa familiar. Os cargos principais já são ocupados por membros da família.

B Treinamento involuntário: geralmente,

as empresas familiares são pequenas e acabam treinando mão de obra para as empresas grandes que têm política salarial melhor e perspectiva melhor de crescimento. Brigas em família: brigas entre irmãos e primos podem gerar uma situação muito complicada. Quando uma empresa não é familiar e existem pensamentos e estratégias diferentes, alguém vence essa disputa e tudo é tratado profissionalmente.

C

D Falta de profissionalização: muitas

vezes um membro da família não tem as competências adequadas para assumir o cargo que ocupa. Por esse motivo, o dono da empresa tem dificuldade de resolver esses problemas. Fonte: José Eduardo Amato Balian, professor do curso de Administração da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM)

Chegada

Conselhos para a boa gestão familiar

compreensão é maior em uma empresa familiar. Em momentos de crise e dificuldade, é mais fácil conter os problemas. Pode-se gastar menos, reduzir salários e ninguém vai entrar com uma ação trabalhista.


ESPECIAL

Divulgação Gênesis

nistração e, posteriormente, uma pós-graduação na área de negócios e vendas”, relembra Leonardo Gonçalves Pereira, da Impresilk. “Conforme foi observado que eu fui aprendendo, outras áreas de gestão foram liberadas para que eu as conhecesse”, acrescenta Pereira. Apesar de ser uma missão difícil, o professor José Eduardo Amato Balian expõe três critérios importantes para serem observados em uma sucessão: • Capacidade técnica/acadêmica; • Capacidade de liderança; • Capacidade de jogo político. Dentre os critérios citados, o professor Balian destaca a importância do jogo político para o sucessor. “Usando o popular, a pessoa tem que ter ‘jogo de cintura’ para lidar com os diversos departamentos e parentes de dentro da empresa. O escolhido precisa saber conversar em todos os níveis”, atenta Balian. Ioshimi Ishii e Koji Onishi, fundadores da Gênesis

Para evitar alguns problemas de sucessão, Balian indica uma solução útil. “O período que chamamos de ‘presidência conjunta’, onde o atual presidente assume a empresa com o antigo dono, para que ele possa acompanhar essa fase de transição, é muito útil e eficaz”, aconselha. Conforme Balian, logo após esse acompanhamento, o presidente atual poderá continuar com a empresa sozinho. Embasada nos critérios anteriormente citados, a Gênesis, empresa fundada em 1984, possui o comando atual da empresa nas mãos dos sócios fundadores Koji Onishi e Ioshimi Ishii. Leonardo Ishii, gerente de Marketing e filho de Ioshimi Ishii comenta sobre o processo de sucessão em sua 24

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empresa. “Alguns cargos gerenciais já foram passados para seus herdeiros, no caso Guilherme Ishii, gerente de Desenvolvimento e para mim, que me tornei gerente de Marketing”, comenta. Nesse processo, Ishii destaca a importância da formação técnica. “O critério utilizado foi a formação acadêmica de ambos. Guilherme é graduado em Química pelo Mackenzie e eu, me formei em Propaganda e Marketing pela ESPM”, informa Ishii. • Critérios para a escolha Para que a escolha da sucessão seja correta, a formação profissional é importante. “A formação acadêmica foi o principal critério de escolha. Eu fui encaminhado a fazer uma faculdade de admi-

• Valores de uma boa sucessão Além dos critérios para a escolha, o professor Cristian Welsh Miguens aponta que o sucessor deverá trazer consigo alguns valores. Para Miguens, o principal deles é o gosto por aquilo que se faz. “A melhor forma de ter um negócio competitivo é ter pessoas fazendo o que gostam. Só assim darão tudo de si para produzir, criar e inovar”, afirma. Essa análise, de acordo com Miguens, é importante para a formação do sucessor. “Não obrigar os familiares a trabalhar no negócio da família, já é um bom começo. Assim, prepará-los para serem proprietários é a medida lógica a ser seguida”, diz Miguens. Segundo Miguens, a principal responsabilidade social de um empresário é garantir a sobrevivência da empresa. Isso garante o empre-


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ESPECIAL

go e sustento dos colaboradores e de suas famílias. Por isso, a empresa deve ser gerida com competência. “Se os herdeiros forem educados e souberem compreender isto, saberão fazer as escolhas corretas sobre como gerir para aqueles que o ajudaram a administrar a empresa”, orienta Miguens.

com o professor Balian, é o número de familiares empregados ser incompatível com o tamanho da empresa. “Esse é um grande problema, caso o negócio não comporte as famílias na qual ele tem que sustentar. O negócio tem que permitir um número certo de familiares”, aponta.

Principais ciladas da gestão familiar

Conselhos em família

As empresas que optam por seguirem uma gestão familiar precisam ficar atentas a algumas armadilhas que estão presentes nessa administração. Nesse caso, os funcionários que compõem essa gestão não podem gerar gastos. “Quando se percebe que a pessoa não tem uma capacidade técnica apurada, é mais barato tirar a pessoa dessa função administrativa e colocá-la em um conselho, por exemplo”, comenta o professor Balian. Outro problema, de acordo

Para toda cilada, existem conselhos diretamente proporcionais para evitá-las. “Uma empresa familiar, para dar certo, precisa se profissionalizar, investir em tecnologias da informação e comunicação. Precisa criar líderes e não chefes. Afinal, chefes mandam e líderes convencem”, explica o professor Luiz Eduardo Takenouchi Goulart. “É preciso também ter muita persistência, controles financeiros rigorosos e trabalhar sempre na legalidade, ou seja, sem sonegar impostos”, acrescenta Goulart.

Divulgação Impresilk

Membros da empresa Impresilk. Da esq. para dir.: Maria Inês Gonçalves Pereira (sócia), Pedro Ramos Pereira (diretor), Priscila (filha) e Leonardo

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Dentro da perspectiva de conselhos, o professor Goulart cita duas famosas frases ditas por Soichiro Honda, fundador do grupo Honda e que, segundo o professor, devem ser levadas à risca pelos empresários de grupos familiares: “Sucesso representa o 1% do seu trabalho que resulta dos outros 99% chamados de fracasso” , ou seja, jamais desistir e aprender sempre; “Eu vivo no presente, para construir o futuro, com a experiência do passado”, ou seja, aprender e planejar sempre. Para finalizar, Goulart diz que, para as empresas familiares, somente um conselho sintetiza todo e qualquer um que possa haver. “Empresários familiares, esqueçam as diferenças e aproveitem a chance de crescerem todos juntos”, finaliza. Escolher um substituto, aquele que irá carregar todo o trabalho de uma vida, além de ser uma tarefa que inspira muita responsabilidade, acarreta também muita coragem das duas partes, tanto daquele que entregará o bastão, bem como daquele que o carregará. Empresas com modelo de gestão familiar, só pelo simples fato de ainda existirem, merecem não só reconhecimento, mas muitos méritos de seu público, ou seja, de seu cliente. E a união familiar é uma grande vertente para a essência dessa força. É assim que se constroem impérios, reinos e até dinastias. Barreiras, obstáculos, tropeços, glórias, aplausos e vaias estarão presentes durante todo o percurso. Porém, o segredo para quem detêm o bastão e quiser chegar à linha de chegada e receber os louros da vitória, é simples: não pare nunca e siga sempre em frente. Sempre.


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CAPA

Imprimindo a matriz Apesar de um investimento inicial significativo, saiba quando vale a pena utilizar o método Computer-to-Screen

O

método Computer-to-Screen (CTS) é o processo de gravação digital de matriz para serigrafia. De forma simples, é um equipamento que transfere uma imagem do computador diretamente para a tela de serigrafia (ou para cilindros, na estamparia rotativa têxtil). O CTS elimina o processo de grava28

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Mariana Naviskas

ção de fotolitos e imprime diretamente sobre a tela matriz. “Toda técnica de impressão necessita de uma matriz para gerar a reprodução gráfica. E todo processo de impressão é degenerativo, ou seja, o máximo que eu vou conseguir é reproduzir o original. E sempre uma coisinha fica diferente”, explica Tarsis Bianchini, proprietário da Agabê, empresa

em atividade há mais de 50 anos, especializada na fabricação e desenvolvimento de produtos para preparação e recuperação de matrizes serigráficas. Com o CTS, essas questões são resolvidas. Dois fatores principais que justificam a utilização do CTS são economia de tempo e qualidade. “É importante lembrar que a qualidade da impressão está ligada à


qualidade da matriz. E a agilidade é um fator primordial”, declara Bianchini. Além disso, segundo ele, o filme fotográfico está em extinção, já que empresas de offset, que eram as grandes consumidoras desse tipo de produto, não mais o utilizam. “Só vão sobreviver as empresas que forem por esse caminho [do CTS]. Quem quer crescer e tem volume, precisa dele”. Quanto à economia de tempo, Bianchini explica com um exemplo. “Nós temos um cliente que antes, na criação das matrizes, demorava doze horas só para imprimir o positivo. Depois, mais quatro horas para gravar nos quadros. Ou seja, ele perdia praticamente um dia só para a gravação da tela. Com o equipamento CTS, ele tem a tela gravada em cinco horas”.

Os diferentes CTS Da mesma forma que uma impressora convencional para impressão em papel, há mais de um método CTS, entre eles jato de tinta, cera e faixo de luz. Segundo Tiziano Bonicelli, gerente geral da Sefar da América do Sul – representante na América do Sul dos equipamentos CTS Kiwo iJet, máquinas a cera quente da empresa americana Kiwo –, os métodos que utilizam tinta e cera são bastante diferentes dos que utilizam faixo de luz. “No primeiro, após a gravação com cera quente ou tinta opaca, a tela necessita ser exposta à luz para fixação da emulsão. Já com o faixo de luz, após a gravação a tela já está pronta para ser revelada, não necessitando de exposição de luz, pois a emulsão já é curada durante a gravação”. Além de comerciante de equipamentos, a Sefar Printing Solutions dispõe de três máquinas para gravação CTS, duas na matriz em São Ber-

TODA TÉCNICA DE IMPRESSÃO NECESSITA DE UMA MATRIZ PARA GERAR A REPRODUÇÃO GRÁFICA. E TODO PROCESSO DE IMPRESSÃO É DEGENERATIVO, OU SEJA, O MÁXIMO QUE EU VOU CONSEGUIR É REPRODUZIR O ORIGINAL. E SEMPRE UMA COISINHA FICA DIFERENTE. COM O CTS, ESSAS QUESTÕES SÃO RESOLVIDAS nardo e uma na filial de Fortaleza, para oferecer serviços de preparação de matrizes a seus clientes. A Agabê trabalha com equipamentos da marca SignTronic AF, empresa suíça especializada em soluções tecnológicas para pré-impressão em serigrafia e offset. A unidade digital de exposição direta UV StencilMaster grava matrizes com exposição direta de luz UV. A imagem digital é transferida digitalmente para a matriz, por meio de um cabeçote bidirecional que projeta a luz UV concentrada diretamente sobre a emulsão. O equipamento atinge velocidade de até 26 m²/h e apresenta resolução de até 2400 dpi. Segundo a Agabê, a micrométrica e definição das bordas da imagem garantem qualidade de impressão com resolução de até 60 linhas por centímetro e redução de “Moiré” – pequenos erros de impressão. O equipamento está disponível em sete modelos, cada um com uma combinação entre resolução, dimensões de matriz e dimensões de imagem. Em 2012, a empresa

lançou a StencilMaster STM-TEX, um módulo de gravação de matrizes, no qual a StencilMaster vem acompanhada de um alimentador de telas, uma reveladora em linha, um módulo de pré-secagem e um descarregador de matrizes. A CST, empresa alemã reconhecida mundialmente como fabricante de equipamentos e insumos para a tecnologia de gravação de Unidade digital de exposição direta UV para gravação de matrizes

Divulgação Agabê

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CAPA

Divulgação Agabê

Módulo de gravação de matrizes

matrizes do sistema Computer-to-Screen, fabrica equipamentos com os sistemas: Laser, gravação CTS por meio de raios de laser; Waxjet, que apresenta gravação por cera; Inkjet, que utiliza tinta; e Digital Light Exposing (DLE), gravação por luz (LED) com sistema patenteado pela CST que utiliza chip DMD, para projetar a imagem sobre o quadro ou cilindro de níquel (1062 “micro espelhos digitais” que projetam a imagem pura sobre a superfície). “Cada método depende realmente do que o cliente precisa em termos de qualidade ou agilidade”, conta Rui Hansen,

da Reta Importadora, responsável pela importação de equipamentos da CST. Os equipamentos da marca trabalham com 1000, 1400, 1800 ou 2800 dpi de resolução. Independente do tipo de impressão que realizará, o equipamento CTS precisa apresentar uma estrutura robusta e rígida, pois a tela não pode balançar e nem entortar, caso seja pressionada em algum ponto durante a impressão. Assim, de acordo com Bianchini, o ideal é que o equipamento seja vertical. “E o direcional deve gravar se movendo horizontalmente, já que existe uma força da gravidade. Se ele gravar verticalmente, quando o direcional sobe, ele está contra a força da

Divulgação Reta Importadora

CST DLE para gravação de matrizes por luz (LED)

gravidade e eu preciso aplicar uma força. Quando desce, ele está a favor da gravidade e eu preciso colocar um breque. Então, normalmente, o pessoal prefere a gravação horizontal”.

Quanto? De acordo com Bianchini, o valor inicial gasto para a implementação do método CTS em uma empresa é, em média, € 350 mil. “É importante considerar também os gastos com manutenção e consumíveis”. Ele explica que, no caso dos equipamentos importados pela Agabê, a manutenção é de € 10 mil a € 20 mil por ano. Já para Bonicelli, o investimento inicial pode variar de US$ 70 mil a US$ 250 mil (antes da nacionalização). “Pode parecer um investimento significativo, mas a qualidade do resultado, a velocidade e a flexibilidade compensam rapidamente o investimento, dependendo do número e tamanho de telas gravadas”. É importante investir em um equipamento de qualidade. Querer economizar na compra da máquina pode trazer prejuízos em longo prazo, com matrizes defeituosas que resultarão em impressões de baixa qualidade e com falhas. Quando questionada, a Reta Importadora não informou os valores de seus equipamentos. “Nós temos quatro sistemas de gravação e cada cliente tem um tamanho de quadro diferente, o que também modifica o tamanho da máquina. Fica difícil passar um preço”, explica Hansen.

O CTS vale a pena? Para Bonicelli, sim. O gerente acredita que são muitas as eco30

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Divulgação Reta Importadora

a preparação dos arquivos para impressão, principalmente na utilização do RIP, que prepara a imagem original para ser gravada em uma ou mais matrizes”. A Reta Importadora faz um levantamento completo da real necessidade do cliente antes da venda de um equipamento CTS. “São levantadas as configurações básicas necessárias, tamanho de quadros utilizados, resolução que necessitam e o aumento da qualidade que podemos fornecer”. Conforme Hansen, a instalação da máquina pode demorar de dois dias a uma semana e o treinamento mais dois ou três dias. “Quando a empresa possui um departamento de desenho ou desenvolvimento, facilita muito”.

Quando comprar?

CST DLE Compact

nomias diretas e indiretas com a utilização do CTS. “Entre elas, vale lembrar a eliminação de fotolitos e todos os problemas decorrentes dessa tecnologia, como variação do tamanho em função da temperatura e da umidade do ambiente, problemas de encaixe, delicadeza dos filmes ao tempo e ao manuseio, rápida mudança de desenhos, alta qualidade das imagens”. Hansen concorda. “O CTS barateia muito a produção. Você não precisa mais utilizar o fotolito, não tem mais diversos consumíveis, reduz o número de pessoas no departamento de gravação, ganha agilidade no processo de gravação e todos os desenhos e trabalhos ficam armazenados no computador, então, no momento em que tiver que reproduzir novamente a gravação, não precisa procurar os fotolitos no depósito ou refazê-los”. Além disso, ele acredita que o CTS compensa pela agilidade 32

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do processo, redução drástica de custos, aumento de qualidade e flexibilidade que a empresa adquire para atender as necessidades dos clientes.

Implementação A partir do momento da instalação do equipamento, a empresa pode começar a produzir rapidamente, desde que já esteja equipada com os outros equipamentos necessários e possua técnicos com conhecimento sobre o processo. “A montagem da máquina é feita de um a três dias e em uma semana já é possível estar produzindo, considerando que a empresa já trabalhe com um emulsificador, uma estação de RIP e tenha funcionários com experiência na área”, conta Bianchini. Bonicelli concorda. “A implementação é relativamente rápida, desde que se disponha de conhecimentos adequados para

É difícil mensurar quando o investimento em um CTS compensa. Bianchini acredita que, no caso da produção de matrizes muito grandes, 20 por dia já justificariam a compra do equipamento. Para uma empresa que produz matrizes menores, pode ser necessária a produção de 100 a 200 matrizes por dia. “A CST tem clientes que gravam quadros de 3 m x 8 m (para estampar bandeiras). Nesses casos, um ou dois quadros já justificam a aquisição. Mesmo no Brasil, temos clientes que gravam quadros de 2 m x 3 m e fazem de dois a dez quadros por dia. Há clientes que fazem de dez a 30 quadros pequenos ou médios por dia e consideram justificável o uso de CTS. Outros gravam de 200 a 400 quadros por dia e nesse caso não há dúvida de que o CTS é justificável. Ou seja, é muito relativo definir”, opina Hansen. Conforme ele, para quem produz poucas matrizes – duas pequenas ou médias por dia, por exem-


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CAPA

HÁ DIVERSOS PONTOS QUE DEVEM SER PENSADOS ANTES DA AQUISIÇÃO DE UM CTS. NA HORA DE ESCOLHER O EQUIPAMENTO É IMPORTANTE CONSIDERAR, PRINCIPALMENTE, A QUALIDADE DA MÁQUINA, O CUSTO DE MANUTENÇÃO E O CUSTO DE CONSUMÍVEIS, SALIENTA TARSIS BIANCHINI plo – não é recomendável. “Quanto maiores os tamanhos dos quadros, mais justifica a aquisição do equipamento CTS. Quanto maior o número de quadros gravados por dia, também”.

Para levar em consideração Há diversos pontos que devem ser pensados antes da aquisição de um CTS. Para Bianchini, na hora de escolher o equipaMatriz sendo gravada

Divulgação Sefar

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mento é importante considerar, principalmente, a qualidade da máquina, o custo de manutenção e o custo de consumíveis. Já na opinião de Hansen, deve ser considerada a capacidade atual de produção, a capacidade esperada de produção, os níveis de qualidade esperados na produção e os custos do método manual. Outro ponto fundamental é a presença de assistência técnica do equipamento no Brasil. “É muitíssimo importante que o fornecedor do equipamento CTS tenha um técnico no Brasil e um depósito de peças, para alguma eventualidade”, diz Hansen. Para Bonicelli, a decisão de passar do sistema manual ao sistema CTS, independente da tecnologia escolhida, depende de fatores qualitativos e financeiros, que variam de empresa para empresa, de mercado para mercado. “Devem ser considerados: tipo de mercado, número de telas gravadas diariamente, tamanho das telas e objetivos de qualidade da impressão. De acordo com a experiência da Sefar, as empresas que passam a utilizar o sistema CTS não desejam regressar ao sistema manual, devido às melhorias obtidas nos laboratórios de serigrafia, à simplicidade e à

flexibilidade e diminuição dos problemas de ajustes das máquinas”.

Na prática A Marisol S.A., uma das maiores indústrias nacionais no segmento de vestuário e que tem capacidade para produzir 17 milhões de roupas e 3,5 milhões de pares de calçados infantis por ano, utiliza o método CTS desde 2005. Cycero de Oliveira, do departamento de Inovação da Marisol, conta que a empresa trabalha com gravadoras de matrizes a jato de tinta da marca CST, compradas com a Reta Importadora. “O processo de CTS elimina uma etapa do processo [de produção]. Quanto menos etapas, mais rápido o processo e assim conseguimos atender à demanda”, explica. Antes de 2005, as matrizes produzidas na empresa eram feitas pelo método manual, porém, escolheram trocar para o CTS pela economia de tempo com processos e recursos. Oliveira conta que para a troca, foram necessárias avaliações dos tempos de impressão e revelação de fotolitos, de consumos de materiais, entendimento técnico do processo, avaliação da qualidade de impressão e da quantidade de impressões. “O valor para mudança depende do tamanho da empresa e volume de quadros gravados. Os gastos são, basicamente, com a compra do equipamento de impressão e tinta”. Segundo Oliveira, o CTS barateia a produção devido à economia de tempo de impressão e revelação de fotolitos, menor consumo de materiais e compensa devido à qualidade da impressão e a maior quantidade possível de impressões. (Questionada pela redação, a Marisol não informou o valor investido em seu equipamento CTS).


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CAPA

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SERIGRAFIA SIGN FUTURETEXTIL

Vem aí a 23ª Serigrafia SIGN FutureTEXTIL

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visitantes profissionais e as mais de 650 marcas expostas. Neste ano, a Serigrafia SIGN FutureTEXTIL vem com uma novidade: a parceria com três entidades do setor, a Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf-SP), a Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica (ABTG) e o Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado de São Paulo (Sindigraf-SP). “Atualmente o sucesso de qualquer evento depende da experiência, contatos e esforço de cada um dos envolvidos. É uma satisfação para nós, mostrar a força dos sindicatos e associações, além de entregar a eles o espaço necessário para que

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resente no mercado há mais de 20 anos, a Serigrafia SIGN FutureTEXTIL chega à edição de 2013. O evento acontecerá entre os dias 10 e 13 de julho, das 13h às 20h (sábado das 11h às 18h), no Expo Center Norte, em São Paulo, e vai reunir os principais fornecedores dos segmentos de comunicação visual e serigrafia. Em 2012, a feira acumulou um aumento de 20% no público visitante e na área de exposição. Agora, o evento contará com 40 mil metros quadrados, que irão funcionar como palco para a geração de negócios entre os quatro mil

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possam atuar pelo crescimento deste mercado”, declara João Paulo Picolo, diretor da Serigrafia SIGN FutureTEXTIL. Reinaldo Espinosa, presidente da ABTG, acredita que a realização de um evento nos moldes e porte da Serigrafia SIGN FutureTEXTIL mostra ao mercado gráfico mundial a importância de se estar atento às transformações pelas quais passam o setor de impressão. “No evento, os profissionais que atuam na área terão a oportunidade de conhecer as diferentes possibilidades abertas pela serigrafia e a impressão digital para grandes


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formatos, entre outras técnicas que estarão expostas. Para os gráficos, este é, sem dúvida, um evento que traz a marca da inovação em seu DNA”. Para Levi Ceregato, presidente da Abigraf- SP, a feira internacional é um dos poucos eventos do mundo capazes de reunir os segmentos têxteis, de comunicação visual e de impressão digital. “A Serigrafia SIGN FutureTEXTIL cria sinergias entre diferentes setores produtivos, fortalecendo a indústria ligada à economia criativa no Brasil. Para as gráficas, a feira abre oportunidades em segmentos que ainda possuem grande potencial de crescimento, como a impressão de tecidos – uma tendência em ascensão na indústria da moda – e o de impressão em grandes formatos. No último caso, a realização da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016 no Brasil certamente criarão boas possibilidades de negócios para o nosso setor e para os participantes da SIGN”. O Sindigraf terá a feira como palco de seu aniversário de 90 anos e aproveita esse momento para reforçar sua parte no evento. “A Serigrafia SIGN FutureTEXTIL proporciona aos industriais do setor gráfico um importante fórum para a prospecção de novas possibilidades de negócios, e nós

“A S SIGN F erigrafia propor utureTEXTI L cio triais d na aos indu o s e t or gráf sum im ico p para a ortante fórum p r o s p novas possib ecção de ilidade s de neg Fábio A ócios”

do Sindigraf-SP estamos muitos satisfeitos em poder fazer parte desta grande iniciativa”, afirma Fabio Arruda Mortara, presidente da entidade.

três passadas e duas cabeças de impressão, e atingem resolução de rruda M ortaro 1400 dpi. Já a Flexmag Produtos Magnéticos participará da feira com duas grandes novidades: Tinta Imâ e Película Novidades Magnética. A primeira é uma tinta Entre as novidades que podeque pode ser utilizada sobre qualrão ser conhecidas na Serigrafia quer superfície e ser pintada por SIGN FutureTEXTIL, estão os nocima de outra cor sem problemas. vos modelos de impressora NovaSegundo a assessoria da Flexmag, jet com solução sublimática, da o produto não é tóxico e cumpre Akad. O processo de impressão as diretivas de meio ambiente com essa categoria de tinta ocorre internacionais. Já a Película Magpor termotransferência e o resulnética é um substrato que conduz tado atinge qualidade fotográfica. magnetismo e pode ser impressa As impressoras são indicadas para por diversos processos, como jato transferências em tecidos com, no de tinta, laser, silk-screen, offset e mínimo, 50% poliéster e impresoutros. Comercializado com espessões nos setores de estamparia sura a partir de 0,18 mm, o produdigital, moda praia, roupas esporto é apresentado em rolos com lartivas, abadás, entre outros. gura de 1,27 m e comprimento de Compatíveis com cabeça de 30 m. Uma das vantagens da Pelíimpressão Epson DX5, quinta gecula Magnética é que ela pode ser ração da tecnologia micropiezo, reutilizada várias vezes, como um os equipamentos Novajet chegam papel de parede removível, sendo a uma velocidade máxima de 42 uma boa opção de customização m²/h no modo 720 x 1080 dpi com em lojas, escritórios e escolas. Abril-Maio 2013 | Silk-Screen

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MERCADO

Cenário Internacional de Tendências O instituto italiano Future Concept Lab irá promover, dia 30 de abril, a segunda edição do “Cenário Internacional de Tendências”, cujo objetivo é expor o perfil do novo consumidor brasileiro e repensar estratégias nas áreas de estética, consumo, comunicação e varejo. O evento acontece no Museu da Imagem e do Som (MIS), em São Paulo, com o apoio da Abit - associados da instituição terão 20% de desconto nas inscrições, assim como empresas participantes do Programa de Exportação da Indústria da Moda Brasileira (Texbrasil), desenvolvido pela Associação em parceria com a Apex-Brasil. Na ocasião, serão realizadas palestras com profissionais envolvidos com cultura, sociologia, tecnologia, moda, entre outros, e a programação conta com a apresentação de cases de companhias que obtiveram sucesso com ações inovadoras. Associados Abit e participantes do Texbrasil podem solicitar o código promocional para obter desconto por meio do e-mail: fernanda.tamburus@abit.org.br. Serviço Cenário Internacional de Tendências 2013 Data: 30 de abril, das 9h às 17h30 Local: Museu da Imagem e do Som (MIS) – Avenida Europa 158, São Paulo/SP

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Parceria entre Brasil e Angola No mês de abril, Fernando Pimentel, diretor superintendente da Abit, e Cândido Pereira Van-Duném, Ministro da Defesa de Angola, se reuniram na sede da Abit, em São Paulo, para discutir a possibilidade de o Brasil fornecer tecnologia para a produção de fardamentos militares para aquele país. “Atualmente, a grande maioria de nossos produtos têxteis são importados da China. Temos a ideia de construir um parque fabril em Angola, pois iria gerar novos empregos e ainda incrementar a produção no mercado que é incipiente”, declarou Joaquim Almeida, Presidente da Assembleia Geral da Associação Industrial da Angola (AIA). Na ocasião, também estiveram presentes Vitor Camilo, presidente da Tecangol, Empresa Angolana de Tecnologias de Informação, e General Salviano de Jesus Siqueira, secretário do Estado para Recursos Materiais e Infraestrutura da Angola.


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MERCADO

Copa das Confederações promoverá encontros importantes para setor têxtil brasileiro Durante os jogos da Copa das Confederações, que acontecerá no Brasil em junho, a Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit) trará ao país representantes de instituições dos setores têxtil e de confecção da Europa e do México. A iniciativa é parte do Programa de Exportação da Indústria da Moda Brasileira (Texbrasil). As visitas irão ocorrer durante o projeto da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e tem como objetivo realizar negócios e estreitar relacionamentos aproveitando a imagem do futebol brasileiro e a Copa das Confederações do País. A Confederação Europeia Têxtil e de Confecção (Euratex) enviará ao Brasil Alberto Paccanelli, presi-

TT Printer UV da Azonprinter Com o crescente avanço da tecnologia de impressão UV, mais uma empresa expande seus horizontes ao mercado brasileiro. A Azonprinter, marca croata no mercado há mais de 15 anos, com experiência em tecnologia da informação e sistemas digitais e mais de 60 distribuidores em todo o mundo. A empresa já atua com uma rede de distribuidores na Ásia e em alguns países sul-americanos, pretende expandir sua atuação para o Brasil, com o novo equipamento TT Printer UV, lançado no mercado internacional em julho de 2012. A impressora é capaz de imprimir diferentes substratos e, segundo o fabricante, fabrica pequenos lotes em um curto espaço de tempo, com imagens em alta resolução e estampas com alta durabilidade.

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dente, e Francesco Marchi, diretor-executivo. Segundo o Texbrasil, a confederação assinou um memorando junto à Associação com o objetivo de expandir e aprofundar a cooperação do setor privado por meio da troca de informações sobre produção e comércio. Negociações entre Mercosul e União Europeia buscam novas áreas de livre comércio entre os blocos e a Abit também pretende aproveitar a presença dos representantes para alinhar seu posicionamento. Também devem vir ao país Moisés Kalach, presidente da Câmara Nacional da Indústria Têxtil do México (Canaintex), e Alfonso Juan Ayub, diretor da entidade. O objetivo é debater pleitos comuns entre Brasil e México para o setor têxtil e de confecção, como o crescente avanço da China nos mercados latinos.

Serigrafia no Abril Pro Rock Aconteceu em Recife, dias 19 e 20 de abril, o festival de música Abril Pro Rock. Fez parte do evento a exposição Poster Arte Design, no Centro Cultural Correios. A mostra, que ficou em cartaz entre os dias 10 de abril e 7 de maio, com curadoria de Paulo André Pires, contou com mais de 50 obras de artistas nacionais e internacionais. Misturando música e design, a exposição dá destaque a cartazes feitos por meio de serigrafia. “Esses cartazes em específico têm um processo especial, eles foram impressos em serigrafia, ou seja, além do trabalho do artista, você tem o trabalho do impressor. Isso faz com que todas as obras sejam, de certa forma, únicas”, conta o designer e ilustrador Celso Hartkopf, integrante do Super Terra, grupo pernambucano responsável pelo cartaz do Abril Pro Rock deste ano.



MERCADO

CTS Expo LD O sistema de Computer-to-Screen Expo LD, da G4 Automation é um equipamento de criação de matrizes com formato vertical e tecnologia UV “blue-laser” de diodo. O raio laser é transportado por meio de fibras de vidro transparentes do laser de diodo até o sistema de lentes óticas. O Expo LD apresenta resolução máxima de 1200 x 2400 dpi e a distância do laser é controlada por um sistema de foco automático. Um laser a parte é responsável por corrigir a posição da imagem na tela revestida. Dependendo do tamanho da tela e da velocidade de exposição, as configurações de laser podem utilizar 16, 32, 48, 64, 80 e 96 configurações de diodos. A energia do laser é inferior a 0.2 W/diodo e a velocidade de exposição da cabeça é selecionável de 1 m/s a 3 m/s, dependendo do tipo de malha, cor, material da tela e espessura do revestimento.

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Silk-Screen | Abril-Maio 2013

Camex aprova alíquota zero para importação de algodão Em abril, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) aprovou o pedido de alíquota zero para a importação de fibra de algodão, solicitado pela Abit, Abrapa e Anea por dois meses. Segundo a Abit, a desoneração valerá para 80 mil toneladas, entre 1º de maio e 31 de julho. A alíquota do produto, antes da medida, era de 10%. A aprovação da ação atende a reivindicações do setor privado: a entressafra, que ocorre nos meses de maio, junho e julho, gera escassez de matéria-prima para o setor. “A medida ajudará a repor os estoques da indústria para abastecer o mercado interno e aumentar nossa competitividade”, explica Aguinaldo Diniz Filho, presidente da Abit.


Akad completa 25 anos A Akad comemora seus 25 anos em 2013 e festeja a consolidação da marca no mercado. Para a data especial, a empresa reservou algumas surpresas, como o novo logotipo, que, segundo a assessoria, expressa a modernização da marca. A Akad manteve o ritmo de lançamentos neste ano e trará, com exclusividade, soluções de ponta do mercado internacional para o Brasil. Na linha de impressoras de grande formato, a marca investe em possibilidades de uso com uma nova gama de tintas eco solventes e sublimáticas. Durante a Serigrafia SIGN FutureTEXTIL, que acontecerá entre os dias 10 e 13 de julho, no Expo Center Norte, a Akad irá apresentar suas impressoras Novajet com solução sublimática: 1602S, 2202S e 3302S, que apresentam largura máxima de impressão de 1,54m, 2,14 m e 3,20m, respectivamente, sistema automático de limpeza das cabeças de impressão, alta qualidade de impressão final e altos níveis de produtividade.

Confiança do consumidor De acordo com o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec), realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a confiança do consumidor retomou a tendência de queda no mês de abril, após o crescimento apresentado no mês anterior. O Inec registrou 112,1 pontos, um recuo de 1,9% em comparação ao mês de março. Nos últimos cinco meses, essa foi a quarta queda registrada e representa o menor valor desde agosto de 2011. Em comparação ao mesmo período de 2012, também há redução, no valor de 0,8%. A diminuição do Inec é resultado, principalmente, de uma reversão das expectativas acerca da inflação. No mês de março, o percentual de consumidores com perspectivas otimistas sobre a trajetória dos preços aumentou, fazendo com que o índice subisse 6,9%. Já em abril, parte desse otimismo se desfez, levando o índice a um recuo de 5,1% frente a março. Segundo o Inec, na comparação em 12 meses, o índice registra queda de 1,1%.


MERCADO

Ampla anuncia novas linhas de impressoras Após o sucesso na edição de 2012 da Serigrafia Sign FutureTEXTIL – com sete modelos de impressoras lançados –, a Ampla apresentará, na edição deste ano, seus novos equipamentos de sublimação e tecnologia UV. “São duas das tecnologias que mais crescem no mercado e vemos uma carência de opções adequadas para a realidade das empresas brasileiras nestas linhas de equipamentos”, declara Adriano Coelho, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Ampla. O evento acontecerá entre os dias 10 e 13 de julho, das 13h às 20h (sábado das 11h às 18h), no Expo Center Norte. Para sublimação, a Ampla irá oferecer equipamentos voltados ao novo conceito de estamparia digital,

com alto desempenho de produção. Na linha UV, a Ampla lançará equipamentos rolo a rolo, flatbed e híbrido. Todos os modelos apresentarão unidades de cura UV LED. Assim como os demais equipamentos da Ampla, os lançamentos também poderão ser financiados pelas linhas exclusivas da empresa, como o cartão BNDES e o Finame PSI, que até 30 de junho deste ano oferece taxa de juros de apenas 3% ao ano, com carência máxima de 24 meses e até 10 anos para pagar, após essa data a taxa será ligeiramente modificada passando a ser de 3,5% ao ano.








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