António de Magalhães Ramalho – Fundador do INII e pioneiro da investigação industrial

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“Abandonemos de uma vez para sempre um certo parti pris ou desdém com que, no geral, tendemos a encarar as questões da ciência. Ele fez já a sua época e está há muito ultrapassado pelas realidades da hora presente. Não o reconhecer é colocarmonos mal com nós próprios e sobretudo perante as gerações futuras, que algum dia nos poderão perguntar se, havendo um instrumento de trabalho tão poderoso como o da investigação científica séria, porque lho não forjámos a tempo e lho não passámos em estado de perfeita utilização.”

António de Magalhães Ramalho Fundador do INII e pioneiro da investigação industrial MARGARIDA DE MAGALHÃES RAMALHO

© Bruno Simões

António de Magalhães Ramalho

“(...) se há conveniência ou necessidade de se fazerem sacrifícios, que se façam, mas que se evite também cair no risco das soluções excessivamente geométricas e frias. Na verdade, são já bem visíveis as dificuldades com que deparam quase todos os Serviços oficiais para poderem exercer as suas funções;(…) Sabe-se também que as condições de vida do funcionalismo público – sobretudo do mais modestamente remunerado e das classes inactivas – atingiram já um nível abaixo do qual seria perigoso descer. Não se desconhece, igualmente, que a suspensão de admissões e promoções de pessoal criou um mal estar e ressentimento que, a manter-se por muito mais tempo, pode afectar inconvenientemente o moral e o rendimento útil de trabalho de quem vê todas as portas do seu futuro fechadas.”

MARGARIDA DE MAGALHÃES RAMALHO

“No campo dos conceitos julgo que, embora tomando-se as providências adequadas para se evitarem abusos ou devaneios à sombra da investigação, não se deverá esquecer que foi e é apoiando-se largamente nas actividades da Ciência pura – que trabalha sempre num plano de mera curiosidade mental – que as ciências aplicadas e a tecnologia têm podido avançar e resolver essa miríade de problemas que interessam ao desenvolvimento, subsistência e bem-estar das sociedades modernas.”

Margarida de Magalhães Ramalho é licenciada em História da Arte. Entre 1987 e 2005 dirigiu as escavações arqueológicas na Fortaleza de Nossa Senhora da Luz, em Cascais. Entre 1993 e 1998 pertenceu aos quadros da EXPO’98 onde comissariou algumas exposições. Como freelancer continuou a comissariar exposições sendo também co-autora do Museu Virtual Aristides de Sousa Mendes. Obras publicadas: Comboios com Histórias, Assírio e Alvim (2000) Fotobiografia do rei D. Carlos, Círculo de Leitores (2001) As Fortificações Marítimas da Costa de Cascais (em parceria), Quetzal (2002) Uma Corte à Beira-Mar, Quetzal (2003) D. Carlos de Bragança – Cadernos de Desenho, Inapa (2003) Aldeias Históricas, Inapa, (2004) 1908 – Um olhar sobre o Regicídio, Sextante (2008) Fotobiografia de Amadeo de Souza-Cardoso, Círculo de Leitores (em parceria), (2009) Os Barcos na Pintura, Um mar de histórias, Scribe (2009) O Estoril, a vanguarda do turismo, By the Book (2010) Lisboa na Pintura, Scribe (2010) Escrever sobre Sintra, By the Book (2010). Portugal na Pintura, Viagens na nossa Terra, Scribe (2011) Lisboa. Uma Cidade em Tempo de Guerra, INCM (2012) Vilar Formoso – Fronteira da Paz, Câmara Municipal de Almeida (2014)


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