Cinturao Negro Revista Portugues 293 Julho parte 2 2015

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Este DVD se centra en las armas de filo, en conocer y entender todos los peligros asociados a ellas, y su tema principal es el establecimiento de la prioridad. El énfasis principal en el entrenamiento con un arma de filo es conocer y entender todos los peligros asociados a este tipo de armas. El grave peligro de estas armas es real, y debe tratarse como tal. Esto significa saber donde debes establecer tu prioridad de entrenamiento para ser una herramienta de supervivencia, en caso de que tal situación se presente. Afrontémoslo, tú eres quien tiene que sobrevivir, y no tu entrenador que te ayuda a entrenar tus metas, pero no tu objetivo. Las prioridades de entrenamiento que uso en Latosa Escrima son las siguientes: realidad, técnica y ejercicios. Realidad: es la comprensión de lo que podría suceder exactamente y los peligros al usar o enfrentarse a un arma de filo. Técnicas: movimientos que tratan de darte una generalización de posibilidades y probabilidades de lo que puede suceder. Ejercicios: la mayoría de ellos se utilizan para desarrollar y mejorar las habilidades de movimiento utilizadas en la aplicación técnica.

REF.: • DVD/LAT-3

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“Não desesperes, nem sequer pelo facto de não desesperares. Quando tudo parece terminado, surgen nuevas forças. Esto quer dizer que estás vivo” Frank Kafka

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omo sabermos para onde vamos, se não sabemos o que queremos? O que verdadeieamente somos é uma equação indescifrável e sem solução, porque estamos continuadamente mudando…, sem acabar de mudar. Como agir nos processos mas profundos de transformação e mudança? Em jovens, o nosso potencial explode, experimentando em direcções diversas. O meu tío, que contava então 70 anos, me dizia: “Che, yo já estoy jugao!”. Os anos passam e nos vão enseñando, primeiro, o que já não seremos, porque temos iso “descartando” ou porque aquilo nos “descartiu a nós. Assim começamos a compreeender que já não somos tão jovens… A vida é um processo de decisões; a cada vez que dissermos sim a alguma coisa, estamos a dizer que não a todo o resto; cada que vez que abrimos uma porta, entramos numa habitação que nos leva a outra. A liberdade - tenho escrito isto muitas vezes - é um corredor estreito de direcção única, onde como máximo podemos, “motu propio”, chegarmo-nos para um lado ou para outro do corredor. Vivemos na ilusão da liberdade, na pretensão de estarmos np comando das nossas vidas, quando o cierto é que estamos inseridos em milhares de realidades maiores que nós mesmos, influenciados continuamente, de maneira abierta ou solapada, pelos mlhares de forças, energias e tensões, que nos mandam em nós muito mais do que gostariamos aceitar, tanto seja pela ignorância, anto seja pela prepotência. Se temos ocasião de comçar a saber de como funcionam as coisas, a primeira intenção, após o assombro inicial, é correr! Faz-me lembrar do Matrix, aquilo da pastilha vermelha e a pastilha azul; o problema é que quando optamos por as tomar, já não há marcha atrás. Sair da ignorância nos leva ao desconsolo, porque o que antes brilhava, agora vemo-lo escuro e até que algum coisa comece de novo a brilhar para o nosso olhar, nos sentimos perdidos, porque não sabemos o que é; o que foi, já não está, o que há-de chegar, ainda está chegando, mas não cgeou…

"A naturaleza humana se resiste quando alguien tenta modificá-la. Quando a deixam em paz, muda por si mesma" Anónimo

É a história de cada transformação, de cada salto ao vazio nas mudanças profundas da nossa vida; a vertigem do desconhecido, se mistura com a inquietação de uma identidade nova que nasce, mas para que isto aconteça, primeiro a anterior deve morrer. A melancolia dos ditos estados transitórios, é mais profunda que nenhuma, e não porque nos situe nas encrucilhadas do destino (aí o exterior aperrta e temos de espavitar), mas sim porque estamos realmente desenganados. O eu que olhava, está morrendo e frequentemente nos agarramos a ele como náufragos aos restos de um batel afundado. Mas são eses momentos os mais valiosos para crescer, porque neles somos forçados a voltar a avaliar a nossa visão, semeando uma nova etapa. São momentos em que estamos forçados a sair do estancamento; escartando toda ilusão, podemos profundizar em uns novos valores, ou mrdmo em alguns antigos, que suportando a prova, de novo serão vigorosos nesse novo renascer. Mas todo renascimento se processa com dor e melancolia. É sua chave de fundo; um momento em que desejamos voltar à sincera e simples primigênia unicidade de todas as coisas. Por veses, é nesses momentos onde os mais sensíveis, desenvolvem uma profunda compaixão por todos os seres, compaixão que já nunca os abandona. Só quem sofreu pode empatizar com quem sofre. É preciso saie dos nossos infiernos pessoais, dos poços negros onde a morte campa à vontade, recordando, como dizia Castaneda, que “tudo quanto a morte toca, tem poder”. Sair digo, limpos, novos e brilhantes… Renascer das cinzas cheios de luz, para uma nova etapa, metamorfoseados como a lagarta de seu casulo, a uma nova vida mais livre, onde em vez de nos arrastrarmos, voamos fecundando cada flor em que pousarmos… Cuidem bem do casulo cada día, porque indefectivelmente, chegará a transformação. Mesmo que agora, pequena lagarta, não te possas imaginar com asas, amanhã voarás.


Alfredo Tucci ĂŠ Director Gerente de BUDO INTERNATIONAL PUBLISHING CO. e-mail: budo@budointernational.com

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Combat Hapkido “Literalmente, havia centenas de diferentes espadas, lanças, picas e machados de vários tamanhos, para diferentes aplicações. A maioria dessas armas eram pesadas e difíceis de usar. Examinar essas armas era como fazer uma viagem ao passado e a obtenção de uma nova apreciação da dureza daqueles guerreiros”


Grandes Mestres ARMADURAS, ESCUDOS E ARMAS Grão Mestre John Pellegrini ive uma inspiração para escrever este artigo, durante a minha recente visita à Espanha, um dos meus países favoritos. Tenho viajado à Espanha desde 1994 e além de ensinar Combat Hapkido e realizar Seminários para a comunidade de artes marciais, sempre trato de aproveitar mais uns dias da minha apertada agenda, para gozar das muitas coisas que esta terra mágica tem para oferecer: história, cultura, beleza natural, um clima extraordinário e a hospitalidade da sua gente cordial e generosa. E não esqueçamos a comida e o vinho! Nesta última visita, me acompanhava minha mulher Trina, e o Mestre Marcos Gridley e sua mulher Liz. A penas umas horas após chegarmos a Madrid, sem fazer caso do nosso “jet-lag”, fizemos uma sessão de fotos para esta revista. Nos dois dias que se seguiram realizamos um seminário de grande êxito, para estudantes e Instrutores de Combat da Europa, organizados pelo nosso instrutor Juan Romero Pons.

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Combat Hapkido


Grandes Mestres Após aproveitar bem a animada vida de Madrid durante três noites, nos dirigimos para o Norte, para visitar as cidades de Segovia, Ávila e Salamanca. Antes de voltar a Madrid para o nosso voo de volta para casa, fomos capazes de dedicarmos várias horas ao palácio de San Lorenzo de El Escorial. A experiência de passarmos quatro dias visitando impressionantes muralhas medievais, catedrais, castelos, mosteiros, palácios e museus, foi quase esmagadora. E nem ainda falei da comida e do vinho! A esta altura, os leitores devem estar a pensar o que é que isto tudo, tem a ver com as Artes Marciais! Tenham, paciência, meus amigos... Já lá vou chegar… Durante as nossas visitas, vimos exposições de grande número de armas, incrivelmente bem conservadas e armaduras de vários séculos de história. Levou-me tempo examiná-las de perto e fiz algumas observações, que têm a ver com a luta e que penso serem relevantes para as Artes Marciais e acredito que os leitores vão achá-las interessantes. MOVILIDADE. Na maior parte da armadura, parecia seriamente restringida. Uma ou mais pessoas são necessárias para "vestir" o guerreiro para a batalha e depois de usada, a armadura era difícil de a tirar. Imaginei as minhas técnicas usando essas armaduras: coisa que seria praticamente impossível. Não só as restrições à mobilidade, como também a incapacidade de articular pequenos movimentos, impediriam o uso da maioria da motricidade fina. Dar pontapés seria extremamente difícil (quando não impossível) e cair ao chão, fatalmente perigoso. PESO. Posto que a maioria da armadura estava feita em metal e foi desenhada para proteger o guerreiro das espadas e das flechas, tinha de ser forte e por necessidade, pesada. Carregar com esse peso, além do escudo e as armas, sem dúvida reduzia a resistência do guerreiro. Cansado e sem fôlego, eu não seria capaz de entrar em um combate prolongado (ao contrário que nas fitas de Hollywood). Como experiência pessoal, quando passei um tempo no Afganistão (2006) e no Iraque (2008) treinando as tropas, me foi entregue, como parte do meu equipamento, um colete antibalas, que pesava cerca de 25 libras (12 Kg). Levando isso por cima, além dos outros 16 quilos de equipamento, andando em um terreno rochoso, a 45 graus centígrados de temperatura, era esgotante! O ensino do combate corpo a corpo aos soldados que portam esse equipamento, é realmente um desafio! Portanto, pensem



acerca do facto de que estes coletes antibalas modernos, relativamente confortáveis. de "peso ligeiro", não eram nada, comparados com o que os guerreiros dos séculos XV e XVI, tinham de levar. TEMPO. Imaginem em marcha, lutando ou correndo com essas armaduras, com um calor sufocante, ou um frio gelado, ou com chuva ou neve! VISIBILIDADE. A maioria dos artigos para a cabeça, usados nesses tempos, reduziam drasticamente a visibilidade em algum momento, a não mais de uma ranhura muito estreita. A visão da periferia, essencial no combate, era quase que inexistente na maioria dos capacetes.


Combat Hapkido “Tudo quanto hoje fazemos no dojo, foi originalmente desenhado para o campo de batalha. Inevitavelmente, armaduras, escudos e armas, tinham de evoluir com as novas tecnologias�


Grandes Mestres

ACÚSTICA. Os próprios capacetes também prejudicariam seriamente a audiência do guerreiro, magnificando seus sons internos, como a sua própria respiração, enquanto diminuiriam os sons do exterior, como os de um inimigo que se aproxima. ESCUDO. Era uma parte importante do equipamento, mas o escudo era embaraçoso e pesado. A través dos séculos, se utilizaram diversos materiais, tais como metal, madeira e couro, com diferentes graus de êxito. Também se experimentam muitos feitios: redondo, ovalado, rectangular. O peso, o material e o feitio contribuiriam à eficácia da protecção contra espadas, lanças e flechas. No combate corpo a corpo, o escudo suportava múltiplos golpes e depois de um curto tempo, o guerreiro não poderia continuar levantando o braço no combate corpo a corpo. ARMAS. Literalmente, havia centenas de diferentes espadas, lanças, picas e machados de vários tamanhos, para diferentes aplicações. A maioria dessas armas eram pesadas e difíceis


Combat Hapkido


Grandes Mestres de usar. Examinar essas armas era como fazer uma viagem ao passado e a obtenção de uma nova apreciação da dureza daqueles guerreiros. As Artes Marciais se originam com as classes guerreiras, com os guerreiros treinados para a guerra. Tudo quanto hoje fazemos no dojo, foi originalmente desenhado para o campo de batalha. Inevitavelmente, armaduras, escudos e armas, tinham de evoluir com as novas tecnologias. As estratégias e tácticas também continuam evoluindo. No entanto, devido a que esta evolução continua baseada na tecnologia, as Artes Marciais perderam importância na sociedade "guerreira" moderna, que depende cada vez mais de armas, veículos e equipamentos de alta tecnologia. Mas, como já comentei anteriormente nestas páginas, em um artigo intitulado "O exército e as Artes Marciais", acredito que os nossos soldados modernos podem beneficiar-se de uma formação competente, relevante e apropriada em Artes Marciais. Ainda que mais modernas - nas situações de batalha se utilizam armas e equipamentos de alta tecnologia - os guerreiros ainda usam "armadura" e ainda têm de aprender habilidades de combate corpo a corpo, com e sem armas. A situação tem sido diferente para a povoação civil. A través dos séculos, os camponeses, comerciantes, trabalhadores e praticamente qualquer pessoa que não era nobre ou guerreiro, tinha de se preocupar de ser atacados por bandidos e bárbaros itinerantes. Frequentemente eram até violentados pelos nobres e os soldados que deviam protege-los!

“Grupos de delinquentes, terroristas, criminosos, psicopatas, predadores e indivíduos desesperados de todo género, andam nas ruas da nossas cidades e esperam na sombra ou à vista. Todos eles sabem de uma coisa: não temos armadura ou armas. O que podemos fazer?”


Combat Hapkido “O estudo das Artes Marciais e os sistemas de defesa é a única maneira eficaz e provada para transformar o corpo e a mente em um arsenal de armas que se podem empregar em qualquer lugar e em qualquer momento, para proteger-nos e proteger outros”


Grandes Mestres Esta povoação civil não tinha a protecção da armadura e do escudo, e na maioria dos casos não estavam autorizados a portar armas, o que os fazia vítima fácil de um ataque violento. Assim, uma das minhas observações é que neste caso…, nada mudou! Séculos atrás, só os guerreiros tinham armaduras e armas, enquanto que a povoação civil ficava indefesa. Hoje, só os "guerreiros" profissionais (militares e polícias) têm armaduras e armas, enquanto que a povoação civil fica indefesa. É claro que se pode argumentar que hoje temos "lei e ordem" numa sociedade civilizada, com a polícia que nos protege dos criminosos e os militares que nos protegem dos inimigos externos, portanto, não temos necessidade de armaduras e armas. Mas eu lhes digo que por desgraça, isso é um suposto erróneo. Basta com ver as notícias ou ler o jornal regularmente, para percebermos que o mundo é um lugar muito perigoso e violento. Grupos de delinquentes, terroristas, criminosos, psicopatas, predadores e indivíduos desesperados de todo género, andam nas ruas da nossas cidades e esperam na sombra ou à vista. Todos eles sabem de uma coisa: não temos armadura ou armas. O que podemos fazer?



Grandes Mestres “Posto que não todos podemos ser soldados ou polícias e nunca serão promulgadas leis permitindo os civis vestir armaduras e portar armas, só resta uma solução: criar a nossa própria "armadura" mental de segurança e aprender a utilizar as nossas armas naturais”

Posto que não todos podemos ser soldados ou polícias e nunca serão promulgadas leis permitindo os civis vestir armaduras e portar armas, só resta uma solução: criar a nossa própria "armadura" mental de segurança e aprender a utilizar as nossas armas naturais. A armadura moderna, metaforicamente falando, é a atitude e o estilo de vida que adoptamos, quando resolvemos estar alerta, conscientes, cautelosos e prontos. Esta armadura mental está forjada por um compromisso absoluto com NÃO nos tornarmos uma fácil vítima. Uma grande vantagem é que esta armadura não é pesada, nem restringe em maneira alguma a mobilidade ou a visibilidade. Pode usar-se confortavelmente 24 horas por dia, 7 dias por semana. No que respeita às armas, de certeza de que a esta altura já sabem do que estou a falar... O estudo das Artes Marciais e os sistemas de defesa é a única maneira eficaz e provada para transformar o corpo e a mente em um arsenal de armas que se podem empregar em qualquer lugar e em qualquer momento, para proteger-nos e proteger outros. Estas "armas" nunca podem ser confiscadas, proibidas ou retiradas. Não requerem licença especial ou licença de género algum, basta aprender a usá-las correctamente. O nosso sistema, Combat Hapkido, concentra a maior parte na formação e desenvolvimento da armadura pessoal, o escudo e as armas, na pessoa, com independência de seu tamanho, força, ou posição social. Os modelos belamente desenhados de armaduras, escudos e armas de séculos passados, agora pertencem a museus e castelos históricos, para os admirarmos e nos perguntarmos o que deve ter sido usá-los em combate! E se bem temos de evoluir e abraçarmos a nossa época moderna, é importante respeitar e conhecer a história, para dela podermos aprender.














Fu-Shih Kenpo

Estás a ver aquele Feto e aquele Bambu? - disse o nobre idoso a um aluno - “Quando semeei as sementes do feto e do bambu, cuidei de ambas muito bem. O feto cresceu rapidamente. O seu verde brilhante cobria o campo, mas nada saiu da semente de bambu. Mas eu não desisti do bambu. No segundo ano, o feto cresceu mais brilhante e abundante ainda e de novo, nada cresceu da semente do bambu. Mas não desisti do bambu. No terceiro ano, ainda nada brotou da semente de bambu. Mas não desisti fo bambu. No quarto ano, novamente, nada saiu da semente de bambu, mas eu não renunciei ao bambu. No quinto ano, um pequeno broto de bambu surgiu na terra. Em comparação com ou feto, era aparentemente muito pequeno e insignificante.

“A História do Feto e o Bambu”


A Coluna de Raúl Gutiérrez

No sexto ano, o bambu cresceu mais de 20 metros de altura. Passara cinco anos a deitar raízes que o segurassem. Aquelas raízes fizeram-no forte e deram-lhe o que necessitava para sobreviver”. Sabias que todo este tempo que tens estado lutando, realmente tem estado a deitar raízes? - disse o idoso e continuou… O bambu tem um propósito diferente ao do feto, no entanto, ambos são necessários e fazem do bosque um lugar formoso. Nunca te arrependas de um dia na tua vida. Os bons dias te dão felicidade. Os maus dias te dão experiência. Ambos são essenciais para a vida - disse o idoso, que continuou… A felicidade te mantém doce. As tentativas te mantêm forte. Os pesares te mantêm humano. As quedas te mantêm humilde. O êxito te mantém brilhante… Se não conseguires o que tanto desejas, não desesperes…, talvez só estiveres deitando raízes… Anónimo


Fu-Shih Kenpo

“Pessoalmente e hoje, com o meus quase 65 anos de vida, posso dizer, com conhecimento de causa, que é verdade que as pessoas mais fortes são as que têm tido uma dura vida, cheia de acontecimentos que as forjaram na lutar para continuar em pé”


A Coluna de Raúl Gutiérrez

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lgumas das coisas mais importantes que o ser humano devia perceber quanto antes, é o simples facto de que a “perfeição - se é que existe! - nós os humanos a alcançaremos pelo menos uma vez nesta vida? É por isto que a nossa existência estará submetida a altos e baixos em todas as etapas da mesma. A saúde se mantém até que se perde e que passa a ser de uma importância fundamental, precisamente quando nos falta por uma consequência natural, por acidente ou por doença! A abundância nos é oferecida e devemos gozá-la ao máximo, enquanto for nossa aliada! Porque a escassez também tem os dias contados. Tudo vai e vem, nada é para sempre… Yin e yang, devem existir sempre com um equilíbrio e na sua permanente busca, habilitarão as mudanças, em um sentido ou em outro. As ditas mudanças marcarão o êxito e a prosperidade, ou o fracasso e o sofrimento. Desde o momento em que o ser vê a luz da vida, deve aceitar também a morte. Impossível aferrar-se a uma existência sem final. Deixamos de existir e uma essência da nossa energia viajará e se integrará em algum lugar do universo. Por vezes digo a mim mesmo, que no lar, nos colégios ou nas universidades, uma das matérias importantes que devíamos receber, é precisamente isto: aprender a viver a vida, com explicações baseadas nas

experiências vividas por todo o passado da nossa humanidade. Quer dizer, avisar-nos acerca das consequências que comportam os determinados comportamentos e acções do ser humano, na nossa sociedade. Eu sei que de uma maneira ou de outra, isto nos é comunicado. Também sei que é já uma responsabilidade assumida, o facto do “homem tropeçar duas vezes na mesma pedra”, ou vinte vezes… e isto nos mostra que, como todas as coisas que nesta vida vão mal, se prefere aceitar que somos pecadores e com grandes falhos contínuos, em vez de tentar melhorar e criar um mundo melhor. Dizem que a adversidade é o melhor dos Mestres e isto é absolutamente certo. Se contarmos a um amigo, ou a vários, um problema, uma dor, um desejo, um sentimento, todos vão dizer que sim com a cabeça ou com a palavra, mas ninguém poderá sentir, nem sequer interpretar exactamente o que realmente nos acontece, da maneira em que a nós nos afecta. Primeiro porque essa dor, preocupação ou sentimento, não se pode comunicar com palavras nem gestos. A outra parte também o não poderá saber, até que essa pessoa não tenha passado pelo mesmo caso ou etapa e mesmo assim, só poderá aproximar-se um pouco da nossa realidade, mas não exactamente. Pessoalmente e hoje, com o meus quase 65 anos de vida, posso dizer, com conhecimento de causa, que é

verdade que as pessoas mais fortes são as que têm tido uma dura vida, cheia de acontecimentos que as forjaram na lutar para continuar em pé. E efectivamente, as mais débeis, inclusivamente aquelas que fracassam constantemente, acostumam ser aquelas que tiveram quase tudo, com pouco ou nada de esforço. Porque, entendendo que aqueles pais que podem proporcionar prazeres, dinheiro e facilitar as coisas a seus filha, fazem-no porque eles os não tiveram. Mas nisto é preciso ter muito cuidado. Sempre os excessos resultam, finalmente, perigosos ou de alto risco. Na vida temos de nos esforçar em todos os sentidos: para conhecermos o caminho, para conhecermos o que é o esforço, a dor, a maneira de nos superarmos, a maneira de dar solução às situações. Na mi infância (nasci em 1950), foram duros tempos de escassez em todos os aspectos. Não era nada fácil abrir um caminho, nem alcançar as aspirações de cada um, sem aplicar muita força vontade, humildade, sacrifício, esforço constante, simplicidade, respeito… Pois ainda assim, éramos mais saudáveis física, mental e espiritualmente. Como a penas tínhamos para ir subsistindo, não sobejava para esbanjar e mal empregar o pouco dinheiro que entrava. Tínhamos mais cuidado, respeito e apreço pelo que faltava ou pelo pouco que possuíamos. Éramos cuidadosos com os nossos alimentos, vestuário, calçado, o carro utilitário… Um automóvel nos durava 20 ou 25


Fu-Shih Kenpo “As pessoas acostumadas a lutar, sofrem menos, têm mais capacidade para resolver as diversas situações contrárias do caminho e fá-lo-ão com mais alegria que sofrimento”

“Desde o momento em que o ser vê a luz da vida, deve aceitar também a morte. Impossível aferrar-se a uma existência sem final”


A Coluna de Raúl Gutiérrez anos e assim se tor nava quase um amigo, um companheiro. Era estimado, cuidado e tratávamos dele com respeito e agradecimento. Tudo mudou e sem desprezar os avances da ciência e da tecnologia, agora há mais facilidades, mais meios e possibilidades, mas a escassez passou a ser excesso… Também sabíamos dividir o nosso tempo entre o colégio, os deveres, o lar e o entretenimento. Brincávamos ao ar livre e isto era extremamente saudável, porque passávamos horas a correr ou praticando algum desporto ao ar livre. E não nos importava o frio nem o calor! O nosso corpo e mente se beneficiavam dos esforços físicos, da reciclagem constante do ar puro, nutrindo as nossas células, sangue, cérebro. Não me lembro de ter visto uma criança nem um adulto GORDOS. Tínhamos bom humor. Gostávamos de assistir ao colégio, de estudar e progredir. Eram etapas muito marcantes. Na adolescência, os nossos hábitos eram muito mais saudáveis. Não bebíamos álcool, não existiam as drogas que hoje há; poucos fumavam… E assim passávamos noites de sábados, dançando, tocando a guitarra, contando anedotas…, com duas garrafas de refrescos, um pouco de comida e tentando impressionar alguma rapariga… Não estou em contra dos avances da tecnologia, tudo pelo contrário, sou dos que gostam e se beneficiam de quantas facilidades e meios temos hoje ao nosso alcance para investigar, criar, experimentar, etc…, só que voltamos ao mesmo, não nos descuidemos de nós mesmos. Saibamos tirar bom partido de tudo quanto a nossa actual sociedade nos oferece, sem desperdiçar ou nos excedermos. Deixemos tempo para a liberdade, para passear, realizar desportos, desenvolver as nossa inclinações e tendências, compartilhar com a família e amigos. Cuidemos do nosso corpo, mente e espírito. Acostumo a dizer que temos de estar sempre prontos para quando chegarem as oportunidades, os bons momentos, as vacas gordas… Mas estejamos preparados também para quando se der a reviravolta e nos vejamos em certos apertos, que ninguém deseja, mas que chegam por si sós e é preciso saber resolve-los. Nos meus treinos ou nos seminários que dirijo constantemente mundo afora, acostumo avisar que quando resolvemos empreender alguma coisa, temos de o fazer com decisão, como um desafio, com constância e concentração. Sabendo a que nos enfrentamos. Que não será fácil nem agradável. Que vai haver dor, sacrifício, sofrimento e também prazer. Mas isto é uma maneira de auto-formação, de preparação para saber vencer todos aqueles obstáculos que encontrarmos no nosso caminho. É melhor sofrer na nossa escola ou no espaço de treinos, antes que fora, na vida real. É melhor jamais termos de utilizar os nossos conhecimentos para causar mal e dor, nem os padecer…, mas se estes chegarem, que saibamos resolve-los com menos esforço e menos danos colaterais. Uma pessoa bem formada, tem mais capacidade para saber orientar os problemas, enfrentá-los e resolvê-los. E se tem de utilizar a força, fá-lo-á inclusivamente

protegendo o seu oponente ou os seus oponentes. Uma pessoa sem conhecimentos nem domínio, causará e receberá mais danos, porque vai demorar mais tempo para dar solução ao caso. Através de mi vida, tenho podido aprender a ser humilde, paciente, tolerante, respeitador e agradecido. Aprendi a perceber que a vida não tem nada contra mim. Que as coisas simplesmente acontecem de maneira natural, porque estamos constantemente expostos as 24 horas do dia e 365 dias por ano, a múltiplos factores de risco. Nada tem a ver “DEUS”, simplesmente analisemos quantos riscos existem toda vez que abandonamos o nosso lar e saímos à rua… Quando vamos para o colégio, para a universidade, o trabalho, em passeio... Nem é preciso sair à rua. Em casa, no nosso próprio lar, podem suceder infinitas coisas que nos prejudiquem em mau sentido. Aprendi que com dor, também se supera a dor. Se conhecermos uma determinada dor, nos causará menos mal se já a tivermos sentido anteriormente. Pelo contrário, toda nova dor surpreende e afecta mais. Estudar, pesquisar, treinar, criar, sofrer e ser feliz, tudo forma parte das nossas próprias raízes. As pessoas acostumadas a lutar, sofrem menos, têm mais capacidade para resolver as diversas situações contrárias do caminho e fá-lo-ão com mais alegria que sofrimento. As que não encontrarem soluções tratam de chamar a atenção de outros, pedindo ajuda ou estão sempre a queixar-se e a lamentar-se, serão aquelas que supostamente não percorreram esse longo caminho de pesquisa, aprendizagem e esforço, porque tiveram tudo sem o ter ganho, são aqueles que foram invadidos por seus próprios caprichos e estupidez. Este tipo de pessoas acostumam a ser imaturas, inseguras, invejosas, egoístas, caprichosas, ciumentas, vaidosas. Pelo contrário, quem sabe da dura existência, acostuma ficar alegre com êxito dos outros, porque sabe que se alguma coisa conseguiram é porque merecem. Exceptuando aquelas de êxito dado ou comprado, as pessoas que têm de pagar para encontrar um espaço entre as pessoas de êxito, terão esse êxito de maneira transitória. Terão de novo o fracasso à sua frente, a curto prazo. É este o caso dos políticos que investem em grandes campanhas para se situarem. Têm um breve período de exploração de esse falso êxito e em breve serão revezados por outro, que fez o mesmo jogo, para ir cair na mesma roda. Vão e vêm… Só aqueles que com seu bem fazer, conseguiram assentar raízes, terão um período de glória mais extenso. Os pais que são realmente conscientes de qual e como deve de ser uma educação adequada para os filhos, conseguirão bons e melhores resultados neles. Os Instrutores ou Mestres que são pacientes e perseverantes na formação de seus alunos, conseguirão deles grandes resultados e frutos. “NÃO DEIXES FUGIR CADA INSTANTE E VIVE-O INTENSAMENTE, PORQUE A VIDA ESCAPA COMO A ÁGUA ENTRE OS DEDOS”




A espiritualidade do Shaolin Weng Chun Kung Fu O Chan (Zen em japonês; Sim em cantonês:) se conhece em Sânscrito como Dhyana, que se pode traduzir como "meditação". Chan quer dizer estar presente no momento, sem distracções, expectativas ou temores. Significa o regresso ao estado natural do ser. Para nós, os praticantes de Kung Fu, isto significa que o nosso treino, a nossa luta e a nossa vida quotidiana se tornam um campo de práticas.


Weng Chun

“O espaço e a alegria no lugar do nascimento do Shaolin Weng Chun, são duas maneiras de cultivar a mente, que se combinaram em um método único, que só se pode encontrar na China: o Chan (Zen), ou Terra Pura do Budismo”


Weng Chun

rocuramos ser conscientes do momento presente, puro, alegre, pacífico, inquebrantável, de coração aberto e por tanto, estar firmemente atentos ao caminho de acesso (DAO). Assim começou o Chan e assim foi transmitido: como uma flor! Como a expressão da vitalidade e do nosso desejo de crescer, da nossa consciência do momento e a través da experiência, de Mestre a aluno, em vez da através do simples estudo dos textos ou por muitas palavras. A experiência directa da realidade da nossa mente, era o principal no Shaolin Chan.

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"O Chan é para ser livre de apego a todos os objectos exteriores e o Samadhi é para alcançar a paz interior" Hui Neng, o Sexto Patriarca Entre os praticantes de Shaolin Kung Fu (Weng Chun), frequentemente escutamos a palavra "Amitofo", como uma saudação ou como prática da meditação. Esta é a prática Nianfo, a recitação do nome do Buda, por ter nascido na terra pura do Buda Amithaba. De entrada se poderia pensar que isto é uma contradição com o Chan, mas vamos



Weng Chun observar mais de perto, como se vê desde o aspecto de “Terra Pura de Shaolin”. Nos "Amithaba Sutras" se explicam os métodos da prática espiritual. São três os níveis para recitar o nome de Buda. Inicialmente, o principiante tem a mente perturbada. Após alguma prática, obtêm a habilidade de concentrar a mente e o objectivo é estar completamente concentrado na recitação do nome de Buda. Dois níveis se distinguem aqui e é capaz de focalizar cada pensamento no nome de Buda, terá dado o primeiro passo. Se a prática da recitação do nome do Buda o levar ainda mais longe, conseguirá uma visão directa da derradeira realidade, perceber a natureza do vazio e a própria natureza de Buda, verdadeiramente a definitiva. Então terá chegado ao segundo nível. Em um dos Sutras Amithaba se diz que “de facto, a mente é Buda e Buda é a mente”, portanto, uma mente pura é a Terra Pura. Assim, se estamos recitando Amitofo, recitamos a abreviatura de Namo Amithaba Buda, ode Namo significa "tomar refúgio" ou "regressar"; Amithaba é "a luz infinita, o ilimitado"; e Buda significa "conhecimento esclarecido e todo o poder e toda a sabedoria que está em nossas mentes em estado natural".

“Tratamos de crear la Tierra Pura con nuestra mente, con nuestro cuerpo, con nuestra forma de hablar, en nuestras familias y en nuestra vida diaria”



Weng Chun Como praticantes de Shaolin (Weng Chun) Kung Fu, recitamos o Amitofu não só com a voz interior e exterior e a mente, mas também com o corpo, utilizando a própria natureza. Tratamos de criar a Terra Pura com o nosso pensamento, com o nosso corpo, com a nossa maneira de falar, nas nossas famílias e na nossa vida do dia-a-dia. Assim, esta maneira de ver da Terra Pura se corresponde com o Chan. O sinal secreto deste profundo trabalho espiritual é a nossa saudação ao Sol e à Lua, em todas as formas do Kung Fu de Shaolin do Sul (Weng Chun). Isto representa a "luz infinita" do Sol e a "consciência clara" da Lua. Hoje, a maioria dos praticantes de Kung Fu entendem a saudação como

“Si la práctica de la recitación del nombre del Buda le lleva aún más lejos, logrará una visión directa de la realidad última, darse cuenta de la naturaleza de la vacuidad y de la propia naturaleza de Buda, en verdad la definitiva. Entonces habrá llegado al segundo nivel”




"a superação da dinastia Ming", mas este não é o significado original e sim uma interpretação política das tríadas, mais recente. Convido os leitores a voltarem às nossas raízes Shaolin e deixarem-se inspirar pelo significado original que nos põe em contacto com a energia e o espírito do sol (Amithaba - Terra Pura) e a Lua (Chan). Tratemos de fazer uma meditação Shaolin Weng Chun Chan – Terra Pura. Devemos sentar-nos e permanecer relaxados, deixando que o cansaço e a tensão dos músculos e do corpo em geral, desapareçam com a respiração. Imaginemo-nos sentados ou em pé, numa bonita praia. Vemos as ondas que vêm e vão e deixamos que os pensamento vão e venham, sem nos aferrarmos a eles e sem tratar de os manter afastados. Respiramos

„Ich möchte Sie also dazu einladen, sich auf unsere Shaolin-Wurzeln zurückzubesinnen, sich von der ursprünglichen Bedeutung inspirieren zu lassen, durch die wir uns mit der Energie und dem Wesen der Sonne (Amithaba – Reines Land) und des Mondes (Chan) verbinden können.“



Weng Chun naturalmente, sendo conscientes da nossa respiração. Agora, com a terceira visão, vemos o calor do Sol no céu azul e imaginamos o Sol no Amithaba Buda (se confiarmos em Buda, em caso de que não, sentimos a energia solar). Recitamos o AMi-To-Fo, lentamente, com uma voz suave, respiramos e pensamos no A-Mi-To-Fo, afastando os outros pensamentos, Assim, só isto teremos no pensamento… Pensemos A-Mi- To-Fo, exalando e A-Mi-To-Fo inalando. Repitamos isto 108 vezes, enquanto festejamos a imagem do Sol e o Amitabha Buda. Depois, empregamos um tempo para gozarmos da nossa mente, que está em silêncio, tranquila e firme. Sintamos o espaço ilimitado, a alegria e o amor em nós, na nossa verdadeira natureza. Finalmente, sintamos a nossa respiração profunda que subo desde o ventre e desejemos que todos os seres estejam assim alegres. ¡Vamos trazer o Sol à nossa vida de todos os dias! Amitofo! Texto: Andreas Hoffmann, Christoph Fuß, Fotos: Andreas Hoffmann






Este nuevo trabajo sobre Fu-Shih Kenpo del Soke Raul Gutierrez está centrado en las formas tradicionales del estilo, sus aplicaciones y la defensa personal. Estudiaremos especialmente la Forma “El Tigre se defiende”, con sus correspondientes aplicaciones técnicas, la forma “Dientes de Tigre”, y trabajo libre con armas. A continuación el Maestro explica detalladamente una extensa serie de técnicas avanzadas de defensa personal, indicando el porqué se realizan d e t e r m i n a d o s movimientos, las advertencias a tener en consideración, los posibles ángulos, y las variantes que se pueden aplicar en cada grupo tecnico. El DVD se completa con una serie de técnicas de combate para competición y el trabajo de acondicionamiento fisico, donde el Maestro Gutierrez explica cómo preparar nuestras armas, brazos y piernas, para la defensa personal y el combate. Sin duda una forma de trabajo cuya riqueza se basa en el intercambio y coordinación con otros estilos, y el aprender a respetar nuestras diferentes fuentes de trabajo.

REF.: • FUSHIH-2

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A bengala francesa de combate Desporto de combate ou arte marcial, a disciplina francesa da bengala de combate obteve as suas cartas de nobreza através dos séculos, sem perder o seu património histórico. Bertrand Dubreuil (diplomado pelo Estado, onze vezes campeão da França de bengala de combate, preparador da equipa da França, presidente do Comité Nacional da Bengala de Combate e de Pau, associado à Federação francesa de Savate, boxe francês e disciplinas associadas) explica no DVD de iniciação à bengala de combate, editado pela Budo Internacional, que a bengala de combate e o pau estavam associados à esgrima como armas de treino, nas escolas militares francesas nos inícios do Século XIX. Depois, na segunda metade do mesmo século, os princípios técnicos fundamentais foram estabelecidos para uma prática civil, com a influência de mestres fundadores como Louis Boucher (1807-1866) mestre de esgrima, e Joseph Charlemont (1839-1914), mestre de boxe francês e de bengala de combate e pau. Assim começa a história comum da prática da bengala francesa de combate e do boxe francês, nas mesmas salas de armas.


Artes do Occidente

“Desporto de combate ou arte marcial, a disciplina francesa da bengala de combate obteve as suas cartas de nobreza através dos séculos, sem perder o seu património histórico”


A Bengala de Combate e o Pau Francês Estas primeiras codificações técnicas evidenciam a vontade de fazer destas armas de madeira umas armas eficazes. É assim que a técnica histórica fundamental do “armado” dos golpes adquire todo o seu sentido. De facto, a regra do “armado” impõe durante a execução dos golpes de ataque uma fase prévia, onde a mão que tem a arma deve passar atrás do plano dos ombros, antes de voltar ao objectivo. Para uma melhor compreensão, é preciso conhecer a sua justificação histórica. A bengala e o pau foram, sucessivamente, na história, ferramentas, símbolos,

objectos de etiqueta e armas rudimentares, antes de serem integrados nas escolas militares. Menos custosas e menos perigosas, estas armas de substituição tornavam a aprendizagem da esgrima mais acessível. No início da sua história, estas armas de madeira, inspirando-se na “arte francesa da guerra”, apropriaram-se das técnicas da espada e do sabre, entre outras, e da evolução dos golpes diante da guarda. Depois, após terem imitado durante muito tempo o corte e a estocada da esgrima, a bengala e o pau abandonaram a falsa ameaça do seu gume virtual. Estas armas de madeira viriam a determinar-se a si mesmas como


Artes do Occidente



“Bertrand Dubreuil tem um alto conceito da arte de combate e gosta de lembrar aos seus alunos que a prática de uma arte marcial tem de ser vivida com um sentido agudo do valor do respeito, para além dos muros do ginásio”



Artes do Occidente disciplina propriamente dita, através de técnicas cuja eficácia viria da sua própria natureza, da sua condição de armas contundentes e não cortantes. Esta mutação foi marcada pela necessidade de adicionar potência nos batimentos. É aí que aparecem os primeiros movimentos de ataque reforçados. Da mesma maneira que se abre um arco antes de atirar, como o arqueiro ou o tenista, o princípio consistia em atrasar suficientemente o braço por detrás do busto, para dar impulso à arma - como uma mola, e portanto, com potência de batimento. Tinha nascido o “armado”! Isto deu uma autêntica identidade a esta disciplina, apresentando movimentos novos mais amplos, temíveis e estéticos. A partir desta particularidade, as características motoras da disciplina da bengala e do pau adquirem todo o seu sentido, porque perpetuam opções técnicas antigas, não só devido ao seu valor histórico, mas acima de tudo pela sua eficácia intrínseca que ainda hoje no mundo não tem nenhum equivalente no resto dos desportos de combate deste género (velocidade de execução que pode ir até quatro bengaladas por segundo com “armado” e completo desenvolvimento do braço para cada golpe). Este “armado” dos golpes é hoje só uma demonstração de potência, sem a força de impacto provocada por este impulso. A metodologia actual da disciplina prevê que o impacto dos alvos seja controlado e sem violência; um simples contacto entre a arma e o alvo é suficiente. A bengala e o pau foram ensinados nas salas de armas, na escola e no exército até à primeira guerra mundial (por volta de 1910), mas a sua prática foi desaparecendo lentamente, frente à importância crescente de novas práticas desportivas. Seria preciso esperar até 1970 para assistir ao renascer da bengala, devido a Maurice Sarry, e também a Bernard Plasait, Michel Gomez e Philippe

“A bengala e o pau foram ensinados nas salas de armas, na escola e no exército até à primeira guerra mundial”


Artes do Occidente Conjat. Uma nova codificação marca as bases da evolução da competição da bengala de combate, enquanto que o pau continua a ser uma disciplina de demonstração. Este renascer veio marcado pela regra da “fenda” baixa obrigatória durante a execução dos golpes à per na, para evitar as trajectórias oblíquas dos batimentos, por razões de segurança e legitimidade da acção.

Nos nossos dias, esta disciplina marcial com i n f l u ê n c i a s p ro v e n i e n t e s d a “ a r t e f r a n c e s a d a guerra”, situa-se esteticamente entre a Esgrima e a Capoeira. O Campeonato da França e a Taça da França foram criados em 1980. O primeiro campeonato do Mundo de Bengala de Combate teve lugar na Ilha Reunião, em 2004, e o primeiro campeonato da Europa em Estrasburgo, em 2006.



La Canne

Fora da França, a bengala e o pau são praticados nos seguintes países: Alemanha, Itália, Eslováquia, Coreia do Sul, Canadá, Ilha Maurício, Madagáscar. A bengala (madeira de castanheiro, 95cm, 110gr) agarrase com uma mão. O pau (140 cm, 400gr) agarra-se com as duas mãos e restitui os movimentos da bengala. Só estão autorizados os “golpes de corte” executados com o canto da arma. As competições de pau não existem, mas já se contemplou criar, num próximo futuro, uma competição de estilo.


Artes do Occidente

“A bengala de combate e o pau estavam associados à esgrima como armas de treino, nas escolas militares francesas nos inícios do Século XIX”


La Canne Na competição da bengala de combate, os atiradores deslocam-se numa superfície circular de 9 metros de diâmetro, que oferece infinitas possibilidades tácticas e coreográficas. Os golpes são dados realmente (mas sem violência) e os competidores estão protegidos por um fato acolchoado e um capacete. As zonas de batimento autorizadas são: a cabeça (salvo a parte posterior), os flancos (salvo a parte posterior e apenas os ombros), as tíbias (uma “fenda” baixa deve obrigatoriamente acompanhar estes golpes na linha baixa). Os assaltos são regulados por um árbitro e os batimentos são avaliados por três juízes que levantam bandeiras. Os assaltos são constituídos por três ou cinco tempos, com uma duração de dois minutos cada. No entanto, as exigências da competição não podem ocultar o prazer que os praticantes da bengala ou do pau “de distracção” sentem logo que adquirem os primeiros rudimentos. Hoje, devido ao impulso de Bertrand Dubreuil, a bengala de combate e o pau oferecem possibilidades técnicas e tácticas consideráveis. De facto, quando observamos a recente evolução das configurações técnicas e tácticas desta disciplina, vemos que possui enormes qualidades desportivas e marciais, entre outras, o que poderíamos considerar como uma velocidade coreográfica especial, com esquivas cruzadas e acrobacias, somadas a uma grande velocidade de execução. Apostava-se por tirar partido das acções técnicas históricas como o “armado” que anuncia os batimentos.

Aproveitando esta obrigação de armar, nasceria um jogo complexo de fixações, o qual proporcionaria continuidade e inteligência nas acções. Observamos então que a “fenda” e a “finta” ou engano, já não pertencem ao campo da oportunidade do golpe directo, mas inserem-se num processo complexo de desestabilização do adversário. Bertrand Dubreuil criou a arte da fixação incorporando “graus de intenção” integrados em tempos de acção graduais. É assim como uma bengalada pode mudar de alvo até cinco vezes, enquanto os seus modos de execução (velocidade, plano e eixo) variam, e isto sem ruptura do movimento inicial. O melhor exemplo para ilustrar esta subtileza do jogo é quando se consegue tocar no adversário em movimento lento, depois de uma excelente fixação - um pouco como o toureiro consegue ser extremamente lento nos seus passes e nas suas esquivas. Bertrand Dubreuil tem um alto conceito da arte de combate e gosta de lembrar aos seus alunos que a prática de uma arte marcial tem de ser vivida com um sentido agudo do valor do respeito, para além dos muros do ginásio. Para ele, o respeito não basta, e mais ainda em competição. Exige que se chegue à admiração pelo adversário e que a cortesia se manifeste com assiduidade, especialmente por parte do perdedor, que não deve manifestar nenhum movimento de mau humor. Repete aos competidores que são uns cavalheiros e que, por este motivo, devem dar exemplo. Explica também que o combate é uma encenação




dramática e catártica que deve servir para trazer à superfície conflitos internos e a autovaloração, e não pode ser lugar para discórdias e violência. Para Bertrand Dubreuil, a defesa é um sector de combate primordial e uma das suas especialidades. Estima que ganhar um combate com um resultado alto por ambas as partes, não é aceitável (mesmo estando previsto no regulamento). É partidário do princípio da eficácia defensiva própria de qualquer arte marcial, considerando que uma disciplina de combate deve poder proteger de

todas as maneiras de ataque possíveis, inclusivamente vindas de outras artes marciais. Considera que se o ataque é uma arte, a defesa é uma ciência, a ciência da antecipação e da economia. A defesa deve pôr em jogo a mínima energia possível, de maneira a preservá-la para o ataque, o que requer uma muito boa percepção da adversidade, para favorecer a antecipação. Para ir mais além na antecipação, Bertrand Dubreuil desenvolveu a “defesa activa”, que consiste em adoptar um comportamento defensivo especial, que provoca no adversário uma resposta ofensiva,


DVD & video download o que permite prever a escolha de técnicas e o seu tempo de entrada em acção. A competição com a bengala de combate permite verificar e experimentar as opções tácticas e não é por acaso que Bertrand Dubreuil obtém uns resultados convincentes contando actualmente no seu curso com quatro grandes campeões: Antoine Dubreuil (dois títulos de campeão da França juvenil), Cécile Serris (um título de campeã da França sénior), Jonathan Dubreuil (seis títulos consecutivos de campeão da França sénior), Francis Bareilles (um título de campeão da França sénior e cinco títulos veterano). Um grande seminário internacional dirigido por Bertrand Dubreuil, aberto a todos, é organizado todos os anos durante a última semana de Julho, em Saint Pierre d’Oléron (França). Com

Dubreuil, Francis Bareilles, Luc Cheynier, Roland Hoffbeck (director técnico nacional da disciplina) e Guillaume Bérard partilham a sua valiosa experiência de professor. No DVD de iniciação à bengala de combate, editado pela Budo International, com Bertand Dubreuil voltamos a encontrar Francis Bareilles, cuja genialidade criativa inspirou algumas concatenações verdadeiramente criativas. Além dos seminários nacionais, o Comité Nacional de Bengala de Combate e de Pau organiza seminários itinerantes, respondendo às petições chegadas do mundo inteiro. Bertrand Dubreuil não é o único a ensinar a arte da bengala e do pau, muito professores talentosos trabalham por todo o lado na França e no estrangeiro. A bengala de combate tem evoluído em muitos lugares e entre

outros com os nossos amigos em cadeira de rodas. Temos inclusivamente intenções de organizar competições entre inválidos e diminuídos físicos, o que seria uma primícia nos desportos de combate. Experimentem esta disciplina! Depois, já não poderão viver sem ela…


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REF.: • KMRED 1

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Talvez seja pela renovada paixão pelo Grappling, talvez pelo trabalho de Mestres e especialistas que como Vincent Lyn, sempre apostaram na eficácia e inteligência de um método extremamente poderoso para enfrentar a autodefesa, o certo é que, nos últimos anos, o Chin Na adquiriu um protagonismo impensável poucas décadas atrás, não passando nessa altura de um ilustre desconhecido. O artista Marcial, Mestre e conhecido actor do cinema Sifu Vincent Lyn, traz-nos a experiência e o conhecimento do seu sistema familiar, no que respeita ao Chin Na. Um trabalho que, sem dúvida, irá interessar a gregos e a troianos, e desde já a todos aqueles que sabem do poder que uma simples luxação de pulso tem para resolver um confronto não desejado, especialmente para neutralizar um adversário até à chegada da polícia. Um artigo e um DVD que vão agradar. Texto: Jeffrey Helaney & Vincent Lyn Fotos: www.budointernational.com


Artes Chinesas “Compreender a maneira de controlar e manipular o adversário é coisa muito específica da ciência marcial. Para ser mais habilidoso, o combatente tem de ter conhecimentos da anatomia de ambos os lados, da psicologia e da física básica”


Reportagem

“Um erro vulgar é pensar que o Chin Na não é um estilo de Artes Marciais, mas uma série de técnicas que se incorporam em vários estilos das Artes Marciais chinesas”


Artes Chinesas Introdução à Arte do controlo e à manipulação do corpo Compreender a maneira de controlar e manipular o adversário é coisa muito específica da ciência marcial. Para ser mais habilidoso, o combatente tem de ter conhecimentos da anatomia de ambos os lados, da psicologia e da física básica. Adicionalmente, os estilos que mais utilizam a manipulação requerem de muita mais habilidade motriz, isto quer dizer que requerem de mais prática que as Artes do género pugilista. Ter isto em mente desde o princípio, permite ao praticante determinar se estas Artes encaixam com o seu estilo de luta. O controlo e a manipulação baseiam-se em princípios inter-relacionados. Um destes princípios é o da recondução da energia. Tem de se aplicar um simples princípio de ciências do ensino secundário: “Um corpo em movimento tem tendência a permanecer em movimento, a não ser que lhe seja aplicada uma força externa.” Também

sabemos que se aplica a mesma quantidade de força sobre um corpo em movimento, para parar a sua inércia. Do ponto estático onde se conserva a energia, é muito mais fácil reconduzir a energia que parar a energia. Por isso, muitas técnicas de Artes de Controlo utilizam um movimento de puxar ou de empurrar, em vez de um bloqueio forte. Utilizando estes princípios, a energia de um adversário pode ser redirigida e voltar-se contra o assaltante. Técnicas que param ou que empurram são usadas apenas para mudar a direcção, enquanto que as técnicas de agarre realmente permitem ao praticante somar energia àquela que o atacante utilizou. Estes movimentos levamnos ao próximo princípio de controlo, deslocamento do equilíbrio. A meta usual da recondução é levar o


Artes Chinesas


“As tĂŠcnicas de batimento do Chin Na aplicam-se sobre os pontos vitais, e podem chegar a ser mortaisâ€?



Artes Chinesas adversário a um ponto de desequilíbrio. Isto torna o contra-ataque mais difícil e permite ao praticante manipular um adversário num determinado modo que seria impossível no caso de estar bem equilibrado. Muitas vezes, o deslocamento do equilíbrio é usado tanto para derrubar um adversário como para o dirigir a um ponto onde a técnica de neutralização pode ser aplicada. As técnicas de neutralização podem ser feitas de muitas maneiras. As mais habituais em artes de controlo, tomam a forma de manipulações de submissão. Estas dolorosas técnicas incluem chaves nas articulações ou técnicas de pressão aplicadas directamente sobre pontos de Acupunctura. Este género de técnicas é utilizado como distracção e submetimento do adversário. Podem ser usadas em casos de graves agressões e para evitar que o rival inicie o seu contra-ataque. Um exemplo é a manipulação do pulso; é um movimento normal que causa ao adversário uma dor extrema. Pode escolher queixar-se ou acabar com o pulso partido. A manipulação de pontos da Acupunctura é um pouco mais desafiante. Quando são usados para a submissão, normalmente o praticante vai pressionar com o dedo, causando a interrupção da energia Qi ou estimulando o nervo que estiver situado nessa zona. Um ponto habitual da Acupunctura que se encontra na mão é o LI 4 (intestino delgado 4) que se utiliza para neutralizar um agarre muito agressivo. Um ponto nervoso da cabeça que frequentemente se utiliza, é o nervo hipoglosso que se encontra perto do ângulo do osso da mandíbula.



Para ter acesso ao nervo hipoglosso, é preciso fazer pressão com o dedo, atrás do cocuruto. O acesso aos pontos de Acupunctura e manipulações dos nervos é diferente em cada pessoa, cada um tem o seu próprio limiar de dor e nem todas as técnicas funcionam da mesma maneira para todos. O praticante também tem de ter um grande conhecimento da psicologia humana e uma ampla perspectiva das zonas de ambos os lados. Apesar de haver muitos géneros de Artes de controlo, todas têm similitudes. Estas similitudes baseiam-se na psicologia e na mecânica do corpo. Falaremos na mecânica do corpo com mais detalhe em próximos artigos, mas por agora, neste artigo tomemos como conceito básico que: a mecânica do corpo é o estudo do movimento que o corpo faz de maneira natural. Quando mudamos o funcionamento normal do corpo, iniciamos o processo de controlo. NÃO é importante qual a Arte, estes conceitos têm elementos universais. Utilizando esta série de pensamentos, é fácil verificar porque muitas Artes de controlo têm técnicas similares, embora as culturas que as desenvolveram fossem muito diferentes. Na China, a Arte do Chi’Na é a Arte de agarrar e controlar. Encontra-se em muitos estilos de Kung Fu e é usada principalmente em alguns sistemas de Aikido, Hapkido e Jiu Jitsu. Um erro



vulgar é pensar que o Chin Na não é um estilo de Artes Marciais, mas uma série de técnicas que se incorporam em vários estilos das Artes Marciais chinesas. O Chin Na está fortemente ligado ao meu estilo familiar Ling Gar. Há que esclarecer que para um estudante que se inicie no Chin Na e não tenha a habilidade para bater com as mãos e com os pés, o Chin Na não será eficaz, mesmo tendo o conhecimento de anatomia humana, da psicologia e da motricidade

requeridos para se ser um Mestre, com a sensibilidade e a subtileza desta maneira de controlar um adversário.

O que é o Chin Na? “Chin” em Chinês quer dizer segurar ou agarrar. “Na” quer dizer reter e controlar. Por isso, Chin Na pode ser traduzido como “agarrar e controlar.” Falando de um modo genérico, a maioria dos estilos marciais chineses inclui quatro categorias de técnicas para ser mais eficaz no combate. A primeira vem constituída pelas técnicas de batimentos, socos, empurrões,

pressão, etc. A segunda é constituída por batimentos de perna, varrimentos, e passos ou deslizamentos. Nestas técnicas o contacto com o adversário é muito breve, e a potência de batimento é explosiva e prejudicial. A terceira é denominada “Shuai Jiao” (luta livre) e contém as habilidades para destruir o adversário atacando a sua estabilidade e o seu equilíbrio, através de derribamentos. A última categoria é o Chin Na, que contém técnicas de agarre que se especializam em controlar ou paralisar as articulações, músculos e tendões do adversário. Entretanto, é preciso compreender um facto importante. Numa situação de combate, as três primeiras categorias antes ditas, são aplicadas ao mesmo tempo e realmente não podem ser separadas. Por exemplo, enquanto uma das mãos está a agarrar e controlar o adversário, a outra mão é usada para bater numa cavidade vital. Outra possibilidade é que enquanto se agarra uma articulação, tenta-se derribar o adversário, para um ataque ulterior. Por isso, muitas vezes é muito difícil separá-las numa situação real. Muitos artistas marciais chineses pensam que há muitas outras técnicas que não são de agarre, como a pressão ou o batimento nas



Artes Chinesas cavidades ou nos nervos, que podem fazer adormecer uma parte do corpo do adversário (ou fazer com que fique inconsciente); como controlam o adversário, estas técnicas são reconhecidas como Chin Na. Resumindo, as técnicas de agarre do Chin Na servem para controlar e imobilizar as articulações, músculos e tendões do adversário, os quais não podem ser tocados nem neutralizados pela habilidade deste para o combate. As técnicas de pressão do Chin Na são usadas para adormecer os membros do adversário, chegando a causar-lhe a perda da consciência, ou inclusivamente a morte. As técnicas de pressão do Chin Na aplicam-se sobre as cavidades do Chi, para interromper a circulação deste para os órgãos ou para o cérebro. As técnicas de pressão do Chin Na aplicam-se sobre as terminações nervosas, para causar dor extrema ou mesmo a morte. As técnicas de batimento do Chin Na aplicam-se sobre os pontos vitais, e podem chegar a ser mortais. As cavidades do canal do Chin Na podem ser atacadas, ou podese bater nas zonas

vitais para quebrar as artérias. Todas estas técnicas servem para “agarrar e controlar” o adversário. Portanto, as técnicas do Chin Na podem ser divididas nas seguintes categorias: 1. Dividir o músculo/tendão 2. Deslocar o osso 3. Interromper a respiração 4. “Dim Mak” em Cantonês – pressionar a veia/artéria. Selar ou bloquear a veia/artéria. Fazer pressão sobre um canal primário do Chi. Com estas categorias, normalmente nós dividimos o músculo/tendão; Deslocamos o osso e fazemos outras técnicas para interromper a respiração, técnicas que são relativamente fáceis de aprender, e cuja teoria é fácil de compreender. Só requerem de força muscular e força para tornar o controlo eficaz. Quando estas mesmas técnicas são usadas para partir ossos ou lesionar articulações ou tendões, normalmente é preciso usar o Jing (poder marcial). Selar a veia/artéria e pressionar sobre cavidades, requer um conhecimento detalhado da localização e da profundidade das cavidades; o tempo da circulação do Chi; a evolução do Yi (a mente), Chi (energia inter na), e Jing (poder marcial); e de formas e técnicas específicas.


Por norma, isto requer uma instrução por parte de um mestre qualificado, não só pelo conhecimento em profundidade, como também porque a maioria das técnicas se aprende através da sensação e da experiência. Muitas técnicas podem causar a morte com facilidade, por esta razão, um Mestre só passa os seus conhecimentos a alunos com capacidade moral suficiente e que sejam dignos de confiança.

““Chin” em Chinês quer dizer segurar ou agarrar. “Na” quer dizer reter e controlar”


“Resumindo, as técnicas de agarre do Chin Na servem para controlar e imobilizar as articulações, músculos e tendões do adversário, os quais não podem ser tocados nem neutralizados pela habilidade deste para o combate”





Karate Kata. Um passo em frente Muitas vezes pensamos que sabemos quase tudo acerca da nossa paixão ou das actividades que realizamos durante uma grande parte da nossa vida. De um tempo a esta par te, tenho pensado acerca do bonito que resultam as frases “épicas das artes marciais” e a sua pouca prática e entendimento. Frases como: “Karate ni sente nashi”, “Ken zen itchi”, “Hito kata sannen”…., me levam a pensar que a importância do trabalho da parte interna das artes marciais, é tanta como o da parte externa. Quando se fala em “1 kata 3 anos”, podemos chegar a pensar que antigamente não havia uma comunicação tão rápida e ampla como hoje há; que a transmissão oral das técnicas fazia que o entendimento fosse muito lento e portanto explicaria a necessidade de tanto tempo para aprender uma série de movimentos ginásticos.

Texto: Kyoshi Jesús fernandez Fotos: Borja De La Lama


Kata

P

ortanto, essa máxima do Karate tradicional, poderíamos actualizá-la aos nossos dias como: “3 katas 1 mês” e ainda sobejaria tempo para outros assuntos… Em certa medida, o progresso nas comunicações e o acesso à informação de que dispomos hoje, não é nada comparável com as daquela época e portanto, isto poderá nos ajudar, mas a ideia que agora lhes apresento, é: Não havia de haver mais alguma coisa, para ter de dedicar tanto tempo a aprender um kata?

Claro está que do meu ponto de vista, a resposta é um SIM rotundo, posto que o kata se pode entender desde diferentes prismas e anda que em artigos anteriores o considerava como um dos vértices do triângulo formado pelo kihon, o kumite e o kata, neste análise, vou considerá-lo como o eixo sobre o qual se mantêm os outros 2 pilares. H o j e q u e ro t r a t a r d a i d e i a d e que sobre a base do trabalho do Kata, podemos melhorar e aprofundar em os outros dois aspectos fundamentais: o kihon e o kumite.

Um bom trabalho de kata nos vai depurar a nossa técnica básica. O movimento e o dinamismo do kata nos melhora a técnica em deslocamento e nos permite compreender os ritmos e o kimé, à hora de executar uma técnica, assim como o estudo do kata nos ensina tácticas à hora de estudar o combate. Muitas vezes temos visto uma execução de kata em que todos os seus elementos se realizam com a mesma concentração e de maneira similar, dando como resultado um kata monótono e aborrecido. Mas o kata bem executado não pode


Karate


Kata

O movimento e o dinamismo do kata nos melhoram a técnica em deslocamento e nos permitem perceber os ritmos e o kimé, à hora de executar uma técnica, assim como o estudo do kata nos ensina tácticas à hora de estudar o combate”


Karate procurar só a estética ou o ritmo, sem perceber o conjunto. Claro está que isto não vai em contra da exibição e da competição, mes penso que me compreendem e agora a ideia é executar um kata para nós, como estudo! Este é o caso que nos ocupa… Para mim, a estética à hora de executar um kata é a consequência de um bom entendimento, de uma boa prática e de uma boa …, mas não ao contrário! Por exemplo, se ao executar um kata, a perna não se fica fixada à altura da cabeça (coisa que como Budo seria impensável, posto que utilizar as pernas por cima da cintura iria em contra da natureza, posto que as pernas

estão no trem inferior do corpo e os braços no superior), mas se pelo contrário, se executar essa mesma técnica de perna ao nível chudan ou gedan, e conseguisse transmitir esse combate imaginário e a aplicação que estaria realizando, então, para mim essa é a execução correcta. Lembro-me agora de um caso acontecido com meus alguns dias atrás. Eles são pequenos e ainda têm um conhecimento muito limitado dos katas, pelo que lhes pedi para me observar e dizer a primeira coisa que lhes viesse à cabeça… Executei um kata do Grou Branco e a minha surpresa foi que o primeiro que se lhes veio à cabeça foi uma águia e depois um flamingo ou uma ave similar. A minha alegria e a minha auto-estima subiram como a espuma. Conseguira transmitir a essência do kata e eles me tinham compreendido. Penso que agora o leitor poderá compreender melhor o que quero transmitir neste artículo e em próximos trabalhos. Vamos dar um exemplo: Quando ensino, gosto muito de activar a parte cognitiva dos estudantes e levá-los a participar da aula, não para repetir e executar o que um grau superior lhes indica, mas sim para que percebam o objectivo da aula e o motivo pelo qual vou exigir-lhes o máximo a cada um deles). Si tomarmos Heian Nidan e vemos uma execução de tipo médio, veremos como um 99% dos praticantes realizam o kata com a mesma tensão e kimé em todas as suas técnicas. Quer dizer, o Yoko uraken uchi, irá com a mesma potência que o gyaku tsuki (e por agora não vou meter mais elementos). Mas, o que acontece se uma técnica é tsuki waza e a outra é uchi waza? Será o mesmo à hora de bater?, Tanto faz utilizar as cadeias articulares do braço em extensão, buscando um ponto de máxima concentração, que uma técnica que procura o snap e portanto a velocidade, para obter a sua máxima eficácia? Efectivamente, as respostas às perguntas precedentes são “não”. Então, por que motivo executamos as técnicas da mesma maneira, procurando o mesmo kimé e força em todas elas? É por isto que se estiverem de acordo em estes pensamentos, o estudo do kata deve ser muito cuidadoso



Karate para se perceber o kihon, mas desta vez, como resultado de uma boa execução do kata. Desta maneira, os ritmos do kata variam em função da técnica aplicada, sem que isso se oponha ao ritmo do kata como conjunto e que está definido em muitos casos. Quer dizer, um movimento lento e concentrado para fazer haishu uke ou tate shuto, não vai alterar-se para executar a defesa ou o ataque que se poderia realizar com esta técnica. Primeiro, o ritmo do kata; segundo, uma execução da técnica consoante a sua natureza. Esse é o começo do caminho Agora estamos no ponto de unir a parte técnica do kata, com o combate. Quer dizer que temos de estudar o kata e seus bunkais, com a ideia de perceber os seus movimentos e a táctica que há neles. Os trabalhos (DVD's) que realizei de katas e bunkais para Budo Internacional, íam nesse sentido. Não eram um trabalho exclusivo de bunkais, mas um método para desenvolver a maneira de perceber o que os katas nos querem ensinar, além de melhorar a técnica e a táctica do combate. Dessa maneira, começava com os katas Heian, com umas aplicações, que eram seguir exactamente o embusen. Quem só visse as imagens, poderia pensar que estava mal da cabeça. Como vai alguém bater retrocedendo e dando passos para trás!… Essa não era a mensagem e sim “primeiro aprende a aplicar a técnica básica do kata em seu movimento natural, mesmo que sacrifiquemos a realidade do bunkai, porque nesse momento, essa não era a prioridade”. Uma vez que percebemos o kihon do kata e a aplicação prática, vamos dar-lhe um sentido, para o que, começava a modificar as direcções frente aos ataques, em função da aplicação do Tenshin e do Tai Sasaki, o que me permitia poder estar em vantagem frente a um ataque


Kata


Karate previamente determinado. Assim, o bunkai começava a despontar e a aaquirir carácter próprio frente à execução habitual de uma série de movimentos do kata. Ou seja, começamos a perceber como o kata pode servir-nos para realizar aplicações de yakusoku kumite e nos ensina tácticas, como por exemplo, trabalhar cobrindo-nos as costas, de frente para uma parede, precipício, barco ou o que a história tiver ido ensinando quando trabalhamos os Tekki, ou bem quando se trabalha Gankaku Sho (Kyan no Chinto) com um embusem diagonal, para evitar ser copiado se era visto a través de algum buraco na parede dos antigos Dojos okinawenses. Outro aspecto a destacar dos katas tradicionais seria como nos ensinam que não há nada que tenha sido deixado à sorte… As guardas, kamaes, movimentos lentos, fintas etc, nos abrem um leque de técnicas de projecção, luxação, estrangulamentos, que pareciam escondidas vendo a execução de um kata. Daí as guardas inicial e final de cada kata, que não é só uma maneira típica de saudação, pois muitas vezes esconde não só técnicas (que parecem secretas), como também nos revela a filosofia de uma verdadeira arte marcial. Por exemplo, quando em um kamae inicial e final, uma mão envolve um punho, significa que o controlo e a paz (mão aberta), protegem e bloqueiam a agressividade e a luta (punho fechado) que está dentro dela e que no caso de se liberar, pode ser selvagem, o que seria quando começamos a executar o kata. Espero poder contribuir um grãozinho de areia neste maravilhoso mundo das artes marciais e que sirva a alguém para indagar os motivos de continuar praticando artes marciais. Quando posso estar satisfeito de ter conseguido conhecer ao completo um kata?. Para mim, isto é o que me motiva para continuar aprendendo e trabalhando para melhorar como artista marcial, mas o que é mais importante, melhorar como ser humano. Jesus Alexandre Fernández Martínez Kyoshi SKIF



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Kata


Karate

GRAUS RECONHECIDOS Ficha técnica MESTRIA KARATE DO • Renshi. Shotokan Karate Do International Federation (SKIF) • Kyoshi. Shotokan Karate Do International Federation (SKIF) (2012)

KARATE DO. • 6º Dan. Federação Espanhola de Karate (2013) • 6º Dan. Shotokan Karate Do International Federation (SKIF) (2012) • 6º Dan. World Kuntaiko Budo Association (WKBA)

JU JITSU. • 5º Dan. Federação Madrilenha de Luta • 6º Dan. Federação Espanhola de Ju Jitsu (2013) • 6º Dan. World Kuntaiko Budo Association (WKBA) (2013)

FORMAÇÃO ACADÉMICA • Treinador Nacional (Técnico nível 3). Federação Espanhola de Karate • Treinador Nacional (Técnico nível 3). Federação Espanhola de Luta (Ju Jitsu) • Instrutor Internacional (WKBA). World Kuntaiko Budo Association

OUTROS DADOS DE INTERESSE • Chief Instructor (Director Técnico) SKIF Spain. • Shodan Nawa pela Associação Zembukai • Representante e Director Técnico para a Espanha, da World Kuntaiko Budo Association • Campeão do Mundo de Karate (categoria Master) em Kata SKIF (ano 2009. Grécia). • Campeão da Espanha Yawara Jitsu (Defesa Pessoal) ano 1989. • Praticante Tai Chi (Professor Hirokazu Kanazawa). • Representante do Mestre Hirokazu Kanazawa na Espanha Jesús Fernández e-mail: jesfermar@hotmail.com


Todo sistema tem limites e quando se necessita passar de um sistema para outro, devemos de aprender outra Arte e isto é o que o Kapap tenta evitar. Isso é o Kapap, combate cara a cara, uma ponte entre sistemas. O seu fundador deixou-nes uma frase cujo conceito empregam outros estilos de artes marciais tradicionais: “Não portes uma arma, sê tu mesmo a arma”. Se a tua mente, o teu espírito e o corpo são a arma, tu serás uma arma que será também efectiva quando portares uma arma. Este DVD da “Avi Nardia Academy”, trata da conexão entre a “velha escola” de Artes Marciais e o moderno CQB (Close Quarters Battle). A experiência como comandante nas IDF (Forças de Defesa de Israel) e oficial treinador da principal unidade anti-terrorista israelita, ensinaram a Nardia que cultivar a mente e o espírito do guerreiro deve considerar-se prioritário ao simples treino do corpo. Entre outros, estudaremos a segurança com armas, os convincentes paralelismos entre o Iaido e a adequada manipulação de uma arma de fogo. As armas de fogo são a última hipótese em armamento individual, mas não escapam à eterna sabedoria e à lógica da velha escola. Exercícios de treino adaptados do BJJ, exercícios de desarme e o acondicionamento inteligente do corpo mediante exercícios, com explicações sobre os benefícios e as precauções. Um DVD educativo, inspirador e revelador, recomendado aos praticantes de todos os estilos, antigos e modernos.


REF.: • KAPAP8













Kihon waza (técnicas básicas) es la parte más importante del entrenamiento de cualquier Arte Marcial. En este DVD el Maestro Sueyoshi Akeshi nos muestra diversas formas de entrenamiento de Kihon con Bokken, Katana y mano vacía. En este trabajo, se explica en mayor detalle cada técnica, para que el practicante tenga una idea más clara de cada movimiento y del modo en que el cuerpo debe corresponder al trabajo de cada Kihon. Todas las técnicas tienen como base común la ausencia de Kime (fuerza) para que el cuerpo pueda desarrollarse de acuerdo a la técnica de Battojutsu, y si bien puede parecer extraño a primera vista, todo el cuerpo debe estar relajado para conseguir una capacidad de respuesta rápida y precisa. Todas las técnicas básicas se realizan a velocidad real y son posteriormente explicadas para que el practicante pueda alcanzar un nivel adecuado. La ausencia de peso en los pies, la relajación del cuerpo, el dejar caer el centro de gravedad, son detalles muy importantes que el Maestro recalca con el fin de lograr un buen nivel técnico, y una relación directa entre la técnica base y la aplicación real.

REF.: • IAIDO7

Todos os DVD's produzidos por BudoInternational são realizados em suporteDVD-5, formato MPEG-2 multiplexado(nunca VCD, DivX, o similares) e aimpressão das capas segue as maisrestritas exigências de qualidade (tipo depapel e impressão). Também, nenhum dosnossos produtos é comercializado atravésde webs de leilões online. Se este DVD não cumpre estas exigências e/o a capa ea serigrafia não coincidem com a que aquimostramos, trata-se de uma cópia pirata.

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Kyusho


Evan Pantazi Torção O Kyusho funciona com a torção A torção não é mais que uma medição da força de rotação ou giro. Gera uma emissão de poder muito maior que uma linha recta e muitos lutadores têm falado disto desde os primeiros dias do Boxe. Esses velhos pugilistas sempre afirmaram que giravam a luva no impacto... Isto era assim por diferentes razões, mas ainda assim, eles sabiam. Se utiliza principalmente para abrir um corte, preferentemente sobre o olho, para que os pingos de sangue no olho dificulte a visão..., ainda que depois não continuasse sendo um objectivo para o resto da luta. Também se sabia que o impacto seria m a i o r, m e s m o s e n ã o s e abrisse uma ferida, posto que a melhora do impacto faria o golpe muito mais eficaz.


Kyusho


Então, o que faz com que a rotação seja mais forte que o poder em linha recta? Comecemos com a energia cinética. Em física, a energia cinética de um objecto é a energia que possui devido ao seu movimento. Também se define como o esforço ou a inércia necessária para acelerar uma massa determinada, desde o repouso até uma velocidade específica. A energia cinética se divide em energia cinética linear e a energia cinética de rotação. A grande vantagem de usar a técnica de rotação é a maior capacidade de aumentar a velocidade de um batimento, numa distância determinada, devido a que a trajectória de aceleração é maior. Este aumento da trajectória da aceleração, pode ser de até 1,5 vezes maior na rotação, em comparação com a técnica linear. A energia cinética também se pode transmitir de um objecto a outro, como no jogo do Bilhar. Isto é pode observar quando um jogador impõe a energia cinética da bola branca, batendo com o taco. Quando a bola branca choca com outra bola, diminui drasticamente a sua velocidade e a bola com a qual chocou, se acelera à velocidade que a energia cinética transfere à mesma. A isto chamam colisões elásticas. Nelas se conserva a energia cinética; (com colisão não elástica, a energia cinética se dissipa em outras formas ou energias, como o calor, o som, a fractura, etc.). Agora bem, também é possível combinar o nível de potência linear transferível e conseguir a energia de rotação para uma velocidade máxima. Quando se inicia o golpe com uma projecção linear e se soma a velocidade de rotação e a força de contacto, então se consegue o máximo efeito. Mas, por que motivo com o Kyusho, afecta mais a torção ao oponente, que a linha de transferência de energia cinética recta? A maioria dos principiantes tratam de usar a transmissão da energia em linha recta, pelo que o Kyusho não funciona para eles, até desenvolverem o toque correcto com a torção. Mas não só aumenta o poder de penetração, como também há muitos outros constituintes vitais implicados. Mediante o uso da rotação, como se vê, se explica e se mostra no DVD das “6 Ji Mãos”, usamos esta transferência de potência dupla, para maior penetração na área do objectivo. Se chega ao nervo mais limpamente, visto que a acção de rotação serve para impulsionar as estruturas musculares desde um lado. Isto proporciona um caminho claro até o nervo, sem os músculos que o protegem ou o material de recheio da área de contacto da arma. Também serve para ganhar em profundidade, graças ao aumento da velocidade e à velocidade da acção. Nesta acção, o nervo, quando exposto e acessível, também se estica, pelo que é muito mais vulnerável e reactivo, o que provoca maiores resultados. A acção pode ser decisiva beliscando também o nervo estirado contra um objecto, como uma estrutura óssea, o que fará que se mande uma mensagem ainda mais aguda ao cérebro. Isto pode


Kyusho


provocar uma sobrecarga da entrada sensorial e desencadear um mecanismo de segurança no corpo, como deixar-se cair a uma posição de decúbito prono (mediante desmaios, disfunção ou perda dos sentidos), para recuperar-se. Agora bem, se o objectivo está numa zona muscular do corpo (em um ponto da cabeça com poucas capas de pele, gordura e fascia), também serve para atacar o sistema reflexo desde o motor somático, o que irá afectar mais a nível autónomo reflexivo e subconsciente. Isto se consegue afectando simultaneamente as células fusiformes do músculo ou o tendão do órgão Golgi, dependendo de onde se bater. A mesma acção de estiramento que se emitirá no nervo, também alcançará uma destas duas estruturas e provocara ainda maiores efeitos sobre o oponente. Também nos serve no Boxe clássico ou no Kick Boxing e até no treino mais moderno das MMA, adicionando a rotação no contacto, que utilizavam os antigos pugilistas. Vejamos o jab, por exemplo; a maioria dos combatentes utilizarão potência linear que atordoa o contacto, mas se também se aprender a descer os nós no impacto, (mesmo dentro das luvas) os resultados serão muito maiores e especialmente quando se utiliza em um objectivo Kyusho. Se vemos o queixo, como um exemplo de objectivo nesta rotação enérgica, se o jab é em linha recta, vai haver poucos resultados perceptíveis, a não ser um estremecimento ou retirada da cabeça dos oponentes. Se conseguimos girar os nós no fim do impacto no queixo, então se consegue alcançar o ângulo de trajectória, para ter acesso ao nervo, e será muito maior a disfunção, o deterioro ou a alteração do estado de consciência que se provoquem. Isto também é válido para o croche, o gancho e o uppercut, os 4 golpes principais utilizados em combates, assim como em brigas na rua. Aprendendo os objectivos do Kyusho e trabalhando-os com o golpe de rotação, seremos muito mais poderosos, potentes e protegidos. Resumindo, temos: • O aumento da aceleração do nosso ataque. • O aumento da penetração. • Aumento da velocidade do golpe na fase do impacto. • Uma base da transferência de energia mais estreita. As vantagens da técnica de rotação são as seguintes: • Os profissionais não têm de ser tão grandes ou tão fortes. • Maiores variações no treino da técnica de rotação, em comparação com o ataque linear. • A tensão necessária e a força necessária para o ataque linear, podem ser contraproducentes em contraposição ao movimento relaxado e a maior fluidez do ataque de rotação Assim sendo, a "torção" (com energia medida) no Kyusho não se mede pelo dispositivo mecânico, mas sim se mede em consequência física durante o treino ou consoante a necessidade. Lamentamos muito, mas a energia é uma realidade!



O "Programa de Controlo Táctico Kyusho" (KTCP), foi desenhado para controlar a escalada de conflitos mediante a pesquisa legal, médica, o aspecto táctico, provas de campo y coordenação. Este programa está especialmente destinado, ainda que não exclusivamente às Forças de Ordem Público, Segurança, Emergências, Guarda Costeira, Militares, Agências Governamentais, Escoltas y Segurança pessoal. Este módulo básico se constitui de um conjunto de 12 objectivos principais integrados en 4 módulos de controlo da escalada de força. Há numerosas estruturas débeis no corpo humano que podem ser utilizadas por um Agente para simplesmente obter o controlo de um indivíduo, mais eficientes que o uso convencional da força como nos indica o protocolo. Mais alem da etapa de ordem verbal, numa situação de escalada do conflito, são estes pontos (Vitais) do Kyusho onde o agente pode fazer uso dos sistemas internos de controlo físico, como os nervos, a estrutura dos tendões e os reflexos nervosos naturais do corpo. No requer de grande força ou de um complexo controlo da motricidade ou da vista ... tudo isso sujeito ao fracasso em estados de elevada adrenalina. Esta informação está dedicada aos valentes e resistentes membros das Agências de todo o mundo ... Obrigado pelo que fazeis!

REF.: • KYUSHO 22

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Sempre tendo como pano de fundo o Ochikara, “a Grande Força” (denominada e-bunto na antiga língua dos Shizen), a sabedoria secreta dos antigos xamãs japoneses, os Miryoku, o autor leva a um mundo de reflexões genuínas, capazes de ao mesmo tempo mexer com o coração e com a cabeça do leitor, situando-nos perante o abismo do invisível, como a verdadeira última fronteira da consciência pessoal e colectiva. O espiritual, não como religião mas como o estudo do invisível, foi a maneira dos Miryoku se aproximarem do mistério, no marco de uma cultura tão rica como desconhecida, ao estudo da qual se tem dedicado intensamente o autor. Alfredo Tucci, director da Editora Budo International e autor de grande número de trabalhos acerca do caminho do guerreiro nos últimos 30 anos, nos oferece um conjunto de pensamentos extraordinários e profundos, que podem ser lidos indistintamente, sem um ordenamento determinado. Cada um deles nos abre uma janela pela qual contemplar os mais variados assuntos, desde um ângulo insuspeito, salpicado de humor por vezes, de contundência e grandiosidade outras, nos situa ante assuntos eternos, com a visão de quem acaba de chegar e não comunga com os lugares comuns nos que todos estão de acordo. Podemos afirmar com certeza que nenhum leitor ficará indiferente perante este livro, tal é a força e a intensidade de seu conteúdo. Dizer isto já é dizer muito em um mundo cheio de manjedouras grupais, de ideologias interessadas e de manipuladores, e em suma, de interesses espúrios e mediocridade. É pois um texto para almas grandes e pessoas inteligentes, prontas para ver a vida e o mistério com a liberdade das mentes mais inquietas e que procuram o oculto, sem dogmas, sem morais passageiras, sem subterfúgios.



REF.: • TAOWS-2


O Major Avi Nardia - um dos principais instrutores oficiais do exército e da polícia israelitas no campo da luta contra o terrorismo e a CQB - e Ben Krajmalnik, realizaram um novo DVD básico que trata sobre as armas de fogo, a segurança e as técnicas de treino derivadas do Disparo Instintivo em Combate, o IPSC. O Disparo Instintivo em Combate - IPSC (Instinctive Point Shooting Combat) é um método de disparo baseado nas reacções instintivas e cinemáticas para disparar em distâncias curtas, em situações rápidas e dinâmicas. Uma disciplina de defesa pessoal para sobreviver numa situação de ameaça para a vida, onde fazem-se necessárias grande rapidez e precisão. Tem de se empunhar a pistola e disparar numa distância curta, sem se usar a vigia. Neste primeiro volume se estudam: o manejo da arma (revólver e semiautomática); prática de tiro em seco e a segurança; o “Point Shooting” ou tiro instintivo, em distância curta e em movimento; exercícios de retenção da arma, sob estresse e múltiplos atacantes; exercícios de recarga, com carregador, com uma mão e finalmente, práticas em galeria de tiro com pistolas, rifles AK-74, M-4, metralhadora M-249 e inclusivamente lança-granadas M-16.

REF.: • KAPAP7

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REF.: • LEVI LEVI8

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