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SINDAG News Informativo do

setor aeroagrícola - Ano 7 - Edição 7 - Junho de 2015

GRAZIELE DIETRICH/C5 News-Press

Onde o Brasil voa alto País tem uma das maiores e melhores frotas aeroagrícolas do mundo Páginas 4 e 5


Fotos:CASTOR BECKER JÚNIOR/C5 News-Press

O presidente (no centro, à direita) foi reeleito para o período 2015/2017, na assembleia ocorrida em 29 de maio, na sede do SINDAG, em Porto Alegre

Esforço para transmitir confiança à sociedade Fortalecer o diálogo com a sociedade e com os empresários, pilotos, agricultores e toda a cadeia da aviação agrícola. Para mostrar a importância do setor para a economia e a segurança alimentar do País, além de reforçar seu compromisso com a eficiência e segurança ambiental. Esse será o foco do Sindag a partir de agora, segundo o presidente Nelson Antônio Paim, reeleito em maio para mais um mandato à frente da entidade. O sindicato aeroagrícola quer com isso ampliar o debate sobre ações e projetos que tramitam em alguns Estados e no Congresso Nacional para proibir a aviação agrícola no País - todos usando justificativas baseadas mais em ideologias e desinformação do que em critérios técnicos (veja ao lado). A entidade também seguirá apostando nas parcerias como o selo de qualidade ambiental do setor (pág 7), a pesquisa com a Embrapa (na pág 10) e outras ações.

Nominata Nelson Paim terá como vice o ex-presidente Júlio Augusto Kämpf. A nominata tem o secretário Nelson Coutinho Peña e o tesoureiro Francisco Dias da Silva. Os suplentes são Batista Longaray, Cristiano Juliani, Marco Antônio Camargo e Mauro Moura de Oliveira. Já o Conselho Fiscal terá Valdinei Silva de Paula, Alan Sejer Poulsen e Nelci Arenhart, com José Selomar Oliveira, Fernando Guerra e Edson Antônio Klauck na suplência. A posse vai ocorrer no dia 1º de julho.

SINDAG - Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola Presidente Nelson Antônio Paim Primavera do Leste/MT Vice-presidente Ruy Alberto Textor Rio Verde/GO Secretário Francisco Dias da Silva Camaquã/RS Tesoureiro Marco Aurélio Dietrich Montenegro/RS

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Rua Felicíssimo de Azevedo, 53 Sala 705 CEP 90540-110 - Porto Alegre/RS Fone: (55) 51 3337-5013 e-mail sindag@sindag.org.br www.sindag.org.br CONSELHO FISCAL José Selomar da Silva Oliveira Capivari do Sul/RS César Alberto Lilischkies Palotina/PR Nelson Coutinho Peña Pelotas/RS

SINDAG News Projeto gráfico, redação e diagramação: C5 News-Press Ltda

Castor Becker Júnior Reg Prof.: 8862 - DRT/RS Fone: (51) 9826-3226 c5newspress@ymail.com


Principais mitos usados para justificara verdade projetos contra a aviação agrícola eque lhes falta Em torno de 70% dos produtos aplicados por aviões são perdidos e vão para escolas, hospitais, cidades e outros locais. Com os altos custos de produção, é óbvio que nenhum agricultor aceitaria simplesmente jogar fora mais de dois terços do produto comprado para proteger sua lavoura. Além do mais, a legislação determina distâncias mínimas entre 250 e 500 metros de moradias, mananciais de água, cidades e povoações. E também proíbe a aplicação fora da área em tratamento.

As aplicações com aviação agrícola sofrem deriva. A deriva (quando a nuvem do produto se desloca para fora da faixa de aplicação) pode ocorrer tanto na aplicação aérea quanto na terrestre, quando não são observadas as condições meteorológicas e a regulagem dos equipamentos. A aviação é responsável por grande parte da contaminação de alimentos. Os mesmos defensivos aplicados por avião são usados também em aplicações terrestres e a contaminação se dá basicamente pelo seu mau uso (há dosagens, métodos e momentos certos para cada aplicação). O próprio relatório do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos

Já são 68 anos de Brasil A primeira operação aeroagrícola no Brasil ocorreu em 19 de agosto de 1947, em Pelotas/RS. Naquela época, nuvens de gafanhotos dizimavam as lavouras no município e os agricultores pediram ajuda ao chefe do Posto do Ministério da Agricultura local, Leoncio de Andrade Fontelles. Como os insetos não podiam ser combatidos por terra, Fontelles encomendou de um funileiro um equipamento que foi acoplado a uma aeronave Muniz M-9, de

em Alimentos, da ANVISA, seguidamente citado contra a aviação, na verdade aponta como principais “vilões” justamente produtos que não são tratados por aviões: pimentão, cenoura, morango, pepino, alface, uva, mamão, tomate e outros. Há um uso indiscriminado da aviação. Não há como isso ocorrer. Trata-se de uma ferramenta complexa de operar e altamente regulada. Além de extremamente visível (ninguém consegue esconder um avião em uma lavoura). Vale lembrar que a aviação agrícola é o ÚNICO meio de aplicação com legislação específica. Que exige, por exemplo, que cada operador tenha um pátio de descontaminação, onde a aeronave é limpa e os eventuais resíduos vão para um sistema de tratamento. Além do piloto com curso específico para a atividade (onde ele só pode entrar depois de já ser piloto comercial e ter no mínimo 400 horas de voo), a empresa tem que ter um engenheiro agrônomo e sua equipe de terra um técnico agrícola (ambos com especialização em operações aeroagrícolas). Além disso, para CADA aplicação é preenchido um relatório com informações dos profissionais, produto, condições meteorológicas, mapa do DGPS do avião com a localização da área aplicada e como foi cada sobrevoo, entre outros dados. Arquivo

instrução, do Aeroclube de Pelotas. Naquela terçafeira, há 68 anos, o piloto Clóvis Gularte Candiota decolou com Fontelles operando o equipamento e o jogo começou a virar para os agricultores. O 19 de agosto se tornou Dia Nacional da Aviação Agrícola e Candiota é hoje considerado patrono da atividade. 3


Frota brasileira já ultrapassa os

2 MIL AVIÕES AGRÍCOLAS

CASTOR BECKER JÚNIOR/C5 News-Press

O Brasil entrou 2015 com 2.007 aviões agrícolas, segundo o Relatório Aeronáutico Brasileiro (RAB), da Agência Nacional de Avião Civil (Anac). O levantamento foi feito pelo portal Agronautas (www.agronautas.com), com base nos dados de dezembro do ano passado. O relatório também traçou o ranking por Estados, liderado pelo Mato Grosso, com 467 aviões. Em segundo vem o Rio Grande do Sul, com 420 aeronaves, São Paulo em terceiro (287), seguido de Goiás (239), Paraná (141), Bahia (102), Mato Grosso do Sul (100), (Minas Gerais (72) e os outros 13 Estados mais o Distrito Federal - confira na página ao lado. Os números de dezembro de 2014 representam um incremento de 4,26% em relação ao ano anterior (abaixo da expectativa do Sindag, que esperava um crescimento de 7%). Mas considerando os últimos seis anos, a frota aeroagrícola nacional aumentou cerca de 39% (560 novos aviões desde 2008). Para o sindicato aeroagrícola, a estimativa é de que ainda haja crescimento em 2015, apesar de ainda um pouco magro devido principalmente à alta do dólar. Além de essencial para o ganho de produtividade nas lavouras (elimina perdas por amassamento e tem alta eficiência devido à rapidez e precisão - a ponto de em muitos casos diminuir a quantidade de defensivos necessários), o setor aeroagrícola nacional movimenta sozinho mais de R$ 1 bilhão por ano. São cerca de 1,5 mil pilotos e em torno de 7 mil profissionais de apoio, de engenheiros agrônomos e técnicos agrícolas ao pessoal administrativo.

São 232 empresas Segundo a Anac (dados de maio deste ano), o Brasil tem 232 empresas de aviação agrícola em atividade. A quantidade é a mesma do final de 2014, quando o Portal Agronautas também traçou o ranking por Estados. Nesse quesito, o Rio Grande do Sul encabeça a lista, com 82 empresas (35,4% do total). Atrás dele vem São Paulo (38 empresas), Paraná (28), Goiás (20), Mato Grosso (17) e os outros Estados (veja ao lado). 4

O levantamento não abrange os chamados operadores privados (produtores e cooperativas rurais que possuem aeronaves próprias para o trabalho em suas lavouras) ou órgãos públicos (caso de corpos de bombeiros que têm aviões agrícolas para combate a incêndios). Daí, por exemplo, a explicação do Mato Grosso ter a maior frota e estar apenas em quinto no ranking de empresas (vários agricultores têm seus próprios aviões).


Quantos são e onde estão: os aviões e as empresas espalhadas pelo País Roraima

NOTA: Nos Estados onde não há aviação agrícola (AP, CE, RN, PB e SE), as lavouras podem ser atendidas por empresas aeroagrícolas de outros Estados, mediante autorização do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)

Tocantins

Aviões 10 Empresas 1

Piauí

Aviões 27 Empresas 3

Maranhão

AP

Aviões 31 Empresas 5

Aviões 12 Empresas 0 Pernambuco

Aviões Empresas

Acre

Aviões Empresas

1 0

Amazonas

Fonte: portal Agronautas - www.agronautas.com

Aviões Empresas

4 0

Pará

Aviões Empresas

CE

9 1

Aviões 19 Empresas 1

SE

Aviões 102 Empresas 3

Aviões 467 Empresas 17

Rondônia

Alagoas

Minas Gerais

Aviões 19 Empresas 3

Aviões 72 Empresas 9

Goiás

Aviões 239 Empresas 20

Distrito Federal

São Paulo

Paraná Mato Grosso do Sul

Aviões 100 Empresas 16

Aviões Empresas

141 28

RN PB

Bahia

Mato Grosso

Aviões 18 Empresas 0

6 1

Aviões 287 Empresas 38

Espírito Santo

Aviões Empresas

5 1

Santa Catarina

Rio Grande do Sul

Aviões 420 Empresas 82

Aviões 12 Empresas 3 Rio de Janeiro

Aviões Empresas

6 0

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Desde 2013, a aviação agrícola brasileira conta com um selo de sustentabilidade

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De olho na

Fotos:CASTOR BECKER JÚNIOR/C5 News-Press

QUALIDADE AMBIENTAL O programa de Certificação Aeroagrícola Sustentável (CAS) já conta com 46 empresas aprovadas para os Níveis I e II do primeiro selo de qualidade operacional e ambiental do setor no Brasil. A expectativa é para o início das vistorias para o Nível III do CAS, que deve começar ainda nesse segundo semestre. Basicamente, as empresas tiveram até agora auditorias na documentação e nas obrigações legais para poder operar (I) além de cursos de Qualidade da tecnologia de aplicação e Planejamento e responsabilidade ambiental (II). Segundo o coordenador técnico do CAS, Ulisses Rocha Antuniassi (Unesp), a próxima etapa será de vistoria in loco em cada uma das empresas para conferir a aplicação do

que foi ensinado até aqui. A ideia é fazer as visitas após a safra, para avaliar os aviões, equipamentos, regulagens, como foram as operações e as rotinas adotadas por cada empresa. O CAS é realizada pela Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas e Florestais (Fepaf) e coordenada pelas universidades Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (FCA/Unesp-Botucatu), Federal de Lavras (Ufla) e Federal de Uberlândia (Ufu). O programa tem o apoio da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef) e do Sindag.

Repercussão internacional O CAS foi destaque na edição de fevereiro da revista Outlooks on Pest Management, da Inglaterra. No artigo Evolution of Agricultural Aviation in Brazil, o professor Ulisses Atuniassi (foto) fala sobre o programa e os seus critérios de sustentabilidade e responsabilidade ambiental. O texto explica as etapas do programa e traça um paralelo entre o crescimento do setor aeroagrícola e o incremento nas principais culturas brasileiras (como a soja, que em quatro anos cresceu 27,5%, frente aos 8,9% do resto do mundo).

Privados - Ao mesmo tempo em que vem incentivando as empresas aeroagrícolas a aderirem ao programa do selo de qualidade ambiental, o Sindag pretende ajudar a divulgar a iniciativa também entre os operadores privados. Atualmente, cerca de 30% da frota nacional do setor está com produtores rurais ou cooperativas que têm seus próprios aviões. O objetivo do sindicato é reforçar a ideia de que a responsabilidade pela confiança no setor é de todos. 7


Agenda positiva SINDAG/ANAC Estabelecida em agosto de 2014, durante o Congresso Sindag Mercosul em Foz do Iguaçu/PR, a agenda positiva entre Sindag e Anac já resultou em avanços importantes para o setor, como a publicação do Manual do Operador Aeroagrícola (veja na página ao lado), a Decisão 169/2014, estabelecendo o entendimento de sede operacional das empresas aeroagrícolas, e a IS 137-001 Revisão A, que regulamenta a instalação de equipamentos dispersores (barras de pulverização, atomizadores, bicos e outros). Isso sem falar na a Instrução do Comando da Aeronáutica (ICA) 10039/2015, do Departamento de Controle de Espaço Aéreo (Decea), que reconheceu o RBAC-137 como referencial também para o Comando da Aeronáutica e estabeleceu regras para voos em zonas especiais de tráfego aéreo. 8

Outras demandas na pauta são a elaboração (e simplificação) de um Sistema de Gerenciamento de Segurança Operacional (SGSO) - e seu Manual (o MGSO) - específico para a aviação agrícola, além da formação de examinadores para recheque de pilotos dentro das próprias empresas aeroagrícolas. O Sindag ainda discute com a Anac a permissão para operações aeroagrícolas noturnas. O que deve ficar mais algum tempo na mesa de negociações. Isso porque a agência de aviação civil brasileira deve antes fazer uma sondagem da realidade de países onde o setor opera à noite, como Estados Unidos e Austrália. Paralelamente, as informações serão tratadas junto com o Sindag, para serem adaptadas, se possível, à realidade brasileira.


Tudo o que você sempre quis saber... Compêndio de perguntas e repostas sobre as normas da aviação agrícola no Brasil. Assim é o Manual do Operador Aeoragrícola (MOA), publicado no dia 24 de março. O documento abrange regras de manutenção, segurança e operações no setor aeroagrícola, possibilitando consulta de maneira rápida e prática. Agora, a ideia é de que o documento deva não só ser atualizado à medida que surgirem novas regulamentações, como também agregar as normas do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) e do Departamento de Controle de Espaço Aéreo (Decea), do Comando da Aeronáutica.

Fotos:CASTOR BECKER JÚNIOR/C5 News-Press

Acertos quanto ao DGPS O Sindag deve pedir à Anac uma nova revisão das normas que regem a instalação do sistema de localização diferencial (DGPS) em aeronaves agrícolas. A Instrução Suplementar (IS) 137-002, Revisão A, publicada no dia 30 de abril acabou não trazendo a simplificação solicitada pelo sindicato aeroagrícola, já que ainda enquadra o procedimento como grande modificação. Na prática, o operador que for instalar um DGPS em seu avião precisa de um relatório com responsabilidade técnica de um engenheiro aeronáutico com Crea, o que encarece muito a operação (chega a R$ 4 mil). O Sindag quer que a Anac permita que o DGPS possa ser instalado em oficina de manutenção credenciada, com anotação em caderneta de voo e sem necessidade de laudo de engenheiro. Considerado essencial para aviação agrícola (indica com precisão as faixas de aplicação e gera relatórios precisos de toda a operação), o aparelho passou por avanços significativos nos últimos anos, tornando-o fácil de instalar e simples de operar.

Encontros periódicos entre o Sindag e a Anac abrangem representantes de todas as diretorias da agência, in loco ou através de teleconferências

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Fotos: Divulgação

Pesquisa para

ENTRAR PARA A HISTÓRIA Seis centros de pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), dez universidades, duas empresas de consultoria e tecnologias de aplicação, o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INDT-SEC/CNPq) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento (Mapa), além, é claro, do Sindag. Esse é o time envolvido na mais abrangente pesquisa até hoje realizada no Brasil sobre tecnologia para aplicação aérea de defensivos. O projeto Desenvolvimento da Aplicação Aérea de Agrotóxicos como Estratégia de Controle de Pragas Agrícolas de Interesse Nacional começou a sair do papel no final de 2013 e ainda segue até 2017. O objetivo é desenvolver técnicas e equipamentos para melhorar o controle das pragas na lavoura, com menos produtos e menor risco para o meio ambiente. A pesquisa abrange não só a relação entre preparo e tipos produtos com a escolha e regulagem dos 10

equipamentos acoplados aos aviões, como envolve também estudos para o controle da deriva (quando a nuvem do produto se desloca) tanto nos limites da lavoura como dentro das faixas de aplicação (para evitar sobreposição ou espaços “em branco”). Os trabalhos em campo devem ocorrer no Sul, Sudeste e Centro-Oeste, sobre pragas de lavouras comuns a cada região. Já o estudo da deriva acontece em todas as frentes, para ser aplicado em todos os climas. Essas frentes já incluem, por exemplo, testes com defensivo biológico contra a cigarrinha-da-raiz na canade-açúcar, em Minas Gerais, e aplicações de produtos contra ferrugem, percevejos e plantas daninhas na soja do Paraná. No Rio Grande do Sul, os pesquisadores seguem trabalhando em lavouras de arroz e soja (tanto plantações em separado como áreas que revezam as duas culturas). E outros ensaios devem começar nos próximos meses em todas as regiões.


Biologia e tecnologias Segundo o coordenador geral do projeto e pesquisador da Embrapa, Paulo Estevão Cruvinel (foto), os estudos estão se baseando também na biologia das pragas. Isso inclui a avaliação da deposição nas partes alta, média e baixa das plantas e ainda os cuidados necessários para que as operações não prejudiquem outros insetos, como, por

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exemplo, as abelhas. Já no rol de tecnologias estão sendo preparado sensores eletrônicos para detecção de deriva e, nas próximas etapas, drones deverão ajudar na avaliação das pulverizações. Além disso, os pesquisadores estão avaliando as barras de pulverização existentes no mercado. O sugerir modificações aos que possibilita calcular fabricantes, quando for os melhores ajustes e o caso.

Sensores permitirão ajustes em tempo real Pelo convênio para o projeto, a Embrapa entra com os pesquisadores e laboratórios, além do planejamento, avaliação e publicação dos resultados. Já o Sindag garante aeronaves, equipamentos e pessoal para as pulverizações, além de ajudar a divulgar os resultados.

No final, além de um compêndio para o melhor uso dos equipamentos que já existem, a aviação deverá contar com novos sensores e aparelhos com leituras em tempo real das aplicações, possibilitando ajustes do equipamento e trajetória durante o voo.

Os trabalhos em campo abrangem lavouras de arroz (fotos no alto à esquerda), soja e cana-de-açúcar, além de testes sobre deposição e deriva (direita), com uso de papéis hidrossensíveis e plantas bioindicadoras, como tomate, colocados nas lavouras e em faixas a partir de 10 metros no perímetro das plantações.

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SINDAG pede

COERÊNCIA E ISONOMIA O Sindag se posicionou contra a proposta do Fórum Gaúcho de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos de obrigar a instalação de rastreadores nos aviões agrícolas. Entre os motivos da contrariedade estão a falta de credibilidade na eficiência da medida e a própria falta de bom senso da proposta. O presidente do sindicato, Nelson Paim ressaltou que praticamente todas as aeronaves agrícolas hoje são equipadas com DGPSs, que fornecem todo o histórico dos voos e análises das aplicações feitas. A manifestação foi em maio, quando a diretoria do Sindag participou de uma audiência do Fórum - que já vinha se reunindo há algum tempo sem ouvir o setor. Aliás, desde 2008 (obrigatório pela IN 02/08 do Ministério da Agricultura) os dados dos DGPS já são incluídos nos relatórios das atividades realizadas pelas empresas aeroagrícolas (que precisam ficar por dois anos guardados à disposição de eventuais fiscalizações). Os documentos incluem identificação do contratante, localização, 12

área trabalhada, produto utilizado, condições meteorológicas, modelos e regulagens dos equipamentos. E, desde a década de 80, as empresas aeroagrícolas também precisam enviar mensalmente ao Ministério da Agricultura o resumo desses relatórios. O Fórum Gaúcho é coordenado pelos Ministérios Públicos Federal (MPF) e Estadual (MP/RS) e conta com representantes do Ibama, Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), Secretaria Estadual de Agricultura, Anac e Ministério da Agricultura (Mapa). Paim lembrou que o setor aeroagrícola já vem investindo bastante em sua qualificação, citando o convênio com a Embrapa e o CAS (vistos nas páginas anteriores). Já o conselheiro do Sindag (e vice-presidente eleito), Júlio Kämpf ressaltou que a aviação já é o único meio de aplicação com legislação própria. Para ele, a exigência de rastreadores teria que ser, no mínimo, igual também para pulverizadores terrestres. “A palavra é isonomia”, arrematou.


Pelo bom senso

Entre as mobilizações do setor aeroagrícola sobre projetos de lei (PLs) nos Estados, a mais emblemática atualmente ocorre no Rio Grande do Sul, contra o PL 263/14, que pretende proibir a pulverização aérea nas lavouras gaúchas. A ação acabou envolvendo também a Federação das Associações de Arrozeiros do RS (Federarroz) e a Federação da Agricultura do Estado (Farsul), já que a medida prejudicaria em cheio a produção orizícola estadual, altamente dependente do avião - o RS responde por 65% dos 12,4 milhões de toneladas da safra brasileira. O Sindag conta também com o apoio do deputado federal Luiz Carlos Heinze (PP), que tem auxiliado em demandas parecidas no Congresso Nacional e, junto com as entidades, participou de reunião com o secretário estadual de Agricultura, Ernani Polo, alertando para a

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gravidade da questão. O sindicato levou seus argumentos também à Assembleia Legislativa, em um ofício expondo o contrassenso da medida, de autoria do deputado Edegar Pretto (PT). Representantes do Sindag e da Farsul estiveram ainda com os parlamentares da Comissão de Constituição e Justiça da casa, onde tramita o projeto. E se reuniram também com o vice-governador, José Paulo Cairoli e (novamente) com o secretário Polo (foto), reforçando o pedido de um posicionamento do Executivo gaúcho contra o PL.

Outras frentes que pedem atenção, em nível federal Atualmente 20 Projetos de Lei (PLs) que se referem direta ou indiretamente à aviação agrícola tramitam no Congresso Nacional. Dois deles, proibindo o uso do avião ( PL 3.614/12, do dep. Padre João/PT-MG, e PL 5.164/13, do dep. Adrian Mussi/PMDB-RJ), já aguardam inclusão na Ordem do Dia para serem apreciados pelo Plenário da Câmara. Eles devem ser apreciados junto com PL 740/03, do dep. Dr. Rosinha/PT-PR, que entre outras coisas, determina que a aplicação aérea não poderá causar danos em áreas vizinhas e deve ser prescrita por profissional habilitado (chove no molhado, já que isso já é previsto em lei). Outra iniciativa inócua é o PL 3.615/12 (também do dep. Pe. João/PT-MG), que quer obrigar os operadores aeroagrícolas a enviarem anualmente aos órgãos competentes relatórios de todas as suas operações. Os mesmos relatórios feitos a cada operação e

cujos resumos já são enviados mensalmente, há décadas, ao Ministério da Agricultura. Nesse caso, a proposta tramita junto com o PL 1.014/15, do dep. João Daniel/PT-SE, que também quer proibir a pulverização aérea no País. Ambos tiveram parecer negativo na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da casa, onde o relator, dep. Alceu Moreira/PMDB-RS apontou inconstitucionalidade e injuridicidade - o parecer ainda deve ser votado. POSITIVO - Entre os projetos favoráveis à aviação agrícola, está o PL 96/15, do dep Alceu Moreira, que reduz a zero o PIS/ PASEP e a Cofins sobre a gasolina de aviação vendida para empresas aeroagrícolas. A iniciativa teve parecer positivo do dep Heuler Cruvinel/PSD-GO, relator da matéria na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR). 13


Boa convivência entre lavouras e abelhas Ações para garantir a boa convivência entre dois setores indispensáveis para a boa produtividade no campo. Esse é o foco da campanha Produção sustentável agricultor e apicultor - juntos podemos fazer os campos brasileiros darem muitos mais frutos, da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef) e apoiada pelo Sindag. A iniciativa conta com apoio também do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg) e foca bastante na comunicação entre agricultores e apicultores. São apresentadas dicas para colocação de colmeias em locais seguros e sugerindo rotinas e contatos para evitar que os insetos sejam prejudicados nas pulverizações de áreas próximas. Isso reforçando tanto a importância da polinização para a agricultura e o meio ambiente, como a necessidade do trato às lavouras para produção de alimentos, energia e fibras.

Uso de aviões contra a dengue volta à pauta no MS Mantida no limbo desde 2008 pelo Ministério da Saúde, a proposta do Sindag de usar aviões para combater o mosquito da dengue voltou a ser lembrada em maio, no Mato Grosso do Sul. O vereador Ilton Henrichsen/PSC, de Chapadão do Sul, defende a ideia que, segundo ele, tem apoio de moradores e comerciantes do município. Com cerca de 21 mil habitantes, Chapadão do Sul contabiliza 663 casos da doença em 2015 (dados até 30 de maio), segundo a Secretaria Estadual de Saúde. O uso de aviões contra mosquitos é uma técnica utilizada há mais de 30 anos na Hungria, Estados Unidos, Cuba, México e outros países. E não é novidade no Brasil, onde teve eficácia comprovada em 1975 na extinção de focos de mosquitos culex 14

na Baixada Santista, em São Paulo. Na época, as operações ajudaram a acabar com um surto de encefalite que assolava a região. E sem danos ao meio ambiente. A técnica foi demonstrada pelo Sindag em 2008 (foto). O avião voa a 40 metros de altura e usa os mesmos produtos e dosagens dos fumacês. Com a vantagem da velocidade e abrangência uniforme, atingindo os fundos de terrenos baldios e outros pontos longe das aplicações com caminhonetes ou bombas costais. O próprio Ministério da Saúde reconhece a validade do método em casos de epidemias (Nota Técnica 75/2008).


Aviação agrícola brasileira

ATERRISSA NA BAHIA

Segundo maior encontro aeroagrícola do mundo, o Congresso Nacional de Aviação Agrícola (Congresso Sindag) aterrissa este ano em Luís Eduardo Magalhães, na Bahia. A programação vai acontecer nos dias 24, 25 e 26 de junho, reunindo empresários, pilotos, pesquisadores, autoridades, fornecedores e entusiastas do setor de todo o País, no aeroporto da cidade. Como ocorre anualmente, o evento terá também uma feira de equipamentos e tecnologias, com cerca de 40 expositores, além de demonstrações aéreas promovidas pelas três principais fabricantes do setor - a brasileira Embraer e as norte-americanas Air Tractor e Thrush Aircraft.

Fotos: GRAZIELE DIETRICH/C5 News-Press

As discussões, debates e palestras vão abordar temas como mudanças em regras operacionais, segurança operacional e ambiental, políticas públicas, desafios, cenários e oportunidades para os próximos anos. O Congresso Sindag também serve para divulgar, aos operadores e técnicos, os resultados de pesquisas científicas no setor e mostrar à sociedade as vantagens da aviação e o quanto ela é necessária ao setor primário brasileiro. Informações sobre a programação, hospedagem, expositores e outros dados podem ser obtidas no site do evento: wwwcongressosindag.com.br.

Para saber mais sobre o setor:

www.agronautas.com

www.sindag.org.br 15



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