Este DVD se centra en las armas de filo, en conocer y entender todos los peligros asociados a ellas, y su tema principal es el establecimiento de la prioridad. El énfasis principal en el entrenamiento con un arma de filo es conocer y entender todos los peligros asociados a este tipo de armas. El grave peligro de estas armas es real, y debe tratarse como tal. Esto significa saber donde debes establecer tu prioridad de entrenamiento para ser una herramienta de supervivencia, en caso de que tal situación se presente. Afrontémoslo, tú eres quien tiene que sobrevivir, y no tu entrenador que te ayuda a entrenar tus metas, pero no tu objetivo. Las prioridades de entrenamiento que uso en Latosa Escrima son las siguientes: realidad, técnica y ejercicios. Realidad: es la comprensión de lo que podría suceder exactamente y los peligros al usar o enfrentarse a un arma de filo. Técnicas: movimientos que tratan de darte una generalización de posibilidades y probabilidades de lo que puede suceder. Ejercicios: la mayoría de ellos se utilizan para desarrollar y mejorar las habilidades de movimiento utilizadas en la aplicación técnica.
REF.: • DVD/LAT-3
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“Espero que os artistas Marciais estejam mais interessados na raíz das artes marciais que em suas diferentes e ornamentais ramagens, flores e folhas”. Bruce Lee
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scontando milhares de mentiras e mentirosos que existem no planeta marcial…, também existen muitíssimos e interessantes Mestres e tradições, que possuem a pujança, o interesse e a fuerza necessárias, para conduzirem a nova geração de estudantes, que terá de passar a mensagem, o conhecimento, as tradições e formas que fazem grande o Caminho do Guerreiro. Todos temos defeitos… Ninguém é perfeito! Nem sequer os mais grandes Mestres, mas é obifação de cada estudante, esforçar-se por melhorar o que recebeu, sem trair as suas essências. Isto é especialmente certo nas escolas mais antigas, pois tudo quanto há em sua volta, vem das a tradições poderosas, com intensas e profundas raizes, que se afirmam nas profundidades dos tempos. Mas até algumas destas escolas têm os seus transgressores, pessoas especiais que deram um novo caminho àquilo que receberam da sua tradição. Kano Jigoro assim fez com o Ju Jutsu e o Judo, Funakoshi com o Tote Jutsu para o Karate, Ueshiba com o Aikido do Aiki Jujutsu… Nas tradições Chinesa e Coreana, não foi diferente… No entanto, há nos nossos dias muitas pessoas que confundiram liberdade com libertinagem, tradição com traição, conhecimento com sabedoria. Mestres - assim auto-denominados - que fazem o que querem, mas para e pela glória de si mesmos, ou pela simples e prosaica razão de triunfar do ponto de vista da parte económica. Não vou dizer nomes, mas os observadores inteligentes sabem quem são. Quero com isto dizer que todo aquele que não tiver alguma coisa com mais de 300 anos de história é um aldrabão? Não! Desde já que não! Estaria condenando com uma visão minifundista, a muitos grandes que foram revolucionários no seu tempo e trouxeram uma nova visão rica, digna e positiva para tantas pessoas! Quando o argumento é que todo tempo passado - como diziam Les Luthier - simplesmente, foi anterior, quais os elementos de juizo que vão conduzir o nosso critério? Onde está então, a línea separadora que faz de uns, ciclópeos transgressores e de outros, uns fanfarrões mentirosos? Talvez a boa intenção é suficiente? A honestidade, a ética, ou manter-nos numa jurisprudência moral? Cada um de nós temos critérios diferentes, valores diferenciados que são fruto da nossa educação, das nossas necessidades e experiências. Seria presuntuoso, pela minha parte, querer estabelecer essa fronteira,
“O que deixamos para trás e o que temos por diante, não são nada comparado com o que levamos por dentro”. Emerson
marcando uma inequívoca linha no chão. As coisas dificilmente são brancas ou pretas, sempre existe uma infinita gama de cincentos, levando essas fronteras a ser uma complicada amalgama, onde que se fusionam histórias e realidades múltiplas, em planos espirituais e materiais. Julgar a valia de um estilo ou de outro, só pelo prisma do êxito ou da difusão, seria pouco menos que dar a razão ao quantitativo… Um milhão de moscas adoram a merda, mas isso não faz com que deixe de ser isso mismo…, merda. No que respeita aos valores qualitativos, a coisa se complica ainda mais, pois depende da focalização e do ponto de vista, do critério e lucidez de cada um. Aqueles que julgam pelo prisma da eficácia como suprema razão de ser do que é marcial, vão ver uma coisa; para aqueles em que prima o realismo, vão ver outra; naqueles em que ponto divisor é a saúde, julgarão por outra; para aqueles que o importante reside no amor a essa tradição…, uma outra muito fiferente! A cerimónia da confusão está servida, não há um só critério válido para enquadrar quase que nada e no entanto, no sentimento interior de cada um, existe tudo isso misturado nas doses devidas, mandando-nos numa ou outra direcção, escolhendo consciente ou inconscientemente, para onde dirigir os nossos passos. As coisas não são boas ou más em si mesmas, mas sim por como vivemos nelsd e por como elas nos transformam na direcção que nos leva ao nosso mais profundo desejo, à nossa derradeira e mais forte tendência interna. Alguns irão passar como os cometas, por um estilo, outros chegarão a ele como quem vvolta ao lar. Uns se apresentarão a si mesmos como transgressores, outros como defensores da tradição. Há-de haver quem roce a superfície das coisas e quem va até o fundo das mesmas. A riqueza e variedade do mundo marcial e das suas propostas é tão grande e possui tal entidade, que resistiu o ataque dos séculos. O seu poder é eterno, porque se inscreve nas forças primordiais que também tocam a existência humana; por isso não necessita defensores, só encontrará em cada um de nós, intérpretes. Me rindo perante a sua grandeza, que contemplo adespregar-se a cada dia, perante os meus olhos, mostrando toda a sua variada gama de poderes imensos, ora temíveis, destrutivos, crueis…, ora nobres, justos, equilibrados. O mundo do que é Marcial é grande! Com que olhar tu o contemplas?
Alfredo Tucci ĂŠ Director Gerente de BUDO INTERNATIONAL PUBLISHING CO. e-mail: budo@budointernational.com
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A tradição que está a chegar O vento e seu legado “A experiência não é o que nos sucede, mas sim o que fazemos com o que nos sucede” Aldous Huxley
O tempo passa e as realidades vão mutando, conforme o ritmo da vida. Hoje, observando em retrospectiva, vejo longe no tempo, o “eu” que começou a estudar Bugei, sob a directa tutela de Shidoshi Jordan Augusto. Agora já não meço esse tempo em anos ou meses, mas pelas experiências que me mudaram, me transformaram. Lembro-me perfeitamente, com força e sentindo sua importância, em palavras do meu mestre, a frase: “O barco para o que hoje sobes, eu já o abandonei faz tempo…”. “Remando”, compreendi que o aluno é o único remeiro e que o mestre é só um guia, um timoneiro com experiência, que indica as particularidades do rio, um rio cujas correntes mudam com o tempo.
Texto: Shidoshi Luis Nogueira
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ão resta dúvida de que nos dias de hoje, os tempos são diferentes daqueles em que a ele o fizeram mestre e também aos mestres que o precederam. O imediato e a superficialidade são opostos à paciência e compromisso, moder nidade contra tradição. Para os nostálgicos, coisa frequente nos tradicionalistas, as realidades cambiantes e frenéticas de este século, carecem de interesse e provocam repulsa a carência de valores e sensibilidade tradicional. Nestes tempos, o Bugei, a herança da escola Kaze no Ryu (escola do vento), assim como de tantas outras escolas antigas, se debate entre um vasto tesoiro cultural, baseado em virtudes clássicas, e a vontade voraz do homem moderno, que age com mais músculos que cabeça, mais paixão que reflexão. Tempos condicionantes, como as águas de um rio, o ponto de partida dos que chegam e se empregam numa via tradicional de valores e auto-evolução. Apesar do exigente esforço que requer e que sempre tem exigido o facto de ser herdeiro de uma tradição, a perseverança sempre tem sido o denominador comum. No passado, o aluno que aspirava a ser pupilo de um mestre, em primeiro lugar tinha de passar por uma época que chamavam Kyûdôshin, “a procura pessoal no caminho”. O aluno se esforçava em realizar trabalhos encarregados pelo mestre, trabalhos por vezes disparatados, para demonstrar sua autêntica vontade e desejo. Era a sua primeira grande “prova de fogo”, o temperamento da sua perseverança (keizoku 継続) e da aceitação (shouchi承知) da sua condição de aprendiz. Sem essa matéria prima, o mestre não podia fazer nada, da mesma maneira que o forjador de katana não pode fazer nada sobre o tamahagane玉鋼 (aço para forja das
espadas) se o tatara 鑪 (forno) não está suficientemente quente.
Pessoas de grande valia Em tempos não tão longínquos, o candidato a aluno passava por uma temporada em que aprendia a cuidar da escola, do seu ambiente e dos companheiros. A sua prática se restringia a limpar o dojo, lavar e preparar os trajos dos alunos mais avançados, etc. Neste processo, já abandonado, além de aprender as tarefas do dia-a-dia, se dava ao aspirante uma visão de humildade e de respeito frente a seus senpai, alunos mais avantajados, pois enquanto superava esse tempo, sabia que eles também tinham passado pelas mesma situação. Assim, também conheciam o valor das pequenas coisas, cosas simples mas valiosos sacrifícios. Em pleno Século XXI, estas práticas se tornaram simples narrações, ainda que seus valores permanecem. As dificuldades hoje, são outras. O aluno, para forjar seu espírito, não necessita limpar de folhas um jardim, todos os dias, ou aprender a lavar pratos, pois o facto de hoje manter o seu férreo desejo de aprender, numa sociedade com tantos atalhos, já é suficiente prova e hoje é quando parece mais difícil guiar-se com êxito.
“Em tempos não tão longínquos, o candidato a aluno passava por uma temporada em que aprendia a cuidar da escola, do seu ambiente e dos companheiros. A sua prática se restringia a limpar o dojo, lavar e preparar os trajos dos alunos mais avançados, etc.…”
No outro lado da balança, todavia se mantêm muitos costumes, dirigindo a via dos alunos a um caminho de aperfeiçoamento e de responsabilidade. A modo de exemplo: ainda hoje se convida a abandonar a escola, quando se fracassa numa prova. Esta exigência, longe de ser irracional, oferece grandes benefícios, pois o aluno se esforça em corpo e alma, para ser um digno merecedor das ensinanças que recebe, afastando-se da comum mediocridade e mostrando sua verdadeira valia. E se uma coisa posso destacar das pessoas que me rodeiam, desde o nosso Honbu-cho (cabeça da escola) Shidoushi Jordan Augusto, passando pelo resto das pessoas já formadas Shidoushi, como Shidoushi Juliana Galende ou Shidoushi Thiago Finotti, entre outros, até os nossos estudantes mais avançados, que percorrem formalmente o programa internacional do caminho do conjunto de alunos, nas nossas escolas credenciadas no Brasil e na Espanha, é a profunda valia de todos eles. Valia forjada à base de esforço diário, trabalho duro, dedicação, estudo comprometido, simplicidade e humildade.
O caminho do kokeisha (sucessor) Na tradição do Kaze no Ryu Ogawa ha, cada mestre, na sua vida pode nomear um máximo de 10 kokeisha. Muitos podem ser indicados para o serem, mas só uns poucos são confirmados. Ser nomeado sucessor representa uma grande responsabilidade. Sua nomeação não é uma conquista mas sim uma obrigação, a de ser digno merecedor de herdar do seu mestre a história. Todo o trabalho em vida de um mestre, será exposto e mantido pelos sucessores. Numa tradição como a japonesa ou a shizen, que considera tão valiosa a honra, fracassar nesta gesta representa a maior das desditas. Ao fim e ao cabo, será o
“Na tradição de Kaze no Ryu Ogawa ha, cada mestre pode nomear um máximo de 10 kokeisha na sua vida. Muitos podem ser indicados para o serem, mas só uns poucos são confirmados”.
sucessor, com as suas atitudes e decisões, quem fará gala de ser digno, ou pelo contrário, ser péssimo exemplo de um mestre legítimo e de tradição que sobrevive por séculos.
Kaze no Ryu no Século XXI Actualmente, a nossa escola conta com um tridente masculino destacado, os três pilares que asseguram um saudável futuro do Bugei, pleno de êxitos em todo o planeta. Ogawa Hiroshi deixou 64 Shidoushi formados. Shidoushi Jordan Augusto, um dos principais expoentes e tesoiro imaterial de uma tradição ingente, com décadas de dedicação permanente para manter intacta e difundir a tradição que lhe foi legada pelo próprio Ogawa Sensei. Sob a sua direcção se encontram os máximos responsáveis, os Kokeisha, Shidoushi Thiago Finotti e a minha pessoa, humilde servidor, Shidoushi Luís Nogueira. Shidoushi Thiago Finotti é hoje presidente da Sociedade Sul Americana de Bugei e mestre responsável na Sede Central, em Uberlândia, Brasil. É o referente técnico neste século e um profundo conhecedor da nossa tradição. Desde seus inícios no Bugei, tem dedicado longas temporadas à sua formação e instrução por parte de Shidoushi Jordan, para que a sua técnica, conhecimentos e carácter, estejam puramente definidos. Finalmente, Shidoushi Luís Nogueira é o presidente da European Bugei Society e dirige a Sede Central em Valência, Espanha. Estuda e trabalha diariamente com Shidoushi Jordan, para manter a escola e sua difusão, estudando em profundidade toda a sua dimensão. Os três desempenhamos o trabalho de manter legítima e profissionalmente com força e dedicação, o enorme legado histórico que nos precede.
Sinawali: A habilidade do Sinawali se conhece comummente, como a habilidade de entrelaçar os braços, ou como o padrão para usar os braços nas Ar tes Mar ciais Filipinas. Cada estilo de FMA tem seus próprios padrões, alguns deles com versões simples para realizar com uma só mão e outros têm múltiplas repetições e padrões intrincados, que devem ser memorizados. Sinawali quer dizer entrelaçar (tecer) e se baseia nos telhados entrelaçados das construções típicas das Ilhas Filipinas: os WALI. Mas o mais importante do Sinawali, também pode ser a capacidade de nos deslocarmos através do espaço e usarmos a distância e o tempo entrelaçados, assim como a cadência e o ritmo de ataque e/ou de defensa. Sinawali pode ser a capacidade de usar o corpo numa distância para realizar e acentuar a zona despejada, durante o uso de armas duplas ou ferramentas duplas. Sinawali (Sin-a-wal-i) significa manipular uma ou duas armas, mediante um conjunto de padrões. É fundamental usar o conceito de abertura ou fechamento dos braços. Movendo os braços, as camadas ou mudanças de posição, são similares ao entrelaçado de telhas nas Filipinas, que é o que lhes dá o nome. O Sinawali é importante porque ensina uma maneira de mover a arma em um espaço, sem chocar com as ferramentas ou armas próprias de cada um. Por desgraça, é bastante comum nas Artes Filipinas, não perceberem o movimento e o deslocamento do corpo. A "Arte de Sinawali" se tornou a maneira de girar as armas em volta de nós mesmos, com grande velocidade, sem nos termos de preocupar por recebermos golpes nas mãos ou nas próprias armas, nem nos preocuparmos por nos fazermos cortes nas próprias mãos, braços ou cotovelos, quando se está usando uma ferramenta com gume, como uma faca, um “bolo”, ou uma espada. Normalmente, os braços vão cada vez mais rápidos, para provar que se compreende o Sinawali. O corpo se mantém erguido
e assente e se necessitam todo tipo de acrobacias e rotações, para abrir e fechar os braços em sequências, sem nos atrapalharmos. Nas Artes Marciais filipinas há quem adiciones uma rotação superior do corpo, para mover os ombros para a frente e tratar de desembaraçar os próprios braços e depois declarar que esta é a peça que falta no tecido ou arte do Sinawali! A ideia de mover e
Mestres em Armas
"Bram, deves mover-te e girar o corpo. É o deslocamento do corpo o que é importante. Tu já não estás aí!” Professor Presas
deslocar o corpo, realmente nunca formou parte do pensamento ou da ideia do Sinawali. O Professor Presas me dizia o tempo todo: "Bram, deves de mover-te e girar o corpo. É o deslocamento do corpo o que é importante! Quando eles chegam, tu já aí não estás!" Entrelaçar: Formar um entrelaçado, entrelaçar formas, fazer como se fosse um tecido de partes juntas, mover-se em um curso sinuoso ou em zig-zag, para evitar
os obstáculos. Vejamos um padrão ou método de realizar o Sinawali. O tecido estruturado com respeito aos braços, habitualmente é entendido como uma só entidade, conhecida como a “Forma 6 do Céu e a Terra” ou “Alto, Baixo, Alto”. Por vezes, é a única versão ou a versão mais comummente aprendida, ensinada e utilizada pela maioria dos Artistas Marciais filipinos. A maioria das pessoas se confundem porque o significado genérico
para a maioria dos que estão aprendendo, Sinawali não é só o Céu e Terra 6, como também é um Sinawali Duplo, com ambos braços em movimento sincronizado. O Alto, Baixo, Alto ou Céu e Terra 6, são a maneira mais comummente conhecida de expressar o Sinawali, devido a que se baseia na habilidade motora grossa simples, de entrelaçar as próprias armas. O céu e a terra começa com um ataque de linha alta, (de aberto a fechado), uma linha de ataque baixo (de fechado a aberto) e um ataque de alta de linha (de fechado a aberto com movimento de retracção). O ataque inicial é um movimento de linha alta, sem nada em seu caminho. Devido a que o ataque de linha baixa vai por debaixo do ataque inicial, é fácil de conseguir sem chocar ou encontrar-se com os nosso próprios braços. O ataque final se aproxima à linha baixa, seguindo a linha do braço de retracção e de novo, não há nada no caminho do ataque. Isto, por defeito se faz o habitual da definição do Sinawali, mas o Sinawali realmente existe em grande número de versões e conjuntos de habilidades. O uso ou a raiz do movimento conceitual fundamental de todo Sinawali é, certamente, a capacidade de abrir e fechar os nossos braços. A versão com base em entrelaçar os próprios braços, é realmente um Sinawali simples e não um Sinawali Duplo. Todas as versões de Sinawali simples fazem uso de um braço de cada vez; cada um fazendo rotação Alto-Baixo, antes de que o outro braço responda ao movimento, alternando os braços depois de cada rotação completa. A base real ou conjunto de fundamentos do Sinawali simples se denomina Sinawali Individual ou movimento de duas partes. Os braços fazem um ataque de fora para dentro, na linha superior e depois um fechado para abrir a linha baixa, com uma retracção para ir à posição aberta. A seguinte série do Sinawali simples é um movimento de três partes. A maioria confundem-no com o Sinawali simples Individual, mas é um conjunto de habilidades por separado, subtilmente diferentes. O Sinawali Individual é um movimento de três partes, que prepara o praticante para o Sinawali duplo. O conjunto consta de um ataque de linha alta (de aberto a fechado) um ataque de linha baixa (de fechado a aberto) e segue-se um ataque de linha alta (de fechado a aberto) com uma retracção do ataque final. O que se segue na série, é um retorno ao Sinawali Simples Individual, mas desta vez com uma prega: ataque de linha alta (de aberto a fechado) e uma linha de ataque baixo (de fechado a aberto) e a subtil
Weapons Masters diferença aqui, é que o próximo ataque de linha alta, vem sobre a linha baixa de ataque, que não se retraiu e que quando o corpo gira, se prega debaixo da nova linha alta de ataque. Quando se gira para bater na segunda linha alta de ataque, se força biomecanicamente, uma retracção do próprio golpe de linha baixa, em direcção à própria anca. Isto obriga a uma compreensão do deslocamento do corpo e o posicionamento dos nossos próprios braços, em relação ao nosso corpo. Posto que o braço da linha baixa, sob o ataque da linha alta se dobra para a parte lateral do corpo, nos vemos obrigados a aprender a afastar e retrair o braço da linha baixa, quando o braço alternativo formar a sua própria linha baixa de ataque e o braço dobrado se mover desde a linha baixa anterior para a linha alta actual. Cadência e RitmoA cadência (kadns) é a medida ou ritmo de um fluir rítmico. Ritmo - Medida: A estrutura rítmica ou cadência de movimento é importante e por regra geral, é o maior problema com qualquer Sinawali em que houver pregas ou retracção. A cadência habitual é a seguinte: ataque alto, depois ataque baixo, pregar. Depois, ataque alto, descer e afastar o braço da linha baixa, para estar pronto para o próximo ataque de linha alta. Os estudantes avançados pensam ter alcançado um alto nível de experiência se baterem acima e depois em baixo e limpam a linha baixa quando batem simultaneamente em baixo: é um grande efeito “tesoura”. Desafortunadamente, este movimento simultâneo combinado, é simplesmente vistoso, mas é incorrecto e até os estudantes avançados ENGANCHAM seus paus entre si ou com os dos seus parceiros ou com os dos seus rivais. A cadência adequada é golpe acima, golpe em baixo, DOBRAR, limpar a linha baixa, bater na linha baixa, DOBRAR, bater na linha alta, limpar a linha baixa, bater na linha alta... RETRAIR e começar de novo. Esta é uma diferença subtil, mas é importante: quando se afastar a própria arma da posição da linha baixa, antes de bater em baixo com a mão oposta, não há possibilidade de se encontrar com o outro próprio pau ou com o pau do nosso parceiro, ou com o pau do atacante. Limpando o ataque de linha baixa, antes de bater na linha baixa com a outra mão, também se está preparado para abortar qualquer movimento, realizar um contra-ataque necessário ou inserir o próprio pau dentro do fluir do combate. O movimento de limpeza sempre se faz sobre o ataque de linha alta, porque a trajectória da linha baixa é clara. Assim, como há um só Sinawali simples com uma prega, também há um só Sinawali individual com uma prega. O movimento é Acima, Em baixo, Acima, com uma retracção do último ataque de linha alta, para voltar à posição fechada que acompanha a limpeza da linha baixa para a posição
de início de linha alta. É só um passo do Sinawali duplo. No Sinawali Individual há duas posições de linha alta, pelo que existe a possibilidade de despejar a linha baixa no primeiro ou no segundo golpe do Sinawali. O primeiro ataque é um ataque alto, depois vem um ataque baixo e por último, um ataque alto. A acção de rotação do nosso corpo, para afastar a ferramenta de batimento com a
outra mão, com a mão vinculada à anca, pelo movimento de puxar, dá lugar à seguinte etapa de pregar dentro do movimento do Sinawali individual. Após fazermos a prega, a anca puxa repentinamente para o nosso corpo e o outro golpe sobe por cima: neste ponto se pode despejar a zona baixa e então se bate na linha baixa... Também se poderia atacar acima, bater baixo e batendo encima, despejar a linha
de baixo. A ideia básica é que se possa despejar sempre a linha baixa de uma maneira segura, se tivermos a outra mão em posição para bater acima. Não podemos ficarmos confundidos ou com as armas enganchadas, porque como eu acostumo a dizer: "o ataque deve estar livre de trânsito". Neste ponto do tecido, estamos realmente entrelaçando a través do
espaço, utilizando o corpo em vez dos braços. O Sinawali é um conceito de múltiplos níveis: existe em 3D. O Sinawali força a um reconhecimento e um uso do escalamento e da rotação corporal, baseada na rotação da anca e no deslocamento do corpo, tudo o que nos permite usar os próprios braços sem batermos nas próprias armas ou braços e
reconhecer e responder a um ataque complexo, desde outras perspectivas. A acção de entrelaçar a través do espaço é como a de flutuar e mover-se no Boxe: a parte linear da utilização das mãos, se juntou com a capacidade de cruzar e girar o eixo da linha de ataque e com este movimento circular, também através do espaço. O uso de outros planos de ataque, adiciona o aspecto de 3D ao Boxe. O
“É a arte do deslocamento e da manipulação do corpo o que nos permite usar o Sinawali, sem ficarmos enganchados ou nos cortarmos nas mãos ou nos braços. Isto é o que todos os artistas marciais filipinos querem conseguir”
Sinawali adiciona o conceito de 3D mediante o deslocamento do corpo e a rotação da anca. Movendo-se e girando as ancas, como se faz realmente no Sinawali, estamos usando o próprio corpo através do espaço: o movimento específico do entrelaçado é realmente, a retirada da arma do caminho do golpe e da própria mão que porta a arma, com o nosso movimento. Tanto no Sinawali Simples Individual, como no Sinawali individual, há uma mão coordenada com a anca: se pivotarmos e a mão segue a anca, a mão se retira automaticamente desse espaço, despejando a zona: não há necessidade de agitar ou entrelaçar um dos braços. Estamos constantemente movendo o corpo em direcção à mão, ou afastando-o da própria mão, para longe do corpo, em vez de entrelaçar as mãos longe do corpo. NOTA: O Sinawali individual com uma prega, é realmente uma mão fazendo o
Sinawali Duplo. No Sinawali Duplo substituímos uma mão pela outra, em um padrão de fluir alterno. Mas o conceito de batimento no Sinawali simples ou no Sinawali duplo, não é diferente. Ainda temos a linha alta aberta, linha baixa fechada, linha alta aberta e depois reiniciamos. Tanto quando se tratar de um ou de dois braços, o Sinawali se pode fazer desde uma posição fechada, em vez que desde uma posição aberta. A rotação da anca estando outra vez em posição aberta configura a "prega", visto ser mais fácil movermos o corpo através do espaço em direcção às mãos, em vez de agitar as mãos no espaço. Entrelaçar ou agitar os braços, provocará que em algum momento, um dos braços se possa entrecruzar ou enganchar, se a prega e/ou a posição baixa se fizer apenas em um ponto mais afastado da posição inicial, devido à rotação da anca. Neste caso,
este enganche não se produz. Devido a estes choques ou enganches, muitos "combatentes" se negam a realizar o Sinawali: Por quê motivo situar-nos numa posição em que nos enganchamos e o oponente pode atacar sem ser contraatacado? Porque nos situamos em má posição. Realmente, quando nos vemos, temos de mover-nos no espaço e liberando as linhas de batimento, usando ambas mãos por caminhos separados, para nunca chocarem entre si ou se sobreponham. É a arte do deslocamento ou manipulação do corpo o que nos permite usar o Sinawali sem ficarmos enganchados ou nos cortarmos nas mãos ou nos braços. Isto é o que todos os artistas marciais filipinos querem conseguir, é a fusão perfeita do movimento do corpo, do jogo dos pés e o uso de ambos braços e mãos, em um combate real.
Este nuevo trabajo sobre Fu-Shih Kenpo del Soke Raul Gutierrez está centrado en las formas tradicionales del estilo, sus aplicaciones y la defensa personal. Estudiaremos especialmente la Forma “El Tigre se defiende”, con sus correspondientes aplicaciones técnicas, la forma “Dientes de Tigre”, y trabajo libre con armas. A continuación el Maestro explica detalladamente una extensa serie de técnicas avanzadas de defensa personal, indicando el porqué se realizan d e t e r m i n a d o s movimientos, las advertencias a tener en consideración, los posibles ángulos, y las variantes que se pueden aplicar en cada grupo tecnico. El DVD se completa con una serie de técnicas de combate para competición y el trabajo de acondicionamiento fisico, donde el Maestro Gutierrez explica cómo preparar nuestras armas, brazos y piernas, para la defensa personal y el combate. Sin duda una forma de trabajo cuya riqueza se basa en el intercambio y coordinación con otros estilos, y el aprender a respetar nuestras diferentes fuentes de trabajo.
REF.: • FUSHIH-2
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Grandes Mestres ESTUDO DO COMBATE “A Coluna de Raul Gutierrez” Existem diversas maneiras e níveis de combate. O simples facto de enfrentar os problemas e geralmente acontecimentos inesperados da vida do dia-a-dia e as constantes tentativas de mudar a melhor, também são uma maneira de combater. Agora, a nível desportivo, marcial ou da rua, diversos especialistas, versados e ou profissionais na matéria, têm desenvolvido a través das suas próprias experiências, variados conceitos, princípios ou estudos acerca do “Combate”. Na vida do dia-a-dia de cada um, vamos aos poucos e ao longo da nossa vida, aprendendo a nos desenvolvermos em todos aqueles aspectos e caminhos que nos levam a través da nossa própria existência. Depois, finalmente, quando já formos suficientemente “maduros”, teremos adquirido conhecimento realista e sensibilidade para as realidades de cada ser.
Kenpo
Por isso é bom saber educar tanto os nossos filhos como os nossos alunos. Mas esse saber educar também tem de ser baseado nas experiências próprias, conhecimentos, estudos, capacidade ou antiguidade genética que tivermos. Porque não basta só que um indivíduo tenha conseguido um título “X”, ou se tenha tornado “Pai”, para se supor que já é “EDUCADOR”, ou pelo menos simples treinadores. Será então necessário, possuir a sensibilidade e a experiência apropriadas, para saber como visar a direcção individualizada e não em grupo, de cada filho, aluno ou competidor. No que à parte desportiva diz respeito, a questão tem vários matizes. Por um lado, estará a parte do treino físico, que arrasta também um pouco de mentalização a esse respeito. E isto, o que quer dizer? Pois que dizer que, como em todos os desportos, a dedicação ao aspecto físico e seus diversos métodos de treino, devem ser realizados à consciência. Não basta dizer: “Tenho o melhor treinador” - coisa muito importante, sem dúvida, mas não “agora”, porque quem tem que ser igual ou melhor que o seu preparador, instrutor ou Mestre, somos “nós mesmos”. O esforço físico, a disciplina, constância e perseverança, têm bastante de “mental”, de concentração, de estabelecermos metas, de ter força de vontade e de sacrifício, de querermos ser quando não o melhor, sim um dos melhores! Tenho conhecido e conheço gente de muitas partes do mundo, que frequentemente me dizem: Como é possível que você seja capaz de fazer tantas coisas a cada dia, semana, mês e ao longo dos anos? Como é possível estar aqui e lá constantemente? Muitos pensam que sou milionário. Se soubessem que minha verdadeira riqueza reside em que a minha vida não tem sido nada fácil! E tem sido precisamente isso o que me tem transformado no que sou. Quero dizer, como reza uma frase memorável: “A adversidade é o melhor dos Mestres!” Com a adversidade podemos tornar-nos uma melhor ou pior pessoa. Afortunadamente, desde a infância, eu sempre quis chegar a ser uma boa pessoa e acredito, que antes de morrer, terei conseguido. Depois de preparar o nosso corpo e arsenal, teremos de saber claramente, quais são as nossas metas e no decorrer de conseguir alcançá-las, analisar onde ainda estamos falhando, o que teremos de melhorar. Sou daquelas pessoas que mesmo tendo vencido em um encontro na rua ou desportivo, sempre penso que o poderia ter feito melhor. Nas questões originadas nas ruas, poderia tê-las evitado ou poderia ter magoado menos o adversário. No aspecto desportivo eu sei que tenho melhores condições e capacidade. Não posso esquecer ou deixar de dizer que nos momentos da verdade, o sistema nervoso nos pode trair y fazer-nos passar por um mau momento e como mínimo, seria dizer, “poderia tê-lo feito melhor”. O pior, após ter sido derrotado, seria; Teria de ter treinado mais! Deveríamos saber diferenciar, quais são os diferentes tipos de competidor existentes. Para estabelecer as nossas estratégias e conseguir a vitória, por muito difícil que possa ser o nosso oponente. Quer dizer, não basta ter um bom estado físico, um bom arsenal técnico e elementos a utilizar, senão também, analisar durante os primeiros 30 segundos, “como respira o nosso oponente”. Muitos competidores entram a quebrar, a tratar de aniquilar o oponente nesses primeiros 30
segundos. Se conseguem, “BRAVO”, mas o mais provável será que não, e então terão esgotado todos os seus recursos “físicos”, o que básico, e a sua mente não poderá dizer-lhe, “vai, vai que tu podes! Porque o seu sistema nervoso e o seu esbanjamento físico dirlhes-ão “que não”. Isto faz-me lembrar aquela anedota que conta que, após 3 ou 4 assaltos, recebendo um severo castigo, o lutador pergunta ao seu “coach”: Como vamos?, Como vamos?...e o Coach que tem estado tratando de o animar durante todo o combate, responde: “Se o matares, empatamos!” Há competidores conhecidos por terem uma grande capacidade para aguentar fisicamente ou para absorver o castigo do contrário. Eles recebem e continuam, e continuam… A questão é que podem chegar a esgotar ou as próprias forças acabarem. Outros são de carácter linear, ou seja, que estabelecem um avance constante em linha recta e sempre estão retrocedendo, enquanto estivermos atacando. Outros serão circulares, que dizer que sempre estão dançando em nosso redor. Quebram os ângulos e desestabilizam os nossos ataques. É uma boa estratégia de combate! Também temos “à contra”. Esperam as nossas acções para estabelecer suas reacções. Nos interceptam. Por vezes retrocedem, mas curiosamente, atacando. E claro está, estão os experientes que conhecem todas as opções e nos incitam, provocando-nos para fazernos acreditar no que não é, e assim levar-nos para o seu terreno. “Mais sabe o diabo por velho que por diabo”. Em qualquer caso, o Combate é um tipo de treino e prova que na hora da verdade, deve ser como o Xadrez… Quer dizer, que devemos utilizar mais a cabeça que o nosso corpo. Porque a parte física e técnica já está às nossas ordens. Como acostumo a dizer: se quero mostrar abdominais, treino e quando já os desenvolvi, quando já são meus, para mostrá-los só tenho que tensar e eles aí estão!
O Ataque O objectivo nos encontros ao contacto pleno é ser eficaz e deve conseguir-se através de um trabalho que permita o progresso, sem causar traumatismos graves. Os diferentes exercícios devem proporcionar ao aluno o máximo de recursos técnicos e de sensações adequadas, que lhe permitam conhecer a distância ao objectivo e seus movimentos; a contundência do impacto com uma técnica eficaz e a ser possível, definitiva, consiste em adquirir a capacidade de combinar as ditas técnicas da maneira adequada, porque nem sempre, o adversário vai cair ao primeiro golpe. Aprender a bater a dois níveis, com técnicas simultâneas e de diferente
Kenpo
“Depois de preparar o nosso corpo e arsenal, teremos de ter esclarecido quais são as nossas metas”
percurso, inclusivamente a três níveis, com isso se consegue abrir um ponto para atacar outro ponto. Conseguir não “telegrafar” o ataque, fazendo que este seja mais rápido que o olho humano, o que impedirá a sua defesa. Telegrafar é por vezes uma táctica para enganar o oponente. O mesmo acontece com a maneira de estabelecermos a nossa guarda, tanto de pés como de mãos. Podemos incitá-lo com a nossa guarda, oferecendo flancos que sabemos que com isso, é muito provável ele atacar, mas a nossa intenção é que o faça, porque estaremos à sua espera. Procurar e “abrir” o ponto essencial, que será decisivo, “tocando” outros pontos essenciais para distrair a atenção, é a grande característica da arte sublime e definitiva, de tocar nos pontos vitais!
O Conceito da Defesa Que se aperceba, obter a sensação de ser impactado, sem que isso seja perigoso para a integridade física do aluno, mas que lhe permita conhecer qual seriam o efeito e as consequências em combate, desses impactos. E nem falemos na vida real! Ou seja, em encontros na rua.
Kenpo Conseguir evitar o vício de uma falsa segurança que proporciona uma defesa e um contra-ataque, sem o outro reagir. Ou seja, conhecer a sensação de ter em frente um adversário que pode reagir e mover-se com contundência e agressividade, alcançando-nos se não fizermos nada ou confiarmos excessivamente nessa falsa segurança. Isto é muito importante! Geralmente trabalhamos sobre uma base falsa, em que o nosso oponente jamais nos atacará de verdade e na maioria dos casos das escolas, nem sequer reage. Só “recebe” e permite uma exibição de concatenamentos nossos. Evitar a sensação de fuga ou afastamento, que permitiria maior percurso e com isso, potenciar o golpe do adversário. Quer dizer, deixar distâncias que permitam a sua reacção em contra-ataque. Dando-lhe espaço, lhe damos a oportunidade de ver claramente os nossos pontos, recolocar-se e também ter distância para a utilização de suas diversas armas. Se entrarmos em seu perímetro e continuamos atacando em avance, obrigamo-lo a retroceder em desequilíbrio, perdendo portanto força em suas contras e falta de visão. Além do castigo que ao mesmo tempo possa estar recebendo, temos de manter seu corpo e sua mente ocupados. Compreender que a melhor defesa é o ataque, mesmo que isso possa parecer que está contra do princípio da não violência da arte das mão nuas.
Pôr-se à Prova Há três maneira de provar-nos a nossa eficácia. Primeiro ao ar, segundo equipados e terceira ao homem. No ar desenvolvemos coordenação, velocidade, fluidez, equilíbrio, precisão, etc. O equipamento podem ser os sacos, paos, manoplas ou protecções. E finalmente, será o nosso oponente, que em movimento, defende e contraataca.
“Muitos competidores entram a quebrar, a tratar de aniquilar o oponente nesses primeiros 30 segundos. Se o conseguirem, “BRAVO!”, mas o mais provável vai ser que não”
REF.: • LEVI LEVI8
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Kyusho
Como as Artes Marciais puseram o Grappling na moda, é imprescindível que o artista marcial também se prepare para esta eventualidade. Em qualquer esforço marcial o objectivo básico é maximizar o potencial, minimizando o esforço. O Kyusho ajuda a conseguir este objectivo mais fácil, rápida e eficazmente que outros sistemas. De novo, conhecer as estruturas anatómicas débeis do adversário e as respostas automáticas às mesmas, não só concede ao praticante de Kyusho a vantagem da surpresa e da eficácia, como também a da estratégia. Da posição de clinch em pé, os derribamentos e controlos…, até à finalização, todos os constituintes do Grappling são idóneos para a aplicação deste conhecimento e habilidade. Perante a abundância dos pontos de pressão, há sempre um alvo disponível. De maneira que não importa em que situação tenhamos o adversário, ou, o que é pior, em que situação nos tenha ele a nós, há sempre uma solução que nos dará a vantagem e o adversário não saberá qual é o nosso objectivo. Texto: Evan Pantazi Fotos: © www.budointernational.com
Os pontos vitais aplicados ao Grappling
"A habilidade técnica para ter acesso aos nervos e induzir todos os mencionados, não só facilita e adianta as finalizações, como também resulta útil em muitas outras posições e lugares inesperados"
V
ejamos o que acontece no clinch, onde começam muitas lutas autênticas e também competições, onde os dois lutadores estão em pé e lutam pela sua posição, equilíbrio e vantagem. Como muitos são conscientes (especialmente os lutadores treinados) dos derribamentos, varrimentos e movimentos de sacrifício, manobram para os sentir e compensar. Desenvolveram um instinto natural e talvez até sejam superiores em tamanho, força e/ou resistência. O equalizador de tudo isto é um bom conhecimento e treino do Kyusho. Enquanto o adversário se move connosco, o seu pensamento e a sua intenção é procurar uma oportunidade onde o nosso equilíbrio e/ou posição sejam vulneráveis. Não prestam muita atenção à posição das nossas mãos porque aparentemente não constituem uma ameaça. Não pensam que com uma rotação do pulso podemos alcançar o alvo no órgão tendinoso de Golgi, dos cotovelos, o que neurologicamente debilitará todo o seu corpo, que se moverá para responder ao seu próprio sistema nervoso, em vez da sua mente e pensamento. O seu corpo, automática e instantaneamente responderá a nós e não a eles e de que vale isso num conflito? Aplicando-lhes uma chave no cotovelo rápida e eficazmente e levando-o a perder facilmente o equilíbrio, sem serem capazes de o controlar, teremos ganho a entrada, a posição ou o derribamento… Mas isto é só o princípio! Quando tiver caído, podemos passar, talvez, a uma alavanca de braço lateral; mas conhece esta técnica pelo seu treino e pode trabalhar com ela até que, claro está, voltamos a pressionar no ponto do Pulmão 8 (L-8) no pulso, debilitando-lhe o braço e causando-lhe dor, o que o leva a pensar em se retirar ou em se proteger, em vez de contra-atacar. Antes de dar por isso, estará finalizado, mas não pelo bloqueio do braço, mas pela dor e a disfunção de um ponto corporal ou da cabeça, que também utilizamos. Passando de ponto para ponto, não só nos ocuparemos do físico, como também do mental, e fazendo-o, teremos
1. Quando está montado é fácil puxar do adversário utilizando os pontos Kyusho dos braços. 2/3. Se o adversário se situa numa posição de agarre forte, os pontos corporais serão de difícil acesso, mas os pontos da cabeça, como o do Triplo Aquecedor 17 (TW-17) podem debilitar o seu agarre. 4/5. Os objectivos Kyusho sempre expõem e debilitam mais pontos para o seu uso, como o do Estômago 9 (ST-9), para continuar o escape ou o contra-ataque. 6/7. Depois, podemos alcançar o domínio e imobilizá-lo utilizando outros pontos, como o do nervo do queixo.
“Os nervos do corpo têm resultados predizíveis e para o artista marcial que trabalha com eles, o indivíduo mais jovem, mais rápido e em melhor forma física, nem sempre leva vantagem. Podem passar do controlo à fuga e à finalização, ligando uma série de alvos aos quais podem ter acesso”
“É muito importante considerar os aspectos de disfunção de cada ponto quando estamos abraçados ao adversário. É assim porque devemos evitar atacar um ponto em cuja reacção nos possa arrastar com ele para o chão”
confundido o seu espírito. Isto deve-se não só ao facto de os ataques serem provenientes de nós, mas também ao facto de os sentir no seu interior e provocarem reacções involuntárias às nossas iniciativas. Os nervos do corpo têm resultados predizíveis e para o artista marcial que trabalha com eles, o indivíduo mais jovem, mais rápido e em melhor forma física, nem sempre leva vantagem. Podem passar do controlo à fuga e à finalização, ligando uma série de alvos aos quais podem ter acesso. Se o adversário for suficientemente hábil para recuperar e chegar a um contra-ataque, podemos voltar a tentar repetidas vezes. Simplesmente sabendo onde são vulneráveis estes objectivos e como reage o adversário a cada um deles, será possível delinear uma estratégia, levando o adversário de uma posição a outra posição, sem o deixar recuperar o equilíbrio, a base ou a compostura. Já estudámos vários alvos nervosos e a variedade de possibilidades que oferecem. Agora devemos aprender outras habilidades e níveis de capacidade, praticando os objectivos. É muito importante considerar os aspectos de disfunção de cada ponto quando estamos abraçados ao adversário. É assim porque devemos evitar atacar um ponto em cuja reacção nos possa arrastar com ele para o chão. Será preciso dar mais atenção a como e onde se cai, se roda ou se salta, tendo em vista a nossa segurança e vantagem. Agora é muito mais importante compreender quais os pontos que farão arquear as costas do adversário e estender as suas extremidades e quais os pontos que as levarão a entrar em colapso ou a contraírem-se, visto que estão ligados a nós muito mais intensamente e lutam por recuperar o equilíbrio ou a posição. Isto também nos permitirá aprender a abrir ou a fechar os seus movimentos corporais, mas, acima de tudo, a tornar acessíveis novos alvos, para utilizá-los depois. Se, por exemplo, o adversário nos estiver a segurar com força com ambas as mãos, os músculos dos seus braços e todos os da parte frontal do seu corpo estarão tensos e condensados, de maneira que as estruturas nervosas ficam ocultas ou a salvo do ataque. As costas, a cabeça e em alguns casos as per nas (conforme se esteja no chão ou em pé) serão
os únicos pontos acessíveis. Atacando correctamente os alvos possíveis, abriremos objectivos na parte frontal, para os usar depois. Este conceito constitui um desafio dinâmico e em constante movimento quando fazemos Grappling, especialmente no chão. Por meio de um treino suficiente, cada vez será mais simples melhorar a capacidade do praticante a todos os níveis. Para saber reconhecer os objectivos abertos e viáveis, a dinâmica cambiante do movimento humano, o acesso aos alvos – especialmente em situação de estresse – torna-se necessário um estudo intenso e exigente. Isto situa em primeiro plano outra nova habilidade, a do sentido do tacto e da localização dos pontos. No Grappling, geralmente não se dispõe de uma visão ampla – noventa por cento do corpo do adversário fica oculto e por isso é importante desenvolver o isolamento táctil dos pontos. Como já sabemos por outros estudos, os pontos são sempre vales entre estruturas corporais de osso, tendão e músculo. Quando fazemos Grappling e mantemos contacto com o adversário, as mãos caem de maneira natural sobre estes vales. Aprender a sentir o caminho para estes alvos, aumentará o nosso conhecimento em todos os níveis do estudo.
“Escapar é, com diferença, um dos aspectos mais importantes do Kyusho no Grappling, quando o adversário tem vantagem”
“Conhecer as reacções físicas essenciais do corpo humano, também aumentará o valor do nosso arsenal pessoal. Saber, por exemplo, que quanta mais força se utilizar nos braços, mais se debilitam os nervos da cabeça, não tem preço!”
Sempre que aumentarmos o conhecimento em qualquer aspecto do treino, aumentaremos exponencialmente as nossas capacidades, e inclusivamente as possibilidades futuras. Adquirir esta habilidade melhorará todas as nossas técnicas. A isto devemos juntar a dor que se provoca no adversário utilizando os nervos (os receptores corporais da dor) para atacar os mecanismos internos. Esta escalada da dor, à qual uma pessoa não está exposta normalmente, desarma e confunde muito por ser desconhecido. Esta dor não só se regista localmente como um típico ataque externo, como também como um ataque profundamente penetrante, que pode até dispersar-se por outras partes do corpo. Normalmente, só se manipula um ponto, mas conforme melhoremos na aplicação numa situação de Grappling, irão aparecendo múltiplos objectivos. Utilizando múltiplos pontos, também se provocará, por vezes, uma sensação de cãibra, que pode viajar de modo directo ou sobre algumas combinações de nervos, agitando todo o corpo desde o interior, como se tivessem metido os dedos numa tomada eléctrica. Esta dor não só é desconhecida como também, na maioria das pessoas que sente esta sensação, provoca confusão e até medo. Quando se utilizam constantemente com cada toque ou manobra estes ataques aos nervos sobre os adversários, estes começam a sentir apreensão e a encolherem-se a cada movimento. Isto mantém-nos nervosos e à defensiva, em vez de relaxados e à ofensiva e, consequentemente, são menos capazes de utilizar a sua própria estratégia. A isto soma-se a novidade do comportamento e métodos desconhecidos, dando-nos a vantagem da surpresa e mantendo a apreensão no adversário. Por vezes, em alguns casos, mantém o adversário em tal estado que este interpreta cada movimento que fazemos como um ataque de Kyusho. Mas, como já sabemos, com o tempo, o corpo humano pode habituarse praticamente a qualquer coisa e adaptar-se para conservar a sua posição. Se continuarmos a atacar sobre um nervo em cada movimento, finalmente o adversário habitua-se a isso, adapta-se e perdemos a vantagem – e até é possível que a surpresa se ponha da sua parte. Aplicar as manipulações de Kyusho de maneira esporádica, com um ritmo e intensidade
descontínuos, funcionará sempre a nosso favor. Esta é uma chave valiosa para tudo quanto quisermos fazer. Como Miyamoto Musashi dizia constantemente no seu escrito clássico sobre estratégia marcial “O Livro dos Cinco Anéis”: "Estudem bem". A habilidade técnica para ter acesso aos nervos e induzir todos os mencionados, não só facilita e adianta as finalizações, como também resulta útil em muitas outras posições e lugares inesperados. Podemos conseguir uma finalização rapidamente por meio da dor e da disfunção em todas as áreas do corpo. Tudo depende do que possamos conseguir ou em que posição tenhamos situado o adversário. O Kyusho também nos permitirá contra-atacar qualquer esforço de resistência às chaves ou às finalizações. Por exemplo, se fôssemos aplicar uma chave no calcanhar de Aquiles, um modo fácil de se resistir a isso é flexionando o pé para trás, para reforçar e tensar o tendão, para que o órgão tendinoso de Golgi e o nervo subjacente fiquem protegidos. Entretanto, isto pode evitar-se atacando um ponto situado um pouco mais acima na per na do adversário, o qual provoca a disfunção e a relaxação dos músculos e dos tendões de toda a per na, permitindo-nos ter acesso ao órgão tendinoso de Golgi e ao nervo subjacente… e consequentemente, conseguindo a finalização por causa da dor. Escapar é, com diferença, um dos aspectos mais importantes do Kyusho no Grappling, quando o adversário tem vantagem, porque estando montado por cima de nós, sobre um dos nossos lados ou sobre as nossas costas, a força, o equilíbrio e a base nem sempre estão
“Quando se utilizam constantemente com cada toque ou manobra estes ataques aos nervos sobre os adversários”
“Mas como a força e a velocidade já não são necessárias, podemos reverter esta intenção com um só ataque sobre um nervo disponível”
disponíveis. Mas com o Kyusho, pressionando, penetrando, esfregando ou batendo nos pontos, podemos obrigar o adversário a reagir de maneira involuntária e impredizível, proporcionando-nos um segundo de vantagem para manobrar e situar-nos numa melhor posição. Provocando nele uma reacção ou uma série de reacções sucessivas de disfunção temporal, é possível mantê-lo à defensiva e situar-nos em posição de vantagem ou de finalização. Isto não quer dizer que o Kyusho seja um método perfeito, visto que sempre dependerá da habilidade e da mestria do praticante no momento de o aplicar sobre o adversário. Se a nossa habilidade for inferior à do adversário, então resultará mais difícil ter acesso aos pontos nervosos para os utilizar. Poder utilizar ou não estas armas inovadoras e eficazes, sempre dependerá do treino do indivíduo. No Grappling é imprescindível a rapidez e a surpresa no momento de activar correctamente um nervo. É diferente ter uma pessoa colada a nós quando se activam os alvos, em vez de sermos nós a colar-nos a ela com métodos de vibração, balística ou compressão. Os efeitos energéticos e de derribamento são agora mais importantes que nos outros níveis, porque quando o adversário nos agarra com intenção, produz-se uma transferência adicional de energia do seu corpo para o nosso. Isto não só cria um receptáculo para a sua energia como também passa através de nós, reduzindo as nossas possibilidades e funções corporais. Mas como a força e a velocidade já não são necessárias, podemos reverter esta intenção com um só ataque sobre um nervo disponível. Isto sucede, por exemplo, quando os nervos de uma pessoa são manipulados adequadamente. O impulso converge no cérebro para a sua análise e depois diverge numa acção para se proteger. Isto faz com que toda a energia que recebemos do adversário possa ser utilizada na contracção ou na expansão destes movimentos de reacção. Conhecer as reacções físicas essenciais do corpo humano, também aumentará o valor do nosso arsenal pessoal. Saber, por exemplo, que quanta mais força se utilizar nos braços, mais se debilitam os nervos da cabeça, não tem preço! Quando o nosso adversário nos agarrar, o mais seguro é ele empregar a força para nos segurar bem e quando o faz deverá tensar o braço, o ombro, o peito e outros grupos de músculos de apoio. A contracção destes músculos implica a activação dos nervos, o que por sua vez debilitará os nervos da cabeça e do pescoço (fazendo-os mais sensíveis) visto que o estiramento e a actividade neurológica adicional são iminentes. Por sua vez, como tudo tem uma reacção igual e oposta, atacando os nervos da cabeça também debilitaremos os braços. Numa alavanca de braço lateral, por exemplo, se o adversário agarra o seu braço com o outro, para a impedir, os pontos da cabeça ficarão muito sensíveis. Para debilitar-lhe rapidamente o braço e largar-nos, simplesmente
pressionaremos com o calcanhar o nervo situado atrás do arco da mandíbula, Triplo Aquecedor 17 (TW-17). A dor não só será intensa como também debilitará o braço completamente e libertará o agarre. Quando o praticante já se sentir à vontade com todas as chaves, finalizações, escapes, etc., deverá experimentar o Grappling para o compreender e fazer desse conhecimento uma autêntica habilidade. A espontaneidade e a habilidade de fluir com o adversário enquanto se procuram e atacam os nervos, requer de cooperação ao princípio, mas finalmente consegue-se mesmo que o adversário tente resistir às nossas tentativas. Quando já podemos superar bem a expectativa e a resistência dos parceiros, teremos conseguido alcançar um maior grau de habilidade, mas como bem sabemos, sempre resta mais trabalho por fazer. Se pensarem que este tipo de estudo leva a vida toda, estão no caminho certo, mas com o treino adequado surge
de modo natural. Devem ser pacientes na vossa busca, pois o Kyusho aplicado ao Grappling leva a novas dimensões com respeito à localização, a abrir acessos e à manipulação dos pontos, mas também permite
atacar o adversário não só num nível físico como também mental e até debilitar o seu espírito…, tudo com estratégia. Não é este o máximo nível ao qual aspiram todos os artistas marciais?
Kyusho
Texto: Carlos Jódar & Ingmar Johansson Transcrição: Mamiko Onoda Fotos © www.budointernational.com
É a primeira vez que este Grão-Mestre e lenda viva do Kenpo visita os estúdios da Budo International e inclusivamente grava um vídeo para nós. Huk Planas é uma pessoa amável, simpática e um tranquilo brincalhão. É um autêntico prazer falar com ele. Generoso na sua conversa, concedeu-nos uma entrevista onde entra em interessantes detalhes da história do Kenpo e do próprio Ed Parker, que sem dúvida fará as delícias dos seguidores do género. Um homem e um Mestre que, com todo o merecimento, ocupa a nossa capa este mês e que nos deixa também um vídeo magnífico, cheio de ensinanças e segredos, coisa a não perder.
Ed Parker’s Kenpo "Eu estive muito perto de Ed Parker e de Bruce Lee, mas nunca os vi juntos, pelo menos não a falarem de Kenpo "
Ed Parker’s Kenpo C.N: Como se iniciou nas artes marciais e como começou a prática em Kenpo? R.P.: Nos anos sessenta eu trabalhava como músico, mas um dia, um amigo meu e eu conduzíamos perto de Fresno, Califórnia (de onde venho) e passamos por uma escola de Karaté onde ensinavam Kenpo. O meu amigo resolveu experimentar, mas eu rejeitei a ideia porque não queria estragar as minhas mãos. Passado algum tempo o meu amigo pediu-me para eu ir à escola, porque ia ser graduado. Eu não sabia para onde nos dirigíamos, sabia muito pouco sobre escolas de Karaté. O meu amigo levou-me a uma escola de Kenpo, onde encontrei alguns amigos meus que também eram músicos e treinavam; eles convenceramme de que as minhas mãos não iam sofrer mal algum com a prática do Kenpo. De maneira que me convenceram e foi assim que comecei… C.N.: Quem eram os instrutores desta escola, nesse momento? R.P.: Os principais instrutores da época eram Tom Kelly, que era faixa preta primeiro grau, e Steve Labounty, que era faixa preta segundo grau. C.N.: Quando conheceu Ed Parker? R.P.: Todos os anos, Tom e Steve organizavam um torneio e convidavam o Sr.Parker. Ed Parker costumava entregar os diplomas nos jantares promocionais e a primeira vez que o vi, foi num destes jantares. C.N.: Em poucas palavras, o que é o Kenpo? R.P.: Costumo dizer que o Kenpo é um jogo de regras e princípios do movimento. É preciso estudá-lo e compreender os motivos de nos movermos de uma maneira ou de outra. Nós, como professores, queremos que nos façam perguntas, mesmo se em alguma escola não se podem fazer perguntas. C.N.: Quais as qualidades que considera importantes para se ser um bom instrutor de Kenpo? R.P.: Compreender o que é o Kenpo, as suas regras, os seus princípios de potência e movimento, e assegurando-se que se usam. Não é magia, em primeiro lugar supõe muito esforço para quem tiver começado a praticar luta; por isso se chama defesa pessoal. Tem que acabar o que tem entre mãos. Tem que ser um estudante bom antes de se tornar um bom instrutor. Todas as pessoas que ensinam dizem
Ed Parker’s Kenpo
Entrevista a mesma coisa: Os seus melhores estudantes são os que chegarão a ser os professores seguintes e os que manterão o sistema. C.N.: Lembra-se de algum facto ou episódio com Ed Parker ou uma das suas frases de que goste em especial? R.P.: “O que é inútil e o que é útil só se chega a saber com o tempo, a experiência e a lógica”. Leva tempo chegar-se a uma conclusão própria. Eu digo que as pessoas são as que vão mudar muitas vezes a sua mente, a sua maneira de pensar; podem pensar que uma coisa é lógica e é boa, mas com o tempo podem chegar a perceber que estavam enganadas. C.N.: Terá Bruce Lee tido alguma influência em Ed Parker e, por conseguinte, no Kenpo? R.P.: Penso que sim, mas é só uma suposição. O idoso Parker falou com Bruce e vejo que algumas coisas que Bruce fez, nós também as fazemos. Eu fui chegado a Ed Parker e também a Bruce Lee, mas nunca os vi juntos, pelo menos não a falarem de Kenpo. C.N.: Qual é o principal problema do Kenpo hoje em dia e o que pensa acerca do seu futuro? R.P.: O problema principal no Kenpo, penso que são os instrutores não qualificados. Há muitas pessoas que dão aulas ou que se viam forçados a fazê-lo, ou que foram levados a essa situação e que realmente não sabem o suficiente acerca do Kenpo e só ensinam o que lhes dizem que têm que ensinar. Isto acontece a nível mundial. C.N.: Que partes do programa estão escritas e realmente não são necessárias? R.P.: É simples: o que não é necessário é o que não é útil. Tudo deveria ser útil e ensinar alguma coisa. Se apenas se trata de um "trabalho cansativo" (coisas que se ensinam nas aulas, mas que realmente não são úteis e só se ensinam para manter o estudante ocupado), não é produtivo. Com isto me remeto àquilo que disse sobre a capacidade de distinguir entre uma coisa que é útil e outra que é inútil, e isto adquire-se com tempo, experiência e lógica. C.N.: Isso inclui as extensões como um material inútil? R.P.: Não gosto das extensões, nunca gostei. Quando ensinamos uma técnica com 7 ou 10 movimentos e me perguntam o que devem fazer depois, penso que o estudante não deve ter aprendido muito. A maior parte destas extensões que escrevemos (a laranja e metade púrpura), de início eram só a finalização de uma categoria.
“Ed Parker apenas treinou trinta e cinco faixas pretas e poucos deles ainda dão aulas”
Ed Parker’s Kenpo
C.N.: O que quer dizer, quando fala na finalização de uma categoria? R.P.: É realmente simples. Tomemos um movimento, um padrão de batimento, qualquer coisa, e demonstremos todas as maneiras possíveis de o utilizar, a partir de diversos ângulos (vertical, horizontal, diagonal...). Quando se tiver feito isto, a categoria estará terminada, finalizada. C.N.: Então não empregaria muito tempo nestas extensões, não é verdade? R.P.: Como digo aos meus estudantes, sejam
criativos e façam as suas próprias extensões, porque quando chegam a um combate e aplicam técnicas conhecidas, mas o adversário ainda está em pé, pronto a bater-se outra vez, trata-se apenas de vocês e dele, de maneira que é preciso estarem prontos para improvisar e para sair com alguma coisa própria e fazer com que funcione. O Sr. Parker costumava dizer o tempo todo, a toda a gente, que se uma pessoa soubesse durante muito tempo a forma quatro - e entendesse perfeitamente o que implicava - qualquer dia iria pôr um cinto preto a essa pessoa. Há muito "trabalho cansativo" no sistema, para manter as pessoas a fazerem coisas e a pagarem pela escola de
Ed Parker’s Kenpo Karaté. Afinal, as pessoas não querem aceitar que a escola de Karaté também é um negócio. Cada sistema é "culpável" disto, porque as pessoas ganham a vida com isto. C.N.: Há várias formas de se fazer uma técnica. Pensa que todas são aceitáveis? R.P.: Nos velhos tempos havia muitas variações de uma só técnica e havia A, B, C, D, E, F e G e por vezes até H ou I. No entanto, como disse, o Kenpo é um jogo de regras. Tudo o que faço é viajar pelo mundo inteiro, corrigindo gente, porque
talvez o instrutor não aprendeu as regras antes de todo o resto. Ed Parker só treinou trinta e cinco faixas pretas e poucos deles ainda dão aulas. Emprega-se muito tempo para formar instrutores qualificados. Enquanto essas variações não quebrem nenhuma regra e/ou princípio de movimento, tudo bem. C.N.: Pensa que o Kenpo mudou dos anos sessenta para os noventa? Se assim é, como mudou? Foi adicionada alguma coisa nova? R.P.: Penso que nada de valor foi adicionado. Não há nada de novo que não tenha já sido escrito. Talvez tenham sido somadas algumas novas extensões. C.N.: Quem foi o criador das formas compridas 7 e 8, e o que pensa delas? R.P.: Não importa quem as criou. Primeiro de tudo, se as extensões fossem realmente necessárias, teriam sido escritas há quarenta anos, como aconteceu com o resto. Kenpo não é um sistema armado. As armas e os princípios das armas são diferentes das regras de mãos vazias. Quem treina em verdadeiros sistemas armados, passa uma vista de
Ed Parker’s Kenpo olhos por essas formas e só pode rir. O que eu digo é que quem quer aprender acerca das armas, deve estudar sistemas com armas. C.N.: Na sua opinião, quais são sistemas importantes para serem ensinados e porquê? R.P.: Qualquer coisa que tenha valor é importante para ser ensinada, assim sendo, se esse sistema é legítimo e se se puder conseguir algo de valioso dele, então excelente! Caso contrário, é só "trabalho cansativo". C.N.: Por que motivo o Sr. Parker sempre se referia ao Kenpo como o Kenpo Americano? R.P.: Não me lembro de que Ed Parker utilizasse alguma vez o termo "Kenpo Americano". Tanto o Kenpo como o Karaté são termos orientais. De início, foi chamado Kenpo Havaiano ou Kenpo Polinésio, porque foi no Havai que se juntaram todas as técnicas. Quando o Havai passou a ser um Estado dos Estados Unidos, então começou a ser chamado "Kenpo americano". Se a China fosse um estado americano, então o Kung Fu seria também americano, mas não o é, porque é chinês. Mas, como disse, nunca escutei o Sr. Parker referir-se ao Kenpo como Kenpo americano. Outra gente o fez, pelas razões das quais já falei. C.N.: Como se começou a escrever Kenpo com a letra “n” e não com “m”? R.P.: Há muitas histórias diferentes. Uma vez ouvi dizer que a palavra tinha sido incorrectamente escrita num artigo de um jornal Havaiano e ficou assim. Também ouvi dizer que foi para o soletrar de maneira diferente do Japonês (tanto Karaté como Kenpo são termos japoneses). C.N.: Muita gente sente que o “Karaté” não deveria ser parte do nome do nosso sistema, visto que realmente não fazemos Karaté. Isto tem alguma razão histórica ou algum antecedente? R.P.: Você utiliza o termo que todos conhecem e percebem; no entanto, quando o Sr. Parker pôs um cartaz onde estava escrito "Karaté" por cima da porta da sua escola, houve quem pensasse que era um restaurante mexicano! "Karaté" é usado como um termo genérico. Quando se fala com alguém que conhece o Karaté Kenpo, apenas se diz Kenpo. C.N.: Depois de um estudante ser examinado para obter o cinto seguinte, recebe do instrutor um “pontapé” de promoção. O que simboliza isto? R.P.: No idioma Inglês há muitas expressões que usam o termo dar pontapés, como por exemplo "dar um pontapé no trabalho ", "ser pontapeado para cima de um lugar". Gosto do que o Sr. Parker costumava dizer: "Os pontapés do instrutor ao estudante, são para causar um pequeno sofrimento, em troca de toda a dor e sofrimento que ele causou ao instrutor, ao longo do tempo e do treino". Era simbólico, quando um
Ed Parker’s Kenpo estudante era pontapeado com força, todos e cada um achavam bem e pensavam: "Ah!, ele fez um bom trabalho”. Quando o Sr. Parker não dava um bom pontapé, as pessoas ficavam ofendidas e pensavam: "O que terei eu feito mal?" C.N.: Acerca das formas, ensinamos alguma que pudéssemos dizer que seja incorrecta? R.P.: Incorrecta não é a palavra apropriada. Diferente de como se executa a técnica, é mais correcto. Isto era habitual em muitas escolas. Tenho visto gente ensinar algumas coisas em vez de outras, para esconder e guardar pequenos "segredos". Entretanto, o verdadeiro motivo por detrás disto, era ver se o estudante tinha percebido tudo o que lhe tinham ensinado. Se o estudante não se apercebe de estar a violar alguns princípios e a quebrar algumas regras e não faz perguntas, então não está a aprender muito. Também há muitas pessoas que aprendem e memorizam as regras, mas não são eficazes na lona de treino. C.N.: Mudou alguma coisa do sistema original? R.P.: Não utilizaria a palavra "mudar" porque quando explico Kenpo faço-o como se fosse uma pirâmide inversa. Para construir uma pirâmide normal, teríamos uma base larga e depois chegaríamos à parte superior. Em Kenpo, começamos com a unidade e depois
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Ed Parker’s Kenpo construímos duas por cima dela, e depois três sobre o anterior…; é assim que continuamos a adicionar. Juntei coisas e variações segundo as regras e os princípios, mas não mudei nada. C.N.: Diria que as técnicas com armas em Kenpo, são correctas, que estão bem? R.P.: Temos dois conceitos: correcto e bem. Qualquer coisa pode funcionar se o momento for adequado. Mas há um “se" condicionante nesta afirmação e hoje em dia há demasiados "se". A técnica com armas é a última que se aprende, porque se tem de estar em condições de tomar uma arma sem nos causarmos feridas graves ou a morte. Podemos sofrer contusões e lesões quando se luta sem armas, mas não morrer. Ensinamos a moverem-se de dentro para fora e isto é sempre uma boa ideia, para afastar-se da arma. Mas para a finalização de uma categoria, temos de nos mover de fora para dentro, onde o adversário podenos ir marcando facilmente e usar a arma num abrir e fechar de olhos; as pessoas não pensam nisto! Então, ensinamos este movimento de finalização de uma categoria, no pior momento possível, o que quer dizer que não deveria mover-se de fora – onde está a salvo – para dentro, quando há uma arma pelo meio. C.N.: Em relação ao que acaba de dizer, não pensa que algumas técnicas deviam ser actualizadas, posto que actualmente é muito mais habitual encontrarmos mais gente armada? R.P.: Isso é verdade e isso é o que muitos de nós temos feito. No entanto, você está a falar de uma situação na qual dá com uma pessoa treinada e acaba por lutar com ela, mas é muito pouco provável que duas pessoas que saibam artes marciais coincidam e se metam numa briga; não, isso não é realista. Além disso, quem treina em artes marciais aprende-as como defesa pessoal e pelo que eu tenho visto, não são os causadores de problemas, nem andam mundo afora a brigarem com as pessoas. C.N.: O que pensa acerca do facto de hoje em dia haver tantos cintos pretos de alto nível, no Kenpo de Ed Parker? R.P.: Muitas pessoas fazem comentários a esse respeito e perguntam por que motivo o
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Ed Parker’s Kenpo Kenpo é o sistema com o maior número de faixas pretas. Muitos deles conseguiram-nos devido ao seu ego. Há muitas pessoas que não estão qualificadas, mas que receberam o cinto preto. A razão pela qual o Sr. Parker tinha estudantes de cinto preto, além do facto de o terem ganho com o tempo e o treino, deve-se ao facto de que Ed Parker queria divulgar o Kenpo e queria dotar de autoridade estas pessoas que iam ser representantes do Kenpo no seu estado, região ou escola. C.N.: Se o Sr. Parker ainda fosse vivo, como pensa que seria a sua reacção, se visse a evolução da arte marcial? R.P.: Penso que voltava a morrer. Na minha opinião, desde que o Sr. Parker faleceu, o Kenpo não avançou, só teve um retrocesso de dez a vinte anos. Pouco depois do seu falecimento, surgiram mais de vinte organizações. Um amigo meu contou umas sessenta, o que me parece difícil de acreditar, mas ele não duvidava. Também há muitos instrutores incompetentes que circulam mundo afora ensinando Kenpo. O que eu tento fazer é mostrar como tudo está deitado a perder. Gostam de se sentir respeitados, mas isso só acontece quando estão nos seus respectivos lugares de ensino. A categoria, a não ser que exista o respeito, não é boa. C.N.: Tem alguma organização de Kenpo? R.P.: Muita gente pensa que tenho uma, mas não tenho nada legítimo. Há quem fale na linhagem do treino Parker-Planas ou coisa parecida, mas como organização ou federação não há nada num papel que diga que a gente pertence a isto ou aquilo. Trata-se das pessoas saberem onde estão. C.N.: O que é exactamente a linhagem Parker-Planas e como está a evoluir actualmente no mundo? R.P.: As pessoas sabem de onde venho. Há muitos mentirosos por aí, que afirmam ter treinado com Ed Parker. Eu fui visto com o idoso Mestre, trabalhando com ele e pondo por escrito o sistema. Esta é a razão pela qual tenho uma agenda apertada e viajo por todo o mundo dando aulas e muitos dos meus antigos estudantes fazem também a mesma coisa. Acerca da evolução, não cresce a grandes passos, mas cresce. Algumas pessoas têm treinado sempre, mas não aprenderam nada e outras alcançaram muito num curtíssimo espaço de tempo. Sempre digo: "Se conseguir facilmente a sua categoria, irá dá-la com facilidade. Se a conseguir com dificuldades, vai dá-la com dificuldade". Eu não dou uma categoria, eu ensino... C.N.: Em 1993, realizou uns vídeos acerca das formas, vai fazer outros vídeos com técnicas? R.P.: Resolvi fazer um DVD sobre o que eu chamo as "técnicas do problema", que são técnicas que não podem ser aprendidas lendo um livro e que são basicamente todas. Há erros comuns e eu escolhi parece-me que de quarenta a sessenta técnicas, fora do esquema de treino típico. C.N.: Após tantos anos a ensinar e viajar por todo o mundo, expandindo a arte do Kenpo, que motivos tem para continuar a fazer isto? R.P.: Não planeei vir a ser um instrutor de Karaté. Como disse anteriormente, eu era músico. Simplesmente aconteceu. Comecei a dar aulas quando era cinto laranja. Esta arte significa muito para mim e
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Ed Parker’s Kenpo “Penso que os problemas principais em Kenpo são os instrutores não qualificados. Há muitas pessoas que dão aulas que se viram forçadas a isso ou a quem impuseram esta situação e que realmente não sabem o suficiente sobre Kenpo e apenas ensinam o que lhes dizem para ensinar. Isto acontece a nível mundial”
é por isso que por vezes grito e brado nas minhas aulas, mas é só porque me preocupo e quero que as coisas se façam adequada e correctamente. Tenho visto gente dar aulas com um cigarro numa mão e uma lata de cerveja na outra, dizendo aos estudantes o que têm que fazer, só para os manter ocupados. Podemos dizer que estas pessoas não estão interessadas nos estudantes nem no Kenpo. C.N.: É optimista acerca do futuro do Kenpo? R.P.: Conseguir que todos estejam debaixo do mesmo tecto, nunca sucederá. Cada qual escolhe um caminho e segue esse caminho. Temos que perceber que o Kenpo não está feito para todos. Sempre se vai utilizar o Kenpo numa luta? Duvido, mas é importante que aquilo que se aprender se aprenda sem lacunas. C.N.: Qual seria o seu conselho, para alguém que quer iniciar a prática do Kenpo? R.P.: O meu conselho é que tem que saber no que se vai meter. Isto é uma arte marcial para salvar a própria vida na rua. Se não se realiza um treino duro e prático, o Kenpo não vai estar presente para salvar a vida de ninguém. Não é uma questão de magia, é uma questão de trabalhar com dedicação. C.N.: Obrigado Mestre Planas. R.P.: Obrigado a vocês!
“Há muitos mentirosos por aí, que afirmam ter treinado com Ed Parker. Eu fui visto com o idoso Mestre, trabalhando com ele e passando por escrito o sistema”
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Como a cada mês, o Grão Mestre John Pellegrini, uma das pessoas mais perspicazes das Artes Marciais dos nossos dias, nos encanta com a sua experiência e conhecimentos. O Mestre Pellegrini possui essa rara virtude de combinar o profundo conhecimento do que é tradicional, com a sua capacidade para adaptá-lo à modernidade de uma maneira pedagógica, clara e em ordem. Para esta revista é sempre um luxo e um prazer contar com os seus artigos ano após ano. Não deixem de ler esta “História de Fadas”! Alfredo Tucci
UMA HISTÓRIA DE FADAS DAS ARTES MARCIAIS Pelo Grão Mestre John Pellegrini Havia uma vez uma escola de Artes Marciais que ensinava a crianças e a adultos, homens e mulheres, um belo sistema que se desenvolvera centenas de anos atrás e evoluíra ao longo várias gerações de Mestres. Também tinha sido refinado e moderadamente modernizado, para se adaptar às necessidades da sociedade. Os estudantes aprenderam as tradições da Arte, a sua história e a sua origem cultural. Também desenvolveram as suas capacidades físicas e as suas qualidades técnicas, assim como a maneira de aplicá-las em situações de combate. Os Mestres da Academia fizeram grandes esforços para inculcar nos estudantes um código moral que pudesse moldar a sua atitude na vida quotidiana e reger a sua conduta quando tratassem com outras pessoas. Isto se fez insistindo e enfatizando nos dogmas da Arte e cultivando
a maneira de ser mediante a construção das qualidades necessárias para formar guerreiros pacíficos e honráveis. Respeito, humildade, confiança, compaixão, valentia, generosidade, honestidade, lealdade… e toda qualidade humana importante, era ensinada pelo Mestre aos seus estudantes, com sumo esforço. Então, não imediatamente mas com o passar dos meses, o Mestre percebeu que estava perdendo estudantes. O negócio andava mal... De início, ele pensou que era devido ao mau estado da economia. Um dia, um dos seus cintos mais graduado, um jovem agradável, disse-lhe que não iria continuar treinando na sua academia. O Mestre ficou desolado e logo, com seu habitual espírito generoso, pensando que o estudante teria problemas de dinheiro, disse ao jovem que podia continuar treinando gratuitamente na sua academia, até que a sua situação económica melhorasse. O estudante, visivelmente incomodado, informou ao Mestre de que a sua decisão nada tinha a ver com o dinheiro, ele iria para um novo ginásio de MMA e que muitos outros
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estudantes que tinham abandonado a academia nos últimos meses, já lá treinavam. O Mestre ficou decepcionado, mas desejou ao estudante que tudo corresse pelo melhor e disse que sempre poderia voltar. O jovem agradeceu ao Mestre e se preparou para ir embora. Mas quando ia a sair, parou e disse: “Por favor, compreenda que não é nada pessoal contra si, trata-se simplesmente de que a MMA agrada muito; os meus amigos já lá estão praticando. Lá, REALMENTE se aprende a lutar e o instrutor me disse que eu tinha um grande potencial para me tornar um lutador e participar em campeonatos”. Essa noite, o Mestre pensou muito acerca do incidente e a situação geral da academia. Percebeu que os tempos tinham mudado e que a popularidade dos desportos "de gladiadores" na televisão, estava tendo uma forte influência em muitos jovens. Pensava não haver nada inerentemente de mau no treino das MMA e que era o desporto adequado para um número muito reduzido de pessoas. Mas também sabia
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que não era uma verdadeira Arte Marcial, no sentido autêntico e completo e que sempre continuaria a ser uma moda passageira, um entretenimento na moda e um desporto muitas vezes brutal, que muitos espectadores gozam vendo, mas que poucos querem experimentar. Assim sendo, o Mestre resolveu saber como outros instrutores de Artes Marciais estavam enfrentando a situação e resolveu visitar a maioria das escolas da sua povoação. O que encontrou foi inacreditavelmente decepcionante! Algumas das escolas tinham fechado. Tinha sido simplesmente por motivos económicas. Outras para abraçar parcialmente o capricho, haviam adicionado um programa de MMA nas suas ofertas (frequentemente sem um conhecimento técnico do verdadeiro treino MMA!). Mas o que o Mestre achou mais chocante e decepcionante, foi que várias escolas, para tirar proveito da tendência rentável, tinham abandonado por completo todas as aulas de Artes Marciais e se tinham tornado totalmente um ginásio de Artes Marciais Mistas. O Mestre estava triste e um pouco confuso. Não tinha visto isto anteriormente? Não tinha sucedido isto mesmo muitas outras vezes? Não percebem que as modas, as tendências e os truques e paixões populares vêm e vão? Com
os anos, a Novidade, a Última moda, o imbatível, os programas para "fazer-se rico" sempre tinham desaparecido! A "Formação de Guardacostas" garantida para conseguir um contrato com as estrelas de Hollywood; o Baby-sitting disfarçado de "Artes marciais depois da escola"; as aulas de aeróbia que pretendem ensinar a legítima defesa; as técnicas secretas dos comandos israelitas; as técnicas secretas das forças especiais russas; a Luta Livre brasileira na rua... E a lista continua e continua… Parecemos esquecer os enganos do passado e não podemos esperar pela próxima novidade que vai fazer-nos ricos e famosos e ser a solução para todos os nossos problemas. Mas isto nunca parece funcionar dessa maneira… Por outro lado, as verdadeiras Artes Marciais têm resistido a prova do tempo..., durante séculos! O Mestre sorriu… Percebeu tudo! Durante um tempo, a clientela da sua academia iria mudar; iria ter mais estudantes de idade avançada, mais homens, mais mulheres, mais crianças e menos jovens e adolescentes cheios de testosterona. O Mestre sabia que isso era o que iria acontecer. Continuou ensinando a sua amada Arte e ele e os seus estudantes viveram felizes para sempre.
Combat Hapkido
“Havia uma vez uma escola de Artes Marciais que ensinava a crianças e adultos homens e mulheres, um belo sistema que tinha sido desenvolvido centenas de anos atrás...”
“Não imediatamente mas conforme passavam os meses, o Mestre percebeu que estava perdendo estudantes. De início, pensou que o negócio andava mal, devido aos problemas da Economia, em geral!”
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O termo "Defesa Pessoal" comporta um aspecto negativo. que desde o princípio pode implicar fracasso para o indivíduo. O problema é que este rótulo já reflecte mentalmente que a pessoa é vítima de um acto violento ou agressão e que o praticante deve realizar uma acção defensiva. Esta premissa de agir após os factos, é a razão pela qual a maioria das pessoas sucumbem às acções do agressor e nunca se recuperam totalmente do ataque inicial ou do medo que provoca a situação. A mulher não deve situar-se à defensiva; deve ser consciente da sua situação e não desestimar ou ignorar possíveis ameaças. Ela deve ser pro-activa e ter a iniciativa e o ímpeto, forçando a confusão na mentalidade do atacante, para ter uma possibilidade de vantagem. “Autoprotecção Kyusho” é um processo de treino vital que trata das realidades de um ataque. É um simples mas poderoso processo de treino, que oferece aos indivíduos mais débeis, mais lentos, com mais idade ou menos agressivos, uma oportunidade contra o de maior tamanho, mais forte ou mais agressivo atacante. Mediante o uso dos objectivos anatómicos mais débeis do corpo, conjuntamente com as próprias acções e tendências naturais do corpo, se pode proteger facilmente a si mesma ou a outros, inclusivamente sob as limitações de estresse e físicas, quando a sua adrenalina aumenta. Mediante um trabalho progressivo com as suas próprias habilidades motoras grossas (em vez das técnicas de outros), as suas possibilidades de vitória são eminentes.
REF.: • KYUSHO-21
Uma história clássica do êxito
KAHANA É UM ESPECIALISTA DE HOLLYWOOD? Saber isto é essencial para conhecermos o Kahana homem, Escrita pelo Famoso Artista Marcial e que falando de si próprio, nos diz: legendário Especialista de Hollywood, Nasci nas Ilhas do Hawai, a 16 de Kim Kahana Sr. Outubro de 1929. Meu pai pertencia à Talvez não reconheçam o meu Guarda Costeira dos Estados Unidos e foi nome ou a minha cara, mas se instrucor de Judo e Aikido. Ensinava ao alguma vez viram na televisão ou público em geral e a toda a minha família. Com quatro anos e meio, eu já muito uma fita de Artes Marciais, o bom em ambas Artes. Em 1934, meu pai mais provável é que me tenham foi transferido da Sand Island, Hawaii, visto. Soy Kim Kahana Senior. o para Osaka, Japão, e me levou com ele. t i p o q u e v a i p e l a b e i r a d o No Japão estudei com Sensei Hanna precipício, que atravessa o vidro Fusa durante três anos e meio, para da janela do bar, que se bate conseguir receber o meu primeiro Cinto c o m u m c a r r o a t o d a a Preto em Judo, com nove anos de idade. Em 1937, meu pai foi transferido velocidade e que cai do cavalo! dr volta para o Hawai y alí, eu tive S u b m e t o m e u c o r p o a t u d o ocasião de ver diferentes estilos de q u a n t o o s l i v r e t i s t a s e o s Artes Marciais, como Kali Filipino, Kungr e a l i z a d o r e s d e H o l l y w o o d Fu e Karate. Eu era muito activo e possam sonhar para as suas gostava de lutar tanto dentro como fora do ringue. Gostava do contacto! cenas de acção.
O meu primeiro estilo de Shotokan foi o Karate, mas depois de estudar durante um ano, se tor nou um pouco demasiadamente rígido para mim, assim sendo, resolvi mudar para o Kempo e depois para o Shorin-Ryu. Nessa altura, eu aprendera e desenvolvera uma boa mistura de Artes Marciais. Também estava muito interessado na Arte da Faca de Samoa e no Baile de Fogo, que aprendera de alguns dos meus amigos de Samoa. Nos últimos anos me tor nara “um guerrero samoano”, sob a tutela de Freddie Letuli e viajara por todo o mundo, praticando esta Arte. Em criança, era muito irrequieto. Queria ir ao continente e conhecer o país. Com nove anos de idade, viajé como passajeiro clandestino, em um barco que se dirigia a São Francisco, mas fui descoberto e trazído de regresso ao Hawai. Depois assistí ao bombardeio de Pearl Harbor, embarquei de novo e desta vez, cheguei a São Francisco.
Lendas das Artes Marciais
A partir daí, andei “de dedo” e de combóio por de todo o país, até chegar a Nova York, onde o meu tio estava trabalhando na orquesta de Xavier Cugat. O meu tio me ensinou a tocar a bateria, que foi o começo da minha carreira no mundo do espectáculo, tocando tambores e realizando o Baile do Fogo e a Dança da Faca, de Samoa. Anos depois, durante a guerra da Coreia, me alistei no exército dos Estados Unidos e passei a ser membro da Força Aerea. A Guerra da Coreia foi uma questão de supervivência. De facto, encontrei a maneira de sair de uma situação grave e consegui que um pelotão inimigo me desse por morto, o que fez de mim um dos soldados da Guerra da Coreia mais condecorados do país, depois de ter recebido a Estrela de Plata, duas Estrelas de Bronze e dois Corações Púrpura. Também me recuperei da explosãon de uma granada, que me deixou
completamente cego durante dois anos e permanentemente cego do meu olho esquerdo. Depois de deixar o exército, fui viver em Hollywood e comecei a trabalhar como “extra”. Também comecei a trabalhar como “duplo de acção”, quando percebi que a estes garotos eram muito melhor pagos por coisas que eu tinha estado fazendo na Coreia, de maneira gratuita. Pelo menos, era isso o que eu achava! Eu não sabia montar a cavalo, de maneira que contactei os legendários vaqueros de Hollywood, como Yakima Canutt e a família de John Epper. A minha vasta carreira abrange mais de 300 filmes de cinema e televisão, que se pueden ver na Wikipedia e IMDb. Nos anos 70, tive a ideia de fazer uma escola de especialistas. Percebi que a profissão estava sendo invadida por jovens temerários, que se estavam matando a si próprios e ferindo os
outros. Estes temerários realizavam façanhas atrevidas com mais valentía que bom senso... Eu não queria que estes recentemente chegados deixassem de vir, mas queria ter a certeza de que sabiam fazer o seu trabalho, sem se matarem a sí mesmos ou a outros. Assim sendo, em 1972 inaugurei a Escola de Especialistas de Kahana, para aqueles que já trabalhavam como “duplos”. Dois anos depois, foi aberta ao público e a escola foi a primeira em oferecer este género de ensino. Até esse momento, os especialistas tinham aprendido o ofício dos veteranos da indústria. Muitos dele não gostaram da ideia de eu oferecer o que eles consideravam “os segredos do negócio”. Por isto, demiti da Associação de Especialistas de Filmes de Acção e continuei ensinando na minha escola: www.kahanastuntschool.com. Nesta género de trabalho
conhecemos muitas pessoas. Alguns vêm e vão, e outros passam a ser como da família, como é o caso dos Zaino. Em Março de 2009, Danny e sua mulher Teresa Zaino, me chamaram para uma entrevista acerca das Artes Marciais, no seu programa da rádio. Depois da entrevista, convidei eles e a su família, a virem ver a minha escola. Yo estaba muito intrigado e interessado em conhecer a outra família de Artistas Marciais. Quando os Zaino vieram a visitar a escola, fiquei muito impressionado com seus filhos, Tony, Joey e a pequena Dominique, que naquele momento, contava só 14 anos. Danny me pediu um cinselho acerca de um documentário sobre a sua família, que estava fazendo. Falamos durante várias horas e antes de partirem, eles nos invitaron a mim e à minha mulher Sandy, a assistirmos como convidados especiais, ao seu Banquete de Prémios do Salão da Fama das Artes Marciais, em Clearwater, Florida. Seus filhos estavam realizando uma demonstração especial com a "Equipa da América", anteriormente conhecido como "Equipa Nacional Pepsi de Exibições". Eram muito impressionantes! Também me surpreendei por receber uma placa de reconjecimento ao "Melhor Coordenador de especialistas". Durante os últimos seis anos, os Zaino não só se tornaram parte da minha família, como também têm dsenvolvido o seu talento muito além do que jamais teria imaginado. Por isto me ofereci a ajudá-los e passei a ser o realizador do
seu programa de televisão em directo e o realizador de seu filme documentário da família, "Os Zaino - nascidos para competir", que se encontra actualmente em fase de edição. Recentemente resolvi ser seu manager oficial. Para além do que é óbvio, seus similares valores famíliares e a sua ética de trabalho, ainda é bastante surpreendente para mim, observara a sua família e pensar como se parecem a minha família e a sua! São muitas as similitudes que temos, posto que tanto Danny e como eu, temos umas longas carreiras no âmbito das Artes Marciais, onde eu levo mais de 60 anos e Danny mais de 40. Danny e yo servimos no Exército dos Estados Unidos e ambos estivemos destinados na Coreia, eu estive de 1950 a 1953, durante a Guerra da Coreia, e Danny foi veterano da Polícia Militar DMZ, sirvindo de 1979 a 1981. Ambas famílias estão no negócio do entretimento. Os Kahana levamos muito tempo em Hollywood sendo duplos de actores famosos. Actores e realizadores… Os Zaino são a nova geração em Hollywood, com a sua própria rede de meios de comunicação em directo, que inclui TV, Rádio e Revistas. Rede na qual Danny é o produtor executivo e apresentador do programa "Artes Marciais Show Biz TV", um espectáculo em directo de notícias, baseado nas Artes Marciais e o entretimento, protagonizado pela Família Zaino. Theresa Zaino é a directora executiva e a Gerente da "Agência de Talentos de Entretenimento e Acção". Uma agência de franquícia com licença e associada à SAG-AFTRA, com sede em Júpiter, Florida. Emnquanto aos “garotos” Zaino, Tony Zaino é graduado em produção cinematográfica pela Universidade Estadual de Palm Beach; Joey Zaino é graduado da
Escola Kahana de Especialistas do Cinema e estudante na Universidade Estadual da Florida, junto com sua irmã Dominique Zaino, que está no de prestigioso programa de comunicações e meios de comunicação da FSU. São todos actores e artistas que assistem actualmente à Escola Kahana de Cinema e Especialistas do Cinema e ajudam nos projectos em marcha. Actualmente, o nome Kahana todavia está em activo e trabalhando no negócio. Ainda estou coordenando, gerindo e dirigindo. Continuo activo e motivado para continuar pelos estudantes da escola de especialistas e suas famílias. A cada ano tenho mais projectos para a minha propriedade de 100 acres, na Florida Central, que é mundialmente conhecida pelas companhias cinematográficas, que a utilizam para as suas produções, assim como pelos professores de interpretação e os especialistas, para aprender o ofício. De facto, a Escola Kahana de Cinema e Especialistas do Cinema, começou uma aula Junior para a carreira de especialista, orientada a crianças de 10 a 17 anos. Os nossos estudantes junior têm avançado n a s A r t e s M a rc i a i s e n a g i n á s t i c a desportiva. Também continuo trabalhando com os Zaino dia a dia, nas nossas empresas “Stunt Action Coordinators Inc.” www.kahanstuntschool.com “MASBTV, RADIO & MAGAZINE” www.masbtvnetwork.com, e “Action Entertainment Talent Agency” www. aetalent.net. Temos projectos durante todo o ano, para que gente de todo o mundo venha, aprenda e treine. Com os meus 85 anos, ainda estou no activo e não penso parar a curto prazo.
O "Programa de Controlo Táctico Kyusho" (KTCP), foi desenhado para controlar a escalada de conflitos mediante a pesquisa legal, médica, o aspecto táctico, provas de campo y coordenação. Este programa está especialmente destinado, ainda que não exclusivamente às Forças de Ordem Público, Segurança, Emergências, Guarda Costeira, Militares, Agências Governamentais, Escoltas y Segurança pessoal. Este módulo básico se constitui de um conjunto de 12 objectivos principais integrados en 4 módulos de controlo da escalada de força. Há numerosas estruturas débeis no corpo humano que podem ser utilizadas por um Agente para simplesmente obter o controlo de um indivíduo, mais eficientes que o uso convencional da força como nos indica o protocolo. Mais alem da etapa de ordem verbal, numa situação de escalada do conflito, são estes pontos (Vitais) do Kyusho onde o agente pode fazer uso dos sistemas internos de controlo físico, como os nervos, a estrutura dos tendões e os reflexos nervosos naturais do corpo. No requer de grande força ou de um complexo controlo da motricidade ou da vista ... tudo isso sujeito ao fracasso em estados de elevada adrenalina. Esta informação está dedicada aos valentes e resistentes membros das Agências de todo o mundo ... Obrigado pelo que fazeis!
REF.: • KYUSHO 22
Todos os DVD's produzidos porBudoInternational são realizados emsuporteDVD-5, formato MPEG-2multiplexado(nunca VCD, DivX, osimilares) e aimpressão das capas segueas maisrestritas exigências de qualidade(tipo depapel e impressão). Também,nenhum dosnossos produtos écomercializado atravésde webs de leilõesonline. Se este DVD não cumpre estasexigências e/o a capa ea serigrafia nãocoincidem com a que aquimostramos,trata-se de uma cópia pirata.
Sempre tendo como pano de fundo o Ochikara, “a Grande Força” (denominada e-bunto na antiga língua dos Shizen), a sabedoria secreta dos antigos xamãs japoneses, os Miryoku, o autor leva a um mundo de reflexões genuínas, capazes de ao mesmo tempo mexer com o coração e com a cabeça do leitor, situando-nos perante o abismo do invisível, como a verdadeira última fronteira da consciência pessoal e colectiva. O espiritual, não como religião mas como o estudo do invisível, foi a maneira dos Miryoku se aproximarem do mistério, no marco de uma cultura tão rica como desconhecida, ao estudo da qual se tem dedicado intensamente o autor. Alfredo Tucci, director da Editora Budo International e autor de grande número de trabalhos acerca do caminho do guerreiro nos últimos 30 anos, nos oferece um conjunto de pensamentos extraordinários e profundos, que podem ser lidos indistintamente, sem um ordenamento determinado. Cada um deles nos abre uma janela pela qual contemplar os mais variados assuntos, desde um ângulo insuspeito, salpicado de humor por vezes, de contundência e grandiosidade outras, nos situa ante assuntos eternos, com a visão de quem acaba de chegar e não comunga com os lugares comuns nos que todos estão de acordo. Podemos afirmar com certeza que nenhum leitor ficará indiferente perante este livro, tal é a força e a intensidade de seu conteúdo. Dizer isto já é dizer muito em um mundo cheio de manjedouras grupais, de ideologias interessadas e de manipuladores, e em suma, de interesses espúrios e mediocridade. É pois um texto para almas grandes e pessoas inteligentes, prontas para ver a vida e o mistério com a liberdade das mentes mais inquietas e que procuram o oculto, sem dogmas, sem morais passageiras, sem subterfúgios.
Shaolin
6.1 O oponente ataca por detrás, avançando com a perna direita e batendo com seu punho direito na minha cabeça. 6.2 Seguidamente, giro por o meu lado esquerdo e bloqueio o golpe do oponente. 6.3 Sem pausa, bato com o meu punho direito na cabeça do oponente, adoptando a posição de “gong bu” com a perna direita atrás. Chaves: 1 Quando utilizamos o movimento de lunbi (giro de braços) é muito importante relaxar os ombros para que o movimento seja rápido, de tal maneira que possa aumentar a força e a velocidade no batimento. 2 Quando contra-atacamos e adoptamos a posição de gongbu, é importante o torso estar ligeiramente adiantado. A per na direita deve também adiantar-se muito ligeiramente. 3 Existe a possibilidade do oponente tentar evadir o nosso contra-ataque, pelo que se deitar sua cabeça para trás, o golpe irá cair em seu nariz y se a deitar para um lado, iremos bater no seu pescoço.
Kihon waza (técnicas básicas) es la parte más importante del entrenamiento de cualquier Arte Marcial. En este DVD el Maestro Sueyoshi Akeshi nos muestra diversas formas de entrenamiento de Kihon con Bokken, Katana y mano vacía. En este trabajo, se explica en mayor detalle cada técnica, para que el practicante tenga una idea más clara de cada movimiento y del modo en que el cuerpo debe corresponder al trabajo de cada Kihon. Todas las técnicas tienen como base común la ausencia de Kime (fuerza) para que el cuerpo pueda desarrollarse de acuerdo a la técnica de Battojutsu, y si bien puede parecer extraño a primera vista, todo el cuerpo debe estar relajado para conseguir una capacidad de respuesta rápida y precisa. Todas las técnicas básicas se realizan a velocidad real y son posteriormente explicadas para que el practicante pueda alcanzar un nivel adecuado. La ausencia de peso en los pies, la relajación del cuerpo, el dejar caer el centro de gravedad, son detalles muy importantes que el Maestro recalca con el fin de lograr un buen nivel técnico, y una relación directa entre la técnica base y la aplicación real.
REF.: • IAIDO7
Todos os DVD's produzidos por BudoInternational são realizados em suporteDVD-5, formato MPEG-2 multiplexado(nunca VCD, DivX, o similares) e aimpressão das capas segue as maisrestritas exigências de qualidade (tipo depapel e impressão). Também, nenhum dosnossos produtos é comercializado atravésde webs de leilões online. Se este DVD não cumpre estas exigências e/o a capa ea serigrafia não coincidem com a que aquimostramos, trata-se de uma cópia pirata.
Cinturón Negro Andrés Mellado, 42 28015 - Madrid Telf.: 91 549 98 37 e-mail: budoshop@budointernational.com www.budointernational.com
O Major Avi Nardia - um dos principais instrutores oficiais do exército e da polícia israelitas no campo da luta contra o terrorismo e a CQB - e Ben Krajmalnik, realizaram um novo DVD básico que trata sobre as armas de fogo, a segurança e as técnicas de treino derivadas do Disparo Instintivo em Combate, o IPSC. O Disparo Instintivo em Combate - IPSC (Instinctive Point Shooting Combat) é um método de disparo baseado nas reacções instintivas e cinemáticas para disparar em distâncias curtas, em situações rápidas e dinâmicas. Uma disciplina de defesa pessoal para sobreviver numa situação de ameaça para a vida, onde fazem-se necessárias grande rapidez e precisão. Tem de se empunhar a pistola e disparar numa distância curta, sem se usar a vigia. Neste primeiro volume se estudam: o manejo da arma (revólver e semiautomática); prática de tiro em seco e a segurança; o “Point Shooting” ou tiro instintivo, em distância curta e em movimento; exercícios de retenção da arma, sob estresse e múltiplos atacantes; exercícios de recarga, com carregador, com uma mão e finalmente, práticas em galeria de tiro com pistolas, rifles AK-74, M-4, metralhadora M-249 e inclusivamente lança-granadas M-16.
REF.: • KAPAP7
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