Nesta obra, a calma impõe-se ao folhear as páginas que descrevem três percursos pela cidade, com textos de cariz histórico e científico acompanhados de imagens, ilustrações e cartografia.
Árvores na Cidade
As árvores marcam, desde sempre, a paisagem das cidades. Companheiras do espaço urbano e das pessoas que nele habitam, são testemunho da natureza nos espaços construídos pela sociedade, numa urbe cada vez mais global e artificializada.
• P ERCURSO 1 : Árvores classificadas com vista para o Tejo Do Cais do Sodré a Belém
Árvores na Cidade ROTEIRO DAS ÁRVORES CLASSIFICADAS DE LISBOA Graça Amaral Neto Saraiva Ana Ferreira de Almeida
Graça Amaral Neto Saraiva
Natural de Lisboa. Arquiteta Paisagista, Engenheira Agrónoma e Doutorada pelo Instituto Superior de Agronomia (ISA). Professora Associada aposentada da Faculdade de Arquitetura (FA) da Universidade de Lisboa, e Investigadora do Centro de Investigação em Arquitetura, Urbanismo e Design (CIAUD). Docente de Arquitetura Paisagista na Universidade de Évora, no ISA, no Instituto Superior Técnico e na FA/UL, entre 1981 e 2012. Tem desenvolvido investigação nos domínios do ordenamento do território, da percepção da paisagem, da gestão de recursos hídricos e sistemas fluviais e na vegetação em meio urbano. Publicou diversos livros e artigos científicos, em Portugal e no estrangeiro.
• P ERCURSO 2 : Árvores classificadas nas colinas da Lisboa romântica Do Chiado à colina do Castelo • P ERCURSO 3 : Árvores classificadas em matas e antigas quintas De Monsanto aos Olivais
BY T HE
BOOK
B Y TH E
BOOK
Ana Ferreira de Almeida
Natural de Lisboa. Licenciada em Engenharia Silvícola pelo Instituto Superior de Agronomia. Foi investigadora (1977-2014) da Estação Florestal Nacional (EFN/INIAV). Desenvolveu projectos de investigação e integrou grupos de trabalho, nacionais e internacionais, como responsável ou como membro da equipa. Foi coordenadora do Departamento de Conservação dos Recursos Naturais (1992 ‑2005) e delegada nacional a redes de investigação e programas europeus (1994 ‑2006). Foi autora ou coautora de artigos científicos, publicados em revistas com revisão científica. Integrou desde 1992 a comissão editorial da revista Silva Lusitana, de que foi directora (2010-2014).
©Texto: Graça Amaral Neto Saraiva Ana Ferreira de Almeida
Revisão científica: Lisete Caixinhas
Fotografia:
Todas as fotografias são de Graça Saraiva (GS) à excepção das nomeadas com outras siglas. Ana Ferreira de Almeida (AFA); Arquivo Municipal de Lisboa (AML); João Brito (JB); João Guerreiro (JG); Margarida Bico (MB)
©Ilustrações: Ana Amaral (AA); Ana Bruto da Costa (AC); Adriana Duarte (AD); André Gonçalves (AG); Alejandro Herranz (AH); Ana Lúcia Serrano (AL); Ana Sofia Mendes (AM); Ana Paula Marques (AP); Ana Patrícia Sousa (AS); Ana Torres (AT); Ana Teixeira (AX); Bernardo Nadais (BN); Camila Pigatto (CM); Cristina Paixão (CP); Daniela Marques (DM); Elodie Ferreira (EF); Fabiana Costa (FB); Francisco Carrasco (FC); Filipa Roque de Pinho (FP); Filipa Tato (FT); Guilherme Martins (GM); Graça Saraiva (GS); Hugo Maia (HM); Isabel Cristina Sousa (IC); Inês Gonçalves (IG); Inês Marcelo (IM); Isabel Sebastião (IS); Ioan Toma (IT); Joana Diniz (JD); Joana Esteves (JE); Joana Franco (JF); Jaqueline Lessa (JL); João Moreira (JM); João Paulo Marques (JPM); João Soares (JS); Joana Vicente (JV); Luísa Gago da Silva (LG); Miguel Alvim (MA); Maria do Rosário Brito (MB); Mariana Calvete (MC); Manuel Casa Branca (MCB); Maria Inês Feio (MF); Maria Filipa Correia (MFC); Maria Inês Silva (MI); Marijus Navickas (MN); Mariana Robalo (MR); Maria do Rosário Santos (MRS); Mário Sousa (MS); Milena Teixeira (MT); Michel Vieira (MV); Marylin Ferreira (MY); Nuno Raimundo (NR); Nova Schelpmeier (NS); Pedro Ferreira (PF); Pedro Leitão (PL); Pedro Mota (PM); Pedro Salgado (PS); Pedro Salvador Mendes (PSM); Ricardo Carvalho (RC); Roberto Villarubia Jimenez (RJ); Rui Leitão (RL); Rita Marques (RM); Raquel Pedroso (RP); Rui Magalhães (RU); Sofia Coelho (SC); Sara Nobre (SN); Soraia Cunha (SR); Sílvia Calretas (SV); Tiago Costa (TC); Vanessa Nogueira (VN); Vlad Popa (VP)
Edição de cartografia: João Carlos Moreira Jorge, sobre mapas da ESRI e CML. Cartografia: Planta da Cidade de Lisboa 1950. Câmara Municipal de Lisboa. © AML, Lisboa. Cartas criadas utilizando o software ArcGIS® da ESRI, licenciado para a FA/UL. © IGN / CNIG, INE, Esri, HERE, DeLorme, iPC, NGA, USGS. Todos os direitos reservados. Impressão: ACD PRINT ISBN: 978-989-8614-35-3 Depósito Legal: 408105/16 ©Edição: BY THE BOOK Edições Especiais, lda Rua das Pedreiras, 16-4º 1400-271 Lisboa T. + F. (+351) 213 610 997 www.bythebook.pt
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Palavras Prévias
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Introdução
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PERCURSO 1 : Árvores classificadas com vista para o Tejo Do Cais do Sodré a Belém
14 1 18 2 22 3 24 4 26 5 28 6 32 7 36 8 40 9 44 10 48 11
Cais do Sodré | Jardim Roque Gameiro • Tipuana | Tipuana tipu
52 52
PERCURSO 2 : Árvores classificadas nas colinas da Lisboa romântica Do Chiado à colina do Castelo
54 56 60 62 66 70 72 74 76 82 84 86 88 90 94
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
96 16 98 17
Santos | Jardim de Santos • Tipuana | Tipuana tipu Janelas Verdes | Jardim 9 de Abril • Braquiquito | Brachychiton populneus Janelas Verdes | Jardim 9 de Abril • Tamareira | Phoenix dactylifera Janelas Verdes | Jardim 9 de Abril • Tipuana | Tipuana tipu Tapada da Ajuda | Observatório da Tapada da Ajuda • Dragoeiro | Dracaena draco Santo Amaro | Jardim da Capela de Santo Amaro • Oliveira | Olea europaea Belém | Mosteiro dos Jerónimos • Paineira-rosa | Ceiba speciosa Ajuda | Parque dos Moinhos de Santana • Cipreste-da-califórnia | Cupressus macrocarpa Restelo | Praça de Damão • Bela-sombra | Phytolacca dioica Pedrouços | Travessa do Arco da Torre • Plátano | Platanus orientalis
Chiado | Largo Barão de Quintela • Tamareira | Phoenix dactylifera Santa Catarina | Rua do Século, Palácio Pombal • Lódão-bastardo | Celtis australis S. Bento | Praça de S. Bento • Tipuana | Tipuana tipu Campo de Ourique | Parada dos Prazeres • Tipuana | Tipuana tipu Campo de Ourique | Jardim Teófilo Braga • Metrosidero | Metrosideros excelsa Campo de Ourique | Jardim Teófilo Braga • Sequóia | Sequoia sempervirens Campo de Ourique | Jardim Teófilo Braga • Taxódio | Taxodium distichum Nova Amoreiras | Antigo Colégio Maristas • Dragoeiro | Dracaena draco Rato | Largo Hintze Ribeiro • Figueira-da-austrália | Ficus macrophylla Príncipe Real | Jardim do Príncipe Real • Cedro-do-buçaco | Cupressus lusitanica Príncipe Real | Jardim do Príncipe Real • Araucária-colunar | Araucaria columnaris Príncipe Real | Jardim do Príncipe Real • Paineira-barriguda | Ceiba crispiflora Príncipe Real | Jardim do Príncipe Real • Figueira-da-austrália | Ficus macrophylla Príncipe Real | Jardim do Príncipe Real • Plátano | Platanus orientalis Praça da Alegria | Jardim Alfredo Keil • Paineira-rosa e Paineira-barriguda | Ceiba speciosa e Ceiba crispiflora Praça da Alegria | Jardim Alfredo Keil • Metrosidero | Metrosideros excelsa Praça da Alegria | Jardim Alfredo Keil • Eritrina | Erythrina crista-galli
102 104 106 108 110 112 114 116 122 124 128 132 134 136
18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
Campo de Santana | Jardim Braamcamp Freire • Casuarina | Casuarina cunninghamia Campo de Santana | Jardim Braamcamp Freire • Cedro-do-himalaia | Cedrus deodara Campo de Santana | Jardim Braamcamp Freire • Matapalo | Ficus benjamina Campo de Santana | Jardim Braamcamp Freire • Metrosidero | Metrosideros excelsa Campo de Santana | Jardim Braamcamp Freire • Pinheiro-manso | Pinus pinea Campo de Santana | Jardim Braamcamp Freire • Bela-sombra | Phytolacca dioica Campo de Santana | Jardim Braamcamp Freire • Teixo | Taxus baccata Arroios | Jardim Cesário Verde • Cedro-do-atlas | Cedrus atlantica Arroios | Jardim Constantino • Figueira-da-austrália | Ficus macrophylla Arroios | Jardim Constantino • Melaleuca | Melaleuca styphelioides Penha de França | Praça Paiva Couceiro • Ginkgo | Ginkgo biloba Penha de França | Praça António Sardinha • Bela-sombra | Phytolacca dioica Anjos | Jardim António Feijó • Bela-sombra | Phytolacca dioica Miradouro Santa Luzia | Largo do Limoeiro • Bela-sombra | Phytolacca dioica
PERCURSO 3 : Árvores classificadas em matas e antigas quintas De Monsanto aos Olivais
138
140 144 148
1 2 3
Monsanto | Parque Infantil do Alvito • Sobreiro | Quercus suber
150 154 156 158 160 162 166 168 170
4 5 6 7 8 9 10 11 12
Benfica | Laboratório Nacional de Investigação Veterinária • Eritrina | Erythrina crista-galli
173 175 177 179 181
Benfica | Quinta da Fonte • Plátano | Platanus spp. Benfica | Laboratório Nacional de Investigação Veterinária • Árvore-da-castidade | Vitex agnus-castus Benfica | Quinta Nova da Conceição • Araucária-da-queenslândia | Araucaria bidwilli Benfica | Quinta Nova da Conceição • Bela-sombra | Phytolacca dioica Carnide | Jardim Teixeira Rebelo • Eritrina | Erythrina crista-galli Carnide | Terrenos anexos à Quinta da Luz • Dragoeiro | Dracaena draco Lumiar | Hospital Pulido Valente • Plátano | Platanus hispanica Marvila | Estrada de Marvila • Figueira-da-austrália | Ficus macrophylla Olivais | Avenida de Berlim • Lódão-bastardo | Celtis australis Olivais | Quinta do Conde dos Arcos • Dragoeiro | Dracaena draco
Nota final Glossário Lista de espécies de árvores classificadas ANEXO : Outros conjuntos arbóreos classificados Bibliografia
Palavras Prévias: Árvores de Lisboa Lisboa tem árvores únicas. Autóctones e exóticas, são centenas de milhares que formam um dos patrimónios mais importantes da cidade de Lisboa. Cada uma conta uma história e é por elas que passa a história dos lugares. Elas moldam a paisagem, dão cor aos largos, ruas e ruelas, sempre diferentes consoante a estação. Este livro aborda as árvores classificadas de Lisboa e são tantas que podem ser descobertas ou redescobertas de uma nova perspectiva. São as árvores que ilustram a cidade e a definem quando vista do céu. Nessa paleta de cores que se forma, destaca-se o purpura exótico dos jacarandás, que nos avisa da chegada do Verão, o dourado do manto de plátanos que cobre o Passeio Público da Av. da Liberdade a anunciar o Outono ou o verde vivo com que as primeiras folhagens brindam a Primavera. Sem árvores, Lisboa seria muito diferente, mais triste por certo. Seria, claro, menos verde e o ar mais difícil de respirar. Seria também mais quente, pois são as árvores que nos dão sombra e é a sombra que nos abriga e torna os Verões mais amenos, mais suportáveis de passar. A informação ajuda-nos a compreender melhor o que nos rodeia, a sentir mais a cidade, a viver Lisboa com maior pertença. Este é por isso um guia essencial para compreender um património exemplar; para nos acompanhar ao longo de três roteiros sugeridos, mas que podiam ser mais; pelos lugares e para nos fazer olhar, uma e outra vez, para as árvores de Lisboa. É (mais) um excelente pretexto para passear por Lisboa, de olhos no ar e livro na mão, à procura das espécies, dos pormenores de cada árvore e para repetir duas ou três vezes por ano. Plantar uma árvore é uma marca do presente e um gesto para o futuro que devia estar ao alcance de todos, para que um dia muitas mais árvores sejam Classificadas e este seja apenas o primeiro volume de uma imprescindível colecção.
José Sá Fernandes Vereador da Câmara Municipal de Lisboa | Estrutura Verde e Energia
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Do Cais do Sodré a Belém
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PERCURSO 1 : Árvores classificadas com vista para o Tejo
Do Cais do Sodré a Belém 11
CAIS DO SODRÉ | JARDIM ROQUE GAMEIRO 1
Tipuana
JE/SC
Iniciamos o percurso ribeirinho com este esplêndido exemplar de tipuana, no coração do Cais do Sodré, entre as estações ferroviária e marítima, contemplando o Tejo, no meio do intenso tráfego viário e pedonal que cruza a zona. Integrada numa pequena zona verde apelidada de Jardim Roque Gameiro, que pela sua exiguidade dificilmente se reconhece como jardim, exibe uma frondosa copa, só por si quase mais ampla do que o jardim no qual se insere. Convive aí com lódãos e jacarandás, dois quiosques e a estátua Ao Leme, da autoria de Francisco Santos, que presta homenagem aos homens do mar. Um dos quiosques, de 1915, com painéis de Arte Nova da autoria de José Pinto, é semelhante ao que existe no Jardim Constantino, sendo atualmente posto de vendas da Carris. O jardim existe hoje no local onde anteriormente havia uma pequena praia. Abre-se ao rio pelo lado sul com uma ampla vista, sempre muito procurada pelos transeuntes. Aliás, todo o espaço tem referências históricas de ligação ao rio e às actividades ribeirinhas, sejam as de construção naval ou as dos transportes. Frequentado por marinheiros e visitantes, é um dos locais de Lisboa que se caracterizou pela azáfama de circulação, pela presença de hotéis e pensões, pela vida boémia de tascas e bares. A denominação Cais do Sodré deriva do nome de uma família que residia na zona e tem-se mantido, apesar de outras toponímias. Recebeu inicialmente a designação de Praça dos Remolares, termo relacionado com o fabrico de remos existente no local. No final do século XIX, o espaço foi remodelado, na sequência do plano de reconstrução da cidade após o terramoto de 1755, tendo-lhe sido dado JE/SC
12
o nome de Praça Duque da Terceira, cuja estátua ocupa o seu espaço central.
1
Pólo de intensa vida social na Lisboa do século XIX, ficou célebre o Hotel Central, que Eça de Queiroz refere em Os Maias. É possível que date dessa altura a plantação desta tipuana, bem como das outras que integram a arborização da praça. No início do século XX foi construída a Estação Ferroviária em estilo art déco, da autoria do arquitecto Pardal Monteiro, inaugurada em 1926 e remodelada no início do século XXI, pelos arquitectos Nuno Teotónio Pereira e Pedro Botelho, tendo recebido o Prémio Valmor em 2008. À sua frente, o Relógio Padrão da Hora Legal e o edifício da Agência Europeia de Segurança Marítima, do arquitecto Manuel Tainha, enquadram a abertura ao Tejo e a nossa tipuana, testemunha do renovar da animação no Cais do Sodré. 13
CAIS DO SODRÉ | JARDIM ROQUE GAMEIRO
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Tipuana [Tipuana tipu]
INFORMAÇÃO DE CLASSIFICAÇÃO E DADOS DENDROMÉTRICOS Código ICNF: KNJ1/375 Coordenadas: 38°42’20,97”N; 9°08’37,20”W Dimensões: Perímetro de base: 3,75m Perímetro a 1,30m: 2,9m Diâmetro médio da copa: 23,75m Altura total: 18m Idade aproximada: 100 anos Classificação: D.R. nº 298 II Série de 27/12/2001 ICNF, 2014
GS
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Originária da região do rio Tipuani, na Bolívia, de que derivou o seu nome, esta espéJE/SC
Nome científico: Tipuana tipu (Benth.) Kuntze Nome vulgar: Tipuana Família: Fabaceae Origem: Argentina, Brasil e Bolívia. Hábito: Árvore que pode atingir 25m de altura. Copa largamente arredondada. Tronco: Forte, com ramificação livre e formas retorcidas. Ritidoma de textura rugosa, fissurada. Folhas: Semi-persistentes, alternas, compostas, imparipinuladas, com 9 a 25 folíolos, inteiros, oblongos a elípticos, com 1,5-4 x 0,7-1,7cm. Inflorescências: Panículas terminais até 30cm de comprimento. Flores: Amarelo-dourado, púrpura pálido no centro com nervuras vermelho-ferrugem. Corola papilionácea. Floração: Junho a Agosto. Frutos: Vagem alada, ovóide, com 1 a 3 sementes lenhosas, de cor verde clara que se tornam castanhas na maturação. Preferências ambientais: Boa exposição solar, solos ricos, frescos e profundos; é tolerante à secura e ao frio, mas sensível às geadas. Apresenta resistência aos ventos, podendo ser utilizada como barreira de protecção. Utilidade: Boa árvore de ensombramento e ornamental, de crescimento rápido. A sua madeira, clara e resistente, tem interesse para marcenaria no Brasil.
cie de tipuana existe também no Brasil e na Argentina. É uma árvore que atinge grandes dimensões, de tronco muito escuro e ramos retorcidos, com uma copa frondosa e arredondada, em que as folhas compostas, verde-claro, que nascem na Primavera, parecem transparentes, deixando passar a luz mas protegendo do sol. A floração é exuberante, de pequenas flores amarelo-dourado em forma de borboleta, agrupadas em cachos, que formam largas manchas brilhantes nas copas, e são visíveis de longe, de Maio a Agosto. O seu carácter ornamental e também a sua rusticidade levam a que seja uma espécie muito utilizada em meio urbano no nosso clima, estando muito presentes nas ruas e jardins de Lisboa. Vinte desses exemplares na cidade são classificados como de interesse público, isolados ou em alamedas, mas estima-se que existam actualmente cerca de 1.900 exemplares em arruamentos no concelho, o que atesta da sua excelente aclimatação entre nós e do seu potencial como espécie arbórea urbana. Resistente, de crescimento rápido, copa ampla e protectora, é uma árvore ideal para praças e jardins. Por vezes, o capricho dos jardineiros mistura a tipuana com o jacarandá, como no jardim de Santos, e o vento de Junho junta-lhes as flores em tapetes roxos e amarelos, frágeis e fugazes como o Verão que anunciam. 15
TAPADA DA AJUDA | OBSERVATÓRIO DA TAPADA DA AJUDA
6
Dragoeiro [Dracaena draco] Maciço de 4 exemplares INFORMAÇÃO DE CLASSIFICAÇÃO E DADOS DENDROMÉTRICOS Código ICNF: KNJ3/371 Coordenadas: 38°42’36,89”N; 9°11’14,87”W Dimensões médias dos 4 exemplares: Perímetro de base: 4,98m Perímetro a 1,30m: 3,05m Diâmetro médio da copa: 10,2m Altura total: 5,75m Idade aproximada: 130 anos Classificação: Aviso nº 14, de 13/07/2012 ICNF, 2014
GS
Neste percurso virado ao rio, iremos subir em Alcântara à Tapada da Ajuda, pelo portão em frente da Rua Jau, até atingir um dos pontos dominantes neste vasto espaço murado, com cerca de 100ha, que foi Tapada Real de Caça e é hoje o campus do Instituto Superior de Agronomia, onde o ensino e a investigação das actividades agrícolas e florestais se mantêm vivos na cidade. Numa colina destaca-se um edifício peculiar, de traça neoclássica, enquadrado, na fachada virada ao Tejo, por quatro dragoeiros centenários, classificados de interesse público em 2012. Trata-se do Observatório Astronómico de Lisboa, construído por iniciativa de D. Pedro V, com projecto do arquitecto francês Jean Colson. Iniciado em 1861, data visível na fachada, e concluído em 1867, já no reinado de D. Luís I, a sua estrutura e funcionamento foram inspirados no Observatório de Pulkovo, na Rússia, instituição modelar à época, com a qual foi desenvolvida intensa colaboração científica. O Observatório da Ajuda tem desempenhado um papel destacado no conhecimento astronómico desde os finais do século XIX, sendo actualmente responsável pela definição da hora legal em Portugal. Constitui património cultural e científico relevante, pela beleza do edifício e seus conteúdos, pela notoriedade dos instrumentos e equipamentos que alberga e pelo enquadramento paisagístico a que os dragoeiros conferem um carácter distintivo.
28
6
Estas árvores, provavelmente contemporâneas do edifício, dispõem-se simetricamente a nascente e a sua plantação estará na origem da estrutura ordenadora de todo o jardim envolvente, que é visível nas plantas da época de construção e de décadas posteriores (Botelho, 2004). Na actualidade, devido ao abandono que se constata em todo o conjunto, perdeu-se a leitura da organização do espaço exterior, e os majestosos dragoeiros, de porte JPM/MS
considerável e ramificação abundante, encontram-se rodeados de vegetação invasora, numa paisagem descurada. A notoriedade do património cultural do edifício e o estatuto de classificação dos dragoeiros requereriam uma iniciativa de recuperação do espaço circundante, compatível com a dignidade do conjunto. 29
Nome científico: Dracaena draco (L.) L. Nome vulgar: Dragoeiro Família: Dracaenaceae Origem: Região da Macaronésia (arquipélagos da Madeira, Açores, Canárias, Cabo Verde e Marrocos Ocidental). Hábito: Árvore perenifólia, de crescimento lento, ramificado dicotomicamente no topo, copa em forma de umbela de contorno semi-circular.
30
Tronco: Espesso, de consistência fibrosa e contorno irregular, fendilhado e apresentando cicatrizes foliares. Folhas: Cor verde-glauco, coriáceas, lineares-lanceoladas a ensiformes, dispostas em rosetas terminais. Estruturas reprodutoras: Flores branco-esverdeado; fruto baga globosa, vermelho-alaranjado. Preferências ambientais: Adaptação a ambientes semi-áridos e zonas rochosas; floração e frutificação: Julho a Outubro. Utilidade: Ornamental, seiva utilizada como pigmento e fins medicinais.
O dragoeiro é originário da floresta Laurissilva, existente nas Ilhas da Macaronésia (arquipélagos dos Açores, Madeira, Canárias e Cabo Verde), que remonta à época Terciária, aproximadamente há 20 milhões de anos. Esta floresta, de elevada diversidade florística e faunística, em que predominam árvores e arbustos de folhas persistentes e coriáceas, está classificada como Património Mundial Natural. O dragoeiro tem um tronco acinzentado e fibroso, por vezes com partes secas que se destacam. Pode atingir cerca de 20m de altura e viver centenas de anos. A copa é ampla e densa, umbeliforme, apresentando um círculo bastante regular e as folhas são compridas e estreitas, agudas, coriáceas, de cor verde acinzentada e base castanha, formando rosetas terminais. Esta árvore é conhecida dos portugueses desde o século XIV, época da sua passagem pelas Canárias, havendo ainda alusão à existência da mesma espécie, no século XV, na Ilha da Madeira. O dragoeiro figura igualmente na iluminura do Livro de Horas dito de D. Manuel, datado de aproximadamente 1517. Em Lisboa, a sua existência é referida cerca de 1564, e presume-se que tenha sido esse exemplar a servir de base à primeira ilustração científica desta árvore, entre 1567-1569. Cerca de 1791, Domingos Vandelli, diretor do Jardim Botânico de Lisboa, incluiu o dragoeiro numa lista de plantas raras e exóticas de utilidade medicinal, a instalar no jardim. Nessa época, a seiva do dragoeiro era um produto ainda misterioso, utilizado em farmacologia e tinturaria, atingindo preços elevados. Quando exposta ao ar, a referida seiva oxida e torna-se vermelho vivo, derivando daí o nome pelo qual era conhecida, sangue-de-dragão, e o nome comum de dragoeiro. Embora muito debilitado, esse dragoeiro de Vandelli parece ser o que ainda existe no Jardim Botânico da Ajuda. Tem mais de 200 anos de idade. Atualmente, devido sobretudo à destruição do habitat, os dragoeiros existentes no estado selvagem são raros. Mesmo sobre o bosque de dragoeiros centenários existente na Madalena do Pico (Açores) não existe certeza se são nativos ou plantados. Está classificada como espécie vulnerável pela JG
IUCN (Red List of Threatened Species). 31
PRÍNCIPE REAL | JARDIM DO PRÍNCIPE REAL ou JARDIM FRANÇA BORGES
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Araucária-colunar [Araucaria columnaris]
INFORMAÇÃO DE CLASSIFICAÇÃO E DADOS DENDROMÉTRICOS Código ICNF: KNJ1/102 Coordenadas: 38°42’59,72”N; 9°08’56,20”W Dimensões: Perímetro de base: 4m Perímetro a 1,30m: 2,6m Diâmetro médio da copa: 4,95m Altura total: 29m Idade aproximada: 140 anos Classificação: D.G. nº 90 de 19/04/1947 ICNF, 2014
Nome científico: Araucaria columnaris (G. Forst.) Hook. Nome vulgar: Araucária-colunar, araucária-de-cook Família: Araucariaceae Origem: Nova Caledónia (Ilha dos Pinheiros) e Vanatu. Introduzida em Portugal em 1864. Hábito: Conífera, perenifólia, atingindo 50m de altura. Copa cónica a colunar, com flecha dominante nos indivíduos novos e arredondada no ápice nos adultos; ramos em fascículos quando jovens, os laterais caducos e substituídos por curtos ramos provenientes de gomos dormentes originando uma densa copa colunar. 84
JF
Tronco: Frequentemente contorcido e de ritidoma castanho‑escuro. Folhas: Dois tipos: nos rebentos juvenis de 4-7x2-3mm, aciculares, rígidas; nos adultos de 5-7x5mm, achatadas, de ovadas a triangulares e densamente imbricadas. Estruturas reprodutoras: Floração monóica: estróbilos masculinos de 5-10 x1,5-2cm, cónicos, alaranjados; os femininos até 15cm, elipsóides, castanho-escuro na maturação (pinhas). Preferências ambientais: Adaptada a climas tropicais, requer temperaturas positivas; preferência por solos ácidos e húmidos. Utilidade: Ornamental. A madeira é utilizada na região de origem.
Por volta de 1774, o capitão James Cook navegava no Pacífico Sul e aportando à ilha de Norfolk entusiasmou-se com a descoberta de umas árvores altas, de tronco perfeito para mastros de barco (mais tarde verificaria que a madeira não era suficientemente resistente para esse efeito). Trouxe-as para a Europa e na Inglaterra do século XIX, as então denominadas Araucárias-de-norfolk eram a grande novidade de jardineiros e viveiristas. No entanto, já no quadro de Leonardo da Vinci, Anunciação (cerca de 1472), na paisagem à esquerda do anjo, vê-se uma dessas araucárias… Na mesma expedição, na ilha dos Pinheiros, descobriu-se também a Araucaria columnaris, chamada araucária-de-cook em
AG/MF
sua homenagem. Os primeiros exemplares foram trazidos para Portugal por volta de 1852 e plantados em Lisboa na que, à data, era chamada Real Quinta das Necessidades. Aqui habitava o rei D. Fernando II, que devido ao seu grande interesse por plantas, tentava aclimatar inúmeras espécies exóticas nos jardins por ele mandados renovar. Na lista elaborada em 1841-1867 há registo de 10 espécies diferentes deste género (de que se conhecem cerca de 15). No entanto, no inventário efectuado em 1982, na Tapada das Necessidades já não constava nenhuma araucária. Não será talvez tão antiga a Araucaria columnaris existente no Jardim do Príncipe Real, embora apareça já bem visível, em gravuras do início do século XX. Originária da Nova Caledónia, tem o tronco erecto, como é próprio da espécie, e a sua altura ultrapassa bastante as copas das majestosas figueiras-da-austrália junto das quais se localiza, contribuindo assim para o exotismo daquele canto do jardim. Só de determinados ângulos se consegue observar que existem dois ápices em vez de um, levando-nos a indagar o que teria acontecido àquela araucária na sua juventude. Os ramos, recobertos de pequenas folhas imbricadas em forma de escama, verde-escuro e brilhantes, crescem conferindo à árvore a forma de uma coluna (de onde deriva a AFA
sua designação) e não a forma piramidal que associamos às araucárias. 85
BENFICA | QUINTA NOVA DA CONCEIÇÃO 5 6
Araucária-da-queenslândia Bela-sombra
AA
Benfica, Rua Cidade de Rabat. Deparamo-nos com uma casa cor-de-rosa apalaçada, um elegante portão por onde se adivinha um jardim frondoso. É a Quinta Nova da Conceição, uma das quintas antigas de Benfica, cuja casa inicial é anterior ao terramoto. Pertence há várias gerações à família Travassos Valdez, dos Condes de Bonfim e foi adaptada recentemente a unidade de turismo de habitação, a única em Lisboa. O jardim é grande, com várias árvores interessantes, das quais duas foram classificadas como de interesse público: uma araucária-da-queenslândia ou bunia-bunia (Araucaria bidwilli) e uma bela-sombra (Phytolacca dioica), ambas mais que centenárias. A atual proprietária conta histórias àcerca dessas árvores, companheiras de sempre ao longo de gerações. Em especial sobre a bela-sombra, encostada à fachada da casa, que foi casinha de bonecas, esconderijo no seu tronco oco, acesso alternativo para trepar às janelas do primeiro piso, numa cumplicidade entre crianças e árvore, que foge aos cânones da biologia e da botânica. Também da araucária, que liberta pinhas enormes, com mais de 5kg, mas que nunca magoaram ninguém. A classificação das árvores foi proposta para evitar que a quinta fosse cortada por uma estrada e assim garantiu a integridade do terreno e o sossego do jardim e da casa de família. Esta quinta com mais de dois séculos de existência é um exemplo e também uma excepção, de conservação de um património característico dos arrabaldes da cidade de Lisboa. Resiste actualmente como uma ilha verde, no meio das malhas urbanas que se desenvolveram densamente, 152
5
6
sobretudo ao longo do século XX, devido à persistência e esforço dos proprietários na manutenção deste património. Para essa finalidade, a classificação dos exemplares arbóreos foi um passo importante, tendo em conta que são escassas as situações de árvores classificadas em terrenos privados, por iniciativa dos seus proprietários. Neste caso, a classificação arbórea associou-se à conservação do património, numa aliança eficaz.
AA
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BENFICA | QUINTA NOVA DA CONCEIÇÃO
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Araucária-da-queenslândia
AA
[Araucaria bidwilli]
INFORMAÇÃO DE CLASSIFICAÇÃO E DADOS DENDROMÉTRICOS Código ICNF: KNJ1/161 Coordenadas: 38°44’45,34”N; 9°10’51,63”W Dimensões: Perímetro de base: 3,57m Perímetro a 1,30m: 9,6m Diâmetro médio da copa: 15,6m Altura total: 26,7m Idade aproximada: 113 anos Classificação: D.R. nº 301 II Série de 31/12/1998 ICNF, 2014
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Nome científico: Araucaria bidwilli Hook. Nome vulgar: Araucária-da-queenslândia, araucária-da-austrália, bunia-bunia Família: Araucariaceae Origem: Nordeste da Austrália (Queenslândia). Hábito: Conífera perenifólia, atingindo 30-45m de altura, copa piramidal quando jovem, eventualmente tornando-se arredondada e perdendo os ramos inferiores. Ramos longos, nus, apenas com tufos de raminhos na extremidade. Tronco: Ritidoma castanho-escuro, escamoso. Folhas: As jovens, verde-claro brilhante, de 2,5-5cm de comprimento, inserindo-se no raminho em duas fiadas; nos ramos adultos, de 0,7-2,8cm de comprimento, lanceoladas, ovado-lanceoladas ou triangular-ovadas, coriáceas, agudas e pungentes no ápice. Estruturas reprodutoras: Estróbilos masculinos de 6-11 x 1-5cm, cilíndricos, axilares, solitários, sésseis; os femininos de 20-30 x 15-22cm, podendo atingir 10kg quando totalmente maduros, ovoide‑subglobosos, terminais, verde-escuro, com brácteas de oblongo-elípticas a oblongo-ovadas, recurvadas; cada pinha pode conter 50-100 sementes não aladas, comestíveis. Preferências ambientais: Adaptada a clima tropical, suporta bem o calor, mas menos o frio (até 50C). Requer humidade e boa drenagem. Resistente à poluição urbana. Utilidade: Ornamental. Madeira de qualidade, leve e de cor rosada. Sementes comestíveis, muito apreciadas pelos aborígenes australianos.
A Araucaria bidwilli foi assim denominada pelo seu classificador, William Hooker, director dos Jardins Botânicos de Kew, Inglaterra, em homenagem ao director do Jardim Botânico de Sydney, John Bidwill, que lhe enviou para Londres, os primeiros exemplares para ali serem classificados. É originária das montanhas de Queensland, Austrália, e os aborígenes chamam-lhe bunia-bunia por ser dominante na zona Sudeste, entre as montanhas de Gympe e Bunya. Na época da maturação das pinhas, faziam grandes festas que atraíam populações vindas de muito longe. Também não era para menos, cada pinha pode atingir 35cm de diâmetro, ter entre 50 a 100 grandes e saborosos pinhões com 3-4cm de comprimento e pesar cerca de 5kg. Talvez por essa razão não seja muito vulgar em parques e jardins públicos… O Jornal Hortícolo-Agrícola de 1900 refere a introdução em Portugal da Araucaria bidwilli, em 1860. Um dos primeiros exemplares plantados, nessa década, existe ainda AA
no Jardim da Cordoaria, no Porto. 155
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Lista de espécies de árvores classificadas Nome vulgar
Página
Nome científico
Araucária-da-queenslândia
154
Araucaria bidwilli
Araucária-colunar
84
Araucaria columnaris
Braquiquito
22
Brachychiton populneus
Casuarina
102
Casuarina cunninghamia
Cedro-do-atlas
116
Cedrus atlantica
Cedro-do-himalaia
104
Cedrus deodara
Paineira-barriguda
94
Ceiba crispiflora
Paineira-rosa
36, 86
Ceiba speciosa
Lódão-bastardo
56, 168
Celtis australis
Cedro-do-buçaco
82
Cupressus lusitanica
Cipreste-da-califórnia
40
Cupressus macrocarpa
Dragoeiro Eritrina Matapalo Figueira-da-austrália
28, 74, 160, 170 98, 150, 158 106 76, 86, 122, 166
Dracaena drago Erythrina crista-galli Ficus benjamina Ficus macrophylla
Ginkgo
128
Ginkgo biloba
Melaleuca
124
Melaleuca styphelioides
Metrosidero Oliveira Tamareira
66, 96, 108 32 24, 54
Metrosideros excelsa Olea europaea Phoenix dactylifera
Bela-sombra 44, 112, 132, 134, 136, 156 Phytolacca dioica Pinheiro-manso
110
Pinus pinea
Plátano
162
Platanus hispanica
Plátano
144
Platanus spp.
Plátano
48, 90
Sobreiro
140
Quercus suber
Sequóia
70
Sequoia sempervirens
Taxódio
72
Taxodium distichum
Teixo
114
Taxus baccata
14, 16, 26, 60, 62
Tipuana tipu
Tipuana Árvore-da-castidade
148
Platanus orientalis
Vitex agnus-castus 177
PARQUE DE MONSANTO
MANCHA 1
MANCHA 7 MANCHA 2
MANCHA 8 MANCHA 3 MANCHA 6
MANCHA 4 MANCHA 5
MANCHA 10 MANCHA 11
MANCHA 9
Anexo OUTROS CONJUNTOS ARBÓREOS CLASSIFICADOS A. Tapada das Necessidades Arvoredo - Phytolacca dioica, Dracaena draco, Araucaria heterophylla, Celtis australis, colecção de cactos, Olea europaea sylvestris, Arbutus unedo, Cupressus semperviren, Phoenix canariensis, Chamaerops humilis, Sophora, Ceratonia siliqua, Schinus terebenthifolius. B. Praça de Diu alameda de Tipuana tipu (8 exemplares). C. Parque de Monsanto (Aviso nº 5/2007 de 2 de Janeiro, ICNF) MANCHA 1
Bosquete de Quercus suber/Quercus ilex ssp. rotundifolia, Pinus pinea, Quercus robur, Quercus faginea, Arbutus unedo, Phillyrea latifolia, Pistacia lentiscus, Viburnum tinus, Quercus coccifera, Rhamnus alaternus, Juniperus turbinata. MANCHA 2
Bosquete de Quercus suber /Quercus ilex ssp. rotundifolia, Pinus pinea, Quercus robur, Quercus faginea, Arbutus unedo, Phillyrea latifolia, Pistacia lentiscus, Viburnum tinus, Quercus coccifera, Rhamnus alaternus, Juniperus turbinata. MANCHA 3
Bosquete de Quercus suber/Quercus ilex ssp. rotundifolia, Pinus pinea, Quercus robur, Quercus faginea, Arbutus unedo, Phillyrea latifolia, Pistacia lentiscus, Viburnum tinus, Quercus coccifera, Rhamnus alaternus, Juniperus turbinata. MANCHA 4 Bosquete de Olea europaea var. sylvestris, Pinus pinea, Pinus halepensis, Cupressus sempervirens, Quercus ilex ssp. rotundifolia, Arbutus unedo, Phillyrea latifolia, Viburnum tinus, Quercus coccifera, Rhamnus alaternus, Asparagus spp.
MANCHA 5 Bosquete de Olea europaea var. sylvestris, Pinus pinea, Pinus halepensis, Cupressus sempervirens, Quercus ilex ssp. rotundifolia, Arbutus unedo, Phillyrea latifolia, Viburnum tinus, Quercus coccifera, Rhamnus alaternus, Asparagus spp. MANCHA 6 Bosquete de Quercus suber/Quercus ilex ssp. rotundifolia, Pinus pinea, Quercus robur, Quercus faginea, Arbutus unedo, Phillyrea latifolia, Pistacia lentiscus, Viburnum tinus, Quercus coccifera, Rhamnus alaternus. MANCHA 7
Bosquete de Quercus suber/Quercus ilex ssp. rotundifolia, Pinus pinea, Quercus robur, Quercus faginea, Arbutus unedo, Phillyrea latifolia, Pistacia lentiscus, Viburnum tinus, Quercus coccifera, Rhamnus alaternus. MANCHA 8 Bosquete de Quercus suber/Quercus ilex ssp. rotundifolia, Pinus pinea, Quercus robur, Quercus faginea, Arbutus unedo, Phillyrea latifolia, Pistacia lentiscus, Viburnum tinus, Quercus coccifera, Rhamnus alaternus. MANCHA 10
Maciço de Pinus canariensis (1400 exemplares). MANCHA 11
Maciço de Quercus faginea, Olea europaea L. var. sylvestris, Cupressus lusitanica, Cupressus sempervirens, Acacia longifolia. D. Parque Bensaúde Arvoredo - Aesculus, Acer, Cedrus deodara, Cercis siliquastrum, Cupressus lusitanica, Eucalyptus globulus, Fraxinus, Ligustrum, Pinus pinea, Pinus halepensis, Platanus spp., Prunus, Quercus ilex, Quercus robur, Quercus suber, Robinia, Tilia. E. Quinta das Conchas Maciço de Eucalyptus globulus (41 exemplares), maciço de Zelcova serrata (15 exemplares).
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